UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS DESENVOLVIMENTO DE...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS QUÍMICOS Estudo sobre compostos orgânicos volát s presentes no ar do município de Paulí a. Kelly Roberta de Palma Sousa Autora Prof. Dr. Edson Tomaz Orientador Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Química como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Química. Campinas - São Paulo Julho/2002 UNICAMP BIBLIOTECA UNICAMP BIBLIOTECA CENTRAl SEÇÃO CIRCULANTE

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:

DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS QUÍMICOS

Estudo sobre compostos orgânicos volát s presentes no ar do

município de Paulí a.

Kelly Roberta de Palma Sousa

Autora

Prof. Dr. Edson Tomaz

Orientador

Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Química

como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em

Engenharia Química.

Campinas - São Paulo

Julho/2002

UNICAMP BIBLIOTECA CENTfl~

UNICAMP BIBLIOTECA CENTRAl SEÇÃO CIRCULANTE

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I v EX TOMBO BC/ 5 I j=O ~ PROC. I b -~i'? 34 ~C!ii:l.

c D DE) PREÇO @fb I! 100 DATA~~ NQ.CPD

C!"!OO 1 ~76929-2

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BffiLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP

So85e Sousa, Kelly Roberta de Palma

Estudo sobre compostos orgânicos voláteis presentes no ar do município de Paulínia. I Kelly Roberta de Palma Sousa.--Campinas, SP: [s.n.], 2002.

Orientador: Edson Tomaz. Dissertação (mestrado)- Universidade Estadual de

Campinas, Faculdade de Engenharia Química. 1.

1. Compostos orgânicos voláteis- Paulínia (SP). 2. Hidrocarbonetos- Paulínia (SP). 3. Ar- Análise­Paulínia (SP). 4. Ar- Amostragem- Paulínia (SP). 5, Gases- Absorção e adsorção. I. Tomaz, Edson. II. i

Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Química. III. Título.

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Dissertação de Mestrado defendida por Kelly Roberta de Palma Sousa e a rovada

em 15 de julho de 2002 pela banca examinadora constituída pelos dout es:

Prof. Dr. EdsonT omaz

Profª. Drª. Anne Hêléne Fostier

Prof. Dr. Wilson

111

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Este exemplar corresponde à versão final da Dissertação de Mestrad~ em

Engenharia Química apresentada por Kelly Roberta de Palma Sousa i{ovada

pela banca examinadora em 15 de julho de 2002.

/

Prof. Dr .. Eds.on Tomaz ~~-/

v

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A minha mãe pelo exemplo de vida.

Ao Ricardo pelo apoio, incentivo e amor.

VII

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Agradecimentos

A Deus por me permitir viver com saúde, guiando e protegendo meus

caminhos.

Com respeito e admiração ao meu orientador prof. Dr. Edson Tomaz por

me confiar o desenvolvimento desse trabalho e pela constante valorização de

meus esforços. Por estar sempre pronto e não medir esforços para auxiliar. Pela

orientação e incentivo em todas as etapas do trabalho e, sobretudo pela

compreensão e amizade.

Com carinho ao Ricardo pelo apoio emocional, atenção, amor, dedicação

e estímulo que muito me auxiliaram em todos os momentos, além das sugestões e

idéias que me ajudaram a realizar um trabalho melhor.

Aos meus familiares, em especial ao meu pai (Roberto), minha irmã

(Patricia), meu irmão (Beto), a Maria Elisa, ao meu avô, a minha avó e aos meus

sobrinhos, pelo carinho, compreensão e apoio.

Aos queridos amigos do laboratório LPDTA, Ana Claudia, Daniela, Luci,

Jorge e Rose, pela amizade, sugestões e colaborações que foram de grande

importância para o desenvolvimento do trabalho.

A FAPESP- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo­

pelo apoio financeiro com o financiamento do Projeto de Pesquisa (processo no

99/10938-7) e a concessão da bolsa de estudo (processo n°99/10915-7).

Ao Ministério Público do Estado de São Paulo, em especial ao Dr. Luis

Fernando Rossetto, promotor de justiça, pelo apoio e incentivo.

Aos moradores e as empresas da cidade de Paulinia, especialmente a

Rhodia, ao Sr Oswaldo, a Nélida, ao Dr. Alpheu, a Brasilina e aos policiais do

posto rodoviário, pela prontidão em ajudar e constante atenção, colaborando e

possibilitando a realização desse trabalho.

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A Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de São

Paulo - CETESB, principalmente ao Jesuíno, Maria Helena, Patrícia, Lúcia,

Viviane e Carlos, pelo auxílio e colaboração que tomaram possíveis·· as

amostragens realizadas na cidade de São Paulo.

Ao prof. Dr. Wilson Jardim e a profª Dr" Anne Héléne pelas valiosas

sugestões e idéias.

A Prefeitura Municipal de Paulínia pelo apoio logístico e acolhimento na

cidade.

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"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tomará assim uma

máquina utilizável e não uma personalidade. t necessário que adquira um

sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo

que é belo, do que é moralmente correto".

Albert Einstein.

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Resumo

Paulínia, localizada no estado de São Paulo, possui um importante centro

industrial, e suas indústrias representam a maior fonte de emissão de compostos

orgânicos voláteis (COV) para a atmosfera. Esses compostos podem apresentar

efeitos adversos na saúde humana e no meio ambiente, além de exercerem papel

importante na formação de oxidantes fotoquímicos, como o ozônio. O estudo

desenvolvido representa a primeira experiência em Paulínia para medida e

identificação de COV e teve como objetivo principal a caracterização da

atmosfera, a partir da identificação dos principais hidrocarbonetos presentes, e da

medida de suas concentrações. O trabalho foi realizado em duas etapas, a

primeira para identificação dos principais compostos presentes e conhecimento

inicial da atmosfera. A segunda parte foi dividida em duas campanhas, sendo a

primeira realizada no verão e a segunda nos meses de inverno e início da

primavera, ambas tiveram como objetivo medir as concentrações das espécies

presentes e avaliar a variação temporal e espacial. Para a caracterização do ar e a

medida das concentrações ambientais de uma ampla gama de COV presentes,

um método analítico foi empregado, o qual consiste em adsorção dos compostos

em resina Tenax TA (específica para hidrocarbonetos), dessorção térmica sem

criogenia, separação em cromatografia gasosa empregando coluna capilar,

identificação em espectrometria de massa e quantificação com auxílio do detector

de ionização em chama (DIC) e calibração externa. Os resultados obtidos nesse

estudo identificam os pontos mais críticos dentre os estudados, as principais

fontes de contribuição de COV e os principais hidrocarbonetos presentes como

sendo o benzeno, n-heptano, tolueno, etilbenzeno, xilenos, isopropilbenzeno e

trimetilbenzeno. Os valores de concentração dos COV obtidos durante o período

de amostragem variam de muitas ordens de grandeza, dependendo do período do

dia e do local, e seus valores encontram-se na faixa de 3,2 a 29 J.tg/m3, 0,9 a

38J.!.glm3, 0,3 a 3,41lg/m3

, 0,9 a 49 11g/m3, 0,3 a 25,3 11g/m3 e 0,3 a 1,7 11g/m3 para

benzeno, tolueno, etilbenzeno, p+m xileno, isopropilbenzeno e trimetilbenzeno,

respectivamente.

Palavras-chave: compostos orgânicos voláteis, hidrocarbonetos,

amostragem e análise do ar, sólidos adsorventes.

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Abstract

Paulínia, in the São Paulo state, has an important industrial complex and

its industries are the major source of voe to atmosphere. These compounds can

cause several adverse environmental and health effects and they play an important

role in the photochemical oxidants formation, as ozone. The study developed

represents the first attempt to identify and mesure ambient voe in Paulfnia and it

has had as a major objective the atmosphere characterization, with the

identification of the main hydrocarbons existents and the measures of the their

concentration in the atmosphere. The work was performed in two parts, the first

one for identification of the most important voe existents. The second one, divided

in two campaigns, one in summer time and another in winter and spring time, both

to measuring the voe concentration and to evaluate the spatial and seasonal

variation. For the comprehensive characterization of the atmosphere and ambient

air concentration measures of a broad spectrum of voe existents, an analytical

method was used, consisting in ad~orption on resin Tenax TA, thermal desorption

without criofocusing, capillary gas chromatographic separation, mass

spectrography identification and flame ionization detector (FIO) for concentration

measure. The results of this study show the criticai points among the studied, the

main voe sources and the main hydrocarbons existents, being benzene, n­

heptane, toluene, ethylbenzene, xylenes, isopropylbenzene and trimethylbenzene.

The values of voe concentration obtained during ali sampling period vary in a

wide range depending on the day period and local, this values are in a range of 3,2

a 29 f.1Q/m3, 0,9 a 38flg/m3

, 0,3 a 3,4 flg/m3, 0,9 a 49 f.1Q/m3

, 0,3 a 25,3 f.1Q/m3 e 0,3

a 1, 7 f.1Q/m3 to benzene, toluene, ethylbenzene, p+m xylene, isopropylbenzene e

trimethylbenzene, respectively.

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Sumário

Páginas iniciais

Folha de aprovação---------------------- iii

Folha versão final v

Dedicatória vii

Agradecimentos ix

Epígrafe xiii Resumo ___________________________ xv

Abstract xvii

Sumário xix Lista de figuras _______________________ xxv

Lista de tabelas xxix

Nomenclatura xxxi

Capítulo 1: Introdução-------------------- 1

I) Introdução 3

1.1)Área de estudo-------------------- 4

1.2) Objetivos --------------------- 6

Capítulo 11: Revisão da literatura 9

11) Revisão da literatura 11

11.1) Definição de compostos orgânicos voláteis 12

11.2) Fontes de compostos orgânicos voláteis 13

11.3) Características e propriedades físicas e químicas dos COV 15

11.3.1) Benzeno 15

11.3.2) Heptano 15

11.3.3) Tolueno 15

11.3 .4) Etilbenzeno 16

11.3.5) Xileno 16

11.3.6) lsopropilbenzeno (cumeno) 17

11.3.7) 1,2,4 Trimetilbenzeno (TMB)- pseudocumeno 17

11.3.8) Decano 17

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11.4) Amostragem de cov _________________ 18

11.5) Determinações analíticas 26

11.6) Estudos sobre COV reportados na literatura 31

11.7) Dispersão atmosférica 36

11.7.1) Fontes características 36

11.7.2) Considerações topográficas que afetam a dispersão 36

Obstruções 37

Áreas livres de obstruções 37

11.7.3) Condições meteorológicas 37

Turbulência _______________________ 37

Direção do vento _____________________ 37

Distância fonte-receptor na direção do vento 37

Velocidade do vento 38

Estabilidade atmosférica. __________________ 38

Altura de mistura _____________________ 39

Umidade _______________________ 39

Radiação solar _____________________ 39

11.8) Reatividade fotoquímica 39

Capítulo 111: Métodos Experimentais 45

111) Métodos experimentais 47

111. 1 ) Amostradores 4 7

111.2) Condicionamento de tubos 48

111.3) Locais e estratégia de amostragem 50

111.4) Métodos de análise 55

111.4.1) Sistema de injeção 55

111.4.2) Sistema de análise 57

111.4.3) Calibração 60

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111.4.4) Sistema de aquisição e processamento de dados ______ 64

111.5) Medida de dados complementares 64

Capítulo IV: Resultados e discussões dos resultados. ________ 67

IV) Resultados e discussão 69

IV.1) Primeira etapa 69

IV.2) Segunda etapa 75

Resultados da campanha 1: 77

Resultados da campanha 2: 85

LocaiA 85

LocaiS 95

Local C 105

Local D 111

LocaiE 121

Local F 131

LocaiG 143

Análise global dos resultados 149

Capítulo V: Conclusões e sugestões para próximos trabalhos ____ 157

V) Conclusões 159

V.1) Sugestões para trabalhos futuros 163

Capítulo VI: ReferênciasBibliográficas 165

Anexos

Anexo A (mapa etapa 1) ________________ 171

Anexo B (curvas analíticas) 175

Anexo C (mapa etapa 2) 181

Anexo D (tabelas de resultados) 185

XXlll

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Lista de figuras

Figura 1: Mapa da região metropolitana de Campinas 5

Figura 2: Esquema de um cromatográfico gasoso 27

Figura 3: Diagrama de blocos- componentes de um EM 28

Figura 4: Tubos amostradores 47

Figura 5: Amostrador seqOencial de tubos- STS 25 48

Figura 6: Modo de condicionamento de tubo 49

Figura 7: Suporte e amostradores -durante campanha de amostragem 54

Figura 8: Primeira dessorção do tubo no modo divisão única 56

Figura 9: Segunda dessorção do tubo no modo divisão única 56

Figura 10: Dessorvedor térmico automático (ATO 400) 57

Figura 11: Sistema de análise (foto LPDTA) 58

Figura 12: Injetor projetado para injeção dos padrões 63

Figura 13: Cromatogramas típicos obtidos 71

Figura 14: Rosas dos ventos para os períodos de 29 de maio a 04 de julho 72

Figura 15: Cromatograma típico 76

Figuras 16 a 19: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 15 a 19 de janeiro de 2001 77

Figura 20: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local A) 81

Figura 21: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 81

Figuras 22 a 29: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 13 a 20 de julho de 2001 85

Figura 30: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local A) 94

Figura 31: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 94

Figuras 32 a 38: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 24 a 31 de julho de 2001 95

Figura 39: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local B) 102

Figura 40: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 1 02

Figuras 41 a 44: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 03 a 10 de agosto de 2001 105

Figura 45: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local C) 109

Figura 46: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 109

XXV

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Figuras 47 a 54: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 14 a 21 de agosto de 2001 111

Figura 55: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local D) 119

Figura 56: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 120

Figuras 57 a 64: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 24 a 31 de agosto de 2001 121

Figura 65: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local E) 129

Figura 66: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 129

Figuras 67 a 76: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 04 a 06 e 10 a 17 de setembro de 2001 131

Figura 77: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local F) 141

Figura 78: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado 141

Figuras 79 a 85: Dados de concentração e direção e velocidade de vento obtidos

no período de 24 a 30 de setembro de 2001 143

Figura 86: Variação temporal dos principais compostos encontrados (local G) 146

Figura 87: Dados de ozônio, COVe radiação solar üan/01) 152

Figura 88: Dados de ozônio, COV e radiação solar üul/01) 153

Figura 89: Níveis de alguns COV em centros urbanos 155

XXV!l

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Lista de tabelas

Tabela 1: Propriedades químicas e físicas dos COV

Tabela 2: Guia para seleção do sólido adsorvente

17

19

Tabela 3: Valores de SSV em litros a zooc para alguns compostos amestrados em

tubos PE preenchidos com resina Tenax TA 22

Tabela 4: Reatividade relativa dos hidrocarbonetos com radical OH 41

Tabela 5: Valores de PFOF para algumas espécies estudadas 42

Tabela 6: Locais de amostragem 52

Tabela 7: Dados de amostragem da campanha 2 53

Tabela 8: Concentrações limites para ambiente de trabalho 61

Tabela 9: Compostos mais importantes identificados na primeira etapa 69

Tabela 10: Concentrações médias e máximas dos períodos de amostragem para

cadalocal 149

Tabela 11: Razão entre as concentrações de benzeno e tolueno (B:T) para os

diferentes centros urbanos 156

xxix

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Termos em inglês

Bags = bolsas coletoras

Breaktrhough = ponto de ruptura

Nomenclatura

Canister = recipiente de aço inox de geralmente 3L utilizado para coletas de ar

total.

Chemical ionization = ionização química

Electron ionization = ionização eletrônica

Full scan = varredura completa

Multibed tube =tubo multiadsorvente (preenchido com mais de um adsorvente)

Safe sampling volume = volume de amostragem seguro

Seqüential tube sample = amestrador de tubo sequencial

Single split = uma única divisão

Split = divisão do fluxo de gás

Split in = divisão antes do trap de concentração do ATO

Split out =divisão depois do trap de concentração do ATO

Time-weighted = período longo de amostragem

Trap =coletor

Uptake rate = taxa de adsorção

VOC= volatile organic compound

Whole air = ar total

xxxi

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Abreviações e siglas

Cl = chemical ionization

CLAE= cromatografia líquida de alta resolução

COV = composto orgânico volátil

DIC= detector por ionização em chama

DF I= detector de foto ionização

DT A= dessorvedor térmico automático

CG = cromatografia gasosa

El = electron ionization

EM = espectrometria de massa

FOR = ajuste direto

FIO= flame ionization detector

HPLC = high precision liquid chromatography

IPEN = Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

LPDTA= Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias Ambientais

LD = limite de detecção do método

MM = massa molecular

mV = milivolt

ng= nanograma

nm= nanômetro

PE = Perkin Elmer

PFOF = Potencial de formação de ozônio fotoquímico

PIO= photoionization detector

ppb = partes por bilhão

ppm = partes por milhão

REV = ajuste reverso

SSV = safe sampling volume

STS = sequential tube sampler

TcNav = Turbochrom Navegator (software de cromatografia)

TIC = Totallon Current

TMB = trimetilbenzeno

XXXlll

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tr = tempo de retenção

TWA = time weighted average

UV = ultravioleta

f.l9 = micrograma

XXXV

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Capítulo 1: Introdução

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Introdução

I) Introdução

Compostos Orgânicos Voláteis (COV) são uma importante classe de

poluentes do ar, encontrados normalmente na atmosfera no nível do solo

principalmente em centros urbanos e industriais.

O estudo do comportamento desempenhado por esses compostos na

química atmosférica somente iniciou-se na década de 40, quando Haagen-Smit

pesquisou o smog em Los Angeles1• Este pesquisador identificou o mecanismo

básico da oxidação de hidrocarbonetos, na presença de luz solar e óxidos de

nitrogênio, para a formação de ozônio e outros oxidantes atmosféricos, como

exemplo, nitrato de peroxiacetila, carbonilas e aerossóis secundários, os quais

representam um dos maiores problemas de poluição nos grandes centros urbanos

e áreas industriais. Este trabalho impulsionou o estudo de outros problemas

atmosféricos ainda sem origem aparente, tais como o da névoa associada às

regiões florestais, hoje em dia atribuída a partículas aerossóis resultantes da

oxidação de isopreno e terpenos, compostos orgânicos liberados por plantas e

árvores em geral.

Embora a relação entre as concentrações atmosféricas de

hidrocarbonetos e de óxidos de nitrogênio e à dos oxidantes fotoquímicos

produzidos ainda não seja bem compreendida, sabe-se que um caminho efetivo

para reduzir a ocorrência de smog é alguma maneira de controle da emissão de

hidrocarbonetos.

Os compostos orgânicos têm recebido atenção não somente como

precursores de oxidantes fotoquímicos, mas também devido à toxicidade que

muitos apresentam, como é o caso do benzeno, tolueno, 1,3 butadieno e

hidrocarbonetos clorados -exemplificam Grosjean et al2 •

Devido a estes fatores, é de grande importância a identificação de COV e

a medida de suas concentrações no ar ambiente, para que seja feita uma

caracterização da região de estudo e que possam ser propostas medidas de

redução e/ou controle.

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Introdução

1.1)Área de estudo

A cidade de Paulínia, localizada na região de Campinas, está situada a

11 O km da cidade de São Paulo e possui 51.326 habitantes, segundo os dados do

censo IBGE de 20003.

Paulínia possui um parque industrial expressivo e complexo, com

indústrias de grande porte especialmente no setor químico e petroquímico,

apresentando um potencial de crescimento muito grande em função de sua

localização estratégica dentro do estado, devido à presença da refinaria

(REPLAN), proximidade a rodovias que facilitam o escoamento de produtos e

matéria prima, além da proximidade do mercado consumidor.

Na região de estudo as principais fontes de emissão de COV para a

atmosfera são as industrias, sendo estas provenientes de:

* emissões de caldeira e fomos de aquecimento que utilizam óleo combustível,

* perdas por evaporação de tanques de armazenamento de matéria prima e

produtos,

* perdas por evaporação das estações de tratamento de efluentes,

* emissões fugitivas de processos: através de válvulas, flanges, selos, bombas.

Devido à importância da qualidade do ar para as condições de saúde e

bem estar da população, sendo que os efeitos causados por COV afetam a

qualidade do ar, faz-se necessário identificar, quantificar e avaliar a distribuição

desses.

Dados sobre os compostos orgânicos voláteis e suas concentrações

ambientais são disponíveis para diversas cidades do mundo, inclusive em duas

cidades brasileiras (São Paulo e Porto Alegre), mas para a atmosfera de Paulínia

não existiam dados reportados anteriormente a esse estudo.

A figura 1, mapa da região metropolitana de Campinas, mostra a

localização de Paulínia (área de estudo).

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METilOPOUTANA DE

Figura 1: Mapa da região metropolitana de Campinas onde está situada Paulínia.

5

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Introdução

1.2) Objetivos

O principal objetivo do trabalho é fazer uma avaliação qualitativa e

quantitativa dos COV presentes na atmosfera da cidade de Paulínia. Essa

avaliação consiste em:

Estudar hidrocarbonetos na faixa de Cs a C12 presentes na atmosfera.

Identificar e quantificar as principais espécies presentes.

Avaliar a variação desses compostos no espaço e no tempo.

O trabalho de pesquisa realizado foi o primeiro a ser desenvolvido sobre

compostos orgânicos voláteis na região de estudo, trazendo assim informações

importantes sobre as concentrações e a distribuição dos COV presentes.

O presente trabalho enfoca principalmente os hidrocarbonetos devido sua

reatividade para formação de oxidantes fotoquímicos, e para isto foram

selecionados os métodos de amostragem e de análise específicos para esta

classe de compostos orgânicos.

No capítulo 2 do trabalho encontram-se descritos os conceitos importantes

para o embasamento teórico do trabalho, e o levantamento de técnicas de

amostragem e métodos analíticos empregados para compostos orgânicos voláteis,

suas características, aplicabilidade e demais informações necessárias para o

desenvolvimento experimental do trabalho. Além disso, descreve alguns trabalhos

similares reportados na literatura, servindo como base para discussão dos

resultados.

O capítulo 3, traz todo procedimento experimental utilizado para realização

das amostragens, como os critérios de escolha do local, equipamentos utilizados e

parâmetros empregados; e o procedimento para análise das amostras, tais como,

sistema analítico empregado, parâmetros de construção dos métodos e

informações para o processamento dos dados.

O capítulo 4 apresenta todos os resultados obtidos nas duas etapas do

trabalho, tais como os compostos identificados e as concentrações que estavam

presentes na atmosfera no período de estudo, além dos dados meteorológicos

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Introdução

obtidos da estação de monitoramento móvel do LPDTA, os quais são importantes

para interpretação dos dados.

O capítulo 5 apresenta as conclusões obtidas no estudo dos COV no

município de Paulínia e sugestões para próximos trabalhos.

O tema escolhido para desenvolvimento do trabalho, está inserido em um

tema global, a poluição do ar, sendo um problema ambiental não somente de

grandes centros urbanos, ou centros industriais, visto que áreas remotas podem

sofrer influências do ar poluído transportado de uma região para outra.

Segundo Artaxo4, a poluição atmosférica da cidade de São Paulo pode ser

transportada a longas distâncias, e quando impulsionadas por ventos intensos

podem atingir distâncias de até 400 km, nem mesmo refúgios verdes nas

proximidades da metrópole, como a Serra da Cantareira, escapam desse

problema. Os gases poluentes necessitam de um tempo para reagir e se

transformar em poluentes secundários, como o ozônio, sendo assim quando as

reações se completam, esses podem estar distantes de suas fontes de emissão.

O trabalho desenvolvido como tema de dissertação de mestrado vem

como uma contribuição para ser somada às outras que já foram realizadas e

muitas outras em andamento, e também como um incentivo para trabalhos

futuros.

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Capítulo 11: Revisão da literatura

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Revisão da literatura

11) Revisão da literatura

Existe um grande número de compostos orgânicos voláteis presentes em

áreas urbanas, industriais e rurais que cobrem uma ampla faixa de volatilidade,

polaridade e concentração, tipicamente variando da ordem de pptv a ppbv5.

Devido à complexidade da mistura de COV presente no ar e a baixas

concentrações que muitas vezes se encontram, a determinação destes compostos

requer técnicas de amostragem adequadas e específicas, e instrumentos de

análise de alta resolução.

A utilidade de qualquer medida da qualidade do ar dependerá da exatidão

na determinação dos poluentes coletados e o grau com que o coletor de amostras

é representativo da concentração no espaço e no tempo.

Desta forma a amostragem torna-se uma etapa determinante do trabalho,

sendo muito importante definir o local e a técnica utilizada para a coleta, para que

se obtenham resultados representativos da atmosfera em estudo.

Instrumentos de leitura discreta usados para coletar dados de poluição

atmosférica são adequados quando se sabe exatamente o local das emissões e

se deseja fazer um monitoramento contínuo da qualidade do ar . Um bom exemplo

deste equipamento é o PE Photovac, que corresponde a um cromatógrafo portátil

equipado com um detector sensível DFI (detector de fotoionização) que é

empregado para análise instantânea e sistemática de alguns COV selecionados.

Este equipamento gera valores pontuais e médios de níveis de COV para cada

período de operação e cada componente6.

Entretanto estudos mais detalhados da poluição do ar requerem dados de

concentração média por longo período (time-weighted) para cada COV, tais

informações específicas são preferidas devido ao perfil dos poluentes do ar em

dada atmosfera variar consideravelmente no tempo e de acordo com as condições

regionais, como por exemplo, variação na direção dos ventos, o ciclo de atividades

industriais da região e variação da radiação incidente, a qual está relacionada a

sazonal idade.

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Revisão da literatura

A toxicidade dos diferentes COV também varia de muitas ordens de

magnitude. Sendo assim fica difícil fazer um estudo preciso do potencial de efeitos

adversos à saúde humana, por exemplo, sem conhecer os dados de concentração

para os compostos individualmente5.

11.1) Definição de compostos orgânicos voláteis

A definição dos compostos orgânicos considerados voláteis é ainda motivo

de discussões por parte da comunidade científica de um modo geral e muitas

conceituações estão atualmente em uso.

Rigorosamente falando, o termo COV se refere àqueles compostos

orgânicos que estão presentes na atmosfera como gases, embora sejam líquidos

ou sólidos sob condições normais de temperatura e pressão, ou seja, para tais

compostos, a 20°C, sua pressão de vapor está compreendida entre 1 e 760mmHg.

No entanto, tal definição é muito restrita e, atualmente, os órgãos internacionais de

proteção ambiental têm adotado o procedimento de defini-los em função de seus

efeitos sobre a atmosfera e a biosfera. Duas das definições mais conhecidas são

apresentadas a seguir:

Segundo a U.S.EPAL

"Compostos Orgânicos Voláteis são quaisquer compostos que contenham

carbono que participam de reações fotoquímicas na atmosfera, excluindo

monóxido de carbono, dióxido de carbono, ácido carbónico, carbetos ou

carbonatos metálicos e carbonato de amônio."

Segundo o UK Plan for VOC Control1 (Plano para controle de COV do Reino

Unido) estas substâncias são definidas como:

"Uma grande família de compostos contendo carbono, os quais foram

emitidos ou evaporados na atmosfera e podem participar de reações fotoquímicas

no ar."

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Revisão da literatura

Como uma definição geral considera-se COV qualquer composto orgânico

presente na atmosfera excluindo o carbono elementar, o monóxido de carbono e o

dióxido de carbono. Ela é deliberadamente ampla a fim de abranger compostos

gasosos contendo carbono, bem como compostos semi-voláteis, os quais

encontram-se geralmente adsorvidos em material particulado suspenso.

11.2) Fontes de compostos orgânicos voláteis

Os compostos orgânicos voláteis estão presentes na atmosfera tanto

como um resultado da atividade humana quanto de fontes naturais. Dentre as

atividades antrópicas que provocam emissões de COV podem ser destacadas a

exaustão de veículos, o uso de solventes, emissões fugitivas e descargas em

processos industriais, refino de óleo, armazenagem e distribuição de petróleo e

gás natural, aterros de resíduos, agricultura, entre outras. Emissões a partir de

plantas, árvores, animais, incêndios naturais em florestas, além de processos

anaeróbios em áreas alagadas são fontes naturais de COV.

A seguir estão descritos alguns detalhes importantes sobre a origem de

cada uma dessas fontes.

Fontes Antrópicas de COV

Dentre as principais atividades realizadas pelo homem e que emitem COV

para a atmosfera merecem ser destacadas o uso de solventes, as atividades

inerentes ao refino de petróleo e a produção de produtos químicos, além das

emissões decorrentes de processos de combustão, como é o caso da queima de

combustíveis fósseis em veículos a motor.

Os solventes orgânicos incluem hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos,

compostos clorados e compostos oxigenados tais como cetonas, álcoois, ésteres,

etc. Sua grande aplicação está na formulação de materiais para revestimento, tais

como tintas, adesivos e vernizes, onde a evaporação do solvente após sua

aplicação é um aspecto essencial de sua função. Mesmo em ambientes

confinados onde as emissões são geralmente contidas em sistemas apropriados e

descarregadas na atmosfera através de chaminés, uma parte delas não é contida

devido a processos como manuseio e estocagem de materiais, lavagem de

equipamentos, entre outros, os quais vão dar origem às "emissões fugitivas". O

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Revisão da literatura

uso de solventes também é importante em processos industriais como a extração

de óleos naturais a partir de sementes, a fabricação de produtos farmacêuticos, a

limpeza de materiais plásticos e metálicos e lavagem a seco de tecidos. Destaca­

se ainda sua aplicação na formulação de produtos de bens de consumo, como

exemplos, cosméticos e produtos aerossóis.

O refino e a distribuição de petróleo são umas das maiores fontes de

emissão em muitos países. A queima e a descarga de gases em instalações de

produção, além do desprendimento de vapor durante a alimentação do óleo cru

em tanques são as maiores fontes. Em plantas químicas e refinarias podem

ocorrer emissões em procedimentos como os de armazenagem de material volátil,

descargas e queimas no processo, a partir de correntes efluentes, emissões

fugitivas em válvulas, bombas, flanges, etc. Somam-se ainda outras atividades

onde ocorrem emissões, durante a alimentação de caminhões-tanque, enchimento

de tanques de estocagem e durante o reabastecimento de veículos. Os compostos

emitidos a partir da indústria do petróleo são predominantemente hidrocarbonetos

alifáticos, enquanto processos químicos emitem todas as classes de COV.

As emissões provocadas por veículos acontecem devido à combustão

incompleta de combustíveis e perdas de combustível antes do processo de

combustão (emissões evaporativas). Processos de combustão emitem

hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, além de algumas espécies oxigenadas.

Fontes Biogênicas de COV

lsopreno (CsH8) e monoterpenos (C1oH1s, Careno, a - pineno, J3 - pineno,

entre outros) são consideradas as espécies mais importantes de hidrocarbonetos

gerados naturalmente e que participam da formação do ozônio troposférico,

embora outros compostos orgânicos de origem natural incluindo ácidos, álcoois,

ésteres e cetonas também sejam emitidos.

Tais compostos originam-se da atividade metabólica de alguns vegetais.

As principais espécies que emitem isopreno são as árvores descíduas e as

principais emissoras de monoterpenos são as coníferas.

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Revisão da literatura

Vários estudos têm identificado os fatores que afetam a emissão de

isopreno e monoterpenos pelas plantas, entre os que exercem maior influência

estão a temperatura das folhas e a intensidade da luz.

11. 3) Características e propriedades físicas e químicas dos COV7•8

Serão apresentadas algumas características e as propriedades químicas e

físicas das espécies de COV estudadas nesse trabalho.

11.3.1) Benzeno

Benzeno é um líquido incolor com odor levemente doce. Ele é muito

volátil, pouco solúvel em água e altamente inflamável.

Algumas indústrias utilizam benzeno como matéria prima para fabricação

de plásticos, resinas, nylon e fibras sintéticas, além de ser utilizado para

fabricação de algumas borrachas e lubrificantes.

Fontes naturais de benzeno incluem vulcões e incêndios em florestas. O

benzeno também é encontrado no petróleo, gasolina e na fumaça de cigarro.

É considerado carcinogênico, sendo que exposições por longos períodos

(1 ano ou mais) a altas concentrações de benzeno no ar podem causar leucemia.

Inalar benzeno a níveis muito altos pode levar a morte, enquanto altos níveis

podem provocar desmaios, dores de cabeça, tremores e inconsciência.

11.3.2) Heptano

Heptano é um líquido incolor com odor parecido ao da gasolina e é

inflamável. É utilizado como solvente e em processos de refinamento do petróleo.

Pode causar irritações nos olhos nariz e garganta, perda de apetite e

nauseas. Exposições por períodos prolongados podem afetar o sistema nervoso.

11.3.3) Tolueno

Tolueno é um líquido incolor com odor irritante e é inflamável. É produzido

durante o processo de destilação do petróleo, e é utilizado para fabricação de

tintas, solventes comerciais, ceras, laques, adesivos e borrachas. Também

utilizado na fabricação de alguns produtos como ácido benzóico, fenol e

nitrotolueno.

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Revisão da literatura

Tolueno afeta principalmente o cérebro. Prolongadas exposições resultam

em depressão do sistema nervoso central. Baixas a moderadas concentrações no

ar por longo período de exposição podem causar cansaço, confusão mental,

fraqueza, perda de memória, náuseas, perda de apetite e perda da audição.

Exposições repetidas em altos níveis podem causar prejuízos permanentes para o

cérebro e a fala, problemas de visão e audição, além da perda da coordenação

motora, podendo causar também perda de memória e decréscimo na habilidade

mental. A inalação de tolueno em níveis muito altos, mesmo por curto período,

pode causar inconsciência e até levar a morte.

11.3.4) Etilbenzeno

Etilbenzeno é um líquido incolor com odor parecido ao da gasolina e é

inflamável. Tem ocorrência natural no petróleo, e é encontrado em produtos

manufaturados como tintas, tintas para impressão e inseticidas. Utilizado para

fabricação de acetato de celulose, estireno e borracha sintética.

Exposições a baixos níveis de etilbenzeno e por curto período podem

causar irritação nos olhos e garganta, exposições em níveis mais altos podem

causar efeitos mais drásticos como desmaio. Nenhum estudo reporta morte de

pessoas pela exposição desse composto. Prejudica diretamente os rins e o fígado.

11.3.5) Xileno

Xileno é um líquido incolor e inflamável.

Possui três isômeros, sendo o meta-xileno o isômero predominantemente

encontrado no xileno comercial.

Ocorre naturalmente no petróleo e é formado em incêndios florestais,

sendo utilizado na fabricação de tintas, vernizes e borracha. Utilizado também

como solvente e como matéria prima para produção de ácido benzóico, anidrido

ftálico e ácido tereftálico.

