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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Vanessa dos Santos Silva
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE NECROSE E APOPTOSE CELULAR EM DOSES LASER E LED NA REGIÃO ESPECTRAL DO INFRAVERMELHO –
ESTUDO IN VITRO
São José dos Campos, SP.
2009
Vanessa dos Santos Silva
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE NECROSE E APOPTOSE CELULAR EM DOSES LASER E LED NA REGIÃO ESPECTRAL DO INFRAVERMELHO –
ESTUDO IN VITRO
Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica, como complementação dos créditos necessários para obtenção do título de Mestre em Engenharia Biomédica.
Orientadoras: Profª. Drª. Renata Amadei Nicolau
Profª. Drª. Cristina Pacheco Soares
São José dos Campos, SP
2009
S584a
Silva, Vanessa dos SantosAvaliação da freqUência de necrose e apoptose celular em doses laser e LED na regÍãoespectral do infravermelho - estudo in vitra I Vanessa dos Santos Silva; Orientadores:Profa. Dra. Renata Amadei Nicolau, Profa. Dra. Cristina Pacheco $oares . * Sâo Jo6é dosCampos,2009.
1 disco laser: color
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica doInstituto de Pesquisa e Desenvolvimenb da Universidade Vale do Paraíba, 2009.
L Apoptose 2. Lasers 3.Diodos emissor de Luz 4. l. Nicolau, Renata Amadei, orient. llSoares, Cristina Pacheco, orient. lltTÍtulo
CDU:62:61
Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos a reprodução total ou
parcial dessa tese, por processos fotocopiadores ou transrnissão eletrônica, desde
quê citadâ a fonte.
Assinatura do aluno:
Data: 11 de Dezembro de 2009
VANESSA DOS SANTOS SILVA
66AVALTAÇÃo oa nnreunNcrA DE NECRoSE E APoPToSE cELULAR EM DosEs
LASER E LED Na nrcrÃo EspECTRAL Do TNFRAvERMELHo - EsruDo rN vrfRo"
Dissertação aprovada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Engenharia
Biomédica, do Programa de Pós-Graduação em Engeúaria Biomédica, do Instituto de Pesquisa
e Desenrrolvimento da Universidade clo \/ale do Paraíba, São Jose dos Campos, SP, pela seguinte
bança examinadora:
Prof.
Prof.
Prof.
Prof.
Dra. JULIANA FERREIRA (UNIVAP) { t-t-0^a-
Dra. RENATA AMADEI NICOLAU ( AP)
DTa. CRISTINA PACHECO SOARES IVAP)
DTa. TATIANA DE: SOUSA DA CUNHA (UNIFESP)
Prof. Dra. SandraMana Fonseca da Costa
Diretor do IP&D - UniVap
São José dos Campos, 1l de dezembro de 2009.
AGRADECIMENTOS
A Deus que me deu forças durante toda esta caminhada e que sempre me guiou
através dos melhores caminhos;
Às minhas orientadoras, pessoas especiais com as quais tive o privilégio de
conviver, Dra. Renata Amadei Nicolau e Dra. Cristina Pacheco Soares por toda
dedicação, apoio, incentivo, confiança e carinho que sempre recebi de ambas. Sem
elas, nada seria possível.
Aos integrantes do Laboratório de Biologia Celular, que me apresentaram ao mundo
do “micro”, que sempre demonstraram paciência ao me ensinarem as rotinas do
laboratório, por toda amizade e espírito de equipe e cooperação.
Às colegas de pós-graduação Maira, Inglid e Elisângela pela amizade, bom humor e
pelos momentos compartilhados ao longo desta jornada.
À Ivone, Neusa, Vanessa e Valéria pela cordialidade com a qual sempre me
receberam.
À bibliotecária Rúbia por sua simpatia, dedicação e auxílio.
À CAPES pela bolsa de estudos que possibilitou a realização de todo este trabalho.
Agradecimento à empresa REIMERS & JANSSEN GmbH Alemanha, Medical –
Laser – Technology e ao Dr. Ernesto H.E.Nickel pela concessão do laser utilizado
no presente estudo (PHYSIOLASER Olympic).
"O poder nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a veemência e perseverante energia de sua alma a um fim, vencerá os obstáculos, e, se não
atingir o alvo fará, pelo menos, coisas admiráveis."
Dale Carnegie
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE NECROSE E APOPTOSE CELULAR EM
DOSES LASER E LED NA REGIÃO ESPECTRAL DO INFRAVERMELHO –
ESTUDO IN VITRO
RESUMO
Necrose e apoptose podem ser desencadeados por estímulos diversos, sendo possível sua diferenciação e mensuração por alterações específicas ocorridas nos compartimentos celulares. Considerando que a radiação pode ser um agente iniciador destes processos, propusemos neste estudo, a avaliação de diversas doses laser e LED no infravermelho próximo quanto a frequência de indução de necrose e apoptose, uma vez que grau de indução ainda é controverso, não havendo doses definidas ou propostas para a constituição de uma janela terapêutica que possa ser empregada para a fototerapia de baixa potência. A linhagem celular CHO-K1 foi submetida à irradiação com laser (830 nm) e LED (945 ± 20 nm), ambos com potência de 24 mW, área de contato de 1 cm2, nas fluências de 10 a 50 J/cm². Em seguida as células foram coradas com solução contendo laranja de acridina e brometo de etídio, sendo então avaliadas através de microscopia de fluorescência, na qual foram diferenciadas células viáveis, apoptóticas e necróticas. Todas as medidas foram realizadas em triplicata, imediatamente e 24 horas após a irradiação. A frequência de necrose, avaliada imediatamente após a irradiação demonstrou-se significante principalmente para os grupos LED (40 e 50 J/cm²) em relação aos grupos irradiados com menores fluências (laser e LED 10 e 20 J/cm²). Após 24 horas, o grupo LED 40 J/cm² também foi superior significativamente em relação ao controle e doses inferiores (laser 10, 20 e 30 J/cm²; LED 10 e 20 J/cm²). A diminuição da frequência de apoptose ocorreu no grupo laser nas doses de 10, 40 e 50 J/cm² em relação ao grupo controle, sendo também notório após o emprego da irradiação LED com dose de 40 J/cm². Após 24 horas de irradiação, as células apresentaram frequência de apoptoses superiores ao grupo controle nas doses laser de 10 e 30 J/cm², sendo que no grupo irradiado por LED, as frequências permaneceram inferiores ao controle somente na densidade de energia de 40 J/cm². A radiação infravermelha coerente (laser) ou não coerente (LED) promoveu aumento freqüência de necrose celular em altas densidades de energia, caracterizando-se como terapia dose dependente com caráter inibitório.
Palavras-chave: Laser. LED. Morte celular.
EVALUATION OF LASER AND INFRARED LED DOSES ON THE FREQUENCY OF
CELLULAR NECROSIS AND APOPTOSIS – STUDY IN VITRO
ABSTRACT
Necrosis and apoptosis can be initiated by diverse stimulus. They can be differentiated by measuring specific alterations in the cellular compartments. Taking into consideration that the radiation can be an initiating agent of these processes, we propose, in this study, the evaluation of different doses of laser and infrared LED near the frequency induction of necrosis and apoptosis, once the degree of induction is still controversial and not having definite or proposed doses for the constitution of a therapeutic window that may be used in low-power phototherapy. Cell lineage CHO-K1 was submitted to 830 nm laser irradiation and 945 ± 20 nm LED with a 24 mW power for each group, contact area of 1 cm2 and fluency from 10 to 50 J/cm². Then, the cells were colored with a solution containing acridine orange and ethidium bromide and evaluated by fluorescence microscopy, differentiating apoptosis and necrosis viable cells. All measures were performed in triplicate and 24 hours immediately after irradiation. The frequency of necrosis, which was evaluated immediately after the irradiation, demonstrated significance for the LED groups (40 to 50 J/cm²) in relation to irradiated groups with less solubility (laser and LED 10 to 20 J/cm²). After 24 hours, the LED group 40 J/cm² was also significant in relation to the control and lower doses (laser 10, 20 and 30 J/cm²; LED 10 and 20 J/cm²). The decrease of apoptosis frequency occurred in the laser group with doses at 10, 40 and 50 J/cm² in relation to the control group. It was also observed the use of LED irradiation with a dose at 40 J/cm². After 24 hours of irradiation, the cells presented a higher apoptosis frequency in the control group with laser doses at 10 and 30 J/cm² while in the irradiated group by LED, a lower frequency was observed in the control and only for the energy density at 40 J/cm². The coherent infrared radiation (laser) or incoherent (LED) promoted a frequent increase of cell necrosis in a high energy density, characterized as a dose-dependent inhibition therapy.
Keywords: Laser. LED. Cell Death.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Diferenças morfológicas da apoptose e necrose ..........................................15
Figura 2 – Fotomicrografia de célula necrótica. A. Microscopia eletrônica de transmissão (EDINGER; THOMPSON, 2004). B. Microscopia de fluorescência. ......16
Figura 3 – Fotomicrografia de célula apoptótica. A. Microscopia eletrônica de transmissão (EDINGER; THOMPSON, 2004). B. Microscopia de fluorescência. ......18
Figura 4 – Estrutura do LED : diodo semicondutor (1), fio conector (2), refletor côncavo (3),lente (4), ânodo (5) e cátodo (6)....................................................................23
Figura 5 – Esquema de irradiação da placas (poços hachurados). ..............................29
Figura 6 – Esquema de irradiação dos poços com lamínula..........................................29
Figura 7 - Classificação morfológica das células: A – célula normal (cromatina organizada), B – célula apoptótica (cromatina altamente condensada ou fragmentada) e C – célula em necrose (cromatina organizada)....................................31
Figura 8 – Morfologia celular do grupo controle (células que não sofreram irradiação), com presença de células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco). Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x. ....................32
Figura 9 – Análise imediata da morfologia celular após irradiação das células com diferentes densidades de energia de Laser ou LED: A – 10 J/cm², B - 20 J/cm², C - 30 J/cm², D - 40 J/cm² e E - 50 J/cm². Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x. Células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco)...................................................................................................................................................33
Figura 10 – Freqüência de necrose (%) imediatamente após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão..........................................................................................................34
Figura 11 – Freqüência de apoptose (%) imediatamente após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão................................................................................36
Figura 12 – Análise da morfologia celular após 24 horas da irradiação com diferentes densidades de energia: A – 10 J/cm², B - 20 J/cm², C - 30 J/cm², D - 40 J/cm² e E - 50 J/cm². Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x. Células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco). .........................................................38
Figura 13 – Freqüência de necrose (%) 24 horas após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão..........................................................................................................39
Figura 14 – Freqüência de apoptose (%) 24 horas após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão..........................................................................................................40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Parâmetros de irradiação para o laser e o LED. ..........................................30
Tabela 2 – Freqüência de necrose (%) imediatamente após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle................................................................................35
Tabela 3 - Freqüência de apoptose (%) imediatamente após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle................................................................................36
Tabela 4 - Freqüência de necrose (%) avaliada 24horas após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle................................................................................40
Tabela 5 - Freqüência de apoptose (%) avaliada 24 horas após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle......................................................................41
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Apaf-1 - Apoptotic Protease Activating Factor-1 (fator 1 ativador de proteases
apoptóticas)
ATP - Adenosina Trifosfato
Ca+ - Cálcio
cm - Centímetros
DNA - Ácido Desoxirribonucléico
EROS - Espécies reativas de oxigênio
GaAs - Arsenieto de Gálio
HAM - Mistura de nutrientes Ham’s (Ham's nutrient mixtures)
J/cm² - Joules por centímetro quadrado
LED - Light Emitting Diode (diodo emissor de luz)
mL - Mililitros
mm - Milímetros
mW - Miliwatts
NADH - Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo
nm - Nanômetros
PBS - Solução Salina Tamponada (phosphate buffered saline)
RNA - Ácido Ribonucléico (ribonucleic acid)
rpm - Rotações por Minuto
UV - Ultra-Violeta
°C - Graus Celsius
µl - Microlitro
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................12 2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................14
2.1 Mecanismos de morte celular ...................................................................................14 2.1.1 Necrose ....................................................................................................................15 2.1.2 Apoptose..................................................................................................................16 2.1.3 O papel da mitocôndria nos processos de morte celular .........................................18
2.2 Laser .............................................................................................................................20 2.3 LEDs – DIODOS EMISSORES DE LUZ .................................................................22 2.4 Radiação Infravermelha .............................................................................................24
3 OBJETIVOS..........................................................................................................................26 4 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................27
4.1 Linhagem celular .........................................................................................................27 4.2 Meio de Cultura ...........................................................................................................27 4.3 Crescimento e manutenção da cultura de Células ................................................27 4.4 Irradiação......................................................................................................................28 4.5 Microscopia de Fluorescência...................................................................................30
5 RESULTADOS .....................................................................................................................32 6 DISCUSSÃO.........................................................................................................................42 7 CONCLUSÃO.......................................................................................................................46 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................47 APÊNDICE B – Análise Estatística da Necrose imediata grupos laser vs LED......................55 APÊNDICE C – Análise Estatística da apoptose imediata grupos laser vs LED.....................61 APÊNDICE D – Análise Estatística da Necrose 24h nos grupos laser vs LED.......................63 APÊNDICE E – Análise Estatística da apoptose 24h dos grupos laser vs LED. .....................69
12
1 INTRODUÇÃO
Com o controle cada vez mais rigoroso em relação ao uso de animais de
laboratório, há a necessidade de desenvolver e padronizar testes in vitro que
possam detectar a toxicidade de dispositivos para uso em seres humanos. Embora
os métodos in vitro não substituam os métodos in vivo, constituem uma etapa inicial
de uma investigação científica, apresentando vantagens em relação aos in vivo tais
como poder limitar o número de variáveis experimentais, obter dados significativos
mais facilmente além do período de teste ser, em muitos casos, mais curto. Além
disso, fornecem um montante significante de informações, e podem ser conduzidos
em condições controladas, sendo que os resultados obtidos no teste in vitro podem
ser indicativos para os efeitos observados in vivo (ROGERO et al., 2003; RIBEIRO;
MARQUES; SALVADORI, 2006).
