UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo...

70
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Jilvanildo Fabris TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPANSÃO DO SISTEMA DE EDI COM FORNECEDORES ITAJAÍ (SC) 2008

Transcript of UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo...

Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Jilvanildo Fabris

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPANSÃO

DO SISTEMA DE EDI COM

FORNECEDORES

ITAJAÍ (SC)

2008

Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

JILVANILDO FABRIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE ESTÁGIO - TCE

ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPANSÃO

DO SISTEMA DE EDI COM

FORNECEDORES

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

De maneira particular, expresso minha gratidão: À empresa Seara Alimentos S.A, pela oportunidade concedida para a elaboração deste trabalho; À minha família, por me apoiar em todos os momentos desta caminhada, em especial a minha esposa Solange, na certeza de que seu amor está presente em todas as realizações da minha vida; Ao professor Dr. Luiz Carlos da Silva Flores, pelos seus conhecimentos e profissionalismo ao desempenhar o papel de orientador neste trabalho; Aos demais professores que compartilharam comigo conhecimentos, contribuindo para que este trabalho tivesse êxito; A todos aqueles que diretamente ou indiretamente contribuíram para elaboração deste trabalho.

Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

“O mundo está se movendo tão rápido

ultimamente, que aquele que diz que

algo não pode ser feito é geralmente

interrompido por alguém fazendo-o”

Elbert Hubbard

Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Jilvanildo Fabris

b) Área de estágio

Controladoria

c) Supervisor de campo

Amâncio José Rodrigues Junior

d) Orientador de estágio

Prof Luiz Carlos da Silva Flores, Dr

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado

Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc

Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Seara Alimentos S.A

b) Endereço

Avenida Vereador Abrahão João Francisco, Nº 3655, Dom Bosco, Itajaí/SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Controles Operacionais

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Amâncio José Rodrigues Junior - Analista de Negócio

f) Carimbo e visto da empresa

Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 01 de Dezembro de 2008.

A Empresa SEARA ALIMENTOS S.A, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – a publicar, em biblioteca, o trabalho de

Conclusão de Estágio Supervisionado, pelo acadêmico JILVANILDO FABRIS.

___________________________________

Leandro Gamba

Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

RESUMO

A utilização de novas tecnologias tem sido considerada vital para a sobrevivência da organização, principalmente a utilização da Tecnologia de Informação, que já está presente no dia-a-dia das organizações, provocando mudanças profundas em toda a empresa, alterando a estrutura organizacional, as relações de trabalho, o perfil do trabalhador e a cultura da organização. O principal objetivo, foi fazer um estudo de viabilidade de implementação do sistema EDI com fornecedores, identificar os fornecedores que tinham potencial para a implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação de Notas Fiscais na empresa, levantar as customizações necessárias no sistema atual, identificar os benefícios que a organização terá com a implentação de sistema, levantar o custo desta implentação, elaborar a proposta de implentação. Para o levantamento de dados foram utilizadas a entrevista não-estruturada e a observação de pessoas. Os dados levantados foram extraídos de relatórios, participação de pessoas que participaram do projeto piloto e observação do processo atual de digitação de Notas Fiscais. Os resultados obtidos neste trabalho foram válidos, tanto para o acadêmico quanto para a empresa. As vantagens e ganhos que a implementação do sistema EDI trará para a empresa são bastante consideráveis, pois vai deste uma simples eliminação de retrabalho, com a redução de erros de digitação de Notas Fiscais gerando até mesmo um “retorno financeiro” com agilidade na integração de documentos no sistema corporativo da empresa. Concluindo com os resultados obtidos neste trabalho, foi sugerido à empresa a implementação do sistema de EDI com os fornecedores definidos. PALAVRAS CHAVE: Inovação, Tecnologia, EDI

Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1. Relação dos participantes..........................................................................................17

Figura 1. Fluxo das etapas do projeto....................................................................................... 19

Figura 2. Representação esquemática de um processo............................................................. 27

Figura 3 Relacionamentos entre as organizações e as funções de um sistema de informação. 31

Figura 4. Seqüência das atividades da análise de sistemas....................................................... 36

Figura 5. Fluxo para emissão da NFe....................................................................................... 42