Esse composto afeta o cérebro. Exposições em altos níveis por períodos

longos (1 ano) ou curtos (15 dias ou menos), podem causar dores de cabeça,

perda de coordenação muscular e desmaios, podendo causar também irritações

nos olhos, nariz e garganta, dificuldade de respiração, problemas pulmonares,

perturbações na memória e dores de estômago. Pode causar inconsciência e até

morte por exposições em níveis muito altos.

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Revisão da literatura

11.3.6) lsopropilbenzeno {cumeno)

Cumeno é um líquido incolor e inflamável. Componente da gasolina,

também é utilizado para produção de fenol, acetofenona e metilestireno.

Os sintomas de superexposição são irritações nos olhos e mucosas, dores

de cabeça, narcoses e coma.

11.3. 7) 1,2,4 Trimetilbenzeno {TMB) - pseudocumeno

Pseudocumeno é um líquido incolor, utilizado para fabricação de perfumes

e resinas, e por oxidação forma o anidrido trimetílico.

Exposições a doses altas podem causar depressão e irritação respiratória.

11.3.8) Decano

Decano é um líquido incolor e inflamável. É utilizado em sínteses

orgânicas, como solvente, na fabricação de produtos parafínicos, na indústria de

borracha e no processamento de papel, além de ser constituinte da gasolina.

Esse composto causa irritação aos olhos, mucosas e ao trato respiratório

superior. Exposições a níveis altos podem causar efeito anestésico, dificuldade de

respiração, dores de cabeça e desmaios.

Na tabela 1 encontram-se as propriedades químicas e físicas dos

compostos orgânicos descritos nesse item.

Tabela 1: Propriedades químicas e físicas dos COV 8

Composto fórmula MM (g/mol) PE ("C) Pvapor (mmHg) TWA(ppm)

ACGIH

Benzeno CsHs 78,11 80,1 95,25 a 2s·c 5

n-heptano C1H1s 100,2 97-98,4 45,67 a 2s·c 400

Tolueno C1Hs 92,14 110,6 28,42 a 2s·c 100

Etilbenzeno CsH1o 106,15 136,2 9,60a2s·c 100

p-xileno CaH1o 106,15 137-138 8,93a 2s·c 100

m-xileno CsH1o 106,15 139,3 8,48a 2s·c 100

o-xileno CsH1o 106,15 144,4 6,60 a 2s·c 100

isopropilbenzeno CsH12 120,19 152-153 4,57 a 2s·c 50

1,2,4 TMB CsH12 120,19 169,3 2,25 a 2s•c 25

1,3,5 TMB CsH12 120,19 164,7 2,48 a 2s•c 25

n-decano C1oH22 142,28 173 1,28 a 2s•c -17

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Revisão da literatura

11.4) Amostragem de COV

Inúmeros métodos distintos são utilizados para amostragem de vapores

ou gases presentes no ar. Cada método tem sua própria faixa de aplicação e é

importante que uma técnica apropriada seja usada para um determinado objetivo.

A amostragem dos componentes gasosos pode variar de métodos

projetados para coleta de somente um poluente específico ou uma classe de

compostos, ou aqueles projetados para coletar todos os poluentes.

Essencialmente, todos os poluentes podem ser removidos de uma amostra de ar

criogenicamente pelo resfriamento ou liquefação do ar em coletores mantendo

uma baixa temperatura. Absorção em solventes, tal como por borbulhamento de

um gás através de um líquido, pode ser usada para coletar poluentes gasosos.

Adsorção, em que um gás é adsorvido na superfície de um sólido, é

particularmente útil para coleta de amostras que serão analisadas por

cromatografia gasosa - CG9•

As duas principais técnicas usadas para determinação de COV são

baseadas em amostragem do ar total (whole air'), e em adsorção dos gases em

sólido adsorvente.

-Técnicas de amostragem do ar total : envolvem a coleta direta e o isolamento

dos gases em recipiente impermeável, e geralmente requerem equipamentos

simples. Esta técnica é limitada àqueles constituintes gasosos para os quais são

disponíveis técnicas analíticas sensíveis, ou àqueles que estão presentes em

altas concentrações na atmosfera na região de análise. É aplicável para

hidrocarbonetos leves, não sendo aplicada a compostos menos voláteis devido à

sua possível perda por adsorção nas paredes do recipiente coletor. Métodos de

coleta de ar total empregados atualmente utilizam canister de aço inox ou bolsas

(bags) inertes como coletores 5 .

-Técnicas de amostragem em sólido adsorvente: envolvem a passagem do ar em

sólidos para que haja o contato e a adsorção dos constituintes de interesse. Nesta

técnica é muito comum a amostragem ser feita por bombeamento de ar

(amostragem ativa) através de um tubo preenchido com adsorvente(s) seguido por

dessorção térmica. É o método mais usado para amostragem de COV presentes a

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Revisão da literatura

baixas concentrações no ar. Adsorventes apropriados devem ser utilizados para

amostragem dos diferentes compostos para assegurar não somente a coleta mas

também sua subsequente dessorção completa para análise.

Existe um grande número de sólidos sendo utilizados para este fim e os

resultados são reportados na literatura 10• 11

. O adsorvente mais comumente usado

para hidrocarbonetos é a resina Tenax, a qual possui uma propriedade desejável

de não reter significantes quantidades de água, mas sua capacidade de adsorção

de hidrocarbonetos leves (contendo menos de 6C) é baixa.

A tabela 2 apresenta vários adsorventes e suas respectivas

características, tais como, área superficial e temperatura máxima a qual pode ser

submetido.

Tabela 2: Guia para seleção do sólido adsorvente

Faixa de Area

Adsorvente volatilidade do Tmáxima superficial Exemplos de analitos ("C) específica

analito im>f~>l PE 100 à Aromáticos, exceto benzeno.

TenaxTA 4ooec 350 35 Compostos apoiares (PE> I OOe) e n-C7 an-C26 polares menos voláteis (PE> I50e)

PE 100 à TenaxGR 450°C 350 35 Alquil benzenos, P AHs e PCBs

n-C1 a n-C30

Chromosorb I 02 PE 50° a 200°C 250 350 Compostos oxigenados e halogenados

menos voláteis aue cloreto de metileno. Hidrocarbonetos na faixa de Cs-C12,

Chromosorb I 06 PE 50° a 200ec 250 750 também é adequada para compostos oxi!!enados.

CarbotrapC Carbotrap

n-C3 an-C12 400 - Hidrocarbonetos e compostos Carbosieveiii halogenados.

Compostos muito polares, oxido de

Spherocarb -3oe a 150°C

>400 1200 etileno, compostos contendo enxofre, nC3 anC8 também para compostos polares como

metano! e acetona

Carbotrap Ampla fàixa de COV: cetonas, álcoois, aldeídos(PE>75eC) e todos os apoiares

Carbopack:B n-c.a n-C14 >400 100 dentro da faixa de volatilidade

Anasorb GCB I especificada.

PorapakQ soe a200°C

250 550 Ampla faixa de COV incluindo

n-Cs an-C12 oxi!!enados.

PorapackN soe a Jsoec

180 300 Acetonitrila, propionitrila, piridína e

n-C, an-Cs álcoois voláteis.

*tradução parcial da Tabela! do método T017 12 da EPA.

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Revisão da literatura

As vantagens da utilização de tubos adsorventes incluem seu pequeno

tamanho e peso facilitando o manuseio e transporte, a ampla faixa de adsorventes

existentes permitindo a escolha do mais adequado aos compostos de interesse,

existência de sistemas de dessorção térmica disponíveis no mercado e a

possibilidade de controlar a adsorção de água escolhendo adsorventes

hidrofóbicos.

Dessa forma, o tamanho e a ampla faixa para escolha dos adsorventes,

torna o monitoramento com sólidos uma técnica atrativa para estudos da

exposição de pessoas aos compostos orgânicos e a utilização em redes de

monitoramento para estabelecer as tendências desses compostos.

Estas duas técnicas de coleta foram utilizadas por Zielinska et al.13 num

trabalho que teve por objetivo estudar a atmosfera de Baltimore e Pensilvânia

(EUA), em áreas de tráfego intenso, detectando os compostos orgânicos.

Aproximadamente 260 compostos orgânicos voláteis, na faixa de 2 a 20 carbonos

(C2 - C20), emitidos por veículos foram identificados e quantificados neste estudo.

As amostras de ar foram coletadas em túneis de estradas com alto fluxo de

caminhões e carros utilizando caníster (técnica ar total) para coleta dos

hidrocarbonetos leves Cz-C12 e tubos contendo Tenax TA para compostos Ca-Czo.

Esse estudo mostrou que hidrocarbonetos na faixa de C1o a Czo são

componentes importantes emitidos por veículos a diesel, eles representam

· aproximadamente a metade do total das emissões, e por isso amostragem

utilizando sólido Tenax torna-se necessária quando estudos são realizados para

conhecer a influência destas fontes nas concentrações atmosféricas destes

compostos.

Uma outra maneira de amostrar uma ampla faixa de compostos orgânicos

com diferentes volatilidades é utilizar uma combinação de mais de um adsorvente

no leito de amostragem contido no tubo, que são conhecidos como tubos

empacotados com multiadsorventes, os chamados multbed tubes, os quais são

preenchidos com diversos adsorventes em ordem crescente de capacidade de

adsorção. Tubos Aír Toxics são um exemplo destes, os quais são preenchidos

com as resinas CarbopackB e Carbosieve Slll ou Carboxen.

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Revisão da literatura

A capacidade de adsorção do sólido está relacionada à afinidade destes

sólidos com os compostos de interesse. Essa capacidade de adsorção geralmente

é relativa a sua área superficial, e como uma regra geral, adsorventes com área

superficial menor que 50 m2/g são ditos de baixa capacidade, os com área

variando entre 100 e 500 m•tg são de capacidade intermediária, e são

considerados com alta capacidade os com área superficial próxima a 1000 m2/g.

A amostragem dos poluentes em sólidos adsorventes pode ser realizada

de forma ativa ou passiva. Amostragem ativa, hoje em dia a mais utilizada, é

realizada pelo bombeamento de ar através do tubo amestrador.

Um sistema de bombeamento com vazão constante é essencial para o

monitoramento do ar e este deve ser capaz de operar dentro de uma faixa de

vazão de 1 O a 200 mUmin, esta faixa é estabelecida levando-se em conta as

dimensões do tubo. Vazões de ar acima de 200 mUmin só são recomendadas

para amostragem instantânea (máximo 10 min) e vazões acima de 10 mUmin são

geralmente utilizadas para minimizar erros devido a difusão dos COV no tubo.

Para tubos padrão Perkin Elmer (PE) com diâmetro externo de 6mm (1/4

polegada), a vazão de ar teórica ótima é de 50 mUmin, entretanto variações neste

valor podem ocorrer e são dependentes de alguns fatores, como o volume seguro

de amostragem (safe sampling volume - SSV), o qual representa um volume

máximo de amostragem que não ocorrerá o ponto de ruptura ou quebra

(breakthrough) de um certo composto, e este é calculado como sendo 2/3 do

volume do ponto de ruptura, que é o volume de ar contendo uma concentração

constante de um analito o qual pode passar através do tubo adsorvente aluindo

por este sem ficar retido12. Além deste fator, o tempo de coleta também é

importante, coletas por um longo período devem ter suas vazões ajustadas de

modo a assegurar que o SSV não exceda durante o período de amostragem.

Dentro das limitações da faixa de vazão e SSV, o volume de ar coletado

deve ser maximizado para possibilitar que analitos presentes em concentrações

muito baixas (traços), sejam amestrados em quantidade detectável pelo sistema

de análise.

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Revisão da literatura

O valor de SSV varia de acordo com o composto a ser amostrado e da

resina a ser empregada, sendo que alguns desses valores já foram estudados e

calculados, e são encontrados na literatura.

A tabela 3 mostra alguns desses valores para compostos amestrados em

resina T enax TA.

Tabela 3: Valores de SSV em litros a 20°C para alguns compostos em tubos PE

preenchidos com resina Tenax TA12

Composto SSV* (L) Composto ssv• (LJ

Benzeno 6 1 ,3,5-trimetilbenzeno 1800

n-heptano 17 n-decano 2100

Tolueno 38 n-undecano 12000

n-octano 700 Acetato de etila 3,6

Etilbenzeno 180 Acetato de butila 85

Xilenos 300 Anidrido maleíco 88

lsopropilbenzeno 480 Anilina 220

n-propilbenzeno 850 Nitrobenzeno 14000

n-nonano 700 Feno! 240

*valores gerados pela UK Health and Safety Executive em tubos de aço inox de 6mm com

leito simples, em ambiente de trabalho na faixa de ppb a poucos ppm.

Após estabelecida a vazão de ar de acordo com o SSV dos compostos de

interesse e o tempo de coleta, esta deve ser ajustada no sistema de

bombeamento, utilizando um medidor de vazão, antes do início da coleta e ao

término desta, para certificar-se que esta permanece constante durante todo

período de amostragem.

Existem diversos sistemas de bombeamento empregados para coleta de

ar, entre eles estão as bombas portáteis, amestradores seqüenciais e bombas de

monitoramento pessoal, as quais são muito utilizadas para estudos em ambiente

de trabalho.

22

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Revisão da literatura

Um amestrador sequencial automático pode ser utilizado para

amostragem de um tubo a cada intervalo de tempo programado, um exemplo

deste sistema é o amestrador de tubo sequencial da Perkin Elmer, STS 25

(sequencial tube sampler'), o qual consiste em uma caixa portátil a prova d'água,

projetado para amostragem sequencial de ar em uma série de até 24 tubos, um de

cada vez, por um período de tempo previamente programado e vazão ajustável.

Este é aplicado para monitoramento do ar quando o objetivo é avaliar a variação

temporal dos poluentes na atmosfera.

Moschandreas 14 estudou 42 compostos considerados tóxicos e nesse

trabalho comparou a eficiência do STS 25 frente a uma bomba portátil e um

canister em ambiente interno e externo. Concluiu que os resultados

correlacionam-se bem, exceto para os compostos com baixa volatilidade

amestrados em canister.

Concluindo, um monitoramento de ar com sistema de bombeamento

efetivo, requer cuidado na seleção do material adsorvente para prevenir

ultrapassar o ponto de ruptura dos compostos de interesse durante a amostragem

e garantir 100% de eficiência na dessorção durante análise.

Além da amostragem em sólidos adsorventes ser realizada de forma ativa,

pode ser realizada de forma passiva, sendo a difusão dos compostos através do

sólido a responsável pelo processo de amostragem.

Amostragem passiva tem sido a muito tempo utilizada como uma

alternativa para a amostragem ativa em saúde ocupacional para determinar a

concentração de compostos orgânicos voláteis em ambiente de trabalho. Este tipo

de amostragem tem muitas vantagens como simplicidade de coleta e menor custo

por unidade. Mas por outro lado, sua aplicação em monitoramento ambiental é

mais complexa devido as menores concentrações em que se encontram os

poluentes em questão, e a principal questão a ser levantada é se o "modelo de

difusão em zona estagnada" da amostragem difusiva pode ser aplicado sob

condições ambientais 15.

Nos últimos anos a amostragem passiva tem sido utilizada para medidas

em ar ambiente, especialmente ambientes urbanos16. Encontram-se na literatura

23

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Revisão da literatura

estudos mais recentes que empregam tubos preenchidos com Tenax TA para o

monitoramento do ar ambiente a baixas concentrações de compostos orgânicos

usando amostragem passiva.

Rache et al17 tiveram como objetivo estudar o comportamento de tubos

Tenax TA na amostragem passiva de compostos orgânicos a baixas

concentrações e conhecer suas "taxas de adsorção" (uptake rate) pelo sólido

empregado. Para isto alguns compostos aromáticos e alcanos lineares foram

estudados em uma câmara de vidro (V=200 L), onde concentrações conhecidas

destes compostos foram introduzidas, concentrações variando de 30 a 140 ppb, a

temperatura foi mantida a 25°C, pressão igualada a ambiente, e umidade relativa

variável. Tubos Tenax TA foram introduzidos dentro da_ câmara e a concentração

de vapor destes compostos foi controlada pelo bombeamento do ar interno para

um tubo Tenax TA na parte externa desta. Ambos os tubos (passivo e ativo) foram

analisados pela mesma técnica. Os resultados de taxa de adsorção obtidos,

comparados aos calculados pelo coeficiente de difusão e dimensões do tubo

apresentaram-se próximos para a maioria dos compostos estudados. Observaram

que a taxa experimental e teórica seguem uma relação linear, embora isto seja

válido somente para uma faixa de dose de exposição (concentração da atmosfera

x tempo de amostragem). Concluíram então que a doses de exposição muito

baixas (abaixo de 40ppm.min) o uso de tubos amestradores difusivos torna-se

tarefa complicada para quantificação, principalmente para compostos mais

voláteis, como é o caso do benzeno e hexano, devido à rápida diminuição da taxa

de adsorção, a qual fica constante acima desta dose de exposição.

Tendo estes dados, alguns fatores devem ser levados em conta como

prováveis responsáveis pela dificuldade da utilização de amostragem passiva para

ar ambiente, entre eles, a velocidade do vento e a consequente turbulência do ar

que podem afetar a eficácia da amostragem passiva, bem como os efeitos da

radiação, temperatura e umidade relativa do ar, além da dificuldade de correlação

ou comparação dos valores obtidos por amostragem ativa e a correspondente

passiva.

Quando o objetivo do estudo é a identificação de compostos presentes em

uma determinada atmosfera, a amostragem passiva pode ser empregada com

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vantagens, as quais além do custo, não necessita energia e pode cobrir

simultaneamente uma ampla área de amostragem.

A amostragem é uma etapa fundamental e para que os dados obtidos

sejam confiáveis deve-se eliminar todo tipo de interferente que possa ocorrer no

processo ou conhecê-los para a compreensão dos resultados.

Na amostragem empregando sólidos adsorventes alguns pontos devem

ser conhecidos sobre os interferentes, segundo a EPA 12:

* para eliminar ou minimizar os interferentes ou mesmo evitar remanescentes no

tubo amostrador, condições severas de condicionamento e cuidados na

armazenagem devem ser realizados. O condicionamento do tubo deve ser feito

em condições de temperatura, vazão de gás arraste e tempo maiores que as

requeridas para análise,

* típicas faixas de interferentes para tubo de 6 mm de diâmetro e 89 mm de

comprimento para resina Tenax é de O, 1 ng, para Cromossorb estes níveis

atingem cerca de 10 ng. Entretanto estes tipos de sólidos podem ser utilizados

para monitoramento do ar mesmo a baixas concentrações, faixa de ppb se for

empregado detector espectrômetro de massa ou se o teste em branco do tubo

demonstrar que os interferentes não interferem analiticamente sobre os

compostos de interesse,

* algumas variedades de carvão tem metais os quais podem catalisar a

degradação de alguns compostos orgânicos durante a etapa de dessorção térmica

a elevadas temperaturas produzindo então interferentes e resultando na baixa

detecção do analito,

* benzaldeído, fenol e acetofenona foram relatados como possíveis interferentes

da resina Tenax, pois podem ser formados durante amostragem via oxidação do

polímero em atmosfera com altas concentrações de 0 3 (100 a 500 ppb). Para

eliminar estes interferentes, lavador de ozônio deve ser utilizado para amostragem

com tubos Tenax quando amostrando analitos a baixos níveis e concentrações

apreciáveis de Os,

* para eliminar a interferência da água durante amostragem recomenda-se o uso

de adsorventes hidrofóbicos, quando isto não é possível usualmente trabalha-se

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com divisão (splif), quando grandes quantidades de amostra são coletadas, ou

faz-se uma purga passando ar puro, seco e inerte pelo final do tubo amestrador

antes da análise.

Uma outra importante questão a ser levada em conta sobre amostragem é

onde amostrar e qual deve ser a duração desta amostragem, a estratégia de

amostragem depende da proposta de estudo. Por exemplo, se o objetivo é

descobrir se o ar poluído em ambiente fechado contribui para causar problemas

de saúde, a amostragem deve ser feita em condições tais que permitam a

detecção de picos de concentração aos quais o ocupante está exposto. Isto

significa que a amostragem deve ser feita no local, em certa hora do dia, por uma

certa duração e sob condições ambientais que levam aos máximos níveis do

poluente.

Além da preocupação em empregar uma técnica de amostragem

adequada aos objetivos, a qual seja representativa da atmosfera em estudo, deve

ser empregada uma técnica de análise apropriada.

11.5) Determinações analíticas

Um dos métodos analíticos mais utilizados para análise de amostras de ar

é a cromatografia gasosa (CG) de alta resolução, a qual emprega coluna capilar

de sílica fundida com diâmetro interno de 320 J.lm ou menor e a espessura de filme

de sua fase estacionária de 5 ).lm ou menor.

A cromatografia gasosa é uma técnica que permite a separação de

componentes de uma mistura pela passagem destes através da coluna

cromatográfica, os quais eluem seqüencialmente e atingem o detector. É então

uma técnica muito utilizada para separar e quantificar produtos diversos, inclusive

poluentes do ar, podendo também ser usada como técnica de identificação,

principalmente quando acoplada a um espectrômetro de massa (EM) ou um outro

detector qualitativo 18.

Muitos detectores são empregados em CG, o detector por ionização em

chama (DIC) é tradicionalmente considerado um detector altamente não seletivo

(universal), e pode responder a quase todos os compostos orgânicos voláteis. Os

compostos eluem na coluna e ao atingirem o DIC são queimados na chama,

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ocorrendo à formação de íons, os quais são coletados por um eletrodo. A corrente

gerada é convertida em voltagem, amplificada e captada pelo registrador. A

magnitude do sinal é proporcional ao número de átomos de carbono e hidrogênio

presentes na molécula, sendo diminuída pelo processo de captura de elétrons

envolvendo grupos eletronegativos formados na combustão. O resultado é

expresso por um cromatograma, no qual a resposta do detector é plotada versus o

tempo de retenção, tempo que o composto leva para eluir pela coluna em

condições específicas.

Uma das vantagens do DIC é que o fator de resposta para

hidrocarbonetos pode ser prescrito pelo número de átomos de carbono presentes

na molécula. Então a concentração de todos hidrocarbonetos pode ser

determinada a partir da calibração com apenas um único hidrocarboneto.

Rltro Peneira Restritores

Molecular FIXOS

~, ----~CJ~_.~~--~ Reguladores .----i Injetor

Coluna

Forno

Figura 2 : Esquema de um cromatógrafo gasoso

Detetor Eletrômetro

Computador I

Integrador

O EM é um instrumento de análise no qual, de um modo geral, íons são

analisados de acordo com sua razão massa/carga (m/z) e o número de íons é

determinado eletronicamente. Este consiste basicamente de uma fonte de íons,

que pode ser de impacto eletrônico (electron ionization- El) ou ionização química

(chemical ionization- Cl), um analisador de massa e um detector.

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~·-

Seidade -

Revisão da literatura

dolecf'o deions

Figura 3: Diagrama de blocos- componentes de um EM19.

A espectrometria de massa é uma técnica utilizada para identificar

compostos desconhecidos, quantificar os compostos já identificados, e também

elucidar a estrutura e as propriedades químicas das moléculas. Compostos podem

ser analisados mesmo em mínimas quantidades, geralmente a concentrações da

ordem de ppt.

O principio de funcionamento desta é que uma amostra, que pode ser

sólida, líquida ou gasosa, é introduzida em uma câmara de vácuo através de um

injetor e ionizada na fonte de íon.

Os íons, que estão na fase gasosa, são classificados no analisador de

massa de acordo com sua razão massa/carga (m/z), e são coletados pelo

detector. No detector, os íons geram um sinal elétrico que é proporcional ao

número de íons. O sistema de dados grava estes sinais e então os converte no

espectro de massa.

Os processos que ocorrem no espectrômetro de massa são: ionização,

separação dos íons e detecção.

No processo de análise de massa, uma mistura de espécies iônicas são

separadas de acordo com suas razões m/z e moléculas neutras são separadas de

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Revisão da literatura

acordo com suas massas atômicas agregadas. É importante salientar que o termo

análise de massas se refere ao modo de separação das massas.

A utilização do EM permite a identificação de um composto pela análise de

seu espectro de massa (gráfico de relação m/z versus abundância dos íons), mas

não é capaz de separar uma mistura, e se esta for analisada, o resultado é uma

complexa sobreposição de espectros dos componentes presentes na mistura.

O uso de um espectrômetro de massa acoplado ao cromatógrafo a gás

{CG-EM) permite uma identificação positiva de quase todos os compostos

orgânicos, pois une as propriedades de separação do CG com as de

determinação da estrutura do composto obtida pelo EM.

Desta forma a combinação destas técnicas analíticas, CG-EM, torna-se

uma ferramenta poderosa para análise qualitativa e quantitativa de misturas

complexas de uma grande variedade de fontes.

O emprego desta técnica de análise (CG-EM) só se tornou possível

quando um EM foi projetado especialmente para atender os requisitos para

acoplamento a um cromatógrafo a gás de alta resolução20, visto que os

equipamentos operam em diferentes pressões. Cromatográfo a uma pressão

positiva com vazão de 1 a 3 mUmin para colunas capilares e o EM opera em

sistema de vácuo de 1 o-s torr para EI e 104 torr para C I.

Para uma análise quantitativa, muito cuidado deve ser tomado em todas

as etapas para evitar erros. Após a obtenção do cromatograma, faz-se a

integração dos sinais, a qual tem por finalidade transformar a intensidade do sinal

emitido pelo detector em uma medida relacionada com a quantidade da

substância analisada na amostra. A integração dos sinais pode ser feita pela altura

do pico ou pela área do pico.

As medidas obtidas na integração podem ser relacionadas com a

concentração da substância na amostra através dos seguintes métodos 14:

* normalização: compara a área obtida no cromatograma com a porcentagem de

composição na mistura.

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%S = áreaS XI 00 áreatotal

Revisão da literatura

Este só é válido quando a resposta do detector é idêntica para todos os

compostos de interesse.

* fator de resposta: quando a resposta do detector difere de composto para

composto, é necessário corrigir a equação acima usando o fator de resposta.

ft = %Sconhecida %Sobservada

* calibração externa: este método compara a área da substância a ser quantificada

na amostra, com as áreas obtidas desta mesma substância em soluções padrão

de concentrações conhecidas. Para esta, várias soluções devem ser preparadas,

obtêm-se os cromatogramas destas e monta-se uma curva analítica, que

corresponde a um gráfico que relaciona área com a concentração. Utilizando esta

curva obtêm-se a concentração da substância na amostra.

* padronização interna: este método consiste em adicionar uma quantidade

conhecida de uma substância padrão na amostra a ser analisada, e relacionar às

áreas obtidas. Este é o método menos sensível a erros e portanto o melhor para

quantificação, porém é inviável para certos tipos de amostras, como por exemplo

amostras gasosas.

Para injeção de amostras coletadas em tubos adsorventes, normalmente é

empregado sistema de dessorção térmica.

A dessorção térmica é uma técnica que extrai voláteis de uma matriz não

volátil pelo aquecimento desta e pela passagem de gás inerte. Os voláteis

extraídos vão subsequentemente para um coletor (trap) resfriado do qual são

transferidos para a coluna cromatográfica em uma banda estreita, é uma técnica

que permite a injeção direta de amostras coletadas em tubos adsorventes ou

canisters.

Os métodos de amostragem e análise citados até o momento são mais

específicos para hidrocarbonetos, sendo que para compostos carbonilados

(aldeídos e cetonas), utilizam-se tubos amestradores de sílica gel (C18 Sep-Pak)

impregnados com 2,4 dinitrofenilhidrazina (DNPH) como uma técnica de

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amostragem do ar. Amostras de ar, normalmente 1 O a 1 OOL são coletados,

ocorrem reações formando hidrazona, as quais são eluidas com acetonitrila, e a

análise é feita por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) utilizando

detector UV 13.

11.6) Estudos sobre COV reportados na literatura

Na literatura encontram-se trabalhos referentes à determinação de COV

em diferentes regiões e com propósitos distintos, os quais utilizam diferenciadas

técnicas de amostragem. Todos os trabalhos reportam-se a métodos analíticos

que empregam cromatografia gasosa de alta resolução utilizando diferentes

detectores, embora os mais comumente empregados são DIC e EM. Sendo este o

método analítico para determinação de COV recomendado pela Agência de

Proteção Ambiental dos Estados Unidos- US EPA 12.

Grob e Grob21 em 1971 já utilizaram esta técnica analítica (CG-EM) para

estudar os compostos orgânicos na faixa de Cs-C2o presentes na atmosfera de

Zurique (Suíça), empregando filtros de carvão para amostragem dos compostos e

dissulfeto de carbono para extração dos mesmos.

Seguidos por loffe et ai 22, em trabalho realizado poucos anos mais tarde,

que utilizaram a mesma técnica de análise, mas com um avanço no método de

amostragem. Empregaram sólidos adsorventes, carbocromo e polisorbamida, com

alta estabilidade para coletar as amostras, e utilizaram dessorção térmica não

mais extração com solvente para remoção dos compostos.

Um estudo conduzido na cidade de Berlim23 é um exemplo que reporta a

atmosfera sob a influência de diversas fontes poluidoras e utiliza duas técnicas de

amostragem para hidrocarbonetos, ar total (utilizando bolsas) e adsorção em

sólido (utilizando tubo multiadsorventes), os quais foram analisados por CG/DIC,

além de empregar cartucho DNHP para coletar aldeídos e cetonas os quais foram

analisados por CLAEIUV. Neste as medidas de COV foram feitas durante três

campanhas, sendo a primeira um teste compreendendo um período de três dias

consecutivos, e as demais (definitivas), de sete dias consecutivos cada. Estas

campanhas foram realizadas nos meses de verão Gunho, julho e agosto), e

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estavam tocadas no estudo de COV na faixa de C1 a C14 incluindo aldeídos e

cetonas.

Esse estudo teve como objetivo fornecer informações sobre a variação

espacial e temporal na concentração de COV na região de estudo, bem como a

contribuição das variadas fontes para essas concentrações. Para o primeiro

propósito, três locais foram escolhidos para amostragem, uma rua da cidade

próxima a uma estrada principal, uma área residencial e uma área rural. Para o

segundo, utilizou frequência de amostragem para tubos adsorventes de duas

horas em quatro períodos do dia, sendo assim quatro amostras foram coletadas

simultaneamente nos períodos de 2h às 4h, 6h às Sh, 13h às 15h e 17h às 19h.

Estes períodos cobriram partes do dia com diferentes intensidades das fontes e

condições de dispersão. Para obter um perfil das fontes poluidoras, amostras

foram coletadas em locais como túneis, estacionamentos e oficinas de tinturaria.

Como resultados da variação espacial os autores reportaram ser visível a

diferença nas concentrações dos COV, as quais são menores na área rural para a

maioria dos compostos, com exceção do isopreno, que tem origem principalmente

em fontes biogênicas, mas também pode ser proveniente de emissões veiculares,

o que pode ser observado por um aumento em sua concentração no período

diurno próximo à rodovia. Já para os compostos carbonilados, a diferença entre as

concentrações nos três locais é menor, pois embora suas emissões sejam

provenientes de veículos, também são formados por reações fotoquímicas na

atmosfera, causando assim uma maior uniformidade na atmosfera. Também

constataram que as emissões veiculares nas áreas urbanas contribuem com 80 a

90% das concentrações de hidrocarbonetos não metanos e aproximadamente

com 60% na área rural.

Segundo Durana6, o uso das duas técnicas de amostragem, ar total e

adsorção em sólido, é essencial para monitoramento da qualidade do ar e controle

de COV. Em um trabalho conduzido na área urbana de Bilbao, cidade ao norte da

Espanha, empregou-se tubos Tenax TA para amostragem de COV e posterior

análise em laboratório, sendo as amostras injetadas por dessorção térmica e

analisadas em sistema CG-EM. Também foram feitas análises em campo

utilizando amostragem instantânea do ar e análise em um cromatógrafo portátil

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com detector de foto ionização (DFI). Esta última técnica fornece valores pontuais

(a cada meia hora) e médios dos níveis de COV presentes no ar da região de

análise, enquanto que a primeira, devido ao período de amostragem (24h e 8h),

implica numa amostragem a qual é representativa do período como um toâo,

sendo útil para identificação dos analitos presentes. Como resultado obtiveram

que a composição qualitativa da mistura de COV permaneceu constante em todos

os períodos de amostragem, entretanto, variações na concentração ao longo do

período foram observadas. Nesta mistura foram identificados 29 compostos,

sendo reportados como mais abundantes o tolueno, xilenos, benzeno, etilbenzeno,

metilbenzeno, metiletilbenzeno e 1 ,2,4 trimetilbenzeno. Os resultados foram

similares em ambas as técnicas para a maioria dos compostos.

Dados obtidos na atmosfera de Porto Alegre2, refletem a influência das

emissões veiculares na qualidade do ar. A cidade de Porto Alegre possui cerca de

600.000 veículos na área metropolitana, sendo 74% veículos a gasolina (mistura

de 85% de gasolina e 15% de metil- tercbutil-eter- MTBE), 17% veículos a álcool

(>95%) e 9% a diesel (caminhões e ônibus). Neste trabalho 150 compostos foram

identificados utilizando SUMMA canister para amostragem e sistema de análise

CG/DIC e/ou CGIEM. Destes compostos, incluindo alcanos, alcenos, aromáticos,

aromáticos bicíclicos, álcoois, aldeídos, cetonas, hidrocarbonetos halogenados,

além de CO, C02, acetileno, MTBE, fenol, ácido acético, acetonitrila entre outros,

os mais abundantes, depois de CO, C02 e CH4, são: acetileno, MTBE, etanol,

propano, butano, pentano, isopentano, hexano, etileno, propeno, benzeno,

tolueno, etilbenzeno e m+p xileno.

Um trabalho realizado por Gee e Sollars24 nos anos de 95 e 96 objetivou a

medida dos níveis de COV em algumas cidades da América Latina, incluindo São

Paulo, e da Ásia. Esse compreendeu a curtos períodos de amostragem (uma

semana em cada cidade) utilizando bolsas e tubos adsorventes (CarpopackB e

Carbosieve Slll), no qual 18 COV foram identificados e suas concentrações

determinadas.

As concentrações médias obtidas na cidade de São Paulo foram de 11,1

1-1g/m3, 16,7 1-1g/m3

, 28,1 1-1g/m3, 6,0 llg/m3

, 18,5 1-1g/m3 e 6,2 1-1g/m3 para n-hetano,

benzeno, tolueno, etilbenzeno, p+m xileno e o-xileno, respectivamente. De um

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modo geral, concluiu-se com esse trabalho que os níveis de COV tendem a ser

mais altos nas cidades asiáticas estudadas, Bangkok e Manila.

