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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE AGRONOMIA
RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO
DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)
MOENCH) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO
ORGÂNICA
Rio Largo
Alagoas - Brasil
2010
II
RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO
DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)
MOENCH) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO
ORGÂNICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Centro de Ciências Agrárias como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Engenheiro Agrônomo.
Rio Largo
Alagoas - Brasil 2010
III
ATA DE REUNIÃO DE BANCA EXAINADORA DE DEFESA DE TRABALHO
DE CONCLUSÃO DE CURSO
Aos 17 (dezessete) dias do mês de junho do ano de 2010, às 10h00min (dez) horas, sob
a Presidência do Professor, em sessão pública na sala do Mestrado do Centro de
Ciências Agrárias, km 85 da BR 104 Norte, Rio Largo-AL, reuniu-se a Banca
Examinadora de defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado
“DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)
Moench) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO
ORGÂNICA” do aluno RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO, sob matrícula
2006G2166, requisito obrigatório para conclusão do Curso de Agronomia, assim
constituída: Prof. Dr. José Teodorico de Araújo, CECA/UFAL (orientador); Prof. Dr.
José Wilson da Silva, CECA/UFAL e Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa,
CECA/UFAL. Iniciados os trabalhos, foi dado a cada examinador um período máximo
de 30 (trinta) minutos para a argüição ao candidato. Terminada a defesa do trabalho,
procedeu-se o julgamento final, cujo resultado foi o seguinte, observada a ordem de
argüição: Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa, nota ____ (______), Prof. Dr. José
Wilson da Silva, nota ____ (______) e Prof. Dr. José Teodorico de Araújo, nota ____
(______). Apuradas as notas, o candidato foi considerado APROVADO, com média
geral ____ (______). Na oportunidade o candidato foi notificado do prazo de máximo
de 30 (trinta) dias, a partir desta data, para entregar a Coordenação do Trabalho de
Conclusão de Curso, devidamente protocolada, da versão definitiva do trabalho
defendido, em 4 (quatro) vias, impressas e encadernadas e uma cópia digitalizada em
CD com as correções sugeridas pela Banca, sem o que está avaliação se tornará sem
efeito, passando o aluno a ser considerado reprovado. Nada mais havendo a tratar, os
trabalhos foram encerrados para a lavratura da presente ATA, que depois de lida e
achada conforme, vai assinada por todos os membros da Banca Examinadora, pelo
coordenador (a) do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e pelo coordenador (a) do
Curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de
Alagoas. Rio Largo/AL, 17 de junho de 2010.
1ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Teodorico de Araújo Filho (Orientador)
2ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Wilson da Silva
3ºExaminador _________________________________________________________ Prof. Dr. José Paulo Vieira da Costa
Coordenador do TCC ___________________________________________________ Profª. Drª. Roseane Cristina Prédes Trindade
Coordenadora do curso de Agronomia______________________________________ Profª Drª Leila de Paula Rezende
U F A L
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
COORDENAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
C E C A
IV
À minha mãe
Malila,
por existir;
Aos meus avós maternos
Renato Américo
e Jaminita Alves
pelo exemplo;
A Deus,
Dedico.
V
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que me mostrou o verdadeiro caminho, me dando
forças para me esforçar ao máximo nesse trabalho;
À Malila, minha querida mãe, que desde sempre me deu apoio para todas as
minhas decisões;
Aos meus avós, Renato Américo e Jaminita Alves, que foram a base da
minha vida;
Aos meus tios, Engª Agrônoma Maria Mafalda e Engº Agrônomo Dr.
Marcelo Renato, pelo ensinamento, mesmo que sutil, sobre o curso;
À minha namorada Géssyca Melo, que sempre me incentivou a prosseguir esta
monografia;
À Universidade Federal de Alagoas e ao Centro de Ciências Agrárias, que
me disponibilizaram de todas as ferramentas para que, assim, eu pudesse ter chegado ao
fim dessa caminhada;
Ao meu orientador Dr. José Teodorico, pelos ensinamentos e por ter me
acompanhado nessa difícil caminhada;
Aos meus companheiros de sala, ao qual pude compartilhar quatro anos de
convivência e aprendizado, em especial a Paulo Tenório, Anderson Sabino, Nadielan,
Tadeu Patêlo, Lucas Holanda, Ricardo Rafael, Jakeline Maria e Renan Almeida,
que de alguma forma me ajudaram durante minha vida acadêmica;
Em especial, aos meus companheiros em espírito, Luiz Henrique e Charles
Pimentel. Sem eles não teria a capacidade de complementar o quanto Deus nos ama;
A tantas outras pessoas que de alguma forma me ajudaram durante essa
caminhada, são os meus votos de agradecimento.
VI
“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros,
sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.”
I Co 12;12
“Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo.”
Olga Benário
“Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.”
Antoine de Saint-Exupéry
VII
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE TABELAS....................................................................................................... VIII
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ IX
RESUMO........................................................................................................................... X
1 - INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11
2 - REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 11
2.1)A cultura do Sorgo................................................................................................. 13
2.1.1)Aspectos gerais............................................................................................... 13
2.1.2)Crescimento e Desenvolvimento vegetativo das plantas................................ 14
2.1.3)Parte Aérea..................................................................................................... 15
2.1.4) Variedade IPA 467........................................................................................ 17
2.2)Adubação Orgânica............................................................................................... 17
2.2.1)Esterco Bovino............................................................................................... 19
2.2.2)Esterco Ovino................................................................................................. 19
3 - MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 21
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................. 23
5 - CONCLUSÕES............................................................................................................ 29
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 30
APÊNDICE..................................................................................................................... ... 35
VIII
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1. Diferentes tipos de sorgo quanto à forma de produção................................... 14
Tabela 2. Atributos químicos do solo.............................................................................. 21
Tabela 3. Atributos químicos do adubo orgânico............................................................ 22
IX
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 1. Altura da planta de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a
diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................
