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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: CONCENTRAÇÃO EM GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA MARIANA NASCIMENTO DE CARVALHO A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Unidade Básica de Saúde Salvador 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: CONCENTRAÇÃO

EM GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA

MARIANA NASCIMENTO DE CARVALHO

A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Unidade Básica de Saúde

Salvador

2014

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MARIANA NASCIMENTO DE CARVALHO

A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no

Programa de Pós-Graduação do Instituto de Saúde

Coletiva DA Universidade Federal da Bahia –

ISC/UFBA, no Curso de Especialização em Saúde

Coletiva: concentração em Gestão da atenção

Básica,como requisito para obtenção do título de

especialista em Saúde Coletiva.

Área de concentração: Gestão da Atenção Básica.

Orientador: Yara Oyram

Linha de pesquisa: Acadêmica

Salvador

2014

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4

2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 7

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 8

4 RESULTADOS .............................................................................................................. 9

5 DISCUSSÃO ................................................................................................................ 13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 16

7. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS...........................................................................18

ANEXO

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1. INTRODUÇÃO

O SUS tem como função realizar ações de promoção de saúde, vigilância em saúde,

controle de vetores e educação sanitária, além de assegurar a continuidade do cuidado

nos níveis primário, ambulatorial especializado e hospitalar (Paim et al, 2011). De

acordo com este autor, o desenvolvimento da atenção primária – ou atenção básica

(AB), como é chamada no Brasil – tem recebido muito destaque no SUS.

Impulsionada pelo processo de descentralização e apoiada por programas inovadores, a

atenção básica tem o objetivo de oferecer acesso universal e serviços abrangentes,

coordenar e expandir a cobertura para níveis mais complexos de cuidado, a exemplo da

assistência especializada e hospitalar, bem como da implementação de ações

intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica

caracteriza-se por ações individuais e coletivas de promoção e proteção à saúde, de

prevenção de doenças, de diagnóstico, de tratamento, de reabilitação e de manutenção

da saúde. Estas ações constituem fases da assistência à saúde e são desenvolvidas com

enfoque multiprofissional, por meio de atribuições privativas ou compartilhadas entre os

integrantes da equipe de saúde.

Segundo Andrade e colaboradores (2013), o Sistema Único de Saúde tem investido na

expansão e qualificação da Atenção Básica como prioridade político-organizacional. As

práticas de cuidado em saúde no nível da AB constituem um dos desafios do sistema,

considerando a necessidade de tecnologias próprias que atendam os atributos de eficácia

e efetividade no sentido de fazer mais e melhor.

O Sistema Único de Saúde é integrado por uma rede regionalizada de ações e serviços,

que visa a redução de doenças e o acesso universal e igualitário da população. Tem

como prioridade as ações preventivas, garantindo a participação da comunidade nas

decisões e garantindo igualmente a gratuidade dos serviços. Para o fortalecimento das

políticas públicas de saúde auditiva, proposta em 2004, os profissionais envolvidos no

atendimento do deficiente auditivo em todo o país devem conhecer os preceitos, as

características administrativas e sua repercussão em um contexto mais amplo do

Sistema Único de Saúde (GARBIN, 1995).

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A Organização Mundial de Saúde (2000) relata que há mais de 120 milhões de pessoas

no mundo com perda auditiva, sendo que 8,7 milhões dessas têm entre 0 e 19 anos, ou

seja, uma grande parte das crianças nascem ou adquirem uma perda auditiva antes de

chegar à vida adulta. Por esse motivo, faz-se necessário o diagnóstico precoce da

deficiência auditiva, pois quando diagnosticada tardiamente acarreta para criança

atrasos na sua vida social, familiar, escolar e em seu desenvolvimento linguístico,

cognitivo e psicológico.

Desta forma, é importante que hospitais, maternidades e Unidades Básicas de Saúde

insiram em sua prática clínica a triagem auditiva neonatal universal (TANU) que tem

por objetivo diagnosticar a perda auditiva que acomete o recém-nascido no período, pré-

natal, perinatal e pós-natal. A avaliação auditiva do neonato é realizada através das

Emissões Otoacústicas (EOA) e o Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico

(PEATE), que são exames eletrofisiológicos que dão o parecer sobre a integridade de

vários níveis do sistema auditivo, estas técnicas são testes objetivos de maior

especificidade e sensibilidade para detectar possíveis alterações audiológicas, em

recém-nascidos e crianças pequenas (RUSSO, 1994).

A perda auditiva em bebês se for diagnosticada ao nascimento e ocorrer a intervenção

de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fonoaudiólogos, assistentes

sociais, psicólogos e entre outros, até os seis meses as mesmas podem apresentar um

desenvolvimento muito próximo ao de uma criança ouvinte.

Com vista à importância e necessidade de que a deficiência auditiva seja diagnosticada

o quanto antes, para que sejam minimizados os seus prejuízos na vida de uma criança,

torna-se imprescindível a implantação de Programas de Triagem Auditiva Neonatal. A

motivação para realizar este trabalho surdiu após a percepção em estudar e divulgar a

atuação fonoaudiológica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), pois a mesma

vem crescendo nos últimos anos por todo o Brasil.

Como as vantagens do diagnóstico precoce de uma perda auditiva são imensas, através

da Triagem Auditiva Neonatal, e essa prevenção pode ocorrer, porque o Brasil possui

quase 35 mil fonoaudiólogos, muitos deles inseridos no Sistema Único de Saúde ou em

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outros locais que podem oferecer esse tipo de atendimento. Portanto, melhorar a

qualidade vida é o principal objetivo de qualquer cuidado com a saúde, através do

direcionamento da quantidade e qualidade das medidas e serviços preventivos que,

graças a procedimentos globais e específicos, permitam que as pessoas estejam menos

expostas às doenças e melhor capacidade para resisti-las (ANDRADE, 2006).

2. OBJETIVO GERAL

Discutir a importância do Programa de Saúde Auditiva Neonatal na Unidade

Básica de Saúde.

2.1OBJETIVO ESPECÍFICO:

Identificar na literatura os benefícios para a saúde auditiva das crianças com a

implantação da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica

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3. METODOLOGIA

Este presente estudo refere-se a uma revisão na literatura sobre a Triagem Auditiva

Neonatal na Atenção Básica, com abordagem qualitativa, tipo descritivo na qual foram

analisados artigos do seguinte site de busca, o Google Acadêmico. Para execução da

pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: “Triagem Auditiva Neonatal” e

“Atenção Básica”.

O período para a seleção de artigos ocorreu de novembro 2013 a março 2014, durante o

levantamento obteve-se 122 artigos, contudo, apenas 25 corresponderam ao objetivo da

pesquisa (ANEXO I). Obteve-se o melhor aproveitamento dos artigos que fazem

referência a triagem auditiva e atenção básica, os que referem a triagem auditiva em

escolares e reabilitação auditiva foram descartados por não responder o objetivo

estabelecido.

Este estudo buscou fazer uma revisão sobre o papel da triagem auditiva neonatal no

diagnóstico precoce dos problemas auditivos na infância. Ressaltamos, que é

fundamental que os profissionais do Sistema Único de Saúde reconheçam a importância

da realização da triagem auditiva, pois exercem influência significativa na vida do

usuário.

A presente pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Instituto

de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFA) em função de se tratar

apenas de uma revisão de literatura, onde não envolve pesquisa com seres humanos e

não viola a resolução n°.196/96 do conselho Nacional de Saúde que estabelece os

princípios referenciais da bioética.

