UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz...
-
Upload
duongtuong -
Category
Documents
-
view
215 -
download
0
Transcript of UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz...
![Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/1.jpg)
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM ADMINISTRAÇÃO
DAIANA PAULINA DA LUZ CENSI LERIPIO
ANÁLISE DA QUALIFICAÇÃO DA MICRO E PEQUENA EMPRESA PARA A
SUSTENTABILIDADE
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
BIGUAÇU, SC. 2015
![Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/2.jpg)
ii
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Acadêmico em Administração
DAIANA PAULINA DA LUZ CENSI LERIPIO
ANÁLISE DA QUALIFICAÇÃO DA MICRO E PEQUENA EMPRESA PARA A
SUSTENTABILIDADE
BIGUAÇU, SC. 2015
![Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/3.jpg)
iii
DAIANA PAULINA DA LUZ CENSI LERIPIO
ANÁLISE DA QUALIFICAÇÃO DA MICRO E PEQUENA EMPRESA PARA A SUSTENTABILIDADE
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade do Vale do Itajaí, como requisito à obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Profa. Dra. Anete Alberton
BIGUAÇU 2015
![Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/4.jpg)
iv
![Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/5.jpg)
v
DAIANA PAULINA DA LUZ CENSI LERÍPIO
“Análise da qualificação da micro e pequena empresa para a sustentabilidade”.
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em
Administração e aprovada pelo Curso de Mestrado Acadêmico em Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, em Biguaçu.
Área de Concentração: Organizações e Sociedade
Biguaçu, 23 de junho de 2015.
Profª. Drª. Rosilene Marcon Coordenadora do Programa
Profª. Drª. Anete Alberton UNIVALI
Orientadora
Prof. Dr. Paulo dos Santos Pires UNIVALI
Profª. Drª. Maria José Barbosa de Souza UNIVALI
Profª. Drª. Lucila Maria de Souza Campos UFSC
![Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/6.jpg)
vi
AGRADECIMENTOS Agradeço a minha Orientadora Profa. Dra. Anete Alberton a qual contribuiu com esclarecimentos norteadores, não somente para a conclusão deste trabalho, mas também em meu desenvolvimento pessoal e profissional. Aos avaliadores deste projeto, Profa. Dra. Lucila Maria de Souza Campos, Profa. Dra. Maria José Barbosa de Souza e Prof. Dr. Paulo Pires, por todas as contribuições pertinentes e construtivas, as quais permitiram o alcance de novos horizontes e perspectivas. Agradeço aos professores e colegas do Programa de Pós-Graduação em Administração, os quais tornaram o mestrado uma experiência enriquecedora e gratificante, especialmente ao Grupo de Estudos em Sustentabilidade e Gestão (GESEG). Finalmente, agradeço à Deus e a minha família, em especial ao meu marido, Alexandre Leripio, o qual me incentivou incondicionalmente nos momentos difíceis, sendo ele meu motivo de admiração e orgulho.
![Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/7.jpg)
vii
RESUMO
As micro e pequenas empresas (MPEs) enfrentam desafios diários na gestão dos negócios, devido ao capital reduzido para investimentos, elevadas cargas tributárias, sobrecarga de tarefas em virtude do empresário ser o único responsável pela administração da empresa, entre outras adversidades. Em meio a este contexto, os mercados demandam garantias do cumprimento de requisitos de sustentabilidade de produtos e serviços, por isso é fundamental que as MPEs busquem a conformidade com indicadores legais e normativos exigidos pelo mercado. A partir deste cenário, foi definido o objetivo geral do trabalho, o qual consistiu em propor indicadores e critérios de sustentabilidade para MPEs. Para tanto, foram realizadas pesquisas para identificação dos principais métodos de avaliação da sustentabilidade empresarial existentes e disponíveis, tendo sido selecionados 12 métodos como referência. A determinação dos indicadores mais apropriados para as MPEs demandou a elaboração de uma Matriz de Priorização, a qual avaliou 1539 e priorizou 756 indicadores segundo aspectos organizacionais, decisionais e individuais dos pequenos negócios, sobretudo os brasileiros. Após, foi realizada uma análise de redundância dos indicadores e a nova redação destes para ajustes de compreensão e clareza, resultando em 96 indicadores, distribuídos em três categorias, baseadas nos pilares da sustentabilidade propostos por Elkington (2001): 38 indicadores na Categoria Econômica; 30 indicadores na Categoria Social; e, 28 indicadores na Categoria Ambiental. Para verificação da aplicabilidade dos indicadores, estes foram analisados frente a sete bases de dados de indicadores com enfoque em MPEs resultantes de pesquisas realizadas e comparados, buscando parâmetros semelhantes. Por meio do resultado dessa análise, foi possível inferir que cerca de 52% dos indicadores propostos são considerados “clássicos”, pois já foram coletados em Bases de Dados específicas para MPEs, entre o período de 2001 à 2014. Os demais indicadores consistem em contribuições propostas por esta pesquisa, oriundas das Melhores Práticas pesquisadas e priorizadas para MPEs. De forma a estabelecer as bases para elaboração de diretrizes, foram propostos critérios de sustentabilidade para os indicadores com a finalidade de esclarecer as exigências e incrementar a compreensão dos mesmos pelos micro e pequenos empresários e a contribuição social do trabalho. Palavras-chave: pequenos negócios; tripé da sustentabilidade; indicadores de sustentabilidade.
![Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/8.jpg)
viii
ABSTRACT
Micro and small enterprises (MSEs) face daily challenges in business management, due to reduced capital investment, high tax burdens, heavy workloads because the entrepreneur is the solely responsible for the management of the company, among other adversities. In this context, markets demand guarantees of compliance with sustainability requirements of products and services, so it is vital for MSEs to be in accordance with legal and regulatory indicators. From this scenario, it was defined the general objective of the present study, which was to propose indicators and sustainability criteria for micro and small enterprises (MSEs). Thus, some research was carried out to identify the main methods for assessing corporate sustainability, resulting in 12 references studied. The determination of the most appropriate indicators for MSEs involved the development of a prioritization matrix, which evaluated 1539 indicators and prioritized 756, according to organizational, decisional and individual aspects of MSEs, particularly the Brazilian ones. After that, there was a redundancy analysis and a correction on the new text writing for adjustment in understanding and clarity, resulting in 96 indicators, divided into three categories, based on Elkington (2001), Triple Bottom Line of sustainability: 38 indicators in the Economic Category; 30 indicators in the Social Category; and 28 indicators in the Environmental Category. To verify their applicability, the indicators were analyzed and compared to the data of seven studies with focus on MSEs, in order to find similar parameters. As a result, it was possible to infer that about 52% of the proposed indicators can be considered "classics", as they had already been collected in specific MSEs Databases, over the period of 2001 to 2014. The other indicators represent the main results of the best practices researched and prioritized for MSEs. In order to establish the foundation for the guidelines development, sustainability criteria have been proposed for the indicators in order to clarify their requirements and to enhance the understanding of them by micro and small entrepreneurs, as well as for the research social contribution. Keywords: small businesses; triple bottom line; sustainability guidelines.
![Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/9.jpg)
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - As cinco dimensões da sustentabilidade. ................................................... 9
Figura 2 - Pirâmide da Responsabilidade Social Corporativa. .................................. 33
Figura 3 - Motivações das empresas para conservar o ambiente ............................ 35
Figura 4 - Estágios da Estratégia Sustentável de Produção ..................................... 36
Figura 5 - Esquema proposto para o alcance dos produtos científicos da dissertação
.................................................................................................................................. 41
Figura 6 - Desenho Esquemático dos Produtos Científicos da Pesquisa ................. 45
Figura 7 - Categorias da Sustentabilidade abordadas nos métodos estudados ....... 50
Figura 8 - Resultados da avaliação dos indicadores de sustentabilidade empresarial
através da Matriz de Priorização ............................................................................... 53
Figura 9 - Indicadores agrupados nas dimensões da sustentabilidade de Elkington
(2001), definidas como as categorias do estudo ....................................................... 54
Figura 10 - Resultados gerais da aplicabilidade do Conjunto de Indicadores de
Sustentabilidade para MPEs em Estudos/Bases de Dados Selecionadas. .............. 75
![Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/10.jpg)
x
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Diferentes versões sobre o conceito de sustentabilidade ....................... 14
Quadro 2 - Conceitos recorrentes nos sistemas de indicadores de sustentabilidade15
Quadro 3 - Princípios de Bellagio .............................................................................. 18
Quadro 4 - Vantagens na integração do BSC com a gestão da sustentabilidade .... 21
Quadro 5 - Classificação dos estabelecimentos segundo porte ............................... 30
Quadro 6 - Especificidades da gestão das pequenas empresas .............................. 31
Quadro 7 - Análise Comparativa dos Métodos de Indicadores de Sustentabilidade
Empresarial (Produto 1) ............................................................................................ 48
Quadro 8 - Matriz de Priorização dos Indicadores de Sustentabilidade (Produto 2) 52
Quadro 9 - Exemplo da construção dos indicadores qualitativos. ............................ 55
Quadro 10 - Indicadores Econômicos para a Sustentabilidade de MPEs ................. 56
Quadro 11 - Indicadores Sociais para a Sustentabilidade de MPEs ......................... 59
Quadro 12 - Indicadores Ambientais para a Sustentabilidade de MPEs .................. 62
Quadro 13 - Estudos sobre MPEs utilizados na verificação dos indicadores de
sustentabilidade (Produto 5) ..................................................................................... 65
Quadro 14 - Indicadores econômicos para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em
Bases de Dados ........................................................................................................ 66
Quadro 15 - Indicadores sociais para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em
Bases de Dados ........................................................................................................ 70
Quadro 16 - Indicadores ambientais para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em
Bases de Dados ........................................................................................................ 73
Quadro 17 - Indicadores de Sustentabilidade para MPEs resultantes das Melhores
Práticas estudadas e do método aplicado no trabalho ............................................. 76
![Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/11.jpg)
xi
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................... vii ABSTRACT .............................................................................................................. viii LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. ix
LISTA DE QUADROS ................................................................................................. x
SUMÁRIO .................................................................................................................. xi 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
1.1 Contextualização ................................................................................................. 1
1.2 Objetivos .............................................................................................................. 3
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 3
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 3
1.3 Justificativa do Trabalho .................................................................................... 4
1.4 Estrutura do Trabalho ......................................................................................... 6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 7
2.1. Evolução e tendências sobre a sustentabilidade ........................................... 7
2.1.1 Conceitos sobre sustentabilidade: teoria e prática ........................................... 12
2.2. Iniciativas no Desenvolvimento de Indicadores de Sustentabilidade ........ 16
2.2.1 Indicadores de Sustentabilidade Empresarial .................................................. 20
2.3. Micro e Pequenas Empresas e a Sustentabilidade: é possível conciliar? . 29
3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 38
3.1.Classificação da Pesquisa ............................................................................... 38
3.1.1 Quanto à natureza ............................................................................................ 39
3.1.2 Quanto à forma de abordagem dos problemas ................................................ 39
3.1.3 Quanto aos objetivos ........................................................................................ 40
3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ................................................................ 40
3.2 Roteiro metodológico ....................................................................................... 40
3.2.1 Pesquisa Bibliográfica e Documental ............................................................... 41
3.2.2 Desenvolvimento de Critérios de Priorização .................................................. 42
3.2.3 Definição de Categorias e Indicadores ............................................................ 43
3.2.4 Pesquisa e Verificação em Bancos de Dados ................................................. 43
3.2.5 Proposição de Critérios .................................................................................... 44
![Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/12.jpg)
xii
3.3 Caracterização do Objeto de Estudo ............................................................... 44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 47
4.1 Análise Comparativa dos Métodos de Avaliação da Sustentabilidade Empresarial .............................................................................................................. 47
4.2 Matriz de Priorização ........................................................................................ 51
4.3 Conjunto de Indicadores: Categorias e Subcategorias ................................. 54
4.4 Indicadores DISPONÍVEIS em Bases de Dados ............................................. 64
4.5 CRITÉRIOS e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs .......................... 80
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ........................................... 82
5.1. Considerações Finais ...................................................................................... 82
5.1.1 Quanto aos objetivos do trabalho ..................................................................... 82
5.1.2 Quanto ao problema e pergunta de pesquisa .................................................. 84
5.1.3 Quanto aos Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs .............. 84
5.2. Recomendações para Trabalhos Futuros ...................................................... 86
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 88
APÊNDICE A - CRITÉRIOS E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ......................................................................... 97
ANEXO A - MÉTODOS PARA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL ............... 123
![Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/13.jpg)
1
1. INTRODUÇÃO
O propósito deste capítulo inicial é descrever a problemática a ser estudada.
Nos itens 1.1 e 1.2 são apresentadas a contextualização e os objetivos do estudo. A
justificativa da escolha do tema para o desenvolvimento do trabalho, é apresentada
no item 1.3. O último item deste capítulo descreve a estrutura geral do trabalho.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
As micro e pequenas empresas (MPEs) necessitam constantemente de novas
estratégias para garantir a perenidade dos seus negócios, devido a entrada de
novos concorrentes no mercado, às pressões exercidas pela legislação e dos
próprios consumidores.
Informações do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2013
relatam que em 2012 as MPEs responderam, em média, por 99% dos
estabelecimentos do país, quase 52% dos empregos formais de negócios privados
não agrícolas e cerca de 40% da massa de salários paga aos trabalhadores destes
estabelecimentos (SEBRAE, 2013). Apesar de Dalmoro (2009) citar que a maior
preocupação das MPEs está associada a fatores econômicos, e os aspectos
relativos aos âmbitos social e ambiental somente são trabalhados em caso de
envolvimento de questões éticas de impactos do produto ou serviço prestado
perante a sociedade; a participação das MPEs é fundamental para o
desenvolvimento de um movimento integrado pela sustentabilidade, especialmente
pelo caráter distributivo e socioeconômico inerente a esses negócios (BETIOL et al.
2012).
Os desafios são expressivos, as políticas públicas destinadas às MPEs, por
exemplo, são fundamentadas basicamente na liberação de crédito para os
empresários e não estão atreladas ao desenvolvimento de programas de instrução
para a utilização mais adequada dos financiamentos. Ainda que consultorias
especializadas em gestão empresarial, disponibilizadas por entidades como o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Rocha
(2008) e Grapeggia et al. (2011) demonstram que na etapa de gênese dos negócios,
os empreendedores acreditam que o ideal é focar no senso de organização e
conhecimento do produto no mercado, ou seja, aspectos relacionados com
planejamento. Contudo, na realidade, os empreendedores abrem seus negócios
![Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/14.jpg)
2
ainda sem um foco definido, preocupando-se tardiamente com a eficiência e o
planejamento.
Independentemente da relevância das MPEs para a economia do país, o índice
de mortalidade (com base no período de 2007 a 2010) no Brasil é de 24,4% para
empresas com até dois anos de existência, evidenciando que a perenidade nos
negócios é um desafio e que o ciclo de vida das MPEs ainda é curto apesar de já ter
havido um incremento durante esses anos (GRAPEGGIA et al. 2011; SEBRAE,
2013).
Nesse contexto a sustentabilidade se configura como uma estratégia de
competitividade e sobrevivência para as MPEs, pois aborda táticas de
gerenciamento de riscos, contemplando aspectos econômicos, sociais e ambientais
dos negócios analisados sob a ótica de suas interações, alinhados com o estado
atual dos ecossistemas em que estão inseridos, bem como a incerteza dos
mercados em que atuam (LERIPIO, 2001; SMERALDI, 2009; ANDERIES et al.,
2013; WU; OLSON; BIRGE, 2013).
Meadows (1998) explicitou a importância dos indicadores de sustentabilidade
para a convivência em harmonia entre sociedade e ambiente. Segundo a autora,
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável são palavras qualitativas, assim
como justiça e democracia, por essa razão a urgência em definir medidas
quantitativas que representassem conceitos inicialmente abstratos. Para Meadows
(1998), um indicador ambiental se torna um indicador de sustentabilidade quando
adiciona-se o fator tempo, limite ou meta em sua composição. Por exemplo, quanto
tempo, essa MPE continuará ativa despejando efluentes industriais no rio que
abastece a sua comunidade?
Afora da importância da sustentabilidade, segundo Condon (2004), a maioria
das MPEs não possui estrutura suficiente para monitorar seus múltiplos aspectos,
pois ainda há uma percepção talvez errônea desta, muitas vezes associada às
pressões dos órgãos ambientais públicos e a necessidade de grandes
investimentos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA,
2011) em sua publicação “Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a
Erradicação da Pobreza” cita que as políticas públicas voltadas para o apoio ao
desenvolvimento da percepção da sustentabilidade nas MPEs representam ainda
uma promessa, porém de fundamental importância em função de sua contribuição
![Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/15.jpg)
3
no número expressivo de empregos estabelecidos e no crescimento da abertura de
postos de trabalhos na maioria dos países.
Uma das formas de operacionalizar a sustentabilidade é por meio da pesquisa
e aplicação de sistemas de indicadores. Diversos modelos de avaliação da
sustentabilidade já foram desenvolvidos com o intuito de sensibilizar e contribuir com
melhorias nos processos produtivos no âmbito do tripple bottom line, contudo,
observa-se um desafio porque estes não foram construídos especificamente para
MPEs. A literatura apresenta um foco nítido na discussão do empreendedorismo e
sustentabilidade de empresas de grande porte (JENKINS, 2004, 2006; FULLER;
TIAN, 2006; PERRINI, 2006; WILLIAMSON; LYNCH-WOOD; RAMSAY, 2006;
PERRINI; RUSSO; TENCATI, 2007; BAUMANN-PAULY et al. 2013).
Assim o problema de pesquisa será investigado a partir da ótica da carência de
um sistema de avaliação da sustentabilidade, significativo do ponto de vista teórico e
adequado à realidade das MPEs. A seguinte pergunta de pesquisa será foco de
estudo neste trabalho: quais indicadores de sustentabilidade são representativos
para as MPEs?
1.2 OBJETIVOS
De acordo com a problemática descrita, os seguintes objetivos foram traçados,
baseados na Estruturação da Taxonomia de Bloom no domínio cognitivo:
1.2.1 Objetivo Geral
Propor indicadores e critérios de sustentabilidade para micro e pequenas
empresas (MPEs).
1.2.2 Objetivos Específicos
• Comparar modelos de avaliação da sustentabilidade empresarial;
• Desenvolver critérios de priorização de indicadores de sustentabilidade para
MPEs;
• Determinar categorias e indicadores de sustentabilidade aplicáveis à MPEs;
• Verificar a disponibilidade do conjunto de indicadores em bases de dados;
• Compor as bases de diretrizes de sustentabilidade para MPEs.
![Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/16.jpg)
4
1.3 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
Segundo Elkington (2001), uma organização sustentável é aquela que
administra um conjunto de atividades com o objetivo de minimizar danos resultantes
de seus processos produtivos e ainda cria valor para as partes interessadas no
âmbito ecônomico, social e ambiental. Contudo, a ausência de métricas de
sustentabilidade adequadas para MPEs pode ser considerada um problema
científico, pois a literatura aponta inicialmente um discurso orientado para o mercado
corporativo. Fuller e Tian (2006) em seus estudos sobre pequenas empresas
afirmam a necessidade de pesquisas sobre conceitos, ferramentas ou normativas
que orientem a conversão dos recursos dessas empresas em negócios sustentáveis,
buscando maior vantagem competitiva. Spence (2007) igualmente definiu uma
agenda de pesquisa para pequenas empresas com enfoque em responsabilidade
social. Para a autora, responsabilidade social contempla um conceito bastante
amplo e similar ao de sustentabilidade, em que a empresa deve considerar as
questões que ultrapassam as exigências legais e técnicas para realizar benefícios
sociais e ambientais aliados aos tradicionais ganhos econômicos que busca. Spence
(2007) destaca a falta de compreensão do contexto de atuação das pequenas
empresas e afirma que desenvolvimentos teóricos que se iniciam a partir de um
ponto de vista desse nicho específico estão ainda em expansão. Para a autora,
dentre as principais lacunas de pesquisa em micro e pequenas empresas
encontram-se: as ferramentas para prática empresarial responsável; os estudos de
caso com pequenas empresas em países emergentes; a inovação e a ética em
pequenas empresas; o trabalho em rede (networks); as abordagens metodólogicas e
o desenvolvimento de teorias. Cambra-Fierro, Hart e Polo-Redondo (2008)
corroboram com as questões levantadas por Spence (2007), e ainda ressaltam a
importância de articular um conjunto de normas destacando as pequenas empresas
por setor de atuação, pois, segundo os autores, somente dessa forma é possível
abordar as pecualiaridades e respectivos impactos ambientais dos processos
produtivos, minimizando externalidades e potencializando aspectos positivos.
Hoivik e Melé (2009) estudaram as pequenas empresas sob o enfoque da
Cidadania Corporativa e verificaram que o modelo aplicado pelas multinacionais não
é adequado. Os autores afirmam que as pequenas empresas são diferentes não
somente em termos de tamanho, mas também em suas características, alinhado
![Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/17.jpg)
5
com os estudos de outros autores (JENKINS, 2004, 2006; PERRINI, 2006;
WILLIAMSON; LYNCH-WOOD; RAMSAY, 2006; PERRINI; RUSSO; TENCATI,
2007; BAUMANN-PAULY et al. 2013). Baumann-Pauly et al. (2013), em
consonância com Hoivik e Melé (2009) realizaram comparações entre pequenas
empresas e multinacionais sob a ótica da Responsabilidade Social Corporativa, e
utilizaram indicadores diferenciados para que as características organizacionais
diversas não promovessem desvantagens para os negócios de pequeno porte em
relação às multinacionais.
De acordo com a Federação de Indústrias do Estado de Santa Catarina
(FIESC, 2012), para se manterem competitivas e assim garantirem participação no
mercado, as MPEs buscam adotar estratégias para melhoria de desempenho, tais
como maior eficiência nos processos produtivos e na atualização tecnológica. No
entanto, Careon e Silva (2010) afirmam que dentre as principais barreiras para as
micro e pequenas empresas buscarem a sustentabilidade está a sobrecarga de
tarefas que não permite que os funcionários compreendam a definição do conceito e
como este é aplicável ao seu empreendimento.
Searcy (2012) realizou uma revisão da literatura sobre sistemas de medição de
desempenho em sustentabilidade corporativa para a definição de lacunas de
pesquisa nessa temática e dentre as mencionadas pelo autor encontra-se a
importância em elaborar os ajustes necessários nos sistemas de medição para que
pequenas, médias e grandes empresas alcancem requisitos de sustentabilidade, em
consonância com a contribuição deste trabalho.
Sartori e Campos (2014) realizaram igualmente uma revisão bibliográfica sobre
as ferramentas dedicadas a avaliação da sustentabilidade e a sua importância para
a compreensão e maior transparência nas relações entre os aspectos que regem
essas relações. Dentre as conclusões das autoras, encontra-se a necessidade de
estudos sobre a evolução dos métodos de avaliação e a aplicação destes em
contextos específicos, públicos e privados. Portanto, com a composição de um
conjunto de métricas de sustentabilidade adequadas ao contexto das MPEs
pretende-se colaborar com o aprofundamento na pesquisa científica e na gestão
empresarial.
A importância da temática como contribuição social é ainda mais relevante
quando citados os desafios enfrentados pelos Micro e Pequenos Empresários para
sobreviverem em uma economia com altas cargas tributárias, como a brasileira.
![Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/18.jpg)
6
Segundo Farias e Teixeira (2002) a limitação de recursos financeiros e
principalmente a carência de tempo em função do empresário geralmente ser o
único responsável pela gestão de todos os aspectos do negócio, impede que este se
dedique a outras dimensões da sustentabilidade, como a social e a ambiental. Silva
(2005) cita ainda no âmbito das dificuldades de gestão, que os gerentes em caráter
geral, sofrem conflitos entre as relações de trabalho e familiares. Nas MPEs estas
interligações estão fortemente associadas, pois geralmente o patriarca é também o
empresário, e seus filhos respectivamente seus funcionários (NASCIMENTO et al.,
2013). Portanto, novas perspectivas de gerenciamento de micro e pequenas
empresas que levem em consideração indicadores sociais, ambientais e
econômicos, tendem a explicitar situações de conflito e buscam por meio de
programas de gestão transpor tais obstáculos no desenvolvimento das pequenas
empresas.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos, sendo o primeiro
deles a Introdução, com a contextualização do tema abordado, a apresentação dos
Objetivos do trabalho, bem como a Justificativa do mesmo.
A Fundamentação Teórica constitui o segundo capítulo do trabalho, no qual
são abordados os principais referenciais teóricos segundo a perspectiva da
sustentabilidade nas MPEs. Inicialmente é descrita a evolução e as tendências sobre
sustentabilidade, relacionando os aspectos múltiplos associados a esta temática.
Após, são abordadas as principais iniciativas no âmbito da mensuração da
sustentabilidade empresarial, promovendo as bases teóricas necessárias para a
apresentação dos métodos e seus indicadores. O capítulo se encerra com a análise
das dificuldades enfrentadas pelas MPEs para a sobrevivências dos negócios.
O terceiro capítulo consiste na Metodologia, com a apresentação da
Classificação da Pesquisa com base em uma sintética fundamentação teórica sobre
o tema. O capítulo segue com a descrição do Roteiro Metodológico, o qual contém
as atividades para realização da pesquisa e a Caracterização do Objeto de Estudo.
O quarto capítulo contempla a discussão dos Resultados encontrados.
O capítulo 5 está reservado às considerações finais, limitações e
recomendações do estudo. As referências e outras bibliografias que embasaram
este, são apresentadas ao final do trabalho, juntamente com o Anexo e Apêndice.
![Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/19.jpg)
7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem por objetivo abordar três temas que permeiam a relação da
sustentabilidade com MPEs: evolução e tendências sobre a sustentabilidade
abordando estratégias e dificuldades na compreensão dos conceitos, uma discussão
sobre as iniciativas no desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade
empresarial, e a percepção dos pequenos negócios sobre essa temática.
2.1. EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS SOBRE A SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade está se consolidando como uma pauta permanente na
agenda empresarial. Dentre as empresas de grande porte, as ações socioambientais
demandadas pelos grupos de interesse (stakeholders), aliadas à análise dos riscos
econômicos já são divulgadas por critérios de governança e transparência em
instrumentos como os balanços sociais e os relatórios de sustentabilidade.
No contexto empresarial, a definição de negócio sustentável já é amplamente
utilizada, porém, os cenários teórico e acadêmico ainda não contemplam a
sustentabilidade como uma premissa indissociável para a inovação e
competitividade das empresas. Os princípios do mecanicismo e reducionismo ainda
são muito presentes nas organizações por meio da estruturação de pessoas e
materiais aliada à legitimação da organização por sua função, sendo ainda
necessária a busca por modelos mais saudáveis de gestão, os quais proporcionem
adesão e colaboração, entendendo que as pessoas possuem reflexão crítica e
deliberativa (MARCHI, 2011; PEREIRA; DALMAU, 2012). A dimensão social da
sustentabilidade, por exemplo, é um dos cinco pilares enunciados por Sachs (1993)
e aborda a criação de postos de trabalho que permitam renda individual adequada,
melhor condição de vida e qualificação profissional, fatores preconizados pelo
humanismo. A capacidade reflexiva do indivíduo humano permite questionar o seu
ambiente e a si próprio, buscando cenários diferenciados com equilíbrio social e
ecológico (CHANLAT, 2000; GAULEJAC, 2007). As similaridades do paradigma da
sustentabilidade com as teorias humanistas não são exclusivas, pois outras teorias
científicas também contribuíram para o desenvolvimento da perspectiva holística das
organizações (PARSONS, 1967; BERTALANFFY, 1972; MORIN, 1984). O conceito de triple bottom line definido por Elkington (2001) consiste na
integração de três termos People, Planet e Profit, ou seja, a construção de um
![Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/20.jpg)
8
enfoque baseado nas dimensões social, ambiental e econômica para as
organizações, considerando para este trabalho o nicho das empresas de micro e
pequeno porte. Portanto, foi necessário partir do pressuposto da agregação das
contribuições científicas para desenvolver os fundamentos teóricos específicos para
MPEs, em função da escassa literatura sobre a temática. Esta premissa do trabalho
considera portanto que a ruptura entre as teorias organizacionais prejudica o
incremento e a validade dos estudos quantitativos e qualitativos, porém, é inerente
aos fenômenos que analisados geram divergências de opiniões (LINCOLN; GUBA,
2006; MATTOS, 2009; MUNCK; SOUZA, 2011).
Considerando o pensamento científico, amplamente disseminado, o qual teve
sua melhor compreensão na obra de Descartes, é possível iniciar o entendimento
sobre a evolução do termo sustentabilidade. Os preceitos do método de Descartes,
baseado na análise da fragmentação, proporcionaram racionalidade e estrutura ao
processo de investigação científica e as bases para o positivismo (MARCHI, 2011).
A operacionalização da dimensão econômica da sustentabilidade está
fundamentada em princípios cartesianos, voltados para a alocação e manejo
eficiente dos recursos, detendo-se naquilo que é observável, verificável e útil à
sociedade, o próprio contexto do positivismo e funcionalismo. Apesar das críticas de
Demo (1995) a estas teorias, como a superficialidade da investigação dos
fenômenos, a exclusão dos sentidos e o afastamento da filosofia, o pragmatismo no
caso da sustentabilidade contribuiu com o desenvolvimento de instrumentos
funcionais para que ao menos a temática não ficasse restrita ao âmbito teórico.
Almeida (2002) ressalta que é essencial medir a sustentabilidade para prover
informação ao tomador de decisão e respostas aos stakeholders.
O reforço do paradigma funcionalista vigente veio por meio do enfoque
sistêmico, segundo as exposições de Demo (1995), as ideias de função e objetivos
que interessam à sociedade e o conjunto de partes estruturais que combinadas
formam um todo organizacional, intensificaram o funcionalismo e o estruturalismo.
No entanto, as contribuições do paradigma sistêmico para a sustentabilidade foram
diversamente relatadas e permitiram a construção de abordagens orgânicas e
holísticas (LOVELOCK, 1982; GLEICK, 1989; HAWKEN; LOVINS; LOVINS, 1999;
CAPRA, 2000; MATURANA; VARELA, 2001). O sistemismo enunciado por
Bertalanffy, através da Teoria Geral dos Sistemas, preconiza que os elementos
estão dinamicamente relacionados para atingir um objetivo, por meio de matéria e
![Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/21.jpg)
9
energia, sendo impossível estudá-los isoladamente (MARTINELLI et al., 2006). O
paradigma da complexidade de Morin (1984) surgiu com uma abordagem
integradora de seus teóricos predecessores, que visa colocar em dialógica a ordem
e a desordem, ou seja, perceber que a natureza é complexa e que circunstâncias de
ordem e equilíbrio são apenas mais um estado dentro da dinâmica dos fluxos.
Baseado no preceito sistêmico de Bertalanffy e no caos auto-organizador de Morin e
outros, Sachs foi um dos autores relevantes para a temática, o qual enunciou as
cinco dimensões da sustentabilidade do ecodesenvolvimento, como denominado
pelo próprio autor: social, econômica, ecológica, espacial e cultural (Figura 1).
Figura 1 - As cinco dimensões da sustentabilidade.
Fonte: Sachs (1993). Para Sachs (2000), a dimensão social da sustentabilidade está relacionada
com a distribuição justa de renda, a disponibilidade de empregos, boa qualidade de
vida e igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais. Nesse mesmo enfoque,
o agir comunicativo de Habermas faz parte do embasamento ético da
sustentabilidade, contemplando a possibilidade de escolhas moralmente adequadas,
pois são compartilhadas pelo senso de justiça e interesse comum, e a ética do
discurso, onde todos têm a mesma possibilidade e legitimidade de participar da
elaboração e definição de normas que integrem os interesses de todos os indivíduos
e organizações afetados direta ou indiretamente (HABERMAS, 1989; BASSANI; DE
CARVALHO, 2004; ENGLUND; ÖHMAN; ÖSTMAN, 2008; DE CAMARGO;
PINHEIRO, 2010).
A dimensão econômica da sustentabilidade garante o alicerce financeiro
necessário para a continuidade de um negócio, sendo a capacidade de
modernização e a autonomia em pesquisa e tecnologia, igualmente importantes na
condução de um processo de desenvolvimento econômico equilibrado (SACHS,
2000). O “capitalismo natural” de Hawken, Lovins e Lovins (1999) está alinhado com
![Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/22.jpg)
10
a sustentabilidade econômica no momento em que alerta, por um lado, para a
interdependência fundamental entre a produção e o uso do capital produzido pelo
homem, e por outro, a conservação e o fornecimento do capital natural. Este último
constituído de recursos, sistemas vivos e os serviços dos ecossistemas, os quais
ainda não são contabilizados em sua totalidade pelo capitalismo tradicional, do que
resulta o grande potencial sobre pagamento de serviços ambientais (PSA) no campo
de pesquisa da administração.
Para Sachs (1993), a sustentabilidade ecológica compreende a intensificação
do uso dos potenciais inerentes aos variados ecossistemas, compatível com sua
mínima deterioração e garantindo a capacidade de resiliência dos mesmos. O
repensar sobre o paradigma vigente e a evolução da sustentabilidade ecológica
tiveram elementos que foram e continuam sendo fundamentais para a compreensão
de uma visão holística da sociedade, provenientes de reflexões teóricas da década
de 70, conforme mencionado por De Almeida Jr (2000):
a) Herman E. Daly com suas críticas ao pensamento econômico convencional e a
ruptura para uma economia em estado de equilíbrio dinâmico, garantindo o
respeito às propriedades do ambiente e ética com o ser humano;
b) Fritjof Capra e suas análises sobre o “antigo versus novo” paradigma de
percepção, pensamento e ação do homem, e suas implicações éticas, sociais,
econômicas, ambientais e políticas;
c) James Lovelock com a hipótese Gaia, de que os sistemas físico-químicos da
Terra gozam de interdependência com os sistemas vivos.
Ainda é possível acrescentar à fundamentação teórica desses autores as
análises empíricas sobre a situação mundial, organizadas por Lester Brown (State of
the World), publicadas anualmente, a partir de 1984, pelo Worldwatch Institute,
contribuindo para a consolidação da dimensão ambiental da sustentabilidade e
conforme Gleick (1989), “Uma explicação da natureza substitui outra. Velhos
problemas são vistos sob uma luz nova e outros problemas são identificados pela
primeira vez”.
O equilíbrio entre as configurações urbanas e rurais, com ressalvas a
concentração geográfica, foi disseminado por Sachs (2000) para o alcance da
sustentabilidade do espaço. Os investimentos públicos em infraestrutura, fortemente
destinados às zonas urbanas, promovem desigualdades quando analisadas as
iniciativas para habitação, saneamento, educação, saúde e transportes nas zonas
![Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/23.jpg)
11
rurais, estas pouco incentivadas. Martine (2007) preconiza o uso sustentável do
espaço na relação intitulada de população/desenvolvimento/ambiente (PDA). De
forma geral, o autor conduz à reflexão da necessidade de uma abordagem holística,
a qual considere a interação entre os diferentes usos da terra e os fatores ecológicos
específicos de cada região. Ward e Dubos (1972) contribuíram com o lema adotado
pela Agenda 21, “pensar globalmente, agir localmente”, considerando uma visão
cósmica e humanista da ocupação e desenvolvimento do espaço geográfico.
Maia (2007) afirma que o processo de globalização conduziu a uma
necessidade ampla da valorização das culturas locais, como garantia de diferencial
e competitividade frente às diversas regiões e países que comercializam no mercado
internacional. A pluralidade de culturas e tradições associada à busca de inovações,
permite a coexistência de diferentes produtos e serviços propostos para variados
públicos e interesses. No fenômeno administrativo, a influência do contexto histórico
cultural dos indivíduos na cultura organizacional foi amplamente relatada
(GUERREIRO RAMOS, 1983; SERVA, 1990; BARROS; PRATES, 1996; PRESTES
MOTTA; CALDAS, 1997). Maturana e Varela (2001) explicam a “conduta cultural”
como a estabilidade do comportamento entre as gerações, adquirida por meio das
dinâmicas de comunicação, inerentes aos meios sociais. Sachs (2000) ao incluir em
sua proposta a garantia do respeito às especificidades dos ecossistemas de cada
local, corrobora a cultura como fato indissociável da sustentabilidade.
Sachs (2002) agrega ainda a dimensão política à sustentabilidade, a qual pode
ser subdividida em nacional e internacional. O autor reitera que a importância da
política no âmbito nacional está na capacidade de executar o projeto elaborado para
o País em parceria e coesão com os atores sociais. Em relação à política
internacional são destacados os princípios de cooperação e igualdade, garantindo a
prevenção de guerras e o estabelecimento da paz. Nota-se que ambas as
dimensões são aplicáveis ao desenvolvimento territorial, contudo, são mais
desafiadoras para o contexto empresarial.
Cobbinah, Erdiaw-Kwasie e Amoateng (2015) associam a sustentabilidade
como uma estratégia para compreender os múltiplos fatores que devem ser
gerenciados na sociedade moderna e não como uma meta a ser alcançada. Os
autores consideram a dimensão política da sustentabilidade, conforme designada
por Sachs, como a intervenção necessária para implementar ações, principalmente,
nas temáticas de urbanização e pobreza.
![Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/24.jpg)
12
Considerando que este trabalho busca operacionalizar a sustentabilidade para
empresas de micro e pequeno porte, sendo notadamente conhecidas as dificuldades
enfrentadas por essas empresas para sobreviver (SILVA, 2005), a inovação é mais
um dos fatores a serem levados em consideração na abordagem da
sustentabilidade. Barbieri (2007) ressalta as organizações que possuem a inovação
como elemento recorrente e mensurável em seus processos. O autor igualmente
afirma que uma organização sustentável não necessariamente é uma organização
inovadora, pois inovar em aspectos produtivos pode gerar impactos ambientais e
sociais, caso estes não sejam levados em consideração. Portanto, para Barbieri
(2007, p. 105), organização inovadora sustentável “não é a que introduz novidades
de qualquer tipo, mas novidades que atendam as múltiplas dimensões da
sustentabilidade em bases sistemáticas e colham resultados positivos para ela, para
a sociedade e o meio ambiente”.
Barbieri et al. (2010) ressalta que as dimensões em que as empresas devem
inovar constantemente está baseada no triple bottom line de John Elkington.
Conforme mencionado anteriormente, Elkington (2001) definiu três pilares da
sustentabilidade, ou seja, uma gestão integrada para alcançar benefícios
econômicos, sociais e ambientais.
2.1.1 Conceitos sobre sustentabilidade: teoria e prática
As divergências na definição do conceito de sustentabilidade estão
principalmente associadas ao enfoque dado a dimensão ambiental, enquanto que a
sustentabilidade é mais abrangente e se configura como uma tática ampla de
gerenciamento de riscos, na qual os aspectos econômicos, sociais e ambientais dos
negócios são observados em função de suas interações com os ecossistemas
naturais e com os mercados (SMERALDI, 2009; ANDERIES et al, 2013; WU,
OLSON e BIRGE, 2013).
Gomes e Malheiros (2012), por exemplo, estudaram o papel dos indicadores
ambientais no panorama da sustentabilidade, devido a importância da integridade
das funções ecológicas das quais dependem a qualidade ambiental e da vida
humana. Silva, Selig e Morales (2012) analisaram a perspectiva inversa, ou seja, a
inserção dos indicadores de sustentabilidade em vinte e oito relatórios de Avaliação
Ambiental Estratégica (AAE), envolvendo um total de vinte e um países, sendo vinte
e seis relatórios de âmbito nacional, um de cunho binacional e um, multinacional. Os
![Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/25.jpg)
13
autores verificaram uma grande diversidade de forma e conteúdo nos relatórios,
sendo que apenas 42,8% enumeraram os indicadores de sustentabilidade propostos
pelas AAEs, três relatórios não citaram o termo “indicador”, 83% dos relatórios não
apresentou a definição conceitual do constructo indicador e 67% não demonstrou os
critérios de seleção dos indicadores de sustentabilidade. Portanto, para Silva, Selig e
Morales (2012), a maior parte das AAEs apresentaram falhas e deficiências em
relação ao emprego dos indicadores de sustentabilidade, reforçando novamente os
desafios encontrados na operacionalização desta temática. Santiago e Dias (2012),
por exemplo, desenvolveram uma matriz de indicadores de sustentabilidade voltados
à avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos, porém, dos cinquenta e cinco
especialistas contatados para aplicação do método Delphi e validação da matriz,
apenas 27,3% responderam, resultando em um cenário de abstenção de cerca de
70%, demonstrando um contexto de dificuldades já na obtenção das respostas dos
próprios especialistas.
Mebratu (1998) apud Callado (2010) categoriza as versões da sustentabilidade
em três: institucional, ideológica e acadêmica (Quadro 1).
![Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/26.jpg)
14
Quadro 1 - Diferentes versões sobre o conceito de sustentabilidade
Fonte: Mebratu (1998) apud Callado (2010).
A versão institucional é baseada em conceitos que priorizam a satisfação das
necessidades das futuras gerações, ou seja, são provenientes dos debates das
Comissões Mundiais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A versão
ideológica é proveniente do alinhamento com outras teorias emergentes,
promovendo a busca pela libertação da sociedade e do ambiente do capitalismo. A
última versão é a acadêmica, que está em consonância com os desafios ambientais,
sociais e econômicas e busca desenvolver ferramentas para contribuir com a
minimização dos impactos gerados (MEBRATU;1998 apud CALLADO; 2010).
![Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/27.jpg)
15
As diversas versões acadêmicas sobre o conceito de sustentabilidade
promovem dificuldades na compreensão dos resultados dos estudos, conforme
observado no trabalho de Silva, Selig e Morales (2012) e podem resultar em lacunas
de pesquisa. Sartori, Latrônico e Campos (2014) corroboram os autores
mencionados e afirmam que o termo sustentabilidade é pouco explicado e por ser
conceitual, geralmente é mal compreendido.
Segundo as autoras, existem três fases facilmente identificadas na pesquisa
científica sobre o tema: até o início da década de 90 os estudos focavam o
planejamento e desenvolvimento dos recursos ambientais influenciados pela
definição de desenvolvimento sustentável do Relatório Brundtland; a partir da
década de 90 fortaleceram-se as discussões entre a definição e respectiva adoção
dos conceitos de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade e suas
dimensões, e; no final da década de 90 e início dos anos 2000 iniciaram os estudos
voltados ao desenvolvimento de ferramentas para a avaliação da sustentabilidade.
O presente trabalho encontra-se na última trajetória citada pelas autoras e
corrobora com a conclusão das mesmas que ressalta que o campo da
sustentabilidade apesar do crescente número de publicações, ainda é carente em
algumas brechas, tais como: "a necessidade de pesquisas aplicadas e com
resultados práticos; encontro do equilíbrio no Triple Bottom Line; índices e/ou
indicadores para avaliação da sustentabilidade de prazo maior; alinhamento de
objetivos com indicadores identificados" (SARTORI; LATRÔNICO; CAMPOS, 2014,
p.11). No Quadro 2 é descrita a evolução conceitual analisada na revisão bibliográfica
efetuada neste trabalho, já mencionados anteriormente. Quadro 2 - Conceitos recorrentes nos sistemas de indicadores de sustentabilidade Conceitos Autor
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
CMMAD, 1988
Sustentabilidade
Existência de cinco faces da sustentabilidade (social, econômica, ecológica, espacial e cultural), que devem ser levadas em conta simultaneamente por qualquer iniciativa de planejamento do desenvolvimento.
Sachs, 1993
Triple Bottom Line Medição do desempenho financeiro, social e ambiental (profit, people e planet) da empresa . Elkington, 2001
Fonte: Elaborado pela autora (2014). É válido ressaltar que existem outros conceitos que apresentam um maior
número de dimensões para a sustentabilidade, contudo, optou-se pela apresentação
![Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/28.jpg)
16
destes em função da maior relevância e convergência com o objetivo geral do
estudo.
2.2. INICIATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Para Cavalcanti (2012), o desenvolvimento promove uma disputa indissociável
entre o incremento econômico e os recursos naturais. Os modelos econômicos que
atualmente ditam a formulação das políticas públicas e mercadológicas não
contabilizam as restrições que os ecossistemas podem representar. Os indicadores,
assim como a valoração das funções dos recursos naturais, consistem em métodos
que comunicam dados com o intuito de despertar a percepção dos gestores para a
importância do contexto em que estão inseridos. A gestão por indicadores
proporciona benefícios no âmbito da construção de informação para a tomada de
decisão e com isso contribui para prevenir possíveis retrocessos econômicos,
sociais e ambientais visualizados através dos índices alcançados, configurando uma
ferramenta de apoio para a administração pública e privada (UN, 2007).
Para Figueiredo et al. (2005), os Sistemas de Medição de Desempenho
Organizacional (SMDOs) apresentaram sua evolução marcada por três fases
específicas, alinhadas com as ferramentas de gestão disponíveis em cada época.
Entre os séculos XIV e XIX, através das primeiras iniciativas da contabilidade, foram
desenvolvidos os sistemas de controle da produção; já na década de 80 do século
XX, a medição de desempenho foi incorporada no planejamento das organizações,
através de ferramentas como a Pirâmide Du Pont; e a terceira fase que contempla
os atuais SMDOs, considera esferas variadas de análise do desempenho,
agregando características indicadas pela literatura na tentativa de incrementar a
eficácia na implementação, pois de acordo com Neely e Bourne (2000),
aproximadamente 70% dos SMDOs implantados não funcionaram adequadamente.
Tezza, Bornia e Vey (2010) revisaram 140 abordagens sobre o tema medição
de desempenho (período de 1980 a 2007) e verificaram que o ambiente em que os
SMDOs estão mais difundidos é o corporativo, no entanto, diversas abordagens vêm
tratando da cadeia de suprimentos, serviços e do próprio indivíduo. Dentre outras
características relevantes analisadas pelos autores é válido ressaltar que a maioria
das abordagens analisadas foi do tipo prática, com foco não financeiro e nos mais
diversos níveis de medição e grau de complexidade. Os autores igualmente
![Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/29.jpg)
17
mencionaram a relevância do modelo de Kaplan e Norton (1992) para a temática,
sendo o Balanced Scoredcard (BSC) amplamente difundido. Entre as várias
adaptações do BSC, os autores ressaltam o surgimento de abordagens com
enfoque na definição de indicadores de desempenho socioambiental (ROBERT,
2000; FIGGE et al., 2002; HUBBARD, 2006; SEARCY; MCCARTNEY;
KARAPETROVIC, 2007).
No Brasil, Cantarino, Barata e La Rovere (2007) utilizaram a nomenclatura
“indicadores de sustentabilidade” no estudo em que propuseram critérios para
definir, implementar e relatar indicadores de avaliação de desempenho nas esferas
ambiental, social, com ênfase na saúde e segurança do trabalhador em comparação
com outras empresas. A análise foi realizada por meio dos relatórios de
sustentabilidade publicados por empresas do setor de petróleo, as quais
demonstraram atitudes reativas e dificuldades na mudança de postura frente aos
desafios da sustentabilidade.
