UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o...

36
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.) MOENCH) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA Rio Largo Alagoas - Brasil 2010

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO

DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)

MOENCH) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO

ORGÂNICA

Rio Largo

Alagoas - Brasil

2010

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

II

RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO

DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)

MOENCH) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO

ORGÂNICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Centro de Ciências Agrárias como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Engenheiro Agrônomo.

Rio Largo

Alagoas - Brasil 2010

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

III

ATA DE REUNIÃO DE BANCA EXAINADORA DE DEFESA DE TRABALHO

DE CONCLUSÃO DE CURSO

Aos 17 (dezessete) dias do mês de junho do ano de 2010, às 10h00min (dez) horas, sob

a Presidência do Professor, em sessão pública na sala do Mestrado do Centro de

Ciências Agrárias, km 85 da BR 104 Norte, Rio Largo-AL, reuniu-se a Banca

Examinadora de defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado

“DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)

Moench) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO

ORGÂNICA” do aluno RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO, sob matrícula

2006G2166, requisito obrigatório para conclusão do Curso de Agronomia, assim

constituída: Prof. Dr. José Teodorico de Araújo, CECA/UFAL (orientador); Prof. Dr.

José Wilson da Silva, CECA/UFAL e Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa,

CECA/UFAL. Iniciados os trabalhos, foi dado a cada examinador um período máximo

de 30 (trinta) minutos para a argüição ao candidato. Terminada a defesa do trabalho,

procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de

argüição: Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa, nota ____ (______), Prof. Dr. José

Wilson da Silva, nota ____ (______) e Prof. Dr. José Teodorico de Araújo, nota ____

(______). Apuradas as notas, o candidato foi considerado APROVADO, com média

geral ____ (______). Na oportunidade o candidato foi notificado do prazo de máximo

de 30 (trinta) dias, a partir desta data, para entregar a Coordenação do Trabalho de

Conclusão de Curso, devidamente protocolada, da versão definitiva do trabalho

defendido, em 4 (quatro) vias, impressas e encadernadas e uma cópia digitalizada em

CD com as correções sugeridas pela Banca, sem o que está avaliação se tornará sem

efeito, passando o aluno a ser considerado reprovado. Nada mais havendo a tratar, os

trabalhos foram encerrados para a lavratura da presente ATA, que depois de lida e

achada conforme, vai assinada por todos os membros da Banca Examinadora, pelo

coordenador (a) do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e pelo coordenador (a) do

Curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de

Alagoas. Rio Largo/AL, 17 de junho de 2010.

1ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Teodorico de Araújo Filho (Orientador)

2ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Wilson da Silva

3ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa

Coordenador do TCC ___________________________________________________ Profª. Drª. Roseane Cristina Prédes Trindade

Coordenadora do curso de Agronomia______________________________________ Profª Drª Leila de Paula Rezende

U F A L

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

COORDENAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

C E C A

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

IV

À minha mãe

Malila,

por existir;

Aos meus avós maternos

Renato Américo

e Jaminita Alves

pelo exemplo;

A Deus,

Dedico.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

V

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que me mostrou o verdadeiro caminho, me dando

forças para me esforçar ao máximo nesse trabalho;

À Malila, minha querida mãe, que desde sempre me deu apoio para todas as

minhas decisões;

Aos meus avós, Renato Américo e Jaminita Alves, que foram a base da

minha vida;

Aos meus tios, Engª Agrônoma Maria Mafalda e Engº Agrônomo Dr.

Marcelo Renato, pelo ensinamento, mesmo que sutil, sobre o curso;

À minha namorada Géssyca Melo, que sempre me incentivou a prosseguir esta

monografia;

À Universidade Federal de Alagoas e ao Centro de Ciências Agrárias, que

me disponibilizaram de todas as ferramentas para que, assim, eu pudesse ter chegado ao

fim dessa caminhada;

Ao meu orientador Dr. José Teodorico, pelos ensinamentos e por ter me

acompanhado nessa difícil caminhada;

Aos meus companheiros de sala, ao qual pude compartilhar quatro anos de

convivência e aprendizado, em especial a Paulo Tenório, Anderson Sabino, Nadielan,

Tadeu Patêlo, Lucas Holanda, Ricardo Rafael, Jakeline Maria e Renan Almeida,

que de alguma forma me ajudaram durante minha vida acadêmica;

Em especial, aos meus companheiros em espírito, Luiz Henrique e Charles

Pimentel. Sem eles não teria a capacidade de complementar o quanto Deus nos ama;

A tantas outras pessoas que de alguma forma me ajudaram durante essa

caminhada, são os meus votos de agradecimento.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

VI

“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros,

sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.”

I Co 12;12

“Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo.”

Olga Benário

“Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.”

Antoine de Saint-Exupéry

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

VII

SUMÁRIO

Pág.

LISTA DE TABELAS....................................................................................................... VIII

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ IX

RESUMO........................................................................................................................... X

1 - INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11

2 - REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 11

2.1)A cultura do Sorgo................................................................................................. 13

2.1.1)Aspectos gerais............................................................................................... 13

2.1.2)Crescimento e Desenvolvimento vegetativo das plantas................................ 14

2.1.3)Parte Aérea..................................................................................................... 15

2.1.4) Variedade IPA 467........................................................................................ 17

2.2)Adubação Orgânica............................................................................................... 17

2.2.1)Esterco Bovino............................................................................................... 19

2.2.2)Esterco Ovino................................................................................................. 19

3 - MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 21

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................. 23

5 - CONCLUSÕES............................................................................................................ 29

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 30

APÊNDICE..................................................................................................................... ... 35

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

VIII

LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 1. Diferentes tipos de sorgo quanto à forma de produção................................... 14

Tabela 2. Atributos químicos do solo.............................................................................. 21

Tabela 3. Atributos químicos do adubo orgânico............................................................ 22

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

IX

LISTA DE FIGURAS

Pág.

Figura 1. Altura da planta de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a

diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................

23

Figura 2. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para a altura de planta

do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica............................................................................................................

24

Figura 3. Comprimento da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a

diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................

24

Figura 4. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para comprimento da

folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica............................................................................................................

25

Figura 5. Largura da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a

diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................

Figura 6. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para largura da folha do

sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica...........................................................................................................

Figura 7. Diâmetro de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes

tipos e doses de adubação orgânica..................................................................................

Figura 8. Gráfico de regressão na aplicação de esterco bovino e ovino para o

diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes

tipos e doses de adubação orgânica..................................................................................

25

26

27

27

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

X

RESUMO

ARAÚJO NETO, R. A. de (RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO).

DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)

Moench) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO

ORGÂNICA Rio Largo: UFAL/ CECA, 2010 (36 p.). Trabalho de conclusão de curso.

