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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE STEFFI MELISSA OSWALD PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E TREINAMENTO PARA ESTAGIÁRIOS DE UMA COOPERATIVA DE CRÉDITO, UNIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON TOLEDO 2009

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE

STEFFI MELISSA OSWALD

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E TREINAMENTO PARA ESTAGIÁRIOS DE UMA

COOPERATIVA DE CRÉDITO, UNIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

TOLEDO

2009

STEFFI MELISSA OSWALD

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E TREINAMENTO PARA ESTAGIÁRIOS DE UMA

COOPERATIVA DE CRÉDITO, UNIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Relatório Final de Estagio Supervisionado do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Secretariado Executivo. Orientador (a): Professor Marcio Goebel

TOLEDO

2009

II

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela força, capacidade e seu amor infinito.

Agradeço á minha família que com muito carinho e apoio, não mediram esforços

para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Aos amigos pela compreensão

e incentivo, destacando as amigas Jessica, Marciane e Rosana que fizeram parte

desta caminhada. Aos professores, especialmente ao professor Marcio Goebel por

tornar esta conquista possível. Meus sinceros agradecimentos a empresa

concedente do estágio por abrir as portas para o desenvolvimento desta pesquisa.

Muito obrigada a todos, que de alguma maneira, seja incentivando ou corrigindo,

tornaram este momento desafiador de minha vida mais uma etapa vencida, pois a

vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos

como este, que tiram o nosso fôlego.

III

RESUMO

O treinamento e o desenvolvimento das pessoas nas organizações é uma

função na gestão dos recursos humanos que tem influência estratégica nas organizações. Sendo que o treinamento é a ferramenta que tem a função de desencadear o desenvolvimento pessoal. O desenvolvimento pessoal por sua vez, poderá desencadear o desenvolvimento organizacional. Neste contexto, o processo de atração e desenvolvimento de jovens estudantes adotando programas de estagiários e trainees, é também um aspecto de fundamental importância para as organizações que querem assegurar o seu futuro, garantindo um quadro qualificado e sem vícios, menos resistente a mudanças porém ainda preservando sua cultura e seus valores. Considerando estes dois conceitos, e após observação e aplicação de questionários na unidade de atendimento de Marechal Cândido Rondon da cooperativa de crédito de livre admissão, verificou-se a necessidade de um programa de integração e treinamento para os estagiários desta organização. Com base nisso, desenvolveu-se um programa de integração e treinamento que buscou suprir as necessidades da empresa, e após demonstração aos colaboradores da empresa, sugeriu-se a sua aplicação frente a futuras contratações de estagiários. Palavras-chave: Treinamento; Integração; Estagiários.

IV

ABSTRACT

Training and development of people in organizations is a function in the management of human resources that have strategic influence on organizations. Training is the tool that has the function of triggering the personal development. Personal development can trigger the organizational development. In this context, the process of attracting and developing young students using programs for interns and trainees, is also an aspect of paramount importance for organizations that want to secure their future, ensuring a qualified and without vices framework, being less resistant to changes but still preserving their culture and values. Considering these two concepts, and after observing and applying questionnaires in the Marechal Cândido Rondon agency of a Cooperative society, it was verified the need of an integration and training program to the trainees of this organization. On this basis, we developed an integration and training program that searched to supply the needs of the business and after demonstration for the company's employees, it was suggested its concerning interns to be hired in the future. Keywords: training; integration; interns.

RESUMEN

Formación y desarrollo de las personas en las organizaciones es una función en la gestión de los recursos humanos que tiene influencia estratégica en las organizaciones, puesto que la formación es la herramienta que tiene la función de desencadenar el desarrollo personal. Ese desarrollo, a su vez, podría desencadenar el desarrollo organizacional. En ese contexto, el proceso de atracción y desarrollo de los jóvenes estudiantes con la adopción de los programas de prácticas y trainees, es también un aspecto de vital importancia para las organizaciones que quieren asegurar su futuro, garantizando un conjunto de funcionarios calificado y sin vicios, menos resistentes al cambio, pero con preservación de su cultura y sus valores. Teniendo en cuenta estos dos conceptos y tras la observación y la aplicación de cuestionarios en una cooperativa de crédito de Marechal Cândido Rondon, se verificó la necesidad de un programa de integración y formación a los individuos en período de práctica de esa organización. Sobre esa base, se ha desarrollado un programa de integración y de formación que tuvo por meta satisfacer las necesidades de la empresa y después de la exposición para los empleados de la empresa, se sugirió su aplicación ante las futuras contrataciones de estudiantes en práctica.

Palabras clave: Capacitación, Integración; practicantes.

V

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Tempo que trabalha na empresa .......................................................... 41

TABELA 2 - Conceitos ............................................................................................... 42

TABELA 3 – Assuntos para abordagem em treinamento .......................................... 44

TABELA 4 – Formas de treinamento mais adequadas .............................................. 44

TABELA 5 – Experiência e opinião em relação a oportunidade de integrar e treinar

um novo colega .................................................................................... 45

TABELA 6 – Aspectos gerais do processo de integração e treinamento já vivido pelo

estagiário .............................................................................................. 46

TABELA 7 – Auto avaliação do preparo frente às atividade designadas

na empresa ........................................................................................... 48

TABELA 8 – Características gerais dos colaboradores efetivos ................................ 50

TABELA 9 – Preparo com relação às atividades designadas durante o

período de estágio ................................................................................ 51

TABELA 10 – Processo de integração e treinamento já vivido pelo

estagiário: aspectos gerais ................................................................... 52

TABELA 11 – Conceitos gerais sobre integração e treinamento ............................... 54

TABELA 12 – Preparo dos estagiários para o desempenho das tarefas

designadas ........................................................................................... 56

TABELA 13 – Assuntos de suma importância para um programa de

integração e treinamento para estagiários........................................... 58

TABELA 14 – Formas de treinamento mais adequadas ............................................ 58

TABELA 15 – Experiência e opinião em relação a oportunidade de

integrar e treinar um novo colega ......................................................... 60

VI

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 3

2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 3

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 3

3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 4

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 6

4.1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ................................................. 6

4.1.2 Responsabilidades do setor de administração de Recursos Humanos ............. 8

4.2 TREINAMENTO ................................................................................................... 9

4.2.1 Tipos de treinamento ....................................................................................... 11

4.2.1.1 Treinamento no trabalho .............................................................................. 11

4.2.1.2 Treinamento formal interno e externo........................................................... 12

4.2.2 Desenvolvimento Pessoal ............................................................................... 15

4.3 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL ....................................................... 15

4.4 ABORDAGEM SISTÊMICA DE TREINAMENTO ............................................... 16

4.4.1 Avaliação das necessidades ........................................................................... 17

4.4.2 Elaborando o Programa de Treinamento ........................................................ 19

4.4.2.1 Objetivos Instrucionais ................................................................................. 20

4.4.2.2 Prontidão e motivação .................................................................................. 20

4.4.2.3 Características dos instrutores ..................................................................... 21

4.4.2.4 Princípios de aprendizagem ......................................................................... 22

4.4.4 Avaliação do Programa de Treinamento ......................................................... 25

4.5 PROGRAMAS DE ESTAGIÁRIOS E TRAINEES ............................................... 27

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 31

VII

6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS .................................................................................................................................. 34

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ................................................................. 34

6.1.1 Caracterização da empresa ............................................................................ 34

6.1.2 Organograma .................................................................................................. 35

6.1.2.2 Descrição das funções ................................................................................. 35

6.1.3 Histórico da organização ................................................................................. 37

6.1.4 Ambiente organizacional ................................................................................. 38

6.1.5 Operacionalização da empresa ....................................................................... 41

6.1.5.1 Cultura organizacional .................................................................................. 41

6.1.5.2 Políticas organizacionais .............................................................................. 42

6.1.5.3 Sistema de Remuneração ............................................................................ 42

6.1.5.4 Recrutamento e Seleção .............................................................................. 43

6.1.5.4 Estilo Gerencial ............................................................................................ 44

6.1.5.5 Gestão da Qualidade .................................................................................... 44

6.1.5.6 Condições de Trabalho ................................................................................ 45

6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ............................................................. 46

6.2.1 Resultados da pesquisa realizada com os estagiários da unidade de atendimento da cooperativa de crédito. .................................................................... 49

6.2.2 Resultados da pesquisa realizada com os colaboradores efetivos da unidade de atendimento da cooperativa de crédito. ............................................................... 58

6.2.3 Programa de Integração e Treinamento para estagiários ............................... 70

6.2.3.1 A apresentação do programa ....................................................................... 71

6.2.4 Sugestões e recomendações .......................................................................... 73

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 81

VIII

APÊNDICES

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos estagiários ............................................ 83

APÊNDICE B – Questionário aplicado a colaboradores efetivos .............................. 84

APÊNDICE C – Manual de integração para estagiários ............................................ 85

APÊNDICE D – Manual integração orientador .......................................................... 86

APÊNDICE E – Slides programa de integração ........................................................ 87

APÊNDICE F – Manual treinamento estagiários ....................................................... 88

APÊNDICE G – Manual treinamento orientador ....................................................... 89

APÊNDICE H – Slides treinamento ........................................................................... 90

APÊNDICE I – Avaliação do programa ..................................................................... 91

1 INTRODUÇÃO Recursos Humanos, Capital Humano ou Ativo Intelectual são as várias

formas de nominar e descrever os recursos que, diante dos recursos financeiros,

materiais, e tecnológicos de uma organização, são vistos como os mais importantes

nas empresas, pois são as pessoas que impulsionam os negócios e que são

capazes de reagir diante das mudanças de cenário.

A distribuição do capital humano na empresa, desenho de cargos,

qualificação, meios de retenção de talentos, entre outros. são questões que

interferem diretamente no desempenho e sucesso da empresa diante do cenário

competitivo.

Uma das questões fundamentais para este sucesso e desenvolvimento é,

sem dúvida, o treinamento e desenvolvimento das pessoas que compõe a

organização. Na verdade, o desenvolvimento de pessoal e o treinamento estão

intimamente ligados ao desenvolvimento organizacional, sendo um parte de outro. O

desenvolvimento pessoal e o treinamento referem-se ao desenvolvimento individual,

enquanto o desenvolvimento organizacional é mais amplo e abrange a forma como a

organização aprende e se desenvolve (CHIAVENATTO, 2008).

Portanto o desenvolvimento e treinamento de pessoal é uma importante

ferramenta estratégica da gestão de pessoas para a obtenção dos resultados

esperados e almejados pelas organizações bem como a obtenção do

desenvolvimento organizacional como um todo.

O estudo do desenvolvimento organizacional através do treinamento é

imprescindível, principalmente por que, de acordo com Chiavenatto (2008), as

pessoas são diferentes entre si, têm diferentes habilidades, visões, experiências que

poderão se utilizadas pelas organizações e por isso, as pessoas não devem ser

padronizadas e aplainadas. As pessoas são elementos vivos que impulsionam o

processo, pois tem capacidade de crescimento e desenvolvimento não sendo

estáticas e imutáveis.

As pessoas também são os parceiros da organização. Podem investir seus

esforços nos objetivos da empresa, comprometem-se e dedicam-se, porém o fazem

como um investimento. Esperam um retorno sustentável que pode vir através de

salários, benefícios, incentivos, cargos, etc. E enquanto houver um ciclo de

2

investimento e retorno satisfatório, a tendência das pessoas é fazer cada vez mais

investimentos.

Observa-se também que as pessoas passam cada vez mais tempo nas

organizações e dependem mais delas para suprir suas necessidades, sejam elas

físicas, sociais, e até mesmo de auto-realização.

De acordo com esta concepção, percebe-se a necessidade contínua de

desenvolvimento e treinamento das pessoas dentro das organizações em todos os

níveis, inclusive de estagiários.

Estes princípios também são aplicáveis na unidade de atendimento da

cooperativa de crédito estudada, na qual observou-se a necessidade de

implementação de um programa de qualificação e treinamento de seus estagiários.

A organização tem por característica altos níveis de exigência e necessidade de

conhecimento para a realização de praticamente todas as tarefas a serem

executadas. Como não se aplica um programa de integração e treinamento

destinado a este tipo de colaborador a organização passa por algumas dificuldades

até a total integração deste estagiário. São problemas como a diminuição da

agilidade no fluxo de trabalho, tanto de maneira geral como dos auxiliares

administrativos designados para instruir os novos estagiários, erros e equívocos

ocasionados pela falta de informação, alto grau de estresse e baixa motivação

durante o período de integração do estagiário, falta de qualidade nos serviços

prestados.

O desenvolvimento de um programa de integração e treinamento de

estagiários dentro da unidade de Marechal Cândido Rondon, objeto de estudo do

presente projeto, tem como finalidade propor mudanças no que diz respeito ao

desenvolvimento pessoal deste tipo de colaborador e assim suprir as necessidades

da empresa analisada.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo do presente trabalho é desenvolver e sugerir a implantação de um

programa de integração e treinamento desenvolvido especificamente para

estagiários conforme as necessidades da unidade de atendimento de Marechal

Cândido Rondon de uma cooperativa de crédito.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Realizar uma pesquisa por intermédio de questionário para obtenção das

informações sobre a necessidade do programa proposto;

b) construir um programa de integração e treinamento para estagiários de

acordo com as informações obtidas através do levantamento de dados da empresa

e pesquisa e bibliográfica específica;

c) realizar uma apresentação do programa desenvolvido aos colaboradores;

d) sugerir a implantação do programa;

3 JUSTIFICATIVA A competitividade entre empresas presente no mundo corporativo de hoje e

as constantes mudanças tem levado as organizações a darem mais importância

para a administração de recursos humanos.

Dentro deste cenário de transformações o treinamento tem se tornado cada

vez mais vital ao sucesso das empresas modernas (BOHLANDER; SNELL;

SHERMAN, 2003). Basta observar a quantidade de novas tecnologias que surgem,

nas mais diversas áreas, como informática e processos produtivos, novas técnicas e

conceitos para se entender porque o treinamento se tornou tão vital.

Em virtude disso, as empresas têm procurado cada vez mais desenvolver e

treinar as competências, conhecimentos, habilidades e aptidões do seu staff com a

finalidade de obter vantagem competitiva frente aos concorrentes.

O treinamento tem como objetivo não somente ensinar o trabalhador a fazer

o seu trabalho (know-how) mas também desenvolver aptidões, adquirir

conhecimentos e habilidades que o farão entender suas atividades (know-why) e

assim desempenhar o seu cargo da melhor maneira. Também o prepara para o

desempenho de cargos futuros e o desenvolve para adquirir cada vez mais

responsabilidades (MALVEZZI, 1994).

Além disso, o treinamento também pode ser uma forma de motivar o

colaborador. Conforme Chiavenato (2008), um dos objetivos do treinamento, além

de preparar as pessoas para a execução de tarefas e proporcionar oportunidade de

desenvolvimento pessoal, é instigar a mudança de atitude das pessoas, seja para

melhorar o clima ou melhorar a motivação, tornando as pessoas mais receptivas às

novas técnicas de gestão. Aumentar os níveis de comprometimento também é uma

outra faceta dos programas de treinamento.

A implementação de um programa de treinamento, além de ensinar o

trabalho a ser feito, aumenta os níveis de satisfação e comprometimento de

funcionários da organização, instigando-os a investir em suas carreiras na

organização trazendo como conseqüência benefícios para a empresa.

Neste contexto inserem-se também os estagiários, que fazem parte do

quadro de funcionários de um grande número de organizações as quais tem como

característica principal o vínculo temporário com a empresa.

5

A questão a ser levantada é: por que treinar e concentrar esforços na

manutenção de um colaborador que não é efetivo, ou seja, que não é garantia de

capital intelectual na organização. A questão pode ser respondida com a análise da

importância de programas de estágio e efetivação destes no quadro funcional das

organizações.

É através de programas de estágio que uma empresa pode preparar seu

quadro funcional para os próximos anos. A utilização de mecanismos de retenção de

talentos como estes tipos de programas e o investimento neles pode evitar o

“envelhecimento” do quadro funcional. Este envelhecimento é extremamente

negativo, pois é capaz de causar a estagnação da empresa frente às rápidas

mudanças que ocorrem no cenário organizacional, transformando-a em uma

sociedade fechada, um ambiente resistente a mudanças e cheio de vícios

(RITTNER, 1994).

Neste contexto, a construção de um programa de integração e treinamento

de estagiários para da unidade de atendimento de Marechal Cândido Rondon torna-

se viável e aplicável, pois não representará altos custos para a empresa e não exige

mudanças no que diz respeito à cultura, políticas ou regras já estabelecidas na

organização.

Os objetivos apresentados se justificam através da análise da política da

empresa no que diz respeito ao seu programa de estágio. Conforme observações na

empresa, bem como através da leitura de informativos disponíveis, a organização se

mostrou favorável a utilização do estágio como forma de avaliação e possível

retenção de recursos humanos, também uma forma de identificar talentos que

poderão ser futuros colaboradores efetivos. Dessa maneira, pode-se perceber a

necessidade de investir no programa de estágio já existente.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O referencial teórico é muito importante para orientar a realização do projeto

utilizando-se de literaturas e autores já conhecidos e aprovados no meio acadêmico.

Assim, o presente referencial teórico tem como temas a administração de recursos

humanos, o treinamento e desenvolvimento de pessoas, a abordagem sistêmica do

treinamento e programas de estagiários e trainees.

4.1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Durante o processo de industrialização dos meios de produção e a

implantação da tecnologia nas organizações, em plena Revolução Industrial

surgiram as primeiras idéias sobre administração de recursos humanos. Na época o

setor era chamado de Relações Industriais e tinha a função de mediadora entre as

organizações e as pessoas. Entre suas atribuições estava a de reduzir os conflitos

entre os interesses organizacionais e os interesses individuais das pessoas

(CHIAVENATTO, 2008).

Na década de 1950 surgiu o termo Administração de Pessoal, tendo como

atribuição, além de mediar conflitos, administrar as pessoas de acordo com a

legislação trabalhista vigente. A partir de 1960, com o crescimento acelerado das

organizações surgiu a necessidade de ampliar ainda mais este conceito. Percebia-

se então que as pessoas são recursos fundamentais nas organizações. Porém,

somente a partir da década de 1970, surgiu o conceito de Administração de

Recursos Humanos (ARH). Entretanto, ainda existia a visão de que as pessoas

seriam agentes passivos que devem ser controlados e moldados exclusivamente de

acordo com os interesses da organização (op. cit.).

Com o passar do tempo e mais recentemente os administradores

perceberam que esta visão sempre esteve equivocada. As pessoas são os

elementos capazes de enfrentar os desafios que possam surgir, são os agentes

ativos da organização, proativas com capacidade de decisão e competências que

vão além de meras habilidades manuais. Assim frente ao terceiro milênio e suas

constantes mudanças em virtude da globalização e o dinamismo no mundo dos

7

negócios, surgiu o conceito de não mais administrar pessoas e sim administrar com

pessoas (CHIAVENATTO, 2008).

Com a ampliação dos estudos na área surgiu ainda a concepção de Gestão

de Pessoas e outras nominações para os recursos humanos que somente vêm de

encontro a idéia que a empresa é “um sistema dinâmico e orgânico” onde a

“cooperação é a mola que o move” e sua estrutura é baseada em pessoas (BOOG,

1994, pg 4 e 5).

A importância da Administração de Recursos Humanos ou Gestão de

pessoas vem de encontro a sua história. Foi demonstrada com o passar do tempo e

é provada quando se percebe a maneira como ela pode influenciar as organizações.

Todas as atividades relacionadas à Gestão de pessoas, recrutamento,

seleção, treinamento e etc. interferem nos resultados da organização. Cometer erros

na Gestão de pessoas, permitindo que situações como, altos índices de rotatividade,

baixa motivação dos funcionários, problemas com leis trabalhistas e até mesmo

contratar a pessoa errada para determinado cargo, são situações que

indiscutivelmente podem impedir o sucesso de uma organização (DESSLER, 2003).

Segundo Lee Iacocca (apud LACOMBE, 2005, pg 15), um famoso industrial

do setor automóvel dos Estados Unidos da América, que foi presidente da Ford

Motor Company e do Grupo Chrysler, “todas as operações de negócios podem ser

resumidas em três fatores: pessoas, produtos e lucros. As pessoas vêm em primeiro

lugar. Se você não tiver uma boa equipe, não poderá fazer muito com o resto”.

As pessoas são recursos ativos nas empresas, e este ativo tem um valor

imensurável, pois as pessoas agregam toda uma carga de conhecimentos,

competências e experiências adquiridas. As organizações podem perder este

importante ativo se não administrar de maneira satisfatória e assim todo

investimento despendido no seu desenvolvimento terá sido em vão (LACOMBE,

2005).

Assim, entende-se que a Gestão de pessoas vai muito além de atividades

burocráticas relacionadas ao pessoal como processos de admissões e demissões

ou administração de salários. Relaciona-se de maneira geral com todo o processo

de administração das organizações. Com esta concepção, pode-se dizer que todo o

administrador deve ser também um bom gestor de pessoas, pois administrar é fazer

coisas por meio de pessoas.

8

4.1.2 Responsabilidades do setor de administração de Recursos Humanos

Em empresas de grande porte é comum existir o departamento de recursos

humanos ou de gestão de pessoas. As responsabilidades deste departamento são

diversas. Entre elas pode-se citar a orientação e aconselhamento de gerentes de

linha. O setor de recursos humanos deve ser o consultor de gerentes e supervisores

que tem subordinados sob sua responsabilidade (BOHLANDER; SNELL;

SHERMAN, 2003).

Os serviços como recrutamento, seleção, planejamento e execução de

treinamentos, planejamento de cargos e salários e etc., são outras

responsabilidades do setor de recursos humanos. Para estas atividades o

conhecimento, experiência e técnica são fundamentais.

A defesa do colaborador também é uma das responsabilidades do setor de

recursos humanos. Deve ser capaz de ouvir queixas, preocupações e sugestões a

fim de intermediar soluções (op.cit.).

Para Chiaventatto (2008, pg. 136) formação e implementação de políticas

são outra responsabilidade do setor de recursos humanos. “Políticas são regras

estabelecidas para governar funções e assegurar que elas sejam desempenhadas

de acordo com os objetivos desejados”.

Para Bohlander, Snell e Sherman (2003) as políticas de recursos humanos

são regras definidas que delimitam a forma como a organização lida com seus

colaboradores e a forma como pretende alcançar seus objetivos. Elas são definidas

de acordo com a filosofia, visão e objetivos da organização. Abrangem aspectos

como onde recrutar, critérios de seleção, formas de integração, remuneração,

planejamento de alocação, etc. A determinação destas regras e as ações no sentido

de assegurar seu cumprimento são feitas de maneira conjunta com outros setores e

gerentes.

Assim, percebe-se que as responsabilidades do setor de recursos humanos

se remetem aos objetivos da administração de recursos humanos. Estes objetivos

devem derivar-se dos objetivos gerais da organização e estes objetivos devem levar

em consideração os objetivos pessoais dos parceiros da organização. Como

objetivos da administração de recursos humanos pode-se citar a criação,

manutenção e desenvolvimento tanto das pessoas como das condições

9

organizacionais para o cumprimento dos objetivos da organização, além do alcance

da eficiência e eficácia por meio das pessoas.

Entretanto, nem todas as empresas possuem setores específicos de

Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas. Nestes casos estas responsabilidades

recaem sobre gerentes e supervisores. Eles devem ter conhecimento sobre estas

responsabilidades com o objetivo de desempenhar de maneira satisfatória a gestão

de seus recursos humanos.

Assim, todo o administrador, ou de maneira específica todo o gerente, deve

também ser um gestor de pessoas não importando o setor ou nível hierárquico.

Gerentes que tem colaboradores sob seu comando têm a responsabilidade de

motivar estas pessoas, dar-lhes feedback, conseguir levar estas pessoas a querer

alcançar os objetivos da empresa. Neste caso, a responsabilidade do setor de

recursos humanos, quando existe na organização, é dar suporte a esses gerentes.

Assim, é de extrema importância que gerentes de linha e setor de RH trabalhem

juntos e em sintonia.

Por fim, pode-se perceber que são muitas as atribuições e responsabilidades

tanto do setor de Recursos Humanos em uma organização como de gerentes de

linha no desempenho de sua função frente a seus subordinados.

Ambos tem a responsabilidade de desenvolver atividades relacionadas a:

recrutamento, seleção, contratação, processo de integração, avaliação de

desempenho, gerenciamento de remuneração, análise e desenho de cargos,

qualidade de vida, segurança e saúde de colaboradores, administração de

programas de benefícios, negociações no relacionamento funcionário e empresa,

manutenção de colaboradores, monitoração de recursos humanos, administração de

carreiras. Destacam-se neste contexto o treinamento, desenvolvimento pessoal e

organizacional.

4.2 TREINAMENTO O treinamento e o desenvolvimento das pessoas nas organizações é uma

importante função na gestão dos recursos humanos, conforme já citado

anteriormente. Tem posição e influência estratégica nas organizações.

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O treinamento deve ser encarado como troca de experiências e como

processo de mudança em direção ao crescimento pessoal, proporcionando

conseqüentemente o desenvolvimento da organização (MACIAN, 1987, pg 9)

Para Dessler (2003, p. 140), “treinamento é o conjunto de métodos usados

para transmitir aos funcionários novos e antigos as habilidades necessárias para o

desempenho do trabalho”. Porém, trata-se de um processo que deve ser contínuo.

Na verdade, segundo Lacombe (2005, p. 311), “cada vez que se mostra a uma

pessoa como ela deve fazer o trabalho, já está havendo treinamento”.

Entretanto, o conceito de treinamento vai ainda mais além. Trata-se também

de manter as pessoas não somente aptas para exercer sua função, como também

mantê-las motivadas e focadas nos objetivos da organização. Assim, as empresas

não podem escolher entre treinar ou não. As pessoas são contratadas com

diferentes habilidades e conhecimentos e cada organização possui suas

peculariedades no que diz respeito a regras, procedimentos e estratégias. Dessa

maneira, treinar é uma necessidade para uma empresa bem administrada. Trata-se

de um investimento e não de uma despesa (LACOMBE, 2005).

Pode-se assim, segundo Chiavenato (2008), enumerar os principais

objetivos do treinamento: preparar as pessoas para execução de tarefas, oportunizar

o desenvolvimento pessoal tanto para seu cargo como para funções mais

complexas, mudar a atitude das pessoas frente ao clima organizacional, a motivação

ou a novas técnicas de gestão.

Portanto, percebe-se que o treinamento tem muitos vieses. Pode se tratar de

programas de integração de novos funcionários, ou ensino das atividades para

novas contratações, métodos de ensino de habilidades técnicas em processos

produtivos, desenvolvimento de habilidades junto a novas tecnologias, pode também

significar educação complementar para análise de dados, novos conceitos sobre

qualidade e até mesmo treinamentos para a formação de equipes, tomada e decisão

e desenvolvimento da capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal

(DESSLER, 2003).

11

4.2.1 Tipos de treinamento

Para Lacombe e Heilborn (2003) as organizações treinam seus

colaboradores para proporcionar novas habilidades ou melhorar as habilidades já

existentes, e este investimento deve sempre demonstrar retorno.

Neste contexto, o treinamento não pode ser considerado uma despesa, e

sim um investimento para capacitar a equipe e reduzir ou eliminar a diferença entre

o atual desempenho e realizações propostas (CHIAVENATTO, 2008).

Existem diferentes tipos de treinamento. Estes devem se adequar às

necessidades do colaborador e da organização. Definir de maneira clara o tipo, e as

técnicas e formas a serem utilizadas são de extrema importância para o sucesso do

treinamento (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

Uma das maneiras de dividir os tipos de treinamento é quanto a forma de

execução e quanto ao público-alvo. Quanto a forma de execução, divide-se em: no

trabalho, formal interno e formal externo (op cit.).

4.2.1.1 Treinamento no trabalho

Os autores Werther e Davis (1983) citam o treinamento no trabalho como

técnica de treinamento focado em ensinar o colaborador a fazer seu atual trabalho.

Comumente, os instrutores são supervisores ou colegas dos colaboradores a serem

treinados.

Atualmente o treinamento no trabalho, é conhecido como on-the-job, por

ocorrer no dia-a-dia. Este tipo de treinamento pode possuir formas diferentes, entre

as quais, as principais formas são: a orientação da chefia, estabelecimento de

metas, rotação de funções, e incumbências especiais (LACOMBE; HEILBORN,

2003).