Guimarães e Feichas (2009) publicaram estudo sobre os desafios na
construção de indicadores de sustentabilidade, no qual os autores analisaram cinco
propostas com grande repercussão pela proposição de novas métricas para o
desenvolvimento nesta área: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Índice
de Bem-estar Econômico Sustentável (IBES) ou Índice de Progresso Genuíno (IPG),
a Pegada Ecológica, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a Matriz Territorial de
Sustentabilidade (CEPAL/ILPES). Os resultados alcançados pelos autores
demonstraram que os conceitos de desenvolvimento sustentável utilizados nos
métodos são variados, fator este que influencia diretamente na escolha dos
indicadores e nas reflexões propostas. Para Guimarães e Feichas (2009) a
agregação de características como a capacidade de comunicação do IDH e da
Pegada Ecológica, a participação da comunidade presente na Matriz Territorial de
Sustentabilidade, e a relação entre as variáveis do IBES/IPG, constituíram um
método com múltiplas dimensões e fundamental ao processo de decisão individual
ou coletivo.
É válido ressaltar que o estudo de Guimarães e Feichas (2009) utilizou em sua
essência métodos que priorizam a avaliação da sustentabilidade territorial. Em 1996,
um grupo de pesquisadores em sistemas de avaliação se reuniu na Fundação
Rockfeller Center, no Centro de Conferências em Bellagio, na Itália, com o intuito de
![Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/30.jpg)
18
organizar o conhecimento gerado sobre indicadores de sustentabilidade e
principalmente elaborar diretrizes sobre o uso desses como ferramenta para avaliar
o progresso de territórios e instituições (MALHEIROS; COUTINHO; PHILIPPI JR,
2013). Esse grupo elaborou um roteiro formado por dez princípios que buscam
auxiliar o processo de avaliação, interpretação e comunicação dos resultados
provenientes de um sistema de indicadores. Os Princípios de Bellagio afirmam que a
avaliação em direção ao desenvolvimento sustentável deve (IISD, 2013): Quadro 3 - Princípios de Bellagio Princípios de Bellagio 1.Visão direcionada e objetivos
Ser guiada por uma visão clara do desenvolvimento sustentável e metas que definem essa visão.
2. Perspectiva holística
Incluir visão do sistema todo e de suas partes; Considerar o bem-estar dos subsistemas social, econômico e ambiental, seu estado, a direção e a taxa de mudança tanto dos componentes as partes como da interação entre as partes; Considerar as consequências positivas e negativas da atividade humana de forma a refletir os custos e benefícios para os sistemas ecológicos e humanos, em termos monetários e não monetários.
3. Elementos Essenciais
Considerar a equidade e a disparidade dentro da atual população e entre as presentes e futuras gerações, lidando tanto com a preocupação quanto com o uso de recursos, consumo exagerado e pobreza, direitos humanos e acesso a serviços, se cabível; Considerar as condições ecológicas das quais a vida depende; Considerar o desenvolvimento econômico e outros aspectos que não são oferecidos pelo mercado e que contribuem para o bem-estar humano e social.
4. Escopo Adequado
Adotar horizonte de tempo suficientemente longo para capturar as escalas de tempo humanas e dos ecossistemas, respondendo às necessidades dos tomadores de decisão no curto prazo e das futuras gerações; Definir um espaço de estudo grande o suficiente para abranger não apenas os impactos locais, mas também os impactos distantes sobre as pessoas e os ecossistemas; Construir histórico das atuais condições para antecipar as futuras.
5. Foco Prático
Adotar um conjunto explícito de categorias explícitas ou uma estrutura organizada que ligue as visões e os objetivos aos indicadores e critérios de avaliação; Adotar um número limitado de questões para análise; Adotar um número limitado de indicadores ou combinação de indicadores para fornecer um sinal claro do progresso; Padronizar medidas, se possível, para permitir a comparação. Comparar os valores dos indicadores com as metas, os valores de referência, a posição, os pontos iniciais ou a tendência de direção, se cabível.
6. Abertura e Transparência
Fazer com que os métodos e dados que sejam usados estejam acessíveis a todos; Explicitar julgamentos, assunções e incertezas dos dados e interpretações.
7. Comunicação Efetiva
Ser concebida para direcionar as necessidades da audiência e do conjunto de usuários. Ser desenhada através dos indicadores e outras ferramentas que estimulem e engajem os tomadores de decisões. Objetivar simplicidade na estutura e uso de linguagem clara e abrangente.
8. Ampla Participação
Obter ampla participação da população, profissionais, técnicos e grupos sociais, incluindo jovens, mulheres e população índigena, a fim de assegurar o reconhecimento de valores diversos e em mudança; Assegurar a participação dos tomadores de decisão para estabelecer uma ligação forte entre as políticas adotadas e as ações resultantes.
9. Avaliação Constante
Desenvolver capacidade de avaliação constante para determinadas tendências; Ser interativa, adaptativa e sensível à mudança e incerteza, porque os sistemas são complexos e mudam frequentemente; Ajustar os objetivos, estruturas e indicadores, a partir de novos conhecimentos adquiridos; Promover desenvolvimento de aprendizado coletivo e feedback para os tomadores de decisões.
10. Capacidade Institucional
Estabelecer claramente as responsabilidade e fornecer ajuda constante no processo de tomada de decisões; Fornecer capacidade institucional para a coleta de dados, manutenção e documentação. Ajudar no desenvolvimento de capacidade para avaliação local.
Fonte: IISD (2013).
![Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/31.jpg)
19
Para Van Bellen (2005), o princípio 1 contempla o início do processo de
avaliação, abrangendo a definição do conceito de sustentabilidade de forma clara e
objetiva para os tomadores de decisões. Malheiros, Coutinho e Philippi Jr (2013)
corroboram com Van Bellen (2005), e mencionam que os princípios 2 a 5 tratam do
conteúdo objeto da avaliação e os princípios 6 a 8 consideram as questões
prioritárias desse processo. Os últimos princípios, 9 e 10, abrangem a necessidade
de um processo com caráter contínuo.
Van Bellen (2005) ressalta que os indicadores de sustentabilidade são
definidos de acordo com "níveis hierárquicos de percepção", ou seja, existem
aspectos culturais e históricos relevantes entre as diversas esferas em que se mede
sustentabilidade: global, nacional, regional, local, comunitária, ou empresarial. Os
indicadores de sustentabilidade territorial apresentam enfoque na mensuração da
sustentabilidade do desenvolvimento de uma localidade específica.
No setor de turismo no Brasil, dois artigos se mostraram relevantes para o
estudo de indicadores de sustentabilidadeo de Cordeiro, Leite e Partidário (2010) e
de Barddal, Alberton e Campos (2010). Cordeiro, Leite e Partidário (2010) realizaram
uma revisão da literatura sobre instrumentos de avaliação de sustentabilidade de
destinos turísticos, resultando em cinco principais métodos: o Destination Scorecard
do National Geographic Traveler; a Pegada Ecológica do Turismo (Tourism
Ecological Footprint); o Barômetro de Sustentabilidade do Turismo (Barometer of
Tourism Sustainability); o Sistema de Indicadores de Turismo Sustentável da
Organização Mundial de Turismo (UNWTO); e o Core Set Indicators (CSI) of
Sustainable Tourism da Agência Européia de Estatística (Eurostat). A partir deste
levantamento, os autores avaliaram criticamente cada um dos métodos através de
três critérios: visão de desenvolvimento sustentável, comunicação efetiva e
capacidade de apoio a decisão, e concluíram que nenhuma deles está
verdadeiramente capacitado para avaliar a sustentabilidade dos destinos turísticos,
principalmente em relação às falhas identificadas no conceito de desenvolvimento
sustentável. Barddal, Alberton e Campos (2010) propuseram uma discussão teórica
acerca das dimensões da sustentabilidade abordadas nos métodos de mensuração
da sustentabilidade, e ressaltaram a importância da compreensão dos riscos,
vulnerabilidades e sensibilidades associadas ao desenvolvimento das atividades
turísticas, buscando continuamente a compreensão dos âmbitos econômico, social,
![Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/32.jpg)
20
cultural, ambiental e espacial, em consonância com a visão sistêmica do conceito de
desenvolvimento sustentável e alinhados com Cordeiro, Leite e Partidário (2010).
Zamcopé, Ensslin e Ensslin (2012) desenvolveram um modelo de avaliação da
sustentabilidade corporativa no âmbito brasileiro, considerando a sustentabilidade
empresarial como a sobrevivência e longevidade do negócio. Os autores utilizaram a
Metodologia denominada Multicritério de Apoio à Decisão – Construtivista (MCDA-
C), desenvolvida segundo a visão da Estruturação Construtivista, ou seja, contrária
aos modelos tradicionais de avaliação de desempenho globais como o já
mencionado Balanced Scorecard (BSC) (KAPLAN; NORTON, 1992) e o
Performance Prism (NEELY; ADAMS, 2001), os quais são métodos Racionalistas
pois determinam o que será medido, a partir de conhecimentos universais e
genéricos para apoio a tomada de decisão. Zamcopé, Ensslin e Ensslin (2012),
acreditam que o método construtivista contribui para o desenvolvimento de um
modelo com maior legitimidade, pois é elaborado a partir das demandas daquele
que o utilizará. A metodologia empregada alcançou os objetivos dos autores,
contudo, não é passível de generalização de resultados, pois se aplica
exclusivamente ao estudo de caso desenvolvido em uma indústria têxtil, aspecto
inerente ao método escolhido.
Em relação às tendências de pesquisa no âmbito dos indicadores de
sustentabilidade, Veiga (2010) ressalta a monetarização das funções dos
ecossistemas, também conhecida como valoração ambiental, além da tendência no
desenvolvimento de indicadores de qualidade de vida que endossam um novo ramo
de estudo denominado economia da felicidade.
2.2.1 Indicadores de Sustentabilidade Empresarial
Neste item são abordados os métodos pesquisados sobre indicadores de
sustentabilidade aplicáveis ao âmbito corporativo.
2.2.1.1 Balanced Scorecard da Sustentabilidade (FIGGE et al., 2002)
Figge et al. (2002) basearam seus estudos no modelo desenvolvido por Kaplan
e Norton (1992), o Balanced Scorecard (BSC). Para Figge et al. (2002), o BSC
proporcionou através de uma ferramenta de gestão a oportunidade de incluir
aspectos ambientais e sociais na esfera estratégica das organizações.
![Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/33.jpg)
21
A ausência de estudos sobre a causalidade dos aspectos ambientais e sociais
com as transações econômicas das corporações, foi ressaltada por Figge et al.
(2002) no momento da publicação, sendo que doze anos após o estudo inicial dos
autores, a temática já pode ser considerada um consenso por definições como o
próprio tripple bottom line.
Os autores consideram que a gestão da sustentabilidade corporativa deve,
inicialmente, identificar as oportunidades de melhoria nas dimensões ambiental,
social e econômica, buscando a incorporação das metas prioritárias na estrutura do
BSC. Dentre as vantagens mencionadas pelos autores em utilizar o BSC para a
integração com a gestão da sustentabilidade estão (Quadro 4): Quadro 4 - Vantagens na integração do BSC com a gestão da sustentabilidade Vantagens Características
Viabilidade Econômica
• Os programas de gestão ambiental e social normalmente são percebidos como custos e em situações de crises financeiras, são os primeiros a serem descartados do orçamento. Segundo os autores, o BSC pode auxiliar a explicitar a viabilidade econômica desses programas, tornando-os sustentáveis e perenes.
Argumento Comercial
• A gestão da sustentabilidade realizada de forma adequada e consistente, promove eficiência nos negócios e consiste em argumentos comerciais válidos.
Integração • O BSC permite por meio de uma ferramenta a integração dos preceitos das três dimensões da sustentabilidade, segundo a percepção dos autores.
Fonte: Adaptado de Figge et al. (2002). Para realizar a integração entre o BSC e a gestão da sustentabilidade,
buscando alcançar as vantagens mencionadas na Quadro 4, os autores sugerem
três possibilidades. Inicialmente, os aspectos ambientais e sociais podem ser
identificados, analisados e inseridos de forma transversal nas quatros perspectivas
padronizadas do BSC: financeira, clientes, processos internos, e aprendizagem e
crescimento. Outra forma proposta pelos autores seria a criação de uma perspectiva
adicional, não mercadológica, em que aspectos ambientais e sociais poderiam ser
agrupados. E ainda em terceiro lugar, os autores sugerem o desenvolvimento de
perspectivas específicas para a dimensão ambiental e/ou social. Os autores
ressaltam que indiferente do formato de integração adotado, os fatores incluídos
devem ser de fato relevantes para a inclusão na gestão estratégica da organização.
Figge et al. (2002) não sugerem indicadores específicos (apenas generalistas)
para as perspectivas do Balanced Scorecard da Sustentabilidade, contudo, abordam
de forma interessante e relevante para o estudo uma ferramenta de inserção da
temática nas organizações.
Epstein, Buhovac e Yuthas (2015) realizaram um estudo baseado no
questionamento do ponto de vista dos gestores das empresas, ou seja, como são
atendidas simultaneamente as demandas conflitantes das dimensões da
![Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/34.jpg)
22
sustentabilidade na tomada de decisão diária. Os autores investigaram quatro
empresas no âmbito corporativo, Nike, Procter & Gamble, The Home Depot e Nissan
North America, e verificaram que as teorias iniciais de Kaplan e Norton (1992) já não
se aplicam a empresas maduras e líderes em programas de sustentabilidade.
Epstein, Buhovac e Yuthas (2015) analisaram que essas empresas encontram-se
em um grau de desenvolvimento em que os os seus gestores não enfrentam
concorrência na integração das perspectivas ambiental, social e econômica e sim
complementaridade. Segundo os autores, os sistemas informais dessas empresas
promovem a sustentabilidade e mais especificamente os programas sociais e
ambientais e os sistemas formais, hitoricamente associados ao desempenho
financeiro não enfrentam tensões para conciliar os múltiplos aspectos, pois a
sustentabilidade já está incorporada na cultura organizacional e nos processos de
tomada de decisão dessas empresas.
2.2.1.2 Mensuração da Sustentabilidade Corporativa através de Indicadores
(STROBEL, 2005)
A dissertação de Strobel (2005) teve como objetivo o desenvolvimento de um
modelo alternativo para a mensuração da sustentabilidade corporativa por meio de
indicadores. A autora utilizou a técnica de análise comparativa para estabelecer as
principais diferenças e similaridades entre as abordagens escolhidas, as quais
foram: o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), a Global Reporting Initiative (GRI), a
ferramenta do Instituto Ethos, o Modelo de Planejamento Estratégico para a
Sustentabilidade Empresarial (PEPSE) e o Método de Avaliação dos Indicadores de
Sustentabilidade de uma Organização (MAIS).
Segundo a autora, a principal justificativa para escolha desses metódos foi a
complementariedade entre eles. Strobel (2005) afirmou que três abordagens
possuem uma base de dados representativa e que são reconhecidas no contexto
industrial, tanto a nível nacional como a nível internacional (DJSI, GRI e Ethos). As
demais metodologias (PEPSE e MAIS) são teses de doutorado da Universidade
Federal de Santa Catarina, vinculadas ao Programa de atuação da autora,
Engenharia de Produção.
Para o presente estudo é relevante a atualização das referências DJSI, GRI e
Ethos, as quais tiveram novas edições lançadas desde 2005, agregando, por
exemplo, indicadores específicos para outros setores industriais. Strobel (2005)
![Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/35.jpg)
23
ressalta a importância da análise do público de interesse de cada metodologia, pois
esse fator está associado diretamente ao âmbito da criação de valor. A autora
reforça que questões como que tipo de valor deve ser criado, para quem, e como,
devem levadas em consideração no desenvolvimento de ferramentas e na análise
destas e de seus resultados.
2.2.1.3 Referência para Mensuração da Sustentabilidade Corporativa (DELAI;
TAKAHASHI, 2008; SIENA, 2008)
No âmbito da pesquisa nacional, Delai e Takahashi (2008) citam a ausência de
coerência nos dados mensurados perante as demandas de sustentabilidade das
organizações, como um dos empecilhos para a operacionalização desta, portanto
desenvolveram o seu próprio método. Os autores criaram um modelo de
mensuração da sustentabilidade corporativa composto por oito subcategorias de
análise que contemplam desde a visão estratégica até a própria organização dos
indicadores.
As iniciativas que fundamentaram o estudo de Delai e Takahashi (2008) foram
a GRI, as Métricas de Sustentabilidade do IChemE, o DJSI, o Índice Triple Bottom
Line, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações
Unidas, o Barômetro de Sustentabilidade, o Painel de Sustentabilidade e os
Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. Delai e Takahashi
(2008) não apresentaram resultados empíricos da aplicação do modelo desenvolvido
neste estudo. É válido ressaltar que no mesmo ano, Siena (2008) também publicou
um modelo de avaliação do desenvolvimento sustentável, no entanto, utilizou
indicadores com enfoque em usuários da sociedade, realizando a sua validação no
Estado de Rondônia.
Nos estudos de Siena (2008) e Delai e Takahashi (2008), é possível notar que
a esquematização, as categorias e as subcategorias dos métodos são similares,
contudo, as bases teóricas diferem. Delai e Takahashi (2008) fundamentaram a
construção do seu modelo em Hardi e Zdan (1997), Gallopín (1997), e Phillis e
Andriantiatsaholiniaina (2001); e Siena (2008) definiu a concepção do sistema
composto de dois subsistemas por meio do método sistêmico para Avaliação do
Bem-Estar de Prescott-Allen (1999; 2001), o qual adotou a escala de desempenho,
desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP,
2000) para calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
![Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/36.jpg)
24
2.2.1.4 Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE) (CALLADO, 2010)
Produto da tese de doutorado de Callado (2010) o Grid de Sustentabilidade
Empresarial (GSE), possui o objetivo de integrar as dimensões ambiental, social e
econômica para a mensuração da sustentabilidade empresarial.
O autor realizou um levantamento de referências relevantes para o
desenvolvimento do seu trabalho, contemplando iniciativas distribuídas no âmbito
científico e corporativo. O modelo proposto contemplou 43 (quarenta e três)
indicadores de sustentabilidade, sendo 16 (dezesseis) indicadores ambientais, 14
(quatorze) indicadores econômicos e 13 (treze) indicadores sociais.
Callado (2010) utilizou o método de avaliação de experts para alcançar a lista
final de indicadores. É interessante observar, que a utilização da norma ISO 14001,
foi um indicador considerado relevante e incorporado na versão final do método. A
norma de gestão ambiental, com versão brasileira a partir de 2004 e expectativa de
atualização no segundo semestre de 2015, contribui com a identificação dos
aspectos e impactos ambientais da empresa, contudo, não é uma garantia de um
desempenho mais sustentável.
Feil e Naime (2015) aplicaram o método de Callado (2010) para mensurar a
sustentabilidade das corporações com selo ISE da carteita BM&FBovespa. Os
autores afirmaram que 76,53% das corporações com selo ISE alcançaram
Sustentabilidade Satisfatória no Grid de Sustentabilidade Empresarial de Callado
(2010), e os 23,47% estão "muito perto da sustentabilidade", desta forma, nenhuma
corporação com selo da ISE, em 2012, enquadrou-se como insustentável, fator
esperado por estas empresas estarem presente na carteira citada.
2.2.1.5 Diretrizes G4 para Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting
Iniciative (GRI) (2013)
A Global Reporting Iniciative (GRI), com sede em Amsterdã (Holanda) consiste
em uma ampla e extensa rede de especialistas de diversos países, os quais
participam de grupos de trabalho e órgãos de governança, analisando e elaborando
relatórios e indicadores de sustentabilidade, bem como auxiliando na promoção de
estratégias e políticas de gestão (GRI, 2013a).
Segundo a própria GRI (2013a), a principal função do organismo é consolidar-
se como um ponto de convergência e a aceleração dos temas: transparência,
![Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/37.jpg)
25
prestação de contas, elaboração de relatórios e desenvolvimento sustentável. A GRI
é um núcleo oficial de colaboração do PNUMA e em maio de 2013 lançou a quarta
geração das suas Diretrizes de Sustentabilidade.
As Diretrizes da GRI apresentam Categorias conforme três dimensões
elencadas pelo triple bottom line. Por meio da análise da estrutura proposta pela
GRI, é possível perceber que assim como outras ferramentas de abrangência
internacional, o foco é corporativo e baseia-se na melhoria contínua consolidada por
modelos de Sistemas de Gestão, como a ISO 9001 (Plan - Do - Check - Act).
Em 2014, a GRI lançou um livreto informativo sobre relatórios de
sustentabilidade direcionado para o público de pequenas e médias empresas.
Segundo a GRI (2014) o objetivo do documento é que os empresários avaliem se o
relato é importante para as suas realidades e, em caso positivo, como iniciar o
processo de elaboração de um relatório com base nas Diretrizes G4 da GRI. O
documento ressalta a importância desse nicho de organizações com base em dados
da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO),
que afirmam que as PMEs representam mais de 90% das empresas em todo o
mundo e respondem, em média, por 50% do Produto Interno Bruto (PIB) de todos os
países e por 60% dos seus postos de trabalho. Como observa a GRI, a elaboração
do livreto é uma ação que propõe que o desempenho deve ser avaliado "no contexto
dos limites e demandas colocadas sobre os recursos ambientais ou sociais no setor,
local, regional, ou nível global" (GRI, 2013a, p. 17).
2.2.1.6 Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis (2013)
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma organização
sem fins lucrativos, caracterizada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público), criada em 1998 por empresários e executivos provenientes da
iniciativa privada, é reconhecido nas esferas nacional e internacional como
referência em conhecimento, experiências e desenvolvimento de ferramentas para
auxiliar na gestão das empresas no que se refere à responsabilidade social e ao
desenvolvimento sustentável (ETHOS, 2013a).
O Ethos é responsável pelos Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e
Responsáveis, os quais compõem uma ferramenta de gestão interna das empresas.
A metodologia foi reestruturada em 2010, proporcionando maior convergência com
iniciativas como a Norma ABNT ISO 26.000, as Diretrizes G4 para a Elaboração de
![Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/38.jpg)
26
Relatórios de Sustentabilidade da GRI e o CDP (Carbon Disclosure Project), que
detém o maior banco de dados corporativos sobre mudanças climáticas, água e
florestas da atualidade (ETHOS, 2013b).
Em 2003, o Sebrae realizou uma parceria com o Instituto Ethos e foram
desenvolvidos Indicadores de Responsabilidade Social Empresarial para Micro e
Pequenas Empresas. Em 2006, os indicadores foram revisados e atualmente
encontra-se disponível a versão de 2012, a qual ainda não foi alinhada com o novo
conceito de negócios sustentáveis proposto pela metodologia original revisada em
2010.
A ferramenta do Ethos/Sebrae para MPEs contempla 36 indicadores
distribuídos em sete temas: valores, transparência e governança; público interno;
meio ambiente; fornecedores; consumidores e clientes; comunidade; governo e
sociedade (ETHOS, 2012).
2.2.1.7 Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa (2014)
O International Finance Corporation (IFC), atrelado ao Banco Mundial, foi o
responsável por investir no desenvolvimento do Projeto do Índice de
Sustentabildiade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa (GVCES, 2012a).
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a instituição técnica que realiza a revisão
da metodologia que dá suporte aos questionários distribuídos entre as empresas
emissoras das ações mais líquidas da bolsa, sendo que o ano de lançamento do
questionário-base foi 2005 (GVCES, 2012b).
Em 2007, iniciaram os processos de consulta pública e workshops com
especialistas, buscando o aprimoramento em ciclos de melhoria contínua da
ferramenta, os quais passaram a acontecer anualmente. O Centro de Estudos em
Sustentabilidade (GVces) (2012b) da FGV, ressalta a criação da dimensão
Mudanças Climáticas no questionário de 2010, como uma garantia do avanço dos
indicadores da ferramenta e do alinhamento destes com as tendências nacionais,
internacionais e principalmente com a expectativas da sociedade no que tange as
boas práticas empresariais.
O ISE BM&FBovespa analisa de forma comparativa o desempenho das
empresas participantes, nos âmbitos da eficiência econômica, do equilíbrio
ambiental, da justiça social e da governança corporativa. A revisão anual do
questionário em 2014, não realizou alterações significativas em termos de
![Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/39.jpg)
27
Dimensões, apenas ocorreu a inclusão de uma nova pergunta na dimensão
Governança Corporativa, relativa a diversidade de gênero no Conselho de
Administração (ISE BM&FBOVESPA, 2014).
A estrutura do ISE foi desenvolvida para grandes empresas, portanto, aborda
temáticas alinhadas com as características do ambiente corporativo. Contudo, é
fundamental que as MPEs ao buscar inovação e competitividade, como preconizado
por entidades como o Sebrae, sejam desafiadas a alcançar padrões de referência
nacional e internacional em sustentabilidade, com os ajustes necessários para a
compreensão e internalização deste nicho específico.
2.2.1.8 Dow Jones Sustainability Index (2014)
O Índice de Sustentabilidade do Grupo Dow Jones (DJSI - Dow Jones
Sustainability Indexes) foi proposto pela parceria entre o Índice Dow Jones, a
STOXX Ltd. e o Grupo SAM. Lançado em 1999, o DJSI uniu as duas maiores
empresas relacionadas à provisão de resultados em bolsas de valores e o
pioneirismo com relação a investimentos na área da sustentabilidade (DJSI, 2013).
Segundo o DJSI (2013), a metodologia é baseada na aplicação de critérios
para a avaliação de oportunidades e riscos decorrentes das dimensões econômica,
ambiental e social das empresas elegíveis ao DJSI. Os critérios gerais são aplicados
a todas as empresas e os específicos dependem do setor de atuação das empresas,
sendo que ambos foram criados a partir dos contínuos desafios nos âmbitos da
sustentabilidade.
A metodologia adotada pelo DJSI é denominada Avaliação da Sustentabilidade
Empresarial, de propriedade da RobecoSAM, e garante considerar apenas os
fatores da sustentabilidade considerados viáveis economicamente e servem como
engajamento efetivo para melhorar o desempenho das empresas (DJSI, 2013a).
Por serem índices corporativos é possível perceber semelhanças com a
abordagem da GRI, principalmente em relação às dimensões da sustentabilidade
abordadas, contudo o Índice de Sustentabilidade do Grupo Dow Jones ressalta o
fator da gestão de riscos, pois enfatiza a dimensão econômica e a necessidade da
análise de viabilidade de quaisquer ações a serem tomadas pela empresa. Essa
diretriz está associada ao histórico da metodologia que provém de gestoras de
bolsas de valores, no entanto, se aplica fundamentalmente às MPEs, considerando
que os recursos destas são escassos e devem ser maximizados e potencializados,
![Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/40.jpg)
28
principalmente na utilização de argumentos para a implantação de ações no âmbito
da sustentabilidade.
2.2.1.9 Ferramenta de avaliação rápida e holística da sustentabilidade para PMEs
em nichos de fabricação (CHEN et al. 2014)
Dentre as pesquisas realizadas, a metodologia que agregou as palavras
chaves sustentabilidade e pequenas empresas foi a publicação dos autores Chen et
al. (2014). Os autores definiram como determinante para uma ferramenta de
avaliação de sustentabilidade para pequenas e médias empresas (PMEs) quatro
critérios fundamentais: avaliação rápida, aplicação no nível da fábrica, aplicabilidade
genérica e uma visão holística da sustentabilidade. Ao avaliar diversas
metodologias, inclusive algumas descritas no presente trabalho (GRI e DJSI) e
outras mais específicas para o "chão de fábrica", os autores constataram que as
ferramentas não continham todos os requisitos considerados importantes para uma
aplicação bem sucedida em PMEs.
Chen et al. (2014) propuseram três módulos principais para construção da
ferramenta: o quadro da sustentabilidade, o modelo da fábrica e o quadro dos
indicadores. Esses módulos são conectados por meio de matrizes baseadas em
revisão de literatura. O quadro da sustentabilidade apresenta 14 temas, 44
subtemas e 82 princípios, contudo as especificidades da ferramenta não foram
apresentadas no artigo dos autores.
O modelo da fábrica é baseado em fluxos de entrada (inputs), elementos
(edifícios, equipamentos, pessoas, entre outros), emissões (gases, líquidos, calor,
entre outros) e fluxos de saída (outputs). O último módulo contempla 133
indicadores baseados em uma revisão de mais de 100 artigos e ferramentas da
literatura, organizados em sete áreas funcionais da gestão: produção e manutenção,
meio ambiente, saúde e segurança, logística, gestão e economia, compras e
pessoal.
A ferramenta de Chen et al. (2014) foi habilitada em formato de software,
contando com uma base de dados e um questionário com os 133 indicadores
selecionados, não disponibilizados no artigo estudado.
![Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/41.jpg)
29
2.2.1.10 Modelo conceitual para medir o desempenho da Gestão da Cadeia de
Suprimentos Verde (GCSV) e Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos
(GSCS) (AHI; SEARCY, 2015)
O método desenvolvido pelos pesquisadores Ahi e Searcy (2015) mostrou-se
relevante no referencial teórico deste trabalho em função do foco em indicadores de
desempenho para cadeias de suprimento, pois as MPEs são parcelas expressivas
dos encadeamentos produtivos.
O objetivo do estudo de Ahi e Searcy (2015) foi identificar e analisar as
métricas publicadas acerca das temáticas sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos
Verde (GCSV) e Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos (GSCS). Os autores
realizaram uma análise de conteúdo de 445 artigos publicados até 2012.
Os resultados encontrados corroboram as afirmações de Lincoln e Guba
(2006), Mattos (2009) e Munck e Souza (2011), os quais ressaltam que a ruptura
entre as teorias e os resultados de estudos quantitativos e qualitativos prejudicam o
aprofundamento de novos estudos na academia, mesmo sendo baseados em
divergências. Os autores verificaram que a maioria dos indicadores foram utilizados
apenas uma vez, ou seja, não há um consenso sobre a eficácia daquela métrica.
Cinco métricas foram utilizadas mais de 20 vezes: qualidade (31 vezes), emissões
atmosféricas (28), as emissões de gases de efeito de estufa (GEE) (24), o uso de
energia (24), e o consumo de energia (21).
Visando reduzir tais inconsistências, Ahi e Searcy (2015) elaboraram uma
classificação com 13 características extraídas da literatura para analisar e assim
construir um quadro conceitual original para estruturar o desenvolvimento de
métricas nas temáticas de GCSV e GSCS.
2.3. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E A SUSTENTABILIDADE: É POSSÍVEL CONCILIAR?
De acordo com o Sebrae (2013), em um período de dez anos (2002-2012), o
crescimento médio do número de MPEs no Brasil foi de 2,7% ao ano, totalizando em
2012 cerca de 6,3 milhões de estabelecimentos deste porte. As MPEs foram
igualmente responsáveis pela criação de 6,6 milhões de empregos com carteira
assinada nesse período. Para o Sebrae (2013), as MPEs constituem as empresas
do setor da indústria que possuem até 19 pessoas ocupadas, ou nos setores de
comécio e serviços com até 9 pessoas ocupadas, conforme Quadro 5.
![Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/42.jpg)
30
Quadro 5 - Classificação dos estabelecimentos segundo porte
Porte Setores Indústria Comércio e Serviços
Microempresa até 19 pessoas ocupadas até 9 pessoas ocupadas Pequena empresa de 20 a 99 pessoas ocupadas de 10 a 49 pessoas ocupadas Média empresa de 100 a 499 pessoas ocupadas de 50 a 99 pessoas ocupadas Grande Empresa 500 pessoas ocupadas ou mais 100 pessoas ocupadas ou mais Fonte: Adaptado de Sebrae (2013).
A FIESC (2013), em sua publicação anual sobre as perspectivas para a
indústria catarinense como um todo, ressalta que a inovação foi citada como fator
prioritário para os entrevistados, sendo que 81% dos empresários pretendiam
investir mais em inovação no ano de 2013 do que foi investido em 2012. Alinhado
com as preocupações com inovação, o investimento em ações na área ambiental foi
o item que mais cresceu em relação à pesquisa anterior. Para a FIESC, esses
fatores conduzem a definição de um conceito específico de sustentabilidade
alinhado com as demandas do setor industrial, ou seja, atualização tecnológica e
inovação, nas temática ambiental e social para incremento da competitividade.
Contudo, apesar das instituições de apoio começarem a identificar alterações
de postura em amostras específicas de estudos sobre a temática sustentabilidade, a
rotina dos pequenos negócios ainda é desafiadora. Como ação prévia à Rio+20, o
Sebrae (2012) entrevistou 3.912 empresários de micro e pequeno porte com o
objetivo de avaliar o nível de percepção desses acerca dos temas “sustentabilidade”
e “meio ambiente”. Dentre os questionamentos realizados, é válido destacar que
65% dos entrevistados considerou possuir "nível médio" de conhecimentos sobre
"sustentabilidade" e "meio ambiente", contudo, em um questionamento posterior,
54% dos entrevistados não associou ações sustentáveis à “oportunidades de
ganhos” ou à riscos negligenciados nos negócios. Portanto, conforme mencionado
anteriormente, há uma disseminação exacerbada de conceitos sobre
sustentabilidade na literatura acadêmica que promove distorções de compreensão, e
é possível perceber que nos pequenos negócios a situação não se difere. Em muitos
casos, ainda prevalece o estigma, principalmente da dimensão ambiental da
sustentabilidade, de que esta não preza a viabilidade econômica na implantação dos
projetos, fator altamente ressaltado pela metodologia DJSI, por exemplo.
As micro e pequenas empresas possuem inúmeros desafios para prosperarem
nos mercados, tais como a alta carga tributária brasileira, o despreparo ao ingressar
nos mercados, as dificuldades em negociar as melhores taxas com as instituições
financeiras, a carteira de cliente em desenvolvimento e alta concorrência, entre
![Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/43.jpg)
31
outros problemas já designados e divulgados por instituições como o Sebrae. Silva e
Pereira (2004) ressaltam que o baixo volume de produção e a tecnologia obsoleta
são fatores comprometedores da gestão das pequenas empresas e estão
diretamente alinhados com as dificuldades na disponibilidade de capital para
investimento inicial. Os autores continuam discorrendo sobre a importância do
alinhamento da produtividade e da qualidade com as expectativas dos
consumidores, os quais passam a ser cada vez mais exigentes em aspectos como a
ética social e ambiental das empresas. Os consumidores demandam o
comprometimento dos negócios e esses precisam devolver segurança e
confiabilidade por meio de seus produtos.
A publicação de Leone (1999) é amplamente utilizada por ser pioneira em
ressaltar a importância das pequenas empresas destacando as características deste
nicho empresarial em três tipos de especificidades, as quais segundo a autora
seriam respostas do formato de gestão dessas empresas às proposições das
principais teorias enunciadas para organizações tradicionais. Quadro 6 - Especificidades da gestão das pequenas empresas
Especificidades organizacionais Especificidades decisionais Especificidades individuais
• Pobreza de recursos; • Gestão centralizada; • Situação extra-organização
incontrolável; • Fraca maturidade organizacional; • Fraqueza das partes no mercado; • Estrutura simples e leve; • Ausência da atividade de
planejamento formal; • Fraca especialização; • Estratégia intuitiva e pouco
formalizada; • Sistema de informações simples.
• Tomada de decisão intuitiva;
• Horizonte temporal de curto prazo;
• Inexistência de dados quantitativos;
• Alto grau de autonomia decisional;
• Racionalidades econômica, política e familiar.
• Onipotência do proprietário-dirigente;
• Identidade entre pessoa física e pessoa jurídica;
• Dependência ante certos empregados;
• Influência pessoal do proprietário-dirigente;
• Simbiose entre patrimônio social e patrimônio pessoal;
• Propriedade dos capitais; • Propensão a riscos calculados.
Fonte: Leone (1999). O Quadro 6 exibe o estereótipo ainda vigente das pequenas empresas. As
especificidades organizacionais compõem uma estrutura simples e reativa, baseada
nas necessidades imediatas do negócio. As especificidades decisionais abordam o
conceito do conflito familiar nas relações de trabalho, estudado por Silva (2005), pois
a tomada de decisão geralmente é pessoal e afetiva, já que a empresa é
considerada uma extensão do próprio empresário. As especificidades individuais
apenas explicam com maior propriedade como ocorre a tomada de decisão,
predominantemente por meio de um indivíduo comprometido, motivado e geralmente
paternalista que influencia a maioria dos aspectos da empresa (LEONE; LEONE,
![Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/44.jpg)
32
2011). Instituições como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil) e o já mencionado GVces estão investindo na
capacitação de micro e pequenos empresários, buscando alterar padrões de gestão
previamente estabelecidos por outros mais rentáveis e inovadores. Em 2013 foi
lançado o projeto “Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor”, que
visa criar um novo modelo de exportação da marca Brasil como país inovador,
competitivo e sustentável (APEX-BRASIL; GVCES, 2013). As ações iniciaram com a
base da cadeia de fornecimento, pois segundo as instituições apenas
aproximadamente 2% das exportações brasileiras são feitas por companhias de
menor porte. Para a primeira fase do projeto foram selecionadas 12 pequenas
empresas para que sejam auxiliadas em seu processo de internacionalização e
posicionamento de produtos e serviços com alto valor agregado e possuidores de
atributos de sustentabilidade junto a mercados compradores estrangeiros.
Neste contexto da Cadeia de Valor a sinergia da atuação das micro e
pequenas empresas tornou-se ainda mais expressiva devido ao seu papel social na
distribuição de renda e qualidade de vida. Contudo, são muitas as dificuldades
elencadas no incremento do sucesso dos negócios de pequeno porte. Estes
obstáculos podem estar associados aos equívocos de percepção dos micro e
pequenos empresários sobre o seus reais desempenhos em sustentabilidade? Em
1991, Carroll (1991) já citava que os executivos na tentativa de equilibrar os
compromissos com os seus stakeholders não racionalizavam as obrigações legais e
éticas dos negócios, culminando em adversidades muitas vezes desnecessárias
casos estas tivesses sido consideradas previamente. A Pirâmide da
Responsabilidade Social Corporativa de Carroll (Figura 2) consiste em uma proposta
conceitual para que as empresas incluam em seus deveres perante a sociedade não
apenas fatores econômicos e jurídicos, mas igualmente éticos e filantrópicos.
![Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/45.jpg)
33
Figura 2 - Pirâmide da Responsabilidade Social Corporativa.
Fonte: Adaptado de Carroll (1991).
Mais de duas décadas após a publicação da Pirâmide da Responsabilidade
Social Corporativa, ainda persistem problemas de compreensão e integração nos
principais frameworks teóricos englobando sustentabilidade, responsabilidade social
corporativa, ética nos negócios, gerenciamento das partes interessadas e cidadania
corporativa. Em 2007, Schwartz e Carroll (2007) propuseram a abordagem
denominada de VBA que abrange os termos Valor, Equilíbrio e Responsabilidade
com transparência para análise e integração dos constructos mencionados.
Segundo os autores, esses elementos centrais proporcionam comportamentos
corporativos alinhados com as expectativas da sociedade, considerando as
características de cada conceito frente aos frameworks. Portanto, a abordagem VBA
demonstra que o desconhecimento e a ausência de uma gestão estratégica dos
elementos centrais gera pressão sobre as empresas e seus respectivos resultados,
independente do seu porte.
Analisando de forma mais específica, a ineficiência da produção é citada de
forma relevante como um dos fatores alinhados com o desafio da sustentabilidade
em pequenas empresas e elencado em estudos como o de Campos e Alberton
(2004), Seiffert (2008) e Campos (2012). As autoras ressaltam em seus trabalhos as
peculiaridades da implantação de sistemas de gestão ambiental, de acordo com a
norma ISO 14.0001, em pequenas e grandes empresas. A sinergia dos potenciais
danos ambientais nos compartimentos ar, água e solo proveniente das MPEs
atualmente instaladas e operando, podem representar mais do que as próprias
grandes empresas que muitas vezes possuem medidas preventivas ou corretivas de
cunho ambiental em funcionamento.
Responsabilidades Filantrópicas Ser um bom cidadão corporativo.
Contribuir com recursos para a comunidade; Melhorar a qualidade de vida.
Responsabilidades Éticas Ser ético.
Fazer o que é certo, justo e equitativo. Evitar danos.
Responsabilidades Legais
Obedecer a legislação. A legislação é a codificação da sociedade sobre o certo e o errado.
Jogar pelas regras do jogo.
Responsabilidades Econômicas Ser rentável.
A base sobre a qual todos os outros confiam.
![Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/46.jpg)
34
Rocha (2008), em outra instância analisou as MPEs brasileiras entre o período
de 1984 a 2005 e concluiu que as políticas públicas apresentam falhas na dimensão
da liberação de crédito ao empresário, sem exigir a sua respectiva capacitação. O
autor destaca a falsa impressão de um negócio rentável pela simples ausência de
capacitação gerencial, fator que reflete diretamente na busca por negócios mais
sustentáveis de um ponto de vista sistêmico.
Para Sarfati (2013), em consonância com Rocha (2008), o Brasil não possui
políticas públicas de empreendedorismo que incentivem os empreendedores nos
estágios de criação ao startup das empresas, denominado estágio da eficiência. As
políticas públicas estão focadas na fase de manutenção e expansão, contudo, a
realidade das MPEs demonstra negócios com lacunas ainda no estágio de
estruturação da gestão, conforme citado anteriormente (ROCHA, 2008;
GRAPEGGIA, et al., 2010). Desta forma, o desenvolvimento de uma proposta de
indicadores de sustentabilidade para MPEs, tem como objetivo, igualmente, o
desenvolvimento de uma ferramenta de gestão que auxilie as MPEs a visualizarem
os seus negócios de forma sistêmica, instruindo-as para participarem posteriormente
de processos mais detalhados, tais como o método construtivista aplicado por
Zamcopé, Ensslin e Ensslin (2012).
Teorias como a NRBV (Natural-Resource-Based View) publicada há quase 20
anos por Hart (1995) e pouco aplicada no Brasil, são exemplos de fundamentos de
gestão que ainda consistem em implantações desafiadoras, principalmente em
nichos como as MPEs. Nota-se pelos métodos descritos no item dedicado aos
indicadores empresariais que são poucas as iniciativas desenvolvidas para MPEs
em Mercados Emergentes e seus desafios na compreensão dos conceitos e
implantação das estratégias da sustentabilidade, agregando valor a esta lacuna de
pesquisa.
Apesar das críticas às fórmulas prescritivas do funcionalismo na gestão
(COLLINS, 2000; PIERCE; NEWSTRON, 2002; DE PAULA; WOOD JR, 2003;
CLARK; GREATBATCH, 2004), este permite aproximar os conceitos teóricos das
necessidades da resolução de problemas práticos das organizações. A elaboração
de ferramentas que auxiliem as empresas a construírem uma atuação alinhada com
as expectativas das partes interessadas permite a evolução da discussão da
sustentabilidade e suas interfaces em "gaps" de pesquisa já consolidados, como é o
caso do desenvolvimento de frameworks que extendem o conceito dos impactos do
![Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/47.jpg)
35
triple bottom line para fora dos limites da empresa, considerando o contexto em que
esta se encontra (AHI; SEARCY, 2015).
Senge et al. (2006) acreditam que a sustentabilidade é um termo amplo, como
um “guarda-chuva”, o qual contempla soluções que contribuem para as
organizações lidarem de forma eficaz com suas externalidades causadas pela visão
de lucro no curto prazo. Em 1993, Callenbach et al. (1993) já haviam sistematizado
as principais razões que motivaram as empresas a assumirem a responsabilidade
quanto à conservação dos recursos, tais como as exigências legais e a proteção dos
interesses específicos do negócio. Na Figura 3 é possível analisar as demais
motivações elencadas pelos autores. Figura 3 - Motivações das empresas para conservar o ambiente
Fonte: Callenbach et al. (1993).
Neste contexto, a sustentabilidade se converte em estratégias e práticas
organizacionais, delimitadas por um conjunto de condicionantes socioambientais, na
qual a gestão dos riscos envolvidos depende não somente da capacidade técnica e
econômica das empresas, mas também de como se organizam para responder tais
condicionantes (AMATO NETO, 2011). De tal modo, é possível propor uma reflexão
sobre uma sequência de estágios para que as organizações desenvolvam
estratégias para se tornarem sustentáveis, considerando neste sentido o triple
bottom line de Elkington (2001), mas igualmente o âmago da temática que consiste
na habilidade de se manter ou conservar um modelo sistemático capaz de se
adaptar às mais diversas situações, reforçando a própria definição de capacidade de
resiliência dos seres vivos. De forma mais prática, significa a sobrevivência
permanente dos empreendimentos humanos e da própria sociedade, pois se
relaciona com as condições de vida oferecidas pelo planeta.
![Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/48.jpg)
36
A sequência proposta para a sustentabilidade das organizações (Figura 4) é
denominada “Estágios da Estratégia Sustentável de Produção”, a qual se
fundamenta na busca por vantagens (econômicas inclusive) às organizações que a
implementem de forma integral. Figura 4 - Estágios da Estratégia Sustentável de Produção
Fonte: Elaborado pela Autora (2015). O primeiro estágio, Conformidade Legal, estabelece a seguinte premissa: a
organização em busca da sustentabilidade deve atender integralmente aos
requisitos estabelecidos pela legislação relacionada aos processos e produtos,
aspectos socioambientais e riscos ocupacionais, entre outras aplicáveis. A
abordagem proposta contempla o atendimento pleno da legislação com base em
dois critérios: cálculo do custo do passivo legal decorrente da omissão e
conformidade legal ao menor custo (HEY, 1992; BRASIL, 2000; SILVA, 2002;
MACHADO, 2013). Inicialmente a MPE deve ao menos identificar a legislação
aplicável ao seu negócio, elaborando assim um Plano de Ação buscando dessa
forma a regularização do seu negócio.
ESTÁGIOS DA ESTRATÉGIA SUSTENTÁVEL DE PRODUÇÃO OBJETIVO AUTORES REFERÊNCIA
4. NEGÓCIO SUSTENTÁVEL
INSERIDO EM CADEIAS PRODUTIVAS E MERCADOS DE PADRÕES DE CONSUMO RESPONSÁVEL, DE ACORDO COM AS EXPECTATIVAS DAS PARTES INTERESSADAS.
DRUCKER, 1998; ALMEIDA, 2002; FREEMAN; WICKS; PARMAR, 2004; KEINERT, 2007; LEITE, 2009; MAZUR; MILES, 2010; ZYLBERSZTAJN; LINS, 2010; TRÍAS DE BES; KOTLER, 2011; LIGTERINGEN, 2012; AHI; SEARCY, 2015.
3. GESTÃO DE RISCOS, ECOEFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE
FOCO NA IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE REDUÇÃO DE RISCOS E DESPERDÍCIOS NOS PROCESSOS.
DE CICCO; FANTAZZINI, 1985; UNIDO/UNEP, 1995; PAULI, 1996; SENAI/RS, 2003; AMARAL, 2005; ISO, 2009; MARCELINO-SÁDABA et al. 2014.