Outro estudo da atmosfera de São Paulo foi realizado pela US EPA em

conjunto com a Cetesb25, a escolha do local se deu por ser São Paulo uma cidade

que representa um grande centro urbano tendo os veículos como principais fontes

de poluição atmosférica, e as estimativas indicam que 40% do volume total de

combustíveis é etanol, o que está sendo uma tendência em combustíveis nos

grandes centros urbanos dos EUA, como exemplo, Los Angeles. Dessa forma, o

objetivo do trabalho foi estudar o ar ambiente de São Paulo, para identificar e

quantificar as espécies orgânicas presentes e associá-las com as emissões

evaporativas e exaustivas dos combustíveis, tentando compreender o potencial de

causas de danos por exposição na saúde humana. As amostras foram coletadas

em seis pontos empregando as técnicas ar total e adsorção em sólidos, utilizando

SUMMA canistere resina Air Toxics.

Os resultados desse trabalho mostram que os níveis de etanol, metanol, 1

e 2 propanol e aldeídos de C4 a Cs apresentam-se acima dos encontrados em

grandes centros urbanos dos EUA, isso é devido a diferença na proporção da

utilização de álcool como combustível, que é de 40% no Brasil e 3% nos EUA

Entretanto, quando comparados os níveis de compostos aromáticos e alcanos de

C4 a C11 observa-se que as concentrações são similares ou ligeiramente maiores

que as obtidas nas grandes cidades dos EUA, como Los Angeles. Essas

concentrações obtidas apresentaram-se na faixa de 0,9 a 11 ,O ppbv para benzeno,

4,4 a 13,7 ppbv para tolueno, 0,8 a 3,1 ppbv para etilbenzeno, 1,6 a 10,8 ppbv para

p+m xileno, 0,5 a 4,1 ppbv para o-xileno e 0,3 a 1,5 ppbv para n-heptano.

Além desses dois trabalhos realizados na cidade de São Paulo, existem

outros em andamento. Um deles em desenvolvimento por pesquisadores do

Instituto de Química da USP em conjunto com o IPEN26 sobre emissões veiculares

em túneis da cidade de São Paulo, visando caracterizar esse tipo de emissão para

a compreensão da contribuição das fontes veiculares na poluição do ar urbano.

Nesse trabalho utilizam tubos com Tenax e carvão grafitizante para a coleta de

COV e análise por dessorção térmica e cromatografia gasosa, tubos de vidro com

solução básica para coleta específica de ácidos carboxílicos e análise por

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cromatografia de íons, e cartuchos de sílica com derivatizante para coleta de

compostos carbonilados e análise em CLAE.

Medidas dos gases de exaustão de veículos reportadas na literatura

indicam a razão entre as concentrações de benzeno e tolueno (B:T) numa faixa de

0,25 a 0,5024. Esse dado é muito útil para identificar as principais fontes de

poluição atmosférica de um determinado local, sendo que valores de razão B:T

dentro dessa faixa, indicam que as fontes veiculares são as de maior importância

para a região sendo estudada.

A capital do Irã, Teerã, com 12 milhões de habitantes, enfrenta grandes

problemas de poluição atmosférica provenientes de fontes veiculares, como em

outros centros urbanos. Para estudar COV27 presentes-no ar foram utilizados para

coleta tubos adsorventes recheados com a resina Carbotrap e as análises foram

feitas em sistema CGIEM com injeção por dessorção térmica. As amostras foram

coletadas de forma ativa, por 30-45 minutos e fluxo de 80 mUmin, em 8 locais

distribuídos ao norte e ao sul da cidade, sendo esses classificados de acordo com

o fluxo de veículos entre médio e intenso.

O trabalho foi compreendido entre os anos de 1997 e 1998, sendo a

amostragem feita, em sua maioria, durante os dias da semana e em períodos

entre as 7 horas da manhã e 7 horas da noite, resultando um total de 70 amostras.

Nas amostras foram identificadas 45 espécies de COV, sendo que seis dessas

foram quantificadas (benzeno, tolueno, etilbenzeno e os isômeros do xileno). As

concentrações médias obtidas em Teerã foram de 127,7 1-19/m3, 201,21-1g/m3

,

58,1!lg/m3, 110,7!lg/m3 e 57,6Jlg/m3 para benzeno, tolueno, etilbenzeno, m+p

xileno e o-xileno, respectivamente.

Balach et al. 16 utilizaram amostragem ativa e passiva em sólidos

adsorventes para determinação da concentração atmosférica do benzeno em

Freiburg, na Alemanha. Para esse estudo tubos difusivos PE foram expostos ao ar

por períodos de 7 dias, simultaneamente a esta coleta, amostras foram coletadas

através de bombeamento de ar para o tubo empregando um sistema automático

de amostragem seqüencial (modelo STS 25), por períodos de 12 h/tubo durante

uma semana, totalizando 14 tubos/semana. Para análise das amostras utilizaram

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Revisão da literatura

o sistema ATO 400 acoplado a um CG - Autosystem PE- utilizando DIC como

detector. As concentrações obtidas apresentaram-se na faixa de 2,5 a 7 J.lglm3 no

inverno e 3 a 6 J.lglm3 no verão.

Os níveis de concentração das espécies orgãnicas estudadas em diversas

cidades do mundo apresentam-se variáveis. Essas variações são devidas a

diversos fatores, tais como, fontes com características diferenciadas, topografia

local e condições meteorológicas distintas, influenciando a dispersão dos

poluentes na atmosfera e resultando em níveis variados.

11.7) Dispersão atmosférica 28•29

Os fatores que afetam o transporte, diluição e dispersão dos poluentes no

ar podem ser classificados em termos de emissões características, condições

meteorológicas, topografia e estruturas antrópicas.

11.7.1) Fontes características

Na região de estudo, as emissões de COV são provenientes

principalmente de emissões de caldeira e fornos de aquecimento que utilizam óleo

combustível, perdas por evaporação de tanques de armazenamento de matéria

prima e produtos, na alimentação de caminhões tanque e das estações de

tratamento de efluentes, e emissões fugitivas de processos, através de válvulas,

flanges, selos e bombas, além de alguma contribuição de fontes veiculares.

A maioria das fontes são fontes fixas e com emissão a temperatura

ambiente. As emissões por evaporação são relacionadas a temperatura, as quais

serão aumentadas com aumento dessa.

11.7.2) Considerações topográficas que afetam a dispersão

A topografia do terreno afeta o caminho no qual o poluente é difundido e

distribuído dentro do meio receptor. Em geral, existem duas categorias que

precisam ser consideradas: obstruções e áreas livres de obstruções.

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Revisão da literatura

A topografia é responsável pela variação na concentração dos poluentes

em um determinado local que apresenta mesmas condições meteorológicas.

Obstruções

A presença de montanhas, prédios e outras estruturas afetam a trajetória

dos poluentes, tendendo acumular altas concentrações.

Áreas livres de obstruções

A presença de planícies e áreas rurais ajudam a dispersão dos poluentes

na atmosfera.

11.7.3) Condições meteorológicas

As concentrações dos poluentes no ar são influenciadas diretamente pelas

condições meteorológicas locais. Parâmetros como direção e velocidade do vento,

estabilidade atmosférica, turbulência atmosférica, umidade, temperatura e

radiação solar são importantes nas condições locais que determinam os níveis de

concentração medidos, influenciando assim a qualidade do ar.

Turbulência

A turbulência é a propriedade física do ar que governa a dispersão e

diluição dos contaminantes. O movimento médio do ar indica a transferência de

poluentes de uma região para outra e a flutuação turbulenta determina a diluição

dos mesmos, enquanto se deslocam no ar.

Direção do vento

A direção do vento determina a direção na qual os contaminantes irão se

mover na atmosfera.

Distância fonte-receptor na direção do vento

Quanto maior a distância entre a fonte e o receptor, maior é o volume de

ar disponível para a diluição dos contaminantes antes de atingir o receptor, e

portanto, menor a concentração.

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Revisão da literatura

Velocidade do vento

De um modo geral, quanto maior a velocidade do vento, menor será a

concentração local do poluente.

Estabilidade atmosférica

A estabilidade se refere a tendência da atmosfera resistir ou propagar

movimentos verticais. A estabilidade está relacionada com a velocidade do vento e

com as mudanças de temperatura na direção vertical chamado de "gradiente

adiabático". Usualmente utiliza-se somente esse gradiente como indicador da

estabilidade, a qual é dividida em 3 categorias:

Neutra: quando o perfil térmico não resiste nem promove o mecanismo de

turbulência.

Estável: quando o perfil térmico inibe a turbulência, a temperatura diminui

pouco com um grande aumento na altura - subadiabática, o que não favorece

o deslocamento vertical. Existem dois casos de atmosfera estável, quando não

ocorre mudança na temperatura com elevação (isotérmica) ou quando o

processo de decréscimo da temperatura com a elevação é interrompido

(inversão térmica), a qual é a forma mais severa de estabilidade. Na atmosfera

estável, esse fenômeno de inversão térmic<!;:._no qual, a temperatura aumenta

com a elevação e causa o episódio de poluição do ar, sendo este similar a uma

"tampa" na atmosfera que restringe o volume de ar e resulta em maior

concentração das substâncias.

Instável: nessa o movimento vertical é promovido pelo perfil térmico, onde a

temperatura cai muito com pequena variação na altura. Quanto maior a

instabilidade da atmosfera, maior a sua capacidade de diluição dos poluentes.

A dispersão da poluição depende dos processos naturais de mistura em

diversas escalas do movimento, espacial e temporal.

Nos meses de verão, na parte da tarde, a transferência de calor da

superficie do solo para a atmosfera estabelece a formação de correntes

convectivas que provocam intensa mistura na vertical, formando uma camada cuja

extensão depende da temperatura inicial, podendo atingir alturas elevadas. Na

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Revisão da literatura

latitude do estado de São Paulo, a intensa insolação neste período tende a

expandir o volume de ar disponível para a diluição dos poluentes na troposfera

inferior.

Já nos meses de inverno esse processo é inibido devido à excessiva

estabilidade atmosférica e menor é a altura da camada de mistura, o que faz com

que piore a qualidade do ar.

Altura de mistura

t a altura (medida em metros) da camada de inversão térmica.

Umidade

Algumas substâncias químicas são solúveis no vapor de água, levando a

concentrações reduzidas na atmosfera. Além disso, alta umidade relativa pode

bloquear o aquecimento solar da superfície, prolongando o tempo de inversão

térmica.

Radiação solar

A variação na intensidade de radiação solar influência principalmente as

reações fotoquímicas na atmosfera levando a formação de poluentes secundários.

11.8) Reatividade fotoquímica 30•31

As reações fotoquímicas são consideradas um processo de perda e/ou

redução de algumas espécies de COV, levando a diminuição de seus níveis

encontrados no ar. Embora nesse processo possa resultar a formação de outras

espécies poluentes, os poluentes secundários. Essas reações, como já

mencionadas, são influenciadas pela intensidade de radiação solar e dependem

da estrutura química dos compostos reagentes.

O estudo das reações químicas e fotoquímicas que ocorrem na atmosfera

é complexo, um dos primeiros obstáculos é que as substâncias envolvidas estão

geralmente presentes a baixas concentrações, então a detecção e análise dos

produtos dessas reações é muito difícil. Além disso, simular as condições

atmosféricas em laboratório é complicado devido a diversas interferências, tal

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Revisão da literatura

como adsorção de espécies nas paredes do recipiente. Reações que requerem

um terceiro corpo para absorver o excesso de energia, ocorrem lentamente na

atmosfera, onde existe uma escassez desse terceiro corpo, mas pode ocorrer

rapidamente no recipiente, cujas paredes absorvem energia, servindo assim como

catalisador para algumas reações.

A reatividade fotoquímica de hidrocarbonetos no processo de formação de

poluentes secundários é uma importante consideração na compreensão de

processos e no desenvolvimento de estratégias de controle. É importante

conhecer as espécies mais reativas para que sua liberação seja minimizada.

Cada espécie de COV, entretanto, apresenta efeito diferenciado na

produção de poluentes secundários. As reações fotoquímicas as quais produzem

ozônio, por exemplo, procedem a uma taxa que é dependente da estrutura da

espécie envolvida.

As principais transformações químicas de COV na atmosfera são

processos de fotólise, reações com radical hidroxila (OH), reações com radical

N03 e reações com 03. Em alcanos e compostos aromáticos as reações com

radical OH são as dominantes.

A reação com OH em alcanos acontece pela abstração de 1 átomo de H

da ligação C-H, como por exemplo:

O radical alquila formado reage rapidamente com Oz formando o radical

peroxialquila ROO·, o qual reage na troposfera com NO, NOz, HOz- e com ele

mesmo.

ROO· + NO ~ RO· + NOz

ROO· + NO~ RONOz

ROO + HOz- ~ ROOH + Oz

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Revisão da literatura

O benzeno e os benzenos alquil substituídos, tais como, tolueno, xilenos,

etilbenzeno e trimetilbenzeno reagem com radical hidroxila pela abstração de um

átomo de H da ligação C-H (como nos alcanos) e pela adição do OH no anel

aromático. Os radicais formados pela adição do OH· ao anel tem tempo de vida

curto (0,2 a 0,3 s a T ambiente) devido a decomposição térmica, e os radicais

formados pela abstração do H da ligação C-H reagem de maneira similar aos

radicais alquilas, exemplificados acima.

A reatividade fotoquímica de COV pode ser expressa com base em sua

interação com radicais hidroxilas (OH·), a partir do conhecimento da constante da

reação (k oH). Metano é o menos reativo dos hidrocarbonetos, apresentando

tempo de meia vida para reação com radicais hidroxilas maior que 1 O dias, sendo

considerado com reatividade igual a 1.

A reatividade dos hidrocarbonetos pode ser dividida em cinco classes, em

relação a suas taxas de reação com OH·, as quais são apresentadas na tabela 4 .

Tabela 4: Reatividade relativa dos hidrocarbonetos com radical OH· 31

Classe de Faixa de t meia vida na Compostos em ordem crescente de

reatividade reatividade* atmosfera reatividade

I <10 > 10 dias Metano

li 10- 100 24h -10 dias Acetileno e etano

Benzeno, propano, butano,

111 100-1.000 2,4-24h isopentano, tolueno, isopropilbz,

hexano, etilbenzeno

p-xileno, o-xileno, m-xileno, 1,2,3

trimetilbz, propeno, 1 ,2,4 trimetilbz, IV 1.000-10.000 15min-24h

1 ,3,5 trimetilbenzeno, B pineno, 1,3

butadieno

v > 10.000 <15min 2metil2buteno, d-limoneno

• Baseada na reatividade de 1 para metano na reação com OH"

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Revisão da literatura

A medida do potencial das espécies em reagir fotoquimicamente e levar a

oxidantes fotoquímicos é complexa e tem sido alvo de esforços de centros de

pesquisa e departamentos de políticas de controle da poluição do mundo todo. Na

Inglaterra, o departamento de Meio Ambiente desenvolveu ferramentas de

modelagem incorporando conceitos e processos de reações químicas de como as

espécies de COV são levadas a formação de ozônio.

Na tabela 5 são apresentados dados do potencial de formação de ozônio

fotoquímico (PFOF) para algumas espécies de COV avaliadas por estudos

realizados em Londres utilizando um modelo matemático. Esse modelo considera

uma massa de ar proveniente de áreas fortemente industrializadas, o percurso

dessa massa é seguido por 4 a 6 dias, e em inúmeras corridas sucessivas,

espécies de COV são removidas, uma de cada vez, do inventário. Após cada

corrida a mudança nos níveis de ozônio é medida. Isso dá a medida da

contribuição de cada espécie para a formação do ozônio ao longo da trajetória.

Tabela 5: Valores de PFOF para algumas espécies estudadas30

Compostos Valores de PFOF* Compostos Valores de PFOF*

Metano 3 Benzeno 13

n-pentano 19 Tolueno 41

isopentano 12 o-xileno 41

n-hexano 10 m-xileno 78

n-heptano 13 p-xileno 63

n-octano 12 Etilbenzeno 35

n-nonano 10 isopropilbenzeno 35

n-decano 8 1 ,2,3 trimetilbz 75

Etileno 100 1 ,2,4 trimetilbz 86

Propileno 75 1 ,3,5 trimetilbz 74

• Os valores de PFOF são relativos ao composto etileno, o qual apresenta o maior potencial,

considerado 100.

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Revisão da literatura

Os dados apresentados na tabela 5 são relativos e calculados com base

nas condições locais estudadas, como as concentrações e condições

meteorológicas típicas da região de Londres.

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Capítulo 111: Métodos Experimentais

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Métodos Experimentais

111) Métodos experimentais

Este capítulo traz informações importantes para a compreensão do tema e

descreve todos os procedimentos utilizados na realização do trabalho

experimental, desde a escolha dos amestradores e locais de amostragem, toda

etapa de preparação dos tubos e cuidados na amostragem, até o processamento

dos dados obtidos em cada amostra.

111.1) Amostradores

A opção por sólidos adsorventes como técnica de amostragem dos

compostos orgânicos voláteis presentes no ar ambiente se deu por diversos

fatores, entre os mais importantes estão a necessidade de uma técnica que

promova amostragem de grandes volumes e a pré-concentração das espécies

para possibilitar suas medidas a baixas concentrações; o custo benefício que

proporciona, sendo que podem ser reutilizados até cem vezes sem que seja

necessária a troca do adsorvente; a facilidade de limpeza visto que os tubos após

análise estão limpos e prontos para reuso; o único instrumento necessário para

amostragem é uma bomba (isto no caso de amostragem ativa), além de serem

pequenos, de fácil manuseio e transporte.

Foram escolhidos para utilização tubos de adsorção da Perkin Elmer

empacotados com sólido adsorvente Tenax TA (óxido de 2,6 difenilfenileno). São

tubos PE padrão de 6 mm de diâmetro externo, 89 mm de comprimento,

previamente empacotados (6 em de leito) e condicionados.

Figura 4: Tubos amestradores PE.

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Métodos Experimentais

A técnica de coleta empregada na primeira etapa do trabalho foi

amostragem passiva, e em uma etapa seguinte amestradores ativos foram

empregados. Para a segunda foi necessário a utilização de bombas para sucção

do ar a ser amostrado, cuja vazão recomendada deve estar na faixa de 5 a

200mUmin.

O bombeamento de ar para os tubos foi feito por meio de bombas portáteis

a bateria com vazão na faixa de 30 a 35 mUmin por períodos de 3 a 24h

(dependendo do local}, e de um amestrador sequencial de tubo (funcionando com

bateria 12V ou na rede elétrica}, o STS25, com vazão de 30 a 50 mUmin por

períodos de 3 a 6h.

Figura 5: Amestrador sequencial de tubo (STS25} da Perkin Elmer.

O amestrador STS25 é utilizado para amostragem sequencial de ar em

série de até 24 tubos, é composto por um carrossel que comporta até 24 tubos,

uma bomba e um dispositivo para ajuste do tempo de amostragem.

Durante todo tempo de amostragem os tubos são equipados com uma

tampa contendo um capilar por onde é feita a sucção do ar para o tubo. Essa

tampa é utilizada também para evitar amostragem passiva enquanto os tubos não

estão sendo amestrados.

111.2) Condicionamento de tubos

Condicionar significa, neste contexto, remover impurezas e voláteis

adsorvidos no sólido antes deste ser utilizado na coleta. Após análise, o tubo está

pronto para reuso, pois a etapa de dessorção deve ser realizada em determinadas

condições que proporcionem a remoção dos compostos. O condicionamento é

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Métodos Experimentais

uma garantia para a limpeza completa, então neste devem ser utilizadas

condições mais severas que as utilizadas na análise.

O modo de condicionamento de tubos permite que tubos preenchidos com

adsorventes sejam aquecidos sob condições controladas para o condicionamento

automático.

O sistema para condicionamento utilizado é o mesmo sistema utilizado

para injeção da amostra na coluna cromatográfica, um dessorvedor térmico

automático (PE- ATO 400), o qual compreende um sistema de carrossel que pode

trabalhar com até 50 amostras. O princípio de funcionamento, totalmente

automático, será detalhado na seção de sistema de injeção. A figura 6 ilustra o

procedimento; neste modo ocorre somente uma dessorção, e o gás que passa

pelo tubo é purgado para atmosfera, passando previamente por filtros. No modo

de limpeza o efluente do tubo é diretamente purgado sem passar através do

caminho pór onde passa amostra, tal como o coletor (trap) de concentração.

Figura 6 : Modo de condicionamento de tubo - as setas indicam o caminho do

fluxo (figura extraída do manual do usuário do ATO 400)32.

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Métodos Experimentais

Os parâmetros utilizados para o condicionamento de tubos Tenax TA

foram: temperatura do fomo 320°C mantida por 60 minutos e vazão de hélio 5.0

(White Martins) de 100 mUmin, as divisões (splits) não são acionadas neste

modo, mas a divisão antes do coletor (split in) foi ajustada para 80 mUmin, para

permitir que após dessorção o sistema seja purgado por esta saída.

111.3) Locais e estratégia de amostragem

Para a primeira etapa do trabalho, a qual teve um caráter exploratório da

atmosfera em estudo, sete locais foram escolhidos para os primeiros testes -

amostragem passiva - sendo seis desses localizados em regiões limites ás

indústrias e um no centro da cidade (vide mapa anexo A).

Os tubos Tenax TA foram instalados em residências a uma altura de 2m

do solo e a amostragem nesta fase preliminar compreendeu a períodos de sete a

25 dias, durante os meses de maio, junho e julho de 2000.

Cada local de amostragem recebeu 3 tubos, dos quais 2 eram retirados e

substituídos por novos tubos ao final do primeiro período (7 dias) e o terceiro

permanecia para completar o período todo da amostragem (de 7 a 25 dias). Desta

forma, sempre havia sobreposição dos períodos de amostragem em tubos

diferentes o que seria válido para observar variações temporais.

Numa segunda etapa (campanhas 1 e 2), amostragem ativa foi

empregada simultaneamente a passiva, com intuito de obter as concentrações das

espécies presentes.

Para obtenção de resultados confiáveis em amostragem ativa, é

fundamental conhecer exatamente o volume amostrado. Desta forma, deve-se

assegurar que a vazão de ar para amostragem foi calibrada em uma faixa que

inclui a utilizada para coleta, e esta deve ser verificada antes e depois da coleta.

Com o sistema STS25 até 24 tubos podem ser colocados no

sequenciador, para seu funcionamento devem ser ajustadas as vazões de ar com

um medidor de vazão (utilizou-se o digital flowmeter PE) e o tempo de

amostragem para cada tubo.

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Métodos Experimentais

O tempo e a vazão foram definidos inicialmente levando-se em conta o

SSV do benzeno (6L - vide tabela 3), que é um dos compostos de interesse,

freqüentemente presente na atmosfera em estudo, que tem o menor SSV. Dessa

forma para vazões de em média 33,5 mUmin, o tempo de 3h foi empregado,

sendo assim um volume de aproximadamente 6,0 L foi amostrado e o SSV do

benzeno não foi excedido.

Após testes em campo, verificou-se que o volume de coleta poderia ser

aumentado, dessa forma trabalhou-se com vazões variando na faixa de 33 a

45mUmin e tempo de amostragem de 3 e/ou 6h, coletando assim um volume total

de 6 a 16,2 L de ar.

Duas campanhas de amostragem foram realizadas, campanha 1 em

janeiro de 2001 (interrompida) e campanha 2 nos meses de julho a setembro de

2001. Para realização dessas campanhas sete locais foram escolhidos para

amostragem, 6 na cidade de Paulínia e 1 na cidade de São Paulo.

O critério de escolha dos locais de amostragem em Paulínia foi pela

proximidade à área industrial. Delimitou-se uma região englobando as principais

fontes e ao redor dessa 5 locais (A a E) de coleta foram distribuídos visando

estudar a área de influência dessas fontes. O local A representa o mesmo ponto

de amostragem do local 2 da primeira etapa do trabalho. Um sexto local (F) foi

escolhido em uma área central da cidade (bairro residencial), mais afastado das

fontes industriais.

O sétimo local de coleta (G) foi localizado na principal marginal da cidade

de São Paulo, marginal Tietê, local com tráfego intenso de veículos leves e

caminhões. Esse local foi determinado para comparação entre duas cidades com

fontes de poluição atmosférica tipicamente diferentes, Paulínia tendo como

principais fontes as indústrias e São Paulo (no ponto amostrado) tendo como

principais fontes os veículos.

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Métodos Experimentais

Tabela 6: Locais de amostragem

Localização Período de amostragem Locais descrição (coordenadas UTM) (2001)

A Área de chácaras e E:282130 Campanha 1: 15 a 18 de

cultivos N:7481475 janeiro. Campanha 2: 13 a 20 de iulho.

Posto policial (ao E:279936 B lado de uma rodovia Campanha 2: 24 a 31 de julho.

de tráfeqo intenso) N:7486399

c Bairro residencial E:276573 Campanha 2: 3 a 1 O de agosto. N: 7484239

D Bairro residencial E:279190 Campanha 2: 14 a 21 de N: 7481673 agosto.

E Área rural E:284392 Campanha 2: 24 a 31 de N: 7481067 aqosto.

F Bairro residencial E:278787 Campanha 2: 4 a 6 e 10 a 17 de N:7480099 aqosto.

G Marginal Tietê (SP) Campanha 2: 4 a 9 de - setembro.

Na campanha 1 , somente realizada no ponto A, 32 amostras foram

coletadas de forma ativa utilizando STS25, por um período de 4 dias, nos

intervalos de tempo compreendidos entre 10-13h, 13-16h, 16-19h, 19-22h, 22-1h,

1-4h, 4-7h e 7-10h, empregando-se uma vazão de 33,5 mUmin, coletando assim

um volume de 6,03 L por amostra. Além dessas 4 amostras foram coletados de

forma passiva, totalizando 36 tubos amestrados neste período.

A estratégia de amostragem empregada na campanha 2 foi amostragem

com STS25 por períodos de 7 dias (exceção ao local G- 6 dias), com amostragem

contínua de 8 ou 4 tubos por dia (3h ou 6h de amostragem/tubo), empregando

vazões de ar na faixa de 34 a 45 mUmin, dados apresentados na tabela 7.

Simultaneamente a amostragem ativa, 4 tubos passivos foram coletados

em cada local, sendo o tempo de amostragem correspondente ao período total da

amostragem ativa, sendo esses para análise qualitativa empregando o sistema

CG-EM para a confirmação dos compostos presentes.

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Métodos Experimentais

Tabela 7: Dados de amostragem da campanha 2

Local de Tempo Intervalos Vazão No amostras No amostras

amostragem amostragem de empregada ativas (total) passivas (h/tubo) amostragem (mLimin) (total)

16 às 22

22 às4 A 6 34 28 4

4 às 10

10 às 16

11 às 14

14 às 17

17 às 20

3 (até amostra 20 às 23 B 16) e 6 (amostra 34 36 4

17até36) 23 às2

2 às 5

5 às8

8 às 11

10 às 16

16 às 22 28

c 6 22 às4 34,5 4

4 às 10

16 às 22

22 às4 D 6

4 às 10 34,5 e 45,5 28 4

10 às 16

17 às 23

23 às 5 E 6 45 28 4

5 às 11

11 às17

12 às 18

18 às O F 6 44 36 4

O às6

6 às 12

16 às 22

22 às4 G 6 45 24 4

4 às 10

10 às 16

53

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Métodos Experimentais

O amostrador foi colocado em cada ponto de amostragem sobre um

suporte, ficando a uma altura de aproximadamente 1 ,5 m do solo e ao ar livre.

Esses pontos de amostragem, residências ou estabelecimentos industriais e/ou

comerciais, foram escolhidos de acordo com os critérios anteriormente citados,

mas a amostragem só se tornou possível devido a colaboração dos moradores de

Paulínia.

Figura 7: Suporte e amestradores, STS25 e bomba portátil, durante amostragem

no local B.

Os locais foram visitados e as pessoas foram questionadas sobre a

possibilidade de serem colocados os equipamentos de amostragem em suas

residências ou estabelecimentos comerciais/industriais. Também foram feitas

observações quanto a qualquer interferente que o local pudesse apresentar, como

uma construção nova ou recentemente pintada, ou estar nas vizinhanças de um

posto de gasolina, entre outras.

54

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Métodos Experimentais

Durante as campanhas de amostragem, foram realizados brancos de

campo, os quais consistem em tubos extras que são levados até o local da

amostragem, abertos e fechados imediatamente, e analisados.

111.4) Métodos de análise

As amostras coletadas tanto de forma passiva quanto ativa em Tenax TA

foram injetadas no sistema de análise por dessorção térmica com método de pré

concentração que não emprega criogenia, onde foram separadas na coluna

cromatográfica, identificadas com um espectrômetro de massa e quantificadas

com DIC.

111.4.1) Sistema de injeção

O equipamento utilizado foi um dessorvedor térmico automático (DTA),

modelo PE ATO 400, o qual compreende um sistema de carrossel que pode

trabalhar com até 50 amostras. O princípio de funcionamento, totalmente

automático, é levar um tubo de cada vez, destampar e selar com uma vazão de

gás, então faz-se um teste de vazamento para assegurar que o tubo foi

corretamente selado, após isto faz-se uma purga com gás inerte (neste caso o

hélio) a temperatura ambiente para remover oxigênio- etapa de preparação. O

tubo amostrador é então aquecido a uma temperatura pré-selecionada

(dependente do recheio do tubo), por um tempo pré-fixado com fluxo de gás inerte

para a extração dos voláteis, os quais são concentrados em um coletor resfriado

eletronicamente por um sistema peltier, antes de serem transferidos para a coluna

cromatografica através da linha de transferência- etapa da primeira dessorção. O

coletor é então aquecido a uma velocidade de 40°C/s, o que assegura que os

compostos sejam transferidos para o cromatógrafo suficientemente rápido para

que haja compatibilidade com a cromatografia de alta resolução- etapa de

segunda dessorção. Este modo de dessorção é chamado dessorção em dois

estágios.

55

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Métodos Experimentais

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Figura 8: Primeira dessorção do tubo no modo divisão única - single split (figura

extraída do manual do usuário do ATO 400)32•

Tube

SV1 Solenoid 'AIM!1

Figura 9: Segunda dessorção no modo divisão única - single split (figura extraída

do manual do usuário do ATO 400)32.

56

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Métodos Experimentais

Os parâmetros de dessorção utilizados foram os seguintes: temperatura

de dessorção 300°C mantida por 30 minutos, com o coletor de concentração

preenchido com Tenax TA mantido a -30°C e uma vazão de hélio 5.0 (99,999%

de pureza - White Martins) de 60 mllmin. Após ter completado o ciclo de

dessorção a temperatura é aumentada a 300°C numa velocidade de 40°C/s, neste

momento a amostra é injetada na coluna cromatográfica através de uma linha de

transferência (coluna de sílica sem fase) aquecida a 200°C. O coletor é mantido a

30ooc por 1 O min e é purgado com hélio para evitar que compostos fiquem retidos

e interfiram na análise seguinte.

Figura 10: Oessorvedor térmico automático (ATO 400)

111.4.2) Sistema de análise

As análises dos tubos coletados de forma passiva (primeira etapa) e ativa

(segunda etapa) foram feitas em até 2 dias após término da amostragem. Parte

das amostras coletadas de forma passiva (segunda etapa) foram armazenadas

por um período de até 30 dias, para posterior análise qualitativa utilizando o EM.

Para transferência e análise das amostras coletadas, o ATO 400 foi

acoplado a um cromatógrafo gasoso (CG), modelo PE AutoSystem XL, via uma

linha aquecida. O CG foi equipado com um OIC e acoplado a um espectrômetro

de massa (PE TurboMass) e o gás de arraste empregado foi o hélio 5.0 (White

Martins).

57

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Figura 11: Sistema de análise composto por ATD400, CG Autosystem e EM

Turbomass (foto do LPDTA)

A separação dos compostos foi possível utilizando uma coluna capilar

apoiar com filme líquido, PE 5MS (5% fenil)-metilpolisiloxano, com 30 metros de

comprimento, 0,25 mm de diâmetro externo e 0,5 Jlm de espessura de filme (PE

5MS - 30mx0,25mmx0,5Jlm), e vazão de gás de arraste de aproximadamente

1 ,5mUmin. Foi empregada temperatura programada sendo a temperatura inicial

de 40°C com taxa de aquecimento de 5°C/min até 120°C, a partir desta, taxa de

aquecimento de 20°C/min até 240°C mantida por 7 minutos. Alguns testes foram

realizados em condições cromatográficas diferentes, sendo estas: temperatura

inicial de 40°C mantido por 2 minutos, com taxa de aquecimento de 5°C/min até

120°C mantida por 2 minutos e nova taxa de aquecimento de 20°C/min até 240°

(1 min).

Os compostos foram identificados utilizando o EM operando no modo fui/

scan entre m/z (relação massa/carga) 40 a 250, ou seja entre dois valores e para

todas as relações m/z encontradas neste intervalo.

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Métodos Experimentais

O resultado da análise ao final da corrida no CG/EM é dado por um

cromatograma da corrente iônica total, o qual mostra a eluição de todos os

compostos da mistura. Este é expresso em um gráfico da corrente iônica total

(TIC) versus o tempo de retenção do composto na coluna. Esta TIC é a somatória

da corrente gerada por todos os compostos presentes. Além disso são obtidos

espectros de massa para cada pico identificàdo.

Depois de obtido um bom espectro de massa para cada componente, a

identificação é realizada através da análise do espectro de massa e pela pesquisa

na biblioteca NIST. Esta biblioteca contêm mais de 65.000 espectros de

compostos puros, os quais são comparados aos dados obtidos, gerando uma lista

dos compostos mais prováveis.

A identificação utilizando a biblioteca é realizada pela comparação do

espectro obtido na análise, com os espectros de compostos puros contidos no

banco de dados da biblioteca. Essa comparação resulta em uma listagem dos

compostos mais prováveis, ou seja, os que mais se aproximam do composto

desconhecido, a qual apresenta além dos nomes, uma classificação em

porcentagem dos compostos que mais se ajustaram a pesquisa, a qual é expressa

por dois tipos de valores: ajuste direto (FOR) e ajuste reverso (REV), sendo o

valor máximo para esses igual a 100, o que representa um ajuste perfeito entre o

espectro obtido e o contido na biblioteca33.

O valor do ajuste direto mostra a probabilidade do espectro obtido na

análise ser uma substância pura contida na biblioteca, qualquer pico que esteja

presente no espectro obtido mas não estiver presente no espectro contido na

biblioteca decresce esse valor, do mesmo modo, qualquer pico presente no

espectro da biblioteca e não estiver presente no espectro pesquisado, decresce

esse valor.

