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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CAPACITAÇÃO GERENCIAL
Estratégias de Ação para Redução de
Acidentes do Trabalho
Aparecido Rodrigues
Renato Gomes e Souza
Ricardo Cerqueira
Camaçari, Dezembro de 2003
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Estratégias de Ação para Redução de
Acidentes do Trabalho
Aparecido Rodrigues
Renato Gomes e Souza
Ricardo Cerqueira
“Monografia Apresentada à Escola de Administração da UFBA,
Programa de Capacitação Avançada – CPA / Oxiteno como
Requisito Parcial de Avaliação de Aprendizagem da Disciplina
Métodos de Pesquisa e Projeto, Prof. Elizabeth Loyola”
Camaçari, Dezembro de 2003
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SUMÁRIO
Lista de Figuras............................................................................................ 01
Lista de Abreviaturas e Siglas...................................................................... 02
1. Introdução................................................................................................ 03
1.1 Problema Principal.......................................................................... 06
1.2 Problemas Secundários................................................................... 06
1.3 Justificativa.................................................................................... 07
2. Aspectos Contextuais e Conceituais........................................................ 08
2.1 Acidente do Trabalho....................................................................... 08
2.1.1 Conceito Legal..................................................................... 08
2.1.2 Conceito Prevencionista....................................................... 09
2.1.3 Causas dos Acidentes.......................................................... 09
2.1.4 Atos Inseguros..................................................................... 10
2.1.5 Condições Inseguras............................................................ 11
2.1.6 Estatística de Acidentes e Incidentes................................... 12
2.2 Participação nos Lucros e Resultados.............................................. 13
2.2.1 Histórico............................................................................. 13
2.2.2 PLR como ferramenta de gestão........................................... 15
3. Metodologia............................................................................................. 16
3.1 O Universo Pesquisado.................................................................. 16
3.2 O Tamanho da Amostra................................................................. 16
3.3 A Composição da Amostra............................................................. 17
5
3.4 O Questionário.............................................................................. 18
3.5 Tabulação dos Dados.................................................................... 19
4. O Estudo de Caso................................................................................... 20
4.1 A Oxiteno...................................................................................... 20
4.1.1 Atividades......................................................................... 20
4.1.2 Política de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.................. 21
4.1.3 Estratégias adotadas para a Prevenção de Acidentes......... 22
4.1.3.1 Investimentos....................................................... 22
4.1.3.2 Modelo de Gestão em SSMA.................................. 23
4.1.3.3 Treinamentos........................................................ 24
4.2 Perfil dos Pesquisados................................................................... 25
4.3 As Estratégias e os Acidentes do Trabalho..................................... 29
5. Considerações Finais.............................................................................. 39
Referências.................................................................................................. 42
Anexo A....................................................................................................... 43
Anexo B....................................................................................................... 45
Apêndice A.................................................................................................. 46
Apêndice B.................................................................................................. 51
Apêndice C.................................................................................................. 56
Apêndice D.................................................................................................. 61
Apêndice E................................................................................................... 66
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PLR – Programa de Participação nos Lucros e Resultados
MP – Medida Provisória
PP – Prêmio de Produtividade
TFA – Taxa de Freqüência de Acidentes com Afastamento
TF – Taxa de Freqüência de Acidentes
TG – Taxa de Gravidade DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos
SSMA – Saúde, Segurança e Meio Ambiente
CP – Célula Produtora
CD – Célula de Demanda
CG – Célula Gestora CS – Célula de Suporte
STOP – Safety Training Observation Program
SEGOP – Segurança Operacional
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Taxa de Freqüência de Acidentes com Afastamento........................ 04
Figura 02 – Estatística de Acidentes do Trabalho com Afastamento.................. 05
Figura 03 – Acidentes com Afastamento na Oxiteno......................................... 07
Figura 04 – Estatística das Causas dos Acidentes............................................ 11
Figura 05 – Composição da Amostra Quanto ao Cargo..................................... 26
Figura 06 – Composição da Amostra Quanto a Célula de Trabalho................... 27
Figura 07 – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa................. 28
Figura 08 – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes................. 30
Figura 09 – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR.......... 32
Figura 10 – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução................... 34
Figura 11 – Perspectiva de Ocultação de Acidentes........................................... 35
Figura 12 – Evolução do Conhecimento em Segurança..................................... 36
Figura 13 – Evolução dos Treinamentos de Segurança...................................... 37
Figura 14 – Evolução das Condições de Segurança........................................... 38
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1. Introdução
PLR, ou Participação nos Lucros e Resultados é uma ferramenta de gestão, que
aplicada de forma inteligente e criativa, aumenta o vínculo entre as
organizações e seus colaboradores, trazendo ganhos de produtividade e
consequentemente melhoria da remuneração tanto do capital como do
trabalho.
No ano de 1994 o Governo edita a Medida Provisória 794, disseminando os
planos de PLR nas organizações empresariais brasileiras. A partir de então,
entre uma reedição e outra da Medida Provisória, várias empresas implantaram
planos de PLR. Passadas 76 reedições da MP, finalmente em 19 de dezembro
de 2000, foi promulgada a lei 10.101, que regula a participação dos
trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa.
A Oxiteno, desde 1982, portanto muito antes da existência de regulamentação
do assunto, já adotava a prática de distribuição da participação nos lucros aos
empregados, na época conhecida como “Prêmio de Produtividade” ou
simplesmente “PP”. O critério adotado para a premiação anual consistia no
resultado da avaliação de desempenho do funcionário, feita pelo seu superior
imediato e referendado pela chefia da área.
Em 1995 foi celebrado o primeiro acordo com base na nova MP. A partir de
então, os principais determinantes da participação nos lucros passam a ser:
rentabilidade geral da Oxiteno e o atingimento das metas pactuadas nas
reuniões da comissão. Até o ano de 2000 estas metas permaneceram
inalteradas, com pequenas mudanças no peso de cada uma no total. São elas:
diminuição das não conformidades externas de produtos e serviços;
aumento da margem de contribuição bruta e controle do custo fixo.
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O acordo para o exercício de 2001 apresenta pela primeira vez importantes
alterações, sendo a principal delas a inclusão de metas setoriais, com
objetivo declarado de ressaltar o foco de atuação de cada área da Companhia.
Dentro deste contexto é incluída então a meta setorial com a seguinte
definição: Redução da Taxa de Frequência de Acidentes com afastamento
de funcionários e contratados.
Historicamente o assunto Segurança do Trabalho tem sido alvo de pesados
investimentos e aplicação de diversas estratégias e programas visando a
prevenção de acidentes dentro da Companhia. Em que pese estes esforços,
nossos índices insistiam em permanecer acima dos patamares tradicionais das
indústrias petroquímicas nacionais e multinacionais (Figuras 1 e 2). Percebe-se
então no ano de 2001 uma redução significativa da Taxa de Frequência com
afastamento de funcionários, permanecendo a Taxa de Frequência com
afastamento de terceiros praticamente no mesmo nível do ano anterior.
Figura 01 – Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento Fonte: Estatísticas Oxiteno, Dow Química e DuPont
Figura 1 - Taxa de Freqüência de Acidentes com Afastamento
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Oxiteno Benchmark
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Figura 02 – Estatística de Acidentes do Trabalho com Afastamento Fonte: Cofic
FIG.2 - ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DO TRABALHOCOM AFASTAMENTO (CAF AT)
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1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
PÓLO CAMAÇARI OXITENO PETROQUIMICA
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1.1 - Problema Principal
Qual a influência da estratégia de inclusão da meta Taxa de Frequência
de Acidentes com Afastamento – TFA no programa Participação nos
Lucros e Resultados – PLR da Oxiteno, na redução dos acidentes com
funcionários no ano de 2001?
1.2 - Problemas Secundários
Quais as razões pelas quais a Oxiteno relutou em incluir esta meta no plano
PLR? Qual o risco de haver ocultação de ocorrência de acidentes, sentindo-se o
trabalhador pressionado pela empresa e pelos próprios colegas no sentido da
meta ser atingida? Por que as estratégias utilizadas até o ano de 2000 não
surtiram o efeito desejado? Quais novas estratégias começaram a ser utilizadas
a partir do ano de 2001?