A orientação da chefia nada mais é do que a orientação dada continuamente

ao colaborador por seu superior. Neste tipo de treinamento o educador é a chefia,

seja através de orientações ou através do próprio exemplo (op. cit.).

Já a administração por metas ou por objetivos, consiste em definição destas

metas e objetivos e contínuo acompanhamento por parte da chefia através de

reuniões onde estas metas são constantemente revisadas. Deve ser sempre

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acompanhadas por orientações sobre as formas a serem utilizadas para o

cumprimento destas metas, tornando estas reuniões sessões constantes de

treinamento. Este tipo de treinamento deve ser sempre acompanhado de feedback

(LACOMBE; HEILBORN, 2003).

Outra forma de treinamento no trabalho é a rotação de funções ou job

rotation. Consiste em mudar os colaboradores de função de forma a prepará-los

para novos desafios que possam surgir. Porém, as funções devem ser compatíveis

com a formação do colaborador (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

Esta forma de treinamento no trabalho permite um treinamento cruzado,

onde vários empregados podem aprender diferentes funções de uma só vez, e

auxilia a organização a suprir faltas, férias e renúncias por proporcionar alta

possibilidade de transferência (WERTHER; DAVIS 1983).

Além disso, esta técnica é interessante, pois motiva o colaborador que esta

diante de um novo desafio, além de evitar que existam vícios em certas funções em

virtude de colaboradores antigos demais, ofertando ao colaborador uma visão mais

global da organização. Entretanto, pode haver alguns inconvenientes, como o

funcionário em uma nova função que não tem o mesmo conhecimento que o

funcionário antigo, surgindo certos problemas de adaptação ao processo

(LACOMBE; HEILBORN, 2003).

As incumbências especiais são técnicas de treinamento no trabalho que

consiste na participação de colaboradores em reuniões, comitês, viagens de

negócios, negociações, novos projetos, etc. como forma de aprendizagem.

Normalmente, para haver controle da efetividade do aprendizado, é exigido

relatórios de acompanhamento (op. cit.).

4.2.1.2 Treinamento formal interno e externo

O Treinamento Formal Interno refere-se a cursos, palestras e seminários

com o objetivo de capacitar, aperfeiçoar ou desenvolver as pessoas para as funções

que já exercem ou novas funções. Podem ser ministrados por pessoas da própria

organização, ou por empresas especializadas contratadas (LACOMBE; HEILBORN,

2003).

13

Como vantagens pode-se citar a possibilidade de planejamento anterior para

cumprir especificamente com as necessidades percebidas. Pode atender um

número maior de participantes reduzindo custos e a possibilidade de perda de

pessoal treinado (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

O treinamento formal interno pode ser aplicado de diversas maneiras. Uma

delas é a explanação oral, quando existe a presença de um comunicador que

repassa conceitos, e sendo assim, o sucesso deste tipo de treinamento é amparado

principalmente na habilidade do comunicador (BÍSCARO, 1994).

Cita-se ainda, o debate cruzado, para o qual cria-se dois grupos, sendo que

um defende e outro contrapõe determinada tese. O monitor deverá instruir os grupos

facilitando o aprendizado (op. cit.).

Outro modo de treinamento formal interno é o estudo dirigido, onde há a

leitura prévia de textos e elaboração de perguntas acerca do tema. Ainda como

treinamento formal interno, a instrução programada e os painéis, são formas de

treinamento onde há utilização de recursos diferenciados (multimídia, vídeos) e a

discussão do tema por especialistas que colocam seus pontos de vista aos ouvintes

que podem encaminhar perguntas, ou ainda, simpósios, que possuem a mesma

estrutura, porém não há discussão entre os expositores (op. cit.).

Já por outro lado, outra forma de Treinamento Formal Externo é aquele

oferecido fora do ambiente empresarial. Podem ser organizados por universidades

ou demais instituições de educação, sendo aberto ao público geral. É conveniente

para organizações que não precisam treinar muitas pessoas e dessa maneira

utilizam-se destas estruturas para aperfeiçoar seus colaboradores (LACOMBE;

HEILBORN, 2003).

Alguns autores utilizam o termo universidade aberta, como forma do

treinamento formal externo, abrangendo várias técnicas de treinamento (instrução

programada, painéis, simpósios) onde os colaboradores são treinados por pessoas

fora dos quadros de treinamento de desenvolvimento da empresa, tendo contato

com outras pessoas (BÍSCARO, 1994).

Ainda como Treinamento Forma Externo, pode-se citar cursos promovidos

por associações comerciais, núcleos setoriais, e entidades afins, onde a empresa

participa e incentiva a participação de seus funcionários.

14

Os autores Lacombe e Heilborn (2003), também dividem as formas de

treinamento de acordo com o público-alvo da seguinte maneira: integração de novos

empregados, formação de trainees, capacitação técnico-profissional e

desenvolvimento de executivos.

A integração de novos empregados em apresentar a organização para o

novo colaborador. “Consiste em informar ao novo empregado os objetivos, políticas,

benefícios, normas, práticas, horário de trabalho da empresa, bem como quem é

quem na empresa” (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

O treinamento de integração é um tipo de treinamento que deve ser feito

através de uma programação sistemática, e deve ser conduzido pelo chefe imediato,

instrutor especializado ou por um colega (CHIAVENATTO, 2008).

Os programas de integração devem ter como conteúdo a história e

desenvolvimento da organização, seus produtos e serviços, os direitos e deveres do

pessoal, os termos do contrato de trabalho, as atividades sociais dos empregados,

as normas e regulamentos internos, noções de proteção e segurança, cargos a

ocupar, supervisor do novo empregado, relações com outros cargos e descrição

detalhada do cargo (op. cit.).

Entretanto, a formação de trainees é uma forma especial da integração.

Programas de trainees são destinados especialmente ao público jovem, recém

formado ou em formação com pouca experiência. As organizações utilizam-se

destes programas de trainees para preparar pessoal para assumir

responsabilidades. Assim, este tipo de programa exige um processo de integração e

treinamento bem detalhado (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

A Capacitação Técnico-profissional destina-se ao aperfeiçoamento de

profissionais em assuntos especificamente técnicos. É utilizado para melhorar o

desempenho destes profissionais ou formá-los para funções de maior dificuldade

(op. cit.).

O Desenvolvimento de executivos é um tipo de treinamento que tem como

público alvo executivos de alto potencial e seu objetivo é formá-los para assumir

responsabilidades na empresa. É a forma utilizada para formar os futuros

administradores de alto nível na organização (op. cit.).

É conveniente conhecer os vários tipos de treinamento frente as elaboração

de um programa de treinamento. Dessa maneira será possível identificar o tipo que

15

melhor se encaixa às necessidades dos colaboradores e da empresa e assim,

escolher a melhor forma de execução e o melhor programa frente ao público-alvo.

4.2.2 Desenvolvimento Pessoal

O desenvolvimento pessoal tem forte ligação com o autodesenvolvimento.

Trata-se de um processo desencadeado principalmente pelas próprias pessoas em

busca de conhecimento, educação permanente, desenvolvimento de competências

e habilidades já adquiridas. O papel das empresas neste processo é o de facilitadora

e apoiadora. Deve criar oportunidades, ou seja, ofertar treinamentos e programas de

aperfeiçoamento, ou ainda apoiar a busca do colaborador pelo seu

autodesenvolvimento (LACOMBE, 2005).

O desenvolvimento pessoal e o treinamento são as maneiras utilizadas para

se obter o desenvolvimento organizacional, principalmente porque diante de um

ambiente instável, os recursos humanos são os únicos capazes de se adaptar.

“Treinamento e Desenvolvimento é uma das mais poderosas ferramentas de

transformação nas organizações” (BOOG, 1994, pg 3). Sua abrangência engloba

não somente técnicas e educação como também tem a função de motivar o

colaborador através do sentimento de investimento por parte da empresa em seu

desenvolvimento e, ainda tem principalmente função de promover a mudança de

atitude.

Finalmente, pode-se perceber que o treinamento é a ferramenta que tem a

função de desencadear o desenvolvimento pessoal. O desenvolvimento pessoal por

sua vez, poderá desencadear o desenvolvimento organizacional.

4.3 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

O desenvolvimento organizacional é um conjunto de estratégias

educacionais no sentido de mudar atitudes, valores, crenças, reestruturando a

organização. O seu principal objetivo é obter a capacidade de implantar mudanças

de forma eficaz, instigar a adaptabilidade das pessoas e conseqüentemente das

16

organizações frente a uma época onde a única certeza é a mudança constante

(LACOMBE, 2005).

Assim, para obter o desenvolvimento organizacional, utilizam-se estratégias

preparando agentes de mudanças. São líderes, empregados da organização ou

consultores, responsáveis por treinar os colaboradores para novas condições de

ambiente interno ou externo (op. cit.).

Estes agentes de mudança focalizam metas a cumprir frente ao desafio de

desenvolver a organização. Entre elas pode-se citar: desenvolver a confiança entre

pessoas e grupos em toda a organização, aumentar o sentimento de propriedade

sobre os objetivos da organização, aproximar as fontes de informação dos pontos de

tomada de decisão, desenvolver sistemas de remuneração que reconheçam o

cumprimento de metas como desenvolvimento das pessoas, aumentar o

autocontrole e a auto direção nas pessoas da organização, enfim, tudo no que diz

respeito a preparar a organização e as pessoas para as mudanças constantes do

mundo atual (op. cit.).

É importante salientar que o desenvolvimento organizacional é uma parte

mais ampla do desenvolvimento das pessoas e do treinamento, sendo um parte do

outro. O desenvolvimento como a parte mais abrangente, o desenvolvimento

pessoal e o treinamento como a parte menos abrangente, mais específica

(CHIAVENATO, 2008).

4.4 ABORDAGEM SISTÊMICA DE TREINAMENTO

Para cumprir com os seus objetivos, o desenvolvimento dos programas de

treinamento deve levar em conta as metas da organização, estratégias e suas

políticas. Devem também ser bem dirigidos, concebidos de maneira adequada e

avaliados de forma satisfatória, não seguindo meros modismos. Caso contrário, o

treinamento não passará de um investimento perdido .

Segundo Bohlander, Snell e Sherman (2003), para garantir o sucesso de um

programa de treinamento, deve-se concebê-lo de acordo com quatro fases descritas

pelos autores: avaliação das necessidades, elaboração do programa,

implementação, avaliação.

17

Já Chiavenatto (2008) apresenta o treinamento como um modelo de sistema

aberto, com os mesmos componentes da abordagem sistêmica: levantamento das

necessidades de treinamento ou diagnóstico, programação de treinamento para

atender as necessidades, implementação e execução e por fim a avaliação dos

resultados.

4.4.1 Avaliação das necessidades

A avaliação das necessidades consiste em levantar dados para obtenção de

respostas sobre as necessidades, as áreas e as pessoas a serem treinadas. Sendo

assim, tem o objetivo de proporcionar o máximo de benefícios em função dos

recursos despendidos, concentrando esforços nas pessoas e situações que se

beneficiariam mais (WERTHER; DAVIS 1983).

Os autores Bohlander, Snell e Sherman (2003) dividem esta análise em três

fatores: a análise da empresa, análise da tarefa e a análise da pessoa, ou ainda,

para Chiavenatto (2008), análise organizacional, análise de operações e tarefas e

análise dos recursos humanos.

O primeiro fator, análise da empresa, ou análise organizacional, consiste em

examinar o ambiente, estratégias e recursos descobrindo assim, as áreas onde se

deve dar ênfase. A análise da empresa, também consiste em estudar a filosofia da

organização, missão, objetivos, e competências, levando em consideração o

ambiente socioeconômico e tecnológico (CHIAVENATTO, 2008).

Para o sucesso na elaboração do treinamento, a análise da empresa

também deve considerar o exame criterioso dos recursos tecnológicos, financeiros e

humanos disponíveis para a elaboração do treinamento. Desta maneira deve

levantar dados e informações sobre: custos de mão de obra diretos e indiretos,

qualidade de bens e serviços, faltas, rotatividade, número de acidentes de trabalho

além do número e disponibilidade dos candidatos potenciais para o treinamento

(BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

É importante salientar que a análise da empresa também consiste em

identificar muitos fatores que podem levar a organização a necessitar de

treinamento. Entre eles pode-se citar: fusões, aquisições, mudanças tecnológicas,

globalização, reengenharia, gerenciamento de qualidade total, reestruturação

18

organizacional. Além destes fatores pode-se citar a necessidade de preparação da

mão de obra jovem frente a aposentadoria de funcionários mais velhos. O estudo

dos dados obtidos pode resultar em considerável redução nos custos despendidos

em treinamento além de aumentar a sua qualidade (BOHLANDER; SNELL;

SHERMAN, 2003).

A partir disso, é possível dizer que o treinamento poderá ser elaborado sob

medida para a organização, interagindo com a cultura organizacional e se

adequando constantemente ao seu crescimento e mudanças, sendo importante citar

a importância desta análise constante (CHIAVENATTO, 2008).

O segundo fator na avaliação das necessidades de treinamento é a análise

da tarefa. Trata-se de revisar as descrições dos cargos, suas especificações e

atividades relacionadas identificando as competências e habilidades necessárias

para o desempenho da função (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

A análise da tarefa é feita no nível do cargo e deve ser feita a partir de

padrões de desempenho, identificação de tarefas e a ligação entre o desempenho e

a tarefa, determinando como a tarefa deverá ser desempenhada (CHIAVENATTO,

2008).

Esta análise é utilizada para determinar o conteúdo do programa de

treinamento. Deve-se assim, analisar as tarefas e deveres inerentes ao cargo e as

etapas envolvidas na atividade (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003). Além

disso, o processo de análise da tarefa ou análise operacional consiste na

decomposição dos cargos verificando habilidades necessárias a fim de promover

treinamentos que corrijam discrepâncias entre o cargo e as habilidades

(CHIAVENATTO, 2008).

Os conhecimentos necessários para o desempenho da função percebidos

através da pesquisa devem guiar a escolha do conteúdo, e o método a ser utilizado

no programa de treinamento (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Determinar quais funcionários precisam de treinamento é o principal objetivo

do terceiro fator: a análise da pessoa dentro da avaliação das necessidades de

treinamento. Esta análise é importante, pois evita erros na escolha dos funcionários

a serem treinados além de ajudar os gerentes a avaliar o impacto do treinamento em

determinados funcionários com o objetivo de perceber as deficiências de cada um

(op. cit.).

19

Dentro do conceito de análise da pessoa a ser treinada, Chiavenatto (2008)

trás o conceito de análise da força de trabalho, onde se verifica que o funcionamento

da organização demonstra se os colaboradores possuem habilidades,

conhecimentos e atitudes necessários.

A partir disso, Pontual (1970), ressalta a importância do exame dos

seguintes dados: número de empregados na classificação dos cargos, número de

empregados necessários na classificação dos cargos, idade de cada empregado,

nível de qualificação requerido pelo trabalho, nível de conhecimento requerido,

atitude, nível de desempenho quantitativo e qualitativo, nível de habilidade de

conhecimento do empregado para outros trabalhos, potencialidades de recrutamento

interno, potencialidades do recrutamento externo, tempo de treinamento necessário,

tempo de treinamento para os novos, índice de absenteísmo, índice de rotatividade

e descrição do cargo.

Diante destes dados, a principal forma de adquirir informações sobre as

pessoas a serem treinadas é através da avaliação de desempenho. Porém a

avaliação de desempenho nem sempre trás informações suficientes, pois as causas

do baixo desempenho não são reveladas. Assim, outra técnica muito utilizada são as

conversas diretas com os colaboradores sobre as áreas a serem melhoradas para

que juntos, colaborador e empresa, possam determinar com as área especificas a

serem treinadas (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

4.4.2 Elaborando o Programa de Treinamento

Após a avaliação das necessidades de treinamento, tem-se uma noção mais

completa das necessidades de treinamento. O levantamento das necessidades de

treinamento trouxe respostas para as seguintes perguntas: O que deve ser treinado?

Quem deve aprender? Quando deve ser ensinado? Onde deve ser ensinado? Como

deve ser ensinado? Quem deve ensinar? E assim, o treinamento deve ser elaborado

a partir destas respostas (CHIAVENATTO, 2008).

Para Bohlander, Snell e Scherman (2003), a elaboração do programa de

treinamento, considerando as respostas obtidas com o levantamento de

necessidades, deve seguir quatro questões relacionadas: objetivos instrucionais,

20

prontidão e motivação, características dos instrutores e os princípios de

aprendizagem.

4.4.2.1 Objetivos Instrucionais

“Os objetivos instrucionais, em geral, descrevem as habilidades ou os

conhecimentos a serem adquiridos e/ou as atitudes a serem mudadas”

(BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003, p. 141). É importante definir termos

precisos para determinar os objetivos como “reparar”, “ajustar”, “construir”, “montar”.

São termos que determinam o enfoque a ser utilizado.

Trata-se de se utilizar da abordagem de uma necessidade específica de

cada vez e a definição clara do objetivo do treinamento, para assim definir os

recursos necessários e as demais características do treinamento

(CHIAVENATTO,2008).

Portanto, esta clareza sobre os objetivos a serem atingidos com o programa

de treinamento antes de preparar o material, as instruções e os procedimentos, pode

determinar o sucesso ou não do programa de treinamento (BOHLANDER, SNELL,

SCHERMAN, 2003).

4.4.2.2 Prontidão e motivação

A prontidão e a motivação dos treinados também é um importante fator a ser

levado em conta na elaboração do programa de treinamento. Prontidão diz respeito

a maturidade e experiência dos futuros treinados. Trata-se de avaliar se as pessoas

possuem os conhecimentos e a experiência necessária para absorver o conteúdo do

treinamento. Para se perceber estes fatores é importante aplicar questionários e

separá-los de acordo com a capacidade de aprender (BOHLANDER; SNELL;

SCHERMAN, 2003).

A motivação deve ser levada em conta para melhorar a efetividade do

treinamento. As pessoas podem se tornar mais motivadas, conscientes,

autodisciplinadas e perseverantes se entenderem a necessidade de novos

conhecimentos e habilidades e a ligação entre o treinamento e o aumento de

desempenho.

21

As características pessoais de comportamento, e a disponibilidade de tempo

dos participantes do treinamento também são importantes fatores que influenciam a

clientela a ser treinada e também comandam o planejamento e elaboração do

treinamento (CHIAVENATTO, 2008).

Além disso, “ao enfocar os próprios treinados e não o treinador ou o tópico

do treinamento, os gerentes podem criar um ambiente de treinamento que conduza

ao aprendizado” (BOHLANDER; SNELL; SCHERMAN, 2003 p. 141). Ou seja, deve-

se fazer o treinado entender a importância do treinamento e assim criar um ambiente

favorável ao aprendizado.

Existem seis estratégias para criar este ambiente: usar reforço positivo,

eliminar ameaças e punições, flexibilidade, fazer os participantes estabelecerem

metas pessoais, planejar instruções interessantes e por fim, remover obstáculos

físicos ou psicológicos ao aprendizado (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

4.4.2.3 Características dos instrutores

As características e capacidades dos instrutores também são pontos

importantes a considerar durante a elaboração de um programa de treinamento.

Bohlander, Snell e Sherman (2003) descrevem oito requisitos básicos desejáveis em

um instrutor ou treinador; conhecimento do assunto, adaptabilidade, sinceridade,

senso de humor, interesse, instruções claras, assistência individual e entusiasmo.

Conhecimento do assunto é a primeira característica que se pode citar. Os

colaboradores esperam dos instrutores conhecimento pleno sobre o tema e é muito

importante que saibam demonstrar este conhecimento (BOHLANDER; SNELL;

SHERMAN, 2003).

A adaptabilidade é uma característica importante em um instrutor, pois

existem diferenças de capacidade de absorção do conhecimento entre as pessoas e

assim, o instrutor deve saber se adaptar (op. cit.).

A sinceridade é uma característica admirada pelos treinados em seus

treinadores. Ela também demonstra tato e paciência com os treinados, o que é muito

importante para o aprendizado (op. cit.).

O senso de humor é imprescindível para tornar o treinamento e

conseqüentemente o aprendizado um processo mais leve e dinâmico. Além disso,

22

Interesse do instrutor para com o aprendizado deve ser demonstrado para os

colaboradores (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Chiavenatto (2008) descreve também algumas características essenciais

dos instrutores, como: facilidade de relacionamento humano, motivação, raciocínio,

didática, exposição fácil e conhecimento da especialidade.

É também importante que o instrutor saiba dar instruções claras para se ter

treinamentos mais rápidos e dinâmicos. A assistência individual e o entusiasmo são

outras características interessantes para o sucesso do treinamento principalmente

pois “ os funcionários tendem a reagir positivamente a um clima de entusiasmo”

(BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003, pg 146).

Os instrutores de treinamento podem ser selecionados entre os vários níveis

da empresa, conhecendo as responsabilidades da função e disposição para assumi-

las (CHIAVENATTO, 2008).

Os gerentes que se destacam como bons treinadores devem ser

recompensados assim como especialistas em recursos humanos que demonstrem

as características acima citadas (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Assim, o sucesso dos programas de treinamento será mais facilmente

alcançado em virtude de já se ter profissionais habilitados na função de instrutores

(op cit.).

4.4.2.4 Princípios de aprendizagem

A aprendizagem é o processo no qual se adquiri experiências que

aumentam a capacidade humana de absorver novos conteúdos, levando a alterar

disposições de ação em relação ao ambiente, mudando assim o comportamento

(BASTOS, 1994).

A importância da compreensão da natureza dos processos de aprendizagem

para o profissional de treinamento é muito clara, e nesse sentido, este tipo de

profissional deve também ser estimulado ao estudo e compreensão dos conceitos

de como aprender, ensinar, aprender a aprender, entre outro, conceitos presentes

em trabalhos de teóricos do assunto (op cit.).

Para a elaboração de um programa de treinamento, Bohlander, Snell e

Sherman (2003) também citam a importância de levar em consideração os princípios

23

da aprendizagem durante a elaboração do material, e a escolha da forma e

determinação de outras características do treinamento.

Primeiramente, cita-se o estabelecimento de metas. Cujo objetivo é definir

um foco e motivar o comportamento. Portanto, as metas e objetivos do treinamento

devem ser claramente explicados aos treinados. Outro procedimento necessário é

instigar os treinados a estabelecerem metas próprias frente ao treinamento ofertado

aumentando o esforço a ser despendido em busca do aprendizado. As metas e

objetivos do treinamento também servem de roteiro do programa dando uma clara

noção dos degraus já percorridos (BOHLANDER; SNELL; SCHERMANN, 2003).

Apresentar o significado da apresentação também é um princípio do

aprendizado. O material utilizado além de ser apresentado deve levar em conta as

experiências dos treinados. Estas experiências serão utilizadas como exemplos, e

dessa maneira será mais fácil associar o conteúdo do treinamento com as atividades

diárias de cada indivíduo e conseqüentemente sua aplicação se fará clara (op. cit.).

Já a modelagem é um princípio de aprendizagem que leva em conta a teoria

de Albert Bandura. Segundo esta teoria, as pessoas aprendem muito mais

facilmente observando o comportamento dos outros do que lendo instruções ou

tendo aulas sobre o assunto. Assim, durante a elaboração do treinamento é muito

importante utilizar vídeos, imagens, figuras e desenhos apresentando o

comportamento, método a ser aprendido, ou ainda demonstrando o que não se deve

fazer, esclarecendo comportamento desejado (op. cit.).

As diferenças individuais para o aprendizado também devem ser levadas em

conta durante a elaboração do treinamento. Algumas pessoas aprendem melhor

ouvindo, outras observando, e outra ainda discutindo seus conhecimentos. Isto não

tem haver com seu nível de inteligência, apenas com a sua maneira de recuperar as

informações repassadas. O programa de treinamento deve beneficiar todas as

formas de aprendizados e assim tentar atender todos os indivíduos a serem

treinados (BOHLANDER; SNELL; SCHERMANN, 2003).

Os treinados também devem ter a oportunidade de aplicar os conhecimentos

adquiridos e assim criar habilidade. A prática ativa e a repetição é outro princípio de

aprendizagem e considera o valor da prática. Após a prática, a repetição e a criação

da habilidade pretendida, o treinado passa a não só prestar atenção nos

24

comportamentos necessários, que passarão a ser automáticos, mas também

passará a poder se concentrar nos detalhes mais distintos e sutis da tarefa (op. cit.).

As tarefas e comportamentos a serem ensinados também devem ser

avaliados de acordo com o princípio aprendizado do todo versus a parte. Se a tarefa

pode ser dividida em partes e com o tempo formar o processo global, dividi-la em

partes durante o ensino será uma forma mais prática para ensiná-la. Porém se a

tarefa ou comportamento não fornece esta opção deverá ser ensinada como uma

unidade (BOHLANDER; SNELL; SCHERMANN, 2003).

A quantidade de tempo despendida para o treinamento é outro fator a ser

analisado durante elaboração do programa de treinamento. Isto leva o instrutor a

refletir se o período de aprendizagem deve ser em massa ou distribuído. Sabe-se

que espaçar o período de treinamento com pausas, na maioria dos casos, resulta

em um aprendizado mais efetivo. Porém, isto depende muito da natureza do

treinamento e da complexidade da tarefa (BOHLANDER; SNELL; SCHERMANN,

2003).

O feedback e o reforço são ferramentas muito interessante como princípios

de aprendizagem. Com freqüência, aprendemos tarefas e adquirimos habilidades

através do treino e da correção dos erros que cometemos. O feedback serve como

uma modelagem ajudando-nos a focalizar o que fazemos certo e o que fazemos

errado. Outro viés do feedback é a sua capacidade motivacional. Através do

encorajamento verbal ou recompensas, os comportamentos desejáveis poderão ser

reforçados e o indivíduo terá a “sensação de realização que segue o sucesso no

desempenho” (BOHLANDER; SNELL; SCHERMAN, 2003, pg 145,).

A partir do entendimento do processo e dos princípios da aprendizagem

entende-se que ela é o alicerce para o Desenvolvimento Organizacional e todo o

processo que ele desencadeia, seja a aprendizagem individual, em equipe ou

organizacional (CHIAVENATO, 2008).

Após considerar todos os aspectos com relação a elaboração do

treinamento, deve-se levar em conta alguns aspectos com relação a implementação

do programa de treinamento. A escolha do método deve analisar as competências e

habilidades a serem adquiridas. Assim, se o conteúdo do treinamento refere-se a

fatos provavelmente o método a ser escolhido será palestras, aulas e instruções

25

programadas. Já se o conteúdo é mais comportamental o treinamento on-the-job, no

local de trabalho será mais efetivo (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Para a implementação, ou execução do treinamento, também se deve ter

cuidado com a infra-estrutura e com a logística durante o treinamento. Grandes

programas, com custos elevados podem ser prejudicados por detalhes como

arrumação do local, apresentação do material instrucional, conforto, organização de

horários, entre outros (BASTOS,1994).

4.4.4 Avaliação do Programa de Treinamento

Para medir a extensão e a efetividade do programa de treinamento deve-se

considerar a utilização de vários métodos. Entre as várias boas razões para a

avaliação do treinamento, cita-se: encontrar dados objetivos que reforcem que o

treinamento não foi em vão, diagnosticar os resultados dos investimentos realizados,

adquirir informações para o aperfeiçoamento do processo de treinamento, “vender” o

treinamento para a direção e público-alvo, provar a relação custo beneficio do

treinamento (BASTOS,1994).

A avaliação do treinamento pode ser realizada através dos seguintes

passos: estabelecimento de critérios de avaliação, pré-teste, pós-teste, transferência

para o cargo e estudos de seguimentos (WERTHER; DAVIS, 1983).

O estabelecimento de critérios de avaliação deve ser feito antes do

treinamento, podendo ser os mesmos dos objetivos do treinamento. Usualmente

pode-se utilizar o pré-teste, o qual é realizado para que se estabeleça o nível de

conhecimento antes do programa. O pós-teste deve mostrar as melhorias

alcançadas, verificando se há diferenças (op. cit.).

Entretanto, só se pode avaliar a efetividade do treinamento depois de

verificar se houve transferência do conhecimento para o cargo, e isto poderá ser

feito através da avaliação de desempenho. Nestes casos pode-se ainda utilizar

como método os estudos de acompanhamento os quais devem ser feitos

continuamente afim de avaliar os resultados posteriores alcançados através do

treinamento, bem como, acompanhar o desenvolvimento e retenção da

aprendizagem (op. cit.).