O valor do ajuste reverso mostra a probabilidade do espectro obtido conter

na biblioteca. Neste caso, o espectro obtido pode ser de uma substância pura ou

de uma mistura de compostos. Qualquer pico presente no espectro da biblioteca

mas não presente no espectro pesquisado, decresce esse valor, embora o

contrário não altere esse valor.

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Métodos Experimentais

Dessa forma, uma listagem com os compostos mais prováveis é

apresentada, e para a confirmação da identidade do composto de interesse é

importante o estudo do espectro obtido pela análise dos fragmentos, e a real

possibilidade de ser esse a espécie indicada pela biblioteca.

Os compostos foram quantificados utilizando o DIC através de curvas

analíticas traçadas para 3 compostos: benzeno, tolueno e n-hexano. Sendo que o

benzeno foi tido como composto referência.

O resultado da análise ao final da corrida no CG/DIC é expresso por um

gráfico do sinal do detector (mV) versus o tempo de retenção (min) de cada

composto - cromatograma. O sinal do detector é integrado e relacionado com a

quantidade de massa através das curvas analíticas traçadas, as quais estão

compreendidas na faixa de 8 a 800ng para o benzeno, 1 O a 800 ng para o tolueno

e 6 a 300ng para o n-hexano.

111.4.3) Calibração

Como em todo sistema analítico a calibração é essencial para a

quantificação de amostras.

O primeiro passo para a quantificação é traçar uma curva analítica pela

introdução de padrões, injetando quantidades conhecidas do analito de interesse

utilizando um procedimento que mais se aproxima do modo de introdução de

amostra.

Visto que a mistura de COV na atmosfera é complexa e a obtenção de

compostos puros para preparação dos padrões é muitas vezes uma tarefa difícil,

algumas substâncias foram selecionadas para traçar a curva - calibração externa,

sendo estas: benzeno (PA Merck), tolueno (PA Merck) e n-hexano (PA Merck). O

benzeno foi utilizado como composto referência.

Preparo das soluções:

Para preparar as soluções deve-se conhecer a faixa de massa das

substâncias que serão amestradas, a qual dependerá da concentração

atmosférica destas espécies, do tempo e da vazão empregados na amostragem.

60

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Métodos Experimentais

Como é muito difícil conhecer as concentrações em que as espécies se

encontram na atmosfera, na literatura34 recomenda-se assumir que estas espécies

estarão presentes em 1/10 de sua concentração limite permitida para ambiente de

trabalho. Na tabela 8 são mostrados alguns exemplos de compostos e suas

concentrações limites para ambiente de trabalho.

Tabela 8: Concentrações limites para ambiente de trabalho

Composto Limite para ambiente Concentração do ar de trabalho* ambiente (10a parte)

Benzeno 1 ppmv (OSHA) 100ppbv

(CsHs) 5 a 25ppbv (reportados

PM78 pela EPA como concentração ambiente)

Tolueno 200ppmv (OSHA) 20ppmv

(C1Hs) 1 OOppmv (NIOSH) 10ppmv

PM92 50ppmv (ACGIH) 5ppmv

Xileno 100ppmv (OSHA, NIOSH 10ppmv

(CsH1o) eACGIH).

PM 106

E til benzeno 100ppmv (NIOSH) 10ppmv

(CsH1o)

PM 106

Nitrobenzeno 1ppmv (OSHA) 100ppbv

(CsHsN02) >1ppbv (reportado pela

PM 123 ASDR como cone. ambiente)

Hexano 500ppmv (OSHA) 50ppmv

(CsH14) 50ppmv (NIOSH) 5ppmv

PM86

• dados obtidos pela ATSDR35 (Agency for Toxic Substances and Disease Registry).

Como tal situação de concentração nem sempre é observada, foram

utilizados para base de cálculos as concentrações que foram obtidas em trabalhos

reportados na literatura2·5·10·13. Estas concentrações estão na faixa de 0,8 a 8ppb

61

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Métodos Experimentais

para benzeno, 0,3 a 12 ppbv para tolueno, 0,6 a 10 ppbv para xilenos e 0,3 a 10

ppbv para o hexano.

Para calcular a faixa de massa de cada composto a ser amostrada em tais

concentrações ambientais foram consideradas as médias da temperatura (20°C) e

da pressão (0,937 atm) local.

Uma solução de aproximadamente 2 mg/mL de cada composto (benzeno,

tolueno) foi preparada em solvente metano!. Este solvente foi escolhido por não

ficar retido na resina Tenax TA e ser mais volátil que os componentes de

interesse.

Uma série de diluições foi realizada utilizando balões volumétricos

calibrados, para que as soluções abrangessem a faixa de massa esperada ser

encontrada durante a amostragem de ar para as espécies utilizadas no padrão.

Outra solução foi preparada com concentração de aproximadamente

0,6mg/mL de n-hexano em metano!. Mais uma vez, uma série de diluições foi

realizada utilizando balões calibrados, para que as soluções abrangessem a faixa

de massa esperada ser encontrada durante a amostragem de ar para as espécies

utilizadas no padrão.

Sistema de injeção das soluções nos tubos - preparação dos

padrões:

A curva foi construída utilizando tubos adsorventes padrões preparados no

laboratório.

Esses tubos foram preparados introduzindo O, 1 ~JL das soluções padrão

em uma das extremidades do tubo utilizando um injetor, semelhante ao de coluna

empacotada (projetado no laboratório -figura 12), e uma seringa de 1 j!L. Este

injetor foi mantido a temperatura ambiente e com vazão de gás inerte (nitrogênio

5.0) de 100 mUmin.

62

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Tubo de adsorção principal

Açoinox

Tubo de adsorção de segurança

Injetor completo com dois tubos

Métodos Experimentais

microseringa

Detalhes do injetor

Figura 12: Injetor projetado para preparação de padrões.

63

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Métodos Experimentais

O solvente e os analitos devem vaporizar e passar pelo leito de adsorção

na fase vapor. A solução deve ser preparada em solvente que não fique retido no

sólido, ou seja, que passe através do tubo enquanto os analítos são

quantitativamente retidos. O tubo não deve ser desconectado do injetor até que o

solvente tenha sido totalmente eliminado. Após diversos testes este tempo foi

estipulado para 5 minutos. Para assegurar que nenhum componente de interesse

tenha se perdido durante este processo, um tubo foi conectado em série ao tubo

de injeção e foi realizada a análise de ambos.

Este método de introdução de líquidos no tubo adsorvente via injetor é

considerada a melhor aproximação para introdução de padrões líquidos em tubos,

isto é, da maneira que mais se aproxima do processo de coleta de ar utilizado.

111.4.4) Sistema de aquisição e processamento de dados

Quando trabalha-se com o EM, todos os aspectos do instrumento e os

dados de aquisição são controlados por um cartão processador33. Este consiste

em três processadores, um que controla o instrumento, comunica com o sistema

de dados e organiza as aquisições, outro que controla a aquisição, e ainda um que

é responsável para processar a saída do sinal analógico, detecção de picos,

separação e então a produção do pico e informações de intensidade. Sendo o

software TurboMass utilizado para a interface do usuário com o sistema.

Para análises realizadas no DIC, o software utilizado foi o Turbochrom

Navegator (TcNav), pelo qual podem ser controlados os parâmetros do

instrumento, a aquisição de dados, bem como o processamento e o

reprocessamento dos dados.

111.5) Medida de dados complementares36·37

Dados de concentração de ozônio (03), da radiação solar, de umidade, da

direção e da velocidade de ventos foram utilizados no presente trabalho para

complementar e auxiliar a interpretação dos resultados de concentração de COV

obtidos em Paulínia.

64

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Métodos Experimentais

Esses dados foram obtidos da estação móvel de monitoramento da

qualidade do ar do LPDTA a qual estava localizada na cidade de Paulínia durante

o período de desenvolvimento desse trabalho.

Um analisador fotométrico de UV (03 41 M) foi empregado para coleta dos

dados de concentração do 03 no ar ambiente. Esse analisador é equipado com

uma lâmpada de vapor de mercúrio e usa como princípio de medição a detecção

da absorção da luz UV pelo 03.

O espectro de absorção do 0 3 é em Ã= 253,7nm, que corresponde a

principal linha de emissão do mercúrio.

A radiação solar foi medida empregando um radiômetro (C102R-GLB),

tendo o princípio de medida fotovoltaica usando um elemento de silicone.

Para a medida da velocidade e da direção do vento foram utilizados

anemômetros, tacho-anemometer (C500S) e gônio-anemometer (C500D), e para

a medida da umidade relativa do ar foi empregado um higrotermômetro modelo

C502TH, o qual mede a temperatura e a umidade relativa do ar.

UNICAMP BIBLIOTECA CENTRAL 65 ccríin I"'I0/"'1111\1\JTt:

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Capítulo IV: Resultados e discussões dos

resultados

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Resultados e discussões dos resultados

IV) Resultados e discussão

IV.1) Primeira etapa

Na primeira etapa do trabalho, dados sobre a atmosfera de Paulínia foram

coletados utilizando amostragem passiva em sete locais diferentes, seis desses

em áreas próximas as indústrias e um no centro da cidade. Essa etapa foi

realizada nos meses de maio, junho e julho de 2000.

Os resultados obtidos mostram o perfil qualitativo, identificando os

compostos presentes na atmosfera em estudo. A identificação das espécies foi

feita pela pesquisa na biblioteca NIST e a confirmação pela interpretação e análise

de seus espectros de massa.

Os compostos mais importantes identificados nessa etapa estão

apresentados na tabela 9, estando o tolueno presente em todas as amostras,

independente de período de amostragem e/ou condições de dispersão.

Tabela 9: Compostos mais importantes identificados nessa etapa

Composto Peso molecular Ponto de ebulição tr {min) Probabilidade*

{PM) PE {0 C) {%REV)

Benzeno 78 80,1 5,42 70,9

Ciclohexano 84 81,0 5,49 81,8

Tolueno 92 110,6 8,10 76,3

p+m-xileno 106 137-138 11,50 87,4

lsopropilbenzeno 120 152-153 13,40 80,1

*probabilidade indicada pela pesquisa na biblioteca NIST.

Os compostos citados na tabela 9 foram identificados como os mais

prováveis, tanto pela pesquisa na biblioteca e análise dos espectros, como com a

investigação das atividades industriais na região e a coerência de se encontrar tais

compostos.

69

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Resultados e discussões dos resultados

A análise dos espectros de uma determinada substância exige mecanismo

de raciocínio, bem como o conhecimento da estrutura da molécula para

identificação dos prováveis "pontos de quebra".

Na técnica de impacto eletrônico utilizada, a fragmentação é iniciada pelo

impacto de elétrons na substância na fase vapor, formando o íon molecular (M+}

Apenas parte da energia necessária para a fragmentação é transmitida como

resultado do impacto. O importante é a instabilidade do cátion radical formado (íon

molecular) para a fragmentação da espécie. Se o íon molecular for estável ou a

quebra deste levar a espécies menos estáveis, este aparece com maior

intensidade, ou seja, pouca fragmentação ocorrerá.

Como exemplo, estudou-se a fragmentação do ciclohexano, pelo seu

espectro obtido nas análises. Ciclohexano (PM=84) é um hidrocarboneto saturado

cíclico, a fragmentação do anel caracteriza-se pela perda de 2 átomos de carbono,

exemplo C2H4, o que leva ao pico base em m/z = 56 (C4H8 +). Outro pico intenso e

característico é o pico m/z = 41 , o qual corresponde ao fragmento C3H5 +, que é um

fragmento típico da série de clivagem (C0H20.1) da ligação C-C para

hidrocarbonetos ramificados.

Um ponto importante que pode ser comentado para os espectros do xileno

é a ocorrência do pico intenso com m/z 91, o qual é típico de anel benzênico com

cadeia lateral alquilada. Este é o cátion tropílio (CrH/) formado pela perda de um

radical CH3·. O pico m/z 65 (CsHs +) característico representa a eliminação da

molécula neutra de acetileno (C2H2) pela clivagem e rearranjo do íon tropílio.

Para ilustração, são apresentados na figura 13, na forma de

cromatogramas TIC versus tempo de retenção (tr), os resultados obtidos em uma

amostra de cada local de amostragem.

70

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Resultados e discussões dos resultados

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100 7.613;50 T!C

507

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local5 scan El+

100 8.08;91 TIC

763

• % 4.28 5.48 6.14

0:131 2.843 27 41 41 41 6.95 8.95 9.74 11.53 12.33 13.93 1 ~:S 16.5!i 18.46 69 - .:~ I ..r 41 4~ 69 69

'-Bll '.!~t !.lü." f ' ~.1 69 ' 69 69 o '"' ' locd6 S:an E!+

7.48;45 .

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2.913 I 50

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41 12.48 41 1.46 6.20 \! 10.18 11.78 14.21 15.83 17.3918.34

/j, 60 !i ' I ·411-Bfl. 41 li i! 69 41

" 6f fi I 69 ( 69 6f 69 99 ",,,. H~ H ;i; 1-l ' li· . o local7 Scan El+

100 8.14;91 TiC

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% 4.32 7.01742

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41 /69 sp 51 1fJS 69

o 12.00 '' J.Úo

Time 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 16.00 18.00 20.00

Figura 13: Cromatogramas típicos obtidos nesse período de amostragem para

cada locaL

71

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Resultados e discussões dos resultados

Analisando os resultados obtidos nos diferentes locais, em relação às

suas posições geográficas e localização das fontes, pôde-se observar que os

locais 2, 3 e 7, a sudoeste e a sul das principais fontes poluidoras (vide mapa

anexo A}, em períodos onde poucos compostos foram detectados, menor

influência das fontes sofreram estes locais devido a condições de dispersão com

relação a direção de ventos. O quadro muda quando aumenta a frequência de

ventos na direção norte e nordeste (das fontes para os locais}, e mais compostos

são detectados, o que foi observado a partir do dia 5 de junho.

A análise dos resultados com relação a localização dos pontos de coleta e

influência das fontes poluidoras pôde ser feita com o auxílio das rosas dos ventos

para os períodos em questão, as quais são apresentadas na figura 14.

PERIOD!C \NINO ROSE FOR 29Al5JOO 00.:15" 05106100 24:00

Statlon: Meteo

40%

30%

21)%

10%

0%

Ro5e scale

Avg.Time; 15Mlr.

43

3.5

2.5

1.5

0.3

Wlnd Speed [ mis]

PERIOOIC \NINO ROSE FOR 121061'00 00'15- 19106100 24-00

Avg_Tirntr 15 Min

w

~E:' '"" 4.3

10% 3.3

10% 35

00% 1.3

0% 0.5 SSE

RO$B SCale Calm 52.2%

Wlml Speeu r rnf5J

pi"'._RIQDIC WINO ROSE FOR 05100100 00:15- 12f06!0Q 24·00

AYQ.Tiff)e 15 Mln

w

E:E~ 4.5 21!%

10% 3.3

10% , 00% SE L5

0% SSE 0.3 s

Rose &ale catm: 55 a%

Vi!ml Speet! r rwsJ

PERIODIC \\'INO ROSE FOR l'l/06100 00:15- 04JU7100 24:00

Statlon: Meteo Avg.Time: 15 M1n

w

~E:E~ 21)% 4.5

15% 33

10% 25

03% 1.3

0% 05 s SSE

Rose Scale Wlnd Speed [ mlsf Calm: 47,7%

Figura 14: Rosas dos ventos para o período de 29 de maio a 04 de julho.

Os dados meteorológicos utilizados no presente trabalho foram obtidos da

estação móvel de monitoramento da qualidade do ar do LPDTA, localizada em

Paulínia.

72

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Resultados e discussões dos resultados

Dois locais de amostragem (2 e 3), apresentaram-se como os que mais

sofreram influências das fontes de poluição atmosférica no período de estudo,

embora em diferentes proporções, sendo o local 3 menos atingido por estar mais

distante das fontes. Essa relação "quantitativa" foi feita com relação à abundância

dos íons detectados no sistema, representados pela corrente iônica total (TIC).

Embora essa não possa ser relacionada diretamente a uma concentração

atmosférica, ela indica a tendência em obtenção de maiores ou menores valores,

o que está relacionada a quantidade amestrada e posteriormente injetada no

sistema de análise.

Para os demais locais de amostragem pouca correlação com a direção e

velocidade dos ventos pôde ser feita. É importante ressaltar que a dispersão dos

COV não segue uma regra, a análise de sua variação temporal e espacial é

complexa e muitos fatores devem ser levados em consideração.

Essa primeira etapa foi importante para o conhecimento preliminar da

atmosfera, escolha dos locais de estudo e aprimoramento das técnicas

empregadas para amostragem e análise, tal como, desenvolvimento de métodos e

procedimentos analíticos, ajuste de parâmetros de coleta e análise, e preparação

de padrões e curvas analíticas a partir dos compostos mais importantes

identificados nessa etapa.

73

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Resultados e discussões dos resultados

1V.2) Segunda etapa

A segunda etapa do trabalho (campanhas 1 e 2), teve como objetivo a

obtenção de dados sobre a variação espacial e temporal das concentrações de

espécies orgânicas encontradas no ar ambiente, utilizando o STS25 em 7 locais

de amostragem, bem como uma posterior qualificação com o EM para

confirmação da identidade das espécies encontradas.

Muitas espécies foram identificadas na atmosfera de Paulínia, embora a

maioria dessas apresentaram-se em concentrações muito baixas, abaixo do limite

de detecção do método (LO) de 8 ng estabelecido para o benzeno (obtido através

da curva e com base em cálculos estatísticos), dificultando sua identificação.

Os compostos identificados no ar da cidade de Paulínia nessa etapa

foram: benzeno*, ciclohexano, n-heptano, metilciclohexano, tolueno*, n-octano,

etilbenzeno, orto-meta e para xilenos*, n-nonano, isopropilbenzeno (cumeno), os

isomêros 1 ,3,5 e 1 ,2,4 trimetilbenzeno e n-decano. A identificação desses

compostos foi realizada com análise das amostras coletadas de forma passiva, em

sistema CG/EM, com auxílio da biblioteca NIST e estudo dos espectros obtidos,

sendo que algumas espécies, aquelas assinaladas com asterisco, foram

confirmadas com a injeção dos compostos puros.

A composição qualitativa da mistura de COV presente na atmosfera de

estudo, foi praticamente constante para todos os locais e períodos de

amostragem. Entretanto, observou-se variações significativas nas concentrações

dessas espécies.

Paulínia tem as indústrias como principais fontes de COV, as quais são de

grande porte e trabalham continuamente, o que significa emissões contínuas de

poluentes, ou seja, todos os dias da semana e, noite e dia as emissões não são

cessadas, salvo casos de manutenções e/ou problemas. Sendo assim, as

variações encontradas nas concentrações dos poluentes em diferentes horas do

dia e locais devem-se principalmente às condições meteorológicas locais, à

topografia local e à distância entre as fontes e os locais de amostragem.

75

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Resultados e discussões dos resultados

100

%

4.31 5.52 3.53 43 41 6.12 43, 91

5.00

11.55;91

10.00

13.41 105

15.00 20.00

Scan El+ TIC

6.B5e3

25.00

Figura 15: Cromatograma típico obtido pela análise de uma amostra de ar

coletada em Paulínia.

30.00

A figura 15 traz um cromatograma típico obtido nas análises de amostras

coletadas em Paulínia.

A variação espacial, ou seja, nos diferentes locais, e a temporal, dia-noite

e sazonal, puderam ser observadas pela análise quantitativa das amostras, da

qual os resultados são apresentados a seguir em forma de gráficos de barras,

sendo que os dados de concentração encontram-se em anexo (anexo D).

Medidas de concentração das espécies que foram mais baixas que o

limite de detecção do método, foram assumidas como sendo a metade desse

limite, a qual variou de aproximadamente 0,3 a 0,6 !191m3.

As curvas analíticas utilizadas no trabalho encontram-se em anexo (anexo

B). Para os cálculos da faixa de massa, a qual foram traçadas as curvas, foram

utilizados os parâmetros mostrados na seção 111.3.4- calibração.

76

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Resultados e discussões dos resultados

Resultados da campanha 1:

Essa foi realizada somente para o primeiro ponto de amostragem (local A),

na qual 32 amostras foram coletadas de forma ativa em intervalos de três horas

com início no dia 15 de janeiro às 10h e término dia 19 de janeiro às 10h. Além

dessas, 4 amostras foram coletadas de forma passiva, totalizando 36 amostras

nesse período de amostragem. A temperatura média no período foi de 27"C e

ocorrências de chuvas foram registradas.

Os resultados obtidos nessa campanha são apresentados a seguir na

forma de gráficos de barras por dia e período de amostragem, além dos dados de

direção e velocidades de ventos (rosa dos ventos) associados a cada período.

Local A- segunda e terça (15/01-16101)

20

(a) (a) (b) (b) (c)

.r E -"' .:;!-o ~ 10 E -c .. u c o u

a benzeno

o atolueno

10:30-13:30 13:30-16:30 16:30-19:30 19:30-22:30 22:30-1:30 a p-+m xileno

períodos de amostragem IZi)cumeno

PERlODIC 'MND ROSE FOR 15101101 10:00- 15J0110116-00 PERIODIC 'MND ROSE FOR 15101/01 16'00- 15101101 22·00

Avg_Tlme: 15 Mlf1

' w ,, 40% 4.5 BO% ,,

30% 3.5 60% '' ,. 2.5 40% ESE '' ,,. '·' 20% 5E " 0% 0.5 0% 05

s SSE

Rmlll St<i~IE Caknr o_O%

Wlnd Spee!l ! ~I Rtrn! Sl:altl Caim: !:1.0%

Wlrll:l Speed [ rw's]

(a) (b) Figura 16: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

77

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Resultados e discussões dos resultados

Local A -terça e quarta (16101-17/01)

240 -~

(d) I I I ;-r (f) I i (c)

I (d) (e) (e) (g) I :

I \ 200

"' ' i ' .ê 160

.5 ,g 120 .... ~ c 80 .. u c 8 40

o

I I

-

- l !il. ---

i ------1

' ' ' I i

I I

li I \•benzeno I 1:30-4:30

4:30-7:30

7:30-10:30

10:30- 13:30- 16:30-13:30 16:30 19:30

19:30-22:30

22:30-1:30 l

•tolueno 1

11 p+m xileno

•lacumeno períodos de amostragem

PERIOPJC W1N0 ROSE FOR 15101/01 :n:Oil • 16101101 04:00

sta1imt Mel.w Avg.Titne: 15 Min

40% w

SE.:., 4.5

50% 35

20% ,, 10% 1.5 ()% 0.5

5 Rose St<'l!e Wind Speea r mlsJ

C3lm: 12j)')>

(c) PERIODJC W'INO ROSE FOR 1611}1101 10"00- 1001101 16:00

Statiorl: Meteu

S<l%

"' "" 15%

0% SSE

(e)

SE E:E' 4.5 3.5

25

1.5

0.5

'JVlnd Speect I mlsJ

PER1001C\NII\IO ROSE FOR 161D1101 M:OIJ-161tltll'l110:00

A;tg.Time: 15 Mln

40%

.~, 4.5

30% '"' 20% 25 10%

~ 1.5

0% 0.5 s SS€

Rose~ Wllld Speoo 1 m!SJ carm: 24,0%-

(d) PERIOOICIMNOROSEFOR 100110116:00-1610110122:00

Stat!on: Metel:l N Avg,Time: 15 Mln

40%

~.:., 45

""' R5

20% 2.5

W% 1.5

0% 0.5 s SSE

Rose Sc.ale 'Mnr:l Speed f mtsj Calm: 36_0%

(t)

Figura 17: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

78

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Resultados e discussões dos resultados

Local A- quarta e quinta (17/01-18/01)

100

(g) (h) (h) Q) Q) I 0) ó) (k) ... 80 .É I .5 '

60 o I ... ' ... I "' .1:1 40 c

Cll I <> c I o <> 20 '

l.l I ... I• • - I ..... •benzeno o •tolueno

1:30- 4:30- 7:30- 10:30- 13:30- 16:30- 19:30- 22:30-4:30 7:30 10:30 13:30 16:30 19:30 22:30 1:30

ap+mxileno

períodos de amostragem mcumeno

PERIODIC WIND ROSE FOO 16101ffi1 22:00. 171011!lt !14-QO

St11tttltt Meteo N

Avg:.Time: 15 Mil1

60% w

~E:' 45

45% 35

""' 20

i5% " 0% " s RO$!l Sc;:~le WiM Speed 1 mls]

Calm; 80%

( ) PERlODIC WlND ROSE FOR 17/01101 10:00- 17/fll/0116:00

statlon: Meteo

' 40% 4.5

30% 3.0 20% 2.5

iO% '' 0% 0.0

Rose Scale lMncl Speed I miSJ Calm: o o%

(i

PERJODIC WIND ROSE FOR 17101101 !}tl-00- 1111J1f{J1 1El:OIJ

StaUon: Meteo N AVQ.Time: 15 Mln

40% 30% 20%

iO%

0%

Rose Sr:ale Calm: 16.1J%

(h)

4.5

:J.5 2.5

' ' 0.5

Wirnl Speert! m's]

PER!OOIC WlNt:l ROSE FOR 1710110116:00- 17101101 22'00

N A11g Time: 15 Mln

w

~E:E' 4.5 40%

30% '' 2n% 2S

10% ,, 0% 05

Ro$e Seale Calm: 12.0%

'Mnd Speed I mls\

")

I

I

Figura 18: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

79

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Resultados e discussões dos resultados

i: Local A- quinta e sexta (18/01-19/01)

I

.:;-E

·C. ·~ -o ... "' .. ~ -c Cll u c o u

(k) ' (I) (I) 80

(m) (m) (n) (n)

' 60

40 '

20

o l li 1 .. - - •benzeno

1:30- 4:30- 7:30- 10:30- 13:30- 16:30- 19:30- 22:30- •tolueno

4:30 7:30 10:30 13:30 16:30 19:30 22:30 1:30 •p+mxileno

períodos de amostragem \ecumeno

PERIOOICWlNOROSEFOR 11J!J1101 Z2!J0-1a'D1Jll1114:00

stat>on: MeWJ Avg Time· 15 Mm

w

~'~' ""' 45

45% 3.5

"" 2.5

15% 1 5

0% os s

RoseSCafe Wlod speeq [ mfsj catm: 1.!.0%

(k) PER!OOlC W!ND ROSE FOf.11!'1J011l)1 10:00- 10101101 16:00

Stallon: Meteu

s Ca!m: OJJ%

(m)

Avg. Time: 15 Min

" " 2.5

" " Wlnd Speed f m.ls!

PER!OOIC 'MND ROSE FOR 16101101 04:00- 1810110110·.00

40% w

311%

20%

10%

0% s

Rose se-ale Calm: 36.0%

(I)

Catm: 12.0%

(n)

SSE

Avg.Time: 15 Min

~,:., " 35 25

1.5

05

'M!ld Speed [ mlsj

4.5

3.5 ,, 1.5 0.5

I '

I

I

' I

I

Figura 19: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

80

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110

100

90

80

70

~ 80

"" 50 o ... 40 "' f! - 30 c .. " 20 c o " 10

Resultados e discussões dos resultados

Variação temporal dos principais compostos - local A

.

.

i-..

.. .. .. .. "' "f 6 ;i; ;i; :I o o .. !l .. .. .. .. Oi ~ t! Ui ~ "

segunda (15U1)

.

I • I . ~ 1\

" o .. .. .. .. ;i; "f " o .. .. .. l;t "' "f " o .. .. g i "' "' 6 :I o o 6 6 ;i; ~ o o o "' "' ;i; g o !l !l " g .. !l .. o o 'i " .. .. 'i .. .. " Oi 'i .. .. ..

;.:. g ~ Ui ~ !:: ;.:. o ;.; ~ ~ .. ;.:. ~ ;.;

terça ( 1 001 ) quarta (17101) quinta ( 18101)

dias e períodos de amostragem

.. ;i; .. Ui

l

sexta (1001) i

I Figura 20: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

Perfil de temperatura e umidade no período de 15 a 19 de janeiro

100 .

90

80

u- 70

g_~ 00 E ., "'"" 1â~ 50 ... ·-., E

40 Ê"' s 30

20

r\ A

I' " A I f - ,-./ f \ /

1\ I \,. \ \ \ i

\J \ I '\I '\I I ....... ::::!. ............ ...::.. I

v '-- / ......__/ ........... / "-..1'1 10

o

. !

-temperatura -umidade relativa I

I CO C".. N «> O ">f CO "' ~ ~

horas do dia

(15/01) (16/01) (17/01) (18/01) (19/01)

Figura 21: Perfil de temperatura e umidade relativa no período estudado.

81

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Resultados e discussões dos resultados

L~ão do ponto em relação a Area Industrial de Pau!inia

O local A é um ponto localizado nas proximidades de fontes industriais, e

está em uma área de chácaras e cultivos.

De um modo geral, as concentrações atmosféricas da maioria dos

compostos apresentaram-se abaixo do limite de detecção do método (LD), em

todos os períodos de amostragem, com exceção ao benzeno, m+p xileno, tolueno

e cumeno.

Durante essa semana de amostragem, puderam ser destacados três

períodos mais críticos, ou seja, que apresentaram maiores níveis de poluição (ver

figura 20). O primeiro, dia 16 das 4h30 às 7h30, no qual m+p xileno apresentaram

um valor de concentração acima do faixa máxima de trabalho (165 J.lg/m3), dia 17

também das 4h30 às 7h30, no qual benzeno e cumeno apresentaram as

concentrações de 61,2 11g/m3 e 14,0 J.lg/m3; e dia 18 das 16h30 às 19h30, no qual

benzeno apresentou a maior concentração obtida na semana (67,0 J.lg/m3).

Nessas três situações ocorreram ventos vindos de norte e nordeste sendo a

ocorrência de calmaria de 12 a 24%.

Observando as figuras 16 a 19, nota-se que em períodos que predominam

ventos de sul, as concentrações dos poluentes apresentam níveis mais baixos, o

que pode ser explicado pela localização desse ponto, o qual está a sul e sudoeste

das principais fontes.

Níveis baixos também são encontrados nos períodos entre 10h e 16h,

independente da direção de vento, o que pode estar relacionado ao período do dia

com maior incidência de radiação solar favorecendo as reações fotoquímicas e

melhores condições de dispersão. Observando as rosas dos ventos, nota-se que

esses períodos apresentam 0% de calmaria, indicando condição favorável à

dispersão.

82

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Resultados e discussões dos resultados

Devido às massas coletadas estarem abaixo do limite de detecção, um

novo teste foi realizado no mesmo local (ponto A), nos dias 30 e 31/01 e 01/02/01,

dobrando-se o volume de coleta (12L).

Os resultados obtidos com esse teste são apresentados na tabela D.2 do

anexo D. Como muitos compostos continuaram apresentando níveis abaixo do

limite do método, foram tocados para estudo somente as espécies presentes em

maiores níveis.

83

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Resultados e discussões dos resultados

Resultados da campanha 2:

Essa campanha foi realizada em julho, agosto e setembro de 2001, meses

de inverno e início da primavera.

Durante as coletas no mês de julho as temperaturas médias dos períodos

de amostragem foram de 17 e 19°C, em agosto de 20 e 21°C e em setembro de

20°C.

A campanha 2 pode ser concluída, sendo realizada em 7 locais, 6 em

Paulínia (A, B, C, D, E, F), vide mapa em anexo C, e um na cidade de São Paulo

(local G). Os resultados são apresentados a seguir por local e período.

Local A: Amostragem realizada no período de 13 a 20 de julho

Local A- sexta e sábado (13/07-14/07)

~(a) (b) I .r 4 E Õ> ~ o 3 .. .,. f! -c:

2 " " c: o "

•benzeno I Bn-heptano

•tolueno !

1 IJetilbz

o J •m+pxiteno 1

lllilcumeno ' I ' ' 16-22h 22-4h i 1111,2,4 TMB I

- 1 [J o-xileno 1 penedos de amostragem

PERIOOIC \1\'!ND ROSE FOR 13107101 16:00- 13107101 22:00 PERlOOlC WIND ROSE FOR 13107101 22:00- 14107101 04:00

Avg.Tirne: 15 Min st.atlon: Meteo Avg.Time: 15 Min

w E E SO% 80%

60% 4 60% 4

40% E~~ 2B33 40% 2.633

20% 1_667 20% 1.667 SE 0% 0.5 0% 0.5

s Rose Scale 'Mml Speed ! rnJs) Rose scate Wlnd Speed [ rniSJ

Catm: n_o% Calrn: 0.0%

(a) (b) Figura 22: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

85

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I ,r .€ "' ..;!. o .. ~

I! -c ~ c o u

Resultados e discussões dos resultados

Local A- sábado e domingo (14/07-15/07)

5 (c) (d) (e) (f)

4

3

2 •benzeno •n-heplano •tolueno

1 Cetilbz

o • m+p xileno I Dcumeno

4-10h 10-16h 16-22h 22-411 11111 ,2,4 TMB

períodos de amostragem \Co-xileno

PERIOOIC 'MND ROSE FOR 14107101 04:00 ~ 14107/01 tOJJO

Avg_Time: 15 Mirt

ENE

w E 60% 45% 4

""" E~~ 2.833

"" SE 1.667

0% s~

0.5 s

Rose Stale Galm: [)o%

Wind Speed f mis]

c) PERlOOIC W'INO ROSE FOR 14JU7J01 16:00 14107101 22:00

statton: MeteO

"'" 30%

20%

!O%

O%

Rose Scale s

Ga!m: 32.U%

(e)

Avg.Tlme: 15 Mln

4

2.833

1.667

0.5

'Ninei Speet:l{ mls.j

PER!ODIC WIND ROSE FOR 14107AJ1 10:00 • 14107101 16:00

Station: Meteo Avg.Ttme: 15 Min

w E 40%

30% 4

20% ESE~ 2.633

tO% SE

1.667

O% 0.5 s SSE

Rose SCa!e Wlnll Speed/ rn!SJ catm: o.o%

(d) PERIODIC \NINO ROSE FOR 14/07!ll1 22:00 ~ 15107101 :00

Stancn: Meteo

"'" 15%

'"" 05% 0%

RoseScaie

N

(f)

Avg.Time: 15 Mll1

4

:<-a33 1.667

0.5

Wlrld Sfleed I mlsl

Figura 23: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

86

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Resultados e discussões dos resultados

Local A- domingo e segunda (15107 -16107)

180

160 (g) (h) (i) (j)

n- 140 _! E -101 120 -_;!,

i o 100 - -· ... "' . I E 80 - - li benzeno - I c •tolueno ., 60 ~ -u

I c 1Jetilb2 8 40 - I -

llcumeno 20 - - r-1:1= - 111,2,4 TMB

o -- - 11111 '-- - Co-xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-411 •p+m xileno

períodos de amostragem •n-heptano

PERIOD!C Wll'ID ROSE FOR 15107101 04:00 ~ 15107101 10:00

sta1iorr Meteo Avg Tlme: 15 M!n

""' 15%

10%

""' 0% s

Calm: BtlO%

(g)

A

2.833

1.667

0.5

PfRIOOIC WINO ROSE FOR 1511}7101 16:00- 115J07f()1 22:00

40%

""' '"" ""' 0%

Calm: 44.0%

(i)

Avg.Time· i5Mtn

4

2,633

1.667

0.5

PERIOOICWlND ROSE FOR 15107101 10:00-151071!J1 16:00 stal!on Meteo

40%

~ 30% A

""' 2.633

10% 1.667

0% 0.5

l'losescate V\flnd Speed! mls] Calm: 00%

(h) PERIOOICWINOROSEFOR l510710122:00-1511J7101 04:00

stanon: Mereo

20%

15% 10%

00%

0%

RoseSCale Caim: 6!Hl%

4

2.833

1.667

0.5

\ll!lr1d Speed I m.'s]

I

I

Figura 24: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

87

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Resultados e discussões dos resultados

Local A- segunda e terça (16/07-17/07)

180

160-M-

140 ..ê ., 120 ..:!.

o 100 ... ... .. 80 ~ -" .. 60 " " o 40 " 20

o

(I) (m)

~t--+--------r==---.;,9

(n) l i

I I=:-----,

"-;;..---1- j• benzeno -~ I• tolueno :~ 1Cetilbz

'l I - ...L-1-+Ik

am+pxileno

Ooxileno

IE'Icumeno 1111 ,2,4 TMB

an-heptano 4-10h 10-16h 16-22h 22-<lh

períodos de amostragem

PERIOOICWIND ROSE FOR 161'071{11 04:00 16107!01 1fr00

statinn· Me1eo Avg Time: 15 Mm

40%

30% 20%

10%

0%

Rose Stale

(k)

4

2.833

1.667

05

'Mnd speed 1 mls!