Essas foram as questões que nortearam o esforço de pesquisa desenvolvido.
12
1.3 - Justificativa
Trata-se de assunto de relevante interesse para a Companhia e seus
funcionários a redução dos índices de acidentes do trabalho. Analisando os
Relatórios Estatísticos de Acidentes da Oxiteno Camaçari ao longo de 22 anos,
observamos que apenas em um ano, em 1984, obteve-se pleno êxito no
atingimento do ideal “Zero Acidente” (Figura 3). Este trabalho se propõe a
determinar a efetividade da inclusão desta meta no Programa PLR de 2001; se
foi fator preponderante ou secundário na obtenção dos bons índices de
acidentes neste ano, e a influência do fator comportamental dos trabalhadores
nos esforços de prevenção de acidentes.
Figura 03 – Acidentes com Afastamento na Oxiteno Fonte: Estatísticas Oxiteno
Figura 3 - Acidentes com Afastamento
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78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01
Ano
13
Esta monografia compõe-se de 5 partes principais. Na primeira parte foram
apresentados o problema de pesquisa principal e os secundários, além das
justificativas para realização deste trabalho. A seguir, na segunda parte, serão
apresentados conceitos necessários à compreensão do tema. A terceira e a
quarta partes definem, respectivamente, os elementos envolvidos na pesquisa
de campo tais como universo pesquisado, a amostra e o questionário e o
contexto onde se desenvolve. Na última parta são feitas as considerações finais,
onde são relatadas as principais conclusões do trabalho.
2 - Aspectos Contextuais e Conceituais
2.1 - Acidente do Trabalho
2.1.1 - Conceito legal
"Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou perda, ou redução temporária ou permanente, da
capacidade para o trabalho" (Lei 6367/76)
Equipara-se ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo empregado no local
e no horário de trabalho em conseqüência de:
a) Ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro;
b) Ofensa física intencional, por motivo de trabalho;
c) Ato de imprudência, imperícia ou negligência de terceiro;
d) Desabamento, inundação ou incêndio;
e) Outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
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Também serão considerados acidentes do trabalho, os acidentes sofridos
pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela;
b) Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção,
inclusive veículo do empregado;
c) A doença profissional ou do trabalho, assim entendida e inerente ou
peculiar a determinado ramo de atividade.
2.1.2 - Conceito Prevencionista
Os prevencionistas, em especial os cipeiros, não devem se ater apenas ao
conceito legal, onde é caracterizado somente quando ocorre uma lesão ou
doença, mas também aquele onde não ocorreu a lesão e ou doença, mas teve
perda de tempo e ou danos materiais. Desta forma caracteriza o acidente de
trabalho como:
Toda ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou
interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de
tempo útil e/ou danos materiais e econômicos a empresa e/ou lesões nos
trabalhadores.
2.1.3 - Causas dos Acidentes
Os acidentes são fatos que acontecem a todo instante, para preveni-los é
essencial sabermos porque eles ocorrem e assim teremos condições de estudar-
mos medidas que impeçam o surgimento de suas causas e, consequentemente,
dos acidentes.
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Não se deve reduzir o acidente a um único fator humano (denominado ato
inseguro) ou material (denominada condição insegura). A simplificação da
análise dos riscos ocorre com frequência, dificultando o controle, eliminação ou
neutralização dos fatores potenciais e levado à reincidência dos mesmos tipos
de acidentes.
2.1.4 - Atos Inseguros
Os atos inseguros são geralmente, definidos como causas de acidentes que
residem exclusivamente no fator humano. É preciso entender que muitos erros
humanos podem ser decorrentes de outros fatores que levam o homem a agir
de maneira insegura, daí o termo Ato Inseguro. Dentre esses fatores podem-se
mencionar:
a) Desconhecimento dos riscos da função e/ou forma de evita-los causados
por: seleção ineficaz, falhas nos treinamentos, falta de treinamentos;
b) Fatores circunstanciais: são os fatores que estão influenciando o
desempenho do indivíduo no momento Ex.: abalos emocionais, problemas
familiares, discussão com colegas, alcoolismo, fadiga, etc;
c) Na adaptação entre o homem e a função por fatores constitucionais: Ex.:
idade, sexo, coordenação motora, agressividade, grau de atenção, problemas
neurológicos, etc;
d) Desajustamento relacionado com certas condições específicas do trabalho
Ex.: problemas com a chefia, com os colegas, política salarial e promocional
imprópria, clima de insegurança, etc;
e) Personalidade - fatores que fazem parte das características da personalidade
do trabalhador Ex.: o desleixado, o exibicionista, o desatento, o brincalhão.
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Uma estatística é apresentada na ilustração seguinte:
Figura 04 – Estatística das Causas dos Acidentes Fonte: www.dupont.com.br, 28/05/03.
2.1.5 - Condições inseguras
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a
integridade física e/ou mental do trabalhador devido a possibilidade de o
mesmo acidentar-se. Tais condições apresentam-se como deficiências técnicas:
a) Na construção e instalação da empresa - área insuficientes, pisos
irregulares, excesso de ruído, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas
impróprias ou com defeito, falta de sinalização, etc;
b) Nas máquinas e equipamentos - localização imprópria das máquinas;
falta de proteção em partes móveis e pontos de agarramentos; máquinas
com defeitos, etc;
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c) Na proteção do trabalhador - proteção insuficiente ou totalmente
ausente, roupas não apropriadas; calçados impróprios; equipamentos de
proteção com defeito; etc.
d) Ordem, arrumação e limpeza - no ambiente de trabalho, muitos fatores
físicos exercem influência de ordem psicológica sobre as pessoas,
interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano
conforme condições em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a
limpeza constituem um fator positivo no comportamento humano.
Estas são as causas apontadas como responsáveis pela ocorrência dos
acidentes: ato Inseguro ou uma Condição Insegura, no entanto alguns
acidentes são provocados por haver atos e condições Inseguras ao mesmo
tempo.
2.1.6 - Estatística de Acidentes e Incidentes
A elaboração de estatística dos acidentes e incidentes visa acompanhar a
performance e efetividade dos programas de segurança implantados, além de
permitir a comparação dos índices com outras unidades, empresas, ramo de
atividades e benchmark.
Na área de acidentes pessoais são objetos de registro para essa finalidade:
- os acidentes com lesão com afastamento;
- os acidentes com lesão sem afastamento;
- os números de dias perdidos e debitados devido ao acidentes;
- o número de homens horas trabalhadas.
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Os índices estatísticos de acompanhamento estabelecidos legalmente são:
TF - Taxa de Freqüência: Corresponde ao número de acidentes por milhão de
Homens horas trabalhadas. Pode ser desdobrada em TF para acidentes
com afastamento e TF para acidentes sem afastamento.
TG - Taxa de Gravidade: Corresponde ao número de dias perdidos mais
debitados por milhão de Homens horas trabalhadas.
2.2 – Participação nos Lucros e Resultados
2.2.1 – Histórico
A participação nos lucros e/ou resultados (PLR) tem sido apresentada como
estratégia de comprometimento dos empregados ou alternativa aos aumentos
salariais. No Brasil, a regulamentação em dezembro de 1994 de programas
desta natureza veio no bojo de um processo mais amplo de flexibilização das
relações de trabalho onde as tradicionais campanhas salariais perderam
densidade, seja pelo enfraquecimento da instância sindical, seja pela relativa
estabilidade econômica. Entretanto, tais programas podem ser também uma
forma de transformar os antigos bônus ou prêmios anuais em PLR, já que sobre
estes não há incidência de encargos sociais. Também, podem trazer embutida
uma lógica que privilegia fundamentalmente o controle sem supervisão sobre o
processo de produção.
A participação nos lucros e/ou resultados (PLR), fundamentada em
regulamentação na metade da década de 90, pode ser entendida como uma das
estratégias que buscam maior participação e comprometimento dos
empregados e como suporte à melhoria dos padrões de produtividade e
qualidade. Aliado a uma situação de impasse vivido pelo movimento sindical e
19
a natureza específica das negociações em cada empresa, tornou-se um desafio
de gestão e ao mesmo tempo uma prática que se dissemina rapidamente no
interior das organizações. Em que pese sua difusão, acertos conceituais ainda
se fazem necessários ao situar esta temática.
