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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO UM REPOSITÓRIO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA OS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E TECNOLOGIA EM SISTEMAS PARA INTERNET Informática na Educação por Pedro Henrique Bandeira dos Santos André Luís Alice Raabe, Dr. Orientador Itajaí (SC), agosto de 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

UM REPOSITÓRIO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA OS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E TECNOLOGIA EM

SISTEMAS PARA INTERNET

Informática na Educação

por

Pedro Henrique Bandeira dos Santos

André Luís Alice Raabe, Dr.Orientador

Itajaí (SC), agosto de 2007

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

UM REPOSITÓRIO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA OS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E TECNOLOGIA EM

SISTEMAS PARA INTERNET

Informática na Educação

por

Pedro Henrique Bandeira dos Santos

Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação.Orientador: André Luiz Alice Raabe, Dr.

Itajaí (SC), agosto de 2007

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................. ivLISTA DE FIGURAS.................................................................................vLISTA DE TABELAS ...............................................................................viRESUMO...................................................................................................viiABSTRACT..............................................................................................viii1 INTRODUÇÃO ......................................................................................11.1 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................... 31.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................. 31.2.1 Solução Proposta............................................................................................... 31.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 41.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 41.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 41.4 METODOLOGIA................................................................................................ 51.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................62.1 OBJETOS DE APRENDIZAGEM.................................................................... 62.1.1 Repositórios de Objetos de Aprendizagem..................................................... 72.1.2 Learning Managment System (LMS) ............................................................. 82.2 LEARNING OBJECT METADATA (LOM)................................................... 92.3 SHARABLE CONTENT OBJECT REFERENCE MODEL (SCORM)..... 112.3.1 SCORM CAM (Content Aggregation Model) ............................................. 142.3.2 SCORM RTE (Run Time Environment)...................................................... 192.3.3 SCORM SN (Sequencing and Navigation) ................................................... 202.4 ANÁLISE DE FERRAMENTAS SIMILARES ............................................. 212.4.1 eduSource......................................................................................................... 212.4.2 iLumina ............................................................................................................ 232.4.3 MERLOT......................................................................................................... 252.4.4 CESTA ............................................................................................................. 282.4.5 RIVED.............................................................................................................. 322.4.6 Síntese das Características das Ferramentas Analisadas ........................... 352.5 TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS .................................................. 372.5.1 PHP(PHP Hypertext Processor).................................................................... 372.5.2 MySQL............................................................................................................. 372.5.3 Ferramentas de testes ..................................................................................... 38

3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................393.1 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS.......................................................... 413.1.1 Requisitos Funcionais ..................................................................................... 42

iii

3.1.2 Requisitos não Funcionais.............................................................................. 423.1.3 Regras de Negócio ........................................................................................... 433.2 DIAGRAMAS DE CASOS DE USO ............................................................... 433.3 DIAGRAMA DE CLASSES............................................................................. 463.4 TELAS DO SISTEMA...................................................................................... 473.5 IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................ 523.5.1 Aspectos de Interface...................................................................................... 523.5.2 Construção do repositório.............................................................................. 543.5.3 Experimentos................................................................................................... 56

4 CONLUSÕES .......................................................................................59REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................61

iv

LISTA DE ABREVIATURAS

ADL Advanced Distributed Learning API Application Program InterfaceCAM Content Agregation ModelCAREO Campus Alberta Repository of Educational ObjectsCBT Computer Based TrainingCC Ciência da Computação CESTA Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na AprendizagemCMS Content Management SystemECMAscript European Computer Manufacturer's Association scripteRIB eduSource Repository in a BoxIEEE Institute for Electrical and Electronics EngineersIMS Intelligent Multimedia SystemLCMS Learning and Content Management SystemLMS Learning Management SystemLOM Learning Object MetadataLTSC Learning Technology Standards CommitteeMERLOT Multimedia educational resource for Learning and online TeachingNSDL National Science Digital LibraryNSF National Science Foundation'sPHP PHP Hypertext ProcessorRIVED Red Internacional Virtual de EducaciónRTE Run Time EnvironmentSCORM Sharable Content Object Reference ModelSCOs Shareable Content ObjectsSisNet Tecnologia em Sistemas para InternetSN Sequencing and NavigationSQL Structured Query LanguageUFGRS Universidade Federal do Rio Grande do SulXML Extensible Markup LanguageWWW World Wide Web.WBT Web Based Training

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. SCORM como conjunto de especificações.........................................................................12Figura 2. Exemplos de recursos .........................................................................................................14Figura 3. Composição conceitual de um SCO ...................................................................................15Figura 4. Representação da Organização do Conteúdo......................................................................16Figura 5. Representação das atividades dispostas em uma organização............................................17Figura 6. Representação do Conteúdo de Agregação ........................................................................18Figura 7. SCORM RTE......................................................................................................................19Figura 8. SCORM SN ........................................................................................................................21Figura 9. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório demonstração eduSource................22Figura 10. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório iLumina .......................................24Figura 11. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório MERLOT ....................................26Figura 12. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório CESTA.........................................29Figura 13. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório RIVED .........................................33Figura 14. Usuários do Sistema..........................................................................................................44Figura 15. Login de usuários..............................................................................................................44Figura 16. Gerencia de usuários e cursos no sistema.........................................................................45Figura 17. Usuários do sistema. .........................................................................................................45Figura 18. Funções do aluno no sistema. ...........................................................................................46Figura 19. Funções do aluno no sistema. ...........................................................................................46Figura 20. Diagrama de Classes do repositório..................................................................................47Figura 21. Gerência de usuários no repositório..................................................................................48Figura 22. Gerência de cursos no repositório.....................................................................................48Figura 23. Cadastro de coleções.........................................................................................................49Figura 24. Cadastro de SCOs. ............................................................................................................50Figura 25. Opções de busca................................................................................................................51Figura 26. Aprovar / Reprovar SCOs.................................................................................................51Figura 27. Detalhes do objeto. ...........................................................................................................52Figura 28. Campos dinâmicos do sistema..........................................................................................53Figura 29. Mensagens de erro. ...........................................................................................................53Figura 30. Arquivo Manifest gerado pelo sistema. ............................................................................54Figura 31. Estrutura base dos metadados. ..........................................................................................55Figura 32. Inserção de objetos SCORM.............................................................................................56Figura 33. Resultado de testes em Content Package .........................................................................57Figura 34. Resultado de testes em Metadata Test ..............................................................................57Figura 35. Resultado de testes em SCO Testing.................................................................................58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Comparativo entre os Repositórios de Objetos de Aprendizagem.....................................36Tabela 2. Descrição dos metadados ...................................................................................................39

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RESUMO

SANTOS, Pedro. Um Repositório de Objetos de Aprendizagem para os Cursos de Ciência da Computação e Tecnologia em Sistemas para Internet. Itajaí, 2007. 78 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2007.

Os cursos de graduação da UNIVALI utilizam o Teleduc como ferramenta e-learning, ou seja, ferramenta de auxílio ao ensino. No entanto algumas necessidades não são atendidas por esta ferramenta. Este trabalho visa desenvolver um repositório de objetos de aprendizagem que possibilita a construção e recuperação de objetos seguindo o padrão SCORM, que permite que o conteúdo dos objetos de aprendizagem sejam agrupados de forma organizada tendo como ênfase o reuso. A idéia é que alunos possam inserir materias didáticos em forma de objetos de aprendizagem no repositório, que sirvam de referência para outros alunos, além de permitir um meio de armazenar seus trabalhos realizados durante o curso. Professores podem agrupar materiais didáticos em um único pacote, criando cursos que poderão ser utilizados como ferramenta de apoio ao ensino pelos alunos. Com isso, os alunos deixam de acessar somente conteúdos referentes as suas disciplinas atuais, como acontece no Teleduc, e passam a ter outra opção, que possibilita uma visão geral do curso, permitindo que o aluno relacione conteúdos de disciplinas distintas para o desenvolvimento de determinada aprendizagem.

Palavras-chave: Repositório; Empacotador; SCORM; LOM.

viii

ABSTRACT

The undergraduation courses of UNIVALI use Teleduc as e-learning tool. However Teleduc does not support many of the cooperation possibilities among students. This project aims to develop a repository of learning objects which allow the construction and retrieval of SCORM learning objects. SCORM learning objects allow that the content of the object can be grouped in an organized way with emphasis on reuse. The idea is allow the students to insert didactics materials into the repository, serving as reference to other students, and also supplying a way to store works made during the course. The packer should allow the moderator (teacher and monitors) to group the didactics materials in a single package, creating courses that can be used to support learning activities of the students. This manner, the students can access a wide range of materials of many courses, something that does not happen in Teleduc, and so they can have a more general view of the undergraduation.

Keywords: Learning Objects; SCORM; LOM.

INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico que a sociedade vivencia atualmente, tem proporcionado a

possibilidade da criação de ambientes de ensino a distância com o objetivo de tornar os meios para

o ensino mais acessíveis a todos. Inicialmente esses ambientes eram baseados em programas

radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo, material impresso, etc. Hoje, todas essas

modalidades convergem para a educação a distância on-line, ou seja, através do desenvolvimento de

sistemas Web. O termo e-learning representa a tecnologia empregada em sistemas Web voltados

para o ensino.

Dentre as inovações relacionadas a e-learning tem-se dado um destaque especial a

construção de objetos de aprendizagem (learning objects). Este conceito tem como principal

característica a reutilização de materiais didáticos, que são divididos em partes que possuem

atributos agregados representando uma forma de identificação ou classificação. Segundo Wiley

(2001), objeto de aprendizagem é qualquer recurso digital que possa ser reutilizado de alguma

forma para o suporte ao ensino. Essa idéia tem como objetivo dividir os materiais de aprendizagem

em pequenos pedaços, que possam ser reutilizados em diversos ambientes de aprendizagem, se

baseando nos conceitos de programação orientada a objeto.

LOM (Learning Object Metadata) é um padrão, que especifica um esquema conceitual de

dados definindo a estrutura de uma instância de um metadado para objetos de aprendizagem. Este

padrão pode ser utilizado em sistemas de aprendizado e treinamento. LOM se caracteriza por

permitir a definição de blocos independentes, compartilhamento e troca de conteúdo. Estes blocos

podem referenciar outro objeto formando grandes unidades.(HANSEN, 2003).

O Learning Technology Standards Committee (LTSC) da IEEE tem fornecido suporte para o

desenvolvimento e a manutenção do padrão LOM desde 1997. Esta responsabilidade está sendo

cumprida pelo trabalho atual do padrão do modelo dos dados e inclui o desenvolvimento de versões

adicionais para este modelo. (IEEE, 2002).

Os benefícios gerados com a utilização de objetos de aprendizagem estão fundamentados

principalmente na adoção de um padrão (LOM) que permite descrevê-los atribuindo informações,

permitindo que os objetos sejam classificados, encontrados por ferramentas de busca, e desta forma

reutilizados.

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Em uma rápida pesquisa na internet pode-se encontrar uma infinidade de repositórios de

objetos de aprendizagem um exemplo destes é o MERLOT (http://www.merlot.org). É um

repositório de objetos de aprendizagem localizado na Universidade de Alberta, Canadá. Este

repositório permite incluir material em qualquer formato e após a inserção o material se torna

disponível para busca. Para cadastrar um novo material no repositório, o usuário preenche um

formulário que são os metadados do objeto, e através destes dados que o material é classificado

(JIN, 2002).

Um outro repositório bastante conhecido a nível mundial é o CAREO

(http://www.careo.org), este repositório está localizado na Universidade do Estado da Califórnia nos

EUA, e possui as funcionalidades semelhantes as do MERLOT (FRIESEN, 2004).