Skinner, Gage e Wilce (1996) através de pesquisa utilizando aplicação de
laser GaAs pulsado, em diferentes densidades de energia, em culturas de
fibroblásticas de embriões humanos, observaram um aumento significativo nos
níveis de colágeno nas células irradiadas. Adicionalmente, ainda dentro da esfera de
estudos bioquímicos, outros autores indicaram um aumento em DNA e síntese ATP
in vitro (SKINNER; GAGE; WILCE, 1996; PUGLIESE et al., 2003).
Estudos sobre proliferação celular evidenciam cerca de 50% da radiação
infravermelha é absorvida por cromóforos mitocondriais, incluindo o citocromo c-
oxidase, considerado o fotorreceptor primário da célula (DESMET et al., 2006).
Karu (2003) relatou através de seus estudos que a radiação infravermelha
absorvida nas moléculas da cadeia respiratória das mitocôndrias (tais como o
citocromo c-oxidase), levam a um aumento do metabolismo celular. Segundo
Carnevalli et al. (2003), este aumento da produção de ATP mitocrondrial observado
após a irradiação induz reações que interferem no metabolismo celular, sendo que o
efeito biomodulatório da terapia laser de baixa potência ocorre através da ativação
da produção de ATP e aumento da mitose devido ao processo de excitação da
respiração celular e porfirinas endógenas.
Dinant et al. (2007) investigaram a indução de dano local em DNA em cultura
de células através da microscopia confocal utilizando laseres de diferentes
comprimentos de onda: 800 nm, 405 nm e 266 nm, e observaram uma ampla
13
resposta de mecanismos de reparo celulares e alteração da interação cinética entre
as proteínas.
Dentre os danos que podem ocorrer, é possível mencionar os mecanismos de
morte celular em dois principais tipos: necrose e apoptose, ambos desencadeados
por agressões intracelulares ou extracelulares. O processo de necrose ocorre
principalmente devido às perturbações externas e não fisiológicas, enquanto que o
processo de apoptose pode ocorrer através de via extrínseca (citoplasmática) ou
intrínseca, também denominada via mitocondrial (PAROLIN; REASON, 2001;
AMARANTE-MENDES, 2003; GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
Sendo que os mecanismos de morte celular podem ser iniciados por diversos
estímulos diferentes, a radiação pode ser considerada um agente iniciador deste
processo. O grau de indução, no entanto, ainda é controverso, não havendo doses
definidas ou propostas para a constituição de uma janela terapêutica que possa ser
empregada para a fototerapia de baixa potência (laser e LED) (COOMBE et al.,
2001; MIRZAIE – JONIANI et al., 2002; SONEWENND; NICOLAU, 2007).
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Mecanismos de morte celular
O desenvolvimento e a manutenção dos organismos multicelulares dependem
de uma interação entre as células que o constituem. A perda irreversível das
atividades integradas da célula com consequente incapacidade de manutenção de
seus mecanismos de homeostasia é um fenômeno denominado morte celular
(FABRIS, 1992; GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
Durante muito tempo, a morte celular foi considerada um processo passivo de
caráter degenerativo, que ocorre em situações de lesão celular, infecção e ausência
de fatores de crescimento, e que teria como conseqüência, alteração da integridade
da membrana plasmática, aumento do seu volume e perda das suas funções
metabólicas celulares. Entretanto, nem todos os eventos de morte celular são
processos passivos, pois os organismos multicelulares são capazes de induzir a
morte celular programada como resposta a estímulos intracelulares ou extracelulares
(GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
A morte celular ocorre em decorrência a agressões a célula, que podem ser
nutricionais, genéticos, físicos, químicos ou biológicos. Essa injúria perturba o
equilíbrio homeostático e a célula pode reagir de diferentes modos, dependendo da
combinação entre o tempo, a dose e a intensidade de atuação do agente agressor
(FABRIS, 1992).
Necrose e apoptose, os principais processos de morte celular, são
desencadeados por estímulos diversos, sendo possível sua diferenciação, e
conseqüente mensuração, por alterações específicas ocorridas no nível dos
compartimentos celulares (SPENCER NETTO; FERRAZ, 2001; EDINGER;
THOMPSON, 2004).
O estudo dos mecanismos de morte programada ganhou importância em
muitos aspectos da biologia, incluindo estudos do desenvolvimento embrionário,
patogênese e a resposta à terapias celulares. A detecção da apoptose,
consequentemente, tornou-se crucial para esses estudos, variando desde
observações de alterações morfológicas que diferenciam as células apoptóticas de
15
necróticas até conhecimento dos fatores bioquímicos e genéticos que levam a este
processo (BARRETT et al., 2001).
A microscopia é uma das mais precisas e mais utilizadas ferramentas para
avaliação da morte celular, pois permite a identificação das características clássicas
através da morfologia celular (DOONAN; COTTER, 2008).
Figura 1 – Diferenças morfológicas da apoptose e necrose Fonte: Grivicich; Regner e Rocha, (2007).
2.1.1 Necrose
A necrose, geralmente mediada por estímulos externos agressivos e não
fisiológicos, é um tipo de morte na qual as células sofrem uma injúria que resulta,
morfologicamente, por aumento de volume citoplasmático e mitocondrial, que
resultam na perda abrupta da integridade da membrana plasmática (citólise) e à
16
alteração de seus gradientes eletroquímicos. Ocorre liberação do conteúdo
intracelular, este último, responsável pela resposta inflamatória deste processo
(BONINI; MOURA; FRANCO, 2000; PAROLIN; REASON, 2001; SPENCER NETTO;
FERRAZ, 2001; ANAZETTI; MELO, 2007).
Através da microscopia de fluorescência é possível observar, nas células que
sofreram necrose, alterações na morfologia nuclear (sem condensação da
cromatina) e formação de fragmentos de DNA (ácido desoxirribonucléico)
(DOONAN; COTTER, 2008).
Figura 2 – Fotomicrografia de célula necrótica. A. Microscopia eletrônica de transmissão (EDINGER; THOMPSON, 2004). B. Microscopia de fluorescência.
A necrose celular pode ocorrer devido à atuação de enzimas da própria célula
(autólise) ou em conseqüência à ação de enzimas extracelulares provenientes de
macrófagos e leucócitos que aportam ao local da morte celular (heterólise). Resulta
de uma alteração bioenergética que leva a depleção do ATP (adenosina trifosfato) a
níveis incompatíveis com a sobrevivência celular e pode ser desencadeada por
diversos fatores, tais como deficiências no aporte nutricional, respiratório ou
circulatório, ação de agentes físicos (calor, frio, radiações), agentes químicos
(substâncias tóxicas) ou agentes biológicos (FABRIS, 1992; ORTEGA-CAMARILLO
et al., 2001; EDINGER; THOMPSON, 2004).
2.1.2 Apoptose
A B
17
O termo apoptose ou “morte celular programada” foi inicialmente descrita em
1972 por Kerr, Wyllie e Currie para caracterizar um determinado aspecto morfológico
de morte celular, desta forma, métodos que avaliam características morfológicas
para determinação da presença de células apoptóticas ainda são amplamente
utilizadas para estudos (DOONAN; COTTER, 2008).
A apoptose é considerada um mecanismo essencial para a manutenção da
homeostase em organismos multicelulares. As cascatas de transdução de sinal que
ativam a apoptose estão presentes em todas as células e são mantidos em um
estado inativo em condições normais. O programa apoptótico pode ser ativado por
uma variedade de estímulos exógenos, tais como a ligação de moléculas a
receptores de membrana, ação de agentes quimioterápicos, radiação ionizante,
danos no DNA, choque térmico, deprivação de fatores de crescimento, baixa
quantidade de nutrientes e níveis aumentados de espécies reativas do oxigênio
(BARAK; GOLDKORN; MORSE, 2005; GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
De um modo geral, a apoptose é um fenômeno no qual ocorre uma retração
da célula, que causa perda da aderência com a matriz extracelular e células
vizinhas. As organelas celulares mantêm a sua morfologia, com exceção, em alguns
casos, das mitocôndrias, que podem apresentar ruptura da membrana externa. A
cromatina sofre condensação e se concentra junto à membrana nuclear, que se
mantém intacta. Em seguida, a membrana celular forma prolongamentos (blebs) e o
núcleo se desintegra em fragmentos envoltos pela membrana nuclear e os
prolongamentos da membrana celular aumentam de número e tamanho e rompem,
originando estruturas contendo o conteúdo celular. É a formação destes corpos
apoptóticos que impedem o extravasamento de material citoplasmático para o meio
extracelular, não ocorrendo, portanto, resposta inflamatória (BONINI; MOURA;
FRANCO, 2000; GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
Um dos aspectos que distingue a apoptose da necrose é a preservação da
integridade da membrana plasmática que evita a liberação dos constituintes
celulares para o meio extracelular (PAROLIN; REASON, 2001).
Desta forma, visto através de microscopia de fluorescência, é possível
observar os núcleos apoptóticos menores que os núcleos normais, com cromatina
condensada e fragmentação nuclear. Em seus estudos, Doonan e Cotter (2008)
concluíram que a caracterização da morte celular por apoptose é irrefutável quando
as características morfológicas são atendidas.