Alguns autores consideram a participação nos lucros e/ou resultados uma
forma de remuneração variável, juntamente com incentivos individuais a
colaboradores-chaves, incentivos a pequenos grupos ou equipes de projeto,
programas de reconhecimento, incentivos de longo prazo ou participação
acionária.
De maneira mais refinada, outros autores procuram classificar as diversas
formas de remuneração variável em dois grandes grupos: a participação nos
lucros e a remuneração por resultados, estando a primeira diretamente
relacionada com os resultados globais da empresa e a segunda ligada ao
recebimento de bônus ou prêmios pelo cumprimento de metas preestabelecidas
e pactuadas.
No bojo desta distinção conceitual, a participação dos empregados nos lucros
e/ou resultados das empresas ganhou destaque nos meios empresarial e
sindical. A sua regulamentação em 29 de dezembro de 1994, através da
Medida Provisória (MP) 794 e sua posterior reedição em anos seguintes
contribuiu significativamente para isto.
Entretanto, ainda há uma certa dificuldade em homogeneizar uma análise
sobre a PLR, não só pela flexibilidade que a MP apresenta em seu teor, mas
também, conforme aponta Becker (1997), pela experimentação de programas
dessa natureza em grande parte das empresas brasileiras.
Some-se a isso o corte entre aquelas empresas que procuram implantar estes
programas como parte de um processo de modernização da gestão, visando
20
melhorar o desempenho organizacional, e as empresas que visam atender a
legislação e aproveitar seus benefícios, inclusive substituindo outras
formas de remuneração variável, tais como bônus ou prêmios de fim de ano,
pela participação nos lucros e resultados.
2.2.2 – PLR como ferramenta de gestão
Na perspectiva empresarial, esses programas são considerados uma ferramenta
de gestão moderna. Muitas empresas têm acreditado na capacidade de seus
empregados agregarem valor ao negócio. Como salienta Albuquerque (1995),
sistemas bem sucedidos de participação dos empregados nos lucros e/ou nos
resultados vem sendo implantados anteriormente à sua regulamentação e
estão motivados pelo “engajamento da força de trabalho na busca de resultados
empresariais”.
Portanto, sob a ótica empresarial, tais programas podem ser concebidos com o
intuito de fazer parte da intensificação das políticas empresariais de integração
do trabalhador à empresa e de novas técnicas de gestão através principalmente
da participação e do comprometimento. Veja o Anexo B.
Entretanto, o Dieese (1995) considera que a participação nos lucros e/ou nos
resultados é uma técnica voltada à disciplina e domínio das tensões e conflitos.
Essa perspectiva, longe de se constituir em mera posição ideologizada,
evidencia a necessidade do entendimento de programas desta natureza sob a
perspectiva dos atores diretamente ligados a ela, ou seja, se a dimensão
empresarial observa e aponta um caminho voltado aos resultados
empresariais, a dos empregados e suas instâncias de representação segue uma
trilha que questiona e/ou indica as perdas que podem ocorrer.
21
3 – Metodologia
3.1 - O Universo Pesquisado
As taxas de freqüência de acidentes do trabalho levam em consideração os
acidentes ocorridos durante a jornada de trabalho de todo e qualquer
funcionário, inclusive os estagiários, em decorrência de suas atividades. Assim,
pode-se inferir que o universo de interesse a ser investigado neste trabalho,
compõe-se de todos os funcionários da Oxiteno Nordeste S.A. Indústria e
Comercio, independentemente de cargo ou função, regime de trabalho ou
qualquer atributo que possa servir de diferenciação entre os colaboradores.
Foram excluídos deste universo apenas os autores deste trabalho.
3.2 - O Tamanho da Amostra
Identificado o universo a ser pesquisado, procedeu-se à determinação do
tamanho da amostra a ser extraída deste universo. Essa amostra deve ser
dimensionada para fornecer resultados com intervalo de confiança de 95,5 % e
margem de erro de 5,0 %. O cálculo do tamanho da amostra é feito através da
seguinte expressão:
1−−
×××
=n
nNZ
nqp
pδ Equação 1.
22
onde:
δp – desvio padrão da proporção;
p – proporção dos elementos da amostra favorável ao atributo
pesquisado;
q – proporção dos elementos da amostra desfavorável ao atributo
pesquisado;
Z – número de desvios padrão
N – número de componentes do universo
n – quantidade de elementos da amostra.
δp = 5 %;
p = 50 % (estimado);
q = 50 % (estimado);
Z = 2;
N = 208.
Substituindo esses valores na expressão anterior, calcula-se a quantidade n de
elementos da amostra:
n = 137 elementos
3.3 - A Composição da Amostra
Adicionalmente, se faz necessário que essa amostra seja representativa, ou
seja, que sua composição represente de fato o universo estudado. Assim, neste
trabalho deve ser constituída uma amostra tipo probabilística, ou seja, onde
cada membro da população tenha a mesma chance estatística de ser incluído
na amostra. Logo, pode-se inferir que o comportamento observado na amostra
será o mesmo do universo.
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Há alguns anos, a Oxiteno migrou do Sistema Hierárquico para o Modelo
Celular de organização do trabalho. Dentro deste Modelo, têm-se as
chamadas células de trabalho, que no caso da Oxiteno Nordeste, são: Célula
Gestora CG, Célula Produtora CP, Célula de Atendimento à Demanda CD e a
Célula de Suporte CS. Além destas, eventualmente podem ser criadas Células
Virtuais para a execução de projetos de duração limitada.
Desta forma, adotou-se compor a amostra por cotas, a fim de se manter a
mesma composição do universo pesquisado em termos do número de
colaboradores lotados em cada célula. Para isto, foi identificada a composição
do quadro de colaboradores (mostrada na Figura 2 da seção Resultados da
Pesquisa) e determinada a quantidade de elementos de cada célula na
composição da amostra.
Considerando uma amostra de 137 elementos, e obedecendo a composição
mostrada na Figura 2, têm-se as seguintes quantidades:
Célula Produtora = 75 componentes;
Célula de Suporte = 27 componentes;
Célula de Demanda = 19 componentes;
Célula Gestora = 16 componentes.
Buscando montar uma amostra com essa composição, foram distribuídos
questionários em quantidades excedentes às indicadas acima. Quando da
devolução destes, separou-se aleatoriamente as quantidades referentes a cada
célula.
3.4 - O questionário
O questionário utilizado foi dividido em duas seções. Na primeira, figuram
questões que tem por objetivo levantar o perfil dos pesquisados. Já a segunda
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seção do questionário traz as questões propriamente ditas. Ou seja, aquelas
que darão as respostas necessárias para a análise do problema de pesquisa
e discussão das hipóteses formuladas. Adicionalmente, as respostas a esses
questionamentos fornecerão os subsídios para fundamentação das conclusões
deste trabalho.
As questões foram elaboradas com vistas a obter dos indagados sua percepção
quanto:
i - A importância das ações adotadas pela empresa em busca da redução
dos acidentes do trabalho
ii - Ao clima organizacional estabelecido em função da inclusão da meta
de redução de acidentes no Programa PLR
iii - Às alterações no ambiente de trabalho que favoreceram a segurança
iv - À evolução da formação pessoal nos aspectos da segurança do
trabalho
O questionário apresentado aos pesquisados é apresentado no Apêndice E.
3.5 – Tabulação dos Dados
A tabulação dos dados foi feita para cada Célula de trabalho individualmente.
Desta forma, torna-se possível identificar possíveis desvios na percepção dos
colaboradores de cada célula. Entretanto, com o objetivo de não tornar
maçante ou repetitiva a exposição dos resultados da tabulação, serão
discutidos apenas os dados da amostra global, ou seja, daquela composta por
todas as células. Os resultados gráficos da tabulação por Célula de trabalho
estarão contidos no Apêndice A.