No Brasil, já existem diversos projetos que seguem o conceito de objeto de aprendizagem,

como exemplo pode-se citar o projeto CESTA – Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de

Tecnologia na Aprendizagem. Este projeto foi iniciado com o objetivo de sistematizar e organizar o

registro dos objetos educacionais desenvolvidos pela equipe que elabora cursos de capacitação em

Gerência de Redes, Videoconferência e também no curso de Pós-Graduação Lato-sensu Informática

na Educação da UFGRS. Estes cursos são realizados a distância e o material didático de apoio foi

projetado e construído para apoiar as atividades de aprendizagem. Em um ambiente de ensino a

distância, a busca e a recuperação dos recursos de aprendizagem é um aspecto importante. O projeto

visa a possibilidade de reutilização de tais recursos e para isso foi projetado e implementado um

serviço de diretórios para permitir o registro de objetos educacionais. (FABRE; TAMUSIUNAS;

TAROUCO, 2003).

Um outro projeto denominado Red Internacional Virtual de Educación (RIVED),

desenvolvido por países da América Latina entre eles o Brasil, tem como objetivo disponibilizar

conteúdos digitais para melhorar a aprendizagem nas disciplinas da educação básica e na formação

cidadã do aluno. O RIVED ainda realiza capacitações sobre a metodologia para produzir e utilizar

os objetos de aprendizagem em instituições de ensino (RIVED, 2006).

Acredita-se que iniciativas similares possam ser desenvolvidas tendo como foco principal o

estudante universitário. Desta forma, este trabalho propõe o desenvolvimento de um repositório de

objetos de aprendizagem focalizado neste público alvo. Este acervo poderá se tornar uma rica fonte

de pesquisa, apoiando a aprendizagem dos alunos através da exploração de materiais didáticos

digitais interativos.

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Também é expectativa deste trabalho compreender de que forma ocorre a interoperabilidade

relacionada ao uso de objetos de aprendizagem. O conceito de Objeto de Aprendizagem surge tendo

como forte indicador a possibilidade de realizar a montagem de um curso selecionando-se objetos

de repositórios diversos, sendo inclusive uma tarefa realizável automaticamente por agentes de

software. No entanto, poucos exemplos de cursos construídos desta forma são encontrados, por isso

pretende-se aprofundar o estudo desta temática que o acervo a ser construído possa dar suporte a

que seus objetos sejam utilizados para composição de unidades maiores por agentes de software.

Este trabalho justifica-se em nível de trabalho de conclusão de curso por abordar uma

tecnologia ainda inexplorada no curso de Ciência da Computação e que demonstra potencial para o

desenvolvimento de aplicações de cunho didático.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

1.2 Formulação do Problema

Atualmente na UNIVALI, utiliza-se o Teleduc como principal ferramenta de e-learning. O

Teleduc é um LMS (Learning Management System) desenvolvido pela Unicamp e distribuído como

software livre. É uma ferramenta bastante utilizada por instituições de ensino para a criação e

administração de cursos na Web. O Teleduc tem criado possibilidades didáticas interessantes aos

professores e alunos da UNIVALI, no entanto algumas necessidades ainda não podem ser supridas

com o uso desta ferramenta.

A interdisciplinaridade é justamente um ponto fraco deste LMS. Todos os recursos

disponíveis aos alunos, as discussões e demais interações ficam restritas ao contexto de uma

disciplina, dificultando o relacionamento entre os conteúdos e técnicas entre as disciplinas. Como

decorrência direta, não há um acervo de materiais didáticos digitais que possam ser acessados pelos

alunos fora do escopo de uma disciplina, não sendo possível ter uma visão horizontal dos conteúdos

de um curso de graduação.

1.2.1 Solução Proposta

Com a adoção de uma cultura de produção de objetos de aprendizagem, será possível a

construção de materiais digitais para os conteúdos que são abordados em determinada disciplina, no

entanto não ficando restrita aos alunos desta disciplina. A utilização de metadados permite que um

mesmo objeto possa ser encontrado por pessoas que tenham diferentes interesses de aprendizagem.

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Tem-se a intenção de incentivar a elaboração de objetos de aprendizagem através de

trabalhos disciplinares realizados pelos acadêmicos. Desta forma, além de aumentar a motivação

dos alunos pelo fato de estarem desenvolvendo pesquisas que servirão como referência para

trabalhos futuros, incentiva-se a colaboração. Para isto este trabalho pretende servir de referência

para a construção de objetos de aprendizagem e disponibilizar uma ferramenta que apóie o

empacotamento1 deste objeto no padrão SCORM (Shareable Content Object Reference Model).

Acredita-se que os alunos dos cursos de Ciência da Computação (CC) e Tecnólogo em

Tecnologia em Sistemas para Internet são aqueles que tem maior contato com as tecnologias

necessárias a construção de objetos de aprendizagem e por este motivo estes cursos serão utilizados

como referência piloto para construção da ferramenta, mas ainda assim, existe a possibilidade de

outros cursos fazerem parte do repositório.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Construir um repositório para objetos de aprendizagem e desenvolver uma ferramenta de

apoio a criação de um acervo de objetos no padrão SCORM.

1.3.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

Conhecer e descrever as tecnologias envolvidas;

Especificar os requisitos do repositório;

Definir os metadados dos objetos de aprendizagem utilizando o padrão LOM;

Construir uma ferramenta que apóie o empacotamento dos objetos no padrão SCORM;

Conhecer e selecionar ferramentas que apóiem a realização de testes de conformidade

dos objetos; e

1Empacotamento – O empacotamento de conteúdos define a estrutura (ou organização) e o comportamento pretendido de um determinado conjunto de recursos de aprendizagem. O objetivo do empacotamento de conteúdos é o de possibilitar uma forma normalizada de trocar recursos de aprendizagem entre diferentes sistemas e ferramentas.

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Disponibilizar a ferramenta via WWW (World Wide Web).

1.4 Metodologia

A metodologia para o desenvolvimento deste trabalho foi composta por seis etapas.

Inicialmente foi realizado um estudo das ferramentas similares, através de uma análise de alguns

repositórios disponíveis na Internet. Em seguida realizou-se a criação de um conjunto de metadados

a ser utilizado pela ferramenta, baseado nos estudos feitos sobre os repositórios, e com a

colaboração dos professores para adaptar esses metadados à realidade da UNIVALI. O próximo

passo foi estudar as tecnologias necessárias para o desenvolvimento, e na seqüência realizou-se o

estudo de ferramentas computacionais necessárias para implementação e a modelagem da

ferramenta que este projeto se propõe a desenvolver. Ao final foram realizadas as etapas de

implementação e testes das ferramentas desenvolvidas.

1.5 Estrutura do trabalho

Este trabalho está estruturado em quatro capítulos, onde o Capítulo 2 engloba toda a etapa

de fundamentação teórica, contendo todos os conceitos necessários para o entendimento do

trabalho, incluindo um análise das ferramentas similares e uma introdução sobre as ferramentas que

serão utilizadas na implementação do trabalho. O Capítulo 3 destina-se a apresentar a modelagem

do sistema e outros detalhes do projeto necessários para implementação. No quarto e último

capítulo são apresentadas as considerações finais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na fundamentação teórica são apresentados tópicos relacionados aos conceitos e tecnologias

que serão empregados no desenvolvimento. A Seção 2.1 são apresentados conceitos básicos sobre

objetos de aprendizagem, repositórios, LMS. A Seção 2.2 esta focada em apresentar os conceitos

relacionados ao padrão LOM. Na Seção 2.3 são apresentados conceitos referente ao padrão

SCORM mostrando todas as etapas para a construção de um sistema padronizado. E para finalizar a

fundamentação teórica foi realizado uma análise de ferramentas similares, que é apresentada na

Seção 2.4.

1.6 Objetos de Aprendizagem

A maneira com que as pessoas se comunicam e fazem negócios se modificou com os

recursos cada vez mais avançados disponibilizados pela Internet, a mudança agora vem ocorrendo

no paradigma da maneira em que as pessoas aprendem. Conseqüentemente, a mudança maior

também pode estar vindo à maneira que materiais educacionais são projetados, desenvolvidos e

entregues para aqueles que desejam aprender (WILEY, 2001).

Objetos de aprendizagem ou learning object tem como principal característica a reutilização

de materiais didáticos, que são divididos em partes e possuem atributos agregados representando

uma forma de identificação ou classificação, esses atributos são conhecidos como metadados. A

finalidade principal dos metadados é documentar e organizar de forma estruturada os dados,

procurando reduzir esforços de recuperação e manutenção. Os metadados são estruturados em

conjunto com elementos de descrição de um determinado conteúdo, os quais eles representam. Os

metadados tem um papel importante, não só porque permitem uma descrição dos recursos

disponíveis, mas também porque apóiam uma variedade de funções que os usuários esperam

receber dos mecanismos de procura, como: localização, avaliação, seleção e recuperação dos dados

(GODOY apud Moura, 2005).

Sendo assim, objetos de aprendizagem podem ser definidos de maneira geral como uma

entidade, digital ou não digital, que pode ser usada, reutilizada ou referenciada durante o processo

de aprendizagem provido por tecnologias (IEEE, 2002).

No contexto da informática pode ser definido como qualquer recurso digital, (vídeos,

imagens, textos, sons), que possa ser reutilizado de alguma forma para o suporte ao ensino. Essa

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idéia tem como objetivo dividir os materiais de aprendizagem em pequenos pedaços, que possam

ser reutilizados em diversos ambientes de aprendizagem, se baseando nos conceitos de programação

orientada a objeto (WILEY, 2001).

1.6.1 Repositórios de Objetos de Aprendizagem

Os materiais didáticos, transformados em objetos de aprendizagem, geralmente são

armazenados em uma base de dados que também podem ser conhecidos como repositórios. As

buscas se tornam muito mais eficientes quando se utilizam repositórios para armazenar os objetos

de aprendizagem, pois estes, possuem benefícios em termos de recuperação dos dados. Segundo

Clóvis Soares, Sá Filho e Castro Machado (2004), os repositórios podem assegurar que o usuário

encontre conteúdos com padrões em termos de nível, qualidade e formato, além disso podem

permitir uma recuperação mais fácil e mais precisa que o uso de utilitários de busca. Objetos de

aprendizagem on-line armazenados assim permitem potencializar sua localização, pois a maneira de

buscar um recurso podem ser das mais diversas. O próprio repositório pode executar rotinas para

localização do conteúdo, assegurando consistência e evitando redundância na busca. Os repositórios

podem também manter registros sobre a utilização de seus objetos. Desta forma, desenvolvedores

podem saber quantas pessoas usaram um particular recurso de aprendizagem.

Os objetos de aprendizagem possuem recursos que podem ser usados individualmente ou

combinados em forma de coleções buscando formar uma unidade de instrução maior. Também é

possível utilizar os objetos em um determinado contexto e reutiliza-los em contextos similares

futuramente. Por exemplo, materiais on-line produzidos para estudantes do curso de enfermagem,

podem ser adaptados para estudantes de medicina. Um professor ao preparar material para um

determinado curso pode facilmente encontrar materiais, similares ao que precisa desenvolver,

disponíveis em um repositório de objetos de aprendizagem. Assim, o tempo que seria gasto para o

desenvolvimento de um material é reduzido de forma significante, fazendo com que o professor

apenas adapte o material as suas necessidades. Em uma situação de auto estudo, atividades de

revisão ou reforço, um estudante pode encontrar em um repositório uma infinidade de materiais dos

mais variados tipos, para o auxilio a sua necessidade de aprendizagem (SOARES; SÁ FILHO;

MACHADO; 2004).

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Para que os objetos de aprendizagem de um repositório qualquer, possam ser adaptados a

outros repositórios é preciso estabelecer padrões de metadados. Uma organização deve buscar uma

padronização, que melhor se encaixe no contexto em que o repositório será aplicado.

1.6.2 Learning Managment System (LMS)

Segundo Almeida (2001), os padrões de metadados têm como função formar uma rede

passível de automatização de registros e dados cadastrais. As organizações precisam, ter maior

controle sobre seus dados, e conhecer melhor o seu conteúdo e a sua qualidade, de forma rápida,

automatizada e eficiente. Além disso, existe também a necessidade de disseminação da informação

e o acesso à dados por elementos externos à empresa. Os padrões permitem especificar o formato

dos dados, e possuem fundamental importância para a transferência entre sistemas localizados em

outras organizações, promovendo intercâmbio eficiente. Em ambientes caracterizados por grande

heterogeneidade, como a Internet, podem ser citadas vantagens no uso de metadados, como por

exemplo, o estabelecimento de padrões para a solução de problemas de heterogeneidade entre dados

e plataformas, facilidade para definição de uma linguagem de consulta, facilidade e precisão na

recuperação de informações e troca de informações entre aplicações e entre organizações.