2. CONFORMIDADE NORMATIVA
ATENDIMENTO A REQUISITOS ESTABELECIDOS EM NORMAS TÉCNICAS DE GESTÃO E DE PROCESSOS, COM EVENTUAIS CERTIFICAÇÕES.
DONNAIRE, 1993; HARRINGTON, 1993; JURAN, 1993; KINLAW, 1997; CHEHEBE, 1998; BANDEIRA, 2009; COSTA, 2010.
1. CONFORMIDADE LEGAL
ATENDIMENTO A REQUISITOS ESTIPULADOS EM LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS PRODUTOS, AMBIENTAL, SAÚDE E SEGURANÇA
HEY, 1992; BRASIL, 2000; SILVA, 2002; MACHADO, 2013.
ABORDAGENS NORTEADORAS: PARSONS, 1967; WARD; DUBOUS, 1972; BERTALANFFY, 1972; LOVELOCK, 1982; MORIN, 1984; GLEICK,
1989; HABERMAS, 1989; CARROL, 1991; DALY, COBB; COBB, 1994; HAWKEN, LOVINS; LOVINS, 1999; CAPRA, 2000; MATURANA; VARELA, 2001; ELKINGTON, 2001; SACHS, 2002; SCHWARTZ; CARROLL, 2007.
![Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/49.jpg)
37
O segundo estágio, Conformidade Normativa, enuncia que a organização em
busca da sustentabilidade deve atender requisitos estabelecidos em normas
técnicas que constituem as melhores práticas de gestão e de processos disponíveis,
de forma que seja possível a estabilização dos processos e sua medição por
indicadores (DONNAIRE, 1993; HARRINGTON, 1993; JURAN, 1993; KINLAW,
1997; CHEHEBE, 1998; BANDEIRA, 2009; COSTA, 2010). Os sistemas de gestão
utilizados nesse estágio podem ser direcionados aos relacionamentos estratégicos
da organização, como por exemplo, mercado e clientes (NBR ISO 9.001:2008), meio
ambiente (NBR ISO 14.001:2004), saúde e segurança dos trabalhadores (OHSAS
18.001:2007) e responsabilidade social (NBR 16.000:2011). Deve-se destacar que
as certificações podem proporcionar diferenciais de mercado para as organizações,
porém, não são obrigatórias para o atendimento dos “requisitos” do estágio de
Conformidade Normativa.
O terceiro estágio concentra-se na Gestão de Riscos, Eficiência e
Produtividade e possui foco direcionado à redução de riscos, de custos e de
desperdícios nos processos organizacionais. Toda forma de poluição, por exemplo,
deve ser entendida como manifestação de ineficiência dos processos produtivos. O
que para uma organização tradicional é visto como um problema deve ser percebido
como uma oportunidade de melhoria de competitividade. Para tanto, cada
intervenção é planejada e tem sua viabilidade definida de acordo com a análise de
aspectos socioambientais e riscos ocupacionais, tecnologias apropriadas e
investimentos associados (DE CICCO; FANTAZZINI, 1985; UNIDO/UNEP, 1995;
PAULI, 1996; SENAI/RS, 2003; AMARAL, 2005; ISO, 2009; MARCELINO-SÁDABA
et al. 2014). Essa abordagem permite constatar que as maiores oportunidades
existentes estão fortemente associadas ao aumento de produtividade, à redução dos
riscos e dos desperdícios dos processos e projetos.
O quarto estágio, Negócio Sustentável, dirige-se à cadeia produtiva completa,
abrangendo desde os fornecedores até os clientes e consumidores. Entre as
iniciativas estão as do tipo “efeito dominó” sobre a cadeia de fornecedores, que
levam estes a adotar as práticas de sustentabilidade já assumidas pela própria
organização, porém, adaptado à suas realidades. Outro elemento fundamental é a
comunicação com os clientes e consumidores sobre as características dos produtos.
Devem ser destacadas suas potencialidades, mas também suas limitações durante
e após o uso, os indicadores de produção e outras informações que podem ser
![Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/50.jpg)
38
importantes para as partes interessadas. Em síntese, a transparência da
organização leva a um melhor relacionamento com os grupos de interesse e,
consequentemente, proporciona maior legitimidade social à organização
(DRUCKER, 1998; ALMEIDA, 2002; FREEMAN; WICKS; PARMAR, 2004;
KEINERT, 2007; LEITE, 2009; MAZUR; MILES, 2010; ZYLBERSZTAJN; LINS, 2010;
TRÍAS DE BES; KOTLER, 2011; LIGTERINGEN, 2012; AHI; SEARCY, 2015).
O setor empresarial moderno tem evoluído rapidamente na busca da
sustentabilidade, impulsionado em grande medida pelos desejos e tendências dos
consumidores, que cada vez mais recorrem a valores da cidadania, como ética,
justiça e transparência, para tomarem suas decisões de compra. No Brasil, como no
mundo, a vanguarda do setor empresarial não está alheia a essas mudanças e tem
procurado corresponder, aprendendo a pensar e a agir de acordo com o tripé da
sustentabilidade. Os micro e pequenos empresários necessitam igualmente de
estratégias para maior eficiência na gestão dos seus recursos e principalmente na
redução das suas externalidades.
3. MATERIAL E MÉTODOS
O presente capítulo compreende a Classificação da Pesquisa, com um breve
referencial teórico sobre o tema; o Roteiro Metodológico no qual são apresentadas
as atividades executadas para a realização do trabalho; e a Caracterização do
Objeto de Estudo. As etapas apresentadas neste capítulo são de fundamental
importância, pois nortearam a execução do trabalho, de forma estruturada, ao
alcance dos resultados.
3.1.CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Para Minayo, Deslandes e Gomes (2012), a pesquisa consiste em um conjunto
de ações e propostas, as quais visam encontrar a solução para um problema,
buscando a construção da realidade. Os autores ressaltam que "nada pode ser
intelectualmente um problema se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da
vida prática".
Este trabalho é analisado por quatro formas de classificação de uma pesquisa
científica: quanto à natureza, quanto à abordagem dos problemas, quanto aos
objetivos e quanto aos procedimentos adotados.
![Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/51.jpg)
39
3.1.1 Quanto à natureza
Quanto à natureza os trabalhos científicos são classificados em Pesquisa
Básica ou Pesquisa Aplicada, sendo que pode-se classificar este trabalho como Pesquisa Aplicada, a qual objetiva a geração de conhecimentos de aplicação
prática, voltados à solução de problemas específicos (DEMO, 1995).
Segundo Parra Filho e Santos (2000), a Pesquisa Aplicada possui objetivos
imediatistas em função da utilização prática de seus resultados. É bastante utilizada
para fins econômicos, como por exemplo, no desenvolvimento de novos produtos e
em estudos para melhorias de eficiência e desempenho.
Para Cooper e Schindler (2003), a pesquisa aplicada demanda planejamento
para que a execução seja maximizada e atenda os objetivos pré-determinados. Os
autores ressaltam que esse tipo de pesquisa possui ênfase na solução de problemas
gerenciais.
O conjunto de critérios e indicadores de sustentabilidade para MPEs apresenta
aplicação prática para um nicho de mercado específico, constituindo em boas
práticas que remetem à gestão mais eficiente dos recursos empregados e das
externalidades geradas.
3.1.2 Quanto à forma de abordagem dos problemas
Quanto à forma de abordagem dos problemas os trabalhos científicos podem
ser Qualitativos ou Quantitativos. O presente trabalho pode ser classificado como
Pesquisa Qualitativa, pois segundo Minayo, Deslandes e Gomes (2012) o
ambiente é a fonte direta para a coleta dos dados, com o seu conjunto de
fenômenos humanos e provenientes da realidade social, o qual não requer a
utilização de metodologias estatísticas para aprofundamento e compreensão.
Para Creswell (2010), a abordagem qualitativa geralmente considera relações
de conflito entre indivíduos, dados pela tentativa de compreensão individual de
problemas através da coleta de informações por meio de abordagens narrativas.
Martins e Theóphilos (2009) igualmente definiram a descrição como uma das
principais características da pesquisa qualitativa, priorizando situações e
acontecimentos para buscar o entendimento da realidade. No caso desta
dissertação, os processos referentes à gestão das MPEs são confrontados com os
indicadores de sustentabilidade empresariais, resultando em critérios qualitativos
sobre a sustentabilidade neste âmbito.
![Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/52.jpg)
40
3.1.3 Quanto aos objetivos
Quanto aos objetivos, os trabalhos científicos podem ser divididos em Pesquisa
Exploratória, Pesquisa Descritiva ou Pesquisa Explicativa. Este trabalho pode ser
classificado em Pesquisa Exploratória Descritiva, pois segundo Oliveira (2012),
este tipo de pesquisa tende a proporcionar maior esclarecimento sobre o problema
em questão, por meio de delimitações, levantamento bibliográfico, leitura e análise
de documentos. A autora ressalta a importância de uma pesquisa bibliográfica
consistente neste tipo de pesquisa, pois norteia o método complementar que
geralmente se utiliza que é o estudo de caso.
Malhotra (2001) destaca que a pesquisa exploratória é utilizada em situações
em que é necessário definir os fatores relevantes de uma ação ou dados adicionais
para um nicho específico de estudo. Collis e Hussey (2005) complementam que a
pesquisa exploratória é usual em campos de estudo com poucas publicações sobre
o tema, em consonância com a temática abordada para MPEs nesse estudo.
Hair et al. (2005) ressaltam que as pesquisas descritivas geralmente partem de
uma hipótese, ou seja, apresentam caráter confirmatório e podem ser utilizadas para
a coleta de dados sobre uma questão de pesquisa. Hair et al. (2005) afirmam
igualmente a importância da estruturação de planos de pesquisa em trabalhos com
essa característica, contribuindo para a medição/obervação das características a
serem estudadas.
3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos
Quanto aos procedimentos técnicos os trabalhos científicos podem ser
classificados em Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental, Pesquisa
Experimental, Estudo de Caso, Pesquisa Expost-Facto, Pesquisa-Ação e Pesquisa
Participante. O presente trabalho pode ser classificado como Pesquisa Bibliográfica, elaborada a partir de materiais já publicados, como livros, periódicos,
ensaios críticos e materiais oficiais disponibilizados na Internet.
3.2 ROTEIRO METODOLÓGICO
De acordo com as classificações e conceitos enunciados pelos autores citados
anteriormente, foi possível elaborar o roteiro metodológico executado pelo presente
trabalho. Na Figura 5 é possível observar um esquema desenvolvido para ilustrar os
![Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/53.jpg)
41
objetivos específicos da dissertação e os produtos científicos gerados de acordo
com a metodologia adotada. Figura 5 - Esquema proposto para o alcance dos produtos científicos da dissertação
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Os itens a seguir descrevem as atividades do trabalho.
3.2.1 Pesquisa Bibliográfica e Documental
Os temas de pesquisa do trabalho estão relacionados com a proposta de
indicadores de sustentabilidade para MPEs, que se mostrou uma temática pouco
explorada no âmbito acadêmico brasileiro, conferindo ao trabalho um diferencial
característico.
Foi realizada uma pesquisa teórica, por meio de Consulta por
Classificação/Área Avaliação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior) em Administração, Ciências Contábeis e Turismo nos
estratos A1, A2, B1, B2, contemplando artigos publicados no período entre 2008 e
Desenvolver critérios de priorização de indicadores de sustentabilidade para MPEs.
Determinar categorias e indicadores de sustentabilidade aplicáveis à MPEs.
Verificar a disponibilidade do conjunto de indicadores em bases de dados.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Pesquisa em periódicos e publicações técnicas.
Produto 1: Modelos de avaliação da sustentabilidade para empresas.
DESENVOLVIMENTO DE CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO
Elaboração de escala e critérios para avaliação do Produto 1.
Produto 2: Matriz de Priorização.
DEFINIÇÃO DE CATEGORIAS E INDICADORES
• Avaliação dos modelos elencados no Produto 1 por meio da ferramenta do Produto 2;
• Elaboração do Produto 3 com base nas categorias de agrupamento dos indicadores dos métodos do Produto 1.
• Análise de redundância dos indicadores agrupados no Produto 3 e redação do Produto 4.
Produto 3: Categorização e Agrupamento dos Indicadores. Produto 4: Conjunto de Indicadores de Sustentabilidade para MPEs.
PESQUISA E VERIFICAÇÃO EM BANCOS DE DADOS
• Pesquisa de estudos oficiais com MPEs e verificação de indicadores em comum com o Produto 4.
Produto 5: Bancos de Dados sobre MPEs.
ATIVIDADES
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
PRODUTOS
Comparar modelos de avaliação da sustentabilidade empresarial.
PROPOSIÇÃO DE CRITÉRIOS • Redação do Produto 6, os critérios
de cunho educativo para auxiliar a compreensão dos empresários.
Compor as bases de diretrizes de sustentabilidade para MPEs.
Produto 6: Conjunto de Critérios de Sustentabilidade para MPEs.
![Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/54.jpg)
42
2014. As palavras-chave utilizadas foram: sustentabilidade, desenvolvimento
sustentável, medição/mensuração, desempenho, indicador, micro e pequena
empresa. É válido ressaltar que o objetivo da pesquisa era verificar a relevância da
temática a ser pesquisada por meio das publicações já existentes nesse âmbito.
A primeira análise baseou-se apenas nos títulos e palavras-chaves dos artigos
provenientes das pesquisas, resultando em 100 (cem) artigos.
A segunda etapa da pesquisa, contemplou a análise dos itens Resumo e
Resultados destes artigos, totalizando 10 (dez) artigos com aderência à temática do
trabalho, contudo, sem proposições específicas à MPEs, demonstrando o potencial
de contribuição da pesquisa.
É interessante ressaltar que por meio desta pesquisa inicial foi possível
observar uma predominância no cenário nacional relativa à estudos de indicadores
de sustentabilidade territorial, bem como abordagens exclusivamente teóricas, com
estudos de caso pontuais e geralmente associados à metodologias como produção
mais limpa e ecoeficiência.
Por meio da Pesquisa de Relevância foi determinada a Estratégia de Pesquisa,
contemplando a construção da pergunta de pesquisa a partir do problema, a
definição dos objetivos, bem como a delimitação do trabalho. De forma paralela, foi
iniciada a fundamentação teórica do trabalho, com a pesquisa em livros,
documentos oficiais, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos em
periódicos e homepages institucionais, visando mapear informações sobre o estado
atual da produção acadêmica sobre a sustentabilidade e micro e pequenas
empresas.
A partir das referências analisadas, foi elaborada uma sequência lógica de
abordagem dos assuntos pertinentes, com base no enfoque norteador sistêmico em
que o trabalho está fundamentado.
3.2.2 Desenvolvimento de Critérios de Priorização
A primeira etapa do estudo consistiu na elaboração da Fundamentação Teórica
(Evolução e Tendências da Sustentabilidade).
No Produto 1 (Figura 5) foram estudados doze métodos sobre sustentabilidade empresarial. Os métodos foram escolhidos para compor o
![Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/55.jpg)
43
embasamento teórico do trabalho, pois possuem atuação e relevância nacional e
internacional, segundo as referências pesquisadas.
Contudo, os objetivos dos métodos estudados não são todos compatíveis com
o escopo deste trabalho. Algumas metodologias, por exemplo, são consolidadas na
temática sustentabilidade porém foram desenvolvidas visando grandes corporações.
Desta forma, para analisar quais as categorias e indicadores pertencentes as
melhores práticas estudadas são mais adequadas ao objetivo geral do estudo, foi
elaborada a Matriz de Priorização baseada nas características das MPEs descritas
pelos autores consultados na Fundamentação Téorica, citada na Figura 5 como
Produto 2.
3.2.3 Definição de Categorias e Indicadores
A partir do desenvolvimento da Matriz de Priorização foi possível analisar os
indicadores dos métodos estudados e priorizar aqueles adequados para as
características das MPEs, formando um conjunto de indicadores.
Posteriormente, foi realizada a Categorização que consiste no encadeamento
das relações dos processos de gestão das MPEs, adicionando uma estrutura lógica
ao agrupamento dos indicadores. A categorização teve como base o triple bottom
line de Elkington (2001), os Estágios da Estratégia Sustentável da Produção (Figura
4) e as categorias e temas abordados nos métodos analisados, dessa forma os
indicadores priorizados foram agrupados (Produto 3). Após, foi realizada a análise
de redundância dos indicadores, distribuindo os mesmos em indicadores qualitativos
e quantitativos, formalizado como Produto 4 (Conjunto de Indicadores de Sustentabilidade para MPEs - CIS-MPEs).
3.2.4 Pesquisa e Verificação em Bancos de Dados
O Produto 5, definido como Banco de Dados sobre MPEs, foi baseado em
pesquisas nas homepages de Instituições que desenvolvem estudos específicos
sobre o nicho alvo da dissertação. A partir do levantamento dos dados sobre MPEs
foi realizada uma comparação com o CIS-MPEs, visando a análise dos indicadores
em comum. O propósito desta verificação foi identificar os indicadores já coletados
sobre MPEs em outros estudos, ou seja, constatar a aplicabilidade dos indicadores
priorizados.
![Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/56.jpg)
44
3.2.5 Proposição de Critérios
A elaboração dos Critérios de Sustentabilidade para MPEs (Produto 6),
considerou o perfil do gestor-proprietário das MPEs (Aspectos Decisionais e
Individuais detalhados na Matriz de Priorização - Produto 2), identificado por meio da
Fundamentação Teórica, para a elaboração de breves textos descritivos e instrutivos
sobre os indicadores qualitativos e quantitativos que compõem o Conjunto de
Indicadores. O processo de construção dos Critérios, base para diretrizes,
contemplou a pesquisa sobre Legislações e Melhores Práticas visando a
compreensão, sensibilização e orientação do gestor-proprietário sobre a
sustentabilidade.
3.3 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
O objeto de estudo deste trabalho consistiu no desenvolvimento de um
Conjunto de Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs. Guba (1981)
afirma que em estudos qualitativos o pesquisador considera a distância ideal entre si
e o objeto pesquisado, contudo esta relação é "permeável". O autor ressalta que o
pesquisador ao adotar tal método concorda que os resultados alcançados não são
passíveis de generalização, mas se relacionam com o contexto particular do estudo
em questão. Na pesquisa qualitativa, a proposição não está fundamentada na
corroboração das hipóteses mas sim no cenário de melhor ajuste para o fenômeno
em estudo (GUBA, 1981). Na Figura 6 encontra-se o Desenho da Pesquisa com
enfoque nos Produtos Científicos gerados, considerando as constatações de Guba
(1981), embora a dissertação não se trate de um estudo de caso convencional.
![Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/57.jpg)
45
Figura 6 - Desenho Esquemático dos Produtos Científicos da Pesquisa
Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
Para incrementar rigor, amplitude, riqueza e profundidade à pesquisa
qualitativa, Guba (1981) propôs quatro critérios paralelos à validação aos moldes da
pesquisa quantitativa: credibilidade (validade interna); aplicabilidade (validade
externa); confirmabilidade (objetividade); e confiabilidade (semelhante à pesquisa
quantitativa).
Azevedo et al. (2013) menciona que a obtenção de credibilidade na pesquisa
está relacionada com parcialidade, ou seja, adoção de métodos isentos de
direcionamentos no estudo. A problematização do trabalho deve estar alinhada com
as lacunas de pesquisa e contribuições científicas e sociais do estudo (Item 1.3
Justificativa do Trabalho). Os objetivos geral e específicos devem ser estruturados e
adequados ao desenho metodológico, conduzindo o estudo aos produtos e
resultados (Figura 6). Apesar das pesquisas qualitativas usualmente optarem por
amostras intencionais, os autores sugerem abordagens aleatórias para incrementar
![Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/58.jpg)
46
a imparcialidade (Banco de Dados - Produto 5). No caso deste trabalho, cerca de
52% dos indicadores de sustentabilidade estabelecidos para MPEs já haviam sido
alvo de pesquisas anteriores com temática específica para pequenas empresas.
A aplicabilidade ou possibilidade de transferência, segundo Guba (1981),
considera que a generalização não é aplicável aos estudos qualitativos, contudo os
resultados devem apresentar informações suficientes do contexto em que os
fenômenos foram analisados, para que leitores e pesquisadores possam, de acordo
com o grau de ajuste entre contextos, formar hipóteses de trabalho semelhantes ou
baseadas nas lacunas desses estudos.
A confirmabilidade para Guba (1981) está associada à objetividade dos
estudos quantitativos. Nos estudos qualitativos os pesquisadores devem tomar
medidas para reduzir as suas influências sobre as análises (Matriz de Priorização -
Produto 2) e buscar, sempre que possível, a triangulação com fontes imparciais
(Banco de Dados - Produto 5).
Por fim, a confiabilidade que é semelhante a credibilidade para estudos
quantitativos e qualitativos, está voltada ao detalhamento dos métodos adotados
permitindo que o trabalho seja replicado (LINCOLN; GUBA, 2006). Para Guba
(1981), os estudos científicos objetivam o entendimento de algo socialmente
construído e situado em um contexto determinado, não uma verdade definitiva.
Assim, fica mais evidente a importância do cruzamento dos Critérios e Indicadores
de Sustentabilidade para MPEs com as informações dos Bancos de Dados
pesquisados, pois reforça a pertinência da verificação da construção teórica em
amostras significativas do nicho de pesquisa do trabalho, as quais somente seriam
viáveis por meio de estudos secundários.
![Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/59.jpg)
47
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo trata-se da apresentação dos dados e da aplicação da
metodologia descrita no capítulo anterior, com ênfase na discussão dos resultados
obtidos. No item 4.1 é apresentada a análise comparativa dos métodos de avaliação
da sustentabilidade empresarial estudados na Fundamentação Teórica. O item 4.2 é
dedicado à Matriz de Priorização, ferramenta desenvolvida para selecionar os
indicadores mais adequados as características das MPEs, os quais são
apresentados no item 4.3, de acordo com a dimensão da sustentabilidade em que
foram agrupados. No item 4.4 são descritas as Bases de Dados em que os
indicadores de sustentabilidade foram confrontados, assim como os indicadores em
comum. No último item do capítulo (4.5) são discutidos os Critérios elaborados para
promover a qualificação das MPEs para a sustentabilidade.
4.1 ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
A partir da Pesquisa Bibliográfica desenvolvida e apresentada na
Fundamentação Teórica, foram encontradas características similares e diferenças
na Análise Comparativa apresentada no Quadro 7. Foram estudados os documentos
disponibilizados publicamente dos doze métodos de indicadores de sustentabilidade
referentes ao âmbito empresarial.
No Quadro 7 é possível notar que há divergência conceitual sobre as
categorias baseadas nas dimensões da sustentabilidade a serem adotadas pelos
métodos. Este fator se deve aos enfoques dados de acordo com os objetivos de
cada modelo de avaliação. Van Bellen (2005) ressalta que de acordo com a esfera
em que se mede a sustentabilidade: global, nacional, regional, local, comunitária ou
empresarial; os aspectos culturais e sociais apresentam maior ou menor relevância,
por exemplo. Guimarães e Feichas (2009) corroboram a percepção de Van Bellen
(2005) e mencionam que de acordo com o conceito de desenvolvimento sustentável
adotado as reflexões, propostas e escolhas dos indicadores se alteram por
completo. Apenas dois métodos foram concebidos para avaliar a sustentabilidade no
âmbito regional, a proposta de Siena (2008) e de Ahi e Searcy (2015), os demais
focalizaram o nível local com públicos em sua maioria corporativos para definição de
indicadores de sustentabilidade.
![Page 60: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/60.jpg)
48
Quadro 7 - Análise Comparativa dos Métodos de Indicadores de Sustentabilidade Empresarial (Produto 1) Identificação Categorias da Sustentabilidade Público
Alvo Tipologia dos Dados
Balanced Scorecard da Sustentabilidade (FIGGE et al., 2002)
Financeira, Cliente, Processos Internos, Aprendizagem e Crescimento, Não Mercadológica.
Empresas Âmbito estratégico
Qualitativos Quantitativos
Mensuração da Sustentabilidade Corporativa através de Indicadores (STROBEL, 2005).
Ambiental, Social, Econômica. Corporativo Qualitativos Quantitativos
Modelo de Referência para Mensuração da Sustentabilidade Corporativa (DELAI; TAKAHASHI, 2008)
Social, Ambiental, Econômica. Corporativo Qualitativos Quantitativos
Método para avaliar desenvolvimento sustentável (SIENA, 2008) Humano, Ecossistema. Usuários da
Sociedade Qualitativos
Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE) (CALLADO, 2010) Ambiental, Econômica, Social. Empresas
Rurais Qualitativos Quantitativos
Indicadores de Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas (ETHOS; SEBRAE, 2012).
Valores, Transparência e Governança, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes, Comunidade, Governo e Sociedade.
Micro e Pequenas Empresas
Qualitativos
Diretrizes G4 para Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Iniciative (GRI, 2013)
Econômica, Ambiental, Social. Corporativo Qualitativos Quantitativos
Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis (ETHOS, 2013)
Visão e Estratégia, Governança e Gestão, Social, Ambiental. Corporativo Qualitativos
Quantitativos
Dow Jones Sustainability Index (DJSI, 2014) Econômica, Ambiental, Social.
Corporativo (Bolsa de Valores)
Qualitativos Quantitativos
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) (BM&FBOVESPA, 2014)
Ambiental, Econômico-Financeira, Geral, Governança Corporativa, Mudanças Climáticas, Social, Natureza do Produto.
Corporativo (Bolsa de Valores)
Qualitativos Quantitativos
Ferramenta de avaliação rápida e holística da sustentabilidade para PMEs em nichos de fabricação (CHEN et al., 2014)
Social, Institucional, Ambiental, Econômica
Pequenas e Médias Empresas (Manufatura)
Qualitativos
Modelo conceitual para medir o desempenho da Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde (GCSV) e Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos (GSCS) (AHI; SEARCY, 2015)
Ambiental, Social, Voluntariado, Resiliência, Longo Prazo, Partes Interessadas, Fluxo, Coordenação, Relacionamento, Valor, Eficiência, Desempenho, Economia.
Cadeia de Suprimentos Qualitativos
Fonte: Elaborado pela Autora (2015). Quadros similares ao comparativo apresentado no Quadro 7 foram
desenvolvidos por Barddal (2008) e Malheiros, Coutinho e Philippi Jr (2013), porém
com enfoque em metodologias de avaliação da sustentabilidade territorial.
Em sua maioria, os métodos descritos no Quadro 7 foram desenvolvidos de
forma genérica para aplicação em quaisquer setores produtivos. As exceções
encontram-se em métodos reconhecidos pelo mercado como a Global Reporting
Iniciative que possui Módulos exclusivos de indicadores de sustentabilidade para
Operadores de Aeroportos, Indústria de Alimentos, Construção Civil, Energia
Elétrica, Organizadores de Eventos, Serviços Financeiros, Mineração e
Organizações Não Governamentais; e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da
![Page 61: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/61.jpg)
49
BM&FBOVESPA em que a Categoria Ambiental do método é dividida nos Grupos A,
B, C, D, E e IF, contemplando empresas que apresentam características ambientais
semelhantes em seus processos. O Grupo A, por exemplo, é constituído pelos
setores de Cervejas e Refrigerantes, Cigarro e Fumo, Madeira, Papel e Celulose,
Água e Saneamento, Energia Elétrica (Geração e Transmissão), Açúcar e Álcool,
Agricultura e Pecuária (Produção). Além disso, dez métodos apresentaram seus
indicadores de sustentabilidade em artigos e documentos oficiais, e Chen et al.
(2014) e Ahi e Searcy (2015) demonstraram seus métodos por meio de frameworks
com as respectivas categorias e subcategorias da sustentabilidade, no entanto, não
apresentaram o detalhamento dos indicadores. Chen et al. (2014) ressaltou que os
indicadores foram desenvolvidos, contudo, fazem parte de um sistema informatizado
desenvolvido especificamente para o método. Já Ahi e Searcy (2015) focaram na
elaboração do desenho da proposição, sendo que estas aplicações foram alvo deste
trabalho pois apresentaram enfoques associados às pesquisas (sustentabilidade e
pequenas empresas), e principalmente, pois seus frameworks possuem conteúdos e
formatos interessantes para contribuição aos indicadores de sustentabilidade para
MPEs.
Em cinco dos doze métodos analisados, o triple bottom line (ELKINGTON,
2001) se destacou em sua configuração original das dimensões da sustentabilidade,
ou seja, com apenas três pilares. No entanto, os demais métodos incluíram de forma
segmentada a mesma abordagem, como é possível observar na Figura 7. Portanto,
optou-se formalmente pela categorização dos indicadores de sustentabilidade das
MPEs em três dimensões: Econômicos, Sociais e Ambientais.
![Page 62: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/62.jpg)
50
Figura 7 - Categorias da Sustentabilidade abordadas nos métodos estudados
Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
Segundo Elkington (2001), o pilar Econômico contempla o cálculo de
operações sustentáveis e para tal são necessários processos de apoio como
contabilidade, auditoria e avaliação de riscos. Devido à natureza dessas atividades a
medição do desempenho do relacionamento com clientes/consumidores e
fornecedores é essencial para a aprendizagem e crescimento contínuos da visão
e estratégia das empresas. Os pilares Ambiental e Social contemplam processos
de apoio semelhantes ao pilar Econômico para assuntos como compreensão do
capital natural afetado pelas operações das empresas (ecossistema), a resiliência
do meio impactado e a eficiência dos processos internos, buscando a redução de
externalidades negativas e a potencialização de efeitos benéficos. A temática social
abrange a gestão e transparência no relacionamento com stakeholders (funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, órgãos públicos, entre outros), garantindo a erradicação da discriminação por meio do investimento em
educação, saúde e nutrição. Portanto, os métodos de Figge et al. (2002), Siena (2008), Ethos e Sebrae
(2012), Ethos (2013), BM&FBovespa (2014), Chen et al. (2014) e Ahi e Searcy
18%
2% 2%
2%
2%
16%
2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%
2% 2% 2%
2% 2%
2%
2% 16%
2% 4% 2% 2%
Ambiental ou Meio Ambiente Comunidade Consumidores e Clientes Coordenação Desempenho Econômica ou Econômico-‐Financeira ou Economia Ecossistema Eficiência Fluxo Fornecedores Geral Governança CorporaGva Governo e Sociedade Humano InsGtucional Longo Prazo Mudanças ClimáGcas Natureza do Produto Partes Interessadas PerspecGva da Aprendizagem e Crescimento PerspecGva do Cliente PerspecGva dos Processos Internos PerspecGva Não Mercadológica Público Interno Relacionamento Resiliência Social Valor Valores, Transparência e Governança ou Governança e Gestão Visão e Estratégia Voluntariado
![Page 63: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/63.jpg)
51
(2015) optaram por segmentar o triple bottom line em categorias, contudo,
analisando a abordagem de Elkington (2001), citada anteriormente, é possível
afirmar que o significado dos pilares da sustentabilidade continuam presentes,
apesar de fragmentados. Na Figura 7 percebe-se que 18% do Total de
Dimensões/Categorias da Sustentabilidade dos Métodos estudados foi determinada
como "Ambiental" ou "Meio Ambiente"; 16% como "Social"; e 16% como
"Econômica", "Econômico-Financeira" ou "Economia".
Assim, foi adotado o triple bottom line como abordagem norteadora para a
definição da sustentabilidade do trabalho, estando ainda alinhada com os estudos
sobre indicadores de sustentabilidade empresarial resultantes do Produto 1 do
Roteiro Metodológico, apresentado na Figura 5.
Apesar de compreender a complexidade de conceitos abordados por autores
como Sachs (2002), a opção pela definição de sustentabilidade de Elkington (2001)
está equiparado com as dificuldades de compreensão e operacionalização desta,
que implicam diretamente em sistemas de avaliação de desempenho carentes de
um alinhamento prático entre objetivos estratégicos e indicadores (NEELY;
BOURNE, 2000; SILVA; SELIG; MORALES, 2012; SARTORI; LATRÔNICO;
CAMPOS, 2014). Portanto, para a sensibilização dos micro e pequenos
empresários, uma organização sustentável pode ser considerada aquela que
administra um conjunto de atividades com o objetivo de minimizar danos resultantes
de seus processos produtivos e ainda criar valor para as partes interessadas no
âmbito ecônomico, social e ambiental (ELKINGTON, 2001).
4.2 MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO
No total dos doze métodos analisados, dez métodos apresentaram indicadores
quantitativos e qualitativos distribuídos em categorias diversas (Figura 7), totalizando
1539 indicadores. Cada um dos métodos possui públicos alvos específicos, sendo
que 58% são voltados ao nicho corporativo, desta forma para verificar quais
indicadores eram aplicáveis às MPEs foi elaborada a Matriz de Priorização dos Indicadores de Sustentabilidade Empresarial (Produto 2 - Quadro 8).
![Page 64: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/64.jpg)
52
Quadro 8 - Matriz de Priorização dos Indicadores de Sustentabilidade (Produto 2)
Pouco Adequado (PA) Grande Empresa
Adequado (A) Média - Pequena Empresa
Muito Adequado (MA) Pequena - Micro Empresa Bases Teóricas
Asp
ecto
s O
rgan
izac
iona
is
Recursos abundantes; Recursos limitados; Recursos racionalizados;
Leone (1999), Silva; Pereira (2004), Leone; Leone (2011), Sebrae (2013).
Gestão descentralizada; Gestão centralizada aos sócios com delegação de funções aos funcionários com estreita relação;
Gestão centralizada; Leone (1999), Silva; Pereira (2004).
Estrutura complexa; Estrutura simples com organograma; Estrutura simples; Leone (1999), Leone;
Leone (2011).
Planejamento formal com métodos reconhecidos;
Planejamento de custos formalizado;
Ausência de planejamento formal;
Leone (1999), Leone; Leone (2011), Sebrae (2013).
Profissionais especializados; Profissionais em capacitação; Profissionais pouco
especializados;
Leone (1999), Silva; Pereira (2004), Leone; Leone (2011).
Estratégia formalizada e com metodologia instituída para registro e desdobramento;
Estratégia intuitiva com metas registradas; Estratégia intuitiva; Leone (1999), Sebrae
(2013).
Sistema de informação complexo, formalizado e informatizado;
Sistema de informação simples e com planilhas básicas;
Sistema de informação simples e manual;
Leone (1999), Silva; Pereira (2004), Leone; Leone (2011).
Forma jurídica sociedade anônima;
Forma jurídica limitada ou empreendedor individual;
Forma jurídica limitada, empreendedor individual ou informal;
Leone; Leone (2011), Sebrae (2013).
Alta utilização de tecnologia.
Uso de tecnologias de baixo custo e desenvolvimento de módulos "artesanais".
Uso de tecnologia "artesanal" devido aos custos associados.
Silva; Pereira (2004), Leone; Leone (2011).
Asp
ecto
s D
ecis
iona
is
Tomada de decisão padronizada e fundamentada;
Tomada de decisão com base em análise dos parâmetros internos e externos registrados informalmente;
Tomada de decisão perceptiva;
Leone (1999), Leone; Leone (2011).
Planejamento de acordo com metas de curto, médio e longo prazos;
Planejamento usualmente em curto prazo, na implantação de projeto especiífico define metas de médio e longo prazo;
Planejamento em curto prazo;
Leone (1999), Silva; Pereira (2004).
Monitoramento de dados quantitativos formalizado;
Monitoramento de dados associados a produtividade e desperdícios;
Monitoramento de dados quantitativos incipiente; Leone (1999)
Autonomia alinhada com a descrição dos cargos e salários;
Alto grau de autonomia decisional dos sócios; Alto grau de autonomia
decisional; Leone (1999), Silva (2005).
Racionalidade alinhada aos stakeholders identificados na atuação da organização.
Racionalidade alinhada em sua maioria aos stakeholders internos, ou na identificação de algum público em situação-problema.
Racionalidade alinhada em sua maioria aos stakeholders internos.
Leone (1999), Silva; Pereira (2004).
Asp
ecto
s In
divi
duai
s
Predominância dos acionistas;
Predominância do sócio-gestor e demais sócios;
Predominância do proprietário;
Leone (1999), Silva (2005).
Relação com os empregados geralmente pautada pelas características do superior imediato;
Colaboração com os empregados além da produtividade empresarial (saúde e meio ambiente);
Estreita colaboração com os empregados, relação paternalista;
Silva (2005)
Recursos e custos concentrados no valor de retorno aos acionistas;
Tentativa de separação dos custos pessoais das despesas empresariais;
Difícil dissociação entre patrimônio pessoal e patrimônio jurídico;
Leone (1999), Silva (2005).
Implantação de sistema de gestão de riscos.
Tendência a calcular riscos com base na experiência e observação do mercado comprador.
Riscos definidos geralmente em meio a estratégia ousada de crescimento empresarial.
Leone (1999), Sebrae (2013).
Fonte: Elaborado pela autora (2015). A Matriz de Priorização foi fundamentada nos preceitos de Mattar (2014)
para pesquisas de marketing com enfoque em objetivos exploratórios. Optou-se pelo
desenvolvimento de uma Escala de Avaliação Itemizada, composta por breves
descrições associadas a categorias ordenadas de acordo com a avaliação
pretendida. Para tanto, foram utilizadas as referências estudadas na literatura sobre
![Page 65: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/65.jpg)
53
as características das pequenas empresas, em especial os estudos dos autores
Leone (1999); Silva e Pereira (2004); Leone e Leone (2011); e Sebrae (2013) os
quais permitiram a elaboração de cenários para os portes das empresas. Dessa
forma, as estruturas e indicadores de cada método foram analisados na tentativa de
verificar a aplicabilidade frente aos aspectos organizacionais, decisionais e
individuais das MPEs.
Cada um dos 1539 indicadores foram avaliados e enquadrados em um dos
Cenários: Pouco Adequado, Adequado ou Muito Adequado. Na Figura 8 é possível
observar os resultados alcançados através da aplicação da Matriz de Priorização. Figura 8 - Resultados da avaliação dos indicadores de sustentabilidade empresarial através da Matriz de Priorização
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
A análise qualitativa efetuada por meio da Matriz de Priorização consistiu em
reduzir a possibilidade da avaliação ser tendenciosa e/ou distante da realidade
imediata das empresas alvo deste trabalho. Assim, por meio do Quadro 8, acredita-
se que tal comportamento foi minimizado e principalmente atende ao escopo do
estudo com 29% de indicadores considerados "Adequados" e 20% avaliados como
"Muito Adequados", resultando em 756 indicadores priorizados.
Os resultados do processo de priorização dos indicadores demonstram que
as MPEs não diferem das grandes empresas apenas em termos de tamanho, mas
também no processo de tomada de decisão em que a empresa é uma extensão do
próprio empreendedor, com estruturas simples e reativas perante as exigências de
mercado, reforçando a discussão teórica sobre a importância de estudos voltados
para nichos específicos, já que o enfoque da sustentabilidade é preeminente no
ambiente corporativo (JENKINS, 2004; 2006; PERRINI, 2006; WILLIAMSON;
783 51%
443 29%
313 20%
Pouco Adequado (PA) Adequado (A) Muito Adequado (MA)
![Page 66: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/66.jpg)
54
LYNCH-WOOD; RAMSAY, 2006; PERRINI; RUSSO; TENCATI, 2007; HOIVIK;
MELÉ, 2009; BAUMANN-PAULI et al., 2013).
4.3 CONJUNTO DE INDICADORES: CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS
A partir da priorização (Figura 8), os indicadores foram agrupados nas
Dimensões Econômica, Social e Ambiental, conforme os resultados referentes às
dimensões da sustentabilidade (Figura 7) e explicitados na Figura 9. Figura 9 - Indicadores agrupados nas dimensões da sustentabilidade de Elkington (2001), definidas como as categorias do estudo
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
A Figura 9 demonstra que a Dimensão Social apresentou um número superior
de indicadores totais quando comparada com as dimensões Econômica e Ambiental.
Contudo, após os procedimento de análise de redundâncias e aprimoramento da
redação dos indicadores, notou-se que havia repetição dos indicadores entre os
métodos e nas três Categorias. Assim, apesar da Categoria Social inicialmente
apresentar um número superior de indicadores, após a análise de redundância as
três dimensões da sustentabilidade apresentaram relativo equilíbrio no quesito
volume de indicadores por categoria, de acordo com o conceito de sustentabilidade
adotado pelo trabalho o qual tem como premissa a justa proporção entre os pilares
que o compõem.
A sobrecarga de funções sobre os gestores e funcionários nas MPEs afeta a
percepção sobre a sustentabilidade e como é possível operacionalizar o conceito
nos empreendimentos (CAREON; SILVA, 2010). O resultado alcançado e
demonstrado na Figura 9 contribui para a sensibilização e compreensão de que não
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Econômica Social Ambiental
155
377
224
38 30 28
Priorização
Análise de Redundância
![Page 67: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/67.jpg)
55
há um pilar mais importante que o outro, e sim a gestão para a integração destes
que é fundamental para o encontro do equilíbrio no triple bottom line, mencionado
no estudo de Sartori, Latrônico e Campos (2014) como uma lacuna de pesquisa.
Para auxiliar os micro e pequenos empresários acerca da prioridade para a
coleta dos dados e monitoramento dos indicadores propostos, dentro de cada
categoria foi resgatada a estrutura desenvolvida na Fundamentação Téorica,
denominada Estágios da Estratégia Sustentável da Produção (Figura 4), a qual
permite que o gestor-proprietário foque inicialmente nos indicadores que apresentam
exigências legais associadas (Conformidade Legal), após o atendimento e
integração desta subcategoria em todos os pilares possa dedicar seus esforços à
padronização dos seus processos (Conformidade Normativa), seguido da eficiência
e gestão dos riscos do seu negócio (Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade) e
por fim interagir com seus stakeholders, buscando relações duradouras entre
sociedade e empresa (Negócio Sustentável).
Para o desenvolvimento dos indicadores foram considerados os Princípios de Bellagio e as definições da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (2014). Esta última define indicador como parâmetro, ou valor calculado a partir dos parâmetros, descrevendo situações complementadas por informações qualitativas. A Agência Ambiental Européia (EEA, 2014) igualmente considera indicador como medida utilizada para comunicar um acontecimento complexo ou tendência de forma simplificada. No presente estudo, optou-se por dividir os indicadores em qualitativos e quantitativos. Os indicadores qualitativos foram desenvolvidos por meio de questionamentos, com o objetivo de facilitar o entendimento do micro e pequeno empresário e manter a aderência com os resultados da Matriz de Priorização, conforme o exemplo a seguir. Quadro 9 - Exemplo da construção dos indicadores qualitativos.
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Indicador Qualitativo Medida
1E Qual a forma de contratação dos funcionários? Processo formalizado de contratação dos funcionários.
2E Qual o regime fiscal adotado pela empresa? É considerado uma estratégia? É realizado fechamento anual contábil? Regime fiscal adotado pela empresa.
3E
Algum produto da empresa está sujeito à lei ou regulamento que requeira a apresentação de informações ou alertas para o consumidor final quanto à sua composição ou modo de produção? Em caso positivo, a empresa garante a apresentação das informações ou alertas para o consumidor final?
Processo formalizado de comunicação de informações ao consumidor (transparência).
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
![Page 68: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/68.jpg)
56
Já os indicadores quantitativos são expressões de índices numéricos que em conjunto com as informações qualitativas constituem uma base simplificada para a tomada de decisão em relação à assuntos complexos, tais como a sustentabilidade.
O Quadro 10 contempla os indicadores da Dimensão/Categoria Econômica da
Sustentabilidade para MPEs. É possível observar que nesta Dimensão os
indicadores Normativos e de Gestão de Riscos, Produtividade e Eficiência são os
mais relevantes, notadamente este fato se deve as temáticas abordadas neste pilar
da sustentabilidade que estão relacionadas com a formalização da gestão
econômica-financeira da empresa, qualidade e inovação, fatores que demandam a
elaboração de padrões e registros. Considerando as carências das MPEs,
elencadas em estudos como o de Silva e Pereira (2004) por exemplo, que ressalta
as dificuldades na gestão do capital financeiro investido, a predominância de
tecnologias obsoletas e o distanciamento das expectativas dos consumidores frente
a qualidade do produto final, os indicadores priorizados na Dimensão/Categoria
Econômica estão em consonância com o objetivo geral do trabalho. Quadro 10 - Indicadores Econômicos para a Sustentabilidade de MPEs
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Indicadores Bases Teóricas
1E Qualitativo: Qual a forma de contratação dos funcionários? Quantitativo: - % Custo da Folha de Pagamentos no último ano = Folha de Pagamento/Faturamento Bruto; - No de funcionários.
Strobel (2005), Siena (2008).
2E
Qualitativo: Qual o regime fiscal adotado pela empresa? É considerado uma estratégia? É realizado fechamento anual contábil? Quantitativo: % Custo dos Tributos Totais no último ano = Tributos Totais/Faturamento Bruto
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Ethos (2013), DJSI (2014).
3E
Qualitativo: Algum produto da empresa está sujeito à lei ou regulamento que requeira a apresentação de informações ou alertas para o consumidor final quanto à sua composição ou modo de produção? Em caso positivo, a empresa garante a apresentação das informações ou alertas para o consumidor final? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos produtos com alerta na rotulagem = Faturamento produtos com alerta na rotulagem /Faturamento Total Bruto
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Indicadores Bases Teóricas
4E Qualitativo: A empresa possui separação clara entre os negócios do proprietário e os da organização? As atividades da empresa são controladas com base em padrões de execução definidos?
Ethos; Sebrae (2012)
5E Qualitativo: A empresa analisa o comportamento do volume de vendas, verificando situações de sazonalidade para fins de gestão? Quantitativo: Faturamento Bruto no último ano (R$)
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Callado (2010), BM&BOVESPA (2014).
6E Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro operacional? Quantitativo: Lucro Operacional no último ano (R$) Strobel (2005).
7E Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro líquido? Quantitativo: Lucro Líquido no último ano (R$)
Strobel (2005), Callado (2010) BM&BOVESPA (2014).
8E Qualitativo: A empresa identifica a sua lucratividade? Quantitativo: % Lucratividade = Lucro Líquido/Faturamento Bruto (R$) Callado (2010).
9E Qualitativo: A empresa possui financiamentos (capital de giro, cheque especial, cartão de crédito)? Quantitativo: % Endividamento = Passivo Exígivel/Ativo Total Callado (2010).
10E Qualitativo: A empresa possui patentes registradas? O setor/tecnologia demanda o registro de patentes em suas inovações? Quantitativo: - No de patentes registradas. Strobel (2005).
11E Qualitativo: A empresa possui registro da produção? Quantitativo: - Produção total no último ano (unidade do produto). - Produção média mensal no último ano (unidade do produto).
Figge et al. (2002).
![Page 69: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/69.jpg)
57
(continuação)
12E
Qualitativo: A empresa realiza controle dos produtos que apresentam defeito e/ou aqueles que necessitam de retrabalho? Quantitativo: - Total de produtos defeituosos (unidade do produto) no último ano ou média mensal; - Total de produtos retrabalhados (unidade do produto) no último ano ou média mensal; - % Produtos defeituosos= Total de produtos defeituosos/Produção total - % Produtos retrabalhados= Total de produtos retrabalhados/Produção total.
