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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO
SANDRA CRISTINA PETRI
CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE
ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES/PR
TOLEDO
2010
SANDRA CRISTINA PETRI
CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE
ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES/PR
Relatório Final de Estágio Supervisionado do Curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo. Orientadora: Professora Patrícia Stafusa Sala Battisti, Ms.
TOLEDO
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
SANDRA CRISTINA PETRI
CONTROLE E ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUES NO SERVIÇO MUNICIPAL DE
ÁGUA E ESGOTO DE MERCEDES Relatório Final de Estágio Supervisionado aprovado como requisito parcial
para a obtenção do grau de bacharel em Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, pela banca examinadora formada por:
Orientador:
Professora: Patrícia Stafusa Sala Battisti
Colegiado do Curso de Secretariado Executivo,
Campus de Toledo
Professora: Débora Andrea Liessem Vigorena
Colegiado do Curso de Secretariado Executivo,
Campus de Toledo
Professor: Marcio Alberto Goebel
Colegiado do Curso de Secretariado Executivo,
Campus de Toledo
Toledo, 22 de novembro de 2010
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer a Deus que sempre iluminou meu caminho,
principalmente nesses quatro anos de jornada.
Agradeço aos meus pais Valmor e Leonita, por me incentivarem a conquistar
meus objetivos e me apoiarem durante esses anos até à minha formação. Durante
todos esses anos foram para mim um exemplo de força, coragem e perseverança
para nunca desistir diante dos obstáculos encontrados.
De forma especial ao meu noivo Marlon, todo o meu amor pela
compreensão e paciência, pelas palavras de ânimo e por acreditar em mim.
Agradeço a minha sobrinha Sarah, que embora não tivesse conhecimento
disso, iluminou meus pensamentos para elaboração deste trabalho com sua alegria
e seu carinho.
Meu sincero agradecimento aos meus colegas de trabalho Núbia, Nilson e
Romírio, pela ajuda e contribuição durante esse trabalho.
Não posso esquecer das minhas amigas Adriana, Bruna e Nayara, pela
amizade e por sempre levantarem o meu astral e me ajudarem em momentos de
dificuldades.
Aos professores Vanessa Sala e Márcio Goebel pela ajuda e conselhos, em
especial, à minha orientadora Patrícia Sala pela contribuição ao longo dessa jornada
através de tantos ensinamentos e conhecimento. Levo isso comigo juntamente com
o exemplo de profissionalismo. Sem vocês seria impossível, obrigada.
RESUMO
Este trabalho de estágio supervisionado do curso de Secretariado Executivo – Campus de Toledo, teve como objetivo principal organizar, classificar e codificar os materiais no estoque do SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto do Município de Mercedes/Paraná, a fim de controlar as entradas e saídas dos itens, diminuir os custos e saber com maior precisão a quantidade de materiais existentes em estoque. Este trabalho teve, ainda, como objetivo mostrar a importância da administração de materiais para o estoque do Departamento e também a importância da análise ABC, sendo feito uma classificação dos itens e através da qual pode-se perceber quais itens merecem maior atenção e tratamento quanto à sua administração. Através da aplicação dos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Secretariado Executivo, e, para que os objetivos fossem alcançados inicialmente utilizou-se a pesquisa-diagnóstico na qual foi explorado o ambiente para definir os problemas existentes e pode-se perceber que existiam pontos falhos no estoque. Em seguida, foi realizada a pesquisa bibliográfica, para entender a dinâmica da gestão de estoques e para se aprofundar mais sobre o tema tratado. Para diagnosticar o problema utilizou-se da técnica de observação e para apresentar soluções para o problema diagnosticado, utilizou-se da proposição de planos. Após a observação no estoque e o levantamento dos dados, usou-se a técnica de observação participativa. Para finalizar, utilizou-se a pesquisa qualitativa analisando-se os dados indutivamente e colocando em prática a gestão de estoques. Por fim, constatou-se que o desenvolvimento do estágio foi realizado com sucesso, o qual proporcionou muitas melhorias para o Departamento.
Palavras-chave: Administração de materiais. Controle de estoque. Planejamento de estoques.
ABSTRACT
This supervised training work from the Executive secretarial Course at Unioeste – campus of Toledo, aimed mainly to organize, classify and codify the stock materials at SEMAE - Municipal services of water and sewerage system from the city of Mercedes/Paraná in order to control the entry and exit of the items diminishing the costs to know precisely the quantity of the materials in stock. This work still aimed to show the administration importance of the materials to the department stock and also the ABC analysis. Being done a classification of the items it was possible to realize which items deserve a major attention and treatment in relation to their administration. By applying the acquired knowledge throughout the course of Executive Secretariat in order to reach the goal it was used the diagnostic research to explore the environment to define the existing problems distinguishing the failure at the stock. Then, a bibliographic research was held to understand the dynamic of stock management to be aware of this topic. The technique of observation was held to diagnose the problem and to present solutions to this the proposition of plans was also used. After observing and collecting data at the stock the participating observation technique was employed. Then the qualitative research was also employed to analyze data inductively to apply the stock management. Finally the training development succeeded achieving many improvements to this department.
Key-words: Materials management. Stock control. Stock planning.
RESUMEN
Esto trabajo de prácticas supervisadas del curso de Secretariado Ejecutivo – Campus de Toledo, tuvo como objetivo principal organizar, clasificar y codificar los materiales en el estoque del SEMAE – Servicio Municipal de Agua y Agoto del Municipio de Mercedes/Paraná, a fin de controlar las entradas y salidas de los ítems, disminuir los costos y saber con más precisión la cantidad de materiales existentes en estoque. Esto trabajo tuvo, aún, como objetivo, mostrar la importancia de la administración de materiales para el estoque del Departamento y también la importancia del análisis ABC, siendo hecho una clasificación de los ítems y por medio de ella se puedo percibir cuáles ítems merecen mayor atención y tratamiento cuanto a su administración. Por medio de la aplicación de los conocimientos adquiridos en el transcurrir del curso de Secretariado Ejecutivo, y, para que los objetivos fueran alcanzados inicialmente se utilizó la investigación-diagnóstico en la cual fue explorado el ambiente para definir los problemas existentes y se puede percibir que existían puntos fallos en el estoque. Enseguida, fue realizada la investigación bibliográfica, para entender la dinámica de la gestión de estoque y para profundizarse más sobre el tema tratado. Para diagnosticar el problema se utilizó de la técnica de observación y para presentar soluciones para el problema diagnosticado, se utilizó de la proposición de planes. Después de la observación del estoque y el levantamiento de los datos, se usó la técnica de observación participativa. Para finalizar, se utilizó la investigación cualitativa analizándose los datos inductivamente y colocando en práctica la gestión de estoque. Por fin, se constató que el desarrollo de las prácticas fue realizado con éxito y proporcionó muchas mejorías para el Departamento.
Palabras-llave: Administración de materiales. Control de estoque. Planificación de estoque.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 11
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 11
3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 12
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14
4.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................. 14
4.2 ESTOQUES ................................................................................................. 15
4.2.1 Controle de estoques ................................................................................... 17
4.2.2 Informatização para controle de estoques ................................................... 18
4.2.3 Método de classificação ABC ....................................................................... 20
4.3 GESTÃO DE ESTOQUES ........................................................................... 21
4.3.1 Estoques de segurança ................................................................................ 23
4.3.2 Classificação e codificação de materiais ...................................................... 24
4.3.3 Tempo de reposição e ponto de pedido ....................................................... 27
4.3.4 Estoque máximo .......................................................................................... 28
4.4 ALMOXARIFADO ......................................................................................... 29
4.4.1 Arranjo físico (Layout) .................................................................................. 30
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 32
6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
COLETADOS ............................................................................................... 34
6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ........................................................... 34
6.1.1 Caracterização e estrutura organizacional ................................................... 34
6.1.2 Histórico da organização .............................................................................. 36
6.1.3 Ambiente organizacional .............................................................................. 38
6.1.4 Operacionalização da organização .............................................................. 41
6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ....................................................... 44
6.3 IMPLEMENTAÇÃO DO ESTÁGIO NA EMPRESA....................................... 46
6.3.1 Sugestões e recomendações ....................................................................... 50
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 52
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 54
APÊNDICES ................................................................................................ 57
ANEXOS ...................................................................................................... 73
9
1 INTRODUÇÃO
As exigências do mercado atual determinam a importância de um
gerenciamento de estoques nas empresas, utilizando para isso um sistema que
ajude para que seu controle se torne eficaz.
Assim, o objetivo da administração de estoques é duplo: ao mesmo tempo
em que se deve manter níveis mais baixos possíveis os custos de estocagem, de
encomenda e de recebimento de materiais; é necessário ter uma disponibilidade
suficiente de materiais estocados para garantir a realização das operações. Nesse
sentido, para uma empresa que possui vários itens em estoque, é importante saber
os custos de cada item e sua relativa importância.
De acordo com Dias (1997), a classificação ABC permite identificar aqueles
itens que justificam maior atenção e tratamento quanto à sua administração.
Pinheiro (2005) diz que alguns itens dentro do estoque podem ter uma grande
quantidade física, mas pouco valor financeiramente. Outros itens, entretanto, podem
ter pequena quantidade física, mas grande valor financeiro. Assim, o método ABC é
uma ferramenta simples e eficaz para a classificação dos itens no estoque.
A gestão de estoques está cada vez mais presente nas empresas ajudando-
as a alcançarem melhores resultados, para tanto, a tecnologia contribui para que
isso ocorra com maior rapidez, porém, é preciso ter organização e planejamento
para obter os melhores resultados. No entanto, para obter agilidade é necessário
coletar corretamente as informações e controlar as atividades funcionais dentro da
organização.
Assim, através da organização dos itens em estoque, o Departamento do
SEMAE alcançará resultados com maior precisão, utilizando uma planilha no excel.
Segundo Viana (2002), atingir um equilíbrio entre o estoque e o consumo é termo
primordial nas empresas, para que isso ocorra é necessário implantar várias
técnicas e rotinas fazendo com que todo o gerenciamento de materiais seja
controlado para não ocorrerem falhas.
Tendo em vista a importância da organização dos estoques para uma
empresa, e devido ao fato de não haver o tratamento adequado quanto a isso no
almoxarifado do SEMAE, uma vez que os materiais encontravam-se sem
10
classificação e identificação, constatou-se a necessidade de uma organização no
estoque, para que, quando necessário, fossem encontrados com maior rapidez. Isso
evitará a perda de tempo na localização dos materiais e maior precisão na hora de
saber quando comprá-los, evitando que ocorra a falta do mesmo. Dessa forma, será
criado uma planilha no excel que auxiliará no controle dos itens em estoque.
Portanto, isso se torna viável para o Departamento em virtude de ser uma
importante ferramenta para o controle do estoque, pois oferece informações
necessárias, bem como possibilita a obtenção rápida e precisa das informações,
reduzindo as incertezas durante o processo de reposição dos materiais.
11
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Organizar e implantar um sistema de gestão de estoques no Departamento
do SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) identificar e classificar os materiais existentes no estoque;
b) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos;
c) organizar o estoque;
d) separar os itens por grau de importância;
e) elaborar um método para organizar os materiais estocados a fim de
controlar entradas e saídas;
f) selecionar um software para o controle do estoque.
12
3 JUSTIFICATIVA
Segundo Ballou (1995), o objetivo da administração de materiais é dispor o
material certo, no local certo e em condições de uso para o menor custo possível.
Para isso é necessário estabelecer níveis de estoque e a sua localização.
Ballou (1995, p. 213) afirma que “o controle de estoques é uma questão de
balancear os custos de manutenção de estoques, de aquisição e de faltas”.
Para Dias (1997), a função da administração de estoques é elevar o efeito
do feedback de vendas que não foram realizadas. Ou seja, a administração de
estoques deve diminuir o capital investido em estoques, pois ele é caro e aumenta
continuamente. Ainda de acordo com o autor, sem estoque é impossível uma
empresa trabalhar, pois ele funciona como um dispositivo entre os processos desde
a produção até a venda final do produto. De acordo com Camargo e Amarante
(1999), a meta principal de qualquer empresa é aumentar o lucro sobre o capital
investido em equipamentos, vendas e em estoques. Para isso, a empresa deve usar
o capital para que ele não permaneça inativo.
Segundo Martins e Laugeni (1999), a escolha de um melhor sistema de
estocagem de uma empresa é feita de acordo com o espaço disponível, o número
de itens em estoque e suas variedades como também a velocidade de giro, pois
todo armazenamento de material gera determinados custos, tais como: depreciação,
deteriorização, obsolescência, salários, conservação e outros.
Diante das dificuldades que o Departamento do SEMAE tinha em controlar o
estoque e identificar os itens de maior giro, foi feito primeiramente uma organização
dos materiais e uma classificação e posteriormente uma codificação. Desta forma,
cada item terá um código que permitirá controlar as entradas e saídas dos materiais
e também saber a quantidade existente em estoque através de uma planilha feita no
excel.
Se a coleta de dados e o lançamento desses dados forem feitos de maneira
adequada, esta planilha oferece muitas vantagens, pois através desta hà grande
facilidade em atualizar o valor do estoque, possibilitando comparar o que se tem
estocado e o que terá que comprar para evitar a falta de algum material. Martins
(2004) diz que inventários devem ser realizados com frequência, para que não
ocorram faltas e nem excessos de materiais, podendo imediatamente ser apontados
13
e corrigidos. Assim, através deste, poderá se saber onde cada item está localizado e
quanto de cada item existe, ou ainda, se já está na hora de comprá-lo.
Diante disso, percebeu-se a necessidade de organizar o estoque do
SEMAE, pois o mesmo apresenta pontos falhos, tais como: falta de organização dos
materiais estocados, ausência de inventários e de métodos para classificá-los de
acordo com sua importância, entre outras coisas.
Essa organização no almoxarifado do SEMAE possibilitará muitas melhorias
para o bom funcionamento do estoque como: saber o total de itens existentes,
facilidade na localização dos materiais, além de um ambiente mais agradável,
associado a qualidade de vida no trabalho e produtividade, sendo aceita pela
maioria dos administradores pois é uma associação imediata e positiva, gerando
fatores como: maior disposição para o trabalho, melhoria do clima interno e maior
comprometimento dos colaboradores.
Diante das vantagens apontadas, este projeto justifica-se, pois minimizará o
investimento em estoque sem prejudicar a prestação de serviços. Com isso, o
SEMAE poderá operar com maior eficiência, gerando maior produtividade.
