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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ELAINE CHRISTINE MACARI
ESTUDO DAS FUNÇÕES DOS CARGOS ADMINISTRATIVOS DA
ESCOLA BÁSCIA MUNICIPAL ALBERTINA MADALENA DIAS
São José 2007
ELAINE CHRISTINE MACARI
ESTUDO DAS FUNÇÕES DOS CARGOS ADMINISTRATIVOS DA
ESCOLA BÁSCIA MUNICIPAL ALBERTINA MADALENA DIAS
Trabalho de Conclusão de Curso - pesquisa teórico-empírica -
apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração da Universidade do Vale do
Itajaí.
Professor Orientador: Luciana Merlin Bervian
São José
2007
RESUMO
Sabe-se da importância e necessidade de uma estrutura organizacional para que uma organização alcance seus objetivos. E, para isso é preciso que todos tenham conhecimento e clareza de suas funções e atribuições para que as desempenhem com qualidade e eficiência. Assim, este estudo busca estudar as funções administrativas da Escola Básica Municipal Albertina Madalena Dias para compreender melhor sua estrutura e cargos desenvolvidos direcionados pelos objetivos específicos de apresentar a estrutura administrativa da escola, descrever as funções administrativas de acordo com documentos formais e com os servidores atuantes na secretaria, verificar de que maneira foram constituídos os cargos e funções e como os servidores foram selecionados, além de levantar junto ao corpo docente a percepção quanto às funções/atividades dos servidores da secretaria. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, caracterizando-se como um estudo de caso. Os dados foram obtidos por meio da observação participante além de questionários e entrevistas semi-estruturadas. Com os resultados obtidos na pesquisa, buscou-se comparar as funções dos cargos do corpo administrativo da escola (diretor, secretário escolar, administrador escolar, supervisor escolar e orientador educacional), de acordo com documentos da prefeitura, com a concepção e entendimento do próprio corpo administrativo e do corpo docente, para verificar a compreensão e clareza das funções destes cargos por parte desses profissionais. A partir das comparações realizadas sugestões de adequação para a estrutura administrativa da escola foram apresentadas.
Palavras-chave: Estrutura organizacional; funções; organização; descrição de cargos e funções.
ABSTRACT
It is known of the importance and need for an organizational structure for that organization reach its goals. And to do this we all have knowledge and clarity of its functions and tasks to perform with the quality and efficiency. Thus, this study seeks to study the administrative functions of the Basic School Municipal Albertina Madalena Dias to better understand its structure and positions developed by targeted specific objectives of the present administrative structure of the school, describing the administrative functions according to formal documents and with the active servers in general office, check which way the posts and functions were established and how the servers were selected, and with the faculty raise the perception about the functions / activities of the servers of the general office. Therefore, a search was developed with qualitative approach, characterizing itself as a case study. The data were obtained through participant observation in addition to questionnaires and semi-structured interviews. With the results obtained in the search, sought to compare the functions of the post of the administrative body of the school (head teacher, school secretary, school administrator, school supervisor and educational orientated), according to documents from the town hall, with the conception and understanding of the administrative body and the faculty, to check the clarity and understanding of the functions of these postes by these professionals. From comparisons made suggestions suitability for the administrative structure of the school were presented.
Keywords: Organizational Structure; Functions; Organization; Description of postes and
functions.
ii
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................... I
ABSTRACT .............................................................................................................................. I
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................ IV
LISTA DE QUADROS............................................................................................................ V
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................6
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................7
1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA OU HIPÓTESES DE PESQUISA ................................8
1.3 OBJETIVOS...................................................................................................................8
1.4 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................9
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................11
2.1 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS ......................................................................11
2.2 ESTRUTURA E DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES.......................................25
2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ....................................................29
2.4 GESTÃO ESCOLAR ...................................................................................................31
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................40
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................................40
3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES..............................................................................41
3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS .......................................................................42
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ..............................................................43
3.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ......................................................................................43
4 APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS E
INFORMAÇÕES........................................................................................................44
4.1 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR...................................................44
4.2 FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO DE ACORDO COM A PREFEITURA
MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS..........................................................................46
iii
4.3 FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO DE ACORDO COM OS
ENTREVISTADOS .....................................................................................................54
4.4 SUGESTÃO E ADEQUAÇÃO DAS FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO76
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................83
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................85
APÊNDICES ...........................................................................................................................88
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Modelo de estrutura linear .......................................................................................14
Figura 2 - Modelo de estrutura funcional .................................................................................14
Figura 3 - Modelo de estrutura staff-and-line...........................................................................15
Figura 4 - Modelo de estrutura tipo comissão ou colegiada.....................................................16
Figura 5 - Modelo de estrutura com base em função ...............................................................16
Figura 6 - Modelo de estrutura com base em produto..............................................................17
Figura 7 - Modelo de estrutura com base em projeto...............................................................18
Figura 8 - Modelo de estrutura matricial ..................................................................................19
Figura 9 – Organização em linha..............................................................................................20
Figura 10 – Estrutura funcional ................................................................................................20
Figura 11 – Estrutura linha e assessoria ...................................................................................21
Figura 12 – Organização baseada em departamentos...............................................................22
Figura 13 – Estrutura matricial.................................................................................................23
Figura 14 – Estrutura circular ou radial....................................................................................23
Figura 15 - Modelo de organograma básico de escolas............................................................24
Figura 16 – Descrição de cargo ................................................................................................28
Figura 17 - Um modelo descritivo de gestão............................................................................32
Figura 18 - Visão sistêmica de uma Instituição de Ensino.......................................................34
Figura 19 - Fatores de influência..............................................................................................35
Figura 20 - Modelo de gestão aplicável a uma Instituição de ensino Típica............................35
Figura 21 - Itens que devem ser contemplados em um PPP.....................................................38
Figura 22 -Responsáveis pelas informações na Secretaria na visão dos docentes. ..................75
Figura 23 – Organograma da estrutura organizacional da escola.............................................76
v
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Funções do Diretor.................................................................................................48
Quadro 2 – Funções comuns dos Especialistas em Educação ..................................................49
Quadro 3 – Funções específicas do Orientador Educacional....................................................50
Quadro 4 – Funções específicas do Supervisor Escolar............................................................51
Quadro 5 – Funções específicas do Administrador Escolar......................................................52
Quadro 6 – Funções do Secretário Escolar. ..............................................................................53
Quadro 7 – Quadro comparativo das funções do Corpo Administrativo, segundo a percepção
dos pesquisados.........................................................................................................................55
Quadro 8 – Quadro comparativo das funções do Corpo Administrativo (Corpo Docente,
Corpo Administrativo, ocupante do cargo e PMF)...................................................................62
Quadro 9 – Quadro comparativo das características e perfil do Corpo Administrativo, segundo
pesquisados. ..............................................................................................................................69
Quadro 10 – Quadro comparativo das funções segundo o Corpo Administrativo e Corpo
Docente .....................................................................................................................................72
1 INTRODUÇÃO
As instituições de serviço constituem uma parte cada vez mais importante da nossa
sociedade. Escolas e universidades; laboratórios de pesquisa; companhias de serviços de
utilidade pública; hospitais e outras instituições de prestação de serviços de saúde;
associações profissionais, industriais e comerciais; e muitas outras – são organizações, como
qualquer empresa de produtos tangíveis, e, portanto, também necessitam igualmente de
gestão. Em todas elas existem pessoas que foram contratadas para exercer alguma função
administrativa, embora talvez não sejam chamadas de administradores, mas sim executivos,
diretores, ou algum outro título do gênero. (DRUCKER, 1997).
Como Vasconcelos (1999) ressalta, a estrutura organizacional é o resultado de um
processo no qual a autoridade é distribuída, as atividades são especificadas e um sistema de
comunicação é delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a
autoridade que lhes competem para o alcance dos objetivos da organização. Para que uma
organização alcance seus objetivos é preciso que todos tenham conhecimento de suas funções
e atribuições para que a desempenhem com qualidade e eficiência alcançando os objetivos
traçados.
Logo, a Administração de Recursos Humanos (RH) é uma base para a criação das
políticas sociais de uma organização, voltada ao principal ativo que garante o funcionamento
de qualquer organização: as pessoas. De modo geral, destaca-se que a administração de RH
tem como objetivo manter uma comunicação saudável/amigável entre empresa/funcionário,
permitir capacitação ao seu funcionário e mantê-lo sempre motivado e comprometido com os
negócios da empresa, almejando, assim, o desenvolvimento humano e a busca por resultados
da empresa.
A gestão escolar, não sendo diferente de outra organização, necessita de uma gestão de
recursos humanos a qual está diretamente relacionada com as maneiras de lidar com as
pessoas numa organização. A gestão de pessoas é um conjunto de políticas e práticas
definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações
interpessoais no ambiente de trabalho. Como afirma Fischer & Albuquerque (2001), a gestão
de pessoas é a preocupação de muitas organizações para que seus objetivos sejam atingidos,
de preferência com a participação de um grupo eficaz e motivado liderado por um gestor.
7
Lück (2000) salienta que a gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de
atuação que objetiva promover a organização, mobilização e a articulação de todas as
condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio-
educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da
aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os
desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.
A autora ainda destaca que, cabe à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a
mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que sejam
orientadas para resultados, isto é, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações
conjuntas, associadas e articuladas. Pois, é por meio da gestão escolar, definida como uma
dimensão, um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, que se observa a
escola e seus problemas educacionais, uma vez que seu objetivo é a aprendizagem efetiva e
significativa dos alunos.
Em vista do exposto, percebeu-se a necessidade da Escola Básica Municipal Albertina
Madalena Dias - E.B.M. Albertina Madalena Dias – que atende alunos da Educação Infantil à
8ª série, localizada no bairro Vargem Grande, em possuir uma estrutura formal para um
esclarecimento e conhecimento mais específico das funções e atividades, de cada cargo
existente na escola, por parte de todo o corpo profissional que ali trabalha.
E, é importante salientar que esta escola tem sustentação na administração pública, ou
seja, seus serviços são prestados gratuitamente em benefício da coletividade. Assim como
melhor define Meirelles (2001), a administração pública é o conjunto de órgãos instituídos
para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções
necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e
sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício
da coletividade. Numa visão global, é todo o aparelhamento do Estado preordenado à
realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Com base na observação participativa da pesquisadora, destaca-se que a E.B.M.
Albertina Madalena Dias não apresenta uma estrutura formal, pois não há um organograma
definido que mostre claramente a divisão das atividades e funções e como estão interligadas,
8
assim como as relações de hierarquia e autoridade. Logo, os servidores não têm esclarecido as
atribuições e responsabilidades ao seu cargo e de outros. A descentralização das funções não
permite, muitas vezes, o cumprimento das atividades delegadas, isto, pode-se dar ao motivo
de que o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola que deveria conter de maneira bem
esclarecida e detalhada as atividades e funções de cada cargo não o possui.
Na escola há apenas um documento emitido pela Divisão de Orientação
Administrativo Pedagógico do Departamento de Ensino da Secretaria de Educação da
Prefeitura de Florianópolis que especifica as funções de cada cargo, por meio do qual as
funções e atividades desenvolvidas atualmente na escola tem como base. Porém, percebe-se
que não há, de certo modo, um conhecimento e entendimento claro das funções dentro da
escola, seja por descaso ou falta de esclarecimento das mesmas. Assim como há o desvio de
algumas funções, ou pela falta de profissionais adequados para o desempenho de alguma
função havendo, portanto, a necessidade de algum outro profissional desempenhá-la ou pela
falta de organização da escola.
1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA OU HIPÓTESES DE PESQUISA
Com base no exposto, pretende-se responder a seguinte pergunta de pesquisa:
As funções do corpo administrativo executadas pelos servidores na EBM
Albertina Madalena Dias estão adequadas à estrutura e aos cargos desenvolvidos e
previstos no documento da Divisão de orientação administrativo pedagógico?
Salienta-se que para este estudo, foi considerado o conceito de função como “posição,
definida na estrutura organizacional, à qual cabe um conjunto de responsabilidades afins e
relacionamentos específicos e coerentes com a sua finalidade” (LACOMBE, 2004), também
embasado no item 2.2 da fundamentação teórica.
1.3 OBJETIVOS
Este trabalho será desenvolvido na E.B.M. Albertina Madalena Dias, na área de
Recursos Humanos e segue os seguintes objetivos.
9
1.3.1 Objetivo geral
Estudar as funções do corpo administrativo da EBM Albertina Madalena Dias para
compreender melhor sua estrutura e cargos desenvolvidos previstos no documento da Divisão
de orientação administrativo pedagógico.
1.3.2 Objetivos específicos
− Apresentar a estrutura da escola
− Descrever as funções do corpo administrativo de acordo com documentos formais
− Descrever as funções do corpo administrativo de acordo com os servidores
atuantes na secretaria
− Verificar de que maneira foram constituídos os cargos e funções
− Verificar de que maneira foram selecionados os servidores
− Levantar junto ao corpo docente a percepção quanto às funções dos servidores da
secretaria
1.4 JUSTIFICATIVA
Este estudo é importante, pois já que a escola não apresenta uma estrutura formal
definida, será possível a partir dos estudos desenvolvidos analisar a atual situação da escola,
sua estrutura e funções desenvolvidas e apresentar uma proposta quanto à sua estrutura
organizacional, formalizando as funções administrativas assim como a sua organização
(funções/atividades). Para isso, a importância de se ter uma estrutura organizacional
formalizada é essencial, pois esta projeta e organiza os relacionamentos dos níveis
hierárquicos e o fluxo das informações essenciais de uma organização.
Sobre o assunto, Cury (2000, p.116) destaca estrutura formal como sendo um sistema
planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a
desempenhar e deveres e tarefas a executar. E, Aquino (1980) afirma que é por meio da
função administrativa que o sistema de pessoal é conduzido a um trabalho planejado,
organizado, coordenado e controlado das funções operacionais de procura, desenvolvimento,
manutenção, pesquisa e utilização da força de trabalho. Ou seja, toda a empresa necessita
conhecer como são executadas as atividades pelos colaboradores para poder oferecer suporte
adequado.
10
Também é válido salientar que, até o momento, não houve estudo semelhante a este
desenvolvido na escola, o que o torna bastante interessante e rico, pois proporcionará
informações sobre a situação real e a prevista no documento da Divisão de Orientação
Administrativo-Pedagógico, podendo a escola se adequar a ele.
Este estudo é importante para a acadêmica, pois permitirá analisar as funções
desempenhadas pelos cargos do corpo administrativo da escola e, havendo distorções e/ou
falta de esclarecimento na instituição quanto ao entendimento destas funções, como foi
inicialmente previsto, identificar onde está a falha e sugerir melhorias para a instituição. E,
além disto, este estudo serve como referência para trabalhos futuros na área de gestão escolar.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo serão abordados os assuntos referentes a Estruturas Organizacionais,
Estrutura e Descrição de Cargos e Funções, Gestão Escolar e Administração de Recursos
Humanos para a melhor compreensão do estudo em questão.
2.1 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
A estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades,
comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa, pois mostra de forma
bastante clara e objetiva as atividades desenvolvidas na empresa, assim como a quem cabe as
tomadas de decisões de acordo com sua responsabilidade e poder, como também as relações
existentes. (OLIVEIRA, 2002).
A estrutura organizacional estabelece as relações entre a organização do trabalho, seus
processos operacionais e a capacitação profissional correspondente. Ou seja, demonstra como
o trabalho dentro de uma organização é desenvolvido, relacionando os cargos e suas
atividades assim como a qualificação profissional necessária para o desempenho do mesmo.
Através desta, é possível conhecer o negócio da organização, os resultados esperados, os
riscos e os desafios que enfrenta, as relações com o mercado, as mutações do ambiente
externo e seu impacto no desempenho organizacional. Ou seja, a estrutura organizacional
compreende a disposição das diversas unidades que compõem a organização e as relações
entre superiores e subordinados e deve ser delineada, considerando as funções de
administração como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos
(CURY, 2000).
Portanto, pode-se dizer, então, que a estrutura organizacional tem como função
organizar, visando o cumprimento das metas; minimizar as influências individuais sobre a
organização; permitir uma visão geral da organização, de seus níveis de decisão, de
autoridade e de responsabilidade; lembrar que deve haver uma adaptação do indivíduo à
organização e não da organização ao indivíduo; mostrar qual é a situação do poder, da
12
autoridade e mostrar qual é o caminho das informações e das decisões e onde são executadas
as atividades.
Para Oliveira (2002) qualquer organização possui dois tipos de estrutura: a formal e a
informal. Onde, a estrutura formal é aquela planejada e formalmente representada pelo
organograma enfatizando as posições em termos de autoridades e responsabilidades e a
estrutura informal é aquela que surge da interação social das pessoas, desenvolvendo-se
naturalmente quando as pessoas se reúnem, enfatizando as pessoas e suas relações. Assim, a
dinâmica organizacional da escola, como outras organizações, convive diariamente e
naturalmente com a dinâmica de uma organização informal e é através desta, que os
profissionais da escola melhor expressam suas percepções, atitudes, expectativas, motivações
etc.
A estrutura organizacional de uma organização pode ser representada graficamente de
diferentes maneiras. Dentre elas destacam-se o organograma e o funcionograma, citados a
seguir, bastante utilizados pelas organizações.
Muito utilizado, o organograma é uma representação gráfica da estrutura formal
organizacional, num determinado momento, que tem como finalidade representar os órgãos
componentes da organização, as funções desenvolvidas pelos órgãos, as vinculações e/ou
relações de interdependência entre os órgãos, os níveis administrativos que compõem a
organização e a sua hierarquia (CURY, 2000). O organograma permite detectar a divisão do
trabalho, destacar a relação superior-subordinado e a delegação de autoridade e
responsabilidade, auxiliando a visualização do todo organizacional assim como as
necessidades de mudança e o crescimento da organização, como também o fluxo de
comunicação da organização.
O organograma deve mostrar os órgãos da organização, a função de cada órgão de
maneira genérica, as vinculações e as relações entre os órgãos, os níveis administrativos e a
hierarquia, ou seja, deve mostrar as inter-relações entre os vários setores e funções de uma
organização ou serviço. E, ainda, conforme a necessidade pode mostrar o nome do
encarregado, o efetivo de pessoal e o tipo de autoridade ou de ligação hierárquica. É preciso,
apenas, conhecer a estrutura da organização e identificar o tipo de organograma que a melhor
representa.
Um outro modelo de representação gráfica de estrutura organizacional, que não pode
deixar de ser citado, é o funcionograma, que segundo Cury (2000) é mais especificamente um
13
tipo de organograma, porém, com a finalidade de detalhar as atividades/tarefas que compõem
uma função, da qual se originou um órgão no organograma, permitindo observar melhor a
distribuição das funções. Sua utilização é importante, pois permite que se verifique se alguma
atribuição não é desempenhada na prática, se há dois ou mais órgãos com as mesmas
atribuições, se não consta no quadro de atribuições algo essencial para o órgão e se há
desequilíbrio entre os órgãos com alguns sobrecarregados e outros com poucas atribuições.
Para aprofundar os conceitos de organograma, destacam-se alguns modelos
fundamentados em Cury (2000) e Cruz (1998).
2.1.1 Modelos de Cury (2000)
Segundo Cury (2000) os organogramas podem ser de estrutura: Linear, a qual
demonstra claramente a unidade de comando e a hierarquia; Funcional, a qual se baseia na
supervisão funcional prevendo especialização de funções com base nas idéias de Taylor onde
os supervisores (especialista em sua área) de planejamento e de execução atuam
simultaneamente na supervisão dos operários; Staff-and-line, que se distingue da estrutura
linear pela existência de grupos de assessoria (staff) junto a órgãos (diretoria, departamento,
gerência) onde a função do staff ou assessoria é a de aconselhar, assessorar, atender a
consultas, preparar dados, relatórios, trabalhos, pesquisas, etc. sem a função de comando e o
Tipo comissão ou colegiada, que trata da administração pluralista, não existindo mais o
grande chefe com plenos poderes, mas sim um colegiado responsável pelas decisões
estratégicas e pela política da organização, onde os membros do colegiado pertencem às mais
diversas profissões e tendências dividindo entre si as responsabilidades, preservando a
unidade de direção através da chefia executiva encarregada da execução das resoluções do
colegiado que decide de forma democrática, isto é, a maioria vence.
A estrutura Linear tem a chefia como fonte da autoridade, em que as ordens seguem a
hierarquia e cada funcionário recebe ordens apenas de um chefe, como mostra a figura 1.
Pode-se citar como vantagens deste modelo a aplicação simples, facilidade de transmissão e
recebimento de ordens e de informações, definição clara de deveres e de responsabilidades e
fácil controle disciplinar. Como desvantagens a organização rígida, não favorecendo o espírito
de equipe e centralização demasiada. (CURY, 2000)
14
Fonte: CURY, 2000, p. 238 Figura 1 - Modelo de estrutura linear
Outro modelo citado pelo autor, a estrutura Funcional, separa as funções de preparação
e execução onde um mesmo funcionário recebe ordens de mais de um encarregado, pois cada
chefia possui amplo domínio sobre determinada área de sua especialização, valoriza a
especialização e apresenta uma multiplicidade de contatos entre supervisores e executores e a
aplicação da divisão do trabalho às tarefas de supervisão e de execução, como mostra a figura
2. Quanto as vantagens, promove a especialização com uma melhor adaptação da capacidade
de cada pessoa, como também a cooperação e o trabalho em equipe, além de ser mais flexível.
Já quantos as desvantagens, exige maior habilidade gerencial (o que torna mais difícil a sua
aplicação), a coordenação é dificultada, divide o controle e pode desfavorecer a disciplina e
elevar o custo.
GERÊNCIA
(ADMINISTRAÇÃO SINGULAR)
ÁREA
PLANEJAMENTOÁREA EXECUÇÃO
ORDENS
DE
SERVIÇO
FICHA
DE
INSTRUÇÃO
TEMPOS
E
CUSTOS
DISCIPLINA CHEFE
SEÇÃO
ANDAMENTO
DA
PRODUÇÃOINSPETOR MANU-
TENÇÃO
1 2 3 4OPERÁRIOS/LINHAS DE MONTAGEM
Fonte - CURY, 2000, p. 240 Figura 2 - Modelo de estrutura funcional
15
Outro modelo é a estrutura Staff-and-line, que contém órgãos de assessoria cujo
objetivo é, entre outros, pesquisar, estudar, processar análises e fornecer aconselhamentos,
onde o staff1 não exerce autoridade sobre a linha, mantendo, assim, as unidades de comando,
como mostra a figura 3. Suas vantagens são que facilita a participação de especialistas e pode
melhorar a qualidade dos projetos e decisões. E suas desvantagens são que requer uma boa
coordenação das sugestões do staff, pois as sugestões podem gerar algum conflito, o staff
pode exacerbar as suas funções e os órgãos executores podem reagir contra as sugestões do
staff. (CURY, 2000)
DEPARTAMENTO DE
APOIO
ASSESSORIA
PLAN. & COORD.