26

Ainda dentro do conceito de avaliação de treinamento, os autores Bohlander,

Snell e Sherman (2003) citam quatro critérios básicos para a avaliação do programa

de treinamento, que se assemelham aos critérios de Werther e Davis, porém com

algumas diferenças. Estes critérios são: reações, aprendizado, comportamento e

resultados. A avaliação através destes critérios proporcionará uma visão global da

efetividade do treinamento no sentido de implementar futuras melhorias nas áreas

com problemas.

As reações dos participantes também devem ser observadas, uma vez que

representam um termômetro para medir a efetividade do programa. É interessante

ofertar aos treinados a oportunidade de reflexão quanto aos seus próprios objetivos

de aprendizagem para o programa, se foram atingidos. Também é necessário

perguntar ao participante se realmente gostou do programa, se recomendaria a

outros, ou se tem sugestões. Outro questionamento que deve ser levantado é se a

empresa deve continuar a oferecê-lo (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Entretanto, bons comentários não são garantia de um total sucesso do

programa de treinamento, principalmente porque seu objetivo é estabelecer uma

mudança de atitude que só vai ser percebida no dia-a-dia do trabalho. Assim, as

reações devem ser percebidas juntamente com os outros critérios de avaliação

(BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

O aprendizado também é um critério de avaliação e pode ser percebido

através de testes de conhecimentos e habilidades sendo que estes devem ser feitos

antes do treinamento e depois para verificar a evolução. Outra maneira de avaliar o

aprendizado é a comparação com grupos não treinados. De qualquer forma deve-se

utilizar os princípios de aprendizagem já citados, no momento da avaliação do

treinamento através do critério aprendizagem (op. cit.).

Apesar da avaliação positiva utilizando-se dos dois primeiros critérios,

reações e aprendizado, o treinamento pode, mesmo assim, não ter promovido a

mudança de atitude. Assim, é importante avaliar o treinamento através do critério

Comportamento. Ou seja, se o treinamento proporcionou transferência de

conhecimento para o local de trabalho. Deve-se avaliar este nível de transferência

através de entrevistas com gerentes, testes e observação. Em caso de resultados

negativos deve-se utilizar de algumas abordagens para promover esta transferência

de conhecimentos (op. cit.).

27

Os autores Bohlander, Snell, Sherman (2003) citam quatro destas

abordagens: apresentar elementos idênticos, ou seja, aproximar a situação do

treinamento com o trabalho, focalizar os princípios gerais, estabelecer um clima

propício para o treinamento e por fim, dar aos funcionários estratégias de

transferência.

O critério de avaliação de resultados diz respeito a avaliação dos resultados

efetivos e financeiros proporcionados pelo programa de treinamento. Estes

resultados são difíceis de mensurar e suas conclusões podem não parecer

satisfatórias em um primeiro momento (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Assim, estes resultados são muitas vezes avaliados de outras maneiras,

respondendo, por exemplo, se o treinamento proporcionou vantagem competitiva ou

uma cultura organizacional preparada para a mudança.

Algumas empresas também se utilizam de técnicas de Benchmarking,

processo de comparar a empresa com os líderes e assim identificar áreas a serem

melhoradas, para medir os resultados dos treinamentos. Dessa maneira, em

comparação com empresas líderes, os profissionais de recursos humanos

consideram três áreas: as atividades de treinamento, ou seja, quanto treinamento

está sendo ofertado, os resultados e a sua eficiência (op. cit.).

Este tipo de avaliação se torna eficiente na medida em que situa a empresa

no mercado, proporciona uma noção do que as outras empresas estão fazendo,

comparando gastos, horas despendidas e resultados obtidos. Estes dados são

muitas vezes apresentados em fóruns de treinamento de desenvolvimento. É uma

maneira de avaliação que ajuda a organização a avaliar seus programas de

treinamento de uma maneira mais global, no âmbito externo, e assim implementar

melhorias nos futuros programas (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

4.5 PROGRAMAS DE ESTAGIÁRIOS E TRAINEES

Os programas de estagiários e trainees são programas criados em conjunto

com empresas e universidades. As universidades proporcionam estudantes em

formação em áreas de interesse da empresa e a empresa proporciona a estes

estudantes uma oportunidade de ingresso no mercado de trabalho.

28

Os estagiários são alunos ainda em formação com pouca ou nenhuma

experiência profissional, enquanto trainees são recém-formados com pouca

experiência ainda ingressando no mercado de trabalho, porém com uma carga um

pouco maior de conhecimentos e também responsabilidades nas empresas.

O programa de estágio é previsto e regulamentado pela Lei nº 6.497 de 7 de

dezembro de 1977, Decreto nº 87.497, de 18 de agosto de 1992. De acordo com a

lei, o estagiário não terá vínculo empregatício com a empresa, estando esta isenta

dos encargos trabalhistas. Na maioria dos casos existe a oferta de uma bolsa-auxílio

ao estudante mais os benefícios que a empresa conceder. Através de um contrato, o

estágio é firmado entre a empresa e a instituição de ensino, e deve informar

números de horas e área do estágio (RITTNER, 1994).

Esta é uma forma que proporciona vantagens para ambos os lados, visto

que os estudantes têm uma grande oportunidade de aplicar seus conhecimentos e

aprender mais aspectos sobre o ambiente de trabalho e suas relações. Enquanto as

empresas são supridas de uma mão de obra jovem onde podem ser identificados

possíveis talentos que serão o futuro da organização (op. cit.).

Para Rittner (1994, p. 356) “ o processo de atração e desenvolvimento de

jovens estudantes é, hoje em dia, um aspecto de fundamental importância para as

organizações que querem assegurar a perpetuação de seu sucesso”.

Neste sentido a empresa deve concentrar seus esforços na busca de

estudantes dedicados e empenhados e dessa maneira detectar, atrair e manter

estes jovens talentos. Trata-se de manter a evolução da organização e acompanhar

as mudanças. Assim, o programa de estagiários ou trainees deve ser muito bem

elaborado e mantido na organização (RITTNER, 1994).

Primeiramente, o programa deve começar a ser elaborado com base em

uma lista de “indicadores de potencial” na qual será embasado o processo de

recrutamento e seleção dos candidatos ao estágio.

Após conhecer estes indicadores, deve-se conhecer os locais onde podem

ser encontrados. Rittner (1994) aponta alguns meios a serem utilizados para o

recrutamento de acordo com as necessidades da empresa: jornais, palestras em

escolas e universidades, cartazes, mala direta, feiras de recrutamento universitário

ou ainda instituições especializas (agentes de integração).

29

O processo de seleção deve ser conduzido no sentido de mensurar diversos

aspectos do potencial intelectual dos estudantes, dependendo das habilidades

exigidas pela empresa. Os métodos mais utilizados são as “dinâmicas de grupo”,

entrevistas individuais e coletivas, testes funcionais, atividades sociais e de lazer. O

grupo que observará e avaliará os candidatos deve ser bem treinado a fim de

identificar o perfil desejado pela empresa entre os candidatos disponíveis (RITTNER,

1994).

Após selecionados, a empresa deve despender atenção ao processo de

Integração de estagiários e trainees. Esse processo engloba integração a cultura da

empresa, familiarização com as estratégias, filosofias, formas de atuação, missão,

valores, dados relevantes de sua atuação no setor da economia e ainda dados sobre

o programa de estágio, suas responsabilidades e as formas de avaliação (op. cit.).

Este processo deve, preferencialmente, ser conduzido pela alta gerência a

fim de familiarizar os estagiários e trainees e proporcionar-lhes oportunidade de

estabelecer uma relação positiva com a empresa.

Para que isso ocorra a empresa deve preocupar-se também com a

preparação das coordenações dos setores onde transitará o estagiário, facilitando

sua passagem pelas áreas e obtendo a cooperação das equipes envolvidas

(BÍSCARO,1994).

Além disto, o processo de integração deve mostrar as oportunidades de

crescimento e desenvolvimento de carreira, proporcionadas pela empresa, com o

objetivo de instigar o estagiário a reflexão sobre sua carreira e planos futuros além

de motivá-lo a permanecer na empresa. Entretanto este aconselhamento deve ser

seguido de orientações sobre as incertezas no ambiente e desta maneira não criar

frustrações futuras (op. cit.).

A formação dos estagiários e trainees deve se adequar as necessidades da

empresa e dos candidatos de acordo com os modelos já mostrados anteriormente.

Podem ser treinamentos formais o ou direcionados ao trabalho (on-the-job).

Porém, é importante citar que os programas de trainees exigem

treinamentos mais intensivos, pois estes terão mais responsabilidades na

organização além de freqüentemente serem candidatos a postos de relevância

estratégica nas empresas.

30

Os programas de estagiários e trainees devem ter um acompanhamento

contínuo através de feedbacks e avaliações freqüentes. O monitoramento e

acompanhamento são necessários, pois ao longo do tempo as organizações

precisam mudar e adaptar seus programas. Além de feedbacks e avaliações, deve-

se registrar números de contratações e efetivações analisando o grau de efetivação

e o tempo de permanência na empresa destes indivíduos, avaliando assim, se o

programa de estagiários e trainees está cumprindo com o seu papel (RITTNER,

1994).

Rittner (1994) ainda aponta que quando a organização adota programas de

estagiários e trainees, pensando no futuro, garante um quadro qualificado e sem

vícios, menos resistente a mudanças porém ainda preservando sua cultura e seus

valores.

Como conclusão, pode-se dizer que tanto o treinamento, tendo os

programas de integração como exemplos, quanto os programas de estagiários e

trainees, são fundamentais para a continuação das empresas frente as contínuas

mudanças do mundo corporativo. Assim, a necessidade de investimento nestes dois

aspectos é plenamente visível e aplicável diante do alcance dos objetivos de

qualquer organização.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Durante o desenvolvimento de uma pesquisa, uma das mais importantes

etapas é a escolha dos métodos de pesquisa. Segundo Cervo e Bervian (1996),

método é um conjunto ordenado de procedimentos que mostraram eficientes ao

longo da história na busca do saber. Ainda conforme estes autores o método de

pesquisa é um instrumento de trabalho.

Assim, método é a ordem em que se deve por os diferentes processos

necessários. Depende do objeto da pesquisa e é a forma como se vai investigar

(CERVO; BERVIAN, 1996).

No presente trabalho, primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica

sobre o assunto proposto. A pesquisa bibliográfica é uma seleção geral dos

trabalhos já realizados sobre o assunto escolhido, proporcionando dados atuais e

relevantes sobre o tema (MARKONI; LAKATOS, 1999).

A pesquisa bibliográfica se deu por meio de fontes secundárias, que,

segundo Marconi e Lakatos (1999) trata-se de dados históricos, bibliográficos,

estatísticos, publicações, etc. A pesquisa bibliográfica foi realizada com o intuito de

levantar referencial teórico para embasamento da pesquisa a ser feita no campo de

estágio.

Após o levantamento do referencial teórico, foi realizada, no campo do

estágio, a observação e aplicação de questionários com os colaboradores para a

obtenção de informações para a execução dos objetivos propostos.

O questionário é uma forma de levantamento de dados que possibilita a

melhor exatidão do que se deseja, e por isso é a mais utilizada. São perguntas

logicamente relacionadas ao tema e permite que o próprio informante preencha as

respostas (CERVO; BERVIAN 1996).

Nesta pesquisa, com base no tema proposto, construíram-se dois

questionários estruturados, com perguntas fechadas, sendo diferentes entre si, um

para estagiários (Apêndice A) e outro para efetivos (Apêndice B).

A maior parte das perguntas apresentou uma escala de conceitos (ótimo,

bom, regular, ruim, péssimo), outras apresentaram várias opções para escolha de

uma, ou mais, opções que melhor condizia com a realidade do participante.

32

Após a sua elaboração, procurou-se realizar uma aplicação de teste com o

intuito de revelar possíveis falhas no questionário, tanto na elaboração e

compreensão das perguntas, como para investigar a sua capacidade de obtenção

dos dados almejados.

Após a realização do teste e correção de falhas encontradas, aplicou-se o

questionário com 100% da população a ser pesquisada, Do total de colaboradores

86,95% são efetivos e 13,05% são estagiários, ou seja, foram 23 colaboradores

participantes da pesquisa no total, sendo que 20 são colaboradores efetivos e 3 são

estagiários, correspondendo assim a uma pesquisa-censo.

A aplicação do questionário ocorreu durante o horário de trabalho dos

colaboradores integrantes da população, onde a pesquisadora, após explicar

brevemente que o questionário é parte de uma pesquisa acadêmica e solicitar

respostas sinceras onde não seria revelada a identidade dos pesquisados, entregou

os questionários e ausentou-se para possibilitar maior confiança aos colaboradores.

As informações obtidas com a pesquisa bibliográfica, a observação e as

respostas obtidas com os questionários serviram como base para a obtenção do

objetivo proposto, após a respectiva análise e interpretação dos dados coletados.

Tais informações obtidas foram analisadas de forma qualitativa. Segundo

Martins (2004), o objetivo da análise qualitativa é a aproximação dos dados com o

intuito de fazê-los “falar” da forma mais completa possível. Assim, ainda seguindo a

idéia de Martins (2004), foi realizado um exame intensivo das informações

coletadas, com amplitude e profundidade para converter estas informações em

ações com base nos objetivos propostos.

Assim, a pesquisa pode ser considerada uma pesquisa exploratória, sendo

um estudo de caso. O estudo de caso parte de uma lógica dedutiva, onde o caso é

tomado como unidade significativa do todo (OLIVEIRA, 2000).

O estudo de caso é estruturado em três partes: seleção e determinação do

caso, trabalho de campo, organização e redação de um relatório (OLIVEIRA, 2000).

As fases descritas foram realizadas nesta pesquisa, entretanto, a empresa

objeto solicitou a não citação de seu nome comercial em virtude de regras internas.

Desta forma, a empresa será citada no decorrer do texto como unidade de

atendimento de Marechal Cândido Rondon de uma cooperativa de crédito de livre

admissão, com variações.

33

Todas as fases da pesquisa contribuíram para a execução de um programa

de integração e treinamento, e dessa maneira, serviram para não apenas levantar

uma problemática, como também sugerir soluções diante das dificuldades

encontradas.

34

6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

A análise da organização e interpretação dos dados coletados tem como

objetivos apresentar a organização objeto da pesquisa, bem como analisar e

interpretar os dados coletados com a observação e pesquisa de campo realizada.

Para isto, este capítulo contém o diagnóstico organizacional, incluindo a

operacionalização da empresa, o que fornece a caracterização da empresa dentro

de um contexto geral. Contém também a operacionalização do estágio,

demonstrando os problemas observados bem como os resultados da pesquisa

realizada através de questionários e sua posterior análise.

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

O diagnóstico organizacional tem como objetivo apresentar a empresa em

suas diversas áreas. Este diagnóstico contém a caracterização da empresa,

organograma, descrição de funções, histórico da organização, ambiente

organizacional, cultura e políticas, sistema de remuneração, recrutamento e seleção,

estilo gerencial, gestão da qualidade e condições de trabalho.

6.1.1 Caracterização da empresa

A empresa assunto do presente trabalho tem por razão social Cooperativa

de Crédito de Livre Admissão e nome comercial Unidade de Atendimento de

Marechal Cândido Rondon.

O ramo de atividades é prestação de serviços bancários/financeiros, tendo

como mercado de atuação a cidade de Marechal Cândido Rondon e zona rural. O

mercado concorrente pode ser caracterizado por outras instituições financeiras

existentes, como Banco do Brasil, Banco Bradesco, Banco Itaú, Caixa Econômica e

financeiras em geral.

35

6.1.2 Organograma

6.1.2.2 Descrição das funções

A descrição das funções tem por objetivo relatar as atividades e as

responsabilidades das funções existentes na empresa estudada diante das

atividades organizacionais:

a) Superintendência Regional

Á superintendência compete a coordenação técnica e apoio à Unidade.

Presta serviços de assessoria para desenvolvimento dos negócios e efetua a

supervisão das operações.

b) Gerente Geral

Ao Gerente Geral da Unidade de Atendimento compete a supervisão das

atividades de vendas dos Assistentes de Negócios analisando os resultados obtidos

através de relatórios semanais com o objetivo de alcançar as metas estipuladas para

a unidade pela Superintendência Regional. Também é um dos responsáveis pelo

36

Comitê de Crédito da Unidade, decidindo pelo deferimento de liberações de crédito

de acordo com a alçada da unidade.

c) Gerente Administrativo/Financeiro

O Gerente Administrativo/Financeiro tem a responsabilidade de controlar as

atividades dos Auxiliares Administrativos para que ocorram de acordo com o fluxo e

métodos conforme o programa de estruturação administrativa. Responsável por

analisar custos da unidade decidindo sobre os gastos com materiais e outros. É

também relator do Comitê de Crédito. Possui responsabilidade no que diz respeito a

cobrança de inadimplente e decisão sobre renegociação de dívidas.

d) Assistentes de Negócios

São responsáveis pelo atendimento ao público em geral, comercialização

dos produtos, oferecendo financiamentos, seguros, cartões, etc. Cada assistente

possui uma carteira de clientes definida, a qual deve ser gerida por este, observando

o potencial da carteira para comercialização dos produtos e assim cumprir as metas

estabelecidas. É responsável também por controlar esta carteira, observando

inadimplentes e possíveis problemas que possam ocorrer com este grupo de

clientes/associados.

e) Auxiliares Administrativos

Os Auxiliares Administrativos realizam atividades operacionais que não

necessitam de contato com o associado e também atividades de controle.

Responsáveis pela operacionalização dos processos de aberturas de contas,

confecção de contratos de financiamentos, descontos, seguros, sistema de emissão

de boletos, emissão de cartões. Também responsáveis pelas amortizações e

liquidações de contratos.

37

f) Caixas

São responsáveis por realizar o atendimento ao público em geral no que diz

respeito a transações bancárias, como pagamento de boletos, depósitos, saques,

etc.

g) Estagiários

Os estagiários têm a função de apoio aos auxiliares administrativos.

Realizam atividades estritamente dentro do setor administrativo, não realizando

atendimento ao público, porém com exceções como atendimento telefônico, e ao

público que poderá abordá-lo durante o seu trânsito pela unidade.

6.1.3 Histórico da organização

O cooperativismo de crédito no Brasil começou em 28 de dezembro de

1902, com a Sociedade Cooperativa Caixa de Economia e Empréstimos de Nova

Petrópolis (RS), sendo hoje chamada de Cooperativa de Crédito Pioneira. Em

virtude do sucesso do empreendimento a idéia se espalhou por todo Rio Grande do

Sul, até que me 1925 foi fundada a primeira cooperativa central de crédito, com sede

em Porto Alegre e a partir daí começou a se difundir por todo o país. Até meados de

60, essas cooperativas foram muito importantes para a sustentação da produção

rural e da vida econômica, porém o regime militar que se instalou nesta década

enfraqueceu as cooperativas pois permitia que operassem apenas com agricultores,

considerava o sistema cooperativo como defeituoso e “fora da faixa legal”. Para

completar o quadro, a reforma da Lei Bancária (4595/64) enfraqueceu ainda mais e

como conseqüência observou-se o desaparecimento de muitas dessas instituições

financeiras cooperativas entre 1970 e 1980.

Porém, a partir da década de 80, observou-se o ressurgimento da idéia,

através da necessidade e demanda do crédito para a agricultura com o insucesso

dos militares em fornecer à agricultura toda a estrutura necessária. Como

conseqüência, a Federação das Cooperativas de Trigo e Soja do Rio Grande do Sul

38

– Fecontrigo, com seu precursor Mário Kruel Guimarães, passou a buscar

informações e modelos de financiamentos agropecuários de países europeus. A

partir de então, com o apoio das cooperativas agropecuárias e sob a liderança da

Fecontrigo as 9 cooperativa de crédito ainda remanescentes formaram a

Cooperativa Central de Crédito do Rio Grande do Sul (Cocecrer – RS). Com a

organização da Cooperativa Central, foi possível a discussão e reformulação das

normas aplicadas a esta instituições com o Banco Central, e assim fortalecer e evitar

a desestruturação de suas afiliadas.

Com a formulação da regras para as cooperativas de crédito, foi possível

então o surgimento do Sistema de Crédito Cooperativo do Rio Grande do Sul. A

organização sistêmica na qual o processo de integração horizontal e vertical, entre

entidades de primeiro e segundo graus, tornando independentes as organizações, é

regra, premissa básica do Sistema. A idéia de organização sistêmica se espalhou

por outros estados do país e assim houve suporte ás entidades já existentes e dessa

maneira mereceu a homologação das autoridades. Atualmente, o sistema opera com

mais de mil pontos de atendimento em 10 estados brasileiros e possuí 1,3 milhões

de associados.

Dentro deste cenário, nasce, em 06 de Junho de 1985, a Cooperativa de

Crédito Rural Copagril Ltda. Foi nesta data que ocorreu a primeira assembléia da

cooperativa. Teve inicio de suas atividades em 03 de março de 1986, operava

juntamente à uma unidade de Atendimento da Cooperativa Agroindustrial Copagril,

sua parceira na época. Sua primeira alteração de nome fantasia ocorreu em 1996.

Em 1997 afilia-se ao sistema de cooperativas de crédito de abrangência nacional.

Em abril de 2007, foi inaugurada a Unidade de Atendimento da cooperativa

na cidade de Marechal Cândido Rondon, o qual se torna o objeto de estudo do

presente relatório.

6.1.4 Ambiente organizacional

A cidade de Marechal Cândido Rondon, local onde atual a unidade, possui

no total 41.014 habitantes, destes 31.250 habitantes vivem na área urbana e 9.764

na área rural, possuindo crescimento anual de 2.19%. Possui população

39

basicamente de origem germânica com algumas ocorrências de outros imigrantes

europeus.

A principal atividade econômica da região é a agricultura das culturas de

soja e milho, seguindo as atividades pecuárias, avicultura, suinocultura e

bovinocultura. É através do desenvolvimento destas atividades que se dá o

crescimento econômico da cidade e por conseqüência aumento da demanda de

produtos e serviços a serem oferecidos para este público. Desta maneira, pode-se

observar o aumento da oferta de produtos dos mais variados na cidade, alimentos,

roupas, calçados, produtos de higiene, etc., assim como serviços oferecidos a

população como educação, serviços de limpeza, manutenção, saúde e finalmente

serviços bancários e financeiros.

Observa-se assim, o aumento do comércio da cidade, principalmente micro

e pequenas empresas e, em vista disso cada vez mais, não importando o tamanho

da organização, se observa a necessidade do uso de serviços bancários e

financeiros. A unidade da cooperativa oferece diversos serviços como o sistema de

cobrança, através da instalação de um programa emissor de boletos e duplicatas

para melhor controle por parte da empresa de sua carteira de cobrança, seguros de

vida em grupo para funcionários além de seguros das instalações, frotas e

equipamentos a estes microempresários.

As condições culturais da cidade de Marechal Cândido Rondon podem ser

descritas como uma população de nível de alfabetização médio, onde existem várias

instituições de ensino fundamental e médio que são capazes de atender a maior

parte da população, além de três instituições de ensino Superior, entre elas, uma

universidade estadual que atua amplamente na região através de projetos que

envolvem a população. Por se tratar de uma região de colonização germânica, as

atividades culturais são voltadas a esta característica da população com a

celebração de festas típicas, principalmente nas áreas rurais. A região onde se situa

a unidade se beneficia de condições culturais onde a população já está habituada a

participar de sociedades cooperativas como um todo, pela existência de outras

cooperativas, principalmente agroindustriais, de ampla atuação no mercado em

questão.

As cooperativas de crédito são regulamentadas através da Lei 5.764 de

Dezembro de 1971 que define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o

40

regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. A Lei

discorre sobre todas as regras aplicadas as cooperativas de crédito, desde a política

nacional de cooperativismo, os objetivos das sociedades cooperativas, admissão de

associados, instituição de estatuto, autorização de funcionamento, livros

obrigatórios, fundos, capital social, assembléias, enfim, toda a constituição das

cooperativas. Mais tarde, porém, em 25 de junho de 2003 o Conselho Monetário

aprovou a Resolução 3.106 que disciplina a constituição, a autorização para

funcionamento e alterações estatutárias, bem como o cancelamento da autorização

para funcionamento de cooperativas de crédito. Um detalhe importante nesta

resolução é a possibilidade de constituição de cooperativas de crédito de livre

admissão de associados dentro de sua área de atuação. Este foi um importante

passo para o desenvolvimento da empresa estudada, onde, a partir deste momento

passa a ser formada não somente por um grupo restrito (empresários,

microempresários, agricultores, etc.,) como exigia a primeira lei.

As condições tecnológicas da empresa estudada têm seguindo as

tendências no que diz respeito ao uso das tecnologias para comodidade do cliente

no controle de sua conta bancária. Assim, novas tecnologias têm sido incorporadas

como caixas eletrônicos e o Total Internet, onde o associado pode consultar sua

conta e realizar transações bancárias pela internet, trazendo a comodidade

esperada e também se torna fator competitivo, visto que a maioria das instituições

financeiras já oferece este tipo de serviço.

Observa-se que cada vez mais as empresas estão sendo forçadas a se

adequar as novas concepções no que diz respeito ao sistema ecológico. Isso tudo

porque o mundo tem prestado mais atenção e dado mais importância ao meio

ambiente e suas alterações. Desta maneira a unidade de Marechal Cândido Rondon

da cooperativa, se adaptou a esta visão e atua no sistema ecológico através da

participação em projetos como o “Um Ipê por habitante” da Associação Comercial do

Município, onde serão plantadas inúmeras árvores no município com o apoio de

várias entidades, inclusive a unidade. Além deste projeto, a instituição participa de

projetos elaborados pelas centrais do sistema como o projeto “Jogue Limpo com a

Natureza”, onde através de ferramentas como o Portal Corporativo, os

colaboradores têm acesso a informações sobre coleta seletiva de lixo, redução de

resíduos e reciclagem.

41

6.1.5 Operacionalização da empresa

A operacionalização da empresa tem como objetivo apresentar nuances

mais especificas da empresa. Os tópicos abordados na operacionalização da

empresa são: cultura organizacional, políticas organizacionais, sistema de

remuneração, recrutamento e seleção, estilo gerencial, gestão da qualidade e

condições de trabalho.

6.1.5.1 Cultura organizacional

Na unidade de atendimento da Cooperativa, tema do presente relatório pode

se observar uma cultura de cooperação entre os funcionários. Trata-se de um

comportamento exigido pela organização, em que todos devem se ajudar para

cumprir com os objetivos da organização. Um exemplo disto é que para ajudar

cumprimento das metas pelos assistentes de negócios, mesmo os auxiliares

administrativos e caixas devem propor e ajudar a prospectar associados para a

realização de negócios, bem como auxiliar em todo o processo. Esse

comportamento gera um clima de total cooperação e ajuda mútua entre os

colaboradores o que é de extrema importância para o sucesso da organização. Para

instigar este sentimento, a gerência costuma organizar confraternizações entre

funcionários muito freqüentemente, onde é muito enfatizado o objetivo deste tipo de

evento e a importância do bom relacionamento entre os colaboradores. Outro

objetivo deste tipo de evento é também amenizar a pressão existente na

organização.

Outra característica da cultura organizacional é o comprometimento dos

colaboradores. Observa-se bastante preocupação, por parte dos colaboradores, com

o sucesso da organização e também empenho destes para se atingir os resultados.

Porém, este sentimento gera certo desgaste e o que se observa é muitas vezes a

exaustão destes e assim percebe-se o nível de exigência da organização.

Apesar destes problemas, observando estes aspectos, pode-se concluir que

este sentimento de cooperação entre funcionários e bom relacionamento tem muito

42

a ver com a natureza do negócio. A imagem de colaboração deve ser passada aos

clientes, que neste caso, são associados da cooperativa.

A missão e valores também são muito importantes para entender a estrutura

da organização estudada. Estes valores já estão constituídos e são válidos para

todas as cooperativas e unidades do Sistema de cooperativas.

Primeiramente, a missão é como sistema cooperativo, valorizar o

relacionamento, oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a

melhoria da qualidade de vida dos associados e da sociedade.

Já os valores descritos são a preservação irrestrita da natureza cooperativa

do negócio, respeito à individualidade do associado, valorização e desenvolvimento

das pessoas, preservação da instituição como sistema, respeito às normas oficiais e

internas, eficácia e transparência na gestão.

