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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA PLATAFORMA PARA COLETA E VISUALIZAÇÃO DE DADOS AGRÍCOLAS GEORREFERENCIADOS EM AMBIENTE WEB E MOBILE ALEXANDRO PATRIK PERGHER CASCAVEL, PR JUNHO, 2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

PLATAFORMA PARA COLETA E VISUALIZAÇÃO DE DADOS AGRÍCOLAS

GEORREFERENCIADOS EM AMBIENTE WEB E MOBILE

ALEXANDRO PATRIK PERGHER

CASCAVEL, PR

JUNHO, 2015

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ALEXANDRO PATRIK PERGHER

PLATAFORMA PARA COLETA E VISUALIZAÇÃO DE DADOS AGRÍCOLAS

GEORREFERENCIADOS EM AMBIENTE WEB E MOBILE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, em cumprimento parcial aos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Agrícola, área de concentração em Sistemas Biológicos e Agroindustriais. Linha de pesquisa Geoprocessamento, Estatística Espacial e Agricultura de Precisão. Orientador: Prof. Dr. Erivelto Mercante Coorientador: Prof. Dr. Marcio Antonio Vilas Boas

CASCAVEL, PR

JUNHO, 2015

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)1

P517p Pergher, Alexandro Patrik

Plataforma para coleta e visualização de dados agrícolas georreferenciados em ambiente Web e Mobile./Alexandro Patrik Pergher, revisores de texto Ana Maria Martins Alves Vasconcelos – inglês e Maricélia Nunes dos Santos – português e normas. Cascavel, 2015.

82 p.

Orientador: Prof. Dr. Erivelto Mercante Coorientador: Dr. Marcio Antonio Vilas Boas

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia Agrícola 1. Banco de dados geográfico. 2. SIG. 3. Dispositivo móvel. I. Mercante,

Erivelto. II. Vilas Boas, Marcio Antonio. III. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. IV. Título.

CDD 21.ed. 630.205

Ficha catalográfica elaborada por Helena Soterio Bejio – CRB 9ª/965

1 Revisão de Língua Portuguesa e das Normas de Edição conforme requisitos do PGEAGRI: Profa. Ma. Maricélia Nunes dos Santos, em 18 de agosto de 2015. Revisão de Língua Inglesa: Profa. Ana Maria Martins Alves Vasconcelos, em 17 de agosto de 2015.

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BIOGRAFIA

Alexandro Patrik Pergher nasceu em 1986 na cidade de Toledo, PR. Tornou-se

bacharel em Sistemas de Informação, pela Faculdade Sul Brasil, em 2008, exercendo

atividades na área de desenvolvimento de sistemas desde 2004. Em 2009 iniciou carreira

docente, ministrando disciplinas de bancos de dados e algoritmos em cursos de graduação

na área de Sistemas de Informação e Redes de Computadores.

Em 2010 concluiu cursos de pós-graduação lato sensu em Gestão de Inovação

Tecnológica, pela UTFPR, e Docência no Ensino Superior, também pela Faculdade Sul

Brasil.

Atuou de 2007 a 2010 na indústria de medicamentos, construindo sistemas para

apoiar operações nesse segmento. Em 2010 migrou para a indústria alimentícia, tornando-

se consultor em gestão da tecnologia da informação no agronegócio, especialmente em

indústria de laticínios.

Em 2013, com o intuito de contribuir e reafirmar seu interesse na área acadêmica,

ingressou no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da UNIOESTE.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus alunos. Formar

pessoas é uma responsabilidade muito grande.

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AGRADECIMENTOS

Algumas pessoas foram fundamentais para que este trabalho pudesse ser

realizado, portanto, deixo registrados meus sinceros agradecimentos.

Agradeço ao meu orientador Erivelto Mercante. Durante o período da pós-

graduação, aprendi muitas lições que foram além das disciplinas e orientações. Com

certeza, pude aprimorar minha prática docente simplesmente observando-o.

Agradeço ao meu coorientador, Marcio AntonioVilas Boas, que sugeriu abordagens

interessantes ao trabalho, além de auxiliar no processo de registro do software.

Agradeço aos meus pais, Fatima e Adair, pelo apoio na continuação dos meus

estudos.

Agradeço a minha namorada, Aline, e sua família, pelo incentivo para que eu

realizasse a pós-graduação. Também agradeço pela ajuda na revisão do texto.

Agradeço a Suzana Wrublack por, pacientemente, repassar valiosas informações

para elaboração do projeto.

Agradeço aos demais colegas do Laboratório de Topografia e Geoprocessamento,

que sempre demonstraram disposição para ajudar.

Agradeço aos professores Adair Santa Catarina, Jerry Johann e Claudio Bazzi, que,

gentilmente, aceitaram o convite para participar da banca de defesa.

Agradeço aos demais professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia

Agrícola, que contribuíram positivamente em minha formação.

Agradeço aos meus amigos e colegas de trabalho, que em algum momento

sentiram minha falta, pela compreensão, necessária para que esse objetivo fosse

alcançado.

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PLATAFORMA PARA COLETA E VISUALIZAÇÃO DE DADOS AGRÍCOLAS

GEORREFERENCIADOS EM AMBIENTE WEB E MOBILE

RESUMO: Sistemas de informação podem auxiliar na melhoria do fluxo, velocidade e

segurança de processos. No meio acadêmico, embora buscam-se sempre novas descobertas, alguns processos são estabelecidos e não sofrem severas mudanças durante o tempo. A coleta de dados para pesquisas segue determinado padrão, onde são estabelecidos os pontos de coleta, as variáveis, e procede-se a coleta com a anotação dos valores das variáveis em cada uma das amostras. Ferramentas que automatizam tal processo não são populares. Ainda, quando se tratam de dados onde o local de ocorrência é informação determinante, os sistemas disponíveis são mais escassos. Esse tipo de informação caracteriza-se por ser georreferenciada, com coordenadas conhecidas, em um sistema de referência. Portanto, as tecnologias de informação e comunicação usadas nesse estudo resultaram em um software que permite o compartilhamento e a apresentação dos

dados das pesquisas de campo, com o intuito de auxiliar os pesquisadores do Laboratório de Geoprocessamento da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus Cascavel no desempenho das atividades em coletas de dados agrícolas. As pesquisas do Laboratório de Topografia e Geoprocessamento auxiliam a evolução da agricultura na região Oeste do Paraná. Assim, com o intuito de contribuir com mais avanços relevantes para o PIB brasileiro e para essa área, foram realizadas entrevistas com os pesquisadores do laboratório, análise de documentos e planilhas utilizadas na coleta de dados, criação de um modelo de dados flexível que atenda ao armazenamento de dados numéricos, alfanuméricos, temporais, lógicos e espaciais. No desenvolvimento da aplicação, foram utilizados a linguagem de programação Java 8, o banco de dados relacional PostgreSQL 9.4 e sua extensão PostGIS 2.1 bem como alguns artefatos da UML para documentação. PALAVRAS-CHAVE: banco de dados geográfico; SIG; dispositivo móveis.

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GEOREFERENCED DATA COLLECT PLATFORM FOR AGRICULTURE ON WEB AND

MOBILE ENVIRONMENT

ABSTRACT: Information Systems can improve workflow, speed and security of processes.

In the academic area, although new discoveries are always researchers’ purposes, some processes are established and are not submitted to severe changes throughout time. The data collection follows a given standard, where the collection points and variables are defined then the procedure is executed, recording variable values on each sample. Tools which automate this process are not popular. In cases concerning data where the occurrence place is crucial, the available systems are scarcer. This information is characterized as georeferenced structures, with known coordinates, in some reference system. So, new technologies of information and communication applied in this study resulted in a software that share and present accordingly the field research data, in order to help the Topography and Geoprocessing Lab (GeoLab) researchers of Western Paraná State University, campus,

Cascavel, in their agricultural activities. The research of Topography and Geoprocessing Lab has improved the agriculture on Western Paraná. In order to contribute for new progresses in this field, that has Brazilian GDP relevance, some interviews with researchers of GeoLab was done. Thus, aiming at contributing with more relevant breakthroughs for Brazilian GDP and for this area, interviews were conducted with researchers at the lab, examining documents and spreadsheets used for data collection, and a flexible data model was created to meet the numerical data, alphanumeric, temporal, spatial and logical storage. Thus, during the solution development, Java 8 platform, PostgreSQL 9.4 relational database, PostGIS 2.1 extension, and some UML artifacts for documentation were used as well as some UML artifacts for documentation. KEY WORDS: Geographic database; GIS; Mobile devices.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 1

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................ 2

LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................. 4

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 7 2.1 Objetivo Geral: ................................................................................................................. 7 2.2 Objetivos Específicos: ...................................................................................................... 7 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 8 3.1 Sistemas de Informação .................................................................................................. 8 3.2 Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ................................................................. 10 3.3 Sistemas Gerenciadores De Bancos De Dados (SGBD) ................................................ 11 3.3.1 Definição e objetivos ................................................................................................... 11 3.3.2 Modelagem ................................................................................................................. 13 3.4 Orientação a objetos ...................................................................................................... 17 3.5 Unified Modeling Language (UML) ................................................................................. 19 3.6 Rational Unified Process (RUP) ..................................................................................... 20 3.7 Computação móvel ........................................................................................................ 22 3.8 Web e Web Services...................................................................................................... 23 4 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 25 4.1 Caracterização dos requisitos ........................................................................................ 25 4.2 Casos de Uso ................................................................................................................ 27 4.3 Diagrama do banco de dados ........................................................................................ 28 4.4 Arquitetura do sistema ................................................................................................... 29 4.5 Tecnologias e ferramentas utilizadas ............................................................................. 31 4.5.1 Java ............................................................................................................................ 31 4.5.1.1 Java Server Faces ................................................................................................... 32 4.5.1.2 Java Persistence API e Hibernate ............................................................................ 32 4.5.2 Glassfish ..................................................................................................................... 33 4.5.3 Ambiente de Desenvolvimento .................................................................................... 33 4.5.3.1 NetBeans ................................................................................................................. 34 4.5.3.2 Eclipse ..................................................................................................................... 34 4.5.4 PostgreSQL ................................................................................................................ 34 4.5.5 Leaflet JS .................................................................................................................... 35 4.6 Fluxo das atividades ...................................................................................................... 35 4.7 Testes ............................................................................................................................ 36 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 38 5.1 Operação do sistema no ambiente Web ........................................................................ 38 5.2 Operação do sistema na plataforma móvel .................................................................... 52 6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 61 APÊNDICE I ........................................................................................................................ 65

APÊNDICE II ....................................................................................................................... 67

APÊNDICE III ...................................................................................................................... 69

APÊNDICE IV ...................................................................................................................... 71

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Atividades de um sistema ........................................................................................ 8

Figura 2 Visão geral sobre Sistema Gerenciador de Banco de Dados, composto pelos

subsistemas que dividem a responsabilidade de manter um eficiente controle dos dados

armazenados. ...................................................................................................................... 12

Figura 3 Exemplo de um modelo relacional para armazenar produtos e suas respectivas

categorias. ........................................................................................................................... 14

Figura 4 Exemplo de pontos em um sistema de coordenadas. ............................................ 16

Figura 5 Exemplo de polilinhas. ........................................................................................... 16

Figura 6 Exemplo de polígonos............................................................................................ 17

Figura 7 Classe professor com seus atributos e métodos. Os atributos definem as

características e os métodos definem as ações. .................................................................. 19

Figura 8 Fases do processo RUP ........................................................................................ 21

Figura 9 Localização do município de Salto do Lontra ......................................................... 25

Figura 10 Diagrama de casos e uso do sistema wGCGEO. ................................................. 28

Figura 11 Modelo Relacional do aplicativo Web proposto .................................................... 29

Figura 12 Arquitetura do sistema ......................................................................................... 30

Figura 13 Compilação e execução de um programa Java.................................................... 32

Figura 14 Fluxo das atividades em visão macro .................................................................. 35

Figura 15 Tela de acesso do login (a) e menu principal para acesso às rotinas do sistema (b)

............................................................................................................................................ 38

Figura 16 Lista de propriedades monitoradas no projeto...................................................... 39

Figura 17 Interface para inclusão de nova propriedade no sistema ..................................... 39

Figura 18 Upload de arquivo do polígono de uma área de interesse. .................................. 40

Figura 19 Definição dos pontos de coleta na propriedade. ................................................... 41

Figura 20 Uso e ocupação do solo da propriedade estudada. ............................................. 41

Figura 21 Lista de características disponíveis para coleta. .................................................. 42

Figura 22 Interface para edição de características. .............................................................. 42

Figura 23 Listagem de rotas que poderão ser estabelecidas. .............................................. 43