A substituição gradativa da cultura do milho pelo sorgo vem se destacando ultimamente

nos últimos anos, apresentando condições favoráveis para a região do semi-árido, porém

com sua produção bastante reduzida, necessitando de um incremento na produtividade,

dependendo esta da nutrição de plantas com adubos, podendo este ser na forma de

adubo orgânico. Para tanto, teve como o objetivo estudar o desempenho da cultura do

sorgo forrageiro submetido a diferentes fontes e doses de aplicação de adubo orgânico.

O experimento obedeceu ao Delineamento Inteiramente Casualizado, com tratamentos

contendo duas fontes de adubo orgânico em forma de esterco (bovino e ovino) e cinco

doses de cada esterco (zero; 5; 10; 15; 20 t ha-1

, equivalente a zero; 12,5; 25; 37,5; 50 g

por vaso), com quatro repetições. Aos 42 dias após a semeadura ocorreu a avaliação das

características morfológicas da cultura, destacando as seguintes variáveis: altura de

plantas, comprimento e largura da folha, número de folhas por planta e diâmetro do

colmo. A cultura do sorgo respondeu satisfatoriamente quanto à aplicação dos estercos e

que as doses de 10 t ha-1

e 20 t ha-1

, que responderam com uma melhor eficiência A

aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram em médias semelhantes, mostrando

que a aplicação ou não do mesmo implica em resultados semelhantes.

Palavras-Chave: agricultura orgânica, esterco bovino, esterco ovino, semi-árido

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

11

1 - INTRODUÇÃO

A cultura do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) vem se destacando na

região Semi-Árida do país, principalmente na época de escassez, surgindo como uma

fonte de substituição ao milho. Seu sucesso é garantido devido a sua grande resistência

à seca e semelhança em comparação com a cultura do milho, tanto ao aspecto da planta

como em relação à constituição dos grãos (MENDES, 1986). Disseminada em todo

país, o sorgo tem sua importância relevante para a nossa agricultura, representando um

grande potencial para a alimentação animal e humana, podendo ainda ser utilizada na

produção de energia ou como alternativa viável em regiões de aridez, acidez ou com

elevada salinidade.

No nordeste brasileiro, a cultura apresenta condições favoráveis, devido a sua

adaptação às baixas e irregulares precipitações pluviométricas. Mesmo assim com todo

esse potencial, a produção dessa cultura é bastante reduzida sendo necessário um

esforço no sentido de difundir e incentivar a produção da mesma, através do incremento

em sua produtividade, que depende, dentre outros fatores, da nutrição das plantas

(FERNANDES et. al., 1991), através da adição de adubos, podendo estes serem

adicionados ao solo em forma química ou orgânica, sendo o último acrescentado,

também, na forma de estercos.

Os adubos orgânicos em forma de estercos foram bastante utilizados no

passado, mas com a chegada dos adubos de origem química, o interesse por esses

adubos diminuiu. Atualmente, a preocupação com a degradação ambiental renovou o

interesse pelo uso de esterco, ou seja, pela agricultura sustentável (BRUMMER, 1998).

O autor cita ainda que, ultimamente os estercos vêm sendo largamente utilizados como

fonte de matéria orgânica para o solo, visando uma excelente alternativa ao uso de

adubos minerais, proporcionando uma melhor aeração para as raízes, bem como

proporcionar uma camada superficial ao solo, enriquecendo a microbiota ali existente.

Neves et al. (2004) citam que a produção orgânica vegetal baseia-se no uso de

estercos como fontes de adubos, provenientes de bovinos, eqüinos, caprinos, suínos,

ovinos, aves e coelhos, cuja composição química varia com o sistema de criação, a

idade do animal, a raça e a alimentação.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

12

Apesar do crescimento da cultura em relação à sua produção (IBGE, 2009),

poucos foram os trabalhos de pesquisa encontrados na literatura, relacionados à

adubação orgânica em nível de esterco bovino e ovino, sobretudo na Região Nordeste.

Ante a carência de resultados de pesquisa com a cultura do sorgo em relação à

adubação orgânica, a presente monografia propôs estudar o desenvolvimento inicial do

sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L.) Moench) submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica.

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

13

2 - REVISÃO DE LITERATURA

2.1) A cultura do sorgo

2.1.1) Aspectos gerais

A cultura do Sorgo (Sorghum bicolor (L) Moench) teve sua origem dada

provavelmente em duas regiões distintas: África e Índia, tendo sua domesticação

iniciada por volta de 3000 a.C., no Egito antigo a partir da Etiópia, junto com outros

tipos de cereais. A introdução da planta nas Américas ocorreu no sudoeste dos Estados

Unidos, em meados do século XIX. Por volta dos anos 60, com o aparecimento do

sorgo híbrido, tornou-se um sucesso em diversos países como a Argentina, México,

Austrália, China, Colômbia, Venezuela, Nigéria e Sudão. No Brasil, o sorgo

provavelmente teve sua introdução na região Nordeste, através dos escravos africanos e

uma re-introdução de uma forma mais ordenada através de unidades de pesquisas e

universidades (EMBRAPA, 2008).

Com relação à natureza e a forma de utilização, existem basicamente quatro

tipos de sorgo, demonstrados na Tabela 1 (TABOSA et al, 1999). Suas diferenças serão

refletidas na posição entre colmos, folhas e panículas, e consequentemente, diferentes

produções de matéria seca, composição bromatológica e valor nutritivo (LEITE, 2006).

A área plantada com sorgo no país, em 1990 era de 140.132 ha com uma

produção de 236.250 t, tendo um aumento significativo em 2008 para 844.662 ha e

2.004.005 t. Na Região Nordeste, durante o mesmo período a área plantada aumentou

de 18.393 ha para 93.120 ha, comprovando o interesse dos produtores locais pela

cultura (IBGE, 2009).

Mendes (1986) cita que, uma das justificativas para o seu crescimento é o fato

do sorgo surgir como uma cultura alternativa para esta região, já que oferece um menor

risco na perda da safra e possibilidade de produção de forragem onde as condições de

solo e escassez de água limitam a produção da maioria das forrageiras.

Comparado ao milho, o sorgo possui um sistema radicular mais desenvolvido,

com maior profundidade e volume do solo. A adubação mesmo em condições de déficit

hídrico estimula mais ainda o crescimento das raízes (TABOSA et al., 1987), fazendo

com que o sorgo possua uma preferência sobre o milho, já que o mesmo possui

características fisiológicas que permitem estacionar o crescimento ou diminuir as

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

14

atividades metabólicas durante o estresse hídrico e reiniciar o crescimento quando a

água se torna disponível (MASOJIDEK et al., 1991).