14
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica foi elaborada através de pesquisa e embasamento
em várias bibliografias. Dessa forma, neste capítulo, apresentam-se conceitos em
relação à administração de materiais, em seguida será abordado o tema estoques,
no qual estão inseridos os assuntos: controle de estoques, informatização para o
controle de estoques e método de classificação ABC. Posteriormente, serão
abordados os temas gestão de estoques, estoques de segurança, classificação e
codificação de materiais, tempo de reposição e ponto de pedido e estoque máximo e
para finalizar, almoxarifado e arranjo físico.
4.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Segundo Chiavenato (1991) o conceito de administração de materiais é o
mais amplo de todos dentro da administração, pois envolve os fluxos de materiais,
desde a programação de produtos, compras, armazenamento no almoxarifado,
movimentação de materiais até o armazenamento de produtos acabados,
envolvendo todas as funções relacionadas com os mesmos, desde sua chegada à
empresa até sua saída direcionada aos clientes. Ou seja, consiste em ter os
materiais necessários na quantidade, no local e no tempo certo à disposição para
seus clientes.
Ainda de acordo com o autor, a administração de materiais é fundamental
para qualquer empresa que produza itens ou serviços de valor econômico, onde
precisam ser adequadamente administrados. As quantidades devem ser planejadas
e controladas para que não ocorram faltas paralisando a produção, nem excessos
aumentando os custos desnecessariamente. Assim, sua administração visa
abastecer, de modo contínuo, a empresa com o material necessário para suas
atividades.
Sua importância é melhor compreendida quando os itens necessários não
estão disponíveis no instante em que se precisa para atender às necessidades de
15
produção ou operação. Uma boa administração significa coordenar a movimentação
de materiais de acordo com as exigências da operação.
De acordo com Ballou (1993), a administração torna-se reconhecida quando
os produtos não estão disponíveis no momento que a produção ou o cliente
necessita, porque assim sente-se a importância do estoque e de um almoxarifado
organizado. A aplicação do controle de estoque visa fornecer elementos para
verificar a quantidade de materiais, diminuir os gastos e organizar o local destinado
à armazenagem.
Um dos objetivos da administração é eliminar do estoque todos os itens que
não tem rotatividade, por materiais com alta rotatividade, ou seja, tem como função
principal o controle de produção e estoque, e também a distribuição dos mesmos. O
que resulta na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho da
produção de uma organização quando executada adequadamente.
Assim, é fundamental ter um almoxarifado adequado e um estoque definido
para poder usá-lo, evitando que ocorra a falta de material necessário para a
realização das tarefas.
4.2 ESTOQUES
Estoque é a composição de materiais tais como: matérias primas, materiais
em processamento, materiais semi-acabados e materiais acabados, que não são
utilizados no mesmo instante pela empresa, mas que precisam existir em razão de
futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que
a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos e serviços.
(CHIAVENATO, 1991).
Os estoques constituem a relação entre os processos de compra e venda,
desempenhando um papel importante na flexibilidade operacional da empresa. De
acordo com Chiavenato (1991), os estoques tendem a oscilar sendo difícil controlá-
los, pois os materiais se transformam rapidamente através do processo produtivo, e
a cada momento podem ser classificados de maneira diferentes. De um lado,
quando o estoque é obtido para uso futuro, representa capital parado e passa a ser
visto como um mal necessário, exigindo um grande esforço para controlar e reduzir
16
tal investimento. De outro lado, torna-se também difícil determinar qual é realmente
o estoque mínimo e depender da confiabilidade dos fornecedores.
Dessa maneira, os estoques não podem ser muito grandes, pois causa
desperdício e capital parado, nem podem ser muito pequenos, pois podem ocorrer
riscos de falta de materiais, consequentemente o não atendimento aos clientes. Para
tanto, a empresa precisa conhecer seus estoques através do levantamento de dados
e informações sobre os mesmos.
A necessidade de uma empresa em relação ao estoque depende da
estrutura e do nível desejado de serviço ao cliente. Segundo Bowersox e Closs
(2001, p. 41), “o objetivo básico da gerência de estoque é obter máxima rotatividade,
satisfazendo ao mesmo tempo os compromissos com o cliente”. Sendo assim a
manutenção de estoque implica riscos de investimento e de possibilidade de
obsolência.
Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra a obtenção de uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos estoques. (MARTINS, 2004, p. 133).
Os estoques existem para que as empresas possam atender às
necessidades dos clientes e também para amenizar o fluxo de mercadorias
envolvidos no processo de produção. Sua principal razão de existir consiste na
proteção contra as incertezas vindas dos fornecedores.
De acordo com Ballou (1993), manter um nível mínimo de estoques torna-se
necessário para a empresa. Contudo, a manutenção dos estoques causam custo de
armazenagem e custo financeiro do investimento de capital de giro. Por isso, é
necessário um processo de gestão eficiente dos mesmos.
As vantagens apresentadas por Ballou (1993) em relação à correta gestão
de estoques são: serviços de atendimento ao consumidor; os estoques agem como
um dispositivo entre a demanda e o suprimento; podem proporcionar economia nas
compras e protegem contra o aumento de preços e contingências, mas, para isso, é
necessário um sistema logístico que proporcione respostas rápidas, pois as
informações são essenciais para se ter essa eficiência. Para o bom funcionamento
17
da organização, portanto, é necessário um bom controle de estoques, assunto
tratado a seguir.
4.2.1 Controle de estoques
De acordo com Dias (1997), o estoque é necessário para que a empresa
tenha um número mínimo de materiais, podendo ser: matéria prima, produtos em
fabricação e produtos acabados. Sendo que, o setor de controle de estoque é
responsável por acompanhar e controlar o nível de estoque e o investimento
envolvido.
Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devem-se descrever suas principais funções que são: a) determinar “o quê” deve permanecer em estoque. Número de itens; b) determinar “quando” se deve reabastecer os estoques. Periodicidade; c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período pré-determinado; quantidade de compra; d) acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque (comprar); e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controlar os estoques em termo de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e, h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. (DIAS, 1997, p. 25).
De acordo com Dias (1997), vários aspectos dos estoques devem ser
observados antes de montar um sistema de controle. Um deles refere-se aos
diferentes tipos de estoque existentes. Outro diz respeito aos diferentes pontos de
vista quanto ao nível adequado de estoque que deve ser mantido para atender as
necessidades da empresa. Um terceiro ponto seria a relação entre o nível de
estoque e o capital necessário envolvido.
Segundo Ballou (1993), o controle de estoques exerce grande influência na
rentabilidade da empresa, pois utiliza capital que poderia ser investido de outras
maneiras. Ainda, através de um controle exato dos estoques, consegue-se analisar
quando será necessário realizar um pedido para reposição de materiais, indicar
18
perda de material, conhecer a disponibilidade do material e o valor monetário do
estoque e do custo de cada item.
Dias (1997) afirma que uma das funções do sistema de controle de estoques
é fornecer informações sobre a posição do estoque. Isso facilita o processo de
gestão, reduz os tempos de ressuprimento, melhora da qualidade de atendimento ao
cliente e oferece facilidades nas negociações entre fornecedores e empresa.
Além desses benefícios, a confiabilidade das informações de um sistema de
controle de estoques pode proporcionar a troca das mesmas e de tempos de
ressuprimento com fornecedores, proporcionando um melhor gerenciamento.
Para um adequado controle de estoques, é preciso identificar os produtos
que entram e, os que saem do almoxarifado, saber onde colocá-los e de que forma,
para que quando deles se precisar se saiba onde encontrá-los com maior facilidade.
Esse controle serve, ainda, para verificar quando o material está acabando,
quantas peças ainda existem, ou ainda, qual produto não precisará ser comprado,
pois, pode ocorrer de várias peças que estão ali, já nem estejam mais em uso.
Desta forma, torna-se necessário um controle de estoque definido e
adequado, oferecendo conhecimento ao administrador, para que o mesmo possa
tomar decisões em relação à situação de sua empresa.
Portanto, “o objetivo básico do controle de estoque é evitar a falta de
material, sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais
necessidades da empresa” (FERNANDES,1987, p. 61).
Assim, para ter um melhor controle e maior rapidez, a informática veio como
uma ferramenta essencial para contribuir para o controle dos estoques.
4.2.2 Informatização para controle de estoques
O desempenho e a eficácia dos estoques podem ser aumentados e a
incerteza reduzida, juntando-se as necessidades de informação (previsões, pedidos,
composição de estoque) para toda a empresa. A importância do controle de
estoques é que a empresa pode a qualquer hora saber a quantidade de mercadoria
que tem. Sendo que, o acompanhamento dos materiais em estoque através de
sistemas informatizados é essencial, principalmente em empresas que trabalham
19
com grande quantidade de itens, onde o controle manual pode não ser confiável e
de difícil realização.
Assim, as atividades resultantes do controle de estoque se aplicam as
empresas como um sistema. Este sistema consiste em várias partes que quando
conciliadas formam um todo e buscam alcançar determinados objetivos ou até
mesmo realizar certas funções. Esse conjunto de procedimentos, recursos materiais,
patrimoniais e humanos servem para controlar as informações em relação a
quantidade de estoques.
Sendo que, os sistemas de informação são aplicados para atender as
necessidades da empresa. Portanto, estes sistemas precisam estar em conjunto
com as atividades que a empresa exerce. A decisão sobre os melhores sistemas
para a organização é avaliada diante de suas necessidades e readequada para isso.
Através de sua utilização consegue-se agilizar o acesso às informações e
melhorar os resultados em relação ao tempo e custo no processo de compra.
Contudo, se a empresa não mantiver as informações disponíveis e atualizadas sobre
os itens em estoque, o uso do sistema, perde sua agilidade e confiabilidade.
Segundo Ballou (1993), um controle informatizado, além de proporcionar um
melhor diagnóstico, contribui para a previsão de vendas, o que afeta as decisões de
compras. A preocupação das empresas é que um sistema informatizado ofereça
informações precisas sobre os estoques, eliminando possíveis erros de dados.
Assim, os sistemas de controle de estoques consistem em coordenar o fluxo de
entrada e saída de mercadorias.
Para Pinheiro (2005) um sistema de controle de estoque para uma empresa
deve levar em conta dentre várias coisas, os diferentes itens estocados, como
também a importância de cada item no conjunto do estoque; para isso, faz-se
necessário investir em um sistema para processar as informações podendo assim
obter maior precisão no controle do mesmo.
De acordo com Dias (1997), um sistema desde o planejamento da obtenção
dos materiais até a colocação do material ao cliente final pode ser desenvolvido
através de meio computadorizados, preocupando-se com fatores básicos para o
dimensionamento dos estoques, que é quando repor os itens e não quanto comprar.
Tendo isso em vista, Pinheiro (2005) diz que um sistema de controle de
estoque que não seja informatizado, contribui desfavoravelmente para o
levantamento dos dados necessários à tomada de decisão para reposição dos
20
estoques, pois leva muito tempo e pode não apresentar os estoques disponíveis em
tempo hábil, bem como não apresentam confiabilidade suficiente em decorrência da
possibilidade de erros quando da efetivação de seus registros.
Dividir o estoque em classes facilita o controle do mesmo. Ballou (1993)
afirma que uma das melhores maneiras de classificar os estoques é de acordo com
a natureza de sua demanda. Quando há grande diversidade de materiais de alta
rotatividade num estoque, pode-se usar um método de controle chamado ABC,
obtendo-o através da ordenação dos itens conforme a sua relativa importância.
4.2.3 Método de classificação ABC
Segundo Dias (1997) a curva ABC, também denominada Curva de Pareto, é
um importante instrumento para o administrador. Ela permite identificar os itens que
necessitam maior atenção e tratamento quanto à sua administração. Obtém-se a
curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância. Ainda de
acordo com o autor, a definição das classes A, B e C obedece apenas a critérios de
bom senso dos controles a serem estabelecidos. Em geral são colocados, no
máximo, 20% dos itens na classe A, 30% a classe B e os 50% restantes na classe
C. Essas porcentagens poderão variar de empresa para empresa de acordo com as
diferentes necessidades de tratamentos administrativos a serem aplicados.
Para Ching (1999), o método ABC atende ao propósito de que cada produto
deve ser classificado de acordo com seus requisitos antes de estabelecer uma
política adequada de estoque. Para o autor, 20% dos itens são responsáveis por
80% do valor desse item. Assim, 20% dos clientes da empresa representam 80%
das vendas realizadas, ou seja, 20% dos produtos são responsáveis por 80% das
vendas de todos os produtos.
Dias (1997) diz que os itens da classe A, são os itens mais importantes e
que merecem uma atenção individualizada. Os itens da classe B são os itens em
situação intermediária entre as classes A e C. Os itens da classe C são os itens
menos importantes que justificam menor atenção por parte da administração.
Ainda de acordo com o autor, de posse dos dados pode-se construir a curva
ABC (APÊNDICE 5), sendo traçado um eixo cartesiano em que na abscissa é
21
registrado o número de itens e no eixo das ordenadas, são marcadas as somas
relativas aos valores de consumo. A uniformidade desses dados é de grande
relevância para as conclusões da curva, principalmente quando esses dados são
numerosos.
No entanto, a curva ABC pode apresentar comportamentos diferentes. Ela
forma uma reta quando todos os itens têm o mesmo valor. Se os valores mais altos
são de poucos itens, ocorre uma forte concentração.
Na curva ABC o estoque é analisado de forma que o consumo seja
confrontado com os valores, resultando no custo total gasto pela empresa e, após
isso, são classificados de acordo com o grau de importância de cada item.
Entretanto, de acordo com Martins (2004), quando uma empresa não
considera a importância de cada item em relação à operação do sistema, este
processo pode não ter seus resultados satisfatórios. Em um sistema produtivo, uma
simples peça de baixo preço unitário e adquirida em pequenas quantidades,
geralmente está classificada como um item da classe C. Apesar disso, esta peça
pode ser fundamental no processo de produção e, se por ventura ocorra uma falha e
falte essa peça, a realização de serviço poderá ser interrompida.
4.3 GESTÃO DE ESTOQUES
A gestão de estoques é uma atividade conjunta com o gerenciamento da
cadeia de suprimentos. De acordo com Viana (2002), a gestão é um conjunto de
atividades que visa, através das políticas de estoques, ao pleno atendimento das
necessidades da empresa, com a máxima eficiência e ao menor custo, através do
maior giro possível para o capital investido em materiais.