PERIODIC \.\IJND ROSE FOR 16107Jll1 16:00- 16107101 22:00

40%

30%

20%

10%

0%

(m)

Avg.nne: 15 Min

' 2.833

1.667

0.5

Wlnd speed [ mts]

40%

R ~ 30% 4

?0% 2J333

10% 1.667

0% 0.5

Rose scate Wlnd Speei:i! mtsj Calrrr o.o%

(I) PERIODIC WINO ROSE FOR 16107101 22:00- 17107101 04:00

Statton: Meteo

40%

30%

20%

HJ%

0%

Rose scare

N

s CaJm: 8.0%

(n)

Avg.Tlme: 15 MJn

4

2.833

1 667

05

VVInilSpeed! mfS]

Figura 25: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

88

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I I

I

Resultados e discussões dos resultados

Local A- terça e quarta (17/07-18/07)

180 (o) (p) (q) (r) 1

I 160 I

.r 140 I

.ê I I "' 120 I I ..;:, i I o 100 ' ><U I i "' I! 80 ----· - I •benzeno c: 60 r-- 111 n-heptaoo .. v v I <J 0~ llltolueno c: %H o 40 r---- ,q

<J J:

I= IJetilbz

20 r-- -:0

i L \Utf-- 8m+p xíleno l...a. ifi • ll\!il 5\ .. o Do xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h mcumeno

períodos de amostragem 1111 ,2 .4 TMB

PERIODIC W!NO ROSE FOR 17107101 04:00 • 17107!01 10:00

w E 40%

~E~ i 30% 4

20% 2.833

10% 1.667

0% ~5

Rose Scate 'Mncl Speed [ misj Catm_ 4_0%

o PERlOOIC 'MNO ROSE FOR 17/(f7f01 16-:00 17107.101 22:00

stat1on: Meteo AvgTime: 15 Mln

40% 30%

20%

10%

"" Rose SCale

catm: ts.o%

( )

' 2.833

'''" 0.5

Wlnd Speeel [ mls]

PERIOOIC WIND ROSE FOR 11107101 10:00" 17107101 16:00

statlon: Meteo

Ca!m: 0.0%

Avg. Time: 15 Mirl

4 2J>33

1.667

05

PERIOOIC W!ND I'!OSE FOR t7Al71Gl 22:00- 18Jtl7f01 (14-;00

Statlon: Meteo

40%

30%

20% 10%

0%

Rose Scale Calm: 44.0%

(r)

Avg.Time: 15 Min

4

2.833

U367

0.5

Wlnd Speeá I mts]

Figura 26: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

89

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Resultados e discussões dos resultados

Local A- quarta e quinta (18/07-19/07)

160

140 .r E 120 -"' ~ 100 o "" 80 .., 1.'! - 60 c: .. ... c: 40 o

- -·----1 (s) (t) I (u) I (v)

I i I ' I I

1 I !

•benzeno " •n-heptano :>,

:;~ ·-- '[.'!) 1-- •talueno ... 20

o Jt= Já' t;t ~ =I !Jetilbz

~. 5. 1--•m+pxileno

liL IJoxileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h I!Jcumeno

' períodos de amostragem

PER!ODICININD ~OSEFOR 1810711li 04:00 iMJ710110:DO

St<ltion: Meteo AvgTime: 15 Mln

ENE

w E 40%

30% 4

20% ,~v 2833

10% SE 1 667

0% 05 s

Rase SCale Wlnd Speett! mts] Callr!: 52_0%

(s) PER!OOIC WtND ROSE FOR HW7101 16:00- ia/07101 22:00

Rose Scale cam 4 o%

(u)

Avg Time: 15 Mln

' 2 833

1_667

0.5

PERIODICWlNO ROSE FOR 1SI07f0110:00 18107101 16:00

50% 45%

30%

15%

0%

Rase Sca!e Cal!!r 00%

(t)

4

2.833

1.667

0.5

Wind Speed [ mts]

PERIOOIC 'MNO ROSE FOR H1107/01 22:00- 19{07101 04:00

station: Meteo

40%

30%

20%

10%

0%

Rose Stale

N

(v)

Avg.Time: 15 Min

4

2.fl33

1.667

0.5

W!rld Speetj I m!SJ

i

Figura 27: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de vento

obtidos no período.

90

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I

I

Resultados e discussões dos resultados

Local A- quinta e sexta (19/07- 20/07)

160 .---~

I (w) (x) (y) I (z) 140 I

' I M- I

.ê 120 '

~ ' I 100

o I ... 80 <>

E I •benzeno - 60 c •n-heptano "' I u c 40 1--- - •tolueno o '§i u

ti;ELll. f;' Oetílbz I

20 f--- ~

<-

'--- i\\!!1 --- 'f! • m+p xileno I o IJo xileno I

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h Ucumeno

períodos de amostragem 11111 ,2,4 TMB

PERlOD!C \NINO ROSE FOR 19107101 04:00- 19107101 10:00

statlon: Meteo Avg.Time: 15 Min

w E 40%

~ ESE ~ 30% ' 20% 2.633

10% 1.667

"" 0.5 s

Rt.Be Scale Calm: 4_0%

Wi!'ld Speed [ mls]

(w) PER!ODICW1NDROSEFOR191U7191 16:00 1Ml7JD122:00

Statn:m: Meteu

40%

"" ""' 10%

U%

Rose Scale Calm: 260%

(

Avg Time: 15 Mln

' 2.833

1.667 05

Winr! Speed 1 mlsj

PERIODIC WIND ROSE FOR 19107101 10:00- 19!ll7101 16:00

station: Meteo A\19.TI'lle: 15 Min

w E 60%

,:~~ 45% ' 30% "" 15% 1.667

"" 0.5 s

Rose Sca!e Wln.d speed 1 mls] cs1m: a_o%

(x) PERIOOIC WINO ROSE FOR 19107101 22:00- 20JU7!01 O.t'llO

Slat!on: Meteo Avg_Time· 15Mln

40% ,,. 20% ,,. 0%

Calm 32_0%

(z

' 2Jl33

1.667

0.5

Wlmi Speeu { mls]

I I I I I

Figura 28: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

91

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Resultados e discussões dos resultados

Local A- sexta (20/07)

160,---------------------------,r-------------------------, (a,)

140+----------------------r--------------------4

~~ 120+-----------------------~--------------------~

~ 100+------------------------+-----------------------4 o ~ 80 +-------------------+----------------1 ,--------,

' J:; 11 benzeno I I c 60 1 ~ • n-heptano

§ 40 • tolueno u

20

o 4-10h 10-16h

períodos de amostragem

Oetübz

llm+pxileno

[]o~xüeno

mcumeno ' il 111!11,2,4TMB li

PERIODICWlNO ROSE FOR20107101 04:tl0- 20107101 10:00 PERJOOIC WlND ROSE FOR 20107!01 10:00- 20107101 16:00

llD%

'"" 40%

20%

0%

Rose scare

N

s Calm: o .o%

;s,vg.Time.- t5 Ml'l

4

2.8~

1 667 Q_5

Wln.d Speeo: { rnts)

Station: Meteo

40%

''" 20%

10%

0%

Rose Scale s

Calm: 0.0%

(al) (bl)

Avg.Time· 15 Min

4.167

2.333 ,, Wlnd Speeel! mfs]

Figura 29: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

Para esse local e período os compostos mais abundantes foram benzeno,

m+p xileno e cumeno, repetindo os resultados obtidos na campanha 1, mostrando

coerência com as atividades industriais próximas ao local, as quais possuem

fontes de emissão desses compostos.

Nesse período de amostragem não foram registradas ocorrências de

chuvas, embora a umidade relativa do ar atingiu valores maiores do que 90%

durante as madrugadas dos dias 14 e 15 de julho. Os dias foram ensolarados e

quentes, atingido T max de 30°C nos dias 18 e 20, o que contribui para a dispersão

dos poluentes.

92

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Resultados e discussões dos resultados

Com análise das figuras 22 a 29, nota-se claramente que as

concentrações dos poluentes aparecem mais baixas durante o período de

amostragem de 10h às 16h, independente de fatores como direção e velocidade

de ventos, embora observa-se 0% de calmaria em todos esses intervalos (exceto

no dia 17/07), o que favorece a dispersão reduzindo os níveis de poluição. Outra

consideração para ocorrência de menores concentrações nesse período é o fato

de que nessas horas do dia a radiação solar é maior, intensificando as reações

fotoquímicas. Além disso, a instabilidade atmosférica nesse período também é

maior, favorecendo a dispersão dos poluentes.

Contrariamente aos resultados obtidos, esperava-se encontrar maiores

concentrações atmosféricas no período de 1 Oh às 16h, horas mais quentes do dia,

assumindo se que muitas fontes contribuintes para a emissão de COV são perdas

por evaporação em tanques de armazenamento e em estações de tratamento de

efluentes, as quais são intensificadas nos horários mais quentes do dia, que

coincidem com o período amostrado.

De acordo com os resultados obtidos, nota-se que embora algumas

emissões de COV sejam intensificadas no período estudado de 1 Oh às 16h, a

maior incidência de radiação solar e as melhores condições de dispersão

"compensam" esse fator, levando a menores concentrações no período.

Na figura 30 observa-se que nos primeiros dias de amostragem (13 e 14

de julho), intervalo que predominaram ventos de sul e sudeste, as concentrações

atmosféricas dos poluentes em estudo permaneceram baixas. Fato tal que muda a

partir do dia 15, quando aumentam as frequências de ventos provenientes de

norte e nordeste (ventos das fontes para o local de amostragem - vide mapa

anexo C).

Assim sendo, a compreensão dos resultados obtidos é complexa, as

concentrações de COV na atmosfera são dependentes de diversos fatores, desde

as características das fontes até as variações na radiação solar incidente, na

direção e velocidade de ventos e na estabilidade atmosférica.

93

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Resultados e discussões dos resultados

Variação temporal dos principais compostos -local A

190~--~-~-~--------~-----------------------~======~ , -mipxileno

I·· ..... y,;: ..... ---cumeno

--Ã-- bemeno 150 +-----------+-------c-/--l--~1+------i ---+-tolueno

-10 ~ s ~ N

"' ,j. "' a .. s a sexta sábado

(13/07) (14/07) domingo (15/07)

segunda (16/07)

terça

(17/07) quarta

(18/07)

dias e perkxlos amostragem

· • ·•· · ·LD

quinta (19107)

N ' ' N • a

sexta (20/07)

Figura 30: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

Perfil de temperatura e umidade no período de 13 a 20 de julho

100

/I

~

v~ ->~~ .. ~ ~"' .a, .... ~, .,_ "-E E "' s

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

A ·,... J •• / / .J . •-. . Á< tf""1

I .· J" j J\ I I I / \J I

! ·. \ \1 . . \f

v v \1 . I .. . . "' . ,, . \J

/'\. A A. /"' A .A. /1 \.. I •-.........J ~ ~ '-J ..._,.

~I . . _ l-temperatura -umidade I

~ ~ v ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ v ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ v ~ ~ ~ v ~ ~ horas do dia

(13/07) (14/07) (15/07) (16/07) (17/07) (18/07) (19/07) (20/07)

Figura 31: Perfil de temperatura e umidade no período estudado.

94

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Resultados e discussões dos resultados

50

40

30

20

10

o

Local 8: Amostragem realizada de 24 a 31de julho

Local 8 -terça e quarta (24107- 25/07) ,----------------r------ -

(a) (a) (b) (b) (c)

I

I I I

I• -11-14h 14-17h 17-20h 20-23h 23-2h

períodos de amostragem

·--:1 8 n-heptano

•tolueno

oetibz

11 m+p xileno li

o o xileno I! li

[lcumeno i 1

111 tr,.,tübz 11 J '

PERIOOIC WINO ROSE FOR 2410711J1 11:00- 24107101 17:00 PERIOOIC \NINO ROSE FOR 241071(11 17:00- 24107101 23.00

Stallon: Mlrteo N AVQ.Tirne: 15 Mln

Rose SCale Calm: o.o%

(a)

4 2 833

1.667 n.s

Wlnd Speecl! mfs]

station_ Meteo

60%

umWSN 45%

30%

'" 0%

Rose Scale

Avg.Time 15 Min

~'~~ 4

2.333

1.567 0_5 ssw s SSE

C31m: 0.0% Wlrltl Speed [ mts]

(b)

Figura 32: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período_

95

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Resultados e discussões dos resultados

Local B- quarta e quinla (25/07- 26/07) 100

I (c) (d) (d) (e) (e) (f)

i (f) (g)

I I I 80 I I

I I

.r i

I I I

I I

E I -"'60 ..:; o I I ... "' 1: 40 c .. I u c o •oonzeno u 20

I Bn-heptano

li -tua ~~ i 8to!ueno

-1 li. fi li li Oetilbz

o 8 rrHp xfleno

Do xileno 2-5h 5-8 h 8-11h 11-14h 14-17h 17-20h 20-23h 23-2h

llilcumeno

períodos de amostragem Elltrimetilbz

PERJOOIC WlNO ROSE FOR 241071(}1 23::00- 25107101 05:00

RQse Scale

c)

' 2.833

j 667

0.0

W'incl Speed. ! m/Sj

PERIOO!C'WINDROSEFOR251l}7J0111:00 2510710117:00

60%

"" 30%

"" 0%

RoseSca!e

s catrrr 1s.o%

e

Avg T1me 15 M;n

' 2.G33

1_667

0.5

Wmd Speed! mls]

PERIODiC WINO ROSE FOR 25107101 05:00 25107101 11:00

Sfatllm: M<Jieo Avg:.Time: 15 Mlrl

1K 4 10% 2.B33

05% 1 ii67

~ o~

Rose Stale Wlnd Spetlá ( mlsl

d F'ERIOO!C WIND ROSE FOR 25107101 17:00- 25J0710t 23:00

21)%

"" 10%

05%

0%

Calm: 48.0%

t)

Avg Time: 15 Min

' 2.833

1.667

0.5

Wlrltl Spt:!ed [ mls]

I

Figura 33: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

96

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Resultados e discussões dos resultados

Local B -quinta e sexta (26/07- 27/07)

... E

80+-------~+--------+~

~ 60 +-~------+--------+-~ ~ 40 -t-~~~~-j.~~~~~-f----11-~~+-c ~ c 8 20 +---------!---------+

2-5h 5-3h 8-11h 11-17h 17-23h 23-5h

períodos de amostragem

•benzeno •n-heptano

•tolueno Detilbz

•m+p xileno

Co xileno

Elcumeno

Eltrimetilbz

PERIOOIC \NINO ROSE FOR 251U7PJ1 23:00 26107101 05:00

St<Jiii:Jn Melfm Avg_Time 1 e> Min

w E 40%

~ES'V ""' 4

""' ,,

10% 1.667

0% 05 s

RoseScale Calm: 16.0%

Wlnd Speetl [ miS]

( ) PERIODlCWINDROSEFOR2fiiiT711J111 00-26!0710117.00

st8tion: Meteo Avg.Time· 15 Min

40%

38% 4

20% E~ v 2.833

10% SE

1.667

0% os s

R!Jse Scale Wind Speetl \ mklj Caim: 2:Ul%

(i) PER!OOIC W1ND ROSE FOR 261117101 23:00- 271ú7!0105:00

21)%

15%

10%

05%

0%

(k)

AvgTime: 15Min

E

ESE" SE f

' 2 833

1 667

'-'

PERIOOIC WIND ROSE FOR 26{1]7101 05-00 26107101 11 DO

Statron: Meteo AYQ.Tíme: 15 Min

w E 40%

30% 4

20% ESE~ '-"' 10%

SE 1.667

0% '-' s Rosescale Wim:l Speed [ mfsj

Ca!m. 0.0%

(h) PERIODIC WlND ROSE FOR 261D71U1 17:00- 26.107101 23 {)1]

statíon: Meteo Avg.Tlme. 15MIT1

E

4

ESE ~ 2.633

SE 1.6fii7

'-' Rose Scafe 'Mnd Speed! mlsj

(j)

Figura 34: Dados de concentração dos

compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

97

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Resultados e discussões dos resultados

Local B- sexta e sábado (27/07- 28107)

40

(I) (m) (n)

o 5-11h 11-17h 17-23h

I.------,

I i

•benzeno

•n-heptano

•tolueno

Oetilbz

! 11 m+p xüeno ---""--1'1 ' ooxileno

23-Sh

períodos de amostragem

mcumeno

111 trirretilbz ~~~~~--

PERIOOICWIND ROSE FOR 27J07f01 05JJO 27107101 11:00

Av!J- Time- 15 Min

WNW ENE

w 40%

~ ESE~ "" 4

20% '"' W% 1.667

"" " Rose SCale Wlnd Speed 1 mtsj

Calm 4.!l%

(I PERIC.lt:OC WIND ROSE FOR 27107101 17:00- 27107.101 23:00

stanon: Meteo

'"" ... ""' '"' O%

R~SCale s

Calllr o_o%

n

' "'"' 1.667 ,,,

Wind Speed ! mf<sl

PERIOOIC IMNO ROSE FOR 27/07101 1 t:OO 2711)7101 17:00

Statlon: Meteo Avg.Time: 15 Mln

w E 40% 30% 4 20% E~~ 2.833

'" SE 1667

0% 0,5

s Rose Scale Wlnà Speed 1 m/s]

Galm: 0.0%

m PERIOOIC WIND ROSE FOR 27107101 23:00 2SI!J7101 05:00

60% 45%

30% ,. 0%

Rose Scale s

Calm: 0.0%

o

Avg.TJme: 15 Mlfl

4

2.833

1.667

0,5

Wlnd Speett 1 mtsj

Figura 35: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

98

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Resultados e discussões dos resultados

Local B- sábado e domingo (28/07- 29/07)

100 -,----(p) (q) (r) ~~;~ ----~~)-J

I I I :

~. ~-~~~~+---- --------~------------~~ I

o 5-11h 11-17h 17-23h

__________ __; I• benzeno

i • n-heptano I

-----l•tolueno

loetilbz

Rm+p xileno __.._ __ I o o xíleno

23-Sh

períodos de amostragem

mcumeno

111 trímetilbz

PERIOOIC WlND ROSE FOR 2f!J07/U105:00. 2007101 11;(10

Stalliln Meteo Avg.Time: 15 Min

00%

60%

"'" 20%

"" Ca!m: [J_[J 'h

()

' 2E33

1.007

05

PERlOOfC\IIIlNOROSEFOR2MJ7ffi117:00-2MJ7f01 23'00

statlon: Meteo Avg.nme: 15 Mlr1

Rose SCale s

Calm: 0-0%

(r)

SE

SSE

E

4

·~~ 2.833

1.667

0.5

Wlml Speed I miSJ

PERIOOICWINDROSEFOR281C7J0111:00-2BI0710117:00

Staton Meteo Avg_Time: 15Mrn

ENE

w E 80%

~~E~ 60% 4

40% 2.833

20% 1_667

0% 0.5 s

Rose Scale Wlnd speoo I IY'Jsj Ca!nr no,;

(q) PERIOOIC 'MND ROSE FOR 23107101 23:00- 29107101 05:00

St:atlon: Meteo

RoseScale Catm: !l.O%

(s)

Avg_Time 15 M!n

4

2.8:33

1.667

05

W1rn:l Speed 1 mlsJ

Figura 36: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

99

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Resultados e discussões dos resultados

I Local B- domingo e segunda (29107- 30/07)

I 20 --~~ (t) ~-~T (u) (v) ·~-.---~--(-w)--1

ljê1s-~---------r--~--------+----------+--------~ Cl

.3 o ... ~10+----------~-+------------4------------4-~ ' c fl c 8 5

[ r.-b-e_nz_e_no--, ., \\a n-heptano

~~Btolueno [ Qetilbz

=--=::m:""'yi I a m+p xileno o 5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh

mcurneno

L_ periodos de amostragem

ooxileno j! 1111 trimetilbz ..

PERIOD!C WIND ROSE FOR 29/07101 05:00 29ill7101 11:00

statton: Meteo AVg.nme: 15 Mln

60%

45% 3D%

""' 0%

Rose Scale

(t

' 2 BJ3

1 667

0.5

'Mnd Speed [ m!SJ

PERlODlC W!ND ROSE FOR 29ro7JU1 1 ?:!lO- 291U7.'1J1 23:00

Statton: Meteo N AVQ.Tirne: 15 Mltl

""" ""' 40%

20%

0%

catm: o.o%

(v)

4

2.833

1.657

05

Wlnd Speeo I mtsj

PER!OOIC 'AIIII1D ROSE FOR 29/07101 11:00· 29107101 17:00 Slatinrr Meteo

IJ{)%

6()%

40% 20%

0%

Rose Scale

u)

' '""' 1667

0.5

PER!ODIC IMNO ROSE FOR 29107101 23:00- 30/IJ7101 0!1.00

statlon: Meteo

50%

45%

""" 15%

0%

Rose scate Calm: 44 O%

(w)

Avg.T!rne: 15 Min

' 2.833

1.667

0.5

Wlnd Speed! mtsj

Figura 37: Dados de concentração dos compostos e direção e velocidade de

ventos obtidos no período.

100

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Resultados e discussões dos resultados

Local B- segunda e terça (30/07- 31/07)

180

I (x) (y) (z) (a,) (b,) 160 i

I

140 I I

~E f-

I Õ> 120 i--3 o 100 r--- I

I

.. .,. ., 80 r---~ -c

"' o 60 i--c o o 40 •benzeno r-~

Rn·heptano

20 i-- •tolueno

La. ..,..._ .. .. •• i Detilbz

o • Bm+pxi!eno

5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh 5-11h Do xileno

I Ellcumeno

períodos de amostragem li!lltrimeti!bz

PER!OOIC WIND ROSE FOR 30107JI.l1 05.00 30JO?Iú111:00 PERlOD!C WINDROSEFOR 3Uiü7101 1 Hl(] • 30JI171tl1 n-oo """"'.""""' Avg TJme· 15 Mlfl St:ltlmY Meteo

-'1-Avg.Tfme: 15 Mirl

N

:tf/:i; "' NE

ENE - 0"'

""' HWSN~

-i-' 40% -stt +-1' "' ' 30% ~ESEV 4

""' ~,v ""' ,0% 2.633

05% SE

1 667 'O% 1.657

0% SSE

0.5 0% 0.3 ssw s o~ =o

Ro~~ s~ale 'Ninl:l Sp<".ed I mlsj Rose Stale Wlnd Speml { mts! Calm. 64.0% Calm: 4_0%

(x) (y) PERIOOlCWlNO ROSE FOR 30107!01 17:00 30Jtl7/01 23:00 PERIODIC WIND ROSE FOR 3007!01 23:00 31!07101 mnl!J

stltton: Meteo Avg.Time: 15 Mln Station- M~o Avg .Tlme· 15 Min N N

~ NNE NNW E

NE ,_"" ~d:J: NE

: ENE ENE

m E w~~ E 40% 40%

H-~ ESEW W% HWSN~ ~ESEV 4 ""' 4

20% 2.833 ""' 2.e3<J

10% 1.667 10% 1.667

0% sw L }, SE 05 0% sw .I SE 0.3

SSW S SSE ssw,sss Rose Sc:ale Wlnd Speed [ m!S] Rose Scale Wlnd Speect! m!S]

Calm: 32.0% Calm. 52.0%

(z) (at) PERlODIC WIND ROSE FOR 31107101 05:00 311Q710111:00

statlon: Mete0 Avg Tlme 1 ~ Mln

~ NE Figura 38: Dados de concentração dos

Wt<W ENE 1--,

"' r r-::f" E compostos e direção e velocidade de 40%

30%

~W&N~~'''V 4

ventos obtidos no período. 20% 2.833

10% 1.667

0% SW c1... -" SE 0.3 SSW S SSE

Rose Sta!e Wlnr.l Speed [ m/sj C-alm: 32.0 %

(bt)

101

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170

150

130

Resultados e discussões dos resultados

Variação temporal dos principais compostos - local B

34750

--..-benzeno , I -.--tolueno I

5-1111 ---o--m+pxi!eno f------+-+------------:::.::.=,---1 --- -- ·LO 17·2311 I ,~~- ;S:·~r,- eti!bz

' ! .:;- 110 •.. · .

.E "' .E. 90

17-20h &-11h '

o "" "' 70 .. ~ c .. 50 " c 8 30

l I I I/\_ ' f ..

I

10

l -10

dias e períodos de amostragem

Figura 39: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

Perfil de temperarura e umidade no período de 24 à 31 de julho

100.----~------------------=---------------·-----,

oot-~~~--~~~--~~--~~~--~.------79-----+4H

sot-~~-lf--~~~~~-+-~~-~f-~~--~~--~~

70+-4L--+-~---~~---~~--~--~--~~~f--lf-~

50~~-~~~---~------------~~4L---+--T-~

sot-----~--------~----------~--~~~-l--\-J~--~

~+-----------------4~~~==--~===r--------~----~ 30~------------~==========~--~-=--~ ~+-~~~~~~~--~~~~------------~~--~~~--~

10+-----------------------~~~~~~~--~~----=~

O L-----~----~-----------------------------------~ 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11

horas do dia

(24107) (25/07) (26107) (27/07) (28/07) (29/07) (30/07) (31/07) 1

Figura 40: Perfil de temperatura e umidade no período estudado.

102

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Resultados e discussões dos resultados

Localização do ponto em relação a Área Industrial de Paulinia

O local B está situado a norte e noroeste das principais fontes industriais,

estando nas proximidades das distribuidoras de gás e combustível. As

características topográficas do local representam um platô sem obstruções, o que

facilita a dispersão dos poluentes.

Estando localizado em um posto policial na rodovia pode sofrer influência

direta de fontes veiculares, o que pode ser confirmado pelos resultados, os quais

apresentaram o tolueno como o composto mais abundante para esse período,

seguido do benzeno. A influência de fontes veiculares, as quais apresentaram-se

como a principal fonte de COV no local, pode ser analisada com base na razão

entre as concentrações médias (tabela 10) de benzeno e tolueno (B:T), a qual é

igual a 0,3 e está dentro da faixa estabelecida para emissões veiculares.

Observa-se que esse ponto de amostragem não assume o mesmo perfil

definido de variação diurna/noturna como apresentou o local A durante as duas

campanhas de amostragem, podendo ser mais um fator comprovando a

importância das fontes veiculares, as quais não apresentam emissões constantes

e são dependentes da intensidade do fluxo veicular. Analisando a figura 39, nota­

se que no domingo as concentrações dos poluentes permaneceram baixas, o que

pode indicar uma diminuição das fontes de emissão.

Visto que as fontes industriais de COV da região são constantes, não

apresentando variações durante os dias da semana, exceto para alguma

manutenção nos processos ou problemas de vazamentos, ou ainda algumas

sendo intensificadas pelo aumento da temperatura favorecendo as emissões por

evaporação, a variação nas concentrações obtidas nesse período estudado pode

realmente ser devido a uma redução no tráfego de veículos aos domingos.

103

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Resultados e discussões dos resultados

Local C: Amostragem realizada no período de 03 a 10 de agosto

Local C - sexta e sábado (03/08 - 04/08)

50 (a) (b) (c)

40

"' E -C)

30 ::l -o .... <> "' 20 8benzeno ~ -<: 8n..heptano .. <.) <:

10 8tolueno

o <.) !Jetilbz

o 8p+mxileno

Co-xileno 10-16h 16-22h 22-4h

fllcumeno

períodos de amostragem 111 trimetilbz

PERlOD!C WlND ROSE FOR 03108101 10:00 D3/0Bill1 16:00

40% 31l%

2D%

10%

"" Rose Sr:ale

N

Catm: 0.0%

a

Avg.Trme: 15 Min

4

2JJ33

1.667

"' Wind Speed f mtsj

PER!ODIC WINO ROSE FOR 03i08101 22:00 04.108101 04:00

60% 45%

30%

15%

0%

R0'3e SCale

N

s Ca!m: 28.0%

(c)

Avg.TJme· 15 Mln

4

2.633

1.667

0.5

Wlnd Speed [ mtsj

PERIOOICWINOROSEFOR03t081tl116:00· 310810122:00

stal.lon Meteo Avg.Time: 15 M1n

40% w E

30% 4

20% ESE~ 2.833

10% SE

1.667

"" 0.5 s

Rose Sl:::;!1e Wlrnl Spee!1 { rniS{ Gaim: 24 o%

PERlOOlC 'MNO ROSE FOR 04108101 04:00 0410artl1 10:00

St<Won: Meteo

40%

"'" 2D%

10%

0%

Rose Se-ale s

Calm:4D.O%

(d)

Avg.Time. 15 Min

4

2.833

1.667

0.5

Wlfld Speer.!! mtsJ

Figura 41: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

105

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Resultados e discussões dos resultados

Local C - sábado e domingo (04108 - 05/08)

60 (d) (e) (f) (g) (h)

-~ 50 E -O> 40 .:;!, o "" 30 .., e •benzeno -c: ., 20 Bn-heptano u c: o •tolueno u 10 IJetllbz

o •p+mxileno 1 Do-xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h 4-10h mcumeno

períodos de amostragem 111 trimetilbz

PERIODICVIIINDROSEFOR0410af0110:00 IJ4!08J0116:00 PERlODIC WlNO ROSE FOR 0410BJ'U1 16:00- 04/08J01 22:00

Avg.Time: 15 Min statlorr Meteo Avg_nme: 1s Mln

ENE w E

611%

~ ESEV 45% 4

30% 2 833

15% 1_667

0% 0.5

w E 60%

SE ESE v 45% 4 3IJ% 2.833

15% 1.667

0% 0.5 s s

Rose Scale Galm: 0.0%

Wmd Speed 1 rnlsj RoseSCale C31m: 12.0%

Wlnd Speed I mls]

(e) (f) PERIODIC IAIIM:l ROSE FOR 04J00101 22·00- Q5108101 04:00 PfRIOOIC \MNO ROSE FOR 051D6it11 04:00- OO!ti81C1 10:00

Station: Meteo N

AVg.Time· 15 Min Avg.T1me: 15 Min

w E w E 40% ""' 30% 4 45% 4

20% ESEV 2.833 ""' ESEV '"" 10% 1.667 15% 1.667 SE SE 0% 0.5

0% 05 s

Rooe Scale 'Mru:ISpeed [ IOOJ Rose sca~e Wlntl Speed 1 misj

caJm: 2a.o% ca~m- 20_0%

( h)

Figura 42: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

106

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Resultados e discussões dos resultados

,--I Local C- terça, quarta e quinta (07, 08 e 09/08) I

I 50

Q) 0) (k) 0) (m) i (n) I

' 40 I I -.,

I .ê OI ~30 o

I i I

"" ..,. !

i I .. •benzeno ~ 20 -c

I I

•n-heptano .. I ... ' c _-," i I atolueno I o

i ... 10 ' I I " J I

[]etübz I I 1 ,( ap+mxileno I I •• o 11 'ia. _._._ I• _.

oo-xileno

15-21h 21-3h 3-9h 9-15h 15-21h 21-3h mcumeno

períodos de amostragem 111 trimetilbz

PER!ODIC WINO ROSE FOJ:Ol 071{)001 16:00 07108101 22:00 PERIOOIC WlND ROSE FOR 137108101 22:00- 08/Q8101 04:00 Statlon: Me1eo Avg.Tlme: 15 Mln

-ixzi~ENE W ~\~E

40%

; ~WEW~ ~~E v :;~ SSW S SSE

statlon: Meteo Avg.Tlme: 1SMin

Rose Scale Wlnd Speed I mJS.I

(i) PERIODIC W1N0 ROSE FOR 061tl6JU1 04:00 00100/{)1 10:00

(k) (I) PERIOOIC 'MNO ROSE FOR 081t'lMl1 16:00- oa/ll8/ll1 22·00 PERIODIC W1ND ROSE FOR OOJ!Jel(l1 22:00 {)91061{)1 04:00

stEt!on Meteo IWg_Tim!!: 15 Mln

-iX!i" ~ENE w~?(Y',

~ ~~~S~ESE v :;l RoseScale

Galm: 2RO% Wlnd Speed f mlsj

(m) (n)

Figura 43: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

107

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Resultados e discussões dos resultados

Local C - quinta e sexta (09/08 - 1 0/08}

-M

20

~ 15

.:!.