Tabela 1. Diferentes tipos de sorgo quanto à forma de produção.

Tipos de sorgo Produto Utilização

Granífero Grão Substituto do milho na

alimentação animal – rações

balanceadas (bovinos, suínos

e aves).

Alimentação humana - uso da

farinha na industrialização de

produtos.

Amido, cera, cerveja, óleo,

etc.

Forrageiro Biomassa Corte, silagem e feno

Vassoura Panícula Vassouras, escovas e

Ornamentação.

Sacarino Colmo Glicose, frutose, sacarose e

álcool

Fonte: Adaptado de TABOSA, J. N. et al, 1999.

2.1.2)Crescimento e Desenvolvimento vegetativo da planta

De acordo com Larcher (2004), desenvolvimento é o termo usado para

descrever as mudanças na estrutura, nas funções das plantas e em suas partes durante a

gênese, o crescimento, maturação e o declínio de um indivíduo e na sucessão de

garações. O desenvolvimento vegetal envolve a multiplicação celular (crescimento por

meio de divisões), aumento em volume (crescimento em três planos do espaço) e

diferenciação de órgãos e tecidos.

Para Taiz & Zeiger (2004), o crescimento vegetal em plantas é definido como

um aumento irreversível de volume, com seu maior componente sendo a expansão

celular, podendo esse definir o processo de medição do crescimento de plantas

(organismos unicelulares) ou ocorrer o processo enganoso de medição (organismos

multicelulares), já que nestes podem ocorrer o processo de divisão sem aumentar o seu

volume celular.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

15

O sorgo é uma planta C4, de dia curto e com altas taxas fotossintéticas. A

maioria dos materiais genéticos do sorgo requerer temperaturas superiores a 21° C para

um bom crescimento e desenvolvimento (PAUL, 1990). Devido a sua tolerância ao

déficit hídrico e ao excesso de umidade, a cultura pode ser cultivada em uma ampla

faixa de condições de solo (DOGGET, 1970).

A característica fenotípica do sorgo é bastante parecida com o milho,

distinguindo-se deste pela presença das margens dentadas na folha. De cada nó nasce

uma folha, que se apresenta com as lâminas ásperas e cerosas na superfície. Os perfilhos

são originados dos nós da parte inferior do caule. O início da floração ocorre de 30 a 40

dias após a germinação. Sua inflorescência é uma panícula ereta, situada na parte apical

da planta, podendo produzir até duas mil sementes. A germinação das sementes de

sorgo ocorre de quatro a cinco dias após a semeadura (LEITE, 2006).

Seu ciclo vegetativo compreende, dependendo da cultivar, entre 90 e 120 dias,

para sorgo forrageiro (CRUZ et al., 2001) e, de acordo com Paul (1990), o período de

desenvolvimento consiste em três fases distintas, iniciando pela etapa de crescimento 1

– EC1, ou fase vegetativa, compreende do plantio até a iniciação da panícula, sendo

muito importante a rapidez de germinação, emergência e estabelecimento da plântula. A

etapa de crescimento 2 – EC2, também denominada de fase reprodutiva, compreende a

iniciação da panícula até o florescimento. A última fase, também descrita como etapa de

crescimento 3 – EC3, ou período de enchimento do grão, é a parte final do período de

desenvolvimento, que vai da floração à maturação fisiológica.

2.1.3) Parte Aérea

A altura da planta é controlada por quatro pares de gens (dw1, dw2, dw3 e

dw4), podendo seu porte variar entre 40 cm e 4m atuando de maneira diferente, sem

prejudicar o número de folhas e a duração do período de crescimento (CRUZ et al.,

2001).

Cruz et al. (2001) citam ainda que, a taxa de produção de matéria seca no sorgo

é fortemente afetada pela área foliar no primeiro estádio de crescimento (germinação a

iniciação da panícula). A área foliar final é determinada pelas taxas de produção e

duração da expansão, pelo número de folhas produzidas e a taxa de senescência, os

quais são fatores bastante afetados pelo ambiente.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

16

Quanto ao número de folhas, seu número total varia de 7 a 30 folhas, com

comprimento podendo chegar a mais de 1 metro, enquanto que a largura varia de 0,5 a

15 cm. Os fatores que determinam o número de folhas no sorgo são a cultivar,

fotoperíodo e temperatura (DOGGET, 1970).

A diferenciação entre uma folha e a próxima no meristema, leva em torno de

três a seis dias, com expansão foliar podendo continuar mesmo durante o

desenvolvimento da panícula, podendo gerar uma competição entre fotoassimilados

disponíveis. O embrião maduro já possui seis a sete primórdios foliares. Interessante

observar que a epiderme superior possui um conjunto de células especializadas, que

permitem à folha enrolar-se em condições de estresse hídrico, constituindo, assim, uma

defesa da planta (CRUZ et al., 2001).

Existem diferenças consideráveis das taxas diurnas de crescimento das folhas

de sorgo, provavelmente como reflexo das diferenças ambientais, podendo ocorrer uma

taxa de crescimento relativo em torno de 70% por dia. As folhas mais velhas mostram

taxas de fotossíntese e de crescimento mais baixas, devido a mudanças causadas pela

senescência. A qualidade e a quantidade de luz também são importantes para a expansão

foliar, onde, folhas que crescem em altas intensidades de luz, têm freqüentemente um

maior número de células que aquelas que crescem em intensidade de luz mais baixa

(CRUZ et al., 2001).

Leite (2006) cita que o ponto de crescimento de plantas com estádio de três

folhas completamente desenvolvidas, que ocorre usualmente por volta de 10 dias após a

emergência, possui o seu crescimento ainda abaixo da superfície do solo, sendo

semelhante três semanas após a emergência, quando a planta possui o estádio de cinco

folhas completamente desenvolvidas. A perda das folhas nesse estádio não matará a

planta, sendo o crescimento mais vigoroso que no estádio anterior.

Com cerca de 30 dias após a emergência ocorre a diferenciação do ponto de

crescimento. O número total de folhas nesse estádio já foi determinado e o tamanho

potencial da panícula será brevemente determinado, apresentando cerca de 1/3 da área

total foliar totalmente desenvolvida. Neste estádio a planta se encontra com 7 a 10

folhas, dependendo do seu ciclo, sendo que de uma a três folhas baixeiras já foram

perdidas. O crescimento do colmo aumenta rapidamente, com uma rápida absorção de

nutrientes. O tempo compreendido entre o plantio até a diferenciação do ponto de

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

17

crescimento geralmente é cerca de 1/3 do tempo compreendido entre a semeadura e a

maturidade fisiológica (CRUZ et al, 2001).

