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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Denis Bek Arruda ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Um estudo de caso em Juiz de Fora/MG Juiz de Fora 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

Denis Bek Arruda

ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS:

Um estudo de caso em Juiz de Fora/MG

Juiz de Fora

2015

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Denis Bek Arruda

ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS:

Um estudo de caso em Juiz de Fora/MG

Trabalho Final de Curso apresentado ao

Colegiado do Curso de Engenharia Ambiental

e Sanitária da Universidade Federal de Juiz de

Fora, como requisito parcial à obtenção do

título de Engenheiro Ambiental e Sanitarista.

Área de concentração: Engenharia Ambiental

e Sanitária.

Orientador: D. Sc. Otávio Eurico de Aquino Branco.

Co-orientador: M. Sc. Alessandro Salles Carvalho.

Juiz de Fora

2015

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ii

Denis Bek Arruda

ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS:

Um estudo de caso em Juiz de Fora/MG

Trabalho Final de Curso submetido à banca

examinadora constituída de acordo com o

artigo 9° da Resolução CCESA 4, de 9 de abril

de 2012, estabelecida pelo Colegiado do Curso

de Engenharia Sanitária e Ambiental, como

requisito parcial à obtenção do título de

Engenheiro Sanitarista e Ambiental.

Aprovada em 20 de novembro de 2014

BANCA EXAMINADORA

--

_______________________________________

Prof. D. Sc. Otávio Eurico de Aquino Branco – Orientador

________________________________________

Prof. M. Sc. Alessandro Salles Carvalho – Co-orientador

________________________________________

Prof. M. Sc. Fabiano César Tosetti Leal

________________________________________

Prof. D.Sc. Jonathas Batista Gonçalves Silva

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“Seja quem você for, seja qualquer posição que

você tenha na vida, num nível altíssimo ao baixo,

social, tenha sempre como meta muita força,

muita determinação e sempre faça tudo com

muito amor e com muita fé em Deus, que um dia

você chega lá. De alguma maneira você chega

lá.”

(Ayrton Senna da Silva)

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iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que todos os dias me ajuda a evoluir, encontrar os

meus caminhos nesta existência e me ampara nos meus momentos de aflição.

A minha Avó Alaíde Maria da Silva que não encontra-se aqui com a gente, mas seja a

onde a senhora estiver saiba que tu sempre será exemplo de luta pela vida e perseverança e

estará sempre em nossos corações.

A minha irmã que tanto amo, você foi o meu maior fator de motivação para eu

terminar esse curso, acho que toda vez que pensava em desistir eu pensa em você e isso me

dava força.

A minha mãe na qual sua dedicação e amor incondicional pelos seus filhos é

incontestável.

Ao meu pai por ter incentivado minha mudança para Juiz de Fora e ter me dado

oportunidade de fazer um curso superior.

Ao meu orientador Prof. Otávio Eurico de Aquino Branco que mais do que um

orientador trata-se de um amigo e uma pessoa incrível que várias vezes me aconselho com

grande sabedoria e paciência.

A todos meus amigos que pude fazer na faculdade em especial meus parceiros Bruno

da Silveira Pinheiro, Bruno Gaspar, Ramon Matoso, Geovane Nogueira, Vinícius Augusto

Gradim, Mario Guilherme Reis pela força e incentivo na realização deste trabalho. Acho que

amizade dessas pessoas foi o meu maior patrimônio que consegui nesse período de tempo.

A secretaria de meio ambiente de Juiz de Fora, ao setor de memorias da Biblioteca

Municipal Murilo Mendes e ao Arquivo Histórico da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora que

sempre quando solicitados se dispuseram prontamente a prestarem auxilio.

Enfim a todos que de alguma maneira participaram da minha formação acadêmica.

Obrigado!

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Resumo

A questão ambiental vem a cada dia mais sendo motivo de preocupação dos

governantes e da população. Dentro desta temática observa-se nos últimos dez anos a

descoberta no Brasil de inúmeras áreas contaminadas, graças ao surgimento de procedimentos

e de legislação específica para o gerenciamento destes locais. O gerenciamento de áreas

contaminadas é composto de dois processos: o de identificação e o de recuperação. Neste

trabalho foram realizados procedimentos que fazem parte das etapas iniciais do processo de

identificação de áreas contaminadas, objetivando o levantamento de áreas potencialmente

contaminadas no município de Juiz de Fora. Para tal realizou-se um levantamento histórico da

ocupação industrial do município de Juiz de Fora entre os anos de 1900 e 1980, onde pôde-se

constatar a relevância no cenário nacional da indústria juiz-forana no início do século XX,

evidenciando a necessidade de um inventário e um banco de dados georreferenciado de áreas

potencialmente contaminadas. O inventário foi elaborado para o município de Juiz de Fora

utilizando diferentes fontes históricas de dados. O banco de dados georreferenciado

desenvolvido neste trabalho contemplou as tipologias e a localização de 187 indústrias, sendo

identificadas em campo 170 deste total, abrangendo a região central do município, onde se

concentravam grande parte das indústrias no período considerado. Os resultados obtidos com

o desenvolvimento desta pesquisa indicaram que dos 326 sítios industriais identificados a

maioria deles tinham suas atividades relacionadas à indústria têxtil, metalúrgica, madeireira e

química. Recomenda-se finalmente que a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora avalie a

possibilidade de complementar o banco de dados desenvolvido neste estudo, contemplando

outras tipologias e complementando o banco de dados com outras informações relevantes.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ viii

LISTA DE QUADROS E TABELAS ......................................................................... x

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................ xi

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12

2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 14

OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 14

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 14

3. ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS ..................................... 15

3.1 PASSIVO AMBIENTAL INDUSTRIAL ...................................................... 16

3.2 CASOS CLÁSSICOS DE PASSIVOS AMBIENTAIS INDUSTRIAIS ....... 18

3.2.1 Caso Love Canal ...................................................................................... 18

3.2.2 Caso Indústria Química Matarazzo ...................................................... 21

3.2.3 Caso Cidade dos Meninos ....................................................................... 23

4. ASPECTOS LEGAIS ....................................................................................... 26

4.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL ............................................................................ 26

4.2 LEGISLAÇÕES ESTADUAIS APLICAVEIS AO GERENCIAMENTO DE

AREAS CONTAMINADAS ................................................................................................ 30

4.2.1 Legislação Aplicáveis ao Estado de Minas Gerais ............................... 30

4.2.2 Legislação Aplicáveis ao Estado de São Paulo ..................................... 33

4.2.3 Legislação Aplicáveis ao Estado do Rio de Janeiro ............................. 34

5. HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO INDUSTRIAL DE JUIZ DE FORA ........ 36

6. INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

43

7. BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO DAS ÁREAS

POTENCIALMENTE CONTAMINADAS INVENTARIADAS ...................................... 50

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7.1 DESENVOLVIMENTO DO BANCO DE DADOS .............................................. 50

7.2 BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO DE ÁREAS INDUSTRIAIS

POTENCIALMENTE CONTAMINADAS DE JUIZ DE FORA ........................................... 51

8. COMENTÁRIOS FINAIS E RECOMENDAÇÕES ..................................... 55

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 57

Anexo I ......................................................................................................................... 61

Apêndice A ................................................................................................................... 66

Apêndice B ................................................................................................................... 83

Apêndice C ................................................................................................................... 93

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: Evolução do número de áreas contaminadas.................................................13

Figura 3.1: Morador protestando em manifestação (1978)..............................................20

Figura 3.2: Instalações da antiga Indústria Química Matarazzo,

em São Caetano do Sul.....................................................................................................21

Figura 3.3: Placa que indica local isolado da antiga fábrica de pesticidas.......................25

Figura 4.1: Fluxograma do gerenciamento de áreas contaminadas

(COPAM/ CERH nº 02/2010) ........................................................................................31

Figura 5.1: Trecho da Rodovia União e Indústria ...........................................................36

Figura 5.2: Interior da Fábrica de Ladrilhos Cia Pantaleone Arcuri & Spinelli..............37

Figura 5.3: Companhia Têxtil Bernardo...........................................................................38

Figura 6.1:Áreas potencialmente contaminadas do município de Juiz de Fora................46

Figura 6.2: Distribuição percentual das tipologias industriais identificadas.....................47

Figura 7.1: Áreas potencialmente contaminadas na região central do

município de Juiz de Fora.................................................................................................51

Figura 7.2: Fundição Germano Otto no início do século XX...........................................52

Figura 7.3: Fundição Germano Otto atualmente...............................................................52

Figura 7.4: Centro Cultural Bernardo Mascarenhas..........................................................53

Figura C.1: Arquivo txt Gerado no GPS TrackMaker.....................................................89

Figura C.2: Tabela Atributos.............................................................................................90

Figura C.3: Construção do Personal Geodatabase.............................................................90

Figura C.4: Adicionado a tabela de atributos da planilha Excel.......................................91

Figura C.5: Definição do Datum WGS 84........................................................................91

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Figura C.6: Exportando Dados para classe de feições......................................................92

Figura C.7: Classes de Feições do Banco de Dados.........................................................92

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Tabela 5.1: Indústria Criadas por Ramo de Atividade-Juiz de fora(1889-1930) .................37

Tabela 5.2: Indústria manufatureira e fabril - Juiz de Fora (1935/1941) .............................39

Tabela 5.3: Número de falências de estabelecimentos industriais de

Juiz de Fora (1920/1940)......................................................................................................39

Quadro 5.1: Estrutura Industrial de Juiz de Fora (1975/1985).............................................41

Tabela 6.1: Documentos e fontes de informação a serem consultados................................43

Tabela 6.2: Definição das tipologias industriais...................................................................43

Tabela 6.3: Relação de Documentos Consultados ..............................................................45

Tabela 6.4: Siglas e Tipologias industriais...........................................................................47

Quadro A.1: Indústria Produtos Minerais Não Metal..........................................................65

Quadro A.2: Indústria Metalúrgica.......................................................................................65

Quadro A.3: Indústria de Papel e Celulose...........................................................................68

Quadro A.4: Indústria Madeireira.........................................................................................69

Quadro A.5: Indústria de Artefatos de Borracha..................................................................71

Quadro A.6: Indústria de Couros e Peles..............................................................................71

Quadro A.7: Indústria Têxtil.................................................................................................72

Quadro A.8: Indústria Química.............................................................................................76

Quadro A.9: Industria de Matérias Plásticas.......................................................................78

Quadro B.1: Industrias Identificadas....................................................................................80

Quadro B.2: Industrias Não Identificadas ............................................................................87

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AC Área(s) Contaminada(s)

ACI Área Contaminada Sob Intervenção

AI Será declarada Área Contaminada sob Investigação

AMR Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação

AP Área(s) Potencialmente Contaminada(s)

AR Área Reabilitada para o Uso Declarado

Art. Artigo

AS Área(s) Suspeita(s) de Contaminação

C.U.I Companhia União e Indústria

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

FACR Fundação Abrigo do Cristo Redentor

FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente

FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente

FIEMG Federação das Indústrias do Estadode Minas Gerais

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

GEOBAC Banco de Dados Georreferenciado de Áreas Industriais Potencialmente

Contaminadas de Juiz de Fora

GTZ Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit

HCH Hexaclorociclohexano

IB Indústria de Artefatos de Borracha

IBGE Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística

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IC Indústria de Couros e Peles

IM Indústria Madeireira

IMP Industria de Matérias Plásticas

INEA Instituto Estadual do Ambiente

IQ Indústria Química

IT Indústria Têxtil

LCHA Love Canal Homeowners Association

M Indústria Metalúrgica

MNM Ind. Prod. Minerais Não Metal

MS Ministério da Saúde

PAH Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos

PC Indústria de Papel e Celulose

PL: Projeto de Lei

PRAC Plano de Reabilitação de Área Contaminada

SIG Sistema de Informação Geográfico

USEPA United States Environmental Protection Agency

VI Valores de Investigação do solo e água subterrânea

VP Valores de Prevenção do solo

VRQ Valores de Referência de Qualidade do solo

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1. INTRODUÇÃO

Avaliações de áreas contaminadas constituem-se atualmente um dos principais temas

de pesquisa da área ambiental. A preocupação com estas áreas em termos dos possíveis

impactos sobre a saúde humana e o meio ambiente tem impulsionado pesquisas visando o

aprimoramento de técnicas de gerenciamento, modelagem e de recuperação destas áreas. Os

avanços obtidos são recentes, inclusive os relativos à normatização e de controle legal,

resultado do conhecimento adquirido no gerenciamento de casos graves de contaminação

observados em meados da década de 70 em países industrializados, como Estados Unidos e

Holanda.

O surgimento destas áreas, em geral, adveio da Revolução Industrial, que foi um

processo tipicamente urbano. Os estabelecimentos industriais buscavam condições favoráveis

para suas instalações, como infraestrutura de transportes, mão-de-obra, disponibilidade de

energia elétrica e proximidade com o público consumidor de seus produtos. Com o passar do

tempo algumas destas indústrias foram encerrando suas atividades e seus sítios industriais

reocupados pela população, que desconheciam os riscos à saúde e ao meio ambiente advindos

de potenciais passivos ambientais existentes.

Esta situação foi diagnosticada em São Paulo, por pesquisa realizada na década de

1990 através do Convênio CETESB-GTZ (CETESB, 2001). Outros centros industriais

também identificaram posteriormente áreas contaminadas. Destaques entre esses o caso

Indústria Química Matarazzo e Cidade dos Meninos, localizadas respectivamente no

município de São Caetano do Sul/SP e Duque de Caxias/ RJ (CETESB, 2011; OLIVEIRA,

2008).

Vale ressaltar que o surgimento desses sítios no território brasileiro advém de

atividades industriais iniciadas no começo do século XX, e que neste período o município de

Juiz de Fora era o maior centro urbano industrial do estado de Minas Gerais (CETESB, 2001;

BASTOS, 2000). O município destacava-se no cenário nacional ao lado de grandes centros

industriais como São Paulo e Rio de Janeiro e por vezes era denominado Manchester Mineira,

devida a tamanha pujança de suas fábricas em referência ao grande centro industrial inglês.

No entanto a partir da década de 1930, Juiz de Fora passou a sofrer um processo de

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estagnação e posteriormente desindustrialização, tendo como consequência a reocupação

desses sítios, para outros usos (BASTOS, 2000).

Em Minas Gerais, a Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM, desde 2007

passou a divulgar anualmente em seu site a lista de áreas contaminadas cadastradas no Estado

com o propósito de tornar públicas as informações, dando a devida transparência às medidas

empreendidas pelo Estado e pelos responsáveis pelas áreas contaminadas.

No último Inventário de Áreas Contaminadas de Minas Gerais, divulgado em

dezembro de 2014, apontou que Minas Gerais possui um total de 577 áreas degradadas, e que

o maior número de áreas contaminadas está relacionado com o comércio de combustível.

Excetuando a cidade de Belo Horizonte, o comercio de combustíveis foi responsável por 249

áreas contaminadas das 378 localizadas no Estado. Os municípios com o maior número de

áreas contaminadas são Belo Horizonte com 199 áreas contaminadas, Betim (25), Uberaba

(15), Juiz de Fora (13), Nova Lima (13), Paracatu (12) e Montes Claros (11). O inventário

expressa também um aumento continuo do número de áreas contaminadas no período de 2009

até 2014 (vide Figura 1.1) (FEAM, 2014).

Figura 1.1: Evolução do número de áreas contaminadas

Fonte: Inventário de Áreas Contaminadas de Minas Gerais (FEAM, 2014).

Conforme mencionado anteriormente, a cidade de Juiz de Fora possui atualmente 13

áreas contaminadas. Entretanto esse número pode ser maior tendo em vista o histórico

industrial da cidade. Assim, objetiva-se neste trabalho a identificação de áreas potencialmente

contaminadas advindas de estabelecimentos industriais existentes no início do século XX no

município de Juiz de Fora.

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2. OBJETIVOS

A contaminação do solo e das águas subterrâneas constitui hoje um dos principais

temas de pesquisa e de desenvolvimento técnico. Esta contaminação pode provocar severos

danos ao ser humano e ao meio ambiente, constituindo objeto de avaliações ambientais. Uma

das primeiras etapas destas avaliações é a identificação de áreas potencialmente

contaminadas. Neste contexto, Juiz de Fora como grande centro industrial na primeira metade

do século XX acomodava diversas industrias, o que justifica a realização de um inventário de

áreas industriais potencialmente contaminadas no município.

OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho é contribuir para o gerenciamento adequado de áreas

contaminadas no município de Juiz de Fora, através da elaboração de um banco de dados

georreferenciado de áreas potencialmente contaminadas no município de Juiz de Fora.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos deste estudo são:

Realização de levantamento histórico da ocupação industrial da cidade de Juiz

de Fora;

Estabelecimento de um inventário das áreas potencialmente contaminadas e

aquisição das coordenadas geográficas in loco;

Formatação de um banco de dados georreferenciado de áreas potencialmente

contaminadas

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3. ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS

O gerenciamento de áreas contaminadas pode ser dividido em dois processos. O

primeiro processo é o de identificação e o segundo de recuperação das áreas contaminadas.

No primeiro processo, as áreas são classificadas de acordo com o nível de informação

existente sobre o histórico de utilização do sitio, processos industriais, insumos e resíduos

gerados, entre outras, em: Área Potencialmente Contaminada (AP), Área Suspeita de

Contaminação (AS) e Área Contaminada (AC). Já o segundo processo tem por objetivo a

recuperação do sitio contaminado (CETESB, 2001), normas mais recentes como a CONAMA

n° 420/2009 e a COPAM/CERH nº 02/2010 classifica nesta etapa essas áreas em: Área

Contaminada Sob Intervenção (ACI), Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação

(AMR), Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR). A seguir detalha-se os conceitos de AP,

AS e AC, respectivamente, de acordo com o manual de gerenciamento de áreas contaminadas

da CETESB, por se considerar importantes para o desenvolvimento deste trabalho:

As áreas potencialmente contaminadas são aquelas onde estão sendo ou

foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras, isto é, onde ocorre

ou ocorreu o manejo de substâncias cujas características físico-químicas, biológicas

e toxicológicas podem causar danos e/ou riscos aos bens a proteger (CETESB,

2001).

As áreas suspeitas de contaminação são aquelas nas quais, durante a

realização da etapa de avaliação preliminar, foram observadas falhas no projeto,

problemas na forma de construção, manutenção ou operação do empreendimento,

indícios ou constatação de vazamentos e outros. Essas constatações induzem a

suspeitar da presença de contaminação no solo e nas águas subterrâneas e/ou em

outros compartimentos do meio ambiente (CETESB, 2001).

Uma área contaminada, [...] pode ser definida resumidamente como a área

ou terreno onde há comprovadamente contaminação, confirmada por análises, que

pode determinar danos e/ou riscos aos bens a proteger localizados na própria área ou

em seus arredores (CETESB, 2001).

Para um melhor entendimento do conceito de AP se faz necessário compreender, o

termo “bens a proteger”, que é extremamente empregado nas ações e procedimentos

relacionados a contaminações do solo e da água subterrânea. Esse termo tem sua definição

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baseada na Política Nacional do Meio Ambiente e legislações decorrentes desta. São tidos

como “bens a proteger”:

Saúde e bem estar da população;

Fauna e Flora;

Qualidade do solo, das águas e do ar;

Interesses de proteção à natureza/paisagem;

Ordenação territorial e planejamento regional e urbano;

Segurança e ordem pública

Tendo em vista os conceitos mencionados acima torna-se importante para o gestor

público identificar áreas potencialmente contaminadas, visando a proteção da população e do

meio ambiente. Para tal deve-se realizar levantamentos históricos, levantamentos junto aos

órgãos responsáveis pela regularização ambiental, inventários atualizados, etc. Para a

execução de tais tarefas é fundamental hierarquizar os trabalhos. Neste contexto destaca-se a

relevância das atividades industriais, como atividades potencialmente poluidoras do solo e das

águas subterrâneas.

3.1 PASSIVO AMBIENTAL INDUSTRIAL

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT 15515-1), define-se

passivo ambiental como “danos infligidos ao meio natural por uma determinada atividade ou

pelo conjunto das ações humanas que podem ou não ser avaliados economicamente.”.

Segundo Poveda et al. (2004 apud TIRLONE, 2004), “Define-se Passivo Ambiental

como o conjunto de dívidas reais ou potenciais que a empresa ou a propriedade possui em

relação à natureza por estar em desconformidade com a legislação ambiental.” Ou seja, um

passivo ambiental são os custos decorrentes de impactos ambientais existentes ou potenciais

que determinado empreendimento ou atividade devem suportar visando satisfazer a legislação

e eventuais danos ambientais causados a terceiros.

Tirlone (2004) enfatiza a diferença dos termos “área contaminada” e “passivo

ambiental”. Enquanto o termo “área contaminada” é alteração na qualidade do solo ou da

água subterrânea devido a fonte contaminadora, o termo “passivo ambiental”, refere-se ao

valor monetário necessário para recuperar uma área contaminada.

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O valor monetário de um passivo ambiental é gerado pelos seguintes custos:

investigação, remediação, multas, ações jurídicas em razão da inobservância de requisitos

ambientais legais, além de taxas e impostos devidos. Embora os custos de investigação e

recuperação da área represente a maior parte do montante, nunca se deve esquecer que o valor

monetário de um passivo ambiental não se restringe somente a esses (POVEDA et al. 2004

apud TIRLONE, 2004).

A aquisição de uma área onde ocorreu uma atividade potencialmente contaminadora

deve ser realizada após levantamentos detalhados de possíveis passivos ambientais, pois de

acordo com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 9638/81), entende-se que o

proprietário da área deverá assumir os custos da recuperação.

§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o

poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar

os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O

Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de

responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente (Lei

9638/81,

Artigo 14, parágrafo 1°).

A transformação de terrenos e edifícios industriais para outros fins de utilização

implica na avaliação de várias questões, destacando-se as ambientais e de saúde, o que

dificulta a reciclagem da área. Se o solo de uma instalação industrial estiver contaminado, o

uso do terreno pode ser desfavorável para algumas finalidades e dependendo do grau de

contaminação pode ser inconcebível a sua utilização, seja qual for o uso pretendido

(SÁNCHEZ, 2001).

A qualidade do solo para uso industrial é mais tolerante, que para uso residencial ou

recreativo, porém em alguns casos a reutilização da área, pode ser incompatível até mesmo

para uso industrial. A situação é ainda mais grave, quando empreendimentos desativados

abandonam o terreno e suas instalações remanescentes, constituindo risco para o ecossistema,

saúde e bem estar humanos (SÁNCHEZ, 2001).

A constatação de substâncias tóxicas dificulta a reciclagem do terreno e edificações; as

paredes, piso, telhado e condutos podem estar contaminados, sendo necessária a

descontaminação dos mesmos para a utilização das instalações (SÁNCHEZ, 2001).

O Professor Luis E. Sánchez no livro “Desengenharia: O Passivo Ambiental na

Desativação de Empreendimentos Industriais” (2001), cita alguns exemplos de compra de

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instalações industriais onde os atuais proprietários tiveram que se responsabilizar pelo passivo

ambiental, o que evidencia a necessidade da realização de uma vistoria antes da aquisição de

um imóvel industrial para verificar a possível presença de contaminação na área e conseguinte

passivos ambientais.

Segundo Sánchez (2001), o imóvel onde funcionou uma antiga indústria têxtil

paulistana da S.A. Moinhos Santista foi adquirida pelo SESC, e está foi transformada em um

centro cultural. Ao iniciar as reformas para adaptação do edifício, foram encontradas

reservatórios de óleo, transformadores contendo ascarel e outros problemas. Por tratar-se de

resíduos perigosos, tiveram que removê-los do local, acarretando em custos inesperados.

Outro caso citado por Sánchez (2001) é o do supermercado Wal-Mart que utilizou as

instalações de uma antiga fábrica de produtos de amianto, que é uma substância que tem uma

série de efeitos adversos comprovados sobre a saúde humana. Tendo em vista o interesse da

empresa nas instalações, os mesmos tiveram que arcar com os custos necessários para os

procedimentos de descontaminação.

Segundo Gloeden (1999 apud TOLEDO, 2007), muitas vezes os custos de recuperação

de uma área podem ser tão vultuosos, que a recuperação total da área para uso irrestrito torna-

se inviável economicamente. Já em outros causos a recuperação não acontece pela ausência

de tecnologias que possam viabilizar esse processo. O que atualmente vem sucedendo em

alguns países é a recuperação da área contaminada para uso declarado, ou seja a área é

parcialmente recuperada, podendo ser utilizada apenas para alguns usos pré-determinados, de

modo que a utilização do sitio implique em riscos minimizados aos bens a proteger.

Além dos aspectos econômicos e técnicos envolvidos na recuperação de áreas

contaminadas deve-se ressaltar aspectos de contaminação em grande escala. Casos

emblemáticos são relatados na literatura especifica. Apresenta-se a seguir relatos resumidos

de três destes casos: um internacional e dois nacionais.

3.2 CASOS CLÁSSICOS DE PASSIVOS AMBIENTAIS INDUSTRIAIS

3.2.1 Caso Love Canal

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Trata-se de um canal que foi escavado a mando de William T. Love, na cidade

americana de Niagara Falls na década de 1890, que tinha como objetivo produzir energia

hidroelétrica, desviando parte do fluxo de água do rio Niagara. Entretanto o projeto não foi

adiante e parte do canal que já havia sido escavado para o desvio do rio foi abandonado. No

ano de 1920 o canal com 9,6 Km de extensão e 85 m de profundidade começou a ser aterrado

com diferentes tipos de resíduos (USEPA, 1985 apud TIRLONE, 2004). Em 1942 a Hooker

Eletrochemical Company & Plastics Corporation se instalou na região e passou a utilizar

também o canal como depósito de resíduos industriais. Em 1947 a área do aterro foi comprada

pela Hooker, que encerrou suas atividades no local em 1953, devido ao esgotamento da

capacidade do aterro. Após a desativação do aterro, a Hooker recobriu a área com terra e a

vendeu por um preço simbólico de US$ 1 para Comissão Escolar de Niagara Falls

(SÁNCHEZ, 2001 apud SILVA, 2007; USEPA, 2003b apud TIRLONE, 2004).

Deve-se salientar que o próprio exército americano e a cidade de Niagara Falls,

também utilizaram o canal para depositar resíduos no local (HERCULANO, 2001 apud

SILVA, 2007).

Em 1954 a Comissão Escolar de Niagara Falls construiu uma escola primária em uma

área adjacente a porção central do canal, e em seguida a região do entorno foi ocupada por

casas tornando-se um bairro de classe média, sem que os moradores tivessem conhecimento

das condições do subsolo local (SILVA, 2007; USEPA, 1996 apud TIRLONE 2004).

Nos anos de 1960 os moradores começaram a perceber indícios da contaminação

química, mas o problema apenas veio à tona em meados da década de 1970, quando após um

intenso período de chuvas, houve a elevação do lençol freático e o surgimento de resíduos nos

porões e jardins das casas, e na superfície do aterro (SÁNCHEZ, 2001).

Mas somente em 1976 que o assunto ganhou repercussão nacional quando o Niagara

Gazette publicou uma matéria relatando a queixa dos moradores. Havia reclamação dos

moradores quanto ao solo da área que queimava os pés quando em contato, crianças nascendo

com defeito congênito, abortos espontâneos (o número de abortos espontâneos era 250 vezes

acima do normal), e segundo estudos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, existiam

fortes indícios relativos à causa de câncer nos moradores, em virtude da exposição a tais

resíduos (HERCULANO, 2001 apud SILVA, 2007). O Departamento de Saúde do Estado de

Nova York identificou mais de 80 compostos químicos diferentes nos resíduos como:

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hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH), halogenados, pesticidas, clorobenzenos e

triclorofenois contendo dioxinas (USEPA, 2003b apud TIRLONE, 2004).

Os moradores ao perceberem um elevado número de casos de doenças,

principalmente, entre as crianças fundaram uma organização intitulada Love Canal

Homeowners Association (LCHA) em 1978, que tinha como objetivo organizar manifestações

para pressionar as autoridades a adquirir fundos para os residentes (vide Figura 3.1)

(HERCULANO, 2001 apud SILVA, 2007). A iniciativa dos moradores teve resultados

imediatos, sendo a área declarada em estado de emergência em agosto de 1978, culminando

no fechamento da escola e na remoção de parte dos residentes (USEPA,1985 apud TIRLONE,

2004).

Figura 3.1:Morador protestando em manifestação (1978)

Fonte: Living On Earth.

A área começou a ser remediada ainda no ano de 1978. Entre as medidas tomadas

destaca-se a instalação de barreiras hidráulicas, limpeza dos coletores de esgoto e pluviais,

dragagem de sedimentos contaminados dos rios Black e Bergholtz, remoção de solo

contaminado da área residencial, demolição de residências para colocação de manta de

polietileno de alta densidade (PAD), entre outras (USEPA, 2003b apud TIRLONE, 2004).

Em fevereiro de 1988, a corte distrital dos EUA responsabilizou a Occidental

Petroleu, sucessora da Hooker, pela disposição dos resíduos perigosos e em 1995 a

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Occidental se comprometeu em acordo com o Departamento de Conservação Ambiental do

Estado de Nova York, a assumir a operação do programa de monitoramento realizado até

então por este órgão e restituir cerca de 130 milhões de dólares ao mesmo. No ano seguinte a

empresa também se comprometeu a reembolsar a United States Environmental Protection

Agency (USEPA) em cerca de 129 milhões de dólares (USEPA, 2003b apud TIRLONE,

2004). A empresa ainda enfrenta processos do governo e de moradores, podendo, caso

condenada, a pagar um montante de aproximadamente 200 milhões de dólares. Vale frisar que

a empresa, na época que repassou a área a Comissão Escolar de Niagara Falls, estabelecia no

contrato de compra e venda através de cláusula que a empresa não se responsabilizaria por

quaisquer eventuais casos de moléstias ou mortes em consequência do material do aterro

(SÁNCHEZ, 2001 apud SILVA, 2007; HECULANO, 2001 apud SILVA, 2007).

Atualmente a área do Love Canal vem sendo monitorada através de 206 poços, sendo

os resultados do monitoramento positivos, demonstrando a eficácia das medidas de

remediação tomadas, não causando riscos significativos a saúde humana e ao meio ambiente

(USEPA, 2003b apud TIRLONE, 2004).

3.2.2 Caso Indústria Química Matarazzo

A Indústria Química Matarazzo se instalou em São Caetano do Sul no ano de 1932,

após arrendar a antiga Fábrica Pamplona (vide Figura 3.2). Tinha como atividade principal a

fabricação de produtos químicos tais como: soda cáustica, cloro, ácido sulfúrico, rayon,

carbureto de cálcio, acetileno, ferrosilício, hidrogenação de óleos, hexaclorociclohexano e

toxafeno (CETESB 2011).

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Figura 3.2:Instalações da antiga Indústria Química Matarazzo, em São Caetano do Sul

Fonte: Acervo do Centro de Documentação Histórica da Fundação Pró-Memória de S. Caetano do

Sul.

Os efluentes líquidos como os da produção de soda cáustica, cloro e ácido sulfúrico

eram despejados, sem qualquer tratamento, nos corpos da água que cortam a região (rio

Tamanduateí e córrego dos Meninos). Já os resíduos sólidos foram depositados sobre o solo

ou enterrados, sempre de forma inadequada na área da fábrica.

Nos anos de 1960, a Indústria Química Matarazzo começou a executar ações com o

propósito de controlar as fontes de poluição ambiental. Devido as constantes irregularidades a

CETESB advertiu e puniu várias vezes a fábrica pela poluição causada à água, solo e ar;

chegando até mesmo a receber multas diárias pelas desconformidades. Em 1987 as atividades

da indústria foram totalmente paralisadas e em seguida seus galpões foram demolidos

restando apenas o passivo ambiental (CETESB, 2011).

Na década de 1990 a CETESB realizou uma investigação na área e os resultados desta

investigação revelaram elevados níveis de concentração de mercúrio e hexaclorociclohaxano

no solo. Tendo em vista as irregularidades constatadas, a empresa foi autuada e obrigada a

executar a remediação da área, não sendo permitida a utilização da área para quaisquer outras

atividades (CETESB, 2011).

Em 2001 a CETESB verificou que a empresa não tomou qualquer medida para

recuperação da área. Observando tal inércia em outubro de 2001 a Indústria Química

Matarazzo foi novamente penalizada com multa e a exigência de apresentar plano de

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recuperação ambiental e o respectivo cronograma de execução. Destaca-se que a empresa não

atendeu a nenhuma das imposições formuladas (CETESB, 2011).

Em uma nova vistoria no local em 2005 a CETESB constatou a construção de obras

viárias pela Prefeitura de São Caetano do Sul em uma área circunvizinha às instalações da

indústria, sem nenhuma autorização do órgão ambiental. Por este motivo a obra foi paralisada,

sendo permitido a retomada apenas após a realização de medidas de isolamento da área e

diagnostico de risco da nova situação (CETESB, 2011).