23
Figura 2. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para a altura de planta
do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica............................................................................................................
24
Figura 3. Comprimento da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a
diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................
24
Figura 4. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para comprimento da
folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica............................................................................................................
25
Figura 5. Largura da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a
diferentes tipos e doses de adubação orgânica.................................................................
Figura 6. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para largura da folha do
sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica...........................................................................................................
Figura 7. Diâmetro de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes
tipos e doses de adubação orgânica..................................................................................
Figura 8. Gráfico de regressão na aplicação de esterco bovino e ovino para o
diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes
tipos e doses de adubação orgânica..................................................................................
25
26
27
27
X
RESUMO
ARAÚJO NETO, R. A. de (RENATO AMÉRICO DE ARAÚJO NETO).
DESENVOLVIMENTO DO SORGO FORRAGEIRO (Sorghum bicolor (L.)
Moench) SUBMETIDO A DIFERENTES TIPOS E DOSES DE ADUBAÇÃO
ORGÂNICA Rio Largo: UFAL/ CECA, 2010 (36 p.). Trabalho de conclusão de curso.
A substituição gradativa da cultura do milho pelo sorgo vem se destacando ultimamente
nos últimos anos, apresentando condições favoráveis para a região do semi-árido, porém
com sua produção bastante reduzida, necessitando de um incremento na produtividade,
dependendo esta da nutrição de plantas com adubos, podendo este ser na forma de
adubo orgânico. Para tanto, teve como o objetivo estudar o desempenho da cultura do
sorgo forrageiro submetido a diferentes fontes e doses de aplicação de adubo orgânico.
O experimento obedeceu ao Delineamento Inteiramente Casualizado, com tratamentos
contendo duas fontes de adubo orgânico em forma de esterco (bovino e ovino) e cinco
doses de cada esterco (zero; 5; 10; 15; 20 t ha-1
, equivalente a zero; 12,5; 25; 37,5; 50 g
por vaso), com quatro repetições. Aos 42 dias após a semeadura ocorreu a avaliação das
características morfológicas da cultura, destacando as seguintes variáveis: altura de
plantas, comprimento e largura da folha, número de folhas por planta e diâmetro do
colmo. A cultura do sorgo respondeu satisfatoriamente quanto à aplicação dos estercos e
que as doses de 10 t ha-1
e 20 t ha-1
, que responderam com uma melhor eficiência A
aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram em médias semelhantes, mostrando
que a aplicação ou não do mesmo implica em resultados semelhantes.
Palavras-Chave: agricultura orgânica, esterco bovino, esterco ovino, semi-árido
11
1 - INTRODUÇÃO
A cultura do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) vem se destacando na
região Semi-Árida do país, principalmente na época de escassez, surgindo como uma
fonte de substituição ao milho. Seu sucesso é garantido devido a sua grande resistência
à seca e semelhança em comparação com a cultura do milho, tanto ao aspecto da planta
como em relação à constituição dos grãos (MENDES, 1986). Disseminada em todo
país, o sorgo tem sua importância relevante para a nossa agricultura, representando um
grande potencial para a alimentação animal e humana, podendo ainda ser utilizada na
produção de energia ou como alternativa viável em regiões de aridez, acidez ou com
elevada salinidade.
No nordeste brasileiro, a cultura apresenta condições favoráveis, devido a sua
adaptação às baixas e irregulares precipitações pluviométricas. Mesmo assim com todo
esse potencial, a produção dessa cultura é bastante reduzida sendo necessário um
esforço no sentido de difundir e incentivar a produção da mesma, através do incremento
em sua produtividade, que depende, dentre outros fatores, da nutrição das plantas
(FERNANDES et. al., 1991), através da adição de adubos, podendo estes serem
adicionados ao solo em forma química ou orgânica, sendo o último acrescentado,
também, na forma de estercos.
Os adubos orgânicos em forma de estercos foram bastante utilizados no
passado, mas com a chegada dos adubos de origem química, o interesse por esses
adubos diminuiu. Atualmente, a preocupação com a degradação ambiental renovou o
interesse pelo uso de esterco, ou seja, pela agricultura sustentável (BRUMMER, 1998).
O autor cita ainda que, ultimamente os estercos vêm sendo largamente utilizados como
fonte de matéria orgânica para o solo, visando uma excelente alternativa ao uso de
adubos minerais, proporcionando uma melhor aeração para as raízes, bem como
proporcionar uma camada superficial ao solo, enriquecendo a microbiota ali existente.
Neves et al. (2004) citam que a produção orgânica vegetal baseia-se no uso de
estercos como fontes de adubos, provenientes de bovinos, eqüinos, caprinos, suínos,
ovinos, aves e coelhos, cuja composição química varia com o sistema de criação, a
idade do animal, a raça e a alimentação.