2.1.4) Variedade IPA 467

Esta variedade foi obtida pelo programa de melhoramento de sorgo do IPA, a

partir do cruzamento da variedade Sacarina IPA 7301218 com materiais sacarinos

tradicionais. Consiste em um material de elevado potencial produtivo de matéria seca,

sendo recomendado para microrregiões do Agreste e Sertão de Pernambuco, Alagoas e

demais Estados da Região Nordeste. Constitui-se na variedade de sorgo forrageiro do

IPA mais difundida e comercializada na região, apresentando-se como opção alternativa

e estratégica devido às condições xerofílicas, potencial adaptativo e pelo uso

multivariado para a produção de forragem, no tocante à silagem e corte.

Possui uma altura média variando de 250 a 350 cm, com resistência ao

tombamento elevado. Seu florescimento ocorre aos 95 dias após o plantio, com ciclo

total de 120 – 130 dias. Com uma grande eficiência do uso da água, chega a uma

produção de matéria verde de 30 a 60 t/ha e uma produção de matéria seca entre 10 e 15

t/ha.Sua capacidade de rebrota é bastante elevada, com aptidão para silagem e forragem

verde. A natureza do seu colmo é em forma suculenta/sacarina, possuindo um Brix em

torno de 15 a 20% (IPA, 2000).

2.2)Adubação Orgânica

A matéria orgânica é uma das substâncias mais complexas que existem na

natureza, sendo formada por resíduos vegetais, animais e microorganismos, exercendo

funções importantes nos diversos atributos do solo (PAVAN & CHAVES, 1998). Sua

decomposição nos solos de climas tropicais ou subtropicais ocorre rapidamente, sendo

que uma redução expressiva no seu teor afetará negativamente as funções química,

física e biológica do solo, resultando na diminuição da produtividade das culturas

(MALAVOLTA et al., 2002).

Os solos das regiões áridas e semi-áridas apresentam geralmente baixos teores

de matéria orgânica, sendo a produtividade dependente dos níveis de fertilidade natural

e da possibilidade de mantê-los através da ciclagem de nutrientes (SAMPAIO et al.,

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

18

1995), sendo indispensável a incorporação de estercos, compostos orgânicos e adubos

verdes.

As formas para adicionar matéria orgânica aos ambientes degradados podem

ser bastante variáveis, indo desde a aplicação de serrapilheira da própria vegetação,

passando por compostos orgânicos. Dentre os compostos orgânicos, os estercos animais

são os mais importantes, devido à sua composição, disponibilidade e benefícios de

aplicação (MAIA, 2002).

Para Hoffman et al. (2001), os benefícios no uso de estercos animais podem

promover alguns fatores, como: melhorias nas propriedades físicas do solo e no

fornecimento de nutrientes; aumento no teor de matéria orgânica, melhorando a

infiltração da água como também aumentando a capacidade de troca de cátions. O

aumento do teor de matéria orgânica causa, entre outros efeitos, o aumento do pH, da

saturação por bases, e a precipitação do alumínio para camadas mais profundas do solo.

Tais benefícios são citados por Holanda (1990), onde a adubação orgânica

melhora a aeração do solo, aumentando a permeabilidade, estabilidade de agregados e a

capacidade de retenção de água, diminuindo a compactacão do solo.

Os estercos animais são os mais importantes adubos orgânicos, devido

principalmente a sua composição, disponibilidade relativa e benefícios da aplicação.

Sua qualidade varia com o tipo de animal e principalmente com o regime alimentar do

mesmo (VITTI et al., 1995).

Holanda (1990) cita que a composição dos estercos é variável por vários

fatores, podendo depender da espécie animal, raça, idade, alimentação, material

utilizado como cama, dentre outros. Os animais alimentados à base de concentrados,

como frangos em aviários ou bois confinados, excretam estercos de melhor qualidade,

possuindo em qualidade, três vezes mais nutrientes que os animais criados em regime

extensivo.

O esterco, através do comportamento dos seus componentes, adquire

propriedades específicas de alto valor agrícola. Agrônomos europeus comprovaram que

os produtos de culturas adubadas com esterco de curral são mais sadios que as adubadas

com sais minerais exclusivamente (HENRIQUES, 1997).

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

19

2.2.1)Esterco bovino

Atualmente o esterco bovino, assim como outras fontes de matéria orgânica,

vem sendo utilizado pelos seus inúmeros benefícios ao solo, influenciando direta ou

indiretamente as suas propriedades físicas, químicas e biológicas (STEVENSON,

1994).

O esterco bovino aumenta a capacidade de troca catiônica, capacidade de

retenção de água, porosidade e agregação do substrato. Sua eficiência depende do grau

de decomposição, origem do material, teores de elementos essenciais às plantas e da

dosagem empregada (SILVA et al., 2005).

Coelho (1973) afirma que a produção média de esterco é de 7 kg para cada 100

kg de peso vivo do gado. Sendo assim, a quantidade média de esterco anualmente

produzida por uma vaca com 400 kg é de 11.400 kg. A porcentagem da composição dos

excrementos sólidos produzidos por uma vaca é igual a 83,2% de água, 14% de matéria

orgânica, 0,3% de nitrogênio, 0,17% de fósforo, 0,1% de cálcio. Com 50% de umidade,

a relação Carbono/Nitrogênio média do esterco é de aproximadamente 12.

Porém, Souza & Rezende (2003) apontam que a composição do esterco bovino

depende da alimentação dos animais. Quando realizada exclusivamente a pasto, o

conteúdo de nitrogênio do esterco é menor do que naquela onde ocorre a suplementação

com concentrados, mostrando referência média do total ingerido com cerca de 70% do

conteúdo excretado pela urina e 10 a 15% pelas fezes. Esterco oriundo de pastos pode

ser usado cru, curtido ou em forma de comporto.

2.2.2)Esterco ovino

O esterco ovino é um produto valioso e a sua utilização prevê tanto a

possibilidade de recuperação de terrenos degradados, como é uma importante

alternativa de fonte de renda para os produtores (ALVES & PINHEIRO, 2009).

De acordo com os autores, alguns estudos examinaram o potencial de utilização

do esterco de ovinos e todos ressaltam o seu valor, tendo em vista as comparações feitas

com o esterco de bovinos, entretanto, poucos dados existem na literatura quanto ao seu

uso. O esterco ovino é valioso na adubação dos terrenos argilosos, duros e frios, nas

areias do litoral, para lavouras de cana-de-açúcar e hortaliças, sendo desaconselhável

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

20

para as plantas cerealíferas, pois faz desenvolver demasiadamente a parte foliácea da

planta.