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4. RESULTADOS

O Brasil é considerado um país em desenvolvimento, por apresentar problemas como:

desigualdade na distribuição de rendas e difícil acesso na qualidade de serviços

prestados nas áreas de educação e saúde. Os determinantes e as responsabilidades com a

saúde são explicitados a partir de quatro dimensões: As condições, situações e estilos de

vida; a situação ambiental; o desenvolvimento da biologia e a organização da assistência

a saúde (LIMA et.al, 2008).

Existe a convicção de que saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim boas

condições biológicas, ecológicas, ambientais, emocionais, políticas, econômicas,

sociais, e culturais. Levando em consideração a importância da saúde auditiva, hoje

existe um consenso em que se destaca a importância da realização da triagem auditiva

em todos os bebês (LIMA et.al, 2008).

A Audição é um dos sentidos mais importantes do ser humano. Com ela, pode-se saber

as condições climáticas, de alerta, e de prazer do meio ambiente, mesmo de olhos

fechados. É ainda devido a audição que os humanos habitualmente se comunicam

verbalmente. Toda cultura humana baseia-se em comunicação, sendo a maior dela feita

por padrões sonoros (IORIO, 2004).

Segundo Lewis (1996), a audição é um dos sentidos que traz informações importantes

para o desenvolvimento humano, principalmente nos aspectos lingüísticos e

psicossociais. As implicações decorrentes de uma perda auditiva são várias, ressaltando-

se aquelas que se referem à comunicação.

Para que o desenvolvimento da linguagem falada aconteça, a audição é muito

importante. Primeiramente o ser humano deve ser capaz de receber, reconhecer,

identificar, discriminar e manipular as características e processos do mundo sonoro que

nos cerca. Para que isso seja possível, a integridade do sistema auditivo periférico e

central é fundamental, uma vez que será por meio da audição que nos manteremos

informados sobre tudo que esta acontecendo ao nosso redor (AITA et al, 2002).As

autoras Kaminski, Tochetto e Mota (2006) confirmam que a função auditiva é

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considerada peça fundamental do complexo sistema de comunicação do ser humano. A

integridade e o funcionamento adequado dos órgãos responsáveis pela audição são pré-

requisitos para garantir a aquisição da linguagem. O desenvolvimento da linguagem

depende do funcionamento normal dos processos auditivos para receber e transmitir,

perceber, relembrar os sons e integrar as experiências.

De acordo com Pereira (2004), a percepção e a produção da fala são eventos

relacionados. A habilidade para produzir fala inteligível depende, em grande parte, das

habilidades para processar os paradigmas de espectro acústico e da prosódia da fala do

locutor.

A partir da implantação da Politica Pública de Atenção a Saúde Auditiva, em 2004,

muitos avanços foram conquistados, com o intuito de beneficiar a população. A

avaliação dos serviços de saúde auditiva vem como forma de acrescentar melhorias a

esta política, a partir da otimização da verba pública para um atendimento de qualidade

para um maior número de indivíduos (BEVILACQUA et.al, 2009).

A avaliação das ações de saúde vem se destacando entre as iniciativas de planejamento

e gestão das práticas deste setor, a fim de fornecer informações relevantes para o

processo de tomada de decisões, baseado em evidências, e pode enfocar a avaliação de

programas, de serviços e de tecnologias. A avaliação de programas de saúde, tem como

foco de análises os programas, ou seja, práticas com macro objetivo voltadas para

populações específicas, como o programa da triagem auditiva neonatal (BEVILACQUA

et.al, 2009).

Os objetivos da triagem auditiva para as autoras Aita e colaboradores (2002), além da

detecção de alterações auditivas, visam à necessidade de se desenvolver guias e critérios

para os testes utilizados na avaliação dos bebês quando esses deixarem o hospital,

incluindo referências sobre as avaliações auditivas e os serviços realizados, identificar

as necessidades reais de cada população quanto às questões de saúde e de prevenção

desta, desenvolver materiais educativos para serem distribuídos a médicos, à

comunidade e aos familiares, estabelecer sistemas apropriados para assegurar a

qualidade do programa e o seguimento das famílias após a alta hospitalar.

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O serviço de Fonoaudiologia vem apresentando avanços significativos no Sistema

Único de Saúde. Desde sua inserção no SUS, entre as décadas de 70 e 80, muitos

conceitos e práticas têm sido reavaliados. No entanto, é preciso que se tenha

conhecimento desta caminhada para que seja possível fazê-la avançar cada vez mais,

acredita-se que este serviço merece importante atenção das ações de saúde pública

(MOREIRA, MOTA, 2009).

A realização da triagem auditiva é possível em ambientes como as Unidades Básicas de

Saúde (UBS), no berçário comum, no alojamento conjunto ou na Unidade de Terapia

Intensiva (UTI), sendo esta realizada na ocasião do teste do pezinho, no qual o vérnix

do meato acústico externo do neonato já teria sido absorvido, reduzindo assim o número

de falso positivo (AZEVEDO, 2004).

Costa Filho e Lewis (2002) ressaltam ainda que, atualmente os programas de triagem

auditiva neonatal têm sido idealizados, desenhados e implementados por médicos

otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, na maioria dos serviços e, em alguns casos,

por médicos pediatras ou neonatologistas. No entanto, é de grande importância que os

programas de triagem auditiva neonatal possam contar com a colaboração de equipes

multidisciplinares, ou seja, pelas equipes de pediatria e neonatologia, principalmente

pela obstetrícia, enfermagem, serviço social e setores de neurologia,

otorrinolaringologia e principalmente fonoaudiologia, quando esses serviços estiverem

disponíveis no hospital. O setor administrativo, e principalmente os atendentes,

recepcionistas e auxiliares deverão conhecer e apoiar o programa de triagem auditiva

neonatal. Seminários e reuniões podem ser necessários para que uma atualização seja

oferecida a esses profissionais.

Ribeiro e Mitre (2004) relatam que é importante realizar um trabalho de conscientização

das mães sobre a importância do diagnóstico precoce da perda auditiva e esse trabalho

deve ser feito antes do nascimento do bebê. A mãe precisa ter consciência que no caso

de uma perda auditiva, a intervenção precoce irá proporcionar a chance da criança se

desenvolver o mais próximo do normal. A média de idade para a detecção de perdas

auditivas na infância tem sido de 14 meses. No Brasil, essa média se da por volta do

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terceiro ano de vida, ambas as idades consideradas tardias para o desenvolvimento da

criança.

Através deste estudo observamos que o diagnóstico da perda auditiva na criança deve se

rprecoce, através do programa de triagem auditiva neonatal. Os casos suspeitos devem

ser encaminhados pelos diversos profissionais da saúde para avaliação especializada,

para evitar sequelas (VIEIRA, 2007).

5. DISCUSSÃO

Quanto antes uma deficiência auditiva for identificada e diagnosticada, medidas

adequadas podem ser tomadas para que as dificuldades sejam minimizadas e, em alguns

casos, até totalmente eliminadas. Assim sendo, tem-se como objetivo o diagnóstico

precoce da deficiência auditiva, visando o tratamento médico e a intervenção

fonoaudiológica, sempre que necessário e o mais rápido possível, sendo esta afirmação

ainda mais importante quando se refere à criança (LEWIS, 1996).

Para Northen e Downs (2005), a triagem é o processo de aplicar testes, exames ou

outros procedimentos rápidos e simples a um número geralmente grande de indivíduos,

dos quais serão identificados aqueles que possuam alta probabilidade de um distúrbio e

aqueles que provavelmente não têm distúrbio. Por não ter a pretensão de ser um

procedimento diagnóstico, a triagem simplesmente avalia grandes populações de

pessoas tipicamente assintomáticas sem diagnóstico, para identificar aquelas com

suspeita de serem portadoras do distúrbio e que exigem procedimentos diagnósticos

mais elaborados.