Strobel (2005).
13E Qualitativo: A empresa mede o prazo de entrega de seus produtos/serviços? Quantitativo: % Estimado de pedidos do produto atendidos dentro do prazo de entrega combinado, no último ano.
Figge et al. (2002), Strobel (2005).
14E Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão da produção (PCP, planilhas digitais, entre outros)? Strobel (2005).
15E Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão dos seus processos (ferramentas da qualidade)?
Figge et al. (2002), Strobel (2005).
16E Qualitativo: A empresa possui SGQ certificado? Em caso positivo, qual o escopo e a idade do SGQ?
Figge et al. (2002), Callado (2010).
17E Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão financeira (fluxo de caixa, custeio abc, ERP, entre outras)?
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Ethos (2013).
18E Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com a saúde e segurança dos funcionários rotineira e emergencial? Callado (2010), Ethos (2013).
19E Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com os aspectos e impactos ambientais dos processos produtivos?
Callado, (2010) GRI (2013).
20E Qualitativo: A empresa monitora a satisfação dos clientes? Qual o método adotado? Possui metas quantitativas? Quantitativo: - Carteira de clientes; - Índice de Satisfação dos Clientes.
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014), BM&FBOVESPA (2014).
21E
Qualitativo: A empresa avalia os seus fornecedores? Quais os principais critérios avaliados (custo, tempo, qualidade, capacidade de fornecimento, responsabilidade socioambiental, riscos logísticos, entre outros)? Existem registros? Quantitativo: - No total de fornecedores.
GRI (2013), DJSI (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Indicadores Bases Teóricas
22E
Qualitativo: A empresa possui algum apoio no âmbito financeiro do Governo (Federal, Estadual ou Municipal)? De que forma (Incentivos Fiscais, Financiamento, entre outros)? Quantitativo: Valor monetário que o apoio representou no último ano (R$)
Delai; Takahashi (2008), GRI (2013).
23E
Qualitativo: A empresa realiza uma análise periódica de gastos da sua cadeia de suprimentos? A empresa possui fornecedores críticos? Quantitativo: - % dos Custos Totais da empresa = Custos totais da empresa/Faturamento Bruto; - % Custo dos Fornecedores no último ano = Aquisição de Fornecedores/Faturamento Bruto; - % Custo dos Fornecedores sobre os Custos Totais.
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014).
24E Qualitativo: A empresa realizou investimentos no último ano? Qual a procedência do capital investido? Quantitativo: % Investimentos Totais no último ano = Investimentos Totais/Faturamento Bruto
Strobel (2005).
25E Qualitativo: A empresa participa de eventos/feiras? Quais? Quantitativo: No de eventos/feiras que a empresa participou no último ano.
Figge et al. (2002), Strobel (2005).
26E
Qualitativo: A empresa possui projetos cooperativos com outras empresas para desenvolvimento de novos produtos ou processos? Quais os benefícios financeiros esperados (redução de custos; abertura de novo mercado, entre outros). Quantitativo: - No de projetos cooperativos realizados no último ano (em andamento). - Benefício financeiro (R$)/projeto.
Strobel (2005), Ethos (2013), DJSI (2014).
27E
Qualitativo: A empresa possui parcerias com Universidades e Centros de Pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou processos? Quais os benefícios financeiros esperados (redução de custos; abertura de novo mercado, entre outros). Quantitativo: - No de parcerias realizadas no último ano (em andamento). - Benefício financeiro (R$)/projeto.
Strobel (2005).
28E
Qualitativo:A empresa apoia iniciativas individuais dos seus funcionários para inovação de produtos e procedimentos produtivos? Em caso positivo, citar exemplos (redução de desperdício; novo maquinário com aumento de produtividade, entre outros). Quantitativo: - Benefício financeiro (R$)/projeto.
Strobel (2005).
29E Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de P&D (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo: % Investimentos em P&D = Investimentos em P&D/Investimentos Totais
Strobel (2005).
30E
Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de MA (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo:% Investimentos em MA = Investimentos em Meio Ambiente/Investimentos Totais
Callado (2010).
![Page 70: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/70.jpg)
58
(continuação)
31E Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de SSO (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo: % Investimentos em SSO= Investimentos em SSO/Investimentos Totais
Callado (2010).
32E
Qualitativo:O consumo ou a utilização normal de produtos ou serviços oferecidos pela empresa pode ocasionar riscos ou danos efetivos à saúde e segurança pública, ou à segurança alimentar e nutricional da população (dependência química ou psíquica; riscos ou danos à saúde e integridade física do consumidor ou de terceiros, entre outros)? Em caso positivo, existem metas para redução na fabricação desses produtos?
BM&FBOVESPA (2014).
33E
Qualitativo:A empresa mantém registro de informação quanto a potenciais riscos de segurança ou sanidade que os produtos e serviços que oferece possam trazer aos seus consumidores, à saúde pública e/ou ao meio ambiente, decorrentes de seu consumo ou utilização normal, formulação, componentes e/ou processos de produção? Algum dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa já foram objeto de questionamento ou estudo sobre riscos potenciais?
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Indicadores Bases Teóricas
34E
Qualitativo: A empresa prioriza fornecedores locais, ambientalmente legais e socialmente responsáveis? Quantitativo: % Custo com Fornecedores Locais no último ano = Custo com Fornecedores Locais/ Custo dos Fornecedores
Strobel (2005), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
35E
Qualitativo: A empresa promove/participa de atividades para educação ambiental do consumidor e promoção de estilos de vida saudáveis como forma de prevenir ou minimizar os possíveis impactos negativos do consumo de produtos que fabrica ou comercializa sobre a saúde?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
36E Qualitativo: A empresa possui serviços pós-venda atrelados aos seus produtos? Após a implantação dos serviços pós-venda houve incremento na satisfação e retenção de clientes?
Figge et al. (2002), Ethos; Sebrae (2012).
37E
Qualitativo: A empresa produz ou comercializa combustíveis fósseis cuja queima contribui para o agravamento das mudanças climáticas? Possui metas para substituição dos referidos produtos por alternativas de menor impacto sobre as mudanças climáticas? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos combustíveis fósseis = Faturamento combustíveis fósseis /Faturamento Total Bruto
BM&FBOVESPA (2014).
38E
Qualitativo: A empresa possui um plano de contingência que contemple ações testadas sobre, por exemplo, desastres naturais (enchente), impactos ambientais, impactos sociais, impactos em infraestrutura/operacionais, entre outros? Possui seguro da empresa?
BM&FBOVESPA (2014).
Fonte: Elaborado pela Autora (2015). A Dimensão/Categoria Social demonstra relativa predominância de indicadores
nos âmbitos da Conformidade Legal e Negócio Sustentável, como é possível
observar no Quadro 11. Os indicadores associados às exigências legais estão
relacionados em sua maioria com a regularização na contratação de funcionários e a
garantia da segurança no ambiente de trabalho, além de questões sobre gestão
estratégica em aspectos como envolvimento em corrupção e campanhas políticas.
Os indicadores que traduzem o relacionamento com as partes interessadas,
especialmente os stakeholders externos como governo/órgãos reguladores, ONGs,
instituições financeiras e comunidade, foram agrupados em Negócio Sustentável,
pois comunicam uma etapa em que a empresa alcançou uma conduta mais eficiente
e está buscando contribuir com a sociedade além do seu papel na distribuição de
renda, mas principalmente em qualidade de vida.
![Page 71: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/71.jpg)
59
Quadro 11 - Indicadores Sociais para a Sustentabilidade de MPEs # Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal
Indicadores Bases Teóricas
1S
Qualitativo: A empresa possui um código de ética/conduta ou política anticorrupção divulgada aos seus funcionários e fornecedores? Quais mecanismos a empresa utiliza para que a conduta anticorrupção seja seguida (responsabilidades bem definidas, política de tolerância zero, entre outros) e assim quaisquer pagamentos ou recebimentos irregulares que tenham como objetivo facilitar negócios, influenciar decisões em benefício da empresa ou induzir pessoas a conceder permissões indevidas sejam coibidos/proibidos? Quantitativo: No de processos em que a empresa está envolvida por questões éticas.
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), GRI (2013), DJSI (2014), BM&FBOVESPA (2014).
2S
Qualitativo: A empresa identifica a legislação aplicável ao funcionamento amplo e irrestrito do seu negócio? A empresa conhece o seu grau de atendimento em relação à legislação aplicável? Possui registros de atualização de novas leis e metas de atendimento da legislação vigente? Quantitativo: % atendimento da legislação aplicável.
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Ethos (2013).
3S Qualitativo: As dependências da empresa contam com recursos para facilitar o deslocamento e a convivência de pessoas com deficiência motora, auditiva ou visual (ABNT NBR 9050:2004)?
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
4S Qualitativo: Com quais sindicatos a empresa mantém contato? Qual canal de comunicação geralmente é utilizado? São realizadas reuniões sindicais na empresa? A empresa é associada a alguma associação?
Figge et al. (2002) Ethos; Sebrae (2012), DJSI (2014).
5S Qualitativo: A empresa é criteriosa sobre o seu envolvimento em campanhas políticas? A empresa informa seus empregados sobre a importância de participar das administrações públicas?
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
6S
Qualitativo: Na contratação de funcionários, a empresa divulga os critérios objetivos que vai utilizar na seleção dos candidatos? A empresa possui contratos de trabalho atualizados? Quantitativo: -% Funcionários Locais = No de funcionários residentes na comunidade local/Total de funcionários. - No de novas contratações no último ano por faixa etária, gênero e região.
Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), GRI (2013), DJSI (2014).
7S Qualitativo: A empresa possui políticas estabelecidas e divulgadas para a realização de horas extras ou a aplicação do banco de horas? Quantitativo: - Média de horas extras realizadas por mês por funcionário no último ano.
Ethos (2013)
8S
Qualitativo: A empresa disponibiliza Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva para os funcionários (EPIs e EPCs)? Possui registros? Possui os documentos legais de SST atualizados para o número adequado de funcionários e funções designadas? Possui Plano de Ação para as lacunas de cumprimento na legislação de SST?
Ethos (2013)
9S
Qualitativo: A empresa registra os tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, discriminados por idade e gênero? A empresa possui registros sobre funcionários com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação? Quantitativo: -No de acidentes (lesões, doenças, perdas materiais, entre outros) no último ano. - No de incidentes (ausência de lesões ou perdas) no último. - No de acidentes fatais no último ano.
Callado (2010), GRI (2013), DJSI (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Indicadores Bases Teóricas
10S
Qualitativo: A empresa possui uma política de atuação que contemple compromissos com o desenvolvimento sustentável; direitos humanos e valorização da diversidade isenta de práticas discriminatórias em relação a gênero, raça, orientação sexual, idade, crenças religiosas ou políticas e deficiências físicas; saúde, segurança e educação dos funcionários com repúdio ao trabalho infantil e forçado; cidadania, envolvimento e valorização da comunidade? Como a política é divulgada (website, mural da empresa, propostas comerciais, entre outras)?
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Siena (2008) Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
11S
Qualitativo: O processo de recrutamento e seleção da empresa eliminou quaisquer ações contrárias à promoção da diversidade? A empresa garante oportunidades salariais e de desenvolvimentos iguais para mulheres, negros, pessoas com deficiência, egressos do sistema prisional, entre outros? Quantitativo: - Razão matemática do salário/remuneração entre mulheres e homens exercendo a mesma função; - Razão matemática do salário/remuneração entre negros, pardos e brancos exercendo a mesma função.
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014).
12S Qualitativo: A empresa possui estrutura de administração formalizada (Organograma)? A empresa orienta sua tomada de decisão com base nos controles internos e externos? Ethos (2013)
13S
Qualitativo: A empresa verifica a satisfação dos funcionários com relação à remuneração e benefícios? Quais benefícios a empresa oferece (transporte, plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, opções de lazer, entre outros)? Possui prática de distribuição de lucros e resultados? Quantitativo: - Relação entre o menor salário da empresa e o salário mínimo vigente no último ano.
Strobel (2005), Ethos (2013), Callado (2010) Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), BM&FBOVESPA (2014).
![Page 72: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/72.jpg)
60
(continuação)
14S
Qualitativo: Os funcionários são comunicados e treinados sobre o conteúdo do código de conduta/ética? Os funcionários participam da elaboração e revisão do código de conduta/ética? Quantitativo: No de bons exemplos (divulgação periódica de comportamentos exemplares).
Ethos (2013), GRI (2013).
15S
Qualitativo: empresa sensibiliza seus funcionários sobre a DUDH? Identifica violações reais e potenciais da DUDH em seu processo produtivo ou de seus fornecedores? Possui registros? Quantitativo: -% Pessoal treinado em DUDH = no funcionários treinados em DUDH / no
total de funcionários; - No de violações da empresa no último ano; - No de violações de fornecedores no último ano.
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Indicadores Bases Teóricas
16S
Qualitativo: A empresa oferece aos empregados treinamentos básicos para a realização de suas operações? A empresa investe em capacitação para o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários? Quantitativo: -No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano. - No de funcionários com Ensino Fundamental Completo. - No de funcionários com Ensino Médio Completo. - No de funcionários com Ensino Superior Completo. - No de funcionários com Pós-Graduação.
Figge et al. (2002), Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014).
17S
Qualitativo: A empresa mede a satisfação dos funcionários? Como (caixa de sugestões, formulário padrão, entre outros)? Possui iniciativas para a qualidade de vida no trabalho (ginástica laboral, confraternizações, funcionário do mês)? Quantitativo: - Índice de satisfação dos funcionários no último ano. - No de críticas e sugestões dos funcionários no último ano.
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Callado (2010), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
18S
Qualitativo: A empresa possui funcionários terceirizados? Para quais atividades? Foi realizada análise de viabilidade econômica e social? Quantitativo: - % funcionários terceirizados = no funcionários terceirizados/total de funcionários da empresa
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
19S
Qualitativo: A empresa avalia a rotatividade dos funcionários? Como? A empresa possui política demissional? Quais as diretrizes (respeito à licença maternidade/paternidade, motivo da dispensa, exame médico, entre outros)? Quantitativo: - Índice de rotatividade (turnover) dos funcionários no último ano. - No de licenças maternidade/paternidade retiradas no último ano.
Strobel (2005), Ethos (2013), GRI (2013) DJSI (2014).
20S Qualitativo: Como sua empresa garante uma gestão eficaz da saúde (uniformes, kits de higiene, manutenção dos banheiros e áreas comuns, entre outros)?
Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), DJSI (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Indicadores Bases Teóricas
21S Qualitativo: A empresa identifica suas principais partes interessadas (público interno, governo, sócios, ONGs, instituições financeiras, fornecedores, comunidade, entre outros? Como e quais são? Quantitativo: No de ações com as partes interessadas no último ano.
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013).
22S
Qualitativo: A empresa mantém um canal de diálogo com a comunidade? Registra demandas e queixas por tipo (sociais e ambientais, por exemplo)? Comunica os resultados dos atendimentos? Como ocorre, mesmo que de maneira informal? Quantitativo: No de demandas/queixas da comunidade no último ano.
Callado (2010), Ethos (2013), GRI (2013).
23S
Qualitativo: A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre o exercício da cidadania, importância do voto conscientel, respeito aos direitos humanos, entre outras temáticas sociais? Qualitativo: - No de atividades que a empresa promoveu/participou no último ano. - No de participantes por evento no último ano.
Callado (2010), Ethos (2013).
24S
Qualitativo: A empresa contribui com alguma entidade beneficente? Ao optar por apoiar determinada entidade ou projeto, a empresa busca de algum modo conciliar seus interesses com os dessa entidade ou projeto? A empresa acredita que obteve benefícios para o negócio como resultado de sua atividade na comunidade de entorno? Quantitativo: - No de entidades ou projetos que apoia/apoiou na comunidade no último ano. - No de funcionários que faz/fez trabalhos voluntários no último ano.
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), DJSI (2014), BM&FBOVESPA (2014)
25S Qualitativo: A empresa participa do Programa Jovem Aprendiz (Pronatec Jovem Aprendiz)? Possui Aprendiz trabalhando atualmente na empresa?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
26S
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para a efetiva erradicação do trabalho infantil e forçado? A empresa identifica fornecedores com risco de empregar mão de obra infantil ou praticar trabalho forçado? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo trabalho infantil ou forçado? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de reclamações por emprego de mão de obra infantil. - No de processos judiciais por emprego de mão de infantil. - No de reclamações por prática de trabalho forçado. - No de processos judiciais por prática de trabalho forçado.
GRI (2013), Ethos (2013) BM&FBOVESPA (2014).
![Page 73: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/73.jpg)
61
(continuação)
27S
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa identifica fornecedores com risco de práticas exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de denúncias por exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual já realizadas pela empresa. - No de reclamações sobre casos de exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual na empresa.
BM&FBOVESPA (2014)
28S Qualitativo: A empresa busca e incorpora assuntos relacionados aos sindicatos ao traçar a sua estratégia? A empresa mantém parcerias como cursos de capacitação ou escolarização junto com sindicatos?
GRI (2013), Ethos (2013).
29S Qualitativo: A administração da empresa inspira sua gestão em algum compromisso ou iniciativa voluntária (Pacto Global, Carta da Terra, entre outros)?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
30S
Qualitativo: Como a empresa alinha princípios de responsabilidade social empresarial e sustentabilidade em suas comunicações? Alguma peça de comunicação da empresa já foi retirada de circulação por conteúdo inapropriado? Quantitativo: - No de campanhas ou peças publicitárias retiradas do ar ou recolhidas por pressão de organizações da sociedade civil organizada ou outras partes interessadas.
Ethos (2013).
Fonte: Elaborado pela Autora (2015). A abordagem de Schwartz e Carroll (2007) referente ao modelo VBA (Valor,
Equilíbrio e Responsabilidade) corrobora a distribuição dos indicadores na
Categoria/Dimensão Social, pois leva em consideração a integração das questões
éticas na tomada de decisão gerencial, considerando as partes interessadas e
assegurando uma perspectiva de longo prazo. Para os micro e pequenos
empresários a realização do planejamento em longo prazo é uma carência, pois as
características inerentes ao perfil dos gestores, tais como a autonomia decisional e a
ousadia em empreender, denotam que a visão de curto prazo é predominante,
sobretudo em termos de Brasil (LEONE,1999; SILVA; PEREIRA, 2004; SILVA,
2005). Os indicadores de sustentabilidade categorizados de acordo com os Estágios
da Estratégia Sustentável da Produção incorporam a necessidade da coleta e
monitoramento de dados das MPEs e asseguram embasamento para a elaboração
de um planejamento denominado por Elkington (2001, p. 293) de "construir para
durar".
O Estágio Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade consistiu na
subcategoria dominante em volume de indicadores agrupados na
Categoria/Dimensão Ambiental (Quadro 12). A representatividade deste estágio está
relacionada com a gestão das externalidades do processo produtivo da empresa
sobre o ambiente. O ciclo de ações composto por sensibilização, redução,
reutilização, reciclagem e destinação ambientalmente adequada foi traduzido por
indicadores que enfocam o incentivo à processos mais eficientes na transformação
de materiais, insumos (água e energia) e gerenciamento de resíduos. A perspectiva
adotada está alinhada com estudos que demonstram que a ineficiência da produção
![Page 74: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/74.jpg)
62
é considerado um relevante desafio para a sustentabilidade em pequenas empresas
(CAMPOS; ALBERTON, 2004; SEIFFERT, 2008; CAMPOS, 2012). Quadro 12 - Indicadores Ambientais para a Sustentabilidade de MPEs
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Indicadores Bases Teóricas
1A
Qualitativo: Qual a situação da empresa em relação ao licenciamento ambiental de suas instalações e processos? A empresa está situada em área de preservação permanente (APP) inserida em área urbana consolidada? Caso possua LAO, a empresa monitora o atendimento às condicionantes da licença? Quantitativo: Prazo para vencimento da validade da LAO.
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
2A
Qualitativo: A empresa recebeu alguma sanção administrativa de natureza ambiental (autuações, multas, processos judiciais, embargos)? Qual o contexto das não conformidades? A empresa possui algum TAC ou TCEE em andamento? Como está o cumprimento dos prazos e critérios estabelecidos? Quantitativo: - % de multas e embargos resultantes de não conformidades com leis e regulamentos ambientais em relação à receita bruta, no último ano.
GRI (2013), BM&FBOVESPA (2014)
3A
Qualitativo: Quais são as fontes hídricas utilizadas para abastecer as atividades da empresa (captação direta de córregos/rios, concessionária de água, captação de água da chuva, águas subterrâneas, reutilização da Estação de Tratamento de Efluentes - ETE, entre outras)? A empresa possui outorga de uso de água? Os limites da outorga são suficientes para abastecer a produção? Quantitativo: -Total de retirada de água por fonte hídrica indicada no último ano.
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), Ethos (2013), DJSI (2014).
4A
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge áreas de alto índice de biodiversidade?A empresa conhece os impactos gerados por suas atividades sobre a diversidade biológica? A empresa reconhece a área protegida e suas características únicas (identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats)?
Delai; Takahashi (2008), GRI (2013), Ethos (2013).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Indicadores Bases Teóricas
5A
Qualitativo: A empresa possui uma declaração de compromissos sobre a estratégia ambiental de atuação da empresa (princípio da precaução (inserir breve significado), prevenção da poluição (3Rs e 4Rs); atendimento à legislação ambiental, novos acordos e regras; avaliação de aspectos e impactos ambientais das operações (efluentes, emissões, resíduos e biodiversidade); análise de risco sobre o efeito das mudanças climáticas; relacionamento com as partes interessadas; e, inserção em uma cadeia de valor sustentável)? A declaração é divulgada de que forma (website, mural da empresa, propostas comerciais,produto, entre outras)?
Strobel (2005), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
6A
Qualitativo: A empresa possui registro do mapeamento dos seus processos produtivos? A empresa realiza levantamento dos aspectos e impactos ambientais das suas atividades? A empresa elabora relatórios de medição na área ambiental? A empresa realiza monitoramento de indicadores de ecoeficiência? Quantitativo: - Consumo de água/unidade de produto; - Consumo de matéria prima/unidade de produto - Consumo de energia/ unidade de produto; - Geração de efluentes/unidade de produto; - Geração de resíduos/unidade de produto; - Geração de emissões atmosféricas/unidade de produto
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), GRI (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Indicadores Bases Teóricas
7A
Qualitativo: A empresa realiza ações de sensibilização em temáticas ambientais com seus funcionários? A empresa capacita seus funcionários em relação aos impactos ambientais das suas atividades e as ações de prevenção/tratamento? Quantitativo: - No de ações de sensibilização realizadas no último ano. - No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano.
Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013).
8A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo de água nos processos/atividades da empresa? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de água contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$).
Callado (2010), GRI (2013), Ethos (2013).
9A Qualitativo: A empresa reutiliza água no seu processo? Como funciona o processo de reutilização? Quantitativo: - Volume total de água reutilizada na empresa no último ano; - % de água reutilizada na empresa = total de água reutilizada/consumo total de água.
Siena (2008), Callado (2010), GRI(2013).
10A
Qualitativo: A empresa realiza análises periódicas dos efluentes gerados em relação aos Parâmetros da Resolução Conama No 357/2005? A empresa possui ETE? Possui registros do monitoramento da eficiência da ETE? Qual o destino para o descarte dos efluentes tratados? Quantitativo: - Volume total de efluentes gerados no último ano. - Volume total de efluentes tratados no último ano; - Capacidade de tratamento da ETE.
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Siena (2008), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
![Page 75: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/75.jpg)
63
(continuação)
11A
Qualitativo: A empresa possui um mapeamento dos tipos de combustíveis fósseis ou não renováveis, como carvão, diesel, gasolina, gás natural e outros, que utiliza em seu processo produtivo e administrativo (comercial)? A empresa possui um mapeamento dos tipos de combustíveis renováveis, como por exemplo etanol, hidrogênio, biodiesel e outros, que utiliza em seu processo produtivo e administrativo (comercial)? Quantitativo: - Consumo de combustíveis fósseis por tipo no último ano. - Consumo de combustíveis renováveis por tipo no último ano.
Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), Ethos (2013), DJSI (2014), BM&FBOVESPA (2014).
12A
Qualitativo: A empresa possui metas para redução de emissões atmosféricas? Possui ações para evitar/reduzir/compensar emissões atmosféricas? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de combustíveis fósseis contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$).
Strobel (2005), Callado (2010), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
13A
Qualitativo: A região ou setor em que a empresa atua já foi afetada pelas mudanças climáticas? Como? A empresa calcula as perdas causadas pelas mudanças climáticas? Quantitativo: - Gastos com efeitos das mudanças climáticas (consertos em infraestrutura, ausência de força de trabalho, atraso de matéria prima e outros) (R$).
Ethos (2013), DJSI (2014).
14A
Qualitativo: A empresa conhece as vulnerabilidades do seu negócio e do setor em que atua frente as alterações do clima? Considera essas informações para direcionar as suas tomadas de decisão sobre o rumo do negócio? Busca adaptar o negócio para enfrentar as mudanças do clima? Quantitativo: Investimentos realizados para adaptação da empresa.
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
15A
Qualitativo: A empresa possui um mapeamento das fontes de energia do seu negócio (energia elétrica via concessionária, gerador à diesel, gerador à biomassa, entre outros)? A empresa realiza monitoramento do consumo da energia por tipo? Quantitativo: - Consumo de energia por tipo no último ano.
Delai; Takahashi (2008), Siena (2008), Callado (2010), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014).
16A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo ou reutilizar a enegia nos processos/atividades do negócio? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de enegia contabilizada a partir de ações implantadas (R$).
GRI (2013), Ethos (2013).
17A
Qualitativo: A empresa possui procedimento registrado de aquisição (características ambientais dos produtos: produtos certificados de origem, não perigosos e outros)? A empresa possui um mapeamento das matérias-primas do seu negócio (perigosas, não perigosas, e outras)? A empresa realiza monitoramento do consumo das matérias-primas por tipo? Quantitativo: - Consumo de matéria-prima por tipo no último ano; - % de aproveitamento de matéria-prima em produto principal ( ou índice de perda); - % matéria-prima proveniente de reciclagem = total de material reciclado/ total de matéria-prima.
Delai; Takahashi (2008), Ethos (2013), GRI (2013).
18A Qualitativo: A empresa possui um levantamento qualitativo e quantitativo da geração de resíduos sólidos dos processos/atividades do seu negócio? Quantitativo: - Volume/Peso total de resíduos gerados no último ano por tipo.
Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), GRI (2013), Ethos (2013), DJSI (2014), BM&FBOVESPA (2014)
19A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir a geração de resíduos nos processos/atividades do negócio? Quais? A empresa separa os resíduos por tipo em contentores específicos e identificados (coleta seletiva)? A empresa faz reúso de resíduos recolhidos na produção dentro do grau máximo permitido pelas regulamentações do seu setor? A empresa vende resíduos a empresas terceiras que os utilizam como insumos/matérias-primas em seus processos? Possui nota fiscal e licença ambiental das transações? A empresa realiza a destinação ambientalmente adequada dos resíduos não passíveis de comercialização? Possui nota fiscal e licença ambiental dos processos? Quantitativo: - Redução na geração de resíduos contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$). - Receitas geradas pela venda de resíduos no último ano (R$). - Gastos com a destinação de resíduos no último ano (R$).
Strobel (2005), Siena (2008), Callado (2010), Ethos (2013) GRI (2013), DJSI (2014).
20A
Qualitativo: A empresa conhece as características da etapa pós-consumo dos seus produtos (ACV)? O produto, após sua utilização, pode ser reutilizado ou reaproveitado, pode ser desmontado para reciclagem e/ou reutilização? Gera resíduos perigosos? A empresa promove/participa de eventos ou iniciativas que buscam soluções para a logística reversa no seu setor de atuação? A empresa possui parceiros licenciados para destinar os resíduos dos seus produtos pós-consumo? Caso negativo, já identificou a necessidade de desenvolvê-los?
Strobel (2005), Callado (2010), Ethos (2013).
21A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na biodiversidade causado pelos seus processos/atividades? Quais? Quantitativo: - Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo (R$).
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
22A
Qualitativo: A empresa possui Plano de Atendimento à Emergências (PAE)? Possui registros de acidentes ambientais ocorridos na empresa? Em que processos? A empresa possui seguro para degradação ambiental decorrente de acidentes em suas operações? Quantitativo: - Total de gastos com acidentes ambientais e medidas de contenção de crise, discriminadas por tipo (R$).
Callado (2010), BM&FBOVESPA (2014)
![Page 76: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/76.jpg)
64
(continuação)
# Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Indicadores Bases Teóricas
23A
Qualitativo: A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre temáticas ambientais? Quantitativo: - No de atividades que a empresa promoveu/participou no último ano. -No de participantes por evento no último ano.
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013)
24A Qualitativo: Como a empresa considera as emissões de GEE para as operações compartilhadas de fornecedores, clientes e serviços de apoio? Possui iniciativas conjuntas?
Ethos (2013), GRI (2013), DJSI (2014).
25A Qualitativo: O uso dos produtos e serviços da empresa permite evitar emissões por terceira parte? Ethos (2013), DJSI (2014)
26A
Qualitativo: A empresa contempla requisitos ambientais no processo de desenvolvimentos de novos produtos (bens ou serviços), processos ou empreendimentos? Quais ações a empresa já adotou em relação ao consumo/uso sustentável dos seus produtos/serviços? Quantitativo: - Total de investimentos em ações para consumo/uso sustentável de produtos/serviços (R$). - Número de novos produtos desenvolvidos nos últimos 5 anos.
Strobel (2005), Callado (2010), BM&FBOVESPA (2014)
27A
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge comunidades? Quais os impactos ambientais e sociais mapeados? Possui canal para receber as reclamações da comunidade (telefone, website, entre outros)? Quantitativo: - No de reclamações registradas sobre os efeitos indesejados dos processos sobre a comunidade no último ano.
Ethos (2013)
28A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na comunidade do entorno causado pelos seus processos/atividades? Quais? Quantitativo: - Total de investimentos e gastos com ações para redução nos impactos perante a comunidade, discriminado por tipo (R$).
GRI (2013), Ethos (2013)
Fonte: Elaborado pela Autora (2015). O atendimento à legislação aplicável nos empreendimentos de pequeno porte,
de acordo com o setor em que atuam, é uma premissa do trabalho. Notadamente,
entende-se que em todos os pilares da sustentabilidade as exigências legais são
integradas e desafiadoras em suas determinações, contudo, são o mínimo aceitável
segundo o Princípio da Prevenção. Apesar de autores como Rocha (2008), que
ressalta o déficit de capacitação gerencial e visão sistêmica dos empreendedores, e
Sarfati (2013) que afirma que nas fases essenciais de criação dos negócios o Brasil
não possui políticas públicas de fomento à estruturação da administração básica de
uma empresa, os indicadores propostos neste trabalho apresentam caráter evolutivo
com níveis de atendimento que partem da Conformidade Legal. A organização
sustentável, antes de qualquer outra ação, deve conhecer a legislação aplicável aos
seus processos e o nível de atendimento, de forma a buscar planejar a regularização
de eventuais situações de não conformidade legal. Sob a ótica da Responsabilidade
Social Corporativa, conforme a Pirâmide de Carroll (1991) apresentada na Figura 2,
as empresas possuem obrigações perante à coletividade. As Responsabilidades
Legais, conforme denomina Carroll (1991), são consideradas a linguagem da
sociedade sobre o que é considerado certo e o que é errado.
4.4 INDICADORES DISPONÍVEIS EM BASES DE DADOS
Para verificar a aplicabilidade dos indicadores priorizados neste trabalho e
analisar as informações reunidas sobre este nicho específico no Brasil, foram
![Page 77: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/77.jpg)
65
pesquisados estudos de Instituições com acesso disponível ao público. No Quadro
13 são observadas as principais características dos estudos encontrados. Quadro 13 - Estudos sobre MPEs utilizados na verificação dos indicadores de sustentabilidade (Produto 5) Instituição/Ano de Coleta
Enfoque do Estudo/Distribuição Geográfica
Pilares TBL (ELKINGTON, 2001)
Setor / Amostra de MPEs
1 - IBGE/2001 Panorama das MPEs Comerciais e de Serviços / Brasil Econômico Comércio / 30.000
Serviços / 51.615
2 - CNI/Sebrae/ 2004, 2005
Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira / Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo.
Econômico Industrial / 496
3 - Sebrae/ 2012, 2013
Inovação, Competitividade e Sustentabilidade de Micro e Pequenas Empresas / Santa Catarina.
Econômico Ambiental
TIC1, Calçados, Confecção, Metal-Mecânico, Moveleiro / 106
4 - DIEESE/ Sebrae/2013
Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa / Brasil Social
Setores Diversos / 6,3 milhões de estabelecimentos.2
5 - Sebrae/2013 Pesquisa sobre a Sustentabilidade nas MPEs / Brasil
Econômico Social Ambiental
Comércio, Serviços, Indústria, Construção Civil, Agropecuária / 2.326
6 - Sebrae/2013 Inovação nos Pequenos Negócios / Brasil Econômico Social Ambiental
Comércio, Serviços, Indústria, Construção Civil, Agropecuária / 2.326
7 - IBQP/ Sebrae/FGV/ 2014
GEM - Empreendedorismo / Brasil Econômico Social Setores Diversos / 10.000
Fonte: Elaborado pela autora (2015). Os estudos foram publicados em um período de 13 anos (2001-2014),
coincidentemente o mesmo período entre os artigos de Leone (LEONE,1999;
LEONE; LEONE, 2011) os quais contribuíram com o desenvolvimento da Matriz de
Priorização (Quadro 8). Nota-se por meio da evolução na discussão dos artigos e do
enfoque dos estudos (Quadro 13) que há um interesse crescente em compreender a
integração das dimensões da sustentabilidade nas empresas de pequeno porte.
Leone e Leone (2011) ressaltam que a própria classificação do porte dos negócios,
por exemplo, não deve ser uma medida estática, mas sim uma composição de
requisitos dinâmicos em função do ambiente de mudanças constantes em que estão
inseridos.
Os primeiros estudos desenvolvidos pelo IBGE e pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) em parceria com o Sebrae no início dos anos 2000 apresentam
um viés econômico para a definição do desempenho geral das empresas de
pequeno porte no Brasil. A partir de 2012 os estudos passaram a diversificar o
enfoque dos dados coletados, contemplando levantamentos de cunho social no
1 TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação. 2 Tratamento das Bases de Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do MTE e da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE: 6,3 milhões de estabelecimentos.
![Page 78: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/78.jpg)
66
âmbito trabalhista e até mesmo específicos sobre a percepção dos micro e
pequenos empresários sobre a sustentabilidade. É válido ressaltar o papel do
Sebrae nesta evolução, sendo que na Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) realizada em 2012, a instituição se
comprometeu com ações para o fomento da sustentabilidade das MPEs. Os estudos
do Sebrae de 2013 (5 e 6 do Quadro 13) constituem iniciativas dos compromissos
firmados.
A partir dos dados coletados nos estudos descritos no Quadro 12, foi realizada
uma Análise Comparativa com o Conjunto de Indicadores de Sustentabilidade para
MPEs apresentado nos Quadros 9, 10 e 11 e citado a partir deste ponto apenas
como CIS-MPEs. No Quadro 14 é apresentada uma Matriz com os indicadores em
comum ou similares segundo a Categoria/Dimensão Econômica da
Sustentabilidade, subcategorias em que foram classificados e as Bases de Dados
analisadas. Quadro 14 - Indicadores econômicos para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em Bases de Dados
Está
gio
# Indicador
Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE (2006)
SEBRAE (2012)
SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)1
SEBRAE (2013b)2
IBQP; SEBRAE; FGV (2014)
Con
form
idad
e Le
gal
1
- % Custo da Folha de Pagamentos no último ano = Folha de Pagamento/Faturamento Bruto - No de funcionários.
X X X X X
Con
form
idad
e N
orm
ativ
a
2
As atividades da empresa são controladas com base em padrões de execução definidos?
X
3 Faturamento Bruto no último ano (R$) X X X X
4 No de patentes registradas. X
5 Produção total no último ano (unidade do produto).
X
1 SEBRAE. Pesquisa sobre sustentabilidade: Relatório Final. Brasília, DF: Sebrae, 2013. 88 p. 2 SEBRAE. Inovação nos pequenos negócios. Brasília, DF: Sebrae, 2013. 80 p.
![Page 79: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/79.jpg)
67
(continuação)
Está
gio
# Indicador
Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE (2006)
SEBRAE (2012)
SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)
SEBRAE (2013b)
IBQP; SEBRAE; FGV (2014)
Con
form
idad
e N
orm
ativ
a
6
Total de produtos retrabalhados (unidade do produto) no último ano ou média mensal.
X X
7
% Estimado de pedidos do produto atendidos dentro do prazo de entrega combinado, no último ano.
X X
8
A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão da produção (PCP, planilhas digitais, entre outros)?
X
9
A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão dos seus processos (ferramentas da qualidade)?
X
10 Carteira de clientes. X X
11
- A empresa avalia os seus fornecedores? - No total de fornecedores.
X X
Ges
tão
de R
isco
s, E
ficiê
ncia
e P
rodu
tivid
ade 12
% dos Custos Totais da empresa = Custos totais da empresa/Faturamento Bruto.
X X X
13
% Investimentos Totais no último ano = Investimentos Totais/Faturamento Bruto
X
14
A empresa possui algum apoio no âmbito financeiro do Governo (Federal, Estadual ou Municipal)? De que forma (Incentivos Fiscais, Financiamento, entre outros)?
X
15 A empresa participa de eventos/feiras? Quais?
X
![Page 80: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/80.jpg)
68
(continuação)
Ges
tão
de R
isco
s, E
ficiê
ncia
e P
rodu
tivid
ade
16
A empresa possui projetos cooperativos com outras empresas para desenvolvimento de novos produtos ou processos? Quais os benefícios financeiros esperados (redução de custos; abertura de novo mercado, entre outros).
X
17
A empresa possui parcerias com Universidades e Centros de Pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou processos?
X X X
18
% Investimentos em P&D = Investimentos em P&D/Investimentos Totais
X
19
A empresa realizou investimentos na área de MA (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)?
X
Neg
ócio
S
uste
ntáv
el
-
Não foram identificados indicadores similares nos estudos.
Subtotal 1 3 7 11 1 4 5 3 Fonte: Elaborado pela Autora.
O IBGE (2001) apresentou 4 (quatro) indicadores em comum com o CIS-MPEs,
com predominância na Categoria/Dimensão Econômica. A subcategoria Negócio
Sustentável não apresentou compartilhamento de indicadores com o estudo do
IBGE (2001), e este fato se repetiu com os outros Bancos de Dados analisados.
A temática abordada pelo CIS-MPEs no âmbito do Negócio Sustentável
(Dimensão Econômica) está alinhada com a priorização de fornecedores locais,
substituição de produtos que causam impactos socioambientais e afetam o
faturamento, sensibilização de consumidores acerca da logística reversa e suas
ações que refletem em arranjos orçamentários para implementação. Acredita-se que
os estudos não abordaram tais questionamentos por estes se constituírem das
melhores práticas, alinhadas às exigências que as MPEs devem enfrentar em um
futuro próximo. Segundo Ahi e Searcy (2015), medir sustentabilidade ao nível da
cadeia de suprimentos, formada por clientes, distribuidores, fornecedores
geralmente de pequeno porte, é um desafio para os modelos tradicionais de
![Page 81: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/81.jpg)
69
negócio. Os autores ressaltam que a medida que as ações de melhoria são
implantadas nas empresas de grande porte, o conceito de estende para a cadeia de
suprimentos através de um ampla perspectiva nos sistemas de produção, consumo
e pós-consumo, fazendo com que as empresas que desejam continuar no mercado
se adaptem.
A pesquisa da CNI e Sebrae (2006) foi pautada nas dificuldades que as MPEs
encontram em suas estratégias de ganhos para competitividade. O perfil de
empresas descrito no estudo é equivalente à Matriz de Priorização, sendo
interessante destacar a dificuldade no acesso ao crédito e a capacitação e a
vulnerabilidade às mudanças no ambiente econômico. Em relação aos indicadores
em comum com a CIS-MPEs, a pesquisa da CNI e Sebrae (2006) contou com 12
(doze) indicadores semelhantes, sendo 58% (7) relativos à Categoria/Dimensão
Econômica em função, principalmente, do enfoque do estudo.
O estudo realizado pelo Sebrae (2012) consistiu em um projeto com
abrangência em 23 municípios catarinenses para avaliação do potencial de
inovação, competitividade e sustentabilidade de MPEs. É válido ressaltar que
sustentabilidade no estudo mencionado refere-se apenas ao pilar ambiental do
conceito de Elkington (2001). A constatação mais relevante deste estudo foi a
carência de iniciativas de inovação nas MPEs, com exceção de algumas iniciativas
isoladas e em setores específicos (TIC).
Os resultados da coleta de dados do projeto Sebrae (2012) consistiram na
base com maior aderência de indicadores ao CIS-MPEs, contemplando 26 (vinte e
seis) indicadores em comum, distribuídos em 11 (onze) na Categoria/Dimensão
Econômica, 4 (quatro) na Categoria/Dimensão Social e 11 (onze) na
Categoria/Dimensão Ambiental. A Subcategoria Conformidade Normativa
representou 72% (8) dos indicadores da Categoria/Dimensão Econômica e estão
associados a procedimentos de controle financeiro e gestão da produção. Já a
Subcategoria Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade se sobressai com 63%
(7) dos indicadores em comum na Categoria/Dimensão Ambiental. A abordagem dos
4Rs (repensar, reduzir, reutilizar e reciclar) foi contemplada no estudo do Sebrae
(2012) e igualmente no CIS-MPEs, pois consiste em um método capaz de contribuir
com o incremento na produtividade e na gestão dos resíduos. As MPEs não
dispõem de recursos abundantes em termos de pessoal, tempo e sobretudo capital,
portanto, seus investimentos em matéria-prima e insumos devem ser administrados
![Page 82: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/82.jpg)
70
para potencializar os rendimentos e minimizar os impactos socioambientais (SILVA,
1998; SILVA; PEREIRA; CHEN et al., 2014).
O Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa desenvolvido pelo
Sebrae e pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos) (2013) possui uma perspectiva social preeminente entre os
pilares da sustentabilidade, que difere dos demais estudos. O DIEESE realizou o
tratamento das Bases de Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) do IBGE, contabilizando 6,3 milhões de estabelecimentos. O
caráter censitário do estudo contribuiu para que os indicadores fossem específicos
sobre as características dos empregados e das relações trabalhistas nas MPEs,
portanto a Categoria/Dimensão Social possuiu maior aderência com esta temática e
contou com 3 (três) dos 4 (quatro) indicadores semelhantes aos do CIS-MPEs,
conforme é possível observar no Quadro 15.
Quadro 15 - Indicadores sociais para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em Bases de Dados
Está
gio
# Indicador
Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE (2006)
SEBRAE (2012)
SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)
SEBRAE (2013b)
IBQP; SEBRAE; FGV (2014)
Con
form
idad
e Le
gal
1
A empresa possui um código de ética/conduta ou política anticorrupção divulgada aos seus funcionários e fornecedores?
X
2
A empresa identifica a legislação aplicável ao funcionamento amplo e irrestrito do seu negócio? A empresa conhece o seu grau de atendimento em relação à legislação aplicável?
X
3
Com quais sindicatos a empresa mantém contato? Qual canal de comunicação geralmente é utilizado? São realizadas reuniões sindicais na empresa? A empresa é associada a alguma associação?
X
![Page 83: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/83.jpg)
71
(continuação) Es
tági
o
# Indicador
Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE (2006)
SEBRAE (2012)
SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)
SEBRAE (2013b)
IBQP; SEBRAE; FGV (2014)
Con
form
idad
e Le
gal
4
A empresa disponibiliza Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva para os funcionários (EPIs e EPCs)? Possui registros? Possui os documentos legais de SST atualizados para o número adequado de funcionários e funções designadas? Possui Plano de Ação para as lacunas de cumprimento na legislação de SST?
X
5 No de acidentes (lesões, doenças, perdas materiais, entre outros) no último ano.
X X
Con
form
idad
e N
orm
ativ
a
6
- Razão matemática do salário/remuneração entre mulheres e homens exercendo a mesma função. - Razão matemática do salário/remuneração entre negros, pardos e brancos exercendo a mesma função.
X
7 Relação entre o menor salário da companhia e o salário mínimo vigente no último ano.
X X
Ges
tão
de R
isco
s, E
ficiê
ncia
e P
rodu
tivid
ade
8
- No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano. - No de funcionários com Ensino Superior Completo.
X X X X
9 Índice de satisfação dos funcionários no último ano. X
10 % funcionários terceirizados = funcionários terceirizados/total de funcionários da empresa
X
11 Índice de rotatividade (turnover) dos funcionários no último ano.
X
12
Como sua empresa garante uma gestão eficaz da saúde (uniformes, kits de higiene, manutenção dos banheiros e áreas comuns, entre outros)?
X
Neg
ócio
Sus
tent
ável
13 No de funcionários que faz/fez trabalhos voluntários no último ano.
X
14
A empresa busca e incorpora assuntos relacionados aos sindicatos ao traçar a sua estratégia? A empresa mantém parcerias como cursos de capacitação ou escolarização junto com sindicatos?
X
15
Como a empresa alinha princípios de responsabilidade social empresarial e sustentabilidade em suas comunicações?
X
Subtotal 2 1 2 4 3 8 0 2 Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
Os primeiros resultados da iniciativa do Sebrae após os compromissos
firmados na Rio+20 foram as pesquisas com 2.326 MPEs acerca de suas
percepções e ações desenvolvidas sobre sustentabilidade e inovação. O estudo
Sebrae (2013a) contemplou os três pilares do conceito de sustentabilidade do
![Page 84: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/84.jpg)
72
Elkington (2001), em conformidade com a base teórica do CIS-MPEs. Tal afinidade
resultou em 21 (vinte e um) indicadores em comum, sendo 4 (quatro) pertencentes à
Categoria/Dimensão Econômica, 8 (oito) alocados na Categoria/Dimensão Social e
8 (oito) adicionais na Ambiental (Quadro 16).