DIVISÃO DE
DOCUMENTAÇÃO
ASSESSOR
TÉCNICO
SEÇÃO
PROTOCOLO
E ARQUIVO
SEÇÃO DE
MICROFIL-
MAGEM
DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO
DE BENS
ASSESSOR JURÍDICO
SEÇÃO ADM. DE BENS MÓVEIS
SEÇÃO ADM. DE BENS IMÓVEIS
Fonte - CURY, 2000, p. 243 Figura 3 - Modelo de estrutura staff-and-line
Na estrutura Tipo Comissão ou Colegiada, o grupo é responsável pelas decisões e as
responsabilidades, como mostra a figura 4, tanto do colegiado como do executivo, são
impessoais, estando o colegiado em nível hierárquico superior recebendo denominações
como: conselho, junta, comissão, diretoria, etc. Apresenta vantagens como a facilitação da
participação de especialistas, com julgamentos e decisões impessoais. E, desvantagens como
o enfraquecimento de decisões nos níveis executivos, com decisões geralmente mais
demoradas e responsabilidade diluída. (CURY, 2000)
1 Órgãos que prestam assessoria e serviços especializados. Segundo Cury (2000) são órgãos com a função de assessoramento e de aconselhamento ao executivo ao qual estão ligados.
16
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
CONSELHO
CONSULTIVO
CONSELHO
TÉCNICO
VICE-PRESI-DÊNCIA
DEP. ‘A’ DEP. ‘B’ DEP. ‘C’ DEPARTAMENTOS
VICE-PRESIDÊNCIAS
Fonte - CURY, 2000, p. 246 Figura 4 - Modelo de estrutura tipo comissão ou colegiada
Ainda segundo Cury (2000), a evolução das organizações tradicionais procurando
evitar as desvantagens que apresentavam, o desenvolvimento da mentalidade orgânica e
sistêmica e o dinamismo da sociedade atual levam à formas novas de organização. Os
sistemas organizacionais apresentam-se híbridos, sem um padrão rígido, com situações
temporárias, com flexibilidade, podendo vir a alterar-se dentro de algum tempo. Surgem,
então, dois modelos de estruturas: uma com base em função e outra com base em produto.
A estrutura com base em função caracteriza-se por reunir sob um único órgão todas as
atividades análogas e interdependentes, como mostra a figura 5.
DIREÇÃO – GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
COMISSÃO CONSULTIVA
COMISSÃO TÉCNICA
COMISSÃO DE RECURSOS
HUMANOS
COMISSÃO DE FINANÇAS
DIRETORIA - EXECUTIVA
ASSESSORIA PESQUISA E DESENVOLVI
MENTO
ASSESSORIA PLANEJAMENTO
E COORDENAÇÃO
VICE-PRESIDENTE TÉCNICO
VICE-PRESIDENTE SERVIÇOS
DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE
PRODUÇÃO
DEPARTAMENTO PESQUISA A
DESENVOLVIMENTO
DEPARTAMENTO DE
MARKETING
DEPARTAMENTO DE
SUPRIMENTO
DEPARTAMENTO DE RECURSOS
HUMANOS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS
GERAIS
DEPARTAMENTO DE
FINANÇAS
Fonte - CURY, 2000, p. 251 Figura 5 - Modelo de estrutura com base em função
17
Pode-se observar que cada área dedica-se a uma única função, havendo uma
especialização profunda na função, sendo assim a mais indicada para a produção repetitiva.
Apresenta vantagens como a especialização na função (melhor perspectiva de carreira),
uniformidade de normas e procedimentos, podendo favorecer a qualidade do produto. E
desvantagens como a possibilidade de haver conflitos (por causa do desenvolvimento de
novos produtos, linhas, projetos...), supervalorização da função, falta de flexibilidade e
tendência à centralização, desfavorecendo a colaboração entre funções.
Na estrutura com base em produto cada divisão representa uma unidade independente
de produção, como se fosse outra fábrica ou outra organização, como mostra a figura 6. É
uma estrutura unidimensional (sua base é um produto, um grupo de produtos, uma área
geográfica...), onde cada tipo de atividade pode formar uma divisão, desenvolvendo cada área
específica da organização e, cada gerência ou chefia de divisão é orientada quanto às suas
metas, seus custos, seu cronograma, seu orçamento. Possui vantagens, pois facilita a
coordenação, cada gerente é orientado e conhece bem as estratégias e metas e permite o uso
máximo da capacidade e do conhecimento do pessoal. E desvantagens já que os custos podem
ser mais elevados podendo haver dificuldade de integração com as demais divisões.
(PROCESSO)
DIREÇÃO – GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA
EXECUTIVA
DIVISÃO PRODUÇÃO
PRODUTO (X)
COMISSÃO CONSULTIVA
COMISSÃO TÉCNICA
COMISSÃO RECURSOS HUMANOS
COMISSÃO FINANÇAS
ASSESSORIA PESQUISA E DESENVOLV.
ASSESSORIA PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO
DIVISÃO COMERCIAL
DIVISÃO REGIONAL
(NE)
ETCOUTRAS DIVISÕES
PLAN. CONT. PROD.
FABRICAÇÃO MANUTEN ÇÃO
VENDAS
PESSOAL MATERIAL
FINANÇAS
(PRODUTO)
PESQUISA MERCADO
VENDAS DISTRIBUI ÇÃO
RELAÇÕES BANCÁRIAS
PESSOAL SERVIÇOS GERAIS
FINANÇAS
OPERAÇÕES COMERCIAL SERVIÇOS DESENVOL VIMENTO
PESSOAL SERVIÇOS GERAIS
FINANÇAS
(GEOGRÁFICA)
ETCDEPS.
FUNCIONAIS
Fonte - CURY, 2000, p. 257 Figura 6 - Modelo de estrutura com base em produto
18
Posteriormente, surgiram as estruturas contemporâneas com dois novos modelos: a
estrutura com base em projeto e a estrutura matricial.
A estrutura com base em projeto compreende uma parte geral que permanece fixa e
uma parte com durabilidade definida (enquanto durar o projeto). É uma estrutura
unidimensional (cada unidade da organização está voltada para o desenvolvimento de um
único projeto), apresenta objetivos e prazos bem definidos, é de natureza temporária, depende
de inovação de produto e a equipe de projeto é dividida em várias unidades funcionais, como
mostra a figura 7. Suas vantagens são que, é voltada para um objeto único, apresenta
comunicação informal, desenvolvimento do espírito de corpo e autoridade total por parte do
gerente. E suas desvantagens são que, não é bem aceita pela organização permanente e os
recursos são utilizados sem eficácia mostrando insegurança no emprego.
DIREÇÃO – GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
VICE-PRESIDENTE SERVIÇOS (R.
HVM/SUPRIM/SGE)
COMISSÃO CONSULTIVA
COMISSÃO TÉCNICA
COMISSÃO SALÁRIOS
COMISSÃO FINANÇAS
ASSESSORIA PESQUISA E DESENVOLV.
ASSESSORIA PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO
OPERAÇÕES COMERCIAL SERVIÇOS DESENVOL VIMENTO
“ O PROJETO A”
GRUPO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE
DE PROJETO
GRUPO DE ENGENHARIA DE SISTEMA
VICE-PRESIDENTE FUNÇÃO A
(PRODUÇÃO)
VICE-PRESIDENTE FUNÇÃO B
(ENGENHARIA)
VICE-PRESIDENTE FUNÇÃO ... N (MARKETING)
VICE-PRESIDENTE PROJETO
A
VICE-PRESIDENTE PROJETO
... N
ETC. ETC.
ETC.
Fonte - CURY, 2000, p. 266 Figura 7 - Modelo de estrutura com base em projeto
Por fim, a estrutura matricial é uma estrutura excelente para as organizações que
desenvolvem projetos, pois apresenta uma estrutura multidimensional (utiliza características
de estruturas permanentes, por função, produtos e por projetos), é permanente e flexível,
como mostra a figura 8. Apresenta vantagens como o equilíbrio de objetivos,
desenvolvimento de um forte e coeso trabalho de equipe, elimina mão-de-obra ociosa e
19
extensas cadeias hierárquicas. Porém, apresenta desvantagens como a subutilização de
recursos e insegurança entre os membros do projeto.
VICE-PRESIDENTE PROJETOS
GERÊNCIA PROJETO C
DIREÇÃO – GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
COMISSÃO CONSULTIVA
COMISSÃO TÉCNICA
COMISSÃO SALÁRIOS
COMISSÃO FINANÇAS
ASSESSORIA PESQUISA E DESENVOLVI
MENTO
ASSESSORIA PLANEJAMENTO
E COORDENAÇÃO
VICE-PRESIDENTE ENGENHARIA
VICE-PRESIDENTE FINANÇAS
VICE-PRESIDENTE PRODUÇÃO
VICE-PRESIDENTE PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO
VICE-PRESIDENTE MARKETING
VICE-PRESIDENTE SERVIÇOS
DEPARTAMENTO DE RECURSOS
HUMANOS
DEPARTAMENTO DE
SUPRIMENTO
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS
GERAIS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS
JURÍDICOS
DEPARTAMENTO DE
PROCESSAMENTO DE DADOS
ETC
GERÊNCIA PROJETO A
GERÊNCIA PROJETO B
PCP
ES
PCP
ES
PCP
ES
ETC
Fonte - CURY, 2000, p. 270 (Adaptado) Figura 8 - Modelo de estrutura matricial
Analisando os modelos de Cury e comparando com a escola, como a mesma está
organizada, estruturada, a estrutura Funcional é a que melhor descreve a escola, visto que os
funcionários, pode-se citar como exemplo os professores, recebem ordens de mais de um
encarregado, melhor explicando, recebem ordem da direção, supervisão, secretária ... etc.
2.1.2 Modelos de Cruz (1998)
Já para Cruz (1998), há apenas três tipos básicos de se representar uma organização:
Linha, Funcional e Linha e Assessoria, com características semelhantes ao autor já citado.
Onde, na organização em Linha (figura 9), a autoridade passa pelos níveis de gerenciamento e
de supervisão para chegar até o trabalhador, que é quem operacionaliza a atividade. Sendo
que, cada unidade é responsável pela aplicação de suas próprias técnicas e métodos assim
como por seus procedimentos administrativos. E, dentro de cada unidade, a responsabilidade
por todo o seu funcionamento é do supervisor da unidade. Este modelo apresenta vantagens
como cadeia de comando claramente definida, a responsabilidade é fácil de ser determinada e
a comunicação é rápida e eficiente, e desvantagens como a falta de especialização do
supervisor, freqüente sobrecarga de trabalho e dificuldade em assegurar a sucessão do posto.
20
Fonte - CRUZ, 1998, p. 43
GERÊNCIA
GERAL
DIVISÃO DE
PRODUÇÃO
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
OPERAÇÃO OPERAÇÃO OPERAÇÃO OPERAÇÃO
Figura 9 – Organização em linha
Na organização Funcional (figura 10), a organização é vista como um conjunto de
funções que podem ou não, estar inter-relacionadas através das atividades que compõem um
processo. Aqui, a autoridade passa pelos níveis de gerenciamento para ser compartilhada entre
as funções técnicas e administrativas, as quais se baseiam num conjunto de tarefas comum a
todas as funções. Apresenta vantagens como em que a especialização em uma área facilita a
aquisição de experiência, a habilidade para gerenciar outros é necessária somente dentro do
contexto de especialização e o gerenciamento não existe abaixo do nível de superintendência,
o que simplifica a sucessão.
GERÊNCIA
GERAL
FLUXO PROCEDIMENTOS TEMPOS & CUSTO ORGANIZAÇÃO &
DISCIPLINA
OPERÁRIOS
SUPERVISOR DE
EQUIPE
SUPERVISOR DE
INSPEÇÃO
SUPERVISOR DE
MANUTENÇÃO
SUPERVISOR DE
TEMPO
DIVISÃO DE
PRODUÇÃO
Fonte - CRUZ, 1998, p. 44
Figura 10 – Estrutura funcional
21
E, na organização Linha e Assessoria (figura 11) há a combinação da organização
Linha e Funcional, definindo claramente a delegação de autoridade, responsabilidade e linha
de comunicação.
SUPERINTENDENTE
CONSELHO
VENDAS COMPRAS ENGENHARIA RH
DEPARTAMENTOS
ASSESSORIA COMITÊ EXECUTIVO
GERENTE
DIVISÃO
MATERIAIS PRODUÇÃO INSPEÇÃO MANUTENÇÃO MÉTODOS
CPD
Fonte - CRUZ, 1998, p. 46 Figura 11 – Estrutura linha e assessoria
A partir destas três estruturas citadas pelo autor, surgiram outras: organizações
departamentalizadas, estrutura baseada em comissões (colegiada), estrutura baseada em
divisões, estrutura matricial e estrutura circular ou radial.
As organizações departamentalizadas (figura12) caracterizam-se por dividir as
atividades de uma organização em áreas com características bem delimitadas, fazendo com
que o processo produtivo seja de difícil operacionalidade. As atividades são divididas,
portanto, em departamentalizações por: processo, que divide a fabricação do produto em
função das operações que os funcionários terão que desempenhar para fabricá-lo, sendo
bastante utilizada por indústrias e organizações públicas; por produtos ou serviços, onde a
organização é dividida em função dos produtos que fabrica ou dos serviços que comercializa;
por localização geográfica, que adapta a estrutura à distribuição espacial dos mercados
podendo elevar significativamente os custos do produto; por quantidade, dividindo a
organização pela quantidade de pessoas existente em cada conjunto, utilizada ainda pelo
exército, por exemplo; por clientes, concentrando esforços e especializando os funcionários
22
no atendimento a um tipo de cliente; por contingência ambiental, criada para atender a uma
determinada situação específica e depois de alcançado os objetivos é desativada, tendo como
exemplo uma empresa de venda de materiais de construção; por projeto, restringe a um grupo
de especialistas a responsabilidade necessária à execução de cada projeto, ideal para empresas
de especialização e execução de projetos e por tempo, empregada no nível de produção onde
os trabalhadores são divididos em turnos, pois o trabalho não pode parar.
DIRETORIA
DE ORGANIZAÇÃO &
SISTEMAS
DEPARTAMENTO
DE O&M DEPARTAMENTO
DE SUPORTE
DEPARTAMENTO
DE SISTEMAS
DEPARTAMENTO
DE OPERAÇÃO
Fonte - CRUZ, 1998, p. 47 Figura 12 – Organização baseada em departamentos
A estrutura baseada em comissões tem a função de coordenar e trocar informações
para aconselhar a alta administração ou até mesmo tomar decisões.
A estrutura baseada em divisões consiste no agrupamento dos produtos
organizacionais.
A estrutura matricial (figura 13) é resultado da interação entre a estrutura tradicional
por departamento e a estrutura por projetos, apresentando dois tipos de autoridade: a funcional
e a hierárquica.
23
PRESIDENTE
Fonte - CRUZ, 1998, p. 53 Figura 13 – Estrutura matricial
E, a estrutura circular ou radial (figura 14), pouco utilizada, serve para suavizar a
apresentação da estrutura e economizar espaço em apresentações.
PRESIDENTE
Gerência de Marketing
Departamento
de vendas
Ger
ênci
a de
R
H
Gerência de Manufatura
Gerência de M
arketing
Departamento
de
recrutamen
to
Dep
arta
men
to
de tr
eina
men
to
Departamento de produção
Departamento
de expedição
Departam
ento de contas a pagar
Departamento
de contas
a receber
Departamento de pesquisa
Fonte - CRUZ, 1998, p. 54 Figura 14 – Estrutura circular ou radial
Como já citado na comparação da organização da escola com os modelos de Cury, o modelo aqui descrito por Cruz como organização funcional é o que melhor descreve a escola pelo fato da autoridade passar pelos níveis de gerenciamento (direção, administração...) para ser compartilhada entre as funções técnicas e administrativas.
DIRETORIA DE
PROJETOS
DIRETORIA DE
MARKETING
DIRETORIA DE
PRODUÇÃO DIRETORIA VENDAS DIRETORIA ADM. E FIN.
PROJETO
“A”
PROJETO
“B”
PROJETO
“C”
PROJETO
“D”
24
2.1.3 Estrutura organizacional na instituição escolar
Com relação aos conceitos e definições, há nítida semelhança entre os modelos citados
anteriormente, de Cury (2000) e Cruz (1998). O que difere entre um autor e outro é apenas a
maneira como são colocadas/organizadas as estruturas de acordo com a sua evolução. E,
comparando as colocações de Cury (2000) e Cruz (1998) com Libâneo (2004), importante
autor sobre esse tema na área educacional, percebe-se a importância da estrutura
organizacional para toda e qualquer organização.
De acordo com Libâneo (2004), toda a instituição escolar necessita de uma estrutura
de organização interna, geralmente prevista no Regimento Escolar ou em legislação específica
estadual ou municipal, para ordenar e dispor as funções que asseguram o funcionamento de
toda a escola, conforme as concepções de organização e gestão adotadas. Estrutura esta,
geralmente representada graficamente por meio de organograma. Um exemplo disto pode ser
observado no organograma da figura 15, que mostra a estrutura básica das funções que
expressam a organização do trabalho em uma escola.
Conselho de Escola
Direção-Assistente de Direção ou Coordenador de Turno
Professores - Alunos
Pais e Comunidade- APM
Setor Pedagógico-Conselho de Classe
-Coordenação Pedagógica-Orientação Educacional
Setor técnico-administrativo-Secretaria Escolar-Serviços de zeladoria, limpeza, vigilância-Multimeios (biblioteca,- laboratórios, videoteca, etc.))
Fonte - LIBÂNEO, 2004, p. 127 Figura 15 - Modelo de organograma básico de escolas
De acordo com o modelo acima, o Conselho de Escola tem atribuições consultivas,
deliberativas e fiscais, em questões (pedagógicas, administrativas e financeiras) definidas na
legislação estadual ou municipal e no Regimento Escolar. O Conselho é eleito no início do
25
ano composto por docentes, especialistas em educação, funcionários, pais e alunos. O diretor
coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais
componentes do corpo de especialistas e de técnicos-administrativos, atendendo às leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no
âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade. Já o setor técnico-
administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento dos objetivos e
funções da escola respondendo, também, pelos serviços auxiliares (zeladoria, vigilância e
atendimento ao público) e multimeios (biblioteca, laboratórios, etc.), onde a secretaria escolar
cuida da documentação, escrituração e correspondência da escola, dos docentes, demais
funcionários e dos alunos e, também, pelo atendimento de pessoas. O setor pedagógico
compreende as atividades de coordenação pedagógica e orientação educacional. As
instituições auxiliares como a Associação de Pais e Mestres (APM), o Grêmio Estudantil
entre outras funcionam paralelas à estrutura organizacional conforme o Regimento Escolar. E,
o corpo docente que é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola e o
corpo discente que é constituído pelos alunos e suas associações representativas.
Por esta pesquisa envolver como tema a gestão escolar, cabe salientar que a análise
estrutural de uma instituição de ensino também deve ser ordenada, como já citado acima. Para
fundamentar tal fato destaca-se que, segundo Nóvoa (1999), os estudos centrados nas
características organizacionais das escolas tendem a construir-se com base em três grandes
áreas: a estrutura física da escola que trata da dimensão da escola, dos recursos materiais, do
número de turmas, do edifício escolar, da organização dos espaços, etc.; a estrutura
administrativa da escola que trata da gestão, direção, controle, inspeção, tomada de decisão,
pessoal docente, pessoal auxiliar, participação das comunidades, relação com as autoridades
centrais e locais, etc. e a estrutura social da escola que trata da relação entre alunos,
professores e funcionários, responsabilização e participação dos pais, democracia interna,
cultura organizacional da escola, clima social, etc.
2.2 ESTRUTURA E DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES
O Planejamento de Recursos Humanos compreende o processo gerencial de
identificação e análise das necessidades organizacionais de Recursos Humanos e o
26
conseqüente desenvolvimento de políticas, programas, sistemas e atividades que satisfaçam
essas necessidades, a curto, médio e longo prazos, tendo em vista assegurar a realização das
estratégias do negócio, dos objetivos da Empresa e de sua continuidade sob condições de
mudanças. (LUCENA, 1999). E, para identificar, analisar e atender essas necessidades
organizacionais de Recursos Humanos, o planejamento de recursos humanos é constituído por
alguns componentes básicos como o Planejamento Organizacional, a Estrutura e Descrição de
Cargos, Cargos-chaves e Cargos-críticos, Linha de Sucessão e Perfil Profissional.
Destaca-se, aqui, a estrutura e descrição de cargos que procura estabelecer as posições
de trabalho, suas atribuições, responsabilidades e autoridades, assim como o campo de
atuação de cada cargo, a contribuição esperada e os requisitos de competência profissional e
pessoal necessários para o desempenho do cargo. Ou seja, é o detalhamento das atribuições ou
tarefas do cargo, com que freqüência são executadas, quais métodos são empregados para o
desempenho das mesmas e os seus objetivos, considerando ainda requisitos como
escolaridade, experiência, responsabilidade e condições de trabalho, além de outros exigidos
de seu ocupante para desempenhá-lo satisfatoriamente. Segundo Chiavenato (2000, p. 303) “a
descrição de cargos é um processo que consiste em enumerar as tarefas ou atribuições que
compõem um cargo e que o torna distinto de todos os outros cargos existentes na
organização”. Oliveira (2002, p. 12) complementa que:
A descrição de cargos é um processo que consiste em determinar, pela observação e pelo estudo, os fatos ou elementos que compõem a natureza de um cargo e o tornam distinto dos outros cargos existentes da organização. De forma geral, ela define algumas responsabilidades principais e uma lista de tarefas que o ocupante do cargo deve desempenhar.
A estruturação e descrição de cargos facilita a administração do trabalho, possibilita a
melhor distribuição das atribuições dos subordinados e a utilização de critérios de
acompanhamento e avaliação do trabalho, além de contribuir para a identificação de cargos-
chaves e críticos, dimensionamento das linhas de sucessão, formulação dos planos de
sucessão, suporte ao processo de colocação (recrutamento, seleção...), elaboração dos planos
de desenvolvimento e dos programas de treinamento e formulação do processo de avaliação
de desempenho.
Pois, como afirma Toledo (1977), a descrição e análise de funções são tarefas básicas
indispensáveis à maioria dos programas de administração de pessoal. Não se pode selecionar
27
ou treinar pessoal, nem determinar o valor de uma função ou mérito de um funcionário se não
tiver uma idéia clara e registrada por escrito do que se faz neste cargo ou função e quais os
requisitos pessoais necessários para o seu bom desempenho.
Para melhor compreender tais definições é importante ter claro a definição de: tarefa
(atividade executada por um indivíduo na organização); função (agregado de tarefas
atribuídas a cada indivíduo na organização) e cargo (conjunto de funções substancialmente
idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e às especificações exigidas do cargo).
(PONTES, 2000).
