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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS Á SAÚDE JOANA DARC BORGES DE SOUSA FILHA EFEITO DA HIPOALBUMINEMIA EM ANÁLISES BIOQUÍMICAS E FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES DIALÍTICOS E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO JATAÍ-GO, 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS Á SAÚDE

JOANA DARC BORGES DE SOUSA FILHA

EFEITO DA HIPOALBUMINEMIA EM ANÁLISES BIOQUÍMICAS E FORÇA

MUSCULAR DE PACIENTES DIALÍTICOS E SUA RELAÇÃO COM A

QUALIDADE DE VIDA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

JATAÍ-GO, 2018

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JOANA DARC BORGES DE SOUSA FILHA

EFEITO DA HIPOALBUMINEMIA EM ANÁLISES BIOQUÍMICAS E FORÇA

MUSCULAR DE PACIENTES DIALÍTICOS E SUA RELAÇÃO COM A

QUALIDADE DE VIDA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde da

Universidade Federal de Jataí, como requisito

final à obtenção do titulo de Mestre em Ciências

da Saúde.

Orientadora:Prof.ª. Dra. Patrícia Leão da Silva

Agostinho

Linha de pesquisa: Mecanismos Moleculares e

Funcionais Envolvidos na Manutenção da Saúde.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

JATAÍ-GO, 2018

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Dedico...

À Deus,

Por ser meu refúgio e proteção em todos os momentos e por mostrar que a

minha vontade não é a mesma que a dele, tudo tem o momento e hora certa

para acontecer... Confie sempre!

Aos meus pais, Joana Darc e Gelcimar,

Pelo imenso amor, apoio, companheirismo e força que me deram em todos os

momentos da minha vida e principalmente a cada pedacinho desta caminhada e que

diga-se de passagem não foi nada fácil, mas muito valorosa! Minha gratidão pela

confiançae incentivo para que eu nunca desistisse dos meus sonhos.

Aos meus irmãos,

Pelo elo de amizade maravilhoso que nutrimos nestes longos anos através de carinho,

respeito e cumplicidade que depositamos uns aos outros mesmo em momentos

difíceis. Não poderia ter irmãos melhores que vocês, obrigada por tudo!

Aos meus sobrinhos,

Os quais são minha saudade diária e que me ensinam tanto sobre humildade, amor,

simplicidade e brigadeiros.

Ao meu amado companheiro,

Pelo apoio diário e pelas inúmeras vezes em que me sustentou nos momentos mais

difíceis, por cada palavra de incentivo para que eu não desistisse. Obrigada por ser tão

atencioso e presente em minha vida, saiba que é tudo reciproco! Gratidão meu amor!

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Agradecimentos

À minha orientadora, Profa. Dra. Patrícia Leão da Silva Agostinho, pela paciência,

compreensão e por todos ensinamentos prestados. Pela excelente profissional/pessoa que é!

Por cada palavra oportuna nos momentos de crise, pelos aconselhamentos e por sempre

superestimar minha capacidade de ser melhor. Pela presteza e correções realizadas de forma

tão atenciosa. Levarei comigo tantos ensinamentos e aprendizados que por muitas vezes

foram absorvidos através de inúmeros erros, mas na certeza que sempre daria certo com você

a frente e enfim deu. Levarei este lema sempre em meio as dificuldades “Vai dar certo... Já

deu jô”, obrigada por tudo!

Ao Prof. Ms. Allison Gustavo Braz, Profa. Dra. Eliane Moraes Sanchez, Profa. Dra.

Patrícia Leão e Profa. Dra. Patrícia de Sá Barros, por disponibilizarem aparelhos

necessários para que a pesquisa fosse realizada com sucesso.

Aos médicos, nutricionista, enfermeiros, técnicos em enfermagem e funcionários do Centro

de Uro-Nefrologia e Clínica de Hemodiálise, pela atenção e compromisso em colaborar com a

pesquisa para que tudo desse certo.

Aos pacientes do Centro de Uro - Nefrologia e Clínica de Hemodiálise por terem contribuído

não somente com o estudo, mas também para minha formação pessoal e profissional e por

terem dado tanto sentido a frase: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao

tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana” (Carl G. Jung).

As minhas amigas Alana, Maiula, Maria,Michele, Monique eNatália, por serem tão

maravilhosas e presentes em minha trajetória e sempre com palavras que aconchegam a alma

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e reduzem meu nível máster de ansiedade. Aquelas que sempre compreenderam e me

apoiaram quando troquei as saídas pelos livros.

Às minhas amigas que tive a sorte de estabelecer vinculo em Jataí e que acabou se tornando

uma segunda família, onde encontro apoio e muito amor.Gratidão “Elas BFF”, cada uma é

muito amada e especial do jeitinho que são!!!

Às minhas queridas colegas de profissão, Giselle e Rosana por todo apoio prestado, confiança

e generosidade. Hoje são mais que colegas de trabalho, são pessoas especiais e que sei que

posso contar sempre.

Às minhas colegas de casa, por aturar todo o estresse e momentos de crise. Minha gratidão

infinita pelo apoio prestado no momento que mais precisei. Obrigada pelas risadas fáceis e

por serem tão engraçadas nas horas certas, tenho plena certeza que vocês fazem parte deste

grande momento, seja através de conselhos de força ou broncas, como por exemplo “ envia

isso para a patrícia logo, chega de ler... tem mil anos que você está ai”. Valeu meninas!

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RESUMO

Introdução: A doença renal crônica (DRC) se associa a inúmeras comorbidadesque

acarretam impactos negativos sobre diversos sistemas, dentre estes o músculo esquelético. É

notória a redução da massa muscular em pacientes submetidos a hemodiálise, bem como das

concentrações séricas de albumina. Atualmente, o estado de hipoalbuminemia é

consideradofator de riscopara morbidade e mortalidade em dialíticos, influenciando na

progressão e gravidade da lesão renal. Portanto, é provável que haja relação entre a redução

dos níveis séricos de albumina e a força muscular, o que pode influenciar na qualidade de vida

dos pacientes.

Objetivo: Avaliar a influência da hipoalbuminemia sobre a força muscular, marcadores

bioquímicos e qualidade de vida de pacientes dialíticos.

Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com pacientes com diagnóstico de DRC,

estágio 5. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos de acordo com os níveis de

albumina > 3,5 g/dl ou ≤ 3,5 g/dl (hipoalbuminemia). Foi realizada avaliação antropométrica,

análises de marcadores bioquímicos, avaliação de força muscular pelo teste de força de

preensão palmar (FPP) e avaliação da qualidade de vida (QV).

Resultados: Foram observados menores valores de hematócrito, hemoglobina, ferritina,

plaquetas e proteínas totais no grupo com hipoalbuminemia, quando comparados ao grupo

com níveis normais (p < 0,05). Além disso observou-se menor FPP e redução dos escores dos

domínios do questionário de QV (p<0,05) em indivíduos com redução dos níveis sérico de

albumina.

Conclusão: O estado de hipoalbuminemia afetou a QV, marcadores bioquímicos, e a força

muscular de pacientes dialíticos, sendo associado a um pior estado clínico dos participantes

avaliados.

Palavras-Chave:Insuficiência Renal Crônica; Albumina; dinamômetro de força muscular;

Qualidade de vida.

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ABSTRACT:

Introduction: Chronic kidney disease (CKD) is associated with numerous comorbidities that

lead to gas development laws, including skeletal. It is a reduction of muscle mass in patients

undergoing hemodialysis, as well as serum albumin concentrations. Currently, the status of

hypoalbuminemia is considered a risk factor for morbidity and mortality in dialysis patients,

with influence on the progression and severity of renal injury. Therefore, the relationship

between the decrease in serum albumin levels and muscle strength, which may influence the

patients' quality of life, is likely.

Objective: to evaluate hypoalbuminemia on muscle strength, biochemical markers and

quality of life of dialysis patients.

Methods: A cross-sectional study was performed with the diagnosis of CKD, stage 5.

Patients were divided into two groups according to albumin levels> 3.5 g / dl or ≤ 3.5 g / dl

(hypoalbuminemia). An anthropometric evaluation, biochemical markers analysis, muscle

strength evaluation by the pre-palmar force test (FPP) and quality of life assessment (QoL)

were performed.

Results: Hematocrit, hemoglobin, ferritin, platelets and non-hypoalbuminemia group values

were observed when compared to the normal group (p <0.05). In addition, it was observed

that FPP and the reduction of the QOL domains scores (p <0.05) in individuals with reduced

serum albumin levels.

Conclusion: The state of hypoalbuminemia affected QoL, biochemical markers, and a

dialysis control muscular force, being associated to a pathological state of evaluated

participants.

Keywords: Chronic Renal Failure; Albumin; Quality of life; Muscle Strength Dynamometer.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 -Dinamômetro hidráulico da marca Saehan® utilizado na pesquisa durante o teste

de força de preensão palmar........................................................................................ 21

FIGURA 2 -Dados do teste de força muscular de acordo com os níveis de albumina. *p<0,05.

Teste Mann Whitney.............................................................................................33

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Lista de Tabelas

TABELA 1-Dados de antropométricosde ambos os grupos do estudo..........................32

TABELA 2- Características das análises bioquímicas entre os grupos.............................33

TABELA 3-Dados referentes à avaliação da qualidade de vida, de acordo com os níveis de

albumina............................................................................................................................34

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ASHT: American SocietyofHandTherapists

AVD: atividade de vida diária

CB: circunferência de braço

DEP: distúrbio enérgico proteico

DM: diabetes mellitus

DRC: doença renal crônica

EPO: eritropoetina

FPP: força de preensão palmar

HAS: hipertensão arterial sistêmica

HD: hemodiálise

Hb: hemoglobina

HTC: hematócrito

IL-1: interleucina

IL-6: interleucina

IMC: índice de massa corporal

MD: membro dominante

MND: membro não dominante

PCR: proteína C reativa

QV: qualidade de vida

SBN: sociedade brasileira de nefrologia

TFG: taxa de filtração glomerular

TNF-α: fator de necrose tumoral

pO2: pressão de oxigênio

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Lista de Símbolos

%G: Porcentagem de Gordura

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16

2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 20

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 21

3.1 OBJETIVO GERAL: ....................................................................................................... 21

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .............................................................................................. 21

4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 22

4.1 Delineamento do estudo e amostra ................................................................................. 22

4.2 Análises bioquímicas ........................................................................................................ 23

4.3 Avaliação Antropométrica .................................................... Erro! Indicador não definido.

4.4 Avaliação da Força de Preensão Palmar ............................. Erro! Indicador não definido.

4.5 Avaliação da Qualidade de Vida (QV) ................................ Erro! Indicador não definido.

4.6 Análise Estatística ............................................................................................................. 25

5 Referências ............................................................................ Erro! Indicador não definido.

6 ARTIGO CIENTIFICO ...................................................................................................... 26

7 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 30

8 METODOLOGIA ................................................................................................................ 31

9 Resultados ............................................................................................................................ 32

10 Discussão ............................................................................................................................ 36

Referências .............................................................................................................................. 37

APÊNDICES ........................................................................................................................... 53

ANEXOS ................................................................................................................................. 65

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INTRODUÇÃO

A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública, com

etiologia multifatorial,que comumente envolve glomerulonefrite, doenças císticas, hipertensão

arterial sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) (ROCHA; MAGALHÃES; LIMA, 2010;

NKF/KDOQI, 2012). Além disso, a DRCestá associada a inúmeras comorbidades, que

acarretam impactos negativos sobre os aspectos físicos e psicossociais de pacientes urêmicos

crônicos, bem como elevados gastos ao sistema de saúde (BOHM; MONTEIRO; THOME;

2012; FASSBINDER et al., 2015).

