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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Centro de Engenharias Engenharia de Petróleo Trabalho de Conclusão de Curso DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE POÇOS SUBMARINOS André Michels Pelotas, 2015

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Centro de Engenharias Engenharia de Petróleo

    Trabalho de Conclusão de Curso

    DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE POÇOS SUBMARINOS

    André Michels

    Pelotas, 2015

  • André Michels

    DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE POÇOS SUBMARINOS

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Petróleo

    Orientador: Prof. Dr. Kazuo Miura

    Coorientador: Prof. Dr. Valmir Francisco Risso

    Pelotas, 2015

  • André Michels

    DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE

    POÇOS SUBMARINOS

    Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Petróleo, Faculdade de Engenharia de Petróleo, Universidade Federal de Pelotas.

    Data da Defesa:14/12/2015

    Banca examinadora:

    ......................................................................................................................................Prof. Dr. Valmir Francisco Risso (Coorientador) Doutor em Ciências e Engenharia de Petróleo pela Universidade Estadual de Campinas.

    .......................................................................................................................................

    Prof. Dr. José Wilson da Silva

    Doutor em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas.

    ......................................................................................................................................

    Prof. Romulo Henrique Batista de Farias

    Bacharel em Tecnologia de Petróleo e Gás pela Universidade Estácio de Sá.

  • Aos meus pais.

  • Agradecimentos

    Agradeço a minha família, pelo apoio e incentivo que sempre me deram

    durante a minha formação, tornando possível todos esses anos de estudo até a

    conclusão da minha graduação.

    A Ane por estar presente durante o fim do curso e a construção deste

    trabalho tornando estes momentos mais agradáveis e felizes, assim como,

    compartilhar seus pensamentos, críticas e sugestões contribuindo para minha

    formação.

    Aos meus amigos, pelo apoio e companhia durante as várias etapas da minha

    formação, do colégio a faculdade e intercâmbio. Aos meus colegas e professores da

    UFPel, por dividirem seus conhecimentos comigo sendo responsáveis por todo o

    meu aprendizado durante o curso.

    Ao meu orientador, Prof. Kazuo por dividir seus conhecimento, tempo e me

    auxiliar durante o processo de construção deste trabalho, assim como, ao Prof.

    Valmir, que tornaram esse trabalho possível.

    Aos demais professores, colegas e funcionários do DEP da Unicamp, que me

    ajudaram a solucionar todas as dificuldades encontradas.

  • MICHELS, André. DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE POÇOS SUBMARINOS. Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharel em Engenharia de Petróleo - Centro de Engenharias, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.

    Resumo

    Apenas o término da perfuração de um poço não permite que esse opere de

    forma segura e econômica. Para habilitá-lo as condições de operação, são

    necessárias operações para instalar a coluna de produção (ou de injeção) com seus

    componentes no poço perfurado. Devido à diversidade de variáveis presentes na

    completação de um poço, o planejamento deste processo é muito importante,

    porém, muitas vezes difícil. Neste trabalho será apresentada uma abordagem para o

    planejamento de completação de um poço submarino, descrevendo as

    características do poço, a função dos equipamentos utilizados e, as operações

    necessárias para instalação dos equipamentos. Será utilizada uma modificação da

    metodologia FRAM, aplicada à sequência das operações, visando mitigar falhas de

    planejamento da completação. O objetivo é uma sequência de instalação robusta,

    respeitando condições de segurança e pré-condições existentes entre as operações

    da completação.

    Palavras Chave: Poço; completação; operações; planejamento; sequência de instalação; pré-condições.

  • MICHELS, André. DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA COMPLETAÇÃO DE POÇOS SUBMARINOS. Course Completion Work of Bachelor in Petroleum Engineering - Engineering Center, Federal University of Pelotas, Pelotas, 2015.

    Abstract

    Only the end of the drilling of a well does not allow it to operate safely and

    economically. To enable it to operating conditions, operations are required to install

    the production string (or injection string) with its components in the borehole.

    Because of the diversity of variables in the completion of a well, the planning of this

    process is very important but often difficult. This work presents an approach to the

    planning completion of a subsea well, describing the well characteristics, the

    equipment used and its function and, the operations necessary for the equipment

    installation. A modification of FRAM methodology will be used, being applied to the

    sequence of operations, to mitigate the completion design flaws. The objective is to

    obtain a robust installation sequence, respecting safety and pre-existing conditions

    between the completion operations.

    Keywords: Well; completion; operations; planning; installation sequence; preconditions.

  • Lista de Figuras Figura 3.1 - Sonda Auto Elevável ........................................................................... 16 Figura 3.2 - Sonda Semi-submersível ................................................................... 17 Figura 3.3 - Navio Sonda Dual Activity .................................................................. 18 Figura 3.4 - Arvore de Natal .................................................................................... 19 Figura 3.5 - Blowout Preventer .............................................................................. 20 Figura 3.6 - Tubing Head ........................................................................................ 21 Figura 3.7 - Suspensor de coluna .......................................................................... 22 Figura 3.8 - Bucha de desgaste ............................................................................. 23 Figura 3.9 - Coluna de produção ........................................................................... 24 Figura 3.10 - Cauda ................................................................................................. 25 Figura 3.11 - Packer ................................................................................................ 26 Figura 3.12 - Bridge Plug ........................................................................................ 28 Figura 3.13 - Surface controlled subsurface valve .............................................. 29 Figura 3.14 - Standing valve ................................................................................... 30 Figura 3.15 - Wireline entry guide .......................................................................... 31 Figura 3.16 - Regulador de fluxo com MGL e VGL ............................................... 32 Figura 3.17 - Exemplo de barreiras Fonte: Miura, 2004 ........................................ 33 Figura 3.18 - Exemplo de conjunto solidário de barreiras .................................. 34 Figura 3.19 - Exemplo de sinal e ruído aleatório .................................................. 42 Figura 3.20 - Representação gráfica de estruturas funcionais ........................... 43 Figura 4.1 - Condições iniciais do poço ................................................................ 44 Figura 4.2 - Condições finais do poço .................................................................. 45 Figura 4.3 - Packer de Produção ............................................................................ 47 Figura 4.4 - Equipamentos instalados abaixo do packer .................................... 47 Figura 4.5 - Ferramenta de instalação ................................................................... 48 Figura 4.6 - Junta de expansão para coluna de produção ................................. 49 Figura 4.7 - Regulador de fluxo .............................................................................. 49 Figura 4.8 - Surface controlled subsurface valve ................................................ 50 Figura 4.9 - Exemplo CSB primário e CSB terciário ............................................ 51 Figura 4.10 - Representação gráfica das operações ........................................... 52 Figura 5.1 - Condições iniciais ............................................................................... 54

  • Figura 5.2 - Pós operação 1 .................................................................................... 55 Figura 5.3 - Pós operação 2 .................................................................................... 55 Figura 5.4 - Pós operação 3 .................................................................................... 56 Figura 5.5 - Pós operação 4 .................................................................................... 56 Figura 5.6 - Pós operação 5 .................................................................................... 57 Figura 5.7 - Pós operação 6 .................................................................................... 57 Figura 5.8 - Operações 1-6 ..................................................................................... 58 Figura 5.9 - Pós operação 7 .................................................................................... 59 Figura 5.10 - Pós operação 8 .................................................................................. 59 Figura 5.11 - Pós operação 9 .................................................................................. 60 Figura 5.12 - Pós operação 10 ................................................................................ 60 Figura 5.13 - Pós operação 11 ................................................................................ 61 Figura 5.14 - Operações 1-11 ................................................................................. 62 Figura 5.15 - Pós operação 12 ................................................................................ 63 Figura 5.16 - Pós operação 13 ................................................................................ 63 Figura 5.17 - Pós operação 14 ................................................................................ 64 Figura 5.18 - Pós operação 15 ................................................................................ 64 Figura 5.19 - Pós operação 16 ................................................................................ 65 Figura 5.20 - Pós operação 17 ................................................................................ 65 Figura 5.21 - Pós operação 18 ................................................................................ 66 Figura 5.22 - Pós operação 19 ................................................................................ 66 Figura 5.23 - Pós operação 20 ................................................................................ 67 Figura 5.24 - Operações 1-20 ................................................................................. 68 Figura 5.25 - Pós operação 21 ................................................................................ 69 Figura 5.26 - Pós operação 22 ................................................................................ 69 Figura 5.27 - Pós operação 23 ................................................................................ 70 Figura 5.28 - Pós operação 24 ................................................................................ 70 Figura 5.29 - Pós operação 25 ................................................................................ 71 Figura 5.30 - Pós operação 26 ................................................................................ 71 Figura 5.31 - Mapa das operações. ........................................................................ 73

  • Sumário

    1 Introdução .......................................................................................................... 13

    2 Motivação ........................................................................................................... 14

    3 Revisão da Literatura ........................................................................................ 15 3.1 Barreira ......................................................................................................... 15 3.2 Recursos Utilizados na Completação de Poços ...................................... 16