Figura 6. Modelo de DANFE. .................................................................................................. 43

Quadro 1. Número de digitadores por ramo de atividade.........................................................50

Quadro 2. Número de Notas Fiscais digitas por filial...............................................................50

Gráfico 1. Fluxo do processo de recebimento...........................................................................51

Figura 7. Tela de digitação de documentos .............................................................................. 52

Figura 8. Tela para digitação das informações contábeis e tributárias..................................... 53

Figura 9. Mensagem de Conferência de valor dos tributos no processo manual ..................... 54

Gráfico 2. Fluxograma do processo EDI..................................................................................55

Figura 10. Tela de integração e consulta de documentos via EDI ........................................... 56

Figura 11. Tela de integração e consulta de documentos via EDI ........................................... 57

Figura 12. Mensagem de Conferência de valor dos tributos sistema de EDI........................... 58

Quadro 3. Número de documentos estornados no período de 01/2008 a 07/2008...................59

Quadro 4. Número de documentos digitados por filial e fornecedor........................................60

Figura 13. Planilha de cálculo do retorno de investimento ...................................................... 62

Tabela 2. Tabela de proposta de implementação do sistema EDI............................................63

Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANSI – American National Standard Institute

BO – Business Objects

DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

EAN Brasil – Associação Brasileira de Automação

EDI – Eletronic Data Interchange, ou Troca Eletrônica de Dados

EDIFACT - United Nations Electronic Data Interchange for Administration Commerce and

Transport, ou EDI para Administração, Comércio e Transporte.

ERP - Enteprise Resource Planning, ou Planejamento dos Recursos da Empresa

HTML – HyperText Markup Language, ou Linguagem de Marcação de HiperTexto

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

NF-e – Nota Fiscal Eletrônica

OF – Ordem de Fornecimento

OSM – Organização Sistemas e Métodos

RFID – Radio Frequency Identification, ou Identificação por Rádio freqüência

SCM – Supply Chain Management, ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

SEFAZ – Secretaria da Fazenda

SNAC – Sistema Nacional de Compras

TCE – Trabalho de Conclusão de Estágio

TI – Tecnologia da informação

VANs – Value Added Networks ou Redes de Valor Agregado

XML – Extensible Markup Language, ou Linguagem Extensível de Marcação

Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 12

1.1 Problema da Pesquisa ......................................................................................................... 14

1.2 Objetivos geral e específicos .............................................................................................. 15

1.3.1 Caracterização da pesquisa.............................................................................................. 16

1.3.2 Contexto e participantes de trabalho de estágio .............................................................. 17

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados........................................................... 17

1.3.4 Tratamento e análise dos dados....................................................................................... 18

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................................. 21

2.1 Aspectos conceituais da administração .............................................................................. 21

2.1.1 OSM: aspectos conceituais.............................................................................................. 23

2.2 Processos ............................................................................................................................ 26

2.3 Mudança Organizacional.................................................................................................... 28

2.4 Sistema de Informação ....................................................................................................... 29

2.5 Informação.......................................................................................................................... 32

2.6 Tecnologia da informação .................................................................................................. 33

2.7 Diagnóstico de sistema de informação ............................................................................... 35

2.8 Sistema de EDI ................................................................................................................... 38

2.9 Nota Fiscal eletrônica ......................................................................................................... 41

3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ...................................................... 45

3.1 Caracterização da empresa ................................................................................................. 45

3.1.1 Missão, Visão e Valores. ................................................................................................. 47

3.1.2 Shared Service Center Controles Operacionais .............................................................. 49

3.2 Processo atual de digitação de documentos........................................................................ 50

3.3 Processo integração de documentos através do EDI .......................................................... 55

3.3.1 Vantagens e ganhos ......................................................................................................... 58

3.4 Projeção para fornecedores................................................................................................. 59

3.4.1 Customização para implementação ................................................................................. 61

3.4.2 Proposta de implementação............................................................................................. 63

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 64

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 66

Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

12

1. INTRODUÇÃO

A globalização e o avanço tecnológico trouxeram inúmeros obstáculos para as

organizações. As empresas estão inseridas em um ambiente altamente competitivo e

turbulento, que se transforma a todo instante com uma velocidade alucinante, exigindo das

empresas um sistema de informação ágil que acompanhe o ritmo das transformações. A busca

por competitividade, através de redução de custos e ganhos de produtividade, está fazendo

com que as organizações procurem por inovações tecnológicas que permitam uma vantagem

competitiva.