Alves e Pinheiro (2003) citam ainda que os ovinos são animais versáteis,

ocupando menos espaço que os bovinos e oferecendo carne, leite e lã. Com o aumento

do seu rebanho, haverá mais esterco, o qual pode ser uma importante fonte de renda

para os criadores, pois substitui outros adubos orgânicos de origem animal.

Henriques (1997) cita que os excrementos dos ovinos são mais sólidos que os

dos bovinos, permitindo uma melhor aeração e por essa razão fermentam rapidamente

podendo ser aproveitados na agricultura após um menor período de “curtição”.

Os efeitos indiretos da ação do esterco se dão em vista do seu alto teor em

matéria orgânica. O esterco ovino leva húmus para o terreno e reintegra ao solo esse

constituinte, reorganizando a estrutura do mesmo.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

21

3 - MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Unidade Acadêmica

Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, das seguintes

coordenadas: latitude sul 9°28’02” e longitude oeste 35°49’65”, no período de março a

abril de 2010.

O experimento obedeceu ao Delineamento Inteiramente Casualizado, em

esquema fatorial 5x2, sendo duas fontes de adubo orgânico em forma de esterco (bovino

e ovino) e cinco doses de cada fonte de esterco (zero; 5; 10; 15; 20 t ha-1

, equivalente a

zero; 12,5; 25; 37,5; 50 g por vaso), com quatro repetições.

O solo utilizado foi classificado de acordo com o Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006), como Argissolo Vermelho Eutrófico. O

mesmo foi retirado da Unidade Experimental da Secretaria do Estado de Alagoas,

localizado na Região de Santana do Ipanema (latitude sul 9º22’40” e longitude oeste

37º14’42”), Semi-Árido do estado de Alagoas, coletado à profundidade de 0-20 cm,

possuindo seus dados de acordo com a Tabela 2, não sendo necessária a correção do

solo. Após a secagem do solo, ocorreu o acondicionamento do mesmo em vasos com

capacidade de 10 kg, adubando devidamente com os tipos de adubo orgânico.

Tabela 2. Atributos químicos do solo

pH P K Na Ca+Mg Ca Mg Al H+Al S T V m

H2O --- mg dm-3

--- -------------------- cmolc dm-3

--------------------- ----- % -----

5,82 10,91 130 14 5,1 4,0 1,1 0,05 3,47 5,49 8,96 61,32 0,55

Os estercos utilizados para adubo orgânico foram coletados em uma

propriedade particular, localizada em Major Izidoro (latitude sul 9º31’57” e longitude

oeste 36º59’36”), região da Bacia Leiteira de Alagoas, onde realizou-se uma análise

química de ambos, demonstrados na Tabela 3.

Os estercos orgânicos foram aplicados nos vasos e misturados ao solo, onde,

logo após, foram semeadas, por vaso, oito sementes de Sorgo forrageiro (Sorghum

bicolor (L.) Moench), da variedade IPA 467 e feito o desbaste dez dias após o plantio,

deixando três plantas por vaso. Para um melhor estabelecimento da cultura, todos os

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

22

vasos foram condicionados a uma lâmina próxima à capacidade de campo do vaso, para

evitar estresse hídrico.

Tabela 3. Atributos químicos do adubo orgânico

Esterco Bovino Esterco Ovino

Nitrogênio Total (%)

Fósforo (%)

Potássio (%)

Cálcio (%)

Magnésio (%)

Matéria Orgânica Total (%)

Umidade 100-105 (%)

Ferro (%)

Cobre (%)

Zinco (%)

Manganês (%)

0,32

0,14

0,23

0,31

0,17

31,22

2,78

0,20

0,17

<0,01

0,01

2,21

0,46

1,91

2,51

0,63

67,68

9,05

0,25

0,63

<0,01

0,02

Aos 42 dias após a semeadura ocorreu a avaliação das características

morfométricas da cultura, onde foram destacadas as seguintes variáveis: altura de

plantas, comprimento e largura da folha, número de folhas por planta e diâmetro do

colmo.

A altura de plantas foi obtida através da medição a partir do nível do solo até a

folha +1, com auxílio de uma trena milimetrada. Para o comprimento e largura da folha

utilizou-se de uma trena milimetrada, medindo-os através da folha +3 (definida como a

3ª folha completamente expandida). O número de folhas foi determinado pela contagem

de todas as folhas verdes. Para a avaliação do diâmetro do colmo foi utilizado o

paquímetro, com medição a 10 cm do solo.

Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão e as médias

comparadas pelo teste SNK a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa SAS

(SAS, 1999).

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

23

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se através da análise de variância, que houve efeito significativo para

as variáveis, altura de plantas, comprimento da folha, largura da folha e diâmetro do

colmo, submetido a diferentes tipos e doses de adubo orgânico. Para o número de

folhas, não ocorreu nível de significância. Resultado semelhante foi evidenciado por

Valentini et al (2003), trabalhando com adubação orgânica em milho verde, observaram

o efeito significativo do esterco bovino sobre a altura de plantas, peso e diâmetro das

espigas.

Com relação à altura de plantas (Figura 1), os dados indicam que as doses de

10 e 20 toneladas por hectare de esterco (t ha-1

) apresentaram melhores resultados,

diferindo estatisticamente das demais, proporcionando um melhor crescimento da

planta, enquanto que a dose contendo 15 t ha-1

de esterco bovino apresentou menor

valor, mostrando-se semelhante aos demais e diferindo aos tratamentos que mostraram

melhores resultados. Os resultados encontrados diferiram dos estudados por Freitas &

Souza (2009), onde verificaram que a dose menos correspondente ao crescimento de

plântulas de sorgo foi a testemunha, onde não foi aplicado esterco bovino ao solo.

Figura 1. Altura da planta de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a

diferentes tipos e doses de adubação orgânica

Observou-se, para a variável altura, que a equação de regressão que melhor se

ajustou ao modelo matemático foi do tipo quadrática, com coeficiente de determinação

(R²) igual a 0,6673. Verificou-se um pequeno decréscimo iniciado na dose

correspondente a 10 t ha-1

para o último tratamento, possuindo um ponto máximo de

0 5 10 15 20

bovino 109,95 110,6 107,97 95,12 112,81

ovino 106,08 103,79 121,94 118,21 119,45

ab ab abb

abab ab

a ab a

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

Alt

ura

da

pla

nta

(cm

)

t ha-1 de esterco

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

24

eficiência com 19,74 t ha-1

, sendo tal valor obtido pela derivada primeira da equação

zero (Figura 2).

Figura 2. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para a altura de

planta do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica.