    3.2.1 Sondas .................................................................................................... 16 3.2.2 Arvore de natal (AN) .............................................................................. 19 3.2.3 Blow out preventer (BOP) – Preventor de erupção ............................ 20 3.2.4 Tubing Heads (Base Adaptadora de Produção – BAP) ...................... 21 3.2.5 Suspensor de Coluna (Tubing Hangers – TH) .................................... 22 3.2.6 Bucha de desgaste (Wear Bushing – WB) .......................................... 23 3.2.7 Coluna de produção (COP) ................................................................... 24 3.2.8 Cauda ...................................................................................................... 25 3.2.9 Obturador (Packer) ................................................................................ 26 3.2.10 Tampão mecânico (Bridge Plug - BP) ................................................ 28 3.2.11 Válvula de Segurança de Subsuperfície controlada na superfície (SCSSV) ............................................................................................................. 29 3.2.12 Standing Valve (STV) ........................................................................... 30 3.2.13 Boca de Sino (Wireline entry guide) .................................................. 31 3.2.14 Mandril de Gaslift (MGL) e Válvula de gaslift (VGL) ......................... 32 3.2.15 Permanent Downhole Gauge (PDG) Registrador Permanente de Fundo de Poço ................................................................................................. 33

    3.3 Conjunto Solidário de Barreiras ................................................................ 33 3.4 Racionalidade para completação de poços .............................................. 35 3.5 Functional Resonance Accident Model (Modelo de acidente por ressonância funcional) ........................................................................................ 41

    4 Materiais e Métodos .......................................................................................... 44 4.1 Caracterização do Poço .............................................................................. 44

  • 4.1.1 Condições iniciais ................................................................................. 44 4.1.2 Condições finais .................................................................................... 45

    4.2 Seleção dos Equipamentos ........................................................................ 46 4.2.1 Completação Inferior (lower completion) ............................................ 46 4.2.2 Completação superior (upper completion) ......................................... 48

    4.3 Aplicação dos conjuntos solidários de barreiras .................................... 51 4.4 Modificação do Modelo de Acidente por Ressonância Funcional (FRAM) 52

    5 Resultados e Discussões ................................................................................. 54 5.1 Operações da completação ........................................................................ 54 5.2 Modificação do Modelo de Acidente por Resonância Funcional (FRAM) 72

    6 Conclusão .......................................................................................................... 74

    7 Sugestões para Trabalhos Futuros ................................................................. 75

    8 Referências Bibliográficas ............................................................................... 76

    Glossário .................................................................................................................. 79

  • 13

    1 Introdução

    Apenas o término da perfuração de um poço não permite que este opere de

    forma segura e econômica. Para habilitá-lo as condições de operação, são

    necessárias operações para instalar a coluna de produção (ou de injeção) com seus

    componentes no poço perfurado. A este processo se dá o nome de completação.

    Para que os fluidos possam ser tanto produzidos ou injetados, aspectos

    operacionais e técnicos devem ser analisados. É desejável que a completação

    busque a otimização de vazão e, minimize as intervenções de manutenção durante

    sua vida produtiva. Devido a diversidade de variáveis presentes na completação de

    um poço, o planejamento deste processo é muito importante, porém, muitas vezes

    difícil.

    Neste trabalho será desenvolvida uma metodologia para o planejamento de

    completação de um poço submarino, envolvendo conceitos de barreira e conjuntos

    solidários de barreira, o modelo de acidente por ressonância funcional proposto por

    Erik Hollnagel e Örjan Goteman e, a racionalidade desenvolvida por Peden para

    tomar decisões que influenciam na seleção de equipamentos utilizados na

    completação. Também serão descritas as características do poço e as condições em

    que deverá operar; a função dos equipamentos utilizados para completação

    submarina e, as operações necessárias para instalação dos equipamentos. O

    objetivo do trabalho é planejar a completação de um poço submarino, utilizando a

    metodologia a ser desenvolvida e aplicada em um poço para produção de

    hidrocarbonetos utilizando elevação artificial por gaslift.

  • 14

    2 Motivação

    A motivação para este trabalho vem da dificuldade encontrada em

    compreender quais processos e, os parâmetros que são necessários para instalar

    um equipamento em um poço submarino, e também, como agrupar as informações

    disponíveis para planejar a completação de um poço. A escassez de material sobre

    este tema, também é motivo para tentar desenvolver uma metodologia para o

    planejamento da completação de poços, com o objetivo de consolidar este tema não

    somente na indústria onde empresas possuem mais informações sobre os

    processos e equipamentos mas também na academia onde ainda não se encontram

    publicações.

  • 15

    3 Revisão da Literatura

    3.1 Barreira

    Existem diversas classificações de barreiras que evitam fluxos não

    intencionais de fluidos do poço para o meio ambiente. A Agência Nacional do

    Petróleo em sua norma número 25 de 2002, define barreira como: “separação física

    apta a conter ou isolar os fluidos dos diferentes intervalos permeáveis”.

    Também disciplina procedimentos que devem ser adotados durante o

    abandono de poços (temporário e permanente), o isolamento de zonas de

    hidrocarbonetos e aquíferos. Determina que deve ser evitada a migração de fluidos

    entre formações, tanto pelo poço ou pelo espaço anular entre o poço e o

    revestimento, assim como, a migração de fluidos até a superfície terrestre ou o

    fundo do mar.

    Uma barreira pode ser classificada como:

    A. Líquida: Constituída por uma coluna de liquido capaz de prover pressão

    hidrostática suficiente para que não ocorra fluxo de fluido no intervalo em

    questão ou poço;

    B. Sólida consolidada: Uma barreira que não se deteriora ao longo do tempo

    sendo representada por:

    • tampões de cimento ou outros materiais de características físicas similares;

    • revestimentos cimentados;

    • anulares cimentados entre revestimentos;

    C. Sólida mecânica: Caracterizada como temporária constituída por:

    • tampão mecânico permanente (permanente bridge plug);

    • tampão mecânico recuperável (retrievable bridge plug);

    • retentor de cimento (cement retainer);

    • obturadores (packers), de qualquer natureza;

    • válvulas de segurança do interior da coluna de produção;

    • tampões mecânicos do interior da coluna de produção;

    • equipamentos de cabeça de poço.

  • Revisão da Literatura

    16

    3.2 Recursos Utilizados na Completação de Poços

    3.2.1 Sondas

    Segundo (Mordehachvili, 2009) Os diferentes ambientes e lâminas de água

    onde reservatórios de petróleo são encontrados, fazem com que diferentes tipos de

    sonda sejam utilizadas. Os tipos de sondas são determinados pelas características

    de ancoragem, mobilidade e lâmina de água. Sendo eles:

    • Auto Eleváveis (figura 3.1)

    Possuem uma estrutura flutuante e estruturas de apoio que podem ser

    operadas de maneira mecânica ou hidráulica. Podem ser rebocadas ou possuir

    propulsão própria, quando chegam ao local desejado as estruturas são decidas até o

    assoalho marinho e a plataforma é elevada até que não sofra o impacto das ondas.

    Podem operar em lâminas de água de até 300m. Neste tipo de sonda o BOP está

    localizado na superfície.

    Figura 3.1 - Sonda Auto Elevável

    Fonte: Petrogasnews

  • Revisão da Literatura

    17

    • Semi-submersíveis (figura 3.2)

    Estas plataformas tem seu convés apoiado por colunas em flutuadores

    submersos. São estáveis e capazes de operar em condições de mar e clima mais

    severos. Podem ou não ter propulsão própria, sua ancoragem pode utilizar sistemas

    de posicionamento dinâmico, a velocidade de deslocamento é de 5 knots, em média.

    Figura 3.2 - Sonda Semi-submersível

    Fonte: Petrogasnews

  • Revisão da Literatura

    18

    • Navios Sonda

    Possuem autonomia de locomoção e maior velocidade quando comparados

    com outras sondas. Não possuem restrições de lâmina de água, porém, quando

    comparados à plataformas semi-submersíveis podem ser mais instáveis. Sua

    velocidade de deslocamento é de 11 knots em média.

    Outra característica que pode ser adotada para estes tipos de sondas é

    quanto a sua capacidade de operação sendo: Dual activity (figura 3.3) ou single

    activity. As sondas do tipo single activity utilizam apenas uma mesa rotativa. Já as

    sondas dual activity (Heartsill 2004), possuem duas mesas rotativas e redundância

    de equipamentos como por exemplo os ROVs, permitindo que sejam realizadas

    duas operações simultaneamente, reduzindo o tempo não produtivo da sonda.

    Figura 3.3 - Navio Sonda Dual Activity

    Fonte: Navalunivali

  • Revisão da Literatura

    19

    3.2.2 Arvore de natal (AN)

    Composta por (figura 3.4) um arranjo de válvulas, spools, medidores de

    pressão e chokes equipando a cabeça do poço permite o controle da produção.