Figura 24 Propriedades de uma determinada rota simulada. A elipse vermelha destaca as

propriedades disponíveis. A elipse verde destaca as propriedades incluídas na rota. ......... 44

Figura 25 Lista de projetos monitorados pelos pesquisadores. ............................................ 44

Figura 26 Detalhes do projeto “GEOLAB – COLETA DE DADOS DO SOLO” ...................... 45

Figura 27 Atividades que serão executadas em um projeto. ................................................ 45

Figura 28 Características selecionadas para serem coletadas pelo projeto. ........................ 46

Figura 29 Propriedades que serão estudadas e foram incluídas no projeto. ........................ 47

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Figura 30 Tela principal do sistema. Demonstra as propriedades estudadas em um mapa

que foi criado por meio dos polígonos importados. .............................................................. 48

Figura 31 Janela popup exibida no momento do clique em uma propriedade. ..................... 49

Figura 32 Análises executadas na propriedade. .................................................................. 49

Figura 33 Campos que são montados para serem preenchidos no momento do lançamento

dos dados da análise. .......................................................................................................... 50

Figura 34 Tela para emissão do relatório de análises do sistema wGCGEO. ...................... 51

Figura 35 Planilha de dados gerada pelo sistema wGCGEO. .............................................. 51

Figura 36 Consulta de propriedades. Filtro de características fora dos limites (a) e

propriedade destacada no mapa (b). ................................................................................... 52

Figura 37 Interface inicial do sistema mGCGEO. Autenticação do usuário (a) e menu

principal do sistema (b). ....................................................................................................... 53

Figura 38 Lista de projetos sincronizados pela Web. ........................................................... 54

Figura 39 Interface do sistema mGCGEO. Lista de Propriedades disponíveis (a) e detalhes

de uma propriedade selecionada (b). ................................................................................... 54

Figura 40 Interface do sistema mGCGEO. Lista de culturas (a) e incluir nova cultura (b). ... 55

Figura 41 – Interface o sistema mGCGEO. Menu de coleta (a), lista de rotas a serem

cumpridas (b) e propriedades a serem visitadas naquela rota (c). ....................................... 56

Figura 42 Interface do sistema mGCGEO. Definição dos dados da coleta (a), lista de

análises realizadas (b) e campos para inclusão dos dados da coleta (c). ............................ 57

Figura 43 Interface de comunicação do sistema mGCGEO. Menu de sincronização (a) e

progressão da transmissão no recebimento dos dados da Web (b). .................................... 58

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Dados da tabela Categoria ................................................................................... 14

Quadro 2 Dados da tabela Produto ...................................................................................... 14

Quadro 3 Detalhamento dos Requisitos do software ........................................................... 26

Quadro 4 Caso de Teste CT1 – Cadastrar Propriedade ...................................................... 36

Quadro 5 Procedimento de teste ......................................................................................... 37

Quadro 6 Limites dos Parâmetros para avaliação da qualidade da água ............................. 52

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADT - Android Development Tools

BD - Banco de Dados

ERP - Enterprise Resource Planning

FMIS - Farm Management Information System

GeoLab - Laboratório de Topografia e Geoprocessamento

HD - Hard Drive

HTML - HyperText Markup Language

HTTP - HyperText Transfer Protocol

IDE - Integrated Development Environment

JPA - Java Persistence API

JSF - Java Serve Faces

JSP - Java Server Pages

JSR - Java Specification Request

MVC - Model-View-Controller

ORM - Object/Relational Mapping

PK - Primary Key

POO - Programação Orientada a Objetos

RNF - Requisitos Não Funcionais

RUP - Rational Unified Process

SGBD - Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados

SIG - Sistema de Informações Geográficas

SQL - Structured Query Language

UML - Unified Modeling Language

URL - Uniform Resource Location

WWW - Worl Wide Web

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1 INTRODUÇÃO

Avanços, proporcionados pela informática, têm permitido às mais diversas áreas se

beneficiar com ferramentas que contribuem para que os profissionais mantenham o foco em

suas atividades (LAUDON; LAUDON, 1999). Não é de interesse que pesquisadores e/ou

profissionais de outras áreas se tornem especialistas em tecnologia da informação para

armazenar e tratar os dados pertinentes ao seu trabalho. A evolução no uso de sistemas

específicos ocorre com as empresas, com uso dos sistemas Enterprise Resource Planning

(ERP), acontece na área da educação, com uso de softwares estatísticos, por exemplo, e

acontece também em institutos de pesquisa, com o uso de sistemas especializados, como é

o caso dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs).

É fato que toda essa evolução deixou algumas atividades mais convenientes,

diminuindo, por exemplo, o tempo de espera para processamento de resultados. Entretanto

a demanda por sistemas que atendam necessidades específicas ainda é grande (LAUDON;

LAUDON, 1999). Dentre muitas outras preocupações, engenheiros agrícolas estão

trabalhando para melhorar a produtividade das lavouras com menor impacto ambiental,

engenheiros civis estão procurando meios de reutilização dos materiais e engenheiros

químicos procuram formas alternativas de energia. O que todos eles têm em comum? Todos

necessitam do apoio de sistemas que supram suas necessidades informacionais, mas esses

profissionais não têm a informática como sua atividade fim. Os sistemas são ferramentas

para que eles possam desenvolver suas pesquisas com satisfação, integridade e

velocidade, não se preocupando com linhas de código de programação ou estruturas de

dados complexas.

No Laboratório de Topografia e Geoprocessamento (GeoLab) da Universidade

Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Cascavel, os problemas não são

diferentes. Diversas pesquisas estão sendo conduzidas por acadêmicos de iniciação

científica e por alunos de mestrado e doutorado do programa de pós-graduação, com o

intuito de melhorar processos, criar ferramentas e desenvolver tecnologias para melhoria

das atividades agrícolas da região. Contudo, a quantidade de dados gerados pelas

pesquisas é grande, e, na maioria das vezes, os pesquisadores ficam responsáveis por toda

a tarefa de mantê-los seguros e disponíveis.

Acidentes que resultam em perda de dados, modificação de dados sem permissão

ou até mesmo atraso na localização dos dados são problemas que podem comprometer

pesquisas, aumentar despesas e diminuir a produtividade dos pesquisadores.

Nesse contexto, o presente trabalho objetivou a informatização do processo de

coleta de dados do GeoLab da UNIOESTE, campus de Cascavel, provendo uma plataforma

que permita dar apoio nas etapas de coleta, armazenamento, integração e disponibilização

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dos dados a todos os pesquisadores, de forma segura e rápida. Foram utilizados como base

os dados de pesquisas relacionadas ao projeto Aplicação Conjunta das Técnicas de

Geoprocessamento e SIG na Agricultura Familiar, e do Subprograma de Apoio à Agricultura

Familiar e Agroecologia, inseridos no âmbito do Programa de Extensão “Universidade Sem

Fronteiras” (USF), vinculado à SETI sob edital 01/2013, executados pelos pesquisadores do

GeoLab da UNIOESTE, campus de Cascavel.

No monitoramento realizado, os pesquisadores recolhem dados nas propriedades

dos produtores do programa, coletam amostras para avaliar a qualidade da água e do solo e

armazenam essas informações em planilhas eletrônicas. O uso das planilhas eletrônicas

dificulta o compartilhamento dos dados, não garante a integridade, tampouco a segurança

dessas informações.

A partir do momento da implantação do projeto, todas essas informações poderão

ser lançadas no sistema, que terá uma estrutura de dados robusta para armazenamento.

Destaca-se a inovação que a presente ferramenta trará, pois as novas coletas poderão ser

realizadas utilizando um aplicativo para dispositivos móveis, que fará a sincronização dos

dados com a plataforma, disponibilizando as informações aos pesquisadores. Esse

aplicativo receberá os dados inseridos no sistema Web e trabalhará off-line, pois na maior

parte das propriedades não há cobertura de rede de dados. Quando o pesquisador tiver

acesso à rede de dados, ele poderá enviar os dados coletados para o sistema.

A plataforma será desenvolvida para ser executada em ambiente Web, facilitando o

acesso aos usuários. Tecnologias como Java, PostgreSQL e PostGIS estarão presentes.

Conforme Rao, Geetha e Maíti (2014), o software executado em ambiente Web pode ser

acessado de qualquer computador conectado à internet. O único requisito para o cliente é

um web-browser. Outra característica interessante da plataforma é o armazenamento de

dados geoespaciais. Esses tipos de dados são estruturas complexas e necessitam de meios

de armazenamento especiais que são os Bancos de Dados Geográficos. Os pesquisadores

do GeoLab da UNIOESTE, campus de Cascavel, possuem o mapeamento das propriedades

rurais via GPS, que serão inseridos no sistema.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo do presente trabalho é desenvolver uma aplicação que possa ser

executada em ambiente Web e um aplicativo Mobile para informatização do processo de

coleta de dados das pesquisas GeoLab da UNIOESTE,campus de Cascavel.

2.2 Objetivos Específicos

Efetuar a análise dos requisitos e elaborar a documentação necessária para projetar

o software.

Estudar e definir a forma de armazenamento dos dados espaciais no banco de

dados relacional.

Inserir dados retroativos no software para permitir o acompanhamento histórico.

Disponibilizar um ambiente de testes para que os pesquisadores possam validar o

software antes de sua implantação.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Sistemas de Informação

Para entender as questões relacionadas aos sistemas de informação, é necessário,

primeiramente, o esclarecimento do termo “sistema”.

Ludwig Von Bertalanffy, nas décadas de 1950 e 1960, realizou estudos na área de

biologia, determinou o termo organismo como maior do que a soma de suas partes e,

consequentemente, estabeleceu como ciência a Teoria Geral de Sistemas. Assim, com essa

idealização, Bertalanffy quebrou o paradigma de que o mundo é dividido em áreas (biologia,

psicologia, física e química, por exemplo) e propôs uma unidade funcional mais abrangente,

onde são desenvolvidas qualidades que não são encontradas isoladamente nos seus

componentes (BERTALANFFY, 1968).

A partir dos estudos de Bertalanffy, diversos autores propuseram conceitos acerca

de Sistemas, como Mülber (2005), que caracterizou um sistema como um conjunto de

partes coordenadas, que concorrem para a realização de um objetivo. Mülber acrescentou,

ainda, que é possível definir um sistema como um conjunto de componentes e processos

capaz de transformar determinadas entradas em saídas.

Logo, uma forma simplória de exemplificar um sistema é ilustrar suas atividades,

conforme a Figura 1.

Figura 1Atividades de um sistema Fonte: Adaptado de MÜLBER (2005).

Observa-se na Figura 1 que o fluxo de informações de um sistema é caracterizado

como um conjunto de entradas que podem sofrer processamentos e têm um fim. O final do

processamento gera uma saída. Esta saída pode ou não ser um produto final, e existem

casos em que a saída gerada é responsável pela nova entrada, caracterizando o que foi

denominado de retroalimentação.

Fim

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Para Laudon e Laudon (1999, p. 4), a entrada “envolve a captação ou coleta de

fontes de dados brutos”. O processamento, por sua vez, “envolve a conversão dessas

entradas brutas em uma forma mais útil e apropriada”. Por fim, a saída “envolve a

transferência da informação processada às pessoas ou atividades que a usarão”.

Com a evolução da informática e a necessidade crescente de gerir dados cada vez

maiores, surgiram os sistemas de informação. Estes, geralmente, são compostos por

subsistemas. Cada subsistema é responsável por realizar determinada atividade. A técnica

de se usar subsistemas permite a melhor gestão do sistema como um todo, pois cada

componente é especializado em executar uma tarefa e tem a capacidade de se relacionar

com outros subsistemas. Assim, pode-se diminuir a complexidade de um grande sistema,

com a construção de vários pequenos sistemas que o compõem (MÜLBER, 2005).

Um sistema de informação é um conjunto inter-relacionado de componentes, que

tem o intuito de coletar, processar, armazenar e distribuir informações, portanto, é a

combinação de recursos tecnológicos, humanos e organizacionais que permitem a gestão

de um processo ou atividade (CIDRAL; AUDY; ANDRADE, 2007).

Os recursos humanos que compõem um sistema de informação são as pessoas

que utilizam informações vindas dos sistemas e inserem informações para que possam ser

compartilhadas, validadas e armazenadas nos bancos de dados. Já os recursos

tecnológicos podem se apresentar de algumas formas, dentre elas: hardware, que são os

equipamentos físicos usados para imputar, processar e exibir os dados; software, que são

as instruções pré-programadas, com base nos requisitos do sistema, e organizam o trabalho

do hardware; armazenamento, que engloba o uso de hardware e software em estruturas

especiais criadas para garantir a vida dos dados; e, por fim, na forma de comunicação, que

permite a transferência de dados entre um ponto e outro por meio das redes. As redes

também são compostas por hardware e software, porém sua tarefa é permitir que dados se

desloquem e sejam acessíveis remotamente garantindo velocidade e segurança dentro do

processo. Ainda, afirma-se que um sistema de informação baseado em computador é

formulado para resolver problemas importantes que surgem nas organizações (LAUDON;

LAUDON, 1999).