A triagem auditiva tem por objetivo a identificação precoce da perda auditiva,

possibilitando a intervenção fonoaudiológica imediata (AZEVEDO, 2004).

Para Basseto (1998) o sucesso de um programa de triagem depende da eficácia das

medidas adotadas para a identificação do suspeito, portanto, a escolha do procedimento

mais adequado é fundamental. Atualmente as técnicas mais empregadas são: as

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emissões otoacústicas (EOAE), o potencial evocado auditivo de tronco cerebral

(PEATC) e a audiometria de observação comportamental.

Entre os métodos mais indicados para a realização da triagem auditiva neonatal está o

registro das Emissões Otoacústicas (EOA), um exame rápido, não invasivo e com

resultados confiáveis (Joint Committee on Infant Hearing, 2000).As emissões

otoacústicas foram observadas por Kemp (1978) que as definiu como uma liberação de

energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato

acústico externo. Segundo Lonsbury – Martin (2001) as emissões otoacústicas têm

várias aplicações clínicas na avaliação de recém-nascidos, bebês e crianças. Os tipos de

emissões otoacústicas utilizados extensivamente para propósitos clínicos são as

emissões otoacústicas evocadas por click e as emissões por produto de distorção.

As emissões otoacústicas evocadas transientes (EOAT) são aquelas que ocorrem em

resposta a um estímulo sonoro bem breve, geralmente click, que é muito estimulante

para a membrana basilar, porém é desprovido de seletividade de frequência. Estão

presentes em todos os indivíduos com audição normal, desta forma, sendo muito

utilizado em procedimentos de triagem auditiva neonatal (MUNHOZ, 2000).

É por esse motivo que as ações que visam à identificação das perdas auditivas em

recém-nascidos devem ter início no nascimento. Atualmente, preconiza-se a

implementação de programas de triagem auditiva universal, ou seja, em todos recém-

nascidos, e não somente naqueles de maior risco para a deficiência auditiva (COSTA

FILHO, LEWIS, 2003).

Para Barreira e colaboradores (2007), a implantação e a discussão de programas de

triagem auditiva neonatal têm sido temas constantes de preocupação entre audiologistas

e pediatras. A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala e linguagem. Os

estudos dos últimos anos vêm comprovando que a detecção e a intervenção precoces

das alterações na audição garantem à criança o desenvolvimento da compreensão e da

expressão da linguagem, comparáveis com as crianças ouvintes da mesma faixa etária.

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No Brasil, o Ministério da Saúde, instituiu em 2004, por meio da portaria GMMS nº

2.073 a Política Nacional de Atenção a Saúde Auditiva, esta portaria promove uma

organização das ações direcionadas a atenção básica e estruturando os serviços de

média e alta complexidade (DANIELI et al, 2011). Os mesmos autores, referem que a

constituição destas redes possibilitou um grande avanço no aprimoramento das ações de

Saúde Auditiva do Sistema único de Saúde, na medida em que propôs uma organização,

de uma rede hierarquizada, regionalizada e integrada, aos diversos serviços de saúde

contemplando ações de promoção e proteção a saúde.

Segundo Campos e colaboradores (2012) no SUS o cuidado com a saúde está ordenado

em níveis de atenção (básica, média e de alta complexidade), essa estruturação visa a

melhor programação e planejamento das ações e serviços do sistema. Não se deve,

porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a

atenção à Saúde deve ser integral. A prioridade para todos os munícipes é ter a atenção

básica operando em condições plenas e com eficácia, visto que a Atenção Básica

considera o sujeito em sua singularidade e inserção sócio-cultural. Buscando produzir a

atenção integral, o Fonoaudiólogo poderá desenvolver suas atividades nos campos da

promoção, prevenção e proteção da saúde, bem como na redução de agravos.

De acordo com os mesmos autores citados acima, a inserção do Fonoaudiólogo na APS

objetiva contemplar os três níveis de Atenção à Saúde, conforme preconizado pelo SUS,

o que significa promover a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde nas

diferentes fases da vida. A adoção dessas concepções de saúde traz à cena a necessidade

tanto de uma visão holística de homem como de um sistema integrado, superando a

visão curativa, biológica e reducionista do indivíduo.

As diretrizes do SUS apontam para a importância de uma atenção universal, equânime e

integral à saúde, organizada por meio da descentralização, regionalização e

hierarquização dos serviços, de forma que sejam acessíveis a todos os cidadãos,

resolutivos e contem com a participação social (BRASIL, 1990)

A atenção primária à saúde, segundo Befi (1997) e Sampaio (1997) tem uma capacidade

resolutiva de 85% a 90% dos problemas da população, sendo a “chave” para que seja

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alcançada a saúde para todos. As Unidades Básicas e os Centros de Saúde, responsáveis

pela APS, devem solucionar os problemas de menor dificuldade técnica, diagnóstica e

terapêutica. Caso seja necessário, será realizado um encaminhamento aos demais níveis:

Atenção Secundária à Saúde (Clínicas e/ou Ambulatórios de Especialidades) e

AtençãoTerciária à Saúde (Rede Hospitalar de Referência). Como o atendimento está

próximo ao indivíduo e à sua família, os profissionais podem eleger suas estratégias a

partir das necessidades daquela região.

Oliveira, Pedrozo e Macedo (1997) consideram a triagem como um momento próprio

para esclarecer o paciente sobre o funcionamento da instituição e para levantar uma

hipótese-diagnóstica. A Triagem Audtiva Neonatal é um procedimento utilizado para

detectar precocemente as perdas auditivas. Quanto antes uma perda auditiva for

diagnosticada haverá melhores resultados para a intervenção imediata da criança; pois

se a educação auditiva por meio de prótese tiver início antes dos seis meses de idade,

haverá maior aproveitamento das capacidades auditivas e menor atraso de linguagem

(MAZZA, CAMARGO, PINTO, 2007).

A importância da Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica, de acordo com

Andrade (2006) é de grande significado na saúde da população infantil, pois através da

prevenção das doenças da comunicação conduz, diretamente, à melhoria da mais

significativa das características humanas.

Melhorar a qualidade vida é o principal objetivo de qualquer cuidado com a saúde,

através do direcionamento da quantidade e qualidade das medidas e serviços

preventivos que, graças a procedimentos globais e específicos, permitam que as pessoas

estejam menos expostas às doenças e melhor capacidade para resisti-las (ANDRADE,

2006).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pesquisas realizadas vêm comprovando a importância da atuação na prevenção,

detecção e atendimento precoce; as crianças atendidas em programas de intervenção

precoce necessitam de menor assistência no futuro. Desta forma, o presente estudo visa

conscientizar e expandir conhecimento sobre os benefícios da realização de um

programa de Triagem Auditiva Neonatal na Atenção Básica para o desenvolvimento das

crianças submetidas ao mesmo.

Este trabalho também tem o interesse de subsidiar informações a cerca do

conceito comunicação humana, tida como importante, mas não essencial, para o

reconhecimento amplo de funcionalmente crítica e determinante do bem-estar, da saúde

geral, do desenvolvimento pessoal e de toda sociedade, sem privilégio e poder de

poucos, como preconiza uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde.

Por meio deste estudo, observamos que seria relevante a elaboração de outras

pesquisas a fim de contribuir com as leis relacionadas a Política Pública de Saúde

Auditiva, na Atenção Básica, pois esta seria uma forma de aumentar a consciência

coletiva quanto a prevenção da perda auditiva.