    Apresentam variedade de configurações dependendo das condições a que serão

    submetidas como pressão e temperatura e, de acordo com o tipo de completação

    sendo simples ou múltipla (Schlumberger Glossary).

    Figura 3.4 - Arvore de Natal

    Fonte: FMC Technologies

  • Revisão da Literatura

    20

    3.2.3 Blow out preventer (BOP) – Preventor de erupção

    Caso ocorra a perda de controle do poço, a válvula instalada no topo do poço

    pode ser fechada permitindo o controle dos fluidos. Para controlar o poço

    normalmente é aumentada a densidade do fluido até que se controle os fluidos da

    formação e se possa abrir novamente a válvula.

    As especificações dos BOPs (figura 3.5) variam de acordo com o tamanho e a

    pressão a qual estará submetido, o BOP permite fechar a seção do poço, selar o

    anular entre os tubos e poço e cortar os tubos (Schlumberger Glossary).

    Figura 3.5 - Blowout Preventer

    Fonte: NOV.com

  • Revisão da Literatura

    21

    3.2.4 Tubing Heads (Base Adaptadora de Produção – BAP)

    Este equipamento (figura 3.6) é acoplado ao casing spool para suspender a

    coluna de produção e selar o anular entre a coluna de produção e o casing. A

    cabeça de produção é necessária durante a perfuração e completação de poços,

    quando um poço é completado, a árvore de natal é instalada no topo da cabeça

    equipada com um adaptador (FMC Tubing Heads Catalog).

    Figura 3.6 - Tubing Head

    Fonte: FMC Technologies

  • Revisão da Literatura

    22

    3.2.5 Suspensor de Coluna (Tubing Hangers – TH)

    É instalado no topo da coluna de produção, utilizado para suspender a coluna

    de produção através da cabeça do poço. O tubing hanger (figura 3.7) deve garantir

    isolamento hidráulico entre a coluna de produção e o anular (Schlumberger

    Glossary). São instalados através do BOP e assentados no topo da cabeça da

    coluna de produção. Podem ser simples ou duplos nos casos de poços com

    completação múltipla (FMC Tubing Hangers Catalog).

    Figura 3.7 - Suspensor de coluna

    Fonte: FMC Technologies

  • Revisão da Literatura

    23

    3.2.6 Bucha de desgaste (Wear Bushing – WB)

    A bucha de desgaste (figura 3.8) é utilizada para proteger outros

    equipamentos durante operações de perfuração e completação. Pode ser instalado

    na cabeça do poço e no último revestimento suspenso protegendo a superfície

    interna dos mesmos (IADC Glossary).

    Figura 3.8 - Bucha de desgaste

    Fonte: Sunryoil

  • Revisão da Literatura

    24

    3.2.7 Coluna de produção (COP)

    A coluna de produção (figura 3.9) é composta por tubos metálicos e outros

    componentes, e é descida no interior do revestimento de produção, suas funções

    são:

    • Conduzir os fluidos até a superfície, protegendo o revestimento de fluidos

    agressivos e pressões elevadas;

    • Permitir instalação de equipamentos para elevação artificial ;

    • Possibilitar a circulação de fluidos para o aumento da densidade do fluido

    (amortecimento) no poço.

    Figura 3.9 - Coluna de produção

    Fonte: (Thomas, 2001)

  • Revisão da Literatura

    25

    3.2.8 Cauda

    A cauda (figura 3.10) permite que em futuras intervenções a parte superior da

    coluna de produção seja removida, mantendo isolados os intervalos canhoneados

    abaixo da cauda. Os equipamentos abaixo da junta telescópica compõem a cauda

    (Thomas, 2001).

    Figura 3.10 - Cauda

    Fonte: (Thomas, 2001)

  • Revisão da Literatura

    26

    3.2.9 Obturador (Packer)

    O uso dos packers (figura 3.11) no interior dos poços permite o isolamento

    entre o revestimento e o tubing, outras funções do packer são: proteger o

    revestimento de corrosão e separar zonas produtoras. São classificados pela sua

    aplicação, método de instalação e se são permanentes ou recuperáveis

    (Schlumberger Glossary):

    • Permanentes

    Só podem ser removidos do poço quando perfurados ou cortados.

    Normalmente oferecem maior resistência a pressão e temperatura, seu diâmetro

    externo é geralmente menor, oferecendo mais espaço entre a ferramenta e o

    revestimento. Podem ser instalados utilizando wireline, arame, coiled tubing e drill

    pipe (Packer Systems – Baker Catalog).

    • Recuperáveis

    Podem ser removidos e reutilizados, normalmente custam mais caro que

    packers permanentes. Podem ser instalados utilizando wireline, hidraulicamente,

    hidrostaticamente e mecanicamente (Packers – Halliburton Catalog).

    Figura 3.11 - Packer

    Fonte: Baker6

  • Revisão da Literatura

    27

    Quanto a aplicação pode ser do tipo (Schlumberger Glossary):

    A. Production packer: utilizado para selar o anular e assegurar a parte inferior da

    coluna de produção.

    B. Squeeze: é um tipo de packer recuperável utilizado durante algumas

    operações de cimentação, permitindo a injeção de cimento sem que o ocorra

    o deslizamento do packer.

    C. Storm: é um tipo de packer recuperável utilizado ainda durante perfuração

    dos poços onde as operações podem ser suspensas como nos casos de

    tempestade, o equipamento permite a desconexão da sonda sem que a

    coluna de perfuração tenha que ser retirada do poço.

    D. Tie-Back: é um tipo de packer utilizado quando o poço é equipado com um

    liner do tipo tie-back.

    E. Swellable: é um equipamento que conta com elastômeros que se expandem

    selando seu anular quando imersos em certos fluidos no poço. Estes

    elastômeros podem ser tanto sensíveis a água quanto ao óleo.

    F. Sealbore: é um tipo de packer de produção que contem uma seção vazada

    com selos que podem encaixadas a parte inferior da coluna de produção, este

    tipo de packer é utilizado quando a movimentação da coluna de produção for

    muito grande.

  • Revisão da Literatura

    28

    3.2.10 Tampão mecânico (Bridge Plug - BP)

    São equipamentos (figura 3.12) instalados no poço para isolar a parte inferior

    do mesmo. Podem ser permanentes ou recuperáveis, permitindo a parte inferior do

    poço ser isolada permanentemente para impedir produção ou temporariamente para

    realizar tratamentos na parte superior do plug (Schlumberger Glossary). O método

    de instalação varia de acordo com cada equipamento e fabricante.

    • Permanentes

    Podem ser instalados por wireline, arame, coiled tubing e mecanicamente

    (Drillable Service Tools Halliburton Catalog).

    • Recuperáveis

    Podem ser instalados por arame, coiled tubing, wireline. A desinstalação

    também depende do equipamento podendo utilizar equipamentos de pescaria e

    rotação de coluna (Retrievable Service Tools Halliburton Catalog).

    Figura 3.12 - Bridge Plug

    Fonte: Halliburton9

  • Revisão da Literatura

    29

    3.2.11 Válvula de Segurança de Subsuperfície controlada na superfície (SCSSV)

    São válvulas de segurança controladas pela superfície (figura 3.13) que

    operam em subsuperfície, uma linha de controle conectada a válvula percorre a

    parte externa do tubing. Para que a válvula permaneça aberta, a linha de controle

    deve permanecer pressurizada, para fechar a válvula é necessário interromper a

    pressurização da linha a qual é controlada na plataforma (Schlumberger Glossary).

    Figura 3.13 - Surface controlled subsurface valve

    Fonte: SSV – Onix – Baker catalog

  • Revisão da Literatura

    30

    3.2.12 Standing Valve (STV)

    São válvulas (figura 3.14) utilizadas para impedir o fluxo descendente dos

    fluidos dentro da coluna de produção, quando a pressão hidrostática exercida pela

    coluna for superior a pressão do reservatório a válvula permitirá a vedação da

    coluna, entretanto, quando a pressão do reservatório for superior a pressão da

    coluna de produção, a válvula permite o fluxo ascendente dos fluidos do

    reservatório. Estas válvulas geralmente são instaladas e retiradas por operações

    com arame, e alojadas em nipples localizados na coluna (Schlumberger Glossary).

    Figura 3.14 - Standing valve

    Fonte: Weatherford

  • Revisão da Literatura

    31

    3.2.13 Boca de Sino (Wireline entry guide)

    A boca de sino (figura 3.15) foi desenvolvida para ser instalada na

    extremidade inferior da coluna, facilitando as ferramentas que utilizam wireline de

    entrar novamente na coluna. Variações de modelo como pumpout plug e shear-

    outball permitem que a coluna seja pressurizada, quando a pressão atingir o valor

    pré-determinado de ruptura o plug ou bola são retirados da ferramenta, após este

    procedimento os subs permitem acesso do tubing para o casing (Packer Systems –

    Baker Catalog).