Com o objetivo de promover a reusabilidade, a utilização de repositórios de objetos de

aprendizagem em banco de dados seguindo os conceitos da modelagem orientada a objetos, são

técnicas que vem sendo aplicadas a um longo tempo. No entanto, para a indústria de e-Learning,

esta forma de armazenamento e reutilização de objetos eletrônicos são novos conceitos que trazem

importantes benefícios para o desenvolvimento de conteúdos instrucionais e para as ferramentas de

publicação, também conhecidas como LMS (Learning Management System), CMS (Content

Management System) e o LCMS (Learning and Content Management System).

Um LMS consiste em um sistema gerenciador do processo de aprendizagem e seu objetivo

principal é simplificar a administração das atividades de treinamento. Este sistema planeja

processos de aprendizagem para cada aluno individualmente, permitindo que os seus utilizadores

colaborem entre si através da troca de informações e conhecimentos. O LMS possui facilidades para

seus administradores, com ele é possível disponibilizar materiais facilmente e gerar relatórios.

Algumas das desvantagens do LMS são: não possuem recursos que permitam a rápida e simples

criação de conteúdos instrucionais, com isso não possível personalizar os conteúdos, tornando os

mesmos estáticos. Já o CMS é mais voltado para mídia eletrônica, a sua principal capacidade é

simplificar e agilizar os meio para criação, publicação e administração de conteúdos. As

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características de administração e gerenciamento do LMS e as de criação e customização de

conteúdos e cursos do CMS criaram o LCMS. No LMCS é possível encontrar coleções de objeto de

aprendizagem que podem ser utilizados individualmente ou em conjunto como parte de cursos

instrucionais mais completos, sendo assim a reutilização dos objetos de aprendizagem na

construção de materiais de aprendizagem se torna mais amplo (LIMA, 2006).

Segundo Gilliard Santos (2004), considerando o processo de aprendizagem, a implantação

do e-Learning em uma organização deve avaliar, as seguintes características do fornecedor de

tecnologia (LMS e/ou LCMS):

Padrões de conteúdo implementados no sistema;

Gerenciamento de conteúdo;

Ferramentas de colaboração e serviços de apoio ao aprendizado;

Sistema de avaliação da participação dos aprendizes;

Relatórios e sistema de acompanhamento da navegação dos aprendizes;e

Possibilidade de customização.

1.7 Learning Object Metadata (LOM)

Nesta seção será apresentado o padrão LOM. Este padrão possui uma especificação

desenvolvida pelo IEEE e todo o conteúdo desta seção é referente a (IEEE, 2002).

O IEEE criou um padrão para representação dos metadados, este padrão recebeu o nome de

LOM, que tem como principal função categorizar ou catalogar objetos de aprendizagem, facilitando

assim a recuperação de objetos de aprendizagem em repositórios, com isso é possível tornar as

buscas mais otimizadas.

Uma das característica mais importantes de um objeto de aprendizagem é a sua

granularidade, através dela é possível saber a capacidade de reutilização de cada objeto de

aprendizagem. A lógica desta reutilização é definida de maneira que quanto maior o grau de

granularidade do objeto de aprendizagem maior será o seu reuso, sendo assim o padrão LOM

definiu quatro níveis de granularidade:

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O primeiro é o menor nível de granularidade tendo uma alta capacidade de reutilização;

O segundo é uma coleção de objetos definidos no primeiro nível;

O terceiro coleção de objetos definido no segundo nível;e

O quarto nível que é a granularidade máxima que um objeto pode atingir.

O IEEE definiu também através do padrão LOM uma sintaxe e semântica para os metadados

dos objeto. A estrutura criada possui nove categorias que são representadas por seus atributos,

sendo elas:

1. de características gerais, que agrupa as informações gerais que descrevem o objeto de

aprendizagem como um todo;

2. de ciclo de vida, que agrupa as características relacionadas à história e estado corrente

desse objeto de aprendizagem e aquelas que afetaram esse objeto de aprendizagem durante

sua evolução;

3. de metametadados, agrupa as informações sobre a instância de metadados propriamente

dita (ao invés do conteúdo sendo descrito);

4. técnicas, agrupam as características e requisitos técnicos do objeto de aprendizagem;

5. educacionais, agrupa as características educacionais e pedagógicas do objeto de

aprendizagem;

6. de direitos, agrupa os direitos de propriedade intelectual e condições de uso do objeto de

aprendizagem;

7. de relações, agrupa as características que dizem respeito às possíveis relações entre objeto

de aprendizagem e outros objetos de aprendizagem;

8. de anotação, agrupando os elementos que contêm comentários sobre o uso educacional do

objeto de aprendizagem e sobre por quem e quando os comentários foram feitos;e

9. de classificação, que agrupa os elementos que descrevem o objeto de aprendizagem com

relação a um sistema de classificação específico.

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1.8 Sharable Content Object Reference Model (SCORM)

Esta seção irá apresentar o padrão SCORM, que segue uma série de especificações

desenvolvidas pela ADL (Advanced Distributed Learning). Por tratar-se de um padrão, todas as

referências utilizadas são documentos que o compõem. Desta forma, todo o conteúdo presente na

Seção 2.3 foi adaptado a partir de (ADL, 2002).

A sigla SCORM representa Sharable Content Object Reference Model, traduzindo para o

português podemos definir como “modelo de referência para objetos de conteúdo compartilhável”.

Este modelo de referência mostra quais tipos de serviços são necessários para resolver problemas

como: a união de objetos, aplicação de padrões relevantes e interoperabilidade dos objetos.

O modelo SCORM assume alguns requisitos formando uma base na qual todas as mudanças

e acréscimos ao padrão devem atender. Os requisitos são:

Acessibilidade: localizar e acessar componentes instrucionais de um local remoto e

distribuí-los para outros locais;

Adaptabilidade: personalizar instrução às necessidades dos indivíduos e organizações;

Disponibilidade: aumentar a eficiência e produtividade, reduzindo o tempo e custos

envolvidos na distribuição de instrução;

Durabilidade: resistir à evolução de tecnologia e mudanças sem custo alto para reprojeto,

reconfiguração ou recodificação;

Interoperabilidade: habilidade dos componentes instrucionais desenvolvidos com um

conjunto de ferramentas ou plataforma que possam ser reusados em outro local com um

conjunto diferente de ferramentas ou plataforma;e

Reusabilidade: flexibilidade para incorporar componentes instrucionais em múltiplas

aplicações e contextos.

O SCORM é uma coleção de especificações e padrões que foram empacotadas numa

coleção de “livros técnicos” que se agrupam em três principais tópicos: o “Modelo de agregação de

12

conteúdo (CAM - Content Agregation Model)”, o “Ambiente de execução (RTE – Run Time

Environment)” e “Seqüenciamento e Navegação (SN – Sequencing and Navigation)”, conforme

ilustra a Figura 1.

Figura 1. SCORM como conjunto de especificações

Fonte: CINTED (2006).

O padrão SCORM, além de permitir o empacotamento de conteúdos educacionais e

metadados, permite a integração entre repositórios e sistemas de gerenciamento de aprendizagem

(LMS). O SCORM define um modelo de "como se fazer" e "como se executar" cursos baseados na

Web. As normas do padrão são especificações que criam um grupo de habilidades abrangente e

adequado que permitem interoperabilidade, acessibilidade e reutilização de conteúdo.

O SCORM define tanto um ambiente de tempo de execução como um modelo de agregação

para objetos de aprendizado online. Uma implementação SCORM consiste basicamente na criação

de uma interface JavaScript e uma retaguarda no lado do servidor. A interface JavaScript serve para

realizar a mediação entre os objetos que compõem um curso, que são denominados SCOs

13

(Shareable Content Objects) e o gerenciador de execução de cursos e obedece a um conjunto rígido

de regras.

O SCORM especifica como os conteúdos são empacotados (um zip com um manifesto

XML) e como ele se comunica com o LMS (via uma API JavaScript). Nesse ponto a especificação

é rígida pois precisa permitir integração máxima. A operacionalização de um Objeto de

Aprendizagem no padrão SCORM pode ser feita de duas maneiras:

a) Manualmente

criação de componentes do SCORM através de editores texto ou editores XML (ASSET,

SCO);

criação dos componentes do SCORM através de ferramentas genéricas para o SCORM,

tais como o Macromedia Dreamweaver, Click2 Learn SCORM; e

empacotamento dos componentes em arquivos ZIP.

b) Ferramentas de Autoria ou Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem. São utilizadas

ferramentas tais como Toolbook, Flash e Front Page. Alguns exemplos de ferramentas utilizadas

para a geração de conteúdos no padrão SCORM são:

Advanced Distributed Learning – ADL (http://www.adlnet.org): possui componentes

tais como o SCORM Sample Run-Time Enviroment, o SCORM Test Suítes, e apresenta

exemplos de Objetos de Aprendizagem.

Macromedia Dreamweaver – Manifest Maker Extension

(http://www.macromedia.com/resources/elearning/extensions/dw_ud/manifest.html):

permite a criação das informações necessárias (XML) para pacotes de conteúdo IMS

(Intelligent Multimedia System).

Microsoft LRN – Toolkit (http://www.microsoft.com/learning/elearning.asp): permite a

edição de metadados; criação, visualização e organização de edições dentro de pacotes

IMS; conversão de Páginas do FrontPage e slides Power Point

14

Este trabalho tem como ênfase facilitar a criação de Objetos de Aprendizagem no padrão

SCORM. Neste sentido, a especificação mais importante é a de agregação de conteúdo (CAM) que

será detalhada a seguir.

1.8.1 SCORM CAM (Content Aggregation Model)

Este modelo é utilizado para definir de que forma os recursos podem ser agregados e

organizados na criação dos objetos que compõem um curso. O modelo baseia-se em cinco

elementos: recursos (assets), objetos de conteúdo compartilhável (Sharable Content Objects ou

SCOs), atividades (activities), organização do conteúdo (Content Organization) e Agregação do

conteúdo (Content Aggregations). A seguir estes elementos são detalhados:

Recursos (Assets)

Um recurso pode ser considerado o bloco básico de um objeto de aprendizagem. Os recursos

são uma representação eletrônica dos conteúdos, tais como textos, imagens, sons, questões ou

qualquer porção de informação que possa ser acessada por um cliente web e ser apresentada a um

aluno. Os recursos podem ser agrupados para construir novos recursos, como mostra a Figura 2.

Figura 2. Exemplos de recursos

Fonte: Adaptado de ADL(2006a).

15

Objetos de Conteúdo Compartilhável (Sharable Content Object -SCO)

Um SCO é uma coleção de um ou mais recursos que representam um único objeto de

aprendizagem para o RTE comunicar-se com um LMS. Um SCO representa o nível o mais baixo de

granularidade de um recurso de aprendizagem acessível no padrão SCORM. A única diferença entre

um SCO e um recurso é que o SCO se comunica com um LMS usando o ECMAScript, uma API

Javascript desenvolvida pelo Institute for Electrical and Electronics Engineers (IEEE, 2002).

Figura 3. Composição conceitual de um SCO

Fonte: Adaptado de ADL(2006a).

Para a construção de um SCO é necessário obedecer algumas exigências definidas no

modelo RTE (Run Time Environment) do padrão SCORM. Sendo que, um SCO deve possuir meios

para encontrar um LMS provido de uma API, e deve invocar pelo menos os métodos da API:

Initialize(“”) e Terminate(“”), como mostra a Figura 3.

Organização do Conteúdo(Content Organization)

A organização do conteúdo é uma representação ou mapa que define o uso pretendido dos

recursos de aprendizagem, através de um índice contendo a estrutura das unidades. A Figura 4

representa os recursos sendo estruturados a partir da organização do conteúdo (Content

Organization).