Percebemos avanços no movimento da reforma sanitária brasileira, porém são

relevantes os percalços e as dificuldades no que se refere as melhores condições de

saúde e de trabalho em saúde no Brasil. Desta forma, é necessário realizar um

levantamento do que está sendo feito em termos de prevenção a perda auditiva, e é

preciso tomar providências para adequar os serviços à realidade atual.

Portanto, para isto requer maior número de fonoaudiólogos atuando na Saúde

Pública, profissionais preparados para lidar com Saúde Pública e mais atenção do

governo ao que se refere a Política Pública de Saúde Auditiva. Contudo concluímos que

precisa-se investir em pesquisas e estudos nessa área afim de fundamentar a importância

dessas ações na Atenção Básica.

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7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MACHADO, M.S; OLIVEIRA, T.M.T e COSER, P.L. Triagem auditiva neonatal

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maio∕agosto, 2002.

MARTINS, L e FERNANDES, L. Conhecimento das mães e da equipe

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Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE ...¢ncia-da... · intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE[ acesso 25-11-2013, em:

http:∕∕www.who.int]

PAIM, J. S. et al. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. The

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ANEXO

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Matriz para organização dos textos da revisão de literatura

Base de Dados: Google Acadêmico

Descritor: Triagem Auditiva Neonatal e Atenção Básica

Data: Novembro 2013 a Março 2014

Quantidade encontrada: 122

Quantidade validada: 25

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Ano Referencia

(Fonte)

Titulo Resumo

2010 http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S1808-

86942010000100020&lng=pt&n

rm=iso

Saúde auditiva neonatal Criado em 2007, o COMUSA é um comitê multiprofissional que

agrega áreas de estudo da Fonoaudiologia, Otologia,

Otorrinolaringologia e Pediatria e tem como objetivo discutir e

referendar ações voltadas à saúde auditiva de neonatos, lactentes, pré-

escolares e escolares, adolescentes, adultos e idosos. Fazem parte do

COMUSA representantes da Academia Brasileira de Audiologia

(ABA), Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia

Cérvico Facial (ABORL), Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

(SBFa), Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e Sociedade

Brasileira de Pediatria (SBP).

2011 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v1

6n3/04.pdf

Contribuições para

análise da política de

saúde auditiva no Brasil

Objetivo: Realizar o levantamento do quantitativo dos procedimentos

relacionados à adaptação de aparelho de amplificação sonora

individual (AASI) incluídos na Tabela do Sistema Único de Saúde

(Tabela SUS). Métodos: Os dados sobre os procedimentos

relacionados à adaptação de AASI incluídos na tabela SUS foram

levantados no site: WWW.datasus.org.br. Após o levantamento

desses dados, foi realizada a organização e a análise descritiva da

produção dos atendimentos ambulatoriais registrados pelos serviços

de saúde auditiva do Brasil, durante o período de novembro de 2004 a

julho de 2010. Os dados foram analisados estatisticamente.

Resultados: Quanto aos procedimentos relacionados à dispensação de

AASI no território nacional no âmbito da saúde auditiva, em 2006, a

terapiafonoaudiológica ultrapassou o quantitativo obtido pela

adaptação de AASI e, o acompanhamento fonoaudiológico, por sua

vez, foi pouco realizado no país. Os AASI com tecnologias B e C

vem sendo mais adaptados do que os AASI de tecnologia A e a

realização de medida com microfone sonda ou acoplador de 2cc na

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adaptação dos AASI é pouco realizada em comparação ao ganho

funcional.

Conclusão: Houve grandes avanços na atenção ao deficiente auditivo

no país, mas é necessário aprimorar o acompanhamento

dos usuários de AASI, e revisar procedimentos como medidas com

microfone sonda e tecnologias dos AASI.

2012 http://web.b.ebscohost.com/ehos

t/delivery?sid=f0243b48-b8d3-

4bea-80c5-

1772e2817ab9%40sessionmgr11

3&vid=17&hid=108

PROGRAMA DE

TRIAGEM AUDITIVA

SELETIVA EM

CRIANÇAS DE

RISCO EM UM

SERVIÇO DE SAÚDE

AUDITIVA DE SÃO

PAULO.

Objetivo: descrever a população de neonatos encaminhada para um

programa de triagem auditiva seletiva, caracterizando e comparando

o grupo de lactentes que compareceram à triagem (grupo I) com o

grupo de lactentes que não compareceu (grupo II). Método: a amostra

foi constituída por 55 lactentes, provenientes de uma maternidade de

São Paulo. A metodologia incluiu a análise de prontuários e

entrevistas com as mães. Foram variáveis do estudo: idade da alta

hospitalar, resultado da triagem auditiva, resultado do diagnóstico, o

tempo entre a alta hospitalar e a triagem, o tempo entre a alta

hospitalar e o diagnóstico e, por fim, o tempo entre triagem e

diagnóstico. Além destes aspectos, as características socioeconômicas

e culturais dos grupos e os indicadores de risco foram analisados.

Resultados: foram encaminhados 55 lactentes e o comparecimento à

triagem auditiva foi de 76% (42). A média de idade da alta hospitalar

foi de 38 dias, da triagem auditiva foi de 42 dias e do diagnóstico foi

de 95,1 dias. A média do tempo entre a alta e a triagem foi de 13 dias

e da alta e diagnóstico de 40,8 dias. O grupo que compareceu à

triagem apresentou peso menor, maior período de internação na UTI,

maior número de indicadores de risco, maior renda familiar por

pessoa e maior número de consultas pré-natal em comparação aos

que não compareceram. Conclusões: as crianças que mostraram

maior adesão à realização da triagem auditiva neonatal seletiva foram

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aquelas cujas mães compareceram a um maior número de consultas

no pré-natal, as que apresentaram maior ocorrência de indicadores de

risco, maior tempo de internação e quando as informações na

maternidade mostraram-se mais efetivas.

2011 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sa

udelegis/gm/2011/prt2488_21_1

0_2011.html

O sistema de saúde

brasileiro: história,

avanços e desafios

O Brasil é um país de dimensões continentais com amplas

desigualdades regionais e sociais. Neste trabalho, examinamos o

desenvolvimento histórico e os componentes do sistema de saúde

brasileiro, com foco no processo de reforma dos últimos quarenta

anos, incluindo a criação do Sistema Único de Saúde. Uma

característica fundamental da reforma sanitária brasileira é o fato de

ela ter sido conduzida pela sociedade civil, e não por governos,

partidos políticos ou organizações internacionais. O Sistema Único de

Saúde aumentou o acesso ao cuidado com a saúde para uma parcela

considerável da população brasileira em uma época em que o sistema

vinha sendo progressivamente privatizado. Ainda há muito a fazer

para que o sistema de saúde brasileiro se torne universal. Nos últimos

vinte anos houve muitos avanços, como investimento em recursos

humanos, em ciência e tecnologia e na atenção básica, além de um

grande processo de descentralização, ampla participação social e

maior conscientização sobre o direito à saúde. Para que o sistema de

saúde brasileiro supere os desafios atuais é necessária uma maior

mobilização política para reestruturar o financiamento e redefinir os

papéis dos setores público e privado.

2009 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

v11n3/a21v11n3.pdf

OS CAMINHOS DA

FONOAUDIOLOGIA

NO SISTEMA ÚNICO

DE SAÚDE – SUS

Tema: os caminhos da Fonoaudiologia no Sistema Único da Saúde –

SUS. Objetivo: realizar um breve relato da evolução das questões de

saúde no Brasil e da evolução do serviço de Fonoaudiologia no

Sistema Público além de realizar uma breve análise sobre a

importância de pesquisas nesta área. Conclusão: o serviço de

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE ...¢ncia-da... · intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por

Fonoaudiologia vem apresentando avanços signifi cativos no Sistema

Único de Saúde. Desde sua inserção no SUS, entre as décadas de 70 e

80, muitos conceitos e práticas têm sido reavaliados. No entanto, é

preciso que se tenha conhecimento desta caminhada para que seja

possível fazê-la avançar cada vez mais. Acredita-se que este serviço

merece importante atenção das ações de saúde pública e que são

necessárias evidências científicas que comprovem a importância deste

trabalho.