    Figura 3.15 - Wireline entry guide

    Fonte: Baker6

  • Revisão da Literatura

    32

    3.2.14 Mandril de Gaslift (MGL) e Válvula de gaslift (VGL)

    As VGL ficam alojadas dentro de MGL que são instalados ao longo da coluna

    de produção (figura 3.16). O conjunto MGL e VGL é usado para comunicar o anular

    ao interior da coluna de produção. Esta comunicação permite troca dos fluidos de

    maneira que a densidade dos fluidos no interior da coluna seja reduzida, retirando o

    fluido de amortecimento ou colocando o poço em produção.

    A VGL só permite o fluxo do anular para coluna. A VGL opera utilizando uma

    esfera que veda a sua sede e uma mola que tende a manter a válvula fechada.

    A instalação das VGL podem ser feitas de duas maneiras dependendo do tipo

    de mandril utilizado, sendo instaladas enquanto a coluna é montada e descida no

    poço ou quando utilizado outro tipo de mandril, sua instalação é feita por operações

    com arame após a descida da coluna de produção (Santarem, 2009).

    Figura 3.16 - Regulador de fluxo com MGL e VGL

    Fonte: Baker3

  • Revisão da Literatura

    33

    3.2.15 Permanent Downhole Gauge (PDG) Registrador Permanente de Fundo de Poço

    Estes instrumentos são utilizados para monitorar mudanças de pressão,

    temperatura, vazão, acústica e sísmica. Os sensores podem ser eletrônicos ou

    óticos.(Weatherford – OmniWell Production and Reservoir Monotoring)

    Os dados obtidos no poço são transmitidos em tempo real para superfície,

    auxiliando identificar e prever problemas no poço. São equipamentos de fácil

    instalação, podendo ser instalados por cabo elétrico e capazes de operar em

    condições de alta pressão e temperatura.

    Alguns medidores de vazão óticos não apresentam restrições ao fluxo e

    também podem trabalhar com fluidos mono e multifásicos. Podendo ser instalados

    sem restrições de diâmetro de tubulação e também em poços injetores ou

    produtores.

    3.3 Conjunto Solidário de Barreiras

    As definições de barreira apresentadas pela norma 25 da ANP trabalham

    barreiras como sistemas independentes para conter fluxos indesejáveis (figura 3.17),

    entretanto, é possível que ocorra um fluxo que contorne uma barreira instalada. Um

    poço aberto que utilize tampões de cimento no topo e base da camada com

    hidrocarbonetos, poderá apresentar um vazamento caso ocorra uma fratura na

    formação, conectando o reservatório a uma camada permeável que permita o fluxo

    até a superfície.

    Figura 3.17 - Exemplo de barreiras

    Fonte: Miura, 2004

  • Revisão da Literatura

    34

    Utilizando uma abordagem diferente onde barreiras devem trabalhar em

    conjunto, define-se o conjunto solidário de barreiras de segurança (CSB):

    Conjunto constituído de uma ou mais barreiras aptas a impedir o evento indesejável considerando todos os caminhos possíveis entre o sistema em estudo e o meio ambiente (MIURA, 2004).

    Um CSB deve apresentar barreiras em todos os caminhos possíveis (figura

    3.18), sendo solidárias para que não ocorra o contorno de uma barreira. Aplicam-se

    para que não ocorra a comunicação entre coluna e anular, assim como, o poço e

    seu anular.

    Figura 3.18 - Exemplo de conjunto solidário de barreiras

    Fonte: Miura, 2004.

    Os conjuntos solidários de barreiras devem ser aplicados de acordo com

    (Miura, 2004) onde:

    • Pelo menos dois conjuntos solidários independentes e testados de barreiras

    de segurança devem estar disponíveis para prevenir fluxo não intencional do

    poço, durante todo o ciclo de vida de um poço exceto abandono definitivo, isto

    é, durante a perfuração, completação, produção e/ou injeção, restauração e

    abandono temporário;

    • O estado de cada conjunto solidário de barreiras deve ser conhecido durante

    todo o tempo. A identificação destes estados deve ser feita antes do começo

    de cada atividade (operação) planejada;

  • Revisão da Literatura

    35

    • Na eventualidade de falha de uma barreira, medidas imediatas devem ser

    tomadas para restabelecimento da condição de dois conjuntos solidários de

    barreiras independentes;

    • No abandono definitivo, pelo menos três conjuntos solidários independentes e

    testados de barreiras de segurança devem estar disponíveis para prevenir

    fluxo não intencional do poço.

    3.4 Racionalidade para completação de poços

    O artigo de Peden (1986) relata que, movido pelas dificuldades encontradas

    no desenvolvimento da completação de poços, apresentou uma tentativa de

    racionalizar as decisões e fatores que influenciam a seleção ou especificação dos

    equipamentos, assim como, os processos envolvidos durante a completação.

    Apoiado por empresas e informações obtidas da região do Mar do Norte, apresentou

    4 critérios que devem ser satisfeitos para garantir a eficiência da completação,

    sendo eles:

    • Otimização do desempenho da produção/injeção;

    • Segurança – Capacidade de cessar a produção e reestabelecer o controle do

    poço em condições controladas e de emergência;

    • Integridade e Confiabilidade – produção prolongada e intervenções limitadas;

    • Minimização de custos.

    As informações necessárias para completação foram classificadas em 4

    categorias, sendo elas:

    • Objetivos do poço e parâmetros do reservatório: Informações do reservatório,

    fluido e localização do poço.

    • Informações de completação e intervenção: Informações baseadas no histórico

    e requisitos do poço como por exemplo a estimulação.

    • Especificação dos equipamentos da completação: Dimensões, material de

    construção, compatibilidade e disponibilidade dos componentes.

  • Revisão da Literatura

    36

    • Problemas de produção: Devem ser identificados os problemas que irão

    acontecer e os que podem acontecer (como mudanças de molhabilidade) ao

    longo da vida produtiva do poço.

    • Após estabelecidos os critérios e as informações necessárias para se realizar

    uma completação eficiente, (Peden,1986) estabeleceu o processo de tomada

    de decisões considerando a completação de um poço submarino, este

    processo foi dividido em 9 etapas.

    1) Procedimento de execução da completação

    O procedimento para instalação da coluna de produção é fundamental para o

    processo de completação, requer conhecimento da política de canhoneio, define

    requisitos de pressão do poço durante canhoneio e completação e influência a

    seleção de equipamentos.

    Para o procedimento de execução devem ser definidos o método de

    canhoneio, as condições do poço durante o canhoneio e, a configuração do packer e

    cauda assim como a sequência de instalação.

    O canhoneio em underbalance permite melhor produtividade dos

    canhoneados, entretanto, em condições de overbalance o canhoneio pode ser

    realizado por wireline ou tubing conveyed.

    A configuração do packer e da cauda dependem de diversos fatores, o

    método de instalação dos packers pode ser hidráulico, mecânico ou a cabo.

    Nos casos em que não ocorrerá movimento da unidade selante, a coluna de

    produção pode ser descida junto com o packer sendo necessário a instalação de um

    nipple na cauda para o assentamento do packer. Outra opção é a instalação

    independente do packer ou packer e cauda, utilizando packer mecânico ou a cabo,

    seguido da instalação da coluna de produção.

    Quando é esperado o movimento da unidade selante o packer pode ser

    assentado a cabo ou mecanicamente seguido da instalação da coluna de produção

    com a cauda e a unidade selante no poço. Outra opção é instalar o packer e cauda

    como descrito anteriormente e encaixar a unidade selante na extremidade inferior da

    coluna de produção no packer.

  • Revisão da Literatura

    37

    2) Seleção do fluido de completação

    Os critérios para a seleção do fluido de completação são: a densidade

    necessária, disponibilidade e necessidade de filtragem, compatibilidade com a

    formação e a possibilidade de causar dano a formação, estabilidade do fluido

    submetido a temperatura e ao tempo, possibilidade de precipitação e a possibilidade

    de corrosão.

    3) Seleção da coluna de produção (COP)

    A seleção da coluna de produção requer as especificações dos diâmetros

    internos e externos dos tubos, o comprimento de cada seção, material de construção

    dos tubos, tipo de conexão e rosca, movimento máximo esperado para a coluna de

    produção.

    4) Especificação da unidade selante

    Para os casos onde o movimento da coluna é pequeno diversas alternativas

    podem ser utilizadas como:

    a) Utilizar um conjunto de selo tipo ancora onde um selo estático é inserido no

    packer;

    b) Utilizar coluna de produção com maior espessura ou resistência a tensão e

    utilizar conexões mais resistentes;

    c) Uma junta telescópica pode ser utilizada quando o movimento for pequeno.