Em relação ao comprimento das folhas analisadas, houve diferença estatística,

onde a aplicação de 10 t ha-1

de esterco ovino resultou em melhores médias, sendo

semelhante às outras médias diferindo estatisticamente da dose correspondente a 15 t ha-

1 de esterco bovino, no qual foi a dose que menor demonstrou correlação estatística,

sendo semelhante às demais (Figura 3).

Figura 3. Comprimento da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467,

submetido a diferentes tipos e doses de adubação orgânica.

y = -0,0423x2 + 1,6701x + 103,54R² = 0,6673

100,00

105,00

110,00

115,00

120,00

125,00

0 5 10 15 20 25

Alt

ura

de

pla

nta

s (c

m)

t ha-1 de esterco

ovino

0 5 10 15 20

bovino 77,60 75,59 77,2 66,66 74,6

ovino 76,13 71,9 83,46 79,59 81,85

ab abab

babab ab

a ab ab

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,0090,00

Co

mp

rim

ento

de

folh

as (

cm)

t ha-1 de esterco

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

25

Para a mesma variável, não ocorreu resposta significativa em relação à

regressão, quanto à aplicação de esterco bovino. Para o esterco ovino, foi observada

uma resposta linear, determinando um crescimento de 3,99 cm com o incremento de 10

t ha-1

de esterco ovino, não sendo possível obter o ponto máximo de resposta (Figura 4).

Figura 4. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para

comprimento da folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes

tipos e doses de adubação orgânica.

No que se refere à variável largura de folhas ocorreu diferenciação estatística

em relação à aplicação de 20 t ha-1

de esterco ovino, que proporcionou os resultados

mais satisfatórios. A dose que menor correspondeu à adição de adubo orgânico ao solo

foi o tratamento contendo 15 t ha-1

de esterco bovino, diferindo à dose que mostrou

melhor resultado, sendo semelhante às demais (Figura 5).

Figura 5. Largura da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido

a diferentes tipos e doses de adubação orgânica.

y = 0,3988x + 74,436R² = 0,4078

70

72

74

76

78

80

82

84

86

0 5 10 15 20 25

Co

mp

rim

en

to d

e f

olh

as (

cm)

t ha-1 de esterco

ovino

0 5 10 15 20

bovino 2,78 2,86 3,03 2,61 3,3

ovino 2,71 2,76 3,49 2,91 3,57

ab abab

b

ab

ab ab

ab

ab

a

0,000,501,001,502,002,503,003,504,00

Larg

ura

de

folh

as (c

m)

t ha-1 de esterco

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

26

Contrapondo-se a estes resultados, Oliveira et al. (2009), verificaram em seu

trabalho com fontes de estercos bovino e ovino na cultura do mamoneiro, que doses de

esterco bovino foram satisfatórios às características estudadas, ao contrário do esterco

ovino, mostrando-se menos satisfatório para a cultura.

Observou-se, ainda para a largura de folhas, a não ocorrência estatística em

relação à regressão ao nível da aplicação do esterco bovino. A adição do esterco ovino

provocou um crescimento em largura das folhas, na ordem de 0,73 cm para cada 10

toneladas aplicadas ao solo, observando-se uma resposta linear estudadas, sendo

observada uma resposta linear em sua regressão (Figura 6).

Figura 6. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para largura da

folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de

adubação orgânica.

Oliveira et. al. (2006) determinaram que o conhecimento sobre o comprimento

e largura da folha é de grande importância, uma vez que existe uma estreita relação

entre essas variáveis e a atividade fotossintética e consequentemente, maior

desenvolvimento das plantas.

Em relação ao diâmetro do colmo ocorreram diferenças estatísticas, com

valores satisfatórios voltados para a aplicação de esterco ovino ao nível de 20 t ha-1

,

mostrando-se semelhantes aos demais resultados, mostrando um maior crescimento em

espessura do colmo, deferindo estatisticamente à testemunha, que resultou em menores

efeitos em relação ao desenvolvimento do colmo, sendo semelhante entre si com os

demais tratamentos (Figura 7).

y = 0,0374x + 2,714R² = 0,5172

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

0 5 10 15 20 25

Larg

ura

de

folh

as (c

m)

t ha-1 de esterco

ovino

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

27

Figura 7. Diâmetro de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a

diferentes tipos e doses de adubação orgânica.

Resultados semelhantes foram encontrados por Oliveira et al. (2009), onde o

tratamento referente à testemunha obteve os resultados menos satisfatórios em relação

ao diâmetro do caule em mamoneira.

Para esta variável foi observada a ocorrência de regressão nos dois tipos de

aplicação de adubo orgânico, com resposta linear em ambos, determinando um

desenvolvimento em espessura do diâmetro, não podendo ser determinado o seu ponto

máximo de eficiência (Figura 8).

Figura 8. Gráfico de regressão na aplicação de esterco bovino e ovino para o

diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos

e doses de adubação orgânica.

0 5 10 15 20

bovino 0,85 0,93 0,94 0,98 1

ovino 0,87 0,93 1,11 1,07 1,23

d bcd bcd bcd bcdcd bcd

ab bca

0,000,200,400,600,801,001,201,40

Diâ

me

tro

do

co

lmo

(cm

)

t ha-1 de esterco

y = 0,018x + 0,858R² = 0,8992

0,00

0,50

1,00

1,50

0 5 10 15 20 25

Diâ

met

ro d

o c

olm

o (

cm)

t ha-1 de esterco

bovino

y = 0,0172x + 0,87R² = 0,8924

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

0 5 10 15 20 25

Diâ

met

ro d

o c

olm

o (

cm)

t ha-1 de esterco

ovino

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

28

Tais resultados refutam aos obtidos por Oliveira et. al. (2009), onde observam

uma regressão do tipo quadrática em plantas de mamoneira. Tal fato pode ser explicado

devido à existência de diferenças entre as doses aplicadas pelo autor e as relacionadas

ao experimento, mostrando-se este em menores níveis aplicados ao solo, ocasionando

em respostas lineares na regressão.

Quanto ao número de folhas, mesmo não ocorrendo diferenças estatísticas,

manteve-se constante a sua quantidade em todos os tratamentos estudados, com média

próxima a cinco folhas por planta. Tais resultados diferem dos de Dogget (1990), onde

cita que o número total de folhas por planta pode variar de 7 a 30. As médias de folhas

obtidas durante o experimento podem ser consideradas o número final de folhas para a

planta, já que, de acordo com Cruz et. al. (2001), após 30 dias após a emergência de

plântulas, o número total de folhas já está determinado. Sobre o mesmo não houve

diferenciação estatística referente às equações de regressão, em ambos os adubos

estudados.