O objetivo fundamental da gestão de estoques consiste, essencialmente, no equilíbrio entre estoque e consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições, regras e critérios: a) impedir a entrada de materiais desnecessários, mantendo em estoques somente os de real necessidade da empresa; b) centralizar as informações que possibilitem o permanente acompanhamento e planejamento das atividades de gestão; c) definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de estoques, determinando níveis de estoque respectivo (máximo, mínimo e segurança);
22
d) determinar, para cada material, a quantidade de compras, por meios dos respectivos lotes econômicos e intervalos de parcelamento; e) analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa; f) desenvolver e implantar política de padronização de materiais; g) ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a materiais com variação nos consumos tenham suas entregas aceleradas, ou para programar encomendas em andamento, em face das necessidades da empresa; h) decidir sobre a regularização ou não de materiais entregue além da quantidade permitida, portanto em excesso; i) realizar frequentemente estudos, propondo alienação, para que os materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados dos estoques. (VIANA, 2002, p. 117).
Para Ching (1999), uma gestão de estoques refere-se ao planejamento do
estoque, seu controle e seu feedback sobre o planejamento. O planejamento
consiste na determinação dos valores que o estoque terá com o decorrer do tempo;
o controle consiste no registro dos dados reais; e, o feedback na comparação dos
dados de controle com os dados do planejamento.
Para Wanke (2000), uma política de estoque depende de quatro questões:
quanto e quando pedir materiais, quanto manter nos estoques de segurança e onde
localizar. Cada uma dessas questões passa por diversas análises relacionadas ao
valor agregado do produto, a previsibilidade de demanda e as exigências dos
clientes em relação aos prazos de entrega e disponibilidade dos itens.
Uma boa gestão de estoques consiste em manter no almoxarifado, materiais
suficientes para o giro do negócio, evitando sobras ou falta de produtos.
Consequentemente uma má gestão de estoques ocasionará a existência de sobras
de materiais, gerando consequências graves, como: ocupação de espaço, aumento
nos custos de armazenagem, risco de desvalorização do estoque (obsolência) e
capital empatado, como, indisponibilidade de recursos para novos investimentos.
A gestão de estoques visa, portanto, manter os recursos ociosos expressos
pelo inventário, em equilíbrio ao nível econômico dos investimentos. E isto é obtido
mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades
suficientes e necessárias para manter a produção e o consumo.
Através da gestão de estoques o administrador pode verificar se os mesmos
estão sendo bem utilizados, se estão bem localizados nos setores que deles se
utilizam, se estão bem manuseados e bem controlados.
Assim, se faz necessário um estoque mínimo, também chamado estoque de
segurança, que é a quantidade mínima que deve existir em estoque.
23
4.3.1 Estoques de segurança
Conhecer e medir as incertezas nos processos logísticos é o primeiro passo
para uma boa política de gestão de estoques. A criação de indicadores advindas
dessas incertezas é essencial para o correto dimensionamento dos estoques de
segurança, garantindo o nível de serviço desejado ao menor custo total de operação
(FONSECA E GUIMARÃES, 2004).
Segundo Pozo (2001) o estoque de segurança ou estoque mínimo, é a
quantidade mínima de materiais que precisa existir. Sua função é a de cobrir
eventuais atrasos pelo fornecedor ou até mesmo um aumento na demanda de algum
produto.
Estes devem existir para minimizar as incertezas nos estoques. Pois, na
hora de comprar os materiais se torna difícil identificar o tamanho deste estoque e a
quantidade existente. No entanto, muitas empresas determinam de maneira errada
seus estoques de segurança, pois não se baseiam em dados concretos.
Consequentemente isso ocasiona custos desnecessários que poderiam ser
evitados.
De acordo com Viana (2002), quando o estoque de segurança é atingido
pelo estoque em declínio, indica a condição crítica do material, desencadeando
providências, como, por exemplo, a ativação das encomendas, objetivando evitar a
ruptura do estoque. Sua quantidade é calculada em função do nível de atendimento
fixado pela empresa, em função da importância operacional e do valor do material,
além dos desvios entre os consumos estimados e os realizados e o prazo médio de
reposição.
A melhor forma é adotar um sistema de segurança que supra toda e qualquer variação do sistema, porém, isso implicará custo elevadíssimo e que a empresa poderá não suportar. Então, a solução é determinar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos envolvidos (POZO, 2001, p. 66).
Pinheiro (2005) diz que através de um estoque de segurança, o sistema de
revisão periódica atenta para a reposição do material em ciclos de tempos iguais ou
períodos, e deve ser direcionado de forma que previna o consumo acima do normal
e/ou os atrasos de entrega durante esse período e durante o tempo da reposição
dos materiais. Alguns itens podem apresentar maior consumo do que outros, assim,
24
a revisão deverá ser realizada para cada item em particular. Neste sistema a
quantidade pedida será a necessidade de demanda do próximo período.
Segundo Bowersox e Closs (2001) estoques de segurança existem para
diminuir as incertezas de demanda durante o prazo de ressuprimento. Eles impedem
que ocorram problemas inesperados em alguma fase produtiva, interrompendo
assim as atividades sucessivas de atendimento da demanda.
O que ocorre geralmente nas empresas é um aumento no número de itens
comprados, muitas vezes desnecessários, pois aumenta o tempo em que o material
fica parado no estoque, levando a capital empatado. Para saber quais incertezas
são relevantes para a definição de políticas de estoques e que custos elas estão
gerando para a empresa, é preciso entender todo o processo logístico, desde o
processo de requisição de um pedido até o atendimento ao cliente, passando pela
produção de produtos acabados e aquisição de matérias primas.
Assim, é possível definir indicadores referentes às incertezas do processo e
quantificá-las. A finalidade dos estoques de segurança é, portanto, não afetar o
processo produtivo e, principalmente, não ocasionar transtornos ao cliente por falta
de material.
Tendo isso em vista, as empresas devem manter estoques para que não
haja falta de produtos, pois ocorrendo determinada falta, às vezes não é possível a
substituição imediata de um item, podendo levar certo tempo até o material chegar
ao local desejado. Por isso, as empresas precisam manter estoques e mantê-los
bem organizados para não ocorrerem faltas como também estoques demasiados.
De acordo com Araújo (1986, p. 211), “é imprescindível o bom controle dos estoques
para se atingir a meta das boas aquisições de uma empresa”.
4.3.2 Classificação e codificação de materiais
Um sistema de classificação é importante para qualquer departamento de
materiais. Sem essa classificação é difícil existir um controle eficiente dos estoques,
administrar a armazenagem correta dos materiais e obter uma operacionalização
adequada no almoxarifado.
25
Para Viana (2002), grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques
depende fundamentalmente da classificação dos materiais, sendo que essa
classificação pode servir também para identificar e definir prioridades.
A classificação de um material serve para agrupá-lo de acordo com sua
forma, peso, tipo, dimensão etc. Deve-se ter o cuidado para que essa classificação
não seja confundida com outro material mesmo este sendo semelhante, assim a
classificação deve ser feita para que cada material ocupe seu devido lugar.
“Classificar material significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de
acordo com a semelhança, sem, contudo causar confusão ou dispersão no espaço e
alteração na qualidade” (DIAS, 1997, p. 177).
Mesmo as pequenas empresas podem ter em estoque uma grande
quantidade de itens diferentes. Por isso se torna essencial ter um processo de
classificação que impeça a duplicação dos materiais e que permita através dessa
classificação, que cada item seja localizado facilmente.
De acordo com Viana (2002), para atender as necessidades de cada
empresa, é necessária uma divisão que oriente as várias formas de classificação.
Como existem vários tipos, a classificação deve ser analisada em conjunto, visando
propiciar decisões e resultados que contribuam para diminuir os riscos de falta.
Assim, “o objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação,
simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os
materiais componentes do estoque na empresa” (DIAS, 1997, p. 176).
A simplificação de um material significa reduzir a quantidade de um item
utilizado para o mesmo fim. Com isso, favorece a normalização, diminuindo as
despesas e evitando que o material oscile.
Junto com a simplificação é necessária a especificação do material que é
uma descrição bem detalhada possibilitando que o consumidor e/ou fornecedor
entenda melhor qual o tipo de material requisitado, visto que da especificação
depende o ressuprimento necessário às atividades da empresa.
A normalização é a forma que devem ser utilizados os materiais para suas
diversas finalidades e a padronização e a identificação dos materiais, para que tanto
os usuários como no almoxarifado possam atender e requisitar um material quando
necessário. A padronização é aplicada também no caso de peso, medida e formato.
Após a realização da classificação pode ser feito a codificação, esta
realizada através de números ou letras, representando todas as informações
26
necessárias com base na classificação obtida do material. Assim, de acordo com
Viana (2002), a codificação nada mais é do que uma variação da classificação de
materiais.
A partir de uma análise dos materiais da empresa, o objetivo da codificação
é “propiciar aos envolvidos a solicitação de materiais por seu código, em lugar do
nome habitual, e possibilitar a utilização de sistemas automatizados de controle”
(VIANA, 2002, p. 94).
Ainda de acordo com o autor, os sistemas automatizados de controle
objetivam facilitar a comunicação interna na empresa em relação a materiais e
compras, evitar a duplicidade de itens no estoque, facilitar a padronização de
materiais e o controle contábil dos estoques.
Segundo Dias (1997), uma codificação representativa deve ser utilizada para
uma perfeita localização dos materiais em cada local no almoxarifado. Um conjunto
de códigos deve indicar o posicionamento de cada material no estoque, facilitando
assim as operações de movimentação, inventário, etc. Para Viana (2002), uma
codificação é boa quando a simples visualização do código por aqueles que o
manuseiam permite identificar, de modo geral, o material. Para Dias (1997), os
sistemas de codificação mais utilizados são: o alfabético, alfanumérico, numérico ou
decimal e código de barras.
No sistema alfabético o material é codificado através de letras, sendo
utilizado um conjunto de letras suficientes para preencher toda a identificação do
material. Pelo seu limite com relação a quantidade de itens e de difícil memorização,
este sistema está caindo em desuso.
O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números e permite
um número de itens em estoque superior ao sistema alfabético. Normalmente é
dividido em grupos e classes.
O sistema decimal é o mais utilizado pelas empresas, pois possibilita
maiores informações de cada item em estoque. De acordo com Viana (2002), esse
tipo de codificação divide os materiais em grandes grupos, numerando-os de 01 a
99. Após isso são divididos em subclasses, numerando-os de 001 a 999.
Cada material é classificado sob títulos gerais, relacionados com suas
características. E cada um dos títulos de classificação geral é submetido a uma nova
divisão que individualiza os materiais.
27
O código de barras, de acordo com Viana (2002), pode ser usado para
aprimorar qualquer processo que envolva controle de mercadorias. Esse sistema
também é ideal para operações com grande número de itens.
Ainda segundo Viana (2002), as principais vantagens desse sistema são:
rapidez; economia; aplicação no armazenamento; financeiras; dispensa de
etiquetação de cada produto com o preço; operações de descontos sobre
determinados itens ou promoções.
Assim, o código de barras tem aplicações muito viáveis, pois através do
armazenamento de dados em um computador, o leitor do código de barras pode
reconhecer o material sem a necessidade de digitá-lo. Isso torna o processo mais
ágil, pois com uma rápida leitura do código de barras, o estoque estará visível
instantaneamente a partir do momento em que chega a entrega e poderá ser feita
imediatamente a reconciliação com o pedido. O resultado final deste processo é
eficaz refletindo num estoque sempre atualizado e, desta forma, evita problemas
com a falta de estoque.
Cada empresa possui um método para classificar e codificar seus materiais,
no entanto, o mais importante é que o método utilizado possa melhorar a qualidade,
trazendo mais agilidade no processo de manuseio dos materiais estocados.
4.3.3 Tempo de reposição e ponto de pedido
Segundo Dias (1997), uma das informações essenciais para poder calcular o
estoque mínimo é o tempo de reposição, ou seja, é o tempo que foi gasto desde a
verificação do estoque que precisa ser reposto até a chegada do material no
almoxarifado.
Esse tempo de acordo com Dias (1997) pode ser dividido em três partes:
a) emissão do pedido: é o tempo desde o pedido de uma compra até
chegar no fornecedor;
b) preparação do pedido: é o tempo que o fornecedor leva para fabricar e
separar os produtos, emitir o faturamento e colocá-los em condições
para o transporte;
28
c) transporte: é o tempo desde a saída do fornecedor até o recebimento
dos produtos pela empresa.
De acordo com Pascoal (2008) em razão da existência de materiais que o
tempo de reposição não pode ser determinado com certeza, o mesmo deve ser
realizado de forma mais realista possível, pois as variações que ocorrem durante
esse tempo podem mudar toda a estrutura do sistema de estoques.
No entanto, Dias (1997) afirma que determinado material precisa ser reposto
quando o estoque atingiu o ponto de pedido, isto é, quando o estoque desse
material estiver abaixo ou igual à certa quantidade, chamado de ponto de pedido.
Esse estoque disponível normalmente é chamado de estoque virtual, ou seja:
estoque virtual = estoque físico + saldo de fornecimento.
Assim, Pascoal (2008) diz que deve-se fazer uma nova reposição do
estoque, quando o estoque virtual estiver abaixo ou igual à determinada quantidade
predeterminada, como adequado que é o ponto de ressuprimento ou ponto de
pedido.
Ainda de acordo com a autora, para realizar o cálculo do estoque disponível,
deve-se considerar: o estoque existente, os fornecimentos em atraso e, os
fornecimentos em aberto.
O ponto de pedido é representado pelo saldo do item em estoque, quantidade de reposição até a entrada de um novo ressuprimento no almoxarifado, pode ser determinado pela seguinte fórmula: PP = C x TR x E.Mn, onde: PP = ponto de pedido; C = consumo médio mensal; TR = tempo de reposição; E.Mn = estoque mínimo (DIAS, 1997, p. 59).
Portanto, o ponto de pedido é um indicador, e quando o estoque virtual
alcançá-lo, deverá ser reposto o material, sendo que a quantidade existente no saldo
seja suficiente para suportar o consumo durante o tempo de reposição.
4.3.4 Estoque máximo
Segundo Dias (1997), o estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo
mais o lote de compra, representado pela seguinte fórmula: E. Mx = E. Mn + lote de
compra.