Verifica-se que a teoria geral dos sistemas se mantém na definição de um Sistema

de Informação, mas o que ocorre é uma especialização para fins específicos. Contudo,

ainda existem subdivisões dentro do tema Sistema de Informação. Tal é o caso de sistemas

que compreendem e estruturam as informações com o intuito de resolver problemas

exclusivos de determinada área de atuação. Pertencem a esse grupo os Sistemas de

Informação Geográfica.

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3.2 Sistemas de Informações Geográficas (SIG)

Para Longley et al. (2013), tudo o que acontece, acontece em algum lugar.

Portanto, saber onde determinado fato ocorreu é base importante para determinar seu

controle.

Uma série de aplicações de sistemas de informação foi se aprimorando com o

passar do tempo a fim de contemplar características que permitem a localização dos fatos.

Com essa evolução, surgiram os SIGs.

Para Dueker (1979), SIG é um caso especial de sistemas de informações, no qual o

banco de dados consiste em informações sobre características distribuídas espacialmente,

atividades ou eventos, os quais são definidos no espaço como pontos ou polígonos.

O conceito elaborado por Burrough (1986) caracteriza SIG como um poderoso

elenco de ferramentas para colecionar, armazenar, recuperar, transformar e exibir dados

espaciais referenciados ao mundo real.

Longley et al. (2013) conceitua SIG como sistemas computacionais feitos para

armazenar e processar informações geográficas. Sobretudo, eles são ferramentas que

melhoram a eficiência e efetividade do tratamento da informação de aspectos e eventos

geográficos.

Compreendendo esses conceitos fundamentais, percebe-se que a utilização de SIG

ocorre em diversas situações do cotidiano das empresas, instituições e pessoas, por

exemplo, para gestão de saúde pública, logística de materiais, criação de rodovias,

consultoria de vendas, gestão de parques nacionais, turismo e agricultura, entre outras.

No caso de SIG na agricultura, pode-se, por exemplo, orientar produtores acerca de

quando e onde aplicar pesticidas e fertilizantes, garantindo uso racional dos recursos, sem

prejudicar o meio ambiente (LONGLEY et al., 2013).

Frente ao termo SIG, é evidente que a tarefa de armazenamento de dados é uma

das atividades primordiais durante o processo de um SIG. Armazenar dados com segurança

não é tarefa fácil. A evolução dos sistemas gerenciadores de bancos de dados, como

ferramenta confiável para manter informações, permitiu o uso mais abrangente desses

sistemas.

Entretanto, os sistemas de bancos de dados relacionais não possuem

características que permitam a modelagem dos dados espaciais. Nesse contexto, para

auxiliar na resolução desse tipo de problema, foram desenvolvidos os bancos de dados

geográficos.

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3.3 Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD)

3.3.1 Definição e objetivos

Armazenar informações é uma tarefa que permeia toda a existência do homem.

Nossos antepassados usavam papéis para esse fim antes mesmo de qualquer tecnologia

contemporânea surgir. Os homens das cavernas utilizavam pinturas nas paredes para

ilustrar situações do cotidiano. Essa necessidade de registrar os fatos não é recente.

Contudo, a tecnologia atual nos permite gravar e compartilhar informações de forma

muito mais rápida e segura, por meio dos Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados.

É importante salientar que existem diferenças entre os termos Banco de Dados

(BD) e Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD). Por si só, um BD é um

repositório (local de armazenamento) de dados. Para construir um banco de dados, não é

necessária nenhuma tecnologia de informação. Um fichário que contém arquivos de

pacientes é uma forma tradicional de se armazenar dados (SILBERSCHATZ; KORTH;

SUDARSHAN, 1999).

O SGBD é um sistema que permite o armazenamento digital dos dados; logo, a

tecnologia de informação é necessária. Além de prover estruturas de armazenamento,

Silberschatz, Korth e Sudarshan (1999) afirmam que ele é constituído por um conjunto de

dados associados a um conjunto de programas para acesso a esses dados. Os dados são

informações do usuário que estão armazenadas. Os programas são ferramentas que

auxiliam no acesso, na segurança e na gestão do armazenamento.

Observa-se que em um SGBD as informações se integram, como mencionado por

Kroenke (1998), quando se refere ao SGBD como uma coleção autodescritiva de registros

integrados. Trata-se de uma coleção autodescritiva, pois além dos dados do usuário,

armazenados em uma estrutura chamada schema, o SGBD mantém informações sobre ele

próprio, em outra estrutura, denominada catálogo.

Por fim, o SGBD é “um sistema computadorizado cuja finalidade geral é armazenar

informações e permitir que os usuários busquem e atualizem essas informações quando as

solicitar” (DATE, 2003, p. 5).

A Figura 2 exemplifica o ambiente de um SGBD. A partir dela, pode-se observar a

complexidade envolvida no processo de armazenamento dos dados, bem como os

subsistemas que os compõem. Os subsistemas tratam de tarefas específicas. Um dos

subsistemas existentes é o Gerenciador de Processos (a), que é responsável pelo controle

de acesso, requisições e agendamento de tarefas que serão executadas. Para que um

cliente estabeleça uma conexão com o SGBD, é necessária a implementação de protocolos

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de comunicação, em que o Gerenciador de Conexões Clientes (b) disponibiliza os

protocolos de acesso local e remoto.

Figura 2 Visão geral sobre Sistema Gerenciador de Banco de Dados, composto pelos subsistemas que dividem a responsabilidade de manter um eficiente controle dos dados armazenados. Fonte: Adaptado de MIT1 (2015).

Quando uma consulta é submetida ao Sistema Gerenciador de Banco de Dados, o

Processador de Consultas (c) é acionado. Esse processo é responsável por transformar e

validar a consulta, criando planos de execução que minimizem o custo computacional para

recuperar os dados solicitados e devolver o conjunto de dados ao usuário que solicitou.

Muitas das tarefas realizadas por um usuário refletem em várias modificações nos

dados armazenados no SGBD. Do ponto de vista do usuário, ele executou apenas uma

operação. O banco de dados tem que garantir que todas as modificações sejam refletidas

corretamente nos dados. Se algum erro que impeça a continuidade do processo ocorrer, é

sua função reverter as modificações realizadas, para que o banco de dados permaneça

consistente. Esse controle é realizado pelo Gerenciador de Armazenamento Transacional

(DATE, 2003).

Parte-se do pressuposto de que onde existem vários usuários acessando os

mesmos dados há a concorrência por recursos. Assim o Gerenciador Transacional (d)

também controla a concorrência, bloqueando as informações de forma exclusiva ou

compartilhada, dependendo da necessidade.

Um BD reside na memória não volátil do computador, isto é, no Hard Drive (HD).

Esse tipo de memória permite grande capacidade de armazenamento; entretanto, é mais

lento. Para ter desempenho satisfatório, o SGBD carrega os blocos de dados do disco para

a memória RAM, em um espaço chamado buffer. Os dados são modificados no buffer e

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depois são recolocados no disco. Para evitar a leitura e escrita constante de todo o buffer no

disco, o que geraria uma sobrecarga de processamento, o SGBD registra apenas os

eventos relevantes das transações, esses eventos são chamados de log, o que permite que

o banco se recupere no caso de uma queda do sistema durante o processamento.

Um SGBD tem como principal objetivo proporcionar um ambiente tanto conveniente

quanto eficiente para a recuperação das informações lá armazenadas (SILBERSCHATZ;

KORTH; SUDARSHAN, 1999). O ambiente conveniente pode ser entendido como as

facilidades que o SGBD deve prover para o acesso aos dados. No que se refere à eficiência,

entende-se que o SGBD deve possuir um desempenho satisfatório, dispor de regras de

integridade e propiciar a segurança das informações.

As informações presentes na maioria dos sistemas são dados estruturados que

podem ser armazenados em estruturas tabulares. Essas estruturas tabulares deram origem

aos bancos de dados relacionais, que representam a forma mais utilizada hoje para

armazenamento (SILBERSCHATZ; KORTH; SUDARSHAN, 1999).

3.3.2 Modelagem

O modelo de dados relacional, surgiu em 1970 na IBM Research, quando Ted Codd

publicou o artigo “A relational model of data for large shared data banks”, que atraiu a

atenção em virtude de sua simplicidade. Com base na teoria matemática dos conjuntos e no

cálculo de predicados, Codd propôs um modelo de armazenamento de dados (ELMASRI;

NAVATHE, 2005).

Modelos de dados são criados para abstrair informações do mundo real e criar

meios de armazenamento digital que representam o fato modelado. Nesse contexto, o

modelo relacional representa o banco de dados como uma coleção de relações, e cada

relação é, informalmente, uma tabela de valores.

Quando se pensa em uma tabela para designar a relação, cada linha representa

uma coleção de valores de dados relacionados. Assim, cada linha representa um fato que

corresponde a uma entidade ou relacionamento do mundo real.

Em uma situação onde se pretende armazenar dados de produtos agrícolas e suas

respectivas categorias, dentro de uma instituição, deseja-se manter a informação de

identificação de cada uma das categorias, isto é, a descrição do que cada categoria

representa: a identificação de um determinado produto, o nome deste produto e a qual

categoria pertence.

Nesse caso, pode-se elaborar um modelo semelhante ao da Figura 3, e têm-se

todos os dados que foram requisitos de armazenamento, ou seja, os dados das categorias,

dos produtos e seu relacionamento.

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Figura 3 Exemplo de um modelo relacional para armazenar produtos e suas respectivas categorias.

No modelo expresso na Figura 3, é necessário o esclarecimento de outros termos

inerentes à modelagem relacional. Cada retângulo representa uma tabela; logo, na Figura 3

têm-se as tabelas categoria e produto.

Cada item contido na tabela representa um atributo. O atributo é uma característica

específica da tabela. Essa característica a descreve em sua forma e conteúdo. Por exemplo,

a tabela categoria possui os atributos “codigo_categoria”, que representam um código para

uma determinada categoria, e o atributo “descricao", que é a descrição da categoria citada.

O Quadro 1 exemplifica as informações acerca da tabela Categoria.

Nota-se que não há o uso de acentos na definição dos atributos, visto que o modelo

será implementado em um banco de dados, e na maioria das vezes o banco de dados tem

como origem o idioma inglês. Nesse caso, evita-se ao máximo o uso de caracteres

específicos de qualquer outro idioma.

Quadro 1 Dados da tabela Categoria

codigo_categoria descricao

1 SEMENTE

2 FERTILIZANTE

3 DEFENSIVO

Analisando os atributos da tabela produto, tem-se: “codigo_produto”, “descricao” e

“codigo_categoria”, que são por sua vez as informações referentes ao código de

determinado produto, seu nome ou descrição, e o código da categoria a que ele pertence,

conforme os dados observados no Quadro 2.

Quadro 2 Dados da tabela Produto

codigo_produto Descrição codigo_categoria

S001 SEMENTE MILHO SC 1

S002 SEMENTE SOJA SC 1

F001 FERTILIZANTE FOLIAR 20 L 2

F002 FERTILIZANTE FOLIAR – ZINCO 1L 2

D001 GLIFOSATO GALAO 5L 3

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Um conceito fundamental nos bancos de dados relacionais são os domínios.

Domínios são os tipos de dados que determinado atributo pode aceitar. Entende-se por tipos

de dados toda e qualquer informação categorizada em dados numéricos, alfanuméricos,

booleanos, datas, horas, etc. São os domínios que validam as entradas de dados na tabela

e garantem que a informação que se pretende adicionar lá é compatível com seu propósito

(ALVES, 2004).

O domínio INTEGER representa os dados numéricos inteiros. Já o domínio

VARCHAR representa os dados alfanuméricos. No caso de atributos do tipo VARCHAR, é

normal que se determine o tamanho, em número de caracteres, que podem ser

armazenados naquele atributo. Por exemplo, VARCHAR(60) permite armazenar sessenta

caracteres alfanuméricos no atributo (ELMASRI; NAVATHE, 2005).

Além dos atributos e domínios, um banco de dados relacional é conhecido por suas

chaves. Simplificadamente existem dois tipos de chaves: primárias e estrangeiras (DATE,

2003).