A Indústria Química Matarazzo foi penalizada mais quatro vezes nos anos de 2006,

2007, 2009 e 2010 respectivamente. Após estas penalizações a empresa protocolou na

CETESB, a Análise de Risco, o Relatório de Investigação Complementar e o Plano de

Intervenção (CETESB, 2011).

Atualmente não existem notícias quanto a recuperação da área por parte da empresa; o

viaduto construído pela Prefeitura de São Caetano do Sul funciona sem autorização ambiental,

já que não foram atendidos integralmente os itens solicitados no termo de referência.

3.2.3 Caso Cidade dos Meninos

A Cidade dos Meninos localiza-se no quilômetro 125 da rodovia Pres. Kennedy, no

município de Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, com uma área de cerca de 19,4

milhões de metros quadrados (SILVA & ROHlFS,2010).

Este local foi doado em 1943 pela União à Fundação Darcy Vargas, para a

implantação de um educandário feminino para menores carentes. Em 1946 a Fundação Darcy

Vargas transferiu a área para Fundação Abrigo do Cristo Redentor (FACR), passado o

educandário de feminino para masculino, por uma série de fatores, como a vocação agrícola

da região no qual a mão de obra destes meninos poderia ser aproveitada (OLIVEIRA, 2008).

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No ano de 1950 o médico sanitarista Mario Pinotti instalou uma fábrica de pesticidas

em um espaço cedido inicialmente pela FACR para o Ministério da Educação e Saúde, para a

criação do Instituto de Malariologia. Na época a instalação da fábrica foi vista como uma

medida positiva, justamente pela falta de conhecimento sobre o risco que tal empreendimento

poderia causar à saúde e ao meio ambiente. A fábrica produzia larvicidas, mosquicidas, iscas

rodenticidas, cianeto de cálcio, e vários outros produtos utilizados para o controle de

endemias (OLIVEIRA,2008).

Em 1960 o Ministério da Saúde encerra as atividades da fábrica de inseticidas da

Cidade dos Meninos. O relatório de encerramento da fábrica submetido ao Ministério da

Saúde mencionava que existia uma grande variedade de produtos deixados totalmente

abandonados no local como: equipamentos, tambores contendo matérias-primas e produtos

acabados (OLIVEIRA,2008).

Em 1988 começaram a ocorrer denúncias da contaminação da área por HCH

(hexaclorociclohexano), ganhando repercussão da mídia. Os jornais chegaram denunciar até

mesmo a venda de substâncias químicas da fábrica na feira livre de Duque de Caxias

(OLIVEIRA, 2008).

Com o objetivo de avaliar a existência da possível contaminação, em 1989 a Fundação

Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) coletou amostras de solo no local e

constatou que todas as amostras estavam contaminadas por HCH. A FIOCRUZ, na mesma

época coletou amostras de sangue de 31 moradores em um raio de 100 m das ruínas da

fábrica, os resultados demonstravam presença de isômeros do HCH no soro do sangue,

evidenciando a contaminação humana provocada pelos compostos da indústria (OLIVEIRA et

al.,2003; OLIVEIRA, 2008,).

O HCH por ser altamente lipofílico e persistente, é armazenado nos tecidos gordurosos

e a exposição crônica, segundo a Organização Mundial da Saúde, pode causar danos ao

sistema nervoso central, irritações pulmonares, problemas cardíacos e sanguíneos, encefalias,

convulsões e alteração do nível de hormônios sexuais. O Centro Internacional de Investigação

sobre o Câncer considera o HCH possivelmente carcinogênico a humanos (OLIVEIRA et al.,

2003).

Devido à contaminação do sítio a Procuradoria Geral de Justiça do Rio de Janeiro

instaurou inquérito civil para apurar os danos à saúde e ao meio ambiente causado pelo HCH.

Após o julgamento, o Ministério da Saúde foi declarado o responsável pelo abandono dos

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produtos na área, sendo solicitado ao mesmo que adotasse medidas a fim de diminuir a

exposição da população e do meio ambiente a contaminação. Entre as medidas solicitadas

pelo Ministério Público destaca-se a retirada dos moradores da área contaminada e o

fechamento do educandário (SILVA, 2001 apud OLIVEIRA, 2008).

Em 1993 a NORTOX Agro Química S.A foi contratada pelo Ministério da Saúde

(MS) para a recuperação da área. O projeto de descontaminação empregava a cal virgem que

foi muito criticada por pesquisadores e instituições de pesquisa, que justificavam que em

função das condições inapropriadas a técnica acabaria piorando a contaminação do local.

Apesar da discordância da comunidade acadêmica o governo insistiu na viabilidade da técnica

implementando-a na recuperação da área (OLIVEIRA,2008).

A tentativa de descontaminação com a aplicação da cal virgem falhou. A composição

inicial de HCH foi modificada gerando novos compostos igualmente nocivos a população. A

área contaminada que a FEEMA estimou inicialmente ser de 13.000 m², após a tentativa de

recuperação passou a ter 33.000 m² (OLIVEIRA, 2008).

No ano de 2001 a FEEMA elaborou e encaminhou ao Ministério Público Federal um

Termo de Ajuste de Conduta. Com isso o MS providenciou a retirada de parte do material

contaminado da área, incinerando 40 toneladas, além de medidas como fechamento do sítio,

sinalização e a remoção de 10 famílias do foco principal de contaminação (vide Figura 3.3)

(SILVA & ROHFLS, 2010).

Figura 3.3:Placa que indica local isolado da antiga fábrica de pesticidas

Fonte: NIMA /PUC- RIO.

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Em 1997 foi proposta uma Ação Civil Pública contra a União, movida pela

Procuradoria da República, buscando a obtenção de indenização aos 1300 moradores que

constam no cadastro elaborado pelo MS. Sete anos depois da ação, um Projeto de Lei (PL

3034/2004) foi encaminhado pela deputada Luciana Genro, propondo a indenização de dez

mil reais por pessoa, com valor mínimo de cinquenta mil reais por família, a título de

indenização por danos morais e materiais, o acompanhamento da saúde dos moradores, a

desocupação imediata da área, além de determinar que todas as despesas fossem arcadas pelo

Ministério da Saúde. Atualmente (14/04/2015) o PL está aguardando designação do relator na

Comissão de Finanças e Tributação (OLIVEIRA, 2008; CAMARA DOS DEPUTADOS

FEDETAIS, 2014).

Em fevereiro de 2014 o INEA aprovou a Licença Prévia requerida pelo MS para

realização do diagnóstico ambiental e a implantação do projeto de remediação na área (INEA,

2014).

4. ASPECTOS LEGAIS

Este capítulo visa estabelecer o panorama atual da legislação vigente aplicada ao

gerenciamento de áreas contaminadas, a nível federal e estadual. Assim, foram relacionadas,

além da legislação federal, as principais leis aplicáveis ao tema nos estados de Minas Gerais,

São Paulo e Rio de Janeiro. Justifica-se este enfoque tendo em vista estes serem os estados

mais industrializados do país e possuírem experiência na formulação e aplicação de leis

visando o gerenciamento de áreas contaminadas.

4.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL

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De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988-Capítulo VI, artigo 225°,

“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo

e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Conforme parágrafo 3° deste

artigo, “as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os

infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas, independente da

obrigação de reparar os danos causados.” Destaca-se que a Constituição Federal de maneira

indireta foi por muito tempo ferramenta para o gerenciamento de áreas contaminadas.

O Brasil até o ano de 2009 não possuía uma legislação federal específica que dispunha

sobre o gerenciamento de sítios contaminados. No entanto, outras leis eram utilizadas como

instrumentos para auxiliar o gerenciamento destas áreas. Entre eles pode-se citar a Lei Federal

n° 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente), no seu artigo 2° inciso VII estabelece a

obrigatoriedade da recuperação das áreas degradadas. Esse inciso é regulamentado no Decreto

n° 97.632/89, que de acordo com o art. 2° “Para efeito deste Decreto são considerados como

degradação os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se

reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos

recursos ambientais.” Incluem-se assim áreas contaminadas, uma vez que esta causa danos ao

meio ambiente e reduz sua qualidade ambiental. A Lei Federal n° 9.605/98 (Lei de Crimes

Ambientais), que “Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências” respalda aplicação de sanções

penais e administrativas para os responsáveis pela contaminação do solo, pois está resulta de

atividade lesiva ao meio ambiente.

Atualmente a Resolução CONAMA n° 420, de dezembro de 2009, alterada pela

460/2013, “dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à

presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de

áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas”. Nesta

Resolução não se aplica o conceito de Área Potencialmente Contaminada - AP, haja vista que

na CONAMA n° 420 as áreas são classificadas como: Área Suspeita de Contaminação (AS),

Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Área em

Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR). Os artigos 24, 25, 26 e 27 da

Resolução definem estes conceitos:

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Art. 24. Será considerada Área Suspeita de Contaminação – AS, pelo órgão

ambiental competente, aquela em que, após a realização de uma avaliação

preliminar, forem observados indícios da presença de contaminação ou identificadas

condições que possam representar perigo.

Art. 25. Será declarada Área Contaminada sob Investigação – AI, pelo

órgão ambiental competente, aquela em que comprovadamente for constatada,

mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de

substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação.

Art. 26. Será declarada Área Contaminada sob Intervenção-ACI, pelo

órgão ambiental competente, aquela em que for constatada a presença de substâncias

químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação

de risco, a existência de risco à saúde humana.

Art. 27. Será declarada Área em Processo de Monitoramento para

Reabilitação-AMR, pelo órgão ambiental competente, aquela em que o risco for

considerado tolerável, após a execução de avaliação de risco.

A resolução CONAMA n° 420 somente classifica uma área a partir do momento da

existência de indícios (Avaliação Preliminar); para isso se faz necessário o levantamento de

informações históricas e a inspeção do local.

Evidenciam-se nessa Resolução os artigos 13, 14 e 20 que, respectivamente,

estabelece classes (quatro) de qualidade do solo de acordo com a concentração de substâncias

químicas presentes; estabelece diretrizes para a implantação de programas de monitoramento

da qualidade do solo; e prescreve procedimentos de prevenção e controle da qualidade do

solo.

Art. 13. Ficam estabelecidas as seguintes classes de qualidade dos solos, segundo a

concentração de substâncias químicas:

I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores

ou iguais ao VRQ;

II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância

química maior do que o VRQ e menor ou igual ao VP;

III - Classe 3 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância

química maior que o VP e menor ou igual ao VI; e

IV - Classe 4 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância

química maior que o VI.

Art. 14. Com vista à prevenção e controle da qualidade do solo, os empreendimentos

que desenvolvem atividades com potencial de contaminação dos solos e águas

subterrâneas deverão, a critério do órgão ambiental competente:

I - implantar programa de monitoramento de qualidade do solo e das águas

subterrâneas na área do empreendimento e, quando necessário, na sua área de

influência direta e nas águas superficiais; e

II - apresentar relatório técnico conclusivo sobre a qualidade do solo e das águas

subterrâneas, a cada solicitação de renovação de licença e previamente ao

encerramento das atividades.

§ 1º Os órgãos ambientais competentes publicarão a relação das atividades com

potencial de contaminação dos solos e das águas subterrâneas, com fins de

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orientação das ações de prevenção e controle da qualidade do solo, com base nas

atividades previstas na Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000.

§ 2o O programa de monitoramento para as águas subterrâneas, bem como o

relatório técnico, mencionados nos incisos I e II, deverão ser estabelecidos

observadas as ações implementadas no âmbito do Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos-SINGREH.

Art. 20. Após a classificação do solo deverão ser observados os seguintes

procedimentos de prevenção e controle da qualidade do solo:

I - Classe 1: não requer ações;

II - Classe 2: poderá requerer uma avaliação do órgão ambiental, incluindo a

verificação da possibilidade de ocorrência natural da substância ou da existência de

fontes de poluição, com indicativos de ações preventivas de controle, quando

couber, não envolvendo necessariamente investigação;

III - Classe 3: requer identificação da fonte potencial de contaminação, avaliação da

ocorrência natural da substância, controle das fontes de contaminação e

monitoramento da qualidade do solo e da água subterrânea; e

IV - Classe 4: requer as ações estabelecidas no Capítulo IV.

Destacam-se a seguir algumas leis federais relacionadas ao tema de gerenciamento de

áreas contaminadas.

Lei nº 6.766/1979 – Parcelamento do Solo Urbano

“Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências.”

Art. 3

o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em

zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas

pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº

9.785, de 1999)

Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as

providências para assegurar o escoamento das águas;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde

pública, sem que sejam previamente saneados;

III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento),

salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a

edificação;

V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça

condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

Destaca-se o inciso II deste artigo, importante mecanismo legal para evitar a ocupação

de áreas com potencial risco a saúde pública.

Lei nº 6.803/1980

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“Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas

críticas de poluição, e dá outras providências.”

Essa lei classifica zonas industriais em estritamente industrial, predominantemente

industrial e zona de uso diversificado e segundo seu art. 1° § 3º caso uma empreendimento

industrial já existente estiver em local não compatível com uso industrial poderá esse ser até

realocado.

Art. 1°§ 3º As indústrias ou grupos de indústrias já existentes, que não

resultarem confinadas nas zonas industriais definidas de acordo com esta Lei, serão

submetidas à instalação de equipamentos especiais de controle e, nos casos mais

graves, à relocalização.

4.2 LEGISLAÇÕES ESTADUAIS APLICAVEIS AO GERENCIAMENTO DE

AREAS CONTAMINADAS

4.2.1 Legislação Aplicáveis ao Estado de Minas Gerais

Apresenta-se a seguir as principais leis e deliberações normativas do estado de Minas

Gerais estabelecidas visando o adequado gerenciamento de áreas contaminadas no estado.

Deliberação Normativa

COPAM nº 116/2008

“Dispõe sobre a declaração de informações relativas à identificação de áreas

suspeitas de contaminação e contaminadas por substâncias químicas no Estado de Minas

Gerais.”

Lei nº 18.031/ 2009

“Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos.”

Decreto nº 45.181/2009

“Regulamenta a Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009, e dá outras providências.”

Deliberação Normativa

Conjunta COPAM/CERH nº 02/2010

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“Institui o Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas, que estabelece as

diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento

ambiental de áreas contaminadas por substâncias químicas.”

Em seu art. 4° parágrafo V, é estabelecido como instrumentos para a proteção da

qualidade do solo e para o gerenciamento de áreas contaminadas o inventário estadual de

áreas suspeitas de contaminação e contaminadas. Destaca-se que a FEAM publica

anualmente este inventário e que no inventário publicado em dezembro de 2014 existem

na região de Juiz de Fora 13 áreas contaminadas.

A seguir o fluxograma do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidos

nesta resolução. Pode-se observar no fluxograma o grande número de etapas que possui o

um sistema de gerenciamento de áreas contaminadas tornando-o assim algo complexo.

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32

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Legenda:

AP: Área com Potencial de

Contaminação

AS: Área Suspeita de

Contaminação

ACI: Área Contaminada sob

Intervenção

AI: Área Contaminada sob

Investigação

VRQ: Valores de Referência de

Qualidade do solo

VI: Valores de Investigação do solo

e água subterrânea

VP: Valores de Prevenção do solo

PRAC: Plano de Reabilitação de

Área Contaminada

AMR: Área em Processo de

Monitoramento para Reabilitação

AR: Área Reabilitada para o Uso

Declarado

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4.2.2 Legislação Aplicáveis ao Estado de São Paulo

Apresenta-se a seguir as principais leis e deliberações normativas do estado de São

Paulo estabelecidas visando o adequado gerenciamento de áreas contaminadas no estado.

Lei n° 997/1976

“Dispõe sobre o Controle da Poluição do Meio Ambiente.”

“Art. 2º - Considera-se poluição do meio-ambiente a presença, o

lançamento ou a liberação, nas águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de

matéria ou energia, com intensidade, em quantidade, de concentração ou com

características em desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência desta

Lei, ou que tornem ou possam tornar as águas, o ar ou solo:

I - impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde;

II - inconvenientes ao bem estar público;

III - danosos aos materiais, à fauna e à flora:

IV - prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades

normais da comunidade.

Lei n° 9.509/1997

“Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de

formulação e aplicação”

Artigo 2º - A Política Estadual do Meio Ambiente tem por objetivo garantir

a todos da presente e das futuras gerações, o direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, visando assegurar, no Estado, condições ao desenvolvimento

sustentável, com justiça social, aos interesses da seguridade social e à proteção da

dignidade da vida humana e, atendidos especialmente os seguintes princípios:

I - adoção de medidas, nas diferentes áreas de ação pública e junto ao setor

privado, para manter e promover o equilíbrio ambiental e melhoria da qualidade

ambiental prevenindo a degradação em todas as suas formas e impedindo ou

mitigando impactos ambientais, negativos e recuperando o meio ambiente

degradado;

Deliberação Consema nº 30/2003

“Dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e

gerenciamento de áreas contaminadas e dá providências correlatas.”