    Quando o movimento da coluna for grande é necessário o uso de conjuntos

    de selo dinâmicos, os mais utilizados no mar do norte são:

    a) Locator Seal Assembly (LSA) - O conjunto de selos é instalado na parte

    interna do packer, a extensão da área selante pode ser aumentada

    adicionando tubos ao packer.

    b) Polished Bore Receptacle (PBR) – Frequentemente utilizado para poços

    equipados com liners onde, a coluna de produção pode ser instalada em uma

    área selante acima do liner.

  • Revisão da Literatura

    38

    5) Especificação da cauda

    A cauda deve permitir isolar o poço abaixo do packer, utilizar medidores de

    temperatura e pressão, guiar a retirada de ferramentas a cabo e, alojar extensões de

    corte e selo.

    6) Seleção do packer

    As duas características principais para especificação do packer de produção

    são a profundidade e quanto a recuperação do packer. O programa de revestimento

    do poço influi na seleção do packer, para poços produtores revestidos, o packer

    deverá ser instalado o mais profundo possível, de acordo com a cauda.

    Para os casos em que um liner de produção é utilizado, a localização do

    packer irá depender da integridade do cimento no entorno do liner, quando a

    cimentação for boa o packer será instalado no interior do liner, caso a integridade do

    cimento não for adequada, o packer deverá ser instalado no revestimento de

    produção.

    De maneira geral os packers permanentes serão utilizados quando:

    • O diferencial de pressão previsto exceder 5000 psi;

    • A temperatura exceder 225 °F;

    • Houver a existência de H2S e a temperatura for inferior a 160°F;

    • Intervenções previstas sejam infrequentes.

    Caso estas condições não ocorram, packers recuperáveis são

    recomendados, considerando que o histórico de uso destes equipamentos sejam

    confiáveis.

  • Revisão da Literatura

    39

    7) Seleção da válvula de segurança (SCSSV)

    Para poços produtores do mar do norte, as especificações de profundidade

    de assentamento, mecanismo da válvula e recuperabilidade da válvula, foram

    consideradas para escolher os equipamentos a serem utilizados.

    Na maioria dos casos as válvulas podem ser instaladas em maior

    profundidade, entretanto, pode ser necessário utilizar duas linhas de controle, uma

    para controle da válvula e outra para controle da pressão hidrostática na linha de

    controle.

    As válvulas podem ser recuperáveis a arame ou com a coluna de produção.

    As válvulas recuperáveis com a coluna de produção foram consideradas mais

    confiáveis pelos operadores do Mar do Norte e também, oferecem maior diâmetro

    interno reduzindo a perda de carga por fricção. As válvulas recuperáveis a cabo

    foram consideradas mais fáceis de serem retiradas e substituídas, porém,

    oferecendo menor diâmetro interno e aumentando a perda de carga durante a

    produção.

    Quanto ao mecanismo da válvula, os mecanismos existentes foram

    considerados confiáveis mas, as válvulas do tipo flapper foram consideradas mais

    fáceis de serem retificadas.

    8) Seleção do dispositivo de circulação

    Os dispositivos de circulação do poço devem atender os requisitos

    necessários durante a indução de surgência, amortecimento do poço ou

    reestabelecimento do balanço hidrostático, injeção de produtos químicos e gaslift.

    Diversos dispositivos e técnicas permitem a comunicação entre a coluna de

    produção e seu anular, sendo eles:

    • Sliding Sleeve (SS);

    • Side Pocket Mandrels (SPM) ou mandril de gaslift (MGL);

    • Ported Nipple;

    • Tubing Punch;

    • Exposed Ports.

  • Revisão da Literatura

    40

    Os dispositivos mais comuns e operados por arame são o SS, MGL e o

    ported nipple. O sistema SS permite altas taxas de circulação mas não deve ser

    utilizado quando:

    • CO2 ou H2S são produzidos devido a possibilidade de dano aos selos;

    • A temperatura exceder 225°F;

    • Em poços de alta inclinação.

    Para a injeção de produtos químicos a técnica mais comum encontrada no

    mar do norte utiliza MGL com uma válvula de injeção. Para atingir a vazão

    necessária podem ser adicionadas mais válvulas ao longo do poço.

    9) Seleção do wireline nipple

    Os nipples podem ser instalados em diversas localizações na coluna

    permitindo diversas operações como:

    • Instalação de plugs para isolamento da pressão;

    • Instalação de válvulas de segurança, chokes e reguladores;

    • Instalação de dispositivos de monitoramento.

    Os nipples se dividem em no-go e seletivos (go through), quando o sistema

    no-go é utilizado, deve se tomar o cuidado de utilizar nipple de maior diâmetro

    interno próximo a superfície, e ir reduzindo seu diâmetro interno até o nipple mais

    profundo. Para os nipples seletivos, estes podem apresentar o mesmo diâmetro

    interno ao longo da coluna de produção, entretanto, os problemas mais comuns ao

    utilizar os nipples seletivos são a tensão no arame e seu alongamento que dificultam

    identificar a localização do nipple, nestes casos deve se utilizar um espaçamento

    mínimo entre os nipples de 30 pés ou mais. Outro problema é a confiabilidade do

    sistema que deve ser checado considerando seu histórico.

  • Revisão da Literatura

    41

    3.5 Functional Resonance Accident Model (Modelo de acidente por ressonância funcional)

    O modelo de acidente por ressonância funcional proposto por Erik Hollnagel e

    Örjan Goteman (2006), utiliza o princípio da ressonância estocástica no contexto de

    um sistema, para identificar riscos em sistemas dinâmicos e descrever acidentes

    complexos. Para compreender os conceitos utilizados pelo autor do modelo, os

    conceitos de ressonância, ressonância estocástica e ressonância funcional serão

    explicados abaixo.

    A ressonância é definida como a resposta de um objeto ou sistema que vibra em fase com uma força externa oscilatória. Esta interação ocorre quando a força

    aplicada ao sistema possui frequência próxima a frequência natural do sistema,

    resultando no aumento de amplitude da onda.

    A diferença entre a ressonância e a ressonância estocástica ocorre na natureza da força atuante. A ressonância estocástica é o fenômeno no qual um sinal

    não linear é sobreposto a um sinal periódico modulado. Este sinal é normalmente

    indetectável devido a sua fraqueza, porém, torna-se detectável devido a ressonância

    com o ruído estocástico (Figura 3.19).

    Sistemas complexos como por exemplo os compostos por homens e

    equipamentos, possuem diversos subsistemas para compor um sistema. Embora

    construídos para operar de maneira previsível e confiável, possuem variabilidade de

    desempenho. Caso considerado um subsistema que compõem o sistema, a sua

    variabilidade de desempenho, pode ser vista como um sinal modulado de baixa

    intensidade e normalmente indetectável.

    Um sistema pode ser considerado como ruído aleatório devido a soma de

    todos os sinais de desempenho variável dos subsistemas, que quando somados

    formam o ruído. Um subsistema que sofra uma variabilidade de desempenho muito

    grande ao interagir com o ruído pode gerar uma ressonância.

    Na ressonância estocástica o ruído realmente aleatório é sobreposto ao sinal.

    Neste sentido o sinal é uma propriedade do sistema, enquanto o ruído é uma

    propriedade do ambiente.

  • Revisão da Literatura

    42

    Figura 3.19 - Exemplo de sinal e ruído aleatório

    Fonte: modificado de (Hollnagel, 2006)

    No modelo sistemático de acidente, a delineação entre sistema (sinal fraco) e

    ambiente (ruído) é relativa, qualquer parte da variabilidade do sistema pode ser um

    sinal e o resto ruído. A ressonância então não depende de uma fonte desconhecida,

    e é uma consequência das ligações funcionais do sistema. Sendo assim, o autor do

    modelo considera melhor utilizar o termo ressonância funcional que ressonância estocástica, devido ao ruído que não é puramente estocástico, pois pode ser

    determinado pela variabilidade das funções do sistema.

    Ao utilizar o modelo de acidente por ressonância funcional (FRAM), o primeiro

    passo a ser tomado é identificar as estruturas funcionais para um cenário ou tarefa.

    As estruturas funcionais foram descritas em termo das 6 relações existentes entre as

    funções para realizar uma tarefa, sendo elas:

    • Input (I): O que é necessário para realizar a função. São a ligação as funções anteriores e podem ser utilizados ou transformados pela função para produzir

    os outputs.

    • Output (O): São o produto de uma função e a ligação as funções seguintes.

    • Recursos (R): Representa o que é necessário para a função para processar o input.

  • Revisão da Literatura

    43

    • Controle (C): Ou restrições, servem para supervisionar ou restringir a função.

    • Pré-condição (P): são as condições que devem ser atingidas antes de realizar a função.

    • Tempo (t): todos os processos são governados pelo tempo, que também pode servir como uma restrição nos casos onde exista um período no qual a

    atividade deve ser realizada.