12
Apesar do crescimento da cultura em relação à sua produção (IBGE, 2009),
poucos foram os trabalhos de pesquisa encontrados na literatura, relacionados à
adubação orgânica em nível de esterco bovino e ovino, sobretudo na Região Nordeste.
Ante a carência de resultados de pesquisa com a cultura do sorgo em relação à
adubação orgânica, a presente monografia propôs estudar o desenvolvimento inicial do
sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L.) Moench) submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica.
13
2 - REVISÃO DE LITERATURA
2.1) A cultura do sorgo
2.1.1) Aspectos gerais
A cultura do Sorgo (Sorghum bicolor (L) Moench) teve sua origem dada
provavelmente em duas regiões distintas: África e Índia, tendo sua domesticação
iniciada por volta de 3000 a.C., no Egito antigo a partir da Etiópia, junto com outros
tipos de cereais. A introdução da planta nas Américas ocorreu no sudoeste dos Estados
Unidos, em meados do século XIX. Por volta dos anos 60, com o aparecimento do
sorgo híbrido, tornou-se um sucesso em diversos países como a Argentina, México,
Austrália, China, Colômbia, Venezuela, Nigéria e Sudão. No Brasil, o sorgo
provavelmente teve sua introdução na região Nordeste, através dos escravos africanos e
uma re-introdução de uma forma mais ordenada através de unidades de pesquisas e
universidades (EMBRAPA, 2008).
Com relação à natureza e a forma de utilização, existem basicamente quatro
tipos de sorgo, demonstrados na Tabela 1 (TABOSA et al, 1999). Suas diferenças serão
refletidas na posição entre colmos, folhas e panículas, e consequentemente, diferentes
produções de matéria seca, composição bromatológica e valor nutritivo (LEITE, 2006).
A área plantada com sorgo no país, em 1990 era de 140.132 ha com uma
produção de 236.250 t, tendo um aumento significativo em 2008 para 844.662 ha e
2.004.005 t. Na Região Nordeste, durante o mesmo período a área plantada aumentou
de 18.393 ha para 93.120 ha, comprovando o interesse dos produtores locais pela
cultura (IBGE, 2009).
Mendes (1986) cita que, uma das justificativas para o seu crescimento é o fato
do sorgo surgir como uma cultura alternativa para esta região, já que oferece um menor
risco na perda da safra e possibilidade de produção de forragem onde as condições de
solo e escassez de água limitam a produção da maioria das forrageiras.
Comparado ao milho, o sorgo possui um sistema radicular mais desenvolvido,
com maior profundidade e volume do solo. A adubação mesmo em condições de déficit
hídrico estimula mais ainda o crescimento das raízes (TABOSA et al., 1987), fazendo
com que o sorgo possua uma preferência sobre o milho, já que o mesmo possui
características fisiológicas que permitem estacionar o crescimento ou diminuir as
14
atividades metabólicas durante o estresse hídrico e reiniciar o crescimento quando a
água se torna disponível (MASOJIDEK et al., 1991).
Tabela 1. Diferentes tipos de sorgo quanto à forma de produção.
Tipos de sorgo Produto Utilização
Granífero Grão Substituto do milho na
alimentação animal – rações
balanceadas (bovinos, suínos
e aves).
Alimentação humana - uso da
farinha na industrialização de
produtos.
Amido, cera, cerveja, óleo,
etc.
Forrageiro Biomassa Corte, silagem e feno
Vassoura Panícula Vassouras, escovas e
Ornamentação.
Sacarino Colmo Glicose, frutose, sacarose e
álcool
Fonte: Adaptado de TABOSA, J. N. et al, 1999.
2.1.2)Crescimento e Desenvolvimento vegetativo da planta
De acordo com Larcher (2004), desenvolvimento é o termo usado para
descrever as mudanças na estrutura, nas funções das plantas e em suas partes durante a
gênese, o crescimento, maturação e o declínio de um indivíduo e na sucessão de
garações. O desenvolvimento vegetal envolve a multiplicação celular (crescimento por
meio de divisões), aumento em volume (crescimento em três planos do espaço) e
diferenciação de órgãos e tecidos.
Para Taiz & Zeiger (2004), o crescimento vegetal em plantas é definido como
um aumento irreversível de volume, com seu maior componente sendo a expansão
celular, podendo esse definir o processo de medição do crescimento de plantas
(organismos unicelulares) ou ocorrer o processo enganoso de medição (organismos
multicelulares), já que nestes podem ocorrer o processo de divisão sem aumentar o seu
volume celular.
15
O sorgo é uma planta C4, de dia curto e com altas taxas fotossintéticas. A
maioria dos materiais genéticos do sorgo requerer temperaturas superiores a 21° C para
um bom crescimento e desenvolvimento (PAUL, 1990). Devido a sua tolerância ao
déficit hídrico e ao excesso de umidade, a cultura pode ser cultivada em uma ampla
faixa de condições de solo (DOGGET, 1970).
A característica fenotípica do sorgo é bastante parecida com o milho,
distinguindo-se deste pela presença das margens dentadas na folha. De cada nó nasce
uma folha, que se apresenta com as lâminas ásperas e cerosas na superfície. Os perfilhos
são originados dos nós da parte inferior do caule. O início da floração ocorre de 30 a 40
dias após a germinação. Sua inflorescência é uma panícula ereta, situada na parte apical
da planta, podendo produzir até duas mil sementes. A germinação das sementes de
sorgo ocorre de quatro a cinco dias após a semeadura (LEITE, 2006).