De acordo com a NationalKidney Foundation Americana (2012), a DRC consiste em

lesão do parênquima renal seguida da perda progressiva das funções dos rins, resultando na

incapacidade do organismo em controlar o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico renal

(NKF/KDOQI, 2012). Esta disfunção é caracterizada pela presença da Taxa de Filtração

Glomerular (TFG), menor que 60 mL/min/1,73m² por um período igual ou superior a 3

meses.

No Brasil estima-se que existam cerca de dois milhões de indivíduos com algum grau

de disfunção renal, sendo de extrema importância investigar e implantar medidas de

intervenção precoce, para o rastreamento de fatores de risco que determinam o

desenvolvimento da doença (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION et

al., 2010; NAGHETTINI et al., 2017).De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira

de Nefrologia (SBN), no ano de 2010 haviam 92.091 pacientes em terapia de substituição

renal no Brasil, onde 57,0% destes indivíduos eram do sexo masculino, 30,7% apresentavam

mais de 65 anos de idade, 67,7% tinham entre 19 e 64 anos e 1,6% eram menores de 18 anos

(GUEDES; GUEDES, 2012).

O diagnóstico e manejo precoce da DRC seguido do acompanhamento de médicos

especialistas, podem impactar favoravelmente em pacientes com lesão renal e desta forma é

de grande importância que os pacientes sejamencaminhados a um nefrologista para que sejam

tratados de acordo com o estadiamento ou fase da lesão renal (GUEDES; GUEDES, 2012).

O estadiamento da doença é realizado de acordo com a função renal correspondente a

TFG, que equivale a estágios enumerados de um a cinco, são eles: Estágio 1 – fase de lesão

com função renal normal e com TFG ≥ 90 ml/min/1,73 m². Nesta fase há alterações

anatômicas e morfológicas que podem levar a proteinúria ou hematúria, porém sem alterações

da função renal. No estágio 2 – fase de doença renal funcional ou leve, com início da perda da

função renal apresentando TFG entre 60 - 89 ml/min/1,73 m². Estágio 3 – fase de doença

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renal laboratorial ou moderada, que apresenta níveis elevados de ureia e de creatina

plasmática. Este estágio apresenta uma subclassificação em relação à TFG, que é dividida em

3A (leve a moderadamente reduzida) com TFG 45-59 ml/min/1,73 m², e 3B (moderada a

severamente reduzida), com TFG 30 - 44 ml/min/1,73 m². Estágio 4 – Fase de doença renal

clínica ou severa com TFG entre 15 e 29 ml/min/1,73 m². Estágio 5 – Fase de insuficiência

renal crônica, com TFG <15 ml/min/1,73 m², que caracteriza perda da função renal e do

controle do meio interno (MARTINS et al., 2009).

No último estágio é necessário à submissão a terapia de substituição renal ou realizar

transplante renal, e isto se deve pela incapacidade do organismo em eliminar metabólitos e

líquidos provenientes do distúrbio hidroeletrolítico presente nestes indivíduos (CAMPOS,

2012; NKF/KDOQI, 2012). O método substitutivo da função renal comumente utilizado é a

hemodiálise (HD) (ROCHA; MAGALHÃES; LIMA, 2010). Este procedimento apresenta

eficácia comprovada, porém em virtude da complexidade do tratamento, contribui para o

desenvolvimento de inúmeras complicações (MEYER et al., 2011; PEREIRA et al., 2013;

SIQUEIRA; SALOMON, 2013).

O tratamento hemodialítico é um procedimento invasivo e altamente catabólico, que

ocasiona complicações e comorbidades, devido à ocorrência de desnutrição, acidose

metabólica, distúrbio energético proteico, doença vascular periférica, infecções, bem como

quadro de inflamações, que geram susceptibilidade a diversas modificações do sistema

musculoesquelético e consequentemente afetam a qualidade de vida, bem estar geral e o

convívio social destes indivíduos (CUSTÓDIO et al., 2013; JUNIOR et al., 2015;

VERDELLI; CORBETTA, 2016).

Dentre os fatores de complicações mencionados anteriormente, a inflamação

encontra-se intimamente relacionada à DRC, sendo considerada como fator acelerador da

progressão da doença, e isto se deve em parte ao próprio tratamento dialítico que favorece o

aumento de marcadores inflamatórios em decorrência da presença de lesão renal (SANTOS et

al., 2004; SIGNORI; HENKE; FRIZZO, 2016).

Apesar dos mecanismos inflamatórios que atuam na deteriorização renal não estarem

totalmente esclarecidos, sabe-se que citocinas pró-inflamatórias são liberadas em resposta ao

estímulo da lesão renal. As principais citocinas envolvidas no processo, são a interleucina-1

(IL-1) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que são as mediadoras da fase inicial da

resposta inflamatória(SANTOS et al., 2004; VANNINI, 2008). A IL-1 induz a produção de

interleucina-6 (IL-6)podendo estimular ou inibir no fígado a síntese de diversas

proteínas(SANTOS et al., 2004; VANNINI, 2008).

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Dentre as proteínas com síntese estimulada e que são positivasda fase aguda na

inflamação, encontram-se a α-1 glicoproteína, amiloide sérica A e a proteína C-reativa (PCR),

que inibem a síntese de albumina, levando a redução dos níveis séricosda mesma e

tornandoeste indicador um marcador inflamatório de alta sensibilidade em indivíduos

dialíticos(SANTOS et al., 2004; VANNINI, 2008). Atualmente, as concentrações de

albumina tem sido consideradas como um potente preditor de mortalidade,

independentemente das causas que levam a redução dos seus níveis séricos (JELLINGE et al.,

2014; CIEZA et al., 2016; SIGNORI, 2016).

A albumina é uma proteína sintetizada pelo fígado, sendo que 20% da capacidade

hepática é utilizada para a síntese da mesma diariamente, produzindo em torno de 150mg a

250mg por quilograma de peso corporal em condições normais, porém em casos de doenças

crônicas seus níveis séricos se mostram significativamente comprometidos (VANNINI,

2008).

Os baixos níveis séricos de albumina são denominados de hipoalbuminemia, que é

uma condição comum entre pacientes dialíticos, sendo ocasionadapelo tratamento dialítico,

progressão da doença, bem como por fatores consequentesdahipervolemia, das complicações

advindas da uremia, da bioincompatibilidade da membrana de dialise, do estresse oxidativo,

de infecções no acesso vascular (fistula arteriovenosa),da redução da depuração renal de

citocinas presentes no plasma e pôr fim da inflamação,que é frequentemente encontrada na

presença de lesão renal(CUPARI; KAMIMURA, 2009; SIQUEIRA; SALOMON, 2013;

SIGNORI, 2016)

Como citado anteriormente, o estado de hipoalbuminemia infere mau prognóstico e

maior risco de mortalidade em indivíduos submetidos a hemodiálise, visto que este quadro

triplica o risco de óbito em curto prazo nesta população, pois acarreta prejuízo aos

compartimentos corporais, marcadores bioquímicos, antropométricos, bem como na função

muscular (JELLINGE et al., 2014; CIEZA et al., 2016).

A hipoalbuminemia eleva o catabolismo de proteínas musculares que conduz para

diminuição da massa muscular (SOUSA et al., 2015). Na DRC a perda de massa muscular é

considerada um importante complicador, que contribui negativamente para um estilo de vida

sedentário de pacientes urêmicos crônicos, sendo uma condição comum nesta população,

onde sintomas de fraqueza muscular e fadiga surgem constantemente comprometendo a saúde

e favorecendo a morbidade(SOUSA et al., 2015).

Diversos estudos apontam o impacto da DRC sobre a musculatura

esquelética,entretanto,o mecanismo fisiopatológico subjacente que leva a perda de massa

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muscular ainda permanece incerto, e isto se deve as inúmeras limitações em distinguir os

mecanismos que alteram o desempenho muscular nesses indivíduos (JELLINGE et al., 2014;

CIEZA et al., 2016; SOUSA et al., 2015). A perda de massa muscular é um importante fator

de risco, pois asua diminuição contribui para piora da qualidade de vida e aumento da taxa de

morbimortalidade desta população(ADAMS; VAZIRI, 2006; JELLINGE et al., 2014; CIEZA

et al., 2016; SOUSA et al., 2015).

A força muscular é um fator essencial para independência e execução das atividades

de vida diária (AVD’s), portanto quando há uma redução da força muscular, pode se gerar

incapacidade e aumento da dificuldade na realização de atividades do cotidiano, levando à

uma série de efeitos que prejudicam a participação do indivíduo em seu convívio social,

afetando a Qualidade de Vida (QV) dos mesmos (BARBOSA; ANDRADE; BASTOS, 2007;

BAINHA, 2011; FASSBINDER et al., 2015).

Neste sentido, a força de preensão palmar (FPP) tem sido descrita como uma

ferramenta útil na avaliação da função muscular em pacientes dialíticos, sendo este um teste

simples e não invasivo, que atua como um indicador de força total do corpo e

consequentemente éum fator de prognóstico de doenças e de complicações envolvendo a

depleção proteica em doentes renais crônicos (KAMIMURA et al., 2004; JAMAL et al.,

2006; CARRERO et al., 2008; CAMPOS et al., 2012).

Este método de avaliação da força muscular se mostra vantajoso na avaliação de

pacientes renais crônicos, tendo em vista que apesar da associação entre força e inflamação

sua estimativa não é influenciada pela presença de quadro inflamatório ou pelo estado de

hiper-hidratação, que são frequentes nestes pacientes e impactam negativamente sobre a

saúde, qualidade de vida e aspectos físicos e mentais desses indivíduos (BERTONI et al.,

2015).

Na literatura há escassez de dados que demonstrem a influência dos níveis de

albumina sobre a força de preensão palmar (FPP), bem como em marcadores bioquímicos e

qualidade de vida de dialíticos.Portanto, é imprescindível avaliar, bem como analisar os

fatores que se associam a hipoalbuminemia, visto que este estado se associa ao maior risco de

morbimortalidade de pacientes que são submetidos à hemodiálise.

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JUSTIFICATIVA

A DRC está intimamente relacionada à hipoalbuminemia e isto se deve em parte ao

tratamento dialítico, que ocasiona uma série de efeitos indesejáveis em indivíduos submetidos

à hemodiálise. Estes efeitos incluem: modificações eletrolíticas, deficiência energética

proteica e infecções, as quais geram elevado impacto na função musculoesquelética, na

qualidade de vida e nas taxas de morbimortalidade de urêmicos crônicos.

É possível estimar o prejuízo da força muscular e da qualidade de vida a partir de

instrumentos fidedignos para melhor avaliar o quadro destes pacientes em tratamento

hemodialítico. Neste sentido, a força de preensão palmar vem sendo utilizada como uma

ferramenta padrão ouro, sendo útil, simples, confiável e efetiva para a avaliação da função

muscular e, além disso, atua como um marcador de prognóstico, por associar a massa

muscular ao estado nutricional em renais crônicos.