6.1.5.2 Políticas organizacionais

Pode-se definir políticas administrativas como guias orientadoras da ação

administrativa para atingir as metas e objetivos estabelecidos para a organização. O

papel das políticas é a uniformidade do comportamento da organização,

continuidade das decisões, sistema de comunicação, facilitador da tomada de

decisão e finalmente pressão contra pressões imediatistas.

6.1.5.3 Sistema de Remuneração

O sistema de remuneração da unidade de atendimento segue o modelo

adotado pela cooperativa que por sua vez tem o modelo baseado nas regras

estabelecidas pela Gestão Estratégica de Pessoas da Central do Sistema de

cooperativas. Assim o colaborador efetivo da Cooperativa recebe um salário fixo,

mais uma comissão sobre o salário fixo cuja porcentagem varia de acordo com a

função exercida, um salário variável que é influenciado pelo resultado produzido pela

unidade mais uma comissão sobre variável, de acordo com a contribuição do

colaborador para o resultado. Além disso, existe o Adicional sobre tempo de serviço

sobre cada ano trabalhado mais um adicional sobre a praça que consiste em um

43

percentual pré-definido que se aplica sobre o salário base de cada colaborador, de

acordo com o número de concorrentes existentes no município em que cada

entidade está instalada, visando estabelecer uma referência entre o tamanho do

mercado onde a entidade está inserida e a remuneração dos seus colaboradores.

Os estagiários recebem uma bolsa auxílio fixa mensalmente.

Assim percebe-se um sistema de remuneração que enfatiza e induz o

colaborador a se empenhar para receber maiores salários. O salário variável é como

já foi citado, influenciado pelo resultado líquido que a unidade produz. Este fato

acaba por influenciar ainda mais o sentimento de grupo entre os colaboradores, pois

o aumento ou diminuição do resultado afetará a todos.

O plano de carreira não é bem definido pelo sistema e conseqüentemente

pela unidade. Porém o que se observa é a procura pelo setor de recursos humanos

da superintendência de realizar recrutamentos internos, ou seja, observar

colaboradores que se destacam e promovê-los de maneira a valorizar o

desempenho destes.

6.1.5.4 Recrutamento e Seleção

O sistema de recrutamento de seleção da unidade ocorre através do setor

de Recursos Humanos da Superintendência Regional, órgão responsável por

assessorar as cooperativas e realizar os controles. A partir do surgimento da vaga,

o gerente da unidade deve comunicar o responsável do RH e este desencadeara o

processo de recrutamento e seleção.

O recrutamento é realizado através do cadastramento de currículos no site

do sistema e também pelo recebimento de currículos em mãos enviados pelo

gerente da unidade solicitante. A partir daí, é feita a análise, tanto destes currículos

cadastrados no site, como de currículos entregues e são escolhidos os selecionados

para os testes e entrevistas. O contato com os selecionados é feito via telefonema,

onde são chamados inicialmente para realizar um teste. O teste é aplicado em forma

de prova escrita, contendo questões abertas e fechadas sobre conhecimentos

bancários, matemática financeira, português, informática, contabilidade e por fim,

uma redação. Após o teste todos passam por uma entrevista inicial e depois disto

são liberados para se fazer a analise dos testes e entrevista inicial. A partir daí, a

44

continuação do processo depende muito do cargo a ser preenchido. Porém

basicamente, o que ocorre é algumas entrevistas ainda com psicólogo e outros

representantes do RH. Após este processo, são escolhidos em torno de 2 ou 3

pessoas que passarão para a entrevista com o gerente da unidade onde existe a

vaga e entre estes é escolhido o candidato que mais se encaixar com o perfil da

vaga existente.

6.1.5.4 Estilo Gerencial

O estilo gerencial da unidade de atendimento é democrático. Os funcionários

têm total liberdade para conversar com a gerência sobre os mais variados

problemas e também opinar sobre as decisões a serem tomadas. As metas de

vendas são estabelecidas em reuniões onde é feita a análise de parâmetros das

metas e assim, junto com a gerência, é definida a meta individual. É possível

perceber que estas metas de trabalho não são apenas impostas aos colaboradores,

mas também discutidas com eles confirmando assim o estilo gerencial proposto.

6.1.5.5 Gestão da Qualidade

A gestão da qualidade da unidade é feita através da contínua capacitação

dos funcionários por meio do sistema de treinamento @PRENDE, um sistema de

treinamento via internet que o colaborador recebe via correio eletrônico, onde

precisa fazer leituras e participar de testes online. Além disso, são feitos

treinamentos específicos, quando se observa a necessidade, com palestras e

minicursos.

O sistema de cooperativas de crédito como um todo, busca participar de

contínuas pesquisas de qualidade feitas por órgãos externos e internos. A unidade,

mais especificamente, também participa de pesquisas realizadas com o público de

Marechal Cândido Rondon, para medir a qualidade dos serviços prestados.

45

6.1.5.6 Condições de Trabalho

O ambiente de trabalho da unidade de atendimento da cooperativa é um

ambiente com alta qualidade em termos físicos. A unidade possui sistema de

climatização adequada, segurança garantida por câmeras e alarmes controlados por

uma central de segurança que monitora 24 horas a unidade, além de vigilante

durante o tempo todo de permanecia de colaboradores no ambiente. Porém a

unidade não possui programas de ginástica laboral ou de adequação dos móveis de

escritório as necessidades dos colaboradores. Algumas funções, como caixa,

impõem atividades repetitivas, o que causa desconforto ao colaborador e são

necessárias medidas para evitar doenças como Lesões por Esforços Repetitivos,

como a diminuição da carga horária de trabalho, medida já tomada pela

administração.

Apesar disso, qualidade de vida no trabalho na unidade pode ser avaliada

como positiva. Porém é importante salientar que se trata de uma organização com

altos níveis de cobrança com relação ao seguimento de processos, ou seja, pode se

dizer que todas as funções exercidas impõem um alto nível de responsabilidade ao

colaborador principalmente porque diz respeito a valores e sistemas complexos.

Como já foi citado, a gerência, com respaldo e orientação das centrais e

superintendências, promove atividades e políticas com o intuito de diminuir este

ambiente de estresse. É por esta política que o sistema de cooperativas foi

recentemente escolhido entre 400 empresas de vários portes como a 25º melhor em

descontração no trabalho pelo “Great Place to Work” Institute e Revista Época.

O sistema de cooperativas oferece como um todo oportunidades de

crescimento para seus colaboradores a partir do recrutamento interno que é comum

como já foi citado. Assim pode-se dizer que a unidade também oferece este tipo de

oportunidade desde que haja interesse por parte do colaborador. Estas

oportunidades podem surgir muitas vezes em outras cooperativas do sistema, por

isso concluímos que estas oportunidades não correspondem apenas a unidade e

sim ao sistema. Estas possíveis oportunidades, com certeza, motivam os

colaboradores a se comprometerem com a organização e a buscar cada vez mais

conhecimento para continuar a crescer.

46

6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

Conforme diagnóstico organizacional, a empresa estudada é uma unidade

de atendimento de uma cooperativa de crédito, afiliada a um sistema nacional de

cooperativas de crédito ou seja trata-se de um a instituição financeira cooperativa.

Durante a realização do diagnóstico na unidade mencionada, verificou-se

que os estagiários recém admitidos não passam por um processo formal de

integração ou treinamento diante da responsabilidade das atividades a eles

confiadas, causando algumas dificuldades como diminuição do fluxo de trabalho,

estresse e baixa motivação.

Princípios básicos como a natureza do negócio, os objetivos e a visão da

empresa devem ajudar a situar o recém chegado ao ambiente de trabalho, fazendo

com que ele assimile mais facilmente as atividades que deverá exercer.

Nesta unidade da cooperativa, verificou-se situações em que estagiários

contratados exercem atividades de atendimento telefônico e à associados que se

dirigem a unidade. Por não terem conhecimento suficiente para o desempenho deste

função, muitas vezes foram corrigidos pelos próprios associados por estes

entenderem a natureza do negócio de maneira mais clara que os próprios

estagiários que são apresentados como colaboradores.

O estagiário também deveria ser familiarizado com a forma de atendimento

ao associado que a empresa espera de seus colaboradores. A empresa preza o

relacionamento como base para a fidelização de seus associados. Para isso, o

atendimento de maneira personalizada e com a máxima excelência é muito

importante. Porém esses conceitos não são passadas de maneira clara, sendo

possível perceber esta política apenas em reuniões e breves comentários para os

colaboradores efetivos envolvidos com o atendimento.

Estes princípios de bom atendimento e relacionamento também deveriam

ser repassados aos estagiários, que apesar de exercerem atividades com mais

freqüência na área administrativa, mantém constante contato com o associado.

Também foi observada a incapacidade, por parte dos estagiários, de

entender as suas atividades como integrantes de todo um processo para chegar a

um determinado objetivo. Ou seja, exercem atividades como arquivamento sem

entender, no primeiro momento, que documentos eram estes, para que servem e

47

qual a sua importância, ocasionando assim, erros em virtude de desentendimentos

entre o auxiliar administrativo que determinou a tarefa e o estagiário, além de

diminuir a agilidade do trabalho, porque cada erro exige um retrabalho.

Durante as observações, também verificou-se que os estagiários não são

devidamente familiarizados com o organograma da empresa. Também não é

demonstrado como funciona a hierarquia. Não somente as relações entre

colaborador e seu gestor como também a dinâmica em que trabalha o sistema de

cooperativas de crédito, onde existem cooperativas isoladas, superintendências

regionais, centrais estaduais e confederação.

Sem a correta demonstração dos níveis hierárquicos, tanto em nível de

unidade de atendimento como do sistema como um todo o estagiário se vê perdido

em nomenclaturas e fluxos de informação que não entende. Atividades simples

como mandar um documento a seu destino correto, como a superintendência

regional, torna-se uma atividade difícil se este não souber o significado dessas

nomenclaturas e para que servem tais órgãos.

Situações como estas também tendem a se repetir nas outras sete unidades

da cooperativa conforme verificado durante o período de observação e informações

através do contato com colaboradores dessas unidades.

Para um entendimento mais detalhado dessas observações, torna-se

necessário observar a política da empresa com relação a imersão, integração e

treinamento de seus colaboradores de maneira geral.

A empresa possui um programa de integração para colaboradores efetivos

recém admitidos idealizado pela área de gestão estratégica de pessoas da

confederação do sistema cooperativo. Este programa engloba atividade de

aprendizagem em assuntos como cooperativismo, missão, valores e visão da

empresa, apresentação dos colaboradores e assuntos diversos com relação a

empresa. Porém este programa não é devidamente utilizado. Fato que pode ser

comprovado através dos seguintes índices: dos 19 colaboradores efetivos da

unidade 10 foram admitidos depois de abril de 2007 quando o programa em questão

já existia. Porém, destes 10 apenas 3 participaram do programa, conforme

informações obtidas com os colaboradores.

Com relação a treinamentos, a empresa disponibiliza um sistema de

treinamento via internet de forma contínua para os colaboradores efetivos que é

48

gerido pela área de gestão de pessoas que se localiza na superintendência, na

cidade de Toledo. Além de treinamentos via internet os colaboradores efetivos

participam de treinamentos por meio de palestras e aulas de acordo com a demanda

e verificação de necessidade.

Assim, percebeu-se que a empresa tem uma política favorável a realização

de treinamento e conseqüentemente a utilização do programa de integração, mas o

programa não é muito utilizado, pois está formatado de maneira a abranger um

grande número de colaboradores de uma só vez. A empresa não possui a

característica de contratar vários colaboradores, estagiários ou efetivos em um único

processo de seleção, tornando inviável a sua aplicação com apenas um ou dois

colaboradores de cada vez, o que exigiria disponibilidade de pessoal da área de

gestão de pessoas.

Este cenário se agrava no caso dos estagiários, pois estes não possuem um

programa de integração e treinamento formal designado para eles.

A elaboração e aplicação de um programa de integração e treinamento para

estagiários utilizando como base o programa já existente para colaboradores

efetivos poderá preencher a lacuna existente no que diz respeito à integração e

treinamento dos estagiários além de chamar a atenção para a utilização do

programa já existente para colaboradores efetivos.

Para respaldar a demanda levantada, foi realizada uma pesquisa por meio

de questionários (Apêndice A e Apêndice B) entre os colaboradores (estagiários e

efetivos) da unidade de atendimento onde foi realizado o estágio, conforme

características abordadas nos procedimentos metodológicos.

O questionário aplicado para estagiários teve como objetivos: medir a

satisfação destes com relação às formas de integração e treinamento utilizadas pela

empresa, identificar assuntos de seu maior interesse para treinamento, avaliar o

processo de integração e treinamento a que foi submetido e fazer com que o

estagiário faça uma auto avaliação com relação a seu desempenho.

O questionário aplicado para efetivos teve como objetivos: medir a

satisfação deste com relação aos programas de integração e treinamento de recém

contratados oferecidos para eles, medir a satisfação destes com relação as formas

de integração e treinamento dos estagiários utilizadas pela empresa, investigar a

opinião destes com relação a criação de um programa de integração e treinamento

49

para estagiários bem como os assuntos a serem abordados e as formas de

treinamento, e por fim investigar a opinião destes com relação ao trabalho realizado

pelos estagiários.

Conforme já citado nos procedimentos metodológicos, os questionários

foram aplicados em 100% dos estagiários e em 100% dos colaboradores efetivos da

unidade estudada, sendo que do total de colaboradores 86,95% são efetivos e

13,05% são estagiários, ou seja, foram 23 colaboradores participantes da pesquisa

no total, sendo que 20 são colaboradores efetivos e 3 são estagiários. Os resultados

obtidos com a aplicação do questionário podem ser verificados a seguir.

6.2.1 Resultados da pesquisa realizada com os estagiários da unidade de

atendimento da cooperativa de crédito.

Através da pesquisa procurou-se verificar primeiramente a quanto tempo o

estagiário trabalha na empresa. Considerou-se essa uma informação importante,

uma vez que as respostas às outras perguntas poderiam ser influenciadas por esta

variável, tais como perguntas com relação à participação em treinamentos e

processos de integração.

TABELA 1 – Tempo que trabalha na empresa

Frequência %

2 66,67%1 33,33%0 0,00%0 0,00%0 0,00%

Mais de um anoDe 6 meses a 1 anoDe 4 a 6 mesesDe 3 a 4 mesesDe 1 a 3 meses

Tempo na empresa

Fonte: Dados da pesquisa

O resultado apresentado pela tabela 1 mostra que 100% dos estagiários

trabalham a mais de 6 meses na empresa estudada, e sendo assim já deveriam ter

passado pelo processo de integração e treinamento na empresa, sendo dessa

maneira, aptos a avaliar os programas de integração e treinamento que a empresa

oferece.

50

Após a análise do item tempo de trabalho na empresa, procurou-se

investigar o conceito de alguns itens de acordo com a opinião do estagiário, como o

programa de integração de estagiários, treinamento ofertado aos estagiários,

reuniões e palestras informativas e por fim, uma auto avaliação do estagiário de seu

desempenho (Tabela 2).

TABELA 2 – Conceitos

Conceito Frequência %Ótimo 0 0,00%Bom 0 0,00%Regular 0 0,00%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 3 100,00%Ótimo 0 0,00%Bom 0 0,00%Regular 2 66,67%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 1 33,33%Ótimo 1 33,33%Bom 2 66,67%Regular 0 0,00%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 0 0,00%Ótimo 0 0,00%Bom 2 66,67%Regular 1 33,33%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 0 0,00%

Programa de integração de estagiários

Variáveis

Treinamento para estagiários

Reuniões e palestras informativas

Auto avaliação de desempenho

Fonte: Dados da pesquisa

O objetivo do levantamento dessas informações foi verificar o conceito de

cada item de acordo com a opinião dos estagiários e assim observar quais itens

devem ser melhorados para atender as necessidades dos estagiários.

A tabela 2 demonstra que na variável programa de integração de novos

estagiários, 100% dos pesquisados consideraram inexistente/não sei para este item,

o que leva a concluir que os estagiários não participaram de um programa de

integração ou não conhecem nenhum programa existente.

51

Em relação ao treinamento para estagiários a tabela mostra que 2

estagiários conceituaram como regular e 1 estagiário, com inexistente/não sei para o

treinamento oferecido. Assim, pode-se observar que todos os estagiários não

consideram o treinamento oferecido a eles bom o suficiente, e até mesmo 1 deles

não conhece ou considera inexistente, sendo que este resultado vem de encontro

aos problemas encontrados através da observação e diagnóstico organizacional.

Após observação durante o período de diagnóstico, verificou-se que a

empresa se utiliza de reuniões mensais e algumas palestras informativas para todos

os colaboradores (estagiários e efetivos) para o repasse de informações. Estes

repasses de informações também podem ser considerados treinamentos, sendo

realizados de maneira contínua.

Assim, para o item reuniões/palestras informativas a tabela demonstra que 2

estagiários, consideram bom, e 1 estagiário, considera ótimo as reuniões e palestras

informativas que a empresa promove, sendo assim, todos os estagiários

conceituaram as reuniões e palestras em um nível positivo. Isto demonstra que

essas reuniões podem estar alcançando o objetivo de treinamento continuo.

Na auto avaliação de desempenho, 2, consideraram bom e 1 estagiário

considerou regular o seu desempenho, o que mostra que a maior parte dos

estagiários considera seu desempenho como estagiário positivo, apesar da

insatisfação com relação ao treinamento oferecido. Pode-se considerar que o

estagiário atribui seu bom desempenho a outros aspectos, como seu próprio esforço

na busca de informações, ou apoio de colegas.

Durante a pesquisa também se investigou em quais assuntos os estagiários

sentem necessidade de treinamento, identificando os assuntos que mais devem ser

abordados em um programa de integração e treinamento de estagiários, para assim,

melhor atender as necessidades destes colaboradores (Tabela 3).

52

TABELA 3 – Assuntos para abordagem em treinamento

Frequência %1 16,66%2 33,33%2 33,33%0 0,00%1 16,66%

Atendimento a associadosCooperativismo

AssuntosSobre o sistema de cooperativas de créditoProdutos e serviçosProcedimento e normas

Fonte: Dados da pesquisa

A tabela demonstra que os assuntos mais citados foram procedimento e

normas, e produtos, seguido de cooperativismo e sobre o sistema de cooperativas.

O assunto atendimento a associados não foi citado nenhuma vez, o que demonstra

que apesar das observações apontarem para a deficiência neste aspecto, os

estagiários não consideraram este item importante.

Além da definição dos assuntos para posterior abordagem em treinamento,

procurou-se identificar quais seriam as melhores formas de treinamento de acordo

com a opinião dos pesquisados, identificando assim a forma mais adequada para

satisfazer às necessidades destes colaboradores (Tabela 4).

TABELA 4 – Formas de treinamento mais adequadas

Frequência %0 0,00%1 16,66%2 33,33%3 50,00%

Treinamento VirtualCursos, palestras, dinâmicasOrientação durante o trabalho

Formas de treinamento mais adequadasLeitura de Manuais

Fonte: Dados da pesquisa

Observando da tabela 4 é possível verificar que a maneira mais citada foi a

orientação durante o trabalho sendo que os 3 estagiários, citaram esta forma entre

as duas melhores para a integração e treinamento de um novo colega, seguido de

cursos, palestras e dinâmicas com a freqüência de 2 e treinamento virtual obtendo a

freqüência de 1.

Este resultado leva a compreender que todos os estagiários consideram que

a melhor maneira de integração e treinamento de novos colegas é a orientação

durante o trabalho. Entretanto, a forma mais utilizada pela empresa para

treinamentos é o treinamento virtual conforme diagnóstico realizado. Outra forma

53

utilizada pela empresa para treinamento é a leitura de manuais, que durante a

pesquisa não foi citada nenhuma vez.

Dessa maneira verificou-se que as formas utilizadas para treinamento pela

empresa não estão em conformidade com as preferências dos colaboradores.

Porém, conforme referencial teórico abordado, a prontidão e motivação são fatores

que devem ser levados em conta, pois tem a capacidade de melhorar a efetividade

do treinamento.

Além disso, os princípios de aprendizagem também devem ser considerados

na elaboração e aplicação de treinamentos. Alguns princípios se relacionam

intimamente com o resultado obtido através do questionário quanto as formas de

treinamento preferíveis pelos colaboradores. Entre estes princípios, cita-se o

principio de modelagem, sendo uma teoria que mostra que aprendemos mais

facilmente observando o comportamento dos outros do que lendo instruções, o que

pode explicar a preferência dos colaboradores pela orientação no trabalho.

Entretanto é possível salientar que para o colaborador, o treinamento

durante o trabalho é a forma mais cômoda, enquanto para o treinamento virtual e

leitura de manuais, o próprio colaborador deve procurar as informações.

Assim, para o desenvolvimento de um programa de treinamento deve-se

levar em consideração a preferência dos colaboradores, porém, não somente isso.

Os fatores economia de recursos e de tempo também são importantes para a

elaboração de um programa de treinamento que não somente supra as

necessidades dos estagiários, como também da empresa, levando também em

consideração a política da empresa com relação a treinamentos.

Procurou-se investigar também a experiência e opinião dos pesquisados

com relação a responsabilidade de integrar e treinar um novo colega. O objetivo do

levantamento desses dados foi a verificação do interesse dos estagiários em

colaborar com a integração de um novo colega e, além disso, em caso do

pesquisado já ter passado por esta situação, se considerou uma experiência

positiva. Através da tabela 5, será possível analisar o resultado obtido, bem como

todas as respostas possíveis oferecidas aos pesquisados.

54

TABELA 5 – Experiência e opinião em relação a oportunidade de integrar e treinar um novo colega

Respostas possíveis Frequência %

2 66,67%

0 0,00%

0 0,00%

1 33,33%

0 0,00%

Nunca tive oportunidade, mas gostaria de ter, pois seria uma oportunidade de aprendizado e revisão de meus conhecimentos

Nunca tive oportunidade e prefiro não me envolver pois se trata de uma grande responsabilidade pela qual não me sinto preparado.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante e a empresa deu todo o suporte para isto.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante, mas não houve suporte suficiente para isto.

Já tive a oportunidade, mas não foi interessante, pois não houve suporte suficiente e me senti despreparado e sem tempo suficiente para dedicar ao colega.Fonte: Dados da pesquisa.

A tabela 5 demonstra que 1 estagiário já teve a oportunidade de integrar ou

treinar um novo colega, considerando a experiência interessante, porém sem apoio

suficiente. Este resultado mostra que o estagiário pode ter o interesse em ajudar no

processo de integração de um novo colega, mas para isto, necessita de mais apoio,

e no caso da amostra utilizada, o único que passou por esta experiência não teve

apoio.

A pesquisa também apontou que 2 estagiários não tiveram a oportunidade

de integrar e treinar um novo colega, mas se interessam em participar deste

processo. Dessa maneira, o programa a ser desenvolvido poderá levar em

consideração este interesse por parte dos estagiários, que, conforme os resultados

obtidos foi unânime.

Após a análise deste item, procurou-se então investigar quanto ao processo

de integração e treinamento já vivido pelo estagiário quando recém contratado.

O objetivo foi a identificação de possíveis falhas a serem corrigidas com o

programa a ser desenvolvido, principalmente no que diz respeito aos aspectos do

orientador (disponibilidade de tempo, didática), os assuntos abordados e o nível de

estresse no período. A tabela 6 demonstra os resultados obtidos com a pesquisa

realizada.

55

TABELA 6 – Aspectos gerais do processo de integração e treinamento já vivido pelo Estagiário

Conceito Frequência %Efetivo 2 66,67%Estagiário 1 33,33%Descrição de tarefas 3 100,00%Histórico da empresa 0 0,00%Hierarquia 0 0,00%Valores, Visão, Objetivos 0 0,00%Normas e regras 0 0,00%Ótima 0 0,00%Boa 2 66,67%Ruim 1 33,33%Ótima 0 0,00%Boa 2 66,67%Ruim 1 33,33%Alto 1 33,33%Médio 2 66,67%Baixo 0 0,00%

Didática do orientador

Nível de estresse no período

Variáveis

Orientador: Efetivo ou estagiário

Assuntos abordados no primeiro momento

Disponibilidade de tempo do orientador

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme é possível observar na tabela 6, 2 dos estagiários, tiveram como

orientador um colega efetivo, e 1 estagiário respondeu que seu orientador foi um

outro colega estagiário. Este resultado demonstra que a empresa pode ter uma

preferência por colaboradores efetivos na orientação de novos estagiários, sendo

que este pode ser um ponto positivo no processo de integração na empresa

estudada, pois pode-se considerar que os colaboradores efetivos tem maior

conhecimento sobre a empresa para repassar aos estagiários.

Entretanto, a participação de outros estagiários neste processo também

pode ser interessante, visto que, encontram-se na mesma situação que o indivíduo

recém contratado, lembrando que, uma das características dos estagiários é o

vínculo temporário com a empresa.

Já em relação aos assuntos abordados, todos os estagiários declaram a

descrição de tarefas como assunto abordado, o que mostra que a empresa não tem

se preocupado em passar primeiramente alguns valores e objetivos ou ainda normas

e regras, passando diretamente à descrição das tarefas a serem desempenhadas.

Este resultado reforça a observação já realizada durante o diagnóstico

organizacional, onde verificou-se que os estagiários não são ambientados com os

valores, visão e objetivos da organização.

56

Entretanto, considerando o referencial teórico levantado o treinamento não é

somente manter as pessoas aptas para desenvolver sua função, mas também

mantê-las motivadas e focadas nos objetivos da organização.

Para o item disponibilidade de tempo do orientador, 2 estagiários

conceituaram como boa, o que demonstra que a maioria considerou que o

orientador teve tempo dedicado a orientação suficiente. Entretanto 1 estagiário

conceituou essa disponibilidade como ruim, e, considerando a população pequena

da pesquisa, é possivel observar que na elaboração de um programa de treinamento

para estagiários, deve-se considerar a disponibilidade de tempo do orientador, e

também considerar métodos de auto treinamento para facilitar este processo.

A didática, ou a técnica utilizada para ensinar, do orientador durante o

processo de integração e treinamento do estagiário é muito importante para o

sucesso neste processo. Considerando que existe uma politica da empresa de se

utilizar dos colaboradores mais experientes para ensinar os novos, este dado foi

levantado visando esta situação.

Dessa maneira, na avaliação da didática do orientador 2 estagiários,

consideraram boa e 1 estagiário, considerou ruim. Ou seja, verificou-se que a

maioria tende a avaliar de maneira positiva o modo como utilizado pelos colegas

para repassar o conhecimento, apesar de parte desta população (1) considerar ruim

este item.

Considerando este resultado, deve-se salientar a necessidade de

observação dos princípios de aprendizagem diante do treinamento pois estes

principios estão ligados a didática, termo utilizado no questionário.

Assim, princípios como o estabelecimento de metas, apresentação do

significado, a modelagem, as diferenças individuais e oportunidade de aplicação

deverão ser levados em conta diante da elaboração do programa proposto.

Dessa maneira, relacionando o resultado da pesquisa com o referencial

teorico, pode-se dizer que diante da elaboração do programa de integração e

treinamento, será fornecidas informações para orientador com relação as técnicas

para repasse de conhecimento.

Para o nível de estresse no período de adaptação a empresa, o resultado

foi: 2 estagiários, consideraram médio, 1 estagiário, considerou alto o nível de

estresse no período.

57

O nível de estresse é um indicativo para medir a efetividade do processo de

integração e treinamento, onde um dos objetivos é justamente minimizar o estresse

provocado pela entrada em uma empresa. Assim, o resultado obtido com esta

questão indica que os estagiários consideram médio e alto o nível de estresse,

mostrando que o programa a ser elaborado poderá corrigir este indicativo.

Por fim, o último aspecto levantado durante a pesquisa realizada com os

estagiários da empresa estudada foi uma auto avaliação do desempenho frente as

atividades designadas levantando também a causa do bom ou do ruim desempenho.

A tabela 7 demonstra os resultados obtidos.