18
Figura 3 – Fotomicrografia de célula apoptótica. A. Microscopia eletrônica de transmissão (EDINGER; THOMPSON, 2004). B. Microscopia de fluorescência.
A ativação da apoptose pode ser iniciada de duas diferentes maneiras: pela
via extrínseca (citoplasmática) ou pela via intrínseca (mitocondrial), esta última,
desencadeada por “sinais de estresse” provenientes do interior da própria célula
(AMARANTE-MENDES, 2003; GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
2.1.3 O papel da mitocôndria nos processos de morte celular
A mitocôndria, organela fundamental para manutenção das funções celulares
vitais, também desempenha um papel-chave nas vias de morte celular (BERNARDI
et al., 1999).
A mitocôndria participa da manutenção de funções celulares vitais, tais como
respiração celular e síntese de ATP, modulação do estado redox da célula,
regulação osmótica, controle do pH, homeostasia do cálcio no citosol e sinalização
intracelular. Paradoxalmente, a mitocôndria guarda no espaço intermembranoso
substâncias capazes de deflagrar o processo de morte celular, entre as quais figura
o citocromo-c (PAROLIN; REASON, 2001).
Os citocromos são proteínas transportadoras de elétrons que fazem parte da
membrana interna da mitocôndria, classificados em a, b e c segundo o espectro de
absorção que apresentam. Ao contrário dos outros citocromos, que são proteínas
A B
19
integradas, o citocromo-c é uma proteína periférica relativamente pequena
(MARZZOCO; TORRES, 1999).
O sinal apoptótico leva à liberação do citocromo-c, que quando liberado da
mitocôndria se associa a duas proteínas presentes no citosol — a apaf-1 (Fator 1
Ativador de Proteases Apoptóticas - Apoptotic Protease Activating Factor-1 ) e a pró-
caspase-9 ¾ e na presença de ATP, ativa a caspase-9. A caspase-9, por sua vez,
ativa as pró-caspases-3 e 7, que executam o processo de apoptose (LAWEN, 2003).
A presença da caspase-3, no entanto, marca o início da apoptose, uma vez que
trata-se de uma protease que atua como efetora da fragmentação celular. A
caspase-3 pode amplificar a cascata de proteólise pela ativação da caspase-8
(protease reguladora e iniciadora) e pela clivagem das proteínas anti-apoptóticas
que, normalmente, garantem a integridade da membrana mitocondrial (PAROLIN;
REASON, 2001).
As caspases hidrolisam ligações peptídicas específicas em proteínas-alvo,
que após hidrólise deste tipo de ligação contribuem para o processo de morte celular
por ganho ou perda de sua atividade (DEVLIN, 2007).
Outro fator a ser considerado mediante a atuação da mitocôndria no processo
de morte celular é a concentração de cálcio (Ca) presente no interior da célula. O
excesso de Ca no interior celular possui caráter tóxico, sendo associado a uma
consequente necrose devido a um desarranjo da integridade célula que decorre de
diferentes tipos de lesão (RIMESSI et al., 2008).
As mitocôndrias possuem poros de transição de permeabilidade mitocondrial,
que se abrem quando esta organela é exposta a altas concentrações de cálcio,
especialmente quando associada à depleção de nucleotídeos adenina estresse
oxidativo. As principais consequências da sua abertura são: o desacoplamento da
fosforilação oxidativa, a perda de íons e pequenas moléculas da matriz mitocondrial
e extenso aumento de volume da mitocôndria (HALESTRAP et al., 2000).
A abertura deste poro de permeabilidade causa, simultaneamente, ativação
das caspases (potencialmente levando à apoptose) e depleção de ATP
(potencialmente causando necrose). Dessa forma, a disputa entre a ativação das
caspases e a depleção de ATP irá orientar a morte celular, seja por apoptose, seja
por necrose (PAROLIN; REASON, 2001).
A disputa pode ser vencida pelas caspases quando estas são diretamente
ativadas pelos receptores da superfície celular e quando o poro de permeabilidade
20
se abre em apenas algumas mitocôndrias, permitindo que as demais sintetizem
ATP. Nestas circunstâncias, a célula entra no processo de apoptose. Por outro lado,
se o poro de permeabilidade é aberto rapidamente e a célula não pode obter energia
suficiente a partir da glicólise anaeróbia, a depleção do ATP impede que a apoptose
de instale (processo ativo que requer energia) e a célula morre por necrose
(PAROLIN; REASON, 2001).
2.2 Laser
Em 1917, Albert Einstein estabeleceu as bases teóricas do laser (Light
Amplification by Stimulated Emission of Radiation) no artigo Zur Quantentheorie der
Strahlung. Essa emissão posteriormente foi dividida em alta-potência (laseres com
potencial destrutivo) e baixa potência (sem potencial destrutivo) (ROCHA JÚNIOR et
al., 2007).
A luz laser pode ser definida como uma luz amplificada, produzida por
radiação eletromagnética que se manifesta como luz monocromática. Para se
produzida, a luz laser necessita de átomos, constituídos por um núcleo central, que
está carregado positivamente rodeado por elétrons negativamente carregados que
se movem em torno do núcleo em trajetórias circulares; neste movimento rotacional,
há emissão de energia, que é liberada sob a forma de emissão de partículas ou
pacotes de ondas luminosas denominadas fótons. Esse fenômeno recebe o nome
de emissão estimulada da luz (GENOVESE, 2000; ROCHA, 2004; ROCHA JÚNIOR
et al., 2007).
A resposta biológica inicial para a irradiação é a absorção da energia do fóton
pelo tecido-alvo. Cromóforos endógenos ou exógenos são os fotorreceptores
primários, sendo a absorção de energia pela água e moléculas biológicas pode ser
seguida de alterações fotoquímicas ou de temperatura teciduais (BRONDON;
STADLER; LANZAFAME, 2005).
A diferença entre os vários tipos de laser deve-se a seus respectivos
comprimentos de onda e parâmetros terapêuticos empregados, ou seja, fluência,
irradiância, forma de emissão contínua ou pulsada, entre outros (ROCHA JÚNIOR et
al., 2007).
21
De acordo com Fukuda, Malfatti (2008), dentre os aspectos mais relevantes, e
mais divergentes, na aplicação da terapia laser de baixa intensidade pode-se citar a
dose, definida como a quantidade de radiação oferecida ao tecido (Joules por
centímetro quadrado). Embora a dosimetria seja definida de acordo com o quadro
clínico apresentado pelo paciente, a maioria dos autores afirma que a energia a
depositar em um tecido por unidade de superfície deve situar-se entre 1 e 6 J/cm2.
Segundo Genovese (2000), neste intervalo de dosimetria é possível obter efeito
antiinflamatório, antiálgico, regenerativo e circulatório. Acredita-se que não se deve
ultrapassar uma densidade de energia de 12 J/cm2, sob risco de um efeito inibidor
(BRUGNERA; PINHEIRO, 1998).
Recentemente, a utilização da laserterapia de baixa potência vem ganhando
considerável reconhecimento e suas possíveis aplicações clínicas, como modalidade
terapêutica, em lesões de tecidos moles e mineralizados, têm sido amplamente
estudadas. Estudos in vitro e in vivo têm demonstrado que o tratamento com laser
altera positivamente as propriedades eletrofisiológicas do tecido irradiado,
acelerando reações bioquímicas, ativação fibroblástica, síntese de colágeno,
neovascularização, aumentando a atividade fagocitária de leucócitos e inibindo a
proliferação bacteriana em culturas celulares (COUTINHO et al., 2007; OLIVEIRA et
al., 2008).
Os efeitos da utilização do laser de baixa potência a níveis celulares e
moleculares têm sido demonstrados em vários estudos. A radiação laser afeta a
cadeia respiratória da mitocôndria devido à mudança de potencial elétrico das
membranas celulares e, consequentemente, sua permeabilidade seletiva para íons
sódio, potássio e cálcio, ou devido ao aumento da atividade de certas enzimas como
citocromo-c oxidase e ATP (KOUTNÁ; JANISCH; VESELSKÁ, 2003).
A luz absorvida por cromóforos produz efeitos fotofísicos e fotoquímicos, que
juntos ou isolados, aumentam a estimulação celular ao nível da membrana
mitocondrial, acarretando um aumento do potencial de membrana e gradiente iônico.
Essas alterações resultam em alta atividade de NADH (nicotinamida adenina
dinucleotídeo), que resulta no aumento da produção de ATP, RNA (ácido
ribonucléico) e síntese de protéica da mitocôndria (WERNECK et al., 2005).
22
2.3 LEDs – DIODOS EMISSORES DE LUZ
Embora o fenômeno da eletroluminescência tenha sido descoberto por Henry
Round em 1907, a geração de luz através do mecanismo LED (diodos emissores de
luz) foi descoberta por Oleg Vladimirovich Losev. Em meados de 1920, Losev
observou inicialmente a emissão de luz através do óxido de zinco e diodos de cristal
de carboneto de silício utilizando receptores de rádio quando a corrente passava
sobre eles. Seu primeiro artigo sobre diodos emissores de carboneto de silício foi
publicado em 1927, mas somente em 1929 publicou detalhadamente seus
resultados com espectro LED, quando estabeleceu a corrente limiar para emissão de
luz através de um ponto de contato entre um arame metálico e um cristal de
carboneto de silício, e registrou o espectro da luz. Em seus 16 artigos publicados
entre 1924 e 1930 forneceu um estudo abrangente sobre o LED e delineou as suas
aplicações. Seguiram-se depois disso, 43 publicações em jornais de pesquisa
britânicos, russos e alemães, além de 16 patentes (ZHELUDEV, 2007; ALBEANU et
al., 2008).
Losev utilizou a teoria quântica de Einstein para explicar a ação do LED, e
denominou esse processo de emissão de “efeito fotoelétrico inverso” (ZHELUDEV,
2007).
Os LEDs são pequenos dispositivos que emitem uma banda estreita da
radiação eletromagnética nos limites do UV aos comprimentos de onda visíveis e
infravermelhos, gerados através de um semicondutor. Quando a corrente é
alimentada por um semicondutor (geralmente de cristal siliconado), elétrons livres
são gerados, mas também uma fenda, formada quando um átomo lança um elétron
de sua camada. Este átomo pode roubar outro elétron para sua camada, que por
sua vez pode roubar um elétron da camada seguinte. As fendas movem-se pelo
cristal na direção oposta aos elétrons. Se um elétron choca-se com uma fenda, é
gerada recombinação energética, que é entregue diretamente sob a forma de um
fóton (PONTINEN, 1992; DOVER; ARNDT; HILL, 2003).
Fisicamente os LEDs são configurados em pequenos chips ou unidos a
pequenas lâmpadas (normalmente 3-5 mm no diâmetro). Uma vez unidos, LEDs
geram luz de potência baixa, na ordem de milliwatt. Para aplicações médicas, muitos
LEDs podem ser colocados em conjunto para gerar coletivamente densidades altas
23
de energia, embora realizado à custa da vida operacional reduzida. O poder e as
necessidades de manutenção são mínimos, e uma lâmpada típica pode ter uma vida
de trabalho de não menos que 100000 horas (DOVER; ARNDT; HILL, 2003).
Figura 4 – Estrutura do LED: diodo semicondutor (1), fio conector (2), refletor côncavo (3), lente (4), ânodo (5) e cátodo (6) FONTE: Gorelik et al. (2008).