Dentre os parâmetros bioquímicos frequentemente avaliados, tem-se que os níveis

séricos de albumina influenciam negativamentena função musculoesquelética de indivíduos

submetidos ao tratamento de hemodiálise, sendo considerado como um fator preditor de

mortalidade independente da presença de inflamação ou desnutrição.

Portanto, é provável que os níveis séricos de albumina influenciem na FPP e qualidade

de vida e que, portanto, esta possa ser utilizada como ferramenta para estratificação de risco

de complicações. Entretanto, há escassez de estudos que tenham investigado o papel da

hipoalbuminemia sobre a FPP e sua associação com a qualidade de vida de dialíticos.

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OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

Avaliar a influência da hipoalbuminemia sobre a força muscular, variáveis clínicas, e

qualidade de vida de indivíduos com doença renal crônica dialíticos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Avaliar e comparar as variáveis clínicas de indivíduos hemodialíticos com níveis

normais e reduzidos de albumina.

Avaliar e comparar a qualidade de vida de indivíduos hemodialíticos com níveis

normais e reduzidos de albumina.

Avaliar e comparar a força muscular de indivíduos hemodialíticos com níveis normais

e reduzidos de albumina.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento do estudo e amostra

O presente estudo é uma pesquisa do tipo transversal com abordagem descritiva.

Participaram da mesma todos pacientescom diagnóstico de doença renal crônica elegíveis

cadastrados no Centro de Uro-Nefrologiae Clínica de Hemodiálise.

O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da

Universidade Federal de Goiás (CEP-UFG), conforme a resolução 466/12 e normas

complementares, sob número de parecer 2.219.649.

As avaliações foram realizadas no momento pré-diálise, pela mesma avaliadora

devidamente treinada. A coleta de dados ocorreu em um espaço previamente reservado e

organizado com os materiais necessários para os testes. Inicialmente o paciente permaneceu

sentado, e foram aplicados os questionários, bem como foram prestadas orientações no pré-

teste para a realização correta dos testes oficiais. A coleta de dados ocorreu entre o período de

agosto a novembro de 2017.

A amostra foi constituída por29 pacientes diagnosticados com DRC estágio 5 de

ambos os sexos,com faixa etária de 20-59, em diálise por um período igual ou superior a três

meses, cadastrados no Centro de Uro-Nefrologia e Clínica de Hemodiálise da cidade de Jataí

– GO e que aceitassem participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

Foram incluídos os pacientes que apresentaram condições mentais e físicas para

manusear e responder os instrumentos metodológicos da pesquisa e que foram considerados

hemodinamicamente estáveis,(pressão <200mmHg e/ou diastólica >5,0 mmHg) conforme a

avaliação clínica do médico responsável e ainda aqueles que não apresentassem aumento de

peso entre dialise > 2,5 kg. O fator peso foi controlado pesando os participantes no momento

pré-dialise, o qual antecedeu as avaliações e comparado ao valor com peso seco.

Não foram incluídos pacientes com deformidades em membros superiores (MMSS),

exceto a fístula arteriovenosa, assim como os pacientes com doença hepática, com infecção

ativa, insuficiência cardíaca congestiva, doenças infectocontagiosas, tabagistas e etilistas.

Foram excluídos da pesquisa os pacientes quenão apresentaramas análises bioquímicas

específicas do estudo e que não conseguiram realizar o teste de força de preensão palmar.

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Análises bioquímicas

Foram analisados os níveis séricos de hemoglobina, albumina, hematócrito, proteínas

totais, índice de saturação de transferrina, ferritina, eritropoetina, plaquetas e ferro sérico

(CALADO, FRANÇA, SANTOS FILHO; 2007), sendo que a amostra sanguínea foi coletada

no momento pré-diálise.

De acordo com os níveis de albumina os voluntários foram divididos em dois grupos:

níveis normais de albumina, com ponto de corte acima de > 3,5 g/dl e outro com níveis

reduzidos de albumina ≤3,5 g/dl, caracterizando hipoalbuminemia (SRIDHAR; JOSYULA,

2013).

Avaliação Antropométrica

A massa corporal e a estatura foram avaliadas por meio de uma balança eletrônica

digital com estadiômetro, seguindo as técnicas recomendadas (CALADO; FRANÇA;

SANTOS FILHO; 2007). O IMC foi calculado por meio da razão do peso corporal dividido

pelo quadrado da estatura, conforme demonstrado na fórmula abaixo (MEYER;

ANDRADE,2011). Para o cálculo do IMC foi utilizado o peso seco, além disso houve o

controle da massa corporal, sendo ≤ 2,5 kg para participação no estudo.

IMC = PESO (Kg)

ALTURA² (m)

Avaliação da Força de Preensão Palmar

Para medir a força de preensão palmar, foi utilizado o aparelho dinamômetro da marca

Saehan®(APÊNDICE D). Este instrumento apresenta duas alças paralelas, sendo uma fixa e

outra móvel, em que é possível ajustar em cinco posições distintas e proporcionar uma

adaptação de acordo com o tamanho da mão do paciente. Contém um sistema hidráulico

fechado que mensura a quantidade de força produzida por meio de uma contração isométrica

aplicada sobre as alças do aparelho, ao passo que o resultado desta mensuração é registrado

em quilogramas. É de grande importância que o aparelho esteja devidamente calibrado

(FIGUEIREDO et al., 2007).

O participante foi inicialmente apresentado ao instrumento da pesquisa e então

orientado sobre todos os aspectos do procedimento durante o pré-teste. As instruções para o

teste seguiram o posicionamento padronizado e recomendado por Figueiredo et al. (2007).

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24

Portanto o paciente foi orientado a sentar se de modo confortável em uma poltrona ajustável e

a manter o ombro aduzido, com o cotovelo fletido a 90° enquanto o antebraço permaneceu em

posição neutra com a posição do punho podendo variar de 0° a 30° de extensão (FESS;

ASHT, 1992; FIGUEIREDO et al., 2007).

A FPP foi avaliada em ambos os membros superiores e inicialmente pelo membro com

fístula arteriovenosa. Durante o teste a pesquisadora utilizou o comando verbal intensificado

ou pronunciou frases, como: “aperte mais forte”, “você consegue pressionar com mais força”

e dentre outras frases motivadoras (FIGUEIREDO et al., 2007).

Os participantes executaram o movimento de preensão palmar após o comando verbal

da fisioterapeuta devidamente treinada, o qual consistiu na seguinte frase, “um, dois, três e

pressione”. Foram executadas três repetições com duração de cinco segundos cada medida,

com a alça do dinamômetro colocada na posição dois. Este posicionamento é recomendado

pela American SocietyofHandTherapists(ASHT) que determina esta posição como padrão no

âmbito clínico e em pesquisas de FPP com uso do dinamômetro (FERR; ASHT, 1992). O

tempo de repouso entre as medidas foi de 60 segundos, a fim de que não ocorresse fadiga

muscular durante o teste. Após as três mensurações em ambos os membros, foi selecionado o

maior valor dentre as três medidas,e deste modo foi realizada a média geral dos participantes

para que fosse utilizada como dados da pesquisa (FESS; AHST; 1992; FIGUEIREDO et al.,

2007) A figura 1 abaixo, ilustra o aparelho utilizado durante o teste da FPP.

FIGURA 1: Dinamômetro hidráulico Saehan® utilizado na pesquisa durante o teste de força

de preensão palmar. (Fonte:google imagens, triathlonbrasil.com.br)

Avaliação da Qualidade de Vida (QV)

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Para a mensuração da QV foi utilizado o questionário 36-Item Short Form Health

Survey (SF-36) (FASSBINDER et al.; 2015). Este questionário é um instrumento utilizado

para avaliar o termo qualidade de vida. É formado por 36 itens, englobados em 8 dimensões,

sendo capacidade funcional (dez itens), aspectos físicos (dois itens), aspectos emocionais (três

itens), dor (dois itens), estado geral de saúde (cinco itens), vitalidade (quatro itens), aspectos

sociais (um item), saúde mental (cinco itens) e uma questão final (quatro itens), em que

investiga sobre a veracidade ou falsidade das afirmações prestadas no respectivo

questionário.Esse instrumento avalia tanto aspectos negativos (doença) como os aspectos

positivos (bem-estar). Apresenta um escore final de 0 a 100, na qual zero corresponde a pior

estado geral de saúde e 100 o melhor estado de saúde (PERNEGER et al.; 2003).

Análise Estatística

Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 20.0 para o Windows.

Os dados foram apresentados como média (+) ou (-) desvio padrão. Para a análise da

normalidade dos dados foi aplicado o teste de Shapiro-Wilke posteriormente de acordo com a

distribuição de normalidade foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Foi utilizado como valor

estatisticamente significante p<0.05.

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ARTIGO CIENTÍFICO

Será submetido ao periódico: Revista Brasileira de Fisioterapia.

EFEITO DA HIPOALBUMINEMIA EM ANALISES BIOQUÍMICAS E FORÇA

MUSCULAR DE PACIENTES DIALÍTICOS E SUA RELAÇÃO COM A

QUALIDADE DE VIDA

JOANA DARC BORGES DE SOUSA FILHA1, FABIANA SANTOS FRANCO

1,

PATRÍCIA LEÃO DA SILVA AGOSTINHO2

Universidade Federal de Goiás – Regional jataí (Goiás- Brasil)

1 Mestranda no Programa Ciências Aplicadas à Saúde – UFG

2 Professora Doutora no Programa Ciências Aplicadas à Saúde – UFG

RESUMO

Introdução: A doença renal crônica (DRC) se associa a inúmeras comorbidadesque

acarretam impactos negativos sobre diversos sistemas, dentre estes o músculo esquelético. É

notória a redução da massa muscular em pacientes submetidos a hemodiálise, bem como das

concentrações séricas de albumina. Atualmente, o estado de hipoalbuminemia é

consideradofator de riscopara morbidade e mortalidade em dialíticos, influenciandona

progressão e gravidade da lesão renal. Portanto, é próvável que haja relação entre a redução

dos níveis séricos de albumina e a força muscular, o que pode influenciar na qualidade de vida

dos pacientes.

Objetivo: Avaliar a influência da hipoalbuminemia sobre a força muscular, marcadores

bioquímicos e qualidade de vida de pacientes dialíticos.

Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com pacientes com diagnóstico de DRC,

estágio 5. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos de acordo com os níveis de

albumina > 3,5 g/dl ou ≤ 3,5 g/dl (hipoalbuminemia). Foi realizada avaliação antropométrica,

análises de marcadores bioquímicos, avaliação de força muscular pelo teste de força de

preensão palmar (FPP) e avaliação da qualidade de vida (QV).

Resultados: Foram observados menores valores de hematócrito, hemoglobina, ferritina,

plaquetas e proteínas totais no grupo com hipoalbuminemia, quando comparados ao grupo

com níveis normais (p < 0,05). Além disso observou-se menor FPP e redução dos escores dos

domínios do questionário de QV (p<0,05) em indivíduos com redução dos níveis sérico de

albumina.

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Conclusão: O estado de hipoalbuminemia afetou a QV, marcadores bioquímicos, e a força

muscular de pacientes dialíticos, sendo associado a um pior estado clínico dos participantes

avaliados.

Palavras-Chave:Insuficiência Renal Crônica; Albumina; Fraqueza Muscular.