~ : c .. u c

i O u

10

5

o

(o) (p)

3-9h 9-15h

(q) (r) (s)

15-21h 21-3h 3-9h

(I)

9-15h

•benzeno

•n-heptano

•tolueno

Oetilbz

•p+mxileno i

Co-xileno

Dcumeno

períodos de amostragem 111 trimetilbz

PERIODIC 'NINO ROSE FOR 09JIJRIIJ1 IJ4:00 !J9108/(l1 Hl:OO

station Meteo N Avg.Ttme: 15 Min

w E 40% 30% 4

20% ESEV 2.833

10% 1_667 SE 0% 0.5

s Rose Sca!e Wlnd Speed: [ IIVSJ

Caim: 600%

o PERlOOIC lM\10 ROSE FOR 09i06101 16:00 0910610 1 22:00

stat~on: Meteo N Avg.Ttme: 15 Mil'l

w E 60%

~ ESE. 45% 4

30% 2.833

"% 1.667

tl% 05 s ~

Rose Scale Calm: 4J.l%

IMfld Speed I m/SI

(q) PERlODICWINDROSEFOf< Hl/08101 IJ4:00-1010810110'00

statmn Meteo Avg Time: 15 Min

w E 4[1%

~ ESE. SO% 4

20% 2 833

10% 1.667

0% M s

Rose SJ.:ale Ca!m 32.0%

Wind Speeo [ miSJ

PERIOO!C WlND ROSE FOR OMJBJ01 1 0"_00 ~ 09106/IJ1 Hi"Oil

Station: Meteo AVQ.Time: 15 Mh'l

w E 40% 31l%

~'SEi 4

20% 2.833

10% 1.667

0% 0.5 s

ROSe Scale Wlnd Speed I rrVs] Catm: 0.0%

PERIOOIC WIND ROSE FOR 0910BI!l1 22:00 • 101lJ5101 04:00

Station: Meteo

BO%

60%

40%

21l'!\ 0%

Rose Scate calm: 0.0%

(r)

AVg.Time: 15Min

4 2.633

1.667

05

Wlnd SpeeCI ( mtsj

PERIOOICWINOROSEFORH110810110:00-101Ua10116:00 stat!on- Meteo

40%

00%

2!1%

10%

"" Rose Stale

w

s Ca!m. Q.O%

Avg_Time: 15 Mln

4

2.833

1.667

0.5

Wlnd Speecll rn{sJ

(s) (t) Figura 44: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

108

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Resultados e discussões dos resultados

60

60

.r 40 E -"" ..;!, o 30 .. !: k -c 8 20 r: 8

10

o

Variação lemporal dos principais compostos -local C

4-10b --+-benzeno ---r--to lue no

t----1F----------.-:-'-----------J_.__m+pxiieno 21-31\

4-10b cume no

~ • • • ~ • • LD

"' "' "' I "' ~ N :t • ~ • • • .. .. -"' ~ "' ~ "' ... ! :1!

~ ~ I :1! .. • t ~ '1 ~ .. • lê " ;, • • .. li!

sexta sábado domingo terça quarta quinta sexta (03/08) (04/08) (05/08) (07108) (08108) (09108) (10108)

dias e periodos de amostragem

Figura 45: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

100

90

80

íj 70 -;ô >e... 60 :c co .. ~

- ::> 50 ~ii ., ~ , .. 40 .. a.

:2 i 30 E-

::>

20

10

o

Perfil de umidade e lemperatura no período de 03 à 10 de agosto (local C)

J-uridade --terrperatt.ra j , . _.., I I

. t .· . 11 .. / I I . l . .. .A I i

·. I I l I I ·. I I i •.

.. · f

I I . I .. J· ·. I

\ \ \ . ., \ \ v\ . j'V, j"'Jt /Q A1 /< /\ /'

. ..........., .. ""-J '-J ·.~I· '-J '.J "-..J. I . ' I

O~NVOIDN~OIDNVOIDN~OIDN~OIDN~OIDNVOW ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~

horas do dia

(03/08) (04/08) (05108) (06/08) (07/08) (08/08) (09/08) (10/08)

Figura 46: Perfil de temperatura e umidade no período estudado.

109

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Resultados e discussões dos resultados

Localização do ponto em relação a ÁNla Industrial de Paulinia

©

O local C está localizado em um bairro residencial, nas proximidades de

fontes industriais.

Durante amostragem os dias foram ensolarados e quentes, atingindo T max

de 30° nos dias 3 e 4. Não houveram ocorrências de chuvas.

Nesse local e período de amostragem benzeno foi o composto mais

abundante, os demais seguiram o mesmo perfil, embora em níveis mais baixos.

Pode-se observar na figura 45 a variação temporal (dia/noite), embora

menos pronunciada que no local A {campanhas 1 e 2), apresentando as maiores

concentrações durante a madrugada e as primeiras horas da manhã e as menores

concentrações no período da tarde.

Embora poucas correlações puderam ser feitas entre as concentrações

atmosféricas dos poluentes e as condições de dispersão com relação à direção e

velocidade de ventos, situações mais críticas foram observadas nos dias 4 e 5 das

4h às 10h e dia 7 das 21h às 3h, períodos com ventos predominantes de sul e

sudeste {das fontes para o local- vide mapa anexo C) e com alta freqüência de

calmaria, 40, 20 e 52%, respectivamente.

110

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~i

"' ..;:. o

l ... c 3 c 8

Resultados e discussões dos resultados

Local D: Amostragem realizada no período de 14 a 21 de agosto

Local D- terça e quarta (14108-15/08)

10

(a) (b)

8

6

4 a benzeno

•n-heptano

2 l•tolueno 'I:Jetilbz

Bp+ mxileno

o filcumeno

16-22h 22-4h 1!11 ,2,4 TMB

Co xileno períodos de amostragem

PERIOOIC WINO ROSE FOR 14/!l8101 16:00- 251'0711)1 22"00 PER!OOIC WINO ROSE FOR 14108/()1 22:00- j5J081!l1 04:00

srnuon: Met..eo

20% ,,. "'" ,,. ,. Rosescale

Calm. 0.0%

(a)

Avg_Ttme: 15 Mln

' 2.a3J

1.667

0.0

Wlm1 Speert! mlsj

statltlll' Meteo

60%

45%

30% ,,. 0%

Rose S\:l>le s

Calm· 16.0%

(b)

Avg Time: 15 Min

,.,, 1.667

05

Wlfld Speed I mfs]

Figura 47. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

111

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~~

E -"' ..;;. ,g !f ~ -c B c 8

Resultados e discussões dos resultados

Local D- quarta e quinta (15/08-16/08)

40 (c) (d) (e)

I (f)

30 I ' I

20 I •benzeno •n-heptano

10 r-- •tolueno []etilbz v L .. =- 1- •p+ mxileno

o Coxileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h llcumeno 1!11,2,4 TMB

períodos de amostragem

PERIOOICWINO ROSE FOR 15106101 :00- 1510610110:00

Station: Meteo

20% 15%

10%

"" 0%

Rose Sca!e Calm: &4-0%

c

Avg_Time: 15 Min

4

2.833

1-fi67

0.5

Vo!lnd Speeó I m!sl

PERIOOICWINO ROSE FOR 1510610116:00- 1Ml8/0! 22:00

60%

45%

""' 15%

0%

Rose SCale s

Ca1m. 12.0%

(e)

Avg_Time: 15 Mín

4

2.633

1.667

05

Vffld Speeo! m.ls]

PERIOOIC 'NlNO ROSE FOR 15/0M!t 10:00-15/0610116:00

Station: Meteo Avg.nme: 15 Mln

40%

~ ""' 4

'"" 2.B39:

10% 1_f>67

D% 0.5

Rose SCale IMnd Speed [ mfs] Calm 00"4

d PERIODIC WIND ROSE fOR 15.108101 22:00- 16108101 04:00

Station: Meteu

"'"' 60%

40%

20%

0%

Rose Scale CaJm· o_o%

(f)

Avg Time: 15 Min

4

2.833

1.667

05

Wlncl Speed I 1Tlf$j

' ! I ' ' I

Figura 48. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

112

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I

Resultados e discussões dos resultados

Local O- quinta e sexta (16/08-17/08)

10 (g) (h) (i) (j)

~ 8 .ê "' ..:!. 6 o .. ~

4 •benzeno -c •n-heptano fl

c •tolueno o 2 " L._ J

[]etilbz

ba- •p+ mxileno

o - Coxileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h lllcumeno

períodos de amostragem 1111 ,2,4 TMB

PERIOOICVJIND ROSE FOR 16106101 04:00 16/00IUl 10:00

statiOr'l. MeteO Avg.nme. 15Min

80% w E

GO% ' 4G% E~~ 2.833

20% SE

1.667

0% 0.5 s

RoseScale Wll'ld Speett ! mlsl ca1m: 20.0%

( ) PERIOOICWINO ROSE FOR 16!08101 16:00- 16108f01 22:00

Statlon: Meteo AYQ.T!me: 15 Mln

E 60%

45%

~'~· 4

30% 2.833

15% 1.661

0% 0.5 s

Rose scale Wlru1 Spiled [ mls] Calm: 4.0%

(i)

PERIOOIC WINO ROSE fOI'< 16100/01 10:00- 16.1001(11 16:00

station: Meteo

40%

"" 20%

10%

0%

Rnse Scale

'

Calm: 00%

h

Avg.T!me: 15 Mln

4

2.633

1.667

0.5

WiM Speed [ mls]

PERIOOIC WIND ROSE FOR 1610at01 22.00- 17106101 ú•UlO

station: Meteo Avg.Time: 15 Mln

60% w E

45% 4 30% ESE~ 2833

15% SE

1.667

0% 05 s

Rose scale Galm: 28.0%

Wintl Speed [ mts]

(j)

I

Figura 49. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

113

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Resultados e discussões dos resultados

Local D -sexta e sábado (17/08-18/08)

89,4 40

(k) (I) (m) (n)

~ 30 ~ -=" o 20 'lJ, .. •benzeno -c •n-heptano fl 10 •tolueno c 8 []etilbz

•p+ mxileno

o Do xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h llcumeno

periodos de amostragem 1!11 ,2,4 TMB

PER100!C IMNO ROSE FOR 171013101 0<1:00 1710010110:00

40%

30% 20%

10%

0%

Rose Scate

N

(k)

Avg.Time: 15 Mln

4

2Jt33

1.667

0.5

Wlrnl apeed 1 mtsj

PERIOOIC WINO ROSE FOR 17100101 Hi.OO~ 171'0011J1 22:00

Stallon: Meteo Avg Time: 15 Min

E 40%

~ ESE ~ SD% 4

20% 2.8:33

10% 1.667

0% 0.5 s SSE

Rose &:ale 'Mrul Speed 1 mtsJ Catm: 32.0%

(m)

PERIOOICWINOROSEFOR 17/0f!/0110:00- 17!06/0116:00

statlon: Meteo Avg.Time: 15 Mln

... SD% 20%

10%

0%

RoseScale Calm: [l_Q%

(I)

4

"" 1657 0.5

PERIODIC WJNO ROSE FOR 17100101 22:00- 18108/DI 04:00

20% w

15% 10%

05%

0%

Ro5e &ale s

Calm: 64.0%

(n

Avg.Time: 15 Min

4 2.833

1.667

0.5

W!nd Speed 1 rnls!

Figura 50. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

114

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Resultados e discussões dos resultados

Local D- sãbado e domingo (18108-19108)

I 68,8 68,8

40 (o) (p) (q) (r) '

~-.E 30 ... ~

l 20 -

I! •benzeno .. c •n-heptano ~ c 10 r---- - - I- •tolueno 8 []etilbz

_L •p+ mxileno

o ~ -- -- - ... Do xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h llcumeno

períodos de amostragem 1111 ,2.4 TMB

P~OO\CW'IND ROSE FOO 18106101 M'00-1810810110:00

statlon: Meteo Avg.Time: 15 Min

Rose Scale Catm. 32.0%

(o)

4

2.833

1.667

o' WIM Speett [ mts]

PERIODIC WINO ROSE FOR 18108101 16:00- 1BJ08f01 22:00

Stalion Meteo

50%

45%

30% ,,. 0%

Rose Scale catm: 0.0%

A..y Time: 15 Mirl

4

2833

1.667

0.5

Wlnd Speed f mfs]

PERlODlC'MNDROSEFOR 1811.l8101 HHIO 1an.JBI!J116:00

stalloo: Meteo Avg.T!me. 15 MJn

Rl:lse Scale Calm: o.o%

Wlrn:l Speetl! mts]

) PERtOOC WINO ROSE FOR 18106101 22:00- 191€lB/01 04:00

40%

30%

20%

""' 0%

Rose Scale

N

s Calm: a.o%

r

Avg Tf!lle: 15 Min

4 2.833

1.667

0.5

'Mnà Speed! mfs]

Figura 51. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

115

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~-.ê "' ..;;:. o

l -c: B c: 8

Resultados e discussões dos resultados

Local O- domingo e segunda (19/08-20/08) 122,0

40 (s) (t) (u) (v)

30 I

20 r--•benzeno •n-heptano

10 -- r- !-- •tolueno Ce!ilbz

o LI _.___ --- LDL • p+ m xileno I Do xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h llcumeno 11111,2,4TMB -períodos de amostragem

PERIOO!C WINO ROSE FOR 19100101 04,00 19.108/Ul 10:00

stat1on: Meteo Avg.Time: 15M!n

w E 60%

~ESE~ 45% 4 30% 2B33

'" 1.567

U% 0.5 s

Rose Sr;ale catm. 0.0%

'Mntl Speed [ mls]

(s) PERIOOIC WJNO ROSE FOR 191{)13101 16:00- 19108101 22:00

station: Metoo AVg.Tme: 15 Min

""'

~ • 30% 4

20% 2.03:3

'" 1.667

0% os

R!lse Scate \1\'lnd Speeó! mls] catm-400%

u)

PERIODlC WIND ROSE FOR 19/0&101 10:00- 19/0Sf01 16:00

Avg.Ti!W.f 15 Mlrt

w E 50%

45% 4

30% ESE~ 2.333 ,,. SE

1.66:?

0% 0.5

Ro8eScaJe Wlntl Speed 1 mls) Calm: o.O%

(t) PERIOOICWIND ROSE FOR 19/IJS/01 22:00- 20100/1)1 04:00

st:atton:Mel:!!o

40%

30%

20%

W% 0%

Rose Scale s

Calm: 12.0%

(v)

Avg.Time: t5 Mln

4

2.033

1 667

0.5

Wlnd speed f mi~J

Figura 52. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

116

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Resultados e discussões dos resultados

Local D- segunda e terça (20/08-21/08)

40 101,6

(w) (x) (y) (z)

~

.ê 30

"' ..;;, o ..

20 li!' k •benzeno -c

•n-heptano B c 10 f--- •tolueno o u Eletilbz I

' Jt [.1..1. •p+ m xileno

o '--- - Co xileno

4-10h 10-16h 16-22h 22-4h llcumeno

perfodos de amostragem 11111,2,4 TMB

PERIODIC W1NO ROSE FOR 20108101 04:00 20J081lJ1 10:00

statlon: Meteo Avg.Time: 15 Min

w E 40%

~•s•~ SO% 4 20% 2.833

10% 1 .íill7 0% 0.5 s

RoseScale \Nind Speed! mls! Calm: 36.0%

(w) PERIODICININOROSE FOR 2MlBill1 16:00- 21ltllal01 2200

st:aflon. Meteu N Avg.Tfme: 15 Min

80%

60%

40%

20%

0%

Caim: 0.0%

( )

4

2.833

1_667

05

WIM Speed I miSJ

PERlOOIC WlND ROSE FOR 20108101 10:00- 20/IJ8101 16:00

stauon: Meteo

40%

31)%

20%

10%

0%

RQSe scate ca1m: o.o%

(x

Avg.Time. 15 Mln

4

2.833

1.667

05

Wlnd Speed [ mls]

PERIOOIC W1N0 ROSE FOR 2U108101 22:00- 21106101 04:00

statlon: Meteo N

Avg.Time: iõ Min

w E 60%

SE ESE ~ 40% ' 30% 2.833

15% 1 667

0% 0.5 s

Rose Scale 'Mnd Speed f mlsJ Calm: 0.0%

(z)

Figura 53. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

117

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20

.... E 15 c. ..;!, o

'13. 10 .. ~ -c .. u c 5 o u

o 4-10h

Resultados e discussões dos resultados

Local D- terça (21/08)

10-16h períodos de amostragem

•benzeno •n-heptano •tolueno !Jetilbz

ap+ mxileno

C o xileno

llcumeno .!111,2,4 TMB

L_ ___________________________________________________________________ __j

PERIODIC WlNO ROSE FOR 21JJJ81ü1 04:00- 2111J8101 10:00

statlon: Meteo

60%

45% 30%

15%

0%

Rose Scale Calm: o_o%

(ai)

Avg,Time- 15 Mln

4

2.1333

1$67

0.5

'Nim:l Speed I M!

PERIODlC WIND ROSE FOR 21108.ill1 10:00- 211ü8101 16:01J

statlon: Mel!:o

40% ~ 30%

20%

Hl%

0%

Rose ScaJe Calm: 0_0%

'Mntl Speed f mlsj

(bl

Figura 54. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

localiução do ponto em relação a Área Industrial de Pau!inia

O local O está situado em um bairro residencial, a sul, sudoeste e oeste

das principais fontes industriais, embora mais distante dessas.

118

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Resultados e discussões dos resultados

O composto mais abundante encontrado nesse local e período foi o m+p

xileno, o qual ocorreu em níveis acima da faixa máxima de trabalho, seguido do

benzeno e cumeno. Esse resultado assemelha-se ao encontrado para o local A,

embora em menores proporções.

Os períodos mais críticos observados foram das 16h às 22h (15/08), das

22h às 4h (18, 19 e 20/08) e das 4h às 10h (20/08). Nesses períodos, exceto para

o primeiro, as direções predominantes de vento foram entre norte e leste.

No intervalo das 22h do dia 15/08 às 4h do dia 17/08, no qual houve

predominância de vento sudeste com baixa velocidade (<1,6m/s), as

concentrações dos poluentes se mantiveram em níveis baixos, próximos ao LO.

Variação temporal dos principais compostos -local D

-+---ben2en0 __.___ p-xileno

-----0<~-~cumeno

110 -tolueno 1----------------+-\.------1 .. ·:!:·.-LO

22-4h

-10 .c .1: .c .c .c .c .. .c .c .1: .c .c .c .c

~ ~ • é ~ ~ • é ~ ~ • ~ ~ = • é ~ = • é l = quinta sexta sábado dorringÕ

• .c .c .c .c .l:l • ~ ~ N .,.· ' • a se N •

segunda terça terça (14108)

quarta (15108) (16108) (17108) (16108) (19108) (20/08) (21108)

dias e periodos de amostragem

Figura 55: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

119

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-~ -· u-. .. - > e:g ::J-1õ !! ~ " .,, a. .. s, .,_ -E

::J

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

Resultados e discussões dos resultados

Perfil de temperatura e umidade no perlodo de 14 a 21 de agosto

I 11 f A ~-temperatura -umidade J r l 11 )' M 1\j I I I I I

I I i L_ I I \ I

\ J \ \J \

i\ !""' /"' " /'\. r, fi r v '-.I -........; v "V """

.........._,

17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11

horas do dia

I

(14108) (15/08) (16108) (17/08) (18/08) (19/08) (20108) (21/08)

Figura 56: Perfil de temperatura e umidade no período estudado.

120

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Resultados e discussões dos resultados

Local E: Amostragem realizada no período de 24 a 31 de agosto

5

r 4

~ .a-3 .g !f - 2 c .. u c g

1

o

localização do ponto em relação a Área Industrial de PauUnia

®

Local E - sexta e sábado (24108 - 25/08)

(a) (b)

17-23h 23-Sh

perfodos de amostragem

.benzeno •n-heptano

•tolueno

!Jetilbz

•m+p xileno

Co xileno

llcumeno

1111 trimetilbz

PERIODIC WIND ROSE FOR 24JD8JU1 17:00- 24Jtl6101 23:00 PERIOD!C WIND ROSE FOR 24108101 23:(]0 • 25108101 05:00 Stat!on: Meteo

60%

45%

30%

15%

0%

!=<ose Scale

a

Avg Time; 15 Min

E

ESE"' SE '

4

2.833

1.667

0.5

Wlnd Speed! m/s}

statlon: Meteo

40%

30%

20%

10%

0%

Rose scale

Avg,Time: 15 Min

w E

~ ffiE ~ 4

2_8:33

1.667

0.5 s

Calm: 36.0% Wlné Speed 1 m/sj

Figura 57. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

121

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Resultados e discussões dos resultados

Local E -sábado e domingo (25/08 - 26/08)

5 (c) (d) i (e) (f) i

I ! I

I ~4 ...;!, o 3 'll. I!! c 2 .. ... c 8 1

o [I 5-11h 11-17h

I I

"" 17-23h 23-5h

I I

I ! I I

i

•benzeno •n-heptano •tolueno Cetilbz

•m+pxileno

Co xíleno

lllcumeno

periodos de amostragem (111 trtmetilbz 1 I

PERIOOIC WIND ROSE FOR 25108101 05:00 25108101 f 1:00

40%

30%

20% 10%

0%

Rose Sca!e

(c

A\IQ.Time: 15 Mln

4

2.833

1.667

O.S

wtm.l Speec r rtt!sJ

PERIOOIC WIND ROSE FOR 25/0BJ01 17:00 2510Ml1 23:00

40% 30%

20%

10%

0%

Rose Scale

N

s ca~m· 48 o%

(e)

Avg Time: 15 Min

4

2833

1.667

0.5

INind Speed 1 mts]

PERJOOIC'MNDROSEFOR25JOOf0111:00 2$'0010117:00

station: MetEo

60%

40% 30% ,,. 0%

Ro:re SCale

(d)

Avg.Time: 15 MJn

4

2.fl33 1.667

05

PERIOOlC WINO ROSE FOR 25.108/01 23:00 2611J8/01 05:El0

statlon: Meteo

40%

30%

20%

10%

0%

Rose SCale

(f)

Avg.noo: 15 Mln

4

2.S33

1.667

O.S

Wlnd Speed r mfs]

Figura 58. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

122

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Resultados e discussões dos resultados

Local E -domingo e segunda (26/08- 27/08)

15 (g) (h) (i) (j)

.::-

~ 10 ..;J. o ... .,.

•benzeno ~ c 5 •n-heptano ., u 1•tolueno c o

[Jetilbz u

•m+pxileno

o Co xileno

5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh llcumeno 111 trimetilbz

períodos de amostragem

P€RIOOlC W!NO ROSE FOR 26/0fl/01 1)5:00 26JUBJ01 11:00

Sl:1:ltkJn· Meteo Avg.Time: 15 Mln

2<1%

B ~ 15% 4

10% 2.833

05% tJ 1.667

0% 0.5

Rosescale INind SpeM 1 mlsJ Calm: 4.0%

PERIOOIC W1NO ROSE FOR 2008101 17 00- 2610S/01 23:00

Ro:re s~ale Ca!m 8Jl%

(i)

Avg Time· 15 Min

4

2.833

L667 0.5

Wmd Speetl( rnls]

PERIOOlC WlND ROSE FOR 26108101 11:00- 26/ílal01 11·00

Avg.Time: 15 Mln

EN€

613% w E

"% 4

00% ESE~ 2 "'' 15%

SE 1.667

0% 0.5

Rose SCale Winú Speed 1 11WI Caim· 0.0%

h PERIOOJC 'MND ROSE FOR 26/08.101 23:1)0- 27108101 05:00

stallon: Metro

40%

30%

20%

10%

0%

Rose Scale s

Calm: 32.0 '%

G)

Avg.Time: t5 Mln

4

2 833

1667

0.5

Wlrni Speed! mls]

Figura 59. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

123

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Resultados e discussões dos resultados

Local E -segunda e terça (27/08- 28/08)

5 (k} (I) (m) (n)

.::- 4 ..§ .. .01-3 o 'B. I! 2

[•benzeno I -c •n-heptano 8 •tolueno c 8 1 IJetilbz

•m+p xileno

o Cio xileno

5-11h 11-17h 17-23h 23-5h lilcumeno llltrimetilbz

periodos de amostragem

PERIODIC WINDROSEFOR 2711l8101 05:00-2710010111:00

staOOn: Meteo

60%

40%

""" 15%

0%

Rose SCaiE

k

Avg.Time: 15 Mln

4

2.833

1.667

0.5

Wind Speed { m/sj

PERIODIC WINP ROSE FOR 27100!01 17:00 271'00101 ZUJO

Statlon: Meteo

""' 15%

10% 05%

0%

Rose sca~e s

Calm: 28.11%

(m

Avg.Tfme: 15 Mltl

4

2633 1.667

0.5

PERIODJC'MNOROSEFOR27JU6JU111-00-27JOBIIJ117:00

Stalioo: Meten Avg.T1me· 15 Mln

40%

30% 21J%

10% 0%

Cajm_ 4D%

I

4

2_833

1.S67 0.5

PER!OOIC WIND ROSE FOR 27/08101 23:00- 28108101 05·00

staUorr. Meteo N Avg.Tlrne-. 15Min

40%

30%

20%

10%

0%

Rose Stale

(n)

4

2.833

1.687

0.5

Wlnl:l Speea! rTVsJ

Figura 60: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

124

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Resultados e discussões dos resultados

Local E -terça e quarta (28/08- 29/08)

10 --

(o) (p) (q) (r)

I

I I I

I I

- 8 .. E -"' ::t 6 -o ... ...

•benzeno f 4 ... c

•n-heptano .. .. c

•tolueno o 2 .. LI I EJetilbz I

1- ' ' .. .. L. -=- 1:: ,....,..., I •m+p xíleno

Do xileno 5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh

o acumeno

períodos de amostragem 111 trímetilbz I '

PERIOOIC WINO ROSE FOR 28108101 05:00 28108101 11:00 PERIODICWINOROSEFOR2Ml810111:00 2Mlfllíl117.'00 Statlon: Meteo Avg Ttme: 15 Min Avg.Time: 15 Mln

ENE

E 20%

~ ~ 15% 4

Hl% 2.833

05% 1.667

0% 0.5

40%

30% 4

20% ESE~ 2.833

10% 1.667 SE

0% 05 s

Ro::n: Sc11le 'Mnd Speed { mi~J Calm: 0.0%

RoseScale 'Mná Speetl! rnts] Calm: o.o%

(o ( ) ?ERlOOIC W1NO ROSE FOR 2SIOMJ:1 17:00 • 2610af01 23:00 PERIODICWINO ROSE FOR 28/06101 23:00 • 29106!01 05:00

Avg:.T1me: 15 Min

E 60%

~E~~ 40%

~ 45% 4 30%

~ 4

30% 2.833 20% 2.633

15% 1.667 10% 1.667

0% 0.5 0% 05

s SSE Rose Scale Wlnd Speed f mtsj Roõe Se-ale Wlrlá Speed 1 rnls!

Calm: 4.0% Calm: (.LO%

(q) (r)

Figura 61: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

125

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;;-.ê .., -= o ... .... E .. c .. u c o u

Resultados e discussões dos resultados

Local E - quarta e quinta (29/08- 30/08)

10 (s) (!) (u) (v)

8

6

4 •benzeno

I' • n-heptano

2 i •tolueno

Cletilbz

o • m<p xileno

lo o xifeno 5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh

llcumeno

perlodos de amostragem 111 trimetilbz

PERIODICW1NO ROSE FOR 29JO(W1 05.00- 2SIOOI01 11.00

40%

30% 20%

10%

1)%

Caim: o.o%

s

Avg. nme: 15 Mln

4

'"' 1.667

0.5

PERlOOIC \NINO ROSE FOR 2910001 17:00- 29/09101 23.00

StaUan: Meteo

40%

30%

""' ,,. ll%

Rose Scale Calm. 36.0%

(u)

AVQ.T!!Ile: 15 Mil1

E

ESE"'

SE '

4 2.833

1.667

05

'Mná Speerlf mls]

PERIOP!C WlND F<OSE FOR :29í061íl1 11:00- 2:9108101 17:00

Avg_T!me: 15 Mln

w E 60%

~ ESE~ 45% 4 30% 2.833

!5% 1.667

"' 0.5

RoseSCale Wlná Speell [ mlsj catm: 12.0%

t PERIOOIC WlND ROSE FOR 29/0El/01 23:00- 3010BJDl 05:00

Sta!lon Meteo

40%

30%

20%

10%

0%

Rose SCate

N

(v)

Avg Time: 15 Min

4

2.833

í -667

0.5

Wlfld Speed [ miS!

Figura 62: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

126

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.r E -... ::1. -o ... .... I! ... c .. .. c o ..

I

Resultados e discussões dos resultados

Local E • quinta e sexta (30/08 e 31/08)

10 I I I

I (y/} (x) (y) (z)

8 I

6

4 •benzeno

I •n-heptano

2 ~ •tolueno

dJ [::Jelilbz

o - -- •m+p xileno

5-11h 11-17h 17-23h 23-Sh ao xiteno

lmcumeno ' perlodos de amostragem 1111 trimetübz

PER10DIC WlNO ROSE FOR 30100101 05~00 • 30108101 11 :00

40%

30%

'" '" 0%

Rose Scale Calm. 24.0%

w

Avg.Time. 15 Min

' 2.633

1.667

0.5

'Mnd Speed f mts]

PERIOOIC WINO ROSE FOR 3010Ml1 17:00- 30108101 23:00

stall!ln: Meteo Avg.Time: 15 Mln

w E -30% 4

20% ESE~ 2.833

lO% SE

L667

0% 0.5 s

Rose Sl::ale 'Mnd Speed [ mls] Calm: 0.0%

(y)

PER100!C 'MNO ROSE FOR 30138101 11:00- 30fiJ8/01 17:00 statlon: Meteo

8D%

60%

"'" 20% 0%

Rose SCale

N

(x

Avg, Time; 15 Mín

4

2.833

1.6tl7

05

'Ninei Speed { mls!

PERIODIC 'MNO ROSE FOR 30108101 23·00- 311DBID1 mo;-oo statlon Meteo

60% 45%

30% ,,. 0%

RoseScale Calm: 40%

z)

Avg.Time: 15 Mln

' 2.633

1.667

0.5

\llllt'Jd Speed ! mls]

I

Figura 63: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

127

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5

.. ~ 4 E -Cl

~3 o "" .., I! - 2 c .. ... c o 1 ...

o

PERJOOIC

statJon: Meteo

''"' 30% 20%

10% 0%

Rose Scaie

Resultados e discussões dos resultados

Local E -sexta (31/08)

(a,) (b,)

5-11h 11-17h

períodos de amostragem

1 05:00- 31108/0t 11:00

AYQ.Time: 15 Mln

' 2.833

1.667

0.5

Calm: 24.0% Wlrn:l Speed [ m!SJ

(ai

40% ~ 30%

20%

10% 0%

Rose Scale

•benzeno •n-heptano •tolueno [Jetilbz

•m+pxileno Coxileno

llcumeno 111 trimetilbz

'; ,as: 1.667

" CaJm; O.O'ro

Wlrn:l Speal [ rnlsl

1

Figura 64: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no

período.

O Local E está nas proximidades das fontes industriais, localizado a

sudeste das mesmas.

As concentrações atmosféricas dos compostos obtidas nesse local e

período de amostragem foram as mais baixas obtidas no estudo. Embora esteja

localizado nas proximidades das fontes industriais, as baixas concentrações

encontradas podem estar associadas às condições de dispersão com relação a

direção e velocidade de ventos, pois ventos noroeste (das fontes para o local)

ocorrem com pouca frequência.

128

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Resultados e discussões dos resultados

Variação temporal dos principais compostos - local E

15 ~·-~~ cumeno

be=~

to!ueno 12 p+m xileno

~----·LO

-... E - 9 Cl ...;!, o .., ... I! 6 -c .. ... c o

3 ...

o .c .c .c .c .c .c .c .c fl .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c .c ;:

~ .. :!: - ... "' "' - ... "' ~ ~ !(! fi - ... !(! "' ... "' ..

~ ... "' fi ~ ;'i; ~ ~ ~ ;'i; :;: ~ ;'i; :;: ~ ;'i; :;: ~ ~ :;: ~ ;'i;

"' :::: t:: ,:. " :': :': " " -- - - -sexta sábado domingo segunda terça quarta quinta sexta (24108) (25108) (26108) (27/08) (28108) (29108) (30/08) (31/08)

dias e periodos de amostragem

Figura 65: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

~

;,11. ue.... . .. -> .. ,., ~ .. .a;; .. ~ ~ .. 8." E~ se

"

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o

Perfil de temperatura e umidade no perfodo de 24 a 31 de agosto

- ~ . .r-\ ~ .A

I

h. tyJ1 \ I v I I \ ri I I , •

\ \I v \ \1 v \

-umidade -temperatura

/\.. f'- /""\. /'\.. .... ~ /I - -v - - -..,., ._,

I 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17 23 5 11 17

horas do dia

(24/08) (25108) (26/08) (27/08) (28/08) (29/08) (30108) (31/08)

Figura 66: Perfil de temperatura e umidade do período estudado.