O mecanismo da ação de LEDs na terapia não-ablativa não é inteiramente
elucidado devido à novidade da aplicação. Contudo, a utilização do LED representa
uma recente e não-invasiva intervenção terapêutica para o tratamento de feridas,
infecções e isquemias (DOVER; ARNDT; HILL, 2003; QUEIROZ et al., 2008).
Investigações preliminares do mecanismo sugerem que LEDs possam instigar
a regulação fibroblástica e remodelamento colágeno. Os achados de pesquisa
permanecem especulativos, mas uma característica promissora de LEDs comparado
com os laseres é que os efeitos no tecido são realizados sem preceder o dano
térmico ou eritema visível e edema (DOVER; ARNDT; HILL, 2003).
Atualmente os LEDs estão sendo introduzidos comercialmente como uma
alternativa para as terapias que utilizam laser de baixa potência, embora apresentem
ausência de coerência e uma banda maior de comprimento de onda, quando
comparados a laseres. Estas diferenças ópticas podem não representar ausência de
efeito biológico quando empregada terapia com LED, pois a coerência da luz é
perdida nos primeiros extratos teciduais e as respostas biológicas são determinadas
24
pela absorção dos fótons pelos tecidos, independentemente de sua fonte de
emissão (RIGAU, 1996; QUEIROZ et al., 2008).
Segundo Karu (2003) tanto a luz coerente quanto a não coerente possuem a
capacidade de produzir mesma resposta biológica em tecidos, desde que estejam
ajustados nos mesmos parâmetros (comprimento de onda, dosagem e intensidade).
2.4 Radiação Infravermelha O comprimento de onda é uma das características mais importantes na
terapia laser de baixa potência, uma vez que determina quais fotorreceptores
celulares irão interagir. A região espectral do infravermelho é dividida de acordo com
o comprimento de onda em sub-regiões denominadas infravermelho próximo (800-
1500 nm), médio (1500-5600 nm) e longo (5600-10000 nm). A profundidade de
penetração na pele e tecidos subcutâneos apresentam caráter crescente com o
aumento do comprimento de onda. Comprimentos de onda curtos, como no
infravermelho próximo, atingem o tecido subcutâneo sem aumentar acentuadamente
a temperatura superficial da pele, enquanto no infravermelho longo a radiação é
totalmente absorvida nas camadas epidérmica, provocando aumento da
temperatura, este fato se deve pela alta absorção destes comprimentos de onda
pela água presente nos tecidos (SCHIEKE; SCHROEDER; KRUTMANN, 2003;
ARRUDA et al., 2007).
A radiação infravermelha apresenta um grande poder de penetração nos
tecidos, embora nessa essa região do espectro eletromagnético ela não seja mais
visível, possuindo menor energia, mas grande capacidade de gerar efeitos térmicos.
Os componentes dos tecidos biológicos têm a capacidade de absorver a energia
luminosa transformando-a em energia útil para a célula principalmente em situações
de estresse celular, sendo cromóforos mitocondriais os componentes de absorção
da radiação infravermelha (KARU, 1999; RIGAU, 1996; KOUTNÁ; JANISCH;
VESELSKÁ, 2003).
Thawer e Houghton (1999) realizaram uma pesquisa com radiação
infravermelha em membros de ratos em estágio de formação mantidos in vitro. Ao
14º dia, quando os dedos estavam em fase de separação nos membros dianteiros, e
25
em desenvolvimentos nos membros traseiros, os animais foram eutanasiados e os
membros mantidos em sistemas orgânicos de cultura para crescimento. Estes foram
irradiados diariamente por 60 segundos com laser de GaAs (904 nm), durante um
período de 3 a 5 dias. Resultados demonstraram que a radiação com baixa
densidade de energia de 0,23 J/cm2 e 1,37 J/cm2 afetaram, de forma
significativamente inibitória, o crescimento e desenvolvimento dos membros fetais
em sistemas de cultura orgânica, pois constatou-se nos mesmos o aumento do
número de células dérmicas e espessura de fibras colágenas.
Segundo Schieke, Schroeder e Krutmann (2003) a radiação infravermelha
(760 nm), em torno de 75 J/cm2, devido a mecanismos moleculares ainda
desconhecidos, parece estar envolvida em fotoenvelhecimento e, potencialmente,
também em processos de fotocarcinogênese. No entanto, em contraste com efeitos
potencialmente prejudiciais, a radiação infravermelha também poderia ter efeitos
benéficos na pele humana, conferindo-lhe proteção contra a citotoxicidade induzida
pela radiação.
Mendez et al. (2004) observou a influência da dose e comprimento de onda
no reparo tecidual em feridas cutâneas de ratos com radiação laser 830 nm e 685
nm, em doses de 20J/cm² e 50 J/cm². Os resultados obtidos evidenciaram que os
grupos irradiados com o laser infravermelho, na dose 50 J/cm² apresentou aumento
significativo na produção de colágeno quando comparado com o grupo controle e ao
grupo irradiado com 20 J/cm².
26
3 OBJETIVOS
O presente estudo tem como objetivo avaliar a frequência de apoptose e
necrose após diferentes doses de laser e LED operando na região espectral do
infravermelho próximo em cultura celular.
27
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Linhagem celular
A linhagem celular utilizada para realização dos experimentos foi de CHO -K1
(ovário de hamster chinês) gentilmente cedida pela Profa. Dra. Ilce Mara de Syllos
Cólus.
4.2 Meio de Cultura
As células foram mantidas em meio HAM F-12, para uso das células o meio
foi suplementado com 10% de soro fetal bovino mediante ausência de antibiótico.
4.3 Crescimento e manutenção da cultura de Células
Para propagação das células, as mesmas foram incubadas por 3 minutos com
2 mL de tripsina a 0,005%, o conteúdo das células em suspensão foi retirado e
distribuído em garrafas de cultura de 25 cm2 e adicionado meio HAM F-12 com 10%
de soro fetal bovino afim de completar 3 mL. As garrafas foram incubadas em estufa
com controle automático de temperatura 37ºC e pressão 95% de O2 e CO2 à 5%
(CARNEVALLI et al.,2003).
O crescimento celular foi devidamente acompanhado por meio de observação
em microscópio invertido Olympus CK4. As células foram cultivadas e quando da
formação de uma monocamada confluente realizou-se a tripsinização.
Para realização da tripsinização e plaqueamento celular foi removido o meio
das garrafas, e as células foram lavadas com PBS (3 mL) e receberam adição
tripsina (2 mL) até cobrir as células. A seguir foi acrescentado meio de cultura para
desprender as células. A suspensão celular foi transferida para tubo de 15 mL, o
28
qual foi centrifugado (FANEM Baby1) por 5 min com velocidade de 2500 rpm. Após
sedimentação foi desprezado o sobrenadante, sem agitar as células. Foi colocado 1
mL de meio de cultura no tubo de 15 mL e realizada a ressuspensão do sedimento.
Em um eppendorf contendo 90 µL de azul de Trypan foram adicionados 10 µL de
células com meio. As células foram homogeneizadas e contadas em câmara de
Neubauer. Foram adicionadas 5 x 105 células por poço em placas de cultura de 24
poços (TPP®) contendo lamínula estéreis. O volume total de células e meio de
cultura por poço totalizavam 200 µL por poço. Todas as células permaneceram
cerca de 18 horas para aderência nas lamínulas, após este período foi efetuada a
irradiação.
4.4 Irradiação
O laser (830 nm, RJ-laser Alemanha, PHYSIOLASER Olympic) e o LED (945
± 20 nm, protótipo) empregados no estudo, foram submetidos à medida de potência
média (Melles Griot-Broadband Power / Energy - Meter 13PE M001), previamente
aos experimentos. Antes do procedimento de irradiação das células, foram
realizados testes de transmissão da radiação (laser e LED) através da placa acrílica
contendo uma lamínula de vidro, utilizando diferentes quantidades de meio de
cultura. Foram realizadas medidas em triplicata com acrílico e lamínula, e em
seguida acrescentando-se a cada mensuração 50 µL de meio de cultura, visando
verificar qual o volume poderia ser utilizado sem interferência nas doses
experimentais. Considerando que o acrílico das placas e a lamínula filtram 20% da
radiação, e que o meio HAM-F12 podem alterar a potência a partir de 300 µL,
empregou-se uma potência de saída de 30 mW dos equipamentos (24 mW de
potência transmitida para o meio) e 200 µL de meio de cultura.
As células foram irradiadas em poços alternados para que a dose utilizada
não tivesse interferência sobre outros poços (Figura 6 e 7).
29
Figura 5 – Esquema de irradiação da placas (poços hachurados).
A irradiação foi feita através de contato direto com a porção inferior dos poços
(figura 7),
1,862cm² / Área de contato = 1cm² Placa 24 poços
Figura 6 – Esquema de irradiação dos poços com lamínula.
As culturas inicialmente irradiadas ao abrigo de luz, em triplicata, com laser e
com LED, ambos com potência de 24 mW (0,024 W), área de contato de 1 cm2, raio
de 0,5 cm, frequência de 150.000 Hz para o laser (BAHR: 3) e contínua para o LED,
densidade de potência de 0,024 W/cm2. Foram empregadas diferentes densidades
de energia (potência x tempo / área), energias (potência x tempo) e tempos
experimentais (tabela 1).
lamínula
Potência saída = 30 mW
Potência transmitida = 24 mW
30
Tabela 1 – Parâmetros de irradiação para o laser e o LED.
Densidade de Energia (J/cm²)
Energia (J)
Tempo (segundos)
10 7,20 300 20 15,84 660 30 43,20 960 40 29,52 1230 50 38,88 1620
Cada dose foi analisada em triplicata imediatamente e 24 horas após a
irradiação.
4.5 Microscopia de Fluorescência
Para a microscopia de fluorescência foram empregados os corantes de
laranja de acridine e brometo de etídio. Os corantes laranja de acridina e brometo
de etídio, utilizados na proporção 1:1, são capazes de diferenciar morfologicamente
necrose de apoptose celular. O laranja de acridina ao se intercalar com o DNA
produz a coloração verde e o brometo de etídio penetra somente nas células mortas,
corando-as de vermelho (McGAHON et al., 1995; POERSCH et al., 2007).
Neste experimento foi acrescentado 1 µL de solução laranja de acridina /
brometo de etídio, em 25 µL por poço. Imediatamente após a coloração, a lamínula
era retirada e colocada sobre lâmina para análise por meio de microscopia de
fluorescência. Para análise foi utilizado o filtro de excitação em aproximadamente
560 nm e emissão 590 nm do microscópio de fluorescência (Leica). As lâminas
foram fotografadas em objetiva 40x com sistema fotográfico Leica MPS-30 (JEON et
al., 2002; RIBBLE et al., 2005).
Foram contabilizadas 100 células por lamínula, sendo estas consideradas
normais quando coradas em verde, em apoptose quando coradas em alaranjado e
em necrose quando coradas em vermelho (figura 7).
31
A B C
Figura 7 - Classificação morfológica das células: A – célula normal (cromatina organizada), B – célula apoptótica (cromatina altamente condensada ou fragmentada) e C – célula em necrose (cromatina organizada).
O cálculo para a determinação da porcentagem de células em apoptose e
necrose foi realizado conforme a seguir:
Frequência de células em apoptose (%) = n° total de células em apoptose x 100
n° de células contadas
Frequência de células em apoptose (%) = n° total de células em necrose x 100
n° de células contadas
A B C
32
5 RESULTADOS A morfologia do grupo controle, utilizada como parâmetro de comparação
para com os grupos laser e LED, está demonstrada na figura 8.
Figura 8 – Morfologia celular do grupo controle (células que não sofreram irradiação), com presença de células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco). Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x.