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ABSTRACT:

Introduction: Chronic kidney disease (CKD) is associated with numerous comorbidities that

lead to gas development laws, including skeletal. It is a reduction of muscle mass in patients

undergoing hemodialysis, as well as serum albumin concentrations. Currently, the status of

hypoalbuminemia is considered a risk factor for morbidity and mortality in dialysis patients,

with influence on the progression and severity of renal injury. Therefore, the relationship

between the decrease in serum albumin levels and muscle strength, which may influence the

patients' quality of life, is likely.

Objective: to evaluate hypoalbuminemia on muscle strength, biochemical markers and

quality of life of dialysis patients.

Methods: A cross-sectional study was performed with the diagnosis of CKD, stage 5.

Patients were divided into two groups according to albumin levels> 3.5 g / dl or ≤ 3.5 g / dl

(hypoalbuminemia). An anthropometric evaluation, biochemical markers analysis, muscle

strength evaluation by the pre-palmar force test (FPP) and quality of life assessment (QoL)

were performed.

Results: Hematocrit, hemoglobin, ferritin, platelets and non-hypoalbuminemia group values

were observed when compared to the normal group (p <0.05). In addition, it was observed

that FPP and the reduction of the QOL domains scores (p <0.05) in individuals with reduced

serum albumin levels.

Conclusion: The state of hypoalbuminemia affected QoL, biochemical markers, and a

dialysis control muscular force, being associated to a pathological state of evaluated

participants.

Keywords: Chronic Renal Failure; Albumin; Muscle Weakness.

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PONTOS-CHAVES (BULLET POINTS)

A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão do parênquima renal.

Estudos têm associado marcadores inflamatórios com a progressão da DRC.

O estado de hipoalbuminemia pode estar associado a redução de força muscular.

É fortemente estabelecido o impacto da DRC na qualidade de vida de pacientes renais

crônicos.

A hipoalbuminemia atualmente é considerada como um fator de risco para indivíduos

urêmicos crônicos.

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INTRODUÇÃO

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica (DRC) consiste

em lesão do parênquima renal, com perda progressiva e irreversível das funções dos rins,

resultando na incapacidade do organismo em controlar o equilíbrio metabólico e

hidroeletrolítico renal.¹, ²

Esta disfunção é caracterizada pela presença de Taxa de Filtração Glomerular (TFG),

menor que 60 mL/min/1,73m² por um período igual ou superior a 3 meses, e está associada à

impactos negativos sobre os aspectos físicos e psicossociais de pacientes urêmicos crônicos,

bem como gastos elevados ao sistema de saúde. ¹, ²

Dentre as principais causas de DRC, estão a glomerulonefrite, doenças obstrutivas do

trato urinário, doenças sistêmicas, doenças autoimunes ou hereditárias³. As mesmas estão

associadas ao desenvolvimento e evolução da DRC e favorecem o surgimento de

complicações como infecções e estado inflamatório sistêmico crônico, sendo o último

atribuído a frequente ativação de monócitos e neutrófilos circulantes no sangue por meio do

circuito de dialise, levando a ativação de citocinas pró-inflamatórias.5

Neste sentido, estudos têm associado o aumento de marcadores inflamatórios séricos

como a progressão acentuada da DRC e isto pode ser em parte explicado pela presença de

citocinas pró-inflamatórias queatuam na ativação ou inibição de determinadas proteínas de

fase aguda da inflamação, dentre elas a albumina, que é uma proteína da fase aguda

negativa.6, 7

A albumina é sintetizada pelo fígado, e se apresenta com níveis séricos reduzidos em

condições patológicas crônicas. O estado de hipoalbuminemia ou baixo nível de albumina,

infere mau prognóstico e maior risco de mortalidade em indivíduos submetidos a hemodiálise,

triplicando o risco de óbito em curto prazo nesta população, o que é justificado pelo prejuízo

aos marcadores bioquímicos, antropométricos e bem como na função muscular.8, 9

Dentre as alterações metabólicas mais comuns no paciente renal crônico dialítico,

encontra-se o hipercatabolismo, o qual pode ser proveniente da circulação de mediadores

inflamatórios e inadequada oferta de nutrientes. O estado de hipoalbuminemia eleva o

catabolismo de proteínas musculares o que conduz para diminuição da massa muscular, bem

como contribui para sintomas de fraqueza, fadiga e cãibras.10,11

Na DRC a perda de massa muscular é considerada um importante complicador, que

contribui negativamente para um estilo de vida sedentário, sendo uma condição comum nesta

população, onde sintomas de fraqueza muscular e fadiga surgem constantemente

comprometendo a saúde e favorecendo a morbidade (SOUSA et al., 2015).

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A força muscular é um fator essencial da independência e da execução das atividades

da vida diária (AVD’s), portanto quando há uma redução da força muscular, pode se gerar

incapacidade e aumento da dificuldade na realização de atividades do cotidiano, levando à

uma série de efeitos que prejudicam a participação do indivíduo em seu convívio social, bem

como acarretando alterações na Qualidade de Vida (QV). 2

Entretanto, o mecanismo que

explica a influência da hipoalbuminemia no catabolismo de proteínas musculares ainda não

foi totalmente esclarecido.

Neste sentido, a força de preensão palmar (FPP) tem sido descrita como uma

ferramenta útil na avaliação da função muscular em pacientes dialíticos, sendo este um teste

simples, portátil, de baixo custo, não invasivo, confiável e que atua como um indicador de

força total do corpo, sendo utilizada amplamente na prática clínica como um marcador de

prognóstico, principalmente por se associar a massa muscular e ao estado nutricional.2, 13, 14, 15

Entretanto, na literatura há escassez de dados que demonstrem a influência dos níveis

de albumina sobre a força de preensão palmar, bem como sobre marcadores bioquímicos e a

repercussão sobre a qualidade de vida de dialíticos. Neste sentido o presente estudo avaliou a

influência da hipoalbuminemia sobre a força muscular, marcadores bioquímicos e qualidade

de vida de pacientes renais crônicos dialíticos.

METODOLOGIA

Delineamento do estudo

O presente estudo é uma pesquisa do tipo transversal com abordagem descritiva.

Participaram da mesma todos pacientescom diagnóstico de doença renal crônica, cadastrados

no Centro de Uro-Nefrologiae Clínica de Hemodiálise, situado em Jataí - GO.

O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da

Universidade Federal de Goiás (CEP-UFG), conforme a resolução 466/12 e normas

complementares, sob o número de parecer 2.219.649.

As avaliações foram realizadas no momento pré-diálise, pela mesma avaliadora

devidamente treinada. A coleta de dados ocorreu em um espaço previamente reservado e

organizado com os materiais necessários para os testes. Inicialmente o paciente permaneceu

sentado, e foi aplicado o questionário SF-36, bem como foram prestadas orientações para a

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realização correta dos testes. A coleta de dados ocorreu entre o período de agosto a novembro

de 2017.

Amostra do estudo

A amostra foi constituída por 29 pacientes diagnosticados com DRC, estágio 5, de

ambos os sexos, com faixa etária de 20-59 anos, em diálise por um período igual ou superior a

três meses, os quais estavam devidamente cadastrados no Centro de Uro-Nefrologia e Clínica

de Hemodiálise da cidade de Jataí – GO e que aceitaram participar da pesquisa assinando o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Foram incluídos os pacientes que apresentaram condições mentais e físicas para

manusear e responder os instrumentos metodológicos da pesquisa e que foram considerados

hemodinamicamente estáveis,(pressão <200mmHg e/ou diastólica >5,0 mmHg) conforme a

avaliação clínica do médico responsável e ainda aqueles que não apresentassem aumento de

peso entre dialise > 2,5 kg. O peso foi controlado pesando os participantes no momento pré-

dialise, e comparado ao valor com peso seco. Este momento antecedeu as avaliações.

Não foram incluídos pacientes com deformidades em membros superiores (MMSS),

exceto a fístula arteriovenosa, assim como os pacientes com doença hepática, com infecção

ativa, insuficiência cardíaca congestiva, doenças infectocontagiosas, tabagistas e etilistas,

além disso, foram excluídosos pacientes quenão apresentaramas análises bioquímicas

específicas do estudo e que não conseguiram realizar o teste de força de preensão palmar.

Figura 1- Fluxograma da amostra.

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Análises bioquímicas

Foram analisados os níveis séricos de hemoglobina, albumina, hematócrito, proteínas

totais, índice de saturação de transferrina, ferritina, eritropoetina, plaquetas e ferro sérico, a

amostra sanguínea para análise dos mesmos foi coletada no período pré-diálise.16

De acordo com os níveis de albumina os voluntários foram divididos em dois grupos,

um com níveis normais de albumina, com ponto de corte acima de > 3,5 g/dl e outro com

níveis reduzidos de albumina ≤3,5 g/dl, caracterizando hipoalbuminemia. 17

Avaliação Antropométrica

A massa corporal e a estatura foram avaliadas por meio de uma balança eletrônica

digital com estadiômetro, seguindo as técnicas recomendadas (CALADO; FRANÇA;

SANTOS FILHO; 2007). O IMC foi calculado por meio da razão do peso corporal dividido

139 pacientes com diagnóstico de DRC

cadastrados no Centro de Uro-Nefrodialise

16 pacientes não conseguiram realizar o teste ou não apresentaram dados

dos marcadores bioquímicos.

29 participantes

Sexo feminino: (n= 12)

Sexo masculino: (n= 17)

45 Participantes elegíveis

94 pacientes não elegíveis

Massa Corporal >2,5 kg

Peso (n= 7)

Tabagistas (n= 4)

Deformidades em MMSS (n= 1)

Idade (n= 79)

Outros motivos (n= 3)

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pelo quadrado da estatura, conforme demonstrado na fórmula abaixo (MEYER;

ANDRADE,2011). Para o cálculo do IMC foi utilizado o peso seco, além disso houve o

controle da massa corporal, sendo ≤ 2,5 kg para participação no estudo.

IMC = PESO (Kg)

ALTURA² (m)

Avaliação da Força de Preensão Palmar

Para medir a força de preensão palmar, foi utilizado o aparelho dinamômetro

hidráulicoda marca Saehan®. As instruções para o teste seguiram o posicionamento

padronizado e recomendado por Figueiredo.20

A FPP foi avaliada em ambos os membros superiores sendo membro dominante (MD)

e membro não dominante (MND). Foram executadas três repetições com duração de cinco

segundos cada medida, com a alça do dinamômetro colocada na posição dois. 20

Após as

mensurações foi realizada a média das três mensuraçõespara obter a FPP de cada MMSS. 20,21

Avaliação da Qualidade de Vida (QV)

Para a mensuração da QV foi utilizado o questionário 36-Item Short Form Health

Survey (SF-36). 22

O SF-36 é formado por 36 itens, englobados em 8 dimensões que abordam

sobre a capacidade funcional, os aspectos físicos, os aspectos emocionais, a dor, o estado

geral de saúde, a vitalidade, os aspectos sociais e a saúde. Apresenta um escore final de 0 a

100, no qual zero corresponde ao pior estado geral de saúde e 100 o melhor estado de saúde.23

Análise Estatística

Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 20.0 para o Windows.