Seu ciclo vegetativo compreende, dependendo da cultivar, entre 90 e 120 dias,
para sorgo forrageiro (CRUZ et al., 2001) e, de acordo com Paul (1990), o período de
desenvolvimento consiste em três fases distintas, iniciando pela etapa de crescimento 1
– EC1, ou fase vegetativa, compreende do plantio até a iniciação da panícula, sendo
muito importante a rapidez de germinação, emergência e estabelecimento da plântula. A
etapa de crescimento 2 – EC2, também denominada de fase reprodutiva, compreende a
iniciação da panícula até o florescimento. A última fase, também descrita como etapa de
crescimento 3 – EC3, ou período de enchimento do grão, é a parte final do período de
desenvolvimento, que vai da floração à maturação fisiológica.
2.1.3) Parte Aérea
A altura da planta é controlada por quatro pares de gens (dw1, dw2, dw3 e
dw4), podendo seu porte variar entre 40 cm e 4m atuando de maneira diferente, sem
prejudicar o número de folhas e a duração do período de crescimento (CRUZ et al.,
2001).
Cruz et al. (2001) citam ainda que, a taxa de produção de matéria seca no sorgo
é fortemente afetada pela área foliar no primeiro estádio de crescimento (germinação a
iniciação da panícula). A área foliar final é determinada pelas taxas de produção e
duração da expansão, pelo número de folhas produzidas e a taxa de senescência, os
quais são fatores bastante afetados pelo ambiente.
16
Quanto ao número de folhas, seu número total varia de 7 a 30 folhas, com
comprimento podendo chegar a mais de 1 metro, enquanto que a largura varia de 0,5 a
15 cm. Os fatores que determinam o número de folhas no sorgo são a cultivar,
fotoperíodo e temperatura (DOGGET, 1970).
A diferenciação entre uma folha e a próxima no meristema, leva em torno de
três a seis dias, com expansão foliar podendo continuar mesmo durante o
desenvolvimento da panícula, podendo gerar uma competição entre fotoassimilados
disponíveis. O embrião maduro já possui seis a sete primórdios foliares. Interessante
observar que a epiderme superior possui um conjunto de células especializadas, que
permitem à folha enrolar-se em condições de estresse hídrico, constituindo, assim, uma
defesa da planta (CRUZ et al., 2001).
Existem diferenças consideráveis das taxas diurnas de crescimento das folhas
de sorgo, provavelmente como reflexo das diferenças ambientais, podendo ocorrer uma
taxa de crescimento relativo em torno de 70% por dia. As folhas mais velhas mostram
taxas de fotossíntese e de crescimento mais baixas, devido a mudanças causadas pela
senescência. A qualidade e a quantidade de luz também são importantes para a expansão
foliar, onde, folhas que crescem em altas intensidades de luz, têm freqüentemente um
maior número de células que aquelas que crescem em intensidade de luz mais baixa
(CRUZ et al., 2001).
Leite (2006) cita que o ponto de crescimento de plantas com estádio de três
folhas completamente desenvolvidas, que ocorre usualmente por volta de 10 dias após a
emergência, possui o seu crescimento ainda abaixo da superfície do solo, sendo
semelhante três semanas após a emergência, quando a planta possui o estádio de cinco
folhas completamente desenvolvidas. A perda das folhas nesse estádio não matará a
planta, sendo o crescimento mais vigoroso que no estádio anterior.
Com cerca de 30 dias após a emergência ocorre a diferenciação do ponto de
crescimento. O número total de folhas nesse estádio já foi determinado e o tamanho
potencial da panícula será brevemente determinado, apresentando cerca de 1/3 da área
total foliar totalmente desenvolvida. Neste estádio a planta se encontra com 7 a 10
folhas, dependendo do seu ciclo, sendo que de uma a três folhas baixeiras já foram
perdidas. O crescimento do colmo aumenta rapidamente, com uma rápida absorção de
nutrientes. O tempo compreendido entre o plantio até a diferenciação do ponto de
17
crescimento geralmente é cerca de 1/3 do tempo compreendido entre a semeadura e a
maturidade fisiológica (CRUZ et al, 2001).
2.1.4) Variedade IPA 467
Esta variedade foi obtida pelo programa de melhoramento de sorgo do IPA, a
partir do cruzamento da variedade Sacarina IPA 7301218 com materiais sacarinos
tradicionais. Consiste em um material de elevado potencial produtivo de matéria seca,
sendo recomendado para microrregiões do Agreste e Sertão de Pernambuco, Alagoas e
demais Estados da Região Nordeste. Constitui-se na variedade de sorgo forrageiro do
IPA mais difundida e comercializada na região, apresentando-se como opção alternativa
e estratégica devido às condições xerofílicas, potencial adaptativo e pelo uso
multivariado para a produção de forragem, no tocante à silagem e corte.
Possui uma altura média variando de 250 a 350 cm, com resistência ao
tombamento elevado. Seu florescimento ocorre aos 95 dias após o plantio, com ciclo
total de 120 – 130 dias. Com uma grande eficiência do uso da água, chega a uma
produção de matéria verde de 30 a 60 t/ha e uma produção de matéria seca entre 10 e 15
t/ha.Sua capacidade de rebrota é bastante elevada, com aptidão para silagem e forragem
verde. A natureza do seu colmo é em forma suculenta/sacarina, possuindo um Brix em
torno de 15 a 20% (IPA, 2000).