As chaves primárias são os atributos, elencados pelo criador do modelo,

identificadores da tabela. No caso da tabela produto (Quadro 2), o atributo identificador é o

“codigo_produto” (que está assinalado como PK, do inglês Primary Key). Ter o atributo

“codigo_produto” como chave primária faz com que o banco de dados não permita dois

produtos que tenham o mesmo valor para esse atributo. Ou seja, não são permitidos dois

produtos com o mesmo código. Assim, cada produto é distinguido de forma única dentre

todos os outros.

As chaves estrangeiras são atributos utilizados para relacionar as tabelas. No

Quadro 2, a chave estrangeira atua como um agente que garante a integridade das

informações existente entre as tabelas “categoria” e “produto”. Somente categorias

existentes na tabela “categoria” podem ser vinculadas aos produtos.

Quando se trata de dados espaciais, o modelo relacional enfrenta problemas, visto

que a estrutura de dados relacional, na maioria das vezes, não se permite representar na

forma de uma tabela. Para essa especialização surgiram os bancos de dados geográficos.

Esse novo modelo permite mesclar dados estruturados de forma relacional com informações

referentes aos locais onde os fatos ocorreram, tais como dados de coletas de GPS, imagens

de satélite, entre outros.

Banco de dados geográficos ou banco de dados espaciais são sistemas de banco

de dados que definem uma estrutura especial de tipos de dados para objetos geométricos e

permite que esses dados espaciais sejam armazenados em um banco de dados relacional

comum. Eles provêm funções especiais e técnicas de indexação para consulta e

manipulação de dados utilizando uma linguagem estruturada, isto é, uma Structured Query

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Language (SQL). Frequentemente um banco de dados é usado apenas como repositório

dos dados, entretanto eles podem executar algoritmos que auxiliem os softwares que o

utilizam, além de permitir a criação de restrições que garantam a integridade dos dados

(OBE, 2011).

Esse tipo de banco de dados é utilizado quando a palavra “onde” é a pergunta

central sobre as informações que se deseja armazenar. Nikkilä, Seilonen e Koskinen (2010)

afirmam que sistemas que contribuem na gestão agrícola são exigidos no quesito de

manter, gerenciar e manipular informações geográficas, pois a localização é indispensável

para analisar a informação.

Para que isso seja possível, é necessário, inclusive, pensar de forma espacial. Esse

pensamento se refere particularmente aos tipos de dados que serão armazenados nesse

banco de dados. Os tipos básicos de estruturas de dados espaciais são: pontos (point),

polilinhas (linestring) e áreas ou polígonos (polygons). Cada um desses tipos de dados tem

características específicas (LONGLEY et al., 2013).

Os pontos são gravados como pares de coordenadas simples (Figura 4). Eles

podem ser utilizados para determinar a posição de uma universidade, de uma propriedade

rural etc.

Figura 4 Exemplo de pontos em um sistema de coordenadas. Fonte: Adaptado de Longley et al. (2013).

As polilinhas são representadas por uma série de pares de coordenadas (Figura 5).

Elas podem representar rodovias, córregos ou falhas geológicas.

Figura 5 Exemplo de polilinhas. Fonte: Adaptado de Longley et al. (2013).

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Já os polígonos são um ou mais segmentos de linha que se fecham para formar

uma área, como apresentado na Figura 6. Esse tipo de dado pode representar, por exemplo,

um setor censitário, áreas de solo, propriedades rurais, áreas de petróleo etc.

Figura 6 Exemplo de polígonos. Fonte: Adaptado de Longley et al. (2013).

Considerando o cenário de dados geográficos, a OGC (Open Geospatial

Consortium), um consórcio formado por 518 empresas, governos e instituições de ensino,

esforça-se no sentido de padronizar o uso de dados espaciais. Essa padronização visa à

melhoria na interoperabilidade entre sistemas a fim de que todos possam se beneficiar dos

dados geográficos (OGC1, 2015).

Conforme Gil, Kozievitch e Torres (2011), a OGC define, além dos pontos, linhas e

polígonos, as coleções geométricas (Geometry Collection). Uma coleção geométrica pode

ser usada para representar uma coleção de objetos distintos, com, por exemplo, multipontos

(Multi Point), multilinhas (Multi Line Strings) e multipolígonos (Multi Polygon).

Para se armazenar os dados do sistema, sejam eles geográficos ou não, é

necessária a criação do modelo de dados. Entretanto, não é somente o modelo de dados

que permite ilustrar o software antes de seu desenvolvimento. Existem também os modelos

dos artefatos, que se enquadram no processo de desenvolvimento e garantem a aderência

entre o que foi solicitado e o que foi desenvolvido. Uma das formas de se construir modelos

de software é usar a Unified Modeling Language (UML), que será abordada adiante. Aliado

à UML, o paradigma de programação orientada a objetos é uma forma muito utilizada de se

desenvolver sistemas.

3.4 Orientação a objetos

Durante muito tempo, a maneira de se desenvolver sistemas foi por meio da

chamada programação estruturada. Esse meio remete-se a duas formas de tratar os

problemas: dividir a tarefa em subtarefas até que seja possível criar procedimentos para

programar ou criar procedimentos e agrupá-los em estruturas mais complexas até que o

problema seja resolvido. Diferentemente da abordagem estruturada, quando se pensa em

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Programação Orientada a Objetos (POO), as tarefas não estão centradas na identificação

de procedimentos, mas sim na identificação de objetos (SANTOS, 2011).

O objeto pode ser considerado como uma entidade do mundo real que possui

características próprias e interagem com outros objetos. Já a entidade, mesmo sendo

abstrata, pode ser um objeto, do ponto de vista desse paradigma de programação. Pode-se

citar como exemplo de objetos um livro, um computador, um carro, uma máquina agrícola,

um defensivo, uma pessoa, uma conta bancária. A conta bancária não é um objeto concreto,

mas abstrato. O mundo está repleto de objetos, e não é difícil identificá-los.

Para se desenvolver um sistema orientado a objetos, deve-se ter em mente que

inicialmente são três as atividades principais envolvidas no projeto. a) Identificação dos

objetos; b) Identificação das características dos objetos; c) Identificação das ações que o

objeto executa e os serviços que ele presta (SANTOS, 2011).

Todo objeto possui características próprias que os descrevem e permitem distingui-

los entre objetos semelhantes. Também se pode denominar essas características como

atributos. Embora possam existir milhares de objetos semelhantes, nunca haverá dois

objetos exatamente iguais. Por exemplo, existem livros com o mesmo nome, autores e

ISBN, tratando-se da mesma obra, entretanto, cada um é um exemplar diferente. Assim, se

não existir uma característica específica que consiga distinguir um objeto do outro, há a

necessidade de se incluir essa característica no objeto.

Para se definir um objeto, usam-se substantivos para determinar seus atributos

(ligados a qualidades), e usam-se verbos para determinar seus métodos (relativos às ações)

(MAGELA, 2006).

As classes constituem um conceito fundamental da POO e são definidas como “[...]

um conjunto de objetos que respondem as mesmas ações com os mesmos resultados e

possuem os mesmos atributos” (MAGELA, 2006, p. 59). Quando se tem um objeto

Professor, por exemplo, assume-se que todos os professores possuem as mesmas

características e executam os mesmos serviços, entretanto, cada professor é único.

Portanto, o conjunto de Professores é a classe Professor, que pode ser concebida como

uma “categoria”. Desse modo, o professor Erivelto é único e é uma instância da classe

Professor.

Dentro de uma classe Professor, podem existir os atributos (características) nome,

endereço, e-mail, CPF e as ações (métodos) que essa classe poderia realizar são

“apontarFalta()”, “lançarNota()”, “emitirDiário()”. A Figura 7 ilustra a classe Professor.

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Figura 7 Classe professor com seus atributos e métodos. Os atributos definem as características e os métodos definem as ações.

Para ilustrar uma classe, bem como outros artefatos utilizados para se desenvolver

um sistema, usa-se uma linguagem de modelagem. Uma das linguagens de modelagem

mais utilizadas é a UML.

3.5 Unified Modeling Language (UML)

A UML é uma linguagem que permite aos desenvolvedores de sistemas

especificarem, visualizarem e documentarem o modelo de software de uma maneira que

admita escalabilidade, segurança e execução robusta (PENDER, 2004).

Os modelos devem descrever o comportamento desejado do sistema e devem

permitir visualizar e controlar a arquitetura. Logo, “a modelagem é uma parte central de

todas as atividades que levam à implantação de um bom software” (BOOCH; RUMBAUGH;

JACOBSON, 2000, p. 3).

O modelo nada mais é do que a simplificação da realidade, construído para permitir

o melhor entendimento do sistema que está sendo desenvolvido. Contudo, nenhum modelo

único é suficiente, visto que “qualquer sistema será melhor investigado por meio de um

pequeno conjunto de modelos quase independentes” (BOOCH; RUMBAUGH; JACOBSON,

2000, p. 10).

Nesse contexto, a UML é adequada à modelagem de sistemas, pois abrange todas

as visões necessárias ao desenvolvimento e à implantação de sistemas, sendo constituída

por quatro tipos de itens: estruturais, comportamentais, agrupamento e anotacionais

(BOOCH; RUMBAUGH; JACOBSON, 2000).

Os itens estruturais são as partes estáticas do modelo e representam elementos

conceituais ou físicos. Um exemplo de um item estrutural é a classe. As classes são

conjunto de objetos que compartilham operações, relacionamentos, semânticas e os

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mesmos atributos (conforme se pode observar na seção anterior), no que concerne à

orientação a objetos.

Itens comportamentais são as partes dinâmicas do modelo e representam o

comportamento no tempo e no espaço. Esses comportamentos podem ser de interação, que

possibilita a troca de mensagens entre os objetos, ou podem ser uma máquina de estado,

que especifica a sequência de estados pelos quais os objetos passam durante sua

existência.

Já os itens de agrupamento são estruturas criadas para organizar os modelos. O

pacote é o item que permite agrupar um conjunto de outros componentes.

Por fim, os itens anotacionais permitem explicar o modelo com comentários,

necessários para esclarecer pontos de difícil interpretação, ou fazer alguma observação

sobre qualquer elemento do modelo.

Assim, após a escolha de um padrão de comunicação para o modelo, pode-se

optar por um processo de desenvolvimento que, aliado aos artefatos do modelo, direcionará

a construção do software. Para o presente projeto, o processo de desenvolvimento utilizado

é o Rational Unified Process (RUP). A próxima seção explicará o funcionamento do RUP e

no capítulo acerca dos materiais e métodos será exposta a forma como o processo foi

conduzido.

3.6 Rational Unified Process (RUP)

O RUP, que pode ser traduzido informalmente para Processo Racional Unificado,

adequa-se à UML para prover um conjunto de passos ordenados com a intenção de

entregar de forma eficiente um produto de software aderente aos requisitos e que atenda a

demanda do solicitante.

Entende-se por requisito uma descrição dos desejos ou das necessidades para um

determinado produto. Nessa etapa, identifica-se e documenta-se tudo o que é necessário de

forma clara e não ambígua. Essa definição abrange várias áreas de conhecimento e

enquadra-se muito bem no processo de criação de um software (LARMAN, 2000).

Os Requisitos Não Funcionais (RNF) geralmente são requisitos que dizem respeito

ao ambiente. Tratam de questões externas ao software, por exemplo, se a aplicação exige

que haja um help online para auxiliar no uso do sistema. Já os Requisitos Funcionais atuam

diretamente em fornecer a informação do que deve ser construído (MAGELA, 2006).

A UML por ser independente do processo utilizado, adaptando-se a vários tipos de

processos, logo, o RUP se adequa bem à UML e consequentemente o “RUP captura

algumas das melhores práticas atuais de desenvolvimento de software” (BOOCH;

RUMBAUGH; JACOBSON, 2000, p. 442).

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Booch, Rumbaugh e Jacobson (2000) definem RUP como um processo interativo,

considerando que a solução requer entendimento crescente da demanda utilizando-se de

sucessivos melhoramentos e desenvolvimento incremental em vários ciclos. Destaca-se

também que o RUP foca na criação de modelos, especialmente da UML, que proporcionam

representações ricas semanticamente. Outra característica importante é que as atividades

são orientadas por casos de uso. Isso garante que durante o desenvolvimento os esforços

se concentrem em como o sistema será utilizado.

Segmentado em quatro fases, em que cada fase determina um período de tempo

entre dois grandes marcos de progresso, o RUP prevê que ocorram várias interações em

cada uma dessas fases. Ao término de cada fase, artefatos são concluídos e decisões são

tomadas acerca da passagem para a fase seguinte. As fases existentes dentro desse

processo são apresentadas na Figura 8 e consistem em: concepção, elaboração,

construção e transição (BOOCH; RUMBAUGH; JACOBSON, 2000).

Figura 8 Fases do processo RUP Fonte: Adaptado de Booch, Rumbaugh e Jacobson, 2000.