Objetos de Conteúdo Compartilhável (SCO)

RecursoFunções

Javascript

RecursoÁudio mp3

RecursoDocumento

XML

RecursoDocumento

HTML

RecursoÁudio WAV

RecursoPágina WEB

Para iniciar e finalizar uma comunicação com um LMS os SCOs utilizam os comandos de Initialize() e Terminate().Um SCO segue as seguintes funcionalidades:

• Encontrar a API fornecida pelo LMS;

• Usar a instância da API para inicializar a comunicação entre SCO e LMS;

• Opcionalmente usar a instância da API para pegar e setar valores;

• Usar a instância da API para finalizar a comunicação entre SCO e LMS;

16

Figura 4. Representação da Organização do Conteúdo

Fonte: Adaptado de ADL(2006a).

Atividades (Activities)

Uma atividade de aprendizagem pode facilmente ser descrita como uma unidade

significativa de instrução. Uma atividade de aprendizagem pode fornecer um recurso de

aprendizagem (SCO ou recurso) ao aluno ou pode ser composta de diversas atividades secundárias.

A Figura 5 mostra uma seqüência de atividades inseridas a partir do conteúdo de

organização, relacionando cada atividade a um determinado recurso.

Organização do Conteúdo

<Organização>

<item>

<item>

<item>

<item>

<item>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

17

Figura 5. Representação das atividades dispostas em uma organização

Fonte: Adaptado de ADL(2006a).

Atividades que consistem em outras atividades são também chamadas de Clusters. Cada

atividade em uma organização do conteúdo (Content Organization) pode referenciar metadados

para permitir a busca e a descoberta dentro dos repositórios, permitindo a possibilidade para o reuso

e facilitando a manutenção.

Conteúdo de Agregação (Content Agregation)

O conteúdo de agregação pode ser usado como uma ação e como uma maneira de descrever

a entidade conceitual, também descreve a ação ou o processo de compôr um conjunto de objetos

funcionalmente relacionados, de modo que possam ser aplicados em uma seqüência de

aprendizagem, como mostra a Figura 6. O Content Aggregation pode ser usado para disponibilizar o

conteúdo e a estrutura do conteúdo, transferidos entre sistemas ou armazenando em repositórios.

<Organização>

<item>

<item>

<item>

<item>

<item>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

18

Figura 6. Representação do Conteúdo de Agregação

Fonte: Adaptado de ADL(2006a).

Além do modelo de agregação, deve-se analisar a organização do ambiente de execução em

especial na relação entre os SCOs e os LMS.

<Organização>

<item>

<item>

<item>

<item>

<item>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

<recurso>

SCO

SCO

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Recurso

Conteúdo de Agregação

19

1.8.2 SCORM RTE (Run Time Environment)

O modelo RTE, detalha as exigências para o envio de objetos, estabelecendo uma

comunicação e controle da informação entre LMSs e SCOs. Este modelo foi desenvolvido para

permitir que o desenvolvimento de objetos de aprendizagem sejam reusáveis e interoperáveis

através de LMSs múltiplos. Para que isto seja possível, é necessário um meio comum para enviar e

controlar objetos, um mecanismo comum para que os objetos comuniquem-se com um LMS e uma

língua predefinida ou o vocabulário que dá forma à base da comunicação. Como ilustrado na Figura

7, estes três aspectos do RTE são o launch (lançamento), API e os data model (Modelo de dados).

Figura 7. SCORM RTE

Fonte: Adaptado de ADL(2006b).

Sistema de Gerência de Aprendizagem (LMS)

Servidor LMS

Navegador(Browser)

RecursoInstância da

API(fornecida pelo LMS)

ECMAScript Recurso

Recurso Recurso

Lançador

SCO

Modelo de Dados: Dados atualizados sendo transmitidos através da comunicação entre API e o LMS.

Comunicação de retorno com o servidor que não é especificada no SCORM.

API: Link de comunicação entre o SCO e o LMS fornecido pela instância da API .Modelo de Dados: os dados são pedidos para ser recuperados e armazenados no LMS do SCO.

20

Launch

O processo de Launch (lançador) define uma maneira comum para que os LMSs iniciem os

objetos de aprendizagem. O termo “content object” é usado para descrever qualquer parte de

conteúdo que possa ser lançada para um aluno. Em SCORM, há dois tipos de objetos: SCOs e

Assets. O processo de lançamento define procedimentos e responsabilidades para o estabelecimento

de uma comunicação entre o objeto lançado e o LMS. O mecanismo para a comunicação é

padronizado com a utilização de uma API comum.

Application Program Interface (API)

A API serve para informar ao LMS o estado de uma comunicação entre um objeto de

aprendizagem e um LMS (por exemplo, inicializado, terminado e/ou em uma condição de erro), e é

usado recuperando e armazenando os dados (por exemplo, contagem, limites de tempo, etc.) entre o

LMS e o SCO.

Data Model

Um Data Model é um padrão dos elementos do modelo de dados usado para definir a

informação que está sendo enviada para um SCO, tal como o status de conclusão do SCO ou uma

contagem de uma avaliação, como um quiz ou um teste. Em seu formulário mais simples, o Data

Model define os elementos do modelo de dados que os LMSs e SCOs esperam, também conhecido

como “know about”. O LMS deve manter o estado dos elementos do modelo de dados de um SCO

através das sessões do aluno, e o SCO deve utilizar somente estes elementos predefinidos do

modelo de dados para assegurar o reuso através dos sistemas múltiplos.

1.8.3 SCORM SN (Sequencing and Navigation)

O modelo SN define o sequenciamento de um determinado conteúdo durante um conjunto

de eventos de um aluno ou de um LMS, estrutura de atividades e modelos de seqüências do sistema.

Através deste modelo também é possível saber como os eventos de navegação entre sistema e aluno

podem ser iniciados e processados, com o objetivo de ter como resultado a identificação das

atividades de aprendizagem a serem lançadas, a Figura 8 representa esse processo. Cada atividade

de aprendizagem identificada terá um objeto associado.

21

Figura 8. SCORM SN

Fonte: Adaptado de ADL(2006c).

1.9 Análise de ferramentas similares

Nesta seção serão apresentadas uma série de ferramentas similares a que esta sendo proposta

neste projeto, após apresentadas estas ferramentas pretende-se avaliar o número de objetos de cada

repositório, o padrão adotado de metadados, quais metadados são utilizados e em qual contexto esta

aplicado o repositório, ou seja, que tipo de material pode ser encontrado nestes repositórios.

1.9.1 eduSource

O projeto eduSource foi idealizado com a intenção de criar uma rede de repositórios de

aprendizagem no Canadá se preocupando com a interoperabilidade dos objetos para permitir que

outras instituições participem dessa estrutura.

O eRIB (eduSource Repository in a Box) é uma ferramenta que fornece todas as funções

básicas para adicionar um novo objeto de aprendizagem à rede do eduSource. Consiste em um

banco de dados open-source (eXist) com uma estrutura de dados interna baseada no padrão

IEEE/LOM e em uma série de funções para criar, controlar e encontrar registros de metadados na

rede do eduSource. (eduSource, 2004).

O eduSource (2004) possui os seguintes objetivos:

Suportar o modelo proposto no projeto;

Executar e suportar especificações emergentes, tais como CanCore;

Conjunto “A”

Conjunto “B”

Conjunto “C”

“Curso"

“Unidade”

“Modulo”

22

Permitir o acesso a qualquer pessoa que tenha interesse;

Disponibilizar a infra-estrutura do projeto como open-source;

Fornecer uma ferramenta com recursos de aprendizagem de qualidade;e

Incentivar o uso de software livre.

O eduSource não especifica nenhuma restrição quanto ao conteúdo dos objetos de

aprendizagem e tipos de documentos. Para que o usuário possa conhecer melhor sobre

funcionamento e criação dos metadados o projeto disponibiliza uma versão para demostração do

eRIB na web, que pode ser acessada através do link http://demo.licef.teluq.uquebec.ca/eRIB/.

A Figura 9 ilustra a apresentação dos objetos no repositório.

Figura 9. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório demonstração eduSource

Os metadados encontrados para submissão de um objeto de aprendizagem através da

ferramenta de demonstração são:

Geral – identificador, título, língua, descrição, palavra-chave, cobertura, estrutura e

nível de agregação;

Ciclo de vida – versão, status e contribuição;

Metadados – identificador, contribuição, padrão de metadados e língua;

23

Informações técnicas – formato, tamanho, localização, requerimentos, observações de

instalação, requerimentos para outras plataformas e duração;

Educacional – tipo de interatividade, tipo do recurso de aprendizagem, nível de

interatividade, densidade semântica, papel do usuário final, contexto da aprendizagem,

faixa etária, dificuldade, tempo de aprendizagem, descrição e língua;

Direitos autorais – custos, direitos e outras restrições e descrição;

Relação – tipo de vínculo e recurso que está relacionado;

Anotação – entidade, data e descrição;e

Classificação – finalidade, objetos relacionados, descrição e palavra-chave.

1.9.2 iLumina

Financiado pelo NSF(National Science Foundation's), o iLumina fornece o acesso de quase

1.500 materiais úteis para o ensino de graduação em química, biologia, física, matemática, e

informática. Após enviados pelos usuários, os materiais e os metadados são revistos por um

avaliador. Os metadados do repositório são baseados na especificação IMS e no núcleo de

Dublin.(iLumina, 2003).

O iLumina (2006) possui os seguintes objetivos:

Catalogar recursos com metadados seguindo o padrão IMS;

Desenvolver a busca, navegação e serviços virtuais, que permitem estudantes e cursos

identificar os recursos que servirão melhor para suas necessidades;

Rever os serviços de submissão e aceitação dos recursos digitais;e

Interagir com outras comunidades digitais através da NSDL(National Science Digital

Library).

O iLumina suporta documentos dos mais variados tipos entre eles podemos citar:

24

Áudio, Animações, Estrutura Química, Banco de Dados, Executáveis, Imagens, Java Applet,

Aplicações Matemáticas, Documentos, Apresentações, Código Fonte, Planilhas, Vídeo, Páginas

WEB.

A Figura 10 ilustra a apresentação dos objetos no repositório.

Figura 10. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório iLumina

O iLumina se restringe a armazenar objetos com conteúdos referente a matemática, física,

ciência da computação, biologia e química.

Os metadados encontrados no iLumina são:

Informações do usuário que está submetendo o objeto – nome, e-mail, endereço,

cidade, estado, CEP, país;

Outras Informações – Autor: nome, e-mail, endereço, cidade, estado, CEP, país. Editor

do objeto: nome. Publicação: nome, cidade, estado , país, ano da publicação;

Recurso que você se está submetendo – título, URL, descrição, classificação, palavras-

chave;

Informação técnica e exigências para o recurso – formato ou tipo de arquivo do

recurso, extensão do arquivo;

25

Informação geral sobre o recurso que você se está submetendo – dificuldade, nível

de interatividade, língua, papel pretendido(aprender, ensinar, gerenciar), custo para

utilizar o recurso, direitos de uso, informações sobre custo ou diretos de uso;e

Recursos relacionados – URL.

1.9.3 MERLOT

O MERLOT foi desenvolvido pelo centro da universidade do estado da Califórnia, e possui

cerca de 2.000 membros e uma coleção de metadados com cerca de 3.700 materiais de

aprendizagem. O objetivo principal é desenvolver e fornecer ferramentas para permitir a formação

de comunidades que colaboram para construção de uma base de conhecimento compartilhada

formada por objetos de aprendizagem, buscando enriquecer a experiência de ensinar e aprender.

O MERLOT é uma comunidade aberta que busca ajudar a encontrar materiais de ensino e

aprendizagem de maneira rápida e fácil. Possui como características:

Prover acesso aos materiais e também a consultores sobre estes materiais;

Prover um mecanismo para encontrar pessoas com a especialidade em determinadas

áreas;

Possibilitar a personalização da interface;

Os materiais encontrados no MERLOT são divididos por coleções, e estas são divididas em:

Animações, estudos de caso, coleções, exercícios da fixação e de prática, repositórios de objetos de

aprendizagem, apresentações, quizzes/testes, materiais de referência, simulações, e tutoriais.