Observou-se cromatina organizada, integridade de membrana, presença de
pequena freqüência de células necróticas (14,3%) e apoptóticas (12,3%).
Freqüência de necrose e apoptose imediatamente após irradiação
As diferentes respostas celulares, relacionadas aos mecanismos de morte
induzidos imediatamente após a irradiação infravermelha, podem ser observadas na
figura 9.
*
*
33
Figura 9 – Análise imediata da morfologia celular após irradiação das células com diferentes densidades de energia de Laser ou LED: A – 10 J/cm², B - 20 J/cm², C - 30 J/cm², D - 40 J/cm² e E - 50 J/cm². Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x. Células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco).
**
34
Necrose
A frequência de células em necrose, com análise imediata após a irradiação,
manteve-se menor que o grupo controle nas doses 10 J/cm² e 20 J/cm², sendo que,
doses mais altas acarretaram índices crescentes de células necróticas. A necrose,
no entanto, ocorreu mais expressivamente nas células irradiadas por LED (Apêndice
A, figura 10).
0
20
40
60
80
100
120
10 20 30 40 50Densidade de Energia (J/cm2)
Freq
uênc
ia d
e N
ecro
se (
Laser LED
Figura 10 – Freqüência de necrose (%) imediatamente após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão.
Na análise intergrupos observou-se diferença significativa (p<0,05) entre os
grupos controle vs LED e laser vs LED (tabela 2).
%
35
Tabela 2 – Freqüência de necrose (%) imediatamente após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle.
Frequência de Necrose Imediata DE(J/cm²)
Controle Laser LED p
10 14,3 ± 6,5 vs 5,0 ± 4,0 vs 5,0± 4,5 ns
20 14,3 ± 6,5 vs 5,3 ± 4,9 vs 4,0 ± 2,6 ns
30 14,3 ± 6,5 vs 28,0 ± 21,3 vs 66,0 ±51,2 ns
40 14,3 ± 6,5 vs 10,6 ± 9,0 vs 85,6± 24,8 a,b
50 14,3 ± 6,5 vs 56,3 ± 19,5 vs 84,0± 27,7 a
p<0,05: a - Controle vs LED; b- Laser vs LED. ns – não significante.
A frequência de necrose, avaliada imediatamente após a irradiação, foi
estatisticamente significante (p<0,05) para o grupo LED 40 J/cm² em relação aos
grupos controle e laser 40 J/cm². O grupo LED 50 J/cm² foi significativamente
(p<0,05) superior em relação ao grupo controle e laser 40 J/cm² (tabela 2).
A frequência de necrose, avaliada imediatamente após a irradiação, foi
estatisticamente muito significante (p<0,01) para o grupo LED 40 J/cm² em relação
aos grupos laser 10 J/cm², laser 20 J/cm², LED 10 J/cm² e LED 20 J/cm². O grupo
LED 50 J/cm² apresentou diferença muito significante (p<0,01) em relação aos
grupos laser 10 J/cm², laser 20 J/cm², LED 10 J/cm² e LED 20 J/cm² (tabela 2,
Apêndice B).
Apoptose
Os resultados obtidos demonstram que nas células analisadas
imediatamente, ocorreu uma diminuição expressiva da frequência de apoptose no
grupo laser nas doses de 10, 40 e 50 J/cm² em relação ao grupo controle. A redução
da freqüência de apoptose foi notória após o emprego da irradiação LED com dose
de 40 J/cm². Observou-se que a irradiação com LED, na dose de 30 J/cm², eleva
36
expressivamente a freqüência de apoptose em relação aos demais grupos (figura
11, tabela 3, Apêndice C).
0
20
40
60
80
100
10 20 30 40 50Densidade de Energia (J/cm2)
Freq
uênc
ia d
e A
popt
ose
Laser LED
Figura 11 – Freqüência de apoptose (%) imediatamente após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão. Tabela 3 - Freqüência de apoptose (%) imediatamente após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle.
Frequência de Apoptose Imediata DE(J/cm²)
Controle Laser LED p
10 12,3 ± 5,8 vs 6,0 ± 6,9 vs 11,6 ± 8,0 ns
20 12,3 ± 5,8 vs 11,0 ± 9,1 vs 12,0 ± 4,3 ns
30 12,3 ± 5,8 vs 9,0 ± 6,5 vs 29,0 ± 42,6 ns
40 12,3 ± 5,8 vs 3,3 ± 2,0 vs 2,0 ± 3,4 ns
50 12,3 ± 5,8 vs 1,3 ± 1,5 vs 9,3 ± 16,1 ns
p<0,05: a - Controle vs LED; b- Laser vs LED. ns – não significante.
%
37
Freqüência de necrose e apoptose 24 horas após irradiação
A morfologia das células após 24 horas da irradiação com laser e LED
infravermelho podem ser observadas na figura 10.
38
Figura 12 – Análise da morfologia celular após 24 horas da irradiação com diferentes densidades de energia: A – 10 J/cm², B - 20 J/cm², C - 30 J/cm², D - 40 J/cm² e E - 50 J/cm². Fotomicrografia de fluorescência de células coradas por Brometo de Etídio e Laranja de Acridina. Aumento de 40x. Células normais (cabeça de seta), células necróticas (seta) e células apoptóticas (asterisco).
*
*
39
Necrose
A freqüência de necrose após 24 horas da irradiação permaneceu superior no
grupo LED, a partir de 20 J/cm², em relação ao grupo controle, sendo esta
superioridade significante quando 40 J/cm² (p<0,05). Os grupos irradiados com
laser a partir de 40 J/cm² apresentaram freqüência de necrose expressivamente
superior ao grupo controle (figura 12, tabela 4, Apêndice D).
0
20
40
60
80
100
120
10 20 30 40 50Densidade de Energia (J/cm2)
Freq
uênc
ia d
e N
ecro
se (
Laser LED
Figura 13 – Freqüência de necrose (%) 24 horas após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão.
A frequência média de ocorrência de necrose após 24horas da irradiação, foi
estatisticamente significante (p<0,05) para o grupo LED 40 J/cm² em relação ao
controle e aos grupos laser 20 J/cm², laser 30 J/cm² e LED 20 J/cm², sendo
estatisticamente muito significante (p<0,01) no grupo LED 40 J/cm² em relação ao
grupo laser 10 J/cm², ao laser 30 J/cm² e ao grupo e LED 10 J/cm². O grupo laser 50
J/cm² foi estaticamente significante em relação ao grupo laser 10 J/cm², laser 30
J/cm² e LED 10 J/cm² (Apêndice C).
%
40
Tabela 4 - Freqüência de necrose (%) avaliada 24horas após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle.
Frequência de Necrose – 24 horas DE(J/cm²)
Controle Laser LED p
10 14,3 ± 6,5 vs 5,6 ± 6,6 vs 3,0 ± 1,7 ns
20 14,3 ± 6,5 vs 10,3 ± 5,5 vs 17,3 ± 17,9 ns
30 14,3 ± 6,5 vs 7,0 ± 6,0 vs 28,3 ± 8,5 ns
40 14,3 ± 6,5 vs 48,0 ± 27,8 vs 80,3 ± 34,0 a
50 14,3 ± 6,5 vs 68,3 ± 12,0 vs 51,6 ± 44,4 ns
p<0,05: a - Controle vs LED; b- Laser vs LED. ns – não significante.
Apoptose
Após 24 horas de irradiação, as células apresentaram frequência de
apoptoses superiores ao grupo controle nas doses laser de 10 J/cm² e 30 J/cm²,
sendo que no grupo irradiado por LED, as frequências permaneceram inferiores ao
controle somente na densidade de energia de 40J/cm². Os resultados não foram
considerados estatisticamente significativos (Apêndice E).
0
20
40
60
80
100
10 20 30 40 50Densidade de Energia (J/cm2)
Freq
uênc
ia d
e A
popt
ose
Laser LED
Figura 14 – Freqüência de apoptose (%) 24 horas após irradiação com laser ou LED com diferentes densidades de energia (10 J/cm², 20 J/cm², 30 J/cm², 40 J/cm² e 50 J/cm²). Linha pontilhada representa valor médio controle. Dados expressos em média e desvio padrão.
%
41
Tabela 5 - Freqüência de apoptose (%) avaliada 24 horas após a irradiação com laser ou LED em relação ao grupo controle.
Frequência de Apoptose – 24 horas DE(J/cm²)
Controle Laser LED p
10 12,3 ± 5,8 vs 20,0 ± 1,0 vs 13,6 ± 9,4 ns
20 12,3 ± 5,8 vs 9,0 ± 15,5 vs 18,0 ± 14,1 ns
30 12,3 ± 5,8 vs 20,0± 6,9 vs 13,0 ± 3,6 ns
40 12,3 ± 5,8 vs 1,6 ± 2,0 vs 9,6 ± 16,7 ns
50 12,3 ± 5,8 vs 1,3 ± 1,5 vs 42,3 ± 47,6 ns
p<0,05: a - Controle vs LED; b- Laser vs LED. ns – não significante.
42
6 DISCUSSÃO A linhagem CHO-K1 tem sido utilizada em diversas pesquisas relacionadas à
fototerapia de baixa potência, sendo os fibroblastos células amplamente utilizadas
neste tipo de estudo, pois os efeitos obtidos podem ser considerados relevantes em
diversas patologias (KIMURA et al, 1997; AL-WATBAN; ANDRES, 2000; OEHRING
et al., 2000; CARNEVALLI et al., 2003; PAZOS et al., 2003). A microscopia de
fluorescência é comumente empregada no estudo de culturas de fibroblastos. É um
método que permite a classificação quanto à morfologia celular, podendo ser
utilizado de maneira eficaz para detecção e diferenciação entre necrose e apoptose
celular (HALESTRAP et al., 2000 DOONAN; COTTER, 2008). Estes processos de
morte celular podem ser evidenciados morfologicamente através de corantes
fluorescentes que se intercalem ao DNA, tais como o laranja de acridina e brometo
de etídio (JEON et al., 2002). A distinção de células em necrose ou apoptose pode
ser realizada visto que o laranja de acridina penetra em células vivas intercalando-se
ao DNA, corando a célula de verde, enquanto o brometo de etídio penetra apenas
em células que possuam alteração de membrana (RENVOIZÉ et al., 1998;
KOSMIDER et al., 2004; TAKAHASHI et al., 2004).
Estudos demonstram que a fototerapia de baixa potência promove efeitos
significativos sobre a proliferação de macrófagos, fibroblastos, osteoblastos,
linfócitos, células endoteliais e queranócitos, além de influenciar na respiração
celular, síntese de ATP (AL-WATBAN; ANDRES, 2000; DESMET et al., 2006).
Observou-se neste estudo que as células irradiadas com laser, em todas as doses,
apresentaram indícios de proliferação celular superior às irradiadas com LED. Assim,
a grande variação nos resultados estatísticos obtidos após 24 horas pode ter
ocorrido devido ao aumento da mitose nas células viáveis.
A energia absorvida pelas células in vitro, no entanto, é limitada ao meio de
cultura, podendo assim, ocorrerem danos celulares e moleculares caso sejam
ultrapassadas doses-limite, embora este limite ainda não seja bem definido
(MIRZAIE – JONIANI et al., 2002; HOURELD; ABRAHAMSE, 2007).