TABELA 7 – Auto avaliação do preparo frente às atividades designadas na empresa

Respostas possíveis Frequência %

0 0,00%2 66,67%1 33,33%0 0,00%0 0,00%Me sinto muito pouco preparado pois não houve preparo o suficiente

Me sinto muito preparado e a empresa me dá suporte para isto.Me sinto muito preparado,mas fui obrigado buscar informações necessáriasMe sinto um pouco preparado e gostaria de ter mais apoioMe sinto pouco preparado pois a empresa não me forneceu suporte

Fonte: Dados da pesquisa

Com este resultado é possivel observar que 2 estagiários atribuem seu bom

preparo a sua própria busca de informações e 1 estagiário demonstrou que se sente

um pouco preparado e gostaria de ter mais apoio.

Neste ponto, se faz necessário resgatar alguns conceitos citados no

referencial teórico. Um dos objetivos do treinamento é manter as pessoas motivas e

focadas nos objetivos da organização. No caso da empresa estudada, se os

estagiários buscam as informações necessárias, ou sentem que poderiam estar

melhor preparadas, é possível que estes não esteja motivados com relação a suas

habilidades frente a suas atividades.

Assim conclui-se que um programa de integração e treinamento para este

público deverá fazer com que o estagiário se sinta mais preparado, e

consequentemente mais motivado, e possa perceber o apoio da empresa neste

sentido, ainda instigando a busca por informações, porém com maior suporte.

58

6.2.2 Resultados da pesquisa realizada com os colaboradores efetivos da unidade

de atendimento da cooperativa de crédito.

Para os colaboradores efetivos na empresa, aplicou-se um questionário

semelhante, porém com perguntas direcionadas a esses colaboradores. A

população de colaboradores efetivos é 20 indivíduos, sendo que os resultados

obtidos referem-se a uma amostra de 100%.

Primeiramente, procurou-se investigar há quanto tempo o colaborador

trabalha na empresa (Tabela 8). Assim como para os estagiários, o objetivo do

levantamento dessa informação foi introduzir o participante a pesquisa e considerou-

se uma informação importante, uma vez que as respostas às outras perguntas

poderiam ser influenciadas pelo tempo de em que o colaborador trabalha na

empresa. Como exemplo de perguntas que poderiam ser influenciadas, pode-se

citar perguntas com relação à participação em treinamentos e processos de

integração.

Procurou-se também investigar as funções que os colaboradores exercem

na empresa (Tabela 8). O levantamento dessa informação também teve por objetivo

introduzir o participante a pesquisa, proporcionando um panorama geral das

diferentes funções exercidas pelos colaboradores na empresa pesquisada.

Além disso, considerou-se que a função exercida pelo colaborador

entrevistado, pode ter influência na resposta principalmente no que diz respeito a

cargos de chefia e também respostas diferentes no caso de cargos da área de

negócios ou administrativa.

A partir de então, investigou-se se os colaboradores já foram estagiários na

empresa estudada (Tabela 8). O objetivo da investigação deste fator foi de verificar a

quantidade de estagiários efetivados na empresa e assim, verificar se existe uma

política por parte da empresa em efetivar estagiários. Além disso, os colaboradores

que já tenham sido estagiários poderão ter uma capacidade de avaliação maior com

relação aos aspectos estudados, do que os colaboradores que não foram

estagiários.

59

TABELA 8 – Características gerais dos colaboradores efetivos

Características Frequência %Mais de 5 anos 1 5,00%Entre 4 e 5 anos 7 35,00%Entre 3 e 4 anos 2 10,00%Entre 2 e 3 anos 5 25,00%Entre 1 e 2 anos 5 25,00%Menos de 1 ano 0 0,00%Auxiliar Administrativo 5 25,00%Caixa 5 25,00%Assistente de Negócios 7 35,00%Gerente de UA 1 5,00%Gerente Administrativo 1 5,00%Gerente de Negócios 1 5,00%Sim 8 40,00%Não 12 60,00%

Variáveis

Tempo que trabalha na empresa

Funções exercidas

Exerceu estágio na empresa

Fonte: Dados da pesquisa Os dados demonstrados na tabela 8 mostram que todos os participantes

estão trabalhando tempo suficiente na empresa para avaliar as questões levantadas

pela pesquisa, ou seja, todos trabalham na empresa a mais de 1 ano. Mostrou

também uma grande variação no tempo de serviço entre os colaboradores,

formando uma equipe que mescla colaboradores com uma experiência maior (mais

de 4 anos) e menor (entre 1 e 2 anos).

Outra variável demonstrada na tabela é a função exercida pelo colaborador

na empresa. Através dos resultados da pesquisa, foi possível identificar que a maior

parte dos colaboradores exercem a função assistente de negócios, que juntamente

com as funções de gerente de negócios e gerente de unidade de atendimento, são

funções da área de negócios, e, portanto é possível dizer que os resultados da

pesquisa realizada contém em sua maior parte a opinião de colaboradores desta

área.

A tabela 8 também demonstra os resultados obtidos com relação a se o

colaborador efetivo já foi estagiário na empresa estudada. Os resultados mostram

que 40% dos colaboradores, correspondendo a 8 indivíduos do total, já foram

estagiários na empresa.

Estes colaboradores poderão ter maiores condições de contribuir com a

pesquisa em assuntos inerentes ao processo de integração e treinamento de

estagiários tal como ocorre na empresa estudada, pois já participaram deste

60

processo. O resultado demonstra também que a empresa tem uma política favorável

a efetivação de estagiários.

Após a verificação da quantidade de indivíduos que já foram estagiários na

empresa estudada, procurou-se identificar alguns aspectos com relação ao seu

processo de integração e treinamento. Sendo assim a população da pesquisa destes

aspectos foi de 8 indivíduos, ou 40% da população total.

Primeiramente, procurou-se verificar o sentimento do participante com

relação ao seu preparo frente as atividades designadas durante o período de

estágio, bem como o apoio fornecido pela empresa, utilizando-se assim de uma auto

avaliação (Tabela 9).

TABELA 9 – Preparo com relação às atividades designadas durante o período de estágio

Frequência %

0 0,00%Me sentia muito pouco preparado pois não houve preparo o suficiente

Respostas possíveisMe sentia muito preparado e a empresa me seu suporte para isto. 2

Me sentia muito preparado, mas fui obrigado buscar informações necessárias 3

Me sentia um pouco preparado e gostaria de ter tido mais apoio 3

25,00%

37,50%

37,50%

0,00%Me sentia pouco preparado pois a empresa não me forneceu suporte 0

Fonte: Dados da pesquisa.

A análise da tabela acima permite observar que a maioria dos colaboradores

que já foram estagiários (8) na empresa analisada, se sentiam preparados, mas

precisaram buscar as informações necessárias (37,5%), ou se sentiam um pouco

preparados e gostariam de ter tido mais apoio (37,5%).

Este resultado mostra que o programa proposto neste projeto pode ser útil

no que diz respeito a esta situação, dando maior apoio aos estagiários no período de

adaptação e oferecendo ferramentas para a busca de informações.

Ainda considerando a população de 8 indivíduos que já foram estagiários na

empresa, procurou-se também identificar vários aspectos com relação a realidade

vivida por eles, durante o processo de integração quando recém contratados como

estagiários pela empresa estudada (Tabela 10).

O objetivo foi identificar aspectos do orientador (disponibilidade de tempo,

didática), os assuntos abordados no primeiro momento e o nível de estresse, para

61

assim, respaldar de maneira mais convincente as observações, objetivos e

justificativa da pesquisa.

TABELA 10 – Processo de integração e treinamento já vivido pelo colaborador efetivo quando era estagiário: aspectos gerais.

Conceito Frequência %Estagiário 2 25%Efetivo 6 75%Descrição de tarefas 8 100%Histórico da empresa 0 0%Hierarquia 0 0%Valores, Visão, Objetivos 0 0%Normas e regras 0 0%Ótima 0 0%Boa 4 50%Ruim 4 50%Ótima 4 50%Boa 1 50%Ruim 1 0%Alto 1 12,5%Médio 4 50,0%Baixo 2 37,5%

Didática do orientador

Variáveis

Orientador: Efetivo ou estagiário

Assuntos abordados no primeiro momento

Disponibilidade de tempo do orientador

Nível de estresse no período de adaptação

Fonte: Dados da Pesquisa.

Com relação a característica do orientador, especificamente a característica

efetivo ou estagiário, é possível verificar na tabela 8 que 75% dos entrevistados,

correspondendo a 6 colaboradores, foram orientados por efetivos, ou seja, a maior

parte dos entrevistados foi orientado por um colega que por ser efetivo

provavelmente participou de mais treinamentos e tem uma visão mais completa da

empresa do que o colaborador estagiário.

Este resultado, quando somado com os resultados obtidos na pesquisa com

a população de estagiários, reforça que a empresa pode ter uma política de

utilização de colaboradores mais experientes para a orientação dos novos

funcionários, que, como já foi descrito, em tese teriam maior capacidade para

orientar e treinar, sendo assim um ponto positivo no processo de integração e

treinamento de novos estagiários.

A tabela também demonstra que no aspecto assunto abordado, 100% dos

colaboradores, ou seja, todos os 8 participantes identificaram apenas o assunto

descrição de tarefas. O resultado obtido na pesquisa com estagiários foi semelhante,

62

reforçando a necessidade de um programa de integração, pois assuntos muito

importantes no processo de integração de colaboradores em geral, não foram

abordados.

O processo de integração de novos colaboradores deve conter outros

aspectos além da descrição de tarefas. Segundo Rittner (1994) o processo de

integração deve contar com imersão na cultura da empresa, familiarização com as

estratégias, filosofias, formas de atuação, missão, valores, dados relevantes de sua

atuação no setor da economia e ainda dados sobre o programa de estágio, suas

responsabilidades e as formas de avaliação.

Ainda analisando os resultados demonstrados pela tabela 10, quanto a

disponibilidade do orientador, as respostas ficaram igualmente divididas em boa e

ruim, mostrando que o uso de colegas orientando diretamente, ou seja, utilizando-se

do sistema de treinamento no trabalho, pode ser eficaz, mas deve-se tomar cuidado

com relação a disponibilidade de tempo deste orientador.

Este resultado também foi semelhante ao resultado da pesquisa com

estagiários, mostrando que as características do processo de integração de

estagiários na empresa tem se repetido, e apontando também para a possibilidade

de utilização de auto treinamento em virtude da falta de tempo.

Quanto a avaliação da didática do orientador, os colaboradores ficaram

igualmente divididos entre ótima e boa. Sendo assim, observa-se que a maioria dos

colaboradores pode se mostrar favorável a utilização dos próprios colegas para a

orientação e treinamento, considerando também a facilidade de se utilizar deste

sistema, pois os colegas poderão estar sempre a disposição em caso de dúvidas.

Com relação ao nível de estresse no período de adaptação a nova empresa,

as opiniões ficaram divididas, porém a maioria considerou entre alto (1 colaborador)

e médio (4 colaboradores). Considerando que o nível de estresse pode ser um bom

indicativo na avaliação do processo de integração de novos colaboradores, o

resultado demonstra a necessidade de melhoria neste processo podendo se utilizar

o programa que será elaborado.

O resultado obtido também é semelhante ao resultado da pesquisa com

estagiários, e sendo assim, também reforça os problemas levantados no diagnóstico

organizacional.

63

Procurou-se a partir de então, investigar o conceito de alguns itens,

conforme a opinião dos colaboradores efetivos: programa de integração de efetivos,

treinamento ofertado aos efetivos recém contratados, treinamento de estagiários

recém contratados, reuniões e palestras informativas e por fim, uma avaliação do

desempenho dos estagiários (Tabela 11).

TABELA 11 – Conceitos gerais sobre integração e treinamento

Conceito Frequência %Ótimo 1 5,00%Bom 14 70,00%Regular 4 20,00%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 1 5,00%Ótimo 0 0,00%Bom 8 40,00%Regular 10 50,00%Ruim 1 5,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 1 5,00%Ótimo 1 5,00%Bom 4 20,00%Regular 8 40,00%Ruim 3 15,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 4 20,00%Ótimo 9 45,00%Bom 9 45,00%Regular 2 10,00%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 0 0,00%Ótimo 9 45,00%Bom 9 45,00%Regular 2 10,00%Ruim 0 0,00%Péssimo 0 0,00%Inexistente/não sei 0 0,00%

Treinamento de estagiários recém contratados

Reuniões e palestras informativas

Desempenho dos estagiários

Programa de integração de novos colaboradores efetivos

Variáveis

Treinamento de recém contratados efetivos

Fonte: Dados da pesquisa

O levantamento destas informações teve como objetivo identificar as áreas

que necessitam de melhorias, para assim, através do programa proposto suprir

64

estas necessidades, e também avaliar a forma utilizada pela empresa para a

integração e treinamento de colaboradores efetivos.

Conforme a tabela 11, a maioria dos colaboradores efetivos considera o

programa de integração de novos colaboradores efetivos, entre ótimo, (5%) e bom

(70%). Entretanto 20% consideram o programa de integração para novos

colaboradores, regular e ainda, 5% dos colaboradores, não sabe ou considera o

programa inexistente.

Estes dados demonstram que, conforme já descrito no diagnóstico, o

programa de integração para efetivos é considerado bom também pelos

colaboradores efetivos.

Entretanto alguns participantes, somando 5 colaboradores, considera tal

programa regular ou ainda não conhece. Isto porque, como também já mencionado

no diagnóstico, o programa de integração não foi utilizado por todos os

colaboradores. E ainda segundo os resultados da pesquisa (Tabela 9), para o item

treinamento de recém contratados efetivos, a maior parte dos participantes da

pesquisa consideram o treinamento oferecido a novos colaboradores efetivos entre

regular (50%) e ruim (5%), sendo ainda que 5% não soube opinar ou considera

inexistente.

Lembrando que a integração também pode ser considerada um tipo de

treinamento, estes dados revelam a possível necessidade de melhoria neste aspecto

na organização, pois durante o período de observações e diagnóstico, verificou-se

também que apesar de a organização manter uma área específica para a

elaboração de treinamentos principalmente no formato de treinamento a distância e

manuais, muitos colaboradores não utilizam esta ferramenta.

Alguns por não conhecerem a forma de utilização e outros por não serem

obrigados a realizar treinamentos, pois não existe esta obrigatoriedade, causando

uma situação em que os colaboradores indicam que o treinamento oferecido aos

novos colaboradores é regular ou ruim, entretanto é possível que este novo

colaborador não seja corretamente instigado a buscar as informações necessárias

através dos treinamentos disponíveis.

Por não ser o foco desta pesquisa, não foram levantados maiores

informações com relação a esta situação, entretanto, levando em consideração os

resultados obtidos, será proposta a maior divulgação da forma de utilização das

65

ferramentas de treinamento, bem como a estimulação da busca por conhecimento

através do treinamento.

O resultado obtido com a pesquisa para o item treinamento para estagiários

recém contratados, mostrou que a maior parte dos colaboradores efetivos considera

entre regular (40%) e ruim (15%), sendo ainda que 20% consideram inexistente ou

não soube opinar.

Este resultado aponta para a necessidade de treinamento para os

estagiários também observada pelos colaboradores efetivos, sendo que, um dos

objetivos do programa a ser proposto será suprir esta necessidade.

Para as reuniões e palestras informativas que acontecem mensalmente na

empresa, a pesquisa demonstrou que 90% dos colaboradores conceituaram entre

ótimo e bom este item. Assim, observa-se que esta pode ser uma ferramenta útil

para treinamentos e repasses de informações.

A pesquisa também demonstrou que 90% dos participantes da pesquisa

conceituou entre ótimo e bom o desempenho dos estagiários. Como análise deste

resultado pode-se dizer que a grande maioria dos colaboradores considera o

desempenho dos estagiários positivo, apesar de considerar o treinamento oferecido

entre regular e ruim. Isto se deve a provável atribuição do bom desempenho dos

estagiários ao seu preparo através da busca pelas informações, como também foi

percebido através desta pesquisa.

Sendo assim, a pesquisa realizada com os colaboradores efetivos também

procurou investigar a opinião destes quanto ao aspecto preparo dos estagiários para

o desempenho das tarefas designadas, e a que atribui tal preparo (Tabela 12).

TABELA 12 – Preparo dos estagiários para o desempenho das tarefas designadas

Frequência %0 0,00%8 40,00%6 30,00%4 20,00%2 10,00%0 0,00%

VariávelSim, pois recebeu treinamento suficiente para isto.Sim, pois ele busca sempre as informações necessárias.Poderia estar melhor preparados se houvesse treinamento.Sim, pois foi bem treinado pelos colegas.Sim, pois foi bem selecionado.Não, pois não houve treinamento.Fonte: Dados da pesquisa

Conforme a tabela 12, a maioria dos participantes acha que o estagiário está

bem preparado, porém, com relação a atribuição deste preparo as opiniões ficaram

66

divididas em: sim, pois buscou as informações necessárias (40%),sim, pois foi bem

treinado pelos colegas (20%) e foi bem selecionado (10%).

O resultado vem de encontro com os números obtidos com os estagiários no

quesito auto avaliação do preparo, onde se observou que a maior parte dos

estagiários também atribui seu preparo a sua própria busca por informações para a

realização das tarefas designadas.

Assim, pode-se concluir que tanto estagiários quanto colaboradores efetivos

atribuem o bom preparo e conseqüente bom desempenho dos estagiários a busca

por informações do próprio estagiário.

Entretanto, a pesquisa também demonstra que 30% dos colaboradores

efetivos indicam que o estagiário poderia estar melhor preparado se houvesse

treinamento, o que mostra que os colaboradores efetivos podem ser favoráveis a

melhor estruturação do treinamento para estagiários.

Nenhum colaborador afirmou que o estagiário está preparado porque

recebeu treinamento suficiente para isto. Este é um dado importante que deve ser

levado em consideração para efeitos de pesquisa sobre necessidade de

treinamento.

Lembrando que a fundamentação teórica obtida para a realização desta

pesquisa citou a importância da verificação da necessidade de treinamento através

de pesquisas na empresa. Ou seja, segundo Bohlander, Snell e Sherman (2003), um

programa de treinamento deve ser criado contemplando quatro fases: avaliação das

necessidades, elaboração do programa, implementação, avaliação, sendo que a

avaliação das necessidades consiste em levantar dados para obtenção de respostas

sobre as necessidades, as áreas e as pessoas a serem treinadas.

Durante a pesquisa realizada com colaboradores efetivos, assim como com

os estagiários, procurou-se descobrir os assuntos que os participantes consideram

de maior importância para um programa de integração e treinamento e assim

verificar quais assuntos que devem ser abordados na formatação do programa

proposto, para a sua maior efetividade. Os resultados obtidos podem ser

visualizados na tabela 13.

67

TABELA 13 – Assuntos de suma importância para um programa de integração e treinamento para estagiários.

Frequência %

2 5,00%12 30,00%14 35,00%10 25,00%2 5,00%

Procedimento e normasAtendimento a associadosCooperativismo

AssuntosSobre o sistema de cooperativas de créditoProdutos e serviços

Fonte: Dados da pesquisa

A tabela 13 demonstra que os assuntos mais citados foram procedimentos e

normas, sendo citado 14 vezes, e produtos, citado 12 vezes. Este resultado é

semelhante ao resultado obtido com a pesquisa com estagiários, que também

consideram estes assuntos entre os mais importantes

O item atendimento aos associados, diferentemente do resultado obtido com

a pesquisa realizada com estagiários, foi citado também, sendo citado 10 vezes,

mostrando que os colaboradores efetivos podem ter maior preocupação com relação

a este assunto.

Assim, estes resultados podem colaborar para a formatação do programa a

ser proposto que levará em consideração os resultados desta pesquisa.

A partir da análise dos assuntos a serem abordados no treinamento, passou-

se a investigar as formas de treinamento que os participantes consideram mais

apropriadas. O objetivo foi descobrir a melhor forma de treinamento para a

formatação do programa de treinamento de acordo com a opinião dos participantes

da pesquisa (Tabela 14).

TABELA 14 – Formas de treinamento mais adequadas

Frequência %2 5,00%6 15,00%12 30,00%20 50,00%

Treinamento VirtualCursos, palestras, dinâmicasOrientação durante o trabalho

Formas de treinamento mais adequadasLeitura de Manuais

Fonte: Dados da pesquisa

A análise da tabela demonstra que a forma para treinamento mais citada

pelos colaboradores efetivos, foi orientação durante o trabalho, citada 20 vezes. Este

resultado aponta para uma preferência por parte dos colaboradores por esta forma

68

de treinamento, e é um resultado semelhante ao resultado obtido com a pesquisa

com estagiários.

Assim como a pesquisa com os estagiários, este resultado também mostra

que as formas utilizadas para treinamento pela empresa não estão em conformidade

com as preferências dos colaboradores efetivos. Entretanto é preciso lembrar que

para o colaborador, o treinamento durante o trabalho é a forma mais cômoda,

enquanto para o treinamento virtual e leitura de manuais, o próprio colaborador deve

procurar as informações, o que pode interferir em sua preferência.

Durante as observações na empresa, verificou-se esta inconformidade, onde

muitos colaboradores procuravam orientação de colegas mais experientes sobre

assuntos que já estão descritos em manuais e treinamentos disponíveis na forma de

auto treinamento a distância.

O desenvolvimento de um programa de treinamento deve levar em

consideração a preferência dos colaboradores, porém os fatores economia de

recursos e de tempo também são importantes, suprindo não somente as

necessidades dos colaboradores, mas também da empresa, levando também em

consideração a política da empresa com relação a treinamentos.

Assim, observa-se que deve haver um maior incentivo para os

colaboradores para a utilização dos treinamentos oferecidos pela empresa, mesmo

os treinamentos na forma de auto treinamento, o que deverá ser levado em

consideração na elaboração de um programa de integração e treinamento para

estagiários.

A pesquisa realizada também investigou com relação a experiência e opinião

sobre a oportunidade e responsabilidade de treinar um novo colega.

O objetivo foi investigar a experiência de colaboradores que já orientaram

um novo colega e se há interesse por parte dos colaboradores que ainda não

tiveram esta oportunidade em participar do processo de integração de um novo

colega. Os resultados obtidos estão demonstrados na tabela 15.

69

TABELA 15 – Experiência e opinião em relação a oportunidade de integrar e treinar um novo colega.

Frequência %

8 40,00%

4 20,00%

2 10,00%

6 30,00%

0 0,00%

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante, mas não houve suporte suficiente para isto.

Já tive a oportunidade, mas não foi interessante, pois não houve suporte suficiente e me senti despreparado e sem tempo suficiente para dedicar ao colega.

Nunca tive a oportunidade, mas gostaria de ter, pois seria uma oportunidade de aprendizado e revisão de meus conhecimentos.

Nunca tive a oportunidade e prefiro não me envolver pois se trata de uma grande responsabilidade pela qual não me sinto preparado.

VariávelJá tive a oportunidade e foi uma experiência interessante e a empresa deu todo o suporte para isto.

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados visualizados na tabela 15 mostram que 70% dos

colaboradores já tiveram a oportunidade de treinar um novo colega, mostrando que

a empresa pode ter uma política favorável a isto, entretanto as experiências obtidas

se dividem.

Sendo assim, dos 70% de colaboradores efetivos que já tiveram a

oportunidade de ajudar a integrar e treinar um novo colega, 40% consideraram que

tiveram o apoio da empresa no processo. Já 20% dos participantes responderam

que não tiveram o apoio da empresa neste sentido, mas consideraram a experiência

interessante. Entretanto 10% dos participantes não consideraram a experiência

interessante e indicam que não tiveram apoio por parte da empresa no processo de

integração e treinamento de um novo colega.

Estes resultados demonstram que a maior parte dos colaboradores que já

ajudaram a integrar e treinar um novo colega tiveram o apoio da empresa, porém,

30% não tiveram este apoio e o programa a ser desenvolvido tem como objetivo

também auxiliar o colaborador que tem esta responsabilidade.

A tabela mostra ainda que todos os colaboradores que ainda não tiveram a

oportunidade de ajudar a treinar um novo colega se interessam em passar por esta

experiência.

Todos os resultados obtidos com a pesquisa, tanto com estagiários como os

efetivos serão úteis para a elaboração de programa que visa auxiliar no processo de

70

integração e treinamento de novos colaboradores estagiários, sendo que funcionam

como um indicativo das melhores opções neste sentido.

Entretanto, é importante salientar que serão levadas em consideração

também as possíveis necessidades da empresa, prezando pela economia de

recursos e a adaptação a dinâmica de trabalho da empresa.

6.2.3 Programa de Integração e Treinamento para estagiários

Após análise do diagnóstico organizacional obtido através da observação da

organização estudada, bem como posterior pesquisa realizada por intermédio de

questionários aos colaboradores, percebeu-se a necessidade de um programa de

integração e treinamento para estagiários.

A partir de então, passou-se ao desenvolvimento de um programa de

integração e treinamento para estagiários que possa suprir as necessidades

percebidas. O desenvolvimento do programa levou em consideração o referencial

teórico e dados obtidos na empresa com a pesquisa utilizando-se de questionários e

material de apoio como manuais e informações disponibilizadas pela empresa.

O desenvolvimento do programa considerou também o perfil obtido com a

pesquisa realizada com questionários. Com base neste perfil, desenvolveu-se um

programa de integração e treinamento com uma estrutura simples lembrando que o

colaborador a ser treinado tem a característica de ser estagiário, sendo que poderá

ficar na organização por um curto período ou poderá ser efetivado. Por isso,

considerou-se que não existe a necessidade de um programa de integração e

treinamento mais estruturado como o programa oferecido pela empresa aos

colaboradores efetivos.

O programa de integração e treinamento desenvolvido foi divido em duas

partes: integração e treinamento. Cada uma destas partes possui 4 módulos, com

uma programação para ser aplicado nos 2 primeiros dias de trabalho do novo

estagiário. Foi construído a partir do manual de integração para colaboradores

efetivos já existente na empresa, manuais da empresa de outros assuntos e

informações coleadas através da observação dos rituais de entrada na empresa.

Este programa é constituído de 1 manual de integração do estagiário

(Apêndice C), 1 manual de integração do orientador (Apêndice D), apresentação de

71

slides do programa de integração (Apêndice E), 1 manual de treinamento do

estagiário (Apêndice F), 1 manual de treinamento do orientador (Apêndice G),

apresentação de slides do treinamento (Apêndice H) e por fim, 1 ficha de avaliação

para revisão de conhecimentos e avaliação do programa (Apêndice I).

Não foi possível a efetiva aplicação do programa desenvolvido, pois não

houve a entrada de novos colaboradores estagiários no período de

operacionalização do estágio, e considerou-se ineficaz a sua aplicação aos

estagiários já presentes em virtude de estes estarem a mais de 6 meses na

empresa. Entretanto, realizou-se uma apresentação do programa para os estagiários

e alguns colaboradores que influenciariam diretamente no processo.

6.2.3.1 A apresentação do programa

A apresentação contemplou a demonstração do programa utilizando os

manuais e as apresentações de slides, e ao final uma discussão sobre os benefícios

que o programa poderia trazer, seus possíveis pontos positivos e pontos a melhorar,

bem como a disposição dos participantes na aplicação do programa. A apresentação

foi realizada com parte da equipe da área de negócios, com a equipe da área

administrativa e também com estagiários, cada grupo separadamente.

Os colaboradores participantes da apresentação e representantes da equipe

de negócios foram 4 no total. O total de representantes da área administrativa foram

5, e estagiários 3. Em virtude das constantes atividades da empresa analisada, não

foi possível a reunião de todos os colaboradores, entretanto, considerou-se a

amostra apresentada suficiente para a disseminação dos conceitos apresentados.

A primeira pergunta colocada em discussão foi “Em sua opinião, a utilização

do programa poderia trazer benefícios a empresa, facilitaria o processo de

integração de novos estagiários?”

Todos os participantes responderam que o programa demonstrado traria

benefícios a empresa e facilitaria o processo de integração.

Nesta parte da discussão, a maioria dos colaboradores citou dificuldades

que teve em seu processo de integração, como um assistente de negócios que

entrou na empresa como estagiário, onde, segundo ele, após a entrevista de

admissão foi apenas orientado a não utilizar a nomenclatura agência e banco, em

72

virtude de se tratar de uma cooperativa de crédito, entretanto não houve explicação

posterior sobre esta questão.

Neste ponto, uma estagiária adicionou que em virtude de ter sido estagiária

anteriormente em uma agência bancária, teve muita dificuldade de entender este

novo contexto e teve que buscar estas informações.

Outra assistente de negócios citou a importância de utilizar o programa para

que o estagiário entenda o negócio, visão, objetivos da empresa, e não apenas o

repasse de tarefas, proporcionando maior aprendizado ao estagiário e facilitando a

compreensão das tarefas.