2.2)Adubação Orgânica
A matéria orgânica é uma das substâncias mais complexas que existem na
natureza, sendo formada por resíduos vegetais, animais e microorganismos, exercendo
funções importantes nos diversos atributos do solo (PAVAN & CHAVES, 1998). Sua
decomposição nos solos de climas tropicais ou subtropicais ocorre rapidamente, sendo
que uma redução expressiva no seu teor afetará negativamente as funções química,
física e biológica do solo, resultando na diminuição da produtividade das culturas
(MALAVOLTA et al., 2002).
Os solos das regiões áridas e semi-áridas apresentam geralmente baixos teores
de matéria orgânica, sendo a produtividade dependente dos níveis de fertilidade natural
e da possibilidade de mantê-los através da ciclagem de nutrientes (SAMPAIO et al.,
18
1995), sendo indispensável a incorporação de estercos, compostos orgânicos e adubos
verdes.
As formas para adicionar matéria orgânica aos ambientes degradados podem
ser bastante variáveis, indo desde a aplicação de serrapilheira da própria vegetação,
passando por compostos orgânicos. Dentre os compostos orgânicos, os estercos animais
são os mais importantes, devido à sua composição, disponibilidade e benefícios de
aplicação (MAIA, 2002).
Para Hoffman et al. (2001), os benefícios no uso de estercos animais podem
promover alguns fatores, como: melhorias nas propriedades físicas do solo e no
fornecimento de nutrientes; aumento no teor de matéria orgânica, melhorando a
infiltração da água como também aumentando a capacidade de troca de cátions. O
aumento do teor de matéria orgânica causa, entre outros efeitos, o aumento do pH, da
saturação por bases, e a precipitação do alumínio para camadas mais profundas do solo.
Tais benefícios são citados por Holanda (1990), onde a adubação orgânica
melhora a aeração do solo, aumentando a permeabilidade, estabilidade de agregados e a
capacidade de retenção de água, diminuindo a compactacão do solo.
Os estercos animais são os mais importantes adubos orgânicos, devido
principalmente a sua composição, disponibilidade relativa e benefícios da aplicação.
Sua qualidade varia com o tipo de animal e principalmente com o regime alimentar do
mesmo (VITTI et al., 1995).
Holanda (1990) cita que a composição dos estercos é variável por vários
fatores, podendo depender da espécie animal, raça, idade, alimentação, material
utilizado como cama, dentre outros. Os animais alimentados à base de concentrados,
como frangos em aviários ou bois confinados, excretam estercos de melhor qualidade,
possuindo em qualidade, três vezes mais nutrientes que os animais criados em regime
extensivo.
O esterco, através do comportamento dos seus componentes, adquire
propriedades específicas de alto valor agrícola. Agrônomos europeus comprovaram que
os produtos de culturas adubadas com esterco de curral são mais sadios que as adubadas
com sais minerais exclusivamente (HENRIQUES, 1997).
19
2.2.1)Esterco bovino
Atualmente o esterco bovino, assim como outras fontes de matéria orgânica,
vem sendo utilizado pelos seus inúmeros benefícios ao solo, influenciando direta ou
indiretamente as suas propriedades físicas, químicas e biológicas (STEVENSON,
1994).
O esterco bovino aumenta a capacidade de troca catiônica, capacidade de
retenção de água, porosidade e agregação do substrato. Sua eficiência depende do grau
de decomposição, origem do material, teores de elementos essenciais às plantas e da
dosagem empregada (SILVA et al., 2005).
Coelho (1973) afirma que a produção média de esterco é de 7 kg para cada 100
kg de peso vivo do gado. Sendo assim, a quantidade média de esterco anualmente
produzida por uma vaca com 400 kg é de 11.400 kg. A porcentagem da composição dos
excrementos sólidos produzidos por uma vaca é igual a 83,2% de água, 14% de matéria
orgânica, 0,3% de nitrogênio, 0,17% de fósforo, 0,1% de cálcio. Com 50% de umidade,
a relação Carbono/Nitrogênio média do esterco é de aproximadamente 12.
Porém, Souza & Rezende (2003) apontam que a composição do esterco bovino
depende da alimentação dos animais. Quando realizada exclusivamente a pasto, o
conteúdo de nitrogênio do esterco é menor do que naquela onde ocorre a suplementação
com concentrados, mostrando referência média do total ingerido com cerca de 70% do
conteúdo excretado pela urina e 10 a 15% pelas fezes. Esterco oriundo de pastos pode
ser usado cru, curtido ou em forma de comporto.
2.2.2)Esterco ovino
O esterco ovino é um produto valioso e a sua utilização prevê tanto a
possibilidade de recuperação de terrenos degradados, como é uma importante
alternativa de fonte de renda para os produtores (ALVES & PINHEIRO, 2009).
De acordo com os autores, alguns estudos examinaram o potencial de utilização
do esterco de ovinos e todos ressaltam o seu valor, tendo em vista as comparações feitas
com o esterco de bovinos, entretanto, poucos dados existem na literatura quanto ao seu
uso. O esterco ovino é valioso na adubação dos terrenos argilosos, duros e frios, nas
areias do litoral, para lavouras de cana-de-açúcar e hortaliças, sendo desaconselhável
20
para as plantas cerealíferas, pois faz desenvolver demasiadamente a parte foliácea da
planta.