Ainda sobre cargo, Pontes (2000) destaca que a especificação do mesmo é dividida em
quatro grandes áreas subdivididas em requisitos e qualificações, sendo elas:
• área mental, que determina os conhecimentos teóricos ou práticos
necessários para que o ocupante do cargo desempenhe
adequadamente suas funções, tendo como requisitos mais comuns
instrução, conhecimento, experiência, iniciativa e complexidade das
tarefas;
• área de responsabilidades, que determina as exigências impostas ao
ocupante do cargo para impedir danos à produção, ao patrimônio e à
imagem da empresa, tendo como requisitos mais comuns a
responsabilidade por erros, supervisão, numerário, títulos ou
documentos, contatos, dados confidenciais, material, ferramentas e
equipamentos;
• área física, que determina os desgastes físicos impostos ao ocupante
do cargo em decorrência de tensões, movimentos, posições
assumidas etc., tendo o esforço físico, concentração mental e visual,
destreza ou habilidade e compleição física como os requisitos mais
comuns;
• área de condições de trabalho, que determina o ambiente onde é
desenvolvido o trabalho e os riscos a que está submetido o ocupante
do cargo, tendo como requisitos mais comuns o ambiente de trabalho
e riscos.
Pode-se visualizar o modelo da figura 16 para melhor entender a descrição e
especificação de cargos de uma organização.
28
TÍTULO DO CARGO: Analista de Cargos e Salários
UNIDADE: Recursos Humanos
DESCRIÇÃO SUMÁRIA:
Executa trabalhos de descrição e especificação de cargos, pesquisas salariais e extra-salariais e processamento de aumentos e reajustes salariais.
DESCRIÇÃO DETALHADA:
• Descreve e especifica cargos, baseando-se nos planos de avaliação previamente estabelecidos, de conformidade com anotações constantes em questionários e/ou entrevistas com ocupantes do cargo.
• Elabora levantamentos diversos sobre o comportamento do mercado salarial, consultando publicações específicas e/ou pesquisas, para análise e comparações internas.
• Desenvolve pesquisas salariais e extra-salariais, definindo formulários, rol de cargos e empresas. Tabula e apresenta os resultados aos órgãos superiores.
• Analisa solicitações de aumentos salariais por promoção ou mérito, verificando se estão condizentes com o estabelecido na política de administração salarial.
• Confere fichas de solicitação de pessoal e de aprovação de admissão, verificando se os cargos e salários iniciais estão condizentes com o estabelecido no plano de administração salarial.
• Acompanha a evolução das negociações coletivas para reajustamentos salariais, acordos sindicais ou dissídios das categorias profissionais. Interpreta os textos dos acordos e efetua os cálculos necessários para o reajuste salarial dos colaboradores envolvidos.
ESPECIFICAÇÃO
1. INSTRUÇÃO
Formação escolar: Conhecimentos formais equivalentes aos adquiridos em curso superior completo de Administração.
2. CONHECIMENTOS
Técnicas de Administração de Salários
Estatística Aplicada à Administração Salarial
Microinformática
3. EXPERIÊNCIA
Quatro anos, adquirida no exercício do próprio cargo.
4. INICIATIVA/COMPLEXIDADE
Tarefas em geral não padronizadas, exigindo iniciativa para a solução de problemas diversificados. Exige discernimento e desembaraço para tomar decisões mais convenientes. Trabalho que exige ação independente.
5. RESPONSABILIDADE POR DADOS CONFIDENCIAIS
O responsável pelo cargo tem acesso a informações confidenciais (salários de todos os colaboradores), cuja divulgação inadvertida pode provocar embaraços internos.
6. RESPONSABILIDADE POR ERROS
Trabalho que envolve recomendações de política salarial, que, se cometidos erros de julgamento, podem implicar dispêndios consideráveis para a companhia.
7. RESPONSABILIDADE POR CONTATOS
Contatos freqüentes com colaboradores, gerentes e representantes de outras companhias, exigindo tato e discernimento para levar a termo entrevistas de tipos variados.
8. CONDIÇÕES DE TRABALHO
Normais de escritório.
DATA DA ELABORAÇÃO: ___/____/____ REVISÃO: _____________
Fonte - PONTES, 2000, p. 82 e 83 Figura 16 – Descrição de cargo
29
Um outro componente que, pode-se dizer, está relacionado à estruturação e descrição
de cargos servindo como um complemento para o mesmo é o perfil profissional, pois diz
respeito às qualificações humanas desejáveis para o desempenho do cargo. Segundo Lucena
(1999, p.115) “perfil profissional compreende o dimensionamento dos objetivos do cargo, do
tipo de contribuição esperada, expressa nos resultados desejados. Estes indicadores orientarão
a identificação das responsabilidades, conhecimentos, qualificações, experiências, habilidades
e aptidões requeridas pelos objetivos do cargo. São, portanto, condições para o desempenho
do ocupante do cargo”.
Para embasar os temas estrutura organizacional e descrição de cargos, apresenta-se no
item 2.3, alguns conceitos e considerações sobre Administração de Recursos Humanos, já que
é por meio desta que os administradores gerenciam os recursos humanos das organizações,
principalmente como estes devem estar estruturados e atuando.
2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
A Administração de Recursos Humanos (RH) tem como tarefa básica promover a
integração funcionários/organização para obter produtividade e otimização do sistema através
de um relacionamento maduro e proveitoso. Integração esta, relacionada ao respeito mútuo
das necessidades, interesses e objetivos de ambas as partes, intermediando a liderança e os
objetivos econômicos da organização e as necessidades do trabalhador, evitando que um
explore o outro, assim como identificando os melhores caminhos para o planejamento do
trabalho.
Para Chiavenato (1997, p. 168),
A administração de recursos humanos significa conquistar e manter pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva e favorável. Representa todas aquelas coisas não só grandiosas que provocam euforia e entusiasmo, como também aquelas coisas muito pequenas e muito numerosas, que frustram ou impacientam, ou que alegram e satisfazem, mas que levam as pessoas a desejar permanecer na organização.
30
Assim como para Aquino (1980, p. 76), a administração de RH,
Consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar as funções procura, desenvolvimento, manutenção e utilização da força de trabalho de forma que os objetivos para os quais a empresa foi estabelecida sejam atingidos econômica e eficazmente, bem como os objetivos de todos os níveis de pessoal e os da sociedade sejam devidamente considerados e atingidos.
Ou seja, a Administração de Recursos Humanos consiste em coordenar os interesses
de seus colaboradores e dos dirigentes, proporcionando à organização um quadro de pessoal
motivado, integrado, produtivo e estimulado para contribuir para o alcance dos objetivos
organizacionais.
Peres (2006) salienta que a Administração de Recursos Humanos pode trazer
benefícios às pessoas, criando, assim, um valor adicional às mesmas e obtendo delas o
máximo de eficiência, tanto para o desenvolvimento organizacional quanto para o pessoal.
Isto porque, gerir pessoas não é só “cuidar” de técnicas, métodos e instrumentos racionais de
trabalho e de controle, e sim, entender que o homem é um ser dotado de desejos, pulsão,
expectativas, tem alma e se comunica por meio de palavras e comportamentos. É entender que
o homem é dotado de vida interior e experiências através de sua vida social, religiosa e
psíquica entre outras, bem como é resultado de “marcas” singulares em sua formação criando
crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão construir a experiência
histórica coletiva dos grupos organizacionais.
Como salienta Tachizawa e Andrade (1999), qualquer que seja a organização, mesmo
de ensino, as pessoas devem ser consideradas como fundamentalmente iguais, irmanadas,
todas no esforço de cumprimento dos objetivos maiores da instituição de ensino, que é a sua
sobrevivência, crescimento e continuidade. Pois, como destaca Colombo (2004),
[...] só as adaptações tecnológicas e organizacionais não conseguem mais responder aos desafios de competitividade; a vantagem competitiva, capaz de projetar no mercado a escola moderna, está na qualidade, na produtividade, na clareza de seu cotidiano no qual a prática seja reflexo da teoria imprimida em seus princípios filosóficos e na inovação, enfim ... nas pessoas.
31
Ainda sobre esse setor, destaca-se que organização escolar é sinônimo de
administração escolar, termo que caracteriza os princípios e procedimentos referentes à ação
de planejar o trabalho da escola, racionalizar o uso de recursos (materiais, financeiros,
intelectuais), coordenar e controlar o trabalho das pessoas. Pois, como cita Santos (1996), a
administração escolar tem como objetivos essenciais planejar, organizar, dirigir e controlar os
serviços necessários à educação, incluindo, portanto, no seu âmbito de ação, a organização
escolar.
O agrupamento dos recursos humanos (pessoas) é, portanto, a característica mais
marcante de uma instituição de ensino. Visto que, pessoas para serem produtivas necessitam
de motivação, tarefas previamente definidas e recompensas pelo trabalho realizado. Todas as
pessoas de uma instituição de ensino, embora com intensidade diferenciada, necessitam ter
uma visão global, de conjunto e integradora, mediante a qual percebam de que maneira seu
trabalho se inter-relaciona com os demais, e assim possam contribuir para a maior
produtividade do trabalho coletivo na instituição.
Assim, é importante entender que a administração de recursos humanos deve estar
sempre voltada ao desenvolvimento da organização, através das pessoas que nela trabalham,
para tanto, seu envolvimento torna-se indispensável a fim de que viabilizem as mudanças
necessárias (BERGAMINI, 1990, p. 36).
2.4 GESTÃO ESCOLAR
Para melhor compreensão do tema desta pesquisa, neste subcapítulo, apresentam-se
alguns conceitos sobre gestão escolar, que visam embasar a análise dos resultados. Cabe
considerar que em alguns momentos do texto, utiliza-se a denominação “Administração
Escolar”, conforme adoção do autor referenciado.
O conceito de gestão escolar, segundo Lück (2000), abrange uma série de concepções
podendo-se citar a democratização do processo de construção social da escola e realização de
seu trabalho, mediante a organização de seu projeto político-pedagógico, o compartilhamento
do poder realizado pela tomada de decisões de forma coletiva, a compreensão da questão
dinâmica e conflitiva e contraditória das relações interpessoais da organização, o
32
entendimento dessa organização como uma entidade viva e dinâmica, demandando uma
atuação especial de liderança e articulação, a compreensão de que a mudança de processos
educacionais envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e nos sistemas de
ensino.
Para que as organizações funcionem e, assim, realizem seus objetivos, requer-se a
tomada de decisões e a direção e controle dessas decisões, o que se denomina gestão. Assim,
gestão significa dar direção de organização e funcionamento da escola, comprometida com a
formação do cidadão. Segundo Libâneo (2004), gestão é a atividade pela qual são mobilizados
meios e procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente,
os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. O modelo de gestão (figura 17), como uma
abstração da realidade, foi estabelecido com o fim de representar instrumentos e técnicas que,
de forma integrada, possam constituir suporte ao gerenciamento de uma instituição de ensino
típica, fixando suas linhas genéricas, mas os detalhes e a forma de interação entre aqueles
instrumentos e técnicas dependem das particularidades de cada instituição de ensino
(TACHIZAWA e ANDRADE, 1999).
Fonte: TACHIZAWA e ANDRADE, 1999, p. 63 Figura 17 - Um modelo descritivo de gestão
Certas estratégias e instrumentos de gestão são comuns a todas as instituições. Porém,
há estratégias específicas e instrumentos particulares que variam em função das crenças,
valores e estilo de gestão que são singulares a cada instituição de ensino. Assim, segundo
Sousa (2006), a gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos:
interno – que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar
nos projetos pedagógicos e externo – ligado à função social da escola, na forma como produz,
divulga e socializa o conhecimento, permitindo pensar gestão no sentido de uma articulação
consciente entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu significado
político e social. Então, a relação dos aspectos internos da escola com os externos, enriquece a
gestão da escola direcionando a maneira de administrar a mesma, para o alcance de sua
Fatores comuns
às IESs
Fatores específicos a
cada IES
Modelo
de gestão + =
33
missão, que é a de oferecer educação de qualidade em sintonia com as necessidades da
comunidade local.
Segundo Libâneo (2004), há algumas concepções quanto ao estilo de gestão:
a) Técnico-científica: baseia-se na hierarquia de cargos e funções, nas regras e
procedimentos administrativos, visando à racionalização do trabalho e a eficiência dos
serviços escolares, sendo a sua versão mais recente o modelo de gestão da qualidade total,
com utilização mais acentuada de métodos e práticas de gestão da administração empresarial,
apresentando características como: prescrição detalhada de funções e tarefas, acentuando-se a
divisão técnica do trabalho escolar; poder centralizado no diretor (relações de subordinação);
ênfase na administração regulada (rígido sistema de normas, de regras e procedimentos
burocráticos de controle das atividades); formas de comunicação verticalizadas baseadas mais
em normas e regras do que em consensos e maior ênfase nas tarefas do que nas interações
pessoais.
b) Concepção autogestionária: baseia-se na responsabilidade coletiva, ausência de
direção centralizada e participação direta e por igual de todos os membros da instituição,
apresentado também características como a valorização da capacidade do grupo de criar e
instituir suas próprias normas e procedimentos, exercício do poder coletivo para preparar
formas de autogestão no plano político, decisões coletivas por meio de assembléias e
reuniões, ênfase na auto-organização do grupo por meio de eleições e alternância no exercício
de funções, recusa a normas e sistemas de controles acentuando a responsabilidade coletiva,
recusa do poder instituído e ênfase nas relações pessoais.
c) Concepção interpretativa: considera como elemento prioritário os significados
subjetivos, as intenções e a interação entre as pessoas, entendendo que as práticas
organizativas são socialmente construídas, com base nas experiências subjetivas e as
interações sociais das pessoas. Além disso, considera a escola como uma realidade social
subjetivamente e socialmente construída e privilegia a “ação organizadora” com valores e
práticas compartilhados, a qual valoriza muito as interpretações, valores, percepções e
significados subjetivos, destacando o caráter humano e secundarizando o caráter formal,
estrutural e normativo.
d) Concepção democrático-participativa: baseia-se na relação orgânica entre a direção
e a participação dos membros da equipe, em que a busca de objetivos comuns é assumida por
todos. Assume, assim, uma forma coletiva de tomada de decisões sem desobrigar as pessoas
34
da responsabilidade individual. Exerce formas de gestão participativa, mas não exclui a
necessidade de coordenação, de diferenciação de competências profissionais entre os
membros da equipe, de gestão eficaz e de avaliação sistemática da execução das decisões
tomadas. Entre outras características: definição explícita de objetivos sóciopolíticos e
pedagógicos da escola, pela equipe escolar, articulação entre a atividade de direção e a
iniciativa e participação das pessoas da escola e das que se relacionam com ela, alto nível de
qualificação e competência profissional, busca de objetividade no trato das questões da
organização e gestão, acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade pedagógica:
diagnóstico, acompanhamento dos trabalhos, reorientação de rumos e ações, tomada de
decisões e ênfase tanto nas tarefas quanto nas relações interpessoais.
Como ressalta Libâneo (2004), tais concepções refletem diferentes posições políticas e
concepções do papel da escola e da formação humana na sociedade, representando estilos de
gestão em seus traços gerais.
No que diz respeito aos fatores comuns a todas as instituições de ensino, a visão mais
simplificada de uma instituição, como mostra a figura 18, é aquela constituída dos insumos
(ou entradas do processo organizacional) e da transformação e processamento dos insumos
(conjunto de processos que constituem a organização) em produtos finais gerados e colocados
à disposição do mercado (TACHIZAWA e ANDRADE, 1999).
Fonte: TACHIZAWA e ANDRADE, 1999, p. 64 Figura 18 - Visão sistêmica de uma Instituição de Ensino
Missão
Modelo
Estratégias e regras
Insumos Produtos IES
35
Ainda segundo o autor, o modelo de gestão se apóia nos seguintes elementos:
planejamento estratégico, projeto pedagógico, indicadores e benchmarking, processos,
configuração organizacional e tecnologias da informação, recursos humanos e qualidade e
critérios de avaliação, como mostra a figura 19.
Fonte: TACHIZAWA e ANDRADE, 1999, p. 69 Figura 19 - Fatores de influência
Os mesmos elementos do modelo de gestão podem ser vistos sob uma outra dimensão
na figura 20.
Fonte: TACHIZAWA e ANDRADE, 1999, p. 70 Figura 20 - Modelo de gestão aplicável a uma Instituição de ensino Típica
Quanto ao primeiro elemento, Planejamento estratégico, Tachizawa e Andrade (1999)
relatam que o planejamento estratégico de uma Instituição de ensino deve ser entendido como
Estratégias, indicadores e
projeto pedagógico
Qualidade e critérios
de avaliação
Processos, TIs e
configuração
organizacional
INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Recursos Humanos
Gestão da IES
Gestão dos processos e das tecnologias da informação
Gestão Estratégica
Configuração organizacional
Gestão dos recursos humanos
Gestão da qualidade e avaliação institucional
Planejamento Estratégico
Plano
estratégico
Estratégias
36
um processo (permanente e dinâmico), cujo objetivo final é o de dotá-la de um instrumento de
gestão estratégica de longo prazo (plano estratégico) servindo de orientação para a definição e
o desenvolvimento dos planos e programas de curto e médio prazos, bem como permitindo a
convergência de ações em torno de objetivos comuns. Como salienta também Franco (1998),
a efetivação de um projeto institucional ou planejamento da instituição de ensino, requer uma
equipe de trabalho competente, voltada de modo especial para a concretização da missão
institucional, preocupada com a qualidade daquilo que faz no campo educacional e com a
organização formal adequada da instituição.
Mesmo o autor destacando o projeto pedagógico (estrutura acadêmico-curricular)
como um elemento do modelo de gestão, destaca-o também como um dos componentes
principais do delineamento estratégico, assim como o regimento escolar (regras de gestão e
relacionamento com alunos, professores e demais agentes que influenciam no processo
ensino-aprendizagem). O controle estratégico e operacional é exercido de forma objetiva e
macroscópica na Instituição, através de indicadores de gestão, de qualidade e de desempenho.
Os processos sistêmicos, configuração organizacional e tecnologias da informação, são
fatores intra-organizacionais necessários ao fluxo de informações que dão suporte ao processo
decisório das Instituições, ou seja, é o conjunto de tarefas específicas e peculiares a uma
instituição.
Um aspecto a ressaltar é que na escola, o gestor (diretor) aparece como modelador da
cultura organizacional e orientador de sua direção, acompanhado de inovação administrativa e
gestionária. (TACHIZAWA e ANDRADE, 1999). Isto porque o gestor educacional é
responsável pelo funcionamento administrativo e pedagógico da escola e tem como principal
tarefa fazer com que sejam cumpridas as promessas da escola a seus usuários, fazendo-se
necessário detectar e avaliar constantemente novas oportunidades, mapear as percepções,
preferências e exigências dos alunos, bem como de seus familiares e manter-se
constantemente em contato com seu público-alvo, para se assegurar de que ele está satisfeito.
Segundo Tachizawa e Andrade (1999), é preciso que o gestor tenha credibilidade na visão,
princípios de caráter, comprometimento com o autodesenvolvimento pessoal e seja um bom
influenciador de grupo, exigindo transparência na ação para com a comunidade educativa. O
gestor desempenha, então, a gestão geral e as funções administrativas (relacionadas com o
pessoal, com a parte financeira, com o prédio e os recursos materiais, com a supervisão geral
das obrigações de rotina do pessoal, relações com a comunidade) e delega a parte pedagógica
ao coordenador ou coordenadores pedagógicos.
37
O papel do gestor/diretor tem de ser entendido, como afirma Libâneo (2004), como
um líder, uma pessoa que consegue aglutinar as aspirações, os desejos, as expectativas da
comunidade escolar e articular a adesão e a participação de todos os segmentos da escola na
gestão de um projeto comum.
Na relação específica com a prática da administração escolar tem-se que considerar a
possibilidade da escola como aparelho ideológico, onde sua gestão passa necessariamente
pela estrutura do poder necessária a esta dominação. Esta percepção permeia algumas das
teorias e práticas mais críticas na área educacional nos últimos 25 anos, resultando em
propostas de uma administração escolar numa perspectiva democrática, o que significa em
termos concretos: a ampliação do acesso à escola das camadas mais pobres da população, o
desenvolvimento de processos pedagógicos que possibilitem a permanência do aluno no
sistema escolar e as mudanças nos processos administrativos no âmbito do sistema, com a
eleição de diretores pela comunidade escolar (professores, pais e funcionários) e a
participação desta nas decisões, como sintetiza Hora (2001).
Impactada pelo modelo de qualidade total, absorvida pela era do conhecimento, a
administração escolar, cria a necessidade por tomada de decisões e staff de apoio, como forma
“colegiada” de dirigismo. Como as demais organizações, a prática da administração escolar
direciona-se para a necessidade de mobilização da subjetividade dos diferentes atores sociais
presentes (gestores, funcionários, professores, alunos e pais) estimulando o exercício das
principais estratégias hoje disponíveis nesse sentido como a participação no processo
decisório, socializando para o trabalho em equipe e a produção flexível, a formação
profissional enquanto formação de competências (operacionalização dos conhecimentos,
habilidades e atitudes), a comunicação de mão-dupla (autêntica) e a aprendizagem
organizacional que se traduz na proposição e na prática de projetos político-pedagógicos que
envolvam a comunidade escolar como um todo, garantindo a sua adesão, o seu envolvimento
nos processos e nos resultados e educacionais. (OLIVEIRA, 2005, p.37).
Para pensar em um sistema educacional que promova uma prática pedagógica que
atenda as necessidades e expectativas de seu público, é preciso pensar na elaboração de um
Projeto Político Pedagógico que oriente e norteie as ações da organização escolar. O Projeto
Político Pedagógico (PPP), segundo Oliveira (2005) é um documento que define e articula os
processos pedagógicos e políticos privilegiados pela escola.
38
Para Salmaso e Fermi e (2002) o projeto político-pedagógico busca um rumo, uma
direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. É o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela
coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma
nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os
envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a
comunidade como um todo. Por isso, todo o projeto pedagógico da escola é, também, um
projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio-político e com
interesses reais e coletivos da população majoritária. Sendo assim, o PPP deve ser construído
e vivenciado em todos os momentos por todos os envolvidos com o processo educativo, para
que o mesmo possa ter significado e provocar mudanças necessárias e não ser mais apenas um
documento burocrático. Sua elaboração deve visar à prática efetiva da escola e contemplar
alguns itens como ilustra a figura 21.
Fonte: Oliveira et al., 2005, p. 47 Figura 21 - Itens que devem ser contemplados em um PPP.