Segundo Genovese (2000) a faixa de comprimento de onda na qual a
estimulação celular é máxima encontra-se entre 620 e 830 nm, sendo que a
43
aplicação tradicional da fotobiomodulação em modelos experimentais e clínicos
baseia-se na observação de que os efeitos biomodulatórios são geralmente
observados entre as densidades de energia de 1 e 10 J/cm² (BRONDON; STADLER;
LANZAFAME, 2005). Brugnera e Pinheiro (1998) acreditam que a partir de 12 J/cm²
a fototerapia de baixa potência possui efeito inibidor. No presente estudo, observou-
se prováveis efeitos inibitórios imediatos, com geração de necrose celular acima dos
valores normais, após irradiação laser e LED com doses a partir de 30 J/cm². Após
24 horas efeitos inibitórios foram observados com dose menor de LED (20 J/cm2) e
somente com 40 J/cm² de irradiação com laser, provavelmente devido à proliferação
celular. Estes dados enfatizam a importância de um estudo mediato após a
irradiação, visando observar efeitos em médio prazo. Sugere-se que a morte celular
imediatamente após a irradiação com laser a 30 J/cm², foi sobrepujada pela
proliferação de células restante observada após 24 horas. Este fato não ocorreu com
o grupo LED (30 J/cm²), provavelmente pela ausência de estimulação de divisão
celular tão intenso quanto do laser nesta dose. A influência do campo
eletromagnético gerado pela luz coerente (laser) e da freqüência (150.000 Hz) pode
ter influenciado de forma superior ao grupo LED (RUBINOV, 2009).
Pesquisas relacionadas à atuação da mitocôndria sobre os mecanismos de
morte celular evidenciam que esta organela contribui tanto para o processo de
apoptose quanto para a necrose. Em ambos os casos, há uma disfunção
mitocondrial, sendo que, quando há depleção de ATP ocorre morte por necrose
celular (PAROLIN; REASON, 2001; NIEMINEM, 2003).
De acordo com Karu et al. (2001) e Karu; Pyatibrat e Afanasyeva, (2004) o
mecanismo de atuação da terapia laser de baixa potência, em níveis celulares,
baseia-se no aumento do metabolismo oxidativo mitocondrial, causado por uma
excitação dos componentes da cadeia respiratória, fato que também ocorre através
da irradiação com LED’s, conforme descrito por Desmet et al. (2006). Esta excitação
pode causar um estresse oxidativo, consequentemente levando à morte celular
devido ao acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROS). O aumento do nível de
EROS leva à oxidação de lipídios proteínas e ácidos nucléicos, aumentando o
colapso do potencial de membrana mitocondrial interna, que leva a perda da
homeostasia celular interrompendo a síntese de ATP (LUBART et al., 2005;
GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007).
44
No presente estudo observou-se taxas expressivas de necrose celular após
irradiação (laser e LED no infravermelho próximo) com altas densidades de energia
(acima de 10 J/cm2). Estes resultados podem ter sido decorrentes do acúmulo de
EROS (GRIVICICH; REGNER; ROCHA, 2007) tanto pela irradiação com laser
quanto por LED (ALEXANDRATOU et al., 2002; TAFUR; MILLS, 2008), devido à
intensa excitação de atividade mitocondrial (HAWKINS, ABRAHAMSE; 2005;
DESMET et al., 2006; KARU; PYATIBRAT; AFANASYEVA, 2004). O comprimento
de onda dos equipamentos empregados (laser - 830 nm e LED - 945 ± 20 nm) está
dentro do infravermelho próximo. Estes têm sido aportados como responsáveis por
aumento de atividade celular (SONNEWEND; NICOLAU, 2007; SONNEWENND,
2009).
Hawkins e Abrahamse (2005) supõem que a irradiação laser acelera
formação de um gradiente eletroquímico de prótons na membrana mitocondrial,
fazendo com que mais Ca2+ seja liberado da mitocôndria para o citoplasma
(utilizando a força motriz de prótons). A alta concentração de Ca2+ estimula a
abertura do poro de transição de permeabilidade mitocondrial, conforme relatado por
Bernadi et al. (1999) e Halestrap et al. (2000). Em baixas doses, esse Ca2+ adicional
presente no citoplasma provoca mitose e aumenta a proliferação celular. Em doses
elevadas de irradiação, é liberada maior concentração de Ca2+, causando
hiperatividade da Ca2+ - ATPase (enzima que promove o influxo celular de cálcio),
que esgota as reservas de ATP da célula (HAWKINS; ABRAHAMSE, 2005). Assim,
devido às proteínas intracelulares, a pressão osmótica intramolecular torna-se maior
que a do meio, seguida por um influxo de água e consequente rompimento das
paredes celulares, fato que corrobora com nosso estudo, no qual as células
irradiadas a partir de 30 J/cm² apresentaram frequências crescentes de necrose, nos
grupos (laser e LED). avaliados imediatamente após a irradiação. Os grupos
irradiados com laser e LED (40 J/cm² e 50 J/cm²) apresentaram aumento
significativo de morte celular por necrose em relação aos grupos de menor dose,
sugerindo modificações bioquímicas intracelulares de forma dose dependente. Essa
diferença foi extremamente significativa entre os grupos laser e LED, com
superioridade para a luz não coerente. Provavelmente devido ao maior comprimento
de onda do LED e sua interação com cromóforos endógenos primários tais como
derivados de porfirinas, flavinas, desidrogenases e citocromos (KARU, 1999;
SANTOS et al. 2007). Segundo Lubart et al. (1997) a oscilação de íons cálcio é
45
extremamente modificada mediante radiação com comprimentos de onda da ordem
de 780 nm (infravermelho).
O aumento da liberação de Ca2+ intracelular e o aumento do potencial de
membrana mitocondrial, após a irradiação, também foram constatados por
Alexandratou et al. (2002), que ainda evidenciaram e produção de EROS (espécies
reativas de oxigênio), produzidas como resultado da absorção da luz e consequente
aceleração da atividade da cadeia respiratória. Desta forma é possível inferir sobre o
estímulo de mecanismos concomitantes, responsáveis pela necrose celular. Nos
estudos de Alexandratou et al. (2002) empregaram laser em 647 nm, densidade de
energia de 1,5 mJ/cm², durante 15 segundos, dosimetria inferior a utilizada em nosso
estudo, dessa forma, é possível supor que, em todas as densidades de energia
utilizadas, provavelmente ocorreram as mesmas alterações mitocondriais.
Duan et al. (2003) relataram a diminuição da apoptose em células PC12
utilizando LED (640 ± 15 nm), 0,9 W/cm² e 360 segundos. O mesmo fato pode ser
observado em nossos estudos, embora em diferentes parâmetros, onde a irradiação
dos grupos laser e LED apresentaram diminuição da freqüência de apoptose.
Carnevalli et al. (2003) em seus estudos constataram que a irradiação laser
infravermelha (830 nm, 2 J/cm²) em células CHO-K1 promove efeito excitatório, e
previne a apoptose. No presente estudo não foram observadas modificações
significativas quanto à frequência de apoptose imediatamente e 24 horas após a
irradiação com laser, com doses entre 10 J/cm2 e 50 J/cm2, contudo houve uma
expressiva redução desta frequência de apoptose nos grupos laser 40 J/cm2 e 50
J/cm2 e LED 40 J/cm2. Houve expressivo aumento de apoptose no grupo LED 30
J/cm2 imediatamente após a irradiação e grupo LED 50 J/cm2 24 horas.
46
7 CONCLUSÃO
A irradiação infravermelha através do laser ou LED em baixas doses (até
20J/cm²) reduziu de forma expressiva a frequência de apoptoses em células CHO-
K1, enquanto doses altas (a partir de 30 J/cm²) apresentaram frequências elevadas
de apoptose celular. A necrose foi evidenciada de forma significativa em altas doses
laser e LED, no entanto, após 24 horas, evidenciou-se aumento da proliferação de
células irradiadas com laser.
Sugerimos a realização de outros estudos relacionados aos mecanismos de
morte celular e danos celulares decorrentes da fototerapia, uma vez que esta
constitui uma modalidade de grande relevância clínica, a fim de proporcionar uma
janela terapêutica segura para a irradiação laser e LED.
47
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53
APÊNDICE A – Freqüências médias de necrose e apoptose imediata e após 24horas da irradiação
Frequência imediata de necrose após irradiação com laser
Frequência de Necrose (%) – Imediata Laser Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 8 5 3 52 20 70 21 1 2 21 2 65 14 9 11 11 10 34
média 14,33 5,00 5,33 28,00 10,67 56,33 DP 6,51 4,00 4,93 21,38 9,02 19,50
Frequência imediata de necrose após irradiação com LED
Frequência de Necrose (%) – Imediata LED Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 8 4 1 7 57 52 21 10 6 100 100 100 14 1 5 91 100 100
média 14,33 5,00 4,00 66,00 85,67 84,00 DP 6,51 4,58 2,65 51,29 24,83 27,71
Frequência de necrose após 24 horas de irradiação com laser
Frequência de Necrose (%) – Após 24horas Laser Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 8 0 16 3 35 69 21 4 5 14 29 56 14 13 10 4 80 80
média 14,33 5,67 10,33 7,00 48,00 68,33 DP 6,51 6,66 5,51 6,08 27,87 12,01
Frequência de necrose após 24 horas de irradiação com LED
Frequência de Necrose (%) – Após 24horas LED Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 8 2 38 38 100 3 21 2 8 25 41 90 14 5 6 22 100 62
média 14,33 3,00 17,33 28,33 80,33 51,67 DP 6,51 1,73 17,93 8,50 34,06 44,41
54
Frequência imediata de apoptose após irradiação com laser
Frequência de Apoptose (%) – Imediata Laser Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 19 2 19 8 4 0 8 2 1 3 1 1 10 14 13 16 5 3
média 12,33 6,00 11,00 9,00 3,33 1,33 DP 5,86 6,93 9,17 6,56 2,08 1,53
Frequência imediata de apoptose após irradiação com LED
Frequência de Apoptose (%) – Imediata LED Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 19 11 14 78 6 28 8 20 15 0 0 0 10 4 7 9 0 0
média 12,33 11,67 12,00 29,00 2,00 9,33 DP 5,86 8,02 4,36 42,67 3,46 16,17
Frequência de apoptose após 24horas de irradiação com laser
Frequência de Apoptose (%) – Após 24horas Laser Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 19 21 0 16 1 0 8 19 0 28 4 1 10 20 27 16 0 3
média 12,33 20,00 9,00 20,00 1,67 1,33 DP 5,86 1,00 15,59 6,93 2,08 1,53
Frequência de apoptose após 24horas de irradiação com LED
Frequência de Apoptose (%) – Após 24horas LED Controle 10 J/cm² 20 J/cm² 30 J/cm² 40 J/cm² 50 J/cm² 19 21 33 10 0 97 8 17 16 12 29 10 10 3 5 17 0 20
média 12,33 13,67 18,00 13,00 9,67 42,33 DP 5,86 9,45 14,11 3,61 16,74 47,61
55
APÊNDICE B – Análise Estatística da Necrose imediata grupos laser vs LED. 0/05/2009 04:51 PM
NECROSE IMEDIATA
One-way Analysis of Variance (ANOVA)
Source of Degrees of Sum of Mean
variation freedom squares square
---------------------------- ---------- -------- --------
Treatments (between columns) 10 33165 3316.5
Residuals (within columns) 22 10089 458.59
============================ ========== ========
Total 32 43254
F = 7.232
The P value is < 0.0001, considered extremely significant.
Variation among column means is significantly greater than expected
by chance.
Bartlett's test for homogeneity of variances.
ANOVA assumes that all columns come from populations with equal
SDs. The following calculations test that assumption.
Bartlett's test cannot be performed because a sample size is too
small.
56
Tukey-Kramer Multiple Comparisons Test
If the value of q is greater than 5.060 then the P value is less than 0.05.