A provável diferença encontrada entre os tipos de adubos orgânicos estudados

pode ser explicada pela análise química dos estercos utilizados (Tabela 3), onde o seu

resultado determina uma melhor qualidade do esterco ovino em relação ao bovino,

principalmente no que se refere aos teores de nitrogênio, sendo encontrado em

proporções 6,9 vezes maior no esterco ovino e, de acordo com Lavares Júnior (2001), o

nitrogênio é considerado um dos principais nutrientes que causam impacto no

desenvolvimento e produção de plantas forrageiras.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

29

5 - CONCLUSÕES

A cultura do sorgo respondeu satisfatoriamente à aplicação de esterco ovino,

destacando-se a aplicação das doses de 10 t ha-1

e 20 t ha-1

como as que responderam

com uma melhor eficiência.

A aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram em médias semelhantes,

mostrando que a aplicação ou não do mesmo implica em resultados semelhantes

Existe a necessidade de estudos voltados para a cultura do sorgo forrageiro,

juntamente com adubação orgânica em nível de estercos.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

30

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Francisco Selmo Fernandes; PINHEIRO, Raymundo Rizaldo. Esterco bovino

e caprino como fonte de renda, EMBRAPA caprinos e ovinos, 2009. Disponível em

<http://www.cnpc.embrapa.br/artigo1.htm>. Acesso em: 27 jul. 2009.

BRUMMER, E. C.; Diversity stability and sustainable American agriculture,

Agronomy Journal, v. 90, n. 1, p. 1-2, 1998.

COELHO, F. S.; VERLENGIA, F. Fertilidade do solo. 2º ed. Campinas, Instituto

Campineiro de Ensino Agrícola, 1973. 384p.

CRUZ, J. C.; PEREIRA FILHO, I. A.; RODRIGUES, J. A. S. et al. Produção e

utilização de silagem de milho e sorgo. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2001.

544p.

DOGGET, H. Physiology and agronomy. Sorghum. London: Longmans, 1970. P. 180

– 211.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de

classificação de solos / [editores técnicos, Humberto Gonçalves dos Santos... et al.] –

2.ed. – Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2006. 306 p.

EMBRAPA. Sistemas de produção. Cultivo do sorgo, 2008. Disponível em

<http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/sorgo/.htm>. Acesso em: 24 de fev. 2010.

FERNANDES, V. L. B.; NUNES, L. A. P.; FILHO, M. M.; et al. Absorção e utilização

de nitrogênio em planta de sorgo cultivado em solução nutritiva. Ciên. Agronômica.

Fortaleza. 22 (1/2): pág. 89-96 - Junho/Dezembro. 1991.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

31

FREITAS, G. A. de; SOUZA, C. R. Desenvolvimento de plântulas de sorgo cultivadas

sob elevadas concentrações de adubação orgânica no sulco de plantio. Rev. Bras. De

Agroecologia, p 714 – 717. Nov. 2009.

HENRIQUES, R. C. Análise da fixação de nitrogênio por bactérias do gênero

Rhizobium em diferentes concentrações de fósforo e matéria orgânica na cultura

do feijão (Phaseolus vulgaris) em Regossolo. 1997. 29f. Monografia (Graduação em

Agronomia) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia.

HOFFMANN, I.; GERLING, D.; KYIOGWOM, U.B. & MANÉ-BIELFELDT, A.

Farmers management strategies to maintain soil fertility in a remote area in northwest

Nigeria. Agriculture, Ecosystems & Environment., v.86, n.3, p.263-275, 2001.

HOLANDA, J. S. de. Esterco de curral: composição, preservação e adubação. Natal:

EMPARN, n. 17, p. 69, 1990.

IBGE – FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICAS. Sistema IBGE de Recuperação Automática, 2009. Disponível em

<http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em: 24 de fev. 2010.

IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco. IPA 467 (Seleção 2000) – Sorgo sacarino

de elevada produção de biomassa para corte e silagem. Folder. Recife, Governo de

Pernambuco, 2000.

LARCHER, Walter. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos, RiMa, 2000, 2004. Cap.5,

p.295.

LAVARES JUNIOR, José. Combinações de doses de nitrogênio e potássio para o

capim-mombaça. 2001. 103p. Dissertação Mestrado – Escola Superior Luiz de

Queiroz, Piracicaba, 2001.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

32

LEITE, Mauricio Luiz de Mello Vieira. Crescimento vegetativo do sorgo sudão

(Sorghum sudanense (piper) stapf), em função da disponibilidade de água e fontes

de fósforo. 2006. 85f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal da

Paraíba, Areia, 2006.

MAIA, E. L. Decomposição de estercos em Luvissolo no semi-árido da Paraíba.

2002. 35f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Centro de Saúde e

Tecnologia Rural, Universidade Federal da Paraíba, Patos.

MALAVOLTA, E.; PIMENTEL-GOMES, F.; ALCARDE, J.C. Adubos e adubações.

São Paulo: Nobel, 200 p. 2002.

MASOJIDEK, J.; TRIVEDI, S.; HAWSHAW, L. et al. The synergetic of drought and

light stress in sorghum and pearl millet. Plant Physiology, v 96, p. 198 – 207, 1991.

MENDES, Benedito Vasconcelos. Alternativas para a agropecuária do Semi–Árido.

2 ed. São Paulo: Nobel, 1986. 171 p.

NEVES, M.C.P.; RIBEIRO, R de L.D.; PEIXOTO, R. dos G.T. Riscos associados ao

uso de fertilizantes. In: Elementos de apoio para as boas práticas agrícolas e o sistema

APPCC. Brasília: Campo PAS, p.87-97. 2004.

OLIVEIRA, F. A.; OLIVEIRA FILHO, A. F. de; MEDEIROS, J. F. de; ALMEIDA JR.,

A. B. de; LINHARES, P. C.. Desenvolvimento inicial da mamoneira sob diferentes

fontes e doses de matéria orgânica. Revista Caatinga. UFERSA, v. 22, n.1, p. 206-211,

janeiro/março de 2009.

OLIVEIRA, M.K.T.; OLIVEIRA, F.A., MEDEIROS, J.F.; LIMA, C.J.G.S.;

GUIMARÃES, Efeito de diferentes teores de esterco bovino e níveis de salinidade no

crescimento inicial da mamoneira (Ricinus communis L.). Revista Verde de

Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v.1, n.1, p. 68-74, 2006.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

33

PAUL, C. L. Agronomía del sorgo. Aspectos fisiológicos del crecimiento y desarrollo

del sorgo. Patancheru: ICRISAT, 1990. p. 43-68.

PAVAN, M. A. & CHAVES, J. C. D. A importância da matéria orgânica nos

sistemas agrícolas. Londrina: IAPAR, p. 35, 1998. (Circular, 98).