A elaboração de um PPP, segundo Oliveira (2005), deve partir de uma concepção de
educação a qual norteará os procedimentos, processos, atividades, organização administrativa
e pedagógica, estruturação curricular, organização dos tempos e espaços da escola, ou seja,
analisando o seu desenvolvimento organizacional abrangendo a capacitação do educador,
missão, valores e premissas da instituição. Posteriormente, deve explicitar outros princípios
como: autoridade, qualidade, participação, autonomia, democracia e igualdade. Alguns
pressupostos, segundo a autora, devem ser assegurados para que o PPP cumpra seu papel
a) Folha de rosto do projeto (dados que identificam a instituição) b) Epígrafe; c) Agradecimentos; d) Sumário; e) Genealogia da instituição (sucinta descrição da história da
instituição; sua infra-estrutura, “recursos humanos” e materiais); f) Concepção de educação; g) Fins e objetivos; h) Estrutura Administrativa; i) Estrutura/dinâmica pedagógico-didática; j) Relacionamento com a comunidade; k) Currículo; l) Processo de avaliação do projeto; m) Referências bibliográficas.
39
configurando-se: no caráter de processo, de construção/reconstrução permanentes e assim,
seus objetivos e resultados devem ser gradativos, mediatos e flexíveis; na necessidade de ser
construído e desenvolvido com a participação da comunidade escolar que conhece sua cultura,
seus problemas, suas expectativas, suas necessidades; na explicitação clara das suas metas e
das condições objetivas, dadas para sua implementação, tanto no nível infra-estrutural, quanto
no que se refere aos denominados “recursos humanos”; na definição de uma equipe que
coordene sua implementação e desenvolvimento, pois, embora toda a comunidade tenha
responsabilidade para com o Projeto, é necessário que haja uma liderança, zelando pela sua
execução. Essa equipe que lidera deve passar por um rodízio, isto é, deve-se dar oportunidade
para que todos dela participem, na avaliação processual e sistêmica do desenvolvimento do
Projeto, tendo em vista a necessidade de se proceder aos reajustes, quando se fizerem
necessários.
Tendo conhecimento de que a administração baseia-se na idéia de que, aquele que
administra está apto à desenvolver uma série de ações que o leve a atingir um objetivo, e que
para isso deve-se utilizar os recursos humanos, materiais e financeiros numa ação ordenada
das chamadas funções administrativas: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar.
Comparando com o contexto escolar, tais funções são denominadas de funções
administrativas escolares e são desempenhadas pelos cargos de: direção, administração
escolar, supervisão escolar, orientação educacional e secretária. E, de acordo com documentos
da prefeitura, os cargos de administrador escolar, supervisor escolar e orientador educacional
são denominados Especialistas em Educação.
40
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Podem constar desta seção, além de discussões preliminares e pressupostos da
pesquisa, os seguintes tópicos.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
O estudo foi realizado na Escola Básica Municipal Albertina Madalena Dias,
localizada no bairro Vargem Grande da cidade de Florianópolis, com o objetivo, como já
citado, de estudar as funções administrativas para melhor compreender a estrutura e os cargos
desenvolvidos na escola.
Para tanto, o estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, pois será
apresentada a realidade funcional da estrutura administrativa da escola. Complementa-se que
uma pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso de técnicas
padronizadas de coleta de dados, realizada principalmente por meio de questionários e da
observação sistemática (GIL, 1991). É uma pesquisa de observação, registros e análise sem a
manipulação dos fatos.
A abordagem utilizada será a qualitativa, pois há uma relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito, onde o ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador
é o instrumento-chave, analisando os dados indutivamente. Como afirma Minayo (1996), a
abordagem qualitativa traz como resultado a compreensão do significado e da intenção do ato,
buscando analisar a experiência dentro do contexto incluindo as relações sociais. O método
qualitativo envolve a complexidade e as diferenças vividas, buscando diferentes
possibilidades.
O procedimento técnico será o estudo de caso, pois visa descrever a situação, fatos e
fenômenos, das funções administrativas no contexto escolar, para compreender melhor sua
estrutura e cargos desenvolvidos. Está fundamentado por Gil (1999) que o estudo de caso é
caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, no caso em
questão as funções administrativas da escola, permitindo assim, o conhecimento amplo e
41
detalhado do mesmo ou pelo menos, o estabelecimento de princípios para uma subseqüente
investigação, mais sistemática e precisa.
3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES
A escola é constituída, administrativamente, pelos seguintes cargos: Diretora,
Administradora Escolar, Supervisoras Escolares, Orientadoras Educacionais e a Secretária. O
quadro de servidores da escola é constituído por um corpo docente de 29 (vinte e nove)
professores sendo que destes, uma professora está designada como coordenadora da Sala
Informatizada. Há ainda duas auxiliares de ensino, duas auxiliares de sala de aluno com
deficiência, uma bibliotecária, uma professora readaptada que cuida da sala de materiais e
xérox, uma merendeira readaptada que auxilia a secretária, quatro auxiliares de limpeza, um
auxiliar de serviços gerais e três merendeiras.
Logo, os sujeitos de pesquisa, denominados neste estudo como Corpo
Administrativo serão:
Diretora (1)
Administradora escolar (1)
Supervisora escolar (2)
Orientadora educacional (2)
Secretária (1)
Além do corpo administrativo da escola, foi envolvida na pesquisa a (1) Responsável
pela Coordenadoria de Integração e Legislação de Ensino da Secretaria Municipal de
Educação de Florianópolis e a (1) Presidente da Associação dos Orientadores Educacionais de
Santa Catarina, sendo os únicos sujeitos de pesquisa externo à escola em estudo.
Sujeito de pesquisa é o participante pesquisado, individual ou coletivamente, de
caráter voluntário, vedada qualquer forma de remuneração. Como destaca Chizzotti (2005) os
sujeitos são todas as pessoas que participam da pesquisa, que elaboram conhecimentos e
produzem práticas adequadas para intervir nos problemas que identificam.
42
Além dos sujeitos de pesquisa supra-citados, destaca-se que será realizada uma
pesquisa de levantamento junto ao corpo docente que compreende 29 (vinte e nove)
professores. Por ser uma população pequena, todos serão envolvidos na pesquisa.
3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
Os dados serão coletados através da observação participante, pois o pesquisador
presenciará e participará dos fatos, descrevendo-os e analisando-os de modo a contribuir ao
alcance dos objetivos. Segundo Richardson (1999), na observação participante o observador
não é apenas um espectador do fato que está sendo estudado, ele se coloca na posição e ao
nível do observado.
Serão aplicadas entrevistas semi-estruturadas com o corpo administrativo (Apêndices
A – B – C – D – E) para a análise e descrição dos cargos, como também das funções e suas
especificações, onde a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado
assunto ou problema, dar-se-á por meio de um roteiro previamente estabelecido. Pois como
destaca Pontes (2000), a entrevista é o melhor método para a obtenção de dados
imprescindíveis à análise dos cargos. E, segundo Gil (2001), a entrevista, por garantir a
interação face a face entre o analista e o empregado, possibilita a elucidação de dúvidas, bem
como seu redirecionamento para a obtenção dos dados mais apropriados.
A partir da análise das entrevistas, foi construído um questionário (Apêndice F) com
perguntas abertas que será aplicado com o corpo docente da escola para investigar o seu
conhecimento e entendimento quanto às funções desempenhadas. Segundo Gil (1999), o
questionário tem por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.
No dia 13 (treze) de setembro do ano de 2007, realizou-se uma entrevista não
estruturada com a responsável pela Coordenadoria de Integração e Legislação de Ensino da
Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis e outra com a Presidente da Associação
dos Orientadores Educacionais de Santa Catarina. As entrevistas ocorreram de forma não-
estruturada, pois a pesquisadora não portava de um roteiro previamente elaborado pelo fato de
a entrevista não ter sido agendada. Considerando segundo Richardson (1999), entrevista não
43
estruturada (também chamada de entrevista em profundidade) é aquela em que em vez de
responder à pergunta por meio de diversas alternativas pré-formuladas, visa obter do
entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de determinado problema: as
suas descrições de uma situação em estudo.
A análise documental, utilizada também neste estudo, visa estudar e analisar os
documentos administrativos como arquivos históricos, Projeto Político Pedagógico – PPP e
outros documentos existentes na organização. Em termos gerais, a análise documental
consiste em uma série de operações que visam estudar e analisar um ou vários documentos
para descobrir as circunstâncias sociais e econômicas com as quais podem estar relacionados.
Assim como para Bardin (1977), a análise documental é uma operação ou conjunto de
operações visando representar o conteúdo de um documento sob uma forma diferente da
original, a fim de facilitar num estado ulterior, a sua consulta e referenciação.
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
Devido à natureza qualitativa, o tratamento dos dados será feito por meio da análise de
conteúdo. Segundo Gil (1999), a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de
forma tal que possibilite o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação.
Alguns autores destacam que a análise de conteúdo é “o conjunto de técnicas de análise das
comunicações”. Assim como destaca Chizzotti (2005), a análise de conteúdo é um método de
tratamento e análise de informações, colhidas por meio de técnicas de coleta de dados,
consubstanciadas em um documento. A técnica se aplica à análise de textos escritos ou de
qualquer comunicação (oral, visual, gestual) reduzida a um texto ou documento.
3.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Este estudo teve como limitadores os seguintes pontos: ausência de uma supervisora e
uma orientadora que estavam de licença médica e que faziam parte das entrevistas planejadas
e o não preenchimento/devolução dos questionários por parte de alguns docentes.
44
4 APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
E INFORMAÇÕES
4.1 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
De acordo com o PPP da escola, em 1957 surgiu a Escola Mista Municipal de Vargem
Grande, quando uma moradora da comunidade, Albertina Madalena Dias, foi nomeada pelo
então prefeito Osmar Cunha para exercer interinamente a função de professora do quadro
único do município. A escola funcionou alguns meses na casa de um morador e logo em
seguida passou a funcionar na casa da professora Albertina, onde se manteve até 1971. Em
1972 foi construída uma sede para a escola que foi inaugurada pelo prefeito Ary Oliveira
recebendo o nome de Escola Desdobrada Municipal da Vargem Grande com somente uma
sala de aula, dois banheiros e uma cozinha, sendo a professora Albertina a única responsável
já que não havia, na época, o cargo do diretor escolar.
Em 1993, em função das necessidades dos moradores e dos próprios educadores, foi
criado o Núcleo de Educação Infantil – NEI Vargem Grande, com os períodos II e III. E, em
1996 a escola passou a ser Básica em virtude do grande número de crianças que tinham que se
deslocar até a comunidade de Canasvieiras para freqüentar a Escola Osmar Cunha, sendo que
a mesma já não supria a quantidade de alunos. A escola foi ampliada com a construção de sete
salas: cinco destinadas para salas de aula, uma para a secretaria e outra para a biblioteca,
surgindo, então, a Escola Básica Municipal Albertina Madalena Dias que teve esse nome em
homenagem à sua primeira professora. Em 1998 iniciaram-se as obras de reforma e
ampliação, concluídas apenas em fevereiro de 2000.
Quanto a estrutura física, destaca-se que atualmente, a EBM Albertina Madalena Dias
possui :
• treze salas de aula
• uma sala de artes/laboratório de ciências
• uma cozinha
• quatro banheiros
45
• uma sala dos professores
• uma biblioteca
• uma sala informatizada
• uma dispensa para guardar materiais de limpeza
• três pequenas salas (uma para brinquedoteca, outra para guardar materiais de
educação física e outra para materiais escolares e xérox)
• uma sala com repartição para secretaria e direção
• uma sala com repartição para supervisão e administração escolar
• um corpo discente formado por 820 alunos da Educação Infantil à 8ª série.
Quanto a estrutura de pessoal, na escola, há cinqüenta servidores distribuídos nos
seguintes cargos:
• Diretora
• duas Supervisoras escolares (ambas com licença de saúde)
• duas Orientadoras educacionais (uma de licença de saúde)
• uma Administradora escolar
• uma Secretária com uma auxiliar
• uma bibliotecária
• uma coordenadora da sala informatizada
• uma auxiliar de materiais e xerox
• duas auxiliares de ensino
• oito professoras de séries iniciais
• treze professores do ensino fundamental
• três professores de educação física
• uma professora de educação infantil
• uma auxiliar de sala da educação infantil
• duas auxiliares de alunos com necessidades especiais
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• quatro merendeiras (duas com licença de saúde)
• um auxiliar de serviços gerais e
• quatro auxiliares de limpeza.
Nos itens 4.2, 4.3 e 4.4, estão descritos os resultados das pesquisas realizadas dos
cargos relativos à área administrativa da escola que compreende: Diretor, Secretário Escolar,
Administrador Escolar, Orientador Educacional e Supervisor Escolar.
4.2 FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO DE ACORDO COM A PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS
Inicialmente a pesquisadora buscou junto a Diretora da Escola informações sobre
documentos ou até mesmo indicação de pessoas que pudessem servir como fonte de
informações para a pesquisa, a mesma sugeriu procurar a responsável pela Coordenadoria de
Legislação da Secretaria Municipal de Educação para obter informações mais precisas.
Dando continuidade à pesquisa, no dia 13 (treze) de setembro do ano de 2007, a
responsável pela Coordenadoria de Integração e Legislação de Ensino da Secretaria Municipal
de Educação, denominada nesta pesquisa como Coordenadora da Secretaria Municipal,
cedeu uma entrevista informal, ou de acordo com a literatura, uma entrevista não estruturada.
Ao ser questionada sobre a existência de algum documento que regulamenta e
especifica as funções dos especialistas em educação, a Coordenadora da Secretaria
Municipal respondeu que atualmente usa-se como referência para a descrição das funções dos
cargos de diretor, administrador escolar, supervisor escolar e orientador educacional, assim
como de todos os demais cargos dos servidores da escola (professores, bibliotecário,
merendeiras ...) o Manual de Atribuições dos Servidores da Secretaria Municipal de Educação
de Florianópolis construído com base em estatutos e leis existentes.
A Coordenadora da Secretaria Municipal comentou que o Sistema Municipal de
Ensino não possui leis, as quais estão sendo elaboradas e organizadas atualmente. E, enquanto
isso se tem como referência a lei do Sistema Estadual de Educação (170/98). E, a entrevistada
47
citou ainda que as especialistas em educação possuem Associações que defendem legalmente
seus deveres e direitos (Associação das Orientadoras Educacionais, Associação dos
Administradores Escolares...).
Assim, procurou-se a Associação dos Orientadores Educacionais de Santa Catarina,
como sugeriu a entrevistada, onde a presidente da Associação, também em uma entrevista
não-estruturada, forneceu algumas informações à pesquisadora. A entrevistada ao ser
questionada também sobre a existência de algum documento que especificasse as funções dos
especialistas, comentou, primeiramente, que não existe um Plano Municipal de Educação, que
o mesmo está sendo elaborado e que atualmente segue-se o Plano Estadual de Educação.
Ainda comentou que o Manual de Atribuições foi criado em 2000, mas existe desde
que se criou a Secretaria de Educação, aproximadamente desde 1986/1987, quando foram
para a secretaria os primeiros especialistas. E que, desde então, este documento formulado
com base na Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina de 1991, vem sendo apenas
aperfeiçoado e estabelecendo normas de acordo com cada gestão, partido. A entrevistada
disse ainda que as especialistas só assumem o cargo, via concurso público e que a LDB de
1996 assegura 2 anos de docência em sala de aula como experiência para assumir o cargo.
Porém, destacou que os órgãos públicos (do estado e município de Santa Catarina) aceitam
concursados sem experiência. E, destacou que não é função dos especialistas substituir a falta
de professor (a não ser quando o mesmo tenha a intenção de realizar algum trabalho com a
turma) assim como resolver questões de indisciplina. Substituir a falta de professor, segundo a
entrevistada, é função da direção, Secretária e auxiliar de ensino.
Para a melhor compreensão, apresentar-se-á um breve resumo das funções e
importância de cada cargo de acordo com o documento Atribuições dos Servidores da
Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis.
Diretor:
Escolaridade: Licenciatura Plena, Mestrado, Doutorado ou Pós-Doutorado
Carga Horária: 40 horas
Descrição: Ser o coordenador, mediador e articulador de todas as ações pedagógicas e
administrativas da Unidade Educativa.
Especialistas em Educação:
Escolaridade: Licenciatura Plena em Pedagogia com habilitação em Administração
Escolar, Supervisão Escolar e Orientação Educacional
Carga Horária: 20 ou 40 horas semanais
48
Descrição: Ser o articulador e coordenador do Projeto Político Pedagógico,
coordenando e/ou participando de todos os momentos de discussões coletivas, na escola,
contribuindo com seu conhecimento, sua especificidade, na práxis da Unidade Educativa.
Secretário Escolar:
Escolaridade: Ensino Médio Completo
Carga Horária: 20 ou 40 horas semanais
Descrição: Organizar, registrar, executar, arquivar e distribuir documentos; ser
dinâmico, organizado, coerente nas informações solicitadas, interessado nas atividades de
escrituração e arquivo escolar.
A seguir, apresentam-se as funções dos Cargos Administrativos de acordo com o
Manual de Atribuições dos Servidores da Secretaria Municipal de Educação por meio
dos Quadros 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Funções do Diretor
1. Coordenar, planejar e acompanhar, junto com a equipe pedagógica, a execução do Projeto Político Pedagógico da Unidade Educativa;
2. Implantar e implementar o processo de organização de APP’s e ou Conselho de Escola, Grêmio Estudantil e outros;
3. Participar, junto com a Equipe Pedagógica, do planejamento e execução das reuniões pedagógicas, conselhos de classe, reuniões de pais, e outras atividades da Unidade Educativa;
4. Dinamizar o processo ensino aprendizagem, incentivando as experiências da Unidade Educativa;
5. Zelar pelo cumprimento da função social da escola, dinamizando o processo de matrícula, o acesso e permanência de todos os alunos na Unidade Educativa;
6. Articular a Unidade Educativa com os demais organismos da comunidade: APP’s, Associações de Bairro, Conselho de Escolas, e outros;
7. Administrar o cotidiano escolar;
8. Organizar e acompanhar os trabalhos realizados pelos funcionários da Unidade Educativa em relação à limpeza, conservação, alimentação e higiene;
9. Zelar pelo cumprimento da legislação em vigor;
10. Acompanhar o processo ensino aprendizagem, através dos índices de aprovação, evasão e repetência;
11. Informar oficialmente a Secretaria Municipal de Educação, dificuldades no gerenciamento da Unidade Educativa, bem como solicitar providências no sentido de supri-las;
12. Contribuir junto com a comunidade educativa, na valorização do espaço escolar, bem como na sua conservação;
13. Acompanhar o trabalho de todos os funcionários da Unidade Educativa, no sentido de atender às necessidades dos alunos;
14. Buscar em conjunto com a Equipe Pedagógica, Professores e Pais, a solução dos problemas referentes à aprendizagem dos alunos;
15. Preocupar-se com a documentação escolar, desde sua elaboração, no sentido de manter os dados atualizados, cumprindo prazos, bem como encaminhar prioridades;
Continuação...
49
16. Solucionar problemas administrativos e pedagógicos de forma conjunta com a Secretaria Municipal de Educação;
17. Coordenar o processo educacional na área administrativa e no encaminhamento pedagógico;
18. Colaborar nas questões individuais e coletivas, que exijam respostas imediatas nos problemas de disciplinas de alunos, professores e funcionários;
19. Buscar soluções alternativas e criativas para os problemas específicos da Unidade Educativa, em relação à convivência humana, espaço físico, segurança, evasão, repetência, etc;
20. Gerenciar os recursos financeiros na Unidade Educativa, de forma planejada, atendendo às necessidades coletivas do Projeto Político Pedagógico;
21. Estimular, participar de cursos, seminários, encontros, reuniões e outros, buscando a fundamentação, atualização e redimensionamento de sua função.
22. Comunicar o Conselho Tutelar os casos de maus tratos, negligência e abandono de crianças em sua Unidade Educativa;
23. Administrar os recursos financeiros e patrimônio da Unidade Educativa;
24. Viabilizar o acesso e permanência dos alunos em idade escolar, inclusive os portadores de deficiências;
25. Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas e pedagógicas emanadas da Secretaria Municipal de Educação e Conselho Municipal de Educação;
26. Cumprir e fazer cumprir as determinações legais estabelecidas pelos órgãos competentes, bem como, comunicar ao Departamento de Educação Fundamental, as irregularidades da Unidade Educativa, buscando medidas saneadoras;
27. Coordenar e manter o fluxo de informações entre a Unidade Educativa e a Secretaria Municipal de Educação;
28. Propor e discutir alternativas, objetivando a redução dos índices de evasão e repetência, consolidando a função social da escola;
29. Convocar os representantes das entidades escolares, como por exemplo, APP;
30. Desenvolver o trabalho de direção, considerando a ética profissional;
31. Cumprir a legislação vigente;
32. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 1 Quadro 1 – Funções do Diretor
Funções comuns dos Especialistas em Educação
1. Planejar, replanejar e acompanhar, junto à Equipe Pedagógica e demais profissionais da comunidade escolar, a execução do Projeto Político Pedagógico, realizando a função social da escola, através do redimensionamento do processo ensino-aprendizagem, dando ao aluno a possibilidade de elaborar e apropriar-se do conhecimento sistematizado;
2. Refletir e encaminhar as discussões, atividades, programas, junto à comunidade escolar (professores, alunos, pais, diretor, funcionários), do processo de articulação das ações curriculares, mediando e intervindo para que o aluno em sua realidade seja foco permanente de reflexão da práxis educativa;
3. Participar da coordenação da ação do coletivo da Unidade Educativa, redimensionando qualificadamente a relação entre alunos, professores, direção, equipe pedagógica, família, funcionários, serviços especializados, programas especiais, projetos, estágios de diferentes áreas, dentre outros;
4. Planejar, executar, avaliar os encaminhamentos, de forma permanente, dos conselhos de classe, das reuniões pedagógicas, reuniões de pais, de planejamento, grupos de estudo e projetos;
5. Propiciar a discussão junto aos pais, equipe pedagógica e professores, sobre o processo ensino-aprendizagem dos alunos, visando o acompanhamento, discussão e encaminhamentos necessários;
Continuação...
50
6. Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar, de forma permanente, o plano de ação integrada da equipe pedagógica frente ao Projeto Político Pedagógico da Unidade Educativa;
7. Realizar e divulgar as referências bibliográficas e de outros materiais pedagógicos na área de educação, visando fundamentar, atualizar e redimensionar a ação pedagógica dos profissionais na escola.