129

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Resultados e discussões dos resultados

Local F: Amostragem realizada no período de 04 a 06 e 10 a 17 de setembro

Local F - terça (04/09)

35 (a) (b)

30 -~ E 25 -"' ::1. - 20 o "" ... e 15 -c .. " 10 c o "

5

o 12-18h 18-0h

períodos de amostragem

PERIODIC WlND ROSE FOR 04/09101 12: QO - 04/09101 1 B:OD

60% 45%

30%

15%

0%

Rooe &ale Calm: o.o%

a)

Avg.Time: 15 Min

' 2.833

1.667

0.5

Wlrn1 Speed [ rn1s]

Station: Meteo

SO%

'"' SO%

15%

0%

Rose SCale Calm: 0.0%

1MB

Avg.Time: 15 Mln

' 2.833

1.667

0.5

W!nd Speed l mls]

Figura 67: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

131

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Resultados e discussões dos resultados

Local F - quarta (05/09)

15~

(c) (d) (e) (f)

-., I .e

10 c:D "~~--- -~

..=. I o

~~~;o ....

sL-... f -c ..

' u l•tolueno c o [Jetilbz u •p+mxileno

o [Joxileno

0-6h 6-12h 12-18h 18-0h I 111 cumeno i 1111 ,2,4 TMB I

periodos de amostragem

PERIODICWINOROSEFOR05109!01 00:15· 0510910106:00 Avg.Tlme: 15 Mln

ENE

w

,,:~ '" .. 60% ,. 40% 25 20% 15 0% ,. Rose scate

Catm: 0.0% Wlnd Speetl 1 rnls]

c) PER!OD!C WINO ROSE FOR 05109101 12;00- 05/091D1 18:00

statlon: Mete0 Avg.Time: 15 Mln

BO%

60%

40%

20%

0%

Rusescale s

Calm: 0.0%

e)

4

'"' 1.667

05

Wlru:l Speed 1 mts]

PERIOO!C 'NINO ROSE FOR 05109101 06:00 • 05109101 12:00

statJon: Meteo

90%

'" 40%

20%

0%

Rose scate

PER!OD

stanon: Meteo

90%

SO% 40%

20%

0%

Rose State

f)

Avg.Time: 15 Mln

E

4 2.833

1.667

05

Wln!l Speea! miSJ

f 00:00

AVQ.T!me. 15 Mln

4 2.633

1.667

05

Wlná Speed 1 mls]

Figura 68. Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

132

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Resultados e discussões dos resultados

Local F - quinta (05109) e segunda (10/09)

30 ' (g) quinta (h) (i) segunda O)

25 -M

E - 20 "' .: o ... 15 .,. l!

•benzeno .. I c .. 10 •n-heptano ' " c o •tolueno

" 5 l:lelilbz

• p-+m xileno

o !CJO xileno

~h 6-12h 12-18h 18..0h l~tcumeno

periodosde amostragem lllii1,2,41MB

PERIOO!C 'NINO ROSE FOR 0610910 1 00: 15 - 0$J09101 06:00 PERIODIC WINO ROSE FOR 06/09101 06:00- 06109101 12:00 Statiorr. Meteu statton: Meteo Avg.Time: 15Min

w ., '""' 4.5 60% 3.5 40% ESE ,. 20% 1.5 0% SSE SE 05

s

w

... ~, 80% 4.5 60% 3.5 40% 2.5 20% 1.5 0% ,.

s Rose SCale Wlnd Speed 1 mtsl

Calm: 0.0% RoseStale Wlnd Speel:l [ mlsj

Calm: 0.0%

( PERIOOICWIND ROSE FOR 10109101 12:00 • 10109101 18:00 PERIOOIC WlNO ROSE FOR 10109101 18:00- 11/09101 00:00

Sta!lon: Meteo Avg.Tlme: 15 Min statton: Meteo Avg.Time: 15 Mln

w

... ~, - 45 20% 45 80% 35 15% 35

""' 25 10% 2.5 10% 1.5 05% 1.5 0% 0.5 0% 0.5

s SSE

Rose SCale Wlnd Spee!l I mlsJ Rose Scale 'Niná Speed! mls[ Calm: o.o% Calm: 44.0%

(i) ')

Figura 69: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

133

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Resultados e discussões dos resultados

Local F -terça (11/09)

15 ' I I (k) (I) (m) (n)

- + i ~

.é "' 10 ..=. li o "" ...

I ' I! I

' •benzeno I - I • n-heptano I c 5 3 I

I l•tolueno I c ' o Cetilbz I CJ I

• p+m xileno , I

o [Joxlleno I '

I 0-6h 6-12h 12-18h 18-0h

I perlodos de amostragem ' ~

PERIOOICWINOROSE FOR 11109101 00:15-11109101 06:00

station: MetEo

40%

30%

20%

10%

0%

Rose Scale

N

k)

Avg.Tlme: 15 Mln

45 3.5 2.5 1.5 0.5

Wlrn:! Speeó r rnfsJ

PERIODIC 'MND ROSE FOR 1110MJ1 12:00 • 11109/Dl 18:00 statlon: Meteo AV!lTime: 15 Mln

w

~., 60% 4.5 60% 3.5 40% 2.5

20% SE

1.5 0% 0.5

s Rose Scale Wlnd Speed { mlsJ

Calm: o.o%

(m)

~

PER!OOIC WJND ROSE FOR 11109101 06:00· 11Jl)911)112:00 Station: Meteo Avg.Time: 15 Mln

w

~ ~., 80% 4.5

60% 3.5

40% 25

20% 1.5 0% 0.5

Rose Sca!e Wlnd Speetl[ m/5} Calm: 0.0%

PERIODJC Vw'!NO ROSE FOR 11109101 18:00 • 12109101 00:00

stat~on: Meteo

80%

60%

40% 20% 0%

Rose Scate

N

Calm: 0.0%

(n)

Avg.Tfme: 15 Min

4.5 ,. 25 1.5 05

Wlnd Speed [ m!SJ

Figura 70: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

134

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I

Resultados e discussões dos resultados

Local F- quarta (12/09)

5 ' (o) ' (p) (q) (r) '

- 4 .. .E i

Cl I ::l 3 -o "" .., I! 2 •benzeno c I •n-heptano <I> u •tolueno c 1

J o l[]etilbz u _. •p+m xileno

o Coxileno

0-6h 6-12h 12-18h 18-0h lilcumeno 1111 ,2,4 TMB

períodos de amostragem

PERIOOIC WlND ROSE FOR 12109101 00:1 5'- 12109101 06:1.10

ststJon: Meteo Avg.Time: Hi Mtn

WWI ENE

w

~:' 60% 4.5

60% 3.5

40% 2.5

20% 1.5

0% 0.5

Rose Scale Calm. 0.0%

Wlrn:l Speed [ miSJ

o PERIODICWINDROSE FOR 12f(]Sffi1 12:00- 12109101 18'00

Avg Time· 15 Mm

""' w

45

6D% 35 4(1% 25

21)% 1.5

0% 0.5 s

Rose Scale Wlncl Speed r mtsj Calm: o.o%

)

PERIOOIC WINO ROSE FOR 12109/01 06:00- 121!l9!01 12:00

Statlon. Meteo Avg.Time. 15 Mln

ENE

w

~., 80% 4.5

60% 3.5

"' ,.

21)% SE

1.5

0% 0.5 s

Rose sca!e Wlnd Speeó 1 mts] Calm: DO%

( ) PERIOOIC WlNO ROSE FOR 12109101 Hl 00- 13109/Dl 00.00

St<illon. Meteo

BO% w

60%

40%

20%

0%

Rose SCate Calm: o.O%

r)

Avg Time: Hi Min

4.3

3.3

2.3

1.5 0.5

Wlnd Speed r m!SJ

I

Figura 71: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

135

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Resultados e discussões dos resultados

Local F· quinta (13/09)

10 (s) (t) (u) (v)

- 8 -" ' i

6 - -c ... "" I!!

4 •benzeno ... -... •n-heptano " c •tolueno c u 2 -

oetilbz

• u .L&: •p+mxileno

o ""- co xileno 0-ôh 6-12h 12-18h 18-0h 1111cumeno

perlodos de amostragem , 1111 ,2,4 TMB i

PERIDDICWINO ROSE FOR 13109itl1 00:15-13109101 00:00 PERIODJC 'NINO ROSE FOR 13JOW01 06:00· 1:3/tl9101 12:00 St.atlon Meteo Avg_Time-; 15 M!n Sta!Jot(_ Meteo

w

~E~, BO% 45 80% 3.5 40% 2.

20% 1.5

0% 0$

w

~,:,, 40% 45

"'" ,.

20% "' 10% 1.5

0% 0.5

s Rose Scale Wlru:l Speed 1 m/s)

Calm: 8.3% Rose Scale W1nd Spm!d! m!SI

catm: a.o%

s t PERIOO!CWINO ROSE FOR 13/09.101 12:00- 13109101 18:00 PERIODICW!ND ROSE FOR 1SJU9.1U1 18:00 • 14JIJ9101 llíl:OO

statton: Meteo Avg.Time: t5 Mln statlon: Meteo AVQ.Time: 15 Mln

w

~,:,,

' 40% 45 40%

6 4.5

30% 5.5 30% 5.5

'"" 25 20% 2.5

"" '5 "' ' 5 0% 05 0% 0.5

s RoseScale

Calm OJJ% VlllrldSpeed I rrv'sj Rose Scale

Calm; 0.0% W1nd Speeà 1 m/S]

u v

Figura 72: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

136

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Resultados e discussões dos resultados

Local F- sexta (14109)

10 (w) (x) (y) (z)

- 8 .. .ê Ol ::l. 6 -o .. ... I! •benzeno I = 4

• n-heptano I .. ... c •tolueno o ... 2

L.- Cletilbz

bL Jl •p+mxileno

o .. ooxileno

O~h 6-1211 12-18h 18-0h IJcumeno

periodos de amostragem 1i11 ,2,4 TMB

PER!OD!C VVINO ROSE FOR 141tl91D1 Oll115- 14/0MJl 06.00

statlon: Meteo N Avg.Time: 15 Mln

40%

30%

20%

10%

0%

Rose scate

40%

~ 20% 20%

10% 0%

Rose Scale

w

Caim: 0_0%

45

25

25

1.5

05

'Mn4 speed [ mrsj

' 4.5 2.5

2.5

15 0.5

W100 Speed I mtsJ

PERIOO!C WJND ROSE FOR 1411l9101 06:00- 14/09101 12.00

statlon: Meteo Avg.Time: 15 Min

40% ., 45

SO% 3.5

21l% 2.5

10% 15 0% 05

Rosescate Wind Speed! ml~! Calm: 4.0%

X PERIOD!C WINO ROSE FOR 141U9101 18-00~ 15109101 00:00

w

~.:., 80% 4.5

60% 3.5

40% 2.5

20% 1.5

0% 0.5 s

Rose Scate Wlnd Speed 1 mls] Calm: o.o%

z

Figura 73: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

137

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Resultados e discussões dos resultados

Local F- sábado (15/09)

20 I (a,) (b,)

PERIOOICWINO ROSE FOR t5J09101 00:15- 15109.101 06:00

statlmr, Meteo AVg.Time". 15 Min

w

~·~, 60% 45

45% 35 30% ,. 15% 15

"" 05 s

Rose scale Calm: o.o%

wm Speed [ mls}

ai) PERIODIC WINO ROSE FOR 15109101 12:00 - H!!U9/01 18:00

Statlon: Meteo AVg.Tlme: Hi Mln

w ., 80% 45

"'" 3.5

40% ,,. 25

20% SE

15 0% 05

s sse Rose scate

Calm: 0.0% Wlnd Speea [ IMJ

(cl)

(c,) (d,)

PERIOOJC WIND ROSE FOR 15109101 06:00. 15109101 12:00

Rose Sca!e Calm: 4,0%

1

Avg.T!me: 15Min

.. 35 25 ,, 0.5

'MnCI Speed f ITVSJ

PERIOO!C WIND ROSE FOR 1510910 1 18:00 • 16109101 00.:00

40%

~ 45

30% 3.5 20% 2.5

10% , 0% 0.5

Rose Scafe Wlnd Speed 1 mtsJ Cafm: EI.O%

dl)

Figura 74: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

!38

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Resultados e discussões dos resultados

Local F- domingo (16/09)

(f,)

0-6h 6-12h

(g,)

12-18h 18-0h

•benzeno Bn-heptano

•tolueno

Cetilbz

Bp+m xileno

Co xileno

mcumeno 1111,2,4 TMB

períodos de amostragem

PERIODICWIND ROSE FOR 16.109101 M:15-16!!!9J'D1 06'00 PER!OOJCWlNOROSEFOR 1610910106:00 1&1'0910112:00

Statlon. Meteo Avg.Time: 15 Mln Stabon Meteo Avg_Time-: 15 Mirl

w

~,:,, '" 45

45% S5

'" 25 15% " 0% 0.5

40%

~ ' 4.5

00% '' 20% 2.5

10% '' 0% 0.5

Rose Scale Wlml Speetl ! mls.J Calm: 4.2%

Rose Stale IMml Speed I mlsj catm: 0.0%

(el) (fl) PERJODlCWlNO ROSE FOR 100911J1 12:00- 16109101 18:00 PERlODICWINO ROSE FOR 16!09101 18:00- 1710a'll1 OO-OO

stanon. Meteo Avg.Time: Hl Min station. Meteo Avg.Time 15 Min

w

,, ' '

40% 4.5 80% 4.5 :ID% 3.5 50% § 35

""' ESE 2.5 40% 2.5 10%

SE ,,

20% 15 0% 0.5 0% 0.5

s Rose Stale IIV1nt! speed [ m<s] Rose Scale Wlnd Sf,leed 1 mls) Calm: 0.0% Calm: CLO%

1 (hl

Figura 75: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

139

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.:;-.ê "' ...;;. o "" ... .. ~ -1: .. u 1: o u

5

4

3

2

1

o

Resultados e discussões dos resultados

Local F -segunda (17/09)

0-6h 6-12h períodos de amostragem

•benzeno •n-heptano •tofueno IJetilbz

•p+mxileno

Co xileno

Elcumeno

111,2,4 TMB

PER!ODIC WINDROSE FOR 17/ll91{l1 OU:1~-171U9J01 06:00 PERt001C 'MNOROSE FOR 17.109101 06:00-17109101 12:00

Avg Tlme: 15 M1n S"..ation: Meteo

w

~ ~., '

60% 4.5 BU% 4.5

45% 3h ,,,. 35

30% 25 40% 25

"'" " 20% '5 0% 0.5 0% 0.5

SSE

Rose sca~e Galm: o.u% 'Mfld S!)eed I miSJ Rose Sca!e

Calm: o 0% 1Mnd Speed! mis)

il) '1)

Figura 76: Dados de concentração e direção e velocidade de ventos obtidos no período.

140

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Resultados e discussões dos resultados

Variação temporal dos principais compostos - Local F

18-0h --+-to!ueno

30 +--T-c'-------c-'---c,.,-~--'---'----'--------1 ~be=no

18-0h ···"---.X • "" eti!bz

---o-- rrttpxi!eno

25t-r~~--------lt--~~~----------------~-~-~-~-L~D __ _j

8-12h 8-f2h

~ 15 +-~~~ .. 18~-0h~~~~~---~---~-~-------~------~ g ; 10-HP-::-T---'-1-\-1---,--c

" c o " 5-H-tr<lt-'--J"fHf:--'--c-fi-

terça quarta quinta (04109) (05/09) (06/09)

segunda (10/09)

terça quarta quinta sexta sábado (11/09) (12109) (13109) (14/09) (15109)

dias e períodos de amostragem

domingo segunda (16/09) (17/09)

Figura 77: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

Perfil de temperatura e umidade no período de 4 a 17 de setembro

100

90 -temperatura -umidade relativa [ I' V 1\.

. r, ,.. /1 I ' 80 ...

I I I I . \1 l 70 .

M./ ,..

ô i e...~ 80 .. - ! . . - .. "'"' 50 - .. i! "O \ \ . . .. -c. E 40 E "' 3)~ . v ~ v .!!! f'll

20 "' /\ '"' - /\ '' - -....., ......, ~ ~ -v\

' I

I I ~ I l

I !

l 11 10

-I o

. . ' NW~mNW~IDNWVIDNWVWNOOVWNOOVWNOOVWNOOVWNOOVWN ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N ~~N -~N ~

horas do dia (04109) (05/09) (06109) (10/09) (11109) (12109) (13109) (14109) (15/09) (16/09) (17109)

. F1gura 78: Perfil de temperatura e umidade do penodo estudado.

141

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Resultados e discussões dos resultados

Local F, bairro residencial a sudoeste das fontes industriais.

O composto mais abundante encontrado, nesse local e período, foi o

tolueno (Cméd;a= 5,3), presente em 80% das amostras, implicando a existência de

uma importante fonte local de tolueno, podendo ser de influência veicular.

Esse local está mais afastado das fontes industriais que os demais,

sofrendo assim menores influências dessas, dando espaço para surgimento de

outras fontes significativas de COV. O valor da razão B:T de 0,6, encontrado para

esse local, embora acima da faixa para contribuição veicular como a principal,

indica que os veículos começam ter influência significativa na poluição atmosférica

do local.

Esse local também não apresenta o perfil cíclico de variação temporal

(dia/noite), vide figura 77, sendo que a variação nas concentrações dos poluentes

deve-se a outros fatores além das condições meteorológicas, tais como fontes

locais não constantes, exemplo os veículos.

142

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Resultados e discussões dos resultados

Local G: Amostragem realizada no periodo de 24 a 30 de setembro

Local G - segunda e terça (24/09 - 25/09)

50+-----------------------~--··-~--··----------------~

{i4ot------------------------4-----·------------------~ ... o ~~+------------·--·----------4-------------------------~ i '-•;;:;ben __ ze_n_o-...,1

g 20 +------- • n-heptano 8 •tolueno

10

o 16-22h 22-4h

perlodos de amostragem

Cetilbz

•p+m xileno

Co-xileno

llcumeno 1111,2,4 TMB

Figura 79: Dados de concentração obtidos no período.

-50 ':ê ~40 -o ~ 30

i ~ 20 c 8 10

o 4-10h

-

Local G - terça e quarta (25/09 - 26/09)

!

------~--------~ ~----, •benzeno

10-16h 16-22h

períodos de amostragem

22-4h

•n-heptano

•tolueno

[Jetilbz !

• p+m xileno I [Jo-xileno

I !li cumeno IJ Lll.13~1

Figura 80: Dados de concentração obtidos no período.

143

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Resultados e discussões dos resultados

Local G -quarta e quinta (26/09 - 27/09)

--------r----------~. ' : • benzeno i i

--------+--~---------i' i, • n-heplano 'I I

l•tolueno i i --+--=~-------1 \Oetilbz 1',

---._j ~~:~:~enol,l i 11 cumeno 1 j

~~~.4TMB j i I

o 10-16h 16-22h 22-4h 4-10h

periodos de amostragem

Figura 81: Dados de concentração obtidos no período.

i

I

Local G -quinta e sexta (27/09- 28/09)

30 ,--~~~~.-

"Ê 25~-------+----------+--------+----------1

j 20 +----------+-0 '3. 15 +---------i-1! c ~ 10 +---------c 8 5

o 4-10h 10-16h 16-22h

i

______ _., 1:=~0 ! I -~~~=:~:no 'ri

22-4h I ~~:=:no li i 111,2,4 TME!_j I

periodos de amostragem J ------------------------------------------------

Figura 82: Dados de concentração obtidos no período.

144

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Resultados e discussões dos resultados

' Local G - sexta e sábado (28/09 - 29/09)

I 40,~~~~~--,-~~~~~· I j +·~----+--·-+----1 ! 20 ti~~~~~+-~ fl c 10 8

o 4-10h 10-16h 16-22h 22-4h

períodos de amostragem

Figura 83: Dados de concentração obtidos no período.

Local G - sábado e domingo (29/09 - 30/09)

t

•benze~o •n-heptano

•tolueno r:Jetilbz 1

• p+m xíleno I Coxileno ·

llcumeno 1

I 1111,2,4 TMB ,

!•benzeno I I• n-heptano I

---+-------i i•tolueno I lcetilbz · ' .

o 4-10h

1• p+m xíleno 1 -----1 I IJ o xíleno I

ll!llcumeno I [1111 ,2,4 TMB I

10-16h 16-22h 22-4h

periodos de amostragem

Figura 84: Dados de concentração obtidos no período.

145

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10

8 -~ E -~ 6 -o ... ... I! - 4 c .. .., c o ..,

2

o 4-10h

Resultados e discussões dos resultados

Local G - domingo (30/09)

----------1\• benzeno

I• n-heptano

•tolueno

----------1 oetibz

10-16h

\• p-tmxileno

D oxüeno

e curreno

periodos de amostragem"'_ ________ _':' lli=1 ·=2,=4=1MB=~

Figura 85: Dados de concentração obtidos no período.

Variação temporal dos principais composto - local G

50 +-~-~~mr----~------~-------~ --.--~~ -----p-.m xi!enos

• • • • • •LO 1i 40+---~~--------------~--------~~~========~ ..à­g 30~--+--1~r4--~--~--------------~~-1~~c---------~

I c 20+.~~~~--~~--~~~-r~~~-r----~ o ..,

~ segunda (24/09)

"" .c .c "' .. .. :: ~ ~ terça...­(25109)

.1:: " i i ~ = :. ~ quarta (26109)

ã i :. ~ quinta (27/09)

dias e períodos de amostragem

;; " ã i ; ~ ~ ~ sábado­(29/09)

Figura 86: Variação temporal dos principais compostos encontrados.

146

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Resultados e discussões dos resultados

Local G, localizado na cidade de São Paulo ao lado da marginal Tietê.

Os resultados obtidos nesse local são muito ilustrativos e úteis para

comparação entre duas cidades com fontes de poluição atmosféricas tipicamente

diferentes, São Paulo e Paulínia. São Paulo (no local amostrado) tendo os

veículos como principais fontes de COV e Paulínia as indústrias.

Nos resultados obtidos durante amostragem em São Paulo, tolueno

apresentou-se como o composto mais abundante e a razão das concentrações de

benzeno e tolueno apresentou um valor de 0,3, indicando a forte contribuição das

fontes veiculares.

Os resultados assemelham-se aos resultados obtidos nos locais B e F na

cidade de Paulínia, os quais mostraram sofrer influências significativas de fontes

veiculares, embora esses em menores proporções.

Outra observação importante obtida nesse período de amostragem foi a

redução nos níveis de COV no domingo. Esse fato pode estar relacionado ao fato

de que o fluxo de veículos diminuí aos finais de semana, principalmente aos

domingos, o que causa uma redução nos níveis de poluição, visto que essa é

causada principalmente por fontes veiculares.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade de São

Paulo, o fluxo de veículos na marginal do Tietê durante os dias de semana é de

700.000 veículos/dia, sendo reduzido aos finais de semana, embora esses valores

não sejam medidos nem estimados.

As médias dos valores de concentração de benzeno e tolueno para os

dias de semana e as médias para sábado e domingo, indicam uma redução de

aproximadamente 56% no nível de poluição.

147

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Resultados e discussões dos resultados

Análise global dos resultados

Na tabela 10 encontram-se os valores médios (médias semanais) e

máximos das concentrações dos compostos estudados para cada local de

amostragem.

Tabela 10: Concentrações médias e máximas dos períodos de amostragem para

cada local.

Concentração média e máxima do período (J.tgfm3) para cada local

Composto A Uan) AUul) B c D E F G

méd 12,8 29,4 12,0 12,5 6,0 3,2 3,3 5,3 Benzeno

máx 67,0 97,4 69,2 51,0 23,8 8,9 12,4 12,0

méd 0,8 0,6 2,1 1,7 0,4 0,3 0,5 0,7 n-heptano

máx 3,3 4,8 15,5 22,5 2,0 0,3 2,3 2,6

méd 1,8 2,8 38,6 5,4 3,3 0,9 5,3 19,2 Tolueno

máx 27,1 9,6 374,5 13,8 39,5 9,7 31,7 50,8

méd 0,7 0,3 2,0 0,4 0,4 0,3 0,8 3,4 E ti I benzeno

máx 3,0 0,4 13,7 0,9 1,6 0,8 9,1 25,8

méd 9,5 48,7 3,5 1,7 20,1 0,9 1,7 5,8 p+m xileno

máx 214,7 163,4 20,6 8,6 122,0 11,1 19,0 21,6

méd 0,7 1,5 0,7 0,3 0,3 0,3 0,3 1,0 o xileno

máx 0,9 32,1 3,8 0,5 0,9 0,7 2,2 6,1

méd 1,6 25,3 0,6 2,3 3,8 0,6 0,6 0,3 Cumeno

máx 14,0 99,6 1,8 20,2 23,2 3,7 9,1 0,3

méd 0,7 1,7 0,8 0,4 0,6 0,2 0,4 1,6 1,2,4 TMB

máx 1,0 9,0 3,8 1,4 5,1 0,3 2,0 3,7

TMB= trimetilbenzeno

méd = concentração média máx = concentração máxima

149

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Resultados e discussões dos resultados

Como foi mostrado nos resultados anteriores os valores de concentração

obtidos para os COV estudados variam, dependendo do local e hora do dia, de

valores inferiores ou próximos ao LD até centenas de f!g/m3.

Os valores máximos (média de 3h ou 6h) representam as piores situações

ocorridas em cada local de monitoramento durante todo o período de amostragem.

Os valores de concentração média semanal (média de todas as amostras obtidas

no período de amostragem em cada local), embora apresentem um desvio padrão

grande devido a grande variação nas concentrações nos diferentes períodos, são

úteis para caracterização dos locais, indicando seus principais poluentes e a maior

ou menor influência das fontes de contribuição de COV.

Analisando as concentrações médias dos compostos, apresentadas na

tabela 1 O, nos locais A, D e F (medidos nos meses de julho a setembro), os quais

estão localizados a sudoeste das fontes industriais, nota-se que quanto maior a

distância fonte-local os valores diminuem para benzeno, p+m xileno, o xileno,

cumeno e 1 ,2,4 trimetilbenzeno, .. indicando que esses são provenientes

principalmente das atividades industriais.

Os valores médios das concentrações obtidos traçam um perfil

característico de cada local, podendo separar os locais em grupos de acordo com

as fontes que mais contribuem para a poluição em relação a COV. Os locais A e D

tendo como compostos principais encontrados o p+m xileno, cumeno e benzeno,

os quais representam fontes industriais típicas da região; os locais B e G que

mostraram sofrer influência tipicamente veicular; e os locais C e E que não se

encaixam nessa classificação. O local F aparece como um ponto intermediário, o

qual sofre ainda a influência das fontes industriais, embora em menores

proporções devido a maior distância, começando a surgir outras fontes de

poluição importantes, tais como veículos.

Comparando os resultados obtidos no local A nos meses de janeiro e julho

observa-se que para todos os compostos, exceto n-heptano, as concentrações

são maiores no mês de julho. Isso mostra a variação sazonal, a qual ocorre devido

às condições de dispersão e reatividade atmosféricas serem diferentes nos dois

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Resultados e discussões dos resultados

períodos estudados, sendo que no verão essas são favorecidas, diminuindo assim

os níveis de poluentes no ar.

A comprovação da variação sazonal pôde ser feita apenas para o local A,

mas a variação dia/noite foi observada para os diversos locais, embora mais

pronunciadas em uns e menos em outros. Essa variação é notada com o aumento

dos níveis de poluentes durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã, e

a redução desses nas horas mais quentes do dia, entre 10 e 16 horas.

A hipótese mais provável para explicar as menores concentrações

encontradas nas horas mais quentes do dia está baseada na maior incidência de

radiação solar nesse período, a qual favorece as reações fotoquímicas envolvendo

algumas espécies de COV, e também no aumento da instabilidade atmosférica

que favorece a dispersão dos poluentes.

As figuras 87 e 88 ajudam a visualizar os fatores discutidos até o momento

sobre a variação temporal. Nelas observa-se que os períodos do dia com maior

radiação solar coincidem com os períodos que apresentam os maiores níveis de

ozônio, produto de reações fotoquímicas envolvendo algumas espécies de COV e

óxidos de nitrogênio. Em contrapartida, nesses períodos são observados os

menores níveis de COV, para exemplificar os isômeros p+m xilenos foram

escolhidos.

É válido lembrar que esses gráficos foram traçados para representação do

fenômeno de diminuição da concentração de COV com o aumento da radiação

solar, estando associado à formação de poluentes secundários, embora não

indiquem de fato que aquele COV que foi medido transformou-se no ozônio

medido no mesmo momento da amostragem.

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1:00 4:00 7:00

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1:00 4:00 7:00

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Resultados e discussões dos resultados

Concentração abnosférica (13 a 20 de julho de 2001)

Radiação solar (13 a 20 de julho)

8 radiação!

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Figura 88: Dados de ozônio, COV e radiação solar para o mesmo período.

153

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Resultados e discussões dos resultados

Dos compostos estudados, o único que possui atualmente padrão para

qualidade do ar, segundo normas do Reino Unido e Estados Unidos, é o benzeno,

o qual é 16 J.tg/m3 para média anual, embora já existam esforços para diminuir

esse valor para 5 Jlglm3 até 2005 38.

Considerando esse padrão, embora as médias obtidas sejam semanais, o

local A (medida de julho) foi o único que apresentou concentração de benzeno

acima desse valor (29,4 Jlg/m3). Calculando a média para as duas semanas de

monitoramento nesse local, janeiro e julho, ainda obtêm-se valor acima do padrão

(21 Jlg/m3). Tendo em vista que as duas medidas realizadas no local A foram

feitas em condições ambientais opostas, ou seja, uma com ótima condição de

dispersão dos poluentes (verão) e a outra nas piores condições (inverno), e

levando em conta que durante o ano as condições de dispersão variam, e

situações diferentes às medidas nesse estudo podem ser encontradas, uma média

anual inferior ao valor encontrado pode ser obtida e talvez dentro da especificação

internacional de qualidade do ar.

A concentração máxima de benzeno obtida em Paulínia foi de 97,4 Jlg/m3

para o local A (julho). Estudos reportam níveis de benzeno, encontrados em ar

ambiente, variando de 0,2 Jlg/m3 em áreas remotas a 349 J.tg/m3 em grandes

centros industriais e áreas com tráfego intenso de veículos. Em residências esse

valor pode chegar a 500J.tg/m3 , se existirem fontes importantes, como por

exemplo, moradores fumantes39.

Na figura 89 são apresentados níveis de alguns compostos orgânicos

encontrados em centros urbanos de cidades de vários países. Esses valores são

importantes para inserir os resultados obtidos com o trabalho na cidade de

Paulínia em um contexto global.

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Resultados e discussões dos resultados

Níveis de COV em centros urbanos

81,0

28,1

168,0

55,8 45,9

30,8

Los Caracas Quito Santiago Sao Paulo Bangkok Manila SP (25) SP (G) Paullnia Angeles (24) (F)

cidades

Figura 89: Níveis de alguns COV em centros urbanos.

Observa-se, nitidamente, a partir dos dados da figura 89, que as cidades

da Ásia (Bangkok e Manila) apresentam os maiores níveis de COV para as

espécies estudadas e Paulínia (local F) apresenta os menores níveis. Deve-se

levar em consideração para análise desses dados o tamanho e o número de

habitantes das cidades, características das fontes (embora todas têm como

principal fonte os veículos), condições meteorológicas e topográficas de cada

local.

As cidades, por apresentarem características diferentes, como citado no

parágrafo anterior, terão concentrações distintas dos poluentes encontrados,

embora a razão entre essas concentrações deva permanecer igual ou dentro de

uma faixa, visto que são centros urbanos, de maior ou menor porte, e recebem

como principal fonte de poluição as emissões veiculares.

!55

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Resultados e discussões dos resultados

Tabela 11: Razão entre as concentrações de benzeno e tolueno (B:T) para os

diferentes centros urbanos.

Cidade Razão B:T

Caracas 0,5

Quito 0,3

Santiago 0,5

sp24 0,6

Bangkok 0,1

Manila 0,1

Paulínia (local F) 0,6

SP (local G) 0,3

LosAngeles 0,3

Com os valores mostrados na tabela 11 , nota-se que as razões entre

benzeno e tolueno aparecem na faixa de 0,2 a 0,5 para a maioria das cidades,

apresentando valores acima da faixa as cidades de SP24 e Paulínia, na última a

razão é alterada devido à influência de fontes industriais que apresentam alguma

contribuição para a poluição no local; e valores abaixo dessa faixa as cidades de

Bangkok e Manila, o que pode estar associado à composição do combustível

empregado e/ou outras fontes de contribuição para a poluição desses locais.

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Capítulo V: Conclusões e sugestões para

próximos trabalhos

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Conclusões e sugestões

V) Conclusões

As concentrações ambientais de COV tanto na atmosfera urbana como

industrial são resultados da variabilidade espacial e temporal de muitos

parâmetros, tais como, fontes características (tanques de amostragem, emissões

por chaminés ou por exaustão veicular), proximidade das fontes e variações nas

condições meteorológicas. Todas essas contribuições e influências para as

concentrações de COV na atmosfera ainda são mais complicadas quando se

considera topografia do terreno, o que leva a variações locais de concentração em

uma mesma condição meteorológica.

No local de estudo, a cidade de Paulínia, todas essas considerações

mencionadas acima influenciam nas concentrações atmosféricas dos poluentes

estudados e são consideradas para interpretação dos resultados.

A primeira etapa do trabalho, realizada de maio a julho de 2000, foi

importante para o desenvolvimento de procedimentos de análise e conhecimento

da região de estudo. A amostragem passiva empregada nessa fase apresentou

vantagens como simplicidade de coleta e boa logística, possibilitando amostrar

simultaneamente diversos locais. Com este trabalho preliminar conseguiu-se

coletar COV presentes na atmosfera e identificá-los, sendo que os resultados

obtidos respondem satisfatoriamente à realidade quando comparados aos

compostos liberados pelas atividades industriais da região.

Durante as campanhas de amostragem (etapa 2) o estudo das

concentrações de determinadas espécies de COV foi realizado. Medidas foram

feitas em 7 locais, sendo 6 desses na cidade de Paulínia e 1 na cidade de São

Paulo ao lado da Marginal Tietê. A opção pelo ponto de amostragem na cidade de

São Paulo na marginal Tietê foi importante para o estudo e a comparação de duas

atmosferas com nítidos problemas de poluição, embora apresentem como

principais contribuintes para essa poluição fontes distintas de emissões de COV.

Com os resultados obtidos na etapa 2 pode se comprovar, a partir dos

pontos amestrados, as diferenças entre as atmosferas de Paulínia e São Paulo,

sendo que a primeira sofre principalmente influência da poluição industrial e a

segunda da poluição veicular.

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Conclusões e sugestões

O emprego de amostragem ativa em conjunto com passiva, na segunda

etapa do trabalho, foi muito importante e se mostrou adequado aos objetivos, pois

permitiu a quantificação das espécies (amostragem ativa) previamente

identificadas e a confirmação de suas identidades (amostragem passiva).

A opção pela técnica de amostragem por adsorção em sólido e a escolha

de tubos padrão PE preenchidos com a resina Tenax TA, possibilitou a obtenção

de resultados confiáveis envolvendo as espécies estudadas. Esta técnica permitiu

selecionar determinadas espécies para amostragem e minimizar a adsorção de

água, devido às características da resina; e a utilização do sistema de análise por

dessorção térmica (DTA) e cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de

massa.

Além disso, a estratégia de monitoramento empregada, utilizando um

amestrador seqüencial de tubo (STS 25) com programação de tempo e controle

de vazão, possibilitou a coleta em diferentes períodos do dia (manhã, tarde, noite

e madrugada) e com a quantificação dessas amostras a variação temporal (dia­

noite) pode ser observada. Essa variação apresentou-se mais nítida em alguns

locais de Paulíni?, mostrando o perfil dos compostos com as mudanças nas

condições de dispersão, como a ocorrência de maiores níveis em determinados

períodos do dia, especialmente durante a madrugada e as primeiras horas da

manhã e início da noite, os quais podem estar associados às condições

atmosféricas de dispersão, pois coincidem com os períodos de maior estabilidade

e menor altura de mistura na troposfera.

A variação sazonal pôde também ser observada estudando um mesmo

ponto de coleta, local A, nos meses de janeiro (campanha 1 ) e julho (campanha

2). Essa variação mostrou coerência indicando menores valores de concentração

no mês de janeiro, mês com maior incidência de radiação solar, maiores

temperaturas e maior freqüência de chuvas, fatores que influenciam diretamente a

dispersão dos poluentes. Embora em diferentes níveis de concentração, o perfil

dos poluentes manteve-se qualitativamente igual durante as duas campanhas

realizadas no local A, e quantitativamente tiveram como compostos mais

importantes, o benzeno e o m+p xileno.