29
Ainda de acordo com o autor, esse lote de compra pode ser econômico ou
não, pois no processo entre a compra e o consumo, o estoque irá alterar entre os
limites máximos e mínimos ou, sempre que um dos dois limites variarem.
Segundo Viana (2002), a finalidade principal do estoque máximo é indicar a
quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual.
O estoque máximo ainda poderá sofrer limitações em relação ao espaço
para seu armazenamento. Podendo diminuir o tamanho do lote e o estoque mínimo,
quando a falta de material tornar-se maior, evitando assim, a paralisação da
produção ou a execução de uma tarefa por falta de estoque.
Portanto, estoque máximo é a quantidade máxima de mercadoria que a
empresa deve estocar, procurando evitar custos desnecessários para a empresa.
4.4 ALMOXARIFADO
“O almoxarifado se incube de armazenar os materiais iniciais, como as
matérias primas e outros materiais adquiridos de terceiros” (CHIAVENATO, 1991, p.
116).
Segundo Araújo (1986), a missão de um almoxarifado é servir como
reservatório, guardando na medida do possível, temporariamente os produtos. Sua
organização dependerá deste caráter transitório, no sentido de proporcionar maior
facilidade na entrada e saída dos produtos, para que o seu período seja o mais
breve possível e para que o estoque se torne suficiente para as necessidades
normais.
Ainda de acordo com o autor, o almoxarifado é o intermediário entre a
matéria prima e o produto, bem como os clientes que vão receber o produto pronto.
Um perfeito controle realizado pelo almoxarifado é uma das causas de sua
eficiência e importância. Segundo Araújo (1986), ao estabelecer sistemas de
controle visa-se obter várias informações como: quantidade de material na data
considerada; última aquisição e preço; nome e endereço do fornecedor; preço
médio; cálculos sobre o estoque em relação ao consumo; dados de consumo; entre
outras.
30
Para armazenar corretamente os materiais no almoxarifado deve-se ter
cuidados especiais, através de um sistema de instalação e layout adequado,
proporcionando condições físicas ideais e preservando a qualidade dos materiais,
buscando uma melhor ocupação e arrumação do lugar.
Pois, o almoxarifado é o intermediário entre a empresa e o cliente e deve
estar sempre bem organizado para que não ocorra a falta de material e para que
não se compre material em excesso.
As empresas que têm um almoxarifado bem organizado e um controle dos
itens sabem com exatidão os materiais que lá se encontram, possibilitando saber o
período que é necessário realizar uma nova compra e quanto material é preciso
comprar.
Percebe-se que algumas medidas são fáceis de serem executadas para
manter o controle no almoxarifado, mas exigem um layout adequado. A empresa
que possui um almoxarifado bem estruturado e controle sobre seus estoques obtém
com maior precisão a quantidade de materiais estocados, gerando benefícios a
empresa e ao cliente.
4.4.1 Arranjo físico (Layout)
O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos e materiais de forma
adequada em relação ao processo produtivo, planejando o espaço físico a ser
ocupado e utilizado. Para Chiavenato (1991), significa a colocação dos diversos
produtos para proporcionar a produção de produtos e/ou serviços.
O objetivo do layout é disponibilizar cada item em seu lugar, para que este
não atrapalhe e nem ocupe espaço em excesso, podendo assim ser dividido com
outro produto, mas, é necessário efetuar a coleta das características dos produtos e
instalações.
Tendo isso em vista, e de acordo com Martins e Laugeni (1999), são
necessárias as seguintes informações: especificação do produto, suas
características, a quantidade, a sequência de montagem, o espaço necessário para
cada item (incluindo espaço para o operador se movimentar), e informação sobre o
recebimento e estocagem de matérias primas.
31
O layout adequado proporciona melhor utilização da área disponível da
empresa, tornando o fluxo de trabalho eficiente e reduzindo custos.
Para que exista uma boa estruturação, é necessário que haja uma perfeita
limpeza, uma boa iluminação e ventilação, e um local apropriado que seja destinado
somente aos produtos. Através do layout do almoxarifado adequado, a qualidade
dos serviços tende a aumentar, influenciando melhor produtividade e gerenciamento
dos estoques.
A realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém (VIANA, 2002, p. 309).
Enfim, o layout está relacionado ao estoque, onde cada item será colocado,
é o espaço que este ocupará. É através dele que se poderá saber, por exemplo, se
haverá necessidade de ter que aumentar a estrutura destinada ao estoque.
32
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para Lakatos e Marconi (1995), a pesquisa pode ser considerada um
procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um
tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para
descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade,
é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos.
Segundo Ferrari (1982, p. 20), “metodologia é um procedimento racional
arbitrário de como atingir determinado resultado. É a forma de proceder ao longo de
um caminho”. A metodologia é a explicação minuciosa e detalhada de toda ação
desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa.
Para que fossem atingidos os objetivos mencionados para obter um melhor
controle nos estoques no almoxarifado do SEMAE, inicialmente partiu-se para a
pesquisa-diagnóstico, na qual explorou-se o ambiente para definir os problemas
existentes. Em seguida foi realizada a pesquisa bibliográfica, pois se utilizou de
dados teóricos para explicar o problema em questão a partir de referências teóricas.
De acordo com Gil (1996, p. 48), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
Visto que o problema apresentado no almoxarifado do SEMAE é o de falta
de um controle de estoques adequado, fez-se o uso da proposição de planos, no
qual o foco está em apresentar soluções para o problema já diagnosticado.
Para diagnosticar o problema, utilizou-se a técnica de observação que de
acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 144), “é uma fonte rica para a construção
de hipóteses realizada dos fatos ou da correlação existente entre eles. As hipóteses
terão a função de comprovar ou não essas relações e explicá-las”.
De posse dos dados coletados analisou-se a real situação dos materiais.
Assim constatou-se a existência de falhas que impediam o adequado funcionamento
do estoque. Para isso, utilizou-se a técnica de observação participativa, que
segundo Lakatos e Marconi (1991) consiste na participação real do pesquisador com
o grupo, sendo feito uma observação do estoque atual, a partir de um levantamento
de dados. Através do conhecimento do setor e de seu funcionamento, realizou-se
uma coleta de informações sobre os materiais existentes no estoque, dentre outras
33
coisas, verificou-se o estado de conservação dos itens e fez-se uma classificação e
codificação dos materiais.
Por fim, a abordagem de pesquisa utilizada será a qualitativa através de
análise de documentos, visto que ela tem como objetivo situações complexas ou
particulares. Para Roesch (1999) “a pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e
análise de dados são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa”.
A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento chave. Ele analisa seus dados indutivamente, sendo
que o processo e seu significado são os focos principais da abordagem.
Segundo Oliveira (1998), as pesquisas que se utilizam da abordagem
qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma
determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis,
compreender e classificar processos dinâmicos e apresentar contribuições no
processo de mudança.
Assim, a partir dessa técnica de pesquisa e de um levantamento das reais
condições que se encontram os materiais no almoxarifado, será definido um ou mais
métodos a serem adotados para o bom funcionamento do mesmo.
34
6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
COLETADOS
Neste capítulo será apresentado o diagnóstico organizacional do
Departamento do SEMAE relatado antes da proposta de estágio. Também será
abordado sobre a operacionalização e implementação do estágio pelo qual, através
da avaliação e interpretação dos dados, identificou-se a problemática existente no
estoque e após feito esse levantamento procurou-se apresentar as contribuições
práticas que o estágio proporcionou para o Departamento.
6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
6.1.1 Caracterização e estrutura organizacional
O estágio foi realizado especificamente no SEMAE - Sistema Municipal de
Água e Esgoto de Mercedes. Está situado à rua Dr. Osvaldo Cruz, 555, Centro. É
um Departamento vinculado a Secretaria de Viação, Obras e Serviços Públicos junto
a Prefeitura deste Município. Seu ramo de atividade é a prestação de serviço de
água potável. Atua especificamente na cidade de Mercedes, região Oeste do Estado
do Paraná. Por se tratar de prestação de serviço público, não possui mercado
concorrente.
O SEMAE tem a seguinte estrutura organizacional, representada no
organograma abaixo:
35
Figura 1 - Organograma do SEMAE
Fonte: Dados da empresa (2009)
As atribuições e competências do Departamento do SEMAE estão dispostas
no Decreto n° 034/2006, que aprova, além destas, o regimento do Departamento de
água e esgoto (MERCEDES, 2006).
A estrutura organizacional do SEMAE é composta pela diretoria executiva,
divisão de controle, análise e pesquisa, divisão de faturamento e emissão de faturas
e divisão de manutenção e ampliação da rede de água e esgoto, especificados a
seguir:
a) diretoria executiva: assessorar o Prefeito nos assuntos pertinentes a
área de atuação do Departamento; dirigir, orientar, controlar e fiscalizar
os trabalhos do Departamento; aplicar as sanções cabíveis, havendo
expressa autorização legal, no caso de infração cometida por servidor
sob sua direção; zelar e diligenciar pelo atendimento das normas
técnicas relativas ao desempenho das atividades do Departamento;
promover e colaborar com as políticas públicas de saneamento básico
e qualidade da água, juntamente com órgãos da administração pública
direta ou indireta;
b) divisão de controle, análise e pesquisas: efetuar estudos e pesquisas
objetivando o aperfeiçoamento dos serviços de água e esgoto, bem
como das instalações e equipamentos utilizados; reunir e organizar
dados técnicos e científicos relacionados as atividades do
Departamento; inspecionar as dosagens de tratamento químico da
água; coordenar a limpeza periódica das casas de tratamento de água;
Diretoria Executiva
Divisão de controle,
análise e pesquisa
Divisão de faturamento e
emissão de faturas
Divisão de manutenção e
ampliação da rede de água
e esgoto
36
programar a limpeza dos reservatórios e caixas elevadas; prestar as
informações requisitadas pelo Diretor do Departamento;
c) divisão de faturamento e emissão de faturas: organizar e manter
atualizado cadastro das unidades consumidoras; realizar o atendimento
ao consumidor; acompanhar a arrecadação do montante devido pelos
usuários; manter registro do consumo de água possibilitando a
realização de estudos e estatísticas; manter histórico de cada unidade
consumidora; receber as solicitações de ligação de imóvel à rede de
abastecimento de água, assim como, de desligamento e religação de
unidade consumidora; receber as solicitações de alteração de categoria
da unidade consumidora, adotando as medidas cabíveis; notificar os
consumidores inadimplentes e requisitar a suspensão do fornecimento
de água, caso necessária; também controlar estoques, função está que
será abordada nesse estágio;
d) divisão de manutenção e ampliação da rede de água e esgoto:
proceder a ligação, desligamento e religação de unidade consumidora
à rede de abastecimento de água e tratamento de esgoto; proceder à
suspensão do fornecimento de água; proceder à substituição de
hidrômetros; realizar qualquer outro serviço relativo aos serviços de
abastecimento de água ou tratamento de esgoto (MERCEDES, 2006).
6.1.2 Histórico da organização
Considerando que o SEMAE faz parte da estrutura administrativa do
Município, justifica-se o histórico referente à criação do Município de Mercedes.
Sua criação ocorreu em 25 de julho de 1960, assim, nesse ano, Mercedes
passa a ser um distrito do recém-formado Município de Marechal Cândido Rondon.
O Município de Marechal Cândido Rondon busca ao longo das
administrações estruturar o distrito de Mercedes, com instalações de infra-estrutura
à população que ali residia como energia elétrica, telefonia, rede de água, escolas,
hospital e demais obras e serviços necessários para a localidade. Estes dados
revelam que o distrito foi ampliando sua infra-estrutura, buscando o desenvolvimento
37
regional pautado na modernização da agricultura e no crescimento urbano. Esse
desenvolvimento foi criando condições e anseios de emancipação política do distrito
de Mercedes.
Assim, em 1990, Mercedes desmembrou-se do Município de Marechal
Cândido Rondon, sendo oficialmente criado em 13 de setembro de 1991 e instalado
no dia 1° de janeiro de 1993.
No entanto, mesmo com a emancipação do Município de Mercedes, o
sistema de água continuou sendo administrado pelo SAAE - Serviço Autônomo de
Água e Esgoto que é uma autarquia do Município de Marechal Cândido Rondon,
criado pela lei n° 223/66, de 19 de agosto de 1966 (SAAE, 2009).
Em 2005, ao quarto mandato administrativo do Município, iniciou-se um
estudo de viabilização de administração própria do sistema de água, o qual se
concretiza a partir de maio de 2006, implantado como um Departamento da
Secretaria de Viação, Obras e Serviços Públicos na estrutura administrativa do
Município, denominado Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE).
No início da administração, o SEMAE atendia aproximadamente 800 famílias
com o sistema de água potável, hoje, decorrido três anos de administração própria,
ampliou-se para 1.220 famílias, contando atualmente com sete funcionários, dos
quais três são concursados e os outros quatro possuem cargos comissionados.
O SEMAE conta com cinco sistemas distintos de Abastecimento de Água
potável, que estão localizadas na Sede e nos Distritos do Município: Novo Rio do
Sul, Sanga Forquilha, Arroio Guaçú e Três Irmãs.
Os recursos financeiros provenientes do Sistema de água, através das
receitas vindas diretamente do consumo de água, das ligações e religações, multas
e juros, é direcionado totalmente ao departamento, o qual se destina exclusivamente
na infra-estrutura do mesmo. Sendo usado para melhorar e ampliar as redes de
água, atendendo melhor à população e beneficiando mais famílias com água
potável.
Em função das Águas do SEMAE serem de mananciais subterrâneos, as
mesmas são classificadas como classe Especial pela Resolução do CONAMA -
Conselho Nacional do Meio Ambiente, n° 57/2005, necessitando para ser
consumida, apenas, de simples desinfecção (SEDU,2009). Portanto, o tratamento da
água distribuída para os consumidores de água do SEMAE se resume em: adição
38
de cloro para prevenir possíveis contaminações bacteriológicas do manancial ou que
possam adentrar ao longo da rede de distribuição.
As coletas de água são realizadas semanalmente em pontos estratégicos
dos cinco sistemas existentes no SEMAE, após a realização das coletas, o material
é levado para o laboratório do SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto do
Município de Marechal Cândido Rondon. Se houver contaminação em algum ponto,
se faz a coleta novamente em um ponto antes e em um ponto depois do local onde
houve a contaminação. Depois de realizado as análises, os laudos são enviados
para o Departamento do SEMAE. Os mesmos são analisados pela responsável
técnica do Departamento e um resumo dos resultados é informado no verso das
faturas de água, também são fixados os resultados no mural do Paço Municipal,
bem como no principal jornal de circulação do Município.