8. Participar de cursos, seminários, encontros e outros, buscando a fundamentação, atualização e redimensionamento da ação específica dos especialistas, com vistas a subsidiar uma postura de pesquisa e investigação, frente à práxis pedagógica;
9. Elaborar o relatório síntese das ações realizadas anualmente na unidade educativa;
10. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 4 Quadro 2 – Funções comuns dos Especialistas em Educação
Funções específicas do Orientador Educacional
1. Contribuir para o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, intervindo com sua especificidade de mediador na realidade do aluno;
2. Mobilizar os professores para a qualificação do processo ensino-aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, no horário escolar;
3. Considerar, nas questões curriculares, as condições materiais de vida dos alunos (compatibilizar trabalho-estudo), influindo junto aos funcionários da escola, no sentido de que, estes, se comprometam com o atendimento às reais necessidades dos alunos;
4. Participar da articulação, elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar, como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico, promovendo a contribuição de pais e alunos;
5. Participar junto à comunidade escolar na criação, organização e funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e à democratização das decisões e das relações na Unidade Educativa;
6. Contribuir para o desenvolvimento do auto-conceito positivo do aluno, visando à aprendizagem do mesmo, bem como à construção de sua identidade pessoal e social;
7. Participar junto com a comunidade escolar no processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização deste, como instrumento de suporte pedagógico;
8. Coordenar o processo de escolha de representantes de turma (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensino-aprendizagem;
9. Coordenar a elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, no que se refere ao processo ensino-aprendizagem, bem como, o encaminhamento dos alunos a outros profissionais, se necessário;
10. Coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e divulgação das informações sobre o aluno, para conhecimento dos professores, pais e, em conjunto, discutir encaminhamentos necessários;
11. Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto aos professores, especialistas e demais educadores, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensino-aprendizagem;
12. Visar o redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos demais especialistas e professores, o processo de identificação e análise das causas, acompanhando os alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem;
13. Coordenar o processo de orientação profissional do aluno, incorporando-o à ação pedagógica;
14. Realizar e/ou promover pesquisas e estudos, emitindo pareceres e informações técnicas, na área de Orientação Educacional;
Continuação...
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15. Desenvolver o trabalho de Orientação Educacional, considerando a ética profissional;
16. Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em Orientação Educacional, junto à instituição formadora;
17. Desenvolver outras atividades, conforme o decreto nº 72.846/73, que regulamenta a Lei nº 5.564/68, que prevê o exercício da profissão de Orientador Educacional;
18. Cumprir e fazer cumprir o código de ética do Orientador Educacional;
19. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 6 Quadro 3 – Funções específicas do Orientador Educacional
Funções específicas do Supervisor Escolar
1. Contribuir para o acesso e a permanência do aluno na Unidade Educativa, intervindo com sua especificidade de mediador da ação docente no currículo, mobilizando os professores para a qualificação do processo ensino-aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais e de outras questões curriculares;
2. Participar da articulação, elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico;
3. Participar junto à comunidade escolar na criação, organização e funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e à democratização das decisões e das relações na Unidade Escolar;
4. Participar junto com a comunidade escolar no processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização como instrumento de suporte pedagógico;
5. Participar do processo de escolha de Representantes de Turmas (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensino-aprendizagem;
6. Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, no que se refere ao processo ensino-aprendizagem, bem como ao encaminhamento de aluno à outros profissionais quando a situação o exigir;
7. Participar de cursos, seminários, encontros e outros, buscando a fundamentação, atualização e redimensionamento da ação específica do Supervisor Escolar;
8. Coordenar o processo de articulação de discussões e de aplicabilidade do currículo junto com a comunidade educativa, sendo mediador da ação docente, considerando a realidade do aluno como foco permanente de reflexão do cotidiano educativo;
9. Elaborar anualmente relatório síntese das ações realizadas na Unidade Educativa;
10. Participar, junto com os professores da sistematização e divulgação de informações sobre o aluno, para conhecimento dos pais e, em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos;
11. Coordenar a análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto com o professor e demais especialistas, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensino-aprendizagem;
12. Visar o redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos demais especialistas e professores, o processo de identificação e análise das causas, acompanhando os alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem;
13. Coordenar o processo de articulação das discussões do currículo com a comunidade educativa, sendo o mediador da ação docente, considerando a realidade do aluno como foco permanente de reflexão redirecionador do currículo;
14. Subsidiar o professor no planejamento da ação pedagógica, para o alcance da articulação vertical e horizontal dos conteúdos, metodologia e avaliação, redimensionando, quando necessário, o processo ensino-aprendizagem;
Continuação...
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15. Realizar e/ou promover pesquisas e estudos emitindo pareceres e informações técnicas, na área de supervisão escolar;
16. Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em supervisão escolar, junto à instituição formadora;
17. Desenvolver o trabalho de supervisão escolar, considerando a ética profissional;
18. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 9 Quadro 4 – Funções específicas do Supervisor Escolar
Funções específicas do Administrador Escolar
1. Contribuir para o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, intervindo com sua especificidade de mediador das condições necessárias à organização escolar, bem como seus desdobramentos para qualificação do processo ensino-aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais, e de mais questões curriculares;
2. Coordenar e articular a elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico;
3. Coordenar junto à Unidade Escolar a criação, organização e funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e democratização das decisões e das relações na Unidade Escolar;
4. Coordenar junto à comunidade escolar o processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização deste, como instrumento de suporte pedagógico;
5. Participar do processo de escolha de Representantes de Turmas (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensino-aprendizagem;
6. Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, nos aspectos a que se referem o processo ensino-aprendizagem;
7. Participar junto com os professores da sistematização e divulgação de informações sobre o aluno, para conhecimento dos pais e, em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos;
8. Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto com os professores e demais especialistas, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensino-aprendizagem;
9. Coordenar, atualizar, organizar e socializar a legislação de ensino e de administração de pessoal da Unidade Educativa;
10. Coordenar junto à equipe administrativa, a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expedidos pela Unidade Educativa;
11. Organizar com a Direção e Equipe Pedagógica, a distribuição e socialização dos recursos materiais, bem como otimizar os recursos humanos;
12. Realizar e/ou promover pesquisas e estudos na área da Administração Escolar, emitindo pareceres e informações técnicas;
13. Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em Administração Escolar, junto à instituição formadora;
14. Desenvolver o trabalho de Administração Escolar, considerando a ética profissional;
15. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 12 Quadro 5 – Funções específicas do Administrador Escolar
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Funções do Secretário Escolar
1. Coordenar e executar as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria;
2. Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar, O SERIE/ESCOLA e o registro de assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da: a) identidade e regularidade da vida escolar do aluno; b) autenticidade dos documentos escolares.
3. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, portarias, circulares, resoluções e demais documentos;
4. Redigir a correspondência que lhe for confiada, lavrar atas e termos, nos livros próprios;
5. Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do Diretor;
6. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados às autoridades superiores;
7. Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;
8. Coordenar e supervisionar as atividades referentes à matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;
9. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;
10. Manter sigilo sobre assuntos pertinentes ao serviço;
11. Responder ao Censo Escolar Anual, seja de forma tradicional (caderno), ou digitalizada (Projeto Presença – PAC/MEC);
12. Repassar ao Diretor da Unidade Educativa, os dados cadastrais dos alunos para cadastramento e recebimento do benefício do Transporte Escolar;
13. Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), até o dia 25 de cada mês, a listagem dos alunos que recebem o benefício do Transporte Escolar;
14. Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), todo o dia 05 (cinco) de cada mês, o Movimento Mensal de Matrícula;
15. Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), a cada avaliação, a extração de dados do SERIE/ESCOLA;
16. Realizar outras atividades correlatas com a função. Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 20 Quadro 6 – Funções do Secretário Escolar.
O Manual de Atribuições dos Servidores da Secretaria Municipal de Educação, o qual
foi utilizado acima como referência para especificar as funções dos cargos que compõem o
quadro administrativo das escolas, está desatualizado e não contém data de registro de sua
criação e/ou publicação. Sabe-se apenas que, de acordo com uma das entrevistadas, este
documento foi criado em 2000.
Para assumir os cargos citados acima, é necessária a realização e aprovação em
concurso público. Para os cargos de direção e Secretária é que, já sendo servidor público
(concursado), os futuros ocupantes poderão ser indicados, os chamados cargos comissionados
ou eleitos pela comunidade escolar. Melhor explicando: no caso do diretor, este poderá ser
eleito pela comunidade. Caso não atinja o número de votos suficiente para ser eleito (50% +
54
1), é indicado alguém pela secretaria para assumir o cargo. E, no caso da Secretária, como é
um cargo de confiança, a secretaria escolhe alguém para assumir o cargo.
4.3 FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO DE ACORDO COM OS ENTREVISTADOS
Os Quadros apresentados no decorrer deste item foram construídos com informações
obtidas nas entrevistas e questionários realizados com os servidores da EBM Albertina
Madalena Dias. As entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com o corpo
administrativo, individualmente e de acordo com a disponibilidade de horário de cada um. É
importante ressaltar que foi possível a realização de apenas cinco das sete entrevistas
planejadas nesta pesquisa, pelo fato de dois servidores estarem afastados para tratamento de
saúde. Com o corpo docente foi aplicado um questionário, onde foi permitido levá-lo para
casa e entregá-lo dentro do prazo estabelecido. Porém, o prazo foi prolongado para alguns
devido à falta de tempo para responder o questionário em função da sua carga horária.
De acordo com todos os entrevistados, as funções de cada servidor foram definidas
pela Secretaria de Educação e estão formalizadas em um documento. As funções dos
especialistas em assuntos educacionais (Administradores Escolares, Orientadores
Educacionais e Supervisores Escolares) estão organizadas em um documento específico para
toda a rede municipal chamado Subsídios para a reorganização didática no Ensino
Fundamental e os especialistas podem acessar as informações sobre suas funções por meio
deste documento que está na escola, ressaltaram a Supervisora e a Orientadora.
Já a Diretora disse que as funções foram definidas através de portarias encaminhadas
pela secretaria e estão registradas no Projeto Político Pedagógico - PPP da Escola. Porém a
Orientadora comentou que o PPP da Escola não tem especificadas as funções de cada cargo,
“o que é uma falha”, ressaltou. Enquanto a Secretária disse que as informações sobre as
funções dos cargos podem ser acessadas através da Secretaria de Educação, mas que a escola
não possui um documento com as funções dos servidores formalizadas.
O Quadro 7 ilustra as funções de cada cargo de acordo com a percepção de cada
entrevistado (Corpo Administrativo) e as células destacadas em cinza correspondem às
funções descritas pelo próprio entrevistado.
Quadro comparativo das funções do Corpo Administrativo, segundo a percepção dos pesquisados. DIRETORA SECRETÁRIA ADMINISTRADORA SUPERVISORA ORIENTADORA
Funções da Direção
- administrativa como Coordenar, Planejar e Organizar - pedagógica: planejamentos e
debates com professores e alunos - financeiras (aplicação dos
recursos) - preenchimento de documentos TAREFAS - resolver problemas diários com
alunos, professores e pais - encaminhamentos e solicitações
para a secretaria - reuniões com APP e secretaria - aplicação dos recursos
encaminhados pela secretaria
- responsável por todo o funcionamento da escola (organização pedagógica e administrativa) - responsável pelo bom
desempenho docente da escola
- gerenciamento geral da escola (atendimento de pai e aluno) - encaminhamento de professor - suporte geral para a escola
diariamente
- regimento interno (coordenar e participar) - responsável pelo pedagógico e
administrativo - realizar reuniões pedagógicas - realizar reuniões com a APP - resolver questões de indisciplina
de alunos - atendimento aos pais - professores faltosos - controle da cozinha e limpeza
(alimentos, material que entra e sai da escola)
- coordenar todo o funcionamento da escola, administrando os funcionários e dando condições para que possam desempenhar suas funções - manter e organizar a infra-
estrutura da escola - manter o ambiente da escola
adequado, saudável - fazer cumprir o regulamento
escolar
Funções da Secretária
- matrículas e documentação - atendimento a comunidade
escolar
- cuidar do arquivo (vida escolar do aluno) - fazer matrícula - providenciar a documentação de
todos os alunos - organizar reuniões - repassar todas as informações
cabíveis para a direção - ficar responsável pela escola na
ausência da direção - dar apoio aos professores e
funcionários - manter bom relacionamento entre
as famílias e a escola - fazer atas - participar dos conselhos de classe - divulgar notas TAREFAS - fazer documentação dos alunos - manter arquivos atualizados - contribuir, participar para que a
escola tenha um bom funcionamento entre famílias, alunos e professores (atendimento)
- SERIE (digitação) - não atende o telefone pois tem
uma pessoa para isso - atende pais para dar informação - faz o censo (dados que vão para o
MEC para avaliação do município) - arquivo de documento de alunos - atestados de freqüência,
matrícula, vaga, transferência - teria a função de secretariar o
diretor (documentos, recados, telefone)
- digitar notas - responsável pelos diários de
classe - atender telefone - fazer ata (registro de reuniões)
- responsável pela parte de arquivamento de documentos da escola - atendimento ao público - organizar o processo de matrícula - confeccionar e entregar os
documentos referentes às turmas para os professores - digitar as notas - realizar os registros das reuniões - comunicação entre escola e
comunidade (bilhetes, comunicados de reuniões)
Funções da Administração
Escolar
- planejamento e organização do espaço - atendimento funcionários - documentação para secretaria e
escola - planejamento
- responsável pela ficha de freqüência - organização de atas - elaboração de projetos - deixar a secretaria de educação
ciente quanto às atividades da escola
Legalmente: - toda a parte burocrática de
admissão e demissão de funcionário - controle da merenda escolar,
material escolar e patrimônio - gerenciamento de reforma,
construção
- controlar cozinha e limpeza (alimentos, material que entra e sai da escola) - coordenação do PPP - informar sobre as leis vigentes
que vêm da secretaria - folha de pagamento
- organizar e divulgar a legislação referente à escola, tanto da escola como de outros órgãos externos (MEC...) - sistematizar e divulgar o
regulamento escolar - sistematizar os indicadores da
Continuação...
56
- participar dos conselhos de classe - suporte para a APP - emissão de qualquer documento
oficial da escola - apoio à direção nas questões de
descentralização financeira - participação e acompanhamento
do pedagógico - calendário escolar - indicadores educacionais
(relatório de aprovação e reprovação de alunos mais detalhado para a secretaria, MEC e escola) Oficialmente: - atendimento a aluno e pais - assessoria à Secretária - encaminhamento de professor - relatório e pedido de vale
transporte - relatório da direção (freqüência
de funcionário, controle de atestados e faltas, controle de cursos) - relatório de alimentação escolar
(o que entra e sai de alimentos, material) - pedido e controle de material de
limpeza - encaminhamento de aluno para a
APAE, Ministério Público - substituição de professor (não
deveria!!) TAREFAS - horário escolar (aluno e
professor) - burocrática (solicitação
professor, transporte escolar) - atestados, perícias médicas - controle : cozinha (cardápio e
estoque), material de limpeza e material didático - controle de chegada tardia de
professor e aluno - atendimento a pais, alunos,
primeiros socorros, telefone
- encaminhamento dos atestados para perícia médica
escola - organizar a documentação dos
funcionários (fichas de freqüência, portaria de contratação) - organiza e divulga os
comunicados internos da secretaria: ofícios, organiza e encaminha esses documentos - participar da organização da parte
pedagógica da escola (conselho de classe, reunião pedagógica)
Funções da Supervisão Escolar
- planejamento professores - acompanhamento do desenvolvimento do planejamento do professor com observação do
- dar suporte aos professores - participar de conselhos de classe - contribuir na organização dos planejamentos escolares
- planejamento com professores - atendimento à aluno - substituir professor - organizar substituição de professor
- contribuir para o acesso e permanência do aluno na escola - planejamento com os professores - projetos (futebol, TOPAS) apesar
- subsidiar os professores no planejamento - coordenar a construção do
currículo escolar junto com os
Continuação...
57
desempenho do aluno - organizar reuniões pedagógicas - organização de projetos
- gerenciar auxiliares de ensino, curso de professores - documentação de nota de aluno, avaliação descritiva - organização e execução do conselho de classe - reunião pedagógica (pauta) - avaliação dos professores substitutos
de ser função da orientação. Por estar em contato com os professores - análise quantitativa e qualitativa do regimento escolar (aluno nota baixa decide-se com o professor o que será feito) - coordenar o processo de articulação e discussão do currículo - participar da elaboração e articulação do PPP da escola TAREFAS - realização de reuniões pedagógicas - verificação de falta de professores para reorganizar os horários dos professores do dia - planejamentos e aulas: verificar se estão de acordo e contribuindo para a aprendizagem do aluno - realização de conselhos de classe - avaliação das turmas (alunos individualmente são analisados em questões de notas) - confecção de bilhetes e recados para os professores - organização de calendário para curso dos professores
professores e demais funcionários - coordenar o processo de
avaliação do rendimento escolar - participar das reuniões
pedagógicas - coordenar as reuniões de
planejamento
Funções da Orientação
Educacional
- orientação de estudo para alunos - projetos de aprendizagem juntamente com professores - encaminhamentos de atendimento especial para alguns alunos
- atender e orientar pais e alunos - contribuir no atendimento dos alunos com os professores - organizar reuniões pedagógicas - repassar toda a informação de aluno e professor para a direção - participar de conselhos de classe - organizar projetos
- atendimento de pais e alunos - encaminhamento do aluno para o Conselho tutelar, APOIA (atende crianças com problema de família, faltas e dá encaminhamento) - atendimento e suporte de alunos com deficiência e encaminhamento deste para avaliação - conselho de classe (participa, não organiza)
- trabalhos que possam estar auxiliando os professores - entrar em contato com os pais - encaminhamento dos alunos com dificuldade de aprendizagem para o APOIA (“serviço de apoio ao aluno”)
- coordenar a parte de aprendizagem do aluno (fazer a mediação entre o aluno e o aprendizado) - dar subsídios para os professores desenvolverem a questão do aprendizado do aluno (dificuldades de aprendizagem, necessidades especiais) - mediação com a família no que se refere à aprendizagem - dar subsídios para o professor realizar o diagnóstico (realidade social) dos alunos - coordenar reuniões pedagógicas referentes à função da orientação - desenvolver projetos que auxiliem na aprendizagem dos alunos com dificuldades de aprendizagem - orientar o aluno na questão da aprendizagem, sobre o processo (avaliação, faltas...) - garantir a permanência do aluno
Continuação...
58
na escola fazendo os encaminhamentos necessários. Ex: alunos faltosos verificar o porquê, entrar em contato com a família; se for dificuldade de aprendizagem, tentar resolver com a professora e se necessário um encaminhamento fora da escola como serviço de saúde e assistência social TAREFAS - verificar alunos faltosos, com dificuldades de aprendizagem, com necessidades especiais. Fazer levantamento da situação e fazer encaminhamentos - atendimento a pais, alunos e professores - fazer relatórios e projetos para a secretaria da educação - fazer documentos necessários para os órgãos externos da escola (Conselho Tutelar, Hospital Universitário) - participar da coordenação dos conselhos de classe, reuniões pedagógicas e reuniões de planejamentos - informar a família sobre a situação de alunos com problemas de falta e dificuldades no processo de aprendizagem - entrar em contato com profissionais fora da escola para desenvolverem projetos na escola - coordenar eleição de regente e representante de classe
Fonte: Dados Primários Quadro 7 – Quadro comparativo das funções do Corpo Administrativo, segundo a percepção dos pesquisados.
Com base nos resultados destaca-se que segundo a supervisora todos os servidores
deveriam e tem que saber as funções pertinentes aos seus cargos, pois é preciso para a melhor
organização da escola, auxílio dos colegas e para um trabalho mais eficiente. Já a Diretora
acredita que todos conhecem, mas ressalta que muitas das funções não estão bem claras. A
Secretária acredita que os servidores conhecem as suas funções, pois sabem dizer o que não é
função deles. A Administradora comentou que as funções já estão pré-estabelecidas no edital
do concurso, contudo, nenhum dos cargos tem esclarecimento das especificidades da sua
função. E segundo a Orientadora os servidores não conhecem todas as suas funções.
A Administradora destacou alguns pontos como: a falta de conhecimento das funções
é o mais complicado dentro da escola, pois é o que mais dificulta o trabalho das pessoas e a
organização da escola, pois assim ocorre o jogo do “empurra-empurra”; as funções,
detalhadas no documento Subsídios para o reorganização didática no Ensino Fundamental,
abrangem muito e não dizem nada, por exemplo: para um especialista está escrito planejar e
para outro, participar na mesma função; é preciso descrever mais especificamente as funções
dentro da escola, por exemplo: vale transporte é com a “fulana”, ou seja, detalhar mais onde
conseguir as informações e com quem; saber e realizar a sua função e não deixar os outros
sem informação, sem solução para as coisas e ainda, que todos têm que ter acesso e ler o
estatuto do servidor (saber seus direitos e deveres).
O conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo, segundo a Secretária, deu-se por
meio de cursos de capacitação oferecido pela Secretaria Municipal de Educação, nos
encontros de trocas de experiências (das Secretárias Escolares) e por interesse próprio. Já a
Administradora comentou que “correu atrás”, que leu no edital, mas que só teve
conhecimento no dia-a-dia e que “ninguém explicou nada, pois na época a direção era nova, a
Administradora tinha sido removida e o departamento de administração escolar não dá
nenhum tipo de treinamento, orientação”.
A Supervisora disse ter tido o conhecimento de suas funções antes da realização do
concurso por meio do edital e depois na escola por meio do documento “Subsídios para a
reorganização didática no ensino fundamental”. E a Orientadora disse ter estudado de uma
maneira geral na universidade e quando fez o concurso, quando teve que estudar e,
especificamente, na escola também por meio do livro “Subsídios para a reorganização
didática do ensino fundamental”.
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Já a Diretora disse ter tido conhecimento das suas funções por meio de leituras, como
a do PPP, observações e no curso para eleição “Gestão democrática” que precisou fazer para
poder se candidatar.
Ao analisar o edital 001/2006 do concurso público da Prefeitura Municipal de
Florianópolis para provimento de cargos nas classes inicias das categorias funcionais dos
Grupos Docente e Especialistas em Assuntos Educacionais da Rede Municipal de Ensino,
percebe-se que não há descrição prévia das funções dos cargos como citaram alguns dos
entrevistados. No edital, é apenas exigida escolaridade nível superior completo com
habilitação específica, idade mínima de 18 (dezoito) anos e ambos os sexos, dentre outros
itens, podendo estes serem considerados os requisitos para o perfil do candidato.
A Orientadora educacional ressaltou que a ausência das demais especialistas afeta
todo o andamento da escola e não de um especificamente. Isto porque qualquer um que falta
atrapalha o andamento dos outros, pois algumas coisas acumulam e outras não são realizadas.
É uma função que não tem substituição no caso de licenças e atestados. E, na opinião da
mesma, deveria haver a possibilidade de ter substituto para a função quando a licença for por
um período longo.
Ao serem questionados sobre a existência de uma estrutura organizacional na escola e
qual o setor responsável, houve controvérsia. A Secretária disse não existir uma estrutura
organizacional, porém tenta-se fazer, enquanto os demais entrevistados disseram existir, pois
é preciso, mas está desatualizada desde 2005, acrescentou a Administradora. Mas em
momento algum foi apresentado um modelo ou algum documento dessa estrutura
organizacional para o pesquisador.
Pode-se dizer, então, de acordo com o observado, que existe apenas uma estrutura
informal que é aquela que surge da interação social das pessoas, desenvolvendo-se
naturalmente quando as pessoas se reúnem, enfatizando as pessoas e suas relações
(OLIVEIRA, 2002). E, quanto ao setor responsável pela estrutura organizacional da escola, a
Secretária e a Supervisora disseram ser a direção, enquanto que a Orientadora disse ser a
administração escolar e a Administradora disse não existir um setor específico, que todos os
profissionais da escola devem ser responsáveis.