Observa-se na Figura 8 que cada uma das fases compreende algumas importantes

atividades, chamadas de fluxos de trabalho. Na fase de concepção (Inicial) se estabelecem

os casos de negócio e delimita-se o escopo do projeto. Também são elencados os casos de

uso e é viável o uso de protótipos para aprovação pelo solicitante. Durante a elaboração,

cria-se uma arquitetura sólida, a fim de minimizar os riscos baseados em um entendimento

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completo do problema. Há também nessa fase a complementação dos casos de uso. Já na

fase de construção, desenvolve-se de forma interativa e incremental um produto completo,

de modo a dar corpo ao projeto e efetuar os testes do software. Por fim, a fase de transição

prega a disponibilização do software ao usuário, a partir do que novas questões surgirão e

ocorrerá o ciclo novamente.

3.7 Computação móvel

A computação móvel surgiu como um paradigma a partir do qual os usuários

poderiam carregar seus computadores e manter certa conectividade com outras máquinas.

Com a miniaturização dos dispositivos e as redes sem fio, ela se ocupou da exploração de

instrumentos que se movimentam no mundo físico. Nesse contexto, um novo paradigma

surgiu, a chamada computação de mão (handheld computing), popularizando o uso de

aparelhos que cabem na mão, como os telefones móveis inteligentes (smartphones)

(COULOURIS et al., 2013).

Montiel Perez, Hernandez Rubio e Lopez Bonilla (2012) apontam que a

computação móvel é uma área emergente, que prevê o trabalho remoto usando dispositivos

móveis, sistemas computacionais e Internet. O uso da computação móvel aumenta ano a

ano. Por exemplo, o número de telefones móveis, na América Latina, cresceu 90% nos

últimos dez anos (MONTIEL PEREZ; HERNANDEZ RUBIO; LOPEZ BONILLA, 2012).

Plataformas móveis podem se referir a diversas questões e níveis, incluindo

protocolos de redes, sistemas operacionais móveis, dispositivos móveis, além de serviços e

aplicações (BALLON; BOUWMAN; YUAN, 2011). No que se refere ao hardware, uma

característica importante desse tipo de computação é a economia de energia (MONTIEL

PEREZ; HERNANDEZ RUBIO; LOPEZ BONILLA, 2012). A economia de energia deve ser

considerada ponto crítico, pois os aparelhos precisam prover autonomia suficiente para que

não haja necessidade de interrupção no meio do trabalho.

A utilização da computação móvel pode ser caracterizada como Om-Business e

visa a auxiliar em diversos setores da economia. Om-Business pode ser definido como o

“uso de tecnologias móveis para promover a troca de bens, serviços, informação e

conhecimento” (NETO et al., 2007, p. 111).

Assim,

[...] ao apostar na convergência da telefonia móvel, com as tecnologias da internet, tendo em vista suportar a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação em qualquer lugar e qualquer momento, terá um elevado potencial de utilização para setores agrícolas e agroindustriais (NETO et al., 2007, p. 111).

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Com vistas à arquitetura a ser desenvolvida, levando-se em consideração a

mobilidade, deve-se também construir uma forma em que haja uma efetiva comunicação

entre o sistema que será executado no dispositivo móvel e a plataforma base, onde ficarão

armazenados os dados imputados pelos usuários. Alguns meios de comunicação remota

poderiam ser elencados para resolução desse problema, como, por exemplo, o uso de

sockets, Java Remote Method Invocation (RMI), ou ainda Remote Procedure Call (RPC).

Entretanto, optou-se pelo uso de Web Services, pois esta é uma das formas mais utilizadas

atualmente para a integração de sistemas.

3.8 Web e Web Services

Para Comer (2001), a World Wide Web (www), ou como também é conhecida, a

Web, é um repositório distribuído de hipermídia em larga escala, que pode ser acessado por

meio de um software navegador. Trata-se de um sistema aberto em constante evolução que

pode ser ampliado e implementado de novas maneiras, sem perturbar as funcionalidades

existentes. Em sua forma mais simples, um recurso Web é uma página ou algum tipo de

conteúdo que possa ser apresentado ao usuário (COULOURIS et al., 2013).

Coulouris et al. (2013) afirma que a arquitetura Web é baseada em três

componentes tecnológicos principais:

Hyper Text Markup Language (HTML): uma linguagem de marcação que

especifica o layout das páginas;

Uniform Resource Location (URL): identifica os documentos e os recursos

armazenados como parte da Web;

Hyper Text Transfer Protocol (HTTP): responsável pelas regras de interação

entre cliente (navegador) e servidor (servidor de aplicação).

Quando um navegador interage com um servidor da Web, os dois programas

seguem o protocolo HTTP. Esse protocolo permite a um navegador solicitar um item

específico, que o servidor então retorna. Para assegurar que navegadores e servidores

possam interoperar de forma não ambígua, o HTTP define o formato exato das requisições

enviadas de um navegador a um servidor, como também o formato das respostas que o

servidor retorna.

Destaca-se a importância do uso de ambiente Web na implementação deste

projeto: embora não se tenha a intenção de compará-lo com um Farm Management

Information System (FMIS), reconhece-se que há um estreito relacionamento com o tema.

Nikkilä Seilonen e Koskinen (2010) afirmam que, enquanto as aplicações Web são

consideradas o futuro dos FMIS, essas aplicações ainda são muito raras comparadas aos

tradicionais FMIS implementados em ambientes on-site. Muitos dos FMIS serão baseados

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em algum tipo de serviço Web. Assim, espera-se que o uso desse tipo de arquitetura

contribua de alguma forma com a evolução dos mais variados sistemas que auxiliam nos

processos agrícolas.

Um serviço Web, segundo Couloris et al. (2013), fornece uma interface de serviço

formatada em XML sobre o protocolo HTTP, onde os clientes podem executar operações

por meio de requisições e respostas. Assim, o cliente específico da aplicação interage pela

internet com um serviço que possui uma interface funcionalmente especializada.

De forma simplificada, Shi (2013) enquadra os Web Services como uma solução

tecnológica para a interoperabilidade de software que suporta a integração de diversos tipos

de aplicações sob uma rede de computadores.

Burke (2007) afirma que os Web Services são aplicativos de rede que fazem a troca

de dados baseando-se em documentos XML. Nesse caso, se tem um procedimento do lado

servidor, que é invocado pelo cliente (que pode ser um dispositivo móvel). Os

procedimentos (métodos) que podem ser acessados são publicados com uma estrutura

definida. Essa estrutura determina os argumentos necessários para sua execução e o

retorno do método.

Para Lacheta (2010), um Web Service é uma das tecnologias mais utilizadas

atualmente para efetuar a integração de sistemas. Kaivosoja et al. (2014) também sustenta

que Web Service permitem a troca de informações sob demanda entre sistemas

distribuídos. Coulouris et al. (2013) corrobora dizendo que os serviços Web estão cada vez

mais importantes nos sistemas distribuídos.

O presente projeto utiliza implementações de Web Services para transmissão de

dados entre o aplicativo móvel e o servidor de aplicações.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Caracterização dos requisitos

Os requisitos utilizados para especificar os softwares denominados wGCGEO– para

a gestão Web – e mGCGEO – para a gestão Mobile – foram coletados por meio de

entrevistas informais com pesquisadores do GeoLab, da UNIOESTE, campus de Cascavel.

Inicialmente, foram demonstradas as dificuldades encontradas, por parte dos

pesquisadores, no gerenciamento dos dados das pesquisas, especificamente naquelas

relacionadas ao acompanhamento da Agricultura Familiar, desenvolvidas no município de

Salto do Lontra, Paraná, Brasil. A Figura 9 refere-se à localização geográfica do município

em que ocorreu o desenvolvimento das atividades dos pesquisadores do GeoLab.

Figura 9 Localização do município de Salto do Lontra Fonte: Wrublack et al.(2011).

Durante as entrevistas, foram vistoriados arquivos de planilhas eletrônicas,

disponíveis nos APÊNDICES I, II, III e IV, com o conteúdo das coletas de dados já

realizadas, os quais continham informações acerca das propriedades rurais amostradas. Do

conjunto de informações presente nos arquivos, cabe destacar:

Coordenadas geográficas das propriedades;

Tipo de solo presente;

Área total e área irrigada;

Uso e ocupação do solo;

Dados da qualidade da água;

Dados da qualidade do solo.

O conjunto de planilhas fornecidas contribuiu para a criação do modelo de dados

adequado às necessidades informacionais das pesquisas que estão sendo conduzidas.

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Estruturadas, as informações permitem o compartilhamento e gerenciamento por meio da

plataforma construída.

Para guiar o desenvolvimento do projeto, utilizou-se como metodologia o RUP.

Essa metodologia permite atribuir tarefas e responsabilidades, de forma disciplinada, dentro

do contexto da engenharia de software.

A primeira etapa realizada, após coleta de informações, arquivos e entrevista, foi a

especificação dos requisitos, os quais podem ser classificados em funcionais (o que o

sistema deve fazer) e não funcionais (restrições de como deverá desempenhar suas

funções) (BOOCH; RUMBAUGH; JACOBSON, 2000). O Quadro 3 apresenta o

detalhamento, sendo que foram identificados os seguintes requisitos para o presente

projeto:

Manter propriedade rural (F1);

Manter produtor rural (F2);

Manter dados da qualidade da água (F3);

Manter dados da qualidade do solo (F4);

Manter dados do uso e ocupação do solo (F5);

Acesso Web (F6);

Ferramenta de coleta móvel (F7);

Interface com SIG (F8);

Relatório de análises.

Quadro 3 Detalhamento dos Requisitos do software

Requisitos funcionais

F1 – Manter propriedade rural ( ) Oculto

Descrição: Todas as ações das pesquisas têm como cerne o acompanhamento das

propriedades rurais do Programa de Agricultura Familiar. São informações pertinentes o proprietário, a localização e a área.

F2 – Manter produtor rural ( ) Oculto

Descrição: O produtor rural é o proprietário das terras onde os estudos estão sendo realizados. Portanto, é necessário dispor de informações tais como seu nome, sobrenome, telefone, entre outras, para relacionamento e contato.

F3 – Manter dados da qualidade da água ( ) Oculto

Descrição: O acompanhamento da qualidade da água nas propriedades é prioridade para

os pesquisadores. Informações físicas e químicas são analisadas e comparadas para identificação de melhora nos índices e, eventualmente, ações corretivas e preventivas na manutenção dos recursos hídricos.

F4 – Manter dados da qualidade do solo ( ) Oculto

Descrição: O acompanhamento da qualidade do solo permite aos pesquisadores orientar

os agricultores quanto ao manejo e adubação necessária para as culturas por eles produzidas.

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4.2 Casos de Uso

Os casos de uso apresentam os aspectos dinâmicos do sistema e a interação que

existe entre seu comportamento perante os usuários ou outros sistemas (atores). O

diagrama de casos de uso para o projeto proposto é apresentado na Figura 10. Nele são

definidas as principais operações (caso de uso – elipses) e os atores responsáveis por

executá-las.

F5 – Manter dados do uso e ocupação do solo ( ) Oculto

Descrição: É importante para os pesquisadores saberem exatamente quais são as culturas produzidas em cada uma das propriedades e o quanto elas representam da área do produtor.

F6 – Acesso Web ( ) Oculto

Descrição: O acesso Web prevê que o sistema possa ser acessado por um navegador, dispensando assim a instalação do software no computador do usuário, o que facilita sua distribuição.

Requisitos não funcionais

Nome Restrição Categoria Desejável Permanente

NF6.1 Navegador

Deve ser compatível com navegadores atuais.

Compatibilidade ( ) ( X )

F7 – Ferramenta de coleta móvel ( ) Oculto

Descrição: A coleta dos dados que não dependem de análise laboratorial deve ser

realizada por aplicativo móvel e inserida no sistema por meio de uma plataforma de sincronização.

Nome Restrição Categoria Desejável Permanente

NF7.1

Plataforma

Deve ser compatível com dispositivos que executam o sistema operacional Android.

Compatibilidade ( ) ( X )

F8 – Interface com SIG ( ) Oculto

Descrição: A plataforma a ser desenvolvida deverá gerar dados que possam ser utilizados

por Sistemas de Informação Geográficas como QuantumGIS.

F9 – Relatório de análises ( ) Oculto

Descrição: O sistema deverá prover dados acerca dos resultados das amostras inseridas

no banco de dados.

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Figura 10 Diagrama de casos e uso do sistema wGCGEO.

Observa-se, ainda na Figura 10, que existem basicamente três atores: o usuário,

responsável pelos cadastros necessários para o funcionamento do sistema; o pesquisador,

que executará a coleta dos dados; e o sistema de informação gerencial apropriado, com que

o pesquisador fará a interface. Esses atores relacionam-se com os casos de uso.