Neste contexto, a utilização de novas tecnologias tem sido considerada vital para a

sobrevivência da organização, principalmente a utilização da Tecnologia de Informação (TI),

que já está presente no dia-a-dia das organizações, provocando mudanças profundas em toda a

empresa, alterando a estrutura organizacional, as relações de trabalho, o perfil do trabalhador

e a cultura da organização.

De acordo com Franco (2007), na área de softwares para o gerenciamento das

empresas, notadamente os e-ERPs e e-SCMs, ocorrem duas grandes tendências bastante

significativas: as grandes empresas estão adotando megaplataformas integradas, baseadas em

soluções de sucesso, notadamente ligadas a produtos dos grandes provedores de soluções, tais

como SAP, Oracle, IBM, etc.; e as médias empresas podem integrar seus sistemas por meio

de terceirização (outsourcing) e do desenvolvimento de soluções personalizadas

(customizadas).

As grandes empresas em geral procuram cada vez mais soluções logísticas, que lhes

tragam mais rapidez nos processos operacionais e conseqüentemente maior rentabilidade e

confiança. Os procedimentos manuais e burocráticos não satisfazem mais a necessidade e o

volume crescente de transações entre as corporações, tais como, digitação de Notas Fiscais,

envio de documentos que necessitam de assinaturas e conferências, que geram inúmeros

contratempos, dentre eles, erro na digitação de documentos fiscais, re-trabalho na inserção de

informações no sistema corporativo da empresa e demora excessiva na passagem de

documentos para as empresas prestadoras de serviços, como por exemplo clientes,

fornecedores, transportadores, etc..

Para eliminar estes contratempos, surgiu o Electronic Data Interchange (EDI), troca

eletrônica de dados. Devido aos avanços tecnológicos na área de comunicação de dados, a

Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

13

utilização de modelos EDI para envio de documentos tem se tornado cada vez maior, a custos

cada vez menores. Esta é uma combinação bastante atrativa para empresas que querem

agilizar processos, reduzir custos e erros humanos, que ocorrem na entrada de dados para

bases corporativas.

EDI é um formato padrão para trocar dados de negócios, criado pelo ANSI (American

National Standard Institute). Uma mensagem EDI contém uma seqüência de elementos de

dados, cada qual representando um fator singular, como um preço, um número de série ou

quantidade. As mensagens EDI podem ser criptografadas dependendo da informação,

podendo ser alternadas conforme a necessidade de segurança da informação.

Esta tecnologia abrange a transferência eletrônica de dados através de sistemas,

ligando empresas e fazendo com que as informações fluam de forma harmoniosa

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO, 2005).

Cada companhia tem seus próprios métodos, processos e sistemas distintos, ou seja,

cada organização tem uma forma diferente de trabalhar, seja nos seus métodos de trabalho ou

sistemas customizados para atender a sua necessidade. “Empresas diferentes têm

necessidades, processos, sistemas, sofisticações técnicas diferentes” (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO, 2005). Diante deste ponto de vista, a própria tecnologia

EDI que surgiu para resolver problemas, se não aplicada utilizando padrões pré-definidos,

acaba proporcionando outros contratempos, tais como: preço unitário divergente do

contratado, unidades de medida e de peso com padrões divergentes entre os sistemas que

estão se comunicando; demora na atualização e alinhamento dos sistemas convergentes;

cadastro errado no sistema de origem gera um problema crescente nos sistemas dos demais

parceiros; falta de retorno ao sistema de origem das inconsistências no sistema de destino.

Estes problemas, proporcionados pela utilização inadequada, merece uma especial

atenção nas empresas que adotaram o EDI como forma principal de troca de dados. A maioria

delas já está percebendo que esta ferramenta, se mal aplicada, pode, ao invés de agilizar o

processo, prejudicar ainda mais sua cadeia de suprimentos. É por este motivo que estes

contratempos acima descritos serão tratados e solucionados com este trabalho, implantando o

aplicativo EDI Integrate que facilitará a interação dos sistemas de suprimentos e recebimento

com fornecedores.