Sobre o assunto, a Diretora ressaltou que quanto à questão funcional da escola, a
secretaria de educação é a responsável. Mas de acordo com a função (descrição sumária) do
cargo de diretor descrito no documento “Atribuições dos servidores da secretaria municipal de
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educação de Florianópolis” que é a de coordenar, mediar e articular todas as ações
pedagógicas e administrativas da Unidade Educativa cabe ao mesmo a responsabilidade de
organizar a estrutura organizacional da escola.
Já o Quadro 8 mostra um comparativo das funções dos cargos administrativos de
acordo com a percepção do corpo docente, do corpo administrativo e do ocupante do cargo
com o que está estabelecido no documento (Atribuições dos servidores da secretaria
municipal de educação de Florianópolis) da Prefeitura Municipal de Florianópolis – PMF.
Quadro comparativo das funções segundo o Corpo Docente, Corpo Administrativo, Ocupante do Cargo e PMF
CORPO DOCENTE CORPO ADMINISTRATIVO OCUPANTE DO CARGO PMF Funções da Direção
− gerir a escola como um todo − dirigir e coordenar os encaminhamentos sugeridos − organização − estar presente e decidindo tarefas − articular com a sua equipe as atividades diárias da escola − dirigir a escola e estar integrada com as demais funções − gerenciar a equipe pedagógica e administrativa − coordenar as atividades desenvolvidas na escola em todas as suas instâncias (administrar o andamento da escola) − resolver os diferentes problemas que podem surgir na escola − fazer pedido de material − cuidar dos horários − faltas dos professores − coordenar reformas − atividades extraclasse − ser a mediadora entre todos os segmentos e assuntos da escola − chefia e administração da escola voltada a humanização − atuar com professores e funcionários (individual e coletivo) − atuar com o órgão superior (PMF) − representar a instituição − delegar o corpo docente − ser o elo direto entre escola e secretaria − articular ações e recursos para discussão e implementação de um projeto pedagógico para a escola − promover a paz, segurança e disciplina na escola − zelar e organizar a escola e o calendário escolar
− responsável por todo o funcionamento da escola (organização pedagógica e administrativa) − responsável pelo bom desempenho docente da escola − gerenciamento geral da escola (atendimento de pai e aluno) − encaminhamento de professor − suporte geral para a escola diariamente − regimento interno (coordenar e participar) − realizar reuniões pedagógicas − realizar reuniões com a APP − resolver questões de indisciplina de alunos − atendimento aos pais − professores faltosos − controle da cozinha e limpeza (alimentos, material que entra e sai da escola) − coordenar todo o funcionamento da escola, administrando os funcionários e dando condições para que possam desempenhar suas funções − manter e organizar a infraestrutura da escola − manter o ambiente da escola adequado, saudável − fazer cumprir o regulamento escolar − planejamento e organização do espaço − atendimento funcionários − documentação para secretaria e escola − planejamento
− administrativa como Coordenar, Planejar e Organizar − pedagógica: planejamentos e debates com professores e alunos − financeiras (aplicação dos recursos) − preenchimento de documentos − TAREFAS − resolver problemas diários com alunos, professores e pais − encaminhamentos e solicitações para a secretaria − reuniões com APP e secretaria − aplicação dos recursos encaminhados pela secretaria
− Coordenar, planejar e acompanhar, junto com a equipe pedagógica, a execução do Projeto Político Pedagógico da Unidade Educativa; − Implantar e implementar o processo de organização de APP’s e ou Conselho de Escola, Grêmio Estudantil e outros; − Participar, junto com a Equipe Pedagógica, do planejamento e execução das reuniões pedagógicas, conselhos de classe, reuniões de pais, e outras atividades da Unidade Educativa; − Dinamizar o processo ensino aprendizagem, incentivando as experiências da Unidade Educativa; − Zelar pelo cumprimento da função social da escola, dinamizando o processo de matrícula, o acesso e permanência de todos os alunos na Unidade Educativa; − Articular a Unidade Educativa com os demais organismos da comunidade: APP’s, Associações de Bairro, Conselho de Escolas, e outros; − Administrar o cotidiano escolar; − Organizar e acompanhar os trabalhos realizados pelos funcionários da Unidade Educativa em relação à limpeza, conservação, alimentação e higiene; − Zelar pelo cumprimento da legislação em vigor; − Acompanhar o processo ensino aprendizagem, através dos índices de aprovação, evasão e repetência; − Informar oficialmente a Secretaria Municipal de Educação, dificuldades no gerenciamento da Unidade Educativa, bem como solicitar providências no sentido de suprilas; − Contribuir junto com a comunidade educativa, na valorização do espaço escolar, bem como na sua conservação; − Acompanhar o trabalho de todos os funcionários da Unidade Educativa, no sentido de atender às necessidades dos alunos; − Buscar em conjunto com a Equipe Pedagógica, Professores e Pais, a solução dos problemas referentes à aprendizagem dos alunos; − Preocuparse com a documentação escolar, desde sua elaboração, no sentido de manter os dados atualizados, cumprindo prazos, bem como encaminhar prioridades; − Solucionar problemas administrativos e pedagógicos de forma conjunta com a Secretaria Municipal de Educação; − Coordenar o processo educacional na área administrativa e no encaminhamento pedagógico; − Colaborar nas questões individuais e coletivas, que exijam respostas imediatas nos problemas de disciplinas de alunos, professores e funcionários; − Buscar soluções alternativas e criativas para os problemas
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específicos da Unidade Educativa, em relação à convivência humana, espaço físico, segurança, evasão, repetência, etc; − Gerenciar os recursos financeiros na Unidade Educativa, de forma planejada, atendendo às necessidades coletivas do Projeto Político Pedagógico; − Estimular, participar de cursos, seminários, encontros, reuniões e outros, buscando a fundamentação, atualização e redimensionamento de sua função. − Comunicar o Conselho Tutelar os casos de maus tratos, negligência e abandono de crianças em sua Unidade Educativa; − Administrar os recursos financeiros e patrimônio da Unidade Educativa; − Viabilizar o acesso e permanência dos alunos em idade escolar, inclusive os portadores de deficiências; − Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas e pedagógicas emanadas da Secretaria Municipal de Educação e Conselho Municipal de Educação; − Cumprir e fazer cumprir as determinações legais estabelecidas pelos órgãos competentes, bem como, comunicar ao Departamento de Educação Fundamental, as irregularidades da Unidade Educativa, buscando medidas saneadoras; − Coordenar e manter o fluxo de informações entre a Unidade Educativa e a Secretaria Municipal de Educação; − Propor e discutir alternativas, objetivando a redução dos índices de evasão e repetência, consolidando a função social da escola; − Convocar os representantes das entidades escolares, como por exemplo, APP; − Desenvolver o trabalho de direção, considerando a ética profissional; − Cumprir a legislação vigente; − Realizar outras atividades correlatas com a função.
Funções da Secretária
− executar questões burocráticas, práticas, como suporte para o trabalho dos demais profissionais − viabilizar e organizar documentos − agendar, organizar reuniões e o calendário escolar − organizar a agenda diária da escola − atendimento ao público (recepcionar alunos, pais e funcionários) − lançamento/digitação de notas − malote − distribuição de diários − matrícula − auxiliar a direção − documentação de alunos (registro e emissão) − desligamento de alunos
− SERIE (digitação) − atender telefone (não atende o telefone pois tem uma pessoa para isso) − faz o censo (dados que vão para o MEC para avaliação do município) − arquivo de documento de alunos − organizar o processo de matrícula, atestados de freqüência, vaga, transferência − teria a função de secretaria o diretor (documentos, recados, telefone) mas não é feito como deveria − digitar notas − responsável pelos diários de classe
− cuidar do arquivo (vida escolar do aluno) − fazer matrícula − providenciar a documentação de todos os alunos − organizar reuniões − repassar todas as informações cabíveis para a direção − ficar responsável pela escola na ausência da direção − dar apoio aos professores e funcionários − manter bom relacionamento entre as famílias e a escola − fazer atas − participar dos conselhos de classe − divulgar notas
− Coordenar e executar as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria; − Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar, O SERIE/ESCOLA e o registro de assentamento dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da: a) identidade e regularidade da vida escolar do aluno; b) autenticidade dos documentos escolares. − Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, portarias, circulares, resoluções e demais documentos; − Redigir a correspondência que lhe for confiada, lavrar atas e termos, nos livros próprios; − Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do Diretor; − Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados às autoridades superiores; − Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados; − Coordenar e supervisionar as atividades referentes à matrícula,
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− enviar dados ao MEC − administrar os papéis de histórico da escola − impressão dos boletins − atender telefone − xérox − repassar avisos da PMF − coordenar entradas, saídas − ponto dos funcionários − dados estatísticos da escola − redação de documentos oficiais
− fazer ata (registro de reuniões) − responsável pela parte de arquivamento de documentos da escola − atendimento ao público − confeccionar e entregar os documentos referentes às turmas para os professores − realizar os registros das reuniões (“nunca fez, eu que faço!”) − comunicação entre escola e comunidade (bilhetes, comunicados de reuniões)
− TAREFAS − fazer documentação dos alunos − manter arquivos atualizados − contribuir, participar para que a escola tenha um bom funcionamento entre famílias, alunos e professores (atendimento)
transferência, adaptação e conclusão de curso; − Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria; − Manter sigilo sobre assuntos pertinentes ao serviço; − Responder ao Censo Escolar Anual, seja de forma tradicional (caderno), ou digitalizada (Projeto Presença – PAC/MEC); − Repassar ao Diretor da Unidade Educativa, os dados cadastrais dos alunos para cadastramento e recebimento do benefício do Transporte Escolar; − Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), até o dia 25 de cada mês, a listagem dos alunos que recebem o benefício do Transporte Escolar; − Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), todo o dia 05 (cinco) de cada mês, o Movimento Mensal de Matrícula; − Encaminhar ao Departamento de Planejamento (DEPLAN), a cada avaliação, a extração de dados do SERIE/ESCOLA; − Realizar outras atividades correlatas com a função.
Funções da Administração Escolar
− administrar − organizar − ajudar a pensar o ambiente escolar − gerir aspectos legais da escola/organizar a parte burocrática escolar − organizar e divulgar o funcionamento estrutural da escola de forma eficiente − responsável pelo departamento de pessoal (organizar toda a documentação referente aos funcionários da escola : portarias, fichas, leis, etc) − responsável pelas compras − auxiliar a parte pedagógica − atuar nas questões pertinentes à administração escolar − observar o cumprimento de horário de professores e funcionários − cuidar dos materiais escolares necessários aos professores − ajuda no orçamento do caixa da escola − administrar de forma objetiva tudo que lhe compete, de modo que a escola não sofra conseqüências pela falta de conhecimento de determinados assuntos − reposição − administração de documentação − matrículas − situação geral do aluno na instituição
− organização de atas − elaboração de projetos − deixar a secretaria de educação ciente quanto às atividades da escola − participar dos conselhos de classe − controlar cozinha e limpeza (alimentos, material que entra e sai da escola) − coordenação do PPP − informar sobre as leis vigentes que vêm da secretaria − organizar e divulgar a legislação referente à escola, tanto da escola como de outros órgãos externos (MEC...) − sistematizar e divulgar o regulamento escolar − sistematizar os indicadores da escola − responsável pela documentação dos funcionários (fichas de freqüência, portaria de contratação, folha de pagamento) − organiza e divulga os comunicados internos da secretaria: ofícios, organiza e encaminha esses documentos − participar da organização da parte pedagógica da escola (conselho de classe, reunião pedagógica)
− Legalmente: − toda a parte burocrática de admissão e demissão de funcionário − controle da merenda escolar, material escolar e patrimônio − gerenciamento de reforma, construção − suporte para a APP − emissão de qualquer documento oficial da escola − apoio à direção nas questões de descentralização financeira − participação e acompanhamento do pedagógico − calendário escolar − indicadores educacionais (relatório de aprovação e reprovação de alunos mais detalhado para a secretaria, MEC e escola) − Oficialmente: − atendimento a aluno e pais − assessoria à Secretária − encaminhamento de professor − relatório e pedido de vale transporte − relatório da direção (freqüência de funcionário, controle de atestados e faltas, controle de cursos) − relatório de alimentação escolar (o que entra e sai de alimentos, material) − pedido e controle de material de
− Contribuir para o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, intervindo com sua especificidade de mediador das condições necessárias à organização escolar, bem como seus desdobramentos para qualificação do processo ensinoaprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais, e de mais questões curriculares; − Coordenar e articular a elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico; − Coordenar junto à Unidade Escolar a criação, organização e funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e democratização das decisões e das relações na Unidade Escolar; − Coordenar junto à comunidade escolar o processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização deste, como instrumento de suporte pedagógico; − Participar do processo de escolha de Representantes de Turmas (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensinoaprendizagem; − Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, nos aspectos a que se referem o processo ensinoaprendizagem; − Participar junto com os professores da sistematização e divulgação de informações sobre o aluno, para conhecimento dos pais e, em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos; − Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto com os professores e demais especialistas, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensinoaprendizagem; − Coordenar, atualizar, organizar e socializar a legislação de ensino e
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− os papéis da escola como instituição dentro e fora do ambiente escolar − resolver questões administrativas − buscar a otimização dos espaços escolares em sua utilização, observando também sua conservação, manutenção e limpeza − administrar os controles e pedidos de material de limpeza e produtos de merenda escolar
− encaminhamento dos atestados para perícia médica − planejamento e organização do espaço − atendimento funcionários − documentação para secretaria e escola − planejamento
limpeza − encaminhamento de aluno para a APAE, Ministério Público − substituição de professor (não deveria!!) − TAREFAS − horário escolar (aluno e professor) − burocrática (solicitação professor, transporte escolar) − atestados, perícias médicas − controle : cozinha (cardápio e estoque), material de limpeza e material didático − controle de chegada tardia de professor e aluno − atendimento a pais, alunos, primeiros socorros, telefone
de administração de pessoal da Unidade Educativa; − Coordenar junto à equipe administrativa, a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expedidos pela Unidade Educativa; − Organizar com a Direção e Equipe Pedagógica, a distribuição e socialização dos recursos materiais, bem como otimizar os recursos humanos; − Realizar e/ou promover pesquisas e estudos na área da Administração Escolar, emitindo pareceres e informações técnicas; − Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em Administração Escolar, junto à instituição formadora; − Desenvolver o trabalho de Administração Escolar, considerando a ética profissional; − Realizar outras atividades correlatas com a função.
Funções da Supervisão Escolar
− gestão dos aspectos pedagógicos da escola (supervisão e articulação das atividades pedagógicas, auxiliando e criando espaços e condições para o trabalho) − orientação − suporte pedagógico aos professores − auxiliar no andamento de projetos pedagógicos na escola − realizar trabalho pedagógico lado a lado com os professores: elaborando planejamento, criando estratégias, repensando a prática pedagógica do professor, contemplando os diversos tipos de aprendizagem da turma − dar suporte ao planejamento da escola − fazer interação do grupo (professores e demais segmentos da escola) − contribuir e auxiliar na aprendizagem dos alunos, também orientando professores e pais − articular com todo o corpo docente o PPP da escola
− dar suporte aos professores − contribuir na organização dos planejamentos escolares − organizar reuniões pedagógicas − organização de projetos − planejamento com professores − atendimento à aluno − substituir professor − organizar substituição de professor − gerenciar auxiliares de ensino − gerenciar curso de professores − documentação de nota de aluno, avaliação descritiva − organização, execução e participação do conselho de classe − avaliação dos professores substitutos − coordenar a construção do currículo escolar junto com os professores e demais funcionários − coordenar o processo de avaliação do rendimento escolar
− contribuir para o acesso e permanência do aluno na escola − planejamento com os professores − projetos (futebol, TOPAS) apesar de ser função da orientação. Por estar em contato com os professores − análise quantitativa e qualitativa do regimento escolar (aluno nota baixa decidese com o professor o que será feito) − coordenar o processo de articulação e discussão do currículo − participar da elaboração e articulação do PPP da escola − TAREFAS − realização de reuniões pedagógicas − verificação de falta de professores para reorganizar os horários dos professores do dia − planejamentos e aulas: verificar se estão de acordo e contribuindo para a aprendizagem do aluno − realização de conselhos de classe − avaliação das turmas (alunos
− Contribuir para o acesso e a permanência do aluno na Unidade Educativa, intervindo com sua especificidade de mediador da ação docente no currículo, mobilizando os professores para a qualificação do processo ensinoaprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais e de outras questões curriculares; − Participar da articulação, elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico; − Participar junto à comunidade escolar na criação, organização e funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e à democratização das decisões e das relações na Unidade Escolar; − Participar junto com a comunidade escolar no processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização como instrumento de suporte pedagógico; − Participar do processo de escolha de Representantes de Turmas (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensinoaprendizagem; − Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, no que se refere ao processo ensinoaprendizagem, bem como ao encaminhamento de aluno à outros profissionais quando a situação o exigir;
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− organização de documentações com os educadores e docentes − orienta sobre os assuntos da escola para com os professores e funcionários (planejamentos, reuniões etc) − orientar e delegar funções aos professores − auxiliar e supervisionar os professores na execução de seus planejamentos (de todas as disciplinas) − coordenar discussões coletivas e/ou por área referente às práticas pedagógicas escolares − acompanhar o processo de formação continuada dos professores e funcionários − ser mediadora entre professores e alunos − fazer reuniões com os professores − observar o planejamento de todas as disciplinas
− participar das reuniões pedagógicas − coordenar as reuniões de planejamento − acompanhamento do desenvolvimento do planejamento do professor com observação do desempenho do aluno
individualmente são analisados em questões de notas) − confecção de bilhetes − recados para os professores − organização de calendário para curso dos professores
− Participar de cursos, seminários, encontros e outros, buscando a fundamentação, atualização e redimensionamento da ação específica do Supervisor Escolar; − Coordenar o processo de articulação de discussões e de aplicabilidade do currículo junto com a comunidade educativa, sendo mediador da ação docente, considerando a realidade do aluno como foco permanente de reflexão do cotidiano educativo; − Elaborar anualmente relatório síntese das ações realizadas na Unidade Educativa; − Participar, junto com os professores da sistematização e divulgação de informações sobre o aluno, para conhecimento dos pais e, em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos; − Coordenar a análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto com o professor e demais especialistas, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensinoaprendizagem; − Visar o redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos demais especialistas e professores, o processo de identificação e análise das causas, acompanhando os alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem; − Coordenar o processo de articulação das discussões do currículo com a comunidade educativa, sendo o mediador da ação docente, considerando a realidade do aluno como foco permanente de reflexão redirecionador do currículo; − Subsidiar o professor no planejamento da ação pedagógica, para o alcance da articulação vertical e horizontal dos conteúdos, metodologia e avaliação, redimensionando, quando necessário, o processo ensinoaprendizagem; − Realizar e/ou promover pesquisas e estudos emitindo pareceres e informações técnicas, na área de supervisão escolar; − Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em supervisão escolar, junto à instituição formadora; − Desenvolver o trabalho de supervisão escolar, considerando a ética profissional; − Realizar outras atividades correlatas com a função.
Funções da Orientação Educacional
− orientar os alunos em relação ao seu aprendizado − orientar educandos e educadores para o melhor cumprimento de suas funções, questionando e apresentando possibilidades para a convivência escolar − orientação − suporte aos alunos e comunidade escolar − dar apoio no processo ensino-aprendizagem e dificuldades pedagógicas − tratar de assuntos ligados ao
− atender e orientar pais e alunos − contribuir no atendimento dos alunos com os professores − organizar reuniões pedagógicas − repassar toda a informação de aluno e professor para a direção − participar de conselhos de classe − organizar projetos − atendimento de pais e alunos (não tem feito quando o motivo é indisciplina) − encaminhamento do aluno para o Conselho tutelar, APOIA (“serviço
− coordenar a parte de aprendizagem do aluno (fazer a mediação entre o aluno e o aprendizado) − dar subsídios para os professores desenvolverem a questão do aprendizado do aluno (dificuldades de aprendizagem, necessidades especiais) − mediação com a família no que se refere à aprendizagem − dar subsídios para o professor realizar o diagnóstico (realidade social) dos alunos − coordenar reuniões pedagógicas referentes à função da orientação
− Contribuir para o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, intervindo com sua especificidade de mediador na realidade do aluno; − Mobilizar os professores para a qualificação do processo ensinoaprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, no horário escolar; − Considerar, nas questões curriculares, as condições materiais de vida dos alunos (compatibilizar trabalhoestudo), influindo junto aos funcionários da escola, no sentido de que, estes, se comprometam com o atendimento às reais necessidades dos alunos; − Participar da articulação, elaboração e reelaboração de dados da comunidade escolar, como suporte necessário ao dinamismo do Projeto Político Pedagógico, promovendo a contribuição de pais e alunos; − Participar junto à comunidade escolar na criação, organização e
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funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselho de Escola, A.P.P.; Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e à democratização das decisões e das relações na Unidade Educativa;
comportamento escolar dos alunos − intervir no processo de aprendizagem de alunos com dificuldade e fazer trabalho sobre disciplina − orientar atividades que envolvem as questões pedagógicas, enfocando principalmente as possíveis dificuldades dos alunos e seu acompanhamento − intervir diretamente com os alunos de acordo com a necessidade − orientar professores, alunos e pais para um melhor aprendizado dos docentes − trabalhar em conjunto com alunos e professores propiciando momentos de interação entre os mesmo para agilizar o processo ensinoaprendizagem de forma agradável − planejar, orientar, discutir as questões pedagógicas e emocionais dos alunos − trabalhar com os alunos: dificuldades tanto na escola como na vida particular, conhecer a comunidade e propiciar soluções − auxiliar e buscar estratégias dentro e fora da escola em casos de dificuldades escolares que ultrapassem as condições do professor − conhecer o aluno no seu todo, no meio em que vive − orientar os alunos para que suas atitudes (ações) sejam canalizadas à obtenção do melhor aproveitamento possível do ambiente escolar, incluindo: conversas individuais ou coletivas, apresentação de vídeos, viabilização de palestras para adolescentes e pais. − participar efetivamente dos conselhos de classe e em seus desdobramentos
de apoio ao aluno” atende crianças com problema de família, faltas e dá encaminhamento) − atendimento e suporte aos alunos com deficiência e encaminhamento deste para avaliação − conselho de classe (participa, não organiza) − trabalhos que possam estar auxiliando os professores − entrar em contato com os pais − − orientação de estudo para alunos − projetos de aprendizagem juntamente com professores − encaminhamentos de atendimento especial para alguns alunos
− desenvolver projetos que auxiliem na aprendizagem dos alunos com dificuldades de aprendizagem − orientar o aluno na questão da aprendizagem, sobre o processo (avaliação, faltas...) − garantir a permanência do aluno na escola fazendo os encaminhamentos necessários. Ex: alunos faltosos verificar o porquê, entrar em contato com a família;se for dificuldade de aprendizagem, tentar resolver com a professora e se necessário um encaminhamento fora da escola como serviço de saúde e assistência social − TAREFAS − verificar alunos faltosos, com dificuldades de aprendizagem, com necessidades especiais. Fazer levantamento da situação e fazer encaminhamentos − atendimento a pais, alunos e professores − fazer relatórios e projetos para a secretaria da educação − fazer documentos necessários para os órgãos externos da escola (Conselho Tutelar, Hospital Universitário) − participar da coordenação dos conselhos de classe, reuniões pedagógicas e reuniões de planejamentos − informar a família sobre a situação de alunos com problemas de falta e dificuldades no processo de aprendizagem − entra em contato com profissionais fora da escola para desenvolverem projetos na escola − coordenar eleição de regente e representante de classe
− Contribuir para o desenvolvimento do autoconceito positivo do aluno, visando à aprendizagem do mesmo, bem como à construção de sua identidade pessoal e social; − Participar junto com a comunidade escolar no processo de elaboração, atualização do Regimento Escolar e utilização deste, como instrumento de suporte pedagógico; − Coordenar o processo de escolha de representantes de turma (aluno, professor) com vistas ao redimensionamento do processo ensinoaprendizagem; − Coordenar a elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, no que se refere ao processo ensinoaprendizagem, bem como, o encaminhamento dos alunos a outros profissionais, se necessário; − Coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e divulgação das informações sobre o aluno, para conhecimento dos professores, pais e, em conjunto, discutir encaminhamentos necessários; − Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto aos professores, especialistas e demais educadores, visando reduzir os índices de evasão e repetência, qualificando o processo ensinoaprendizagem; − Visar o redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos demais especialistas e professores, o processo de identificação e análise das causas, acompanhando os alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem; − Coordenar o processo de orientação profissional do aluno, incorporandoo à ação pedagógica; − Realizar e/ou promover pesquisas e estudos, emitindo pareceres e informações técnicas, na área de Orientação Educacional; − Desenvolver o trabalho de Orientação Educacional, considerando a ética profissional; − Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em Orientação Educacional, junto à instituição formadora; − Desenvolver outras atividades, conforme o decreto nº 72.846/73, que regulamenta a Lei nº 5.564/68, que prevê o exercício da profissão de Orientador Educacional; − Cumprir e fazer cumprir o código de ética do Orientador Educacional; − Realizar outras atividades correlatas com a função.