2011 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sa

udelegis/gm/2011/prt2488_21_1

0_2011.html

BRASIL. Portaria n. 24

88, de 21 de outubro de

2011. Aprova a Política

Nacional de Atenção

Básica, estabelecendo a

revisão de diretrizes e

normas para a

organização da Atenção

Básica,para a Estratégia

Saúde da Família (ESF)

o Programa de Agentes

Comunitários de Saúde

(PACS).

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde,

no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção

da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a

reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o

objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação

de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e

condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio

do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e

participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a

populações de territórios definidos, pelas quais assume a

responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no

território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de

cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das

demandas e necessidades de saúde de maior freqüência e relevância

em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade,

resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de

saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.

2008 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

v10n2/a16v10n2.pdf

TRIAGEM

AUDITIVA: PERFIL

SOCIOECONÔMICO

Objetivo: descrever as características socioeconômicas e

demográficas das mães cujos filhos participaram da triagem auditiva

neonatal. Métodos: o estudo foi desenvolvido em maternidades

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DE MÃE públicas da cidade do Recife, por meio de entrevistas realizadas

com as parturientes. Após a entrevista, as mães foram convidadas a

comparecer às clínicas-escola de Fonoaudiologia da Universidade

Católica de Pernambuco e da Faculdade Integrada do Recife, para

realizar avaliação auditiva em seus filhos. Resultados: participaram

do estudo 1.021 mães, sendo observado que: a idade destas variou de

13 a 50 anos, com maioria (69,5%) entre 20 e 35 anos; 59,4% são

casadas ou têm união consensual ; 39,1% são solteiras e a maior parte

(34,1%) possui primeiro grau incompleto e 3,4%, o 3°grau. Quanto

ao fator renda pessoal, a maioria (72,8%) apresenta inferior a um

salário mínimo; 90,3%.possuem bens, sendo que 83,6% televisão,

56,7% casa própria e 40,7% telefone e, como atividade,identificou-se

(63,7%) como sendo dona de casa. Conclusão: as características

socioeconômicase demográficas das mães participantes da triagem

auditiva neonatal foram marcadas por mulheres adultas jovens, que

possuem marido ou parceiros, baixa escolaridade e renda familiar,

possuem acesso a televisão e não possuem trabalho fora de casa. Tais

resultados representam uma importantesbase diagnóstica para as

necessárias ações de gestão, assistência e ensino na área de saúde

materno-infantil.Portanto, a partir dos achados pode-se melhor

fundamentar programas direcionadospara as mães com as

características socioeconômicas e demográficas identificadas.

Entretanto, para se atingir todas as mães, o estudo também forneceu

indícios de grupos minoritários que merecem, certamente, novas

pesquisas sequenciais.

2007 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

v9n4/15.pdf

O CONHECIMENTO,

A VALORIZAÇÃO

DA TRIAGEM

Objetivo: investigar o conhecimento, a valorização da detecção

precoce da deficiência auditiva pelos profissionais da saúde

envolvidos no período pré e pós gestacional e verificar o

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AUDITIVA

NEONATAL E A

INTERVENÇÃO

PRECOCE DA PERDA

AUDITIVA

conhecimento das mães sobre a importância da triagem auditiva

neonatal. Métodos: o instrumento da pesquisa constituiu-se de três

questionários com perguntas fechadas e específicas aos profissionais

envolvidos; pediatras, ginecologistas/obstetras enfermeiros, além das

mães dos bebês nascidos em uma maternidade na cidade de

Maringá/PR, no período de janeiro a fevereiro/2005. Resultados:

observou-se no questionário realizado com os médicos que todos,

100%, referiram ter conhecimento da saúde auditiva do bebê, 69%

recomendaram o teste da orelhinha, 82% referiram que até os

primeiros três meses seria o período ideal para o diagnóstico auditivo

e apenas 37% souberam referir quais os exames necessários a serem

realizados. Entre os enfermeiros, 78% demonstraram ter

conhecimento sobre a detecção precoce da perda auditiva e 67%

referiram orientar os pais sobre o teste da orelhinha. Sobre a

importância da detecção precoce da deficiência auditiva, 22% não

responderam ou não acharam relevante. No questionário realizado

com as mães, 81% relataram não terem recebido orientações a

respeito das doenças que alteram o desenvolvimento auditivo, 72%

não tinham conhecimento a respeito da detecção precoce da

deficiência auditiva. Conclusão: mostrou-se evidente neste estudo um

conhecimento reduzido com relação a detecção precoce da perda

auditiva e da triagem auditiva neonatal por parte das pessoas

envolvidas nesta pesquisa.

2006 http://www.arquivosdeorl.org.br/

conteudo/pdfForl/352.pdf

Triagem Auditiva

Neonatal Universal

O diagnóstico precoce da perda auditiva em neonatos constitui-se em

estratégia fundamental parao planejamento e introdução de medidas

terapêuticas, objetivando a prevenção de agravos e melhoriada

qualidade de vida. É sabido que a prevalência de deficiência auditiva

observada em outros países é de 5 em cada 1000 neonatos. Objetivo:

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Realizar uma triagem auditiva neonatal universal em uma

maternidade pública do Estado do Acre. Foi realizado estudo

transversal em 200 neonatos, da Maternidade Bárbara Heliodora, em

Rio Branco- Acre, durante o período de novembro de 2004 a janeiro

de 2005, aplicando-se um questionário àsmães e/ou responsáveis e

teste de Emissões Otoacústicas Produto de Distorção.Dos 200

neonatos estudados, apenas 6 (3.0%) de suas mães relataram história

familiar de deficiênciaauditiva; apenas uma delas tinham mais de um

familiar com o distúrbio. A média de peso dos neonatosfoi de

3122.31 ± 588.4 g, variando desde 1085 to 4900 g. Apenas um

(0.5%) neonato apresentoudisfunção auditiva. Este tinha 20 dias de

nascido quando foi testado, pesava 1515 g, e nascido pré-termo de

parto normal.Conclui-se a partir do estudo realizado a extrema

importância da triagem auditiva neonatal universal, uma vez que, na

pesquisa diagnosticou-se um neonato com alteração, realizou-se

encaminhamentosadequados tornando possível uma intervenção

precoce, evitando sérios transtornos futuros para linguagem e

comunicação deste.

2009 http://www.scielo.br/pdf/rboto/v

75n1/v75n1a09.pdf

Resultados de um

programa de triagem

auditiva neonatal em

Maceió

Desde 1998, com a criação do grupo de apoio a triagemauditiva

neonatal, vários programas de triagem auditiva foramimplantados no

país. Em Alagoas, o primeiro programa foi criado em 2003, do qual

não se publicou nenhum resultado. Sabe-se que a audição é

importante para a comunicação humana, pois a perda auditiva na

criança pode acarretardistúrbios na aquisição da fala, na linguagem e

no desenvolvimento emocional, educacional e social. Objetivo:

Apresentar os resultados obtidos em um programa de triagem

auditiva neonatal em Maceió. Material e método: Trata-se de um

estudo analítico retrospectivo para analisar exames realizados entre

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setembro de 2003 e dezembro de 2006 em um hospital privado de

Maceió. Resultados: De 2002 recém-nascidos, 1626 atenderam aos

critérios de inclusão, sendo 835 (51,4%)do sexo masculino. A

triagem auditiva foi adequada em 1416 casos (87,1%), sendo a

faixa etária mais freqüente entre 16e 30 dias. No total, 163 (10,0%)

apresentavam indicadoresde risco para deficiência auditiva, o mais

freqüente foi ahiperbilirrubinemia. Conclusões: Os resultados

estatísticosobtidos neste programa de triagem auditiva demonstram

aimportância da implantação e manutenção de um programadessa

natureza. Esta análise foi considerada importante para contribuição

de um estudo multinacional ou regional.