Na Seara Alimentos o sistema de EDI foi implantado no ano de 2004, com a

finalidade de reduzir casos de lesão por esforços repetitivos, horas extras e erros na digitação

de documentos. Neste contexto de adequação, o objetivo deste trabalho consiste em elaborar

Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

14

um estudo de viabilidade de expansão do sistema de EDI com fornecedores da empresa Seara

Alimentos S.A.

1.1 Problema da Pesquisa

No ambiente atual, de acirrada competitividade, cria-se um novo imperativo às

empresas: a necessidade de informações precisas e ágeis, com baixo custo de processamento.

Diariamente, elevados volumes de documentos são gerados e processados. Com este

significativo aumento do volume das transações realizadas entre as empresas e o controle

destas transações até então realizado de forma manual, começou a se tornar problemático.

Durante muitos séculos, os papéis formaram as bases das transações comerciais, mas devido

aos erros, incoerências de informações, atrasos, extravios e roubos de documentos fez com

que as empresas buscassem novas tecnologias para sanar estes tipos de problemas.

Atualmente, na maioria dos casos, os dados contidos nos documentos comerciais são

tratados a partir de aplicações de informática. Porém, com o processo de informatização

começaram a surgir os primeiros problemas. Os documentos ao serem enviados aos parceiros

comerciais necessitam serem impressos e copiados. A partir daí, o parceiro comercial volta a

digitar toda essa informação em outra aplicação de informática, com o objetivo de

processamento de dados. Dessa forma, na conquista e manutenção de seus clientes, através da

eficiência de um serviço de qualidade, os revolucionários processos de informática passaram a

ser demorados, dispendiosos e sujeitos a erros, principalmente no processo de digitações de

documentos fiscais. Pode-se perceber então, a importância da Tecnologia da Informação na

integração dos processos de envio de documentos, tendo como utilização o sistema EDI uma

influência nas mudanças da organização, seja em relação a maneira como as informações são

processadas e transmitidas em toda a empresa, ou em relação a própria estrutura

organizacional. Diante disso, define-se o problema de pesquisa que norteará o

desenvolvimento deste TCE:

A implementação do sistema EDI com os fornecedores da empresa Seara Alimentos

S.A, minimizará os erros na integração de documentos no sistema corporativo da empresa e

conseqüentemente agilizará o processo de integração de documentos?

Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

15

A realização deste trabalho de conclusão de estágio, tem como propósito desenvolver

um estudo de viabilidade para expansão do sistema de EDI com fornecedores da empresa,

justificando a necessidade de fazer um diagnóstico do sistema atual, identificando possíveis

problemas, conseqüentemente sugerindo melhorias e avaliando os benefícios que a

implementação deste sistema trará para a organização.

Para empresa, este trabalho teve sua importância, pois contribuiu para redução de re-

trabalho na digitação de documentos fiscais, gerando confiabilidade nas informações e maior

agilidade a processo. Na empresa já existe um sistema de EDI, implantado com apenas um

fornecedor, de onde surgiu a necessidade de implementar este sistema com mais fornecedores

da empresa, levando em consideração os benefícios que esta implentação trará para a

organização. Neste primeiro momento, será implementado para apenas 2 fornecedores,

levando-se em consideração o número de Notas Fiscais que os mesmos enviam para a

empresa e a disponibilidade do fornecedor para enviar os documentos eletronicamente.

Já do ponto de vista acadêmico, este trabalho proporciou um amplo conhecimento

na área de controladoria, por se tratar de um assunto novo na área. E para a academia tem

importância por ser um assunto atual e de grande interesse das organizações, possibilitando,

mais especificamente, ao curso de administração, abrir outras frentes de pesquisa e estágio.

Hoje na Universidade do Vale do Itajaí – Univali, no Centro de Ciências Sociais

Aplicadas, na Gestão de Estágio de Administração, não foi encontrado nenhum trabalho

publicado específico ao tema que foi estudado, garantindo a sua originalidade.