    A representação gráfica de um estrutura funcional é apresentada na figura

    3.20 abaixo:

    Figura 3.20 - Representação gráfica de estruturas funcionais

    Fonte: Hollnagel, 2006

    A análise de risco normalmente procura por funções ou ações que causaram

    falhas. O FRAM tem seu foco voltado para como as condições que podem gerar

    acidentes emergem, para que isto seja possível o autor estabeleceu os seguintes

    passos:

    • Identificar e caracterizar funções essenciais do sistema, a caracterização

    pode ser baseada nas 6 relações existentes entre as estruturas funcionais.

    • Caracterizar o potencial de variabilidade, utilizando uma lista de checagem.

    • Definir a ressonância funcional baseado nas dependências entre funções

    identificadas.

    • Identificar barreiras para variabilidade e especificar o monitoramento

    necessário para a performance necessária.

  • 44

    4 Materiais e Métodos

    4.1 Caracterização do Poço

    O poço simulado com dados que se assemelham as características reais de

    um poço, foi perfurado e cimentado em lâmina de água de aproximadamente 900

    metros em 4 seções verticais de diferentes diâmetros, dentre eles:

    • O revestimento condutor com diâmetro de 30” do fundo do mar (900 m) até

    940 metros;

    • O revestimento de superfície com diâmetro de 13.3/8” do fundo do mar (900

    m) até 1875 metros;

    • O revestimento de produção com diâmetro de 9.5/8” do fundo do mar (900 m)

    até 2825m;

    • O liner com 7” de 2725m até 3060m, cobrindo o topo e a base do

    reservatório.

    4.1.1 Condições iniciais

    Após a cimentação, o poço apresenta: o sistema de cabeça de poço

    submarino (SCPS), Blow Out Preventer (BOP) e fluido de perfuração no interior do

    poço (figura 4.1).

    Figura 4.1 - Condições iniciais do poço

  • Materiais e Métodos

    45

    4.1.2 Condições finais

    Após a completação, o poço deve estar preparado para ser conectado a

    plataforma de produção e começar a produção. Para isso deve apresentar: Árvore

    de Natal Molhada (ANM), Suspensor de coluna (Tubing Hanger – TH), Base

    Adaptadora de Produção (BAP), Sistema de Cabeça de Poço Submarino (SCPS),

    Obturador (Packer), Cauda, Mandril de GasLift (MGL), Surface Controlled

    Subsurface Safety Valve (SCSSV), Coluna de Produção (COP) e realizado o

    Canhoneio (figura 3.7).

    Figura 4.2 - Condições finais do poço

  • Materiais e Métodos

    46

    4.2 Seleção dos Equipamentos

    A seleção dos equipamentos foi baseada no processo de tomada de decisão

    proposto por Peden (1986). A partir da decisão de realizar o canhoneio do poço a

    cabo elétrico em condições overbalance, instalar um packer de produção

    permanente também a cabo elétrico separado da coluna de produção devido a

    movimentação esperada para a coluna de produção.

    4.2.1 Completação Inferior (lower completion)

    A completação inferior será composta por um packer permanente de

    produção (figura 4.3 - DB Retainer Production Packer) e conectados na sua parte

    inferior, serão instalados um tubo curto (pup joint), um nipple e uma boca de sino

    (figura 4.4). Na parte superior do packer será encaixada a coluna de produção

    (completação superior) com uma unidade selante na extremidade inferior.

    O tubo curto será solidário ao nipple do tipo bottom no go e à boca do sino do

    tipo shear-out ball. O uso desta boca de sino substituirá a válvula do tipo standing

    valve, pois, ambos permitirão a pressurização do interior da coluna e, o fluxo do

    interior do poço para a coluna. O nipple poderá ser utilizado para alojar

    equipamentos de monitoramento como os PDGs.

    A instalação do packer permanente será realizada por cabo elétrico utilizando

    a ferramenta de instalação (figura 4.5) do tipo E-4 wireline pressure setting

    assembly.

    Para assentar o packer é necessário instalar um kit adaptador ao packer para

    que possa ser conectado a ferramenta de instalação. Após a montagem, os

    equipamentos são descidos no poço por cabo elétrico (wireline), uma carga elétrica

    gera a ignição da carga explosiva na ferramenta de instalação. O aumento da

    pressão dos gases gerados na combustão é utilizado para gerar a força necessária

    para assentar o packer. Após assentar o packer, o kit adaptador se desconecta do

    packer, permitindo a retirada da ferramenta de instalação.

  • Materiais e Métodos

    47

    Figura 4.3 - Packer de Produção

    Fonte: Packer system6 – Baker catalog.

    Figura 4.4 - Equipamentos instalados abaixo do packer

    Fonte: Packer systems6 – Baker catalog.

  • Materiais e Métodos

    48

    Figura 4.5 - Ferramenta de instalação

    Fonte: Packer system6 – Baker catalog.

    4.2.2 Completação superior (upper completion)

    A coluna de produção (COP) será composta por: tubos de produção (tubing);

    a válvula de segurança controlada por superfície (SCSSV); mandril de gaslift com a

    válvula (MGL/VGL);uma junta de expansão (E Tubing Expansion Joint) para

    compensar os movimentos de contração e expansão da coluna (figura 4.6); e uma

    unidade selante na extremidade para encaixar no packer (interligação com a

    completação inferior).

    Esta COP será suspensa pelo tubing hanger a ser assentado na base

    adaptadora de produção (BAP).

    Para a injeção de gás pelo anular será utilizado um MGL do tipo side pocket

    mandril, este equipamento (BE Full-Opening Downhole Flow Regulator) mantem o

    diâmetro interno da coluna de produção pois a VGL é instalada paralela a coluna

    como representado na figura 4.7.

  • Materiais e Métodos

    49

    Figura 4.6 - Junta de expansão para coluna de produção

    Fonte: Packer systems6 – Baker catalog.

    Figura 4.7 - Regulador de fluxo

    Fonte: Flowcontrol3 – Baker catalog

  • Materiais e Métodos

    50

    Próximo à superfície será instalada a válvula de segurança de subsuperfície

    (SCSSV - Onix), que para a sua operação, uma linha pressurizada é conectada da

    válvula até o controle de superfície. A pressurização da linha permite a compressão

    da mola e abertura da válvula, caso ocorra a despressurização da linha a mola irá

    retomar a sua posição inicial e fechar a válvula. Na figura 4.8 estão representada as

    posições aberta e fechada da válvula.

    Figura 4.8 - Surface controlled subsurface valve

    Fonte: SSV – Onix – Baker catalog

    Para a junta de expansão será utilizado uma junta telescópica (Tubing Seal

    Receptacle- TSR) ao invés de utilizar um Polished Bore Receptacle (PBR).

  • Materiais e Métodos

    51

    4.3 Aplicação dos conjuntos solidários de barreiras

    Neste trabalho serão utilizados os conjuntos solidários de barreiras como

    proposto por (Miura, 2004), durante todas as operações de completação realizadas

    neste trabalho, serão utilizados dois conjuntos solidários de barreiras. Sendo o

    conjunto solidário de barreiras primário próximo a base do poço e o conjunto

    solidário de barreira terciário próximo a superfície

    Neste trabalho não foram determinados os conjuntos solidários de barreiras

    secundários, pois não ocorrerá o abandono do poço, quando necessário realizar o

    abandono devem ser determinados os CSBs secundários.

    Na figura 4.9, o CSB primário está representado pela linha azul e é

    constituído por: camada de rocha capeadora, cimentação do liner, liner, cimentação

    de revestimento de produção em frente ao liner. O CSB secundário representado

    pelo fluido de perfuração e CSB terciário representado pela linha vermelha que é

    composto por: camada de rocha capeadora, cimentação do revestimento de

    produção (acima do liner), revestimento de produção, SCPS e o BOP.

    Figura 4.9 - Exemplo CSB primário e CSB terciário

  • Materiais e Métodos

    52

    4.4 Modificação do Modelo de Acidente por Ressonância Funcional (FRAM)

    As operações realizadas durante a completação de poços foram mapeadas e

    as suas relações foram divididas em três categorias: pré-condições, input e output.

    Essa simplificação em relação ao modelo original é devida a ausência de

    informações de controle, tempo e os recursos envolvidos durante a completação de

    poços.

    As pré-condições caracterizam a necessidade de realizar uma tarefa anterior

    a operação e as pré-condições negativas ocorrem quando é necessária a ausência

    de um equipamento ou operação. As pré-condições permitem ordenar as operações

    para que seja possível realizar a instalação dos equipamentos em uma sequência

    lógica e segura.

    O input de uma operação é caracterizado por o que é necessário para realizar

    a operação e o output de uma operação representa o que foi produzido após

    concluída a operação.

    Para analisar todas as operações em um gráfico as operações foram

    representadas em triângulos. As operações foram identificadas pelo número da

    operação no centro do triângulo e nos vértices estão representadas as pré-

    condições pela letra P, inputs pela letra I e, outputs pela letra O como na figura 4.10.

    As operações podem apresentar mais de uma pré-condição e input, porém, sempre

    resultarão em um único output.