Decisão de Diretoria CETESB nº 103-2007-C-E, de 22/06/2007

“Dispõe sobre o procedimento para gerenciamento de áreas contaminadas.”

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Lei nº 13.577/2009

“Dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo

e gerenciamento de áreas contaminadas, e dá outras providências correlatas.”

Ressaltar-se os artigos 13 e 15 que estabelece os responsáveis legais e sua

obrigatoriedade ao identificar a contaminação de comunicar ao órgão ambiental.

Artigo 13 - São considerados responsáveis legais e solidários pela

prevenção, identificação e remediação de uma área contaminada:

I - o causador da contaminação e seus sucessores;

II - o proprietário da área;

III - o superficiário;

IV - o detentor da posse efetiva;

V - quem dela se beneficiar direta ou indiretamente.

Parágrafo único - Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica quando sua

personalidade for obstáculo para a identificação e a remediação da área

contaminada.

Artigo 15 - O responsável legal, ao detectar indícios ou suspeitas de que

uma área esteja contaminada, deverá imediatamente comunicar tal fato aos órgãos

ambiental e de saúde competentes.

Lei nº 14.626/2011

“Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou

Utilizadoras de Recursos Ambientais, e dá providências correlatas”

4.2.3 Legislação Aplicáveis ao Estado do Rio de Janeiro

Apresenta-se a seguir as principais leis e deliberações normativas do estado de Rio de

Janeiro estabelecidas visando o adequado gerenciamento de áreas contaminadas no estado.

Decreto-Lei nº 134/1975

“Dispõe sobre a prevenção e controle da poluição do meio ambiente no estado do

Rio de Janeiro, e dá outras providências.”

Lei nº 3467/ 2000

“Dispõe sobre as sanções administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio

ambiente no estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.”

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Lei nº 5438/2009

“Institui o cadastro técnico estadual e atividades potencialmente poluidoras ou

utilizadoras de recursos ambientais e a taxa de controle e fiscalização ambiental no estado

do Rio de Janeiro e dá outras providências.”

Diretriz FEEMA- DZ-0077.R-0

“Diretriz para encerramento de atividades potencialmente poluidoras ou

degradadoras do meio ambiente”

Diretriz FEEMA – DZ-056-R.3

Estabelece a realização anual de auditoria de conformidade legal para as atividades

potencialmente poluidoras.

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5. HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO INDUSTRIAL DE JUIZ DE FORA

No início do século XX Juiz de Fora era o maior centro urbano industrial do estado de

Minas Gerais, chegando a ser denominada “Manchester Mineira” em menção ao importante

centro industrial Inglês; o capital cafeeiro, obras importantes de infraestrutura e a imigração

de mão de obra estrangeira, foram fatores fundamentais para industrialização da cidade na

segunda metade do século XIX (BASTOS,2000).

O processo de industrialização de Juiz de Fora pode ser divido em dois períodos: o

primeiro caracteriza-se pela predominância de pequenas fábricas e oficinas, com baixo capital

investido já o segundo período que tem início no fim da década de 1880, é caracterizado pela

criação de pequenas e médias indústrias, com o estabelecimento de tecnologias mais

sofisticadas, principalmente na indústria têxtil, metalúrgica, tipográfica e construção. São

desta época também uma série de investimentos importantes como o telefone urbano (1883),

Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1888) e geração de energia elétrica (1889)

(GIROLETTI, 1988).

A formação industrial de Juiz de Fora deve-se principalmente ao acúmulo de capital,

adquirido com o crescimento da cafeicultura na zona da mata mineira, posteriormente

transferido para o setor industrial. Com o término da rodovia União e Indústria em 1861 (vide

Figura 5.1), o município tornou-se importante entreposto comercial, grande parte do café

produzido na região era reunido na cidade, sendo esse o fato que determinou a grande

concentração de recursos financeiros, promovendo o crescimento de Juiz de Fora em

detrimento de outros municípios da zona da mata mineira (GIROLETTI, 1988).

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Figura 5.1:Trecho da Rodovia União e Indústria

Fonte: GIROLETTI (1988).

A Companhia União e Indústria (C.U.I) fundada por Mariano Procópio Ferreira Lage,

foi peça importante na industrialização de Juiz de Fora. Constituída após a concessão para a

abertura da rodovia União e Indústria e devido à necessidade de mão de obra especializada,

Mariano Procópio recorreu a imigrantes para materializar seu projeto, contratando

engenheiros, arquitetos, desenhistas, mecânicos, técnicos de construção de pontes e

agrimensores. Após o término do contrato dos trabalhadores da Companhia muitos tornaram-

se pequenos empresários de variados ramos industriais, tendo como capital inicial suas

economias adquiridas na C.U.I, ou constituíram a mão de obra para indústria local

(GIROLETTI, 1988).

No censo realizado em 1907, Juiz de Fora possuía 57 indústrias, sendo sua maior parte

vinculada a bens de consumo leves em setores como têxtil, alimentos, bebidas, calçados,

móveis, moagem de cereais, curtume e cigarros (PIRES,2004).

Segundo Giroletti (1988), no período de 1889 a 1930 Juiz de Fora criou mais de 286

estabelecimentos industriais, tendo algumas indústrias de destaque como Cia Pantaleone

Arcuri & Spinelli, pioneira no Brasil na fabricação de telhas de cimento e amianto (cimianto)

mostrada na Figura 5.2, chegando a empregar mais de 200 operários em 1914; Fundição

Kascher especializada na produção de máquinas para serraria, serralheria, carpintaria e

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ferraria, empregando mais de 40 operários; Fundição George Grande que incluía uma ferraria,

uma carpintaria e uma oficina mecânica.

Figura 5.2:Interior da Fábrica de Ladrilhos Cia Pantaleone Arcuri & Spinelli

Fonte: GIROLETTI (1988).

A seguir alguns dados do número de indústrias criadas entre 1889 a 1930 por ramo de

atividade.

Tabela 5.1: Indústrias Criadas por Ramo de Atividade-Juiz de fora

(1889-1930)

RAMOS NÚMERO DE INDÚSTRIAS

Alimentação (bebidas) 60

Fiação, Tecel. Art. Tecidos 31

Metalurgia 36

Couros, Calçados e Artefatos 39

Madeira, Móveis, Serraria, Carpintaria,

Marcenaria 21

Cerâmica, Cimento, Marmoraria 20

Construção 8

Fumo, Cigarro e Charutos 11

Tipografia e Litografia 23

Indústria Diversas 37

TOTAL 287

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39

Fonte: ESTEVES, A. de O. Álbum do munícipio de Juiz de Fora. Belo Horizonte, Imprensa Oficial,

1915. P.291-6.STEHLING, L. J. Trajetória da Indústria em Juiz de Fora. Resista do Centro de estudos

Sociológicos, Juiz de Fora, 1965.Produção Industrial no Estado de Minas Gerais. Boletim do Departamento

Estadual de Estatística, Belo Horizonte, p.72-9, 1965.JACOB, R. Minas Gerais no XX século. Rio de

Janeiro, Gomes, Irmão e C., 1911. p.315-6. Apud. DOMINGOS GIROLETTI. Industrialização de Juiz de

Fora – 1850/1930. Juiz de Fora: EDUFJF, 1988

Não pode deixar de destacar a forte indústria têxtil da cidade que gerava grande

número de empregos, tendo como expoente a Companhia Fiação e Tecelagem Santa Cruz,

Companhia Fabril de Juiz de Fora, Tecelagem Bernardo Mascarenhas (Figura 5.3) e a

Companhia de Fiação e Tecelagem Industrial Mineira “Fábrica dos Ingleses”, sendo as duas

últimas responsáveis por empregar mais de 1163 operários (em 1914).

Figura 5.3: Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas

Fonte: Biblioteca Municipal Murilo Mendes.

A partir da década 1930 a indústria local sofreu um ligeiro crescimento, mas logo após

sofreu um declínio que perdurou até 1960. Entre 1935 e 1939 Juiz de Fora observou seu

número de estabelecimentos manufatureiro e fabris saltar de 255 para 531, sendo esse

crescimento puxado pela abertura de pequenas empresas. Esse fato pode ser comprovado

devido à baixa quantidade de empregos gerados no período, pois estás necessitam de pouca

mão de obra para o seu funcionamento, na Tabela 5.2 pode-se observar claramente que entre

os anos de 1935 e 1936 o crescimento do número de indústrias não acompanhou o do número

de empregos, o que evidencia o pequeno porte destes estabelecimentos (BARROS, 2007).

Houve algumas tentativas de reestruturação da economia, oferecendo vantagens fiscais para

que as empresas se instalarem em Juiz de Fora, que não surtiram grande efeito.

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Tabela 5.2:Indústria manufatureira e fabril - Juiz de Fora (1935/1941)

Ano

n.º de

estabelecimentos Pessoal Empregado

1935 255 7.065

1936 491 8.849

1937 499 10.269

1938 462 10.724

1939 531 12.287

1940 399 11.040

1941 403 10.952

Fonte: AH-UFJF. Processos de Falências. Fundo C. apud BARROS,2007.

Segundo Barros (2007), apesar de na década de 1920 haver um número de falências de

empresas maior que na década 1930, as empresas que decretaram falência na década de 1930

tinham maior porte. Juiz de Fora teve entre 1920 e 1940 a falência de 202 estabelecimentos

industriais (Tabela 5.3)

Tabela 5.3: Número de falências de estabelecimentos industriais de Juiz de Fora (1920/1940).

Ano Nº de falências

1920 1

1921 2

1922 7

1923 6

1924 5

1925 20

1926 18

1927 9

1928 15

1931 22

1932 12

1933 15

1934 4

1935 8

1936 0

1937 6

1938 7

1939 7

1940 3

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Fonte: AH-UFJF. Processos de Falências. Fundo C. apud BARROS,2007.

Segundo Paula, M. (1976 apud PAULA, R., 2001) os fatores que levaram a indústria

de Juiz de Fora a estagnação, declínio e desindustrialização foram:

A infraestrutura que outrora impulsionou o desenvolvimento de Juiz de Fora

após 1930 estrangulou a indústria local, não sendo suficiente o sistema de

serviços públicos de transporte, abastecimento d´água e energia elétrica.

A indústria de Juiz de Fora tinha sua produção principalmente nos ramos têxtil

e alimentício, o que condizia com o desenvolvimento indústria brasileira nos

seus primeiros anos, porém nos anos 50 os setores que passaram a lideraram

economia foram os de bens de capital e de bens de consumo durável

(siderúrgicas, metalúrgicas, químicas e automobilística), o que divergia da

produção industrial juiz-forana.

A indústria local tinha uma maior dificuldade de se modernizar, em relação à

indústria paulista e carioca. As novidades tecnológicas sempre chegavam

primeiro em São Paulo e no Rio de Janeiro e só depois de algum tempo eram

incorporadas, o que diminuía a competitividade da indústria de Juiz de Fora.

Para adquirir essas novidades tecnológicas a indústria tinha que recorrer aos

importadores do Rio de Janeiro ou São Paulo, o que retirava o capital

financeiro de Juiz de Fora transferindo-os para essas cidades.

As matérias primas da indústria tinham que ser importada de outras regiões do

estado e até mesmo do país, já que as matérias primas como o algodão

utilizado na indústria têxtil não eram produzidas na zona da mata, fazendo o

produto da indústria local perder competitividade em relação a outros centros

industriais.

Outro fator que Paula, M. (1976 apud PAULA, R., 2001) aponta como

explicação do declínio da indústria, é a organização do tipo familiar das

empresas que com a sucessão dos seus criadores, perdeu seu espírito

empresarial, em virtude de uma administração desinteressada.

No início da década 1960 houve a instalação de algumas indústrias de grande porte na

cidade, mas as mesmas não foram suficientes para dinamizar a economia local. Como

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exemplo tem-se a Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. e a Facit S.A. Máquinas de

Escritório. Logo após em uma nova tentativa de reindustrialização na década 70, foram

instaladas Siderúrgica Mendes Júnior e a Cia. Paraibuna de Metais. Essas empresas tiveram o

fornecimento de incentivos dos governos para sua instalação na cidade, sendo propiciada a

elas isenção de impostos, infraestrutura e até mesmo doação de terreno para implantação.

Apesar de estas empresas terem gerado um número grande de empregos e ter promovido a

diversificação da indústria local, elas não geraram o impacto esperado sobre a cidade, atraindo

fornecedores e tendo assim um efeito multiplicador dos empregos (BASTOS,2000).

Segundo Bastos (2001), a atração da Siderúrgica Mendes Junior e da Cia. Paraibuna

de Metais teve reflexos na composição setorial industrial de Juiz de Fora, pois a partir do

início da década 80 o setor metalúrgico superou o setor têxtil em termos de valor de produção,

evidenciando-se também a queda do número de empregos no setor têxtil e crescimento do

setor metalúrgico e mecânico (vide Quadro 5.1).

Quadro 5.1: Estrutura Industrial de Juiz de Fora (1975/1985)

Setores Estabelecimentos Pessoal Ocupado Valor da Produção (US$ mil)

1975 1985 1975 1985 1975 1985

Metalurgia 57 78 550 3.282 6.066 288.133

Mecânica 29 43 737 2.969 7.281 72.759

Têxtil 126 83 5.851 3.976 77.496 76.213

Vestuário 75 241 1.474 5.007 10.790 57.072

Outros 385 411 7.589 7.824 156.397 238.903

Total 672 856 16.201 23.058 258.029 733.079

Fonte: Mattos, Oliveira Júnior, Bastos (1994) apud BASTOS 2001.

Destaca-se que data dessa época (década de 80) a introdução da Política Nacional do

Meio Ambiente (Lei 6938/81). Tendo em vista os objetivos desse trabalho de identificar APs

em Juiz de Fora devido à atividades industriais pretéritas, considerou-se a década de 80 como

limite deste levantamento histórico.

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6. INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

Conforme mencionado anteriormente, a identificação de áreas potencialmente

contaminadas deve se basear em levantamentos sequenciais, constituindo-se como uma das

primeiras etapas o levantamento histórico das atividades antrópicas potencialmente

poluidoras. No caso deste trabalho, é o levantamento ou inventário de indústrias existentes no

município de Juiz de Fora.

O inventário foi elaborado baseando-se na metodologia proposta no Manual de

gerenciamento de áreas contaminadas da Cetesb (CETESB,2001). Esta referência, em seu

capítulo III, propõe procedimentos para a identificação de áreas potencialmente

contaminadas. Esses procedimentos podem ser divididos basicamente em duas etapas.

1° Etapa: Definição das atividades potencialmente contaminadoras na região de

interesse.

Observa-se que o primeiro passo desta etapa é a definição da Região de Interesse. No

caso deste trabalho é a área urbana do município de Juiz de Fora. A partir desta definição,

busca-se estabelecer, através da natureza das substancias empregadas (insumos) e dos

resíduos típicos de cada indústria, se a atividade é potencialmente contaminadora. A

CESTESB através do Projeto CETESB-GTZ estabeleceu uma série de atividades industriais e

comerciais que podem ser definidas como potencialmente contaminadoras, descritas no

sistema de codificação de atividades econômicas do IBGE (Anexo I). A escolha destas

atividades industriais e comerciais foi estabelecida pela CETESB baseando-se nos seguintes

critérios:

Existência de processos produtivos que possam causar contaminação

dos solos e águas subterrâneas;

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Presença de substâncias que possuam potencial para causar danos aos

bens a proteger, via solos e águas subterrâneas;

Histórico indicando manuseio, armazenamento e disposição inadequada

de matéria-prima, produtos e resíduos;

Histórico indicando a ocorrência de vazamentos e acidentes;

Histórico de passivos ambientais que resultaram em ASs e ACs.

2° Etapa: Identificação das APs através do levantamento de dados secundários.

Nesta etapa a identificação das APs se dá através do levantamento de dados cadastrais

que podem variar em função das características da região de interesse. O manual sugere

algumas fontes a serem consultadas, apresentadas na Tabela 6.1.

Tabela 6.1:Documentos e fontes de informação a serem consultados.

DOCUMENTOS CONSULTADOS FONTES DE INFORMAÇÃO

Cadastros de indústrias, de áreas comerciais, de acidentes,

de áreas de disposição e tratamento de resíduos.

Órgão de controle

ambiental

Cadastros de áreas industriais e comerciais. Associações industriais e

comerciais, sindicatos patronais

Licenças de construção, cadastros e mapas. Prefeituras

Listas de endereço, listas telefônicas. Outras

Fonte: CESTESB 2001.