Por fim, outro estagiário comentou que seria interessante a aplicação do

programa frente as novas contratações, também citou a importância do outros

colaboradores estarem mais atentos a este processo, se preocupando mais em

auxiliar o novo estagiário.

Outra pergunta levantada foi “Quais são os pontos positivos do programa

apresentado?”. Para esta pergunta, os participantes citaram a explicação da

diferença entre bancos e cooperativas de crédito, a estrutura do sistema de

cooperativas, e o treinamento sobre bom atendimento.

Como pontos a desenvolver no programa citaram-se a ampliação do

programa, principalmente na parte de treinamento, onde seria possível contemplar

uma maior gama de assuntos.

Finalmente, perguntou-se ao grupo se estariam dispostos a auxiliar na

aplicação do programa. Todos os participantes se mostraram dispostos a auxiliar e

sugeriram a aplicação não somente com estagiários, mas também no caso de

efetivos recém contratados em situações onde não há aplicação do programa de

integração para colaboradores efetivos idealizado pela área de gestão de pessoas

do sistema de cooperativas.

Um dos objetivos da demonstração do programa foi, promover o programa,

demonstrando aos colaboradores e possibilitando sua futura aplicação. Outro

objetivo foi levar os colaboradores a refletir sobre este assunto colocando em pauta

as dificuldades encontradas e as soluções para estas dificuldades sendo que

através desta reflexão passarão a ser mais sensíveis a estas questões.

73

6.2.4 Sugestões e recomendações

A primeira sugestão a ser citada, levando em consideração toda a pesquisa,

é a efetiva utilização do programa em contratações futuras de novos estagiários.

A aplicação do programa de integração e treinamento para estagiários

poderá ser feita não somente na unidade de atendimento estudada, considerando

que a cooperativa de crédito a qual pertence, possui ainda 7 outras unidades

espalhadas pela região, e que possuem as mesmas características da unidade

estudada. Assim, recomenda-se a divulgação do programa para estas unidades,

para que possa também ser utilizado.

A partir da estrutura do programa, sugere-se que se escolha um orientador

para o estagiário, seguindo os seguintes requisitos: colaborador efetivo, que esteja a

mais de um ano na empresa e pertencente ao setor administrativo.

Aconselha-se também a escolha de um colaborador que tenha

características pessoais importantes para a orientação de um novo colaborador

conforme citado em referencial teórico, como conhecimento dos assuntos,

adaptabilidade, sinceridade e capacidade de conduzir o processo de maneira leve e

dinâmica. Este orientador deverá ler os manuais de integração e treinamento tanto

do estagiário como do orientador antes de aplicar o programa.

Desta maneira, a partir da correta preparação do orientador, sugere-se que

este orientador faça todo o acompanhamento do estagiário no primeiro dia, desde a

sua chegada na empresa, apresentação aos colegas, apresentação das instalações

físicas e do local de trabalho. A partir de então, o orientador deverá oferecer um

tempo para que o estagiário faça a leitura dos primeiro dois módulos do manual de

integração. Após a devida leitura, o orientador deverá sentar-se junto ao estagiário e

repassar as informações ali contidas através da apresentação de slides e realizando

as explicações necessárias.

O manual do orientador contempla as informações necessárias para

aplicação do programa, bem como a forma de explanação para melhor

compreensão do estagiário.

Esta maneira de aplicação do programa foi escolhida com base na pesquisa

realizada onde constatou-se que a maioria dos colaboradores prefere a orientação

durante o trabalho como forma de treinamento. Entretanto, visando a economia de

74

tempo e considerando que após observações constatou-se que a forma de

treinamento mais utilizada pela empresa é o auto treinamento através da leitura de

manuais e treinamentos a distância, preferiu-se utilizar-se manuais simples e de fácil

compreensão seguindo o padrão utilizado pela empresa.

A partir de então, serão descritos os passos da utilização do programa

proposto, como sugestão a empresa. Os módulos citados no texto encontram-se nos

manuais e slides apresentados nos apêndices C, D, E, F, G, H, I.

O primeiro módulo da parte de integração do programa compreende

assuntos com relação a visão da empresa sobre o estágio e informações diversas

sobre o estágio em si. Estas informações foram adicionadas ao programa com o

objetivo de conscientizar o estagiário sobre a visão e política da empresa sobre

estágios, bem como trazer informações úteis como valor e dia de pagamento da

bolsa auxilio, considerando que o estagiário não se sentiria a vontade em questionar

com relação a estes assuntos.

O segundo módulo compreende os conceitos de vários termos como

cooperativas, cooperativismo, cooperativas de crédito e unidade de atendimento.

O objetivo deste módulo é repassar ao estagiário informações com relação

ao negócio da empresa, que, sendo uma unidade de atendimento de uma

cooperativa de crédito, tem relação com o cooperativismo. Os históricos e princípios

de cooperativismo apresentados tem como objetivo ambientar o estagiário e

proporcionar uma visão mais ampla sobre o negócio da empresa.

Este módulo também trás os conceitos de cooperativa de crédito e unidade

de atendimento. Estes conceitos foram adicionados ao programa em virtude da

observação durante o período de diagnóstico da incapacidade dos estagiários de

entendimento destes conceitos, bem como o não entendimento da diferença entre

uma unidade de atendimento de uma cooperativa de crédito e uma agência

bancária. O módulo trás uma explicação utilizando-se de recursos visuais para

melhor compreensão e aproveitamento do programa.

Por fim, o módulo 2 da parte de integração do programa trás a definição de

sistema de cooperativas. A inserção desta definição no programa, bem como da

missão, visão e valores do sistema foi considerada importante para o estagiário

entender o conceito de organização sistêmica de cooperativas de crédito, além do

conhecimento da estrutura e das empresas que fazem parte do sistema.

75

A partir do repasse dos dois primeiros módulos do manual de integração do

estagiário, considerou-se interessante que o orientador passe para a devida

descrição das primeiras tarefas a serem executadas pelo estagiário. Entretanto,

antes do repasse destas tarefas, sugere-se que o orientador forneça o manual de

treinamento do estagiário, solicite leitura dos dois primeiros módulos e repasse com

ele as informações ali contidas no mesmo formato descrito para a parte de

integração.

O objetivo da utilização do manual de treinamento é proporcionar ao

estagiário uma visão mais completa das atividades a serem exercidas por ele, onde

o estagiário não somente saiba executar tarefas como entenda o processo e seu

objetivo.

Dessa maneira, o primeiro módulo da parte de treinamento do programa

compreende os conceitos de área administrativa e área de negócios, e a

apresentação dos sistemas utilizados para a operacionalização das transações da

empresa.

Os conceitos de área administrativa e negócios foram adicionados ao

programa porque qualquer atividade a ser executada pelo estagiário exigirá uma

visão sobre as diferenças das duas áreas, bem como termos muito utilizados, como

carteira de associados e suas identificações numéricas.

A apresentação dos sistemas foi adicionada ao programa com o intuito de

que o orientador possa mostrar os sistemas ao estagiário de maneira prática

relembrando a importância da utilização com responsabilidade e segurança.

A partir da apresentação dos dois módulos da parte de integração e dos dois

módulos da parte treinamento, sugere-se que o estagiário realize observações do

ambiente e receba as primeiras orientações das atividades a serem exercidas.

Recomenda-se a aplicação apenas dos dois primeiros módulos de cada

parte no primeiro dia para evitar a sobrecarga de informações. Dessa maneira o

orientador poderá aconselhar a releitura do material pelo estagiário dos módulos já

estudados para a melhor fixação do conteúdo.

No segundo dia de trabalho do novo estagiário, recomenda-se a aplicação

da segunda parte do programa de integração e treinamento. A partir de então, deve-

se resgatar o manual de integração e solicitar a leitura do estagiário dos módulos 3 e

76

4. Após a leitura sugere-se a aplicação da mesma metodologia, onde o orientador

poderá sentar com o estagiário e repassar as informações contidas nos manuais.

O módulo 3 da parte de integração trás os tópicos referente a linguagem

utilizada e estrutura da empresa. O tópico linguagem diz respeito a demonstração da

linguagem utilizada no dia-a-dia da unidade e objetivo é ambientar o estagiário com

esta linguagem. Demonstra palavras que já foram utilizadas nos dois primeiros

módulos do programa, por isso serve também como forma de revisão.

Ainda no módulo 3, o tópico estrutura da empresa, mostra os organogramas

dos três graus de estrutura do sistema de cooperativas. O objetivo da abordagem

deste tema é esclarecer a hierarquia da empresa, não somente da unidade de

atendimento onde o estagiário irá atuar, mas também permitindo que ele tenha uma

visão mais completa da empresa e todas as estruturas que influenciam no seu

funcionamento.

Este tópico também trás os diferenciais competitivos do sistema de

cooperativas, para que assim, o estagiário saiba argumentar, entendendo os

diferenciais da empresa e assim se posicionar frente a associados e comunidade em

geral e, prezando também por estes diferenciais.

O último módulo da parte de integração descreve a postura e

responsabilidades que os colaboradores da empresa estudada deverão desenvolver.

O objetivo deste módulo é trazer algumas regras e normas da empresa,

principalmente no que diz respeito a segurança, trazendo informações úteis no dia-

a-dia do colaborador. O módulo também trás informações com relação ao portal

corporativo, no qual todos os colaboradores (estagiários e efetivos) tem acesso, e

possui uma série de ferramentas interessantes de informação ao colaborador.

Ao final da aplicação dos módulos 3 e 4 da parte de integração do programa,

indica-se a aplicação dos módulos 3 e 4 da parte de treinamento do programa,

utilizando a mesma metodologia.

Na parte de treinamento, o módulo 3 trás a visão da empresa com relação

ao atendimento ao associado. Analisando as políticas da empresa, percebeu-se que

existe a consciência da necessidade de atendimento excelente para manter o

diferencial competitivo relacionamento. Assim, o módulo 3 tem a função de trazer

dicas para o estagiário com relação a excelência no atendimento visando o

relacionamento.

77

Os produtos e serviços oferecidos pela unidade através da cooperativa é o

assunto do módulo 4 da parte de treinamento do estagiário. O objetivo do repasse

destas informações é promover o entendimento com relação aos produtos

oferecidos, salientando que, conforme o manual do orientador, o objetivo não é

treinar o estagiário a ponto de existir a capacidade de comercialização e

operacionalização destes produtos.

Após a utilização de todo o programa, sugere-se a aplicação do questionário

de revisão de conhecimentos e avaliação. Este questionário foi criado com o intuito

de promover a revisão dos conhecimentos adquiridos e melhor fixação do conteúdo

e também tem como objetivo auxiliar na avaliação da efetividade do programa e

demonstração de pontos a melhorar de acordo com a opinião dos estagiários.

A avaliação do programa desenvolvido, segundo referencial teórico

adquirido, é uma fase muito importante para o alcance dos objetivos do treinamento,

pois permite a visualização do crescimento alcançado e observação de possíveis

falhas e posterior melhora.

Assim, sugere-se a aplicação do questionário de revisão de conhecimentos

e avaliação com o intuito de promover a avaliação do programa de treinamento

seguindo os critérios reação e aprendizado, demonstrados no referencial teórico.

O critério reação poderá ser avaliado a partir das respostas obtidas nas

perguntas pessoais referente ao programa de integração e treinamento, observando

assim, a reação do participante ao treinamento.

O critério aprendizado deve ser avaliado observando o nível de

aproveitamento do programa através da nota obtida pelo estagiário nas questões

sobre o conteúdo repassado. Este critério também pode ser avaliado através da

percepção de auxiliares administrativos e gerência administrativo/financeira sobre a

evolução do novo estagiário em virtude da aplicação do programa e a comparação

com os estagiários não treinados utilizando-se de discussões.

Os critérios comportamento e resultados são mais difíceis de serem

avaliados nesta situação, pois em se tratando de um novo colaborador não há como

realizar comparações com seu desempenho anterior e verificação de mudança de

atitude e não será possível a visualização de resultados efetivos financeiros

produzidos com a aplicação do programa.

78

Entretanto, considerando que o estagiário, a partir da participação no

programa, passará a entender de maneira mais clara os objetivos da organização

em que está sendo inserido, visão, objetivos, compreensão do negócio, adquirindo

uma visão mais global das tarefas a serem executadas, pode-se dizer que será um

colaborador melhor preparado, o que ocasionará alcance de resultados mais

efetivos.

Outra sugestão a ser feita, é a utilização do programa de integração para

novos colaboradores efetivos já existente, pois observou-se que muitos

colaboradores efetivos também não passaram por nenhum programa de integração,

situação que causa os mesmos problemas observados com os estagiários.

Verificou-se também que a empresa estudada possui um sistema de

treinamentos no formato auto treinamento, para colaboradores efetivos, que pode

ser muito eficiente. Entretanto, observou-se que estes recursos não são muito

utilizados pelos colaboradores da empresa. Por isso, recomenda-se o estímulo a

utilização destes recursos, criando uma cultura de busca de informações.

Neste aspecto, observou-se que existe também uma grande disponibilidade

de manuais via internet, de fácil consulta e utilização. Sugere-se que a empresa

instigue todos os colaboradores (estagiário e efetivos) a leitura destes manuais, até

mesmo de processos já conhecidos, pois a releitura deste material poderá aumentar

a eficiência dos processos.

Por fim, recomenda-se o envolvimento maior de todos os colaboradores nos

processos de integração e treinamento, tanto de colaboradores efetivos, como

estagiários, promovendo a troca de conhecimento entre colaboradores mais

experientes e novos colaboradores, com conversas abertas, provocando assim,

maior aprendizado, maior desenvolvimento pessoal e conseqüentemente

desenvolvimento organizacional, sendo que este é o principal objetivo do

treinamento.

79

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A gestão de pessoas tem uma grande capacidade de influenciar as

organizações, pois todas as atividades relacionadas a esta área, como

recrutamento, seleção, contratação, processo de integração, avaliação de

desempenho, gerenciamento de remuneração, análise e desenho de cargos,

qualidade de vida, etc. interferem em seus resultados. Isto ocorre porque as pessoas

agregam toda uma carga de conhecimentos, competências e experiências

adquiridas, sendo um capital de valor imensurável.

Diante das atividades desempenhadas pela área de gestão de pessoas, se

ressalta o treinamento, pois é a ferramenta que desencadeia o desenvolvimento

organizacional. O desenvolvimento organizacional alcançado através do treinamento

é uma importante ferramenta estratégica da gestão de pessoas para a obtenção dos

resultados almejados.

Entre os vários tipos de treinamento, com diferentes objetivos específicos, é

possível destacar os programas de integração e treinamento para novos

colaboradores, que tem como objetivo ambientar o novo colaborador às regras,

normas, visão, valores, objetivos, etc. com o intuito de facilitar sua adaptação a

empresa. Isto também se aplica aos colaboradores estagiários, pois os programas

de estágio são a forma utilizada pelas empresas detectar, atrair e manter jovens

talentos que poderão ser o futuro da organização.

Diante disto, após as devidas observações e pesquisas junto a empresa

tema do presente projeto verificou-se a necessidade do desenvolvimento de um

programa de integração e treinamento para estagiários.

Dessa maneira, com relação aos objetivos descritos, levantou-se referencial

teórico, realizou-se pesquisa por intermédio de questionários, desenvolveu-se um

programa de integração e treinamento para estagiários e por fim apresentou-se aos

colaboradores sugerindo a sua efetiva aplicação no contexto de novas contratações

de estagiários, cumprindo-se assim todos os objetivos propostos.

Entretanto, entre todas as etapas do processo, a aplicação do questionário e

a posterior análise dos resultados encontrados se destacaram por proporcionar uma

visão mais ampla da problemática apresentada.

80

Um dos resultados que se destacam neste contexto é o resultado de 50%

dos entrevistados, ou 10 colaboradores efetivos considerarem o treinamento de

colaboradores recém contratados efetivos como regular e 5% ruim, demonstrando

que a empresa pode necessitar melhorias também neste aspecto, apesar de não ter

sido o foco desta pesquisa.

Outro resultado da pesquisa que se destacou, foi a percepção de que a

maioria dos colaboradores considera a orientação durante o trabalho (50%) e os

cursos, palestras e dinâmicas (30%) como as formas de treinamento mais

adequadas. Porém, a empresa estudada utiliza o treinamento virtual como principal

forma de treinamento. Isto demonstra que os colaboradores podem não preferir a

forma utilizada pela empresa, o que nos leva a reflexão para a possível revisão

deste conceito.

Por fim, verificou-se que a pesquisa realizada, a criação do programa e sua

posterior apresentação aos colaboradores da empresa proporcionaram destaque a

questão levantada e reflexão sobre os problemas e as soluções levando ao

aprendizado e ao desenvolvimento organizacional, pois todos os colaboradores se

mostraram mais comprometidos em auxiliar no processo de integração não somente

de estagiários, como também de colaboradores efetivos, demonstrando mudança de

atitude.

Para a acadêmica, toda a pesquisa realizada, referencial teórico,

levantamento e análise de dados proporcionaram imensurável aprendizado e maior

compreensão do contexto da gestão de pessoas, importante área para o profissional

de secretariado executivo. Isto porque, este profissional deve estar atento e

trabalhar em conjunto com esta área, na gestão de conflitos, melhoria da

comunicação entre a alta administração e os colaboradores, motivando a equipe a

alcançar os resultados.

81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, Octávio Paulo Manso, in BOOG, Gustavo G. (org). Manual de Treinamento e desenvolvimento ABTD. São Paulo: MAKRON Books, 1994.

BÍSCARO, Antonio Waldir, in BOOG, Gustavo G. (org). Manual de Treinamento e desenvolvimento ABTD. São Paulo: MAKRON Books, 1994.

BOOG, Gustavo G. (org). Manual de Treinamento e desenvolvimento ABTD. São Paulo: MAKRON Books, 1994.

BOHLANDER, Georg W; SNELL, Scott; SHERMAN, Arthur. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Cientifica. 4. Ed. São Paulo: MAKRON Books, 1996.

CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano nas organizações. 8. Ed. São Paulo: atlas, 2008.

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LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005.

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MACIAN, Lêda Massari. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos. São Paulo: EPV, 1987.

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RITNER, Carmen Lúcia Arruda, in BOOG, Gustavo G. (org). Manual de Treinamento e desenvolvimento ABTD. São Paulo: MAKRON Books, 1994.

82

WERTHER, William B; DAVIS, Keith. Administração de pessoal e recursos humanos. São Paulo: MacGraw-Hill do Brasil, 1983.

83

APÊNDICE A – Questionário aplicado aos estagiários

O presente questionário faz parte de uma pesquisa que está sendo realizada como projeto de conclusão do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. O questionário tem como objetivo investigar alguns aspectos com relação a programas de integração e treinamento na empresa. 1.A quanto tempo trabalha na empresa? De 1 a 3 meses. De 4 a 6 meses Mais de 1 ano. De 3 a 4 meses. De 6 meses a 1 ano

2.Para cada item abaixo, estipule um conceito conforme a sua opinião na empresa que trabalha: Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Inexistente

/Não sei. Programa de integração de novos estagiários

Treinamento de estagiários Reuniões/Palestras informativas Seu desempenho como estagiário

3. Dentre os assuntos abaixo, escolha dois, sobre o qual você gostaria de ter treinamento. Cooperativismo Procedimentos e normas. Atendimento aos associados (telefônico e

pessoal) Cadastro

Produtos (Seguros, Previdência, Consórcio, etc)

Sobre o Sistema de Cooperativas

4.Dentre as formas de treinamento abaixo, escolha dois, que você considera mais interessantes para a integração e treinamento de um novo colega. Orientação durante o trabalho Treinamento virtual (auto-

treinamento) Cursos, palestras e atividades, dinâmicas Leitura de manuais (auto-

treinamento)

5.Você já teve a oportunidade ou a responsabilidade de integrar ou treinar um novo colega estagiário? Marque a opção que corresponde com a sua experiência e opinião. Nunca tive a oportunidade, mas gostaria de ter, pois seria uma oportunidade

de aprendizado e revisão dos meus conhecimentos. Nunca tive a oportunidade e prefiro não me envolver, pois se trata de uma

grande responsabilidade pela qual não me sinto preparado.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante e a empresa deu todo o suporte para isto.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante, mas não houve suporte suficiente para isto.

Já tive a oportunidade, mas não foi interessante, pois não houve suporte suficiente e me senti despreparado e sem tempo suficiente para dedicar ao colega.

6.Responda as perguntas abaixo marcando a opção que mais se enquadra com a

realidade vivida por você em relação ao processo de integração quando recém contratado como estagiário pela empresa.

a)O colega que MAIS te orientou no início das atividades era estagiário ou efetivo?

b)Quais assuntos foram abordados no primeiro momento? Descrição de Tarefas Hierarquia. Normas e Regras da

empresa. Histórico da empresa Valores, Visão,

Objetivos.

c)Como era a disponibilidade de tempo do orientador?

d)Como você avalia a didática do orientador?

e)Como você avalia o nível de estresse no período?

7.Com relação ao seu preparo frente às atividades designadas para você dentro da empresa, assinale: Me sinto muito preparado pois a empresa meu deu suporte suficiente para isto.

Me sinto muito preparado, fui obrigado a buscar as informações necessárias.

Me sinto um pouco preparado e gostaria de ter tido maior apoio.

Me sinto pouco preparado pois a empresa não me forneceu informações e oportunidades de aprendizado suficientes.

Me sinto muito pouco preparado pois não houve preparo suficiente.

Estagiário Efetivo

Ótima Boa Ruim

Ótima Boa Ruim

Alta Média Baixa

84

APÊNDICE B – Questionário aplicado a colaboradores efetivos

O presente questionário faz parte de uma pesquisa que está sendo realizada como projeto de conclusão do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. O questionário tem como objetivo investigar alguns aspectos com relação a programas de integração e treinamento na empresa. 1.A quanto tempo trabalha na empresa? Menos de um ano. Entre 2 e 3 anos. Entre 4 e 5 anos.

Entre 1 e 2 anos. Entre 3 e 4 anos. Mais de 5 anos.

2.Qual a função que você exerce no momento? Auxiliar Administrativo Assistente de

Negócios Gerente Administrativo/

Financeiro

Caixa Gerente de UA.

3.Você já foi estagiário nesta empresa? ( ) SIM ( ) NÃO - Se a resposta for “não” passe para a pergunta 6. 4.Com relação ao seu preparo frente as atividades designadas para você dentro da empresa quando foi estagiário, assinale a alternativa que corresponde melhor a seu sentimento: Me sentia muito preparado pois a empresa meu deu suporte suficiente para isto. Me sentia muito preparado, fui obrigado a buscar as informações necessárias. Me sentia um pouco preparado e gostaria de ter tido maior apoio. Me sentia pouco preparado pois a empresa não me forneceu informações e

oportunidades de aprendizado suficientes. Me sentia muito pouco preparado pois não houve preparo suficiente.

5.Responda as perguntas abaixo marcando a opção que mais se enquadra com a realidade vivida por você em relação ao processo de integração quando recém contratado como estagiário pela empresa. a)O colega que MAIS te orientou no início das atividades era estagiário ou efetivo?

b)Quais assuntos foram abordados no primeiro momento? Descrição de Tarefas Hierarquia. Normas e Regras da

empresa. Histórico da empresa Valores, Visão,

Objetivos.

c)Como era a disponibilidade de tempo do orientador?

Estagiário Efetivo

Ótima Boa Ruim

d)Como você avalia a didática do orientador?

e)Como você avalia o nível de estresse no período?

6.Para cada item abaixo, estipule um conceito conforme a sua opinião na empresa que trabalha: Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Inexistente

/Não sei. Programa de integração de novos colaboradores efetivos

Treinamento de recém contratados

Treinamento para estagiários recém contratados

Reuniões/Palestras informativas Desempenho dos estagiários

7.Em sua opinião, o estagiário está preparado para o desempenho das tarefas a ele designadas? Marque a opção que melhor corresponde a sua opinião: Sim, pois recebeu treinamento suficiente

para isto. Sim, pois foi bem treinado pelos

colegas. Sim, pois ele busca sempre as

informações necessárias. Sim, pois ele foi bem

selecionado. Poderia estar melhor preparado se

houvesse treinamento. Não, pois não houve

treinamento. Não, pois não há interesse por parte do

estagiário.

8.Dentre os assuntos abaixo, escolha dois, que você considera de suma importância para um programa de integração e treinamento. Cooperativismo Procedimentos e normas. Atendimento aos associados (telefônico e

pessoal) Cadastro

Produtos (Seguros, Previdência, Consórcio, etc)

Sobre o Sistema de Cooperativas

9.Dentre as formas de treinamento abaixo, escolha dois, que você considera mais interessantes para a integração e treinamento de um novo colega. Orientação durante o trabalho Treinamento virtual (auto-

treinamento) Cursos, palestras e atividades, dinâmicas Leitura de manuais (auto-

treinamento)

Ótima Boa Ruim

Alto Médio Baixo

10.Você já teve a oportunidade ou a responsabilidade de ajudar a integrar ou treinar um novo colega (estagiário ou não)? Marque a opção que corresponde com a sua experiência e opinião. Nunca tive a oportunidade, mas gostaria de ter, pois seria uma oportunidade de

aprendizado e revisão dos meus conhecimentos.

Nunca tive a oportunidade e prefiro não me envolver, pois se trata de uma grande responsabilidade pela qual não me sinto preparado.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante e a empresa deu todo o suporte para isto.

Já tive a oportunidade e foi uma experiência interessante, mas não houve suporte suficiente para isto.

Já tive a oportunidade, mas não foi interessante, pois não houve suporte suficiente e me senti despreparado e sem tempo suficiente para dedicar ao colega.

85

APÊNDICE C – Manual de integração para estagiários

Manual de Integração de Estagiários

Logotipo da empresa

1

Sumário

Boas Vindas_____________________________________________2

O Estágio_______________________________________________3

Cooperativismo_________________________________________ 4

Origens do cooperativismo________________________________4

Histórico da nossa cooperativa____________________________ 6

Relações Econômicas_____________________________________6

O que é o sistema de cooperativas_________________________7

Missão, visão, valores____________________________________8

Estrutura do sistema_____________________________________9

Diferenciais competitivos________________________________13

Sumário_______________________________________________14

2

Seja bem vindo a unidade de atendimento de Marechal Cândido Rondon, pertencente a

Cooperativa de Crédito de Livre Admissão, filiada ao Sistema de Cooperativas.

Gostaríamos de expressar nossa satisfação em tê-lo fazendo parte de nossa equipe de

trabalho. Desde já, saiba que aqui seu trabalho importa muito para muitas pessoas. Gente que

aposta na mutualidade, na cooperação, na solidariedade, enfim, no êxito da ação coletiva.

Ao ingressar neste Sistema de cooperativas você passa a fazer parte de um grupo de empresas

de diferentes características jurídicas e fiscais, cada uma com Diretoria, associados e

colaboradores próprios, porém todas ligadas a um único objetivo: promover o

desenvolvimento das comunidades através do Cooperativismo de Crédito.

Desta forma, este material tem a intenção de brevemente lhe apresentar o Sistema, trazendo

algumas informações sobre o Cooperativismo e o Cooperativismo de Crédito. Este documento

pretende também lhe informar sobre questões importantes da sua relação com a empresa:

tanto como Colaborador estagiário, quanto como Associado.

Como colaborador estagiário esperamos que você pratique e multiplique os ideais

cooperativistas e contribua com o crescimento através das competências esperadas bem

como que seu período de estágio nesta empresa seja de intenso aprendizado.

Como associado desejamos que você encontre, junto a sua Cooperativa, orientações e

soluções financeiras que lhe oportunizem maior economia e rendimento, a partir de uma

participação ativa e uma sólida relação de confiança e credibilidade.

Lembre-se sempre que, como somos uma cooperativa, somos "donos" e, ao mesmo tempo,

colaboradores da empresa, o que nos traz uma responsabilidade e envolvimento ainda maior.

Aqui atuamos com a missão de buscar resultados através da prestação de bons serviços não só

aos nossos associados, mas também aos nossos colegas.