25
4 - O Estudo de Caso
4.1 - A Oxiteno
4.1.1 – Atividades
A Oxiteno é uma das maiores companhias químicas do país, com ampla
atuação no mercado interno e externo, e completamente integrada nas
operações produtivas de suas quatro unidades industriais: Camaçari, na
Bahia; Mauá e Tremembé, em São Paulo, e Triunfo, no Rio Grande do Sul.
Tais operações se iniciam na segunda geração petroquímica e se estendem às
especialidades químicas, atendendo a mais de 30 segmentos de mercado,
destacando-se os de agroquímicos, alimentos, cosméticos, couros detergentes,
embalagens para bebidas, fibras e filamentos de poliéster, fluídos para freios,
petróleo, tintas e vernizes.
Seus laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento absorvem investimento de 2%
da receita anual, fortalecendo continuamente os serviços de assistência aos
clientes, aumentando a capacitação tecnológica em processos e no
desenvolvimento de novos produtos e aplicações.
O domínio da química do óxido de eteno, desde a sua produção até a aplicação
de seu derivado mais específico e singular em sofisticadas formulações, aliado
à posse de um vasto conjunto de outras tecnologias de síntese e aplicação,
colocam a Oxiteno em posição única no cenário químico brasileiro.
Há mais de 25 anos a Oxiteno atua forte e permanentemente no mercado
internacional, exportando um terço de sua produção para mais de quarenta
países, nos cinco continentes.
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A Oxiteno tem se dedicado crescentemente aos cuidados com o meio ambiente,
à segurança de seu pessoal e manuseio de seus produtos e com a
sociedade em geral, tendo firmado sua adesão, desde o princípio, aos preceitos
do Processo de Atuação Responsável.
4.1.2 - Política De Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Oxiteno
A Oxiteno direciona sua ação empresarial em estrito compromisso com a
preservação do meio ambiente e com a busca na excelência da segurança de
suas operações, funcionários, clientes e da comunidade com a qual interage.
Neste sentido, comprometidos com a melhoria contínua de nossas práticas de
saúde, segurança e meio ambiente, à luz dos mais recentes conhecimentos
disponíveis asseguramos:
• Conduzir nossas ações em conformidade com os requisitos legais e
regulamentos aplicáveis, desde as concepções dos produtos, serviços e
projetos até as fases de produção e de comercialização.
• Estimular, em todos os níveis da organização, a permanente busca de
oportunidades de redução de riscos e de prevenção de condições que
possam resultar em comprometimento à saúde, à segurança e ao meio
ambiente.
• Reduzir os impactos ao meio ambiente através do conhecimento dos
aspectos ambientais significativos de nossas atividades, produtos e serviços
e através de orientações técnicas adequadas aos funcionários, clientes,
distribuidores, transportadoras, fornecedores e demais usuários.
27
• Adotar procedimentos seguros de operação, inspeção, engenharia e
manutenção, através do conhecimento e controle das variáveis críticas
dos processos.
• Estabelecer objetivos e metas de aperfeiçoamento contínuo visando eliminar
os acidentes, prevenir adversidades ao meio ambiente e à saúde, minimizar
a geração de efluentes, resíduos e emissões atmosféricas e promover o uso
mais racional dos recursos naturais.
• Estruturar programas de educação, treinamento, qualificação e certificação
de habilidades requeridas para a condução segura de nossas operações e
das atividades com potencial de causar impacto à saúde, segurança e meio
ambiente.
• A Oxiteno tem suas diretrizes de gestão de Saúde, Segurança e Meio
Ambiente fundamentadas no Programa de Atuação Responsável, cuja
implementação, desenvolvimento, objetivos e resultados estão disponíveis ao
Público.
4.1.3 - Estratégias de Prevenção de Acidentes Adotadas
4.1.3.1 - Investimentos
Como já visto anteriormente, a questão da Segurança no Trabalho e
Preservação do Meio Ambiente sempre foi alvo de significativos investimentos
na Oxiteno, desde o início de suas atividades. Os dados apresentados no
Quadro 1 a seguir revelam estes patamares.
28
Investimentos em Segurança – Unidade Camaçari
Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Investimento (US$ Mil) 77,5 79,8 165,6 177,2 782,2 269,2
Quadro 1 - Investimentos em Segurança em Camaçari
Fonte: Oxiteno
4.1.3.2 - Modelo de Gestão em Segurança, Saúde e Meio Ambiente
Apesar da Oxiteno estar empenhada em melhorar constantemente sua atuação
em SSMA, os resultados ainda estavam inaceitáveis para quem se propunha a
ser referência mundial. Como já visto, taxa de frequência de acidentes com
afastamento era de 13 eventos por milhão de horas trabalhadas, enquanto que
empresas de classe mundial apresentam números abaixo de 5 acidentes por
milhão de horas trabalhadas. Havia uma percepção de todos os Gerentes de
Unidade de que os trabalhos estavam sendo feitos sem uma conformação
sistemática, o que tornava o sistema pouco efetivo para uma evolução de maior
impacto nos resultados.
A proposta foi a de adquirir o conhecimento de gestão de SSMA da DuPont e
adaptá-lo ao Sistema da Qualidade. Desta forma estava-se considerando como
meta da Diretoria Industrial ter zero acidentes com afastamentos em 2005,
com 70% de redução nos três anos seguintes, ou seja, 5 eventos por milhão de
horas trabalhadas até 2003.
Como forma de alinhar esta estratégia ao sistema de remuneração foi incluído
no PLR do ano de 2001 indicadores e metas de segurança para cada Unidade
Industrial, ao lado dos indicadores já consagrados de qualidade, custo fixo e
margem bruta.
29
4.1.3.3 - Treinamentos
Entre outras atividades de treinamento em segurança, intensificadas a partir
do ano de 2000, em 2001 foram iniciados os Seminários da DuPont para
funcionários da Oxiteno, através da parceria Oxiteno – Dupont SRB, que
definia os aspectos conceituais a seguir:
• Generalidades:
A Dupont Safety Resources do Brasil Ltda., se propõe a ajudar a
Oxiteno a aumentar a eficácia em seu Sistema Gerencial de SSMA –
Saúde, Segurança e Meio Ambiente – por meio de Seminários com
enfoque no Comportamento, metodologia criada pela Dupont e
praticada em seus 175 Sites com vários anos de sucesso.
O resultado final será o fomento de uma mudança de paradigma na
conscientização de SSMA ao longo de toda a organização, que se
perpetuará ao longo do tempo, trazendo com frutos, uma melhor
qualidade de vida para todos.
Os seminários serão conduzidos na forma de explanação e trabalhos
em grupo, preparando os participantes para as atividades de
melhoria no sistema de gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
30
• Objetivos
A Dupont tem como objetivo prover assistência para que o cliente
possa:
q Reduzir e/ou minimizar desvios, incidentes e acidentes que
levem à lesão, e reduzir seus custos associados;
q Reduzir e/ou minimizar danos ao patrimônio e os seus custos
associados.
q Reduzir e/ou minimizar danos ambientais e seus custos
associados.
q Instilar valor por SSMA e pela disciplina operacional.
q Estabelecer mecanismos de melhoria sustentável no
desempenho de SSMA.
Como já mencionado, além do início da realização dos seminários DuPont,
houve significativo incremento do número de horas de treinamento. No Anexo
A são apresentados quadros resumos dos treinamentos realizados em 2000 e
em 2001
4.2 - Perfil dos Pesquisados
A primeira seção do questionário utilizado trata fundamentalmente da
caracterização do perfil dos respondentes. Esse perfil é composto em função do
cargo ser ou não de liderança, da Célula de trabalho a qual pertence e do
tempo de empresa.
31
A Figura 5 a seguir mostra os resultados relativos ao cargo.
Figura 05 – Composição da Amostra Quanto ao Cargo
Neste gráfico, embora os cargos de não liderança estejam em maior proporção,
com já era esperado, percebe-se que a fração de cargos de liderança é
consideravelmente elevada. Na análise individual das células, fica claro que
esse resultado foi bastante influenciado pela Cela Produtora, onde a fração dos
cargos de liderança foi de 49%.