A água é tratada e fornecida à população pelo SEMAE, dentro dos padrões
de potabilidade estabelecidos pela Portaria 518/GM do Ministério da Saúde, com o
objetivo de oferecer à população uma água tratada e de boa qualidade
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
6.1.3 Ambiente organizacional
Há uma série de fatores que influenciam o desenvolvimento do SEMAE,
entre eles estão o clima e a migração. O clima na região oeste é subtropical úmido
mesotérmico, possui tendência de concentração das chuvas, sem estação seca
definida predominantemente na região, sendo, portanto, o fator climático de grande
relevância para o SEMAE, pois como a região não possui uma estação seca
definida, não ocorre a falta de água e, assim, não se faz necessário o racionamento
de água à população.
Outro fator que reflete positivamente para o SEMAE é a migração. A vinda
de pessoas de outras regiões é muito grande, o que tem aumentado
consideravelmente o número de habitantes no Município que possui 4.713 mil
habitantes dos quais 23,1% vivem no perímetro urbano e 76,9% concentram-se na
zona rural (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2007). O número
de habitantes interage e muito com o funcionamento do SEMAE, portanto, todos
39
esses são fatores que contribuem para a sustentabilidade e crescimento do Sistema
de água. Pois com o aumento da população, aumenta também a demanda e
pedidos de novas ligações, além de aumentar o faturamento, aumenta também, o
número de famílias recebendo água potável.
A região Oeste do Paraná é extremamente agrícola, onde especificamente
na cidade de Mercedes, a maioria da população concentra-se na zona rural, sendo,
portanto, a agricultura e a pecuária as bases da economia do Município com a
produção de soja, milho, trigo, mandioca, fumo, suinocultura e criação de bovinos
com grande produção de leite. A agricultura é a grande vilã da poluição das águas
com metais pesados derivados do uso de agrotóxicos, sendo que o uso de
defensivos agrícolas está intimamente ligado à poluição das águas e à
deteriorização do solo, as práticas agrícolas inadequadas levam à perda da camada
fértil do solo, que depois é corrigido com componentes químicos. Esse processo é
intenso principalmente nos cultivos de soja e milho. Depois da aplicação dos
agrotóxicos, a primeira chuva leva a descarga química para os rios, poluindo as
águas. Preocupado com essa poluição, o SEMAE realiza o monitoramento através
de coletas e análises de água, semanalmente. Assim, o SEMAE busca atender uma
demanda maior da sociedade com água potável diminuindo, portanto, o consumo de
água não tratada.
A água é um dos recursos naturais fundamentais para as diferentes
atividades humanas e para a vida de uma forma geral. O Brasil detém 13% das
reservas de água doce do Planeta, que são de apenas 3%. Esta visão de
abundância favoreceu o desenvolvimento de uma consciência de inesgotabilidade e
sem a devida preocupação com a escassez. A elevada taxa de desperdício de água
no Brasil, chega a 70%, comprovando essa despreocupação.
Preocupado com a inesgotabilidade e em relação ao mau uso da água
existente no Município, sendo comprovado através de visitas técnicas às
residências, onde se percebe o desperdício e o uso indevido da água com relação
aos consumidores principalmente nos meses de estiagem, o SEMAE realiza
semestralmente a medição nos poços e captações de água, onde através de
gráficos, analisa o volume do nível da água.
Em relação à tecnologia, a mesma passou a fazer parte da comunicação
humana, assim como, passou a participar da maioria das atividades desenvolvidas
pela humanidade ao longo de seu desenvolvimento. Tendo isso em vista, o SEMAE
40
utiliza da tecnologia, associando à transmissão da informação e de dados, que
contribui para o processo de comunicação que o SEMAE necessita, para o envio de
arquivos para o Estado de Santa Catarina, onde é feita a impressão das faturas de
água. Também está em fase de implantação, um novo sistema de operacionalização
dos dados, com mais melhorias e informações, incluindo o código de barras nas
faturas, que até então não existe, assim contribuindo para maior precisão nas
faturas.
A localização geográfica do Município não é totalmente favorável para
atender a demanda do SEMAE, pois para chegar a determinadas localidades que
apresentam escassez de água, os investimentos necessários são de grande vulto, e
os mesmos dependem da liberação de verbas, através de esferas Estadual e
Federal. Este ato implica em certa demora, pois o mesmo depende da assinatura de
convênio, adequação do mesmo no orçamento do Município e de processos
licitatórios.
Portanto, o departamento é uma estrutura dependente do Município, tanto
na legislação, como em processos licitatórios e aquisições de materiais e
equipamentos.
De acordo com as legislações, o SEMAE segue as normas exigidas pelo
Ministério da Saúde, através da Portaria n° 518/GM, que estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Também, através da
Suderhsa/IAP que o SEMAE atua, pois qualquer interferência que se pretenda
realizar na quantidade ou na qualidade das águas é necessária autorização do
Poder Público. Um exemplo é a Outorga que é um ato administrativo mediante o
qual o Poder Público faculta ao outorgado o uso de recursos hídricos, por prazo
determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato (SUDERHSA,
IAP, 2009)
41
6.1.4 Operacionalização da organização
O SEMAE possui uma cultura organizacional norteada pelos seguintes
valores: equidade, honestidade, transparência, democracia, sustentabilidade e
responsabilidade social.
Sua missão é planejar, coordenar, executar e manter os serviços de água
potável e de esgoto sanitário no Município, através da prestação de serviços com
qualidade, atuando de forma socialmente responsável.
A preocupação com as questões educacionais e ambientais do Município é
grande, para isso o SEMAE possui alguns projetos, dentre eles o de reflorestamento
com árvores nativas, nas minas e poços de água, que é uma parceria com a
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, com a Secretaria de Educação e com as
escolas municipais e estaduais do Município, sempre visando à preservação da
água. Também faz anualmente a distribuição de materiais explicativos, com
recomendações de como utilizar e de como cuidar desse bem tão precioso,
conscientizando à população a preservar os mananciais e as fontes existentes.
Preocupado em se manter atualizado em termos de tecnologia, foi adquirido
um novo equipamento para a coleta de dados, operacionalizado por um computador
de mão (Pocket) e incorporado ao trabalho diário dos funcionários. Isso é um
exemplo de que o SEMAE utiliza a tecnologia em benefício de seus colaboradores.
Pois esse equipamento tornou o trabalho dos funcionários mais ágil, podendo assim
designar o tempo a mais para atender à população, e econômico, buscando não
substituir a mão de obra, mas sim, a redução de custos.
Considerando que o Município, a partir de 2006, assumiu a administração do
sistema de abastecimento de água de Mercedes, criando, para tanto, o
Departamento de Água e Esgoto, foi necessário estipular a fixação dos preços
relativos aos serviços de abastecimento de água potável, para a garantia e
ampliação dos mesmos, fixando os preços dos serviços, bem como, o valor das
multas e juros exigíveis em função de inadimplência ou infração das unidades
consumidoras.
De acordo com o Decreto n° 048/2006, o valor do serviço de abastecimento
de água potável será fixado em razão da categoria a que pertence à unidade
consumidora, conforme a seguinte classificação:
42
I urbana, categoria que abarca todas as residências situadas em perímetro
urbano;
II rural, categoria que abrange todas as propriedades rurais do Município,
assim como as chácaras situadas em zona suburbana;
III comercial, categoria que se compõe pelos diversos estabelecimentos
comerciais existentes no Município;
IV industrial, categoria composta pelos empreendimentos industriais
(MERCEDES, 2006).
Depois de fixado a categoria pertencente a cada unidade consumidora, a
cobrança dos valores se dará por meio de fatura emitida pelo Departamento de
Água e Esgoto, devendo as quantias devidas serem quitadas nos estabelecimentos
credenciados pelo Município.
Em relação ao sistema de remuneração o mesmo é de salários fixos, sem
horas-extras ou qualquer tipo de compensação, realizado através de depósito
bancário, efetuado no último dia útil de cada mês, sendo feita à emissão de
holerites. Os salários variam de acordo com o cargo e função exercida.
O processo de seleção é através de concurso público e cargo comissionado.
O concurso público é regido e executado conforme legislação própria. É de caráter
eliminatório e classificatório, e visa o provimento das vagas do Quadro de Pessoal.
Os candidatos aprovados, através de prova escrita e prova de títulos, são
convocados através de Edital de Convocação. Após a convocação passam por
avaliações por um período de três anos, se aprovados, são efetivados. Os cargos
comissionados (de confiança) são de escolha exclusivamente do Prefeito.
Os funcionários concursados possuem plano de cargos e carreira, são
avaliados constantemente por uma comissão de avaliação designada pelo Prefeito,
sendo que a avaliação de desempenho objetiva:
a) oportunizar a efetivação após estágio probatório;
b) aprimorar o quadro funcional de forma a promover a melhoria dos
serviços prestados à população;
c) aferir e avaliar o desempenho do servidor ocupante de cargo de
carreira;
d) promover a adaptação do servidor ao trabalho, possibilitando seu
desenvolvimento profissional.
43
O servidor ocupante do cargo será avaliado de acordo com os seguintes
fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, responsabilidade e
eficiência.
Quanto ao aspecto do crescimento e do desenvolvimento dentro da
organização, destaca-se que este somente é focado para os cargos exercidos por
funcionários concursados, pois os mesmos possuem plano de cargos e carreira.
O SEMAE possui uma escala hierárquica que deve ser seguida e respeitada.
Em âmbito geral quem toma as decisões é o diretor, porém quando as decisões são
de grande influência, ultrapassando o poder do mesmo, consulta-se o Prefeito ou o
Chefe de Gabinete.
Entretanto, em linhas gerais, o estilo gerencial adotado pelo SEMAE é o
democrático. O diretor procura discutir os problemas e tomar as decisões em grupo,
raramente isso é feito de forma individual, pois o mesmo estimula a participação dos
colaboradores na tomada de decisão e na exposição de idéias, para que todos os
funcionários se comuniquem e trabalhem em equipe.
Os colaboradores são considerados responsáveis pelos serviços que
executam e espera-se que estes demonstrem iniciativa, disciplina, organização,
produtividade e cultivo de bons relacionamentos dentro e fora do departamento.
Ainda assim, o diretor tem autonomia para tomar decisões que podem ou
não refletir na opinião de seus colaboradores subordinados.
De acordo com a gestão de qualidade, os colaboradores realizam reuniões
mensais para discutirem as adversidades encontradas na área, facilitando assim
tomada de decisões, no entanto, não existe um programa de qualidade definido.
Outro aspecto relevante é o treinamento anual e a participação em
encontros regionais sobre água, visando sempre à melhoria no atendimento e
desenvolvimento dos serviços prestados pelo departamento aos seus munícipes.
Quanto às condições de trabalho as mesmas são seguras, pois os
funcionários utilizam de equipamentos obrigatórios para sua maior segurança e para
o bom funcionamento da operação. O ambiente de trabalho é higienizado, as salas
são iluminadas e os equipamentos são adequados, fatores que auxiliam na
produtividade das tarefas diárias desenvolvidas pelos colaboradores. A relação entre
funcionários é amigável, sem formalidades, o que torna o ambiente de trabalho
ainda mais agradável, contribuindo também para a produtividade.
44
6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Através do diagnóstico realizado no Departamento do SEMAE e do projeto
de estágio, foi possível analisar os processos administrativos do mesmo. A partir dos
dados coletados, verificou-se a existência de falhas em relação ao controle de
materiais no estoque e percebeu-se a necessidade de uma organização geral dos
itens (ANEXO 1).
Outro problema encontrado com relação aos materiais do almoxarifado foi
em relação à organização dos mesmos. Os materiais não possuíam qualquer
identificação e estavam todos misturados (ANEXO 2). Com isso, além de dificultar
sua localização também faz com que os funcionários necessitem de mais tempo na
procura do material quando necessário.
Também detectou-se que não existe uma pessoa responsável pelos
materiais no almoxarifado. Todos os funcionários têm acesso aos materiais que lá se
encontram. Assim como não existe uma pessoa responsável pelo almoxarifado,
também não existe nenhum controle dos materiais.
Por não existir nenhum sistema para controlar as entradas e saídas dos
materiais, não se sabe quanto material tem em estoque ou quanto foi utilizado, nem
se sabe com precisão a data para fazer uma nova encomenda. Isso gera
transtornos, sendo que muitas são as vezes que ocorre a falta de material, pois o
processo entre a encomenda do produto até seu destino final pode levar dias,
causando assim certa demora na execução das tarefas, e em decorrência da falta
de espaço no almoxarifado, não há como manter muitos itens em estoque.
Para realizar esse controle, existe o sistema de requisição de material
(ANEXO 8) sendo possível através desse, registrar manualmente e especificar os
materiais que foram utilizados para a execução das tarefas. Porém, essas
requisições acabam sendo guardadas dentro de pastas, não sendo feito nenhuma
baixa dos itens do estoque, dessa forma, o controle se torna ineficaz.
Quanto ao espaço físico, o almoxarifado não comporta a necessidade real
dos materiais em estoque. As prateleiras não são suficientes para armazenar todos
os itens. Com isso, alguns materiais são armazenados dentro de baldes plásticos e
no chão (ANEXO 3). Materiais maiores como barras de cano (que totalizam até 6
metros cada), são armazenados em outro local, devido a carência de espaço
45
mencionada no almoxarifado. A consequência disso é que os materiais ficam em
diferentes locais e no momento de sua utilização há uma demanda de maior tempo
para sua localização. Segundo Viana (2002, p. 272), “o almoxarifado deverá possuir
instalações adequadas, bem como recursos de movimentação e distribuição
suficientes a um atendimento rápido e eficiente”.
Além disso, notou-se a existência de itens obsoletos, danificados e sujos nas
prateleiras (ANEXO 4) que acabam utilizando espaço que poderia ser usado para a
guarda de outros itens mais importantes.