Assim, em conformidade com a metodologia mencionada anteriormente, foram

estabelecidas quais eram as atividades potencialmente contaminadoras na região de interesse

(área urbana do município de Juiz de Fora) e identificadas as áreas Potencialmente

Contaminadas – Aps, através de levantamento de dados existentes.

A definição das tipologias industriais objetos do levantamento ou inventário foi

fundamentada na Lista de atividades industriais/comerciais IBGE potencialmente

contaminadoras do solo e águas subterrâneas. Foram selecionadas 27 tipos de indústrias

nesta Lista, as quais foram condensadas em 9 tipologias industriais, conforme a Tabela 6.2. A

divisão em 9 tipologias industriais foi fundamentada no nível de detalhamento de informações

contidas nos documentos consultados.

Tabela 6.2: Definição das tipologias industriais

Indústria Metalúrgica Indústria Têxtil

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Metalúrgica

Beneficiamento de Fibras Têxteis, Fabricação de

Estopa, de Materiais para Estofos, e Recuperação

de Resíduos Têxteis

Mecânica

Tingimento, Estamparia, e Outros Acabamentos

em Roupas, Peças do Vestuário e Artefatos

Diversos de Tecidos

Fabricação de Móveis de Metal Acabamento de Fios e Tecidos

Recuperação de Sucata Metálica - Inclusive a Limpeza de

Fornos Industriais Fiação e Tecelagem

Indústria de Matérias Plásticas Indústria Madeireira

Produtos de Matérias Plásticas

Produção de Casas de Madeira Pré-Fabricadas e

Fabricação de Estruturas de Madeira e Artigos de

Carpintaria

Fabricação de Móveis de Material Plástico

Fabricação de Chapas e Placas de Madeira

Aglomerada ou Prensada, e Madeira

Compensada, Revestida ou Não com Material

Plástico

Indústria de Papel e Celulose Ind. Prod. Minerais Não Metal.

Fabricação de Celulose, Pasta Mecânica e de Polpa de

Madeira Fabricação e Elaboração de Vidro e Cristal

Fabricação de Papel, Papelão, Cartolina e Cartão

Fabricação de Canos, Manilhas, Tubos,

Conexões, Ladrilhos, Mosaicos e Pastilhas

Cerâmicas, e Artefatos de Cre

Indústria de Couros e Peles

Fabricação de Material Sanitário, Artefatos de

Porcelana, Faiança e Cerâmica Artística -

Exclusive Louça Para Serviço de Mesa

Secagem, Salga, Curtimento e Outras Preparações de

Couros e Peles - Inclusive Subprodutos

Fabricação de Artefatos de Amianto ou Asbestos

-Exclusive Artefatos do Vestuário para

Segurança Industrial

Indústria Química Fabricação de Azulejos

Química Beneficiamento ou Preparação de Amianto ou

Asbestos – Exclusive a Fabricação de Artefatos

Produtos Farmacêuticos e Veterinários Indústria de Artefatos de Borracha

Fabricação de Produtos de Perfumaria Borracha

Fabricação de Sabões e Detergentes

Em seguida e em conformidade com a metodologia proposta por CETESB, 2001,

foram realizados levantamentos visando a identificação da localização das indústrias

existentes em Juiz de Fora no período de 1900 a 1980. Para tal foram avaliados os

documentos apresentados na Tabela 6.3.

Destaca-se que a leitura e a análise dos documentos mencionados na Tabela 6.3 foram

fundamentais para a elaboração do inventário industrial pretérito de Juiz de Fora. As

informações obtidas em cada documento eram analisadas e complementadas por outras fontes

documentais, não se identificando um único documento que possibilitasse a elaboração do

inventário, havendo assim necessidade de consultar várias fontes distintas. Como resultado

deste estudo foi possível identificar o endereço dos estabelecimentos industriais inventariados.

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Tabela 6.3: Relação de Documentos Consultados

DOCUMENTOS CONSULTADOS FONTES DE INFORMAÇÃO

Livro: A Companhia União Indústria e os Alemães Biblioteca Municipal Murilo

Mendes

Lista Telefônica dos Anos de 1950, 1963, 1970/71 e 1981 Biblioteca Municipal Murilo

Mendes

Requerimento de Construção de 1880 a 1940 Arquivo Histórico da Prefeitura

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Almanak Laemmert: Annúario Administrativo, Agrícola, Profissional,

Mercantil E Industrial da Republica dos Estados Unidos do Brasil para

1916

Biblioteca Nacional

Almanak Laemmert: Annúario Commercial, Industrial, Agrícola,

Profissional e Administrativo da Capital Federal e dos Estados Unidos

do Brasil para 1931

Biblioteca Nacional

Almanak Laemmert: Edição para 1935 Biblioteca Nacional

Anuário Industrial do Estado de Minas Gerais 1937. Biblioteca do Ministério da

Fazenda no Rio de Janeiro

Foram inventariados 326 sítios industriais (Apêndice A). A maior concentração de

APs localiza-se no centro e bairros adjacentes, como apresentado na Figura 6.1. Destaca-se

também a predominância da indústria têxtil nesta região. Outras tipologias, com significativa

representatividade são as indústrias metalúrgicas, madeireiras e químicas (Vide Figura 6.2).

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Figura 6.1: Áreas potencialmente contaminadas do município de Juiz de Fora (em razão do

tamanho da figura essa será disponibilizada separadamente)

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Figura 6.2: Distribuição percentual das tipologias industriais identificadas.

Com o objetivo de auxiliar o reconhecimento de cada um dos sítios inventariados foi

elaborado um código alfanumérico. Neste código as letras (sigla) representam a tipologia

industrial que esse pertence e os números representam a ordem que essas foram identificadas

dentro da sua respectiva tipologia. A seguir a tabela que relaciona cada sigla a sua tipologia

industrial.

Tabela 6.4: Siglas e Tipologias industriais

Sigla Tipologia Industrial

MNM Ind. Prod. Minerais Não Metal

M Indústria Metalúrgica

IM Indústria Madeireira

PC Indústria de Papel e Celulose

IC Indústria de Couros e Peles

IB Indústria de Artefatos de Borracha

IT Indústria Têxtil

IMP Indústria de Matérias Plásticas

IQ Indústria Química

Destaca-se que não é objetivo deste estudo realizar uma avaliação de risco de

contaminação das APs identificadas. Todas as tipologias industriais elencadas possuem um

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risco típico de contaminação do solo e das águas subterrâneas, existindo graus de risco

diferentes de acordo com o processo produtivo, os insumos utilizados e o porte da indústria.

Tendo em vista o universo de 326 APs identificadas (vide Apêndice A), o objetivo deste

trabalho e que grande parte destas fabricas encerraram suas atividades a décadas, não foram

realizadas as etapas subsequentes do processo de gerenciamento de áreas contaminadas. A

execução destas etapas poderiam nortear uma avaliação preliminar no sentido de apontar qual

dessas áreas teriam uma maior chance de provocar danos ao meio ambiente.

A classificação realizada neste trabalho de uma APs foi fundamentada nas

características típicas de cada indústria. Ressalta-se que este inventário é relativo ao período

de 1900 a 1980, onde ocorreu uma série de modificações nos processos industriais. Assim,

eventuais estudos em continuidade a este levantamento, com por exemplo possíveis

avaliações preliminares, devem levar em conta estes aspectos.

No entanto, algumas tipologias industriais possuem historicamente uma série de

relatos de contaminação ambiental do solo e das águas. São exemplos a indústria têxtil na

etapa de beneficiamento (alvejamento, tingimento, acabamento e estamparia), indústria

metalúrgica e indústria química. Dentre essas tipologias destacam-se ainda as indústrias de

couros e peles, a qual é protagonista de inúmeros casos de contaminação dos solos e das águas

subterrâneas, devido a utilização de metais pesados como cromo (III), no curtimento mineral

do couro. No inventário realizado neste estudo foram localizadas 12 indústrias pretéritas de

couros e peles no município de Juiz de Fora, a maioria delas estavam localizadas em bairros

densamente povoados (Fábrica, Centro, Poço Rico e São Mateus).

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7. BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO DAS ÁREAS

POTENCIALMENTE CONTAMINADAS INVENTARIADAS

A partir dos resultados obtidos com o inventário de áreas potencialmente

contaminadas no município de Juiz de Fora, foi desenvolvido um banco de dados visando a

continuidade dos trabalhos de gerenciamento de áreas contaminadas, conforme metodologia

proposta por CETESB, 2001. Este banco de dados utilizou na sua formatação softwares de

planilhas (Microsoft Excel) e de tratamento de informações geográficas (ArcGis 10.2.1),

conforme apresentado no Apêndice C.

O Sistema de Informação Geográfico (SIG) é construído para armazenar, analisar e

manipular dados geográficos, constituindo um banco de dados georreferenciado (CÂMARA,

2005).

O SIG trabalha com dados que possuem componentes de variabilidade espacial, que

descrevem as características da superfície (latitude, longitude, altitude, etc.) e componentes

não-espaciais, que são dados em geral descritivos dos atributos espaciais. Essa capacidade

difere o SIG de qualquer outro Sistema de Informações convencional, sendo uma importante

ferramenta de auxílio na gestão ambiental.

7.1 DESENVOLVIMENTO DO BANCO DE DADOS

O Banco de Dados Georreferenciado de Áreas Industriais Potencialmente

Contaminadas de Juiz de Fora (GEOBAC) foi desenvolvido no software ArcGis 10.2.1, com

base nas informações do inventário de APs de Juiz de Fora, elaborado conforme descrito no

Capítulo 6. Tendo em vista a grande extensão territorial da área de estudo, o GEOBAC

contemplou inicialmente a região central do município. Assim, foram selecionadas 187

indústrias, relacionadas no Apêndice B, para a formatação inicial do banco de dados.

A partir das informações dos endereços dos sítios potencialmente contaminados,

obtidos nos levantamentos mencionados anteriormente, fez-se o reconhecimento em campo

das coordenadas de cada um dos sítios inventariados, utilizando o GPS de navegação modelo

Garmin Etrex 30.

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Após o levantamento de campo, foram desenvolvidos atividades de processamento de

dados em escritório. Estas atividades constaram sumariamente de:

1) transferência dos dados do GPS para o Software GPS TrackMaker, associando-os,

através do software Microsoft Excel, com outras características não espaciais inventariadas,

objetivando a criação da tabela de atributos do GEOBAC;

2) em seguida foram utilizadas rotinas do software ARCGIS (ArcCatalog e ArcMap)

visando o estabelecimento do banco de dados georreferenciado.

Apresenta-se no Apêndice C mais detalhes desta metodologia.

7.2 BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO DE ÁREAS INDUSTRIAIS

POTENCIALMENTE CONTAMINADAS DE JUIZ DE FORA

Conforme mencionado anteriormente, o levantamento de campo foi baseado no

inventário contido no Apêndice A. Observa-se que das 326 APs inventariadas, 187

localizavam-se nos bairros Poço Rico, Santa Helena, Botanágua, Santa Catarina, Morro da

Glória, Jardim Glória, Costa Carvalho e Centro, o que corresponde a 57% das áreas

inventariadas.

Das 187 áreas selecionadas para o levantamento de campo foram localizadas 170.

Durante o levantamento sentiu-se grande dificuldade em localizar os endereços, haja vista que

a numeração dos lotes é descontínua, principalmente no centro da cidade, em decorrência das

transformações do espaço urbano ao longo do século XX.

Vale ressaltar que o inventário que serviu de base para o GEOBAC abrange um

período que vai de 1900 a 1980. Os endereços contidos no inventário podem não corresponder

a verdadeira posição dos sítios industriais, pois não é possível garantir que a numeração dos

lotes permaneceu a mesma até os dias de hoje.

Seguindo as orientações do Manual de gerenciamento de áreas contaminadas da

CETESB (2001), foi elaborado através do software ArcGis 10.2.1 um mapa contendo o

posicionamento dos bens a proteger e a localização dos sítios industriais potencialmente

contaminados no centro e bairros adjacentes do município de Juiz de Fora (vide Figura 7.1).

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Figura 7.1:Áreas potencialmente contaminadas na região central do município de Juiz

de Fora (em razão do tamanho da figura essa será disponibilizada separadamente)

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Pode-se notar em campo que maioria destes sítios encontra-se hoje em dia totalmente

descaracterizados o que dificulta identificação in loco através de imagens antigas, são

exemplos destas a Fundição Germano Otto, onde é possível observar nas Figuras 7.2 e 7.3 que

atualmente o local não recorda em nada a antiga fundição.

Figura 7.2: Fundição Germano Otto no início do século XX.

Fonte: Biblioteca Municipal Murilo Mendes.

Figura 7.3: Fundição Germano Otto atualmente.

A Fundição Germano Otto utilizava em seus processos ferro e bronze, destaca-se que

o bronze é uma liga metálica constituída pela mistura do cobre com o estanho. O cobre e

estanho são metais pesados que podem causar uma série de efeitos adversos a saúde em casos

de doses elevadas como: inflamações severas no aparelho gastrointestinal, diarreia, vômitos e

dores (ARSC, 2009). O principal risco ambiental causado por essa fundição caso comprovada

a contaminação do sítio advém da proximidade do local com rio Paraibuna o que poderia

proporcionar a degradação ambiental do mesmo.

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A exemplos também de áreas onde houve uma preservação da faixada do

empreendimento com suas características originais como o Centro Cultural Bernardo

Mascarenhas onde funcionou a antiga Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas mostrada na

Figura 7.4.

Figura 7.4: Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.

Esse parece ser um caso clássico de reutilização de sítio industrial na cidade onde não

houve provavelmente a preocupação ambiental, na compra do local pela prefeitura a fim de

evitar a aquisição de um passivo ambiental, nos aspectos relacionados restauração do prédio e

verificação de que o uso pretendido era condizente para tal fim. A não observância destas

variáveis é justificável já que em 1987 ano que foi adquirido o sítio pela Prefeitura de Juiz de

Fora essas questões eram extremamente novas para época.

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8. COMENTÁRIOS FINAIS E RECOMENDAÇÕES

Ressalta-se inicialmente que com o desenvolvimento deste trabalho foi possível

identificar a relevância da problemática das áreas contaminadas no Brasil e no Mundo, o que

justifica a realização do inventário de áreas industriais potencialmente contaminadas no

município de Juiz de Fora, objeto deste estudo.

Juiz de Fora teve uma grande importância na história da indústria nacional, porém

diversos fatores fizeram que a indústria juiz-forana entrasse em decadência a partir da década

de 1930. A medida que as indústrias fechavam suas portas geravam-se potencialmente áreas

contaminadas, sem qualquer mecanismo de controle por parte da administração pública,

mesmo porque não havia conhecimento técnico e nem legislação específica sobre esse tema.

Esses sítios industriais, com o passar dos anos, foram ocupados por residências, instituições

de ensino, comércio e órgãos públicos, ou foram simplesmente abandonados pelos seus donos

principalmente nas regiões mais afastadas do centro.

Durante a realização deste trabalho não se teve conhecimento de qualquer sistema de

gerenciamento de áreas contaminadas no município de Juiz de Fora, o que também motivou o

desenvolvimento deste estudo. Salienta-se que a criação de mecanismo de gerenciamento de

áreas contaminadas auxiliaria o órgão ambiental municipal a um maior controle sobre esses

sítios, evitando assim, em casos de confirmação de contaminação, o uso inadequado destas

áreas e possibilitando a identificação dos responsáveis pelo passivo ambiental.

A maioria das 326 indústrias inventariadas era da tipologia têxtil, dentre estas existia

um grande número de indústrias de pequeno porte. Tomando como base o conhecimento

histórico adquirido durante a elaboração deste estudo, considera-se como de maior

possibilidade de contaminação nesta tipologia as áreas da Companhia de Fiação e Tecelagem

Santa Cruz, Companhia de Fiação e Tecelagem Meurer, Companhia de Fiação Industrial

Mineira, Cia. Fiação e Tecelagem Moraes Sarmento, Bernardo Mascarenhas e Ferreira

Guimarães por essas se tratarem de indústrias de grande porte no município.

Entre as tipologias industriais inventariadas no município de Juiz de Fora mais

preocupantes são as Indústrias de Couro e Pele (curtumes) e as Indústrias Químicas.

Considera-se importante que seja realizada uma avaliação preliminar destas áreas, justamente

pelo histórico de problemas ambientais que essas atividades industriais causam.

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No inventário de Áreas Potencialmente Contaminadas de Juiz de Fora identificou-se

12 curtumes na cidade, destacando-se o Curtume Krambeck, inaugurado em 1880, que foi o

primeiro curtume industrial do Brasil; segundo Genovez (1998) houve um incêndio em 1921

que destruiu o curtume encerrando suas atividades. Recomenda-se que esta área, pelas

circunstâncias que se sucedeu o encerramento do curtume e as características deste ramo

industrial que utiliza o cromo no curtimento mineral, seja objeto de uma futura avaliação in

loco, conforme procedimento proposto por metodologias de gerenciamento de áreas

contaminadas.