Cargo de liderança
4%
40%
57%Não
Sim
Não Responderam
32
Na Figura 6 é apresentada a composição da amostra em função das células de
trabalho.
Figura 06 – Composição da Amostra Quanto a Célula de Trabalho
Essa amostra com já foi dito na metodologia adotada, guarda a mesma
composição do universo pesquisado. Nota-se a preponderância em termos
numéricos da Célula Produtora sobre as demais. Assim, é sempre importante
observar a influência das respostas desta célula frente ao resultado fornecido
pela amostra global.
Célula deTrabalho
55%
20%
14%
11%Célula Gestora
Célula de Demanda
Célula de Suporte
Célula Produtora
33
O tempo de empresa está apresentado na Figura 7.
Figura 07 – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa
Observa-se que a Oxiteno Nordeste tem um quadro de colaboradores bem
amadurecido. Aproximadamente dois terços dos funcionários têm mais de 10
anos de atividade. Vale lembrar que muitos dos colaboradores já
desenvolveram atividades profissionais em outras organizações.
A análise deste quesito para cada célula individualmente mostra que existe
uma concordância entre elas. A exceção fica por conta da Célula de Demanda,
que apresenta um quadro com perfil oposto, ou seja, aproximadamente dois
terços dos colaboradores têm menos de dez anos na empresa. Isso
provavelmente se deve ao processo de reestruturação pelo qual passa essa
Célula, inclusive com admissão de novos funcionários.
Tempo de empresa
2%
30%
68%Mais de 10 anos
Menos de 10 anos
Não Responderam
34
4.3 – As Estratégias e os Acidentes do Trabalho
As questões que compõem a segunda parte do questionário, como já foi dito
anteriormente na Metodologia, foram elaboradas com vistas a obter dos
indagados sua percepção quanto:
i) À importância das ações adotadas pela empresa em busca da redução
dos acidentes do trabalho
ii) Ao clima organizacional estabelecido em função da inclusão da meta
de redução de acidentes no Programa PLR
iii) Às alterações no ambiente de trabalho que favorecendo a segurança
iv) À evolução da formação pessoal nos aspectos da segurança do
trabalho
A seguir estão apresentados os resultados obtidos através dos questionários
juntamente com a discussão destes resultados.
Todas as questões, exceto a primeira, tiveram suas respostas tabuladas pela
verificação do número de ocorrências de cada alternativa assinalada. Os
resultados foram expressos em percentagem.
35
A primeira questão abordada teve como objetivo, identificar o grau de
importância das medidas adotadas pela empresa visando a redução dos
acidentes do trabalho.
Assim, esta questão foi apresentada aos funcionários em forma de lista das
principais ações tomadas pela empresa, e estas deveriam ser escalonadas
segundo o grau de importância para o atingimento da meta proposta, qual seja,
a redução de acidentes do trabalho.
O resultado é apresentado a seguir na Figura 8.
Figura 08 – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes
Esta questão com já foi dito, teve tratamento diferenciado em relação às
demais. As alternativas receberam pesos para ponderação do grau de
importância. Assim, as que receberam grau de importância “1” tiveram peso 5
(cinco); as que receberam grau de importância “2” tiveram peso 4 (quatro), e
Classificação das principais ações tomadas em busca da redução dos índices de acidentes na Oxiteno Nordeste
em 2001
76
378
332
476Intensificação dotreinamento de
segurança
Inclusão da metaredução de acidentes
no PLR
Compromisso daDireção
Outras
36
assim sucessivamente até o peso 1 (um) para as consideradas menos
importantes.
Como se observa, a medida mais efetiva para a redução dos índices de
acidentes, segundo a opinião dos funcionários, foi a intensificação nos
treinamentos de segurança. Importante ressaltar que todas as Células tiveram
esse mesmo entendimento.
O compromisso assumido pela Direção aparece como a segunda causa mais
importante de redução dos índices de acidentes. E em terceiro lugar aparece a
inclusão da meta setorial de redução de acidentes no PLR.
Alguns respondentes citaram ainda outras causas para tal redução. Dentre as
pessoas que se manifestaram, aproximadamente 60% delas se referiram a
“conscientização” ou “compromisso dos funcionários” como causas importantes
para a redução dos índices. Os demais fizeram referência à importância de
programais institucionais de segurança tais com STOP e SEGOP.
37
A segunda questão da pesquisa teve como objetivo obter dos respondentes, sua
impressão a respeito da inclusão da meta de redução de acidentes no Programa
de Participação nos Lucros e Resultados no ano de 2001. Os resultados estão
na Figura 9.
Figura 09 – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR
No que pese existir dois outros fatores que aparecem como mais efetivos para a
redução dos acidentes, vide Figura 8, os resultados mostram que
aproximadamente dois terços dos pesquisados consideram a inclusão da meta
setorial de redução acidentes no PLR fundamental para a redução da taxa de
freqüência de acidentes.
Efeito da inclusão da meta de redução de acidentes na PLR em 2001
68%
21%
9%
1%
Foi fundamental para a redução dosíndices de acidentes em 2001
Foi fator que não influenciou na reduçãodos índices de acidents
Não souberam responder
Não respondeu
38
Uma análise imediata dos resultados apresentados nas Figuras 8 e 9 pode
levar a uma aparente inconsistência de opiniões. Se por um lado a inclusão da
meta de redução de acidentes no PLR foi considerada de fundamental
importância, por outro, figurou apenas como terceiro em importância na
redução dos acidentes.
Talvez a explicação para esta distorção esteja na forma como esta questão foi
apresentada. Foram colocadas apenas duas alternativas para o respondente:
ou a inclusão da meta “foi fundamental para a redução” ou “não influenciou na
redução dos índices de acidentes”. Diante destas duas únicas opções, o
pesquisado pode ter sido forçado a responder que foi fundamental, quando
poderia ter respondido que foi importante, mas não fundamental caso essa
alternativa tivesse sido ofertada.
De qualquer modo, fica evidente a importância da inclusão da meta setorial de
redução da taxa de freqüência de acidentes no Programa de Participação nos
Lucros e Resultados.
39
A terceira questão buscou identificar possíveis alterações no clima da
organização devido à inclusão da meta de redução de acidentes no PLR. É
conhecido que as pessoas encaram esse fato de maneira diversa. Os resultados
estão apresentados na Figura 10.
Figura 10 – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução
Os resultados mostram apenas uma pequena parcela dos pesquisados
sentindo-se pressionados pela organização para não se acidentar. Um terço das
pessoas dizem não ter alterado sua postura em relação à segurança do
trabalho. Finalmente, a maioria das pessoas (dois terços) encara a inclusão da
meta como um fator motivador para a busca do trabalho seguro.
Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no PLR
66%
4%
29%
Me sinto mais motivado a trabalharcom mais segurança para não me
acidentar
Me sinto pressionado pelos colegase/ou supervisão para não me acidentar
Sou indiferente
40
As possíveis alterações no clima interno poderiam supostamente levar à
ocultação de acidentes segundo o entendimento de um grupo de pessoas. De
certa forma, este receio postergou a inclusão desta meta no PLR. Buscando
obter do pesquisado o seu posicionamento a esse respeito, foi questionado se
ele ocultaria um acidente com o objetivo de não prejudicar o atingimento da
meta de redução de acidentes. Os resultados são mostrados a seguir na Figura
11.
Figura 11 – Perspectiva de Ocultação de Acidentes
Os resultados mostram que os pesquisados não se sentem pressionados pelo
clima interno, colegas ou supervisão, a ponto de ocultar um acidente do
trabalho. O que mostra consistência com aqueles apresentados na Figura 6,
Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR?
0,7%
3,7%
95,6%
Sim
Não
Não souberesponder
41
que dizem que inclusão da meta é encarada com um fator motivador e não
como um fator de pressão.
Dentre as ações adotadas com vistas à redução de acidentes, a intensificação
dos treinamentos de segurança se deu de forma muito clara. Este fato foi
sondado junto aos pesquisados, com o objetivo de identificar a evolução dos
seus conhecimentos em segurança do trabalho. Os resultados da quinta
questão, que identificam à evolução dos conhecimentos das normas e
procedimentos de segurança bem como os da sétima, que trata dos
treinamentos de segurança do trabalho estão nas Figuras 12 e 13
respectivamente.
Meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do Trabalho a partir de 2001
92%
8%
Melhorou
Continuou omesmo
42
Figura 12 – Evolução do Conhecimento em Segurança
Figura 13 – Evolução dos Treinamentos de Segurança
Estes resultados expressam os efeitos dos treinamentos, intensificados desde
2001. Praticamente todos os pesquisados constataram avanços no
conhecimento das normas e procedimentos de segurança. Estes resultados
mostram coerência com aqueles que classificam as ações visando redução dos
acidentes. Lá, justamente a intensificação do treinamento de segurança foi
indicada como a ação mais efetiva para a redução de acidentes do trabalho.
Os treinamentos de Segurança do Trabalho na Oxiteno a partir de 2001
88%
11%
1%
Foramintensificados
Continuaram nomesmo nível dos
outros anos
Não souberesponder
43
O último aspecto investigado foi relativo às alterações no ambiente de trabalho
que favoreceram a segurança do trabalhador. Assim, na sexta questão
perguntou-se sobre condições ambientais tais como iluminação, instalações
físicas, equipamentos de proteção individual, etc. Os resultados estão na
apresentados na Figura 14.
Figura 14 – Evolução das Condições de Segurança
Estes resultados indicam que a comunidade interna percebe os avanços
estruturais ocorridos desde 2001. Eles refletem os esforços da companhia
Condições de segurança (iluminação, instalações físicas, EPIs, etc) na Oxiteno a partir de 2001
7%
93%Melhoraram
Continuaram asmesmas
44
traduzidos nos investimentos feitos desde então, buscando melhores condições
de segurança para seus colaboradores.
3 – Considerações Finais
Redução dos índices de acidentes do trabalho sempre foi considerado tema de
relevante importância na Oxiteno Nordeste. Neste sentido, diversas estratégias
e planos de investimento foram aplicados ao longo dos anos. Entretanto, os
resultados desses esforços não foram suficientes para colocar os índices da
Oxiteno Nordeste nos patamares alcançados pela indústria petroquímica
nacional e internacional. Algumas considerações acerca deste fato podem ser
feitas e até certo ponto explicar os índices relativamente altos. Uma delas diz
respeito ao tratamento dado aos registros de acidentes na Oxiteno, claramente
mais rigoroso do que o dispensado na maioria das empresas do setor. Outras
considerações poderiam ser feitas, entretanto, não o faremos por não ser objeto
do atual estudo. Não obstante, o fato é que tais índices sempre causaram
desconforto dentro da organização, não permitindo, portanto, qualquer
descuido no trato do tema segurança do trabalho.
Neste contexto está inserido o problema principal deste trabalho, juntamente
com questões que ajudam a definir os contornos do objeto de pesquisa. E como
fruto desta investigação, tais questões puderam ser esclarecidas além de
apontar de forma clara a efetividade das estratégias adotadas para redução dos
acidentes do trabalho.
45
Baseado nos resultados da pesquisa de campo pode-se fazer as seguintes
considerações:
• O receio da ocultação de acidentes que levou a organização a
postergar por vezes a inclusão da meta de redução da taxa de
freqüência no Programa PLR, mostra-se hoje muito pouco
fundamentado, visto que menos de 4 % dos colaboradores
pesquisados se disseram predispostos a ocultar um acidente. A
comunidade interna hoje encara a meta setorial de redução de
acidentes como um desafio que estimula a execução do trabalho
seguro e não como um fator de pressão.
• O fato de a comunidade mostrar-se estimulada com a meta revela
a confiança que deposita no Sistema de Gestão de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente, pois sente-se cada dia mais
capacitada a encarar tal desafio. Isto se torna muito visível nas
respostas obtidas acerca da evolução do conhecimento das normas
e procedimentos de segurança, das condições ambientais e dos
treinamentos realizados a partir de 2001.
• Pode-se inferir que a inclusão da meta de redução de acidentes no
Programa PLR se deu dentro de um contexto de mudanças onde
várias ações foram tomadas concomitantemente, inclusive o
fortalecimento do Sistema de Gestão de SSMA, visando dar suporte
46
para o atingimento dos desafios propostos. Nosso sistema de
Gestão de SSMA tem como principais elementos:
- Compromisso visível;
- Política;
- Sensibilização e Conscientização;
- Comunicação.
• Os resultados da pesquisa evidenciam a inclusão da meta de
redução de acidentes na PLR como estratégia efetivamente
relevante, em que pese estar inserida num contexto de mudanças
onde outras ações foram tomadas simultaneamente.
• Neste contexto, a intensificação dos treinamentos de segurança
figura entre os colaboradores como principal estratégia para
redução dos índices de acidentes. E neste particular, a consultoria
da DuPont tem dado importante contribuição e certamente
continuará ajudando neste processo evolutivo, pelo qual a
segurança será encarada com um valor, portanto deverá nortear as
ações no dia a dia da comunidade.
• O compromisso visível assumido pela Diretoria da Oxiteno,
particularmente pela Diretoria Superintendência e Diretoria
Industrial, em atuar fortemente nos temas de SSMA, constitui-se
na estratégia decisiva. Essa postura da Diretoria é que potencializa
as demais ações.
Ainda estamos evoluindo, pois tudo que depende de mudança de
comportamento é inerentemente demorado. Precisa ser naturalmente percebido
por todos, não pelo que está escrito nas políticas ou mesmo nos textos de
informativos, mas pelo que se pode perceber pelos "influxos imponderáveis da
atmosfera circundante".
47
Referências Bibliográficas
§ Oxiteno S.A., Programa de Participação nos Lucros ou Resultados, 2000, 2001
§ CRA Gestão Estratégica de Pessoas, “PLR Participação nos Lucros ou Resultados”
[www.plr.com.br]
§ Oxiteno Nordeste S.A., Relatórios e dados estatísticos de acidentes do
trabalho,1982 a 2001.
§ Martins, S.S., Barbosa, A.C.Q. A Participação nos Lucros e/ou Resultados e a
Modernidade Organizacional: Uma Análise em Empresas de Minas Gerais.
VI Encontro Nacional de Estudos do Trabalho, Abet, 1999.
§ ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14280:2001.
§ SENAI MG, Serviço Nacional da Indústria. Caderno Técnico Prevenção de
Acidentes do Trabalho para Componentes da Cipa. 1991.
§ Albuquerque, L.G. Participação dos empregados nos lucros ou resultados das
empresas: questões para reflexão. IN: RAE. São Paulo, 1991.
§ Dieese. A Participação nos lucros das empresas. IN: BOLETIM DIEESE. São Paulo:
Dieese no 178, dezembro, 1995.
§ Lubisco, N, Vieira, S.C. Manual do Estilo Acadêmico – Monografias, Dissertações e
Teses. Salvador.