Por se tratar de um órgão público, a compra de materiais é feita através de
licitações e contratos. A licitação destina-se a garantir, avaliar e selecionar a
proposta mais vantajosa para a Administração. Na licitação para compra, a
Administração especifica o material a ser adquirido, indicando, para isso, a
qualidade e a quantidade a ser comprada, bem como as condições em que deseja
adquirir. Em relação aos contratos, a vigência é de janeiro a dezembro de cada ano,
podendo retirar junto aos fornecedores os materiais durante o ano conforme
necessidade.
Assim, no início de cada ano, é feito um relatório contendo a quantidade de
materiais necessários que serão utilizados no decorrer do ano. Devido ao fato de
não haver um sistema informatizado para controle dos materiais e não se saber a
real demanda de anos anteriores faz-se uma suposição da totalidade dos materiais
que terão que ser comprados para todo o ano.
Os materiais de consumo utilizados no dia a dia como, conexões, cola, etc.,
as compras são feitas através da modalidade licitação convite. Que de acordo com
Viana (2002, p. 255), “consiste na solicitação escrita a pelo menos três interessados
no ramo do objeto, para que apresentem suas propostas, no prazo mínimo de cinco
dias”. Assim, são enviados convites para três empresas do Município, onde o
representante de cada empresa traz um envelope com o preço por escrito e a
empresa que propor menor preço, ganha a licitação.
Para a compra de materiais utilizados para a manutenção e ampliação das
redes e para os produtos químicos, as compras são feitas através da modalidade
pregão. Nesse processo, os representantes das empresas interessadas que estão
presentes competem entre si dando lances, assim como na modalidade licitação
convite a empresa que oferecer o menor preço vence a licitação. Para o pregão, a
46
divulgação é feita através do site da Prefeitura do Município e de publicação em
jornal.
6.3 IMPLEMENTAÇÃO DO ESTÁGIO NA EMPRESA
Conforme abordado anteriormente, o estoque do SEMAE encontrava-se sem
qualquer identificação e codificação. Para isso, o primeiro procedimento utilizado foi
a organização dos materiais. O processo adotado foi anotar cada item e sua
quantidade em um caderno para depois lançá-los em uma planilha no excel e obter
um controle eficaz para que quando necessário, saber a quantidade existente no
estoque assim como a saída. A fim de possuir um processo contínuo, é necessário
alimentar a planilha diariamente. Após essa contagem, constatou-se um total de
mais de 3.000 itens.
Outro fator levantado através desse procedimento foi a verificação da
existência de vários itens obsoletos, sem nenhuma utilidade. Muitos materiais foram
jogados no lixo, gerando um aumento no espaço e uma maior economia,
possibilitando uma estocagem mais adequada.
Também através deste procedimento, foram colocados cada item
separadamente em uma prateleira para posteriormente fazer a identificação
adequada para localizá-los mais facilmente (ANEXO 5). Antes, encontravam-se
todos desorganizados e até mesmo em baldes plásticos no chão do almoxarifado.
Isso acarretava em uma grande quantidade de materiais estragados, sujos e que
não tinha nenhuma relação com os itens que estavam ali, como: telefone estragado,
caixas de papelão, garrafas pet, vassouras, etc., como pode-se observar na figura
(ANEXO 6).
O segundo procedimento adotado foi a classificação dos materiais através
do sistema decimal (APÊNDICE 1). Sendo o mais utilizado pelas empresas devido a
sua simplicidade. Este método consiste em classificação geral, classificação
individualizadora e classificação definidora. Dias (1997, p. 174) afirma que “o
objetivo de um sistema de localização de materiais deverá ser estabelecer os meios
necessários a perfeita identificação dos materiais estocados”.
Na classificação geral os materiais foram classificados sob títulos gerais:
47
01 – Conexões
02 – Materiais de vedação
03 – Anéis
04 – Canos
05 – Cavaletes
06 – Cloro
07 – Chaves
08 – Registros
09 – Válvulas
10 – Estopas
11 – Materiais de segurança
12 – Materiais diversos
Todos os materiais foram classificados sob títulos gerais de acordo com
suas características. A partir desses títulos gerais, fez-se uma nova classificação,
denominada de classificação individualizadora, a qual como o próprio nome diz
individualiza cada item.
Devido a diversidade de itens esta classificação torna-se necessária. Por
exemplo, o código 01 – conexões, ficando subdividido da seguinte maneira:
01 – Conexões
02 – Bucha de redução
03 – Cap
04 – Colar
05 – Curva
06 – Cruzeta
07 – Derivação “T”
08 – Joelho
09 – Luva
Essa codificação ainda não é suficiente por faltar uma definição dos vários
tipos de itens. Por essa razão cada classificação individualizadora recebe uma nova
codificação, codificando-os alternadamente para que se precisar ou entrar outro
material, poder codificá-lo na ordem. Por exemplo, o código 01 – conexões:
001 – Adaptador com registro manopla PVC 20 x ¾
003 – Adaptador PP 20 x ¾ PN rosca fêmea
005 – Adaptador PP 20 x ¾ PN rosca macho
48
007 – Adaptador PVC 1 ½ x 50 mm
Após essa codificação constatou-se exatamente a quantidade total de cada
material. Assim, cada item recebeu seu código, feito em papel cartão fixando-os em
cada prateleira (ANEXO 7). Com isso, os materiais ficaram bem organizados,
proporcionando mais agilidade na sua localização.
Também foi criado uma ficha de prateleira (APÊNDICE 2) feita de papel
cartão, imprimindo-se para cada folha duas fichas, minimizando-se assim os custos.
Essa ficha destina-se a controlar o material no próprio local em que está estocado.
Seu uso adequado evita a necessidade de estar contando a real existência dos
itens. Ela permanece junto ao material ou pode ser arquivada em fichários e é
movimentada cada vez que o material é retirado ou inversamente, ou seja, quando
se registrar novas entradas.
No estoque do SEMAE essa ficha está arquivada em fichários, sendo que
cada item possui sua ficha. Nela deverá se preencher a data, a entrada e/ou
devolução, a saída e o saldo do produto utilizado, assim como, assinar o nome no
campo “retirado e/ou devolvido” pelo funcionário que retirou e/ou devolveu o
material.
Esse controle deve ser realizado diariamente, para assim conseguir obter
maior eficácia no controle. Segundo Araújo (1986), todo processo de controle em um
almoxarifado depende, para a sua exatidão, da baixa dos materiais fornecidos. Esta
baixa é dada de acordo com as requisições apresentadas ao almoxarifado, o qual
fornece o que foi solicitado e conserva a requisição em seu poder, como
comprovante das entregas efetuadas.
Por isso, mesmo efetuando as baixas na planilha do excel, as fichas e as
requisições de material são arquivadas em pastas dentro de um armário para se
preciso conferir com os dados obtidos.
Outro método utilizado e demonstrado para a empresa foi a utilidade da
curva ABC, que visa saber quais itens merecem maior atenção. Por isso, depois de
feita a contagem dos materiais, criou-se uma tabela especificando o material, a
quantidade de peças, o valor unitário e o valor total dos itens (APÊNDICE 3).
Em seguida, foram ordenados os materiais de acordo com a totalidade de
itens em ordem decrescente através do seguinte cálculo: quantidade de itens
multiplicado pelo custo é igual a totalidade de materiais, conforme (APÊNDICE 4).
Através destes cálculos, pode-se fazer um somatório do total de itens, obtendo o
49
percentual em relação a quantidade de materiais em estoque, não podendo ser
realizado pelo valor do consumo anual, por não obter-se os dados dos anos
anteriores. Através dessa tabela, foi possível realizar uma análise ABC da
quantidade de itens em estoque, a qual foi feita dia 04 de junho de 2010.
Através destes dados foi construído o gráfico da curva ABC, na qual o eixo X
corresponde aos produtos e o eixo Y corresponde ao percentual acumulado de cada
item, conforme figura abaixo:
Figura 2 - Gráfico da Curva ABC
Fonte: Dados da pesquisa (2010)
Assim, conforme Dias (1997, p. 88), “a definição das classes A, B e C
obedecem apenas a critérios de bom senso. Em geral são colocados, no máximo,
20% dos itens na classe A, 30% na classe B e os 50% restantes na classe C”.
Sendo que essas porcentagens podem variar em cada caso, relacionando as
diferentes necessidades de tratamento aplicadas.
Dessa forma, depois de feito uma análise com o total de itens em estoque e
seu devido custo constatou-se que a classe A - 20% dos itens corresponde a
82,42% do valor investido em estoque; a classe B – 30% dos itens corresponde a
13,30% do valor investido em estoque e; a classe C – 50% dos itens corresponde a
4,28% do valor investido em estoque.
50
6.3.1 Sugestões e recomendações
Com o decorrer deste trabalho, verificou-se que o Departamento pode
aprimorar-se ainda mais através de aquisições de ferramentas. Para tanto, seguem
abaixo algumas sugestões e recomendações para melhorar ainda mais o controle
dos estoques.
Um sistema de controle de estoque é uma ferramenta bastante confiável
para a empresa, pois, através do desenvolvimento de um sistema que controle as
entradas e saídas dos materiais, a descrição dos itens, preços e quantidades,
poderá também se ter em mãos um relatório contendo a movimentação, o cadastro
dos produtos, a requisição de saída além de poder registrar informações com todos
os dados dos fornecedores. Assim, sugere-se a adoção de um sistema
informatizado e que o mesmo fique instalado no almoxarifado do Departamento para
que os funcionários que têm contato direto com o mesmo, possam fazer um controle
mais rigoroso e eficiente devido a grande variedade dos itens em estoque. Essa
aquisição traria para o Departamento mais agilidade no processo, uma vez que
pode-se registrar as saídas e/ou entradas logo que o material entrar ou sair do local
e consequentemente, poderá se saber com maior rapidez a quantidade de produtos
existentes no estoque e o momento em que se deve comprar outros itens para
reposição.
Ressalta-se que foi feito o orçamento de um sistema informatizado para o
controle dos estoques (ANEXO 9) que contemplaria todos os itens mencionados
acima, mas não foi possível a realização do mesmo, por se tratar de um órgão
público o mesmo precisa ser realizado através de licitações, o mesmo encontra-se
em fase de avaliação ainda, ficando assim como sugestão para execução futura.
Outro sistema de grande utilidade para o controle de estoques é o código de
barras. Pois através da codificação e de um correto lançamento dos dados no
sistema, o lançamento das entradas e saídas se torna mais prático, ágil e sem erros,
o que pode ocorrer se lançados manualmente.
Com relação as prateleiras no almoxarifado, sugere-se a pintura das
mesmas ou a troca das prateleiras de madeira para as prateleiras de aço. Pois, as
prateleiras de aço têm uma melhor aparência, o que deixa o ambiente mais
agradável.
51
Outra sugestão refere-se a capacitação e ao treinamento dos funcionários.
Devido a grande variedade e disponibilidade de produtos e marcas, é importante que
conheçam as características dos produtos, trazendo mais agilidade e qualidade nos
serviços prestados. É de fundamental importância que os mesmos estejam
atualizados tanto em relação aos serviços, quanto em relação aos equipamentos
que utilizam diariamente ou que por ventura possam adquirir futuramente visando a
satisfação e atendimento aos consumidores como também a execução mais
adequada dos serviços prestados aos usuários do abastecimento de água.
Dessa forma, recomenda-se que o Departamento continue com o projeto
implantado, sendo que essa continuidade só acontece com o comprometimento e
sensibilização dos colaboradores, deixando os materiais sempre organizados e
codificados, para que quando precisar seja fácil sua localização. É fundamental
classificar, codificar e organizar os produtos que entram bem como efetuar as baixas
dos itens que saem do almoxarifado. Só assim o Departamento obterá um controle
eficiente dos materiais em estoque.
Contudo, sabe-se que a curva ABC é de grande valia para a gestão de
materiais; ela permite identificar quais itens são prioritários no conjunto do estoque.
Por isso, recomenda-se que o Departamento continue utilizando a curva ABC, que
de acordo com Ballou (1993, p. 224), “tanto o capital investido em estoque como os
custos operacionais podem ser diminuídos, se reconhecermos que nem todos os
itens estocados merecem a mesma atenção por parte do administrador”. Através
dela, a administração poderá saber, por exemplo, na hora da compra, quais itens
merecem maior importância e quais os itens que geram maiores custos para o
Departamento.
52
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A administração de materiais gerencia as atividades de movimentação e de
estoque, incluindo não somente o movimento de peças e materiais, mas também as
atividades relacionadas a devolução deles. Abrange, assim, não apenas as
atividades de compra, mas também a movimentação de materiais. Ela utiliza-se de
várias atividades para atender as necessidades de produção ou para repor os
produtos antecipando-se às necessidades, oferecendo assim um bom nível de
serviço.
Assim, os materiais devem ser administrados e controlados para que não
ocorra a falta de algum produto ou que paralise a produção, nem excessos, pois
aumentam os custos desnecessariamente. De acordo com Chiavenato (1991, p. 35),
a “administração de materiais consiste em ter os materiais necessários na
quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que
compõem o processo produtivo da empresa”.
Em razão da importância dos estoques e visando a rentabilidade do capital
aplicado, é necessário estabelecer níveis de estoque, isso reduz investimento
desnecessário e possibilita o funcionamento normal da produção, evitando possíveis
interrupções. Geralmente, o armazenamento de materiais em estoque é um dos
investimentos mais altos em uma empresa.
Nesse sentido, o desenvolvimento deste estágio, tanto para o Departamento
quanto para a estagiária gerou benefícios. Para o Departamento, porque assim
pode-se fazer um levantamento de todos os itens em estoque, também organizar e
identificar os mesmos gerando economia e qualidade de vida no trabalho. Para a
estagiária, porque pôde colocar em prática os conhecimentos aprendidos no curso
de Secretariado Executivo, além da experiência adquirida na área do objeto de
estudo.
Ainda ressalta-se que o Departamento, ciente das mudanças que o estágio
poderia proporcionar, disponibilizou todas as informações necessárias para a
realização das atividades nas várias etapas deste projeto. Nessa perspectiva, houve
um reconhecimento por parte da empresa dos esforços desprendidos, assim como,
do reconhecimento que a teoria aliada a prática pode gerar melhoras tanto
financeiras quanto no ambiente de trabalho.
53
Dessa forma, conclui-se que as propostas sugeridas foram viáveis para o
Departamento, pois percebeu-se que a falta de organização nos materiais estocados
causavam prejuízos por não se saber quando é necessário fazer uma nova compra
e quanto material é preciso comprar. Portanto, constatou-se que os resultados
esperados foram alcançados com sucesso tanto por parte do Departamento quanto
por parte da estagiária.