Alves e Pinheiro (2003) citam ainda que os ovinos são animais versáteis,
ocupando menos espaço que os bovinos e oferecendo carne, leite e lã. Com o aumento
do seu rebanho, haverá mais esterco, o qual pode ser uma importante fonte de renda
para os criadores, pois substitui outros adubos orgânicos de origem animal.
Henriques (1997) cita que os excrementos dos ovinos são mais sólidos que os
dos bovinos, permitindo uma melhor aeração e por essa razão fermentam rapidamente
podendo ser aproveitados na agricultura após um menor período de “curtição”.
Os efeitos indiretos da ação do esterco se dão em vista do seu alto teor em
matéria orgânica. O esterco ovino leva húmus para o terreno e reintegra ao solo esse
constituinte, reorganizando a estrutura do mesmo.
21
3 - MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Unidade Acadêmica
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, das seguintes
coordenadas: latitude sul 9°28’02” e longitude oeste 35°49’65”, no período de março a
abril de 2010.
O experimento obedeceu ao Delineamento Inteiramente Casualizado, em
esquema fatorial 5x2, sendo duas fontes de adubo orgânico em forma de esterco (bovino
e ovino) e cinco doses de cada fonte de esterco (zero; 5; 10; 15; 20 t ha-1
, equivalente a
zero; 12,5; 25; 37,5; 50 g por vaso), com quatro repetições.
O solo utilizado foi classificado de acordo com o Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006), como Argissolo Vermelho Eutrófico. O
mesmo foi retirado da Unidade Experimental da Secretaria do Estado de Alagoas,
localizado na Região de Santana do Ipanema (latitude sul 9º22’40” e longitude oeste
37º14’42”), Semi-Árido do estado de Alagoas, coletado à profundidade de 0-20 cm,
possuindo seus dados de acordo com a Tabela 2, não sendo necessária a correção do
solo. Após a secagem do solo, ocorreu o acondicionamento do mesmo em vasos com
capacidade de 10 kg, adubando devidamente com os tipos de adubo orgânico.
Tabela 2. Atributos químicos do solo
pH P K Na Ca+Mg Ca Mg Al H+Al S T V m
H2O --- mg dm-3
--- -------------------- cmolc dm-3
--------------------- ----- % -----
5,82 10,91 130 14 5,1 4,0 1,1 0,05 3,47 5,49 8,96 61,32 0,55
Os estercos utilizados para adubo orgânico foram coletados em uma
propriedade particular, localizada em Major Izidoro (latitude sul 9º31’57” e longitude
oeste 36º59’36”), região da Bacia Leiteira de Alagoas, onde realizou-se uma análise
química de ambos, demonstrados na Tabela 3.
Os estercos orgânicos foram aplicados nos vasos e misturados ao solo, onde,
logo após, foram semeadas, por vaso, oito sementes de Sorgo forrageiro (Sorghum
bicolor (L.) Moench), da variedade IPA 467 e feito o desbaste dez dias após o plantio,
deixando três plantas por vaso. Para um melhor estabelecimento da cultura, todos os
22
vasos foram condicionados a uma lâmina próxima à capacidade de campo do vaso, para
evitar estresse hídrico.
Tabela 3. Atributos químicos do adubo orgânico
Esterco Bovino Esterco Ovino
Nitrogênio Total (%)
Fósforo (%)
Potássio (%)
Cálcio (%)
Magnésio (%)
Matéria Orgânica Total (%)
Umidade 100-105 (%)
Ferro (%)
Cobre (%)
Zinco (%)
Manganês (%)
0,32
0,14
0,23
0,31
0,17
31,22
2,78
0,20
0,17
<0,01
0,01
2,21
0,46
1,91
2,51
0,63
67,68
9,05
0,25
0,63
<0,01
0,02
Aos 42 dias após a semeadura ocorreu a avaliação das características
morfométricas da cultura, onde foram destacadas as seguintes variáveis: altura de
plantas, comprimento e largura da folha, número de folhas por planta e diâmetro do
colmo.
A altura de plantas foi obtida através da medição a partir do nível do solo até a
folha +1, com auxílio de uma trena milimetrada. Para o comprimento e largura da folha
utilizou-se de uma trena milimetrada, medindo-os através da folha +3 (definida como a
3ª folha completamente expandida). O número de folhas foi determinado pela contagem
de todas as folhas verdes. Para a avaliação do diâmetro do colmo foi utilizado o
paquímetro, com medição a 10 cm do solo.
Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão e as médias
comparadas pelo teste SNK a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa SAS
(SAS, 1999).
23
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se através da análise de variância, que houve efeito significativo para
as variáveis, altura de plantas, comprimento da folha, largura da folha e diâmetro do
colmo, submetido a diferentes tipos e doses de adubo orgânico. Para o número de
folhas, não ocorreu nível de significância. Resultado semelhante foi evidenciado por
Valentini et al (2003), trabalhando com adubação orgânica em milho verde, observaram
o efeito significativo do esterco bovino sobre a altura de plantas, peso e diâmetro das
espigas.