No estudo acerca da temática inovação (SEBRAE, 2013b) foram priorizados
aspectos relacionados às dinâmicas de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos, participação em eventos e feiras, tipos de
inovação geradas e impactos percebidos, entre outros. Através do Quadro 14 nota-
se que apenas a Categoria/Dimensão Econômica, com ênfase na Subcategoria
Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade apresentou 4 (quatro) indicadores dos
5 (cinco) semelhantes com o CIS-MPEs. A avaliação dos resultados da pesquisa
Sebrae (2013b) mostrou um cenário mais favorável à inovação do que o estudo
realizado apenas em Santa Catarina (SEBRAE, 2012). O Sebrae (2013b) afirma que
75,1% dos entrevistados, em um cenário nacional, realizaram algum tipo de
inovação na sua empresa, seja de produto, marketing, organizacional ou de
processo, sendo que a pesquisa foi realizada por serviço de call center . Já em
Santa Catarina, as 106 MPEs receberam visitas in loco de consultores
especializados que concluíram que estas apresentavam índices baixos de inovação,
com exceção do Setor de TIC que possui inovação no "DNA" dos negócios por
questões de sobrevivência no mercado. É possível que a aplicação de métodos
diferentes de coleta de dados nas pesquisas tenham influenciado os resultados
alcançados, contudo, destacam a importância da inclusão da inovação na
operacionalização da sustentabilidade. Nesse aspecto, o conceito de Barbieri (2007)
já citado no embasamento teórico deste trabalho, se aplica de forma relevante. Para
o autor uma organização inovadora sustentável “não é a que introduz novidades de
qualquer tipo, mas novidades que atendam as múltiplas dimensões da
sustentabilidade em bases sistemáticas e colham resultados positivos para ela, para
a sociedade e o meio ambiente” (BARBIERI, 2007, p. 105).
![Page 85: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/85.jpg)
73
Quadro 16 - Indicadores ambientais para a Sustentabilidade de MPEs utilizados em Bases de Dados
Está
gio
# Indicador
Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE
(2006) SEBRAE
(2012) SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)
SEBRAE (2013b)
IBQP; SEBRAEFG
V (2014)
Con
form
idad
e Le
gal
1
Qual a situação da empresa em relação ao licenciamento ambiental de suas instalações e processos?
X
2
% de multas e embargos resultantes de não conformidades com leis e regulamentos ambientais em relação à receita bruta, no último ano.
X
3
Total de retirada de água por fonte hídrica indicada no último ano.
X X
Con
form
idad
e N
orm
ativ
a
4
A empresa realiza levantamento dos aspectos e impactos ambientais das suas atividades?
X
Ges
tão
de R
isco
s, E
ficiê
ncia
e P
rodu
tivid
ade
5
A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo de água nos processos/atividades da empresa? Quais?
X
6 Volume total de efluentes gerados no último ano.
X
7 Consumo de combustíveis fósseis por tipo no último ano.
X
8 Consumo de energia por tipo no último ano. X
9
A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo ou reutilizar a enegia nos processos/atividades do negócio? Quais?
X X
10
- A empresa possui um mapeamento das matérias-primas do seu negócio (perigosas, não perigosas, e outras)? - % de aproveitamento de matéria-prima em produto principal ( ou índice de perda).
X X
11 Volume/Peso total de resíduos gerados no último ano por tipo.
X
12
A empresa faz reúso de resíduos recolhidos na produção dentro do grau máximo permitido pelas regulamentações do seu setor?
X X
![Page 86: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/86.jpg)
74
(continuação) Es
tági
o
# Indicador Estudos realizados com MPEs (2001-2014)
IBGE (2001)
CNI; SEBRAE
(2006) SEBRAE
(2012) SEBRAE; DIEESE (2013)
SEBRAE (2013a)
SEBRAE (2013b)
IBQP; SEBRAEFGV
(2014)
Ges
tão
de R
isco
s, E
ficiê
ncia
e
Pro
dutiv
idad
e
13
A empresa conhece as características da etapa pós-consumo dos seus produtos (ACV)? O produto, após sua utilização, pode ser reutilizado ou reaproveitado, pode ser desmontado para reciclagem e/ou reutilização? Gera resíduos perigosos?
X X
Neg
ócio
Sus
tent
ável
14
A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre temáticas ambientais?
X
15 Número de novos produtos desenvolvidos nos últimos 5 anos.
X X
16
A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na comunidade do entorno causado pelos seus processos/atividades? Quais?
X
Subtotal 3 0 3 11 0 8 0 0 Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) tem como objetivo compreender o
papel dos empreendedores no desenvolvimento dos países. O Brasil participa da
pesquisa desde 2000, por meio da condução do Instituto Brasileiro da Qualidade e
Produtividade (IBQP), apoio técnico e financeiro do Sebrae e a partir de 2011
passou a contar com a parceria acadêmica do Centro de Empreendedorismo e
Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os dados da edição de 2014
foram considerados na avaliação dos indicadores do CIS-MPEs, pois os
empreendedores, apesar da informalidade de alguns setores, são configurados
como empresários de pequeno porte. Os resultados do Quadro 16 demonstram que
o estudo não aborda aspectos ambientais da sustentabilidade e apresentou apenas
3 (três) indicadores em comum com a Categoria/Dimensão Econômica e 2 (dois)
indicadores semelhantes com a Categoria/Dimensão Social.
A Figura 10 demonstra os resultados gerais da aplicabilidade do CIS-MPEs nos
Estudos e Bases de Dados selecionados. Em relação aos 38 (trinta e oito)
indicadores que compõem a Categoria/Dimensão Econômica, 19 (dezenove)
indicadores já foram coletados em MPEs nos estudos apresentado no Quadro 13,
representando 50% do total de indicadores desta categoria.
A Categoria/Dimensão Social apresentou 15 (quinze) indicadores coletados
nas bases de dados pesquisadas de um total de 30 (trinta) indicadores, ou seja, 50%
![Page 87: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/87.jpg)
75
dos indicadores do CIS-MPEs referente a este pilar da sustentabilidade já foram
igualmente alvo de estudos no Brasil (Quadro 15).
De um total de 28 (vinte e oito) indicadores da Categoria/Dimensão Ambiental,
16 (dezesseis) indicadores já foram selecionados para as pesquisas citadas no
Quadro 16, representando cerca de 57% da composição do pilar ambiental do CIS-
MPEs.
As Bases de Dados escolhidas para a verificação dos indicadores foram
aquelas disponibilizadas em meio eletrônico que apresentavam entre o seu nicho
alvo de coleta as MPEs. Após a verificação dos indicadores de sustentabilidade, foi
possível concluir que os estudos mais relevantes para tal processo foram CNI e
Sebrae(2006), Sebrae(2012; 2013).
Figura 10 - Resultados gerais da aplicabilidade do Conjunto de Indicadores de Sustentabilidade para MPEs em Estudos/Bases de Dados Selecionadas.
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Segundo o método adotado neste trabalho, é possível inferir que cerca de 52%
dos indicadores propostos são considerados “clássicos” ou “usuais”, pois já são
coletados em Bases de Dados específicas para MPEs desde 2001. Os demais
indicadores consistem no Resultado das Melhores Práticas pesquisadas e
priorizadas para MPEs. Desta forma, a contribuição científica deste trabalho
encontra-se, principalmente, em 46 (quarenta e seis) indicadores de
sustentabilidade, apresentados no Quadro 17.
19 15 16
19 15 12
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Econômica Social Ambiental
Não disponíveis nos E s t u d o s / B a s e s d e Dados
Coletados nos Estudos/Bases de Dados
![Page 88: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/88.jpg)
76
Quadro 17 - Indicadores de Sustentabilidade para MPEs resultantes das Melhores Práticas estudadas e do método aplicado no trabalho
# Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Indicadores Bases Teóricas
1E
Qualitativo: Qual o regime fiscal adotado pela empresa? É considerado uma estratégia? É realizado fechamento annual contábil? Quantitativo:% Custo dos Tributos Totais no último ano = Tributos Totais/Faturamento Bruto
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Ethos (2013), DJSI (2014).
2E
Qualitativo: Algum produto da empresa está sujeito à lei ou regulamento que requeira a apresentação de informações ou alertas para o consumidor final quanto à sua composição ou modo de produção? Em caso positivo, a empresa garante a apresentação das informações ou alertas para o consumidor final? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos produtos com alerta na rotulagem = Faturamento produtos com alerta na rotulagem /Faturamento Total Bruto.
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa
3E Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro operacional? Quantitativo: Lucro Operacional no último ano (R$) Strobel (2005)
4E Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro líquido? Quantitativo: Lucro Líquido no último ano (R$)
Strobel (2005), Callado (2010), BM&FBOVESPA (2014).
5E Qualitativo: A empresa identifica a sua lucratividade? Quantitativo: % Lucratividade = Lucro Líquido/Faturamento Bruto (R$) Callado (2010)
6E Qualitativo: A empresa possui financiamentos (capital de giro, cheque especial, cartão de crédito)? Quantitativo: % Endividamento = Passivo Exígivel/Ativo Total
Callado (2010)
7E Qualitativo: A empresa possui SGQ certificado? Em caso positivo, qual o escopo e a idade do SGQ?
Figge et al. (2002), Callado (2010).
8E Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão financeira (fluxo de caixa, custeio abc, ERP, entre outras)?
Figge et al. (2002), Strobel (2005), Ethos (2013).
9E Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com a saúde e segurança dos funcionários rotineira e emergencial?
Callado (2010), Ethos (2013).
10E Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com os aspectos e impactos ambientais dos processos produtivos? Callado (2010), GRI (2013).
# Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade
11E
Qualitativo: A empresa apoia iniciativas individuais dos seus funcionários para inovação de produtos e procedimentos produtivos? Em caso positivo, citar exemplos (redução de desperdício; novo maquinário com aumento de produtividade, entre outros). Quantitativo: Benefício financeiro (R$)/projeto.
Strobel (2005)
12E Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de SSO (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo: % Investimentos em SSO= Investimentos em SSO/Investimentos Totais
Callado (2010)
13E
Qualitativo: O consumo ou a utilização normal de produtos ou serviços oferecidos pela empresa pode ocasionar riscos ou danos efetivos à saúde e segurança pública, ou à segurança alimentar e nutricional da população (dependência química ou psíquica; riscos ou danos à saúde e integridade física do consumidor ou de terceiros, entre outros)? Em caso positivo, existem metas para redução na fabricação desses produtos?
BM&FBOVESPA (2014)
14E
Qualitativo: A empresa mantém registro de informação quanto a potenciais riscos de segurança ou sanidade que os produtos e serviços que oferece possam trazer aos seus consumidores, à saúde pública e/ou ao meio ambiente, decorrentes de seu consumo ou utilização normal, formulação, componentes e/ou processos de produção? Algum dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa já foram objeto de questionamento ou estudo sobre riscos potenciais?
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
# Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável
15E
Qualitativo: A empresa prioriza fornecedores locais, ambientalmente legais e socialmente responsáveis? Quantitativo: % Custo com Fornecedores Locais no último ano = Custo com Fornecedores Locais/ Custo dos Fornecedores
Strobel (2005), Ethos; Sebrae (2012), GRI(2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
16E
Qualitativo: A empresa promove/participa de atividades para educação ambiental do consumidor e promoção de estilos de vida saudáveis como forma de prevenir ou minimizar os possíveis impactos negativos do consumo de produtos que fabrica ou comercializa sobre a saúde?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
17E Qualitativo: A empresa possui serviços pós-venda atrelados aos seus produtos? Após a implantação dos serviços pós-venda houve incremento na satisfação e retenção de clientes?
Figge et al. (2002), Ethos; Sebrae (2012).
![Page 89: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/89.jpg)
77
(continuação)
18E
Qualitativo: A empresa produz ou comercializa combustíveis fósseis cuja queima contribui para o agravamento das mudanças climáticas? Possui metas para substituição dos referidos produtos por alternativas de menor impacto sobre as mudanças climáticas? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos combustíveis fósseis = Faturamento combustíveis fósseis /Faturamento Total Bruto
BM&FBOVESPA (2014)
19E
Qualitativo: A empresa possui um plano de contingência que contemple ações testadas sobre, por exemplo, desastres naturais (enchente), impactos ambientais, impactos sociais, impactos em infraestrutura/operacionais, entre outros? Possui seguro da empresa?
BM&FBOVESPA (2014)
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal
20S Qualitativo: As dependências da empresa contam com recursos para facilitar o deslocamento e a convivência de pessoas com deficiência motora, auditiva ou visual (ABNT NBR 9050:2004)?
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
21S Qualitativo: A empresa é criteriosa sobre o seu envolvimento em campanhas políticas? A empresa informa seus empregados sobre a importância de participar das administrações públicas?
Ethos; Sebrae (2012) Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal
22S
Qualitativo: Na contratação de funcionários, a empresa divulga os critérios objetivos que vai utilizar na seleção dos candidatos? A empresa possui contratos de trabalho atualizados? Quantitativo: -% Funcionários Locais = No de funcionários residentes na comunidade local/Total de funcionários. - No de novas contratações no último ano por faixa etária, gênero e região.
Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013), GRI (2013), DJSI (2014).
23S Qualitativo: A empresa possui políticas estabelecidas e divulgadas para a realização de horas extras ou a aplicação do banco de horas? Quantitativo: - Média de horas extras realizadas por mês por funcionário no último ano.
Ethos (2013)
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa
24S
Qualitativo: A empresa possui uma política de atuação que contemple compromissos com o desenvolvimento sustentável; direitos humanos e valorização da diversidade isenta de práticas discriminatórias em relação a gênero, raça, orientação sexual, idade, crenças religiosas ou políticas e deficiências físicas; saúde, segurança e educação dos funcionários com repúdio ao trabalho infantil e forçado; cidadania, envolvimento e valorização da comunidade? Como a política é divulgada (website, mural da empresa, propostas comerciais, entre outras)?
Strobel (2005), Delai; Takahashi (2008), Siena (2008), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013). BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
25S Qualitativo: A empresa possui estrutura de administração formalizada (Organograma)? A empresa orienta sua tomada de decisão com base nos controles internos e externos? Ethos (2013)
26S
Qualitativo: Os funcionários são comunicados e treinados sobre o conteúdo do código de conduta/ética? Os funcionários participam da elaboração e revisão do código de conduta/ética? Quantitativo: No de bons exemplos (divulgação periódica de comportamentos exemplares).
Ethos (2013), GRI (2013).
27S
Qualitativo: empresa sensibiliza seus funcionários sobre a DUDH? Identifica violações reais e potenciais da DUDH em seu processo produtivo ou de seus fornecedores? Possui registros? Quantitativo: -% Pessoal treinado em DUDH = no funcionários treinados em DUDH / no total de funcionários; - No de violações da empresa no último ano; - No de violações de fornecedores no último ano.
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade
- - Os indicadores propostos já foram coletados em estudos/bases de dados selecionadas neste trabalho. -
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável
28S
Qualitativo: A empresa identifica suas principais partes interessadas (público interno, governo, sócios, ONGs, instituições financeiras, fornecedores, comunidade, entre outros? Como e quais são? Quantitativo: No de ações com as partes interessadas no último ano.
Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013).
29S
Qualitativo: A empresa mantém um canal de diálogo com a comunidade? Registra demandas e queixas por tipo (sociais e ambientais, por exemplo)? Comunica os resultados dos atendimentos? Como ocorre, mesmo que de maneira informal? Quantitativo: No de demandas/queixas da comunidade no último ano.
Callado (2010), Ethos (2013) GRI (2013).
30S
Qualitativo: A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre o exercício da cidadania, importância do voto conscientel, respeito aos direitos humanos, entre outras temáticas sociais? Qualitativo: - No de atividades que a empresa promoveu/participou no último ano. -No de participantes por evento no último ano.
Callado (2010), Ethos (2013).
31S Qualitativo: A empresa participa do Programa Jovem Aprendiz (Pronatec Jovem Aprendiz)? Possui Aprendiz trabalhando atualmente na empresa?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
![Page 90: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/90.jpg)
78
(continuação)
32S
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para a efetiva erradicação do trabalho infantil e forçado? A empresa identifica fornecedores com risco de empregar mão de obra infantil ou praticar trabalho forçado? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo trabalho infantil ou forçado? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de reclamações por emprego de mão de obra infantil. - No de processos judiciais por emprego de mão de infantil. - No de reclamações por prática de trabalho forçado. - No de processos judiciais por prática de trabalho forçado.
GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
33S
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa identifica fornecedores com risco de práticas exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de denúncias por exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual já realizadas pela empresa. - No de reclamações sobre casos de exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual na empresa.
BM&FBOVESPA (2014)
# Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável
34S Qualitativo: A administração da empresa inspira sua gestão em algum compromisso ou iniciativa voluntária (Pacto Global, Carta da Terra, entre outros)?
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014)
# Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal
35A
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge áreas de alto índice de biodiversidade? A empresa conhece os impactos gerados por suas atividades sobre a diversidade biológica? A empresa reconhece a área protegida e suas características únicas (identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats)?
Delai; Takahashi (2008), GRI(2013), Ethos (2013).
# Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa
36A
Qualitativo: A empresa possui uma declaração de compromissos sobre a estratégia ambiental de atuação da empresa (princípio da precaução (inserir breve significado), prevenção da poluição (3Rs e 4Rs); atendimento à legislação ambiental, novos acordos e regras; avaliação de aspectos e impactos ambientais das operações (efluentes, emissões, resíduos e biodiversidade); análise de risco sobre o efeito das mudanças climáticas; relacionamento com as partes interessadas; e, inserção em uma cadeia de valor sustentável)? A declaração é divulgada de que forma (website, mural da empresa, propostas comerciais,produto, entre outras)?
Strobel (2005), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
# Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade
37A
Qualitativo: A empresa realiza ações de sensibilização em temáticas ambientais com seus funcionários? A empresa capacita seus funcionários em relação aos impactos ambientais das suas atividades e as ações de prevenção/tratamento? Quantitativo: - No de ações de sensibilização realizadas no último ano. - No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano.
Callado (2010), Ethos; Sebrae (2012), Ethos (2013).
38A
Qualitativo: A empresa reutiliza água no seu processo? Como funciona o processo de reutilização? Quantitativo: - Volume total de água reutilizada na empresa no último ano; - % de água reutilizada na empresa = total de água reutilizada/consumo total de água.
Siena (2008), Callado (2010), GRI (2013).
39A
Qualitativo: A empresa possui metas para redução de emissões atmosféricas? Possui ações para evitar/reduzir/compensar emissões atmosféricas? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de combustíveis fósseis contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$).
Strobel (2005), Callado (2010), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
40A
Qualitativo: A região ou setor em que a empresa atua já foi afetada pelas mudanças climáticas? Como? A empresa calcula as perdas causadas pelas mudanças climáticas? Quantitativo: - Gastos com efeitos das mudanças climáticas (consertos em infraestrutura, ausência de força de trabalho, atraso de matéria prima e outros) (R$).
Ethos, (2013), DJSI (2014).
41A
Qualitativo: A empresa conhece as vulnerabilidades do seu negócio e do setor em que atua frente as alterações do clima? Considera essas informações para direcionar as suas tomadas de decisão sobre o rumo do negócio? Busca adaptar o negócio para enfrentar as mudanças do clima? Quantitativo: - Investimentos realizados para adaptação da empresa ($).
Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014), DJSI (2014).
42A
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na biodiversidade causado pelos seus processos/atividades? Quais? Quantitativo: - Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo (R$).
Strobel (2005), GRI (2013), Ethos (2013), BM&FBOVESPA (2014).
![Page 91: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/91.jpg)
79
(continuação)
43A
Qualitativo: A empresa possui Plano de Atendimento à Emergências (PAE)? Possui registros de acidentes ambientais ocorridos na empresa? Em que processos? A empresa possui seguro para degradação ambiental decorrente de acidentes em suas operações? Quantitativo: - Total de gastos com acidentes ambientais e medidas de contenção de crise, discriminadas por tipo (R$).
Callado (2010), BM&FBOVESPA (2014).
# Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável
44A Qualitativo: Como a empresa considera as emissões de GEE para as operações compartilhadas de fornecedores, clientes e serviços de apoio? Possui iniciativas conjuntas?
Ethos (2013), GRI (2013), DJSI (2014).
45A Qualitativo: O uso dos produtos e serviços da empresa permite evitar emissões por terceira parte? Ethos (2013), DJSI (2014).
46A
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge comunidades? Quais os impactos ambientais e sociais mapeados? Possui canal para receber as reclamações da comunidade (telefone, website, entre outros)? Quantitativo: - No de reclamações registradas sobre os efeitos indesejados dos processos sobre a comunidade no último ano.
Ethos (2013).
Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
Os indicadores apresentados no Quadro 17 ressaltam questões associadas à
gestão dos negócios que os Micro e Pequenos Empresários devem estar atentos,
principalmente por estarem presentes em métodos empresariais reconhecidos, ou
seja, são aplicáveis à Cadeia de Produção e Consumo em que as MPEs estão
situadas como fornecedoras de empresas de grande porte, mas igualmente
demonstram tendências de sustentabilidade consolidadas no âmbito corporativo e
ajustadas para a realidade dos pequenos negócios. O regime tributário, por
exemplo, para uma MPE deve ser analisado como forma de estratégia, buscando o
atendimento à legislação mas com a melhor opção visando o incremento das
margens do negócio, que geralmente são reduzidas. Em relação ao cumprimento da
legislação, o enfoque nos produtos e serviços e os possíveis efeitos causados nos
consumidores é uma análise indispensável para uma empresa que busca tornar-se
mais sustentável. A gestão dos riscos nas operações, mesmo informalmente nas
MPEs, confere segurança para investimentos e evita mídias negativas garantindo
maior credibilidade ao consumidor. A identificação do grau de atendimento da
legislação é fundamental para que a MPE possa planejar o cumprimento das
lacunas legais encontradas. A inovação é outro fator presente nos indicadores de
sustentabilidade propostos. O apoio as iniciativas dos funcionários, os quais
conhecem os processos produtivos de forma detalhada, são geralmente de baixo
custo e alto rendimento. No entanto, para que os projetos internos sejam
desenvolvidos, os micro e pequenos empresários devem garantir um ambiente
favorável para o intraempreendedorismo, com encorajamento de novas ideias e
trabalho em equipe. Neste âmbito, a dimensão da sustentabilidade ambiental é
fortemente favorecida com discussões acerca da Redução, Reutilização,
![Page 92: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/92.jpg)
80
Reciclagem (Internas e Externas) e Destino Ambientalmente Adequado para
Materiais, Água, Energia, Efluentes e Resíduos, e a identificação das
vulnerabilidades do negócio em relação às Mudanças Climáticas.
Em resumo, a perspectiva representada pelos indicadores do Quadro 16
demonstra de forma provocativa, por apresentar o apelo do mercado, diversas das
dificuldades enfrentadas pelas MPEs e descritas no decorrer do trabalho. Grapeggia
et al. (2012) destaca que os micro e pequenos empresários acreditam que na etapa
de gênese dos negócios estes devem focar no planejamento financeiro, senso de
organização e conhecimento do produto no mercado, estando estes fatores
alinhados com as demandas da maioria dos 46 (quarenta e seis) indicadores citados
anteriormente. Contudo, na prática, os próprios empresários do estudo de Grapeggia
et al. (2012) responderam que se preocuparam tardiamente com planejamento e
organização, priorizando inicialmente na definição do foco do negócio. Logo, a
importância de uma ferramenta de gestão com indicadores selecionados dentre as
melhores práticas e adaptados para a realidade das MPEs se renova, reforçando a
contribuição social do trabalho. Para Gomes e Malheiros (2012), os indicadores não
devem abranger apenas as funções de mensuração e operacionalização de
parâmetros, mas principalmente a capacidade de auxiliar na compreensão e reflexão
sobre os impactos do negócio para apoio à tomada de decisão.
4.5 CRITÉRIOS E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA MPES
A versão completa do CIS-MPEs resultou em 96 (noventa e seis) indicadores
de sustentabilidade (Quadros 10, 11 e 12), considerando aqueles coletados em
bases de dados e os demais não disponíveis nos estudos descritos no Quadro 13.
Assim, em razão das dificuldades de compreensão do conceito sustentabilidade
(GUIMARÃES; FEICHAS, 2009; SILVA; SELIG; MORALES, 2012; SEBRAE, 2012) e
os obstáculos enfrentados pelos micro e pequenos empresários para garantirem a
sobrevivência dos negócios (LEONE, 1999; FARIAS; TEIXEIRA, 2002; SILVA;
PEREIRA, 2004; SILVA, 2005; CAREON; SILVA, 2010; LEONE; LEONE; 2011;
CHEN et al., 2014), foram elaborados critérios para complementação do CIS-MPEs
visando a composição das bases de diretrizes de sustentabilidade para MPEs.
Segundo a NBR ISO 9001:2008 (ABNT, 2008), diretriz pode ser considerada
um documento que estabelece recomendações ou sugestões facilitando a coerência
e a compreensão das normas. Para o CIS-MPEs foram desenvolvidas as bases para
![Page 93: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/93.jpg)
81
a elaboração de diretrizes para cada um dos 96 (noventa e seis) indicadores,
buscando incrementar a clareza e o entendimento destes por meio de critérios
específicos.
O processo de desenvolvimento do embasamento dos critérios envolveu a
pesquisa por legislações e regulamentações associadas aos indicadores de
Conformidade Legal, assim como detalhes de Pactos Voluntários na Conformidade
Normativa e esclarecimentos nos documentos oficiais dos métodos de avaliação da
sustentabilidade resultantes da Matriz de Priorização.
O Produto Científico 6, Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs,
encontra-se no Apêndice A. É possível afirmar que o desenvolvimento dos critérios
constituiu em um incremento na contribuição social do trabalho, pois diferenciou o
estudo em relação aos demais métodos pesquisados pelo caráter instrutivo atribuído
a cada indicador selecionado, em razão do perfil deste nicho específico (LEONE,
1999; SILVA, PEREIRA, 2004; SILVA, 2005; LEONE; LEONE, 2011; SEBRAE,
2013).
No Quadro apresentado no Apêndice A é válido destacar que a Coluna "Bases
Teóricas" refere-se a rastreabilidade dos indicadores priorizados referente aos seus
respectivos métodos de origem, sendo que o mesmo se repete na Coluna "Bases
Disponíveis" em relação às Bases de Dados consultadas e que apresentaram
indicadores em comum.
Assim, o Produto Científico 6 apresenta cunho sensibilizador para que os
empresários sintam-se motivados a buscar o incremento nos seus processos e no
relacionamento com as partes interessadas. Os Critérios buscaram sanar a lacuna
da incerteza sobre a implantação dos indicadores, conduzindo através de breves
recomendações maneiras de como desenvolver uma iniciativa ou monitorar um
indicador específico.
![Page 94: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/94.jpg)
82
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
Este capítulo tem por objetivo relatar as considerações finais a respeito dos
objetivos, como forma de avaliação da execução deste trabalho, bem como um
compêndio das potencialidades e limitações dos Critérios e Indicadores de
Sustentabilidade para MPEs. Ao final do capítulo são descritas recomendações para
trabalhos futuros, a partir das oportunidades identificadas por meio desta
experiência.
5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As considerações finais são apresentadas quanto aos objetivos, quanto ao
problema e pergunta de pesquisa e quanto as Critérios e Indicadores de
Sustentabilidade para MPEs, conforme os itens a seguir.
5.1.1 Quanto aos objetivos do trabalho
O primeiro objetivo específico – “Comparar modelos de avaliação da
sustentabilidade empresarial” – foi alcançado, inicialmente, por meio da elaboração
do Capítulo 2 (Fundamentação Teórica), em que foram abordados os Indicadores de
Sustentabilidade Empresarial (Item 2.2.1), e identificados os principais métodos de
avaliação da sustentabilidade no âmbito corporativo, segundo o método de pesquisa
detalhada no Capítulo 3 (Material e Métodos). No Capítulo 4 (Resultados e
Discussão) foi apresentado o Quadro 7 (Análise Comparativa dos Métodos de
Indicadores de Sustentabilidade Empresarial - Produto 1), respectivo à comparação
realizada entre os métodos, o qual permitiu o alcance pleno do primeiro objetivo
específico.
O segundo objetivo específico – “Desenvolver critérios de priorização de
indicadores de sustentabilidade para MPEs” – apresentou embasamento inicial no
item 2.3 (Micro e Pequenas Empresas e a Sustentabilidade: é possível conciliar?),
em que foram detalhados os desafios das MPEs acerca da sobrevivência dos
negócios e a dificuldade de compreensão do conceito de sustentabilidade. Desta
forma, o segundo objetivo específico foi alcançado integralmente por meio da
estruturação da teoria científica através do desenvolvimento da Matriz de Priorização
(Quadro 8 - Matriz de Priorização dos Indicadores de Sustentabilidade Empresarial -
![Page 95: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/95.jpg)
83
Produto 2), apresentada no Capítulo de Resultados e Discussão (4.2. Matriz de
Priorização).
O terceiro objetivo específico – “Determinar categorias e indicadores de
sustentabilidade aplicáveis à MPEs” – foi alcançado através do cumprimento das
etapas do Roteiro Metodológico (Item 3.2), especificamente a descrição da Figura 5
(Esquema proposto para o alcance dos produtos científicos da dissertação) referente
aos Produtos Científicos 3 e 4. No Capítulo 4 (Resultados e Discussão) são
apresentadas as Categorias e Subcategorias e os respectivos Indicadores. A Figura
6 (Desenho esquemático dos Produtos Científicos da Pesquisa) exibiu uma síntese
dos resultados que permitiram o atendimento dos objetivos deste trabalho e nos
Quadro 9, 10 e 11 foram apresentados os indicadores de sustentabilidade para
MPEs após a redação e análise de redundâncias.
O quarto objetivo específico - "Verificar a disponibilidade do conjunto de
indicadores em bases de dados " - foi alcançado por meio do Produtos Científicos 5.
O Produto Científico 5 foi detalhado no Capítulo 4 (4.4 Aplicabilidade dos
Indicadores em Bases de Dados), em que foram apresentados os estudos com
enfoque em MPEs que possuíam coleta de indicadores e alternativa de comparação
com o Conjunto de Indicadores de Sustentabilidade para MPEs (Produto 4 - CIS-
MPEs). O Quadro 12 (Estudos sobre MPEs utilizados na verificação dos indicadores
de sustentabilidade - Produto 5) retratou os estudos e as características de suas
bases de dados, tais como as amostras, abrangência geográfica, setor e ano de
coleta.
O quinto objetivo específco - "Compor as bases de diretrizes de
sustentabilidade para MPEs" - foi discutido no item 4.5 (Critérios e Indicadores de
Sustentabilidade para MPEs) e apresentado no Apêndice A.
Referente ao objetivo geral – “Propor indicadores e critérios de sustentabilidade
para micro e pequenas empresas (MPEs) ” – este foi atingido plenamente no
alcance integral dos cinco objetivos específicos e mais precisamente com a
elaboração dos Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs, já que cerca
de 50% dos indicadores propostos são considerados “clássicos”, uma vez que já
foram coletados em Bases de Dados específicas para MPEs. Os 46 (quarenta e seis
) indicadores restantes consistem no Resultado das Melhores Práticas pesquisadas
e priorizadas neste trabalho, constituindo a contribuição científica do mesmo.
![Page 96: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/96.jpg)
84
Os Critérios são de fundamental importância para orientar as MPEs na
implantação de planos de adequação às práticas de sustentabilidade econômica,
social e ambiental, alinhadas às tendências de cada setor, garantindo igualmente a
contribuição social do trabalho.
5.1.2 Quanto ao problema e pergunta de pesquisa
O problema de pesquisa deste trabalho consistia na carência de um sistema de
avaliação da sustentabilidade significativo do ponto de vista teórico e adequado à
realidade das MPEs. Com o desenvolvimento da pesquisa, considera-se que este é
um problema esclarecido, pois o Conjunto de Critérios e Indicadores de
Sustentabilidade para MPEs, além de ter sido elaborado com base em uma
metodologia estruturada de acordo com os desafios deste nicho específico da
economia e com caráter passível de replicação, foi verificado no aspecto operacional
por meio das Bases de Dados que já estudaram o mesmo enfoque, garantindo uma
aplicabilidade de 52% do sistema de avaliação, sendo o restante a proposição
baseada nas melhores práticas analisadas.
A pergunta de pesquisa referente a quais indicadores de sustentabilidade são
representativos para as MPEs, nortearam o desenvolvimento do trabalho como um
todo, desde os estudos das melhores abordagens para o desenvolvimento de
indicadores, até mesmo a análise das bases de dados. Nos Critérios e Indicadores
de Sustentabilidade para MPEs é possível observar as categorias, subcategorias
(Apêndice A) e orientações (Critérios) elaborados com o intuito de responder a
pergunta de pesquisa.
Portanto, conclui-se que o problema de pesquisa foi solucionado e a respectiva
pergunta de pesquisa foi respondida, por meio dos resultados do trabalho.
5.1.3 Quanto aos Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs
Os Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs apresentaram
potencialidades e oportunidades de melhoria identificadas durante a análise dos
resultados. Com o objetivo de contribuir com a melhoria contínua de projetos deste
cunho, estão listadas as principais conclusões sobre o instrumento.
![Page 97: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/97.jpg)
85
5.1.3.1 Potencialidades
Dentre as potencialidades do estudo encontra-se a abrangência dos critérios e
indicadores de sustentabilidade em relação ao perfil de atuação interno e externo
das MPEs. Através da Fundamentação Teórica pela qual foi desenvolvida a Matriz
de Priorização, baseada em autores que explicitaram efetivamente as dificuldades
das MPEs em seus negócios, foi desenvolvida uma ferramenta para análise dos
indicadores alinhada a um cenário verossímil à realidade.
A utilização de métodos internacionais para a composição dos Critérios e
Indicadores garante que os pequenos negócios possam se adaptar e incrementar
sua competitividade, alinhados às exigências de mercados estrangeiros e
igualmente confere uma aproximação da vivência das grandes empresas,
geralmente clientes das MPEs, contribuindo para a qualificação das cadeias
produtivas.
O trabalho foi desenvolvido com base em um roteiro metodológico estruturado,
sendo considerado replicável para outros estudos. É válido ressaltar a importância
das dimensões ambientais, sociais e econômicas da sustentabilidade nos processos
estudados, para o alcance de um instrumento de abrangência similar. A
segmentação dos Critérios e Indicadores de Sustentabilidade nos Estágios da
Estratégia Sustentável, desenvolvido na Fundamentação Teórica, permite que o
micro e pequeno empresário implante e monitores os indicadores de acordo com o
seu estágio de desenvolvimento, disponibilidade de recursos e sensibilização,
contribuindo para uma mudança gradativa na empresa.
5.1.3.2 Oportunidades de Melhoria
Para o desenvolvimento deste trabalho a escolha pelo conceito de
sustentabilidade do triple bottom line de Elkington (2001) constituído pelos pilares
econômico, social e ambiental foi decorrente da Fundamentação Teórica e dos
Resultados. Contudo, notadamente, existem perspectivas que integram diversos
aspectos, como é o caso de Sachs (2002) com os âmbitos social, econômico,
ecológico, espacial, cultural, político nacional e internacional da sustentabilidade.
Para empresas que já estão em um estágio maduro da sustentabilidade (Negócio
Sustentável), conceitos múltiplos como o de Sachs (2002) são indicados pois
trabalham com particularidades do Território em que a organização está situada.
![Page 98: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/98.jpg)
86
Para as MPEs, o triple bottom line mostrou-se adequado em função da
disseminação no meio empresarial e a clareza mais facilitada.
Os Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs apresentam um
enfoque na sensibilização e desenvolvimento dos empresários de pequeno porte
nesta temática, contribuindo com as bases para um sistema de avaliação. Contudo,
podem constituir uma ferramenta de avaliação formal da sustentabilidade para este
nicho específico, configurando um documento de apoio de auditorias de
sustentabilidade. Para tal, seria necessário classificar os Critérios e Indicadores em
Requisitos Exigidos e Recomendados, segundo os Estágios da Estratégia
Sustentável da Produção. Esta classificação sugere que os requisitos exigidos
constituam aqueles básicos, ou seja, que quaisquer MPEs obrigatoriamente
atenderiam como padrão mínimo. Os requisitos recomendados seriam aqueles que
necessitam de planejamento, investimentos e de uma estrutura prévia.
É válido ressaltar ainda, que em outros estudos que utilizam normas e
certificações internacionais (ROCHA, 2009; CENSI; 2010), uma das oportunidades
de melhoria mencionadas pelos autores consiste no processo interpretativo de
termos técnicos para adaptações à realidade brasileira, o qual pode contribuir com
desvios de compreensão.
5.2. RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
A partir da pesquisa desenvolvida e dos resultados apresentados, sugere-se,
como recomendação para futuros trabalhos, as seguintes oportunidades:
• Aplicação dos Critérios e Indicadores de Sustentabilida para MPES em Amostra
Estatisticamente Relevante ou Estudo de Caso: utilizar os critérios e indicadores
com a finalidade de avaliar o grau de sustentabilidade de MPEs e validá-las. A
partir do resultado alcançado (número de indicadores coletados), identificar as
oportunidades de melhoria dos processos das MPEs e desenvolver objetivos,
metas e programas para a melhoria contínua destas no âmbito da
sustentabilidade.
• Desenvolvimento do Roteiro Metodológico Proposto para Outros Nichos
Específicos ou Setores Produtivos: comprovar a viabilidade do caráter replicável
da metodologia elaborada neste trabalho projeto com a elaboração de critérios e
indicadores de sustentabilidade para demais setores produtivos deficientes em
orientações neste sentido. É válido ressaltar que apesar da proposta desse
![Page 99: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/99.jpg)
87
estudo ser generalista, existem questões específicas no que tange à
sustentabilidade de inúmeros setores que devem ser abordados em trabalhos
singulares.
• Internacionalização de MPEs: verificar em um processo de internacionalização
de MPE quais os Critérios e Indicadores de Sustentabilidade presentes neste
estudo são considerados "essenciais" para o sucesso da operação.
• Elaboração de Software para Gerenciamento dos Critérios e Indicadores:
adaptação dos Critérios e Indicadores de Sustentabilidade para MPEs para um
software com interface objetiva e de fácil compreensão, facilitando a
manuseio/manutenção/monitoramento dos indicadores atendidos e aqueles a
serem alcançados.
Acredita-se que o propósito principal de desenvolver um conjunto de
orientações para apoiar o trabalho das micro e pequenas empresas em busca de
saúde financeira, harmonia entre suas partes interessadas, conservação dos
materiais e insumos necessários à produção dos bens/serviços e à garantia da
qualidade de vida foi atingido com o desenvolvimento deste trabalho.
![Page 100: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/100.jpg)
88
REFERÊNCIAS
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9.001:2008: requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
AHI, P.; SEARCY, C. An analysis of metrics used to measure performance in green and sustainable supply chains. Journal of Cleaner Production, v. 86, p. 360-377, 2015.
ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
AMARAL, S. Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica nas Empresas: como entender, medir e relatar. 2 ed. São Paulo: Tocalino, 2005.
AMATO NETO, J. Os Desafios da Produção e do Consumo sob Novos Padrões Sociais e Ambientais. In: AMATO NETO, J. Org. Sustentabilidade e Produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011.
ANDERIES, J. M.; FOLKE, C.; WALKER, B.; OSTROM, E. Aligning Key Concepts for Global Change Policy: Robustness, Resilience, and Sustainability. Ecology and Society, v. 18, n. 2, 2013.
APEX-BRASIL Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ; GVCES Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor. 2013. Disponível em: < http://icvglobal.com.br/index.php?r=site/conteudo&id=1>. Acesso em: 09 dez. 2014.
AZEVEDO, C. E. F. et al. A Estratégia de Triangulação: Objetivos, Possibilidades, Limitações e Proximidades com o Pragmatismo. Anais... IV Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade, Brasília/DF, Nov. 2013.
BANDEIRA, A. A. Indicadores de Desempenho: instrumentos à produtividade organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.
BARBIERI, J. C. Organizações inovadoras sustentáveis. In: BARBIERI, J. C; SIMANTOB, M. Organizações inovadoras sustentáveis: uma reflexão sobre o futuro das organizações. São Paulo, Atlas, 2007.
BARBIERI, J. C.; VASCONCELOS, I. F.G; ANDREASSI, T.; VASCONCELOS, F.C. Inovação e sustentabilidade: novos modelos e proposições. RAE, v. 50, n. 2, p. 146-154, abr./jun. 2010.
BARDDAL, R. Viabilidade de projetos e a inserção das dimensões de sustentabilidade: Uma aplicação em projetos turísticos. 2008. Dissertação (Mestrado em Administração) - Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Biguaçu.
BARDDAL, R.; ALBERTON, A.; CAMPOS; L. M. S. As dimensões e métodos de mensuração da sustentabilidade e o turismo: uma discussão teórica. Revista de Gestão Social e Ambiental, v.4, n.2, p. 138-155, 2010.
BARROS, B. PRATES, M. O estilo brasileiro de administrar. São Paulo: Atlas, 1996.
BASSANI, P.; DE CARVALHO, M. A. V.. Pensando a sustentabilidade: um olhar sobre a Agenda 21. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 9, p. 69-76, jan./jun. 2004.
BAUMANN-PAULY, D.; WICKERT, C. SPENCE, L. J.; SCHERER, A. G. Organizing Corporate Social Responsibility in Small and Large Firms: Size Matters. Journal of Business Ethics, V. 115, p. 693-705, 2013.
BERTALANFFY, L. V.. Teoria Geral dos Sistemas. Petrópolis: Vozes, 1972.
BETIOL, L. et al. Compra Sustentável: a força do consumo público e empresarial para uma economia verde e inclusiva. São Paulo: Programa Gestão Pública e Cidadania, 2012.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Convenção sobre a Diversidade Biológica. Brasília, 2000.
CALDAS, M. Santo de casa não faz milagre: condicionamentos nacionais e implicações organizacionais pela figura do “estrangeiro”. In: PRESTES MOTTA, F. C.; CALDAS, M. Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 1997.
CALLADO, A. L. C. Modelo de Mensuração de Sustentabilidade Empresarial: uma Aplicação em Vinícolas localizadas na Serra Gaúcha. 2010. Tese (Doutorado em Agronegócios) - Programa de
![Page 101: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/101.jpg)
89
Pós-Graduação em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre.
CALLENBACH, E. et al. Gerenciamento Ecológico (Eco-Management): Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993.
CAMBRA-FIERRO, J.; HART, S.; POLO-REDONDO, Y. Environmental Respect: Ethics or Simply Business? A Study in the Small and Medium Enterprise (SME) Context. Journal of Business Ethics, V. 82, p.645–656, 2008.
CAMPOS, L. M. S.; ALBERTON, A. Environmental Management Systems (EMS) in the context of small businesses: a study conducted in the South of Brazil. REAd Special Issue 42 V. 10, N. 6, p. 1-32, Dez. 2004.
CAMPOS, L. M. S. Environmental management systems (EMS) for small companies: a study in Southern Brazil. Journal of Cleaner Production, V. 32, p. 141-148, Abr. 2012.
CANTARINO, A. A. A.; BARATA, M. M. L.; ROVERE, E. L. L. Indicadores de sustentabilidade empresarial e gestão estratégica. Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 1, n. 1, p. 87-98, 2007.
CAPRA, F. O Ponto de Mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 2000.
CAREON, L. H.; SILVA, S. F.. Sustentabilidade Empresarial Para A Micro E Pequena Empresa. Seminários em Administração XIII SEMEAD. 2010. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/13semead/resultado/trabalhosPDF/482.pdf> Acesso em: 22 de abril de 2013.
CARROLL, A. B. Pyramid of Corporate Social Responsibility: Toward the Moral Management of Organizational Stakeholders. Business Horizons, v. 34, n. 4, p.39-48, Jul/Ago, 1991.
CAVALCANTI, C. Sustentabilidade: mantra ou escolha moral? Uma abordagem ecológico-econômica. Estudos avançados, v. 26, n.74, 2012.
CENSI, D. P. L. Diretrizes de sustentabilidade para sistemas de produção rural. Monografia apresentada à banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí: UNIVALI, 2010.
CHANLAT, J. F. Ciências sociais e management: reconciliando o econômico e o social. São Paulo: Atlas, 2000.
CHEHEBE, J.R.B. Análise do Ciclo de Vida de Produtos: Ferramenta Gerencial da ISO 14.000. Rio de Janeiro: Qualitymark. 1998.
CHEN, D.; THIEDE, S.; SCHUDELEIT, T.; HERRMANN, C. A holistic and rapid sustainability assessment tool for manufacturing SMEs. CIRP Annals - Manufacturing Technology, V. 63, n.1, p. 437-440, 2014.
CLARK, T.; GREATBATCH, D. Management Fashion as Image-Spectacle The Production of Best-Selling Management Books. Management Communication Quarterly, v. 17, n. 3, p. 396-424, 2004.
CMMAD Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1988.
CNI Confederação Nacional da Indústria; SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Indicadores de Competitividade na indústria brasileira: micro e pequenas empresas. Brasília : CNI, 2006. 134 p.
COBBINAH, P. B.; ERDIAW-KWASIE, M. O.; AMOATENG, P. Rethinking sustainable development within the framework of poverty and urbanisation in developing countries. Environmental Development, v.13 p. 18–32, 2015.
COLLINS, D. Management fads and buzzwords: Critical-practical perspectives. Routledge: Oxford, 2000.
COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
![Page 102: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/102.jpg)
90
CONDON, L. Sustainability and Small to Medium Sized Enterprises: How to Engage Them. Australian Journal of Environmental Education, v. 20, n. 1, p. 57-67, 2004.
COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em Administração. 7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
CORDEIRO, I. D.; LEITE, N. K.; PARTIDÁRIO, M. R. Instrumentos de avaliação de sustentabilidade de destinos turísticos: uma revisão de literatura. Caderno Virtual de Turismo, v. 10, n. 2, p. 49-64, 2010.
COSTA, N. P. Análise do Resultado Empresarial: principais ferramentas da análise corporativa. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2010.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2010. 296 p.
DALMORO, M. A visão da sustentabilidade na atividade empreendedora: uma análise a partir de empresas incubadas. Revista Gestão Organizacional, v. 2, n. 1, p. pp. 87-104, 2009.
DALY, H. E.; COBB, J. B. For the common good: redirecting the economy toward community, the environment, and a sustainable future. Beacon Pr, 1989.
DE ALMEIDA JR, J. M. G. Um novo paradigma de desenvolvimento sustentável. Brasília: Câmara dos Deputados, 2000.
DE CAMARGO, S. X.; PINHEIRO, A. C. D. Fundamentação Ética do Desenvolvimento Sustentável em Kant, Habermas e Hans Jonas. Revista do Direito Público, v. 5, n. 2, p. 177-193, 2010.
DE CICCO, F.; FANTAZZINI, M. L. Técnicas modernas de gerência de risco. São Paulo: IBGR, 1985.
DE PAULA, A. P. P.; WOOD JR, T. Viagem epistemológica às livrarias dos aeroportos. Administração em Diálogo, São Paulo, nº5, p. 77-86, 2003.
DELAI, I.; TAKAHASHI, S. Uma proposta de modelo de referência para mensuração da sustentabilidade corporativa. Revista de Gestão Social e Ambiental, v.2, n.1, p. 19-40, 2008.
DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1995.
DONNAIRE, D. A Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo: Atlas, 1993.
DJSI Dow Jones Sustainability Index in Collaboration with RobecoSAM. Sample Questionnaire. 2014. Disponível em: <http://www.robecosam.com/images/sample-questionnaire.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2014.