54
REFERÊNCIAS
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55
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58
APÊNDICE 1 - CODIFICAÇÃO DOS ITENS EM ESTOQUE
ITEM MATERIAL CODIFICAÇÃO
1 Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4 01.01.001
2 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea 01.01.003
3 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho 01.01.005
4 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm 01.01.007
5 Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4 01.01.009
6 Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 01.01.011
7 Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4 01.01.013
8 Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 01.01.015
9 Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 ½ 01.01.017
10 Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml
02.01.001
11 Adesivo Plástico Frasco de 175 g 02.01.003
12 Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 03.01.001
13 Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 03.01.003
14 Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 03.01.005
15 Arco de Serra Metal 12.01.001
16 Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20 01.02.001
17 Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25 01.02.003
18 Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32 01.02.005
19 Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40 01.02.007
20 Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20 01.02.009
21 Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25 01.02.011
22 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25 01.02.013
23 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32 01.02.015
24 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25 01.02.017
25 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32 01.02.019
26 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40 01.02.021
27 Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50 01.02.023
28 Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60 01.02.025
29 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm 04.01.001
30 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm 04.01.003
31 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm 04.01.005
32 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm 04.01.007
33 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm 04.01.009
34 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm 04.01.011
35 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm 04.01.013
36 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm 04.01.015
37 Cap PVC Soldável 25 mm 01.03.001
59
38 Cap PVC Soldável 32 mm 01.03.003
39 Cap PVC Soldável 40 mm 01.03.005
40 Cap PVC Soldável 50 mm 01.03.007
41 Cap PVC Soldável 60 mm 01.05.009
42 Cavalete 05.01.001
43 Chaves de Regulagem Grande 07.01.000
44 Cloro Granulado Tambor c/300 kg 06.01.000
45 Colar 32 mm 01.04.001
46 Colar 40 mm 01.04.003
47 Colar 50 mm 01.04.005
48 Colar 60 mm 01.04.007
49 Colar 85 mm 01.04.009
50 Colar 110 mm 01.04.011
51 Curva Longa PVC 20 mm 01.05.001
52 Curva Longa PVC 25 mm 01.05.003
53 Curva Longa PVC 32 mm 01.05.005
54 Curva Longa PVC 40 mm 01.05.007
55 Curva Longa PVC 50 mm 01.05.009
56 Curva Longa PVC 60 mm 01.05.011
57 Curva PAD 20 mm 01.05.013
58 Curva PAD 32 mm 01.05.015
59 Curva PAD 60 mm 01.05.017
60 Curva PAD 3/4 01.05.019
61 Cruzeta 25 mm Soldável 01.06.001
62 Derivação "T" 20 mm PP 01.07.001
63 Derivação "T" 20 mm PVC Soldável 01.07.003
64 Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 01.07.005
65 Derivação "T" 32 mm PP 01.07.007
66 Derivação "T" 32 mm PVC Soldável 01.07.009
67 Derivação "T" 40 mm PVC Soldável 01.07.011
68 Derivação "T" 50 mm PVC Soldável 01.07.013
69 Derivação "T" 60 mm PVC Soldável 01.07.015
70 Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 01.07.017
71 Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável 01.07.019
72 Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável 01.07.021
73 Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr) 10.01.000
74 Espátula N° 10 12.01.003
75 Fita Veda Rosca (25m) 02.01.005
76 Furador de Cano 12.01.005
60
77 Grosa 12.01.007
78 Guarniação para Hidrômetro 12.01.009
79 Hidrômetro LAOMJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h 05.02.001
80 Joelho Misto 25 x 1/2 01.08.001
81 Joelho Misto 25 x 3/4 01.08.003
82 Joelho 20 mm Soldável 01.08.005
83 Joelho Roscável 3/4 01.08.007
84 Joelho Soldável 25 mm 01.08.009
85 Joelho Soldável 32 mm 01.08.011
86 Joelho Soldável 40 mm 01.08.013
87 Joelho Soldável 45° 20 mm 01.08.015
88 Joelho Soldável 45° 25 mm 01.08.017
89 Joelho Soldável 45° 32 mm 01.08.019
90 Joelho Soldável 45° 40 mm 01.08.021
91 Joelho Soldável 45° 50 mm 01.08.023
92 Joelho Soldável 50 mm 01.08.025
93 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2 01.08.027
94 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4 01.08.029
95 Jogo de Chaves de Fenda 12.01.011
96 Lacre Azul 11.01.001
97 Lixa 100 12.01.013
98 Luva 20 mm Soldável 01.09.001
99 Luva de Correr 150 mm 01.09.003
100 Luva de Correr JE PBA 20 mm 01.09.005
101 Luva de Correr JE PBA 25 mm 01.09.007
102 Luva de Correr JE PBA 32 mm 01.09.009
103 Luva de Correr JE PBA 40 mm 01.09.011
104 Luva de Correr JE PBA 50 mm 01.09.013
105 Luva de Correr JE PBA 60 mm 01.09.015
106 Luva de Correr JE PBA 75 mm 01.09.017
107 Luva de Correr JE PBA 85 mm 01.09.019
108 Luva de Correr JE PBA 110 mm 01.09.021
109 Luva de Correr JE PBA DN 40/50 01.09.023
110 Luva de Correr JE PBA DN 50/60 01.09.025
111 Luva de Correr JE PBA DN 60/75 01.09.027
112 Luva de Correr JE PBA DN 75/85 01.09.029
113 Luva de Redução Soldável 32 x 25 01.09.031
114 Luva de Redução Soldável 40 x 32 01.09.033
115 Luva de Redução 60 x 50 01.09.035
61
116 Luva Mista 25 x 3/4 01.09.037
117 Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea 01.09.039
118 Luva Soldável 25 mm 01.09.041
119 Luva Soldável 32 mm 01.09.043
120 Luva Soldável 40 mm 01.09.045
121 Luva Soldável 50 mm 01.09.047
122 Mangueira PAD c/ 50m 32mm 04.02.001
123 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA (2,4kg) 11.02.001
124 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr 11.02.003
125 Registro Esfera Cabeça Quadrada 08.01.001
126 Registro de Pressão com Castelo 25 mm Sold 08.01.002
127 Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 08.01.005
128 Registro VS PVC 32 08.01.007
129 Registro VS PVC 40 08.01.009
130 Registro VS PVC 50 08.01.011
131 Registro VS PVC 60 08.01.013
132 Reparo de registro de pressão 25 mm 08.02.001
133 Serra Metal 12.01.015
134 Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³ 02.01.007
135 Tubo Defofo Barra 6m 150 mm 04.03.001
136 Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm 04.03.003
137 Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm 04.03.005
138 Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm 04.03.007
139 Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm 04.03.009
140 Válvula de Retenção de pé 1 1/2 09.01.000
Fonte: Dados da pesquisa (2010)
62
APÊNDICE 2 - FICHAS DE PRATELEIRA
FICHA Nº: 0001
FICHA DE PRATELEIRA
MATERIAL CÓDIGO
DATA ENTRADA/ DEVOLUÇÃO
SAÍDA SALDO RETIRADO/ DEVOLVIDO POR
Fonte: autor (2010)
FICHA Nº: 0002
FICHA DE PRATELEIRA
MATERIAL CÓDIGO
DATA ENTRADA/ DEVOLUÇÃO
SAÍDA SALDO RETIRADO/ DEVOLVIDO POR
Fonte: autor (2010)
63
APÊNDICE 3 - MATERIAIS EM ESTOQUE
ITEM MATERIAL QUANT VALOR
UNITÁRIO VALOR TOTAL
1 Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4
10 8,00 80,00
2 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea
21 1,70 35,70
3 Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho
21 1,40 29,40
4 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm 10 3,20 32,00
5 Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4
2 0,70 1,40
6 Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 25 1,30 32,50
7 Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4
1 2,40 2,40
8 Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 5 8,00 40,00
9 Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 1/2
1 10,50 10,50
10 Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml 40 22,50 900,00
11 Adesivo Plástico Frasco de 175 g 30 7,00 210,00
12 Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 60 1,60 96,00
13 Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 20 1,80 36,00
14 Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 20 1,80 36,00
15 Arco de Serra Metal 10 18,00 180,00
16 Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20
6 0,25 1,50
17 Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25
5 0,40 2,00
18 Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32
5 0,95 4,75
19 Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40
2 2,20 4,40
20 Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20
10 0,95 9,50
21 Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25
1 1,80 1,80
22 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25
6 1,80 10,80
23 Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32
10 1,80 18,00
24 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25
10 2,80 28,00
25 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32
20 4,80 96,00
26 Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40
20 5,10 102,00
27 Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50
1 7,20 7,20
64
28 Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60
10 7,80 78,00
29 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm 1 7,50 7,50
30 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm 22 8,50 187,00
31 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm 20 18,20 364,00
32 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm 11 27,30 300,30
33 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm 30 32,80 984,00
34 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm 60 46,00 2760,00
35 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm 10 68,70 687,00
36 Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm 10 87,50 875,00
37 Cap PVC Soldável 25 mm 34 0,80 27,20
38 Cap PVC Soldável 32 mm 1 0,85 0,85
39 Cap PVC Soldável 40 mm 6 1,85 11,10
40 Cap PVC Soldável 50 mm 5 3,20 16,00
41 Cap PVC Soldável 60 mm 4 3,80 15,20
42 Cavalete 2 38,00 76,00
43 Chaves de Regulagem Grande 4 20,00 80,00
44 Cloro Granulado Tambor c/300 kg 6 1050,00 6300,00
45 Colar 32 mm 35 3,30 115,50
46 Colar 40 mm 48 4,10 196,80
47 Colar 50 mm 35 4,10 143,50
48 Colar 60 mm 68 4,10 278,80
49 Colar 85 mm 19 4,10 77,90
50 Colar 110 mm 8 4,10 32,80
51 Curva Longa PVC 20 mm 4 0,65 2,60
52 Curva Longa PVC 25 mm 4 1,10 4,40
53 Curva Longa PVC 32 mm 20 2,90 58,00
54 Curva Longa PVC 40 mm 9 4,80 43,20
55 Curva Longa PVC 50 mm 10 6,40 64,00
56 Curva Longa PVC 60 mm 3 15,60 46,80
57 Curva PAD 20 mm 33 1,70 56,10
58 Curva PAD 32 mm 13 4,20 54,60
59 Curva PAD 60 mm 9 18,50 166,50
60 Curva PAD 3/4 24 2,20 52,80
61 Cruzeta 25 mm Soldável 2 10,50 21,00
62 Derivação "T" 20 mm PP 15 5,80 87,00
63 Derivação "T" 20 mm PVC Soldável 8 0,65 5,20
64 Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 42 0,95 39,90
65 Derivação "T" 32 mm PP 16 13,80 220,80
66 Derivação "T" 32 mm PVC Soldável 8 1,15 9,20
67 Derivação "T" 40 mm PVC Soldável 11 3,00 33,00
68 Derivação "T" 50 mm PVC Soldável 5 2,80 14,00
65
69 Derivação "T" 60 mm PVC Soldável 8 14,20 113,60
70 Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 14 6,80 95,20
71 Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável 3 6,00 18,00
72 Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável 4 6,40 25,60
73 Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr)
4 1,80 7,20
74 Espátula N° 10 5 4,00 20,00
75 Fita Veda Rosca (25m) 9 3,50 31,50
76 Furador de Cano 3 120,00 360,00
77 Grosa 5 15,00 75,00
78 Guarniação para Hidrômetro 500 0,60 300,00
79 Hidrômetro LAOMJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h
28 98,00 2744,00
80 Joelho Misto 25 x 1/2 34 1,70 57,80
81 Joelho Misto 25 x 3/4 60 1,70 102,00
82 Joelho 20 mm Soldável 2 0,45 0,90
83 Joelho Roscável 3/4 20 1,50 30,00
84 Joelho Soldável 25 mm 113 0,45 50,85
85 Joelho Soldável 32 mm 23 0,70 16,10
86 Joelho Soldável 40 mm 11 1,80 19,80
87 Joelho Soldável 45° 20 mm 15 0,45 6,75
88 Joelho Soldável 45° 25 mm 25 0,60 15,00
89 Joelho Soldável 45° 32 mm 15 1,20 18,00
90 Joelho Soldável 45° 40 mm 15 1,85 27,75
91 Joelho Soldável 45° 50 mm 10 2,55 25,50
92 Joelho Soldável 50 mm 5 2,55 12,75
93 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2
50 1,00 50,00
94 Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4
150 1,40 210,00
95 Jogo de Chaves de Fenda 2 15,00 30,00
96 Lacre Azul 21 0,85 17,85
97 Lixa 100 50 1,45 72,50
98 Luva 20 mm Soldável 9 0,90 8,10
99 Luva de Correr 150 mm 20 8,50 170,00
100 Luva de Correr JE PBA 20 mm 6 6,30 37,80
101 Luva de Correr JE PBA 25 mm 30 5,50 165,00
102 Luva de Correr JE PBA 32 mm 24 8,80 211,20
103 Luva de Correr JE PBA 40 mm 19 10,50 199,50
104 Luva de Correr JE PBA 50 mm 8 17,40 139,20
105 Luva de Correr JE PBA 60 mm 5 19,80 99,00
106 Luva de Correr JE PBA 75 mm 5 14,80 74,00
107 Luva de Correr JE PBA 85 mm 4 14,80 59,20
66
108 Luva de Correr JE PBA 110 mm 1 28,50 28,50
109 Luva de Correr JE PBA DN 40/50 30 11,00 330,00
110 Luva de Correr JE PBA DN 50/60 60 4,80 288,00
111 Luva de Correr JE PBA DN 60/75 10 9,80 98,00
112 Luva de Correr JE PBA DN 75/85 12 9,90 118,80
113 Luva de Redução Soldável 32 x 25 1 1,35 1,35
114 Luva de Redução Soldável 40 x 32 2 3,20 6,40
115 Luva de Redução 60 x 50 1 5,20 5,20
116 Luva Mista 25 x 3/4 73 0,80 58,40
117 Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea 12 1,80 21,60
118 Luva Soldável 25 mm 30 0,45 13,50
119 Luva Soldável 32 mm 14 0,85 11,90
120 Luva Soldável 40 mm 19 1,85 35,15
121 Luva Soldável 50 mm 9 2,25 20,25
122 Mangueira PAD c/ 50m 32mm 1 50,00 50,00
123 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA (2,4kg)
1 52,00 52,00
124 Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr
5 6,80 34,00
125 Registro Esfera Cabeça Quadrada 14 18,50 259,00
126 Registro de Pressão com Castelo 25 mm Sold
61 9,50 579,50
127 Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 200 9,50 1900,00
128 Registro VS PVC 32 20 11,50 230,00
129 Registro VS PVC 40 3 17,50 52,50
130 Registro VS PVC 50 1 18,50 18,50
131 Registro VS PVC 60 6 35,00 210,00
132 Reparo de registro de pressão 25 mm 4 8,50 34,00
133 Serra Metal 30 3,50 105,00
134 Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³
50 24,80 1240,00
135 Tubo Defofo Barra 6m 150 mm 10 280,00 2800,00
136 Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm 2 55,00 110,00
137 Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm 2 78,00 156,00
138 Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm 3 128,00 384,00
139 Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm 1 198,00 198,00
140 Válvula de Retenção de pé 1 1/2 5 66,00 330,00
Fonte: Dados colhidos no estoque do SEMAE (2010)
67
APÊNDICE 4 - MATERIAIS EM ORDEM DECRESCENTE
Item Material Quant. Custo Total/Item Somat. Perc.