Os dados foram apresentados como média (+) ou (-) desvio padrão. Para a análise da

normalidade dos dados foi aplicado o teste de Shapiro-Wilke posteriormente de acordo com a

distribuição de normalidade foi utilizado nas análises de comparação o teste de Mann-

Whitney. Foi utilizado como valor estatisticamente significante p < 0,05.

RESULTADOS

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35

Dos 29 pacientes elegíveis para participar do estudo, 12 eram do sexo feminino e 17

indivíduos do sexo masculino. Destes, 14 apresentaram níveis de albumina normais (> 3,5

g/dl), enquanto 15 apresentaram estado de hipoalbuminemia (≤ 3,5 g/dl).

A média de idade dos pacientes com níveis normais de albumina foi de 37,27± 11,82

anos e dos com níveis reduzidos de albumina foi de 43,60 ± 14,54 anos. Os dados

antropométricos de ambos os grupos podem ser observados na Tabela 1. Não houve diferença

estatística entre os grupos em relação a dados sociodemográfico, às variáveis antropométricas

e tempo de hemodiálise.

Tabela 1. Dados de composição corporalde ambos os grupos do estudo.

Variáveis

Albumina

>3,5 g/dL

Albumina

≤3,5 g/dL

Valor de P

Idade (anos)

Sexo (masculino/feminino)

Estatura (cm)

37,3± 11,8

9/6

164,6 ± 12,1

43,60 ± 14,5

8/6

161,80 ± 10,2

0,87

0,67

0,90

Massa Corporal (Kg) 67,0 ± 14,5 68,40 ± 17,4 0,74

Peso Seco (kg) 63,6 ± 14,0 64,5 ± 15,0 0,94

IMC (Kg/m²)

Tempo de Hemodiálise

25,0 ± 4,9

37 ± 24,0

26,0 ± 4,52

45,5 ± 36,0

0,74

0,72

Legenda: x= média, dp = desvio padrão, IMC = índice de massa corporal.Teste de Mann-Whitney.

Em relação às análises bioquímicas, no grupo com hipoalbuminemiaobservaram-se

menores valores de hematócrito, hemoglobina, plaquetas, ferritina e proteínas totais, quando

comparado ao grupo com níveis adequados de albumina. Em contrapartida, os mesmos

apresentaram maiores níveis de eritropoietina e ferro. Não houve diferença entre os grupos em

relação ao índice de saturação de transferrina (IST) (Tabela 2).

Tabela 2 Marcadores bioquímicos de acordo com os grupos do estudo.

Variáveis

Valores de

referência

Albumina

>3,5 g/dl

Albumina

≤3,5 g/dl

Valor

de p

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HTC (%) 35-52 % 35,09 ± 4,526 27,20 ± 5,769 0,02

HB (g/dL) >12 11,27 ± 1,555 8,90 ± 2,024 0,01

Eritropoetina (mUI/ml) 1,5 - 31,9 1,590± 1,1579 2,050 ± 0,95598 0,03

Plaquetas (uL) 140,000-450,000 206363± 61221 164400 ± 30000 0,04

Ferritina(ng/mL) 15-300 130,4 ± 105,3 97,69 ± 158,5 0,04

IST (%) 20,0-55,0 29,45± 17,46 29,77± 22,78 0,52

Ferro Sérico(µg/dl) 65-170 70,22 ± 13,77 83,66 ± 50,85 0,00

Proteínas totais (g/Dl) 6,4-81 3,263± 3,753 2,780 ± 3,640 0,04

Albumina (g/dL) >3,5 9,529 ± 1,5 3,258 ± 0,19 0,00

Legenda:x =media,dp = desvio padrão, HTC = hematócrito, HB = hemoglobina, IST= Índice

de Saturação de Transferrina.Teste de Mann-Whitney.

No teste de FPP, a média da força muscular para MD e MND no grupo

hipoalbuminemia foi de 29 ± 10,3 e 27 ± 10,35, respectivamente. No grupo com valores

normais de albumina, a média foi de 34 ± 11,55 e 32 ± 11,17, respectivamente. O grupo com

níveis de albumina ≤ 3,5 g/dl apresentou força muscular reduzida quando comparado ao

grupo com níveis normais em ambos os MMSS, p=0,04 (Figura 1).

Figura 1. Dados daforça de preensão de acordo com os níveis de albumina. MD = membro

dominante, MND = membro não dominante. *p<0,05. Teste Mann Whitney.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

MD MND

FPP

(K

g/F)

> 3,5 g/dL

≤ 3,5 g/dL

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37

Em relação a qualidade de vida avaliada pelo questionário SF-36, os escores médios

por domínio estão apresentadas na Tabela 3. Os escores apresentaram valores

significativamente menores no grupo com ponto de corte ≤3,5 g/dl de albumina, com exceção

da dor.

Tabela 3. Dados referentes à avaliação da qualidade de vida, de acordo com os níveis de

albumina.

Variáveis

Ponto de Corte

Albumina

>3,5 g/dl

Ponto de Corte

Albumina

≤ 3,5 g/dl

Valor de p

Capacidade Funcional 66,82 ± 21,24 59,00 ± 27,66 0,04

E. G. Saúde 56,00 ± 18,34 46,10 ± 15,93 0,03

Vitalidade 66,82 ± 16,47 56,50± 38,33 0,03

Saúde Mental 69,82 ± 12,82 56,80 ± 15,29 0,02

L. A. Emocionais 42,45± 39,77 27,60 ± 33,72 0,01

L.A Físicos 29,55 ± 29,19 17,50 ± 16,87 0,03

Atividades Sociais 80,73 ± 19,73 61,00 ± 38,33 0,02

Dor 63,27 ± 37,84 64,80 ± 38,36 0,11

Legenda: E.G. Saúde = estado geral de saúde, L.A.emocionais = limitação por aspectos

emocionais, L. A. Físicos = limitações por aspectos físicos. Teste de Mann Whitney.

DISCUSSÃO

O presente estudo demonstrou que a redução dosníveis de albumina (≤ 3,5 g/dl) foi

associadacomum pior estado clínico geral de pacientes com DRC em hemodiálise.

O estado ou condição de hipoalbuminemia é considerado um marcador de pior

prognósticona DRC, independentemente de outros fatores, e isto se deve a associação do

mesmo com eventos inflamatórios, influenciando negativamente a força muscular, bem como

as alterações de massa magra, marcadores bioquímicos e consequentemente prejudicando a

qualidade de vida desta população. 21,24, 17, 29

.

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38

Neste sentido, prévios estudos têm buscado esclarecer e demonstrar o impacto da

hipoalbuminemia no paciente dialítico, devido as inúmeras consequências fisiopatológicas no

organismo que interferem na efetividadedo tratamento, fazendo com que esta condição se

torne um fator preditor para mortalidade em pacientes submetidos à terapia de substituição

renal. 24, 25, 26, 27, 28

Como citado, a redução dos níveis de albumina em indivíduos renais crônicos está

associada a uma menor sobrevida, visto que esta condição acarreta prejuízo a função

musculoesquelética, alterandoa força, flexibilidade e diminuição da massa muscular,

ocasionando sintomas de fraqueza, fadiga e redução do condicionamento físico, bem como

dificuldades na realização de atividades de vida diária e no lazer desses indivíduos.28, 30

Ademais, existem evidências científicas de que valores significativamente inferiores

aos preditosde força muscular, favorecem a predisposição à futuras complicações em

pacientes renais crônicos. De Sousa28

analisou em seu estudo a FPP de 122 indivíduos com

DRC por meio de um dinamômetro hidráulico, e verificou que indivíduos com maior força

muscular, apresentaram maiores valores de albumina sérica, o que concorda com os nossos

achados.

Neste sentido, podemos inferir que assim como a albumina, a FPP pode ser utilizada

como um fator de estratificação de risco em dialíticos, pois conforme demonstrado no nosso

estudo e no de De Sousa28

, é provável que haja uma relação diretamente proporcional entre a

FPP e a hipoalbuminemia, sugerindo que a presença deredução da força muscular e

hipoalbuminemia prediz pior quadro clínico e risco de complicações nesta população.28

Como mecanismos fisiopatológicos subjacentes a associação entre comprometimento

muscular e hipoalbuminemia, está a hipótese inflamatória. A mesma defende que o aumento

da presença de citocinas pró-inflamatórias, favorece a degradação de proteínas musculares por

meio da supressão do substrato do receptor de insulina 1 e a ativação da fosfatidilinositol 3

quinase, ocasionando a estimulação da proteína ubiquitina - proteassoma a qual atua na

ativação da caspase 3 ocasionando a degradação proteíca muscular .31, 32,45

A albumina sérica é um preditor de sobrevida em pacientes renais crônicos, e sabe-se

que seus baixos níveis séricos se associam a inflamação, de modo que quando seus níveis

estão baixos, há um aumento das proteínas de fase aguda positiva, sendo PCR, IL-1 e IL6.

³³Deger³³ afirma em seu estudo que os dados epidemiológicos existentes, sugerem que a

gravidade da inflamação esteja intimamente associada a determinadas proteínas e dentre elas

a albumina, fazendo com que o processo inflamatório crônico em situação acentuada seja o

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39

fator causal na perda de massa muscular, pois o aumento de citocinas pró inflamatórias podem

contribuir para a degradação proteica muscularobservada em pacientes em HD.

Deger 33

investigou em seu estudo, a associação da inflamação sistêmica com a

degradação proteica do músculo esquelético em doentes renais crônicos, e observou que a

inflamação foi fortemente relacionada à homeostasia proteica, sendo fator independente para

o prejuízo do tecido e da função muscular de pacientes em hemodiálise. 33

Desta forma, pode-se sugerir que a influência da inflamação sobre a massa muscular,

predispõe diretamente ao quadro de fraqueza e consequentemente acarreta indisposição para a

realização das AVD’s, do convívio social, lazer e predispondo prejuízo da funcionalidade e

bem-estar destes pacientes. ³³

Em nosso estudo, não foram avaliados outros marcadores inflamatórios, porém de

acordo com os nossos achados, os pacientes do grupo com hipoalbuminemia apesentaram

decréscimo da força muscular, o que sugere uma possível alteração do estado nutricional ou

presença de inflamação nestes indivíduos, o que é comum e frequente na população estudada.

Na presente pesquisa a força muscular, foi avaliada no período pré dialise. Leal34

avaliaram 43 indivíduos submetidos à hemodiálise, visando analisar a FPP nos momentos pré

e pós dialise, onde constatou que as mensurações em ambos os períodos não apresentaram

alterações significativas.

Em relação aos marcadores bioquímicos, 48% dos pacientes investigados

apresentaram hipoalbuminemia, ponto de corte ≤ 3,5 g/dl.17, 35

Bertoni36

avaliou um grupo de

pacientes em tratamento hemodialítico, e observou que cerca de 49% dos pacientes avaliados,

apresentaram valores inferiores de albumina, o que concorda os achados da nossa pesquisa.