Saudações cooperativistas,

Mensagem de Boas Vindas

3

O que é estágio

O estágio representa uma oportunidade para que o Estagiário vivencie na prática a teoria

adquirida na sala de aula. Também serve como um instrumento de integração do Estagiário

com o ambiente organizacional, sendo constituído por um conjunto de atividades

desenvolvidas na Empresa por Estagiários devidamente matriculados e freqüentando cursos de

nível Superior. O estágio deve ser visto como um complemento do aprendizado e não como

um emprego, tendo por objetivo proporcionar ao Estagiário experiências práticas,

aprendizado profissional, social e cultural, além de oportunizar a reflexão sobre a sua escolha

profissional.

• CONTRATO DE ESTÁGIO

Seu contrato de estágio é de 6 meses, podendo ser renovado 4 vezes, totalizando um período

de dois anos. após o término deste período, o seu gestor poderá avaliar a possibilidade de

contratação efetiva.

• BOLSA AUXÍLIO

O pagamento da bolsa auxílio é realizado no dia 25 de cada mês de maneira integral, sendo

creditado na sua conta corrente da cooperativa.

• HORÁRIO DE TRABALHO

O horário de trabalho para os estagiários estabelecido para a unidade de atendimento de

Marechal Cândido Rondon da cooperativa de crédito é da 9:30 às 17:30, sendo o horário de

almoço de 2 horas a ser combinado com seu gestor e demais colegas .

• USO DO CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO

O uso do crachá é muito importante para sua identificação como colaborador entre os

associados e o público interno, assim você deverá portar seu crachá de identificação sempre

que estiver nas dependências da empresa. Não será necessário utilizá-lo como controle de

ponto como é o caso dos demais colaboradores. Em caso de perda, informe imediatamente a

área encarregada pela substituição. o uso do crachá fora das dependências da empresa não é

recomendado.

O ESTÁGIO

4

COOPERATIVISMO é uma forma de

associação de pessoas que se reúnem para

atender as necessidades comuns através de

uma atividade econômica. Compartilhar

coisas aprendendo a conhecer-se, a viver o

problema do seu semelhante como próprio

é COOPERAÇÃO. Em outras palavras, o

Cooperativismo é um instrumento de

organização econômica da sociedade,

caracterizando-se como uma forma de

ajuda mútua através da cooperação e da

parceria.

COOPERAR é “compartilhar coisas. Ao

compartilhar, os homens aprendem a

conhecer-se, a viver com o próprio o

problema de seus semelhantes” (Bianco,

1987, p.25). Cooperar, pois, pressupõe a

associação das pessoas, numa adesão

voluntária a um projeto, a um objetivo que

interesse a todos

1844, Rochdale - Ingleterra

As

cooperativas

surgem

como uma

reação do

mundo operário e camponês à grave

situação de exploração, durante a

primeira fase da Revolução Industrial,

quando o liberalismo de então era

contrário a qualquer forma de

associação profissional que visasse a

defesa dos interesses de classe (Lei

Chappelier na França, em 1792).

A Inglaterra, que foi o berço da

Revolução Industrial, iniciando pela

indústria têxtil,

foi também o berço do cooperativismo

através de tecelões que, junto a outros

profissionais, iniciaram a história do

cooperativismo quando, em 1844,

reuniram-se em Rochdale, em número

de 28, e organizaram uma cooperativa

de consumo bem sucedida. Esses

pioneiros selecionaram princípios para

atingir seus objetivos que, ainda em

nossos dias, norteiam o funcionamento

de qualquer cooperativa.

Cooperativismo

Origem do Cooperativismo

5

1º - Adesão voluntária e livre

As cooperativas são organizações para

participação de todos,

independentemente de sexo, raça, classe

social, opção política ou religiosa.

2º - Gestão democrática

Os associados, reunidos em assembléia,

discutem e votam os objetivos e metas do

trabalho conjunto, bem como elegem os

representantes que irão administrar a

sociedade. Cada associado representa um

voto, não importando se alguns detenham

mais cotas do que outros.

3º - Participação econômica

Todos contribuem igualmente para a

formação do capital da cooperativa, o

qual é controlado democraticamente. Se a

cooperativa é bem administrada e obtém

uma receita maior que as despesas, esses

rendimentos serão divididos entre os

sócios até o limite do valor da

contribuição de cada um.

4º - Autonomia e independência

O funcionamento da empresa é controlado

pelos seus sócios, que são donos do

negócio. Qualquer acordo firmado com

outras organizações e empresas deve garantir e

manter essa condição.

5º - Educação, formação e informação

É objetivo permanente da cooperativa destinar

ações e recursos para formar seus associados,

capacitando-os para a prática cooperativista e

para o uso de equipamentos e técnicas no

processo produtivo e comercial. Ao mesmo

tempo, buscam informar o público sobre as

vantagens da cooperação organizada,

estimulando o ensino do cooperativismo.

6º - Intercooperação

Para o fortalecimento do cooperativismo é

importante que haja intercâmbio de

informações, produtos e serviços, viabilizando

o setor como atividade sócio-econômica. Por

outro lado, organizados em entidades

representativas, formadas para contribuir no

seu desenvolvimento, determinam avanços e

conquistas para o movimento cooperativista

nos níveis local e internacional.

7º - Interesse pela comunidade

As cooperativas trabalham para o bem-estar de

suas comunidades, através da execução de

programas sócio-culturais, realizados em

parceria com o governo e outras entidades

civis.

Princípios do cooperativismo

6

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA FORMADA POR UMA

SOCIEDADE DE PESSOAS, COM FORMA E NATUREZA

JURÍDICA PRÓPRIA, DE NATUREZA CIVIL, SEM FINS LUCRATIVOS

E NÃO SUJEITA À FALÊNCIA.

Nasceu em 06 de junho de 1985 como cooperativa de crédito rural ltda. Foi nesta data que

ocorreu a primeira assembléia da cooperativa. Teve início de suas atividades em 03 de março

de 1986, operava juntamente à uma unidade de atendimento da cooperativa agroindustrial

Copagril, sua parceira na época. Sua primeira alteração de nome fantasia ocorreu em 1996.

Em 1997 afilia-se ao sistema de cooperativas de crédito de abrangência nacional.

Em abril de 2007, foi inaugurada a atual unidade de atendimento da cooperativa na cidade de

Marechal Cândido Rondon.

O SISTEMA DE COOPERATIVAS oferece os seguintes Produtos e Serviços a seus associados:

• Cartão de Crédito • Conta Corrente Assessoria

Financeira • Talão de Cheques • Transferência Financeira • Arrecadações (luz, água,

telefonia...) • INSS - pagamento de benefícios e

arrecadações • Investimentos

• Financiamentos • Seguros Ramo vida e Elementares • Cobrança • Câmbio • Previdência • Consórcio • Débito em conta • Consultas Internet e Celular • Agente Credenciado

Cooperativas

Histórico da nossa cooperativa

Relações econômicas

7

O Sistema de cooperativas compreende o conjunto de cooperativas de crédito singulares, como a nossa, e suas respectivas centrais, além de acionistas da Participações S.A., bem como empresas e entidades por estas controladas, que atuam no mercado sob a marca SIS e adotam padrão operacional único.

130 Cooperativas de Crédito singulares

(Totalizando mais de 1.000 Pontos de Atendimento);

5 Centrais Estaduais;

1 Participações S.A.

1 Confederação;

1 Banco Cooperativo;

1 Corretora de Seguros e Previdência;

1 Administradora de Cartões;

1 Administradora de Consórcios;

1 Administradora de Bens;

1 Empresa de Informática;

1 Fundação.

O que é o sistema de cooperativas?

8

“Como sistema cooperativo, valorizar o relacionamento, oferecer soluções financeiras para

agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e da

sociedade.”

“Ser reconhecido pela sociedade como instituição financeira cooperativa, com excelência

operacional e de gestão, voltada para o desenvolvimento econômico e social.”

• Preservação irrestrita da natureza cooperativa do negócio.

• Respeito à individualidade do associado.

• Valorização e desenvolvimento das pessoas.

• Preservação da instituição como sistema.

• Respeito às normas oficiais e internas.

• Eficácia e transparência na gestão.

Valores

Visão

Missão

9

Cabe à UA atender aos associados, realizar negócios, prestar informações e relacionar-se com

a sociedade /entidades de classe, a fim de ampliar a base de associados, e, através de

soluções financeiras, agregar renda e contribuir para melhoria da qualidade de vida dos

associados.

As cooperativas de crédito atuam no atendimento aos associados, pessoas físicas e jurídicas,

que acessam os produtos e serviços financeiros do SISTEMA DE COOPERATIVAS. Cada uma das

cooperativas de crédito opera numa determinada região ou categoria profissional, e o retorno

dos investimentos é aplicado na respectiva área de atuação, fortalecendo a economia local. Às

cooperativas compete ainda o relacionamento com os associados e com a comunidade no que

se refere à organização do quadro social. São também responsabilidades das cooperativas a

3º Grau Banco Cooperativo e empresas controladas, Confederação e

Fundação

As empresas de terceiro grau têm comando único – única diretoria executiva – e estão

estruturadas para apoiar o desenvolvimento das cooperativas, garantindo produtos e serviços com especialidade, qualidade e

ganhos de escala.

2º Grau Central

As Centrais difundem o cooperativismo de crédito e coordenam a atuação das

cooperativas filiadas, apoiando-as nas atividades de desenvolvimento e de expansão.

1º Grau Cooperativa Atuam no atendimento aos associados, pessoas físicas e jurídicas, que acessam os produtos e

serviços financeiros.

Estrutura do sistema de cooperativas

Unidade de atendimento

Cooperativas de Crédito

10

implantação e a coordenação dos programas de educação cooperativa, apoiadas pela

Fundação do SISTEMA DE COOPERATIVAS.

Neste contexto, nos inserimos sendo a unidade de atendimento de Marechal Cândido Rondon

da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão. A nossa cooperativa ainda conta com as

unidades das cidades de Guaíra, Mercedes, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Quatro Pontes

e São José das Palmeiras, seguindo o modelo já apresentado.

O papel destas instâncias consiste em assessorar as UAs no desenvolvimento das carteiras de

produtos e serviços e supervisão /controle das suas operações, bem como nos serviços

administrativos e nas demais atividades.

A SUREG que assessora a nossa cooperativa e a nossa UA localiza-se na cidade de Toledo.

As Centrais difundem o cooperativismo de crédito e coordenam a atuação das cooperativas

filiadas, apoiando-as nas atividades de desenvolvimento e de expansão.

• Prestadora de serviços corporativos;

• Responsável por planejamento, coordenação e implementação de projetos que

envolvam TI, dentro dos padrões de qualidade definidos e de acordo com as

especificações e expectativas;

Nossa cooperativa e nossa unidade de atendimento

SUREG – Superintendência Regional ou URDC – Unidade regional de Desenvolvimento e Controle

Centrais

Confederação

11

• Responsável pelos aspectos logísticos relativos à aquisição de equipamentos,

suprimentos e outros materiais e fornecer produtos e serviços no segmento de

informática, obtendo ganhos de escala da compra desses produtos.

Comercializar produtos e serviços no segmento de informática, sempre buscando transmitir a

seus clientes a melhor relação custo – benefício e o melhor atendimento consiste no papel da

Redesys para o Sistema.

• Responsável pelos meios para o atendimento das definições estratégicas estabelecidas

para o SISTEMA DE COOPERATIVAS, garantindo sincronia entre implantação,

desenvolvimento e gestão dos produtos e serviços numa mesma estrutura decisória e

operacional, e alinhamento às definições estratégicas;

• Participação e gestão de empresas necessárias para a operacionalização dos

processos e produtos do SISTEMA DE COOPERATIVAS (Administradora de

Consórcios, Corretora de Seguros, Administradora de Bens);

• Atua como instrumento das cooperativas de crédito para acessar o mercado

financeiro e programas especiais de financiamento, administrar em escala os

recursos do Sistema e desenvolver produtos corporativos.

Seu papel é oferecer, através das Cooperativas de Crédito, soluções em produtos de seguros

aos associados.

Redesys

Banco cooperativo

Corretora de seguros

12

Tem a responsabilidade de oferecer, através das Cooperativas de Crédito, soluções em meios

eletrônicos de pagamento aos associados.

É responsável por oferecer, por meio das cooperativas de crédito, soluções em consórcios aos

associados.

Cabe à Fundação estruturar e coordenar os programas educacionais e culturais voltados para o

desenvolvimento sustentado do Cooperativismo de Crédito; organizar o Acervo Histórico e

Cultural do SISTEMA DE COOPERATIVAS; organizar e promover eventos culturais para o

desenvolvimento dos associados, familiares e colaboradores das Cooperativas de Crédito e

demais organizações que integram o SISTEMA DE COOPERATIVAS; captar recursos para

investimentos fixos ou manutenção dos projetos, programas e demais atividades da Fundação.

A Participações S.A. foi constituída para propiciar a participação direta e formal das

cooperativas de crédito na gestão corporativa e, ao mesmo tempo, para dar aos associados, à

sociedade, aos órgãos de regulação, aos grandes fundos de investimento e às demais

instituições financeiras que operam em nível nacional e internacional maior transparência na

estrutura de governança do SISTEMA DE COOPERATIVAS.

Administradora de cartões

Administradora de consórcios

Fundação

Participações S.A.

13

Relacionamento

No Sistema de cooperativas, o associado é

o dono do negócio. Por isso, as

Cooperativas buscam o envolvimento dos

associados e participam ativamente da

comunidade e das categorias profissionais

em que estão inseridas.

Instituição financeira da comunidade

As Cooperativas de Crédito mantêm os

recursos financeiros captados na sua área

de atuação, em benefício dos associados e

da comunidade.

Ato cooperativo

Decorrente das relações entre o associado

e a Cooperativa de Crédito, gera alto grau

de competitividade. Por ser o associado

dono e usuário do negócio, o ato

cooperativo se diferencia das relações

entre fornecedor e consumidor, com

benefícios reconhecidos em lei.

Modelo agregador de renda

Por serem sociedades cooperativas,

organizadas em sistema e pela forma como

atuam no mercado, as Cooperativas de

Crédito integrantes do Sistema agregam

renda para os seus associados e,

indiretamente, para a comunidade.

Autonomia das Cooperativas

As Cooperativas de Crédito integrantes do

sistema possuem um considerável grau de

autonomia nas suas decisões de âmbito

local e regional.

Organização sistêmica

As Cooperativas de Crédito integrantes do

Sistema de cooperativas possuem uma

marca corporativa forte, formam uma rede

de atendimento em diferentes pontos do

país, e contam com empresas

especializadas e ganhos de escala em todos

os níveis, que determinam o crescimento

sustentado e a sua continuidade.

Responsabilidade solidária

Como integrantes do SIS, as Cooperativas

de Crédito diminuem seus riscos e se

fortalecem, contando com instrumentos de

auditoria e supervisão que oferecem segura

nça e confiabilidade aos associados e

Diferenciais competitivos

14

Referências bibliográficas

Manual programa Luz, Câmera, Ação, programa de integração de colaboradores.

Regulamento do programa de estágio do sistema de cooperativas.

Manual Programa de Formação Cooperativa Crescer – Cooperativismo de crédito:

contribuindo para o crescimento coletivo. Fundação Sistema de Cooperativas.

86

APÊNDICE D – Manual integração orientador

Manual de Integração para o

orientador

Logotipo da empresa

1

Sumário

Entendendo o processo de integração_________________________2

O Estágio________________________________________________2

Antes de começar_________________________________________2

Dia 1/Módulo 1 __________________________________________ 3

Dia 1/Módulo 2___________________________________________4

Dia 2/Módulo 3___________________________________________5

Dia 2/Módulo 4___________________________________________6

Referências bibliográficas___________________________________7

2

A integração é um tipo de treinamento utilizado para ambientar o novo

colaborador com a empresa, suas normas, visões, objetivos, estrutura, etc.

O objetivo do programa de integração é diminuir o estresse do novo colaborador

durante o período inicial, mantê-lo focado nos objetivos da organização e ambientado com

suas regras, para assim, facilitar o posterior treinamento para as atividades as serem

desempenhadas.

O estágio é utilizado pela empresa para preparar seu quadro funcional para os

próximos anos. A utilização de mecanismos de retenção de talentos como estes tipos de

programas e o investimento neles pode evitar o “envelhecimento” do quadro funcional.

Este envelhecimento é extremamente negativo, pois é capaz de causar a estagnação da

empresa frente às rápidas mudanças que ocorrem no cenário organizacional,

transformando-a em uma sociedade fechada, um ambiente resistente a mudanças e cheio

de vícios.

Por isso, o programa de estágio é um ótimo meio para a empresa se renovar,

enquanto fornece a oportunidade de aprendizado aos estudantes. Dessa maneira, é

importante que os estagiários estejam ambientados com a empresa, e o presente programa

de integração é o meio utilizado para isto.

Estude com atenção o presente manual, e, em caso de dúvidas ou necessidade de

maior aprofundamento, procure os manuais e treinamentos virtuais específicos.

O primeiro dia de trabalho é sempre um dia de muito nervosismo para qualquer

um, principalmente em se tratando de estagiários, isto porque tem normalmente como

característica a pouca experiência de trabalho.

Entendendo o processo de integração

O estágio

Antes de começar...

3

Assim, no primeiro dia, chegue antes e aguarde a chegado do novo colega. Quando

este chegar, apresente-se e diga que vai acompanhá-lo. Apresente os outros colegas de

maneira descontraída.

Como já é de conhecimento, a unidade tem como costume realizar uma reunião

matinal antes do inicio das atividades. Aproveite a oportunidade de todos os colaboradores

reunidos e apresente o novo colaborador e peça que este faça uma breve apresentação.

Depois disto, mostre as instalações físicas, começando pela área de caixa e

retaguarda, sala de reunião, área de atendimento pessoa física, área de atendimento

pessoa jurídica e finalmente a área administrativa, aproveitando para citar as funções dos

colegas presentes e a diferença entre a área de negócios e administrativa.

Após a chegada na área administrativa, mostre onde será seu local de trabalho e

fale um pouco do programa de integração para então começar. Inicie a apresentação de

Power point e peça para o estagiário acompanhar a apresentação com o manual.

Providencie caderno, caneta e o manual para o estagiário.

O módulo 1 trata do assunto estágio. O objetivo é conscientizar o estagiário da

visão da empresa sobre o estágio e fornecer informações funcionais sobre seu trabalho na

empresa (bolsa-auxílio, horários, etc).

O estágio representa uma oportunidade para que o Estagiário vivencie na prática a teoria

adquirida na sala de aula. Também serve como um instrumento de integração do Estagiário

com o ambiente organizacional, sendo constituído por um conjunto de atividades

desenvolvidas na Empresa por Estagiários devidamente matriculados e freqüentando cursos

de nível Superior.

No Sistema, o estágio deve ser visto como um complemento do aprendizado e não como

um emprego, tendo por objetivo proporcionar ao Estagiário experiências práticas,

aprendizado profissional, social e cultural, além de oportunizar a reflexão sobre a sua

escolha profissional.

O Estagiário deve realizar atividades que:

• Proporcionem aprendizado;

• Estejam relacionadas à grade curricular do curso que realiza;

Dia 1 - Módulo 1: O programa de estágio

4

• Estejam de acordo com a natureza do negócio de cada uma das Empresas.

Nas Unidades de Atendimento os Estagiários poderão apoiar as atividades previstas para a

equipe administrativa (Auxiliares Administrativos) ou realizar atividades de orientação e

apoio ao uso dos caixas eletrônicos.

O módulo 2 trata dos assuntos cooperativismo, sistema de cooperativa,

cooperativas e unidades de atendimento. Este módulo tem como objetivo apresentar ao

estagiário os conceitos de cooperativismo, cooperativas, sistema de cooperativas e unidade

de atendimento, apresentar breves históricos sobre o cooperativismo bem como orientar o

estagiário para que ele saiba distinguir as cooperativas de crédito e os banco comercias,

para assim ambientá-lo com o negócio da empresa.

Neste módulo, enfoque as diferenças entre as cooperativas e os bancos comerciais

explicando que o banco comercial intermedia as necessidades financeiras entre aplicadores

e tomadores de recursos. Os riscos são assumidos pelo banqueiro, e o lucro resultante das

operações retorna para o mesmo. No caso do Sistema, a Cooperativa intermedia a

necessidade financeira dos seus associados. Os riscos são assumidos por todos e

conseqüentemente as sobras retornam para todo o quadro social, proporcionalmente à

movimentação de cada associado com a cooperativa.

Estes conceitos o estagiários deve ter bem claro, por isso, verifique se houve

dúvidas com relação a isto. Caso o estagiários não parecer satisfeito com as explicações

forneça os manuais dos programas sociais que explicam este processo de maneira

detalhada.

Outra parte importante deste módulo é o detalhamento da estrutura unidade de

atendimento, cooperativa e sistema de cooperativa. Certifique-se que o estagiário

entendeu esta estrutura e sabe se situar dentro do sistema.

A parte de histórico deve ser passada mais rapidamente, lembrando que no

manual do estagiário estes históricos estão mais detalhados.

Estes dois módulos deverão ser passados no primeiro dia, e de preferência nas

primeiras horas do dia. A partir do término dessas atividades, o estagiários poderá começar

Dia 1 - Módulo 2: O sistema de cooperativas,

5

a receber as informações com relação as atividades a serem desempenhadas. Para isto,

poderá ser utilizados os manuais para treinamento de estagiários.

Antes de iniciar o módulo 3, no segundo dia, peça ao estagiários que relembre

alguns conceitos que aprendeu no dia anterior, principalmente os conceitos mais

importantes como a diferença de cooperativa de crédito e bancos comerciais. Caso o

estagiário tenha dificuldade, retome estes conceitos e solicite ao estagiário que realize

leitura do material.

O módulo 3 tem como assuntos linguagem e estrutura. O primeiro tópico

trabalhado é a linguagem, trazendo alguns termos muito utilizados no dia-a-dia e que

devem ter seus significados bem claros para o estagiário.

Assim, explique e relembre os termos que aparecem no slide: Associado, unidade

de atendimento, colaborador, sobras, cooperativa e SUREG. Como o conceito desses itens

já foi repassado no decorrer dos módulos 1 e 2 peça para o estagiários dizer o significado

destas palavras e ajude-o a compreender este termos, explicando que serão muito

utilizados.

O segundo tópico do módulo 3 trata da estrutura do sistema de cooperativas. Este

assunto também já foi, de certa maneira, repassado durante os outros módulos, entretanto

o módulo 3 trás os organogramas de cada estrutura do sistema.

Demonstre estes organogramas e peça ao estagiário que tente situar os colegas

dentro do organograma da UA. O organograma da cooperativa também deve ser repassado

de forma mais detalhada, explicando e citando o nome dos ocupantes dos cargos de

diretoria. O organograma demonstrado na apresentação de Power point também trás os

números e localização das unidades pertencentes a nossa cooperativa. Então comente com

o estagiário que é importante que ele se habitue a esses números, mostrando também que

o código de nossa cooperativa é o número 0715, utilizado como número de agência no caso

de transações bancárias.

Os demais organogramas também devem ser repassados porém não há a

necessidade maior enfoque, porém é importante que o estagiário conheça as demais áreas

do sistema, demonstrando também o fluxo do processo decisório.

Dia 2 - Módulo 3: Linguagem e estrutura

6

O último slide do módulo 3 trás os diferencias competitivos do sistema de

cooperativas e conseqüentemente das cooperativas e suas respectivas unidades de

atendimento. É importante que o estagiário saiba estes diferenciais para que ele procure

cultivá-los com seu trabalho e também seja capaz de defender a empresa.

O módulo 4 trás o assunto postura e responsabilidades. O objetivo deste módulo é

apresentar ao estagiário a postura que ele deve ter como colaborador da empresa e

também a importância de zelar pela segurança da empresa e segurança pessoal, evitando

situações de perigo, lembrando que se trata de uma instituição financeira que pode ser

visada por assaltantes e demais meliantes.

Durante a apresentação deste módulo chame a atenção do estagiário sobre a

importância de zelar pela sua própria segurança bem como dos demais colaboradores e

bens da empresa. Mostre ao estagiário a localização de câmeras de monitoramento e

controles de pânico explicando suas respectivas funções. Explique o funcionamento da

central de monitoramento e sua importância para a segurança da unidade.

O módulo 4 também chama a atenção para a possibilidade de visitas de

colaboradores de outras unidades, outras cooperativas e demais instituições do sistema.

Explique que estas visitas ocorrem por diferentes motivos, entre eles em caso de

necessidade de treinamento através da forma imersão. Isto ocorre quando um novo

colaborador deverá assumir um cargo de gerência e há a necessidade de acompanhar o

funcionamento de uma UA. Outro motivo para visitas é a necessidade de assessoria para a

UA, onde colegas da SUREG e demais estruturas de apoio vem acompanhar os negócios

realizados.

O ultimo tópico do módulo 4 tem como objetivo mostrar as ferramentas Portal

Corporativo e Quiosque do Colaborador. Fale um pouco sobre estas ferramentas, suas

funcionalidades e vantagens. Após a explanação, junto ao estagiários acesse o portal e o

quiosque e demonstre ao estagiários como utilizar estas ferramentas.

Após a realização de todas estas etapas o estagiário estará pronto para aprender

as demais atividades inerentes a sua função, entendendo de maneira clara toda a estrutura

da empresa.

Dia 2 - Módulo 4: Postura e responsabilidades

7

Referências bibliográficas

Manual programa Luz, Câmera, Ação, programa de integração de colaboradores.

Regulamento do programa de estágio do sistema de cooperativas.

Manual Programa de Formação Cooperativa Crescer – Cooperativismo de crédito:

contribuindo para o crescimento coletivo. Fundação Sistema de Cooperativas.

87

APÊNDICE E – Slides programa de integração

88

APÊNDICE F – Manual treinamento estagiários

Manual de Treinamento de

estagiários

Logotipo da empresa

1

Sumário

Treinamento__________________________________________2

Administrativo/Negócios, sistemas_______________________ 3

Capital Social, quadro social e abertura de contas__________4

Atendimento__________________________________________4

Produtos e Serviços___________________________________ 6

Referências bibliográficas______________________________14

2

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a nossa empresa, passaremos para a parte de treinamento. O presente manual tem como objetivo te auxiliar para a execução de suas tarefas, trazendo o conhecimento teórico necessário. Com a ajuda de seu orientador, você irá aprender um pouco mais sobre as atividades exercidas e assim poderá cooperar conosco!

Dica: é importante que você se habitue ao uso e significado das palavras em vermelho no texto deste manual, em caso de dúvida, solicite explicação do seu orientador.

ADMINISTRATIVO/NEGÓCIOS

Como você pode perceber, a área administrativa da unidade fica separada da área de negócios, onde ocorre o atendimento aos associados. Isto porque a área administrativa tem como função assessorar a área de negócios, processando a abertura de contas, produzindo contratos, arquivando documentação, enfim, inúmeras atividades que você ainda vai conhecer.

Na área de negócios, ocorre o atendimento aos associados, seja no caixa ou atendimento dos assistentes/gestores de negócios. Cada assistente de negócios possui uma carteira de associados. Uma carteira é um grupo de associados com uma faixa de renda comum, sendo que os assistentes/gestores de negócios monitoram e analisam as possibilidades de novos negócios das contas de suas respectivas carteiras.

No piso térreo da unidade há a área de atendimento para pessoas físicas, e no piso acima a área de atendimento para pessoas jurídicas, onde se localiza o NEC (Núcleo Empresarial Cooperativo). Cada carteira possui um número de identificação conforme a tabela abaixo.

PESSOA FÍSICA

Colaborador Nº Carteira

Jorge 30

Marcos 31

Rafael 32

PESSOA JURÍDICA

Colaborador Nº Carteira

Gladiane 10

Marcelo 11

Rosmarina 2

Treinamento

Administrativo/Negócios, sistemas Módulo de UA e Aplication.

3

Na área administrativa encontramos os auxiliares administrativos e a gerência administrativa/financeira. Cada auxiliar administrativo assessora 1 a 3 assistentes de negócios, processando suas demandas de acordo com um fluxo já estabelecido.

Enquanto estagiário você irá auxiliar este processo, salientando que as áreas administrativa e negócios devem andar juntas para que haja o bom funcionamento de todo trabalho, e conseqüentemente o alcance de resultados.

SISTEMAS

Para o processamento de aberturas de contas e cadastro de associados, utilizamos o sistema módulo de UA. O módulo de UA é um sistema de cadastro integrado com todas as cooperativas do sistema de cooperativas. O sistema vincula todo o cadastro pelo CPF do associado.