1
Cloro Granulado Tambor c/300 kg 6 1050,00 6300,00
6.300,00
19,628
2 Tubo Defofo Barra 6m 150 mm
10 280,00 2800,00
9.100,00
28,351
3
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 60 mm 60 46,00 2760,00
11.860,00
36,950
4
Hidrômetro LAO MJ 6iB1 Classe B Qn 1,5m³/h 28 98,00 2744,00
14.604,00
45,499
5
Registro Esfera Borboleta PVC 3/4 200 9,50 1900,00
16.504,00
51,418
6
Solução Limpadora Frasco de 1000 cm³ 50 24,80 1240,00
17.744,00
55,281
7
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 50 mm 30 32,80 984,00
18.728,00
58,347
8
Adesivo Plástico Frasco de 1000 ml 40 22,50 900,00
19.628,00
61,151
9
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 85 mm 10 87,50 875,00
20.503,00
63,877
10
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 75 mm 10 68,70 687,00
21.190,00
66,017
11
Registro de Pressão com Castelo 25 mm Soldável 61 9,50 579,50
21.769,50
67,823
12 Tubo PBA Barra 6m 75/85 mm
3 128,00 384,00
22.153,50
69,019
13
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 32 mm 20 18,20 364,00
22.517,50
70,153
14 Furador de Cano
3 120,00 360,00
22.877,50
71,275
15
Luva de Correr JE PBA DN 40/50 30 11,00 330,00
23.207,50
72,303
16
Válvula de Retenção de pé 1 1/2 5 66,00 330,00
23.537,50
73,331
17
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 40 mm 11 27,30 300,30
23.837,80
74,267
18 Guarniação para Hidrômetro
500 0,60 300,00
24.137,80
75,201
19
Luva de Correr JE PBA DN 50/60 60 4,80 288,00
24.425,80
76,099
20 Colar 60 mm
68 4,10 278,80
24.704,60
76,967
21
Registro Esfera Cabeça Quadrada 14 18,50 259,00
24.963,60
77,774
22 Registro VS PVC 32
20 11,50 230,00
25.193,60
78,491
23 Derivação "T" 32 mm PP
16 13,80 220,80
25.414,40
79,179
24 Luva de Correr JE PBA 32 mm
24 8,80 211,20
25.625,60
79,836
68
25
Adesivo Plástico Frasco de 175 g 30 7,00 210,00
25.835,60
80,491
26
Joelho Soldável e com Rosca 25 x 3/4 150 1,40 210,00
26.045,60
81,145
27 Registro VS PVC 60
6 35,00 210,00
26.255,60
81,799
28 Luva de Correr JE PBA 40 mm
19 10,50 199,50
26.455,10
82,421
29
Tubo PBA Barra 6m 100/110 mm 1 198,00 198,00
26.653,10
83,038
30 Colar 40 mm
48 4,10 196,80
26.849,90
83,651
31
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 25 mm 22 8,50 187,00
27.036,90
84,233
32 Arco de Serra Metal
10 18,00 180,00
27.216,90
84,794
33 Luva de Correr (ferro) 150 mm
20 8,50 170,00
27.386,90
85,324
34 Curva PAD 60 mm
9 18,50 166,50
27.553,40
85,843
35 Luva de Correr JE PBA 25 mm
30 5,50 165,00
27.718,40
86,357
36 Tubo PBA Barra 6m 60/75 mm
2 78,00 156,00
27.874,40
86,843
37 Colar 50 mm
35 4,10 143,50
28.017,90
87,290
38 Luva de Correr JE PBA 50 mm
8 17,40 139,20
28.157,10
87,723
39
Luva de Correr JE PBA DN 75/85 12 9,90 118,80
28.275,90
88,094
40 Colar 32 mm
35 3,30 115,50
28.391,40
88,453
41
Derivação "T" 60 mm PVC Soldável 8 14,20 113,60
28.505,00
88,807
42 Tubo PBA Barra 6m 40/50 mm
2 55,00 110,00
28.615,00
89,150
43 Serra Metal
30 3,50 105,00
28.720,00
89,477
44
Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 40 20 5,10 102,00
28.822,00
89,795
45 Joelho Misto 25 x 3/4
60 1,70 102,00
28.924,00
90,113
46 Luva de Correr JE PBA 60 mm
5 19,80 99,00
29.023,00
90,421
47
Luva de Correr JE PBA DN 60/75 10 9,80 98,00
29.121,00
90,726
48
Anel de Borracha JE PBA DN 50/60 60 1,60 96,00
29.217,00
91,025
49
Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 32 20 4,80 96,00
29.313,00
91,325
50
Derivação "T" 32 x 25 PVC Soldável 14 6,80 95,20
29.408,20
91,621
69
51 Derivação "T" 20 mm PP
15 5,80 87,00
29.495,20
91,892
52 Chaves de Regulagem Grande
4 20,00 80,00
29.575,20
92,141
53
Adaptador c/ registro manopla PVC 20 x 3/4 10 8,00 80,00
29.655,20
92,391
54
Bucha de Redução Soldável Longa 85 x 60 10 7,80 78,00
29.733,20
92,634
55 Colar 85 mm
19 4,10 77,90
29.811,10
92,876
56 Cavalete
2 38,00 76,00
29.887,10
93,113
57 Grosa
5 15,00 75,00
29.962,10
93,347
58 Luva de Correr JE PBA 75 mm
5 14,80 74,00
30.036,10
93,577
59 Lixa 100
50 1,45 72,50
30.108,60
93,803
60 Curva Longa PVC 50 mm
10 6,40 64,00
30.172,60
94,003
61 Luva de Correr JE PBA 85 mm
4 14,80 59,20
30.231,80
94,187
62 Luva Mista 25 x 3/4
73 0,80 58,40
30.290,20
94,369
63 Curva Longa PVC 32 mm
20 2,90 58,00
30.348,20
94,550
64 Joelho Misto 25 x 1/2
34 1,70 57,80
30.406,00
94,730
65 Curva PAD 20 mm
33 1,70 56,10
30.462,10
94,905
66 Curva PAD 32 mm
13 4,20 54,60
30.516,70
95,075
67 Curva PAD 3/4
24 2,20 52,80
30.569,50
95,239
68 Registro VS PVC 40
3 17,50 52,50
30.622,00
95,403
69
Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 1 52,00 52,00
30.674,00
95,565
70 Joelho Soldável 25 mm
113 0,45 50,85
30.724,85
95,723
71
Joelho Soldável e com Rosca 25 x 1/2 50 1,00 50,00
30.774,85
95,879
72 Mangueira PAD c/ 50m 32mm
1 50,00 50,00
30.824,85
96,035
73 Curva Longa PVC 60 mm
3 15,60 46,80
30.871,65
96,181
74 Curva Longa PVC 40 mm
9 4,80 43,20
30.914,85
96,315
75
Adaptador PVC Rosca Macho 60/2 5 8,00 40,00
30.954,85
96,440
76
Derivação "T" 25 mm PVC Soldável 42 0,95 39,90
30.994,75
96,564
70
77 Luva de Correr JE PBA 20 mm
6 6,30 37,80
31.032,55
96,682
78
Anel de Borracha JE PBA DN 60/75 20 1,80 36,00
31.068,55
96,794
79
Anel de Borracha JE PBA DN 75/85 20 1,80 36,00
31.104,55
96,906
80
Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Fêmea 21 1,70 35,70
31.140,25
97,017
81 Luva Soldável 40 mm
19 1,85 35,15
31.175,40
97,127
82
Pasta Lubrificante p/ Tubos PBA 400 gr 5 6,80 34,00
31.209,40
97,233
83
Reparo de registro de pressão 25 mm 4 8,50 34,00
31.243,40
97,339
84
Derivação "T" 40 mm PVC Soldável 11 3,00 33,00
31.276,40
97,442
85 Colar 110 mm
8 4,10 32,80
31.309,20
97,544
86
Adaptador PVC Rosca Macho 32/1 25 1,30 32,50
31.341,70
97,645
87 Adaptador PVC 1 1/2 x 50 mm
10 3,20 32,00
31.373,70
97,745
88 Fita Veda Rosca (25m)
9 3,50 31,50
31.405,20
97,843
89 Joelho Roscável 3/4
20 1,50 30,00
31.435,20
97,936
90 Jogo de Chaves de Fenda
2 15,00 30,00
31.465,20
98,030
91
Adaptador PP 20 x 3/4 PN Rosca Macho 21 1,40 29,40
31.494,60
98,121
92
Luva de Correr JE PBA 110 mm 1 28,50 28,50
31.523,10
98,210
93
Bucha de Redução Soldável Longa 60 x 25 10 2,80 28,00
31.551,10
98,297
94 Joelho Soldável 45° 40 mm
15 1,85 27,75
31.578,85
98,384
95 Cap PVC Soldável 25 mm
34 0,80 27,20
31.606,05
98,469
96
Derivação "T" 40 x 32 PVC Soldável 4 6,40 25,60
31.631,65
98,548
97 Joelho Soldável 45° 50 mm
10 2,55 25,50
31.657,15
98,628
98
Luva Mista 32 x 1 PVC Rosca Fêmea 12 1,80 21,60
31.678,75
98,695
99 Cruzeta 25 mm Soldável
2 10,50 21,00
31.699,75
98,760
100 Luva Soldável 50 mm
9 2,25 20,25
31.720,00
98,824
101 Espátula N° 10
5 4,00 20,00
31.740,00
98,886
102 Joelho Soldável 40 mm
11 1,80 19,80
31.759,80
98,948
71
103 Registro VS PVC 50
1 18,50 18,50
31.778,30
99,005
104
Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 32 10 1,80 18,00
31.796,30
99,061
105
Derivação "T" 40 x 25 PVC Soldável 3 6,00 18,00
31.814,30
99,117
106 Joelho Soldável 45° 32 mm
15 1,20 18,00
31.832,30
99,173
107 Lacre Azul
21 0,85 17,85
31.850,15
99,229
108 Joelho Soldável 32 mm
23 0,70 16,10
31.866,25
99,279
109 Cap PVC Soldável 50 mm
5 3,20 16,00
31.882,25
99,329
110 Cap PVC Soldável 60 mm
4 3,80 15,20
31.897,45
99,376
111 Joelho Soldável 45° 25 mm
25 0,60 15,00
31.912,45
99,423
112
Derivação "T" 50 mm PVC Soldável 5 2,80 14,00
31.926,45
99,467
113 Luva Soldável 25 mm
30 0,45 13,50
31.939,95
99,509
114 Joelho Soldável 50 mm
5 2,55 12,75
31.952,70
99,549
115 Luva Soldável 32 mm
14 0,85 11,90
31.964,60
99,586
116 Cap PVC Soldável 40 mm
6 1,85 11,10
31.975,70
99,620
117
Bucha de Redução Soldável Longa 50 x 25 6 1,80 10,80
31.986,50
99,654
118
Adaptador PVC Rosca Macho 75/2 1/2 1 10,50 10,50
31.997,00
99,687
119
Bucha de Redução Soldável Longa 32 x 20 10 0,95 9,50
32.006,50
99,716
120
Derivação "T" 32 mm PVC Soldável 8 1,15 9,20
32.015,70
99,745
121 Luva 20 mm Soldável
9 0,90 8,10
32.023,80
99,770
122
Cano PVC Barra 6m 1ª Linha 20 mm 1 7,50 7,50
32.031,30
99,793
123
Bucha de Redução Soldável Longa 75 x 50 1 7,20 7,20
32.038,50
99,816
124
Estopa p/ limpeza (pet contendo 200gr) 4 1,80 7,20
32.045,70
99,838
125 Joelho Soldável 45° 20 mm
15 0,45 6,75
32.052,45
99,859
126
Luva de Redução Soldável 40 x 32 2 3,20 6,40
32.058,85
99,879
127
Derivação "T" 20 mm PVC Soldável 8 0,65 5,20
32.064,05
99,895
128 Luva de Redução 60 x 50
1 5,20 5,20
32.069,25
99,912
72
129
Bucha de Redução Soldável Curta 40 x 32 5 0,95 4,75
32.074,00
99,926
130
Bucha de Redução Soldável Curta 50 x 40 2 2,20 4,40
32.078,40
99,940
131 Curva Longa PVC 25 mm
4 1,10 4,40
32.082,80
99,954
132 Curva Longa PVC 20 mm
4 0,65 2,60
32.085,40
99,962
133
Adaptador PVC Rosca Macho 40/1 1/4 1 2,40 2,40
32.087,80
99,969
134
Bucha de Redução Soldável Curta 32 x 25 5 0,40 2,00
32.089,80
99,976
135
Bucha de Redução Soldável Longa 40 x 25 1 1,80 1,80
32.091,60
99,981
136
Bucha de Redução Soldável Curta 25 x 20 6 0,25 1,50
32.093,10
99,986
137
Adaptador PVC Rosca Macho 25 x 3/4 2 0,70 1,40
32.094,50
99,990
138
Luva de Redução Soldável 32 x 25 1 1,35 1,35
32.095,85
99,995
139 Joelho 20 mm Soldável
2 0,45 0,90
32.096,75
99,997
140 Cap PVC Soldável 32 mm
1 0,85 0,85
32.097,60
100,000
Fonte: Dados colhidos no estoque do SEMAE em 04/06/2010