    Figura 4.10 - Representação gráfica das operações

  • Materiais e Métodos

    53

    As condições iniciais do poço BOP instalado e poço cimentado foram

    representadas por círculos. Durante a análise da sequência das operações, foi

    determinado que a instalação do BOP não possui pré-condições, devido as

    características do equipamento, que é utilizado para intervenções de emergência.

    Os outputs gerados pelo BOP estão representados em azul para facilitar sua

    identificação devido a sua importância durante a completação.

    Para representar as pré-condições negativas foram utilizadas linhas

    vermelhas e o sinal negativo para identificar a necessidade de não realizar uma

    operação. Negligenciar estas pré-condições negativas pode levar a erros de difícil

    correção, como por exemplo a instalação da cauda impede que o canhoneio seja

    realizado como planejado. A instalação da cauda causa a redução do diâmetro

    interno do poço, sendo necessário utilizar um canhão menor que poderia reduzir a

    eficiência produtiva do poço.

    As linhas pretas sólidas e tracejadas foram utilizadas para relacionar as

    demais operações. Foram utilizadas as linhas tracejadas para facilitar a distinção

    entre operações.

  • 54

    5 Resultados e Discussões

    Neste capítulo, serão apresentadas as operações necessárias para instalação

    dos equipamentos; os conjuntos solidários de barreira para cada etapa da

    completação e a modificação do FRAM para controle da segurança da completação.

    5.1 Operações da completação

    Para instalar os equipamentos selecionados serão necessárias as operações

    listadas abaixo. As operações seguem a ontologia apresentada por Miura (2004), a

    ordem das operações, foi desenvolvida aplicando os conjuntos solidários de

    barreiras e a modificação do FRAM conforme apresentado no capitulo 4.4.

    1) Teste de estanqueidade

    Pré Operação (figura 5.1):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    perfuração.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BOP.

    Figura 5.1 - Condições iniciais

  • Resultados e Discussões

    55

    Pós Operação (figura 5.2):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    perfuração.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BOP.

    Figura 5.2 - Pós operação 1

    2) Condicionamento de Revestimento

    Pós Operação (figura 5.3):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    perfuração.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BOP.

    Figura 5.3 - Pós operação 2

    Raspadores

  • Resultados e Discussões

    56

    3)Troca de fluido de poço

    Pós Operação (figura 5.4):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BOP.

    Figura 5.4 - Pós operação 3

    4) Perfilagem para verificação de cimentação

    Pós Operação (figura 5.5):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BOP.

    Figura 5.5 - Pós operação 4

    Perfilagem

    Fluido de completação

  • Resultados e Discussões

    57

    5) Assentamento de Tampão Mecânico a Cabo Elétrico – BPR

    Pós Operação (figura 5.6):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BPR + BOP.

    Figura 5.6 - Pós operação 5

    6) Retirada de BOP

    Pós Operação (figura 5.7):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BPR.

    Figura 5.7 - Pós operação 6

    Bridge Plug Recuperável

  • Resultados e Discussões

    58

    As 6 primeiras operações (figura 5.8) são necessárias para testar a vedação

    do poço e, realizar a sua limpeza interna para que os próximos equipamentos

    possam ser instalados. Esta limpeza é necessária para a remoção de detritos ou

    sujeira que podem comprometer a atuação dos equipamentos a serem instalados,

    permitindo então a instalação do tampão mecânico e a remoção do BOP para que

    as próximas operações sejam realizadas.

    Figura 5.8 - Operações 1-6

  • Resultados e Discussões

    59

    7) Jateamento de housing do SCPS

    Pós Operação (figura 5.9):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BPR.

    Figura 5.9 - Pós operação 7

    8) Instalação de BAP e bucha de desgaste

    Pós Operação (figura 5.10):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BPR.

    Figura 5.10 - Pós operação 8

    Jateamento

    BAP e bucha de desgaste

  • Resultados e Discussões

    60

    9) Instalação de BOP

    Pós Operação (figura 5.11):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BPR.

    Figura 5.11 - Pós operação 9

    10) Retirada de bridge plug recuperável

    Pós Operação (figura 5.12):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP.

    Figura 5.12 - Pós operação 10

    BOP

  • Resultados e Discussões

    61

    11) Canhoneio a cabo

    Pós Operação (figura 5.13):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP.

    Figura 5.13 - Pós operação 11

    Canhoneio

  • Resultados e Discussões

    62

    As operações 7,8,9,10 e 11 (figura 5.14) são necessárias para que sejam

    instalados a base adaptadora de produção e o BOP, para que o canhoneio possa

    ser realizado em segurança após a retirada do bridge plug recuperável. A presença

    do BOP é necessária para controlar o poço pois, ao se realizar o canhoneio o poço

    estará conectado ao reservatório podendo ocorrer fluxo de fluidos.

    Figura 5.14 - Operações 1-11

  • Resultados e Discussões

    63

    12) Assentamento de Tampão Mecânico a Cabo Elétrico – Packer e cauda

    Pós Operação (figura 5.15):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + Shear-out.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP.

    Figura 5.15 - Pós operação 12

    13) Retirada de bucha de desgaste

    Pós Operação (figura 5.16):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + Shear-out.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP.

    Figura 5.16 - Pós operação 13

    Cauda

  • Resultados e Discussões

    64

    14) Montagem e Descida da Coluna Definitiva

    Pós Operação (figura 5.17):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + Shear-out + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP + COP.

    Figura 5.17 - Pós operação 14

    15) Balanceio de coluna

    Pós Operação (figura 5.18):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + Shear-out + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP + COP.

    Figura 5.18 - Pós operação 15

    Coluna de produção

  • Resultados e Discussões

    65

    16) Teste de válvula de segurança DHSV

    Pós Operação (figura 5.19):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + BOP + COP.

    Figura 5.19 - Pós operação 16

    17) Instalação de Suspensor de coluna

    Pós Operação (figura 5.20):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + BOP + COP.

    Figura 5.20 - Pós operação 17

    Suspensor de coluna

  • Resultados e Discussões

    66

    18) Indução de surgência com N2

    Pós Operação (figura 5.21):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + BOP + COP.

    Figura 5.21 - Pós operação 18

    19)Rompimento de sub de pressurização

    Pós Operação (figura 5.22):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + BOP + COP.

    Figura 5.22 - Pós operação 19

    Injeção de N2

    Rompimento de sub

  • Resultados e Discussões

    67

    20) Instalação de Objeto arame de TH

    Pós Operação (figura 5.23):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + Plug + COP.

    Figura 5.23 - Pós operação 20

    As operações 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20 (figura 5.24)) são

    necessárias para que a coluna de produção seja descida no poço, as distâncias

    entre a cauda e o suspensor de coluna sejam conhecidas, permitindo o ajuste do

    comprimento da coluna de produção e a instalação da válvula de segurança assim

    como seu teste. Realizada a instalação e teste da válvula de segurança, a coluna

    pode ser suspensa pelo suspensor de coluna, este equipamento permite a injeção

    de gás da sonda ou plataforma para o anular da coluna de produção. Ao realizar a

    injeção de gás pelo anular da coluna, o gás passará através da válvula de gaslift do

    anular para o interior da coluna, induzindo a surgência do poço, resultando na

    produção dos fluidos do reservatório e que seja feita a limpeza dos canhoneados.

    Após feita a indução de surgência é instalado um plug no interior do

    suspensor de coluna para o controle do poço e troca de equipamentos na parte

    superior da base adaptadora de produção.

    Plug Recuperável

  • Resultados e Discussões

    68

    Figura 5.24 - Operações 1-20

    A contribuição da aplicação do conjunto solidário de barreiras e a modificação

    do modelo FRAM fica evidente quando analisadas as operações 11 e 12 (figura

    5.24)), onde em ambas operações os conjuntos solidários de barreira estão

    definidos e garantem a segurança destas operações, entretanto, caso desrespeitada

    a pré-condição negativa existente entre estas operações e, seja realizada a

    instalação da cauda antes de se realizar o canhoneio, ocorreria um erro lógico que

    ocasionaria a troca do método de canhoneio, ao se utilizar outro tipo de um canhão

    provavelmente resultaria na perda de produção do poço.

  • Resultados e Discussões

    69

    21) Retirada de BOP

    Pós Operação (figura 5.25):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + Plug + COP.

    Figura 5.25 - Pós operação 21

    22) Jateamento de housing da BAP

    Pós Operação (figura 5.26):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + Plug + COP.

    Figura 5.26 - Pós operação 22

    Jateamento

  • Resultados e Discussões

    70

    23) Instalação de ANM

    Pós Operação (figura 5.27):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + Plug + COP.

    Figura 5.27 - Pós operação 23

    24) Retirada de Objeto arame de TH

    Pós Operação (figura 5.28):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + COP + ANM.