4.3 Diagrama do banco de dados

O modelo relacional do banco de dados (Figura 11) especifica todas as entidades,

os atributos e os relacionamentos. Por meio dele, é possível observar a demanda de

informações que o sistema exige e como é estruturado o armazenamento dos dados do

ponto de vista lógico.

As relações “projetopesquisa”, “propriedade” e “pessoa” são as principais tabelas

do modelo. Aliadas aos dados das análises, que são armazenados dependendo do tipo de

dado de que a característica necessita, fazem com que haja flexibilidade suficiente para

armazenar praticamente todos os diferentes tipos de informações que foram levantados nas

entrevistas.

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Figura 11 Modelo Relacional do aplicativo Web proposto

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4.4 Arquitetura do sistema

Aliado ao processo de desenvolvimento RUP, que prevê a especificação dos casos

de uso, definidos na UML, este projeto utilizará o padrão arquitetural Model-View-Controller

(MVC). Tal padrão é útil para representar vários tipos de aplicações de software (ZAPATA;

CHAVERRA, 2012).

O MVC apresenta como vantagens o gerenciamento da complexidade dos dados

armazenados e sua interação com o usuário. Os dados armazenados são qualificados como

Model. As operações que restam para iteração com os dados são a entrada (atribuída ao

controller) e a saída (atribuída à view). Assim, o MVC separa os dados contidos em outras

camadas do software, com o intuito de melhorar a organização e permitir maior

escalabilidade (MAGELA, 2006). Na sequência, a Figura 12 exemplifica a arquitetura do

sistema.

Figura 12 Arquitetura do sistema

Como o software executa em ambiente Web, têm-se dois locais de processamento

para cada aplicação: o lado cliente é o navegador do usuário; e o lado servidor é o servidor

de aplicação onde o sistema fica hospedado. Para o aplicativo móvel, o lado cliente é a

aplicação que irá executar no smartphone ou tablete; o lado servidor continua sendo o

servidor de aplicação, que dessa vez oferecerá um serviço (Web Service) para consumo.

No lado cliente da aplicação Web, não haverá necessidade de plug-ins ou outro

software específico além do navegador, que será responsável por exibir as telas do sistema,

como está definido na camada de visualização. O modelo mantém a estrutura de dados,

com as classes e os atributos. Por sua vez, o controlador faz a comunicação dos dados da

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visualização com o modelo e, ao ser acionada alguma função para salvar os registros, o

controlador executa a persistência dos dados utilizando a Java Persistence API (JPA).

Por fim, utilizando-se de conexão de internet, o aplicativo móvel fará a requisição de

um serviço que estará disponível no servidor de aplicação. Esse serviço fornecerá as

informações necessárias para o trabalho remoto. Quando o trabalho remoto se encerrar,

ocorrerá o envio dos dados novamente para o servidor de aplicação, que será responsável

por alimentar o banco de dados com as informações coletadas.

4.5 Tecnologias e ferramentas utilizadas

Para desenvolver esse ambiente, necessita-se de ferramentas computacionais. A

plataforma Java foi elencada como padrão de desenvolvimento. No desenvolvimento da

camada de visualização, a ser operada pelo usuário, foi utilizada a tecnologia Java Serve

Faces (JSF). No lado servidor, todo o processamento e controle é realizado pelo servidor de

aplicação Glassfish 4, que hospeda um aplicativo Web desenvolvido na plataforma Java8. A

organização, o armazenamento e a consulta dos dados são realizados por meio do Sistema

Gerenciador de Banco de Dados PostgreSQL 9.4.

4.5.1 Java

Atualmente pertencente à empresa Oracle, a plataforma de programação

denominada Java é composta por uma linguagem de programação e um ambiente para

execução dos programas (máquina virtual). Diferentemente das tecnologias tradicionais,

como NET, que compila o programa para uma plataforma alvo, Java é considerada

multiplataforma (RAO, GEETHA, MAÍTI, 2014), pois o programa escrito pode ser executado

em mais de um sistema operacional, devido à máquina virtual Java (JVM).

Como pode ser observado na Figura 13, após ser escrito, o programa Java (Java

code) passa por um processo de compilação (JAVAC), gerando, assim, um código

intermediário chamado bytecode. Esse bytecode é interpretado pela máquina virtual Java,

que pode estar presente em qualquer sistema operacional, e então o código executável

(binário) para àquele sistema operacional é gerado (SANTOS, 2011).

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Figura 13 Compilação e execução de um programa Java Fonte: Adaptado de Santos (2012).

Além da vantagem de ser multiplataforma, a tecnologia Java é gratuita, não

havendo necessidade de dispensar recursos no licenciamento para uso da plataforma.

Utilizou-se para o desenvolvimento desse projeto a versão 8 da plataforma Java.

4.5.1.1 Java Server Faces

JSF é uma tecnologia utilizada na criação de aplicativos Java para Web que se

baseia em Servlets (são classes Java que executam em um servidor de aplicação, chamado

Container Web) e também em Java Server Pages (JSP), sendo essa tecnologia introduzida

em 1996 pela Sun Microsystems, que permitia usar páginas HTML estáticas com conteúdo

dinâmico, concedendo ao programador o direito de utilizar lógica de programação dentro de

páginas HTML. O uso de JSF potencializa o desenvolvimento fornecendo componentes de

interface de usuário, regras de navegação entre as páginas, validadores de dados,

manipulação de eventos e dá suporte à internacionalização de sistemas (KURNIAWAN,

2004).

4.5.1.2 Java Persistence API e Hibernate

A tarefa de se armazenar em bancos de dados relacionais informações oriundas de

sistemas orientados a objetos possui grande repercussão no mundo Java. De forma

bastante trabalhosa, há a possibilidade de se escrever todas as instruções para criar, editar,

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consultar e excluir dados do banco de dados, entretanto existe a solução de mapeamento

objeto-relacional (cuja sigla, ORM, advém do inglês Object/Relational Mapping), que é bem

aceita (HIBERNATE, 2015).

O mapeamento objeto-relacional determina a automatização da persistência dos

dados de objetos para um banco relacional. Para padronizar esse tipo de mapeamento, foi

criada uma especificação Java: Java Specification Request (JSR220) (JCP, 2015).

A Java Persistence API é a segunda parte de uma especificação JSR220, que trata

exclusivamente da persistência de objetos. Ela garante que todas as bibliotecas que tenham

a finalidade de armazenar objetos em bancos de dados sejam aderentes à especificação.

Assim, a especificação determina entidades, metadados do mapeamento objeto-relacional e

interfaces para gerenciamento.

Com o uso da especificação, qualquer instituição poderá construir sua biblioteca de

persistência. Neste projeto, foi utilizada a biblioteca Hibernate, que provê um serviço para

persistência e uma linguagem de consulta chamada HQL. O mapeamento das entidades

para as tabelas pode ser feito via arquivo XML ou por meio de Annotations – espécie de

tags que ficam no código fonte e são responsáveis por determinar o mapeamento (BAUER;

KING, 2007).

4.5.2 Glassfish

Um servidor de aplicação é um software especial que hospeda aplicativos e realiza

o gerenciamento das requisições aos aplicativos lá hospedados. O servidor também pode

implementar diversos protocolos de comunicação e consequentemente garante segurança,

disponibilidade e estabilidade aos programas hospedados.

Assim, no desenvolvimento deste projeto, utilizou-se o servidor de aplicação

Glassfish, versão 4.0, para hospedar o sistema. A vantagem desse servidor de aplicação é

devida a sua classificação como open-source e sua compatibilidade com a tecnologia Java

(ORACLE, 2013).

4.5.3 Ambiente de Desenvolvimento

Um Ambiente Integrado de Desenvolvimento (cuja sigla, IDE, advém do inglês

Integrated Development Environment) reúne em uma única ferramenta um conjunto de

componentes que facilitam o processo de desenvolvimento do software. Esses ambientes

proporcionam a escrita, a execução, os testes, o versionamento e a documentação, além de

outras atividades inerentes à construção de um software.

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4.5.3.1 NetBeans

NetBeans é uma IDE para programação de aplicativos que permite

desenvolvimento rápido de aplicativos móveis, desktop e Web. Por tratar-se de uma

ferramenta de código aberto, possui uma extensa comunidade de usuários e

desenvolvedores ao redor do mundo, o que se deve também a seu suporte, com as várias

linguagens de programação, entre as quais se encontra a linguagem Java (NETBEANS,

2015).

Sendo assim, essa IDE foi utilizada para a criação do Sistema Web e uma

biblioteca de classes comum aos aplicativos Web e Mobile. A versão da ferramenta que foi

empregada é 8.0.1.

4.5.3.2 Eclipse

Eclipse também é uma IDE para programação de aplicativos e uma das mais

famosas para desenvolvimento na plataforma Java. Ela provê o uso de outras linguagens de

programação e até permite estender a ferramenta para outras funções (ECLIPSE, 2015).

A IDE Eclipse foi utilizada para o desenvolvimento do aplicativo móvel, visto que

favorece essa atividade ofertando o plugin Eclipse Android Development Tools (ADT), que

agrega um conjunto de componentes para programação para dispositivos Android. A versão

utilizada no desenvolvimento foi Eclipse Kepler.

4.5.4 PostgreSQL

O PostgreSQL, versão 9.4, foi utilizado neste projeto e refere-se a um banco de

dados objeto-relacional, desenvolvido sob a ideologia do software livre (MILANI, 2008). Ele

se originou a partir de um projeto de pesquisa da Universidade da Califórnia, mas

atualmente está a cargo do PostgreSQL Global Development Group (AGUILERA, GARCÍA,

2011).

Optou-se por esse sistema de banco de dados, por ser considerado o banco de

dados de código aberto mais avançado do mundo, pois suporta a grande maioria das

implementações SQL (Structured Query Language), controle de concorrência, consultas

complexas, gatilhos, visões, integridade transacional e permite agregar extensões, tipos de

dados, funções, operadores e linguagens procedurais (ARANDA; SOTOLONGO, 2013).

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Uma das extensões que se destaca é a PostGIS, por ser responsável por fornecer

características espaciais ao banco de dados, permitindo o armazenamento eficaz desses

complexos objetos.

4.5.5 Leaflet JS

Para realizar a geração do mapa interativo, foi utilizada uma biblioteca de mapas

gratuita chamada Leaflet. Essa biblioteca é um componente de software para criação de

mapas interativos. Os dados armazenados no banco de dados espacial PostGIS são

convertidos em objetos javascript e enviados para a biblioteca. Segundo Leaflet (2015), essa

biblioteca apresenta vantagem no uso de recursos como HTML5 e CSS3 para prover

simplicidade, performance e usabilidade aos mapas interativos.

4.6 Fluxo das atividades

As atividades do sistema são execuções em andamento que resultam em alguma

ação (BOOCH; RUMBAUGH; JACOBSON, 2000). No fluxo macro das atividades do sistema

(Figura 14), observa-se que a primeira etapa para operacionalização do sistema é a

realização dos cadastros básicos. Esses cadastros envolvem: propriedades, pessoas

(proprietários, pesquisadores), municípios, estados e culturas. Assim, com essas

informações armazenadas no sistema, pode-se criar o projeto da pesquisa.

O projeto também permitirá análise de cronograma, avaliação de custos e definição

dos colaboradores e os vinculará às propriedades onde será executado. Não foram

discutidos detalhes de cada uma das atividades; porém, se espera que a Figura 14

esclareça ao leitor o fluxo de funcionamento do sistema, com as fases necessárias para que

se possa operar a plataforma. Maiores informações a respeito serão apresentadas no

capítulo Resultados e Discussão.

Figura 14 Fluxo das atividades em visão macro

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Ainda na Figura 14, verifica-se a possibilidade de efetuar coleta de informações por

meio de ambiente móvel. Desse modo, inicia-se um novo processo, que é recebimento dos

dados do projeto no dispositivo, realização da coleta dos dados utilizando-se desse mesmo

dispositivo e, ao término, encaminhamento dos dados para a plataforma, por meio da

sincronização. Caso não seja utilizado dispositivo móvel, os pesquisadores poderão lançar

os dados diretamente pelo sistema Web, utilizando interfaces apropriadas para tal.

4.7 Testes

Os testes do software devem ser compreendidos como uma fase inerente ao

processo de desenvolvimento, uma vez que asseguram que o desenvolvimento do software

está de acordo com a especificação dos casos de uso.

Para realizar os testes, foram criados Planos de Testes que formalizam a atividade

para obter um resultado eficiente. Assim, essa essencial tarefa não é executada

aleatoriamente “sem critério”. Destaca-se que algumas etapas, tais como a rotina de

cadastro de propriedades, foram importantes para construir o plano de teste (ANDRADE;

VIANA, 2012).