Durante a elaboração do banco de dados, fundamental para suportar as informações

adquiridas durante o desenvolvimento do inventário, ficou evidente a necessidade da

utilização de Sistema de Informação Geográfica visando o gerenciamento de áreas

contaminadas. Assim foi desenvolvido o GEOBAC, visando a identificação e a localização

das áreas inventariadas utilizando coordenadas geográficas, tendo em vista a eficácia deste

sistema de localização. Observou-se durante o desenvolvimento dos trabalhos grande

dificuldade para a localização de muitos sítios, em razão das alterações do nome de ruas e de

números, ocorrida devido ao processo de modificação do espaço urbano ao longo do século

XX. A solução adotada foi então a utilização de coordenadas geográficas, as quais foram

obtidas em trabalho de campo.

Recomenda-se finalmente que a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora avalie a

possibilidade de complementar o banco de dados desenvolvido neste estudo, contemplando

outras tipologias, atualizando o inventário para os dias atuais e complementando o banco de

dados com outras informações relevantes. Assim, a Prefeitura de Juiz de Fora disporia de

ferramenta importante, inclusive para a implantação das etapas posteriores de gerenciamento

de áreas contaminadas.

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Anexo I

Lista de atividades industriais/comerciais IBGE potencialmente contaminadoras do

solo e águas subterrâneas

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Apêndice A

Inventário de Áreas Potencialmente Contaminadas

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Quadro A.1: Indústria Produtos Minerais Não Metal.

MNM:Indústria Produtos Minerais Não Metal.

Quadro A.2:Indústria Metalúrgica.

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Belgo Saint Clair de Carvalho 93 M001

Sociedade Distribuidora de Indústrias Ltda. – Soldil Benjamin Constant 216 M002

Sociedade Industrial Maquinas Alimentícias Benjamin Constant 567 M003

Cia. Mecânica George Grande (Dos Andradas) Gratidão 221 M004

Fundição Joaquim Pedro 15 de novembro 631 M005

Oficina S.A. Henrique Surerus 15 de Novembro 792 M006

Incamel-Indústria Comercio de Artefatos Metalúrgicos Ltda. 7 de Setembro 605 M007

Máquinas Junqueira S.A 7 de Setembro 969 M008

Tegarame Industrial Ltda. Américo Lobo 79 M009

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Companhia Industrial Construtora Pantaleone Arcuri Espírito Santo 254 MNM001

Cerâmica União Industrial Estação Dias Tavares MNM002

Coutinho S.A. Comercio e Indústria Francisco Bernardino 273 MNM003

Indústria Vidreira Minas Gerais Ltda. Maria Perpétua 44 MNM004

Cerâmica JUIZ DE FORA Olavo Bilac 632 MNM005

Ical- Indústria de Cimento Armado Ltda. Padre Café 285 MNM006

Fábrica de Ladrilhos de Mosaicos Em Cimento Rio Branco 170 MNM007

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68

Metalúrgica Barros Lima Ltda. Barão de Aquino 100 M010

Artefatos de metais Joaquim Scio Batista de Oliveira 698 M011

Metalúrgica André Aparati Batista de Oliveira 346 M012

Oficina Benjamim Candreva Batista de Oliveira 808 M013

Oficina Nicolau Micareli Batista de Oliveira 225 M014

Metalúrgica Santos Dumont S.A Benjamin Constant 396 M015

Indústria Metalúrgica Ppienk Ltda. Bernardo Mascarenhas 778 M016

Parecerão Com. Ind. de Prod. Siderúrgico Bertha Halfeld Paleta 95 M017

Siderúrgica Mendes Junior S.A Br 040 KM769 M018

Fatyny Ind. e Com. de Ferro e Aço Ltda. Brasil 2580 M019

Indústria Metalúrgica Moratori Ltda. Carlos A.Da Silveira 75 M020

Companhia Siderúrgica Pains Carlos Otto 128 M021

Fundição Germano Otto. Carlos Otto 333 M022

Oficina Emilio Krotnayer Carlos Otto 170 M023

Fundição Alberto Lenz Cel. Vidal 38 M024

Oficina Luiz Lempke & Irmão Cel. Vidal S/n M025

Usinauto - Usinagem Auto Peças Brasileiras Ltda. Cel. Vidal 110 M026

Fábrica São Jorge D. Silvério 436 M027

Fundição Luiz Lempke & irmãos D. Viçoso 53 M028

Fundição JUIZ DE FORA Ltda. Dos Andradas 1015 M029

Metalúrgica J. Morato Dos Andradas 366 M030

Latoaria Cornélio Perassini Dos Artistas 296 M031

Latoaria Jospe Perassini Dos Artistas 322 M032

Fundição Fernando Shmitz Dos Artistas 416 M033

Fundição Rossini Ltda. E. Fontainha 79 M034

Fundição Progressista Espírito Santo 145 M035

Metalúrgica Gomes Espírito Santo 604 M036

Sinox Indústria Metalúrgica Ltda. Eunice Weaver 826 M037

Fundição JUIZ DE FORA "Kiffer & C. Ltda." Feliciano Pena 82 M038

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69

Manutron Industrial Ltda. Floriano Peixoto 55 M039

Oficina Central Floriano Peixoto 390 M040

Fábrica de Maquinas J. Tardio Fonseca Hermes 97 M041

Metalúrgica Pedro Scapin Fonseca Hermes 183 M042

Oficina Alexandre Pigheti Fonseca Hermes 84 M043

Oficina Valter Pichardt Fonseca Hermes 41 M044

Coutinho S.A. Comercio de Indústria Francisco Bernardino 273 M045

Indústria Reunidas Fagundes Netto S.A Francisco Valadares 108 M046

Forginha Ltda. Indústria e Comercio Garibaldo 20 M047

São Caetano Indústria Telas e Arame Getúlio Vargas 849 M048

Artefatos de metais F. Sangiorgi Halfeld 354 M049

Metalúrgica Gaburri & Filhos Halfeld 432 M050

Oficina Irmãos Vasconcelos Halfeld 357 M051

Indústria e Comercio Lusar Ltda. José Entrópico 450 M052

Facit S.A Maquinas de Escritório Juscelino Kubitscheck 4005 M053

Tupimec Ind. Mecânica Ltda. Juscelino Kubitscheck 7489 M054

Artefatos de metais Altamiro de Oliveira Kascher 15 M055

Metalúrgica Nova Era Ltda. Luiza F Albano 248 M056

Metalurgia Scio Ltda. Marechal Deodoro 159 M057

Oficina Irmãos Mazato Marechal Deodoro 451 M058

Indústria de Metais Ltda. Imel Marginal Paraibuna 3031 M059

Becton, Dickinson Indústrias Cirúrgicas S.A Olavo Bilac 1449 M060

Estruturas Metálicas Ltda.- Eml Osmar C. Claros 500 M061

Fábrica de Pregos S. Nicolau Martins Ferreira S.A Osorio Almeida 425 M062

Fábrica Santo Antônio Osorio de Almeida 1004 M063

J. F. Kascher & Irmãos Ponte Piau S.I M064

Oficina Sebastiao Mendes Ribeiro Rio Branco 1638 M065

Oficina Crispin Henriques & cia Rio Branco 1644 M066

Oficina E. Costa & Cia Rio Branco 2056 M067

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70

Oficina S.A Estabelecimento Ciampi Rio Branco 2157 M068

Coferma C Fer. C Ltda. Saint Clair Carvalho 115 M069

Metalúrgica Alberto A. Drappa Santa Rita 400 M070

Indústria Comercio Euclenio Telles Pires Santo Antônio 237 M071

Dempsei Ferreira Metalúrgica Santo Colsera 58 M072

Fundição Dr.Machanica Mineira São Sebastião 331 M073

Fundição Irmãos Otto. São Sebastião 179 M074

Tulha Secadeira Minas Gerais São Sebastião 354 M075

Fábrica de Tornos Mecânicos Central Severino sarmento, Esq. Com Padre Joao Emilio S.I M076

M:Indústria Metalúrgica

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

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71

NOME RUA NUMERO COD

Astenio de Oliveira 15 de novembro 603 IM001

F. Abdala & Cia. 15 de novembro 328 IM002

Francisco Alves Vieira 15 de novembro 454 IM003

Guerino Spigolon 15 de novembro 418 IM004

Pascolal Mazacoli 15 de novembro 801 IM005

Jacó Clemente 7 de setembro 1572 IM006

José Carreira Barão de Cataguazes 32 IM007

Fábrica de Moveis Aliman Batista de Oliveira 688 IM008

Cerchia & cia. Batista de Oliveira S.I IM009

Cleto Grandi Batista de Oliveira 685 IM010

Guido Giorgio Batista de Oliveira 688 IM011

Raimundo Pinto Da Rocha Batista de Oliveira 305 IM012

Comercio e Indústria de Moveis Pirâmide Batista de Oliveira 131 IM013

Luiz Matiasi Benjamim Constant 108 IM014

Indústria e Comercio de Móveis Brasília Bernardo Mascarenhas 829 IM015

Irmãos Sanábio Dr. Romualdo 60 IM016

Indústria e Comercio de Moveis Valzetti Ltda. E. Fontainha 55 IM017

Astolfo Campos Bastos Espírito Santo 1161 IM018

Cia. Construtora Pantaleone Arcuri Espírito Santo 149 IM019

Carlos Meckler Floriano Peixoto 341 IM020

Oscar Cortez Floriano Peixoto 369 IM021

Giuzepe Cerri Fonseca Hermes 230 IM022

Indústria de Moveis Assépticos Ima Ltda. Francisco Bernardino 103 IM023

Odorico Filqueiras Francisco Brandão 101 IM024

Bruno Juliani Garibaldi 175 IM025

Álvaro Fontes Halfeld 400 IM026

Antônio Matiasi Halfeld 783 IM027

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72

Eduardo Viviani Halfeld 633 IM028

Fábrica de Moveis V. Candialli & Contrucci Halfeld 151 IM029

Fábrica de Moveis Viuva A. Becthluff Halfeld 735 IM030

Indústrias Cama Patente L Liscio S.A Halfeld 373 IM031

Kaler Milmer & Cia Ltda. Halfeld 788 IM032

Leon Milmer Halfeld 387 IM033

Perdo Gróin Halfeld 343 IM034

Procópio Ladeira & cia Halfeld 53 IM035

Raimundo Ronsani Halfeld 31 IM036

Fábrica de Cadeiras Santa Luzia Hélio Tomaz 35 IM037

João Dsiakoosky Luiz de Camões 43 IM038

Adélia Massad Marechal Deodoro 159 IM039

Atáia Jorge Marechal Deodoro 391 IM040

Bruno Ronzam Marechal Deodoro 127 IM041

Fábrica a Vapor de Moveis Correia & Correia Marechal Deodoro 85 IM042

Fábrica de Moveis Costa & Cia Marechal Deodoro 174 IM043

Ulisses Morais Marechal Deodoro 41 IM044

Setimo Potalo Osório de Almeida 395 IM045

Fábrica de Moveis Machassine & C. Rio Branco 1738 IM046

Ferrari & Vicini Rio Branco S.I IM047

Henrique Rosemback Rio Branco 1937 IM048

Olímpio de Oliveira Cabral Rio Branco 2297 IM049

Vicente Mareacini Rio Branco 2105 IM050

Arlindo Beti Santa Terezinha 114 IM051

Narciso Simões Santo Antônio S/n IM052

Amadeu Timponi São João Nepomuceno 386 IM053

Ângelo Vacarine São João Nepomuceno 62 IM054

Frizoni & Irmãos São Sebastião 574 IM055

Jose Faza São Sebastião 365 IM056

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

F Villela S.A.- Fábrica Papel Santa Cruz Carlos Oto 287 PC003

Fábrica de Papelão Barsochini & Cia. Dos Andradas 317 PC002

Fábrica de Papel União Indústria S.A. Dos Andradas 1146 PC001

Iparsa- Indústrias de Papel Reunidas S.A Estrada União Indústria Km 182 PC004

Fábrica de Papelão Rauk. R. Rudge Fonseca Hermes 82 PC005

Fábrica de Papel Paraibuna Ltda. Henrique Burnier 480 PC006

Fábrica de Papelão Ondulado Mariano Procópio S.A Mariano Procópio 1406 PC007

Fábrica de Papelão H. Batituci Morais de Castro 370 PC008

Fábrica de Papelão J. Maleti Santo Antônio 1194 PC009

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73

Quadro A.3: Indústria de Papel e Celulose.

PC: Indústria de Papel e Celulose

Quadro A.4: Indústria Madeireira.

IM: Indústria Madeireira

Quadro A.5: Indústria de Artefatos de Borracha

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Oficina São João Ltda. Dq Caxias 60 IB001

Companhia Darlin Artefatos de Borracha Halfeld 2425 IB002

Fábrica de molas para automóveis Pinto Moura S/N IB003

Fábrica de Artigos de Borracha Knopp Rio Branco (frente maçonaria) IB004

IB: Indústria de Artefatos de Borracha

Quadro A.6: Indústria de Couros e Peles

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Curtume Sererus Francisco Valadares 1129 IC001

Curtume Krambeck S.A Bernardo Mascarenhas 1424 IC002

Curtume Real Custodio Tristão 108 IC003

Curtume F. Riveli Francisco Valadares 835 IC004

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74

Curtume Ventura & Tortorielo Francisco Valadares 28 IC005

Curtume Poço Rico Ltda. Francisco Valadares 22 IC006

Curtume Alfredo Barros & Cia. Independência 481 IC007

Curtume Barros & Guimarães Independência 53 IC008

Curtume Costa Fagundes Independência 4 IC009

Curtume Viúva Torturiello Independência 1145 IC010

Curtume Francisco Batituci Independência 144 IC011

Curtume Carioca S.A São João 195 IC012

IC: Indústria de Couros e Peles

Quadro A.7: Indústria Têxtil

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA

N

UMERO

C

OD

Companhia de Fiação Tecelagem Santa Cruz Benjamin Constant

55

5

I

T001

Fama- Fábrica de Malhas Ltda. Benjamin Constant

78

9

I

T002

Malharia Beverly Ltda. Benjamin Constant

32

6

I

T003

Tecelagem JUIZ DE FORA Ltda. Benjamin Constant

23

7

I

T004

Malharia Aimoré 15 de novembro

86

0

I

T005

S.A. Henrique Surerus 15 de novembro

79

2

I

T006

Tinturaria Carrumba 15 de novembro

69

4

I

T007

Tinturaria Geraldo Freitas 15 de novembro

72

1

I

T008

Tinturaria Hugo dal Papa 15 de novembro

71

9

I

T009

Tinturarias Geraldo de Freitas 15 de novembro 72 I

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75

1 T010

Malharia Marchiori 7 de Setembro

14

17

I

T011

Malharia Stiebler 7 de Setembro

14

17

I

T012

Tinturaria Bom Jesus 7 de Setembro

15

09

I

T013

Tinturaria Comercial 7 de Setembro

11

94

I

T014

Tinturaria Sebastião Barboni 7 de Setembro

55

8

I

T015

Tinturaria Sul América 7 de Setembro

55

8

I

T016

Tinturaria Vasconcellos & Benetti 7 de Setembro

60

7

I

T017

Malharia Himalaia Ltda. Américo Lobo

11

04

I

T018

Têxtil Excelsior Ltda. Antônio Lagrota

12

7

I

T019

Fiação Oscar Meurer S.A Barão de Cataguases

79

2

I

T020

Malharia Augusto Barão de Cataguases

28

5

I

T021

Malharia Waltenberg

Barão de Santa Helena

(Parte Alta)