    Figura 5.28 - Pós operação 24

    ANM

  • Resultados e Discussões

    71

    25) Prevenção de hidratos

    Pós Operação (figura 5.29):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner + Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3: Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + COP + ANM.

    Figura 5.29 - Pós operação 25

    26) Instalação de tree cap e corrosion cap

    Pós Operação (figura 5.30):

    CSB 1: Rocha Capeadora + Cimentação do liner + liner+ Fluido de

    completação + Packer + SCSSV + COP.

    CSB 3:Rocha Capeadora + Cimentação revestimento superfície +

    Revestimento superfície + SCPS + BAP + TH + COP + ANM + Tree Cap.

    Figura 5.30 - Pós operação 26

    Tree cap e corrosion cap

  • Resultados e Discussões

    72

    As operações (21, 22, 23, 24, 25 e 26) são necessárias para realizar a

    retirada do BOP e seja instalada a ANM que será utilizada durante a vida produtiva

    do poço. Equipamentos como a corrosion cap e tree cap foram instalados para a

    proteção da ANM e também foi realizada a prevenção de hidratos de gás.

    5.2 Modificação do Modelo de Acidente por Resonância Funcional (FRAM)

    Após mapear as operações é possível analisar visualmente se existe

    coerência na ordem a ser executada (figura 5.31). Ao analisar o mapeamento, se

    encontrado um caminho onde uma pré-condição de uma operação esteja

    relacionada a uma operação anterior, existe um erro lógico na sequência de

    operações que deve ser corrigido. Assim como as pré-condições, os resultados de

    uma operação devem ser sempre anteriores ao input de outras operações.

    Uma pré-condição negativa deve relacionar a pré-condição, ao output de uma

    operação anterior. Caso isso não ocorra existe um erro na sequência como no caso

    anterior que também deve ser corrigido.

    Após determinada a sequência das operações, é possível realizar alterações

    na sequência operacional desde que sejam respeitadas as condições de input,

    output e pré-condições. Sendo assim, é possível completar um poço de diversas

    maneiras, realizando as mesmas operações em diferentes momentos.

    Ao fim da sequência de completação, o poço está preparado para ser

    conectado a unidade de produção e iniciar a produção. A elevação dos fluidos

    utilizará gaslift, com injeção no anular da coluna de produção passando para o

    interior da coluna através do mandril de gaslift. O controle do poço será realizado

    pelos conjuntos solidários de barreira, que permitem o controle do poço durante a

    vida produtiva do poço e intervenções.

    Para completar o poço, 26 operações foram necessárias para atingir as

    condições finais, o resultado obtido foi representado graficamente na figura 5.31.

  • Resultados e Discussões

    73

    Figura 5.31 - Mapa das operações.

  • 74

    6 Conclusão

    Durante a construção de um projeto de completação, escolhas devem ser

    tomadas devido às diferentes alternativas encontradas por conta dos equipamentos,

    finalidade do poço e os objetivos existentes para o projeto. Neste trabalho foi

    realizada a construção de uma sequência operacional segura que atinge as

    condições finais pré-determinadas.

    Utilizando os procedimentos adotados neste trabalho, conclui-se que,

    diversos arranjos de equipamentos, assim como, diferentes sequências de

    operações podem ser utilizadas. Para realizar a completação do poço, os conceitos

    apresentados, permitiram determinar uma sequência de instalação robusta,

    respeitando pré-condições existentes entre as diversas operações da completação.

    Após construir a sequência das operações, aplicar o conceito de conjunto solidário

    de barreira de segurança garante que: em uma eventual perda de controle do poço,

    todos os possíveis caminhos pelo qual o fluido pode escoar estão seguros.

    Desta forma, foi possível construir uma sequência de operações robusta e,

    visualizar a sequência operacional em uma única imagem. Aplicar a metodologia

    proposta neste trabalho, pode contribuir para tornar a completação de poços mais

    eficiente e segura.

  • 75

    7 Sugestões para Trabalhos Futuros

    Determinar se a metodologia desenvolvida é eficiente para ser aplicada em

    outros modelos e poços reais não foi possível. Para tornar isto possível, é

    necessário realizar novos estudos utilizando dados de diferentes reservatórios e

    poços. Isto permitirá avaliar se as operações de instalação e os equipamentos

    selecionados para equipar são confiáveis quando expostos as condições de

    reservatório. Outro estudo que pode ser feito é aplicar a metodologia desenvolvida

    em simulações, para comparar os resultados obtidos com projetos ou poços já

    completados.

  • 76

    8 Referências

    1 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: Portaria ANP Nº

    25. 2002.

    2 Baker. Cased Hole Applications. 2010. Disponivel em:

    .

    3 Baker. Flow Control Systems. 2010. Disponível em:

    .

    4 Baker. Liner Hanger. 2010. Disponivel em: .

    5 Baker. Onyx 10E. 2012. Disponivel em: .

    6 Baker. Packer Systems Catalog. 2012. Disponível em:

    .

    7 Baker. Wellbore Intervention. 2010. Disponível em:

    .

    8 FMC. Tubing Heads. Disponível em:

    . Acessado em: 05 jun. 2015.

    9 Halliburton. Drillable Service Tools. Disponível em:

    .

    10 Halliburton. Production Packers. Disponível em: .

    11 Halliburton. Retrievable Service Tools. Disponível em:

    .

    12 HEARTSILL, Judson; RUTH, Edward. DYNAMIC POSITIONING, DUAL-

    ACTIVITY CHALLENGES ON A DEEPWATER DRILL SHIP. IN: DYNAMIC

    POSITIONING CONFERENCE. 2004.

  • 77

    13 HOLLNAGEL, E. (2006). Capturing an Uncertain Future: The Functional

    Resonance Accident Model. In: EUROCONTROL SAFETY R&D SEMINAR, 25-

    27 October, Barcelona, Spain.

    14 IADC. Oil and Gas Drilling Glossary. Disponível em: . Acessado em 04 abr. 2015.

    15 MIURA, Kazuo. Um estudo sobre a segurança operacional na construção de poços marítimos de petróleo. Dezembro de 2004. 710 Pgs. Tese Doutorado – Universidade Estadual de Campinas.

    16 MORDEHACHVILI, Thiago. As sondas de perfuração e o anticiclo do petróleo. Janeiro de 2009. 107 Pgs. Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

    17 NAVALUNIVALI, Disponível em

    . Acessado em 16/12/2015.

    18 NOV.COM, Dísponível em

    https://www.nov.com/Segments/Rig_Systems/Land/Drilling_Pressure_Control/Bl

    owout_Preventers/Ram_BOPs/T3_Model_6012_Ram_BOP.aspx. Acessado em

    16/12/2015.

    19 PEDEN, J.M. : Rationality in Completion Design and Equipment Selection in

    North Sea. In: SPE EUROPEAN PETROLEUM CONFERENCE. Outubro de

    1986. Londres. SPE 1587.

    20 PETROGASNEWS, Disponivel em

    . acessado em 16/12/2015.

    21 SANTAREM, A. Clarissa. Análise de sistemas de elevação artificial por injeção de nitrogênio para surgência de poços de produção. Fevereiro de 2009. 51 Pgs. Dissertação – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

    22 SCHLUMBERGER. Oilfiel Glossary. Disponível em:

    . Acessado em: 04 abr. 2015.

    23 SUNRYOIL. Disponível em .

    Acessado em 16/12/2015.

  • 78

    24 THOMAS, José Eduardo. Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Rio de Janeiro. Editora Interciência 2001.

    25 WEATHERFORD. OMNIWELL PRODUCTION AND RESERVOIR

    MONITORING. 9328.00. 2013.

    26 WEATHERFORD. STANDING VALVES, SV SERIES. 3007-00. 2005

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • 79

    Glossário

    Casing: revestimento utilizado em poços cimentados ou poços abertos.

    Choke: dispositivo com um orifício incorporado utilizado para controle de fluxo de

    fluidos ou pressão.

    Coiled tubing: Tubo longo e continuo que pode ser estocado em bobinas.

    Drill pipe: conduto tubular com conexões especiais, o drill pipe conecta o

    equipamento de superfícies na sonda com o arranjo de equipamentos de poço e a

    broca.

    Liner: revestimento que não se estende até o topo do poço.

    Nipple: tubo curto com rosca macho em suas duas extremidades.

    Nipple No-go: tubo curto com restrição de diâmetro para encaixe da ferramenta.

    Overbalance: pressão de poço superior a pressão dos fluidos na formação.

    Bridge Plug: ferramenta utilizada para isolar a parte inferior da ferramenta e o poço.

    ROV: veículo remotamente operado.

    Sliding Sleeve: dispositivo utilizado para comunicar a coluna de produção e seu

    anular.

    Sub: qualquer componente pequeno da coluna de produção como por exemplo um

    adaptador para diferentes tipos de rosca.

    Tubing: coluna de produção.

    Underbalance: pressão de poço inferior a pressão dos fluidos na formação.