48
ANEXO A – Quadro Resumo de Treinamentos em 2000
ASSUNTO PÚBLICO Nº HORAS1-INSTR. BÁSICA DE SEGURANÇA NOVOS FUNCIONÁRIOS 446,0
2-TRANSP. ÓXIDO DE ETENO OPER./MOTORISTA./VIGILANTE. 10,0
3-INCIDENTES / MODIFIC PROJETO SEG.OPER -OPERADORES 10,0
4-INTERTRAVAMENTOS SEG.OPER -OPERADORES 10,0
5-SUBESTAÇÃO - EMERGENCIAS SEG.OPER -OPERADORES 10,0
6-ATUAÇÃO RESPONSÁVEL SEG.OPER -OPERADORES 5,0
7- MALHAS DE CONTROLE SEG.OPER -OPERADORES 10,0
8-REAÇÃO ÓXIDO E OTIMIZAÇÃO SEG.OPER -OPERADORES 10,0
9- TRANSMITANCIA SEG.OPER -OPERADORES 10,0
10- USO EXTINTORES OPERADORES E ANALISTA 10,0
11- VIATURA EMERGENCIA OPERADORES E ANALISTAS 10,0
12-RISCOS DE COLIGADAS OPERADORES E ANALISTAS 10,0
13-PROT.RESPIRATÓRIA- VEDA ÇAO OPERADORES E ANALISTAS 10,0
14-COMBATE INCENDIO - MANGUEIRA OPERADORES E ANALISTAS 10,0
15- 1ºS SOCORROS OPERADORES E ANALISTAS 10,0
16-MSDS – INFORMAÇAO E ACESSO OPERADORES E ANALISTAS 10,0
11- SIST. ELÉTRICO.-PROTEÇÃO DEMÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
OPERADORES 16,0
12- BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO AUDITORES INTERNOS 16,0
5-.FORMAÇÃO DE CIPISTAS DIVERSOS 20,0
TOTAL 643,0
49
ANEXO A – Quadro Resumo de Treinamentos em 2001
T R E I N A M E N T O S( 2 0 0 1 )
S A Ú D E - S E G U R A N Ç A E M E I O A M B I E N T E
A S S U N T O P Ú B L I C O N ºH O R
A S1 - I N S T R . B Á S I C A D E S E G U R A N Ç A N O V O S F U N C I O N Á R I O S 5 0 0 , 02 - T R A N S P . Ó X I D O D E E T E N O O P E R . / M O T O R I S T A . / V I G I L A N T E . 1 0 , 03 - R E S G A T E E M A L T U R A S T É C N I C O S D E S E G U R A N Ç A 8 , 54 - S E G U R A N Ç A E M L A B O R A T Ó R I O S A N A L I S T A S 5 , 05 - S T O P - O B S E R V A D O R D E S E G U R A N Ç A E N G º D E P R O C E S S O 2 0 , 06 - A T U A Ç Ã O R E S P O N S Á V E L - S E M I N Á R I O D I V E R S O S 2 4 , 07 - A N Á L I S E D E R I S C O - A P P O L O E N G E N H E I R O S E S U P E R V . 4 0 , 08 - Á R V O R E D E C A U S A S – A N Á L I S E D I V E R S O S 3 , 09 - T R E I N A M E N T O A M B I E N T A L O P E R A D O R E S - A N A L I S T A S 8 , 01 0 - B R I G A D A ( A S S U N T O S D I V E R S O S ) O P E R A D O R E S E A N A L I S T A 7 5 , 01 1 - S E G U R A N Ç A O P E R A C I O N A L O P E R A D O R E S 7 2 , 01 2 - F O R M A Ç Ã O D E C I P I S T A S D I V E R S O S 2 0 , 01 3 - P R E V E N Ç Ã O D E R I S C O S A M B I E N T A I S D I V E R S O S 5 , 01 4 - C O N S E R V A Ç Ã O A U D I T I V A D I V E R S O S 5 , 01 5 - S E M I N Á R I O A N A M T M É D I C O 3 2 , 01 6 - S E M I N Á R I O S E M P R T É C N I C O D E S E G U R A N Ç A 1 6 , 0
T O T A L 8 4 7 , 5
50
ANEXO B – Informativo Oxiteno
Erro!Infox - mar/2002
Ano VI - Nº 65 Participação nos Lucros e Resultados Este expressivo desempenho em 2001 teve como contrapartida o pagamento da PLR, em 08 de março último, cujo destacado montante está em sintonia com a política da Oxiteno de vincular a remuneração variável à performance da Empresa. Além dos resultados financeiros apontados, foi expressiva também a redução do número de acidentes, que supera, em muito, qualquer questão financeira. A redução conquistada na taxa de acidentes, tanto de Funcionários quanto de terceiros, vai ao encontro da ambiciosa meta de zero acidentes até 2005. Oxiteno reduz Taxa de Freqüência de Acidentes Próximo passo é atingir meta zero até 2005 Um dos objetivos do Projeto de Excelência e Crescimento Oxiteno, sob a perspectiva dos processos internos, é buscar a excelência na gestão de segurança. O desempenho de todos os Funcionários, das Unidades e da Administração Central, foi notável.A determinação de todos na busca de padrões mais eficazes de prevenção de acidentes e incidentes marcou a administração de segurança em 2001. Através do gráfico pode-se notar que as metas foram superadas. Em 2001, a Companhia esperava não ter mais do que 7,5 acidentados com lesão com afastamento por milhão de homens/horas trabalhadas, e o resultado foi de 6,5. A consistente redução dos acidentes nos últimos 3 anos alavancou metas ainda mais desafiadoras, como a meta zero de acidentes para 2005. Há projetos em andamento em todas as Unidades e na Administração Central, nos quais todos estão envolvidos e serão beneficiados.
51
APÊNDICE A – Resultados da Pesquisa para Célula Produtora
Cargo de liderança
47%
49%
4%
Não
Sim
Não Responderam
Figura 1A – Composição da Amostra Quanto ao Cargo
Tempo de empresa
3%
24%
73%Mais de 10 anos
Menos de 10 anos
Não Respondeu
Figura 2A – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa
APÊNDICE A – Resultados da Pesquisa para Célula Produtora
52
Classificação das principais ações tomadas em busca da redução dos índices de acidentes na
Oxiteno Nordeste em 2001
307
215
255
64
Intensificação dotreinamento de
segurança
Inclusão da metaredução de
acidentes no PLR
Compromisso daDireção
Outras
Figura 3A – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes
Efeito da inclusão da meta de redução de acidentes na PLR em 2001
7%
32%
60%
1%
Foi fundamental para a redução dosíndices de acidentes em 2001
Foi fator que não influenciou na reduçãodos índices de acidents
Não sei
Não Respondeu
Figura 4A – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR
53
APÊNDICE A – Resultados da Pesquisa para Célula Produtora
Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no PLR
41%
8%
51%Me sinto mais motivado a trabalhar commais segurança para não me acidentar
Me sinto pressionado pelos colegas e/ousupervisão para não me acidentar
Sou indiferente
Figura 5A – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução
Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR?
1%
95%
4%Sim
Não
Não sei
Figura 6A – Perspectiva de Ocultação de Acidentes
APÊNDICE A – Resultados da Pesquisa para Célula Produtora
54
Meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do Trabalho a partir de 2001
8%
0%
92%Melhorou
Piorou
Continuou omesmo
Figura 7A – Evolução do Conhecimento em Segurança
Os treinamentos de Segurança do Trabalho na Oxiteno a partir de 2001
1%
20%
0%
79%Foi intensificado
Foi reduzido
Continuaram no mesmo nível dosoutros anos
Não sei
Figura 8A – Evolução dos Treinamentos de Segurança
APÊNDICE A – Resultados da Pesquisa para Célula Produtora
55
Condições de segurança (iluminação, instalações físicas, EPIs, etc) na Oxiteno a partir de 2001
0%
11%
0%
89%Melhoraram
Pioraram
Continuaram asmesmas
Não sei
Figura 9A – Evolução das Condições de Segurança
APÊNDICE B – Resultados da Pesquisa para Célula de Suporte
Cargo de liderança
4%
33%
63%Não
Sim
Não Responderam
Figura 1B – Composição da Amostra Quanto ao Cargo
56
Tempo de empresa
4%
19%
78%Mais de 10 anos
Menos de 10 anos
Não Respondeu
Figura 2B – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa
APÊNDICE B – Resultados da Pesquisa para Célula de Suporte
Classificação das principais ações tomadas em busca da redução dos índices de acidentes na Oxiteno
Nordeste em 2001
68
58
87Intensificação dotreinamento de
segurança
Inclusão da metaredução de
acidentes no PLR
Compromisso daDireção
Figura 3B – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes
57
Efeito da inclusão da meta de redução de acidentes na PLR em 2001
11%
11%
78%Foi fundamental para a redução dos
índices de acidentes em 2001
Foi fator que não influenciou na reduçãodos índices de acidents
Não sei
Figura 4B – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR
APÊNDICE B – Resultados da Pesquisa para Célula de Suporte
Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no PLR
11%
0%
89%Me sinto mais motivado a trabalhar commais segurança para não me acidentar
Me sinto pressionado pelos colegas e/ousupervisão para não me acidentar
Sou indiferente
Figura 5B – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução
58
Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR?