S/

N

I

T022

Malharia Cliper Ltda. Barbosa Lima

28

3

I

T023

Indústria e Comercio Elda Barbosa Lima

32

7

I

T024

Indústria e Comercio M Golfinho Batista de Oliveira

29

3

I

T025

Malharia Liberal Batista de Oliveira

17

3

I

T026

Tinturaria Assunção & Filhos Batista de Oliveira

61

8

I

T027

Tinturaria João Manuel Alves Batista de Oliveira

48

2

I

T028

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76

Tinturaria Loureço dal papa Batista de Oliveira

63

5

I

T029

Tinturaria Esperança Belo Horizonte

30

0

I

T030

Malharia Sedan S.A Bernardo Mascarenhas

71

1

I

T031

Indústria e Comercio de Malhas Castor C. Alves

10

4

I

T032

Indústria e Comercio Manolo Ltda. C. Herculano 3

I

T033

Dimas Indústria e Comercio de Malhas C. Otto

12

8

I

T034

Companhia de Fiação e Tecelagem Industrial Mineira Dos Andradas

12

15

I

T035

Companhia Têxtil Ferreira Guimarães Dos Andradas

12

15

I

T036

Dollas Indústria e Comercio de Malhas Ltda. Dos Andradas

94

6

I

T037

Indústria e Comercio de Malhas Daki Ltda. Dos Andradas 59

I

T038

Intima-Indústria de Malhas Ltda. Dos Andradas

43

5

I

T039

Malharia Frossard Ltda. Dos Andradas

10

29

I

T040

Sociedade Brasileira de Tecidos S.A. Dos Andradas

11

24

I

T041

Tinturaria A. Vieira Pereira & C. Dos Andradas

28

3

I

T042

Tinturaria Mechiades de Souza Dos Andradas

23

1

I

T043

Companhia de Fiação Tecelagem Meurer Espirito Santo

49

7

I

T044

Malharia Santa Barbara Ltda. Espirito Santo

67

9

I

T045

Cia. Fabril JUIZ DE FORA Floriano Peixoto

39

0

I

T046

Fábrica São João Floriano Peixoto

38

5

I

T047

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77

Chalan Indústria e Comercio de Malhas Ltda. Fonseca Hermes

12

2

I

T048

Estamparia J. Tardio Fonseca Hermes 57

I

T049

Malharia Ave Maria Fonseca Hermes

10

7

I

T050

Malharia Santa Isabel Fonseca Hermes 37

I

T051

Malharia São Nicolau Fonseca Hermes

14

9

I

T052

Bethel Indústria e Comercio Ltda. Fonseca Hermes 62

I

T053

Fiação São Bernardo Francisco Valadares

I

T054

Malharia Tony-Tex Ltda. Gal. Castro Alves 16

I

T055

Malharia Brasil Ltda. Getúlio Vargas

67

5

I

T056

Malharia Ave Maria Getúlio Vargas

80

7

I

T057

Malharia Aymoré Ltda. Getúlio Vargas

86

0

I

T058

Bemfil-Beneficiadora Mineira de Fios Têxteis Industriais Ltda. H. Vaz

12

5

I

T059

Indústria e Comercio Malhas Ruth Ltda. Ibitiguai

35

8

I

T060

Quinet Têxtil S.A José Entrópico

23

5

I

T061

Indústria Malhas Tirindelli Ltda. José Ladeira 76

I

T062

Odamar Indústria e Comercio de Malhas Ltda. M. Gonçalves 76

I

T063

Fábrica de Tecidos Alexandre Ahouage Marechal Deodoro

16

4

I

T064

Fábrica de Tecidos de Sada Sant' Ana Marechal Deodoro

S.

I

I

T065

Malharia Ítala Marechal Deodoro

41

8

I

T066

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78

Malharia São Paulo Ltda. Marechal Deodoro

14

4

I

T067

Tinturaria Guarany Marechal Deodoro 73

I

T068

Tinturaria Luiz Leonel Marechal Deodoro

50

5

I

T069

Malharia São Jorge Maria Perpetua

17

4

I

T070

Indústria Comercio Oasis Ltda. O. Burnier

45

0

I

T071

Indústria Têxteis JUIZ DE FORA Ltda. Olímpio Reis

33

5

I

T072

Indústria e Comercio de Malhas Peixinho Ltda. P. Scapim 89

I

T073

Indústria de Malhas Alfa Ltda. Paracatu

30

5

I

T074

Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas Pç. Antônio Carlos 41

I

T075

Tinturaria Parisiense Pedro Botti 52

I

T076

Estamparia Costa & Fagundes Rio Branco

27

84

I

T077

Malharia Master Rio Branco

92

1

I

T078

Malharia N. S. da Penha Rio Branco

18

04

I

T079

Malharia Santa Cecilia Ltda. Rio Branco

18

20

I

T080

Malharia Santa Rosa Rio Branco

77

8

I

T081

Tecelagem Santa Rosa Rio Branco

77

8

I

T082

Tinturaria Brasil Rio Branco

17

04

I

T083

Cia. Fiação e Tecelagem São Vicente Rio Branco

37

60

I

T084

Companhia de Fiação e Tecelagem São Vicente Rio Branco

37

60

I

T085

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79

Estamparia A. Teixeira & Alves Rio Branco

27

84

I

T086

Fiação Santa Terezinha Rio Branco

87

0

I

T087

Tinturaria Mundial Rio Branco

16

76

I

T088

Tinturaria Parisiense Rio Branco

15

21

I

T089

Cia. Fiação e Tecelagem Moraes Sarmento Roberto de Barros

24

1

I

T090

Cotonifício Giorgi Minas Gerais S.A Roberto de Barros

24

1

I

T091

Fábrica de Tecidos São João Evangelista S.I

S.

I

I

T092

Malharia Stumpf S.I

S.

I

I

T093

Tinturaria Santos Dumont Santa Rita

20

9

I

T094

Avelar Werneck & Cia., Malharia Vera Cruz Santo Antônio

99

5

I

T095

Malharia Sul Americana Santo Antônio

59

4

I

T096

Fábrica de Malhas Valeria Ltda. São João Nepomuceno

21

1

I

T097

Tinturaria Lavandaria São Matheus São Mateus

44

0

I

T098

Malharia Nossa Senhora Do Líbano São Mateus

44

9

I

T099

Malharia São Mateus São Mateus

42

5

I

T100

Tinturaria Luiz Braz São Mateus

36

0

I

T101

Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz São Sebastiao

51

6

I

T102

Indústria e Comercio Oásis Ltda. São Sebastiao

55

3

I

T103

Malharia Irmãos Surerus São Sebastiao

50

3

I

T104

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80

Cotonifício D. Emília Silva Jardim

25

8

I

T105

Indústria de Malhas Cannes Ltda. Silva Jardim

23

2

I

T106

Malharia Supermann Ltda. Silva Jardim

39

1

I

T107

Cia. de Tecidos de Juta

Silva Jardim, esq. Roberto

de Barros

S/

I

I

T108

IT: Indústria Têxtil

Quadro A.8: Indústria Química

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Fábrica de Sabão Juritá 7 de Setembro 1366 IQ001

Fábrica de sabão F. A. Barbosa & Cia. 7 de Setembro 413 IQ002

Fábrica de sabão Martins Vieira & Cia. 7 de Setembro 307 IQ003

Indústria de produtos farmacêuticos Teonilo Carneiro 7 de Setembro 1014 IQ004

Indústria de produtos farmacêuticos Nelson Baieta Alvim Antônio Dias 415 IQ005

Indústria de produtos farmacêuticos Mariana de Souza Vieira Barão de Santa Helana 279 IQ006

Fábrica de Tinta e Vernizes Azulina Barão de Santa Helana 584 IQ007

Indústria de produtos farmacêuticos Arianos Ferreira de Morais Batista de Oliveira 1996 IQ008

Carlos Pereira Indústria Químicas S.A Batista de Oliveira 234 IQ009

Fábrica de Sabão Gloria Cap. Arnaldo Carvalho 662 IQ010

Fábrica de Tinta e Vernizes Fred Kempes Cesário Alvim S.I IQ011

Fábrica de Fogos Luiz Adolfo Dom viçoso 92 IQ012

Laboratório Torres S.A Dos Andradas 25 IQ013

Indústria Reunidas Octávio Malvaccini Dos Andradas 731 IQ014

Companhia anilinas e produtos Chimicos do Brasil Dr. Paulo Frontin 145 IQ015

Laboratório Cacau Lessa Espirito Santo 561 IQ016

Indústrias Reunidas Irom Ltda. Est. Salvaterra 1297 IQ017

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81

Fábrica de Tinta e Vernizes Euclides O. de Brito Floriano Peixoto 247 IQ018

Fábrica de Tinta e Vernizes G. Barros Francisco Bernardino 85 IQ019

Indústria de Produtos Farmacêuticos Lessa Ltda. Francisco Valadares 1910 IQ020

Comercio e Indústria Riachuelo S.A. Francisco Valadares 2250 IQ021

Indústria de produtos farmacêuticos Francisco dos Santos Garibaldi 371 IQ022

Cia. Chimica e Industrial Mineira Gloria S.I IQ023

Comercio e Indústria de Produtos Animais Paraibuna Ltda. Granjas Primavera BR040 IQ024

Indústria de produtos farmacêuticos J.A. Teixeira de Andrade Halfeld 388 IQ025

Indústria de produtos farmacêuticos Joaquim de Castro Lessa Halfeld 285 IQ026

Hellanto Limitada Indústria & Comercio Luiz de Camões 47 IQ027

Indústria de produtos farmacêuticos Andrade & Filho Marechal Deodoro 939 IQ028

Fábrica de Sabão Bargiona Irmãos & Cia. Ltda. Margem da Central 94 IQ029

Fábrica de Tinta e Vernizes Geraldo Senra Morro do Imperador S.I IQ030

Indústria de produtos farmacêuticos Migracol Ltda. Osorio de Almeida s/n IQ031

Laboratório Albéria Ltda Osório de Almeida 437 IQ032

Indústria de produtos farmacêuticos Carlos Monteiro da Silva Padre Café S/n IQ033

Indústria de produtos farmacêuticos Oscar Monteiro Lázoro Padre Café 509 IQ034

Fábrica de Tinta e Vernizes Benedito Pinto Padre Café S/n IQ035

Fábrica de Tinta e Vernizes Raul Ramos Paula Lima 91 IQ036

Adubos Brasileiros Ltda. –Abra Rio de Janeiro 300 IQ037

Fábrica de Sabão Matheus Kascher Rua do Mah-Adam IQ038

Fábrica de Fogos modernos Rui Barbosa 1311 IQ039

Fábrica de Fogos Luso-Brasileira Rui Barbosa 1331 IQ040

Indústria de produtos farmacêuticos Barros & Cia Santa Rita 421 IQ041

Fábrica de Tinta e Vernizes Schimidt & Cia Santa Rita 503 IQ042

Fábrica de Fogos Rossi & Irmão Santa Terezinha 1470 IQ043

Indústria de produtos farmacêuticos Abertino Tihureio Rodrigues Santo antonio 1058 IQ044

Indústria de produtos farmacêuticos Maria de Barros Cezar São Bernardo S/n IQ045

Fábrica de Formicida Coronel Artur Pereira Nunes São Mateus 346 IQ046

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82

Indústria de produtos farmacêuticos Ataliba de Barros São Mateus 747 IQ047

IQ: Indústria Química

Quadro A.9: Industria de Matérias Plásticas

IMP: Industria de Matérias Plásticas

Fábrica de Adubos Saint- Clair José de Miranda Carvalho Silva Jardim S/n IQ048

Fábrica de Tinta e Vernizes S. Dutra Mota Silva Jardim 398 IQ049

Indústria Comercial J David Vitorino Braga 868 IQ050

INVENTÁRIO DAS INDÚSTRIAS NO SÉCULO XX EM JUIZ DE FORA

NOME RUA NUMERO COD

Indústria Mineira de Artefatos Plásticos "Imap" Santo Antônio 609 IMP004

Indústrias Reunidas Maravilha Ltda. Olegário Maciel 1425 IMP003

Indústria e Comercio de Plásticos Santa Maria Duque. Caxias 115 IMP002

Indústria e Comercio de Plásticos Dinarplasticos Ltda. A. Esteves 128 IMP001

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Apêndice B

Relação Das Indústrias Georreferenciadas

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Quadro B.1: Industrias Identificadas

INDÚSTRIAS IDENTIFICADAS

COD LATITUDE LONGITUDE NOME RUA NÚMERO

IB001 -21,768008 -43,337111 Oficina São João Ltda. Duque Caxias 60

IB003 -21,763336 -43,33764 Fábrica de Molas Para Automóveis Pinto Moura S/N

IB004 -21,75911 -43,350165 Fábrica de Artigos de Borracha Knopp Rio Branco

IC007 -21,762093 -43,342942 Curtume Alfredo Barros & Cia. Independência 481

IC010 -21,766413 -43,348499 Curtume Viúva Torturiello Independência 1145

IM006 -21,755671 -43,343721 Jacó Clemente 7 de Setembro 1572

IM007 -21,753987 -43,352485 José Carreira Barão de Cataguazes 32

IM010 -21,761966 -43,346637 Cleto Grandi Batista de Oliveira 685

IM011 -21,762021 -43,346576 Guido Giorgio Batista de Oliveira 688

IM012 -21,758564 -43,347486 Raimundo Pinto Da Rocha Batista de Oliveira 305

IM013 -21,757118 -43,347904 Comercio e Indústria de Móveis Pirâmide Batista de Oliveira 131

IM018 -21,764237 -43,349463 Astolfo Campos Bastos Espírito Santo 1161

IM023 -21,758562 -43,345007 Indústria de Móveis Assépticos Ima Ltda. Francisco Bernardino 103

IM026 -21,760336 -43,345372 Álvaro Fontes Alfred 400

IM027 -21,761007 -43,348884 Antônio Matiasi Alfred 783

IM028 -21,760697 -43,347468 Eduardo Viviani Alfred 633

IM030 -21,76099 -43,348411 Fábrica de Móveis Viúva A. Becthluff Alfred 735

IM031 -21,760369 -43,345122 Indústrias Cama Patente L Liscio S.A Alfred 373

IM032 -21,761179 -43,348853 Kaler Milmer & Cia Ltda. Alfred 788

IM033 -21,760349 -43,345179 Leon Milmer Alfred 387

IM034 -21,760185 -43,344874 Perdo Gróin Alfred 343

IM036 -21,759571 -43,34182 Raimundo Ronsani Alfred 31

IM039 -21,759633 -43,345678 Adélia Massad Marechal Deodoro 159

IM040 -21,760022 -43,3478 Atáia Jorge Marechal Deodoro 391

IM041 -21,759427 -43,345413 Bruno Ronzam Marechal Deodoro 127

IM043 -21,759617 -43,345808 Fábrica de Móveis Costa & Cia Marechal Deodoro 174

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IM044 -21,759274 -43,344612 Ulisses Morais Marechal Deodoro 41

IM045 -21,76502 -43,338638 Sétimo Potalo Osório de Almeida 395

IM046 -21,757068 -43,350788 Fábrica de Móveis Machassine & C. Rio Branco 1738

IM048 -21,759001 -43,350451 Henrique Rosemback Rio Branco 1937

IM049 -21,762089 -43,349365 Olímpio de Oliveira Cabral Rio Branco 2297

IM050 -21,760405 -43,349751 Vicente Mareacini Rio Branco 2105

IM053 -21,762158 -43,348759 Amadeu Timponi São João Nepomuceno 386

IM054 -21,761314 -43,345851 Ângelo Vacarine São João Nepomuceno 62

IM055 -21,757167 -43,349817 Frizoni & Irmãos São Sebastião 574

IM056 -21,756856 -43,347797 José Faza São Sebastião 365

IMP02 -21,76075 -43,336207 Indústria e Comercio de Plásticos Santa Maria Duque. Caxias 115

IMP04 -21,758866 -43,351743 Indústria Mineira de Artefatos Plásticos "Imap" Santo Antônio 609

IQ001 -21,75665 -43,341931 Fábrica de Sabão Juritá 7 de Setembro 1366

IQ002 -21,768607 -43,336123 Fábrica de Sabão F. A. Barbosa & Cia. 7 de Setembro 413

IQ003 -21,761181 -43,335365 Fábrica de Sabão Martins Vieira & Cia. 7 de Setembro 307

IQ004 -21,759548 -43,341463 Indústria de Produtos Farmacêuticos Teonilo Carneiro 7 de Setembro 1014

IQ009 -21,758034 -43,347542 Carlos Pereira Indústria Químicas S.A Batista de Oliveira 234

IQ010 -21,753478 -43,360466 Fábrica de Sabão Gloria Cap. Arnaldo Carvalho 662

IQ013 -21,755857 -43,351255 Laboratório Torres S.A Dos Andradas 25

IQ014 -21,750341 -43,354902 Indústria Reunidas Octávio Malvaccini Dos Andradas 731

IQ015 -21,760785 -43,343987 Companhia Anilinas e Produtos Chimicos Do Brasil Dr. Paulo Frontin 145

IQ016 -21,762885 -43,343829 Laboratório Cacau Lessa Espirito Santo 561

IQ018 -21,758425 -43,348256 Fábrica de Tinta e Vernizes Eucides O. de Brito Floriano Peixoto 247

IQ019 -21,758677 -43,345008 Fábrica de Tinta e Vernizes G. Barros Francisco Bernardino 85