SAMPAIO, E. V. S. B.; SALCEDO, J. H.; SILVA, F. B. R. Fertilidade de Solos do

Semi - Árido do Nordeste. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO

SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1995, Petrolina. Anais... Petrolina: SBCS,

1995. p. 51 – 71.

SAS. SAS Software. Version 9.1. Cary, North Carolina: SAS Institute Inc., 1999.

SILVA, J. Características do milho e do solo em função de doses de esterco bovino.

2000. 83f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura de

Mossoró, Mossoró, 2000.

SILVA, MELCHIOR N. B. DA; BELTRÃO, NAPOLEÃO E. DE M.; CARDOSO,

GLEIBSON D. Adubação do algodão colorido BRS 200 em sistema orgânico no Seridó

Paraibano. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola Ambiental, Jun 2005, vol.9, nº

2, p 222-228. ISSN 1415-4366.

SOUZA, J. L. DE; RESENDE, P. Manual de Horticultura Orgânica. Viçosa:

Aprenda Fácil, 2003. 564p.: II. ISBN; 85-88216-38-8.

STEVENSON, F. J. Humus chemistry genesis, composition, reactions. New York,

John Wiley, 496p, 1994.

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

34

TABOSA, J. N.; LIMA, G. S. de; LIRA, M. A.; TAVARES FILHO, J. J.; BRITO, A. R.

M; Programa de Melhoramento de Sorgo e Milheto em Pernambuco. In:

EMBRAPA. Recursos genéticos e Melhoramento de plantas para o Nordeste brasileiro.

1 ed. Brasília – DF: EMBRAPA, 1999, v. 1.

TABOSA, J. N.; TAVARES FILHO, J. J; ARAÚJO, M. R. A. de; Water use efficience

in sorghum and cultivars under field conditions. Sorghum Newsletter, v 30 p. 91 -92,

1987.

TAIZ, Lincon & ZEIGER, Eduardo. Fisiologia Vegetal. 3 ed. Porto Alegre: Artmed,

2004. 719 p.

VALENTINI, L.; FERREIRA, J. M.; SHIMOYA, A. COSTA, C. C. S.. Adubação

orgânica em milho verde no norte fluminense. Anais... Uberlândia: ABH, 2003.

Disponível em <http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/>, acessado em 26 de maio

de 2010.

VITTI, G. C et al. Fertirrigação: Condições e Manejo. In: REUNIÃO BRASILEIRA

DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1995, Petrolina.

Anais... Petrolina: SBCS, 1995. p. 195-271.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

35

APÊNDICE

Apêndice 1. Análise de Variância para a altura de plantas, comprimento da folha,

largura da folha, número de folhas e diâmetro do colmo de plantas de sorgo forrageiro,

variedade IPA 467, submetidas e diferentes tipos e doses de adubação orgânica.

Fonte de Variação GL SQ QM F

------------Altura de plantas (cm)------------

Tratamento 9 2334,3048 259,367 2,52*

Resíduo 30 3091,6311 103,054

Total 39 5425,9359

---------Comprimento da folha (cm)---------

Tratamento 9 875,339 97,259 2,34*

Resíduo 30 1247,302 41,576

Total 39 2122,641

-------------Largura da folha (cm)-------------

Tratamento 9 4,051 0,450 3,11**

Resíduo 30 4,348 0,144

Total 39 8,400

---------------Número de folhas---------------

Tratamento 9 3,293 0,365 2,03ns

Resíduo 30 5,420 0,180

Total 39 8,713

-----------Diâmetro do colmo (cm)-----------

Tratamento 9 0,477 0,053 6,51**

Resíduo 30 0,244 0,008

Total 39 0,721

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UNIDADE … · procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de ... aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram

36

A

pên

dic

e 2.

Méd

ias

das

var

iávei

s es

tudad

as

e eq

uaç

ões

de

regre

ssão

de

sorg

o fo

rrag

eiro

, var

iedad

e IP

A 467,

subm

etid

o a

dif

eren

tes

tipos

e dose

s de

adubo

org

ânic

o.

Est

erco

Ovin

o

Y=

-0,0

423x²+

1,6

701x+

103,5

4**

Y=

0,3

988x+

74,4

3*

Y=

0,0

374x+

2,7

1**

Y=

5,6

0n

s

Y=

0,0

172x+

0,8

7**

Leg

enda:

A

LT

=

A

ltura

de

pla

nta

s;

CO

MP

=

Com

pri

men

to d

a fo

lha

+3;

LA

RG

= L

argura

da

folh

a +

3;

NF

=

N

úm

ero de

folh

as;

DIA

=

D

iâm

etro

do co

lmo;

CV

% =

Coef

icie

nte

de

Var

iaçã

o;

* =

P<

(0,0

5);

** =

P<

(0,0

1);

ns

= n

ão s

ignif

icat

ivo.

As

méd

ias

seguid

as

por

letr

as

iguai

s não

d

ifer

em

esta

tist

icam

ente

en

tre

si

pel

o

test

e S

NK

, a

5%

de

pro

bab

ilid

ade.

Est

erco

Bovin

o

Y=

107,2

9ns

Y=

74,3

3ns

Y=

2,9

2n

s

Y=

5,1

5n

s

Y=

0,0

18x+

0,8

58

AL

T

CO

MP

LA

RG

NF

DIA

Equação de Regressão

DIA

0,8

5 d

0,9

3 b

cd

0,9

4 b

cd

0,9

8 b

cd

1,0

0 b

cd

0,8

7 c

d

0,9

3 b

cd

1,1

1 a

b

1,0

7 b

c

1,2

3 a

9,0

7

NF

5,0

0 a

5,0

8 a

5,4

1 a

5,0

8 a

5,1

6 a

5,8

3 a

5,4

1 a

5,3

3 a

5,5

8 a

5,8

3 a

7,9

0

LA

RG

2,7

8 a

b

2,8

6 a

b

3,0

3 a

b

2,6

1 b

3,3

0 a

b

2,7

1 a

b

2,7

6 a

b

3,4

9 a

b

2,9

1 a

b

3,5

7 a

12

,66

CO

MP

77,6

0 a

b

75,5

9 a

b

77,2

0 a

b

66,6

6 b

74,6

0 a

b

76,1

3 a

b

71,0

9 a

b

83,4

6 a

79,5

9 a

b

81,8

5 a

b

8,4

4

AL

T

109,9

5 a

b

110,6

0 a

b

107,9

7 a

b

95,1

2 b

112,8

1 a

b

106,0

8 a

b

103,7

9 a

b

121,9

4 a

118,2

1 a

b

119,4

5 a

9,1

7

0

5

10

15

20

0

5

10

15

20

Esterco Bovino t.ha-1 Esterco ovino t.ha-1

CV

%