Mean
Comparison Difference q P value
---------------------------------- - --------------- ------- -----------
CONTROLE vs 10 LA 9.330 0.7546 ns P>0.05
CONTROLE vs 20 LA 9.000 0.7279 ns P>0.05
CONTROLE vs 30 LA -13.670 1.106 ns P>0.05
CONTROLE vs 40 LA 3.660 0.2960 ns P>0.05
CONTROLE vs 50 LA -42.000 3.397 ns P>0.05
CONTROLE vs 10 LED 9.330 0.7546 ns P>0.05
CONTROLE vs 20 LED 10.330 0.8355 ns P>0.05
CONTROLE vs 30 LED -51.670 4.179 ns P>0.05
CONTROLE vs 40 LED -71.340 5.770 * P<0.05
CONTROLE vs 50 LED -69.670 5.635 * P<0.05
10 LA vs 20 LA -0.3300 0.02669 ns P>0.05
10 LA vs 30 LA -23.000 1.860 ns P>0.05
10 LA vs 40 LA -5.670 0.4586 ns P>0.05
10 LA vs 50 LA -51.330 4.152 ns P>0.05
10 LA vs 10 LED 0.000 0.000 ns P>0.05
10 LA vs 20 LED 1.000 0.08088 ns P>0.05
10 LA vs 30 LED -61.000 4.934 ns P>0.05
10 LA vs 40 LED -80.670 6.525 ** P<0.01
10 LA vs 50 LED -79.000 6.390 ** P<0.01
20 LA vs 30 LA -22.670 1.834 ns P>0.05
20 LA vs 40 LA -5.340 0.4319 ns P>0.05
20 LA vs 50 LA -51.000 4.125 ns P>0.05
20 LA vs 10 LED 0.3300 0.02669 ns P>0.05
20 LA vs 20 LED 1.330 0.1076 ns P>0.05
20 LA vs 30 LED -60.670 4.907 ns P>0.05
20 LA vs 40 LED -80.340 6.498 ** P<0.01
20 LA vs 50 LED -78.670 6.363 ** P<0.01
57
30 LA vs 40 LA 17.330 1.402 ns P>0.05
30 LA vs 50 LA -28.330 2.291 ns P>0.05
30 LA vs 10 LED 23.000 1.860 ns P>0.05
30 LA vs 20 LED 24.000 1.941 ns P>0.05
30 LA vs 30 LED -38.000 3.074 ns P>0.05
30 LA vs 40 LED -57.670 4.664 ns P>0.05
30 LA vs 50 LED -56.000 4.529 ns P>0.05
40 LA vs 50 LA -45.660 3.693 ns P>0.05
40 LA vs 10 LED 5.670 0.4586 ns P>0.05
40 LA vs 20 LED 6.670 0.5395 ns P>0.05
40 LA vs 30 LED -55.330 4.475 ns P>0.05
40 LA vs 40 LED -75.000 6.066 * P<0.05
40 LA vs 50 LED -73.330 5.931 * P<0.05
50 LA vs 10 LED 51.330 4.152 ns P>0.05
50 LA vs 20 LED 52.330 4.233 ns P>0.05
50 LA vs 30 LED -9.670 0.7821 ns P>0.05
50 LA vs 40 LED -29.340 2.373 ns P>0.05
50 LA vs 50 LED -27.670 2.238 ns P>0.05
10 LED vs 20 LED 1.000 0.08088 ns P>0.05
10 LED vs 30 LED -61.000 4.934 ns P>0.05
10 LED vs 40 LED -80.670 6.525 ** P<0.01
10 LED vs 50 LED -79.000 6.390 ** P<0.01
20 LED vs 30 LED -62.000 5.015 ns P>0.05
20 LED vs 40 LED -81.670 6.606 ** P<0.01
20 LED vs 50 LED -80.000 6.471 ** P<0.01
30 LED vs 40 LED -19.670 1.591 ns P>0.05
30 LED vs 50 LED -18.000 1.456 ns P>0.05
40 LED vs 50 LED 1.670 0.1351 ns P>0.05
Mean Lower Upper
Difference Difference 95% CI 95% CI
---------------------------------- --------------- ---------- ------------
CONTROLE - 10 LA 9.330 -53.230 71.890
CONTROLE - 20 LA 9.000 -53.560 71.560
58
CONTROLE - 30 LA -13.670 -76.230 48.890
CONTROLE - 40 LA 3.660 -58.900 66.220
CONTROLE - 50 LA -42.000 -104.56 20.560
CONTROLE - 10 LED 9.330 -53.230 71.890
CONTROLE - 20 LED 10.330 -52.230 72.890
CONTROLE - 30 LED -51.670 -114.23 10.890
CONTROLE - 40 LED -71.340 -133.90 -8.780
CONTROLE - 50 LED -69.670 -132.23 -7.110
10 LA - 20 LA -0.3300 -62.890 62.230
10 LA - 30 LA -23.000 -85.560 39.560
10 LA - 40 LA -5.670 -68.230 56.890
10 LA - 50 LA -51.330 -113.89 11.230
10 LA - 10 LED 0.000 -62.560 62.560
10 LA - 20 LED 1.000 -61.560 63.560
10 LA - 30 LED -61.000 -123.56 1.560
10 LA - 40 LED -80.670 -143.23 -18.110
10 LA - 50 LED -79.000 -141.56 -16.440
20 LA - 30 LA -22.670 -85.230 39.890
20 LA - 40 LA -5.340 -67.900 57.220
20 LA - 50 LA -51.000 -113.56 11.560
20 LA - 10 LED 0.3300 -62.230 62.890
20 LA - 20 LED 1.330 -61.230 63.890
20 LA - 30 LED -60.670 -123.23 1.890
20 LA - 40 LED -80.340 -142.90 -17.780
20 LA - 50 LED -78.670 -141.23 -16.110
30 LA - 40 LA 17.330 -45.230 79.890
30 LA - 50 LA -28.330 -90.890 34.230
30 LA - 10 LED 23.000 -39.560 85.560
30 LA - 20 LED 24.000 -38.560 86.560
30 LA - 30 LED -38.000 -100.56 24.560
30 LA - 40 LED -57.670 -120.23 4.890
30 LA - 50 LED -56.000 -118.56 6.560
40 LA - 50 LA -45.660 -108.22 16.900
40 LA - 10 LED 5.670 -56.890 68.230
59
40 LA - 20 LED 6.670 -55.890 69.230
40 LA - 30 LED -55.330 -117.89 7.230
40 LA - 40 LED -75.000 -137.56 -12.440
40 LA - 50 LED -73.330 -135.89 -10.770
50 LA - 10 LED 51.330 -11.230 113.89
50 LA - 20 LED 52.330 -10.230 114.89
50 LA - 30 LED -9.670 -72.230 52.890
50 LA - 40 LED -29.340 -91.900 33.220
50 LA - 50 LED -27.670 -90.230 34.890
10 LED - 20 LED 1.000 -61.560 63.560
10 LED - 30 LED -61.000 -123.56 1.560
10 LED - 40 LED -80.670 -143.23 -18.110
10 LED - 50 LED -79.000 -141.56 -16.440
20 LED - 30 LED -62.000 -124.56 0.5604
20 LED - 40 LED -81.670 -144.23 -19.110
20 LED - 50 LED -80.000 -142.56 -17.440
30 LED - 40 LED -19.670 -82.230 42.890
30 LED - 50 LED -18.000 -80.560 44.560
40 LED - 50 LED 1.670 -60.890 64.230
Summary of Data
Number Standard
of Standard Error of
Group Points Mean Deviation Mean Median
--------------- ------ -------- -------- ---------- -------------
CONTROLE 3 14.330 6.510 3.759 Unknown
10 LA 3 5.000 4.000 2.309 Unknown
20 LA 3 5.330 4.930 2.846 Unknown
30 LA 3 28.000 21.380 12.344 Unknown
40 LA 3 10.670 9.020 5.208 Unknown
50 LA 3 56.330 19.500 11.258 Unknown
10 LED 3 5.000 4.580 2.644 Unknown
60
20 LED 3 4.000 2.650 1.530 Unknown
30 LED 3 66.000 51.290 29.612 Unknown
40 LED 3 85.670 24.830 14.336 Unknown
50 LED 3 84.000 27.710 15.998 Unknown
Lower 95% Upper 95%
Confidence Confidence
Group Minimum Maximum Interval Interval
--------------- -------- -------- ---------- ----------
CONTROLE Unknown Unknown -1.843 30.503
10 LA Unknown Unknown -4.937 14.937
20 LA Unknown Unknown -6.918 17.578
30 LA Unknown Unknown -25.115 81.115
40 LA Unknown Unknown -11.739 33.079
50 LA Unknown Unknown 7.885 104.77
10 LED Unknown Unknown -6.378 16.378
20 LED Unknown Unknown -2.583 10.583
30 LED Unknown Unknown -61.422 193.42
40 LED Unknown Unknown 23.984 147.36
50 LED Unknown Unknown 15.159 152.84
* * *
61
APÊNDICE C – Análise Estatística da apoptose imediata grupos laser vs LED.
10/05/2009 05:30 PM
APOPTOSE IMEDIATA
One-way Analysis of Variance (ANOVA)
Source of Degrees of Sum of Mean
variation freedom squares square
---------------------------- ---------- -------- --------
Treatments (between columns) 10 1723.5 172.35
Residuals (within columns) 22 4787.3 217.60
============================ ========== ========
Total 32 6510.8
F = 0.7920
The P value is 0.6371, considered not significant.
Variation among column means is not significantly greater than expected
by chance.
Bartlett's test for homogeneity of variances.
ANOVA assumes that all columns come from populations with equal
SDs. The following calculations test that assumption.
Bartlett's test cannot be performed because a sample size is too
small.
62
Post tests were not calculated because the P value was greater than 0.05.
Summary of Data
Number Standard
of Standard Error of
Group Points Mean Deviation Mean Median
--------------- ------ -------- --------- -------- -------------
CONTROLE 3 12.330 5.860 3.383 Unknown
10 LA 3 6.000 6.930 4.001 Unknown
20 LA 3 11.000 9.170 5.294 Unknown
30 LA 3 9.000 6.560 3.787 Unknown
40 LA 3 3.330 2.080 1.201 Unknown
50 LA 3 1.330 1.530 0.8833 Unknown
10 LED 3 11.670 8.020 4.630 Unknown
20 LED 3 12.000 4.360 2.517 Unknown
30 LED 3 29.000 42.670 24.636 Unknown
40 LED 3 2.000 3.460 1.998 Unknown
50 LED 3 9.330 16.170 9.336 Unknown
Lower 95% Upper 95%
Confidence Confidence
Group Minimum Maximum Interval Interval
CONTROLE Unknown Unknown -2.228 26.888
10 LA Unknown Unknown -11.216 23.216
20 LA Unknown Unknown -11.781 33.781
30 LA Unknown Unknown -7.297 25.297
40 LA Unknown Unknown -1.837 8.497
50 LA Unknown Unknown -2.471 5.131
10 LED Unknown Unknown -8.254 31.594
20 LED Unknown Unknown 1.168 22.832
30 LED Unknown Unknown -77.007 135.01
40 LED Unknown Unknown -6.596 10.596
50 LED Unknown Unknown -30.842 49.502
63
APÊNDICE D – Análise Estatística da Necrose 24h nos grupos laser vs LED. 10/05/2009 05:07 PM
NECROSE 24h
One-way Analysis of Variance (ANOVA)
Source of Degrees of Sum of Mean
variation freedom squares square
---------------------------- ---------- -------- --------
Treatments (between columns) 10 22320 2232.0
Residuals (within columns) 22 9208.2 418.55
============================ ========== ========
Total 32 31528
F = 5.333
The P value is 0.0005, considered extremely significant.