IQ026

-21,760146 -43,34424

Indústria de Produtos Farmacêuticos Joaquim de

Castro Lessa Alfred 285

IQ032 -21,766108 -43,337244 Laboratório Albéria Ltda. Osório de Almeida 437

IQ036 -21,753532 -43,353503 Fábrica de Tinta e Vernizes Raul Ramos Paula Lima 91

IQ041 -21,762696 -43,347413 Indústria de Produtos Farmacêuticos Barros & Cia Santa Rita 421

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IQ042 -21,762695 -43,348345 Fábrica de Tinta e Vernizes Schimidt & Cia Santa Rita 503

IQ044

-21,762746 -43,350838

Indústria de Produtos Farmacêuticos Abertino

Tihureio Rodrigues Santo Antônio 1058

IQ049 -21,755265 -43,352631 Fábrica de Tinta e Vernizes S. Dutra Mota Silva Jardim 398

IT001 -21,755503 -43,350018 Companhia de Fiação Tecelagem Santa Cruz Benjamin Constant 555

IT002 -21,756258 -43,352004 Fama- Fábrica de Malhas Ltda. Benjamin Constant 789

IT003 -21,75447 -43,348044 Malharia Beverly Ltda. Benjamin Constant 326

IT004 -21,75414 -43,347262 Tecelagem Juiz de Fora Ltda. Benjamin Constant 237

IT011 -21,756493 -43,342398 Malharia Marchiori 7 de Setembro 1417

IT012 -21,756481 -43,34241 Malharia Stiebler 7 de Setembro 1417

IT013 -21,756028 -43,343117 Tinturaria Bom Jesus 7 de Setembro 1509

IT014 -21,757857 -43,341171 Tinturaria Comercial 7 de Setembro 1194

IT016 -21,760423 -43,337665 Tinturaria Sul América 7 de Setembro 558

IT017 -21,760353 -43,337937 Tinturaria Vasconcellos & Benetti 7 de Setembro 607

IT020 -21,756194 -43,35797 Fiação Oscar Meurer S.A Barão de Cataguases 792

IT021 -21,754913 -43,354862 Malharia Augusto Barão de Cataguases 285

IT023 -21,762513 -43,345966 Malharia Cliper Ltda. Barbosa Lima 283

IT024 -21,762615 -43,346181 Indústria e Comercio Elda Barbosa Lima 327

IT026 -21,757408 -43,347791 Malharia Liberal Batista de Oliveira 173

IT027 -21,761438 -43,346634 Tinturaria Assunção & Filhos Batista de Oliveira 618

IT028 -21,76017 -43,346998 Tinturaria João Manuel Alves Batista de Oliveira 482

IT029 -21,761531 -43,346672 Tinturaria Loureço Dal Papa Batista de Oliveira 635

IT035 -21,748349 -43,358751 Companhia de Fiação e Tecelagem Indústrial Mineira Dos Andradas 1215

IT036 -21,748465 -43,358779 Companhia Têxtil Ferreira Guimarães Dos Andradas 1215

IT037 -21,748925 -43,356175 Dollas Indústria e Comercio de Malhas Ltda. Dos Andradas 946

IT038 -21,755493 -43,351454 Indústria e Comercio de Malhas Daki Ltda. Dos Andradas 59

IT039 -21,75239 -43,353197 Intima-Indústria de Malhas Ltda. Dos Andradas 435

IT040 -21,748858 -43,356774 Malharia Frossard Ltda. Dos Andradas 1029

IT041 -21,748447 -43,357856 Sociedade Brasileira de Tecidos S.A. Dos Andradas 1124

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IT042 -21,753532 -43,352459 Tinturaria A. Vieira Pereira & C. Dos Andradas 283

IT043 -21,753944 -43,352243 Tinturaria Mechiades de Souza Dos Andradas 231

IT044 -21,762859 -43,34326 Companhia de Fiação Tecelagem Meurer Espirito Santo 497

IT046 -21,758964 -43,349375 Cia. Fabril Juiz de Fora Floriano Peixoto 390

IT047 -21,758647 -43,349392 Fábrica São João Floriano Peixoto 385

IT048 -21,758547 -43,346622 Chalan Indústria e Comercio de Malhas Ltda. Fonseca Hermes 122

IT049 -21,758466 -43,345946 Estamparia J. Tardio Fonseca Hermes 57

IT050 -21,758624 -43,346386 Malharia Ave Maria Fonseca Hermes 107

IT051 -21,758317 -43,345793 Malharia Santa Isabel Fonseca Hermes 37

IT052 -21,758641 -43,346896 Malharia São Nicolau Fonseca Hermes 149

IT053 -21,758499 -43,346078 Bethel Indústria e Comercio Ltda. Fonseca Hermes 62

IT056 -21,759049 -43,34819 Malharia Brasil Ltda. Getúlio Vargas 675

IT057 -21,758319 -43,349145 Malharia Ave Maria Getúlio Vargas 807

IT058 -21,758026 -43,34942 Malharia Aymoré Ltda. Getúlio Vargas 860

IT064 -21,759563 -43,345814 Fábrica de Tecidos Alexandre Ahouage Marechal Deodoro 164

IT066 -21,760087 -43,348056 Malharia Ítala Marechal Deodoro 418

IT067 -21,75945 -43,345549 Malharia São Paulo Ltda. Marechal Deodoro 144

IT068 -21,759343 -43,344919 Tinturaria Guarany Marechal Deodoro 73

IT069 -21,760328 -43,348884 Tinturaria Luiz Leonel Marechal Deodoro 505

IT072 -21,754694 -43,357258 Indústria Têxteis Juiz de Fora Ltda. Olímpio Reis 335

IT075 -21,76316 -43,344834 Malharia Santa Barbara Ltda. Espirito Santo 679

IT078 -21,761322 -43,343733 Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas Pç. Antônio Carlos 41

IT077 -21,766246 -43,348531 Estamparia Costa & Fagundes Rio Branco 2784

IT079 -21,757741 -43,350647 Malharia N. S. Da Penha Rio Branco 1804

IT083 -21,756987 -43,350872 Tinturaria Brasil Rio Branco 1704

IT086 -21,766246 -43,348531 Estamparia A. Teixeira & Alves Rio Branco 2784

IT088 -21,756808 -43,350956 Tinturaria Mundial Rio Branco 1676

IT089 -21,755307 -43,351162 Tinturaria Parisiense Rio Branco 1521

IT090 -21,75524 -43,350752 Cia. Fiação e Tecelagem Moraes Sarmento Roberto de Barros 241

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IT091 -21,755193 -43,350787 Cotonifício Giorgi Minas Gerais S.A Roberto de Barros 241

IT094 -21,761946 -43,345603 Tinturaria Santos Dumont Santa Rita 209

IT095 -21,75567 -43,352566 Avelar Werneck & Cia.,Malharia Vera Cruz Santo Antônio 995

IT096 -21,758592 -43,3519 Malharia Sul Americana Santo Antônio 594

IT097 -21,761626 -43,347226 Fábrica de Malhas Valeria Ltda. São João Nepomuceno 211

IT102 -21,757172 -43,349294 Companhia de Fiação e Tecelagem Santa Cruz São Sebastiao 516

IT103 -21,757128 -43,349619 Indústria e Comercio Oásis Ltda. São Sebastiao 553

IT104 -21,757111 -43,349116 Malharia Irmãos Surerus São Sebastiao 503

-21,75552 -43,351483 Cotonifício D. Emília Silva Jardim 258

IT105 -21,75552 -43,351483 Cotonifício D. Emília Silva Jardim 258

IT106 -21,755168 -43,352296 Indústria de Malhas Cannes Ltda. Silva Jardim 232

IT107 -21,755792 -43,353744 Malharia Supermann Ltda. Silva Jardim 391

IT108

-21,754491 -43,350949 Cia. de Tecidos de Juta

Silva Jardim, Esq. Roberto de

Barros S/I

M001 -21,753601 -43,348254 Belgo Saint Clair de Carvalho 93

M002 -21,754051 -43,347061 Sociedade Distribuidora de Indústrias Ltda. – Soldil Benjamin Constant 216

M003 -21,755225 -43,350372 Sociedade Indústrial Maquinas Alimentícias Benjamin Constant 567

-21,755225 -43,350372 Sociedade Indústrial Maquinas Alimentícias Benjamin Constant 567

M008 -21,759628 -43,340598 Máquinas Junqueira S.A 7 de Setembro 969

M011 -21,761993 -43,346502 Artefatos de Metais Joaquim Scio Batista de Oliveira 698

M012 -21,75902 -43,347439 Metalúrgica André Aparati Batista de Oliveira 346

M013 -21,763044 -43,346228 Oficina Benjamim Candreva Batista de Oliveira 808

M014 -21,757863 -43,347701 Oficina Nicolau Micareli Batista de Oliveira 225

M015 -21,754787 -43,348851 Metalúrgica Santos Dumont S.A Benjamin Constant 396

M019 -21,753164 -43,346748 Fatyny Ind. e Com. de Ferro e Aço Ltda. Brasil 2580

M022 -21,760849 -43,338623 Fundição Germano Otto. Carlos Otto 333

M023 -21,760532 -43,338409 Oficina Emilio Krotnayer Carlos Otto 170

M029 -21,748834 -43,356482 Fundição Juiz de Fora Ltda. Dos Andradas 1015

M030 -21,75295 -43,352581 Metalúrgica J. Morato Dos Andradas 366

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M035 -21,762034 -43,339401 Fundição Progressista Espirito Santo 145

M036 -21,763001 -43,344234 Metalúrgica Gomes Espirito Santo 604

M039 -21,758085 -43,346362 Manutron Indústrial Ltda. Floriano Peixoto 55

M040 -21,75884 -43,349368 Oficina Central Floriano Peixoto 390

M041 -21,758592 -43,346334 Fábrica de Maquinas J. Tardio Fonseca Hermes 97

M042 -21,758701 -43,347189 Metalúrgica Pedro Scapin Fonseca Hermes 183

M043 -21,758559 -43,346315 Oficina Alexandre Pigheti Fonseca Hermes 84

M044 -21,75839 -43,345863 Oficina Valter Pichardt Fonseca Hermes 41

M045 -21,757376 -43,346434 Coutinho S.A. Comercio de Indústria Francisco Bernardino 273

M048 -21,757998 -43,349426 São Caetano Indústria Telas e Arame Getúlio Vargas 849

M049 -21,76033 -43,34488 Artefatos de Metais F. Sangiorgi Alfred 354

M050 -21,760461 -43,345686 Metalúrgica Gaburri & Filhos Alfred 432

M051 -21,76036 -43,344909 Oficina Irmãos Vasconcelos Alfred 357

M057 -21,75958 -43,345678 Metalurgia Scio Ltda. Marechal Deodoro 159

M058 -21,760205 -43,348292 Oficina Irmãos Mazato Marechal Deodoro 451

M063 -21,769136 -43,337286 Fábrica Santo Antônio Osorio de Almeida 1004

M065 -21,756386 -43,351094 Oficina Sebastiao Mendes Ribeiro Rio Branco 1638

M066 -21,756546 -43,351055 Oficina Crispin Henriques & Cia Rio Branco 1644

M067 -21,760036 -43,349937 Oficina E. Costa & Cia Rio Branco 2056

M068 -21,760831 -43,349702 Oficina S.A Estabelecimento Ciampi Rio Branco 2157

M069 -21,753386 -43,348613 Coferma C Fer. C Ltda. Saint Clair Carvalho 115

M070 -21,762375 -43,347406 Metalúrgica Alberto A. Drappa Santa Rita 400

M071 -21,755832 -43,352643 Indústria Comercio Euclenio Telles Pires Santo Antônio 237

M073 -21,756744 -43,347347 Fundição Dr.Machanica Mineira São Sebastião 331

M075 -21,756878 -43,347574 Tulha Secadeira Minas Gerais São Sebastião 354

MNM001 -21,762305 -43,340528 Companhia Indústrial Construtora Pantaleone Arcuri Espirito Santo 254

MNM003 -21,757407 -43,346369 Coutinho S.A. Comercio e Indústria Francisco Bernardino 273

PC001 -21,748388 -43,357987 Fábrica de Papel União Indústria S.A. Dos Andradas 1146

PC002 -21,753386 -43,352518 Fábrica de Papelão Barsochini & Cia. Dos Andradas 317

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PC005 -21,758548 -43,346222 Fábrica de Papelão Rauk. R. Rudge Fonseca Hermes 82

PC009 -21,764174 -43,350457 Fábrica de Papelão J. Maleti Santo Antônio 1194

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Quadro B.2: Industrias Não Identificadas

INDÚSTRIAS NÃO IDENTIFICADAS

COD NOME RUA NÚMERO

IM020 Carlos Meckler Floriano Peixoto 341

IM022 Giuzepe Cerri Fonseca Hermes 230

IM021 Oscar Cortez Floriano Peixoto 369

IM029 Fábrica de Moveis V. Candialli & Contrucci Halfeld 151

IM035 Procópio Ladeira & Cia Halfeld 53

IQ028 Indústria de produtos farmacêuticos Andrade & Filho Marechal Deodoro 939

IT055 Malharia Tony-Tex Ltda. Gal. Castro Alves 16

M072 Dempsei Ferreira Metalúrgica Santo Colsera 58

IC004 Curturme F. Riveli Francisco Valadares 835

IC011 Curtume Francisco Batituci Independência 144

IM008 Fábrica de Moveis Aliman Bastista de Oliveira 688

IM019 Cia. Construtora Pantaleone Arcuri Espírito Santo 149

IT015 Tinturaria Sebastião Barboni 7 de Setembro 558

IT062 Indústria Malhas Tirindelli Ltda. José Ladeira 76

IT071 Indústria Comercio Oasis Ltda. O. Burnier 450

M007 Incamel-Indústria Comercio de Artefatos Metalúrgicos Ltda. 7 de Setembro 605

PC003 F Villela S.A.- Fábrica Papel Santa Cruz Carlos Oto 287

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Apêndice C

Desenvolvimento do Banco de Dados e Especificações Técnicas do Banco de Dados

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DESENVOLVIMENTO DO BANCO DE DADOS

Para a elaboração do banco do dados foi necessário utilização de diferentes softwares

e uma série de procedimentos que serão descritos neste apêndice de maneira sucinta em cinco

passos.

1° Passo: Após a faze do levantamento de campo, os dados do GPS foram

descarregados no Software GPS TrackMaker e salvos em arquivo formato .txt, que continha o

Datum utilizado, o código dos pontos, latitude e longitude (Figura C.1).

Figura C.1: Arquivo txt Gerado no GPS TrackMaker.

2° Passo: No software Microsoft Excel, os dados das coordenadas do arquivo gerado

no GPS TrackMaker, juntamente com as informações no inventário, foram agregadas

objetivando a criação da tabela de atributos do GEOBAC (Figura C.2).

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Figura C.2: Tabela Atributos.

3° Passo: No ArcCatalog criou-se um Banco de Dados (Personal Geodatabase)

formato .mdb (Figura C.3).

Figura C.3:Construção do Personal Geodatabase.

4° Passo: No ArcMap a planilha de Excel foi adicionada ao Geodatabase (Figura C.4)

e definiu-se o Datum WGS 84 e sistema de coordenadas geográfico (Figura C).

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Figura C.4: Adicionado a tabela de atributos da planilha Excel.

Figura C.5: Definição do Datum WGS 84

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5° Passo: Os dados adicionados no ArcMap foram selecionados na tabela de atributos

de acordo com sua tipologia industrial e exportados para uma Classe feições do Geodatabase

(Figura VI) tipologia por tipologia em um total de 9 classe de feições (Figura VII).

Figura C.6: Exportando Dados para classe de feições.

Figura C.7: Classes de Feições do Banco de Dados.

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Especificações Técnicas do Banco de Dados

O presente trabalho utilizou o ArcGis 10.2.1 que é composto por uma família

de software que possibilita o desenvolvimento de um SIG. A razão da escolha

deste programa é fato da Prefeitura de Juiz de Fora já utilizar o ArcGis na sua

gestão pública, o que possibilita facilmente a integração deste Geodatabase a

base de dados da Prefeitura.

O banco de dados georreferenciado criado é um Geodatabase básico formato

.mdb compatível com Microsoft Access que é software de fácil aquisição que

dispensa grandes investimentos, assim este programa poderá ser adotado

futuramente como Sistema Gerenciador de Banco de Dados. O Geodatabase

básico é um arquivo com capacidade de armazenamento de 2 Gigabytes, por

este motivo visando sua capacidade limitada não incluiu-se neste Geodatabase

feições das vias, ferrovia, hidrografia, áreas verdes e região de interesse.

O Datum definido para este Trabalho foi WGS 84, essa opção foi feita pelo

fato deste ser um sistema de utilização mundial (Datum global) que está

associado ao sistema de posicionamento Global Position System (GPS).

Sistema de coordenados adotado é o geográfico (Grau decimal).