0%
96%
4%Sim
Não
Não sei
Figura 6B – Perspectiva de Ocultação de Acidentes
APÊNDICE B – Resultados da Pesquisa para Célula de Suporte
Meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do Trabalho a partir de 2001
11%
0%
89%Melhorou
Piorou
Continuou omesmo
Figura 7B– Evolução do Conhecimento em Segurança
59
Os treinamentos de Segurança do Trabalho na Oxiteno a partir de 2001
0%
0%
0%
100%Foi intensificado
Foi reduzido
Continuaram no mesmo nível dosoutros anos
Não sei
Figura 8B – Evolução dos Treinamentos de Segurança
APÊNDICE B – Resultados da Pesquisa para Célula de Suporte
Condições de segurança (iluminação, instalações físicas, EPIs, etc) na Oxiteno a partir de 2001
0%
7%
0%
93%Melhoraram
Pioraram
Continuaram asmesmas
Não sei
Figura 9B – Evolução das Condições de Segurança
60
APÊNDICE C – Resultados da Pesquisa para Célula de Demanda
Cargo de liderança
74%
26%
Não
Sim
Figura 1C – Composição da Amostra Quanto ao Cargo
Tempo de empresa
32%
68%
Mais de 10 anos
Menos de 10 anos
Figura 2C – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa
61
APÊNDICE C – Resultados da Pesquisa para Célula de Demanda
Classificação das principais ações tomadas em busca da redução dos índices de acidentes na
Oxiteno Nordeste em 2001
26
17
18
8
Intensificação do treinamento desegurança
Inclusão da meta redução de acidentesno PLR
Compromisso da Direção
Outras
Figura 3C – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes
Efeito da inclusão da meta de redução de acidentes na PLR em 2001
79%
11%
11%
Foi fundamental para a redução dosíndices de acidentes em 2001
Foi fator que não influenciou na reduçãodos índices de acidents
Não sei
Figura 4C – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR
62
APÊNDICE C – Resultados da Pesquisa para Célula de Demanda
Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no PLR
79%
0%
21%
Me sinto mais motivado a trabalhar commais segurança para não me acidentar
Me sinto pressionado pelos colegas e/ousupervisão para não me acidentar
Sou indiferente
Figura 5C – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução
Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR?
0%
100%
0%Sim
Não
Não sei
Figura 6C – Perspectiva de Ocultação de Acidentes
APÊNDICE C – Resultados da Pesquisa para Célula de Demanda
63
Meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do Trabalho a partir de 2001
89%
0%
11%
Melhorou
Piorou
Continuou omesmo
Figura 7C – Evolução do Conhecimento em Segurança
Os treinamentos de Segurança do Trabalho na Oxiteno a partir de 2001
100%
0%
0%
0%
Foi intensificado
Foi reduzido
Continuaram no mesmo nível dosoutros anos
Não sei
Figura 8C – Evolução dos Treinamentos de Segurança
64
APÊNDICE C – Resultados da Pesquisa para Célula de Demanda
Condições de segurança (iluminação, instalações físicas, EPIs, etc) na Oxiteno a partir de 2001
0%
0%
0%
100%Melhoraram
Pioraram
Continuaram asmesmas
Não sei
Figura 9C – Evolução das Condições de Segurança
APÊNDICE D – Resultados da Pesquisa para Célula Gestora
65
Cargo de liderança
73%
20%
7%
Não
Sim
Não Responderam
Figura 1D – Composição da Amostra Quanto ao Cargo
Tempo de empresa
67%
33%
Mais de 10 anos
Menos de 10anos
Figura 2D – Composição da Amostra Quanto ao Tempo de Empresa
APÊNDICE D – Resultados da Pesquisa para Célula Gestora
66
Classificação das principais ações tomadas em busca da redução dos índices de acidentes na Oxiteno Nordeste em
2001
56
42
37
4
Intensificação do treinamento desegurança
Inclusão da meta redução de acidentesno PLR
Compromisso da Direção
Outras
Figura 3D – Classificação das Ações Visando Redução de Acidentes
Efeito da inclusão da meta de redução de acidentes na PLR em 2001
80%
0%
13%
7%
Foi fundamental para a redução dosíndices de acidentes em 2001
Foi fator que não influenciou na reduçãodos índices de acidents
Não sei
Não Respondeu
Figura 4D – Efeito da Inclusão da Meta de Redução de Acidentes no PLR
APÊNDICE D – Resultados da Pesquisa para Célula Gestora
67
Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no PLR
13%
0%
87%Me sinto mais motivado a trabalhar commais segurança para não me acidentar
Me sinto pressionado pelos colegas e/ousupervisão para não me acidentar
Sou indiferente
Figura 5D – Clima Organizacional em Função da Meta de Redução
Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR?
0%
93%
7%Sim
Não
Não sei
Figura 6D – Perspectiva de Ocultação de Acidentes
APÊNDICE D – Resultados da Pesquisa para Célula Gestora
68
Meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do Trabalho a partir de 2001
100%
0%
0%
Melhorou
Piorou
Continuou o mesmo
Figura 7D – Evolução do Conhecimento em Segurança
Os treinamentos de Segurança do Trabalho na Oxiteno a partir de 2001
100%
0%
0%
0%
Foi intensificado
Foi reduzido
Continuaram no mesmo nível dosoutros anos
Não sei
Figura 8D – Evolução dos Treinamentos de Segurança
APÊNDICE D – Resultados da Pesquisa para Célula Gestora
69
Condições de segurança (iluminação, instalações físicas, EPIs, etc) na Oxiteno a partir de 2001
0%
0%
100%
0%
Melhoraram
Pioraram
Continuaram asmesmas
Não sei
Figura 9D – Evolução das Condições de Segurança
APÊNDICE E - Questionário
Prezado colega, Solicitamos sua colaboração em responder este questionário. O resultado da tabulação das respostas será a principal base do nosso trabalho – Monografia – a ser apresentado à UFBA, como requisito de avaliação de aprendizagem da disciplina “Métodos de Pesquisa e Projeto”. Agradecemos antecipadamente, e lembramos que os questionários não são identificados. Aparecido, Renato e Ricardo Cerqueira Oxiteno, Julho de 2003
Perfil do entrevistado – Favor preencher com seus dados
Cargo Liderança
( ) Sim ( ) Não
Célula
( ) Produtora ( ) Demanda
( ) Suporte ( ) Gestora
70
Tempo de empresa
( ) Mais de 10 anos
( ) Menos de 10 anos
Questionário Pesquisa 1. Classifique, pelo grau de importância, as causas da redução do índice de acidentes na
Oxiteno Camaçari, observada em 2001. Atribua o número 1 para aquela que julgar mais importante e a assim por diante.
( ) Intensificação do treinamento de segurança ( ) Inclusão da meta redução de acidentes no PLR ( ) Compromisso da Direção ( ) Nenhuma das anteriores
( ) Outros (especificar)________________________________________________
APÊNDICE E – Questionário (Continuação)
2. A inclusão da meta de redução de acidentes no prêmio do PLR em 2001:
( ) Foi fundamental para a redução dos índices de acidentes em 2001 ( ) Foi fator que não influiu na redução dos índices de acidentes ( ) Não sei
3. Em função da inclusão da meta de redução de acidentes no prêmio do PLR:
( ) Me sinto mais motivado a trabalhar com mais segurança para não me acidentar ( ) Me sinto pressionado pelos colegas e/ou supervisão para não me acidentar ( ) Sou indiferente
4. Você ocultaria um acidente para não prejudicar o prêmio do PLR ?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
5. A partir de 2001, meu conhecimento das normas e procedimentos de Segurança do
Trabalho.
( ) Aumentou ( ) Piorou ( ) Continuou o mesmo
71
6. A partir de 2001 as condições de segurança ( iluminação, instalações físicas, EPI´s, etc.) na
Oxiteno:
( ) Melhoraram ( ) Pioraram ( ) Continuaram as mesmas ( ) Não sei
7. A partir de 2001 o treinamento de Segurança do Trabalho na Oxiteno:
( ) Foi intensificado ( ) Foi reduzido ( ) Continuou no mesmo nível dos outros anos ( ) Não sei