_____. Recognition. 2013. Disponível em: <http://www.sustainability-indices.com/sustainability-assessment/recognition.jsp>. Acesso em: 06 jun. 2014.
DRUCKER, P. Administrando para Obter Resultados. São Paulo: Pioneira, 1998.
EEA European Environmental Agency. Environmental Indicator Report 2014: Environmental Impacts of Production-Consumption Systems in Europe. Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2014.
ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron Books, 2001.
ENGLUND, T.; ÖHMAN, J.; ÖSTMAN, L. Deliberative communication for sustainability?: A Habermas-inspired pluralistic approach. In: Sustainability and security within liberal societies: Learning to live with the future. London: Routledge, 2008.
EPSTEIN, M. J.; BUHOVAC, A. R.; YUTHAS, K. Managing Social, Environmental and Financial Performance Simultaneously. Long Range Planning, V. 48, N.1, p. 35–45, Fev. 2015.
ETHOS Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Documentos de apoio a aplicação. 2013b. Disponível em: < http://www3.ethos.org.br/conteudo/iniciativas/indicadores/documentos-de-apoio-a-aplicacao/#.U7lQeY1dXXw>. Acesso em: 07 jun. 2014.
_____. Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis. 2013c. Disponível em: < http://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-2013/#.U7lPio1dXXy>. Acesso em? 07 jun. 2014.
![Page 103: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/103.jpg)
91
_____. Indicadores Ethos-Sebrae de Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas. 2012. Disponível em: < http://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-sebrae-versao-2012/#.U7lUUo1dXXw>. Acesso em: 07 jun. 2014.
_____. Princípios e Compromissos. 2013a. Disponível em:< http://www3.ethos.org.br/conteudo/sobre-o-instituto/principios-e-compromissos/#.U7lUwI1dXXw >. Acesso em: 06 jun. 2014.
FARIAS, J. S.; TEIXEIRA, R. M. A pequena e micro empresa e o ambiente: a percepção dos empresários com relação aos impactos ambientais. Organizações & Sociedade, v. 9, n. 23, p. 1-20, 2002.
FEIL, A. A.; NAIME, R. H. Mensuração da Sustentabilidade das Corporações com Selo ISE sa BM&FBovespa Via Modelo GSE. Revista Ambiente Contábil, v. 7. n. 1, jan./jun. 2015.
FIESC Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Desempenho e perspectivas da indústria catarinense: investimentos industriais 2011-2014: a economia em 2011 e perspectivas para 2012. Florianópolis: FIESC, 2012.
FIESC Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Desempenho e perspectivas da indústria catarinense: investimentos industriais 2012-2015: a economia em 2012 e perspectivas para 2013. Florianópolis: FIESC, 2013.
FIGGE, F. et al. The sustainability balanced scorecard: linking sustainability management to business strategy. Business Strategy and the Environment, v. 11, n. 5, p. 269-284, 2002.
FIGUEIREDO, M. A. D.; MACEDO-SOARES, T. D. L. van A. de. FUKS, S. FIGUEIREDO, L. C. Definição de atributos desejáveis para auxiliar a auto-avaliação dos novos sistemas de medição de desempenho organizacional. Gestão & Produção. v.12, n.2, pp.305-315, mai.-ago. 2005.
FREEMAN, R. E.; WICKS, A. C.; PARMAR, B. Stakeholder Theory and "The Corporate Objective Revisited". Organization Science; 15, 3. p. 364-369. 2004.
FULLER, T.; TIAN, Y.. Social and Symbolic Capital and Responsible Entrepreneurship: An Empirical Investigation of SME Narratives. Journal of Business Ethics, 67, 287-304. 2006.
GALLOPÍN, G. Indicators and their use: information for decision-making. In: Moldan, B, & Bilharz, S. Sustainability indicators: report of the project on indicators of sustainable development. Chicester: Wiley, 1997.
GAULEJAC, V. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida-SP: Letras & Ideias, 2007.
GLEICK, J. Caos: a criação de uma nova ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
GOMES, P. R.; MALHEIROS, T. F. Proposta de análise de indicadores ambientais para apoio na discussão da sustentabilidade. G&DR, v. 8, n.2, p.151-169, 2012.
GRAPEGGIA, M.; LEZANA, A. R.; ORTIGARA, A. A.; SANTOS, P. C. F. Fatores condicionantes de sucesso e/ou mortalidade de micro e pequenas empresas em Santa Catarina. Produção, v. 21, n. 3, p. 444-455, 2011.
GRI Global Iniciative Reporting. Preparado para relatar? Introdução ao relato de sustentabilidade para pequenas e médias empresas (PME). 2014. Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Ready-to-Report-SME-booklet-online-brazilian-portuguese.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2014.
_____. Princípios para Relato e Conteúdos Padrão. 2013b. Disponível em: < https://www.globalreporting.org/Pages/resource-library.aspx?resSearchMode=resSearchModeText&resSearchText=G4&resCatText=Reporting+Framework&resLangText=Brazilian+Portuguese>. Acesso em: 04. jun. 2013.
_____. What is GRI? 2013a. Disponível em:< https://www.globalreporting.org/information/about-gri/what-is-GRI/Pages/default.aspx>. Acesso em: 04 jun. 2013.
GUBA, E. G. Criteria for Assessingthe Trustworthiness of Naturalistic Inquiries. ECTJ Annual Review Paper, v. 29, n. 2, p.75-9. 1981.
GUERREIRO RAMOS, A. Administração e contexto brasileiro. Rio de Janeiro: FGV, 1983.
![Page 104: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/104.jpg)
92
GUIMARÃES, R. P.; FEICHAS, S. A. Q. Desafios na Construção de Indicadores de Sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, v. 12, n. 2, p. 307-323, 2009.
GVCES Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas. Histórico: ISE BM&FBovespa. 2012b. Disponível: http://gvces.com.br/index.php?r=site/conteudo&id=161. Acesso em: 02 jun. 2014.
_____. ISE BM&FBovespa. 2012a. Disponível em: http://gvces.com.br/index.php?r=site/conteudo&id=30. Acesso em: 02 jun. 2014.
HABERMAS, J. Para o uso pragmático, ético e moral da razão prática. Estudos Avançados, v.3, n.7, p. 4-19, 1989.
HAIR, J. F.; BABIN, B. J.; ARTHUR, H. M.; SAMOUEL, P. Fundamentos de Métodos de Pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HARDI, P., & ZDAN, T. J. Measurement and indicators program of the international institute for sustainable development. In: Moldan, B, & Bilharz, S. Sustainability indicators: report of the project on indicators of sustainable development. Chicester: Wiley, 1997.
HARRINGTON, J. Aperfeiçoando processos empresariais: estratégia revolucionária para o aperfeiçoamento da qualidade, da produtividade e da competitividade. São Paulo, MakronBooks, 1993.
HART, S. L. A natural-resource-based view of the firm. Academy of Management Review, v. 20, p. 986-1014, 1995.
HAWKEN, P.; LOVINS, A. B.; LOVINS, L. H. Capitalismo natural. Editora Cultrix, 1999.
HEY, E. The precautionary concept in environmental policy and law: institutionalizing caution. Georgetown International Environmental Law Review, Washington, nº 4, p. 303-312, 1992.
HOIVIK, H. W.; MELÉ, D. Can an SME Become a Global Corporate Citizen? Evidence from a Case Study. Journal of Business Ethics, V. 88, p. 551–563, 2009.
HUBBARD, G. Measuring sustainable organizational performance: win for you, win for me. Monash Business Review, v. 2, n. 3, p. 25-29, 2006.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2012. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/default_2012.shtm>. Acesso em: 13 mai. 2014.
_____. As micro e pequenas empresas comerciais e de serviços no Brasil: 2001. Rio de Janeiro: IBGE, 2003.102 p.
IBQP Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade; SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; FGV Fundação Getúlio Vargas. GEM Global Entrepreneurship Monitor: Empreendedorismo no Brasil 2014. Paraná: UFPR, 2014.
IISD International Institute for Sustainable Development. Complete Bellagio Principles. 2013. Disponível em: < http://www.iisd.org/measure/principles/progress/bellagio_full.asp>. Acesso em: 13 mai. 2014.
ISE BM&FBOVESPA. Questionário ISE 2014 - Versão Final. 2014. Disponível em: http://isebvmf.com.br/index.php?r=site/conteudo&id=75. Acesso em: 02 jun. 2014.
ISO International Organization for Standardization. ISO 31000:2009: Risk management - Principles and guidelines. ISO/TMB, 2009.
JENKINS, H. A Critique of Conventional CSR Theory: An SME Perspective. Journal of General Management, 29, 55-75. 2004.
_____. Small Business Champions for Corporate Social Responsibility. Journal of Business Ethics, 67, 241-256. 2006.
JURAN, J.M. Juran na liderança pela qualidade: um guia para executivos. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 1993.
![Page 105: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/105.jpg)
93
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The balanced scorecard: measures that drive performance. Harvard Business Review, v. 70, n. 1, p. 71-79, 1992.
KEINERT, T. M. M. Org. Organizações sustentáveis: utopias e inovações. São Paulo: Annablume, 2007.
KINLAW, D.C. Empresa competitiva e ecológica: estratégias e ferramentas para uma administração consciente, responsável e lucrativa. São Paulo, Makron Books, 1997.
LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
LEONE, N. M. C. P. G. As especificidades das pequenas e médias empresas. Revista de Administração. V. 34, n.2, p. 91-94, abr./jun. 1999.
LEONE, R. J. G.; LEONE, N. M. C. P. G. Pequenas e médias empresas: Contribuições para a discussão sobre por que e como medir o seu tamanho. RaUnP, Ano 4, n.1, p. 67-83, out.2011./mar. 2012.
LERIPIO, A. GAIA – Um Método de Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais. 2001. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis.
LIGTERINGEN, E. Caminhando e conversando: stakeholders, juntos, a caminho de uma economia verde. In: ALMEIDA, F. Org. Desenvolvimento sustentável 2012-2050: visão, rumos e contradições. Cap. 2. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
LINCOLN, Y. S.; GUBA, E. G. Controvérsias paradigmáticas, contradições e confluências emergentes. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens, v. 2, p. 169-192, 2006.
LOVELOCK, J. Gaia: A New Look at Life on Earth. Oxford: Oxford University Press, 1982.
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 21 ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
MAIA, C. M. As dimensões da sustentabilidade e a multifuncionalidade da agricultura familiar. In: II Seminário de Sustentabilidade do Centro Universitário Franciscano, 2007, Curitiba. Anais...Curitiba: FAE, 2007.
MALHEIROS, T. F.; COUTINHO, S. M. V.; PHILIPPI JR, A. Indicadores de sustentabilidade: uma abordagem conceitual. In: MALHEIROS, T. F.; PHILIPPI JR, A. Indicadores de sustentabilidade e gestão ambiental. Barueri: Manole, 2013. 1 ed. 743 p.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing uma Orientação Aplicada. São Paulo: Editora Bookman, 2001. 768p.
MARCELINO-SÁDABA, S.; PÉREZ-EZCURDIA, A.; LAZCANO, A. M. E.; VILLANUEVA, P. Project risk management methodology for small firms. International Journal of Project Management, V. 32, n. 2, p. 327–340, Fev. 2014.
MARCHI, J. J. Bases do conhecimento científico e sua influência na formação da ciência da administração. In: I Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, 2012, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, 2011.
MARTINE, G. O lugar do espaço na equação população/meio ambiente. Rev. bras. estud. popul., v. .24, n.2, p. 181-190, 2007.
MARTINELLI, D. P. et al. Visão Sistêmica e Administração: conceitos, metodologias e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2006.
MARTINS, G. A.; THEÓPHILOS, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas, 2009. 250 p.
MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing: Metodologia, planejamento, execução e análise. 7. ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2014. 504p.
MATTOS, P. L. C. L. de. "Administração é ciência ou arte?" O que podemos aprender com este mal-entendido? Rev. adm. empres., São Paulo, v. 49, n. 3, set. 2009.
MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.
![Page 106: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/106.jpg)
94
MAZUR, L.; MILES, L. Conversas com os mestres da sustentabilidade. São Paulo: Gente, 2010.
MEADOWS, D. Indicators and Information Systems for Sustainable Development: a Report to the Balaton Group. Hartland: The Sustainability Institute, 1998. 95 p.
MEBRATU, D. Sustainability and sustainable development: historical and conceptual review. Environmental Impact Assessment Review, Gattikon, v.18, n.6, p.493-520, 1998.
MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2012. 108 p.
MORIN, E. Ciencia con consciencia. Barcelona : Anthropos, 1984.
MUNCK, L.; SOUZA, R. B. de. O ecletismo do paradigma da sustentabilidade: construção e análise a partir dos estudos organizacionais. Revista de Ciências da Administração, v. 13, n. 29, p. 202-242, 2011.
NASCIMENTO, M.; HAUBERT, F. L. C.; FILARDI, F.; LIMA, M. V. A. Avaliação de desempenho de micro e pequenas empresas fundamentada na metodologia MCDA-C na Cidade de Lages. Future Studies Research Journal, v. 5, n. 2, p. 79-112, Jul./Dez. 2013.
NEELY, A.; ADAMS, C. The Performance Prism Perspective. Journal of Cost Management, v. 15, n. 1, p. 7-15, 2001.
NEELY, A.; BOURNE, M. Why measurement initiates fail. Measuring Business Excellence, v. 4, n. 4, 2000.
OCDE. Green Growth Indicators 2014: The OECD green growth measurement framework and indicators. OECD Publishing: Paris, 2014. DOI:10.1787/9789264202030-4-en
PARSONS, T. Sugestões para um tratado sociológico da teoria da organização: Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1967.
PARRA FILHO, D.; SANTOS, J. A. Metodologia Científica. São Paulo: Futura, 2000.
PAULI, G. Emissão Zero: A busca de novos paradigmas: O que os negócios podem oferecer à sociedade. Porto Alegre, EDIPUCRS. 1996.
PEREIRA, A. R.; DALMAU, Ma. B. L. A Gestão sob a perspectiva da racionalidade substantiva: ação, comportamento e ciências sociais. In: II Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, 2012, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, 2012.
PERRINI, F. SMEs and CSR Theory: Evidence and Implications from na Italian Perspective. Journal of Business Ethics, 67, 305-316. 2006.
PERRINI, F.; A. RUSSO; A. TENCATI. CSR Strategies of SMEs and Large Firms: Evidence from Italy. Journal of Business Ethics, 74, 285-300. 2007.
PHILLIS, Y., & ANDRIANTIATSAHOLINIAINA, L. Sustainability: an ill-defined concept and its assessment using fuzzy logic. Ecological Economics, V. 37, n. 3, p. 435–456, 2001.
PIERCE, J. L.; NEWSTROM, J. W. A estante do administrador: uma coletânea de leituras obrigatórias. Porto Alegre: Bookman, 2002.
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza: Síntese para Tomadores de Decisão. Disponível em: www.unep.org/greeneconomy. 2011.
PRESCOTT-ALLEN, R. Assessing progress toward sustainability: the system assessment meted illustrated by the wellbeing of nations. UICN, 1999.
_____. The wellbeing of nations: a country-by- country index of quality of life and environment. Washington: Island Press, 2001.
ROBERT, K. Tools and concepts for sustainable development: how do they relate to a general framework for sustainable development, and to each other. Journal of Cleaner Production, v. 8, n. 3, p. 243-254, 2000.
ROCHA, M. Microempresas no Brasil: análise do período de 1984 a 2005. REAd, v. 14, n. 2, p. 420-440, 2008.
![Page 107: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/107.jpg)
95
ROCHA, P. R. Desenvolvimento de uma ferramenta de avaliação do desempenho ambiental de edifícios verticais. Monografia apresentada à banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí: UNIVALI, 2009.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000; 2002.
SACHS, I. Estratégias de Transição para o Século XXI: Desenvolvimento e Meio Ambiente. São Paulo: Studio Nobel/Fundap, 1993.
SANTIAGO, L. S.; DIAS, S. M. F. Matriz de indicadores de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos urbanos. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 17, n. 2; p. 203-212, 2012.
SARTORI, S.; CAMPOS, L. M. S. Identification of Sustainability Assessment Tool in Literature. Revista Espacios, v. 35, n.11, p. 6-11, 2014.
SARTORI, S.; LATRÔNICO, F.; CAMPOS, L. M. S. Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável: uma taxonomia no campo da literatura. Ambiente & Sociedade, v. 17, n. 1, p. 1-22, jan./mar. 2014.
SCHWARTZ, M. S.; CARROLL, A. B. Integrating and Unifying Competing and Complementary Frameworks: The Search for a Common Core in the Business and Society Field. Business & Society, v. 20, n. 10, p. 1-39, 2007.
SEARCY, C. Corporate Sustainability Performance Measurement Systems: A Review and Research Agenda. Journal of Business Ethics, V. 107, p. 239–253, 2012.
SEARCY C.; MCCARTNEY, D.; KARAPETROVIC, S. Sustainable development indicators for the transmission system of an electric utility. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, v. 14, n. 3, p. 135-151, 2007.
SEBRAE Serviço de Brasileiro Apoio às Micro e Pequenas (Org). Anuário do trabalho na micro e pequena empresa: 2013. 6. ed. Brasília: DIEESE, 2013.
_____. O Que Pensam As Micro E Pequenas Empresas Sobre Sustentabilidade. 2012. Disponível em:< http://www.sebrae.com.br/estudos-e-pesquisas>. Acesso em: 08 jun. 2014.
_____. Sobrevivência das empresas nos Brasil: Coleção Estudos e Pesquisas. 2013. 2. ed. Brasília: SEBRAE, 2013.
_____. Avaliação do Potencial de Inovação, Competitividade e Sustentabilidade de Micro e Pequenas Empresas: Relatório Final. Florianópolis: LCG, 2013.
_____. Inovação nos pequenos negócios. Brasília, DF: Sebrae, 2013. 80 p.
_____. Pesquisa sobre sustentabilidade: Relatório Final. Brasília, DF: Sebrae, 2013. 88 p.
SEIFFERT, M. E. B. Environmental impact evaluation using a cooperative model for implementing EMS (ISO 14001) in small and medium-sized enterprises. Journal of Cleaner Production, V.16, p. 1447-1461, Fev. 2008.
SENAI-RS. Implementação de Programas de Produção mais Limpa. Porto Alegre, Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI-RS/UNIDO/INEP, 2003.
SENGE, P. et al. Learning for Sustainability. Massachusetts: The Society for Organizational Learning, 2006.
SERVA, M. Contribuições para uma teoria organizacional brasileira. Revista de Administração Pública, v. 24, nº 2, p. 10-21, 1990.
SIENA, O. Método para avaliar desenvolvimento sustentável: técnicas para escolha e ponderação de aspectos e dimensões. Produção, v. 18, n. 2, p. 359-374, 2008.
SILVA, A. B. A vivência de conflitos entre a prática gerencial e as relações em família. 2005. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis.
SILVA, A. B.; PEREIRA, A. A. Fatores de influência na gestão das empresas de pequeno e médio porte da grande Florianópolis/SC. In: XXVIII Encontro da ANPAD, 2004, Curitiba. Anais... Curitiba: ANPAD, 2004.
SILVA, G. E. do N e. Direito ambiental internacional: meio ambiente, desenvolvimento sustentável e os desafios da nova ordem mundial. 2 ed. Rio de Janeiro: Thex, 2002.
![Page 108: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/108.jpg)
96
SILVA, A. W. L; SELIG, P. M.; MORALES, A. B. T. Indicadores de Sustentabilidade em Processos de Avaliação Ambiental Estratégica. Ambiente & Sociedade, v. 15, n. 3, p. 75-96, 2012.
SMERALDI, R. O novo manual de negócios sustentáveis. 1. Ed. São Paulo: Publifolha, 2009.
SPENCE, L. J. CSR and Small Business in a European Policy Context: The Five “C”s of CSR and Small Business Research Agenda 2007. Business and Society Review, V. 112, N. 4, p. 533–552, 2007.
STROBEL, J. S. Modelo para Mensuração da Sustentabilidade Corporativa através de Indicadores. 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis.
TEZZA, R.; BORNIA, A. C.; VEY, I. H. Sistemas de medição de desempenho: uma revisão e classificação da literatura. Gestão da Produção, v. 17, n. 1, p. 75-93, 2010.
TRÍAS DE BES, F.; KOTLER, P. A Bíblia da Inovação. São Paulo: Leya, 2011.
UNDP. Development Human Report 2000. UNDP, 2000. Disponível em: <http://www. undp.org.br/hdr/hdr2000>. Acessado em: 22 de abril 2013.
UNIDO/UNEP. Cleaner production assesment manual. Draft, 1995.
UN United Nations. Indicators of Sustainable Development: Guidelines and Methodologies. New York: United Nations, 2007.
VAN BELLEN, H. M. Indicadores de Sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
VEIGA, J. Indicadores de Sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 39-52, 2010.
WARD, B.; DUBOS, R. Only One Earth: The Care and Maintenance of a Small Planet. Nova Iorque: Norton Company, 1972.
WILLIAMSON, D., G. LYNCH-WOOD; J. RAMSAY. Drivers of Environmental behavior in Manufacturing SMEs and the Implications for CSR. Journal of Business Ethics, 67, 317-330. 2006.
WU, D. D.; OLSON, D. L.; BIRGE, J. R. Risk management in cleaner production. Journal of Cleaner Production, v. 53, p. 1-6, ago. 2013.
ZAMCOPÉ, F. C; ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S. R. Construção de um modelo para avaliação da sustentabilidade corporativa: um estudo de caso na indústria têxtil. Gestão da Produção, v. 19, n. 2, p. 303-321, 2012.
ZYLBERSZTAJN, D.; LINS, C. Org. Sustentabilidade e geração de valor: a transição para o século XXI. Rio de Janeio: Elsevier, 2010.
![Page 109: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/109.jpg)
97
APÊNDICE A - CRITÉRIOS E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
A empresa deve realizar o monitoramento da folha de pagamento visando o acompanhamento de um indicador importante para a tomada de decisão frente ao incremento ou redução da produtividade.
Qualitativo: Processo formalizado de contratação de funcionários. Qual a forma de contratação dos funcionários? Quantitativo: - % Custo da Folha de Pagamentos no último ano = Folha de Pagamento/Faturamento Bruto - No de funcionários.
STROBEL (2005) SIENA (2008)
IBGE (2001) CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012) IBQP; SEBRAE; FGV (2013) SEBRAE; DIEESE (2013)
Em função da alta tributação brasileira, as empresas devem estar atentas aos seus indicadores financeiros e verificarem junto aos profissionais da área contábil qual o melhor regime fiscal a ser adotado, no sentido de elaborar uma estratégia de atuação da empresa também nesse aspecto.
Qualitativo: Qual o regime fiscal adotado pela empresa? É considerado uma estratégia? É realizado fechamento annual contábil? Quantitativo: % Custo dos Tributos Totais no último ano = Tributos Totais/Faturamento Bruto
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) ETHOS (2013) DJSI (2014)
-
A partir da identificação da legislação aplicável ao negócio é fundamental que os quesitos voltados ao produto e as informações relevantes no contexto do mercado, além das exigidas, sejam divulgadas com transparência aos consumidores, garantindo uma relação de confiança e fidelização com os clientes.
Qualitativo: Algum produto da empresa está sujeito à lei ou regulamento que requeira a apresentação de informações ou alertas para o consumidor final quanto à sua composição ou modo de produção? Em caso positivo, a empresa garante a apresentação das informações ou alertas para o consumidor final? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos produtos com alerta na rotulagem = Faturamento produtos com alerta na rotulagem /Faturamento Total Bruto
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados Para identificar o real desempenho da empresa é fundamental que as finanças do proprietário estejam dissociadas do patrimônio jurídico. O planejamento empresarial é uma ferramenta aliada para que a pessoa física não seja prejudicada por dívidas da pessoa jurídica, por exemplo.
Qualitativo: A empresa possui separação clara entre os negócios do proprietário e os da organização? As atividades da empresa são controladas com base em padrões de execução definidos?
ETHOS; SEBRAE (2012) SEBRAE (2012)
A empresa deve mantar um histórico das receitas dos seus produtos e serviços, também denominado faturamento bruto. Tal indicador é possível mensurar por meio da contabilização dos valores totais emitidos e descritos nas notais fiscais efetivamente pagas. A receita ou faturamento bruto é um indicador relevante, pois por meio deste é possível calcular a relação com outros indicadores de desempenho da empresa.
Qualitativo: A empresa analisa o comportamento do volume de vendas, verificando situações de sazonalidade para fins de gestão? Quantitativo: Faturamento Bruto no último ano (R$)
FIGGE et al. (2002) CALLADO (2010) STROBEL (2005) BM&BOVESPA (2014)
IBGE (2001) CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012) IBQP; SEBRAE; FGV (2013)
O Lucro Operacional mostra a capacidade de geração de resultadosda empresa levando em consideração suas operações normais. O cálculo consiste no Faturamento Bruto descontando as Despesas Administrativas, Comerciais e Operacionais.
Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro operacional? Quantitativo: Lucro Operacional no último ano (R$)
STROBEL (2005) -
![Page 110: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/110.jpg)
98
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados O monitoramento do lucro líquido da empresa consiste em verificar o resultado final da mesma, ou seja, descontando os impostos e os demais custos relacionados com as despesas operacionais (tributos, folha de pagamentos, investimentos, financiamentos, entre outros).
Qualitativo: A empresa possui registros do seu lucro líquido? Quantitativo: Lucro Líquido no último ano (R$)
STROBEL (2005) CALLADO (2010) BM&BOVESPA (2014)
-
De acordo com o mercado em que está inserida, a MPE deve monitorar e buscar o incremento de sua lucratividade. Para isso, a empresa precisa monitorar os indicadores de Faturamento Bruto e Lucro Líquido.
Qualitativo: A empresa identifica a sua lucratividade? Quantitativo: % Lucratividade = Lucro Líquido/Faturamento Bruto (R$)
CALLADO (2010) -
Como há dificuldade de acesso à financiamentos pelas MPEs, os proprietários possuem dificuldades em perceber o nível de endividamento, pois este se aplica desde o parcelamento de compras com fornecedor até uso do cheque especial e cartão de crédito. Portanto, além de muitas vezes as finanças pessoais e empresariais se confundirem, o endividamento não é monitorado.
Qualitativo: A empresa possui financiamentos (capital de giro, cheque especial, cartão de crédito)? Quantitativo: % Endividamento = Passivo Exígivel/Ativo Total
CALLADO (2010) -
Em alguns setores o registro de patentes é mais comum que em outros, sendo que o intuito geralmente é o mesmo: garantir o título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade. No Brasil, o órgão responsável pela gestão dos depósitos de patentes é o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O processo contempla a reunião de documentação relativa ao invento com detalhes específicos sobre os procedimentos técnicos envolvidos para posterior exame. O INPI disponibiliza igualmente a "Opinião Preliminar sobre a Patenteabilidade", um processo mais ágil que fornece a opinião de um especialista sobre o seu pedido. Por meio do INPI é igualmente possível solicitar patentes internacionais.
Qualitativo: A empresa possui patentes registradas? O setor/tecnologia demanda o registro de patentes em suas inovações? Quantitativo: - No de patentes registradas.
STROBEL (2005) SEBRAE (2012)
O registro da produção deve ser algo rotineiro na organização em função do atendimento das demandas dos clientes. A partir do registro da produção é possível desdobrar outros indicadores para embasamento da tomada de decisão.
Qualitativo: A empresa possui registro da produção? Quantitativo: - Produção total no último ano (unidade do produto). - Produção média mensal no último ano (unidade do produto).
FIGGE et al. (2002) SEBRAE, 2012.
A empresa deve adotar um conceito de qualidade próprio e a partir deste monitorar produtos com defeito e retrabalhados. O registro de informações deste tipo geram ações não somente na produção, mas também repercutem na contabilização dos desperdícios de recursos.
Qualitativo: A empresa realiza controle dos produtos que apresentam defeito e/ou aqueles que necessitam de retrabalho? Quantitaivo: - Total de produtos defeituosos (unidade do produto) no último ano ou média mensal. - Total de produtos retrabalhados (unidade do produto) no último ano ou média mensal. - % Produtos defeituosos= Total de produtos defeituosos/Produção total - % Produtos retrabalhados= Total de produtos retrabalhados/Produção total
STROBEL (2005) CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
![Page 111: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/111.jpg)
99
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
Em consonância com o conceito de qualidade adotado pela empresa, os prazos de entrega devem ser definidos de acordo com os produtos e localidades dos clientes. As não conformidades devem ser registradas para que possam ser tomadas ações corretivas de imediato e ações preventivas nos procedimentos de logística.
Qualitativo: A empresa mede o prazo de entrega de seus produtos/serviços? Quantitativo: % Estimado de pedidos do produto atendidos dentro do prazo de entrega combinado, no último ano.
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005)
CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
As ferramentas de gestão da produção facilitam a tarefa de gerir os aspectos multifatoriais associados ao desenvolvimento de um produto, o Planejamento e Controle da Produção (PCP) por exemplo, é um método composto por funções técnicas que integra o planejamento da quantidade e do período da produção; a programação dos recursos necessários e o controle das não conformidades. O PCP ainda gerencia o leiaute mais efetivo da produção, assim como a designação da mão de obra. Existem softwares específicos de PCP e empresas que criam departamentos com essa nomenclatura para desempenhar essas atividades
Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão da produção (PCP, planilhas digitais, entre outros)?
STROBEL (2005) SEBRAE (2013a)
As ferramentas da qualidade (folhas de verificação, diagramas, histogramas, cartas de controle e gráficos) auxiliam a empresa a analisar os seus dados e identificar tendências em seus processos, relações de causa e efeito, entre outras informações capazes de incrementar o poder de decisão do proprietário-gestor.
Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão dos seus processos (ferramentas da qualidade)?
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005)
SEBRAE (2013b)
Os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) são geralmente implantados por empresas que possuem processos produtivos que demandam padronização pelo mercado. A certificação pela norma NBR ISO 9001:2008 é um requisito estratégico no âmbito comercial, o qual permite que a empresa exporte com maior facilidade e busque a internacionalização, pois garante o reconhecimento da padronização dos seus processos e replicabilidade.
Qualitativo: A empresa possui SGQ certificado? Em caso positivo, qual o escopo e a idade do SGQ?
FIGGE et al. (2002) CALLADO (2010)
-
As ferramentas de gestão financeira devem ser utilizadas de forma rotineira na empresa buscando controlar, analisar e planejar a situação financeira da empresa, tais como pagamento de financiamentos, novos investimentos, ou seja um embasamento consistente para a tomada de decisão. As planilhas digitais podem auxiliar a desenvolver fluxos de caixa simples ou métodos como custeio ABC que dividem as despesas pelos processos da empresa. Existem igualmente softwares detalhados com bancos de dados como os Sistemas Integrados de Administração Empresarial, conhecidos como ERP.
Qualitativo: A empresa utiliza alguma ferramenta de gestão financeira (fluxo de caixa, custeio abc, ERP, entre outras)?
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005) ETHOS (2013)
-
A empresa deve monitorar as suas despesas em relação à acidentes ou incidentes na área de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), visando agir corretivamente e de forma imediata no caso de uma emergência, além de buscar soluções preventivas que podem impactar em investimentos.
Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com a saúde e segurança dos funcionários rotineira e emergencial?
CALLADO (2010) ETHOS (2013) -
![Page 112: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/112.jpg)
100
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A empresa deve monitorar as suas despesas em relação aos impactos ambientais que gera, como multas e indenizações, planos de recuperação de áreas degradadas, entre outros. As informações financeiras são necessárias para avaliar o momento ideal de novos investimentos em quaisquer áreas, inclusive a ambiental. Recomenda-se que os impactos financeiros provenientes das mudanças climáticas sejam registrados, pois existem linhas de crédito específicas para essas situações e aquelas que apoiam projetos de desenvolvimento de tecnologias mais limpas.
Qualitativo: A empresa possui registro das despesas com os aspectos e impactos ambientais dos processos produtivos?
CALLADO (2010) GRI (2013) -
O conceito de qualidade proveniente da norma ISO 9001: 2008 contempla processos padronizados conforme às exigências legais e dos requisitos dos clientes. O monitoramento da satisfação dos clientes é fator prioritário na melhoria dos processos e desta forma dos produtos/serviços da empresa. É recomendado que o feedback dos clientes seja integrado às reuniões de análise crítica do desempenho da empresa. A opinião dos clientes pode ser coletada por meio de formulários específicos disponibilizados no website ou redes sociais, ou ainda por contato telefônico.
Qualitativo: A empresa monitora a satisfação dos clientes? Qual o método adotado? Possui metas quantitativas? Quantitativo: - Carteira de clientes; - Índice de Satisfação dos Clientes.
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) ETHOS; SEBRAE (2012) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
A empresa, de acordo com as característica de seus processos produtivos e recursos administrativos disponíveis, deve identificar requisitos para avaliação dos seus fornecedores. Geralmente, a avaliação dos fornecedores ocorre de maneira informal e não registrada, contudo esta é fundamental para evitar desperdícios e garantir que o fluxo produtivo e o resultado final não sejam afetados gerando prejuízos ao empresário.
Qualitativo: A empresa avalia os seus fornecedores? Quais os principais critérios avaliados (custo, tempo, qualidade, capacidade de fornecimento, responsabilidade socioambiental, riscos logísticos, entre outros)? Existem registros? Quantitativo: No total de fornecedores.
GRI (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados Alguns setores produtivos possuem benefícios e créditos fiscais para incentivo à produção. É importante que a empresa contabilize esse apoio e incremente seu faturamento durante o período de duração dos subsídios, subvenções para investimentos, pesquisa e desenvolvimento e outros tipos relevantes de concessões, ou até mesmo Prêmios.
Qualitativo: A empresa possui algum apoio no âmbito financeiro do Governo (Federal, Estadual ou Municipal)? De que forma (Incentivos Fiscais, Financiamento, entre outros)? Quantitativo: Valor monetário que o apoio representou no último ano (R$)
DELAI; TAKAHASHI (2008) GRI (2013)
SEBRAE (2013a)
A busca pela otimização dos gastos na cadeia de suprimentos é fundamental para que as MPEs permaneçam competitivas. Portanto, realizar um levantamento quantitativo dos gastos associados a cada material adquirido e seus fornecedores, bem como outras opções presentes no mercado, levando em consideração os aspectos de distância, transporte, qualidade, meio ambiente e responsabilidade social, entre outros relevantes, contribuem com a redução de custos. Definir o significado de fornecedor crítico também é recomendado, por exemplo, aqueles fornecedores de grandes volumes, os fornecedores de componentes espedíficos e raros, ou até mesmo fornecedores de materiais não substituíveis.
Qualitativo: A empresa realiza uma análise periódica de gastos da sua cadeia de suprimentos? A empresa possui fornecedores críticos? Quantitativo: - % dos Custos Totais da empresa = Custos totais da empresa/Faturamento Bruto; - % Custo dos Fornecedores no último ano = Aquisição de Fornecedores/Faturamento Bruto; - % Custo dos Fornecedores sobre os Custos Totais.
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) ETHOS; SEBRAE (2012) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014)
IBGE (2001) CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
![Page 113: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/113.jpg)
101
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
A empresa manter um histórico dos investimentos para assim verificar em quais áreas está priorizando seus recursos (produção, meio ambiente, saúde e segurança, entre outros), bem como os benefícios gerados.
Qualitativo: A empresa realizou investimentos no último ano? Qual a procedência do capital investido? Quantitativo: % Investimentos Totais no último ano = Investimentos Totais/Faturamento Bruto
STROBEL (2005) CNI; SEBRAE (2006)
A participação em eventos, principalmente aqueles voltados para à inovação no setor em que a empresa atua, promove a atualização da mesma em relação às tendências do mercado.
Qualitativo: A empresa participa de eventos/feiras? Quais? Quantitativo: No de eventos/feiras que a empresa participou no último ano.
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005)
SEBRAE (2013b)
Projetos cooperativos entre empresas são indicados em função de demandas/necessidades comuns entre as partes e recursos compartilhados o que facilita a execução e busca por uma solução. Caso a empresa não possua projetos cooperativos, recomenda-se iniciar pela análise dos resíduos gerados e a busca por uma empresa que possua em suas entradas a necessidade de uma material similar.
Qualitativo: A empresa possui projetos cooperativos com outras empresas para desenvolvimento de novos produtos ou processos? Quais os benefícios financeiros esperados (redução de custos; abertura de novo mercado, entre outros). Quantitativo: - No de projetos cooperativos realizados no último ano (em andamento). - Benefício financeiro (R$)/projeto.
STROBEL (2005) ETHOS (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2013b)
As Universidades e Centros de Pesquisas possuem demanda por estudos de caso em seus Programas de Pesquisa, bem como editais de apoio a projetos. O Programa de Subvenção Econômica da FINEP-Inovação e Pesquisa , por exemplo, consiste na aplicação de recursos públicos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) diretamente em empresas, para compartilhar com elas os custos e riscos inerentes a atividades de inovação e competitividades.
Qualitativo: A empresa possui parcerias com Universidades e Centros de Pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou processos? Quais os benefícios financeiros esperados (redução de custos; abertura de novo mercado, entre outros). Quantitativo: - No de parcerias realizadas no último ano (em andamento). - Benefício financeiro (R$)/projeto.
STROBEL (2005)
SEBRAE (2012) IBQP; SEBRAE; FGV (2013) SEBRAE (2013b)
A empresa deve incentivar aqueles que mais conhecem os seus processos, ou seja, seus funcionários, a pensarem sobre possíveis inovações a serem realizadas no processo produtivo, na gestão empresarial ou comercial, visando a redução de desperdícios ou o incremento de sua produtividade. Ferramentas simples como o brainstorming (tempestade de ideias), na qual em poucos minutos os participantes submetem sugestões variadas para uma determinada temática sem objeções, produz novas visões e aumento da autoestima principalmente das equipes de chão de fábrica.
Qualitativo: A empresa apoia iniciativas individuais dos seus funcionários para inovação de produtos e procedimentos produtivos? Em caso positivo, citar exemplos (redução de desperdício; novo maquinário com aumento de produtividade, entre outros). Quantitativo: - Benefício financeiro (R$)/projeto.
STROBEL (2005) -
A empresa deve monitorar os seus investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), visando adequações caso necessário, bem como análise da efetividade dos projetos desenvolvidos.
Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de P&D (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo: % Investimentos em P&D = Investimentos em P&D/Investimentos Totais
STROBEL (2005) CNI; SEBRAE (2006)
![Page 114: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/114.jpg)
102
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
A empresa deve monitorar os seus investimentos em Meio Ambiente (MA), visando adequações caso necessário, bem como análise da efetividade dos projetos desenvolvidos.
Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de MA (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo: % Investimentos em MA = Investimentos em Meio Ambiente/Investimentos Totais
CALLADO (2010) SEBRAE (2013b)
A empresa deve monitorar os seus investimentos em Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), visando adequações caso necessário, bem como análise da efetividade dos projetos desenvolvidos.
Qualitativo: A empresa realizou investimentos na área de SSO (pessoal, aquisição de equipamento, participação em eventos, entre outros)? Quantitativo:
CALLADO (2010) -
Os produtos e serviços da empresa não devem ter riscos associados ou causar danos à saúde e segurança pública, ou à segurança alimentar e nutricional da população. Assim, a empresa deve estar ciente da legislação aplicável ao seu negócio e realizar os testes inerentes aos seus produtos e serviços para que possam ser comercializados com os devidos registros, levando em consideração a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) dos produtos.
Qualitativo: O consumo ou a utilização normal de produtos ou serviços oferecidos pela empresa pode ocasionar riscos ou danos efetivos à saúde e segurança pública, ou à segurança alimentar e nutricional da população (dependência química ou psíquica; riscos ou danos à saúde e integridade física do consumidor ou de terceiros, entre outros)? Em caso positivo, existem metas para redução na fabricação desses produtos?
BM&FBOVESPA (2014) -
No decorrer do desenvolvimento, fabricação e comercialização de produtos a empresa deve estar atenta aos potenciais riscos de segurança e/ou sanidade relacionados com os seus produtos. Métodos como a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) podem auxiliar na avaliação dos impactos potenciais associados as fases de um produto, processo ou serviço, desde a extração de matérias-primas, passando pelas etapas de transporte, produção, distribuição, utilização, até sua destinação final, ou seja, reciclagem ou descarte. É importante que esses aspectos não sejam negligenciados, pois podem gerar impactos financeiros relevantes para a empresa.
Qualitativo: A empresa mantém registro de informação quanto a potenciais riscos de segurança ou sanidade que os produtos e serviços que oferece possam trazer aos seus consumidores, à saúde pública e/ou ao meio ambiente, decorrentes de seu consumo ou utilização normal, formulação, componentes e/ou processos de produção? Algum dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa já foram objeto de questionamento ou estudo sobre riscos potenciais?
STROBEL (2005) GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados Cada empresa deve analisar a viabilidade da oferta de serviços pós-venda e os aspectos a serem considerados na decisão pelo formatos dos mesmos, como características técnicas do produto, métodos adotados pelos concorrentes, perfil dos consumidores, investimentos para a implantação dos serviços e alinhamento com a estratégia da empresa. O pós-venda é uma ferramenta de gestão que fortalece a imagem da empresa e geralmente auxilia na fidelização dos clientes, exemplos de serviços nesta área são assistência técnica; serviço de atendimento ao cliente (SAC); treinamentos para utilização de produtos específicos, entre outros.
Qualitativo: A empresa possui serviços pós-venda atrelados aos seus produtos? Após a implantação dos serviços pós-venda houve incremento na satisfação e retenção de clientes?
FIGGE et al. (2002) ETHOS; SEBRAE (2012)
-
![Page 115: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/115.jpg)
103
(continuação) Categoria/Dimensão Econômica da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados As mudanças climáticas possuem causas naturais, porém, estão se intensificando mediante à emissão intensiva de gases de efeito estufa (GEE) a partir das atividades humanas em especial a queima de combustíveis derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural para executar atividades industriais, transporte, geração de energia e produção de alimentos. Já existem novas tecnologias que utilizam matrizes energéticas que agravam menos a problemática das mudanças climáticas, portanto, considerando o princípio da corresponsabilidade no caso da empresa produzir ou comercializar combustíveis fósseis é recomendado que esta desenvolva metas para substituir seus produtos e mercado, visando a perenidade do seu negócio.
Qualitativo: A empresa produz ou comercializa combustíveis fósseis cuja queima contribui para o agravamento das mudanças climáticas? Possui metas para substituição dos referidos produtos por alternativas de menor impacto sobre as mudanças climáticas? Quantitativo: % Faturamento proveniente dos combustíveis fósseis = Faturamento combustíveis fósseis /Faturamento Total Bruto
BM&FBOVESPA (2014) -
Esta questão busca compreender se a companhia mantém um plano de contingência que tenha como objetivo descrever as medidas a serem tomadas por uma empresa para fazer com que seus processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável, o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos à companhia, como a fuga de acionistas, grandes perdas de receita, sanções governamentais, problemas jurídicos para os dirigentes, abordagens maliciosas da imprensa, fuga de funcionários para os concorrentes e até mesmo, em casos extremos, o fechamento da empresa.
Qualitativo: A empresa possui um plano de contingência que contemple ações testadas sobre, por exemplo, desastres naturais (enchente), impactos ambientais, impactos sociais, impactos em infraestrutura/operacionais, entre outros? Possui seguro da empresa?
BM&FBOVESPA (2014) -
Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
A empresa deve estar em consonância com a legislação (Lei e Decreto Anticorrupção) e ser proativa por meio de sua conduta em assuntos como corrupção e suborno, confidencialidade de informações, concorrência desleal, lavagem de dinheiro, abuso de informação privilegiada, meio ambiente e saúde e segurança no que tange a atuação frente as suas partes interessadas.
Qualitativo: A empresa possui um código de ética/conduta ou política anticorrupção divulgada aos seus funcionários e fornecedores? Quais mecanismos a empresa utiliza para que a conduta anticorrupção seja seguida (responsabilidades bem definidas, política de tolerância zero, entre outros) e assim quaisquer pagamentos ou recebimentos irregulares que tenham como objetivo facilitar negócios, influenciar decisões em benefício da empresa ou induzir pessoas a conceder permissões indevidas sejam coibidos/proibidos? Quantitativo: No de processos em que a empresa está envolvida por questões éticas (último ano).
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) GRI (2013) DJSI (2014) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2013a)
![Page 116: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/116.jpg)
104
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A conduta ética de uma empresa inicia-se no compromisso com o atendimento à legislação. Em função dos recursos necessários para que essa meta seja alcançada, recomenda-se que inicialmente a empresa identifique os requisitos legais aplicáveis a todas as operações do seu negócio no âmbito municipal, estadual e federal. A partir dessas informações é possível elaborar planos de ação para buscar o cumprimento dos requisitos em períodos adequados para o caixa da empresa. Na área ambiental, os órgãos fiscalizadores costumam adotar Termos de Ajuste de Conduta para formalizar tais planos de ação.
Qualitativo: A empresa identifica a legislação aplicável ao funcionamento amplo e irrestrito do seu negócio? A empresa conhece o seu grau de atendimento em relação à legislação aplicável? Possui registros de atualização de novas leis e metas de atendimento da legislação vigente? Quantitativo: % atendimento da legislação aplicável.
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005) ETHOS (2013)
SEBRAE (2013a)
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e consumo é crescente. Considerando a nomenclatura do Sebrae para classificação de porte, até 99 funcionários para a indústria e até 49 funcionários para serviço a empresa é classificada como de pequeno porte. A Lei nº 8.213/1991, em princípio não se aplica para MPEs, pois contempla que a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, contudo a inclusão de pessoas com deficiência é uma prática de responsabilidade social que deve ser incentivada pela empresa.
Qualitativo: As dependências da empresa contam com recursos para facilitar o deslocamento e a convivência de pessoas com deficiência motora, auditiva ou visual (ABNT NBR 9050:2004)?
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
Os Sindicatos são entidades formalizadas pela CLT, representativos de categorias econômicas, profissionais e das próprias empresas. As empresas devem garantir a liberdade de associação dos seus funcionários e sempre que convocadas, não podem recusar-se à negociação coletiva. Como forma de demonstrar respeito ao indivíduo e transparência em suas relações com o público interno a empresa deve permitir que representantes sindicais compareçam à empresa para discutir questões referentes aos interesses dos funcionários.
Qualitativo: Com quais sindicatos a empresa mantém contato? Qual canal de comunicação geralmente é utilizado? São realizadas reuniões sindicais na empresa? A empresa é associada a alguma associação?
FIGGE et al. (2002) ETHOS; SEBRAE (2012) DJSI (2014)
IBQP; SEBRAE; FGV(2013)
A empresa como parte integrante da comunidade em que está inserida deve defender os interesses da sociedade ao participar do desenvolvimeto de políticas públicas. Regularmente, a empresa deve participar de iniciativas do poder público, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Em caso de contribuição para candidatos a cargos públicos e/ou partidos políticos, a empresa deve estar atenta à legislação vigente (tramitação no Senado e Câmara de vedação de doações por pessoa jurídica) e principalmente à Ficha Limpa do candidato em questão. A transparência no processo é fundamental para que a sociedade reconheça a legitimidade da participação empresarial.