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Conclusões e sugestões

O fenômeno de ocorrência de variações na intensidade da resposta, ou

seja, maior quantidade amestrada e consequentemente maiores concentrações

atmosféricas, durante a noite e nas primeiras horas da manhã pode ser devido a

diversos fatores, como as condições de dispersão estarem menos favoráveis e/ou

mudança diurna/noturna no ciclo de atividades das fontes de emissão da região

estudada.

O fato observado nesse estudo condiz com as considerações feitas em

relatório da EPA, no qual é salientado que as primeiras horas da manhã são

geralmente consideradas um bom indicador para verificar as emissões de COV,

visto que a atividade das fontes é alta e a reatividade fotoquímica e altura de

mistura estão ainda baixas 40.

Além da variação temporal, a variação espacial, diferenças observadas

entre os diversos locais amestrados, também foi obtida. Para observação dessa

variação espacial foi fundamental a escolha dos locais de amostragem, sendo que

a estratégia utilizada para a escolha foi a proximidade das fontes, as quais foram

delimitadas e os pontos foram espalhados ao redor dessa área.

Essa variação espacial demonstrou estar associada às condições de

dispersão com relação à direção e velocidade de ventos e a proximidade fonte­

local, sendo que locais que recebem ventos vindos das fontes sofrem maior

influência dessas, mesmo estando a maiores distâncias que aqueles que não

estão na direção preferencial dos ventos.

Essas conclusões foram obtidas com análise dos resultados nos diversos

pontos de amostragem, sendo que o ponto E embora em uma área limite às fontes

industriais, sofre pouca influência da poluição, o que pode ser explicado pela

condição de dispersão com relação à direção de ventos, a qual é predominante na

direção oposta, não trazendo os poluentes para o ponto amostrado.

Entretanto, outros pontos mais distantes recebem influência das indústrias

por estarem na direção de ventos favorável a dispersão. Observou-se também que

quanto mais distante, mesmo estando na direção para onde sopra o vento, menos

importante torna-se a influência dessas fontes, podendo aparecer outras fontes

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Conclusões e sugestões

locais de importância, como veículos, ou poluentes vindos de outras áreas. Como

exemplo desse fato pode se citar o local F.

De um modo geral, Paulínia tem como principal fonte de COV as

industrias, e a maior influência dessas fontes é observada nas áreas mais

próximas a essas, dependendo diretamente das condições atmosféricas de

dispersão. Pode também ser observado que em determinados pontos de

amostragem, fontes locais de poluição prevalecem às industriais, como no caso do

local 8, localizado em uma rodovia nas proximidades das fontes industriais, no

qual as fontes veiculares apresentaram-se como as mais importantes.

Com o estudo realizado na cidade de Paulínia, dois pontos críticos foram

destacados, o local A com altas concentrações de benzeno e xilenos, e o local 8,

com altas concentrações de tolueno. Esses locais sofrem influências de fontes

distintas, sendo o local 8 embora próximo às fontes industriais, recebe importante

contribuição de fontes veiculares, e o local A, estando em um vale também nas

proximidades das indústrias, tem como principal fonte de COV as emissões

industriais.

Em relação à qualidade do ar conclui-se então que Paulínia apresenta

problemas de poluição principalmente nas áreas próximas às fontes industriais

(em especial local A) que estão localizadas em uma das direções predominantes

de ventos da fonte para o local, apresentando valores elevados para compostos

tóxicos, como benzeno e xilenos.

Comparando os resultados obtidos na área central de Paulínia (local F)

com demais centros urbanos de diversos países, observa-se que apresentam os

menores níveis para os poluentes estudados. Embora apresente os menores

níveis, Paulínia é uma cidade menor e possui uma frota veicular menor quando

comparada aos outros centros urbanos exemplificados.

Dessa forma, para uma conclusão sobre a qualidade do ar na área central

de Paulínia em comparação aos demais centros urbanos seria necessário o

levantamento de outros dados importantes sobre as cidades estudadas, além de

níveis de COV, como exemplo, número de veículos, tipo e ano da frota, entre

outros. Assim, com o conjunto desses dados pode-se realizar a comparação entre

162

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Conclusões e sugestões

os diferentes centros urbanos e classifica-los em níveis de poluição. Além disso,

realizar uma análise da relativa importância da poluição proveniente das industrias

e aquela proveniente da exaustão veicular na área central de Paulínia.

Os resultados obtidos nesse trabalho podem ser úteis para as indústrias,

autoridades, instituições e comunidade em geral, no que diz respeito ao controle

e/ou redução das emissões de poluentes e para auxiliar no zoneamento urbano,

evitando concentração da população e áreas de cultivos nas áreas mais atingidas.

V .1) Sugestões para trabalhos futuros

Compostos orgânicos voláteis são poluentes importantes e seu estudo

torna-se fundamental para avaliação ambiental, embora ainda não existam muitos

trabalhos realizados nessa área, principalmente no Brasil. Assim as sugestões

para trabalhos futuros são:

- ampliar a gama de COV estudados na cidade de Paulínia, empregando

novas resinas, por exemplo, para englobar compostos oxigenados e/ou

nitrogenados.

- estudar outras atmosferas críticas, como a da cidade de São Paulo e de

Cubatão, fazendo suas caracterizações com emprego e aprimoramento das

técnicas de amostragem e análise já estabelecidas, monitoramento por um

período de tempo maior para obtenção dos perfis e das tendências dos COV e

emprego de outras resinas, além da Tenax TA, para exploração de um maior

número e espécies de compostos orgânicos.

- desenvolver monitor passivo que seja adequado ao ar ambiente, pois

esse tipo de amestrador apresenta inúmeras vantagens frente ao ativo, entre elas,

o tempo de coleta é aumentado diminuindo-se assim o número de amostras e o

custo de amostragem/análise, não necessita energia elétrica, é prático para

manuseio e apresenta ótima logística.

163

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Capítulo VI: Referências Bibliográficas

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Referências Bibliográficas

VI) Referências Bibliográficas

1. DERWENT, R.G. Sources, Distributions, and F ates of VOC in Atmosphere. In: HESTER, R. E., HARRISON, R.M. (Org.). Volatile Organic Compounds in the Atmosphere. Reino Unido: The Royal Society of Chemistry, 1995. v. 4, cap.1, p.1-16.

2. GROSJEAN, E., RASMUMUSSEN, R.A., GROSJEAN, D. Ambiente leveis of gas phase pollutants in Porto Alegre, Brazil. Atmosferic Environment, Reino Unido, v. 32, n. 20, p. 3371-3379, 1998.

3. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2000. Capturado em 30 de janeiro de 2002. Online. Disponível na internet: <http://www.ibge.gov.br. Arquivo

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Anexo A

Mapa da região de Paulínia com os pontos de amostragem

da primeira etapa do trabalho

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Anexo B

Curvas analíticas

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14644113

R·squared • 0.1Hl11895

Y= (2740 .<105683)+ (1215.42 71l2))(

Resposta ~ 9844113

/ ~ 4644ll3 _./v

·15507, ·32 1fl8 358 5fl8 7fl8

massa de benzeno (ng)

R-squared = 0.9QSO 10 / Y=(5346e. + (1055.88582Q)l<

/ 76G117 v / Resposta

519117 v /

~::v/ ·29 171 371 571 771

massa de !olueno (ng)

177

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R--squared = O.QQ?'&. 4 v y = (11975.484827 (2251.5SQ031)X

/ 600060

/ Resposta

400960 JJÍ

200Q60

Q60 .g 91 191 2ll1 391

massa de hexana (ng)

179

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Anexo C

Mapa da localização- dos pontos- segunda etapa

(campanhas 1 e 2)

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Anexo D

Tabelas com os resultados obtidos nas campanhas 1 e 2.

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0.1: Resultados de do

~.' -·· -·· -·· -·· -·· -·· -·· '·-1---~i--1--.,;;;;;;, Amostragem Interrompida devido a falta de energia no local.

~

~L-~~~~~~~~~~-~--~----~.~-~-r-----~-~-r-----.~-~----~-~-~----~-~-r-----~-~-r-----.~-~----~-~-

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0.2: Resultados de amostragem do periodo 31/01 a 01/02 -local A

compostos LO amostra dia perlodo benzeno 1 n-heptano I tolueno I etilbz I m+p x'1leno I o-xileno I cumeno I 1 ,2,4 TMB

concentraçlo (11glm3) (11Qim3

)

001 311112001 11-17h 3,2 0,1 3,5 39,6 69,2 1,2 86,8 89,7 0,7

002 311112001 17-23h 22,9 0,3 0,3 0,3 28,3 0,3 0,2 0,3 0,7

003 31 e 01102101 23-5h 11,3 0,3 0,3 0,3 48,9 0,3 2,2 0,3 0,7

004 11212001 5-11h 24,1 0,3 0,3 91,4 106,0 12,0 98,6 88,0 0,7

média 15,4 0,3 1 '1 32,9 63,1 3,5 48,9 44,6 rrulxima 24,1 0,3 3,5 91,4 106,0 12,0 98,6 89,7

_,

l8

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&.#•V• 1,-.;oOUJiolliU.tVO W-.;o U.IIIVOIUU;!f ... lll WV ,.,. ........ ___ ... li V U. ·--V J-.. ·-- ·---·.,

compostos LD

amostra data perlodo benzeno I n-heptano I tolueno I etllbz I m+pxlleno I o xileno ···1· cumeno 1,2,4 TMB

concentraçlo (pg!m3) (~gim')

001 13107101 16-22h 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

002 13 e14107101 22-4h 0,8 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

003 14107101 4-10h 1,0 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

004 14107101 10-16h 3,5 0,3 0,3 0,3 0,5 0,3 0,5 0,3 0,7

005 14107101 16-22h 1,6 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,7

006 14 e15107101 22-4h 0,3 0,3 0,3 0,3 0,9 0,3 0,3 0,3 0,7

007 15107101 4-10h 33,5 0,3 4,5 0,3 97,3 0,3 99,6 0,7 0,7

006 15/07101 10-16h 8,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 3,3 0,3 0,7

006 15107101 16-22h 3,6 0,3 1,6 0,3 64,2 0,3 0,3 0,3 0,7

010 15 e 16107101 22-4h 22,8 0,3 4,6 0,3 161,6 0,3 24,5 0,3 0,7

011 16/07101 4-10h 73,4 0,3 3,8 0,4 94,1 0,3 90,2 0,3 0,7

012 16/07101 10-16h 6,6 0,3 0,0 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

013 16/07101 16-22h 36,3 0,3 3,9 0,3 61,8 32,1 0,3 0,2 0,7

014 16 e 17107101 22-4h 48,6 0,3 9,6 0,3 146,3 0,3 76,8 4,3 0,7

015 17107101 4-10h 71,4 0,3 8,0 0,3 163,4 0,3 64,4 0,3 0,7

016 17/07/01 10-16h 9,4 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

017 17107101 16-22h 16,7 4,8 0,3 0,3 81,6 0,3 8,8 0,3 0,7

018 17 e 18/07101 22-4h 28,0 0,3 3,3 0,3 163,4 0,3 58,8 4,6 0,7

019 16/07101 4-10h 25,2 0,3 3,3 0,3 102,1 0,3 32f6 9,0 0,7

020 16/07101 10-16h 1,9 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

021 16/07101 16-22h 51,4 1,5 8,4 0,3 24,5 0,3 ' 61,0 8,2 0,7

022 18 e 19107101 22-4h 33,3 0,3 1,8 0,3 28,9 0,3 48,3 8,1 0,7

023 19107101 4-10h 24,4 1 '1 8,5 0,3 19,1 0,3 11,3 0,3 0,7

024 20107101 10-16h 15,6 0,3 2,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

025 21/07101 16-22h 97,4 1 '1 3,7 0,3 39,5 0,3 10,8 0,4 0,7

028 19e20107101 22-4h 48,7 0,3 5,6 0,3 88,2 0,3 44,7 1,5 0,7

027 20107101 4-10h 75,2 0,5 2,8 0,3 34,3 0,3 69,8 6,2 0,7

028 20/07101 10-16h 3,9 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,7

média 26,4 0,6 2,8 0,3 48,7 1,5 25,3 1,7

máxima 97,4 4,8 9,6 0,4 163,4 32,1 99,6 9,0

.... <D ....

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0.4: Resultados de amostragem do período de 24 a 31 de julho - local B

amostra dia perlodo compostos

benzeno Ln:heptano J tolueno __ j ___ etllbz _ L m+p xlleno I o xileno cumeno 1,2,4 TMB LD

concentração (f.lQ/m3) (1'!1/m3

)

001 I 24107/01 I 11-14h I 4,6 I o,6 I 1,4 I 0,6 I o,6 I 0,6 I 0,6 I 0,6 I 1,3 002 1 24107/01 1 14-17h I 5,o I 0,6 I 2,5 I o,6 I 0,6 I 0,6 I o,6 I 0,6 I 1,3

003 I 24107101 I 17-20h I 18,1 I 2.0 I 26,5 I 0,6 I 2,6 I 0,6 I 1,8 I 0,6 I 1,3

004 I 24107/01 I 20-23h I 7,0 I o,6 I 23,6 I 0,6 I o,6 I o,6 I o,6 I 0,6 I 1 ,3

aos I 24 e 2517/01 I 23-2h I 5,9 I 0,6 I 18,6 I 0,6 I 0,6 I 0,6 I 0,6 I 0,6 I 1 ,3

006 I 25107/01 I 2-5h I 11,3 I o,6 I 12,1 I 0,6 I 0,5 I o,6 I o,6 I 0,6 I 1,3

001 I 25/07101 I 5-8h I 32,1 I 10,4 I 70,6 I 11,6 I 16,0 I 3,1 I o,6 I 2,5 1 1,3

006 I 25107101 I 8-11h I 18,2 I 5,3 I 78,9 I 5,4 I 8,3 I 0,3 I 0,6 I o,6 I 1,3

009 I 25107/01 I 11-14h I 5,1 I 0,6 I 0,5 I 0,6 I 0,6 I o,6 I o,6 I o,6 1 1,3

010 I 25107101 I 14-17h I 11,5 I 0.2 I 44,4 I 10,8 I 11,5 I 1,3 I o,6 I o,6 1 1,3 011 I 25/07101 I 17-20h I 15,8 I 1,5 I 90,1 I 4,3 I 6,8 I o,6 I 0,6 I o,6 I 1,3

012 I 25107101 I 20-23h I 6,1 I 0,6 I 1,7 I 0,6 I o,6 I 0,6 I 0,6 I 0,6 I 1,3

013 I 25 e 2617101 I 23-2h I 6,3 I o,6 I 0,3 I o,6 I 0,6 I 0,6 I o,6 I 0,6 I 1,3

014 I 26107101 I 2-5h I 4,1 I 0,6 I 0,3 I 0,6 I 0,6 I o,6 I 0,6 I 0,6 I 1,3

015 I 26107101 I 5-8h I 4,0 I o,6 I o,3 I o,6 I 0,6 I o,6 I o,6 I o,6 1 1,3 016 I 26/07101 I 8-11h I 19,1 I 7,4 I 347,5 I 13,7 I 20,6 I 3,8 I o,6 I 1,6 I 1,3

011 I 26107101 I 11-17h I 3,0 I 1,5 I 41,5 I o,3 I 1,1 I o,3 I o,3 I 0,4 I o,6

018 I 26107101 I 17-23h I 15,4 I 3,7 I 71,2 I 1,9 I 5,9 I o,5 I o,3 I 2,7 1 o,6 019 l26e2717/011 23-5h I 12,7 I 2,4 I 27,o I 1,5 I 5,1 I o,7 I 1,6 I 2,1 I 0,6

020 I 27107/01 I 5-11h I 9,7 I 1,8 I 13,6 I 1,o I 3,0 I o,3 I o,3 I 1,1 1 o,6

021 I 27/07101 I 11 -17h I 7,4 I o,5 I 5,6 I o,3 I o,9 I 0,2 I 0,3 I o,3 I o,6

022 I 21101101 I 17-23h I 9,7 I 1,5 I 16,1 I 0,4 I 3,1 I 1,o I 0,3 I 1,1 I o,6

023 I 21 e 2817101 I 23-5h I 6,4 I o,4 I 9,1 I o, o I 0,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,6

024 I 28107/01 I 5-11h I 10.1 I 2,9 I 43,5 I o,8 I 2,1 I 0,3 I o,3 I o,3 I o,6

025 I 26107101 I 11-17h I 7,7 I 1,7 I 78,0 I 0,3 I 1,5 I 0,3 I 0,3 I 0,3 I o,6

026 I 28107/01 I 17-23h I 8,4 I 0,8 I 10.1 I 0,3 I 0.2 I o,3 I o,3 I o,3 I 0,6

021 l28e2917/011 23-5h I 69,2 I 4,7 I 15,1 I o,3 I 3,6 I 0,3 I 1.1 I o,3 I 0,6

028 I 29107101 I 5-11h I 3,0 I o,3 I 5,0 I o,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,6

029 I 29/07101 I 11 - 17h I 3,9 I o,3 I 5,9 I 0,3 I 0,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,6

030 I 29/07101 I 17-23h I 2,2 I 0,3 I 3,2 I 0,3 I o,3 I 0,3 I 0,3 I 0,3 I o,6

~ ~ u w ~ u

033 I 30107/01 I 11 - 17h I 2,9 I 0,3 I 5,5 I o,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,3 I o,6

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~ 034 30/07/01 17-23h 48,4 15,5 126,2 3,5 11,0 2,5 0,3 3,8 0,6

'.f 035 30 e 31/7/01 23-Sh 9,6 2,2 34,6 1,3 3,4 0,4 0,3 1,5 0,6

036 31/07/01 5-11h 5,8 0,3 9,3 0,3 1,6 0,3 0,3 0,5 0,6

média 11,9 2,2 36,6 2,0 3,4 0,7 0,5 0,8

máxima 69,2 15,5 347,5 13,7 20,6 3,8 1,8 3,8

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0.5 d -·-· ,, ___ , .. ___ ------- --- 'lodod ---- -- 10 d ... -- - . - -- -=-.......... - IC ·---·-amostra dia perlodo benzeno I n-heptano I tolueno

001 3/08101 10-16h 2,2 0,3 1,3

002 3/08/01 16-22h 6,2 0,3 5,4

003 3e 4/08/01 22-4h 23,3 0,3 3,3

004 4/08/01 4-10h 51,0 2,5 7,6

005 4/08/01 10-16h 1,7 0,3 2,5

008 4/08/01 16-22h 4,2 0,3 2,5

007 4e 5/08/01 22-4h 1,3 0,3 0,3

008 5108/01 4-10h 44,7 22,5 9,2

010 11

012 013 014 015

017 7/08/01 15-21 h 13,6 1,4 8,6

018 7 e 8/08/01 21-3h 44,1 1,3 6,9

019 8/08/01 3-9h 15,2 1,7 7,2

020 8/08/01 9-15h 2,5 0,3 10,6

021 8/08101 15-21h 6,7 0,4 13,7

022 8 e 9/08101 21-3h 3,3 0,3 1,8

023 9/08/01 3-9h 11 '1 0,3 3,1

024 9/08/01 9-15h 1,5 0,3 1,2

025 9/08/01 15-21 h 5,2 0,3 7,0

026 9e 10tll8/01 21-3h 3,5 0,3 2,9

027 10/08101 3-9h 7,8 0,3 4,9

028 10/08/01 9-15h 2,0 0,3 8,6

média (03/08 a 06/08) 16,8 3,4 4,0

média (07/08 a 10108) 9,7 0,6 6,4

média total 12,5 1,7 5,4

méxlrna 51,0 22,5 13,7

...:.. Tubos de 9 a 16 não foram amostrados devido a problemas com a bomba de sucção <O U1

compostos etllbz I m+pxlleno I o xileno I cumeno I

concentração h•a/m31 0,3 0,3 0,3 0,3

0,4 2,2 0,3 0,3

0,3 1,8 0,3 4,9

0,3 6,5 0,3 9,9

0,3 0,3 0,3 0,3

0,3 0,3 0,3 0,3

0,3 0,3 0,3 0,3

0,3 1,8 0,3 0,3

0,3 2,4 0,3 0,6

0,5 8,6 0,5 20,2

0,3 2,6 0,3 3,0

0,3 0,3 0,3 0,3

0,9 2,5 0,3 0,3

0,3 0,3 0,3 0,3

0,3 1,9 0,3 1,3

0,3 0,0 0,3 0,3

0,3 1,1 0,3 0,3

0,3 0,0 0,3 0,3

0,3 1,3 0,3 1,5

0,3 0,3 0,3 0,3

0,3 1,7 0,3 2,1

0,4 1,8 0,3 2,4

0,4 1,7 0,3 2,3

0,9 8,6 0,5 20,2 ---------

1,2,4 TMB LD

(~/mo)

0,3 0,6

1,4 0,6

0,0 0,6

0,3 0,6

0,3 0,6

0,3 0,6

0,3 0,6

0,3 0,6

0,6 0,7

1,0 0,7

0,2 0,7

0,3 0,7

0,4 0,7

0,3 0,7

0,3 0,7

0,3 0,7

0,3 0,7 .

0,3 0,7 •

0,3 0,7

0,3 0,7

0,4

0,4

0,4

1,4

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-·-· -~---·----- -- -···--··- -··· -- -··--- .. - -· --- --·- ----·-compostos

LD amostra data porlodo benzeno I n-heptano tolueno I etilbz I m+p xlleno I o xlleno I cumeno I 1 ,2,4 TMB

concentraçao (11Q/m3) (fl!Jim')

001 14/08/01 16-22h 1 '1 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,6

002 14 e 15/08/01 22-4h 5,5 0,3 0,7 0,3 3,1 0,3 0,3 0,3 0,6

003 15/06/01 4-10h 13,1 2,0 5,1 1 ,o 15,8 0,9 5,2 1,3 0,6

004 15/08101 10-16h 1,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,6

005 15/08/01 16-22h 3,9 0,2 39,5 1 '1 4,8 0,2 0,2 0,3 0,5

008 15 e 16/06/01 22-4h 2,4 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

007 16/08/01 4-10h 4,4 0,2 2,0 0,2 1,5 0,2 0,6 0,2 0,5

008 16/06/01 10-16h 1,8 0,2 1,7 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

009 16/08/01 16-22h 3,3 0,2 2,6 0,2 0,9 0,2 0,2 0,2 0,5

010 16 e 17/08/01 22-4h 1,5 0,3 1,1 0,2 1,0 0,2 0,3 0,2 0,5

011 17/08/01 4-10h 7,5 0,2 1,0 0,2 5,0 0,2 23,2 0,2 0,5

012 17/06/01 10·16h 1 '1 0,3 0,0 0,3 5,9 0,3 0,3 0,3 0,5

013 17/06/01 16·22h 6,2 0,2 3,5 0,2 2,7 0,2 0,2 0,7 0,5

014 17 e 18/08/01 22-4h 17,5 0,5 2,0 0,2 89,4 0,2 10,3 0,2 0,5

015 18/08/01 4-10h 10,5 0,2 1,0 0,2 68,8 0,2 14,5 1,0 0,5

016 18/08/01 10-16h 1,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

017 18/06/01 16-22h 12,0 0,9 1,2 0,2 38,7 0,2 5,4 0,3 0,5

018 18 e 19/08/01 22-4h 19,9 0,2 0,7 0,2 68,8 0,2 12,6 1,3 0,5

019 19/06/01 4-10h 3,5 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

020 19/08/01 10-16h 1,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

021 19/06/01 16-22h 4,1 0,2 0,5 0,2 24,1 0,2 0,4 0,2 0,5

022 19 e 20/06/01 22-4h 23,8 0,2 1,1 0,2 122,0 0,2 13,3 3,1 0,5

023 20/08/01 4-10h 11,2 0,2 1,0 0,2 101,6 0,2 14,7 5,1 0,5

024 20/08/01 10-16h 3,4 0,2 3,6 0,2 0,5 0,2 0,2 0,2 0,5

025 20/08/01 16-22h 1,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

026 20 e 21/08/01 22-4h 3,0 0,2 1,0 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 0,5

027 21/08/01 4-10h 2,0 0,2 0,7 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

028 21/08/01 10-16h 1,3 0,2 19,5 1,6 5,7 0,2 2,6 0,1 0,5

média 6,0 0,3 3,3 0,4 20,1 0,3 3,8 0,6

mbima -~~ª ' .

2,0 39,5 1,6 122,0 0,9 23,2 5,1

..... <O

""'

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.,., o t'VOUU.Q\.IVO \.IV QIIIVO~IQYVIII WV J.IVIIVWV Ao'"l' Q V I WV U;!fV>ili"V- IVVUI ...

compostos LD amostra data perlodo benzeno I n-heptano I tolueno I etllbz I m+p xlleno o xileno I cumeno I 1 ,2,4 TMB

concentração (f.lg/m3 (~glm3)

01 24108101 17-23h 3,4 0,2 1,2 0,2 0,4 0,2 1,3 0,2 0,5

02 24 e 25108101 23-5h 3,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

03 25/08101 5-11h 2,8 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 04 25108101 11-17h 1,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 05 25108/01 17-23h 3,5 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,5

08 25 e 26/08/01 23-5h 1,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 07 26/08101 5-11h 2,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 08 26/08/01 11-17h 2,6 0,2 0,2 0,2 11 '1 0,2 1,5 0,2 0,5

09 26/08/01 17-23h 3,8 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,0 0,2 0,5 10 26 e 27108/01 23-5h 3,9 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,5 0,2 0,5

11 27108/01 5-11h 2,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

12 27/08/01 11-17h 2,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,6 0,2 0,5

13 27/08/01 17-23h 2,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,5

14 27 e 28108/01 23-5h 2,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 0,2 0,5

15 28108101 5-11h 3,1 0,3 2,1 0,2 1,4 0,2 0,2 0,2 0,5

16 28108/01 11-17h 2,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

17 28/08/01 17-23h 6,3 0,2 9,7 0,8 2,5 0,2 0,2 0,3 0,5 .

18 28 e 29/08/01 23-5h 3,2 0,2 2,1 0,2 2,4 0,2 0,2 0,2 0,5 I

19 29108/01 5-11h 6,8 0,2 3,5 0,2 1,0 0,2 0,9 0,2 0,5 I

20 29108/01 11-17h 5,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

21 29/08/01 17-23h 2,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

22 29 e 30108/01 23-5h 3,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

23 30/08101 5-11h 4,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 1,7 0,2 0,5

24 30/08/01 11-17h 0,4 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5

25 30/08/01 17-23h 8,9 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 3,7 0,2 0,5

26 30 e 31/08/01 23-5h 4,9 0,2 0,2 0,2 0,4 0,7 1,2 0,2 0,5

27 31108101 5-11h 1,8 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 i

28 31/08/01 11-17h 1,5 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,5 I

média 3,2 0,3 0,9 0,3 0,9 0,3 0,6 0,2

mlixlma __ 1!,9 0,3 9,7 0,8 11 '1 0,7 3,7 ----- _________ Qd _,

$

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N o .....

0.8: Resultados d d ·- -· .. -- ... ·- ....... -- -· ·iodode4a17d

amostra data periodo benzeno I n-heplano I

001 4/08/01 12-18h 1,6 0,3

002 4/08/01 18-0h 5,6 1,8

003 5108/01 ()..6h 2,6 0,3 004 5/08/01 6-12h 1,3 0,3

005 5/08/01 12-18h 2,8 0,3

008 5/08/01 18-0h 3,0 0,3

007 6108/01 0-6h 0,8 0,9

008 6108/01 6-12h 1,4 0,3

009 10/08/01 12-18h 1,7 0,3

010 10/08/01 18-0h 12,4 1,4

011 11/08/01 ()..6h 6,5 0,3

012 11/08/01 6-12h 2,3 0,3

013 11/08/01 12-18h 2,2 0,3

014 11/08/01 18-0h 2,6 0,3

015 12/08/01 ()..6h 1,0 0,3

016 12/08/01 6-12h 0,8 0,3

017 12/08/01 12-18h 0,4 0,3

018 12/08/01 18-0h 1,8 0,3

019 13/08/01 o-6h 1,7 0,3

020 13/08/01 6-12h 1,2 0,3

021 13/08/01 12-18h 2,2 0,3

022 13/08/01 18-0h 7,5 0,3

023 14/08/01 o-6h 3,9 0,3

024 14/08/01 6-12h 4,8 0,2

025 14/08/01 12-18h 7,2 0,3

026 14/08/01 18-0h 8,2 1,8

027 15/08/01 0-6h 6,6 2,3

028 15/08/01 6-12h 5,5 2,0

029 15/08/01 12-18h 2,9 0,3

030 15/08/01 18-0h 5,7 0,3

031 16/08/01 0-6h 3,0 0,3

032 16/08/01 6-12h 0,8 0,3

•temb -__ , _______

I F ·---·. compostos

LO tolueno I etllbz I p+m xileno I o xlleno I cumeno I 1 ,2,4 TMB

concentraçAo (11!1/m3) (!'g/m3

)

1,9 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

31,7 3,0 9,3 1,4 0,3 0,2 0,5 2,8 0,3 0,5 0,3 0,3 0,3 0,5 2,7 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

5,2 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,5

12,3 2,2 6,2 0,3 0,3 0,3 0,5

4,3 0,3 1,0 0,3 0,3 0,5 0,5 15,2 0,7 1,2 0,3 0,3 0,3 0,5

3,2 0,3 1,2 0,3 0,3 0,3 0,5

27,2 9,1 19,0 2,2 4,0 2,0 0,5

11 ,o 1 '1 ~.3 0,3 0,3 0,7 0,5

4,3 0,3 10,3 0,3 0,3 0,3 0,5

4,8 1 '1 1,3 0,3 0,3 0,3 0,5 6,0 1,2 3,8 0,3 0,3 0,3 0,5

0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

0,3 0,3 0,3 0,3 o,a 0,3 0,5

1,7 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

0,6 0,3 0;3 0,3 0,3 0,3 0,5

1,1 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

2,7 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

1 '1 0,3 0,8 0,3 9,1 0,3 0,5

0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

3,8 0,3 1,2 0,3 0,3 0,1 0,5

7,8 0,4 3,0 0,3 1,4 1,4 0,5

4,8 0,3 0,7 0,3 0,3 0,3 0,5

2,8 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,5

17,4 1,2 2,1 0,3 0,3 0,3 0,5

2,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

4,8 0,4 2,9 0,3 0,3 1,2 0,5

1,9 0,3 0,7 0,3 0,3 0,3 0,5

0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

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N 033 16/08/01 12-18h 1,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

Rl 034 16/08101 18-0h 1,4 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5 035 17/08/01 0-6h 1,8 0,3 0,8 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5 036 17/08/01 6-12h 1,9 0,3 1,9 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,5

média 3,3 0,5 5,3 0,8 1,7 0,3 0,6 0,4

L_ ___ méXIfTI~ L_ __ 12,4 2,3 31,7 9,1 19,0 2,2 9,1 2,0

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0.9: Resultad .t d _..., ......... -···--··- ........ -- .......... riodo de 24 a 30 d 'temb ~ ~ - -- ~-- ... ---... ···-·- IG ·---·-compostos LD

amostra data perlodo benzeno I n-heptano I tolueno I etllbz I p+m xileno I o xileno I cumeno I 1 ,2,4 TMB

concentraçlo (~glm3) (~gim )

001 24109/01 16-22h 8,9 0,3 23,6 9,2 18,8 2,7 0,3 3,6 0,5

002 24 e 25/09/01 22-4h 7,9 0,4 21,5 5,1 8,9 1,2 0,3 2,3 0,5

003 25/09/01 4-10h 7,1 1,4 50,8 3,4 7,7 1,6 0,3 3,7 0,5 004 25/09/01 10-16h 8,1 1,2 19,0 1,0 4,4 0,6 0,3 0,3 0,5 005 25/09/01 16-22h 8,1 1,3 34,9 1' 1 3,7 0,3 0,3 2,3 0,5 006 25 e 26/09/01 22-4h 4,9 0,3 21,1 0,3 1,0 0,3 0,3 0,4 0,5 007 26/08/01 4-10h 11,9 2,6 17,8 1,5 5,8 1,3 0,3 3,7 0,5 008 26/08/01 10-16h 1,8 1,5 9,1 0,7 3,4 0,3 0,3 1,9 0,5 009 26/08/01 16-22h 10,5 2,2 20,2 1,7 6,2 1,3 0,3 3,7 0,5

010 26 e 27/09/01 22-4h 3,3 0,3 4,1 0,3 0,6 0,3 0,3 0,3 0,5

011 27/09/01 4-10h 3,3 0,3 8,0 0,4 3,2 0,3 0,3 0,3 0,5

012 27/09/01 10-16h 4,7 0,3 24,0 1,5 4,6 0,3 0,3 1,3 0,5

013 27/09/01 16-22h 4,6 0,3 21,0 0,8 2,9 0,3 0,3 0,6 0,5

014 27 e 28/09/01 22-4h 2,4 0,3 15,1 0,3 1,2 0,3 0,3 0,3 0,5 015 28/09/01 4-10h 4,1 0,3 10,3 6,9 12,1 1,7 0,3 1,2 0,5 016 28/09/01 10-16h 4,8 0,5 35,6 3,3 6,8 0,6 0,3 1,6 0,5

017 28/09/01 16-22h 6,5 0,7 38,1 1,8 4,4 0,3 0,3 1,3 0,5

018 28 e 29/09/01 22-4h 3,9 0,3 20,6 0,4 1,3 0,3 0,3 0,3 0,5

019 29/09/01 4-10h 5,4 0,3 19,4 25,8 21,6 6,1 0,3 3,6 0,5

020 29/09/01 10-16h 3,4 0,6 11 ,o 13,2 17,5 3,0 0,3 2,7 0,5

021 29/09/01 16-22h 5,2 0,3 17,8 1,0 2,8 0,3 0,3 1,0 0,5

022 29 e 30/09/01 22-4h 1,3 0,3 5,4 0,3 0,1 0,3 0,3 0,3 0,5

023 30/09/01 4-10h 2,0 0,3 6,0 0,3 0,5 0,3 0,3 0,3 0,5

024 30/09/01 10-16h 2,9 0,3 6,6 0,3 0,9 0,3 0,3 0,7 0,5

média 5,3 0,7 19,2 3,3 5,8 1 ,o 0,3 1,6

máxima 11,9 2,6 50,8 25,8 --- 21,6 6,1 0,3 ;r

1\J

8