(MERLOT, 2006).

Durante a pesquisa realizada verificou-se a ausência de um padrão específico de metadados

utilizado no MERLOT.

A Figura 11 ilustra a apresentação dos objetos no repositório.

26

Figura 11. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório MERLOT

Os metadados que podemos identificar através do cadastro de um novo objeto são:

Título e URL

Título - título ou nome que será dado ao objeto;e

URL – endereço on-line de onde o material pode ser encontrado.

27

Descrição

Descrição – descrição textual do objeto;

Tipo de Material – definição do tipo do material(simulações, tutoriais, apresentações

...);

Nível escolar – definição do nível escolar que o objeto se encaixa( Ensino Fundamental,

Ensino Médio ...);

URL alternativa – caso exista alguma URL alternativa do material; e

Imagem associada – caso exista alguma imagem associada ao material.

Categoria

Categoria – definição da categoria do objeto(artes, negócios, educação, Ciência e

tecnologia ...);e

Língua – definição da língua utilizada no objeto(inglês, português, japonês....).

Autor

Nome - primeiro nome do autor;

Sobrenome – sobrenome do autor;

E-mail – e-mail do autor;e

Organização – organização ou grupo que o autor representa.

Informações Opcionais

Formato do arquivo – definição do formato do arquivo(pdf, imagem, áudio, vídeo...);

Requerimentos técnicos – descrição textual dos requerimentos técnicos;

LMS compatível – define a qual LMS o objeto é compatível (WebCT, Blackboard,

Desire2Learn, Angel Learning, Other);

28

Versão – versão do material;

Custos – se existe algum custo para utilizar o material;

Código aberto – se o código fonte é disponível;

Section 508 Compliant – Se o material comtempla ADA Section 508;e

Direitos autorais – se o material é protegido por direitos autorais.

1.9.4 CESTA

Este projeto foi iniciado com o objetivo de sistematizar e organizar o registro dos objetos

educacionais desenvolvidos pela equipe que elabora cursos de capacitação em Gerência de Redes,

Videoconferência e também na Pós-Graduação Lato-sensu Informática na Educação da UFGRS.

Estes cursos são realizados a distância e o material didático de apoio foi projetado e construído para

apoiar as atividades de aprendizagem. Em um ambiente de ensino a distancia, a busca e a

recuperação dos recursos de aprendizagem é um aspecto importante. O projeto visa a possibilidade

de reutilização de tais recursos e para isso foi projetado e implementado um serviço de diretórios

para permitir o registro de objetos educacionais. (FABRE, TAMUSIUNAS, TAROUCO, 2003).

O CESTA disponibiliza os seguintes documentos em seu repositório:

vídeos sincronizados com material de apresentação;

vídeos com demonstrações e/ou simulações;

CBT - Computer Based Training (ToolBook);

WBT - Web Based Training (Director, Flash, etc.);

material interativo construído com programas de apoio para auto-avaliação;e

usando Java e outros mecanismos disponíveis nos ambientes de autoria de courseware,

tais como Java Builder.

O padrão adotado pelo CESTA para o empacotamento dos metadados é o proposto pelo

IEEE Learning Technology Standards Committee IEEE. E possui em sua base materiais referente

Gerência de Redes, Videoconferência e no Pós-Graduação Lato-sensu Informática na Educação.

29

Para a implementação do sistema de cadastramento dos objetos educacionais, foram utilizadas 5

(cinco) categorias na especificação dos metadados: geral, ciclo de vida, técnica, educacional e

direitos. (FABRE, TAMUSIUNAS, TAROUCO, 2003).

A Figura 12 ilustra a apresentação dos objetos no repositório.

Figura 12. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório CESTA

A categoria geral agrupa informações gerais que descrevem o objeto. Os seguintes atributos

foram utilizados:

Identificador - identificação única do objeto;

30

Título - nome dado ao objeto;

Idioma - idioma utilizado no objeto (português, inglês, espanhol, francês);

Descrição - descrição textual do conteúdo do objeto;e

Palavras-chave - palavra(s)-chave descrevendo os tópicos do objeto.

A categoria ciclo de vida agrupa informações que descrevem as características relacionadas

ao histórico e estado atual dos objetos e todos aqueles que o têm afetado durante sua evolução. Os

seguintes atributos foram utilizados:

Versão - a versão/edição do objeto;

Status - estado atual do objeto (rascunho, revisado, editado, indisponível);

Tipo de contribuição - autor, editor, desconhecido, iniciador, designer gráfico, técnico,

provedor de conteúdo, roteirista, designer instrucional, especialista em conteúdo;

Entidades que contribuiram - pessoas e/ou organizações que contribuiram na evolução

do objeto;e

Data - data da contribuição.

A categoria técnica agrupa os requisitos e características técnicas do objeto. Os seguintes

atributos foram utilizados:

Formato - formato de todos os componentes do objeto (MIME types), este atributo pode

ser usado para identificar o programa necessário para acessar o objeto;

Tamanho - tamanho do objeto em bytes;

Localização - URL (Universal Resource Locator) do objeto;

Tipo de tecnologia - sistema operacional e navegador (relacionado com o atributo nome

da tecnologia);

31

Nome da tecnologia - PC-DOS, MS-Windows, Mac-OS, Multi-OS, Unix ou Nenhum

para sistema operacional e Netscape, MS-Internet Explorer, Opera, Amaya ou Nenhum

para navegador;e

Duração - tempo de duração (utilizado para sons, vídeos, animações).

A categoria educacional agrupa as características educacionais e pedagógicas do objeto. Os

seguintes atributos foram utilizados:

Tipo de interatividade - modo predominante de aprendizagem (ativa, expositiva,

mista);

Recurso de aprendizagem: tipo específico do objeto (exercício, simulação,

questionário, diagrama, figura, gráfico, índice, slide, tabela, teste, experiência, texto,

problema, auto-avaliação, palestra);

Nível de interatividade - grau de interatividade (muito baixo, baixo, médio, alto, muito

alto);

Usuário final esperado - tipo de usuário para o qual foi desenvolvido o objeto

(professor, autor, aluno, gerenciador);

Ambiente de utilização - escola, faculdade, treinamento, outro;

Faixa etária - idade do usuário final esperado;e

Descrição - comentários sobre como esse objeto deve ser usado.

A categoria direitos agrupa os direitos de propriedade intelectual e as condições de uso do

objeto. Os seguintes atributos foram utilizados:

Custo - se a utilização do objeto requer pagamento (sim ou não);

Direito autoral - se há restrições de direito autoral para o uso do objeto (sim ou não);e

Condições de uso - comentários sobre as condições de uso do objeto.

32

Utilizando a especificação de metadados proposta, foi implementado o sistema para cadastro

e consulta de objetos educacionais conforme apresentado na próxima seção. (FABRE,

TAMUSIUNAS, TAROUCO, 2003).

1.9.5 RIVED

O projeto RIVED foi planejado em 1999 e inaugurado em 2000 por países da América do

Sul, mais especificamente, Brasil, Venezuela e Peru. O RIVED é um projeto que ainda se encontra

em fase de desenvolvimento.

Cada país integrante do projeto possui uma equipe encarregada de elaborar o material

pedagógico que será disponibilizado. Essas equipes trabalham individualmente mas colaboram

virtualmente umas com as outras formando uma rede internacional.

O repositório do Rived foi criado em julho de 2005 e hoje tem cerca de 110 objetos

publicados para o ensino fundamental e médio. No início do projeto o padrão adotado foi o EML,

no ano de 2006 o padrão RELPE, que adota o dublin core, foi integrado ao projeto e incluiu-se mais

alguns dados na ficha de cadastro.

O projeto RIVED tem como objetivo melhorar o papel do professor como um facilitador e

líder do processo de ensino / aprendizagem, além de incrementar o papel do aluno como um agente

que aprende, raciocina, investiga e resolve problemas.

Inicialmente a idéia do projeto era disponibilizar uma coleção de material didático de

qualquer tipo de mídia. Com o passar do tempo passou-se a utilizar somente simulações, jogos ou

animações, com materiais voltados ao ensino superior e a rede pública de ensino.

A Figura 13 ilustra a apresentação dos objetos no repositório.

33

Figura 13. Listagem de objetos de aprendizagem no repositório RIVED

A ficha de cadastramento de um novo objeto possui os seguintes atributos:

Instituição – instituição de ensino responsável;

34

Ano – ano da publicação;

Autores – autores do material;

E-mail – e-mail dos autores pelo objeto;

Áreas de conhecimento – áreas de conhecimento que podem ser referenciadas ao objeto

(física, geografia, química,..);

Nível(is) – qual nível de ensino do objeto (Médio, Fundamental, Superior...);

Série – em qual série de um determinado nível de ensino o objeto se enquadra;

Tecnologias Utilizadas – que tipo de tecnologia foi utilizada para a construção do objeto

(flash, php, java, ...);

Conteúdo/objeto – define se o objeto é um módulo RIVED, atividade RIVED, conteúdo

produzido pelo PAPED ou conteúdo produzido para prêmio RIVED;

Documentação do conteúdo – arquivos completos do conteúdo, ou, guia do professor

em PDF ou zipado;

Licenciado – se o objeto é licenciado pela Creative Commons ou outro;

Identificação do conteúdo/objeto – se o objeto é uma simulação, animação, etc;

Relacionamento – Se o objeto é originado de outro conteúdo;

Tipo de Conteúdo - motivação, observação, reconhecimento, análise, experimentação,

resolução de problemas, previsão, prática, exploração, discussão, etc;

Objetivos de aprendizagem – habilidades e competências do objeto;

Conceitos – conceitos trabalhados na atividade;

Pré-requisitos – conhecimentos prévios do aluno necessários para a atividade;

Característica do conteúdo – simulação, animação, site, etc.

35

Contexto – descrição de como deve acontecer a atividade, se existem materiais de

suporte, se a sala necessita de um arranjo especial de cadeiras, se deve haver preparação

de algum material;

Tempo previsto – tempo previsto para a atividade;

Método – definir em passos como o professor e como o aluno devem proceder para

executar a atividade;

Avaliação – descrever estratégias de avaliação;e

Observações/Comentários – observações e comentários referente ao objeto.

1.9.6 Síntese das Características das Ferramentas Analisadas

Mediante as informações identificadas na pesquisa realizada, foi possível construir a Tabela

1, que apresenta de forma resumida os principais aspectos destes repositórios.

36

Tabela 1. Comparativo entre os Repositórios de Objetos de Aprendizagem.

Nome Padrão Escopo Ano de início Nº de objetos

eduSource IEEE/LOM Global 2004 -

MERLOT - Global 1997 3.700

Ilumina IMS/Núcleo

Dublin

Química, biologia, física, matemática, e

informática.

2003 1.500

RIVED IMS/Núcleo

Dublin

Ensino superior e na rede pública de ensino 2005 110

CESTA IEEE/LOM Cursos de capacitação em Gerência de

Redes, Videoconferência e também na Pós-

Graduação Lato-sensu Informática na

Educação da UFGRS.

- -

Percebe-se que a idéia de utilizar objetos de aprendizagem já possui iniciativas consolidadas

que iniciaram a partir do ano de 1997 e neste sentido, parece que poucos acervos de alcance global

tem sido produzidos. Verificou-se também a ausência de informações que possibilitam avaliar o

tamanho do acervo.

Com relação a adoção de metadados, alguns utilizam-se de metadados padronizados por

algum órgão como IMS ou LOM da IEEE, outros usam metadados próprios ou então não

especificam claramente qual padrão utilizado. Acredita-se que devido ao estebelecimento recente do

padrão LOM (em 2002), ele ainda não tenha se tornado um padrão amplamente utilizado, mas a

tendência é que as novas iniciativas utilizem-se deste padrão.