Os testes ficaram sob responsabilidade de alunos do GEOLAB, que definiram se o

software desenvolvido atendia os requisitos especificados.

A primeira etapa para a realização dos testes é especificar o caso de teste. Nesse

momento, devem-se definir os dados de entrada e os resultados esperados após a

execução. O Quadro 4 demonstra o caso de teste para cadastrar uma propriedade.

Quadro 4 Caso de Teste CT1 – Cadastrar Propriedade

Código CT1

Objetivo Permitir o cadastramento de uma nova propriedade

Atores Usuário/Pesquisador

Condição de Entrada O ator aciona o menu para acesso às propriedades

Fluxo Principal 1. O sistema apresenta a lista de propriedades existente. 2. No rodapé da página será exibido o botão INSERIR. 3. Ao acionar o botão Inserir será exibido um formulário com os dados da nova

propriedade.

4. O ator informa os dados da propriedade, inclusive seu código de identificação, que já foi determinado.

5. O ator aciona o botão Salvar [A1].

Fluxo Alternativo [A1] O ator pressiona o botão Cancelar. O sistema fecha o formulário. Retorna para a lista de propriedades sem modificações.

Regras de Negócio 1. O Proprietário deve estar previamente cadastrado. 2. O Município deve estar previamente cadastrado.

Depois de estruturar o caso de teste, a etapa seguinte é o Procedimento de Teste.

Por exemplo, avaliou-se o preenchimento de campos obrigatórios no formulário de cadastro

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de propriedades. No Quadro 5, é possível observar que a pessoa responsável pelo teste

terá em mãos as informações necessárias para proceder ao teste e poderá determinar se o

comportamento do software está condizente com o esperado pelo procedimento de teste.

Quadro 5 Procedimento de teste

Item Descrição

ID do caso de teste CT1.

Descrição Testar valores não preenchidos nos campos

Item a ser testado Manter Propriedade.

Características testadas Funcionalidade.

Entradas Código da propriedade vazio. Salvar propriedade.

Resultados e comportamentos esperados Aviso em tela de que é necessário informar o valor do campo.

Necessidades do ambiente de teste. Navegador Web recente.

Após realização de todos os procedimentos de teste, avalia-se em que proporção o

software está correto em relação aos requisitos e casos de uso. O objetivo dos testes não é

corrigir erros e sim encontrá-los, para que possam ser corrigidos.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O resultado deste trabalho é uma plataforma de software desenvolvida para gestão

das informações coletadas no projeto SIG na Agricultura Familiar, do GeoLab da

UNIOESTE, campus de Cascavel. Esse software recebe o nome de wGCGEO. Assim, este

capítulo apresentará o funcionamento da ferramenta.

5.1 Operação do sistema no ambiente Web

O primeiro passo para acessar o sistema é realizar o login, utilizando-se da tela de

acesso conforme demonstrado na Figura 15a. O login deve ser realizado por meio de

usuário previamente cadastrado, sendo que no momento da implantação o administrador do

sistema criará os usuários necessários para acesso.

Figura 15 Tela de acesso do login (a) e menu principal para acesso às rotinas do sistema (b)

Após o processo de validação do usuário, será exibida a tela principal do sistema,

com o menu para acesso às funções (Figura 15b). O menu “Cadastros” permite ao usuário

cadastrar as propriedades, características, culturas, pessoas, municípios, estados e

usuários. Já o acesso aos projetos e as rotas de coleta são realizadas pelo menu “Projeto”.

A relação de análises executadas é emitida pelo menu “Relatórios”.

Toda a coleta de dados está vinculada ao projeto de pesquisa. Entretanto, para que

um projeto possa ser criado, deve-se primeiramente ter as informações das propriedades e

características que serão avaliadas.

A propriedade diz respeito à área onde é realizada a coleta. No Projeto SIG para

Agricultura Familiar, 57 propriedades são monitoradas. Assim, foi realizado o cadastramento

de cada uma das propriedades por meio do menu “Cadastros” “Propriedades”.

A Figura 16 demonstra a lista de propriedades com as informações já existentes no

banco de dados e que se tornam disponíveis nos botões de ação para: incluir, visualizar,

editar e excluir a informação. Em alguns casos, botões adicionais são exibidos para funções

específicas, mas todos os cadastros do sistema seguem o mesmo padrão.

a)

b)

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Figura 16 Lista de propriedades monitoradas no projeto.

Ao acionar o botão “Incluir” (Figura 16), um formulário com os dados da nova

propriedade é exibido (Figura 17). O usuário deverá preencher os campos requisitados e

pressionar o botão “Salvar’. Caso deseje cancelar o cadastramento, o usuário deverá

acionar o botão “Cancelar”.

Figura 17 Interface para inclusão de nova propriedade no sistema

O botão “Shape” (Figura 16) permite ao usuário incluir dados de GPS para a

propriedade. Todas as propriedades tiveram seus polígonos mapeados, e essa informação é

importante para localizá-las. Ao ser acionado o botão “Shape”, uma janela com a

possibilidade de upload de um arquivo é exibida (Figura 18) indicando que o sistema está

preparado para ler um arquivo empacotado (zip) contendo as extensão: .dbf, .shp e .shx. O

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sistema irá desempacotar o arquivo e proceder à importação dos dados espaciais usando o

utilitário shp2pgsql, disponível na extensão PostGIS do banco de dados PostgreSQL.

Figura 18 Upload de arquivo do polígono de uma área de interesse.

No momento de incluir uma propriedade, são solicitados dados como localização,

proprietário, município, para permitir o cadastramento. Posteriormente, esse cadastro

poderá ser complementado selecionando-se a propriedade na lista e acionando-se o botão

“Editar”. Nesse momento, duas novas páginas (Figuras 19 e 20) aparecem para

complemento de informações.

Na Figura 19, observa-se em destaque a página “Pontos”, que permite aos

pesquisadores adicionar os pontos de coleta de informação dentro da propriedade. Os

pontos poderão ser definidos também pela ferramenta móvel, conforme será apresentado na

próxima seção.

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Figura 19 Definição dos pontos de coleta na propriedade.

Outra informação pertinente diz respeito ao uso e à ocupação do solo. Com o

passar dos anos, haverá um histórico para analisar o comportamento do proprietário em

relação às culturas que foram cultivadas em sua propriedade, conforme se observa na

Figura 20.

Figura 20 Uso e ocupação do solo da propriedade estudada.

No sistema desenvolvido, o item “Características” consiste em elementos que

devem ter informações coletadas dentro de um projeto, conforme demonstra a Figura 21.

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Figura 21 Lista de características disponíveis para coleta.

A Figura 22 exemplifica uma característica criada para os dados referente a

coliformes fecais presentes na água. Durante esse processo de criação, é necessário

determinar de que tipo de dado se trata (dado numérico, por exemplo), o tipo da

característica e também se consiste em uma variável qualitativa ou quantitativa.

Figura 22 Interface para edição de características.

Observa-se, ainda na Figura 22, a presença do atributo “Coleta Mobile”. Esse

atributo indica que a característica em questão poderá ser coletada via aplicativo móvel.

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No entanto, antes de os pesquisadores procederem à coleta, deve-se previamente

determinar o itinerário para otimizar seu tempo em campo; logo, a ordem de visita das

propriedades é de suma importância. Esse itinerário é especificado por uma rota e dentro de

cada rota são atribuídas as propriedades que serão visitadas.

Para auxiliar também nesse processo, é possível realizar o cadastramento das

rotas no sistema (Figura 23). As rotas normalmente agrupam as propriedades de uma

mesma comunidade ou de comunidades vizinhas. Vale lembrar que as funções: “Incluir”,

“Editar”, “Visualizar” e “Excluir” estão disponíveis nesse item.

Figura 23 Listagem de rotas que poderão ser estabelecidas.

Ao se editar uma rota, é possível definir as propriedades que serão visitadas,

conforme demonstrado na Figura 24. A Figura 24a (destacada com elipse vermelha) contém

as propriedades disponíveis para serem incluídas na rota. Já a Figura 24b (destacada com a

elipse verde) contém as propriedades selecionadas para aquela rota. Para remover a

propriedade da rota, basta selecioná-la e pressionar o botão “Remover da Rota”.

Para determinar a ordem da coleta, a Figura 24b é implementada para que o

usuário possa utilizar a técnica de drag-and-drop, que permite a ordenação das linhas

apenas arrastando-as para cima ou para baixo. Após determinar a ordem da rota, o usuário

poderá clicar em “Salvar”, que está localizado na página “Dados da Rota”, destacado na

Figura 24.

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Figura 24 Propriedades de uma determinada rota simulada. A elipse vermelha destaca as propriedades disponíveis. A elipse verde destaca as propriedades incluídas na rota.

Ressalta-se que cada projeto contém um grupo comum de informações que são

coletadas; sendo assim, para armazenar as informações, o projeto de pesquisa também

deve ser previamente cadastrado. A Figura 25 exemplifica o cadastro de dois projetos

distintos – um projeto gerenciará os dados de qualidade da água e outro projeto se voltará

aos dados do solo.

Figura 25 Lista de projetos monitorados pelos pesquisadores.

Na Figura 26, observam-se os atributos disponíveis no projeto, visto que cada

projeto de pesquisa possui suas características, é identificado por um código sequencial e

apresenta algumas informações para controle, como datas de início e término, orçamento e

escopo. Essas não são informações obrigatórias, mas poderão ser úteis para o

a b)

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gerenciamento do projeto como um todo. Quando uma informação obrigatória não for

preenchida, o sistema irá destacar o campo para que o usuário proceda ao preenchimento.

Figura 26 Detalhes do projeto “GEOLAB – COLETA DE DADOS DO SOLO”

Um projeto de pesquisa é composto por atividades que permitem ao gestor do

projeto avaliar o andamento com o intuito de manter o orçamento e os prazos de início e

término, por exemplo. Se houver a necessidade de se definir as tarefas do projeto, a página

“Atividades” proverá esse recurso (Figura 27). É possível adicionar diversas atividades e em

cada uma delas inserir informações de controle, como datas de início e término, bem como

orçamento e custos.

Figura 27 Atividades que serão executadas em um projeto.

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Cada projeto possui suas próprias características, que deverão ser coletadas.

Portanto, a guia “Características” possibilita ao pesquisador determinar as variáveis

importantes para a coleta naquele projeto (Figura 28). A utilização é simples, basta

selecionar a característica disponível (destacado pelo retângulo marrom) e pressionar o

botão adicionar. Para remover a característica do projeto, basta selecioná-la na lista de

características e pressionar o botão “Remover”.

Figura 28 Características selecionadas para serem coletadas pelo projeto.

As coletas de dados serão realizadas nas propriedades previamente cadastradas

sendo necessário relacionar ao projeto todas as propriedades que irão compor os dados.

Assim, a Figura 29 demonstra como o usuário poderá relacionar as propriedades ao projeto

e similar as características ao projeto descrito anteriormente. As propriedades disponíveis

são listadas em uma caixa de seleção, onde o usuário irá definir a propriedade que deseja

adicionar ao projeto e pressionará o botão “Adicionar”. Caso a intenção seja remover uma

propriedade, o usuário deverá localizá-la na lista de propriedades já incluídas e pressionar o

botão “Remover”.

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Figura 29 Propriedades que serão estudadas e foram incluídas no projeto.

Com esse conjunto de informações determinado, é possível adicionar os dados das

coletas pelo próprio sistema Web por meio da tela inicial do sistema ou pelo mapa com as

propriedades que tiveram os polígonos salvos.

A Figura 30 ilustra o mapa geográfico interativo das propriedades rurais. Na Figura

30b, há uma seção de filtros, que permite ao usuário realizar uma busca conforme os

critérios que ele desejar. É possível especificar algumas propriedades, buscar propriedades

pelo tipo de captação, criar intervalos de área ou área irrigada para selecionar. Ainda, de

acordo com o uso e a ocupação do solo, é possível, por exemplo, selecionar as

propriedades que têm atividade de fruticultura. Na Figura 30a, as propriedades têm seus

polígonos destacados em azul. Como mencionado anteriormente, o mapa é interativo; isso

significa que o usuário terá opções de movimentá-lo, utilizar zoom e interagir com as

propriedades.

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Figura 30 Tela principal do sistema. Demonstra as propriedades estudadas em um mapa que foi criado por meio dos polígonos importados. Fonte: Mapa criado sobre plataforma Leafletjs utilizando os dados do Laboratório de Topografia e Geoprocessamento da UNIOESTE, campus de Cascavel.