Além disso, o grupo com hipoalbuminemia apresentou menores níveis de

hemoglobina, plaquetas, ferritina, proteínas totais e da taxa de hematócrito. Teixeira37

,

demonstrou em seu estudo, que os níveis inadequados de hemoglobina e albumina sérica,

contribuíram para o pior prognóstico devido ao aumento da predisposição a anemia em

pacientes dialíticos. Deste modo, as análises bioquímicas citadasse faz necessária, tendo em

vista que valores inferiores aos de referência, predispõem estes pacientes a riscos e futuras

complicações. 37, 38

Neste sentido, aSociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) relatou no censo de 2012

que indivíduos em hemodiálise com níveis de Hb< 10 mg/dL estão sujeitos a anemia, bem

como a complicações referentes a esta condição clínica.39

No presente estudo, o grupo

hipoalbuminemia apresentou valores deHb< 8,9 mg/dL, o que sugere um possível quadro de

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40

anemia presente nos indivíduos deste grupo. Cichota40

avaliou em seu estudo 162 pacientes

com diagnóstico de DRC e evidenciou que 52% dos pacientes apresentaram anemia.

A anemia é uma condição que afeta a maioria dos pacientes em dialise.37

Na DRC a

fisiopatologia da anemia envolve a alteração do mecanismo de síntese e produção de

eritropoetina, a qual é necessária para a produção de hemácias no organismo, porém na

presença do estado inflamatório, ocorre um aumento da resistência à ação medular da

eritropoetina (EPO), onde citocinas pró-inflamatórias como a IL-6 e TNF-α favorecem a

apoptose, bem como a redução dos níveis de EPO no sangue predispondo os pacientes ao

quadro de anemia. Deste modo, Junior41

abordou em seu estudo a necessidade de medidas de

correção do quadro anêmico, principalmente em situações com níveis de Hb< 12 mg/dL, a

partir da utilização de eritropoetina exógena, a qual vem sendo considerada atualmente a

medicação mais efetiva para correção da anemia nestes pacientes.41

Em nossos achados, os níveis séricos de hemoglobina estavam reduzidos mesmo

frente a administração exógena de eritropoietina no grupo com hipoalbuminemia. Junior41

justifica em seu estudo que a presença persistente de anemia mesmo com reposição de EPO

exógena, se deve ao aumento da resistência periférica ou resposta reduzida a dosagem

medicamentosa. Desta forma sugere-se que os indivíduos avaliados na presente pesquisa

possam estar apresentando uma evidente resistência à medicação ofertada e consequente piora

do quadro de anemia associada a redução dos níveis de albumina.

Outro fator que reforça o quadro de anemia nestes pacientesé a diminuição dos níveis

de hemoglobina associada a redução do hematócrito, os quais possibilitam a avaliação

referente a alta ou baixa existência de glóbulos vermelhos nestes pacientes, tendo em vista

que na presença de anemia sua quantidade se mostra reduzida e com consequente redução do

hematócrito e das concentrações de hemoglobina, os quais apresentam valores normais de

42% e > 12 mg/dL, respectivamente.40

O grupo com hipoalbuminemia apresentou valores de

hematócrito e hemoglobina abaixo da média, sugerindo que estes indivíduos apresentam

quantidades reduzidas de glóbulos vermelhos, sendo esta diminuição mais pronunciada no

grupo com hipoalbuminemia, predispondo estes indivíduos ao risco de pior prognóstico.40

A redução dos níveis de hemoglobina indica impacto na quantidade de oxigênio

ofertada aos órgãos de forma generalizada, ocasionando prejuízo na função muscular,

sintomas de fadiga e cansaço, bem como alterações nas condições físicas, mentais e sociais,

que comprometem a qualidade de vida e reabilitação destes pacientes. 40

A progressão da doença renal associada ao tratamento dialítico caracteriza um fator

limitante em relação à QV, ao que acarreta comprometimento físico, mas também impacta

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41

negativamente sobre os aspectos pessoais, psicológicos e tem repercussões familiares e

sociais.42

Em um estudo realizado por Fassbinder 22

, buscou-se investigar a QV de pacientes

renais crônicos em HD através do questionário Medical OutcomesStudy 36-Item Short –

Form Health SURVEY (SF-36), neste estudo observou-se que os domínios capacidade

funcional e ao aspectos físicos se mostraram reduzidos quando comparado aos demais. No

presente estudo foram encontrados achados semelhantes a este.

Soares42

demonstrou concordância com o nosso,onde também demonstrou

comprometimento nos domínios analisados em relação à QV de dialíticos, entretanto com

valores acentuadamente menores para as dimensões em relação às limitações dos aspectos

físicos, estado geral de saúde, vitalidade e limitação por aspectos emocionais. Após a

implantação de um protocolo fisioterapêutico individualizado, houve melhora significativa da

capacidade funcional, da vitalidade, da saúde mental e do nível de dor nos pacientes renais

crônicos.42

Entretanto, o autor não avaliou a influência dos níveis de albumina.

Em nosso estudo o domínio que apresentou pior escore foi o de aspectos físicos.

Portanto, sugere-se a realização de exercícios de alongamento e fortalecimento durante o

tratamento destes indivíduos, visto os benefícios para a manutenção da força, assim como

para a realização deAVD’s com menor grau de dor e esforço. Os participantes do estudo não

realizavam atividade ou qualquer tipo de exercício durante a dialise, o que corrobora para a

piora do estado geral do paciente, que pode ser justificado por distúrbios musculoesqueléticos.

O presente estudo apresenta limitações em relação ao tamanho amostral e à avaliação do

estado inflamatório dos pacientes em dialise, tendo em vista a ausência de análise laboratorial

de outros marcadores inflamatórios como IL-6 e PCR e por ser um estudo do tipo transversal,

sendo necessárias novas pesquisas com estudos prospectivos em pacientes dialíticos os quais

visem evidenciar a associação da inflamação sobre a força desta população. Entretanto mesmo

diante das limitações,foram avaliados todos os pacientes elegíveis assistidos no Centro de

Uronefrologia e nossa investigação demonstrou que dialíticos apresentam piorQV, e que o

estado hipoalbuminemia, agrava a mesma, assim como a função muscular. Portanto o estado

de hipoalbuminemia foi associado a um pior quadro clínico dos dialíticos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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42

Nossa investigação demonstrou que o estado de hipoalbuminemia foi associado a um

pior estado clínico dos indivíduos avaliados, afetando negativamente a QV, marcadores

bioquímicos, e função muscular de pacientes dialíticos. O que sugere que a redução da força

muscular possa ser utilizada como um marcador de risco nestes indivíduos.

Embora alguns estudos tenham abordado e evidenciado os benefícios do exercício em

dialíticos, muitos pacientes se mantêm inativos, desta forma sugere-se a inserção de

fisioterapeutas nos centros de hemodiálise, para a implantação de protocolos de exercícios e

assim proporcionar a melhora da força muscular, do estado geral de saúde, bem como da

qualidade de vida de indivíduos renais crônicos.

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44

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27 Pacheco JFR, Cunha FVM, Neto JMM, De Freitas MCL, Melo CLA. Hypoalbuminemia

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28 Antunes AS, Canziazini MEF, Campos AF, & Vilela RQB. A hipoalbuminemia parece

estar associada a uma maior taxa de hospitalização nos pacientes em hemodiálise. Jornal

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29 De Souza KK, Neto JAB, DeOliveira MM. Comparação do nível de atividade física e

força de preensão manual com o perfil bioquímico de doentes renais crônicos. Ciência &

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30Delatim FC. (Associações entre marcadores nutricionais e inflamação em pacientes renais

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31Bedduh S, Chen X, Wei G, Raj D, Raphael KL, Boucher R, &Grenne T. Associations of

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39Da Silva TPC, Liberali R, Ferreira RDS, Coutinho VF; &Pilon B. Estado nutricional de

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41Cichota LC. Avaliação da albumina modificada pela isquemia na anemia associada à

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42 Júnior O, Sabino ADP, Figueiredo RC, & Rios DRA. Inflamação e má resposta ao uso de

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48

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nossa investigação demonstrou que o estado de hipoalbuminemia foi associado a um

pior estado clínico dos indivíduos avaliados, afetando negativamente a QV, marcadores

bioquímicos, e função muscular de pacientes dialíticos. O que sugere que a redução da força

muscular possa ser utilizada como um marcador de risco nestes indivíduos.

Embora alguns estudos tenham abordado e evidenciado os benefícios do exercício em

dialíticos, muitos pacientes se mantêm inativos, desta forma sugere-se a inserção de

fisioterapeutas nos centros de hemodiálise, para a implantação de protocolos de exercícios e

assim proporcionar a melhora da força muscular, do estado geral de saúde, bem como da

qualidade de vida de indivíduos renais crônicos.

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53

APÊNDICES

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APÊNDICE A - DECLARAÇÃO DE ANUÊNCIA INSTITUCIONAL

Eu, _________________________________________________________________,

portador do RG _________________________, de livre e espontânea vontade, autorizo a

realização da pesquisa intitulada: “Influência dos níveis de paratormônio sobre à força

muscular, capacidade física e função pulmonar e qualidade de vida de dialíticos”,na

unidade do Centro de Uro-Nefrologia na cidade de Jataí (GO) que será realizada pelas

fisioterapeutas Fabiana Santos Franco, RG: 4212804 e CPF: 00406476179, Joana Darc

Borges de Sousa Filha, RG: 5430398 e CPF: 7460395187, sob a orientação dePatrícia Leão

da Silva Agostinho, RG: 4509885 e CPF: 0011384101. Este estudo traz benefícios à partir do

interesse em verificar a associação do paratormônio com a funcionalidade, função pulmonar e

qualidade de vida de pacientes dialíticos. Portanto, serão realizados questionamentos que

visam corroborar com a pesquisa, tendo como finalidade investigar fatores de riscos e a causa

da DRC, bem comoavaliar a força muscular e capacidade funcional física e pulmonar de

pacientes dialíticos.

O participante será submetido à avaliação da composição corporal por meio da

bioimpedância elétrica (BIA) e avaliação antropométrica. Será realizada a avaliação da

qualidade de vida por intermédio do questionário SF – 36, a funcionalidade será avaliada por

meio do teste de caminhada de 6 minutos, a força muscular será avaliada por um

dinamômetro, já a função pulmonar será mensuradas através da manovacuometria e

espirometria.Além disso, serão coletados os dados encontrados em exames clínicos, referentes

às análises bioquímicas (PTH, taxa de hemoglobina, creatinina, albumina, hematócrito, uréia

pré-hemodiálise, uréia pós-hemodiálise, cálcio, fosforo, vitamina D e índice de KT/V) por

meio de exames laboratoriais disponíveis nos prontuários dos pacientes.

A coleta de dados será realizada por duas fisioterapeutas (Fabiana Santos Franco, RG:

4212804 e CPF: 00406476179, Joana Darc Borges de Sousa Filha, RG: 5430398 e CPF:

7460395187), devidamente treinadas para executar todos os procedimentos. A pesquisa não

oferece riscos graves aos participantes, por se tratar de apenas uma entrevista, avaliações da

função pulmonar, massa muscular e avaliação da capacidade física, podendo ocorrer

nomáximo fadiga e cansaço, porém caso ocorra algum desconforto será disponibilizado ao

participante o atendimento adequado e gratuito.

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55

Fui informado de que estes procedimentos não acarretarão prejuízo ou dano para o

voluntário. Caso o voluntário não queira participar da pesquisa, não terá nenhum prejuízo no

seu acompanhamento ou tratamento no Centro de Uro-Nefrologia.

Jataí(GO),______ de ________________ de2017.