37

1.10 Tecnologias a serem Utilizadas

Nesta seção serão mostradas as ferramentas que serão utilizadas para o desenvolvimento do

projeto. Para que seja possível o desenvolvimento é necessário adotar uma linguagem de

programação e um banco de dados para armazenar as informações necessárias. Além destas

ferramentas, existem outras ferramentas para realização de testes de conformidade, para testar se os

objetos e os pacotes gerados estarão de acordo com o padrão proposto.

As ferramentas que serão desenvolvidas deverão ser acessadas via browser, por isso, as

ferramentas escolhidas para o desenvolvimento são: PHP (PHP Hypertext Processor) como

linguagem de programação, MySQL como banco de dados, e para os testes existem uma série de

ferramentas disponibilizadas pela ADL(Advanced Distributed Learning) que são conhecidas como

ADL Test Suite.

1.10.1 PHP(PHP Hypertext Processor)

O PHP é uma linguagem de script Open Source de uso geral, muito utilizada para o

desenvolvimento de aplicações Web, permitindo embutir o código dentro de scripts HTML.

O PHP se distingue de outros scripts como Javascript, pelo fato do código ser executado em

um servidor e não no cliente. Uma vantagem a ser levantada a respeito do PHP é sua portabilidade,

podendo ser utilizado na maioria dos sistemas operacionais, incluindo Linux, várias variantes Unix

(incluindo HP-UX, Solaris e OpenBSD), Microsoft Windows, Mac OS X, RISC OS, e

provavelmente outros. Além da sua portabilidade em sistemas operacionais o PHP também é

suportado pela maioria dos servidores web atuais, incluindo Apache, Microsoft Internet Information

Server, Personal Web Server, Netscape and iPlanet Servers, Oreilly Website Pro Server, Caudium,

Xitami, OmniHTTPd, e muitos outros (BAKKEN, 2005).

1.10.2 MySQL

O MySQL, é atualmente o mais popular sistema de gerenciamento de banco de dados

SQL(Structured Query Language) Open Source, é uma ferramenta que permite uma baixa demanda

de recursos de hardware, facilidade para administrar, é otimizado para aplicações voltadas para

web. Além destes e outros aspectos do MySQL vale destacar que é uma ferramenta com grande

portabilidade, podendo ser instalado em uma série de sistemas operacionais (DUBOIS, 2006).

38

1.10.3 Ferramentas de testes

O SCORM Conformance Test Suite é uma ferramenta fornecida pela Advanced Distributed

Learning (ADL) que avalia (self-test) a conformidade ou compatibilidade de sistemas de gerência

da aprendizagem (LMS), de objetos de aprendizagem compartilháveis (SCOs), dos metadados

XML e de pacotes agregados com a norma SCORM (ADL, 2002).

A atual versão da ferramenta é o SCORM 2004 Conformance Test Suite 1.3.3 que trabalha

com a atualização do SCORM 2004. Esta ferramenta pode ser usada para avaliar a compatibilidade

das quatro áreas principais do SCORM, fornecendo cinco componentes de teste como segue:

• Teste de compatibilidade do LMS (LMS Conformance Test);

• Teste de compatibilidade do Pacote de conteúdo (Content Package Conformance Test);

• Teste de compatibilidade do SCO (Sharable Content Object Run-Time Environment

Conformance Utility Test);

• Teste de compatibilidade do Metadado (Metadata Conformance Utility Test);e

• Teste de compatibilidade do Manifesto (Manifest Utility Test).

Na etapa de testes deste trabalho serão feitos testes de compatibilidade dos objetos de

aprendizagem (SCO), dos metadados e dos manifestos.

39

DESENVOLVIMENTO

Nesta seção é apresentado o levantamento de requisitos, casos de uso, e modelos de classe,

necessários para o entendimento do projeto e a implementação do projeto.

Este projeto tem como objetivo desenvolver um repositório de objetos de aprendizagem. Os

objetos criados pela ferramenta serão conteúdos empacotados no padrão SCORM em forma de

SCOs e coleções, sendo que cada SCO poderá conter uma série de recursos(assets), e uma coleção

poderá agrupar uma série de SCOs. Tanto os SCOs quanto as coleções deverão conter metadados

para melhor descreve-los, e assim, facilitar os métodos de busca.

Para a definição dos metadados que serão utilizados no desenvolvimento da ferramenta, foi

distribuído um documento aos professores dos cursos de Curso de Ciência da Computação (CC) e

Tecnologia em Sistemas para Internet, pois estes possuem maior contato com as tecnologias

necessárias para a construção de objetos de aprendizagem, identificando a importância dos

metadados para o projeto. Foram apresentados os metadados escolhidos para integrar as

ferramentas, permitindo que os professores optassem por adicionar ou excluir itens da lista.

Os metadados apresentados seguem o padrão LOM. A escolha deste padrão está relacionada

ao grande número de repositórios que adotam esse padrão facilitando assim a reusabilidade de

objetos, além de ser um padrão consolidado e desenvolvido pelo IEEE. O documento que foi

enviado aos professores para avaliação dos metadados pode ser visualizado no Apêndice I.

A Tabela 2 apresenta os metadados selecionados, que serão utilizados para definir os

atributos dos objetos de aprendizagem:

Tabela 2. Descrição dos metadados

Nome Atributo Descrição Valores Permitidos

INFORMAÇÕES GERAIS

Identificador 1.1 – Identifier Identificador único do objeto -

Título/Nome 1.2 – Title Nome que será atribuído ao objeto -

Idioma 1.3 – Language Idioma que o objeto se encontra pt en en-GB es etc...

Continua

40

Nome Atributo Descrição Valores Permitidos

Descrição 1.4 – Description Descrição textual referente ao conteúdo do objeto

-

Palavra-chave 1.5 – Keyword Palavra ou frase que descreva o objeto -

Estrutura 1.7 – Structure Organização estrutural do objeto Atomic (objeto indivisivel) collection(um grupo de objetos com nenhum relacionamento especificado entre eles) networked(um grupo de objetos com relacionamentos que não são especificados) hierarchical(um grupo de objetos cujo os relacionamentos podem ser representados por uma estrutura de árvore) linear(um grupo de objetos que são requisitados inteiramente)

Data 3.2.3 – Date Especifica a data da contribuição -

CICLO DE VIDA

Versão 2.1 – Version Identifica a versão do objeto -

Colaborador 2.3 – Contribute Entidades que contribuiram com o objeto durante o seu ciclo de vida.

-

Papel 2.3.1 – Role Papel do colaborador author publisher unknown initiator terminator validator editor graphical designer technical implementer content provider technical validator educational validator script writer instructional designer subject matter expert

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Formato 4.1 – Format Informação técnica sobre o tipo de arquivo do objeto

video/mpeg application/x-toolbook text/html image/gif etc...

Tamanho 4.2 – Size Tamanho do arquivo(bytes) -

Local 4.3 – Location URL do objeto -

Requisitos 4.4 – Requirement Capacidades técnicas necessárias para utilizar o objeto

-

Tipo 4.4.1.1 – Type Tecnologia que o objeto requer operating system browser

Continuação

41

Nome Atributo Descrição Valores Permitidos

Nome 4.4.1.2 – Name Definição da tecnologia usada para o objeto

Se Type = ''operating system'' entao pc-dos ms-windows macos unix multi-os none

Se Type = ''browser'' entao any netscape communicator ms-internet explorer opera amaya

Duração 4.7 – Duration Tempo médio necessário para o usuário explorar o objeto

-

EDUCACIONAL

Público Alvo 5.5 - Intended EndUser Role

Público alvo que o objeto atinge teacher author learner manager

Faixa Etária 5.7 - Typical AgeRange

Faixa etária do objeto final -

Objetivo 5.10 – Description Objetivo que espera ser atingido após o uso do objeto

-

DIREITOS AUTORAIS

Custo 6.1 – Cost Se o uso do objeto requer ou não custos

yes no

CLASSIFICAÇÃO

Curso 9 – Classification A que curso está relacionado o objeto -

Classificação 9.2 – Taxon Path Classificação do objeto (Disciplina, tema, enfoque)

-

Dentre os dez professores que receberam o documento oito retornaram indicando que os

atributos selecionados estavam coerentes e suficientes. A única alteração sugerida foi a inclusão da

data de criação, a qual já encontra-se listada na Tabela 2.

1.11 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS

Esta seção tem como objetivo descrever as necessidades para o desenvolvimento da

ferramenta proposta.

Conclusão

42

1.11.1 Requisitos Funcionais

A seguir são apresentados os principais requisitos funcionais do sistema que compreendem

as características, descrevendo os serviços que a ferramenta oferecerá.

Lista dos requisitos funcionais

RF01: O sistema deverá permitir gerencia de usuários;

RF02: O sistema deverá permitir gerencia de cursos;

RF03: O sistema deverá permitir login de usuários;

RF04: O sistema deverá permitir cadastro de alunos;

RF05: O sistema deverá permitir gerenciamento de SCOs;

RF06: O sistema deverá permitir adicionar recursos (assets) aos SCOs;

RF07: O sistema deverá permitir gerenciamento de coleções;

RF08: O sistema deverá permitir busca dos SCOs e Coleções inseridas no sistema;

RF09: O sistema deverá permitir aprovação e reprovação dos SCOs cadastrados pelos

alunos;

1.11.2 Requisitos não Funcionais

A seguir são apresentados os principais requisitos não funcionais.

Lista dos requisitos não funcionais

RNF01: O sistema deverá ser concebido utilizando tecnologias registradas sob licença

GPL(php, mysql, apache);

RNF02: As páginas web desenvolvidas não poderão exceder 15 segundos no seu

carregamento, considerando uma conexão de 128kbps em condições normais de uso.

RNF03: Os metadados (para SCOs e coleções), apresentados em arquivos XML,

deverão estar no padrão IEEE LOM;e

RNF04: O agrupamento e a organização dos recursos (para SCOs e coleções), deverão

seguir o padrão SCORM;

43

RNF05: O sistema deverá gerar arquivos no formato HTML, para exibição dos recursos

(assets), contendo o ECMAscript para interagir com a API SCORM, para cada SCO ou

coleção criada;e

RNF06: O sistema deverá gerar um arquivo xml (imsmanifest.xml), com o objetivo de

organizar os recursos (assets), para cada SCO ou coleção criada;

1.11.3 Regras de Negócio

A seguir são definidas as principais regras de negócio.

Lista das regras de negócio

RN01: Somente usuários administradores do sistema poderão realizar cadastro de

usuários moderadores e administradores;

RN02: Usuários cadastrados como alunos poderão somente Inserir/Atualizar SCOs;

RN03: Os SCOs inseridos pelos alunos deverão aguardar aprovação para serem

inseridos no sistema;

RN04: Usuários do sistema poderão buscar por SCOs ou Coleções;

RN05: Usuários cadastrados como moderadores poderão Aprovar/Reprovar SCOs

inseridos pelos alunos.

RN06: Usuários cadastrados como moderadores poderão agrupar e organizar SCOs,

criando as coleções;

RN07: Usuários não cadastrados poderão se cadastrar como alunos livremente;

1.12 DIAGRAMAS DE CASOS DE USO

A seguir são apresentados os casos de uso levantados para o desenvolvimento da ferramenta

proposta buscando detalhar as ações entre usuário e sistema. As descrições dos cenários

apresentados a seguir podem ser encontradas no Apêndice II. A Figura 14 mostra os diferentes

usuários do sistema.

44

Figura 14. Usuários do Sistema

Em seguida na Figura 15 pode-se visualizar a ação realizada ao usuário se logar no sistema,

dando permissões distintas para cada tipo de usuário.

Figura 15. Login de usuários

A Figura 16 detalha a gerencia (cadastrar, editar, excluir) de usuários e de cursos no sistema

realizada pelo administrador.

45

Figura 16. Gerencia de usuários e cursos no sistema

Usuários do sistema têm a possibilidade de buscar objetos e se cadastrar como aluno. Essa

interação do usuário com o sistema é apresentada na Figura 17.

Figura 17. Usuários do sistema.

No caso dos moderadores, estes poderão aprovar ou excluir objetos cadastrados pelos

alunos. Outra permissão que o moderador possui é criar novas coleções, utilizando os objetos

inseridos pelos alunos. A Figura 18 ilustra essa interação do moderador com o sistema.