Fonte: Dados Primários Quadro 8 – Quadro comparativo das funções segundo o Corpo Docente, Corpo Administrativo, Ocupante do Cargo e PMF.
Segundo todos os entrevistados, os servidores são selecionados para os cargos por
meio de concurso público, com exceção dos cargos de direção que, sendo este já concursado e
atuante na escola, pode ser eleito pela comunidade escolar ou, se não houver 50% + 1 do total
de votos, a secretaria indica um servidor para ocupar o cargo e Secretária, que é um cargo
comissionado, de confiança e geralmente alguém da comunidade, é indicada pela Secretaria
de Educação. A Diretora acrescentou ainda que há funcionários readaptados que se encaixam
em algumas funções dependendo de sua saúde e que para ser coordenador de sala
informatizada há uma seleção através do Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE.
A Administradora comentou que no edital do concurso público há a descrição prévia
do perfil do ocupante do cargo e acrescentou que para ocupar o cargo de diretor tem que ter
curso de gestão, mas que pode ser feito após assumir o cargo e que, para Secretária, não há
formação específica. Porém, segundo a própria Secretária, antigamente o prefeito assinava
um decreto liberando a Secretária para assumir o cargo por indicação de alguém e não
precisava ter formação específica. Mas hoje, segunda a mesma, o prefeito indica quem ele
quer para assumir o cargo sendo necessário ter formação em pedagogia e conhecimentos em
informática. Porém, no documento da prefeitura “Atribuições dos servidores da secretaria
municipal de Florianópolis”, para o cargo de secretário escolar pede escolaridade Ensino
Médio Completo. E já a Diretora disse não existir um perfil prévio desejado, na sua grande
maioria, para o ocupante do cargo.
Não se tem conhecimento e em nenhum momento foi citada, durante a pesquisa, a
existência de algum documento que especifique as características e o perfil para os ocupantes
dos cargos administrativos da escola, além da habilitação específica citada no edital do
concurso para os especialistas em assuntos educacionais e também por alguns dos
entrevistados assim como a escolaridade exigida no documento da prefeitura “Atribuições dos
servidores da secretaria municipal de Florianópolis”.
Sendo assim, pesquisou-se junto ao corpo docente e administrativo da escola quais as
características e perfil desejado, na concepção dos mesmos, para os ocupantes dos cargos em
questão. O Quadro 9 mostra as características e perfil dos ocupantes, de acordo com a
percepção do corpo administrativo. As partes cinzas representam a resposta do próprio
ocupante.
Quadro comparativo das características e perfil do Corpo Administrativo, segundo pesquisados. DIRETORA SECRETARIA ADMINISTRADORA SUPERVISORA ORIENTADORA Características Perfil Características Perfil
Características
Perfil
Características
Perfil
Características
Perfil
Diretor − articulada − dinâmica
− graduação na área de educação
− organizada − responsável − coerente − justa − compreensiva − exigente (saiba ouvir, falar e ao mesmo tempo ser humana)
− ter conhecimento na área de educação − já ter trabalhado na educação
− líder − ter iniciativa − muito organizada − imparcial − coerente − pró-ativa − ser firme em opinião − saber usar a autoridade do cargo
− fazer parte da escola − ser administrador ou ter treinamento para essa área (gestão escolar) − formação superior − experiência − estar na escola no mínimo 3 anos (estágio probatório) para conhecer a escola − conhecer o regimento interno e PPP
− espírito de liderança − flexibilidade − iniciativa − visão ampla
− curso superior − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe
− ser líder − ser mediadora − ser estratégica − articuladora − ter iniciativa − bom relacionamento interpessoal
funcionário concursado tenha passado o estágio probatório (3 anos) na sua função dentro da escola feito o curso para diretores da prefeitura
Secretária − organizada − graduação na área de educação
− organizada − bom-humor − ser pontual − bom relacionamento com alunos e família
− ter nível superior − conhecimentos em informática, legislação e documentação formal de alunos
− ser a mais organizada da escola − boa comunicação − paciente − imparcial − atendimento ao público − discreta (discrição)
− ser da comunidade (ideal) − dar suporte para toda a escola (telefone, recado, documentação, nota de aluno) − formação em Secretariado − conhecer o regimento interno e PPP − experiência
− flexibilidade − iniciativa − saber lidar com o público − paciência
− curso superior − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe
− organizada − responsável − bom relacionamento interpessoal
concurso público 2º grau completo conhecimento em informática
Administrador Escolar
− organizada − graduação na área da administração escolar
− organizada − responsável pela sua função − contribuir para o bom funcionamento
− ter curso de Administração Escolar − gostar de exercer a função
− organizada − firme − atender pessoas − imparcial − ter
− ter conhecimento da legislação municipal − conhecer a comunidade
− flexibilidade − liderança − iniciativa − visão ampla
− curso superior − conhecimento em informática − saber
− organizada − ter iniciativa − bom relacionamento interpessoal
− curso superior com habilitação em Administração Escolar − ser
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da escola dissernimento − gostar do trabalho burocrático − líder − curioso − ser confidencial − boa comunicação (com secretaria)
escolar (envolver) − formação Administração Escolar − conhecer o regimento interno e PPP
trabalhar em equipe
concursada
Supervisor Escolar
− organizada − dinâmica
− graduação na área da supervisão escolar
− organizada − interagir com todos − dar suporte aos professores quando necessário
− ser formada em Supervisão Escolar − estar sempre com os professores para que a escola tenha uma boa organização
− organizado − paciente − boa didática − articulador de pessoas − boa comunicação
− conhecimento específico na área (5ª à 8ª, 1ª à 4ª e Educação Infantil) − conhecer o regimento interno e PPP − conhecimento do currículo escolar (por área)
− flexibilidade − empatia − liderança − iniciativa − visão ampla
− curso superior − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe
− articuladora − mediadora − ter iniciativa − estar atualizada − saber coordenar as reuniões − bom relacionamento interpessoal
− curso superior com habilitação em Supervisão Escolar − ser concursada
Orientador Educacional
− dinâmica − graduação na área da orientação escolar
− organizada − contribuir para o bom funcionamento da escola − interagir entre alunos, professores e família − ser calma − gostar do que faz
− ser formada em Orientação Educacional
− organizada − paciente − excelente comunicação − articuladora de informações − pró-ativa − geradora de soluções com relação à alunos
− conhecimento específico da área − conhecer comunidade − conhecer o regimento interno e PPP
− flexibilidade − liderança − iniciativa − visão ampla
− curso superior − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe
− bom relacionamento interpessoal − ter iniciativa − saber coordenar reunião − ser mediadora − ser articuladora
curso superior com habilitação em Orientação Educacional ser concursada
Fonte: Dados Primários. Quadro 9 – Quadro comparativo das características e perfil do Corpo Administrativo, segundo pesquisados.
Uma característica predominante citada como necessária a todos os cargos
administrativos foi “organizada”. Destacou-se ainda para o cargo de diretor características
como articuladora, coerente, líder e iniciativa. E, para o perfil predominou a necessidade de
formação superior e a conclusão do período de estágio probatório de 3 anos.
Para o cargo de secretária, características como bom relacionamento interpessoal,
saber lidar com o público e ser paciente destacaram-se, além da característica já citada acima.
E, ter conhecimento em informática e formação superior foi citado pela maioria como algo
necessário para o perfil da secretária.
Já, ser líder e ter iniciativa foram características também citadas como necessárias ao
administrador escolar, além de ter formação em Administração Escolar como perfil.
Ser articulador, ter iniciativa e bom relacionamento interpessoal foram características
que se destacaram para os cargos de supervisor escolar e orientador educacional. E, quanto ao
perfil necessário, destacou-se apenas a formação em supervisão escolar e orientação
educacional, respectivamente.
O próximo quadro (10) faz um comparativo entre a opinião do corpo docente e do
corpo administrativo, quanto às características e perfil desejado para os ocupantes dos cargos
administrativos.
Quadro comparativo segundo o Corpo Administrativo e Corpo Docente DOCENTES CORPO ADMINISTRATIVO
Características Perfil Características Perfil Diretor − prático
− presente − ter autonomia − ter ética − organizado − ativo − dinâmico − sociável − coordenador − mediador − flexível − coerente − exigente com alunos − humanista − simpático − simples
− responsável − assíduo − ter bom relacionamento − alegre − compreensivo − companheiro − liderança − persistente − articulador − comunicativo − ágil − competente − integrada − capacitada − eficiente − centralizadora
− 30 - 45 anos − formação em pedagogia − experiência em educação (sala de aula) − noções administrativas
− organizada − responsável − coerente − justa − compreensiva − exigente (saiba ouvir, falar e ao mesmo tempo ser humana) − líder − ter iniciativa − imparcial
− pró-ativa − ser firme em opinião − saber usar a autoridade do cargo − flexibilidade − visão ampla − ser mediadora − ser estratégica − articuladora − bom relacionamento interpessoal
− ter trabalhado na educação − formação superior − estar na escola no mínimo há 3 anos (estágio probatório) − conhecer o regimento interno e PPP − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe − funcionário concursado − feito o curso para diretores da prefeitura − ser administrador ou ter treinamento para essa área (gestão escolar)
Secretária − dinâmica − organizada − simples − atenciosa − pontual / assídua − eficiente − humanista − parceira − mediadora − flexível − acessível
− simpática − responsável − comprometida − atuante − prestativa − atualizada nas informações − comunicativa − habilidade para atender as necessidades legais da escola − gentil − discreta
− 25 – 50 anos − não pedagoga − curso de secretariado e atendimento ao público − formação superior − curso de relações humanas − pedagogia ou licenciatura (curso de formação específica) − formação em administração escolar − formação administrativa e pedagógica − experiência − saiba manusear computadores − saiba lidar com o público
− organizada − bom-humor − ser pontual − bom relacionamento com alunos e família − boa comunicação − paciente − imparcial − discreta (discrição) − flexibilidade − iniciativa − saber lidar com o público − responsável − bom relacionamento interpessoal
− ter nível superior − formação em Secretariado − conhecimentos em informática, legislação e documentação formal de alunos − ser da comunidade (ideal) − conhecer o regimento interno e PPP − experiência − saber trabalhar em equipe − concurso público − − −
Administrador Escolar
− dinâmico − organizado − prático − eficiente − responsável − assíduo − inovador − acessível
− administrado − parceiro − ter liderança − eficiência − coerência na administração − atualizado − presente − conhecedora da burocracia escolar
− formação em administração escolar − formação em administração − formação pedagógica − experiência na área − curso de bom relacionamento − 25 – 50 anos
− organizada − responsável pela sua função − contribuir para o bom funcionamento da escola − firme − atender pessoas − imparcial − ter discernimento − gostar do trabalho burocrático
− curioso − ser confidencial − boa comunicação (com secretaria) − flexibilidade − liderança − visão ampla − ter iniciativa − bom relacionamento interpessoal
− curso superior com habilitação em Administração Escolar − gostar de exercer a função − ter conhecimento da legislação municipal − conhecer a comunidade escolar (envolver) − conhecer o regimento interno e PPP − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe − ser concursada
Continuação...
73
− líder Supervisor Escolar
− dinâmico − prático − sensato − colega − presente − criativo − organizado − bom relacionamento − supervisor − flexível − comprometido − responsável − assíduo
− parceiro com colegas − compreensivo − mediador − articulador − inovador − competente − firme − paciente − comunicativo − conhecedor de metodologia e práticas pedagógicas − pesquisador − colaborador
− 25 – 50 anos − formação em pedagogia com habilitação em supervisão escolar − experiência de sala de aula
− interagir com todos − dar suporte aos professores quando necessário − organizado − paciente − boa didática − articulador de pessoas − boa comunicação − flexibilidade
− empatia − liderança − visão ampla − mediador − ter iniciativa − estar atualizado − saber coordenar reuniões − bom relacionamento interpessoal
− curso superior com habilitação em Supervisão Escolar − estar sempre com os professores para que a escola tenha uma boa organização − conhecimento específico na área (5ª à 8ª, 1ª à 4ª e Educação Infantil) − conhecer o regimento interno e PPP − conhecimento do currículo escolar (por área) − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe − ser concursado
Orientador Educacional
− dinâmico − organizado − esforçado − paciente − presente − colaborador − comunicativo − mediador − atencioso − dedicado − comprometido − criativo − inovador − articulador − responsável − assíduo − atento − disposto a ajudar
− sensível − prático − observador − parceiro com colegas − encaminha trabalho com a família − humanista − coerência no atendimento escolar − carinhoso − atencioso − bom relacionamento − prestativo − equilibrado − ter boa vontade − dominar as relações interpessoais − ouvinte − compreensivo − exemplificador
− 30 – 40 anos − formação em psicopedagogia − formação em pedagogia com especialização em orientação − experiência em sala de aula
− organizado − contribuir para o bom funcionamento da escola − interagir entre alunos, professores e família − ser calmo − gostar do que faz − paciente − comunicativo − articulador de informações − pró-ativo
− gerador de soluções com relação à alunos − flexível − liderança − visão ampla − bom relacionamento interpessoal − ter iniciativa − saber coordenar reunião − ser mediador − ser articulador
− curso superior com habilitação em Orientação Educacional − conhecer comunidade − conhecer o regimento interno e PPP − conhecimento em informática − saber trabalhar em equipe − ser concursada −
Fonte: Dados Primários Quadro 10 – Quadro comparativo das características e perfil, segundo o Corpo Administrativo e Corpo Docente
De acordo com o observado no quadro 10, em comparação com o que foi citado pelo
corpo administrativo no quadro 9, há um detalhamento mais específico por parte do corpo
docente quanto as características e o perfil desejado para os cargos em análise.
Para o cargo de diretor foram apontadas pelo corpo docente outras características além
da característica “organizada” citada por estes como necessária à todos os cargos como
dinâmico, mediador, flexível, assíduo, líder e comunicativo. Já para o perfil citaram também a
faixa etária, prevalecendo a idade de 30-45 anos, além da formação em pedagogia,
experiência em sala de aula e noções administrativas.
Dinâmica, atenciosa, assídua, eficiente, simpática, responsável, comprometida e
comunicativa foram características citadas para o cargo de secretária. E, quanto ao perfil, de
tudo o que foi pontuado no quadro sobressaiu-se a faixa etária (25-50 anos), experiência na
área, curso de secretariado e formação em pedagogia. Saber lidar com o público e manusear
computadores foi citado apenas em um dos questionários.
Para o cargo de administrador escolar, foram levantadas, dentre outras, características
como dinâmico, prático, responsável, eficiente e assíduo. Para o perfil, sobressaíram-se:
formação em administração escolar, formação pedagógica, experiência e faixa etária (25-50
anos).
Dinâmico, presente, criativo, flexível, comprometido, mediador, articulador e
comunicativo foram características citadas para o cargo de supervisor escolar. Formação em
pedagogia com habilitação em supervisão escolar, experiência em sala de aula e faixa etária
entre 25 e 50 anos, foram apontados como o perfil para o ocupante do cargo.
E, para o cargo de orientador educacional, destacaram-se características como
dinâmico, presente, comunicativo, comprometido e criativo, tendo o perfil: formação em
pedagogia com especialização em orientação educacional, experiência em sala de aula e faixa
etária entre 30 e 40 anos.
No questionário aplicado aos professores, foi pesquisado também sobre o tipo de
informação buscada na secretaria e quem geralmente lhes atende, ilustrado no gráfico abaixo.
14 (quatorze) dos docentes responderam que procuram informações burocráticas, informações
sobre alunos (notas, freqüência, transferências, inclusão/novas matrículas, rendimento escolar,
endereço e telefone dos pais, avaliações, matrículas novas, ausência prolongada), diários de
classe, entrega de atestados e dispensas, folha ponto para assinar, leis, informações sobre o
transporte escolar, procuram por alguma especialista ou Diretora, sobre quem está ou não na
75
escola (profissionais), realizar telefonemas urgentes aos pais, informativos da secretaria sobre
documentos escolares e pedidos de xerox para os alunos, sendo, segundo eles, a Secretária a
responsável por estas informações. Quanto a quem lhe atende, 2 (dois) docentes disseram
procurar pela Diretora ou especialistas para informações sobre vale transporte, folha ponto e
para falar com pais de alunos. Já 4 (quatro) docentes procuram por dados e avaliações de
alunos, ajuda para resolver situações adversas com alunos e obter informações sobre dados e
avaliações de alunos sendo os responsáveis nestes casos, de acordo com os mesmos, a
Secretária ou a Orientadora escolar.
Responsáveis pelas informações na Secretaria na visão dos docentes
14
2
4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Secretaria Direção Especialistas
Fonte: Dados Primários Figura 22 - Responsáveis pelas informações na Secretaria na visão dos docentes.
Na análise dos resultados, percebe-se que é função da Secretária prestar as
informações listadas acima. Contudo há professores que buscam com outros servidores,
porém são atendidos por quem está presente na secretaria, no momento.
Com tudo o que foi analisado e observado, a estrutura da escola, hierárquica, pode ser
representada pelo modelo a seguir:
76
DIREÇÃO
SECRETÁRIA
ADMINISTRAÇÃO
ESCOLAR
SUPERVISÃO
ESCOLAR
ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
CORPO DOCENTE
CORPO DISCENTE
DEMAIS FUNCIONÁRIOS
Fonte: Dados Primários Figura 23 – Organograma da estrutura organizacional da escola.
4.4 SUGESTÃO E ADEQUAÇÃO DAS FUNÇÕES DO CORPO ADMINISTRATIVO
Analisando as respostas do corpo administrativo quanto às funções do cargo de diretor
apenas uma função foi de opinião comum de todos, que é a de coordenar todo o
funcionamento da escola (organização pedagógica e administrativa), ou melhor, coordenar as
atividades desenvolvidas na escola em todas as suas instâncias. Função esta também clara
para o corpo docente e definida no documento da prefeitura (atribuições dos servidores da
secretaria municipal de educação de Florianópolis).
Participar do planejamento e execução das reuniões pedagógicas e de pais e dos
conselhos de classe como está descrito no documento da prefeitura, foi citada como sendo
função da direção apenas pelo corpo administrativo assim como a função de implantar e
implementar a organização de APP’s, Grêmio Estudantil entre outros e articulá-los com a
unidade educativa.
77
Já a função de articular ações e recursos para discussão e implementação de um
Projeto Pedagógico para a escola foi citada apenas pelo corpo docente semelhante ao que está
descrito no documento da prefeitura onde diz coordenar, planejar e acompanhar, junto a
equipe pedagógica, a execução do PPP da Unidade Educativa. Funções que dizem respeito à
falta de professores e pedido de material não estão especificadas no documento da prefeitura
como sendo funções do diretor, mas pode-se, de acordo com interpretações, incluí-la no item
que diz ser o diretor o responsável por administrar o cotidiano escolar. Aqui se pode destacar
a falta de clareza na descrição das funções do documento da prefeitura, pois como já foi
citado pela Administradora, as funções “abrangem muito e não dizem nada”.
No documento diz apenas que é função do diretor organizar e acompanhar os trabalhos
realizados pelos funcionários da Unidade Educativa em relação à limpeza, conservação,
alimentação e higiene. Já a função manter o ambiente da escola adequado, saudável,
promovendo nela a paz, segurança e disciplina, citada tanto pelo corpo docente como o
administrativo, entende-se fazer parte do que está escrito no documento da prefeitura onde diz
que é função do diretor buscar soluções alternativas e criativas para os problemas específicos
da Unidade Educativa, em relação à convivência humana, espaço físico, segurança ... E a
função de manter e organizar a infra-estrutura da escola está incluída no item contribuir junto
à comunidade educativa, na valorização do espaço escolar, bem como na sua conservação.
Quanto à questão de resolver problemas de indisciplina de alunos, como citou o corpo
administrativo e pela própria Diretora ser função da direção, de acordo com o documento da
prefeitura de fato é, pois no mesmo está escrito colaborar nas questões individuais e coletivas
que exijam respostas imediatas nos problemas de disciplina de alunos, professores e
funcionários.
Já a função de aplicar os recursos encaminhados pela secretaria, citada pela Diretora
está de acordo com o documento da prefeitura onde diz “administrar os recursos financeiros e
patrimônio da Unidade Educativa”. Contudo, a Administradora da escola comentou não
saber quais as funções específicas da Diretora, já que a mesma “fica resolvendo problemas
que não são dela”.