Variation among column means is significantly greater than expected
by chance.
Bartlett's test for homogeneity of variances.
ANOVA assumes that all columns come from populations with equal
SDs. The following calculations test that assumption.
Bartlett's test cannot be performed because a sample size is too
small.
64
Tukey-Kramer Multiple Comparisons Test
If the value of q is greater than 5.060 then the P value is less than 0.05.
Mean
Comparison Difference q P value
---------------------------------- ---------- --------- ----------
CONTROLE vs 10 LA 8.660 0.7332 ns P>0.05
CONTROLE vs 20 LA 4.000 0.3386 ns P>0.05
CONTROLE vs 30 LA 7.330 0.6206 ns P>0.05
CONTROLE vs 40 LA -33.670 2.851 ns P>0.05
CONTROLE vs 50 LA -54.000 4.572 ns P>0.05
CONTROLE vs 10 LED 11.330 0.9592 ns P>0.05
CONTROLE vs 20 LED -3.000 0.2540 ns P>0.05
CONTROLE vs 30 LED -14.000 1.185 ns P>0.05
CONTROLE vs 40 LED -66.000 5.588 * P<0.05
CONTROLE vs 50 LED -37.340 3.161 ns P>0.05
10 LA vs 20 LA -4.660 0.3945 ns P>0.05
10 LA vs 30 LA -1.330 0.1126 ns P>0.05
10 LA vs 40 LA -42.330 3.584 ns P>0.05
10 LA vs 50 LA -62.660 5.305 * P<0.05
10 LA vs 10 LED 2.670 0.2260 ns P>0.05
10 LA vs 20 LED -11.660 0.9872 ns P>0.05
10 LA vs 30 LED -22.660 1.918 ns P>0.05
10 LA vs 40 LED -74.660 6.321 ** P<0.01
10 LA vs 50 LED -46.000 3.894 ns P>0.05
20 LA vs 30 LA 3.330 0.2819 ns P>0.05
20 LA vs 40 LA -37.670 3.189 ns P>0.05
20 LA vs 50 LA -58.000 4.910 ns P>0.05
20 LA vs 10 LED 7.330 0.6206 ns P>0.05
20 LA vs 20 LED -7.000 0.5926 ns P>0.05
20 LA vs 30 LED -18.000 1.524 ns P>0.05
20 LA vs 40 LED -70.000 5.926 * P<0.05
20 LA vs 50 LED -41.340 3.500 ns P>0.05
65
30 LA vs 40 LA -41.000 3.471 ns P>0.05
30 LA vs 50 LA -61.330 5.192 * P<0.05
30 LA vs 10 LED 4.000 0.3386 ns P>0.05
30 LA vs 20 LED -10.330 0.8746 ns P>0.05
30 LA vs 30 LED -21.330 1.806 ns P>0.05
30 LA vs 40 LED -73.330 6.208 ** P<0.01
30 LA vs 50 LED -44.670 3.782 ns P>0.05
40 LA vs 50 LA -20.330 1.721 ns P>0.05
40 LA vs 10 LED 45.000 3.810 ns P>0.05
40 LA vs 20 LED 30.670 2.597 ns P>0.05
40 LA vs 30 LED 19.670 1.665 ns P>0.05
40 LA vs 40 LED -32.330 2.737 ns P>0.05
40 LA vs 50 LED -3.670 0.3107 ns P>0.05
50 LA vs 10 LED 65.330 5.531 * P<0.05
50 LA vs 20 LED 51.000 4.318 ns P>0.05
50 LA vs 30 LED 40.000 3.386 ns P>0.05
50 LA vs 40 LED -12.000 1.016 ns P>0.05
50 LA vs 50 LED 16.660 1.410 ns P>0.05
10 LED vs 20 LED -14.330 1.213 ns P>0.05
10 LED vs 30 LED -25.330 2.144 ns P>0.05
10 LED vs 40 LED -77.330 6.547 ** P<0.01
10 LED vs 50 LED -48.670 4.120 ns P>0.05
20 LED vs 30 LED -11.000 0.9313 ns P>0.05
20 LED vs 40 LED -63.000 5.334 * P<0.05
20 LED vs 50 LED -34.340 2.907 ns P>0.05
30 LED vs 40 LED -52.000 4.402 ns P>0.05
30 LED vs 50 LED -23.340 1.976 ns P>0.05
40 LED vs 50 LED 28.660 2.426 ns P>0.05
Mean Lower Upper
Difference Difference 95% CI 95% CI
---------------------------------- ---------- ----------- ----------
CONTROLE - 10 LA 8.660 -51.108 68.428
CONTROLE - 20 LA 4.000 -55.768 63.768
66
CONTROLE - 30 LA 7.330 -52.438 67.098
CONTROLE - 40 LA -33.670 -93.438 26.098
CONTROLE - 50 LA -54.000 -113.77 5.768
CONTROLE - 10 LED 11.330 -48.438 71.098
CONTROLE - 20 LED -3.000 -62.768 56.768
CONTROLE - 30 LED -14.000 -73.768 45.768
CONTROLE - 40 LED -66.000 -125.77 -6.232
CONTROLE - 50 LED -37.340 -97.108 22.428
10 LA - 20 LA -4.660 -64.428 55.108
10 LA - 30 LA -1.330 -61.098 58.438
10 LA - 40 LA -42.330 -102.10 17.438
10 LA - 50 LA -62.660 -122.43 -2.892
10 LA - 10 LED 2.670 -57.098 62.438
10 LA - 20 LED -11.660 -71.428 48.108
10 LA - 30 LED -22.660 -82.428 37.108
10 LA - 40 LED -74.660 -134.43 -14.892
10 LA - 50 LED -46.000 -105.77 13.768
20 LA - 30 LA 3.330 -56.438 63.098
20 LA - 40 LA -37.670 -97.438 22.098
20 LA - 50 LA -58.000 -117.77 1.768
20 LA - 10 LED 7.330 -52.438 67.098
20 LA - 20 LED -7.000 -66.768 52.768
20 LA - 30 LED -18.000 -77.768 41.768
20 LA - 40 LED -70.000 -129.77 -10.232
20 LA - 50 LED -41.340 -101.11 18.428
30 LA - 40 LA -41.000 -100.77 18.768
30 LA - 50 LA -61.330 -121.10 -1.562
30 LA - 10 LED 4.000 -55.768 63.768
30 LA - 20 LED -10.330 -70.098 49.438
30 LA - 30 LED -21.330 -81.098 38.438
30 LA - 40 LED -73.330 -133.10 -13.562
30 LA - 50 LED -44.670 -104.44 15.098
40 LA - 50 LA -20.330 -80.098 39.438
40 LA - 10 LED 45.000 -14.768 104.77
67
40 LA - 20 LED 30.670 -29.098 90.438
40 LA - 30 LED 19.670 -40.098 79.438
40 LA - 40 LED -32.330 -92.098 27.438
40 LA - 50 LED -3.670 -63.438 56.098
50 LA - 10 LED 65.330 5.562 125.10
50 LA - 20 LED 51.000 -8.768 110.77
50 LA - 30 LED 40.000 -19.768 99.768
50 LA - 40 LED -12.000 -71.768 47.768
50 LA - 50 LED 16.660 -43.108 76.428
10 LED - 20 LED -14.330 -74.098 45.438
10 LED - 30 LED -25.330 -85.098 34.438
10 LED - 40 LED -77.330 -137.10 -17.562
10 LED - 50 LED -48.670 -108.44 11.098
20 LED - 30 LED -11.000 -70.768 48.768
20 LED - 40 LED -63.000 -122.77 -3.232
20 LED - 50 LED -34.340 -94.108 25.428
30 LED - 40 LED -52.000 -111.77 7.768
30 LED - 50 LED -23.340 -83.108 36.428
40 LED - 50 LED 28.660 -31.108 88.428
Summary of Data
Number Standard
of Standard Error of
Group Points Mean Deviation Mean Median
--------------- ------ -------- --------- -------- -------------
CONTROLE 3 14.330 6.510 3.759 Unknown
10 LA 3 5.670 6.660 3.845 Unknown
20 LA 3 10.330 5.510 3.181 Unknown
30 LA 3 7.000 6.080 3.510 Unknown
40 LA 3 48.000 27.870 16.091 Unknown
50 LA 3 68.330 12.010 6.934 Unknown
10 LED 3 3.000 1.730 0.9988 Unknown
68
20 LED 3 17.330 17.930 10.352 Unknown
30 LED 3 28.330 8.500 4.907 Unknown
40 LED 3 80.330 34.060 19.665 Unknown
50 LED 3 51.670 44.410 25.640 Unknown
Lower 95% Upper 95%
Confidence Confidence
Group Minimum Maximum Interval Interval
--------------- -------- -------- ---------- ----------
CONTROLE Unknown Unknown -1.843 30.503
10 LA Unknown Unknown -10.876 22.216
20 LA Unknown Unknown -3.359 24.019
30 LA Unknown Unknown -8.105 22.105
40 LA Unknown Unknown -21.239 117.24
50 LA Unknown Unknown 38.493 98.167
10 LED Unknown Unknown -1.298 7.298
20 LED Unknown Unknown -27.214 61.874
30 LED Unknown Unknown 7.213 49.447
40 LED Unknown Unknown -4.287 164.95
50 LED Unknown Unknown -58.659 162.00
* * *
69
APÊNDICE E – Análise Estatística da apoptose 24h dos grupos laser vs LED. 10/05/2009 05:45 PM
APOPTOSE 24H
One-way Analysis of Variance (ANOVA)
Source of Degrees of Sum of Mean
variation freedom squares square
---------------------------- ---------- -------- --------
Treatments (between columns) 10 3739.0 373.90
Residuals (within columns) 22 6362.9 289.22
============================ ========== ========
Total 32 10102
F = 1.293
The P value is 0.2935, considered not significant.
Variation among column means is not significantly greater than expected
by chance.
Bartlett's test for homogeneity of variances.
ANOVA assumes that all columns come from populations with equal
SDs. The following calculations test that assumption.
Bartlett's test cannot be performed because a sample size is too
small.
70
Post tests were not calculated because the P value was greater
than 0.05.
Summary of Data
Number Standard
of Standard Error of
Group Points Mean Deviation Mean Median
--------------- ------ -------- --------- -------- -------------
CONTROLE 3 12.330 5.860 3.383 Unknown
10 LA 3 20.000 1.000 0.5774 Unknown
20 LA 3 9.000 15.590 9.001 Unknown
30 LA 3 20.000 6.930 4.001 Unknown
40 LA 3 1.670 2.080 1.201 Unknown
50 LA 3 1.330 1.530 0.8833 Unknown
10 LED 3 13.670 9.450 5.456 Unknown
20 LED 3 18.000 14.110 8.146 Unknown
30 LED 3 13.000 3.610 2.084 Unknown
40 LED 3 9.670 16.740 9.665 Unknown
50 LED 3 42.330 47.610 27.488 Unknown
Lower 95% Upper 95%
Confidence Confidence
Group Minimum Maximum Interval Interval
CONTROLE Unknown Unknown -2.228 26.888
10 LA Unknown Unknown 17.516 22.484
20 LA Unknown Unknown -29.731 47.731
30 LA Unknown Unknown 2.784 37.216
40 LA Unknown Unknown -3.497 6.837
50 LA Unknown Unknown -2.471 5.131
10 LED Unknown Unknown -9.807 37.147
20 LED Unknown Unknown -17.054 53.054
30 LED Unknown Unknown 4.032 21.968
40 LED Unknown Unknown -31.918 51.258
50 LED Unknown Unknown -75.949 160.61