Qualitativo: A empresa é criteriosa sobre o seu envolvimento em campanhas políticas? A empresa informa seus empregados sobre a importância de participar das administrações públicas?
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
![Page 117: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/117.jpg)
105
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados No processo de seleção e contratação a empresa deve tentar empregar o maior número possível de moradores do local em que está inserida, contribuindo com formação profissional, trabalho e renda na comunidade local. Os critérios das vagas devem ser objetivos e divulgados na região de entorno da empresa, além de recrutadoras e canais online. É importante igualmente que os contratos para formalização da relação dos funcionários com a empresa estejam atualizados e de acordo com a legislação vigente (Contabilidade e Jurídico).
Qualitativo: Na contratação de funcionários, a empresa divulga os critérios objetivos que vai utilizar na seleção dos candidatos? A empresa possui contratos de trabalho atualizados? Quantitativo: -% Funcionários Locais = No de funcionários residentes na comunidade local/Total de funcionários. - No de novas contratações no último ano por faixa etária, gênero e região.
CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) GRI (2013) DJSI (2014)
-
A empresa deve respeitar as horas da jornada de trabalho dos funcionários, comunicando a necessidade de realização de horas extras com antecedência e respeitando a sua disponibilidade. De acordo com o artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregador não poderá exigir do funcionário mais de duas horas extras por dia, ou seja, não é permitido exceder 25% da jornada de trabalho usual do funcionário. As horas extras devem ser analisadas com cautela pois podem indicar planejamento defasado dos recursos, já que custam mais e ainda sobrecarregam os funcionários, reduzindo a produtividade.
Qualitativo: A empresa possui políticas estabelecidas e divulgadas para a realização de horas extras ou a aplicação do banco de horas? Quantitativo: - Média de horas extras realizadas por mês por funcionário no último ano.
ETHOS (2013) -
A empresa deve manter todos os documentos legais relativos a Saúde e Segurança do Trabalho (SST) atualizados e completos (Relatórios de Saúde Ocupacional, Análise de Riscos Ambientais, Relatórios de Incidentes e Acidentes, entre outros), além de atender às exigências das Normas Regulamentadoras (NRs), elaborando um plano de ação para garantir o seu cumprimento, especialmente no que se refere a emergências e riscos de incêndio. Caso aplicável, a empresa deve designar um responsável para gerenciar o assunto ou manter um comitê de prevenção de acidentes (Quadro II da NR 4 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE).
Qualitativo: A empresa disponibiliza Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva para os funcionários (EPIs e EPCs)? Possui registros? Possui os documentos legais de SST atualizados para o número adequado de funcionários e funções designadas? Possui Plano de Ação para as lacunas de cumprimento na legislação de SST?
ETHOS (2013) SEBRAE (2013a)
A empresa deve investigar a ocorrência de acidentes de trabalho na empresa, principalmente as causas para que a partir dos esclarecimentos possam ser tomadas as medidas corretivas e preventivas mais adequadas. A empresa deve prestar assistência integral, considerando a responsabildiade social e legal da mesma para as vítimas e seus familiares. Todos os registros dos acidentes devem ser arquivados para possíveis processos jurídicos futuros.
Qualitativo: A empresa registra os tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, discriminados por idade e gênero? A empresa possui registros sobre funcionários com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação? Quantitativo: -No de acidentes (lesões, doenças, perdas materiais, entre outros) no último ano. - No de incidentes (ausência de lesões ou perdas) no último. - No de acidentes fatais no último ano.
CALLADO (2010) GRI (2013) DJSI (2014)
CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
![Page 118: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/118.jpg)
106
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A empresa, apesar de possuir compromissos não formalizados, deve registrar as diretrizes de atuação do seu negócio. Estas devem ser descritas brevemente segundo o escopo das atividades da empresa. Recomenda-se que a política contenha o repúdio a qualquer forma de discriminação motivada por etnia, gênero, orientação sexual/identidade de gênero, aparência, religião ou opinião. Compromissos com o respeito aos direitos humanos como o combate ao trabalho infantil e forçado, assédio sexual e moral; promoção da saúde e segurança dos funcionários; e ainda a prevenção da poluição e apoio ao desenvolvimento das comunidades locais são importantes. As ações práticas da empresa devem estar em consonância com a política, sendo que esta deve ser divulgada às partes interessadas servindo como instrumento de sensibilização, comunicação e publicidade.
Qualitativo: A empresa possui uma política de atuação que contemple compromissos com o desenvolvimento sustentável; direitos humanos e valorização da diversidade isenta de práticas discriminatórias em relação a gênero, raça, orientação sexual, idade, crenças religiosas ou políticas e deficiências físicas; saúde, segurança e educação dos funcionários com repúdio ao trabalho infantil e forçado; cidadania, envolvimento e valorização da comunidade? Como a política é divulgada (website, mural da empresa, propostas comerciais, entre outras)?
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) SIENA (2008) ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014) DJSI (2014)
-
A empresa deve garantir oportunidades iguais entre todos os seus funcionários. Desde o processo de recrutamento e seleção, o qual deve ser isento de quaisquer artifícios que possam discriminar gênero, etnia, orientação sexual, religião, egressos prisionais, entre outros. Após contratados, os funcionários devem receber possibilidade de crescimento de acordo com seus desempenhos, assim como a empresa deve garantir a sensibilização da sua força de trabalho sobre temáticas anti-discriminação dentro e fora da empresa (acessibilidade as pessoas deficientes, valorização dos povos indígenas e tradicionais, divisão das tarefas domésticas, paternidade responsável, entre outros temas diversos de acordo com a realidade da empresa).
Qualitativo: O processo de recrutamento e seleção da empresa eliminou quaisquer ações contrárias à promoção da diversidade? A empresa garante oportunidades salariais e de desenvolvimentos iguais para mulheres, negros, pessoas com deficiência, egressos do sistema prisional, entre outros? Quantitativo: - Razão matemática do salário/remuneração entre mulheres e homens exercendo a mesma função - Razão matemática do salário/remuneração entre negros, pardos e brancos exercendo a mesma função.
STROBEL (2005) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2013a)
A dedicação da empresa a responsabilidade social empresarial deve estar alinhada a uma estrutura de administração formalizada que possua controles internos e externos com monitoramento de indicadores socioambientais, ou seja, deve ser reconhecida formalmente pelos adiministradores e sócios-proprietários. A empresa deve realizar o acompanhamento da sua gestão e resultados associados.
Qualitativo: A empresa possui estrutura de administração formalizada (Organograma)? A empresa orienta sua tomada de decisão com base nos controles internos e externos?
ETHOS (2013) -
A empresa deve possuir política de remuneração transparente para que os funcionários conheçam os requisitos de promoção e aumento salarial. Para compor as remunerações é recomendado que a empresa leve em consideração o custo de vida local, a satisfação dos atuais funcionários, benefícios oferecidos (caso haja), negociações com sindicatos para a categoria e os reajustes do salários mínimo.
Qualitativo: A empresa verifica a satisfação dos funcionários com relação à remuneração e benefícios? Quais benefícios a empresa oferece (transporte, plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, opções de lazer, entre outros)? Possui prática de distribuição de lucros e resultados? Quantitativo: - Relação entre o menor salário da companhia e o salário mínimo vigente no último ano.
STROBEL (2005) ETHOS (2013) CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) GRI (2013) BM&FBOVESPA (2014)
IBGE (2001) SEBRAE; DIEESE, (2013)
![Page 119: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/119.jpg)
107
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados Devido a importância do código de ética/conduta ou política anticorrupção a empresa deve realizar a sensibilização prévia e posterior capacitação dos seus funcionários sobre as diretrizes de comportamento perante situações em que o documento se aplique. É interessante que os próprios funcionários participem das revisões do código, expondo os desafios que enfrentam diariamente. Uma prática recomendada é que a empresa identifique bons exemplos entre os funcionários e divulgue periodicamente.
Qualitativo: Os funcionários são comunicados e treinados sobre o conteúdo do código de conduta/ética? Os funcionários participam da elaboração e revisão do código de conduta/ética? Qualitativo: No de bons exemplos (divulgação periódica de comportamentos exemplares).
ETHOS (2013) GRI (2013) -
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) apresenta 30 artigos que incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre outros. A empresa, independente do seu porte, deve reconhecer que os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa. Portanto, é importante que o empresário e seus funcionários conheçam a DUDH e identifiquem se os processos produtivos do negócio afetam de alguma forma os direitos humanos. A empresa também não deve ser cúmplice de atos praticados contra os direitos humanos, ou seja, fornecendo ou adquirindo bens e serviços de fornecedores violadores da DUDH.
Qualitativo: empresa sensibiliza seus funcionários sobre a DUDH? Identifica violações reais e potenciais da DUDH em seu processo produtivo ou de seus fornecedores? Possui registros? Quantitativo: -% Pessoal treinado em DUDH = no funcionários treinados em DUDH / no total de funcionários; - No de violações da empresa no último ano; - No de violações de fornecedores no último ano.
STROBEL (2005) GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
De acordo com os recursos da empresa, esta deve incentivar o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus funcionários. A elaboração de um programa interno de treinamento contribui para o enfoques diversos de acordo com as necessidades, tais como capacitação de funções para os processos produtivos, erradicação do analfabetismo, desenvolvimento de lideranças para a sustentabilidade e saúde e segurança no trabalho. A empresa deve avaliar o impacto positivo dessas ações na empresa, desde redução de custos, aumento da produtividade, redução de acidentes de trabalho, motivação da força de trabalho, entre outros.
Qualitativo: A empresa oferece aos empregados treinamentos básicos para a realização de suas operações? A empresa investe em capacitação para o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários? Quantitativo: -No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano. - No de funcionários com Ensino Fundamental Completo. - No de funcionários com Ensino Médio Completo. - No de funcionários com Ensino Superior Completo. - No de funcionários com Pós-Graduação.
FIGGE et al. (2002) CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014)
CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012) SEBRAE; DIEESE (2013) SEBRAE (2013a)
A empresa deve incentivar um ambiente de trabalho livre de stress, com momentos de ginástica laboral, contribuindo para a qualidade de vida, produtividade, retenção e satisfação dos seus funcionários. É importante que a empresa possua formas de medir o índice de satisfação da sua força de trabalho, respeitando as necessidades pessoais no planejando do trabalho. Caixas de sugestões nos ambientes de trabalho são formas interessantes de coletar nos ideias e críticas construtivas.
Qualitativo: A empresa mede a satisfação dos funcionários? Como (caixa de sugestões, formulário padrão, entre outros)? Possui iniciativas para a qualidade de vida no trabalho (ginástica laboral, confraternizações, funcionário do mês)? Quantitativo: - Índice de satisfação dos funcionários no último ano. - No de críticas e sugestões dos funcionários no último ano.
FIGGE et al. (2002) STROBEL (2005) CALLADO (2010) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014) DJSI (2014)
SEBRAE (2013a)
![Page 120: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/120.jpg)
108
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A terceirização é uma tendência para a redução de custos, no entanto, consiste em um risco de processos trabalhistas para a empresa em função da corresponsabilidade associada à cadeia produtiva. Portanto, a terceirização só é permitida quando não houver subordinação hierárquica e geralmente na atividade-meio, pois na atividade-fim a identidade da empresa deve ser preservada.
Qualitativo: A empresa possui funcionários terceirizados? Para quais atividades? Foi realizada análise de viabilidade econômica e social? Quantitativo: - % funcionários terceirizados = funcionários terceirizados/total de funcionários da empresa
ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012)
A empresa deve avaliar a rotatividade dos funcionários em relação à média do mercado, mesmo que informalmente, buscando melhorar continuamente o seu processo de retenção de funcionários. Recomenda-se que a empresa possua políticas demissionais claras e sempre que haja a necessidade de demissões por contenção de despesas que sejam analisados indicadores socioeconômicos (idade, estado civil, número de dependentes, entre outros) para definir prioridades.
Qualitativo: A empresa avalia a rotatividade dos funcionários? Como? A empresa possui política demissional? Quais as diretrizes (respeito à licença maternidade/paternidade, motivo da dispensa, exame médico, entre outros)? Quantitativo: - Índice de rotatividade (turnover) dos funcionários no último ano. - No de licenças maternidade/paternidade retiradas no último ano.
STROBEL (2005) ETHOS (2013) GRI (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2012)
A empresa deve garantir um ambiente físico agradável e seguro, sensibilizando sempre que possível seus funcionários para um estilo de vida saudável, incentivando hábitos de higiene e saúde. A padronização dos uniformes, por exemplo, constitui um investimento inicial que produz uma identidade para os funcionários como uma única equipe. Críticas e sugestões devem ser coletadas periodicamente, visando a melhoria do espaço de trabalho.
Qualitativo: Como sua empresa garante uma gestão eficaz da saúde (uniformes, kits de higiene, manutenção dos banheiros e áreas comuns, entre outros)?
CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2013a)
Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados As partes interessadas de uma empresa são seus clientes, fornecedores, sócios, funcionários, governo, sociedade, concorrentes e outros. Ou seja, todos que estejam envolvidos, direta ou indiretamente com a existência da organização, podendo afetá-la ou ser afetados. Conhecer as suas partes interessadas e engajá-las no processo de aprendizagem da empresa é importante para identificar oportunidades de inovação e melhoria, coletar opiniões sobre novos produtos e serviços, além de orientações sobre a responsabilidade socioambiental da empresa.
Qualitativo: A empresa identifica suas principais partes interessadas (público interno, governo, sócios, ONGs, instituições financeiras, fornecedores, comunidade, entre outros? Como e quais são? Quantitativo: No de ações com as partes interessadas no último ano.
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013)
-
A empresa deve engajar as suas partes interessadas, para que de forma estratégica, as queixas e demandas da comunidade sejam identificadas, solucionadas e reduzam riscos negligenciados pela empresa. A consulta às partes interessadas em canais apropriados e o registro dessas ações promove segurança à empresa no desenvolvimento de novos produtos e serviços, ou seja, na expansão da própria empresa.
Qualitativo: A empresa mantém um canal de diálogo com a comunidade? Registra demandas e queixas por tipo (sociais e ambientais, por exemplo)? Comunica os resultados dos atendimentos? Como ocorre, mesmo que de maneira informal? Quantitativo: No de demandas/queixas da comunidade no último ano.
CALLADO (2010) ETHOS (2013) GRI (2013)
-
![Page 121: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/121.jpg)
109
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
No âmbito da responsabilidade social empresarial a empresa deve buscar sensibilizar as suas partes interessadas em relação a temas relevantes para a sociedade, estimulando mudanças de comportamento. Caso não tenha recursos para promover uma peça de comunicação, a empresa deve participar de ações que sensibilizem sobre o exercício da cidadania, importância do voto conscientel, respeito aos direitors humanos, entre outras temáticas sociais.
Qualitativo: A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre o exercício da cidadania, importância do voto conscientel, respeito aos direitos humanos, entre outras temáticas sociais? Qualitativo: - No de atividades que a empresa promoveu/participou no último ano. -No de participantes por evento no último ano.
CALLADO (2010) ETHOS (2013) -
A empresa, sempre que possível, deve apoiar instituições que buscam investir no crescimento e bem-estar da comunidade, contribuindo com causas alinhadas aos impactos gerados pelo seu negócio. Ao promover/participar de ações de cunho social, o empresário deve manter a postura transparente e ética, de acordo com os princípios estabelecidos em sua Política empresarial e incentivar os seus funcionários a desenvolver trabalhos voluntários e mutirões.
Qualitativo: A empresa contribui com alguma entidade beneficente? Ao optar por apoiar determinada entidade ou projeto, a empresa busca de algum modo conciliar seus interesses com os dessa entidade ou projeto? A empresa acredita que obteve benefícios para o negócio como resultado de sua atividade na comunidade de entorno? Quantitativo: - No de entidades ou projetos que apoia/apoiou na comunidade no último ano. - No de funcionários que faz/fez trabalhos voluntários no último ano.
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) DJSI (2014) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2013a)
Aprendiz é o jovem que estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando. A Lei nº 10.097/2000, em princípio não se aplica para MPEs, pois determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários cujas funções demandem formação profissional. Contudo, o Governo Federal lançou em 2014 o Pronatec Jovem Aprendiz que permite que as empresas que contam com somente um funcionário possam contratar o Jovem Aprendiz, sendo que o programa originalmente exigia um mínimo de sete funcionários. Este Programa de trabalho com jovens é considerado oficialmente o único no Brasil que combate o trabalho infantil em condições desumanas.
Qualitativo: A empresa participa do Programa Jovem Aprendiz (Pronatec Jovem Aprendiz)? Possui Aprendiz trabalhando atualmente na empresa?
ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
![Page 122: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/122.jpg)
110
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável
Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
De acordo com a DUDH a empresa deve tomar medidas para erradicar casos de trabalho infantil e trabalho forçado (compulsório ou análogo ao escravo). Inicialmente a empresa deve identificar se possui casos que se enquadrem nessas situações, levando em consideração que a Constituição Brasileira (Artigo 7, inciso XXXIII) determina a "proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos". A única exceção é dada aos aprendizes, que podem trabalhar a partir dos 14 anos. É importante ressaltar que a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) (Artigo 405, inciso II, § 2°), legislação da década de 40, contradiz a Constituição (1988) perimitindo que crianças e adolescentes trabalhem antes da idade permitida mediante autorizações judiciais quando a "ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos". Perante o Código Penal (Artigo 149) é crime submeter alguém as condições análogas a de escravo, o Brasil é também signatário de acordos e convenções internacionais (Convenções 29 e 105 da Organização Internacional do Trabalho - OIT) que tratam da proibição do uso de toda forma de trabalho forçado ou obrigatório como meio de coerção ou de educação política; castigo por expressão de opiniões políticas ou ideológicas; medida disciplinar no trabalho, punição por participação em greves; como medida de discriminação. A empresa deve eliminar/regularizar casos em suas operações, promover ambiente saudável para denúncias, principalmente em relação aos seus fornecedores. A empresa não deve ser corresponsável por negociar, ou seja, subsidiar empresas que utilizam mão de obra infantil ou trabalhadores em condições degradantes e privados de liberdade.
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para a efetiva erradicação do trabalho infantil e forçado? A empresa identifica fornecedores com risco de empregar mão de obra infantil ou praticar trabalho forçado? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo trabalho infantil ou forçado? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de reclamações por emprego de mão de obra infantil. - No de processos judiciais por emprego de mão de infantil. - No de reclamações por prática de trabalho forçado. - No de processos judiciais por prática de trabalho forçado.
GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
A empresa deve combater à exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual em suas operações. A DUDH garante em seus princípios o comportamento ético e o respeito pela dignidade de cada indivíduo. Portanto, a empresa deve eliminar comportamentos que possam violar tais princípios. De acordo com o Ministério do Trabalho (2010) o assédio moral e sexual no trabalho caracteriza-se pela exposição dos funcionários a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho. Geralmente essas práticas são evidenciadas em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração. Como responsabilidade social da empresa, esta deve atuar como canal de denúncia no caso de fornecedores com práticas nesse sentido. A continuidade de negócios com empresas que incentivam à exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual é considerada corresponsabilidade e negligencia da cadeia de valor.
Qualitativo: Quais as medidas tomadas para contribuir para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa identifica fornecedores com risco de práticas exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? A empresa possui reclamações registradas ou processos judiciais decorrentes de práticas envolvendo exploração sexual de crianças e adolescentes e o assédio moral ou sexual? Quantitativo: -No de fornecedores de risco no último ano. - No de denúncias por exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual já realizadas pela empresa. - No de reclamações sobre casos de exploração sexual de crianças e adolescentes e assédio moral ou sexual na empresa.
BM&FBOVESPA (2014) -
![Page 123: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/123.jpg)
111
(continuação) Categoria/Dimensão Social da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A empresa e os funcionários devem utilizar das contribuições sindicais e patronais para conhecer os benefícios que essas entidades fornecem, principalmente relacionados a situação do mercado, concorrentes e cursos de capacitação ou escolarização para funcionários. O intercâmbio de informações entre sindicatos, associações e o empresário deve auxiliar a compor novas estratégias para o negócio.
Qualitativo: A empresa busca e incorpora assuntos relacionados aos sindicatos ao traçar a sua estratégia? A empresa mantém parcerias como cursos de capacitação ou escolarização junto com sindicatos?
GRI (2013) ETHOS (2013)
IBQP; SEBRAE; FGV (2013)
Os Compromissos Voluntários consistem em iniciativas complementares as ações governamentais desenvolvidas por diversas partes interessadas em temas específicos. Tem como objetivo auxiliar na sensibilização e reforçar a implantação da sustentabilidade pelas empresas. O Pacto Global, por exemplo, é uma iniciativa desenvolvida pelo ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção refletidos em 10 princípios.
Qualitativo: A administração da empresa inspira sua gestão em algum compromisso ou iniciativa voluntária (Pacto Global, Carta da Terra, entre outros)?
ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
As comunicações (publicidade e propaganda) da empresa devem ser claras e transparentes, não havendo ocorrência de mal-entendido pelas partes interessadas. A empresa não deve utilizar propaganda que coloque pessoas em situações preconceituosas ou desrespeitosas e ainda assegurar que quaisquer peças voltadas ao público infanto-juvenil seja responsável. O material utilizado nas propagandas deve levar em consideração os impactos ambientais de sua divulgação.
Qualitativo: Como a empresa alinha princípios de responsabilidade social empresarial e sustentabilidade em suas comunicações? Alguma peça de comunicação da empresa já foi retirada de circulação por conteúdo inapropriado? Quantitativo: - No de campanhas ou peças publicitárias retiradas do ar ou recolhidas por pressão de organizações da sociedade civil organizada ou outras partes interessadas.
ETHOS (2013) SEBRAE (2013a)
![Page 124: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/124.jpg)
112
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados O licenciamento ambiental é um processo obrigatório para empresas que desempenham atividades consideradas potencialmente causadoras de degradação ambiental pelos órgãos ambientais. Cada Estado possui uma lista de atividades disponível no site do órgão ambiental que classifica as atividades de acordo com porte e potencial poluidor/degradador. A partir desta classificação é possível verificar qual Estudo Ambiental é necessário elaborar e apresentar para o órgão ambiental. A partir do protocolo do Estudo, o órgão ambiental vai analisar e possivelmente solicitar informações complementares para emitir a Licença Ambiental de Operação (LAO) nos casos dos empreendimentos já em operação e necessitando de conformidade ambiental. Novos empreendimentos realizam o mesmo procedimento, contudo solicitam a Licença Ambiental Prévia (LAP) a qual tem como objetivo garantir que o órgão ambiental está de acordo com a realização do empreendimento no local planejado. As empresas usualmente solicitam em paralelo a Licença Ambiental de Instalação (LAI), referente a construção efetiva do empreendimento. A operação posterior do negócio necessita igualmente da LAO. O empresário deve estar atento ao verso da Licença Ambiental, pois é ali que se encontram as Condicionantes, ou seja, exigências que o órgão ambiental impõe para que a empresa mantenha a Licença em vigor. Geralmente, as Condicionantes estão associadas à Relatórios Ambientais periódicos a serem protocolados no órgão ambiental sobre a destinação ambientalmente adequada de resíduos e tratamento de efluentes. Caso a atividade da empresa não esteja enquadrada na listagem citada, esta deve buscar no órgão ambiental a Declaração de Conformidade Ambiental (DCA) ou documento similar, o qual dispensa elaboração de Estudo.
Qualitativo: Qual a situação da empresa em relação ao licenciamento ambiental de suas instalações e processos? A empresa está situada em área de preservação permanente (APP) inserida em área urbana consolidada? Caso possua LAO, a empresa monitora o atendimento às condicionantes da licença? Quantitativo: Prazo para vencimento da validade da LAO.
ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2013a)
Em caso de não conformidade ambiental perante à legislação identificada em fiscalização por órgãos ambientais ou pela polícia ambiental, a empresa pode ser autuada ou até mesmo embargada (Lei de Crimes Ambientais - Lei No 9.605/1998). O instrumento utilizado para a regularização das empresas é o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) realizado usualmente com o Ministério Público Federal ou o Termo de Compromisso de Execução Extrajudicial (TCEE) com os órgãos ambientais. Estes documentos formalizam as pendências que as empresas devem cumprir para alcançar as lacunas no atendimento da legislação, as medidas mitigadoras que reduzem os impactos gerados ou ainda as medidas compensatórias em que é necessário buscar outra alternativa para compensar o efeito indesejado.
Qualitativo: A empresa recebeu alguma sanção administrativa de natureza ambiental (autuações, multas, processos judiciais, embargos)? Qual o contexto das não conformidades? A empresa possui algum TAC ou TCEE em andamento? Como está o cumprimento dos prazos e critérios estabelecidos? Quantitativo: - % de multas e embargos resultantes de não conformidades com leis e regulamentos ambientais em relação à receita bruta, no último ano.
GRI (2013) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012)
![Page 125: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/125.jpg)
113
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Legal Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A gestão dos recursos hídricos é considerada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para a Sustentabilidade (CEBDS) como o grande desafio da análise de riscos dos negócios, em função da escassez hídrica que tem acometido alguns pólos industriais do Brasil. Através do LAIA é possível identificar as atividades que mais consomem água e a respectiva qualidade necessária para garantir o bom desempenho do processo. Esta última característica está associada a fonte hídrica que a empresa extrai a água para consumo industrial. O uso da água já encontra-se regulamentado em alguns estados por um convênio entre a Agência Nacional da Água (ANA), órgão estadual competente e Comitês de Bacia Hidrográfica por meio da Outorga. A empresa deve monitorar o consumo de água buscando reduzir custos operacionais, pois a geração de efluentes está diretamente relacionado com o volume de água processado e não reutilizado.
Qualitativo: Quais são as fontes hídricas utilizadas para abastecer as atividades da empresa (captação direta de córregos/rios, concessionária de água, captação de água da chuva, águas subterrâneas, reutilização da Estação de Tratamento de Efluentes - ETE, entre outras)? A empresa possui outorga de uso de água? Os limites da outorga são suficientes para abastecer a produção? Quantitativo: -Total de retirada de água por fonte hídrica indicada no último ano.
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) CALLADO (2010) ETHOS (2013) DJSI (2014)
CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
A Convenção sobre a Diversidade Biológica foi estabelecida na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) realizada no Rio de Janeiro em 1992 (ECO-92). A Convenção possui três bases principais de atuação: a conservação da diversidade biológica; o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos. A empresa deve identificar se a operação direta e indireta do negócio atinge áreas de alto índice de biodiversidade (por exemplo, áreas protegidas como Unidades de Conservação). Em caso positivo, mapear os possíveis impactos ambientais gerados sobre a diversidade biológica causados por exemplo pelo descarte de resíduos, desmatamento, drenagem de água de nascentes, e outros. É importante que a empresa reconheça esta área por meio de identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats, pois outros agentes poluidores podem gerar impactos da mesma forma.
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge áreas de alto índice de biodiversidade? A empresa conhece os impactos gerados por suas atividades sobre a diversidade biológica? A empresa reconhece a área protegida e suas características únicas (identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats)?
DELAI; TAKAHASHI (2008) GRI (2013) ETHOS (2013)
-
![Page 126: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/126.jpg)
114
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Conformidade Normativa Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
Conforme mencionado na Dimensão Social, a empresa apesar de possuir compromissos não formalizados, deve registrar brevemente segundo o escopo das atividades da empresa os princípios em que suas iniciativas são baseadas, nesta Dimensão aplica-se a estratégia de atuação na temática ambiental. Recomenda-se que a conduta da empresa contenha compromissos com o princípio da precaução (quando há incerteza sobre os danos potenciais), prevenção da poluição (3Rs e 4Rs); atendimento à legislação ambiental, novos acordos e regras; avaliação de aspectos e impactos ambientais das operações (efluentes, emissões, resíduos); análise de risco sobre o efeito das mudanças climáticas; relacionamento com as partes interessadas; e, inserção em uma cadeia de valor sustentável. As ações práticas da empresa devem estar em consonância com os compromissos ambientais.
Qualitativo: A empresa possui uma declaração de compromissos sobre a estratégia ambiental de atuação da empresa (princípio da precaução (inserir breve significado), prevenção da poluição (3Rs e 4Rs); atendimento à legislação ambiental, novos acordos e regras; avaliação de aspectos e impactos ambientais das operações (efluentes, emissões, resíduos e biodiversidade); análise de risco sobre o efeito das mudanças climáticas; relacionamento com as partes interessadas; e, inserção em uma cadeia de valor sustentável)? A declaração é divulgada de que forma (website, mural da empresa, propostas comerciais,produto, entre outras)?
STROBEL (2005) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
Para elaborar uma declaração de compromissos coerente com o escopo de atuação do negócio, a empresa deve realizar o levantamento dos aspectos e impactos ambientais (LAIA) dos seus processos produtivos. O LAIA é realizado a partir do mapeamento das entradas (inputs) e saídas (outputs) de cada atividade desenvolvida pela empresa. Dessa forma é possível avaliar os efeitos do negócio sobre o ambiente e a comunidade. A empresa deve prevenir os efeitos possíveis, reduzir os demais, reutilizar os que não foram passíveis de redução, reciclar os que não foram reutilizados, tratar aqueles que não possuem tecnologias de reciclagem e finalmente dispor em aterros licenciados os dejetos dos processos. O monitoramento de indicadores de ecoeficiência permitem o acompanhamento das iniciativas implantadas e o embasamento da tomada de decisão do administrador e/ou proprietário.
Qualitativo: A empresa possui registro do mapeamento dos seus processos produtivos? A empresa realiza levantamento dos aspectos e impactos ambientais das suas atividades? A empresa elabora relatórios de medição na área ambiental? A empresa realiza monitoramento de indicadores de ecoeficiência? Quantitativo: - Consumo de água/unidade de produto - Consumo de matéria prima/unidade de produto - Consumo de energia/ unidade de produto - Geração de efluentes/unidade de produto - Geração de resíduos/unidade de produto - Geração de emissões atmosféricas/unidade de produto
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013) GRI (2013) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012)
![Page 127: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/127.jpg)
115
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A partir do LAIA das atividades do negócio é possível identificar quais são os processos mais críticos. Para a melhoria contínua da gestão ambiental da empresa a sensibilização para a temáticas relevantes é aliada na redução de desperdícios. O desenvolvimento de programas internos de fácil gerenciamento podem contribuir com resultados no consumo de materiais, por exemplo. Campanhas que as empresas geralmente realizam para iniciar projetos de educação ambiental nas empresas: priorizar a comunicação via email com a redução de impressões; eliminação dos copos descartáveis e produção de canecas personalizadas com a logomarca da empresa; redução do consumo de energia com lembretes para desligar aparelhos e interruptores após o expediente; dicas de consumo consciente de água, entre outros. A empresa liderando ações de sensibilização também influencia seus funcionários em seus ambientes familiares.
Qualitativo: A empresa realiza ações de sensibilização em temáticas ambientais com seus funcionários? A empresa capacita seus funcionários em relação aos impactos ambientais das suas atividades e as ações de prevenção/tratamento? Quantitativo: - No de ações de sensibilização realizadas no último ano. - No de horas de treinamento realizadas por funcionário no último ano.
CALLADO (2010) ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013)
-
As atividades da empresa que utilizam água devem ser constantemente monitoradas com o objetivo de incrementar a eficiência. Ações pontuais como a identificação rápida de vazamentos e o conserto imediato devem ser rotina, contudo, muitas vezes são ignoradas justamente pela priorização da atividade-fim gerando desperdícios ambientais e econômicos. Nas áreas comuns, como os sanitários, já existem tecnologias com preços acessíveis para reduzir o consumo de água, as torneiras com temporizadores foram bem aceitas pelo mercado.
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo de água nos processos/atividades da empresa? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de água contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$).
CALLADO (2010) GRI (2013) ETHOS (2013)
SEBRAE (2013a)
Para que a empresa alcance processos cada vez mais enxutos, esta deve continuamente estudar as características de cada atividade e dos insumos necessários para gerar os produtos de cada etapa com a qualidade esperada. A reutilização da água nos processos produtivos parte deste princípio. Ao analisar a água proveniente de fontes alternativas, como por exemplo captação de água da chuva, processamento interno de alguma atividade, efluente tratado da ETE, é possível direcionar volumes adequados para suprir processos que não necessitem de uso nobre, como é o caso da limpeza de pátios, descarga de vasos sanitários, manutenção de jardins, refrigeração ou aquecimento de processos, entre outros.
Qualitativo: A empresa reutiliza água no seu processo? Como funciona o processo de reutilização? Quantitativo: - Volume total de água reutilizada na empresa no último ano; - % de água reutilizada na empresa = total de água reutilizada/consumo total de água.
SIENA (2008) CALLADO (2010) GRI (2013)
-
![Page 128: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/128.jpg)
116
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados De acordo com as características do processamento de matérias primas e insumos da empresa os efluentes gerados devem ser tratados por uma estrutura de engenharia com projeto específico e responsável técnico, denominada Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Os efluentes gerados pela empresa devem ser analisados perante a legislação ambiental federal Resolução Conama No 357/2005, a qual estabelece os padrões para emissões de efluentes em corpos d`água. O tratamento dos efluentes incide em mobilização de recursos relativos à indicação de um funcionário responsável pelo monitoramento da eficiência do tratamento, aquisição e aplicação dos produtos químicos visando o alcance dos parâmetros indicados na legislação, além do próprio investimento inicial da implantação da ETE. Assim, nota-se a importância das ações para redução no consumo de água nos processos produtivos, pois impacta diretamente no custo de tratamento dos efluentes. De acordo com a tecnologia utilizada na ETE é gerado lodo prensado como subproduto sólido que deve ser encaminhado para Aterro Industrial Licenciado.
Qualitativo: A empresa realiza análises periódicas dos efluentes gerados em relação aos Parâmetros da Resolução Conama No 357/2005? A empresa possui ETE? Possui registros do monitoramento da eficiência da ETE? Qual o destino para o descarte dos efluentes tratados? Quantitativo: - Volume total de efluentes gerados no último ano. - Volume total de efluentes tratados no último ano; - Capacidade de tratamento da ETE.
STROBEL (2005) DELAI; TAKAHASHI (2008) SIENA (2008) GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012)
Com o incremento e a diversificação das atividades industriais, a emissão de poluentes para a atmosfera alcançou níveis alarmantes pois potencializou um fenômeno que ocorre naturalmente, o Efeito Estufa. Com as emissões dos denominados Gases do Efeito Estufa (GEE - dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarboneto, perfluocarboneto e hexofluor sufuroso) não regulamentadas, os raios solares que deveriam retornar a atmosfera ficam aprisionados e elevam as temperaturas, contribuindo com as Mudanças Climáticas. Em julho de 2002 o Brasil ratificou o Protocolo de Quioto, um acordo realizado em uma Conferência no Japão em 1997, em que foram definidas metas globais para redução das emissões de GEE. O engajamento do poder público é a base para ações de alcance territorial, contudo, o compromisso das empresas contribui com a sinergia do volume de negócios sendo geridos em prol da causa diariamente em todos os países. A principal fonte de emissão de GEE consiste na utilização de combustíveis fósseis ou fontes não renováveis (carvão, gasolina, diesel, gás natural e outros). A empresa deve identificar por meio do LAIA quais são os combustíveis utilizados em suas operações e elaborar um inventário das suas emissões. Através de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental é possível verificar opções para substituição.
Qualitativo: A empresa possui um mapeamento dos tipos de combustíveis fósseis ou não renováveis, como carvão, diesel, gasolina, gás natural e outros, que utiliza em seu processo produtivo e administrativo (comercial)? A empresa possui um mapeamento dos tipos de combustíveis renováveis, como por exemplo etanol, hidrogênio, biodiesel e outros, que utiliza em seu processo produtivo e administrativo (comercial)? Quantitativo: - Consumo de combustíveis fósseis por tipo no último ano. - Consumo de combustíveis renováveis por tipo no último ano.
DELAI; TAKAHASHI (2008) CALLADO (2010) ETHOS (2013) DJSI (2014) BM&FBOVESPA (2014)
CNI; SEBRAE (2006)
![Page 129: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/129.jpg)
117
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A partir do inventário das emissões atmosféricas do negócio a empresa deve estabelecer metas de redução. É recomendada a elaboração de um plano de ação com as oportunidades identificadas, tais como: ferramentais virtuais para realização de reuniões reduzindo o deslocamento de funcionários; incentivar o uso de combustível renovável nos veículos e equipamentos; implantar cronograma de manutenção preventiva/preditiva; programa de carona solidária entre os funcionários; priorizar fontes de energia renováveis (energia elétrica, solar, eólica); compensação por meio do plantio de árvores nativas e outras.
Qualitativo: A empresa possui metas para redução de emissões atmosféricas? Possui ações para evitar/reduzir/compensar emissões atmosféricas? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de combustíveis fósseis contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$).
STROBEL (2005) CALLADO (2010) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014) DJSI (2014)
-
Os efeitos das alterações do clima potencializadas pela emissão em excesso de poluentes na atmosfera são riscos a serem considerados para a sobrevivência dos negócios. A empresa deve estar ciente das alterações climáticas significativas que impactam a região ou o setor em que atua, identificando possíveis efeitos sobre as suas operações (consertos em infraestrutura, ausência de força de trabalho, atraso de matéria prima, e outros). Recomenda-se que os impactos financeiros provenientes das mudanças climáticas sejam registrados, pois existem linhas de crédito específicas para essas situações.
Qualitativo: A região ou setor em que a empresa atua já foi afetada pelas mudanças climáticas? Como? A empresa calcula as perdas causadas pelas mudanças climáticas? Quantitativo: - Gastos com efeitos das mudanças climáticas (consertos em infraestrutura, ausência de força de trabalho, atraso de matéria prima e outros) (R$).
ETHOS (2013) DJSI (2014) -
As mudanças climáticas e os efeitos históricos na região ou setor em que a empresa atua devem ser considerados na tomada de decisão dos administratores e sócio-proprietários em função do potencial de riscos de afetar negativamente os negócios. Por exemplo, nas empresas de foco agrícola a relação é facilmente identificada: perda de plantação por excesso ou falta de chuvas. Contudo, a ausência de chuvas pode impactar na geração de energia elétrica, diminuindo a disponibilidade e causando racionamento; ou ainda de forma mais agressiva a ocorrência de um Ciclone, como o brasileiro Catarina, que pode atingir a infraestrutura das empresas, ou seja, a vulnerabilidade de cada negócio deve ser mensurada e adaptada frente às alterações do clima.
Qualitativo: A empresa conhece as vulnerabilidades do seu negócio e do setor em que atua frente as alterações do clima? Considera essas informações para direcionar as suas tomadas de decisão sobre o rumo do negócio? Busca adaptar o negócio para enfrentar as mudanças do clima? Quantitativo: - Investimentos realizados para adaptação da empresa ($).
ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014) DJSI (2014)
-
No Brasil a matriz de energia disseminada em larga escala são as hidrelétricas em função da disponibilidade de rios para execução dos lagos artificiais necessários ao projeto das usinas. As empresas podem buscar diversificar suas fontes de energia de acordo com os custos operacionais associados e a natureza das fontes, sendo que as renováveis são as mais indicadas por serem sustentáveis em longo prazo e geralmente não emitirem GEE como ocorre na queima dos combustíveis fósseis.
Qualitativo: A empresa possui um mapeamento das fontes de energia do seu negócio (energia elétrica via concessionária, gerador à diesel, gerador à biomassa, entre outros)? A empresa realiza monitoramento do consumo da energia por tipo? Quantitativo: - Consumo de energia por tipo no último ano.
DELAI; TAKAHASHI (2008) SIENA (2008) CALLADO (2010) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2012)
![Page 130: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/130.jpg)
118
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A partir do LAIA das atividades do negócio é possível identificar quais são os processos que mais consomem energia. A verificação de alternativas tecnológicas para maquinários mais eficientes solicita estudos de viabilidade técnica e econômica, financiamentos e prazos para aquisição e instalação, contudo medidas práticas auxiliam em reduções no consumo energético: verificar a possibilidade de substituição de telhas tradicionais por telhas translúcidas incrementando a luminosidade durante o período diurno; substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas eficientes (LED); realizar manutenção preventiva; priorizar a aquisição de equipamentos com o Selo Procel A; ao construir ou reformar salas optar por janelas em direções opostas que promovam ventilação cruzada reduzindo a necessidade do ar condicionado; alterar layout para aproveitar características que possam reduzir o consumo de energia, como por exemplo, aproximar processos que necessitem de calor como entrada e outros que tenham calor como saída, reduzindo a necessidade de aquecimento e resfriamento.
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o consumo ou reutilizar a enegia nos processos/atividades do negócio? Quais? Quantitativo: - Redução no consumo de enegia contabilizada a partir de ações implantadas (R$).
GRI (2013) ETHOS (2013)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
A Lei 12.305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil garantindo um marco regulatório para a gestão adequada dos resíduos gerados por empresas e consumidores. Do ponto de vista econômico os resíduos são considerados materiais que não foram eficientemente processados pelas operações da empresa, ou seja, possuem o valor da matéria- prima e o custo do tratamento e disposição ambientalmente adequada de resíduos. Portanto, o setor de suprimentos é estratégico na gestão de resíduos de uma empresa, pois o processo se inicia na aquisição adequada dos materiais. A empresa não deve adquirir materiais perigosos, pois estes geram resíduos que dificultam as possibilidades de reutilização ou reciclagem, sendo encaminhados a aterros industriais licenciados a altos custos. A empresa deve priorizar a aquisição de materiais reciclados, estes geralmente possuem valores competitivos em comparação ao material virgem e ainda fomentam trabalho e renda. Outros materiais como madeira, devem vir acompanhados de certificado de origem, garantindo a responsabilidade da empresa em não incentivar o comércio ilegal.
Qualitativo: A empresa possui procedimento registrado de aquisição (características ambientais dos produtos: produtos certificados de origem, não perigosos e outros)? A empresa possui um mapeamento das matérias-primas do seu negócio (perigosas, não perigosas, e outras)? A empresa realiza monitoramento do consumo das matérias-primas por tipo? Quantitativo: - Consumo de matéria-prima por tipo no último ano; '- % de aproveitamento de matéria-prima em produto principal ( ou índice de perda); - % matéria-prima proveniente de reciclagem = total de material reciclado/ total de matéria-prima.
DELAI; TAKAHASHI (2008) ETHOS (2013) GRI (2013)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
![Page 131: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/131.jpg)
119
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A empresa deve realizar o levantamento qualitativo e quantitativo dos resíduos gerados nas operações do seu negócio. O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos incide diretamente na higiene e saúde dos funcionários, assim como o destino correto impede a contaminação de rios e solos. O inventário de resíduos contribui para que os administradores e sócios-proprietários identifiquem quais os processos críticos, ou seja, os que geram o maior desperdício de material, viabilizando ajustes de técnicas e preços. A empresa deve investir em contentores com volumes adequados de acordo com o tipo de resíduo e quantia gerada.
Qualitativo: A empresa possui um levantamento qualitativo e quantitativo da geração de resíduos sólidos dos processos/atividades do seu negócio? Quantitativo: - Volume/Peso total de resíduos gerados no último ano por tipo.
DELAI; TAKAHASHI (2008) CALLADO (2010) GRI (2013) ETHOS (2013) DJSI (2014) BM&FBOVESPA (2014)
SEBRAE (2012)
A ações iniciais para a gestão dos resíduos contemplam a redução de consumo de materiais nos processos produtivos e administrativos. Na produção, as matérias-primas identificadas devem ser analisadas de acordo com a eficiência do processamento nos maquinários utilizados, caso exista possibilidade de substituição para redução de custos operacionais e impactos ambientais, a oportunidade deve ser planejada e implantada. Nos processos administrativos ações rotineiras podem reduzir a geração de resíduos recicláveis, tais como normativas internas sobre impressão de materiais somente de acordo com a necessidade especificada, produção de canecas personalizadas com a logomarca da empresa em substituição aos copos plásticos; utilização de toalhas retornáveis nos sanitários ao invés de papel descartável, e outros. Os resíduos gerados devem ser separados por tipo em contentores específicos e identificados: recicláveis, orgânicos e industriais/perigosos. Aqueles resíduos que podem ser reutilizados no próprio processo produtivo da empresa são considerados subprodutos e retornam ao ciclo de produção. Os demais resíduos devem ser analisados sob a ótica de mercado para verificar se não existem outras empresas interessadas nestes como matéria-prima. A empresa deve garantir a transação por meio de cópias da nota fiscal de venda e da licença ambiental de operação do comprador. O mesmo procedimento ocorre quando a empresa vai destinar os rejeitos perigosos em aterro industrial, a empresa prestadora do serviço emite a nota fiscal e fornece cópia da licença de transporte e disposição dos resíduos. É válido ressaltar que a corresponsabilidade sobre os resíduos sólidos não se encerra com a disposição, apenas com a sua degradação completa.
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir a geração de resíduos nos processos/atividades do negócio? Quais? A empresa separa os resíduos por tipo em contentores específicos e identificados (coleta seletiva)? A empresa faz reúso de resíduos recolhidos na produção dentro do grau máximo permitido pelas regulamentações do seu setor? A empresa vende resíduos a empresas terceiras que os utilizam como insumos/matérias-primas em seus processos? Possui nota fiscal e licença ambiental das transações? A empresa realiza a destinação ambientalmente adequada dos resíduos não passíveis de comercialização? Possui nota fiscal e licença ambiental dos processos? Quantitativo: - Redução na geração de resíduos contabilizada a partir de ações implantadas (volume ou R$). - Receitas geradas pela venda de resíduos no último ano (R$). - Gastos com a destinação de resíduos no último ano (R$).
STROBEL (2005) CALLADO (2010) SIENA (2008) ETHOS (2013) GRI (2013) DJSI (2014)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
![Page 132: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/132.jpg)
120
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Gestão de Riscos, Eficiência e Produtividade Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A logística reversa é um dos instrumentos de desenvolvimento econômico e social da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e institui a coleta e restituição dos resíduos ao setor empresarial para reaproveitamento no ciclo produtivo ou destinação ambientalmente adequada. A Lei prevê a Logística Reversa gradual para as cadeias produtivas de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos. Recomenda-se que a empresa realize a Análise do Ciclo de Vida (ACV) dos seus produtos, verificando em especial os resíduos que são gerados a etapa pós-consumo e suas características. Implantar um sistema de logística reversa demanda altos investimentos em pontos de coleta, transporte, áreas de transbordo e processamento, portanto, as MPEs devem ser demandadas a participarem de iniciativas promovidas por empresas âncoras de cadeias produtivas mandatórias no processo de Logística Reversa. Contudo, é interessante que no serviço pós-venda de seus próprios negócios sejam indicadas cooperativas de catadores ou outras empresas de processamento de resíduos/partes usadas licenciadas e parceiras que possam receber os resíduos pós-consumo dos consumidores, os quais perante a lei compartilham a reponsabilidade sobre a gestão adequada.