Com relação à altura de plantas (Figura 1), os dados indicam que as doses de
10 e 20 toneladas por hectare de esterco (t ha-1
) apresentaram melhores resultados,
diferindo estatisticamente das demais, proporcionando um melhor crescimento da
planta, enquanto que a dose contendo 15 t ha-1
de esterco bovino apresentou menor
valor, mostrando-se semelhante aos demais e diferindo aos tratamentos que mostraram
melhores resultados. Os resultados encontrados diferiram dos estudados por Freitas &
Souza (2009), onde verificaram que a dose menos correspondente ao crescimento de
plântulas de sorgo foi a testemunha, onde não foi aplicado esterco bovino ao solo.
Figura 1. Altura da planta de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a
diferentes tipos e doses de adubação orgânica
Observou-se, para a variável altura, que a equação de regressão que melhor se
ajustou ao modelo matemático foi do tipo quadrática, com coeficiente de determinação
(R²) igual a 0,6673. Verificou-se um pequeno decréscimo iniciado na dose
correspondente a 10 t ha-1
para o último tratamento, possuindo um ponto máximo de
0 5 10 15 20
bovino 109,95 110,6 107,97 95,12 112,81
ovino 106,08 103,79 121,94 118,21 119,45
ab ab abb
abab ab
a ab a
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
Alt
ura
da
pla
nta
(cm
)
t ha-1 de esterco
24
eficiência com 19,74 t ha-1
, sendo tal valor obtido pela derivada primeira da equação
zero (Figura 2).
Figura 2. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para a altura de
planta do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica.
Em relação ao comprimento das folhas analisadas, houve diferença estatística,
onde a aplicação de 10 t ha-1
de esterco ovino resultou em melhores médias, sendo
semelhante às outras médias diferindo estatisticamente da dose correspondente a 15 t ha-
1 de esterco bovino, no qual foi a dose que menor demonstrou correlação estatística,
sendo semelhante às demais (Figura 3).
Figura 3. Comprimento da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467,
submetido a diferentes tipos e doses de adubação orgânica.
y = -0,0423x2 + 1,6701x + 103,54R² = 0,6673
100,00
105,00
110,00
115,00
120,00
125,00
0 5 10 15 20 25
Alt
ura
de
pla
nta
s (c
m)
t ha-1 de esterco
ovino
0 5 10 15 20
bovino 77,60 75,59 77,2 66,66 74,6
ovino 76,13 71,9 83,46 79,59 81,85
ab abab
babab ab
a ab ab
0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,0090,00
Co
mp
rim
ento
de
folh
as (
cm)
t ha-1 de esterco
25
Para a mesma variável, não ocorreu resposta significativa em relação à
regressão, quanto à aplicação de esterco bovino. Para o esterco ovino, foi observada
uma resposta linear, determinando um crescimento de 3,99 cm com o incremento de 10
t ha-1
de esterco ovino, não sendo possível obter o ponto máximo de resposta (Figura 4).
Figura 4. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para
comprimento da folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes
tipos e doses de adubação orgânica.
No que se refere à variável largura de folhas ocorreu diferenciação estatística
em relação à aplicação de 20 t ha-1
de esterco ovino, que proporcionou os resultados
mais satisfatórios. A dose que menor correspondeu à adição de adubo orgânico ao solo
foi o tratamento contendo 15 t ha-1
de esterco bovino, diferindo à dose que mostrou
melhor resultado, sendo semelhante às demais (Figura 5).
Figura 5. Largura da folha de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido
a diferentes tipos e doses de adubação orgânica.
y = 0,3988x + 74,436R² = 0,4078
70
72
74
76
78
80
82
84
86
0 5 10 15 20 25
Co
mp
rim
en
to d
e f
olh
as (
cm)
t ha-1 de esterco
ovino
0 5 10 15 20
bovino 2,78 2,86 3,03 2,61 3,3
ovino 2,71 2,76 3,49 2,91 3,57
ab abab
b
ab
ab ab
ab
ab
a
0,000,501,001,502,002,503,003,504,00
Larg
ura
de
folh
as (c
m)
t ha-1 de esterco
26
Contrapondo-se a estes resultados, Oliveira et al. (2009), verificaram em seu
trabalho com fontes de estercos bovino e ovino na cultura do mamoneiro, que doses de
esterco bovino foram satisfatórios às características estudadas, ao contrário do esterco
ovino, mostrando-se menos satisfatório para a cultura.
Observou-se, ainda para a largura de folhas, a não ocorrência estatística em
relação à regressão ao nível da aplicação do esterco bovino. A adição do esterco ovino
provocou um crescimento em largura das folhas, na ordem de 0,73 cm para cada 10
toneladas aplicadas ao solo, observando-se uma resposta linear estudadas, sendo
observada uma resposta linear em sua regressão (Figura 6).
Figura 6. Gráfico de regressão na aplicação de esterco ovino para largura da
folha do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos e doses de
adubação orgânica.
Oliveira et. al. (2006) determinaram que o conhecimento sobre o comprimento
e largura da folha é de grande importância, uma vez que existe uma estreita relação
entre essas variáveis e a atividade fotossintética e consequentemente, maior
desenvolvimento das plantas.
Em relação ao diâmetro do colmo ocorreram diferenças estatísticas, com
valores satisfatórios voltados para a aplicação de esterco ovino ao nível de 20 t ha-1
,
mostrando-se semelhantes aos demais resultados, mostrando um maior crescimento em
espessura do colmo, deferindo estatisticamente à testemunha, que resultou em menores
efeitos em relação ao desenvolvimento do colmo, sendo semelhante entre si com os
demais tratamentos (Figura 7).
y = 0,0374x + 2,714R² = 0,5172
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0 5 10 15 20 25
Larg
ura
de
folh
as (c
m)
t ha-1 de esterco
ovino
27
Figura 7. Diâmetro de sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a
diferentes tipos e doses de adubação orgânica.