2002 http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?Isis

Script=iah/iah.xis&src=google&

base=LILACS&lang=p&nextAc

tion=lnk&exprSearch=312960&

indexSearch=ID

O financiamento

público federal do

Sistema Unico de

Saúde

Analisa o Financiamento Federal para a saúde no período de 1988 a

2001. A base da análise é a Legislaçäo Federal sobre o Direito à

Saúde e aos preceitos sobre o financiamento deste direito. Diante do

prescrito, analisa o ocorrido. Uma tentativa de estudo relacionando o

diploma legal (virtual) e o diploma do acontecido (real). Historia os

documentos e o ocorrido neste período. No final, as conclusões säo

tiradas orientadas por uma dezena de eixos. Desde a interpretaçäo do

conceito de saúde para efeito do financiamento, a gratuidade do

direito, as fontes de recursos, a obrigatoriedade dos repasses, a

administraçäo dos recursos até outros aspectos mais genéricos. A

partir da constataçäo de que neste período foram cometidas inúmeras

ilegalidades säo feitas recomendaçöes relativas a cada uma delas com

o intuito de corrigi-las ou compensá-las.

1992 http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?Isis

Script=iah/iah.xis&src=google&

Reforma da reforma,

repensando a saúde

Discute o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), analisando os

impasses do planejamento e da gestäo dos serviços públicos, além de

comentar algumas teorias referentes a esses temas. Estuda a forma

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE ...¢ncia-da... · intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por

base=LILACS&lang=p&nextAc

tion=lnk&exprSearch=160820&

indexSearch=ID

neo-liberal de produzir e organizar a atençäo à saúde, enfatizando a

investigaçäo dos processos de trabalho, do exercício do poder nas

instituiçöes e nas relaçöes entre hospital e clientela. A seguir,

descreve o processo de descentralizaçäo instituído no Brasil a partir

de 1987 e as suas conseqüências sobre o modelo assistencial entäo

vigente na área pública de saúde. Por fim, apresenta propostas de

reformulaçäo da forma de organizar a atençäo à saúde na área

pública, bem como dos métodos de planejamento, de gestäo e da

prática dos profissionais de saúde.

1994 http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?Isis

Script=iah/iah.xis&src=google&

base=LILACS&lang=p&nextAc

tion=lnk&exprSearch=140281&

indexSearch=ID

Conselhos de Saúde no

Brasil

Os Conselhos de Saúde emergiram recentemente na cena político-

sanitária brasileira, com a missäo de operacionalizar o princípio

constitucional da participaçäo comunitária e assegurar o controle

social sobre as açoes e serviços de saúde. Foram institucionalizados

como órgäos permanentes e obrigatórios do Sistema Unico de saúde,

recebendo amplas atribuiçoes legais e caráter deliberativo. Busca

avaliar o grau em que esses órgäos têm cumprido esse papel, bem

como indaga de suas condiçoes atuais e potenciais de impactar

positivamente o processo de transformaçäo democrática do sistema

de saúde brasileiro. Säo estabelecidos os marcos teóricos e históricos

onde se inscrevem os conceitos de participaçäo e controle social em

saúde, discrimina e tipifica as diversas modalidades de práticas

sociais a eles associadas. Apresenta o percurso histórico de evoluçäo

das políticas e práticas que antecederam e deram origem à proposta

dos Conselhos de Saúde no caso do Brasil. Através de le

2007 http://www.pediatriasaopaulo.us

p.br/upload/pdf/1201.pdf

O diagnóstico da perda

auditiva na infância

Objetivo: descrever a epidemiologia, etiologia e formas de

diagnóstico precoce das desordens auditivas na criança, assim como

as implicações no desenvolvimento. Fontes pesquisadas: artigos da

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base de dados Medline no período de 1985 a 2005. Livros técnicos,

teses, publicações do Ministério da Saúde e documentos disponíveis

na internet também foram pesquisados. Síntese dos dados: a perda

auditiva da criança pode ocorrer em diferentes faixas etárias, em

decorrência deem diferentes faixas etárias, em decorrência de

doenças diversase pode ser reversível, progressiva ou permanente.

Para o diagnóstico etiológico, é necessário considerar os indicadores

de risco:agentes pré, peri e pós-natais, o quadro clínico, tipo de perda

auditiva, faixa etária, comportamento social e acadêmico da criança.

Testes auditivos, subjetivos e objetivos e testes de desempenho

escolar são úteis para o correto diagnóstico. As principais

conseqüências da perda auditiva na infância são: distúrbio na

aprendizagem da linguagem, com possível retardo da aquisição da

linguagem oral, distúrbios de atenção, de compreensão de leitura e

alterações de comportamento social. O tratamento pode demandar a

utilização de prótese e/ou outros meios de amplificação do sinal

sonoro, acompanhamento médico, orientação familiar e escolar e

fonoterapia. Conclusões: o diagnóstico da perda auditiva na criança

deve serprecoce, através do programa de triagem auditivaneonatal

como também deve haver uma triagemposterior em escolares, Os

casos suspeitos devemser encaminhados pelos diversos profissionais

dasaúde e do ensino para avaliação especializada,para evitar seqüelas.

2007 http://www.scielo.br/scielo.php?

script=sci_arttext&pid=S0104-

59702007000300011

As origens da rede de

serviços de atenção

básica no Brasil: o

Sistema Distrital de

Múltiplos aspectos relacionados à formulação de políticas, à

construção do conhecimento e à implementação das práticas no setor

saúde interagem e têm como produto a maneira como se prestam os

serviços de saúde em determinado contexto histórico. O surgimento e

a consolidação da organização sanitária resultaram de um processo

político cujo ideário buscava atender às necessidades segundo um

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE ...¢ncia-da... · intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por

Administração Sanitária contexto histórico. Analisa-se a trajetória histórica da organização da

rede de atenção básica no país tomando-se como referência os seus

princípios organizativos e assistenciais, sua expansão em termos

físicos e sua função no sistema público de saúde, entre 1918 e 1942.

Abordam-se os antecedentes e as iniciativas para se implantar no Rio

de Janeiro e, posteriormente, no país um Sistema Distrital de

Administração Sanitária, precursor da rede de serviços de atenção

básica no Brasil.