46

Figura 18. Funções do aluno no sistema.

Na Figura 19 é representada a ação do aluno interagindo com o sistema, sendo permitido a

criação de novos e a atualização SCOs no repositório.

Figura 19. Funções do aluno no sistema.

1.13 DIAGRAMA DE CLASSES

O diagrama de classes que mostra a Figura 20, busca atender os requisitos e casos de uso

citados e é apresentado da seguinte forma:

47

Figura 20. Diagrama de Classes do repositório.

O diagrama de classes representa a generalização dos usuários, a parte estrutural dos objetos

(assets, SCOs, coleções), e a geração dos metadados. Existe ainda um relacionamento entre aluno e

curso para determinar de que curso é o aluno.

1.14 TELAS DO SISTEMA

A seguir serão apresentadas algumas telas do repositório, buscando mostrar as

funcionalidades dos diferentes tipos de usuários no sistema.

A Figura 21 mostra a gerencia de usuários no sistema, acessada pelo administrador, consiste

em uma listagem dos usuários, permitindo editar e excluir usuários do sistema e inserir um novo

usuário. Logo abaixo a tela de cadastro para edição e inserção de novos usuários.

48

Figura 21. Gerência de usuários no repositório.

A Figura 22 mostra a gerência de cursos no sistema, acessada pelo administrador, consiste em

uma listagem dos cursos, permitindo editar e excluir os cursos. Ainda na mesma tela há um campo

chamado “Curso” para cadastrar ou editar cursos no repositório.

Figura 22. Gerência de cursos no repositório.

A Figura 23 mostra a tela resumida do cadastro de uma nova coleção, acessada pelo usuário

moderador, permite que sejam inseridos todos os atributos previstos, e que sejam selecionados

SCOs para compor a coleção.

49

Figura 23. Cadastro de coleções.

A Figura 24 mostra a tela resumida do cadastro de um novo SCO, acessada pelo usuário

aluno, permite que sejam inseridos todos os atributos previstos, e que sejam selecionados os

recursos (Assets) para compor a SCO.

50

Figura 24. Cadastro de SCOs.

Usuários do sistema buscam os objetos podendo optar por “Busca Rápida” e “Busca

Avançada”. A Figura 25 mostra as duas opções de busca disponíveis para usuários.

51

Figura 25. Opções de busca.

A Figura 26 mostra a listagem de SCOs cadastrados pelos alunos a serem aprovados ou

reprovados pelos moderadores do sistema. O sinal de positivo (mais à esquerda) indica que o SCO

está aprovado, negativo (mais à direita) indica que o SCO está reprovado, o estado inicial (ainda

não avaliado) do SCO é representado pela imagem que contém uma mão aberta. Esta tela ainda

possibilita o usuário de visualizar os detalhes do objeto.

Figura 26. Aprovar / Reprovar SCOs.

A Figura 27 mostra o detalhe de um objeto. O detalhe permite que o usuário visualize todos

os dados referentes ao objeto selecionado e logo abaixo as opções de atualizar o objeto e gerar

pacote. O pacote gerado possui o conteúdo necessário para que o objeto seja compatível com o

padrão SCORM, utilizando metadados no LOM.

52

Figura 27. Detalhes do objeto.

1.15 IMPLEMENTAÇÃO

Nesta seção será relatado como foi construído o repositório, buscando detalhar as principais

funcionalidades do sistema, e mostrar a integração entre o conhecimento obtido com as tecnologias

utilizadas no desenvolvimento.

1.15.1 Aspectos de Interface

Alguns aspectos da interface são importantes e facilitam o uso da ferramenta, além de

melhorar algumas questões de usabilidade. Ao inserir um SCO ou coleção alguns atributos podem

ser repetidos inúmeras vezes, para facilitar esse processo foi criado um campo dinâmico capaz de

adicionar múltiplos atributos para um único registro de SCO ou coleção. Este procedimento de

inserção e remoção de novos campos é realizado sem que a página seja atualizada. A Figura 28

mostra o funcionamento dos campos dinâmicos.

53

Figura 28. Campos dinâmicos do sistema

Outro aspecto que deve ser destacado é a facilidade criada na busca para alternar entre

“Busca Avançada” e “Busca Rápida”, o sistema realiza essa operação sem precisar carregar uma

nova página, gerando um maior desempenho na função.

Ao invés de utilizar a função alert() do javascript para exibir mensagens de erro nas

validações dos formulários, elas são montadas em uma caixa com conteúdo em HTML gerando

uma melhor visualização para o usuário. Além de melhor visualização permite ainda que a

mensagem seja customizada, por exemplo, poderia ser incluído na mensagem um link para um help

mais detalhado explicando mais sobre o erro que o usuário cometeu. Esta mesma caixa é utilizada

na inserção de coleções, quando é necessário buscar SCOs para montar uma coleção. A Figura 29

mostra o funcionamento dos campos dinâmicos.

Figura 29. Mensagens de erro.

54

1.15.2 Construção do repositório

Para a construção do repositório foi adotado um modelo em PHP orientado a objetos que

consiste em uma classe base que é estendida em outras duas classes, form e list. A classe base é

utilizada para exibir o conteúdo, a classe form é utilizada para gerar os formulários de cadastro

presentes no sistema, e, a classe list e utilizada para gerar listagens, incluindo os campos de busca.

Algumas outras classes são utilizadas para facilitar o desenvolvimento e criar uma maior abstração

dos dados, uma classe de banco é utilizada para abstrair o banco de dados que é utilizado, além

desta, cada tabela no banco de dados possui uma classe para inserção, edição, listagens e outras

funções necessárias para interação com o sistema.

A classe metadados, além de possuir toda interação com o banco de dados, ela possui

funções para a geração dos arquivos necessários para construir o pacote seguindo o padrão

SCORM. No caso da criação de um SCO os recursos (assets) são movidos para uma pasta criada, e

partir desses arquivos são gerados documentos HTML para exibição destes (exigência do SCORM).

Outros arquivos de configuração são gerados, como por exemplo, imsmanifest.xml, metadados.xml.

No caso da criação de coleções, existe uma função responsável por abrir os SCOs selecionados, e

em seguida estes SCOs são agrupados em um novo diretório gerando os arquivos referente a união

dos SCOs. A Figura 30 mostra o arquivo imsmanifest.xml gerado pelo sistema.

Figura 30. Arquivo Manifest gerado pelo sistema.

55

Os atributos referentes aos objetos inseridos no sistema são gravados de duas forma, no

banco de dados e em formato XML. Os dados gravados no banco de dados são utilizados pelo

sistema para buscas realizadas pelo usuário na utilização do sistema. Já os arquivos XML são

utilizados para dar conformidade ao padrão SCORM, este arquivo se chama metadados.xml e serve

para descrever os objetos gerados, sendo acessível por LMS externos. A Figura 31 mostra a base do

arquivo XML gerado pelo sistema.

Figura 31. Estrutura base dos metadados.

Para a criação dos pacotes ZIP, foi utilizada uma classe disponibilizada gratuitamente, que

pode ser encontrada em http://www.phpclasses.org com o nome createZip, esta, possibilita a

compactação de arquivos em diversos formatos. Para atender as necessidades do sistema foi

utilizado o formato ZIP para compactação dos arquivos.

Para possibilitar que um LMS que segue o padrão SCORM possa abrir os objetos gerados

pela ferramenta foi necessário criar um script com as funcionalidades básicas da API do SCORM

para facilitar a etapa de construção dos pacotes. Cada pacote criado pelo sistema contém um

arquivo apiGeneric.js que é responsável por essa comunicação.

Para tornar mais claro o processo de inserção dos pacotes SCORM no repositório, a Figura

32 traz os procedimentos passo a passo. Inicialmente, no passo 1, o usuário interage com o sistema

enviando através do preenchimento do formulário de cadastro, os arquivos (assets) e os atributos

que o objeto receberá. Ao receber esses dados o sistema acessa o servidor, passo 2, buscando os

arquivos necessários para a geração do pacote. O passo 3 mostra o servidor enviando os arquivos

necessários ao sistema. Após receber esses arquivos, o sistema gera o pacote com todos os arquivos

necessários para padroniza-lo conforme a documentação SCORM, e envia o pacote gerado para que

seja armazenado no servidor, esta etapa é representada pelo passo 4 na Figura 32.

56

Figura 32. Inserção de objetos SCORM

Os usuários alunos do sistema possuem permissão para cadastro e atualização de objetos. No

processo de atualização dos pacotes o sistema cadastra um novo objeto com referência ao objeto

antigo, assim um objeto nunca deixa de existir dentro do repositório e usuários que fazem utilização

da versão não atualizada podem visualizar as novas versões cadastradas ou podem continuar

utilizando o objeto antigo.

1.15.3 Experimentos

Na fase de experimentos foram realizados testes de conformidade, utilizando a ferramenta

SCORM Test Suite 1.0.1. Um fator interessante que a ser relatado é a grande freqüência de

atualização das ferramentas de teste, documento do padrão SCORM. Durante o período de

desenvolvimento deste TCC, ocorreram duas atualizações importantes. Uma delas na documentação

de referência, e a outra (em abril de 2007) no SCORM Test Suíte, que estava incompatível com o

novo modelo de referência. Neste sentido, foi necessário atualizar tanto a ferramenta de testes,

quanto o repositório durante o desenvolvimento do TCC, o que rendeu trabalho e preocupações

adicionais.

Utilizando a última versão da ferramenta de testes, foi realizado o teste Content Package

Conformance Test que inclui 3 validações diferentes.

57

A validação Content Package realiza verificações no pacote buscando encontrar erros de

conformidade entre o arquivo manifest (manifest.xml) e os arquivos contidos no pacote. A Figura

33 mostra a tela da ferramenta exibindo o resultado de sucesso na validação desta etapa;

Figura 33. Resultado de testes em Content Package

A validação Metadata Test verifica a conformidade do arquivo que possui os metadados do

pacote, no caso metadados.xml. A Figura 34 mostra a tela da ferramenta exibindo o resultado de

sucesso na validação desta etapa;

Figura 34. Resultado de testes em Metadata Test

58

A validação SCO Testing emula um LMS interagindo com o SCO, e verifica se as funções

de integração com a API ocorrem de maneira adequada. A Figura 35 mostra a tela da ferramenta

exibindo o resultado de sucesso na validação desta etapa;

Figura 35. Resultado de testes em SCO Testing

59

CONLUSÕES

Analisando os objetivos traçados no inicio do projeto. As tecnologias necessárias para a

construção de objetos de aprendizagem (LOM, SCORM) foram descritas e analisadas permitindo a

especificação de requisitos para uma ferramenta que as utilize.

Após a análise dos repositórios de objetos de aprendizagem foi possível realizar

especificação dos requisitos do repositório que visa atender inicialmente aos cursos de Ciências da

Computação e Tecnologia em Sistemas para Internet. Os atributos dos objetos que comporão este

repositório foram definidos e validados junto a um conjunto de professores dos cursos.

Quanto a modelagem do repositório, foi necessário compreender o padrão SCORM e suas

funcionalidades por meio da leitura de sua documentação. Com este conhecimento foi possível

realizar a modelagem da ferramenta.

Na segunda etapa deste trabalho, foi possível implementar a ferramenta buscando atender as

regras necessárias para geração de pacotes em conformidade com o padrão SCORM, e além disso,

manter a conformidade com a versão mais atual do padrão (atualizada pela adlnet durante a

realização do TCC).

Quanto a etapa de testes da ferramenta, foi utilizada uma ferramenta de apoio, chamada

SCORM Teste Suíte 1.0.1, que permitiu realizar as verificações necessárias e validar a conformidade

dos pacotes gerados com os padrões desejados. A ferramenta de teste de conformidade, nos permite

confirmar que os pacotes gerados pelo sistema seguem o padrão SCORM, e que a ferramenta atende

os demais objetivos traçados no início do projeto.