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Quando uma propriedade é selecionada no mapa, uma janela popup (Figura 31) é

exibida, contendo os dados da propriedade (nome e localidade) e um botão para que o

usuário possa inserir os dados das análises realizadas.

Figura 31 Janela popup exibida no momento do clique em uma propriedade.

Quando o usuário pressiona o botão “Análises”, uma nova janela com as análises já

realizadas é ativada (Figura 32). O usuário poderá selecionar o projeto que deseja visualizar

ou incluir uma nova análise. Cada análise possui informações de todas as características do

projeto. Assim, basta incluir uma nova análise ou editar os dados de uma análise

selecionada na lista para ver quais são as características que devem ser informadas.

Figura 32 Análises executadas na propriedade.

Ao editar uma análise, todas as características do projeto selecionado são

dinamicamente adicionadas ao quadro de resultados. Essa possibilidade de edição e

alteração de características conforme necessidade de cada projeto fornece grande

flexibilidade ao sistema. Com isso, o pesquisador terá a capacidade de definir quais

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informações são realmente importantes para armazenar, e consequentemente a interface

não ficará sobrecarregada com campos inutilizados. O retângulo em vermelho na Figura 33

destaca os campos que foram criados de forma dinâmica. Nele, são apresentadas as

características adicionadas ao Projeto 2 – Coleta de dados do Solo.

Figura 33 Campos que são montados para serem preenchidos no momento do lançamento dos dados da análise.

Os dados armazenados pelo sistema formam um banco de dados rico em

informações para os pesquisadores, o que possibilitar realizar análises estatísticas, verificar

comportamentos e orientar os produtores rurais participantes do projeto em relação às suas

práticas para preservação dos recursos hídricos de suas propriedades.

Além de se visualizar as informações inseridas no sistema, há a possibilidade de

extrair os dados do sistema e gerar planilhas eletrônicas para utilizar esses dados em outras

ferramentas.

O relatório de análises (Figura 34) apresenta diversos critérios de busca dos dados

para minimizar seu conjunto de informações, a fim de tornar a consulta realizada pelo

pesquisador mais assertiva.

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Figura 34 Tela para emissão do relatório de análises do sistema wGCGEO.

O resultado do processamento desse relatório é uma planilha eletrônica (Figura 35),

que contém duas dimensões, fazendo com que as informações sejam acrescidas para

baixo, conforme a quantidade de análises e ao mesmo tempo sejam criadas novas colunas,

cada uma de acordo com as características do projeto.

Figura 35 Planilha de dados gerada pelo sistema wGCGEO.

Algumas dessas características possuem resoluções que determinam os limites

inferiores e superiores para considerar aquele parâmetro normal. Conforme Brasil (2005), a

Tabela 1 apresenta os limites para algumas das características que são controladas pelo

sistema.

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Quadro 6 Limites dos Parâmetros para avaliação da qualidade da água

Característica Limites

pH 6,5-8,4

CE 0 – 3,0 dS / m

Bicarbonato 0 – 10 meq / L

Cloro 0 – 30 meq / L

Fosfato 0 – 2 mg / L

Nitrato 0 – 10 mg / L

Turbidez 100 UNT

Coliformes termotolerantes < 1.000 NMP / 100 mL

Fonte: Adaptado de WRUBLACK (2012).

Considerando que o sistema auxilia na agilidade pela busca das informações

armazenadas, também foi disponibilizada uma consulta para que o pesquisador tenha

destacadas no mapa apenas as propriedades que momentaneamente apresentaram uma

amostra fora dos limites da característica.

Figura 36 Consulta de propriedades. Filtro de características fora dos limites (a) e propriedade destacada no mapa (b).

Conforme se pode visualizar na Figura 36a, o pesquisador seleciona a

característica que o sistema deve avaliar e aplica seu filtro. Assim, o mapa exibirá apenas as

propriedades que se enquadram nessa avaliação, facilitando a busca por problemas. Nesse

caso, todas as propriedades exibidas (Figura 36b) estão com a característica “Coliformes

Fecais” fora dos padrões estabelecidos.

5.2 Operação do sistema na plataforma móvel

O sistema de coleta móvel mGCGEO é um sistema de apoio ao wGCGEO. Ele

recebe dados cadastrados na Web e permite a coleta de coordenadas geográficas, dados

de uso e ocupação do solo, além dos dados das características que não necessitam de

a)

b)

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análise laboratorial. Após a primeira sincronização, o sistema trabalha off-line. Quando o

pesquisador obtiver acesso a uma rede wifi ou 3G, poderá enviar os dados coletados.

Para ter acesso aos dados, o usuário deverá realizar a primeira autenticação, que

verifica se o usuário e o aparelho podem acessar o sistema (Figura 37a).

O menu principal do sistema é bastante intuitivo e, por meio do uso de ícones

grandes, facilita o manuseio em campo. A Figura 37b demonstra o menu principal, em que o

usuário terá acesso aos dados de projetos, propriedades e pessoas cadastradas no sistema.

Também é possível coletar dados e efetuar a sincronização.

Figura 37 Interface inicial do sistema mGCGEO. Autenticação do usuário (a) e menu principal do sistema (b).

Ao acessar a opção “Projetos”, o usuário poderá visualizar a lista de projetos

existente (Figura 38). O projeto de pesquisa é o item que envolve um conjunto de

propriedades, características e permite realizar as análises, informando valores para cada

característica.

a) b)

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Figura 38 Lista de projetos sincronizados pela Web.

Quando o usuário desejar exibir as propriedades, basta pressionar o botão

“Propriedades” no menu principal. Nesse momento, uma lista é formada, com a

possibilidade de busca e o detalhamento de cada propriedade rural, como é apresentado na

Figura 39a. No detalhamento da propriedade rural, existem opções para o usuário realizar

as coletas. As coordenadas geográficas da propriedade poderão ser atualizadas; basta o

usuário capturá-las e salvá-las. Assim, no momento de transmitir os dados, o sistema

enviará essas informações para o servidor.

Outra informação que auxilia no histórico de culturas existentes na propriedade é

acessada por meio do botão “Uso e ocupação”, apresentado na Figura 39b.

Figura 39 Interface do sistema mGCGEO. Lista de Propriedades disponíveis (a) e detalhes de uma propriedade selecionada (b).

b) a)

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O acesso ao uso e ocupação demonstra uma lista que agrupa em um determinado

ano as culturas estabelecidas. A Figura 40a exemplifica as culturas da propriedade 1 e,

utilizando-se de dados fictícios, com o intuito de testar o aplicativo, observa-se que no ano

de 2014 havia pastagem e fumo, sem informações acerca da área plantada. Ainda, no ano

de 2015 a área era coberta por fruticultura. Já em 2016, olerícolas foram cultivadas. No ano

de 2017 novamente cultivou-se pasto, sendo 10 hectares não irrigados e 11 hectares

irrigados.

Como esse tipo de informação não depende de análise laboratorial, basta uma

entrevista com o proprietário ou observação da propriedade, sendo que os dados poderão

ser incluídos pelo aplicativo. Na Figura 40b, tem-se a interface de inclusão do uso e

ocupação. Após o preenchimento, as informações ficarão disponíveis para envio para o

servidor.

Figura 40 Interface do sistema mGCGEO. Lista de culturas (a) e incluir nova cultura (b).

A opção “Coletar” no menu principal (Figura 37) permite ao usuário duas novas

operações: visualizar as rotas que deverão ser seguidas para proceder à coleta e proceder à

coleta de características. Assim, na Figura 41a tem-se a lista de rotas disponíveis, na Figura

41b o detalhamento da rota e por fim a Figura 41c apresenta quais propriedades devem ser

visitadas.

a) b)

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Figura 41 Interface o sistema mGCGEO. Menu de coleta (a), lista de rotas a serem cumpridas (b) e propriedades a serem visitadas naquela rota (c).

Ao acionar a opção “Coletar” (Figura 41a), o usuário poderá incluir dados das

características em uma propriedade para um determinado projeto. Quando um projeto é

selecionado, a lista de propriedades é apresentada e o usuário poderá selecionar a

propriedade onde a coleta está sendo realizada (Figura 42a). Após essa etapa, é

disponibilizada uma lista com as análises já realizadas (Figura 42b), mas o usuário também

poderá incluir uma nova análise acionado o botão “Incluir”. Por fim, é apresentada a tela

(Figura 42c) para “Adicionar” ou “Editar” a coleta.

Os campos na tela são criados dinamicamente, conforme as características

disponíveis no projeto. Assim, o sistema se adapta a diferentes tipos de coletas necessárias

durante as atividades de campo.

a) b) c)

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Figura 42 Interface do sistema mGCGEO. Definição dos dados da coleta (a), lista de análises realizadas (b) e campos para inclusão dos dados da coleta (c).

Uma vez que os dados estejam armazenados no aparelho, é possível efetuar a

sincronização e enviar as informações para o servidor wGCGEO. O menu “Sincronizar”

realiza essa tarefa.

Percebe-se, na Figura 43a, que existem as opções para “Receber dados” e “Enviar

dados”. A opção de receber deve ser acionada toda vez que houver modificações no

projeto, nas propriedades ou características. Assim, os dados do servidor serão transmitidos

para o dispositivo móvel. Quando se envia os dados, os dados pendentes no dispositivo são

enviados ao servidor e ficarão disponíveis para os pesquisadores. Quando um processo de

sincronização é disparado, dependerá da rede de comunicação. Essa tarefa pode ser

demorada e o sistema ficará “bloqueado” para uso até que ela seja concluída, conforme se

visualiza na Figura 43b.

a)

b) c)

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Figura 43 Interface de comunicação do sistema mGCGEO. Menu de sincronização (a) e progressão da transmissão no recebimento dos dados da Web (b).

a) b)

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6 CONCLUSÃO

O auxílio de ferramentas de informática, para praticamente todas as áreas do

conhecimento, contribui para eficiência operacional e apoio à decisão. O presente projeto

permite um ambiente estruturado para armazenamento dos dados e possibilidade de extrair

informações sob demanda.

Ambos os aplicativos, Web e Mobile, foram desenvolvidos com vistas à demanda

específica do GeoLab da UNIOESTE, campus de Cascavel. Os requisitos que conduziram o

desenvolvimento foram levantados com os integrantes do Projeto SIG na Agricultura

Familiar.

Esses requisitos permitiram a criação de modelos que colaboraram no processo de

programação, tais como modelo do banco de dados e diagrama de casos de uso. Ainda, por

se tratar de uma ferramenta de código aberto, pequenas adaptações poderão torná-lo

utilizável por outros departamentos que possuem processos semelhantes.

A estrutura de banco de dados mostrou-se flexível para armazenar tipos diferentes

de variáveis, como valores inteiros, decimais, textos, lógicos, datas e tempos. Além disso, a

estrutura espacial permitiu o armazenamento dos contornos das propriedades de forma

satisfatória, conforme foi observado no mapa apresentado.

Os dados retroativos foram lançados no sistema em um ambiente disponibilizado

aos usuários e podem ser acessados diretamente pelo aplicativo, ou por qualquer outra

ferramenta que tenha comunicação com o banco de dados PostgreSQL. Inclusive,

ferramentas GIS, como Quantum GIS®, e ArcGIS®, podem fazer uso das informações

espaciais armazenadas, adicionando as propriedades como camadas em alguma

composição de mapas.

Considerando que inovação é a concepção de um novo produto/processo, que não

existia anteriormente ou era realizado de outra forma, e que proporciona benefícios aos

agentes envolvidos, esse trabalho traz inovações importantes na condução de pesquisas.

Para Reis (2008), as inovações podem envolver uma série de atividades científicas,

tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais e, nesse mesmo sentido, a inovação

envolve não somente conhecimentos teóricos ou práticos num plano estritamente

tecnológico e científico, mas também organização e gestão.

Dessa forma, a propriedade intelectual está sendo protegida pelo registro do

software. Os dois softwares que resultaram desse trabalho estão em processo de registro e

já tiveram o aval positivo do NIT (Núcleo de Inovações Tecnológicas) da UNIOESTE, de

modo que contribuem com o catálogo de produtos tecnológicos da Instituição e elevam os

índices de inovação desta.

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Indiretamente, o projeto contribuirá com o avanço da agricultura familiar na região

abrangida pelo programa. Incrementos nos índices de produção, bem como melhoria da

qualidade da água e solo, poderão beneficiar não apenas os pesquisadores, mas sim uma

grande e importante cadeia de produção.

Por fim, o projeto abrirá caminho às futuras implementações. O uso de tecnologias

emergentes aplicadas à análise dos dados armazenados, como pode-se citar, big data, são

soluções que poderão encontrar padrões e guiar as pesquisas para um novo patamar.

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APÊNDICE I

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APÊNDICE II

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APÊNDICE III

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APÊNDICE IV

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