2008 http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?Isis

Script=iah/iah.xis&src=google&

base=LILACS&lang=p&nextAc

tion=lnk&exprSearch=505222&

indexSearch=ID

Meta-avaliação da

atenção básica em

saúde: teoria e prática

A publicação em pauta tem como eixo orientador a Política Nacional

de Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica, com vistas à

Institucionalização da Avaliação em Saúde. O texto engloba a

pluralidade de abordagens metodológicas utilizadas nas pesquisas

avaliativas, multi-institucionais, dos Estudos de Linha de Base

integrantes do Projeto de Expansão e Consolidação da Estratégia

Saúde da Família (PROESF), conduzido pelo Departamento de

Atenção Básica do Ministério da Saúde, ressaltando suas vantagens,

limitaç

2008 http://rmmg.medicina.ufmg.br/in

dex.php/rmmg/article/viewArticl

e/139

Triagem auditiva em

Neonatos

A preocupação de se identificar precocemente a

deficiência auditiva se deve à melhora no prognóstico se a

intervenção é feita em tempo hábil. Objetivo: Revisar estudos que

preconizam realização de TriagemAuditiva Neonatal, o seu histórico

e os indicadores de risco para deficiência auditiva propostos pelo

Joint Committee on Infant Hearing. Fonte de dados: Pesquisa

bibliográfica na base de dados MEDLINE e LILACS. Síntese dos

dados: A triagem auditiva no Brasil vem se expandindo. Observa-se

aumento da conscientização dos profissionais e da população acerca

do exame além, do maior conhecimento e possibilidade de

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UFBA INSTITUTO DE SAÚDE ...¢ncia-da... · intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. A atenção básica caracteriza-se por

identificação e intervenção precoces. Verifica-se a existência de um

esforço contínuo, para divulgação do teste, dos profissionais

envolvidos nos Programas de Triagem Auditiva Neonatal e que, com

auxílio da mídia, reforçada pela aprovação de leis municipais e

estaduais, vem atingindo maior parcela da população. As emissões

otoacústicas são utilizadas amplamente em programas

de triagem auditiva e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco

Encefálico automático vem ganhando espaço nas triagens de

neonatos de alto risco. Conclusão: A literatura pesquisada demonstra

que a prevalência da deficiência auditiva é alta e que as

conseqüências apresentadas, quando não identificada precocemente

podem ser devastadoras para o desenvolvimento de fala, linguagem,

cognitivo e social As técnicas disponíveis atualmente para

avaliação auditiva são altamente sensíveis e com especificidade

adequada para se detectar precocemente a deficiência auditiva.

2005 http://www.revistas.usp.br/rmrp/

article/view/449

Diagnóstico Precoce da

Surdez na Infância

A audição é importante na comunicação humana. Perda auditiva na

criança pode acarretar distúrbios na aquisição da fala, linguagem e no

desenvolvimento emocional, educacional e social. O diagnóstico

precoce de deficiência auditiva permite a intervenção e o ideal é que

ambos ocorram nos primeiros 6 meses de vida. A triagem auditiva

neonatal universal é recomendada pois avalia todos os recém-

nascidos e não apenas aqueles com indicadores de risco para perda

auditiva. Embora existam testes comportamentais para a avaliação

auditiva, os exames ideais são os objetivos, tais como as emissões

otoacústicas e os (EOA) potenciais evocados auditivos de tronco

cerebral, pois são exames eletrofisiológicos que não dependem da

participação da criança, sendo úteis em recém-nascidos e crianças

pequenas. As emissões otoacústicas avaliam a função coclear e o

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potencial auditivo evocado avalia a função auditiva até o tronco

cerebral. Ambos são usados na triagem auditiva neonatal embora o

registro das EOA seja o mais comum por ser de aplicação mais fácil e

rápida.

2010 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

2010nahead/16-10.pdf

ANÁLISE DE

DIFERENTES

ESTUDOS

EPIDEMIOLÓGICOS

EM AUDIOLOGIA

REALIZADOS NO

BRASIL

Tema: a audição, responsável pela aquisição e desenvolvimento da

linguagem, é um dos sentidos que permitem a ocorrência das relações

interpessoais e com o meio ambiente. Desta forma, o levantamento

epidemiológico da prevalência de deficientes auditivos em uma

comunidade é deextrema importância para a adequação das medidas

de saúde pública nos vários níveis de prevenção. . Objetivo: verificar

na literatura científica, estudos que tiveram por interesse a busca de

conhecimento no âmbito epidemiológico relacionados à perda

auditiva no Brasil. Foram utilizados um total de 13 artigos sendo,

11 de estudos transversais, um estudo caso-controle, e outro estudo

de coorte.Conclusão: Os trabalhadores expostos a ruído ocupacional

têm recebido maior atenção por parte dos estudos epidemiológicos,

diferentemente da população idosa e neonatal. Apenas um estudo

combase populacional, seguindo o Protocolo sugerido pela OMS, foi

realizado. É importante a realização de mais estudos relacionados à

deficiência auditiva no país a fim de elaborar ações de saúde e

assistência adequadas à necessidades locais.

2011 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v1

6n2/08.pdf

Avaliação do nível de

satisfação de usuários

de aparelhos de

amplificação sonora

individuais dispensados

Objetivo: Adaptar culturalmente o questionário Satisfaction with

Amplification in Daily Life (SADL), versão em Português Brasileiro,

para administrar em usuários de aparelhos de amplificação sonora

individuais (AASIs) dispensados pelo Sistema Único de Saúde

(SUS). Métodos: Participaram da pesquisa 19 sujeitos usuários de

AASIs dispensados pelo Sistema Único de Saúde, por nomínimo três

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pelo Sistema Único de

Saúde

semanas, com idade igual ou superior a 60 anos, que apresentavam

perda auditiva pós-lingual, sendo 63% do gênero masculino e 37%

do gênero feminino, com média de idade de 73 anos e média de

tempo de uso das próteses auditivas de cinco meses. Os sujeitos

responderam ao questionário SADL e a uma Escala de Satisfação de

item único, além de alguns itens adicionais. Foi realizada a análise

da consistência interna do SADL, a análise descritiva dos resultados,

para caracterizar as respostas dos sujeitos, acomparação dos

resultados com os dados normativos propostos pelos autores e uma

investigação do relacionamento entre o SADLe a escala de satisfação

de item único. Resultados: Os resultados obtidos para a pontuação

global evidenciaram que os sujeitos, em média, encontravam-se

satisfeitos com seus AASIs. O mesmo ocorreu para todas as

subescalas do SADL, sendo que a subescala Imagem Pessoal

apresentou o maior número de pessoas muito satisfeitas. Os

resultados obtidos foram equivalentes aos encontrados pelos

autores e o SADL mostrou ser um questionário com boa consistência

interna (0,71). Houve íntima relação entre a escala de satisfação de

item único e a pontuação global do SADL. Para as duas medidas de

satisfação, a maioria dos sujeitos demonstrou estar“satisfeito” com

seus AASIs e ambas as escalas apresentaram correlação alta e

significativa (0,935). Conclusão: Em média, os sujeitos estavam

satisfeitos com seus AASIs dispensados pelo SUS. O questionário

SADL, versão em Português Brasileiro, mostrou-se um instrumento

eficaz para avaliar o nível de satisfação dos usuários de AASIs

dispensados pelo SUS avaliados neste estudo. Novas pesquisas são

necessárias para complementar estes achados.

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2009 http://www.scielo.br/pdf/csc/v14

s1/a29v14s1.pdf

A ótica dos usuários

sobre a oferta do

atendimento

fonoaudiológico no

Sistema Único de

Saúde (SUS) em

Salvador

Este artigo tem por objetivo analisar a oferta do atendimento

fonoaudiológico do SUS no município de Salvador. Realizamos trinta

entrevistacom usuários, em oito serviços de saúde e em turnos

diferenciados, e constatamos que a oferta doatendimento de

fonoaudiologia, neste município, encontra-se direcionada para

pacientes da média ealta-complexidade. Há uma distribuição aleatória

e desigual dos atendimentos nos distritos sanitários.Constatamos as

múltiplas dificuldades dos usuários no acesso a este cuidado, que

podem ser explicadaspela especialização da oferta, pela fragmentação

da rede e déficit dos procedimentos fonoaudiológicos, estimado em

131.315 por ano. Em direção à aproximação do conceito de

desigualdades justas ou suportáveis e para reverter as iniquidades do

acesso à fonoaudiologia, sugerimos a urgência do planejamento deste

cuidado nos três níveis de atenção.