Assinatura de carimbo da Responsável pela unidade do Centro de Uro-Nefrologia

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APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

APLICADAS À SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O senhor (a) está sendo convidado (a)para participar, como voluntário (a), em uma

pesquisa intitulada “Influência Dos Níveis De Paratormônio Sobre À Força Muscular,

Capacidade Física E Função Pulmonar E Qualidade De Vida De Dialíticos”. Após receber os

esclarecimentos e as informações a seguir, se você aceitar fazer parte do estudo, assine ao

final deste documento, que está impresso em duas vias, sendo que uma delas é sua e a outra

pertence ao(à) pesquisador(a) responsável. Esclareço que em caso de recusa na participação

você não será penalizado(a) de forma alguma. Mas se aceitar participar, as dúvidas sobre a

pesquisa poderão ser esclarecidas pelo(s) pesquisador(es) responsável(is), via e-mail:

[email protected], [email protected], [email protected], e,

inclusive, sob forma de ligação a cobrar, através do(s) seguinte(s) contato(s) telefônico(s):

Dra. Patrícia Leão da Silva Agostinho, no telefone: (64) 9090 981284326, Fabiana Santos

Franco (64) 9090 999457374, Joana Darc Borges de Sousa Filha (64) 9090 999085341. Ao

persistirem as dúvidas sobre os seus direitoscomo participante desta pesquisa, você também

poderá fazer contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás,

pelo telefone (62)3521-1215.

1. Informações Importantes sobre a Pesquisa:

Título do projeto: INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS DE PARATORMÔNIO SOBRE À FORÇA

MUSCULAR, CAPACIDADE FÍSICA E FUNÇÃO PULMONAR E QUALIDADE DE

VIDA DE DIALÍTICOS.

Esta pesquisa tem a finalidade de avaliar a associação dos níveis do hormônio

paratireoidiano com a funcionalidade e força muscular de pacientes dialíticos, onde serão

realizadas perguntas que possam contribuir com a pesquisa, tendo como finalidade investigar

fatores de riscos da Doença Renal Crônica, bem comoverificar sua composição corporal,

força muscular, função pulmonar e qualidade de vida à partir de instrumentos

validados.Oparticipante será submetido à avaliação da composição corporal por meio da

bioimpedância elétrica (BIA) em que se trata de um método rápido e relativamente barato,

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57

utilizado para medir a gordura e a massa do corpo através de corrente elétrica de baixa

atividade ou intensidade e também através da avaliação antropométrica a fim de se obter

dados relacionados ao peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC) em que se trata da

relação da massa corporal com a altura para determinar o índice adequado para cada individuo

e circunferências de braço e abdominal. Será realizada a avaliação da qualidade de vida por

intermédio do questionário SF – 36 ao qual é composto por 36 perguntas que avaliam a

percepção da doença pelo ponto de vista do próprio paciente. Serão coletados os dados

encontrados em exames clínicos, referentes às análises bioquímicas por meio de exames

laboratoriais disponíveis no seu prontuário. Além disso, será avaliada a capacidade física pelo

teste da caminhada de seis minutos em que é utilizado para avaliar a sua resposta em relação

ao exercício, propiciando uma analise do sistema respiratório e cardíaco, ao passo que a força

muscular será avaliada pelo dinamômetro em que se trata de um aparelho utilizado para medir

ou mensurar a força do aperto de mão e finalmente a capacidade funcional pulmonar que será

avaliada pelo Espirômetro e Manovacuômetro, utilizados para avaliar função pulmonar e

força muscular respiratória. A coleta de dados será realizada por duas fisioterapeutas,

Fabiana Santos Franco, RG: 4212804 e CPF: 00406476179, Joana Darc Borges de Sousa

Filha, RG: 5430398 e CPF: 7460395187, devidamente treinadas para executar todos os

procedimentos. Durante a aplicação dos questionários não haverá registros fotográficos,

sonoros e/ou audiovisuais da conversa.

Ao assinar o termo para participar da pesquisa o senhor (a) deve estar ciente que será

abordado (a) quantas vezes forem necessárias até o término da coleta dos dados, porém

sempre será respeitado a sua disponibilidade e prévio agendamento no Centro de Uro-

Nefrologia da cidade de jataí. A pesquisa poderá gerarpossível desconforto emocional e/ou de

possíveis riscos físicos e psicossociais, tais como: desconfortos, intimidação, angústia,

insatisfação, irritação, mal-estar, dor ou lesões que possam ser provocadas durante a coleta em

alguma determinada situação,porem é necessário que o (a) senhor (a) tenha conhecimento que

tomaremos todos os cuidados para não oferecer riscos a sua saúde e caso ocorra irritação,

cansaço, dor ou constrangimento, iremos suspender a coleta de dados até que se sinta bem.

Caso ocorra um evento indesejado comprovadamente causado pelo presente estudo, eu me

comprometo a fazer o atendimento/acompanhamento do (a) senhor (a) até sua recuperação. A

pesquisa tem como benefício o fato da elucidação das possíveis causas de prejuízo na

saúdeem decorrência dos elevados níveis de paratormônio, aos quais geram alterações

fisiológicas que resultam em um quadro clínico marcado por dores ósseas e manifestações

musculoesqueléticas, que afetam a capacidade física e a função pulmonar prejudicando a

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qualidade de vida de pacientes dialíticos, portanto pretende-se contribuir para o conhecimento

nesta área de pesquisa otimizando o tratamento destes pacientes. O (A) senhor (a) não

receberá nenhum pagamento ou gratificação e nem mesmo pagará nada por participar deste

estudo. O (A) senhor (a) terá garantia de liberdade de se recusar a responder questões que lhe

causem desconforto emocional ou constrangimento em entrevistas e questionários que forem

aplicados na pesquisa. O senhor (a) terá a garantia que guardaremos em sigilo e asseguramos

a privacidade e o anonimato das informações prestadas ao seu respeito. Será permissível a

desistência a qualquer momento durante a pesquisa sem que haja algum tipo de punição ou

penalização e sem prejuízo ao seu cuidado ou à continuidade de seu tratamento. Os resultados

deste estudo serão apresentados em Congressos na área da saúde e serão publicados em

revistas especializadas para profissionais de saúde sejam favoráveis ou não. Como

participante da pesquisa em caso de danos imediatos ou futuros o senhor (a) tem o direito de

pleitear indenização de acordo com a lei.

_________________________________________________________________

Fabiana Santos Franco

Pesquisadora

_________________________________________________________________

Joana Darc Borges de Sousa Filha

Pesquisadora

________________________________________________________________

Patrícia Leão da Silva Agostinho

Pesquisadora Responsável

Jataí, _____ de ________________ de2017.

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59

APÊNDICE C

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

APLICADAS À SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/CEP

TERMO DE CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO

SUJEITO DA PESQUISA

Eu, ___________________________________________________, inscrito(a) sob o

RG:____________CPF:______________n.º de prontuário____________, abaixo assinado,

concordo em participar do estudo intitulado “Influência Dos Níveis De Paratormônio Sobre À

Força Muscular, Capacidade Física E Função Pulmonar E Qualidade De Vida De Dialíticos”.

Informo ter mais de 18 anos de idade, e destaco que minha participação nesta pesquisa é de

caráter voluntário. Fui, ainda, devidamente informado(a) e esclarecido(a), pelas pesquisadoras

responsáveis, Patrícia Leão da Silva Agostinho, Fabiana Santos Franco e Joana Darc Borges

de Sousa Filha, sobre a pesquisa, os procedimentos e métodos nela envolvidos, assim como os

possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação no estudo. Foi-me garantido

que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer

penalidade. Declaro, portanto, que concordo com a minha participação no projeto de pesquisa

acima descrito.

Jataí, _____ de __________________ de ________

__________________________________________________________________

Assinatura por extenso do(a) participante

__________________________________________________________________

Assinatura por extenso do(a) pesquisador(a) responsável

Assinatura Dactiloscópica:

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Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do

sujeito em participar.

Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):

Nome: ___________________________________ Assinatura: ___________________

Nome: ___________________________________ Assinatura: _________________

Jataí, _____ de ________________ de 2017.

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61

APÊNDICE D - TERMO DE COMPROMISSO

Declaro que cumprirei os requisitos da Resolução CNS n.º 466/12 e/ouda Resolução

CNS nº 510/16, bem com suas complementares, como pesquisador(a) responsável e/ou

pesquisador participante do projeto intitulado “Influência Dos Níveis De Paratormônio Sobre

À Força Muscular, Capacidade Física E Função Pulmonar E Qualidade De Vida De

Dialíticos”. Comprometo-me a utilizar os materiais e os dados coletados exclusivamente para

os fins previstos no protocolo da pesquisa acima referido e, ainda, a publicar os resultados,

sejam eles favoráveis ou não. Aceito as responsabilidades pela condução científica do projeto,

considerando a relevância social da pesquisa, o que garante a igual consideração de todos os

interesses envolvidos.

Data: _____/ _____/ _____

Nome do(a) Pesquisador(a)

Assinatura Manuscrita ou Digital

1.

2.

3.

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62

APÊNDICE E - AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTO DE FATORES DE RISCO

PARA PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA.

1.0 - Características Pessoais:

Nome:_____________________________________________________________________

Idade:____ Sexo:( ) F ( ) M

Data de nascimento:___/___/___

Estado Civil: ( ) Casado ou em união consensual ( ) Solteiro ( ) Separado ( ) Viúvo

Ocupação:__________________________________________________________________

2.0 FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA

2.1 História Clínica:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2.2 Histórico Familiar:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2.3 Você tem pressão alta ou toma remédios para controlá‐la? sim não

( ) sim ( ) não

2.4 Você tem parentes em primeiro grau (pais ou irmãos e filhos) com Doença Renal

Crônica? sim não

( ) sim ( ) não

2.5 Você tem parentes em segundo grau (tios, tias,avós e primos em primeiro grau) com

Doença Renal Crônica? sim não

( ) sim ( ) não

2.6 Você realiza atividade física regularmente?

( ) Mais de 30 minutos por dia ou mais de 4 horas por semana

( ) Menos de 30 minutos por dia ou menos de 4 horas por semana

2.7 – Marque com um ( x ) na opção ao qual você se identifica.

Fatores de Risco Para a Doença Renal Crônica

FATOR SIM NÃO

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63

TABAGISMO

ETILISMO

OBESIDADE

HIPERLIPIDEMIA

HAS

DIABETES MELITUS

INSUFICIÊNCIA

CARDÍACA

CALCULO RENAL

RINS POLICÍSTICOS

DOENÇA OBSTRUTIVA/

INFECÇÕES

IDADE > 60

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APÊNDICE F

AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E FORÇA MUSCULAR.

Nº de identificação:_______________________________________________________

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Estatura

Massa corporal

IMC

Circunferência Abdominal

Circunferência de braço

Bioimpedância

FORÇA MUSCULAR

MEMBRO

SUPERIOR

1ª AVALIAÇÃO 2ª AVALIAÇÃO 3ª AVALIAÇÃO

MSD

MSE

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65

ANEXOS

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66

ANEXOS A - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA SF-36

INSTRUÇÕES:

As questões que se seguem pedem-lhe opinião sobre sua saúde, a forma como se sente

e sobre a sua capacidade de desempenhar as atividades habituais. Pedimos que leia com

atenção cada pergunta e responda o mais honestamente possível, se não tiver a certeza sobre a

resposta a dar, dê-nos a que achar mais apropriada e, se quiser, escreva comentário a seguir à

pergunta.Para as perguntas 1 e 2, por favor coloque um círculo no número que melhor

descrever a sua vida.