No que diz respeito às funções da Secretária da escola, tanto o corpo docente como o
administrativo citaram que a Secretária é responsável pelo arquivamento de documentos da
escola e vida escolar do aluno, como mencionou a própria Secretária e está claramente
especificado no documento da prefeitura. Item este que abrange também a digitação do
SÉRIE, função citada pelo corpo administrativo como também sendo da Secretária. Fazer
78
atas foi uma função colocada pelo corpo administrativo e pela própria Secretária, como
também está especificado no documento da prefeitura, porém a Orientadora enfatizou que
esta função foi sempre exercida por ela, que a “Secretária nunca fez”. Auxiliar a direção foi
uma função citada por todos, inclusive pela Secretária, tendo dois itens a abrangendo no
documento da prefeitura, mas a Administradora destacou que esta função não é realizada
como deveria. O corpo docente citou ainda a função redação de documentos oficiais, que
pode ser incluída no documento no item “elaborar relatórios e processos a serem
encaminhados às autoridades superiores”. No que diz respeito à matrícula, foi uma função
citada por todos e que no documento abrange também questões como transferência, adaptação
e conclusão de curso. Responder ao Censo Escolar foi também outra função citada por todos e
que consta no documento da prefeitura. Atender ao telefone foi citado pelo corpo docente e
administrativo como sendo função da Secretária, mas não realizado pela mesma, pois
segundo a Administradora existe alguém para isso. Porém não consta nenhum item específico
sobre isso relacionado no documento da prefeitura, podendo ser englobado, de acordo com a
interpretação do documento, no item que diz ser função da Secretária “coordenar e executar
tarefas decorrentes dos encargos da secretaria”, assim como outras tarefas citadas tanto pelo
corpo docente como pelo administrativo e em alguns casos pela Secretária, como
digitação/divulgação de notas, atendimento ao público e distribuição de diários de classe.
Segundo a Administradora há funções legais que dizem respeito ao seu cargo como,
por exemplo, o controle da merenda escolar, do material escolar e do patrimônio, citada
também pela Supervisora, e, como também citou a Orientadora, a participação e
acompanhamento do pedagógico da escola e o relatório dos indicadores educacionais. E há
funções oficiais, que de fato não dizem respeito ao seu cargo, mas que são desempenhadas
diariamente segundo a mesma, como por exemplo, atendimento a alunos e pais,
encaminhamento de professor, relatórios de responsabilidade da direção, responsável por
atestados e perícias médicas, sendo esta, citada pela Supervisora como função da
Administradora.
Algumas das funções citadas, como participar dos conselhos de classe e reuniões
pedagógicas, coordenar o PPP, sistematizar e divulgar o regulamento escolar, participar e
acompanhar o pedagógico, são funções comuns à todos os especialistas em educação como
está especificado no documento da prefeitura e não apenas de um ou de outro como colocado
por alguns dos servidores.
79
Assim, específico às funções da Administradora escolar, gerir aspectos legais da
escola, organizar a parte burocrática de admissão e demissão de funcionário, organizar e
divulgar legislação referente a escola, documentação de funcionário (portaria, fichas de
freqüência, folha pagamento etc.), foram funções citadas tanto pelo corpo docente como pelo
administrativo e a própria Administradora e estão de acordo com o documento da prefeitura.
Cuidar dos materiais escolares necessários aos professores função citada pelos mesmos,
também consta no documento da prefeitura incluindo também o acompanhamento das turmas,
horário escolar e demais questões curriculares assim como a função de elaboração de projetos
citada pelo corpo administrativo. Funções como organizar e divulgar os comunicados internos
da secretaria, citada pelo corpo administrativo, assim como a emissão de qualquer documento
oficial da escola e suporte a APP, citadas pela Administradora e Diretora, também constam
detalhados no documento da prefeitura. A função de administrar os controles e pedidos de
material de limpeza e produtos da merenda escolar citadas por todos, não existe claramente
detalhada no documento em uso.
Dentre as funções citadas como sendo da supervisão escolar, subsidiar os professores
no seu planejamento dando suporte pedagógico aos mesmos e organizar e desenvolver
projetos, foram citadas por todos os pesquisados. Porém a Supervisora destacou ser esta uma
função da orientação. Mas de acordo com o documento da prefeitura, faz parte das suas
funções. Contribuir para o acesso e permanência do aluno na escola e realizar a análise
quantitativa e qualitativa do regimento escolar foram funções citadas pela própria Supervisora
que também constam no documento. Uma outra função relacionada a elaboração e articulação
do PPP das escola foi citada pelo corpo docente e pela própria Supervisora, estando incluída
também no documento em questão.
Quanto às funções da orientação educacional, atender e orientar pais, alunos e
professores foi uma função citada por todo o corpo administrativo. Porém a Administradora
enfatizou que quando o motivo é disciplina de aluno o atendimento não tem sido feito pela
Orientadora. E esta ressaltou que isto é responsabilidade da direção. Organizar reuniões
pedagógicas foi colocado pela Secretária como função da Orientadora, mas esta ressaltou que
é sua função apenas coordenar reuniões pedagógicas referentes à sua função, assim como a
função de participar dos conselhos de classe em que a Orientadora destacou que sua função é
a de apenas participar e não a de organizar. Porém, como já citado anteriormente, estas são
funções de todos os especialistas em educação de acordo com o documento da prefeitura,
sendo assim, portanto, função também da Orientadora, assim como a função de desenvolver
80
projetos. Quanto a função de dar subsídios para os professores na questão do aprendizado do
aluno, citada por todos, está de acordo com o especificado no documento da prefeitura assim
como orientar o aluno no seu aprendizado.
Percebe-se que algumas funções foram citadas pelos entrevistados com sendo de
responsabilidade de mais de um cargo e outras foram citadas por um ou por outro entrevistado
mostrando uma pequena distorção quanto algumas funções dos cargos.
Há relações entre as funções de alguns cargos como comentou alguns dos
entrevistados. No caso da Secretária, a mesma diz que suas funções estão interligadas com as
de todos os outros cargos, direção, equipe e professores, pois a sua função é uma
complementação de todas as outras. Já a Administradora comentou que algumas funções do
seu cargo estão relacionadas com as da Secretária e, principalmente com a direção, isto
porque se a direção não “assinar embaixo, meu trabalho não funciona”, ressaltou. No que diz
respeito ao material didático, limpeza e cozinha, adquiriu-se uma autonomia interna para a
tomada de decisão. Mas mesmo assim a Diretora assina. Além disso, tem a documentação do
SERIE/ESCOLA (programa com todos os dados de alunos, professores ou seja todos os dados
da escola), que é responsabilidade da Secretária e mas que a Administradora precisa para
fazer os indicadores, porém diz não ter acesso.
Enquanto que, para a Supervisora escolar, as funções do seu cargo estão relacionadas
com a de todos os outros, porque “senão não anda, não tem como separar”. Ex: se eu não sei
usar a máquina do xerox, meu trabalho não anda.
Já a Orientadora educacional disse que as suas funções têm a ver com os professores
na questão de subsidiá-los sobre os alunos, realizando sobre os encaminhamentos dos alunos
com dificuldade, alunos faltosos e os com necessidades especiais. Sua função afeta
diretamente o professor, mas está relacionada com todos os cargos, destacou a Orientadora.
E, segundo a Diretora, suas funções estão relacionadas com as da Secretária, no que
diz respeito a matrículas e atendimento a comunidade escolar, com as da Administradora,
quanto a organização do espaço, atendimento a funcionários e documentação para a secretaria
e escola e planejamento, com as da Supervisora, no planejamento dos professores e
acompanhamento do desenvolvimento do mesmo com a observação do desempenho do aluno
e com as da Orientadora, no que está relacionado a orientação de estudo para alunos, projetos
de aprendizagem juntamente com professores e encaminhamentos de atendimento especial
para alguns alunos.
81
Importante salientar que as funções definidas pela prefeitura, ou melhor, pela
Secretaria de Educação, não estão de fato bem definidas e esclarecidas, pois permitem
interpretações distorcidas.
De acordo com os dados coletados, percebe-se que os servidores têm clareza sobre
algumas funções dos cargos administrativos, porém não há esclarecimento e certeza das
mesmas. Até porque não há conhecimento o suficiente sobre os documentos dos quais devem
se basear.
Os entrevistados sabem que a direção é responsável pela organização geral da escola,
que a Secretária pelos documentos, auxílio à direção e atendimento ao público em geral, que
a Supervisora é responsável por subsidiar o planejamento do professor e acompanha-lo no seu
desenvolvimento, que o Orientador é responsável por acompanhar e favorecer a
aprendizagem do aluno intermediando este com o professor e a Administradora é responsável
pela parte burocrática (doc. funcionários, leis vigentes ), planejamento e organização do
espaço escolar e acompanhar o projeto pedagógico da escola.
Então, a base de todas as funções é de conhecimento de todos, o que falta aprimorar é
a especificidade das funções de cada cargo.
Assim, há que se esclarecer melhor as funções para todos os profissionais que
trabalham na escola. E, para isso é necessária, primeiramente, uma melhor organização
interna da escola, ou seja, uma melhor organização da sua estrutura organizacional, pois como
já foi citado no item 2.1, a estrutura organizacional mostra de forma objetiva a quem cabe as
tomadas de decisões de acordo com a sua responsabilidade e poder dentro da organização, no
caso em estudo, a escola. O modelo de estrutura funcional citado no desenvolvimento da
fundamentação teórica, tanto nos modelos de Cury quanto nos de Cruz, é o que melhor
representa a escola e como ela está organizada. E, analisando a maneira como a escola se
organiza e como as funções do corpo administrativo são desempenhadas, conclui-se que é de
fato o modelo mais adequado para a escola, visto que de acordo com o cargo, direção,
secretária, administradora, supervisora ou orientação todos têm seu poder para a tomada de
decisão quando necessário e quando condiz.
Porém, é preciso uma melhor comunicação entre esses cargos para que todos tenham
ciência do que está acontecendo dentro da escola, tendo assim direção e controle das decisões
a serem tomadas, garantindo uma boa gestão dentro da escola e evitando conflitos
desnecessários, já que a gestão consiste basicamente em mobilizar os meios e procedimentos
82
para se atingir os objetivos da escola, no caso, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-
administrativos como já citado no item 2.4. Ou seja, cabe ao diretor, ao gestor, alinhar os
fatores comuns a todas as instituições de ensino determinados pela secretaria de educação
juntamente com os fatores específicos (comunidade escolar, regimento escolar etc) desta
instituição garantindo a eficiência do seu modelo de gestão que, de acordo com Libâneo,
enquadra-se no modelo da Concepção democrático-participativa, exercendo formas de gestão
participativa, não excluindo a necessidade de coordenação, diferenciação de competências
profissionais entre os membros da equipe, etc. estando claramente exposto no PPP da escola
para todos os que ali atuam tenham conhecimento do que a escola busca. Percebe-se também,
a necessidade de uma atuação maior por parte do gestor, neste caso, da direção, no sentido de
articular a adesão e a participação de todos os segmentos da escola na gestão, fazendo com
que cada um desenvolva as suas funções de acordo com o especificado em documentos
contribuindo, assim, para um andamento mais eficaz das atividades da escola. Além disto
tudo, é preciso o aperfeiçoamento do documento da secretaria de educação com uma
definição mais detalhada e objetiva das funções para uma compreensão mais clara de todos,
evitando distorções e interpretações duvidosas como se pôde observar comparando os quadros
apresentados no trabalho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho estudou as funções dos ocupantes dos cargos administrativos da EBM
Albertina Madalena Dias para compreender melhor sua estrutura e cargos desenvolvidos
previstos no documento da Divisão de orientação administrativo pedagógico. Este documento,
cedido pela Administradora, em folhas soltas, com as funções de alguns servidores, foi
utilizado inicialmente como referência. Porém, com o desenvolvimento do trabalho, passou-se
a utilizar o PPP e as análises das funções exercidas pelos cargos administrativos da escola
foram feitas com base em um livro cedido pela Orientadora (Subsídios para a reorganização
didática no ensino fundamental) e com um documento cedido pela responsável pela
Coordenadoria de Integração e Legislação de Ensino da prefeitura de Florianópolis,
“Atribuições dos servidores da secretaria municipal de educação de Florianópolis”.
Os documentos citados acima, utilizados na análise são antigos. O PPP data de 2006 e
os outros dois documentos de 2000. Além disso, os documentos são diferentes, ou seja, há
informações sobre as funções de um cargo que constam em um e em outro não.
Importante salientar que as funções definidas nos documentos citados acima não estão
bem definidas e esclarecidas, pois permitem interpretações distorcidas. Isto pode ser pelo fato
dos documentos estarem escritos de forma pedagógica e não administrativa. O que se
pretende dizer é que por serem cargos administrativos a linguagem utilizada deveria ser mais
administrativa no sentido de clareza e esclarecimento das tarefas e funções dos cargos em
questão, mas não abolindo o pedagógico, até porque seria incoerente já que se trata de uma
escola.
Mesmo assim, de acordo com os dados coletados, percebe-se que as funções dos
cargos administrativos estão adequadas aos seus cargos e que os servidores têm clareza sobre
algumas funções, porém não há esclarecimento e certeza das mesmas. Até porque não há
conhecimento o suficiente sobre os documentos dos quais devem se basear. Além do mais, os
entrevistados sabem que a direção é responsável pela organização geral da escola, que a
Secretária pelos documentos, auxílio à direção e atendimento ao público em geral, que a
Supervisora é responsável por subsidiar o planejamento do professor e acompanha-lo no seu
desenvolvimento e o orientador em acompanhar e favorecer a aprendizagem do aluno
intermediando este com o professor. Então, a base de todas as funções é de conhecimento de
todos, faltando apenas esclarecer melhor a especificidade das funções de cada cargo para
84
todos os profissionais que trabalham na escola. E, não menos importante, citado por alguns
dos entrevistados, falta comprometimento de cada um no desenvolvimento de suas funções,
cabendo à direção a cobrança pelo desempenho das mesmas.
Há de se considerar que por serem cargos públicos, fazem parte de uma administração
pública o que não dá à escola autonomia para mudanças, pois é algo regido por lei. Porém, há
ações dentro da escola que podem ser realizadas para o seu melhor andamento e rendimento.
E, para isso é necessária, primeiramente, uma melhor organização interna da escola
além do aperfeiçoamento do documento da secretaria de educação com uma definição mais
detalhada e objetiva das funções para uma compreensão mais clara de todos, evitando
distorções e interpretações duvidosas como se pôde observar na comparação dos quadros
apresentados no trabalho.
Sugere-se então, duas reuniões anuais: uma reunião no início do ano letivo de
esclarecimento, detalhamento e discussão das funções dos cargos não só administrativos
como também de todos os outros existentes na escola com base nos documentos existentes,
deixando claro os responsáveis e as tarefas a serem desenvolvidas pelos mesmos e uma
reunião no final do ano letivo de avaliação do que foi colocado no início do ano com o que foi
cumprido, discutindo assim melhorias para o ano seguinte. Ou seja, reuniões anuais de
avaliação para discutir os pontos mais críticos percebidos na análise deste trabalho.
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TACHIZAWA, Takeshy; ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. Gestão de instituições de ensino. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1999.
TOLEDO, Flávio de. Administração de pessoal: desenvolvimento de recursos humanos. 1977.
VASCONCELOS, Marcos Túlio de Castro. Modelo para avaliação de desempenho: uma aplicação a atividade de extensão universitária. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1999.
88
APÊNDICES
89
APÊNDICE A
ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A DIREÇÃO ESTRUTURA DA SECRETARIA
• A escola possui formalizada uma estrutura organizacional? Que setor é responsável?
Como foi estruturado, definidos os cargos e funções? • Como foram definidas as funções de cada servidor? Está formalizado em documento,
qual? Como os servidores acessam as informações sobre suas atividades/funções? • Como os servidores são selecionados para um cargo? Existe uma descrição prévia do
perfil desejado do ocupante do cargo? • A seleção por meio de concurso é necessária para todos os cargos? Se não, quais?
Como é feita a seleção para demais cargos? • Os servidores conhecem as funções pertinentes aos seus cargos? E as funções
pertinentes aos outros servidores da escola?
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO PESQUISADO Tempo de ocupação: ____________________________ Como foi selecionado: ___________________________
• Enumere as funções pertinentes ao seu cargo. • Quais são as principais tarefas exercidas? • Como você tomou conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo? • Existe algum tipo de avaliação das funções do seu cargo? Como é feita? • A execução das funções do seu cargo está relacionada com outro(s) cargo(s)? Quais
funções e cargos? • Servidores nomeados em outros cargos executam funções semelhantes ao seu? Quais
cargos e funções? Cite sumariamente as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
Cite na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos cargos
abaixo:
Cargo Característica Perfil Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
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APÊNDICE B
ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR ESTRUTURA DA SECRETARIA
• A escola possui formalizada uma estrutura organizacional? Que setor é responsável?
Como foi estruturado, definidos os cargos e funções? • Como foram definidas as funções de cada servidor? Está formalizado em documento,
qual? Como os servidores acessam as informações sobre suas atividades/funções? • Como os servidores são selecionados para um cargo? Existe uma descrição prévia do
perfil desejado do ocupante do cargo? • A seleção por meio de concurso é necessária para todos os cargos? Se não, quais?
Como é feita a seleção para demais cargos? • Os servidores conhecem as funções pertinentes aos seus cargos? E as funções
pertinentes aos outros servidores da escola?
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO PESQUISADO Tempo de ocupação: ____________________________ Como foi selecionado: ___________________________
• Enumere as funções pertinentes ao seu cargo. • Quais são as principais tarefas exercidas? • Como você tomou conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo? • Existe algum tipo de avaliação das funções do seu cargo? Como é feita? • A execução das funções do seu cargo está relacionada com outro(s) cargo(s)? Quais
funções e cargos? • Servidores nomeados em outros cargos executam funções semelhantes ao seu? Quais
cargos e funções? Cite sumariamente as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Direção Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
Cite na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos cargos
abaixo:
Cargo Característica Perfil Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
91
APÊNDICE C
ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A SUPERVISÃO ESCOLAR ESTRUTURA DA SECRETARIA
• A escola possui formalizada uma estrutura organizacional? Que setor é responsável?
Como foi estruturado, definidos os cargos e funções? • Como foram definidas as funções de cada servidor? Está formalizado em documento,
qual? Como os servidores acessam as informações sobre suas atividades/funções? • Como os servidores são selecionados para um cargo? Existe uma descrição prévia do
perfil desejado do ocupante do cargo? • A seleção por meio de concurso é necessária para todos os cargos? Se não, quais?
Como é feita a seleção para demais cargos? • Os servidores conhecem as funções pertinentes aos seus cargos? E as funções
pertinentes aos outros servidores da escola?
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO PESQUISADO Tempo de ocupação: ____________________________ Como foi selecionado: ___________________________
• Enumere as funções pertinentes ao seu cargo. • Quais são as principais tarefas exercidas? • Como você tomou conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo? • Existe algum tipo de avaliação das funções do seu cargo? Como é feita? • A execução das funções do seu cargo está relacionada com outro(s) cargo(s)? Quais
funções e cargos? • Servidores nomeados em outros cargos executam funções semelhantes ao seu? Quais
cargos e funções? Cite sumariamente as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Direção Administração Escolar Orientação Educacional Secretária
Cite na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos cargos abaixo:
Cargo Característica Perfil
Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
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APÊNDICE D
ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ESTRUTURA DA SECRETARIA
• A escola possui formalizada uma estrutura organizacional? Que setor é responsável?
Como foi estruturado, definidos os cargos e funções? • Como foram definidas as funções de cada servidor? Está formalizado em documento,
qual? Como os servidores acessam as informações sobre suas atividades/funções? • Como os servidores são selecionados para um cargo? Existe uma descrição prévia do
perfil desejado do ocupante do cargo? • A seleção por meio de concurso é necessária para todos os cargos? Se não, quais?
Como é feita a seleção para demais cargos? • Os servidores conhecem as funções pertinentes aos seus cargos? E as funções
pertinentes aos outros servidores da escola?
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO PESQUISADO Tempo de ocupação: ____________________________ Como foi selecionado: ___________________________
• Enumere as funções pertinentes ao seu cargo. • Quais são as principais tarefas exercidas? • Como você tomou conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo? • Existe algum tipo de avaliação das funções do seu cargo? Como é feita? • A execução das funções do seu cargo está relacionada com outro(s) cargo(s)? Quais
funções e cargos? • Servidores nomeados em outros cargos executam funções semelhantes ao seu? Quais
cargos e funções? Cite sumariamente as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Secretária
Cite na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos cargos
abaixo:
Cargo Característica Perfil Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
93
APÊNDICE E
ROTEIRO DE ENTREVISTA COM A SECRETÁRIA ESTRUTURA DA SECRETARIA
• A escola possui formalizada uma estrutura organizacional? Que setor é responsável?
Como foi estruturado, definidos os cargos e funções? • Como foram definidas as funções de cada servidor? Está formalizado em documento,
qual? Como os servidores acessam as informações sobre suas atividades/funções? • Como os servidores são selecionados para um cargo? Existe uma descrição prévia do
perfil desejado do ocupante do cargo? • A seleção por meio de concurso é necessária para todos os cargos? Se não, quais?
Como é feita a seleção para demais cargos? • Os servidores conhecem as funções pertinentes aos seus cargos? E as funções
pertinentes aos outros servidores da escola?
ESPECIFICAÇÃO DO CARGO PESQUISADO Tempo de ocupação: ____________________________ Como foi selecionado: ___________________________
• Enumere as funções pertinentes ao seu cargo. • Quais são as principais tarefas exercidas? • Como você tomou conhecimento das funções atribuídas ao seu cargo? • Existe algum tipo de avaliação das funções do seu cargo? Como é feita? • A execução das funções do seu cargo está relacionada com outro(s) cargo(s)? Quais
funções e cargos? • Servidores nomeados em outros cargos executam funções semelhantes ao seu? Quais
cargos e funções? Cite sumariamente as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional
Cite na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos cargos
abaixo:
Cargo Característica Perfil Direção Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
94
APÊNDICE F
QUESTIONÁRIO DO CORPO DOCENTE
Prezado professor, Esta pesquisa tem por objetivo estudar as funções administrativas da E.B.M. Albertina
Madalena Dias, para compreender melhor sua estrutura e cargos desenvolvidos. No entanto, a sua contribuição será muito importante para o alcance do objetivo almejado. É válido salientar que as informações são confidenciais, não necessitando se identificar.
Os resultados farão parte do trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí Univali.
Conto com a colaboração do professor (a). Elaine Christine Macari Entregar na Sala Informatizada até o dia ____/____/____ .
Descreva, na sua percepção, quais as tarefas dos cargos abaixo:
Cargo Tarefas Diretora Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
Descreva na sua percepção, quais as principais características e perfil, do ocupante dos
cargos abaixo:
Cargo Característica Ex: dinâmico,
organizado, etc.
Perfil Ex: 25 a 30 anos, formação em
pedagogia, experiência na área, etc. Diretora Administração Escolar Supervisão Escolar Orientação Educacional Secretária
Que tipo de informação você mais procura na secretaria? Quem é o responsável por lhe
informar?