O sistema Aplication trás as opções SIAT (Sistema de Atendimento), SIATREL (Relatórios para Sistema de Atendimento), SIAC (Sistema de Atendimento ao Crédito) e finalmente SIACREL (Relatórios Sistema de Atendimento ao Crédito).

O SIAT é o mais utilizando, onde é possível consultar movimentação de contas, extratos, realizar lançamentos em conta corrente, etc, além de trazer a opção de atendimento de caixa.

O SIAC é mais utilizando em caso de associados que utilizam os produtos do crédito como financiamentos e descontos de recebíveis. Através deste sistema também é possível realizar consultas diversas, cadastro de títulos, etc.

O SIATREL e SIACREL são apenas versões dos sistemas acima citados com as opções de relatórios diversos.

Você irá receber uma senha para a utilização dos sistemas citados. É importante lembrar que esta é sua “assinatura digital”. Nunca passe sua senha a outros e utilize os sistemas com consciência e segurança.

Uma das atividades exercidas pelo setor administrativo é o processamento da abertura de contas.

A conta é um contrato entre a Instituição Financeira e o Cliente, realizado pela livre decisão de ambos. As contas de depósitos têm a finalidade de propiciar aos titulares a movimentação dos seus recursos, através de depósitos, saques, transferências através de cheques, espécie ou meio de pagamentos eletrônicos.

Capital social, quadro social e abertura de contas.

4

No caso das cooperativas de crédito, o correntista é associado e a condição mínima para a abertura de uma conta é a associação ao Quadro Social da cooperativa.

A associação ao Quadro Social da cooperativa ocorre por meio da integralização de capital, ou seja, através de um depósito de valor mínimo de R$ 300,00 em uma conta capital. Este recurso vai passar a fazer parte do Capital social da cooperativa. Além deste valor inicial, o associado deverá fazer uma integralização mensal de R$ 5,00 a ser debitada na conta corrente.

Sendo assim, Capital social são os recursos investidos pelos associados na cooperativa, através de integralização e/ou subscrição de capital. O patrimônio de uma cooperativa de crédito é composto pelo capital social e pelas reservas da cooperativa.

O capital social é fundamental para ajudar a formar o patrimônio da cooperativa de crédito e possibilitar o desenvolvimento de suas atividades e a viabilização de melhores condições de atendimento ao associado. Além disso, o aumento do capital social eleva os índices de solidez das cooperativas de crédito.

Anualmente, após a apuração do resultado, o lucro da cooperativa é divido entre os associados, sendo que cada associado recebe sua parcela de acordo com seu capital investido e movimentação da conta corrente no período.

Caso o associado desejar encerrar a conta e sair do quadro social, este poderá sacar o valor disponível na conta capital, com direito aos rendimentos gerados e a participação nos lucros da cooperativa que também são creditados na conta capital. Entretanto, se desejar se associar novamente a cooperativa, o associado deverá integralizar o mesmo valor do capital retirado.

Após a associação do correntista é feita abertura da conta, que pode ser:

Tipos de contas:

• Conta corrente; • Conta investimento; • Conta poupança; • Conta salário.

Observação: As contas poupança e salário não necessitam de integralização de capital, pois não exigem entrada do titular no quadro social da cooperativa.

O processo de abertura das contas é um trabalho realizado em conjunto entre o assistente/gerente de negócios e o seu auxiliar administrativo. O assistente de negócios tem a função de prospectar o associado para a abertura da conta, ou atende-lo caso ele procure a cooperativa com interesse de abertura da conta. Também tem a função de colher junto ao associado a documentação necessária que é:

Pessoa Física

• Cópia do documento de identificação;

5

• Cópia do CPF; • Cópia do comprovante de residência; • Cópia do comprovante de renda ou IRPF do último exercício

Pessoa Jurídica

• Cópia do cartão do CNPJ; • Cópia do comprovante de endereço comercial; • Cópia do Contrato Social e suas alterações (se houver); • Cópia do Balanço; • Certidão Negativa de Débitos do INSS; • Certidão Negativa da Receita Federal; • Cópia autenticada das Procurações em vigor.

Além de negociar com o associado a possível utilização dos demais produtos e serviços

oferecidos pela cooperativa como Investimentos, Financiamentos, Seguros Ramo vida e

Elementares, Cobrança, Câmbio, Previdência, Consórcio, Cartão de Crédito, SICREDI Conta

Corrente Assessoria Financeira, Talão de Cheques, etc.

O auxiliar administrativo receberá a documentação e proposta de abertura de conta do

assistente de negócios. A partir de então, realizará consultas nas centrais Serasa, SPC e

Bacen e consultará as referências comerciais citadas pelo associado. Após feita as devidas

consultas, esta documentação será encaminhada ao comitê de crédito da unidade.

Comitê de crédito da unidade: 2 colaboradores nomeados que decidem pela aprovação ou

não da abertura de contas, liberações de crédito, liberações de planos de saúde e afins

utilizando as regras estabelecidas pelo manual de políticas de crédito. O comitê de crédito

da unidade é realizado todos os dias e após o seu término as proposta (aprovadas ou não)

são lançadas na Ata do comitê. A Ata tem por objetivo informar a todos quais propostas

analisadas foram deferidas (aprovadas) ou indeferidas (reprovadas).

Após aprovação em comitê, o auxiliar administrativo passará a realizar o processamento da

abertura da conta utilizando o sistema módulo de UA, em seguida fará a impressão do

cadastro do associado, termo de adesão a produtos e serviços, ficha proposta e cartão

autógrafo. Esta documentação deverá voltar ao assistente de negócios que providenciará

as assinaturas necessárias com o associado e encaminhará a documentação ao setor

administrativo.

O setor administrativo irá conferir novamente a documentação, realizar o lançamento da

integralização inicial de capital (R$ 300,00) e a programação da integralização mensal (R$

6

5,00) e solicitará a assinatura da gerência nos cartões autógrafo, para posteriormente ser

feito o cadastro destes cartões autógrafos no sistema.

Cartão autógrafo: Cartão que contém as assinaturas possíveis do associado que será

utilizado para a conferência de assinatura em cheques e outros documentos. A consulta ao

cartão autógrafo pode ser realizada através das teclas Alt+B utilizando o sistema SIAT.

O processo de abertura da conta termina quando esta documentação é organizada em

forma de dossiê utilizando pastas suspensas que são arquivadas junto a área de

atendimento para o caso de posterior consulta.

A ordem da documentação no dossiê deve ser:

Este dossiê além de conter toda essa documentação do associado, com o tempo e

movimentação da conta corrente poderá receber outros documentos gerados pela

movimentação do associado como autorizações para aplicação, apólices de seguros,

documentos de bens adquiridos, etc.

Enquanto estagiário, será solicitada a sua ajuda em qualquer parte deste processo, por isso

é importante o entendimento deste fluxo. Você poderá acompanhar de maneira prática

cada passo para melhor entendimento.

Importante: Toda a documentação envolvida neste processo é importante e somente para

uso interno, sendo que as informações contidas são confidenciais e não devem ser

transmitidas fora do âmbito da empresa. Também é importante que você zele pelas boas

condições e segurança desta documentação.

Como estagiário, sua principal função é realizar apoio nos serviços administrativos.

Entretanto você poderá ter contato com o associado através da central telefônica, que se

localiza no setor administrativo e durante o seu trânsito pela unidade, você poderá ser

abordado por associados que solicitam atendimento. Por isso, se atente a essas

importantes dicas de atendimento telefônico e pessoal.

Atendimento ao associado

7

Você se lembra que um dos diferenciais competitivos do sistema de cooperativas é o

Relacionamento? Para relembrar, no sistema de cooperativas, o associado é o dono do

negócio. Por isso, as Cooperativas buscam o envolvimento dos associados e participam

ativamente da comunidade e das categorias profissionais em que estão inseridas, criando o

relacionamento. Além do envolvimento com a comunidade o bom relacionamento com o

associado vem de um atendimento excelente que deve ser sempre buscado por todos os

colaboradores.

Um dos canais para o atendimento dos associados é o telefone. Mesmo com o advento da

internet e o avanço da comunicação por e-mail, o telefone continua sendo uma ferramenta

poderosa no atendimento de cliente, ou no nosso caso, atendimento aos associados. Por

isso todos os colaboradores devem saber atender ao telefone de maneira adequada e

profissional.

Para um bom atendimento ao TELEFONE lembre-se:

Atenda no máximo até terceiro toque!!! DEMORA NO ATENDIMENTO PASSA UMA IDÉIA DE DESINTERESSE E DE DESATENÇÃO PRA A PESSOA QUE ESTÁ LIGANDO.

Identifique-se, e não diga Alô!

DIGA SEMPRE O NOME DA SUA EMPRESA, O SEU NOME E A

SAUDAÇÃO COMO: BOM DIA! BOA TARDE! OU BOA NOITE!

Ao atender desta maneira já poupamos o tempo e o dinheiro de quem está ligando.

Cumprimente sempre de maneira entusiástica e motivadora, demonstrando simpatia e refletindo uma imagem positiva da empresa.

E se ligarmos para alguém, devemos iniciar pela identificação: nosso nome, o da empresa e o objetivo da ligação. Atualmente, com o alto índice de criminalidade e extorsões por telefone,

8

as pessoas têm receios em nos atender. Por isso, a importância de nos identificarmos.

Tenha lápis e papel sempre a mão! NÃO CONFIE NA MEMÓRIA. ANOTE O NOME DO INTERLOCUTOR E O PONTO BÁSICOS DA CONVERSA. Evite recados confusos, se necessitar anotar recados tenha em mãos caneta, caderno, agenda, um lugar onde podemos registrar todos os dados, nome de quem ligou, telefone e, se possível, o objetivo da ligação.

Seja simpático e Cortez!

PROCURE TRATAR TODAS AS PESSOAS COM SIMPATIA E CORTESIA.

Procure interessar-se sinceramente pelos desejos e anseios dos

associados, descubra suas reais necessidades e oriente-los de

maneira adequada. Evite deixar esperando quem ligou!

NINGUÉM GOSTA DE ESPERAR, DÊ OPÇÕES PARA QUEM LIGOU. Se não conseguir transferir a ligação para a pessoa procurada, ou não conseguir resolver a demanda do associado, evite deixá-lo na espera. Dê opções como: vou anotar o recado e assim que ele/ela puder lhe retornará, ou assim que tivermos uma resposta a esta demanda lhe retornaremos.

Fale com voz expressiva!

FALE COM VOZ NATURAL, BEM MOLDURADA, E "SORRIA" AO FALAR.

Existem pessoas que falam muito rápido e outras devagar. Nesse caso,

devemos nos adequar ao ritmo do cliente. Não adianta acelerar se a

pessoa do outro lado está necessitando de um ritmo mais

lento ou vice-versa

9

Seja Claro! EVITE TERMOS TÉCNICOS E AS FALHAS DE LINGUAGEM. Numa comunicação por telefone o único recurso que temos é a nossa voz. É através dela que passamos nossos sentimentos. Por isso, jamais use expressões que possam gerar espanto, dúvida, curiosidade,etc.

Saiba Ouvir!!! MANTENHA A ATENÇÃO NO QUE SEU

ITERLOCUTOR ESTÁ DIZENDO

Faça ou transfira você mesmo as ligações!

TRANSFIRA A LIGAÇÃO DIRETA PARA A PESSOA PROCURADA E EXPLIQUE A RAZÃO DA TRANSFERÊNCIA. Quando necessitar passar ligações ao setor de atendimento, certifique-se que o assistente de negócios está disponível para atender ao telefone pois é possível que este esteja atendendo associados pessoalmente e não possa atender no momento.

Procure, sempre que possível filtrar ligações.

TENTE DESCOBRIR O MOTIVO DA LIGAÇÃO Caso você seja capaz de atender a demanda, esforce-se para fazê-lo, evitando a sobrecarga de ligações ao setor de atendimento. Entretanto, tenha cuidado com informações confidenciais (saldo de contas e informações cadastrais). Em caso de duvida, encaminhe a ligação do associado ao seu gestor de conta.

10

Encerre cordialmente as ligações!

AGRADEÇA E CONFIRME O QUE FICOU COMBINADO.

ATENDIMENTO PESSOAL

Para um bom atendimento pessoal, lembre-se sempre de passar ao associado uma imagem

de credibilidade, desenvolvendo um nível de comunicação de qualidade, o que facilitará

toda a seqüência de atendimento. Ao entrar na unidade é importante que todas as

pessoas, sem exceção, sejam bem atendidas e sintam-se à vontade desde o momento em

que chegam até o momento que saem.

Ao atender alguém mantenha sempre uma postura ereta, nunca fique parado(a) de costas

e não fique sentado(a) ou debruçado(a) em mesas e balcões, ao falar, não fique com os

braços cruzados, olhe a pessoa sempre nos olhos, não aponte o dedo, evite gesticular

muito e tenha sempre um simpático sorriso no rosto.

Fale sempre de forma objetiva, evitando gírias, vícios de linguagem, erros de português e

em um tom de voz equilibrado, sem gritar, mas também sem falar muito baixo

Ao ser abordado por alguém na área de atendimento, verifique a necessidade da pessoa e

tente encaminhá-la ao responsável. Por exemplo, caso necessite de atendimento do caixa

(pagamentos, transferências, retirada de talões) mostre o local de retirada de senhas e

peça para aguardar a chamada pelo painel eletrônico.

Em caso de necessidade de atendimento de um assistente de negócios (seguros,

financiamento, dúvidas diversas sobre conta corrente) encaminhe-o corretamente, levando

em consideração as dicas acima.

Outra situação possível é a abordagem na sala de auto-atendimento, onde o associado

poderá solicitar a sua ajuda para a utilização dos caixas eletrônicos. Ao ajudar na

utilização do caixa eletrônico, procure “ensinar” e não apenas realizar as operações pelos

associados. Não se esqueça de ser cordial e simpático.

11

Vamos relembrar alguns produto e serviços oferecidos pelo sistema de cooperativas,

através de nossa unidade de atendimento?

• Cartão de Crédito

• Conta Corrente Assessoria

Financeira

• Talão de Cheques

• Transferência Financeira

• Arrecadações (luz, água,

telefonia...)

• Investimentos

• Financiamentos

• Seguros Ramo vida e Elementares

• Cobrança

• Câmbio

• Previdência

• Consórcio

Agora, vamos repassar os principais conceitos de cada produto.

Cartões

Os cartões de crédito, débito e pré-pagos são considerados "dinheiro virtual", pois são

utilizados em transações financeiras que movimentam dinheiro. O portador do cartão

tem o poder de escolha de como pagar suas contas, além de garantir ao lojista o

recebimento do valor referente às mercadorias vendidas ou serviços prestados.

Conta Corrente e assessoria: talão de cheques, transações financeiras e arrecadações

Os associados da cooperativa terão, através da unidade de atendimento, o direito a conta

corrente para a realização de suas movimentações financeiras e a assessoria dos

assistentes de negócios que são profissionais capacitados para auxiliar os associados na

escolha dos produtos e serviços que melhor correspondem a suas necessidades.

Investimentos

Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos) com a

expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado (rendimento),

compensando inclusive a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação (juros

ou lucros, em geral a longo prazo). Aplicações de prazos diversos, poupança, clube de

Produtos e serviços

12

investimentos, entre outros, são produtos oferecidos para o associado economizar e

investir seus recursos. O assistente de negócios irá auxiliar o associado na gestão de seus

investimentos.

Financiamentos

Também oferecemos diversas modalidades de financiamentos: crédito pessoal, automóvel,

eletroeletrônicos, informática, consignados, crédito rural, etc, onde há o empréstimo de

recursos para posterior devolução com a incidência de juros.

Seguro Ramo Vida e Elementares

Outro produto ofertado aos associados são os seguros. O seguro foi criado em função da

necessidade de proteção contra o perigo, da incerteza do futuro e de imprevisibilidade

dos acontecimentos. Seguros Ramo vida compete seguros de vida pessoal e para

funcionários de empresa (Vida Grupo), além de Seguro Ramo Elementares como seguros de

casas, automóveis e instalações comerciais.

Cobrança

O produto cobrança tem a finalidade de facilita o pagamento de dívidas geradas a partir de

uma transação comercial utilizando-se de bloquetos de cobrança, existindo as figuras do

sacado e cedentge. Este produto é oferecido principalmente a pessoas jurídicas que

necessitam deste tipo de serviço.

Câmbio

É a troca de moeda de um país pela de outro com base na taxa de câmbio, decorrendo

basicamente da internacionalização do comércio em confronto com a nacionalidade da

moeda. Este produto é geralmente oferecido a associados pessoa física e jurídica que

necessitem fazer operações financeiras com outro países.

Previdência

Os planos de previdência privada são produtos estruturados no regime de capitalização,

onde há formação de reserva individual. O objetivo é a acumulação de recursos de longo

prazo para transformá-los, a qualquer momento em renda complementar. Sendo assim, são

produtos oferecidos a associados que desejem fazer uma reserva de capital para posterior

retirada, normalmente em caso de aposentadoria.

13

Consórcio

O consórcio é um sistema de compra cooperativada em que cada consorciado contribui

mensalmente com um valor que, somado a todas as parcelas pagas pelos consorciados do

grupo, possibilita a realização do sonho de todos.

Este é um pequeno resumo do conceito de cada produto oferecido aos nossos

associados. Procure se aprofundar utilizando os manuais específicos, e contribua para

comercialização destes produtos.

14

Referências bibliográficas

Manual programa Luz, Câmera, Ação, programa de integração de colaboradores.

Manual associação, capital social e desligamentos.

Site http://www.maxiacao.com.br/si/site/0502, Maxiação, soluções em

telemarketing.

Site http://www.voxtopia.net/2008/08/dicas-para-um-bom-atendimento.html

Manual cartão – produto.

Manual investimentos – produto.

Manual Empréstimos e Financiamentos - conceitos básicos.

Manual Introdução ao Seguro.

Manual Guia de manuais.

Manual Cobrança – conceitos básicos.

Manual Previdência individual – Produto

Manual câmbio – produtos e serviços.

Manual Consórcio – produto.

Manual Contas: abertura, manutenção, encerramento e movimentação.

Manual Programa de Formação Cooperativa Crescer – Cooperativismo de crédito:

contribuindo para o crescimento coletivo. Fundação Sistema de Cooperativas.

89

APÊNDICE G – Manual treinamento orientador

0

Manual de Treinamento para o

orientador

Logotipo da empresa

2

Sumário

Treinamento__________________________________________2

Dia1/Módulo 1________________________________________ 2

Dia 1/Módulo 2________________________________________3

Dia 2/Módulo 3________________________________________4

Dia 2/Módulo 4_______________________________________ 4

Referências bibliográficas_______________________________5

3

Após conhecer alguns conceitos básicos sobre a cooperativa e a unidade, o estagiário

deverá passar por um período de treinamento. O objetivo deste treinamento feito através

de manual é trazer um pouco de conhecimento teórico para o estagiário sobre as

atividades que ele vai acompanhar e executar, para que assim, ele seja capaz de entender

todo o processo. Este manual irá trazer algumas dicas para auxiliar o estagiário nesta fase

do processo de integração a empresa.

O primeiro módulo trás a definição da atuação da área de negócios e área administrativa.

Durante o repasse destas informações, se possível, tente ambientar o estagiários com os

locais citados no manual e também ambientá-lo com esta linguagem.

Lembrando que a área administrativa da unidade fica separada da área de negócios, onde

ocorre o atendimento aos associados. Explique que isto porque a área administrativa tem

como função assessorar a área de negócios, processando a abertura de contas, produzindo

contratos, arquivando documentação, enfim, inúmeras atividades que você ainda vai

conhecer.

Na área de negócios, ocorre o atendimento aos associados, seja no caixa ou atendimento

dos assistentes/gestores de negócios. Cada assistente de negócios possui uma carteira de

associados. Uma carteira é um grupo de associados com uma faixa de renda comum, sendo

que os assistentes/gestores de negócios monitoram e analisam as possibilidades de novos

negócios das contas de suas respectivas carteiras.

Converse com o estagiário sobre a importância da memorização dos números de carteira

apresentados no manual, e explique que cada assistente de negócios é responsável pelas

contas de sua carteira e as demandas dos associados devem ser sempre encaminhadas para

o respectivo gestor.

O módulo 1 também trás algumas informações sobre os sistemas módulo de UA e

Aplication. Neste ponto, procure mostrar de maneira prática as funcionalidades do

sistema, abrindo-o no computador e permitindo que o estagiário faça algumas consultas e

aprenda a iniciar os sistemas.

Treinamento

Dia 1 – Módulo 1: Administrativo/Negócios, sistemas Módulo de UA e Aplication.

4

Antes de começar este módulo, relembre com o estagiário a definição de cooperativas e a

diferença entre cooperativas de crédito e banco comerciais. Após relembrar repasse

conforme o manual do estagiário, os conceitos de capital social, quadro social,

integralização de capital, etc.

Explique que a associação ao Quadro Social da cooperativa ocorre por meio da

integralização de capital, ou seja, através de um depósito de valor mínimo de R$ 300,00

em uma conta capital, valor estipulado pelo estatuto da cooperativa. Este recurso vai

passar a fazer parte do Capital social da cooperativa. Além deste valor inicial, o associado

deverá fazer uma integralização mensal de R$ 5,00, valor também estipulado pelo estatuto

da cooperativa, a ser debitada na conta corrente.

Não se esqueça de salientar que Capital social são os recursos investidos pelos

associados na cooperativa, através de integralização e/ou subscrição de capital. O

patrimônio de uma cooperativa de crédito é composto pelo capital social e pelas

reservas da cooperativa.

O capital social é fundamental para ajudar a formar o patrimônio da cooperativa de

crédito e possibilitar o desenvolvimento de suas atividades e a viabilização

de melhores condições de atendimento ao associado. Além disso, o aumento do capital

social eleva os índices de solidez das cooperativas de crédito.

Anualmente, após a apuração do resultado, o lucro da cooperativa é divido entre os

associados, sendo que cada associado recebe sua parcela de acordo com seu capital

investido e movimentação da conta corrente no período.

Caso o associado desejar encerrar a conta e sair do quadro social, este poderá sacar o

valor disponível na conta capital, com direito aos rendimentos gerados e a participação

nos lucros da cooperativa que também são creditados na conta capital. Entretanto, se

desejar se associar novamente a cooperativa, o associado deverá integralizar o mesmo

valor do capital retirado.

Este módulo também demonstra o fluxo para abertura de contas. Com relação a esta

parte, tente demonstrar de maneira prática o fluxo, mostrando os formulários que compõe

a proposta e o dossiê final.

Dia 1 – Módulo 2: capital social, quadro social e abertura de contas.

5

Com relação à organização da documentação que compõe o dossiê do associado, mostre de

maneira prática como deve ser organizada, mostrando também o local de arquivamento e

a ordem correta.

Procure repassar o conceito de comitê de crédito, demonstrando o local onde são

guardadas as propostas que aguardam entrada em comitê e as propostas já aprovadas. Fale

um pouco sobre a importância do comitê de crédito que é uma prática que faz parte das

políticas de crédito do sistema de cooperativas, sendo que se considera que as

cooperativas devem ter políticas conservadoras para a concessão de crédito, pois não

utilizam capital estrangeiro. Informe-o que o comitê tem a função não somente de analisar

a abertura de contas, mas principalmente a decisão sobre a concessão de crédito.

Este módulo tem por objetivo apresentar algumas dicas com relação a atendimento ao

associado. Relembre com o estagiário os diferenciais competitivos, entre eles o

relacionamento. Fale de maneira prática como funciona o relacionamento da cooperativa

com seus associados, demonstrado através da presença e apoio em eventos da

comunidade, visitas constantes aos associados e a busca por excelência no atendimento.

Com relação ao atendimento telefônico, procure demonstrar de maneira prática,

lembrando de ensinar ao estagiário a forma de operação da central telefônica,

transferência de ligações, lista de ramais, etc.

O módulo 4 do programa de treinamento trás o tópico produtos e serviços. O objetivo não

é treinar o estagiário a ponto de desenvolver a capacidade de negociação e

operacionalização dos produtos, apenas ambientá-lo com os produtos que a unidade

oferece, lembrando-o que a comercialização destes produtos que irão gerar resultado para

a unidade e conseqüentemente para a cooperativa. Entretanto, caso o estagiário se

interesse por este tópico, instigue-o a acessar os manuais específicos no portal

corporativo, demonstrando como se realiza a consulta a manuais diversos.

Por fim, aplique o questionário de avaliação e revisão de conhecimentos que tem por

objetivo avaliar a efetividade do programa e buscar a continua melhora dos processos de

integração e treinamento.

Dia 2 – Módulo 3: Atendimento ao associado

Dia 2 – Módulo 4: Produtos e Serviços

6

Referências bibliográficas

Manual programa Luz, Câmera, Ação, programa de integração de colaboradores.

Manual associação, capital social e desligamentos.

Site http://www.maxiacao.com.br/si/site/0502, Maxiação, soluções em

telemarketing.

Site http://www.voxtopia.net/2008/08/dicas-para-um-bom-atendimento.html

Manual cartão – produto.

Manual investimentos – produto.

Manual Empréstimos e Financiamentos - conceitos básicos.

Manual Introdução ao Seguro.

Manual Guia de manuais.

Manual Cobrança – conceitos básicos.

Manual Previdência individual – Produto

Manual câmbio – produtos e serviços.

Manual Consórcio – produto.

Manual Contas: abertura, manutenção, encerramento e movimentação.

Manual Programa de Formação Cooperativa Crescer – Cooperativismo de crédito:

contribuindo para o crescimento coletivo. Fundação Sistema de Cooperativas.

90

APÊNDICE H – Slides treinamento

91

APÊNDICE I – Avaliação do programa

1

Após a realização de todas as etapas do programa de integração e treinamento, responda as perguntas a seguir com o máximo de sinceridade e empenho na busca pelas respostas. Procure não consultar o manual. Boa Sorte!

1)Com as suas palavras, descreva o que significa cooperar, cooperação, cooperativismo.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2)Entre as opções abaixo, marque as opções que correspondem ao conceito e objetivos das cooperativas de crédito.

( ) Associados

( ) Associação autônoma de pessoas unidas voluntariamente

( ) Associação Anônima (S.A.)

( ) Intuito de gerar lucro aos acionistas

( ) Clientes

( ) Satisfazer aspirações e necessidades econômicas comuns

3)Nas linhas abaixo, procure descrever as empresas participantes do sistema de cooperativas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4)Relacione:

A)3º Grau

B)2º Grau

C)1º Grau

( ) Cooperativa

( ) Central

( ) Banco Cooperativo e empresas controladas, Confederação e Fundação.

Revisão dos conhecimentos adquiridos

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5) Relacione:

A)Área Administrativa

B)Área de Negócios

C)Carteira de associados

D)SIAT

E)SIAC

F)Conta

G)Capital social

( )Sistema de Atendimento ao crédito

( )Área que busca a comercialização dos produtos oferecidos através da prospecção ou atendimento ao associado

( )São os recursos investidos pelos associados na cooperativa, através de integralização e/ou subscrição de capital.

( )Grupo de associados com renda comum cujas contas são controladas e analisadas por um assistente de negócios.

( )Área que operacionaliza os negócios, emissão de contratos, aberturas de contas, efetivação de seguros, etc.

( )Sistema de Atendimento

( )Contrato entre a Instituição Financeira e o Cliente, realizado pela livre decisão de ambos, no caso das cooperativas, entre a cooperativa e o associado.

6)Reflita e explique com suas palavras, por que devemos buscar a excelência no atendimento ao associado e como chegar a este objetivo.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7)Nas linhas abaixo, procure colocar o maior número possível de produtos oferecidos pela unidade de atendimento através do sistema de cooperativas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3

8)Nas linhas abaixo, procure colocar o maior número possível de produtos oferecidos pela unidade de atendimento através do sistema de cooperativas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9)De acordo com a sua opinião, avalie o programa de integração e treinamento através das variáveis abaixo conforme os conceitos da tabela.

VARIÁVEIS Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo

Material de apoio (manual)

Orientador

Metodologia

Conteúdo Aplicabilidade do conteúdo

Muito Grande Grande Suficiente Pouco

Muito pouco

Carga horária

10)Utilize as linhas abaixo para sugestões e recomendações com relação ao programa de integração e treinamento que você participou.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A sua participação nesta avaliação foi muito importante para construirmos uma empresa cada dia melhor!

Muito Obrigado!

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