Qualitativo: A empresa conhece as características da etapa pós-consumo dos seus produtos (ACV)? O produto, após sua utilização, pode ser reutilizado ou reaproveitado, pode ser desmontado para reciclagem e/ou reutilização? Gera resíduos perigosos? A empresa promove/participa de eventos ou iniciativas que buscam soluções para a logística reversa no seu setor de atuação? A empresa possui parceiros licenciados para destinar os resíduos dos seus produtos pós-consumo? Caso negativo, já identificou a necessidade de desenvolvê-los?
STROBEL (2005) CALLADO (2010) ETHOS (2013)
SEBRAE (2012) SEBRAE (2013a)
A empresa deve definir metas de redução de impactos e implementar ações que visem à mitigação dos efeitos negativos e da degradação de habitats naturais, em especial aqueles afetados pelas suas operações. Caso a empresa não gere impactos negativos sobre a biodiversidade, é interessante que seja atuante em iniciativas sobre a temática em função do alto valor dos recursos genéticos para a sociedade.
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na biodiversidade causado pelos seus processos/atividades? Quais? Quantitativo: - Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo (R$).
STROBEL GRI (2013) ETHOS (2013) BM&FBOVESPA (2014)
-
A ocorrência de acidentes ambientais deve ser investigada buscando identificar a causa principal. De acordo com a escala de impactos a empresa pode ser autuada pelo órgão ambiental competente além de elaborar e implantar plano de remediação ou recuperação de áreas. Por meio do mapeamento dos processos produtivos e da ferramenta de análise e gestão de riscos, a empresa deve elaborar um Plano de Atendimento à Emergências (PAE), em que são construídos cenários acidentais com detalhamentos das respostas imediatas para as situações de crise. O treinamento dos funcionários é fundamental para que um PAE seja bem sucedido.
Qualitativo: A empresa possui Plano de Atendimento à Emergências (PAE)? Possui registros de acidentes ambientais ocorridos na empresa? Em que processos? A empresa possui seguro para degradação ambiental decorrente de acidentes em suas operações? Quantitativo: - Total de gastos com acidentes ambientais e medidas de contenção de crise, discriminadas por tipo (R$).
CALLADO (2010) BM&FBOVESPA (2014)
-
![Page 133: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/133.jpg)
121
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados A empresa como parte integrante da comunidade deve buscar sensibilizar as suas partes interessadas sobre assuntos relevantes na temática ambiental, estimulando mudanças de comportamento. Caso não tenha recursos para promover uma peça de comunicação, a empresa deve participar de ações que sensibilizem sobre iniciativas que estejam associadas à medidas implantadas pela empresa para minimizar seus impactos ambientais, por exemplo, importância da mata ciliar, restinga e demais áreas de preservação permanente (APPs); mudanças climáticas; consumo consciente; combustíveis renováveis; logística reversa; entre outros temas de interesse mútuo.
Qualitativo: A empresa promove/participa de eventos para sensibilização das partes interessadas sobre temáticas ambientais? Quantitativo: - No de atividades que a empresa promoveu/participou no último ano. -No de participantes por evento no último ano.
ETHOS; SEBRAE (2012) ETHOS (2013)
SEBRAE (2013a)
Como parte integrante da sociedade a empresa deve demonstrar sua responsabilidade socioambiental disseminando aos seus fornecedores, serviços de apoio e clientes os critérios utilizados na fabricação de seus produtos e principalmente na redução de seus impactos ambientais. As emissões atmosféricas estão diretamente relacionadas com os processos de logística e transporte que envolvem a cadeia de suprimentos e distribuição, portanto, recomenda-se ações conjuntas para a contabilização da "pegada de carbono" das operações compartilhadas e formas de reduzir tal impacto.
Qualitativo: Como a empresa considera as emissões de GEE para as operações compartilhadas de fornecedores, clientes e serviços de apoio? Possui iniciativas conjuntas?
ETHOS (2013) GRI (2013) DJSI (2014)
-
A partir da Conferência em que o Protocolo de Quioto foi reconhecido mundialmente, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) foi formalizado. A proposta do MDL consiste em que cada tonelada de dióxido de carbono deixada de ser emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento poderá ser negociada no mercado mundial. As empresas dos países desenvolvidos que não conseguirem reduzir suas emissões poderão comprar Certificados de Emissões Reduzidas (CER) em países em desenvolvimento e usá-los para cumprir suas obrigações. Em contrapartida, os países em desenvolvimento deverão utilizar o MDL para promover o desenvolvimento sustentável. Neste enfoque, é recomendado que as empresas desenvolvam seus produtos observando características relevantes para as demandas ambientais. Entre os exemplos de projetos/produtos que podem contribuir com a redução de emissões: equipamentos que utilizem fontes renováveis de energia; instrumentos que incrementem a eficiência e conservação de energia; apoio ao reflorestamento e estabelecimento de novas florestas; usinas de biomassa; tecnologias de captura de gás em aterros sanitários, e outros.
Qualitativo: O uso dos produtos e serviços da empresa permite evitar emissões por terceira parte?
ETHOS (2013) DJSI (2014) -
![Page 134: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/134.jpg)
122
(continuação) Categoria/Dimensão Ambiental da Sustentabilidade Subcategoria/ Estágio da Estratégia Sustentável da Produção Negócio Sustentável Critérios Indicadores Bases Teóricas Bases de Dados
O processo de desenvolvimento de novos produtos deve contar com requisitos ambientais além das demandas usuais do mercado. A incorporação de aspectos ambientais, mesmo aqueles não contemplados na legislação, representa que a empresa está alinhada com a tendências em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, buscando uma relação mais saudável de consumo e uso sustentável com seus consumidores.
Qualitativo: A empresa contempla requisitos ambientais no processo de desenvolvimentos de novos produtos (bens ou serviços), processos ou empreendimentos? Quais ações a empresa já adotou em relação ao consumo/uso sustentável dos seus produtos/serviços? Quantitativo: - Total de investimentos em ações para consumo/uso sustentável de produtos/serviços (R$). - Número de novos produtos desenvolvidos nos últimos 5 anos.
STROBEL (2005) CALLADO (2010) BM&FBOVESPA (2014)
CNI; SEBRAE (2006) SEBRAE (2012)
Os impactos no meio ambiente também afetam a comunidade do entorno das empresas. Emissões como material particulado (poeira), ruídos, odores e outros, são notadamente indicadores de efeitos negativos sobre a vizinhança. Com a ausência de regulamentação sobre a expansão imobiliária mesmo as empresas do setor industrial que estão situadas em zoneamento exclusivo possuem comunidades irregulares em suas divisas. Portanto, a empresa deve monitorar os impactos de sua atuação e prol da saúde da comunidade.
Qualitativo: A empresa identifica se a operação direta e indireta do negócio atinge comunidades? Quais os impactos ambientais e sociais mapeados? Possui canal para receber as reclamações da comunidade (telefone, website, entre outros)? Quantitativo: - No de reclamações registradas sobre os efeitos indesejados dos processos sobre a comunidade no último ano.
ETHOS (2013) -
A empresa deve definir metas para a implantação de projetos de acordo com as demandas da comunidade do entorno com relação aos aspectos da poluição gerada. A comunidade é parte interessada da empresa, por esta razão o seu engajamento é fundamental no planejamento da estratégia de atuação da empresa. O bom relacionamento com a comunidade vai garantir pontos de vista relevantes sobre o desenvolvimento local e a atuação da empresa neste panorama.
Qualitativo: A empresa possui procedimento ou ações para reduzir o impacto na comunidade do entorno causado pelos seus processos/atividades? Quais? Quantitativo: - Total de investimentos e gastos com ações para redução nos impactos perante a comunidade, discriminado por tipo (R$).
GRI (2013) ETHOS (2013) SEBRAE (2013a)
Fonte: Elaborado pela Autora (2015).
![Page 135: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/135.jpg)
123
ANEXO A - MÉTODOS PARA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
BALANCED SCORECARD DA SUSTENTABILIDADE DE FIGGE ET AL. (2002). Categorias genéricas para formulação de indicadores no BSC da Sustentabilidade Indicadores de Resultados
Perspectiva Financeira
Perspectiva do Cliente
Perspectiva dos Processos Internos
Perspectiva da Aprendizagem e Crescimento
Perspectiva Não Mercadológica
Crescimento da receita Market share Inovação Retenção de funcionários Liberdade de Ação
Crescimento da produtividade
Conquista de clientes Operações Produtividade dos
funcionários Legitimidade
Utilização dos recursos
Retenção dos clientes
Serviços pós-venda Satisfação dos funcionários Legalidade Satisfação dos
clientes Lucratividade com os clientes
Indicadores de Tendência
Perspectiva Financeira
Perspectiva do Cliente
Perspectiva dos Processos Internos
Perspectiva da Aprendizagem e Crescimento
Perspectiva Não Mercadológica
-
Atributos do produto Indicadores de custo Potencial dos funcionários Indicadores das outras
perspectivas que sejam adequados
Relacionamento com o cliente
Indicadores de Qualidade Infraestrutura técnica
Imagem e reputação Indicadores de tempo Ambiente para ação
Fonte: Adaptado de Figge et al. (2002).
_________________________________________________________________________________
TEMAS, VARIÁVEIS E INDICADORES DO MÉTODO DE STROBEL (2005). Dimensão Ambiental Variável Tema Indicadores
Estratégia Ambiental Estratégia Ambiental
Existência de estratégia ambiental Divulgação da Política Ambiental da empresa Marketing ambiental Atendimento à legislação Prevenção da poluição Projetos de preservação ambiental na comunidade Utilização de tecnologias limpas Projeto de produto voltado ao meio ambiente
Legislação Ambiental Legislação Ambiental Grau de atendimento à legislação ambiental
Ferramentas de Gestão Ambiental
Ferramentas de Gestão Ambiental
Projeto de produto voltado ao MA (ecodesign) Sistema de Gestão Ambiental ISO14000 Controle de processos ambientais Análise do Ciclo de Vida dos Produtos
Emissões, Efluentes e Resíduos
Emissões, Efluentes e Resíduos Eficiência do tratamento de Emissões, Efluentes e Resíduos
Consumo de água e energia
Consumo de água e energia
Consumo de energia por volume de produto fabricado Consumo de água por volume de produto fabricado
Projetos de preservação ambiental
Projetos de preservação ambiental Participação em projetos de preservação ambiental
Dimensão Social Variável Tema Indicadores
Estratégia Social Estratégia Social
Existência de estratégia social Divulgação da Política Social da empresa Observação aos princípios da OIT Atendimento à legislação Divulgação de valores da empresa Direitos Humanos, incl. exigências fornecedores
Emprego
Índice de satisfação dos funcionários Acompanhamento do índice de satisfação dos funcionários
Rotatividade dos funcionários Rotatividade dos funcionários em relação à média de mercado
Salário Relação entre o menor salário e o salário médio da empresa Relação entre o salário médio da empresa e o salário médio do setor
![Page 136: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/136.jpg)
124
Dimensão Social Variável Tema Indicadores
Emprego Benefícios
Transporte de funcionários Alimentação Auxílio-educação Financiamento da casa própria Assistência médica/odontológica Planos de previdência privada Treinamento Participação nos lucros Programa de bonificação (remuneração variável por atingimento de metas)
Capacitação Profissional
Capacitação e atualização profissional
Participação em cursos e congressos de maior importância Bolsas de estudo como estímulo à eficiência Rotatividade de funções Programa interno de treinamento Sistema formal de gestão do conhecimento
Sociedade
Valorização da diversidade
Política para a liberdade de associação (sindicatos) Programa para contratação de pessoas com deficiência. Política para a contratação de indivíduos com mais de 45 anos ou desempregados há mais de 2 anos. Políticas explícitas de não-discriminação na admissão/promoção de funcionários. Políticas de eqüidade na participação de homens e mulheres em cargos gerenciais Salários/benefícios idênticos a negros, pardos e brancos exercendo a mesma função Salários/benefícios idênticos a homens e mulheres que exerçam a mesma função
Participação da empresa na comunidade
Patrocínios Doações Participação em campanhas educacionais e/ou de interesse público na comunidade Contribuições ao fundo Direitos da Criança Adolescente Contribuição com melhorias na infra-estrutura usufruídas pela comunidade Inclusão da ação social da empresa no planejamento estratégico
Saúde e Segurança
Saúde, Segurança do funcionário e Condições de Trabalho
Programa para redução de acidentes de trabalho Exercícios físicos no horário de trabalho Programa específico para portadores de HIV Programa de prevenção e tratamento para dependências de drogas e álcool Certificação pela norma BS 8800, SA 8000* ou equiv. Política de compensação de horas extras, inclusive gerentes e executivos Política de equilíbrio trabalho-família
Saúde, Segurança do consumidor
Rótulos, instruções de uso, termos de garantia, etc Respeito ao código de defesa do consumidor Análise prévia das peças publicitárias para verificar conformidade com valores éticos Política p/ preserv. da saúde e segurança consumidor
Ética Itens do Código de Ética
Existência de Código de Ética Confidencialidade de informações Lavagem de dinheiro e comércio ilegal Discriminação Meio ambiente Segurança dos funcionários, parceiros e clientes Corrupção e propina
Produto Responsável
Índice de satisfação dos clientes Índice de Satisfação dos Clientes
Excelência do atendimento
Indicadores de satisfação do cliente Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) Treinamento de atendimento p/ reconhecer falhas e agir com rapidez e autonomia Treinamento de atendimento p/ relação ética e respeito aos direitos do consumidor
Requisitos na seleção e manutenção de fornecedores
Segurança e saúde do trabalhador Atendimento a padrões e práticas de trabalho Atendimento à Legislação Ambiental Direitos Humanos Auditorias ao fornecedor
Dimensão Econômica Variável Tema Indicadores
Estratégia
Planejamento Estratégico Processo de planejamento
Competitividade
Frequência da avaliação Consulta aos canais de comercialização Estudos comparativos no Brasil Benchmarking sistêmico c/ empresas líderes a nível mundial
Market share Fatia de mercado em relação ao setor Situação do mercado Estabilidade do mercado
Ferramentas de gestão Ferramentas de gestão
PCP - Planejamento e Controle da Produção Controle de processos Sistema Corporativo (software, p. ex. SAP) Benchmarking Gestão da Qualidade Análise de risco Custeio por atividade Planejamento estratégico
![Page 137: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/137.jpg)
125
Dimensão Econômica Variável Tema Indicadores
Ferramentas de gestão
Sistemas de avaliação do desempenho
Análise das Demonstrações Financeiras Índice de Satisfação dos Clientes EVA / MVA - Valor Econômico Agregado e Valor de Mercado Agregado Balanced Scorecard
Tecnologia
Processo de desenv. de novos produtos/processos
Participação em eventos ligados à inovação Apoio a iniciativas individuais para inovação de produtos e procedimentos produtivos Contratação especialistas P&D externos à empresa Equipes multidisciplinares p/ pesq./prospecção tecnológica Projetos cooperativos Universidades e Centros de Pesquisa Departamento próprio de Pesquisa e Desenvolvimento
Patentes Existência de patentes Taxa de investimento em P&D Percentual do faturamento
Qualidade
Entrega de produtos dentro do prazo Percentual mês
Garantia da qualidade ISO 9000 Índice de defeitos internos Percentual
Finanças Indicadores Financeiros Variação anual do lucro operacional, ativo total, investimentos, patrimônio líquido, em relação ao faturamento bruto Variação anual do EVA
Impacto Econômico
Impacto econômico da empresa na sociedade
Variação anual do pagamento de tributos, folha de pagamentos, dividendos, compras de fornecedores, e investimentos em meio ambiente em relação ao faturamento bruto.
Fonte: Adaptado de Strobel (2005).
_________________________________________________________________________________
MENSURAÇÃO SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA DE DELAI E TAKAHASHI (2008). Dimensão Social Tema Subtema
Práticas trabalhistas e trabalho decente
Educação, treinamento e desenvolvimento Diversidade e oportunidade Saúde e segurança Geração de empregos Atração e retenção de talentos Direitos humanos
Gerenciamento do relacionamento com o consumidor
Satisfação do consumidor Saúde e segurança do consumidor Produtos e rótulos Publicidade Respeito à privacidade
Cidadania corporativa
Ações sociais Contribuições políticas Códigos de conduta, corrupção e suborno Competição e preço Diálogo com a sociedade
Fornecedores e parceiros Seleção, avaliação e desenvolvimento de fornecedores Contratos
Setor público Subsídios Impostos
Dimensão Ambiental Tema Subtema
Ar
Emissões de gases estufa Emissões - camada de ozônio Acidificação atmosférica Emissões com efeito cancerígeno Poluição atmosférica fotoquímica
Terra Uso da terra Geração de resíduos
Materiais Consumo Consumo de materiais perigosos
Energia Consumo
Água
Consumo Acidificação Demanda bioquímica de oxigênio Ecotoxidade Eutrofização
![Page 138: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/138.jpg)
126
Dimensão Ambiental Tema Subtema
Biodiversidade Ecossistemas Áreas protegidas Espécies
Produtos e serviços Reciclabilidade dos produtos Produtos ambientalmente amigáveis
Dimensão Econômica Tema Subtema
Relações com investidores Governança corporativa Remuneração dos acionistas
Investimentos Capital investido Pesquisa e desenvolvimento
Lucro e valor - Gerenciamento de crises - Fonte: Adaptado de Delai e Takahashi (2008).
_________________________________________________________________________________
MÉTODO PARA AVALIAR DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE SIENA (2008). Subsistema Humano Dimensão Aspectos Potenciais
Valores/Atitudes e Organização/Poder
Noção (idéia ou visão) de progresso; Valores alternativos: apego à terra, à tradição, etc.; Instâncias permanentes onde participam setores com distintos interesses; Participação da sociedade nas decisões sobre desenvolvimento; Populações tradicionais; Populações Indígenas; Família; Legislação; Governo; Grupos éticos; Direitos e liberdade; Corrupção; Crime.
População e Saúde População; População rural; Habitação; Saúde; Segurança; Água potável; Qualidade da água; Gênero; Fertilidade; Infância; Pobreza; Alimentação; Saneamento; Acidentes; Desenvolvimento humano.
Conhecimento e Cultura
Estágio do Conhecimento; Infraestrutura de comunicação; Arte e cultura; Acesso a Informação; Investimentos em pesquisa e desenvolvimento; Nível de conhecimento dos problemas ambientais; Limitações para mudança; Educação.
Riqueza e renda Emprego; Equidade; Renda Per Capita; Crescimento econômico; Investimentos Sociais; Produtividade; Produção de Alimentos.
Subsistema Ecossistema Dimensão Aspectos Potenciais Manutenção da Biodiversidade
Ecossistemas naturais e transformados; Proteção de amostras representativas de ecossistemas naturais; Recursos pesqueiros; Áreas protegidas.
Solo, Floresta e Água Erosão do solo; Esgotamento do solo; Desmatamento; Queimadas; Ar; Mata ciliar; Desertificação; Fertilizantes e pesticidas agrícolas.
Espécies e População Diversidade nas espécies; Espécies exóticas; Diversidade da População; Risco de extinção.
Uso dos Recursos Recursos renováveis; Recursos não-renováveis; Reciclagem; Materiais; Energia; Terra; Água, Geração de desperdícios; Resíduos Sólidos.
Adaptado de Siena (2008).
_________________________________________________________________________________
INDICADORES E PARÂMETROS DO MÉTODO DE CALLADO (2010). Dimensão Ambiental Indicador Parâmetro Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) Analisar a complexidade de práticas de gestão ambiental.
Quantidade de água utilizada Analisar a utilização de água em suas atividades. Processos decorrentes de infrações ambientais Analisar a presença de processos instaurados por não-conformidades ambientais.
Treinamento, educação e capacitação em aspectos ambientais
Analisar as políticas de treinamento, capacitação e educação de funcionários.
Economia de energia Analisar o consumo de energia. Desenvolvimento de tecnologias equilibradas
Analisar as práticas relativas às estratégias voltadas ao desenvolvimento de tecnologias em equilíbrio com o meio ambiente.
Ciclo de vida de produtos e serviços Analisar ciclo de vida de produtos comercializados pela empresa em relação ao meio ambiente.
Quantidade de combustível fóssil utilizado por ano Analisar o consumo de combustíveis fósseis em relação ao nível histórico esperado.
Reciclagem e reutilização de água Analisar a reciclagem e reutilização de água. Acidentes ambientais Analisar os acidentes ambientais registrados no âmbito da empresa.
Fontes de recursos utilizados Analisar a natureza das principais fontes de energia primária (renováveis e não-renováveis).
Redução de resíduos Analisar as práticas associadas à redução de emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos gerados por suas atividades.
Produção de resíduos tóxicos Analisar as práticas de monitoramento e controle da geração de resíduos tóxicos. ISO 14001 Analisar a situação da empresa em relação à utilização das normas ISO 14001.
![Page 139: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/139.jpg)
127
Dimensão Ambiental Indicador Parâmetro
Qualidade do solo Analisar a geração de danos causados ao solo, bem como as ações adotadas para a redução de seus impactos.
Qualidade de águas de superfície Analisar a geração de danos às águas de superfície, bem como as ações adotadas para a redução de seus impactos.
Dimensão Econômica Indicador Parâmetro Investimentos éticos Analisar a natureza de critérios adotados para a análise de investimentos.
Gastos em saúde e em segurança Analisar os gastos da empresa com aspectos associados à saúde de seus funcionários.
Investimentos em tecnologias limpas Analisar os investimentos em tecnologias limpas (energia solar, redes elétricas controladas por computadores, carros elétricos, biocombustíveis e materiais limpos).
Nível de endividamento Analisar o endividamento da empresa a partir da relação entre o passivo exigível e o ativo total.
Lucratividade Analisar a lucratividade da empresa a partir da relação entre o lucro líquido e o faturamento total.
Participação de mercado Analisar a participação de mercado que a empresa possui.
Passivo ambiental Analisar as agressões ocorridas contra o meio ambiente (água, solo e ar) e seus eventuais gastos necessários para reabilitá-lo, bem como multas e indenizações em potencial.
Gastos em proteção ambiental Analisar os investimentos realizados pela empresa que estão associados à prevenção de acidentes e proteção ambiental.
Auditoria Analisar a realização de serviços de auditoria realizados no âmbito da empresa. Avaliação de resultados da organização
Analisar os procedimentos adotados pela empresa acerca da avaliação de resultados e mensuração do seu desempenho.
Volume de vendas Analisar o comportamento do volume de vendas apresentado pela empresa. Gastos com benefícios Analisar os gastos com pensões e demais benefícios.
Retorno sobre capital investido Analisar o retorno sobre o capital investido na empresa a partir da relação entre o lucro líquido e o ativo total
Selos de qualidade Analisar a posse de selos de qualidade para seus produtos, serviços e processos.
Dimensão Social Indicador Parâmetro
Geração de trabalho e renda Analisar a importância de ações desenvolvidas pela empresa para fins de desenvolvimento da comunidade local através da geração de trabalho e renda.
Auxílio em educação e treinamento Analisar os recursos utilizados para capacitação de funcionários.
Padrão de segurança de trabalho Analisar a utilização de padrões rígidos em questões associadas à segurança de trabalho no âmbito da empresa.
Ética organizacional Analisar a utilização de normas ou códigos de conduta profissional no âmbito da empresa.
Interação social Analisar as ações e iniciativas da empresa voltadas para sua integração com a sociedade.
Empregabilidade e gerenciamento de fim de carreira
Analisar as ações da empresa voltadas para a promoção da empregabilidade, bem como para o gerenciamento no fim de carreira de seus funcionários.
Políticas de distribuição de lucros e resultados entre funcionários
Analisar as práticas de distribuição de lucros e resultados entre os funcionários da empresa.
Conduta de padrão internacional Analisar a adoção de condutas sociais de acordo com padrões estabelecidos internacionalmente por intermédio de organismos internacionais, a exemplo da ONU, da FAO e da OECD.
Capacitação e desenvolvimento de funcionários
Analisar as políticas de capacitação e desenvolvimento de funcionários.
Acidentes fatais Analisar a ocorrência de acidentes fatais associados ao trabalho.
Contratos legais Analisar as características dos contratos que regem a relação entre proprietários e funcionários da empresa.
Stress de trabalho Analisar a maneira pela qual a empresa lida com o stress no ambiente de trabalho. Segurança do produto Analisar as informações apresentadas nos rótulos elaborados pela empresa. Fonte: Adaptado de Callado (2010).
_________________________________________________________________________________
ASPECTOS E INDICADORES DA FERRAMENTA PROPOSTA PELA GRI (2013). Categoria Econômica Aspecto Indicador
Desempenho Econômico
Valor econômico direto gerado e distribuído Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização em decorrência de mudanças climáticas Cobertura das obrigações previstas no plano de pensão de benefício definido da organização Assistência financeira recebida do governo
![Page 140: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/140.jpg)
128
Categoria Econômica Aspecto Indicador
Presença no Mercado
Variação da proporção do salário mais baixo, discriminado por gênero, comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes Proporção de membros da alta direção contratados na comunidade local em unidades operacionais importantes
Impactos Econômicos Indiretos Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos Impactos econômicos indiretos significativos, inclusive a extensão dos impactos
Práticas de Compra Proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes Categoria Ambiental Aspecto Indicador
Materiais Materiais usados, discriminados por peso ou volume Percentual de materiais usados provenientes de reciclagem
Energia
Consumo de energia dentro da organização Consumo de energia fora da organização Intensidade energética Redução do consumo de energia Reduções nos requisitos de energia relacionados a produtos e serviços
Água Total de retirada de água por fonte Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada
Biodiversidade
Unidades operacionais próprias, arrendadas ou administradas dentro ou nas adjacências de áreas protegidas e áreas de alto valor para a biodiversidade situadas fora de áreas protegidas Descrição de impactos significativos de atividades, produtos e serviços sobre a biodiversidade em áreas protegidas e áreas de alto valor para a biodiversidade situadas fora de áreas protegidas Habitats protegidos ou restaurados Número total de espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats situados em áreas afetadas por operações da organização, discriminadas por nível de risco de extinção
Emissões
Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) - Escopo 1 Emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia - Escopo 2 Outras emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) - Escopo 3 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE) Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) Emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDO) Emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas
Efluentes e Resíduos
Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição Número total e volume de vazamentos significativos Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia, anexos I, II, III e VIII, e percentual de resíduos transportados internacionalmente Identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes e drenagem de água realizados pela organização
Produtos e Serviços Extensão da mitigação de impactos ambientais de produtos e serviços Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, discriminado por categoria de produtos
Conformidade Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias aplicadas em decorrência da não conformidade com leis e regulamentos ambientais
Transportes Impactos ambientais significativos decorrentes do transporte de produtos e outros bens e materiais usados nas operações da organização, bem como do transporte de seus empregados
Geral Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo
Avaliação Ambiental de Fornecedores
Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais Impactos ambientais negativos significativos reais e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito
Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Impactos Ambientais
Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais protocoladas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal
Categoria Social Aspecto Indicador
Práticas trabalhistas e trabalho decente
Emprego Relações Trabalhistas Saúde e Segurança no Trabalho Treinamento e Educação Diversidade e Igualdade de Oportunidades
![Page 141: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/141.jpg)
129
Categoria Social Aspecto Indicador
Práticas trabalhistas e trabalho decente Igualdade de Remuneração entre Mulheres e Homens Avaliação de Fornecedores em Práticas Trabalhistas Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Práticas Trabalhistas
Direitos humanos
Investimentos Não discriminação Liberdade de Associação e Negociação Coletiva Trabalho Infantil Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo Práticas de Segurança Direitos dos Povos Indígenas e Tradicionais Avaliação Avaliação de Fornecedores em Direitos Humanos Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Direitos Humanos
Sociedade
Comunidades Locais Combate à corrupção Políticas Públicas Concorrência Desleal Conformidade Avaliação de Fornecedores em Impactos na Sociedade Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Impactos na Sociedade
Responsabilidade pelo produto
Saúde e Segurança do Cliente Rotulagem de Produtos e Serviços Comunicações de Marketing Privacidade do Cliente Conformidade
Fonte: Adaptado de GRI (2013).
_______________________________________________________________________________
DIMENSÕES, TEMAS, SUBTEMAS E INDICADORES ETHOS (2013).
Dimensão Visão e Estratégia Tema Subtema Indicador
Visão e Estratégia Visão e Estratégia Estratégias para a sustentabilidade Proposta de Valor Modelo de Negócios
Dimensão Governança e Gestão Tema Subtema Indicador
Governança Organizacional
Governança e Conduta
Código de Conduta Governança da Organização (empresas de capital aberto/fechado) Compromissos Voluntários e Participação em Iniciativas de RSE/ Sustentabilidade Engajamento das Partes Interessadas
Prestação de Contas Relações com Investidores e relatórios financeiros Relatórios de Sustentabilidade e Relatórios Integrados Comunicação com Responsabilidade Social
Práticas de Operação e Gestão
Concorrência Leal Concorrência Leal Práticas Anticorrupção Práticas Anticorrupção Envolvimento Político Responsável
Contribuições para Campanhas Políticas Envolvimento no Desenvolvimento de Políticas Públicas
Sistemas de Gestão
Gestão Participativa Sistema de Gestão Integrado Sistema de Gestão de Fornecedores Mapeamento dos Impactos da Operação e Determinação de Assuntos Prioritários para a Gestão Gestão da RSE/ Sustentabilidade
Dimensão Social Tema Subtema Indicador
Direitos Humanos Situações de Risco para os Direitos Humanos
Monitoramento de Impactos do Negócio nos Direitos Humanos Trabalho Infantil na Cadeia Produtiva Trabalho Forçado (ou Análogo ao Escravo) na Cadeia Produtiva
Ações Afirmativas Promoção da Diversidade e Equidade
![Page 142: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/142.jpg)
130
Fonte: Adaptado de Ethos (2013). _________________________________________________________________________________
MÉTODO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL PARA MPES ETHOS E SEBRAE (2012).
Tema Valores, Transparência e Governança Indicador Pergunta
Compromissos Éticos A empresa possui documento escrito que esclarece quais são os comportamentos incentivados por ela no que se refere às relações pessoais e comerciais?
Práticas Antipropina Na empresa é expressamente proibida a prática de pagamentos ou recebimentos irregulares que tenham como objetivo facilitar negócios, influenciar decisões em benefício da empresa ou induzir pessoas a conceder permissões indevidas?
Práticas Anticorrupção A empresa, em sua ação, contempla de alguma forma um modo de relacionamento ético e transparente com o governo?
Balanço Social A empresa tem informações sobre balanço social? Governança Corporativa A empresa possui separação clara entre os negócios do proprietário e os da organização? Tema Público Interno Indicador Pergunta Cuidados com Saúde, Segurança e Condições de Trabalho
Além de cumprir as obrigações determinadas por lei, a empresa se preocupa em oferecer a seus empregados um ambiente físico agradável e seguro, busca incentivar os cuidados com higiene e saúde e está aberta a críticas e sugestões relaticas a esses aspectos?
Benefícios Adicionais A empresa oferece benefícios adicionais aos empregados e a seus dependentes?
Critérios de Contratação Na contratação de empregados, a empresa divulga os critérios objetivos que vai utilizar na seleção dos candidatos?
Valorização da Diversidade e Promoção da Equidade
Os critérios utilizados na seleção de pessoal são isentos de práticas discriminatórias em relação a gênero, raça, orientação sexual, idade e crenças religiosas ou políticas dos candidatos, bem como pessoas com deficiência?
Dimensão Social Tema Subtema Indicador
Práticas de Trabalho
Relações de Trabalho Relação com Empregados (Efetivos, Terceirizados, Temporários ou Parciais) Relações com Sindicatos
Desenvolvimento Humano, Benefícios e Treinamento
Remuneração e Benefícios Compromisso com o Desenvolvimento Profissional Comportamento frente a Demissões e Empregabilidade
Saúde e Segurança no Trabalho e Qualidade de Vida
Saúde e Segurança dos Empregados Condições de Trabalho, Qualidade de Vida e Jornada de Trabalho
Questões relativas ao consumidor
Respeito ao Direito do Consumidor Relacionamento com o Consumidor Impacto decorrente do Uso dos Produtos ou Serviços
Consumo Consciente Estratégia de Comunicação Responsável e Educação para o Consumo Consciente
Envolvimento com a comunidade e seu desenvolvimento
Gestão de Impactos na Comunidade e Desenvolvimento
Gestão dos Impactos da Empresa na Comunidade Compromisso com o Desenvolvimento da Comunidade e Gestão das Ações Sociais Apoio ao Desenvolvimento de Fornecedores
Dimensão Ambiental Tema Subtema Indicador
Meio Ambiente
Mudanças Climáticas Governança das Ações Relacionadas às Mudanças Climáticas
Mudanças Climáticas Gestão e Monitoramento dos Impactos sobre os Serviços Ecossistêmicos e a Biodiversidade
Adaptação às Mudanças Climáticas
Sistema de Gestão Ambiental
Gestão e Monitoramento dos Impactos sobre os Serviços Ecossistêmicos e a Biodiversidade Impactos do Consumo
Prevenção da Poluição Uso Sustentável de Recursos: Materiais Uso Sustentável de Recursos: Água Uso Sustentável de Recursos: Energia Uso Sustentável da Biodiversidade e Restauração dos Habitats Naturais Educação e Conscientização Ambiental Impactos do Transporte, Logística e Distribuição
Impactos do Consumo Logística Reversa
![Page 143: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/143.jpg)
131
Tema Público Interno Indicador Pergunta
Inclusão de Pessoas com Deficiência
A inclusão de pessoas com deficência no mercado de trabalho e consumo é crescente. As dependências da empresa contam com recursos para facilitar o deslocamento e a convivência de pessoas com deficiência motora, auditiva ou visual?
Relações com Sindicatos
Como forma de demonstrar respeito ao indivíduo e transparência em suas relações com o público interno a empresa entende que é direito do funcionário participar de sindicatos e associações de classe e permite que representantes sindicais compareçam à empresa para discutir questões referentes aos interesses dos empregados?
Compromisso com o Desenvolvimento Profissional e a Empregabilidade A empresa valoriza e incentiva o desenvolvimento profissional de seus empregados?
Acesso à informação A empresa facilita o acesso à informação como forma de desenvolvimento pessoal e profissional de seus empregados?
Tema Meio Ambiente Indicador Pergunta Gerenciamento dos Impactos sobre o Meio Ambiente e do Ciclo de Vida dos Produtos e dos Serviços
A empresa conhece, entende e avalia os impactos de suas atividades sobre o meio ambiente (como emissão de poluentes, erosão do solo, alto consumo de energia, de água e de combustível, entre outros), mantendo relatórios para medi-los?
Comprometimento da Empresa com a Melhoria da Qualidade Ambiental
A empresa procura implementar em suas dependências e em suas atividades ações que visam preservar o meio ambiente?
Educação e Conscientização Ambiental
Uma forma efetiva de reduzir os impactos ambientais é promovendo a educação ambientail para os empregados e seus familiares e para a comunidade. A empresa faz isso?
Tema Fornecedores Indicador Pergunta
Critérios de Seleção e Avaliação de Fornecedores
Para contratar um fornecedor, além de exigir uma boa proposta comercial (com qualidade, preço e prazo), a empresa avalia se ele mantém práticas de responsabilidade social?
Empregados dos Fornecedores A empresa verifica constantemente as condições proporcionadas por seus fornecedores aos próprios empregados?
Responsabilidade Social dos Fornecedores
A empresa procura, sempre que possível, orientar os fornecedores a seguir seus princípios de responsabilidade social e se dispões a ajudá-los na sua implantação?
Apoio ao Desenvolvimento de Fornecedores
A empresa busca fornecedores em cooperativas de pequenos produtores, associações de bairro e projetos de geração de renda?
Tema Consumidores e Clientes Indicador Pergunta
Excelência do Atendimento A empresa possui um canal formal de comunicação com seus consumidores/clientes?
Dúvidas, Sugestões e Reclamações A empresa analisa as dúvidas, sugestões e reclamações recebidas e as utiliza como instrumento para aperfeiçoar suas atividades?
Satisfação dos Consumidores/Clientes A empresa realiza pesquisa de satisfação entre seus consumidores/clientes para, com base nos resultados, implementar melhorias em seus produtos/serviços?
Política de Comunicação Comercial Em sua comunicação (contratos e mensagens publicitárias), a empresa não utiliza conteúdo enganoso ou que induza o consumidor/cliente a erro de entendimento?
Conhecimento e Gerenciamento dos Danos Potenciais dos Produtos e Serviços
A empresa pesquisa e divulga os riscos que seus produtos/serviços podem causar à saúde ou à segurança de seus consumidores/clientes?
Tema Comunidade Indicador Pergunta Gerenciamento do Impacto da Empresa na Comunidade de Entorno
A empresa se preocupa em estar sempre em contato com a comunidade de entorno, procurando minimizar os impactos negativos que suas atividades possam causar?
Relações com a Comunidade de Entorno
Sabendo que, para as micro e pequenas empresas, a prosperidade e a situação da comunidade local podem refletir diretamente no sucesso do negócio, a empresa tem práticas de gestão que beneficiam o desenvolvimento local?
Estímulo ao Trabalho Voluntário A empresa incentiva o trabalho voluntário de seus empregados na comunidade? Envolvimento da Empresa com a Ação Social
A empresa "adotou"pelo menou uma entidade de sua comunidadde e mobiliza sua rede de contatos em favor dela?
Relações com Entidades Beneficiadas
Existe entre a empresa e a(s) entidades por ela beneficiadas(s) uma conversa franca sobre o papel de cada uma na parceria?
Participação Comunitária
A responsabilidade social empresarial deve ser uma forma de gestão do negócio e o lucro é parte do processo. Ao optar por apoiar determinada entidade ou projeto, a empresa busca de algum modo conciliar seus interesses com os dessa entidade ou projeto?
Benefícios para o Negócio A empresa acredita que obteve benefícios para o negócio como resultado de sua atividade na comunidade de entorno?
Tema Governo e Sociedade Indicador Pergunta Participação e Influência Social A empresa procura participar de organizações que integrem empresários?
![Page 144: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/144.jpg)
132
Tema Governo e Sociedade Indicador Pergunta
Envolvimento em Campanhas Políticas A empresa é criteriosa sobre o seu envolvimento em campanhas políticas?
Participação e Acompanhamento das Administrações Públicas
A empresa informa seus empregados sobre a importância de participar das administrações públicas?
Melhoria dos Espaços Públicos e Apoio a Iniciativas Sociais Governamentais
Sempre que necessário (e possível), a empresa colabora com a melhoria dos espaços públicos da sua região?
Fonte: Adaptado de Ethos (2012).
_________________________________________________________________________________
CRITÉRIOS E INDICADORES DA FERRAMENTA DO ISE BM&FBOVESPA (2014).
Dimensão Ambiental Critério Indicador Política Compromisso, abrangência e divulgação.
Gestão
Responsabilidade ambiental Planejamento Gerenciamento e Monitoramento Certificações Comunicação com partes interessadas Compromisso global: biodiversidade
Desempenho
Consumo de recursos ambientais - inputs Emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos Emissões e resíduos críticos Seguro ambiental
Cumprimento Legal
Área de preservação permanente Reserva legal Passivos ambientais Requisitos administrativos Procedimentos administrativos Procedimentos judiciais
Dimensão Econômico-Financeira Critério Indicador
Política Planejamento estratégico Ativos intangíveis Defesa da concorrência
Gestão
Riscos e oportunidades corporativos Crises e plano de contingência Ativos intangíveis Gestão do desempenho Defesa da concorrência
Desempenho Demonstrações financeiras Lucro econômico Equilíbrio do crescimento
Cumprimento legal Histórico Dimensão Geral Critério Indicador
Compromissos Compromisso fundamental Compromisso voluntários
Alinhamento Consistência dos compromissos Política de engajamento com partes interessadas Remuneração
Transparência Relatórios Divulgação
Combate à corrupção Combate à corrupção Dimensão Governança Corporativa Critério Indicador
Propriedade Relacionamento entre sócios Transparência Cumprimento legal
Conselho de administração Estrutura do Conselho de Administração Dinâmica do Conselho de Administração
Gestão Qualidade da Gestão Auditoria e fiscalização Prestação de contas Conduta e conflito de interesses Conduta e conflito de interesses
![Page 145: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/145.jpg)
133
Dimensão Mudanças Climáticas Critério Indicador Política Compromisso, abrangência e divulgação
Gestão
Responsabilidade Gestão da mitigação Gestão da adaptação Sistemas de gestão
Desempenho Resultados Relato Divulgação Dimensão Social Critério Indicador
Política Compromisso com princípios e direitos fundamentais nas relações de trabalho Participação em políticas públicas Respeito à privacidade, uso da informação e marketing
Gestão
Aplicação dos compromissos com princípios e direitos fundamentais nas relações de trabalho Relação com a comunidade Relação com fornecedores Relação com clientes e consumidores
Desempenho
Diversidade e equidade Contratação de trabalhadores terceirizados Gestão de fornecedores Resolução de demandas de clientes e consumidores
Cumprimento legal Público interno Clientes e consumidores Sociedade
Dimensão Natureza do Produto Critério Indicador Impactos pessoais do uso do produto Riscos para o consumidor ou terceiros
Impactos difusos do uso do produto Riscos difusos Observância do princípio da precaução
Cumprimento legal Informações ao consumidor Sanções judiciais ou administrativas
Fonte: Adaptado de ISE BM&FBOVESPA (2014).
_________________________________________________________________________________
DIMENSÕES E CRITÉRIOS DOW JONES SUSTAINABILITY INDEX (2014).
Dimensão Econômica Critérios Indicador
Governança Corporativa
Estrutura do conselho Presidente/Líder não executivo Processo de denominação do conselho Responsabilidades dos comitês Política de governança corporativa Diversidade de gênero Eficácia do conselho Auditoria e Conflito de Interesse Transparência da Remuneração da Diretoria Divulgação da Compensação Média dos funcionários e CEO Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e Governança Corporativa
Gestão de Crises e Riscos
Responsabilidade sobre os Risco e Gestão de Crises Análise de Riscos Análise de sensibilidade e stress testing Estratégia de respostas a riscos Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Gestão de Riscos e Crises
Códigos de Conduta, Corrupção e Suborno
Códigos de Conduta: Foco Códigos de Conduta: Sistemas / Procedimentos Corrupção e Suborno: Âmbito de aplicação da Política Códigos de Conduta / Anti-Corrupção e Suborno: relações comerciais Códigos de Conduta / Corrupção e Suborno: relatórios sobre violações Códigos de Conduta: Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Corrupção
Gestão da Relação com Clientes
Medição da Satisfação dos Clientes Processo de Feefback dos Clientes
![Page 146: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/146.jpg)
134
Dimensão Econômica Critérios Indicador
Gestão da Cadeia de Abastecimento
Percepção Exposição ao Riscos Medidas de Gestão de Riscos Integração da Política de Meio Ambiente, Governança e Sociedade com a Gestão da Cadeia de Abastecimento Oportunidades Transparência Impacto Ambiental do Transporte Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Gestão da Cadeia de Abastecimento
Estratégia Fiscal
Estratégia Fiscal Relatórios Fiscais Riscos de Tributação Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Estratégia Fiscal
Dimensão Ambiental Critérios Indicador
Relatório Ambiental
Relatório Ambiental - Materialidade Relatório Ambiental - Cobertura Relatório Ambiental - Garantia Relatório Ambiental - Dados Quantitativos
Sistema de Gestão Ambiental
Cobertura de Requisitos / Diretrizes Corporativas Sistema Centralizado de Coleta de Dados Política Ambiental Corporativa Certificação / Auditoria / Verificação Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e o Sistema de Gestão Ambiental
Eco-Eficiência Operacional
Receitas Emissões de Gases de Efeito Estufa (Escopo 1) Emissões de Gases de Efeito Estufa (Escopo 2) Consumo de Energia Água Geração de Resíduos
Estratégia Climática
Alinhamento com o CDP (Carbon Disclosure Project) Governança e as Mudanças Climáticas Incentivos na Gestão de Mudanças Climáticas Estratégia para as Alterações Climáticas Produtos e as Mudanças Climáticas Estratégia para os Impactos do Clima Oportunidades Financeiras decorrentes das mudanças climáticas Metas de Carbono Metas de GHG
Dimensão Social Critérios Indicador
Balanço Social
Balanço Social - Materialidade Balanço Social - Cobertura Balanço Social - Garantia Balanço Social - Dados Quantitativos
Indicadores de Práticas Trabalhistas e Direitos Humanos
Diversidade Igualdade de Remuneração Liberdade de Associação Demissões Compromisso Público de Direitos Humanos Empresas e Direitos Humanos Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e Indicadores de Práticas Trabalhistas
Desenvolvimento do Capital Humano
Indicadores de Desempenho do Capital Humano Treinamento e Desenvolvimento de Insumos Programas de Desenvolvimento do Empregado Métricas de Capital Humano Retorno sobre o Investimento do Capital Humano
Atração e Retenção de Talentos
Processos Pré-definidos de Avaliação de Desempenho de Funcionários Percentual de desempenho relacionados a compensação para cada categoria funcional Saldo de remuneração variável baseada em desempenho corporativo e individual Indicadores corporativos para compensação relacionados com o desempenho Tipo de Avaliação de Desempenho Individual Taxa de Rotatividade Tendência de Satisfação dos Colaboradores Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Atração e Retenção de Talentos
Cidadania Corporativa e Filantropia
Estratégia de todo o Grupo Tipos de Atividades Filantrópicas Entradas / Medição dos benefícios alcançados
![Page 147: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PROGRAMA DE PÓS …siaibib01.univali.br/pdf/Daiana Paulina da luz Censi Leripio.pdf · para identificação dos principais métodos de avaliação](https://reader031.fdocumentos.tips/reader031/viewer/2022013007/5be53ddb09d3f2ea1a8b49cc/html5/thumbnails/147.jpg)
135
Dimensão Social Critérios Indicador
Saúde e Segurança Ocupacional
Acidentes com Terceiros Acidentes com Funcionários Doenças ocupacionaos com funcionários/terceiros Fatalidades com funcionários/terceiros Saúde, Segurança e Bem-estar Gestão da saúde Incentivo ao estilo de vida saudável Monitoramento da Avaliação da Sustentabilidade e a Saúde e Segurança Ocupacional
Fonte: Adaptado de DJSI (2014).
_________________________________________________________________________________
FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE DE CHEN ET AL. (2014).
* Os temas, subtemas, princípios e indicadores não foram divulgados no estudo.
_________________________________________________________________________________
MÉTRICAS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE GESTÃO DA
CADEIA DE SUPRIMENTOS VERDE (GCSV) E GESTÃO SUSTENTÁVEL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (GSCS) (AHI; SEARCY, 2015).
* Os indicadores não foram divulgados no estudo.