2012 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

v14n2/102-10.pdf

INSERÇÃO DOS

FONOAUDIÓLOGOS

NO SUS/MG E SUA

DISTRIBUIÇÃO NO

TERRITÓRIO DO

ESTADO DE MINAS

GERAIS

Objetivo: investigar a distribuição dos fonoaudiólogos no estado de

Minas Gerais, sua inserção no SUS e as variações geográficas dessa

distribuição e suas desigualdades. Método: análise dos Cadernos de

Informações de Saúde dos 853 municípios do estado de Minas Gerais

referentes a2009, disponíveis no Sistema de Informações em Saúde

brasileiro, o DATASUS. Foram pesquisados os indicadores:

população municipal, número total de fonoaudiólogos da rede SUS e

da rede privada e número médio de fonoaudiólogos (SUS e rede

privada) por mil habitantes. Resultados: a análisedos dados revelou a

presença de 1.733 fonoaudiólogos atuando no estado em 2009.

Destes, 67,8% atendiam à rede SUS. Dos 853 municípios, 505 (59%)

não possuíam o profissional fonoaudiólogo no período investigado.

Observou-se que entre as 13 macro regiões estaduais as regiões

regiões Norte de Minas e Nordeste, as piores: 0,16 e 0,05/10.000,

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respectivamente. Observou-se a presença de 0,58

fonoaudiólogos/10.000 habitantes disponíveis na rede SUS e 0,86

fonoaudiólogos s/10.000 atendendo à rede privada e ao SUS no

estado. Conclusão: a inclusão de fonoaudiólogos na assistência à

saúde estadual ainda é deficitária, sendo observada grande

disparidade na distribuição dos profissionais. É notório o

estrangulamento da assistência fonoaudiológica no SUS em Minas

Gerais, visto que para cada 17.000 mineiros existia somente um

fonoaudiólogo no SUS estadual em 2009. Ressalta-se a necessidade

de uma mobilização dos profissionais e dos gestores de saúde para

garantir a integralidade da atenção à saúde no estado.

2010 http://www.revistas.usp.br/sauso

c/article/view/29713

Adesão a um

Programa de Triagem

Auditiva Neonatal

A Triagem Auditiva Neonatal tem se efetivado mundialmente como

meio para detecção precoce da surdez. Na Unicamp, desde 2002, os

recém-nascidos na maternidade do Centro de Atenção Integral à

Saúde da Mulher são agendados para a triagem auditiva no Centro de

Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr. Gabriel Porto". No

entanto, nem todos vêm para a triagem e alguns abandonam o

processo de avaliação antes do diagnóstico. O objetivo desta pesquisa

foi caracterizar as taxas de adesão de lactentes ao Programa de

Triagem Auditiva Neonatal. Tratou-se de pesquisa que utilizou dados

contidos nos prontuários dos lactentes que efetuaram a triagem no

período de fevereiro a novembro de 2007. Permaneceram no

alojamento conjunto do CAISM 2107 lactentes e vieram para a

triagem 1310. Dentre aqueles que não passaram na triagem (92

lactentes), realizaram o exame de PEATE-A 73 lactentes. A adesão

na primeira etapa da triagem foi de 62,17%, e na segunda, 79,34%.

As taxas de adesão são inferiores às preconizadas pelo Joint Comittee

on Infant Hearing e encontradas em alguns países desenvolvidos. No

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entanto, aproximam-se de outras experiências brasileiras de

programas de triagem auditiva neonatal. O acompanhamento

sistemático às famílias dos lactentes que não passaram na primeira

avaliação e a conscientização destas sobre a detecção precoce da

perda auditiva e suas consequências podem ter contribuído para o

aumento da taxa de adesão na segunda etapa da triagem.

2011 http://www.scielo.br/pdf/rcefac/

2011nahead/190-09.pdf

SAÚDE AUDITIVA

DOS RECÉM-

NASCIDOS:

ATUAÇÃO DA

FONOAUDIOLOGI

A NA

ESTRATÉGIA

SAÚDE DA

FAMÍLIA

Objetivo: analisar o acompanhamento dos recém-nascidos quanto à

promoção da saúde auditiva após a inserção da fonoaudiologia na

Estratégia Saúde da Família. Método: estudo retrospectivo e

documental com abordagem quantitativa com 88 recém-nascidos que

realizaram o teste da orelhinha, no período de fevereiro a maio de

2010, a partir dos relatórios mensais de devolutiva do Serviço de

Atenção a Saúde Auditiva do município, consolidados mensais e

prontuários de um Centro deSaúde da Família em Sobral-Ce.

Resultados: dos recém-nascidos avaliados, 35 (39,77%) falharam no

teste, entre estes, 7 (20%) apresentam indicador de risco para

deficiência auditiva e 28 (80%)não apresentavam nenhum risco.

Verificou-se também divergências entre os dados do Serviço de

Atenção a Saúde Auditiva e os prontuários do Centro de Saúde da

Família quanto a classificação dosindicadores de risco para a perda

auditiva. Observou-se ainda que, o número de encaminhamentos para

o teste da orelhinha aumentou 8,33%. Em relação ao reteste, 1

(7,69%) criança retornou nos meses de março a agosto de 2009 e

entre os meses de setembro/2009 a fevereiro/2010 após a atuação da

fonoaudiologia no CSF do Sumaré 17 (65,38%) crianças realizaram o

reteste. Conclusão: os dados sugerem a importância da presença do

fonoaudiólogo na atenção primária, sendo fundamental No

acompanhamento e monitoramento do diagnóstico precoce das

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alterações auditivas.

2013 http://www.eventos.ct.utfpr.edu.

br/anais/snpd/pdf/snpd2013/Paul

a_Regina_Jardim_Campos.pdf

ATUAÇÃO

FONOAUDIOLÓGI

CA NA ATENÇÃO

PRIMÁRIA À

SAÚDE PROPOSTA

PARA

PREFEITURA

MUNICIPAL DE

CURITIBA - PR

Essa proposta de Atuação Fonoaudiológica em Atenção Primária à

Saúde (APS), na saúde do município de Curitiba-PR, tem por

objetivo apresentar uma ideia geral sobre as possibilidadesde inserção

do profissional Fonoaudiólogo e sua correlação com Políticas

Públicas de Saúdede âmbito Federal e Municipal, bem como sinalizar

outras possibilidades de atuação em áreasque ainda carecem de

regulamentação específica. As propostas apresentadas contemplam os

três níveis de prevenção à saúde na Atenção Fonoaudiológica,

conforme preconizado pelo SUS ao promover o acesso integral,

universal e equinânime às ações e aos serviços de saúde visando à

prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. A construção

dessa. Proposta de Atuação Fonoaudiológica em APS surgiu das

discussões e reflexões do grupo deFonoaudiólogas servidoras da

Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), culminando na construção

coletiva, iniciada em março deste ano, de uma Carta de Serviços

Fonoaudiológicos para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Dessa forma há cinco grandes áreas abordadas: Saúde Auditiva,

Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, Saúde do Idoso, Atenção

Domiciliar e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Para cada

grande área de atençãoà saúde foi realizada uma breve descrição da

mesma, sua correlação com a Fonoaudiologia realizando um paralelo

com o preconizado por portarias, leis e decretos, tanto à nível

Federal, Estadual e Municipal. É importante destacar que se trata de

uma proposta inicial que foi recentemente apresentada para os

gestores e está em fase de negociação para suaimplementação parcial

ou total ao longo da gestão em vigor, considerando o pequeno quadro

de profissionais disponíveis no momento (apenas 12 profissionais

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concursadas) e o fato de que todas prestam serviços em equipamentos

da Secretaria Municipal de Educação (SME).

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