1. Em geral, diria que sua saúde é:

Ótima

1

Muito Boa

2

Boa

3

Razoável

4

Fraco

5

2. Comparando com o que acontecia há um ano, como descreve o seu estado geral

atual:

Muito melhor

1

Com algumas

melhoras

2

Aproximadamente

igual

3

Um pouco

pior

4

Muito pior

5

3. As perguntas que se seguem são sobre atividades que executa no seu dia-a-dia.

Será que a sua saúde o/a limita nestas atividades? Se sim, quanto? (Por favor,

assinale com um círculo um número em cada linha)

Sim,

muito

limitado/a

Sim, um

pouco

limitado/a

Não,

nada

limitado/a

a. Atividades violentas, tais como

correr, levantar pesos, participar em

desportos extenuantes.

1

2

3

b. Atividades moderadas, tais como

deslocar uma mesa ou aspirar a casa.

1

2

3

c. Levantar ou pegar as compras da

mercearia.

1

2

3

d. Subir vários lances de escadas. 1 2 3

e. Subir um lance de escadas. 1 2 3

f. Inclinar-se, ajoelhar-se ou baixar-se. 1 2 3

g. Andar mais de 1km. 1 2 3

h. Andar várias centenas de metros. 1 2 3

i. Andar uma centena de metros. 1 2 3

j. Tomar banho ou vestir-se sozinho/a. 1 2 3

4. Durante as últimas 4 semanas teve, no seu trabalho ou atividades diárias, algum

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67

dos problemas apresentados a seguir como consequência do seu estado de saúde

física?

Quanto tempo, nas suas

últimas quatro semanas

Sempre A maior parte

do tempo

Algum

tempo

Pouco

tempo

Nunca

a. Diminui o tempo

gasto a trabalhar

ou outras atividade

1

2

3

4

5

b. Faz menos do que

queria?

1

2

3

4

5

c. Sentiu-se

limitado/a no tipo

de trabalho ou

outras atividades

1

2

3

4

5

d. Teve dificuldade

em executar o seu

trabalho ou outras

atividades (por

exemplo, foi

preciso mais

esforço)

1

2

3

4

5

5. Durante as últimas 4 semanas, teve com o seu trabalho ou com as suas atividades

diárias, algum dos problemas apresentados a seguir devido a quaisquer problemas

emocionais (tal como sentir-se deprimido/a ou ansioso/a)?

Quanto tempo, nas últimas quatro

semanas.

a. Diminuiu o tempo gasto a

trabalhar ou outras atividades.

Sempre

1

A

maior

parte

do

tempo

2

Algum

Tempo

3

Pouco

Tempo

4

Nunca

5

b. Fez menos do que queria? 1 2 3 4 5

c. Executou o seu trabalho ou

outras atividades menos

cuidadosamente do que era de

costume.

1

2

3

4

5

Para cada uma das perguntas 6,7e 8, por favor ponha um círculo no número que melhor

descreve a sua saúde.

6. Durante as últimas 4 semanas, em que medida é que a sua saúde física ou

problemas emocionais interfeririam no seu relacionamento social normal com a

família, amigos, vizinhos ou outras pessoas?

Absolutamente nada

1

Pouco

2

Moderadamente

3

Bastante

4

Imenso

5

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68

7. Durante as últimas 4 semanas teve dores?

Nenhuma

1

Muito

fracas

2

Ligeiras

3

Moderadas

4

Fortes

5

Muito

Fortes

6

8. Durante as últimas 4 semanas, de que forma é que a dor interferiu com o seu

trabalho normal (tanto o trabalho fora de casa como o trabalho doméstico)

Absolutamente nada

1

Pouco

2

Moderadamente

3

Bastante

4

Imenso

5

9. As perguntas que se seguem pretendem avaliar a forma como se sentiu e como

lhe correram as coisas nas últimas quatro semanas. Para cada pergunta, coloque

por favor um círculo à volta do número que melhor descreve a forma como se

sentiu. Certifique-se que coloca um círculo em cada linha.

Quanto tempo, nas últimas quatro

semanas.

Sempre A maior

parte do

tempo

Algu

m

tempo

Pouc

o

temp

o

Nunc

a

a. Se sentiu cheio/a de vitalidade? 1 2 3 4 5

b. Se sentiu muito nervoso/a? 1 2 3 4 5

c. Se sentiu tão deprimido/a que

nada o/a animava?

1

2

3

4

5

d. Se sentiu calmo/a e tranquilo? 1 2 3 4 5

e. Se sentiu como muita energia? 1 2 3 4 5

f. Se sentiu deprimido/a? 1 2 3 4 5

g. Se sentiu estafado/a? 1 2 3 4 5

h. Se sentiu feliz? 1 2 3 4 5

i. Se sentiu cansado/a? 1 2 3 4 5

10. Durante as últimas quatro semanas, até que ponto é que a sua saúde física ou

problemas emocionais limitaram a sua atividade social (tal como visitar amigos

ou familiares próximos)?

Sempre

1

A maior parte do

tempo

2

Algum tempo

3

Pouco tempo

4

Nunca

5

11. Por favor, diga em que medida são verdadeiras ou falsas as seguintes

afirmações. Ponha um círculo para cada linha.

Absolutamente

verdade

Verdade Não

sei

Falso Absolutamente

Falso

a. Parece que

adoeço mais

1

2

3

4

5

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facilmente do que

os outros.

b. Sou tão saudável

como qualquer

outra pessoa.

1

2

3

4

5

c. Estou

convencido/a que

a minha saúde vai

piorar.

1

2

3

4

5

d. A minha saúde é

ótima.

1 2 3 4 5

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ANEXO B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA

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ANEXO C – NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA

Forma e apresentação do manuscrito

Manuscrito

A língua oficial do BJPT é o inglês. O BJPT considera a submissão de manuscritos originais

com até 3.500 palavras (excluindo-se página de título, resumo, referências, tabelas, figuras e

legendas). Informações contidas em anexo(s) serão computadas no número de palavras

permitidas.

Antes do corpo do texto do manuscrito (i.e., antes da introdução), deve-se incluir uma página

de título e identificação, palavras-chave, o abstract/resumo e citar os pontos-chave do estudo.

No final do manuscrito, devem-se inserir as referências, tabelas, figuras e anexos (se houver).

Título e identificação

O título do manuscrito não deve ultrapassar 25 palavras e deve apresentar o máximo de

informações sobre o trabalho. Preferencialmente, os termos utilizados no título não devem

constar da lista de palavras-chave.

A página de identificação do manuscrito deve conter os seguintes dados: Título completo e

título resumido: com até 45 caracteres, para fins de legenda nas páginas impressas;

Autores: nome e sobrenome de cada autor em letras maiúsculas, sem titulação, seguidos por

número sobrescrito (expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo

(unidade/instituição/cidade/ estado/ país). Para mais de um autor, separar por vírgula;

Autor de correspondência: indicar o nome, endereço completo, e-mail e telefone do autor de

correspondência, o qual está autorizado a aprovar as revisões editoriais e complementar

demais informações necessárias ao processo;

Palavras-chave: termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) em português e em

inglês

Abstract/Resumo

Uma exposição concisa, que não exceda 250 palavras em um único parágrafo, em português

(resumo) e em inglês (abstract), deve ser escrita e colocada logo após a página de título.

Referências, notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas no

resumo/abstract. O resumo e o abstract devem ser apresentados em formato estruturado.

Pontos-chave (Bullet points)

Em uma folha separada, o manuscrito deve identificar de três a cinco frases que capturem a

essência do tema investigado e as principais conclusões do artigo. Cada ponto-chave deve ser

redigido de forma resumida e deve informar as principais contribuições do estudo para a

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literatura atual, bem como as suas implicações clínicas (i.e., como os resultados podem

impactar a prática clínica ou investigação científica na área de Fisioterapia e Reabilitação).

Esses pontos deverão ser apresentados em uma caixa de texto (i.e., box) no início do artigo,

após o abstract. Cada um dos pontos-chave deve ter, no máximo, 80 caracteres, incluindo

espaços, por itens.

Introdução

Deve-se informar sobre o objeto investigado devidamente problematizado, explicitar as

relações com outros estudos da área e apresentar justificativa que sustente a necessidade do

desenvolvimento do estudo, além de especificar o(s) objetivo(s) do estudo e hipótese(s), caso

se aplique.

Método

Consiste em descrever o desenho metodológico do estudo e apresentar uma descrição clara e

detalhada dos participantes do estudo, dos procedimentos de coleta, transformação/redução e

análise dos dados de forma a possibilitar reprodutibilidade do estudo. Para ensaios clínicos, o

processo de seleção e alocação dos participantes do estudo deverá estar organizado em

fluxograma, contendo o número de participantes em cada etapa, bem como as características

principais (ver modelo do fluxograma CONSORT).

Quando pertinente ao tipo de estudo, deve-se apresentar o cálculo amostral utilizado para

investigação do(s) efeito(s). Todas as informações necessárias para a justificativa do tamanho

amostral utilizado no estudo devem constar do texto de forma clara.

Devem ser descritas as variáveis dependentes e independentes; deve-se informar se os

pressupostos paramétricos foram atendidos; especificar o programa computacional usado na

análise dos dados e o nível de significância adotado no estudo e especificar os testes

estatísticos aplicados e sua finalidade.

Resultados

Devem ser apresentados de forma breve e concisa. Resultados pertinentes devem ser

reportados utilizando texto e/ou tabelas e/ou figuras. Não se devem duplicar os dados

constantes em tabelas e figuras no texto do manuscrito.

Os resultados devem ser apresentados por meio de medidas de tendência e variabilidade (por

ex: média (DP), evitar média±DP) em gráficos ou tabelas autoexplicativas; apresentar

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medidas da magnitude (por ex: tamanho do efeito) e/ou precisão das estimativas (por ex:

intervalos de confiança); relatar o poder de testes estatísticos não significantes.

Discussão

O objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já

existentes e disponíveis na literatura, principalmente àqueles que foram indicados na

introdução. Novas descobertas devem ser enfatizadas com a devida cautela. Os dados

apresentados no método e/ou nos resultados não devem ser repetidos. Limitações do estudo,

implicações e aplicação clínica para as áreas de Fisioterapia e Reabilitação deverão ser

explicitadas.

Referências

O número recomendado é de 30 referências, exceto para estudos de revisão da literatura.

Deve-se evitar que sejam utilizadas referências que não sejam acessíveis internacionalmente,

como teses e monografias, resultados e trabalhos não publicados e comunicação pessoal. As

referências devem ser organizadas em sequência numérica de acordo com a ordem em que

forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para

Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de

Editores de Revistas Médicas - ICMJE.

Os títulos de periódicos devem ser escritos de forma abreviada, de acordo com a

ListofJournals do Index Medicus. As citações das referências devem ser mencionadas no texto

em números sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das informações das referências

constantes no manuscrito e sua correta citação no texto são de responsabilidade do(s)

autor(es).

Exemplos: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.

Tabelas, Figuras e Anexos.

As tabelas e figuras são limitadas a cinco (5) no total. Os anexos serão computados no número

de palavras permitidas no manuscrito. Em caso de tabelas, figuras e anexos já publicados, os

autores deverão apresentar documento de permissão assinado pelo autor ou editores no

momento dasubmissão.