Espera-se que a ferramenta desenvolvida possa permitir que alunos armazenem seus

trabalhos realizados durante o curso, além de buscar outros trabalhos incluídos no repositório para

serem utilizados como referência, e também, permitir que professores interajam com os alunos

através da ferramenta criando coleções e tornando o conhecimento mais acessível para todos.

A ferramenta desenvolvida neste trabalho de conclusão contempla apenas a geração de

pacotes SCORM, seguindo as etapas documentadas pela Adlnet na documentação SCORM CAM.

Para que a ferramenta possua uma maior interação com o usuário final, é necessário a integração de

um LMS, seguindo os padrões SCORM RTE, dessa forma seria possível criar a funcionalidade de

exibição dos pacotes SCORM na ferramenta, tornando-a mais atrativa aos usuários. Por tanto, os

60

interessados em dar continuidade a este trabalho podem seguir buscando funcionalidades que

atendam o padrão SCORM, e agregando estas à ferramenta.

61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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63

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64

APÊNDICE

I DOCUMENTO PARA AVALIAÇÃO DOS METADADOS

Caro Professor,

Sua ajuda é fundamental, por favor leia as informações abaixo e indique ao final suas sugestões.

Este documento tem como objetivo selecionar um conjunto de metadados para construção de um repositório de objetos de aprendizagem para o Curso de Ciência da Computação (CC) e Tecnologia em Sistemas para Internet. Esta atividade é parte do trabalho de conclusão do acadêmico Pedro Bandeira, do curso de Ciência da Computação da UNIVALI.

Um repositório de objetos de aprendizagem tem como principal objetivo facilitar o acesso de alunos e professores a materiais instrucionais interativos que apoiem a aprendizagem nas disicplinas desses dois cursos. Um objeto de aprendizagem tem como principal característica o fato de ser reutilizavel e seguir padrões para sua construção. Nesse sentido é fundamental a definição de um conjunto de atributos (metadados) que permitam identificar e localizar o objeto por meio de mecanismos de busca.

O LOM (Learning Object Metadata) é um padrão definido pelo LTTF (Learning Tecnology Task Force) da IEEE, que especifica um conjunto de atributos que definem um Objeto de Aprendizagem. Porém não há uma indicação de atributos obrigatórios, cabendo aos desenvolvedores do repositório definir quais são os mais interessantes no contexto pretendido.

Dessa forma, a seguir apresenta-se uma proposta de atributos a serem considerados para o repositórios dos curso de CC e SisNet. Por favor analise esta proposta e deixe sua opinião ao final.

Atributos PropostosNome Atributo Descrição Valores Permitidos

INFORMAÇÕES GERAIS

Identificador 1.1 - Identifier Identificador único do objeto -

Título/Nome 1.2 - Title Nome que será atribuído ao objeto

-

Idioma 1.3 – Language Idioma que o objeto se encontra pt en en-GB es etc...

Descrição 1.4 - Description Descrição textual referente ao conteúdo do objeto

-

Palavra-chave 1.5 – Keyword Palavra ou frase que descreva o objeto

-

Estrutura 1.7 – Structure Organização estrutural do objeto Atomic (objeto indivisivel) collection(um grupo de objetos com nenhum relacionamento especificado entre eles) networked(um grupo de objetos com relacionamentos que não são especificados) hierarchical(um grupo de objetos cujo os relacionamentos podem ser representados por uma estrutura de árvore)

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Nome Atributo Descrição Valores Permitidos

linear(um grupo de objetos que são requisitados inteiramente)

CICLO DE VIDA

Versão 2.1 – Version Identifica a versão do objeto -

Colaborador 2.3 – Contribute Entidades que contribuiram com o objeto durante o seu ciclo de vida.

-

Papel 2.3.1 – Role Papel do colaborador author publisher unknown initiator terminator validator editor graphical designer technical implementer content provider technical validator educational validator script writer instructional designer subject matter expert

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Formato 4.1 – Format Informação técnica sobre o tipo de arquivo do objeto

video/mpeg application/x-toolbook text/html image/gif etc...

Tamanho 4.2 – Size Tamanho do arquivo(bytes) -

Local 4.3 – Location URL do objeto -

Requisitos 4.4 – Requirement Capacidades técnicas necessárias para utilizar o objeto

-

Tipo 4.4.1.1 – Type Tecnologia que o objeto requer operating system browser

Nome 4.4.1.2 - Name Definição da tecnologia usada para o objeto

Se Type = ''operating system'' entao pc-dos ms-windows macos unix multi-os none

Se Type = ''browser'' entao any netscape communicator ms-internet explorer opera amaya

Duração 4.7 – Duration Tempo médio necessário para o usuário explorar o objeto

-

EDUCACIONAL

Público Alvo 5.5 - Intended EndUser Role

Público alvo que o objeto atinge teacher author learner manager

Faixa Etária 5.7 - Typical AgeRange

Faixa etária do objeto final -

Objetivo 5.10 – Description Objetivo que espera ser atingidoapós o uso do objeto

-

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Nome Atributo Descrição Valores Permitidos

DIREITOS AUTORAIS

Custo 6.1 – Cost Se o uso do objeto requer ou não custos

yes no

CLASSIFICAÇÃO

Curso 9 – Classification A que curso está relacionado o objeto

-

Classificação 9.2 – Táxon Path Classificação do objeto (Disciplina, tema, enfoque)

-

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II CASOS DE USO – CENÁRIOS

II.1 UC01 – LOGIN DE USUÁRIOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF03 >

Cenários:

01. Login de usuário{Principal}.

1. O usuário preenche os campos login e senha;

2. O sistema valida os dados, será possível login de diferentes usuários (administradores, moderadores e alunos).

02. Erro {Alternativo}

1. Caso os dados referentes ao login do usuário sejam incorretos o sistema apresenta mensagem de erro.

II.2 UC02 – GERENCIAR USUÁRIOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF01 >

Pré-requisito: Ter executado o <UC01> e logado como administrador.

01. Listagem de usuários {Principal}.

• O sistema apresenta uma listagem com todos os usuários cadastrados no sistema, com

botões de editar e excluir para cada usuário, e um botão de “Novo”;

02. Novo usuário {Alternativo}

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados dos usuários do sistema (nome, e-mail, login, senha, tipo de usuário), e os

botões de “Salvar” e “Cancelar”;

2. Ao clicar em “Salvar” o sistema salva os dados preenchidos do usuário;

3. Ao clicar em ”Cancelar” o sistema retorna ao cenário principal.

03. Editar usuário {Alternativo}

69

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados dos usuários do sistema já preenchidos com os dados do usuário a ser editado, e

os botões de “Editar” e “Cancelar”;

2. Ao clicar em “Editar” o sistema edita os dados alterados pelo usuário;

3. Ao clicar em ”Cancelar” o sistema retorna ao cenário principal.

04. Exluir usuário {Alternativo}

1. O usuário clica botão excluir na listagem de usuários;

2. O sistema exibe uma tela confirmação para que se tenha certeza que se deseja excluir determinado usuário;

3. Após confirmar o sistema exclui o usuário da base de dados.

II.3 UC03 – GERENCIAR CURSOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF02 >

Pré-requisito: Ter executado o <UC01> e logado como administrador.

01. Listagem de cursos {principal}.

1. O sistema apresenta uma listagem com todos os cursos cadastrados no sistema, com

botões de editar e excluir para cada curso, logo a baixo um campo “Curso” seguido do

botão “Cadastrar”;

2. Ao clicar em editar o campo curso é carregado com o nome do curso a ser editado, e o

botão recebe o rotulo “Editar”. Ao clicar em editar o sistema ira atualizar o nome do

curso conforme preenchido no campo “Curso”;

3. Ao clicar em excluir o sistema exclui o curso do sistema.

II.4 UC04 – BUSCA DE OBJETOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF08 >

Cenários:

1. Formulário de Busca {Principal}.

70

1. O sistema apresenta um formulário com campos de busca, e a opção de busca

avançada ou busca normal, com opções para busca em :

o Identificador, nome, data, público alvo, curso, estrutura, classificação, palavra-

chave, colaborador, descrição e objetivo;

2. Ao clicar em “Buscar”, o sistema exibe a “Listagem de objetos” com o resultado da

busca, caso a busca não seja utilizada o sistema exibe uma listagem completa dos

objetos;

2. Listagem de Objetos {Alternativo}.

1. O sistema irá apresentar em uma lista todos os objetos encontrados com os parâmetros

de busca passados pelo usuário, e para cada item os botões de “Visualizar”, “Gerar

ZIP” e caso o objeto seja um SCO irá aparecer a opção “Atualizar”;

2. Ao clicar em “Visualizar” o sistema irá apresentar uma tela com os dados detalhados

do objeto;

3. Ao clicar em “Gerar ZIP” o sistema realizar o empacotamento do conteúdo com todos

os recursos que ele deve possuir para seguir o padrão SCORM, e em seguida

disponibilizar para download; e

4. Clicando em “Atualizar” o sistema executa <UC08>.

II.5 UC05 – CADASTRAR ALUNO

Requisitos Funcionais relacionados: < RF04 >

Cenários:

01. Novo aluno{Principal}

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados necessários para cadastrar um aluno no sistema (nome, matrícula, curso, login,

senha, e-mail), e um botão de “Salvar”;e

2. Ao clicar em “Salvar” o sistema salva os dados preenchidos pelo usuário e cria um

usuário no sistema, permitindo que este possa inserir SCOs no repositório.

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II.6 UC06 – APROVAR / REPROVAR SCOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF09 >

Cenários:

Pré-requisito: Ter executado o <UC01> e logado como moderador.

1. Listagem de SCOs {Principal}.

1. O sistema apresenta uma listagem com todos SCOs cadastrados, com os botões de

”Aprovar” e “Reprovar” para cada SCO;

2. Ao clicar em “Aprovar” o sistema marca o SCO como aprovado, e o SCO estará

disponível para busca no sistema; e

3. Ao clicar em “Reprovar” o sistema marca o SCO como reprovado, e este ficará

disponível somente para seu “dono”;

II.7 UC07 – CRIAR COLEÇÕES

Requisitos Funcionais relacionados: < RF07 >

Cenários:

Pré-requisito: Ter executado o <UC01> e logado como moderador.

01. Nova coleção {Principal}

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados das coleções do sistema (nome/titulo, curso, idioma, descrição, estrutura,

versão, tipo de tecnologia, nome da tecnologia, duração, faixa etária, objetivo, custo,

público alvo, colaboradores, palavras-chave, classificação, SCOs), e um botão de

“Salvar”;e

2. Ao clicar em “Salvar” o sistema salva os dados preenchidos pelo usuário e cria um

diretório contendo os dados dos SCO selecionados para integrar a coleção.

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II.8 UC08 – CRIAR / ATUALIZAR SCOS

Requisitos Funcionais relacionados: < RF05 >, < RF06 >

Cenários:

Pré-requisito: Ter executado o <UC01> e logado como aluno.

01. Listagem de SCOs {Principal}.

1. O sistema apresenta uma listagem com todos os SCOs cadastrados no sistema pelo

usuário logado, com o botão de ”Atualizar” para cada SCO, e um botão de “Novo”;

02. Novo SCO {Alternativo}

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados dos SCOs do sistema(nome/titulo, curso, idioma, descrição, estrutura, versão,

tipo de tecnologia, nome da tecnologia, duração, faixa etária, objetivo, custo, público

alvo, colaboradores, palavras-chave, classificação, arquivos), e os botões de “Salvar”

e “Cancelar”;

2. Ao clicar em “Salvar” o sistema salva os dados preenchidos pelo usuário;e

3. Ao clicar em ”Cancelar” o sistema retorna ao cenário principal;

03. Atualizar SCO {Alternativo}

1. O sistema apresenta uma tela com um formulário contendo campos referente aos

dados dos SCOs do sistema já preenchidos, e os botões de “Atualizar” e “Cancelar”;

2. Ao clicar em “Atualizar” o sistema cria um novo SCO, sendo este criado como uma

nova versão do SCO escolhido para atualização;e

3. Ao clicar em ”Cancelar” o sistema retorna ao cenário principal.