Resultados semelhantes foram encontrados por Oliveira et al. (2009), onde o
tratamento referente à testemunha obteve os resultados menos satisfatórios em relação
ao diâmetro do caule em mamoneira.
Para esta variável foi observada a ocorrência de regressão nos dois tipos de
aplicação de adubo orgânico, com resposta linear em ambos, determinando um
desenvolvimento em espessura do diâmetro, não podendo ser determinado o seu ponto
máximo de eficiência (Figura 8).
Figura 8. Gráfico de regressão na aplicação de esterco bovino e ovino para o
diâmetro do colmo do sorgo forrageiro, variedade IPA 467, submetido a diferentes tipos
e doses de adubação orgânica.
0 5 10 15 20
bovino 0,85 0,93 0,94 0,98 1
ovino 0,87 0,93 1,11 1,07 1,23
d bcd bcd bcd bcdcd bcd
ab bca
0,000,200,400,600,801,001,201,40
Diâ
me
tro
do
co
lmo
(cm
)
t ha-1 de esterco
y = 0,018x + 0,858R² = 0,8992
0,00
0,50
1,00
1,50
0 5 10 15 20 25
Diâ
met
ro d
o c
olm
o (
cm)
t ha-1 de esterco
bovino
y = 0,0172x + 0,87R² = 0,8924
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 5 10 15 20 25
Diâ
met
ro d
o c
olm
o (
cm)
t ha-1 de esterco
ovino
28
Tais resultados refutam aos obtidos por Oliveira et. al. (2009), onde observam
uma regressão do tipo quadrática em plantas de mamoneira. Tal fato pode ser explicado
devido à existência de diferenças entre as doses aplicadas pelo autor e as relacionadas
ao experimento, mostrando-se este em menores níveis aplicados ao solo, ocasionando
em respostas lineares na regressão.
Quanto ao número de folhas, mesmo não ocorrendo diferenças estatísticas,
manteve-se constante a sua quantidade em todos os tratamentos estudados, com média
próxima a cinco folhas por planta. Tais resultados diferem dos de Dogget (1990), onde
cita que o número total de folhas por planta pode variar de 7 a 30. As médias de folhas
obtidas durante o experimento podem ser consideradas o número final de folhas para a
planta, já que, de acordo com Cruz et. al. (2001), após 30 dias após a emergência de
plântulas, o número total de folhas já está determinado. Sobre o mesmo não houve
diferenciação estatística referente às equações de regressão, em ambos os adubos
estudados.
A provável diferença encontrada entre os tipos de adubos orgânicos estudados
pode ser explicada pela análise química dos estercos utilizados (Tabela 3), onde o seu
resultado determina uma melhor qualidade do esterco ovino em relação ao bovino,
principalmente no que se refere aos teores de nitrogênio, sendo encontrado em
proporções 6,9 vezes maior no esterco ovino e, de acordo com Lavares Júnior (2001), o
nitrogênio é considerado um dos principais nutrientes que causam impacto no
desenvolvimento e produção de plantas forrageiras.
29
5 - CONCLUSÕES
A cultura do sorgo respondeu satisfatoriamente à aplicação de esterco ovino,
destacando-se a aplicação das doses de 10 t ha-1
e 20 t ha-1
como as que responderam
com uma melhor eficiência.
A aplicação das doses de esterco bovino ocasionaram em médias semelhantes,
mostrando que a aplicação ou não do mesmo implica em resultados semelhantes
Existe a necessidade de estudos voltados para a cultura do sorgo forrageiro,
juntamente com adubação orgânica em nível de estercos.
30
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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35
APÊNDICE
Apêndice 1. Análise de Variância para a altura de plantas, comprimento da folha,
largura da folha, número de folhas e diâmetro do colmo de plantas de sorgo forrageiro,
variedade IPA 467, submetidas e diferentes tipos e doses de adubação orgânica.
Fonte de Variação GL SQ QM F
------------Altura de plantas (cm)------------
Tratamento 9 2334,3048 259,367 2,52*
Resíduo 30 3091,6311 103,054
Total 39 5425,9359
---------Comprimento da folha (cm)---------
Tratamento 9 875,339 97,259 2,34*
Resíduo 30 1247,302 41,576
Total 39 2122,641
-------------Largura da folha (cm)-------------
Tratamento 9 4,051 0,450 3,11**
Resíduo 30 4,348 0,144
Total 39 8,400
---------------Número de folhas---------------
Tratamento 9 3,293 0,365 2,03ns
Resíduo 30 5,420 0,180
Total 39 8,713
-----------Diâmetro do colmo (cm)-----------
Tratamento 9 0,477 0,053 6,51**
Resíduo 30 0,244 0,008
Total 39 0,721
36
A
pên
dic
e 2.
Méd
ias
das
var
iávei
s es
tudad
as
e eq
uaç
ões
de
regre
ssão
de
sorg
o fo
rrag
eiro
, var
iedad
e IP
A 467,
subm
etid
o a
dif
eren
tes
tipos
e dose
s de
adubo
org
ânic
o.
Est
erco
Ovin
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