O acesso aos dados da empresa foi permitido para o pesquisador, sendo este

funcionário da empresa, desde que preservados alguns fatores que serão estudados. As

despesas e custos deste projeto foram incorporados no dia-a-dia das atividades na empresa.

1.2 Objetivos geral e específicos

Este trabalho de estágio tem como objetivo geral, analisar a viabilidade de expansão

do sistema de EDI para os fornecedores da empresa Seara Alimentos.

Considerando o objetivo geral apresentado, define-se os seguintes objetivos

específicos:

Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

16

• Identificar os fornecedores que tem potencial para ser implantado o sistema de

EDI;

• Descrever o processo atual de digitação de Notas Fiscais na empresa;

• Levantar as customizações necessárias no sistema atual;

• Identificar os benefícios que a organização terá com a implentação do sistema;

• Levantar o custo desta implentação;

• Elaborar a proposta de implentação.

1.3 Aspectos metodológicos

Este item trata de procedimentos científicos que foram utilizados para desenvolver o

projeto de estágio, envolvendo a caracterização da pesquisa, contexto e participante do

trabalho de estágio, procedimentos e instrumentos de coleta de dados e tratamento e análise

dos dados.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

O trabalho em questão caracteriza-se tipologia de proposição de planos, buscando

recomendações para o melhoramento no processo (ALVES, 2003). De acordo com Roesch

(1996), proposição de planos visa à apresentação de um plano (processo) ou sistema voltado à

solução de problemas organizacionais.

A metodologia utilizada no trabalho foi predominantemente qualitativa, pois buscou

oportunidades para otimizar o processo, através da implementação do sistema de EDI para

transferência de documentos fiscais entre os fornecedores e a empresa Seara Alimentos. Alves

(2003, p.57) destaca que na pesquisa qualitativa, “o pesquisador colhe informações, examina

cada caso separadamente e tenta construir um Quadro teórico geral”. Técnicas quantitativas

foram utilizadas na verificação do volume de transações dos fornecedores com a empresa.

Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

17

De acordo com Richardson (1999), o método quantitativo, caracteriza-se pelo

emprego da qualificação tanto na coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio

de técnicas estatísticas.

Como estratégia de pesquisa, será utilizado o estudo de caso, pois promove-se um

aprofundamento sobre o sistema de EDI para a integração de documentos fiscais. Segundo

Yin (2001) estudo de caso é adequado quando tem-se uma pesquisa do tipo “como” ou “por

que, quando a mesma não exige controle sobre eventos comportamentais e quando focaliza

acontecimentos contemporâneos”. O estudo de caso, apesar da impossibilidade de generalizar

os resultados da pesquisa, gera análise aprofundada de uma determinada realidade, necessária

neste tipo de trabalho.

1.3.2 Contexto e participantes de trabalho de estágio

Esta pesquisa foi realizada na empresa Seara Alimentos S/A, nos departamentos de

Suprimentos, Controles e Digitações, TI e Fornecedores da empresa, tendo como pessoas

envolvidas os compradores, fornecedores e analistas de sistemas, conforme demonstrado na

Tabela 1 abaixo:

Setor Numero de Participantes FunçõesSuprimentos 4 CompradoresTI 2 Analistas de SistemasControle e Digitações 2 DigitadoresFornecedores 2 Fornecedores de SuprimentosTabela 1. Relação de participantes. Fonte: Elaborado pelo estagiário

Para esta pesquisa utilizou-se de amostra não-aleatória ou intencional, envolvendo as

pessoas que operam na área de Suprimentos, Controles e Digitações, TI e Fornecedores com

potencial para participar deste projeto. Para Richardson (1999) a amostra intencional é

caracterizada como aquela que utiliza elementos que vão formar a amostra, possuindo certas

características criadas no plano e nas hipóteses estabelecidas pelo pesquisador.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

18

As informações estudadas foram de fontes primárias e secundárias, as quais

permitindo ao pesquisador uma análise profunda nos dados coletados. Segundo Roesch

(1996) “fontes secundárias são informações já existentes na empresa, ou seja, banco de dados,

índices, arquivos ou outras informações derivadas de determinada área”.

O estagiário pesquisou através de informações internas da empresa, os tipos de

documentos utilizados, foram: relatórios, informações da área de TI, sistemas internos e

outros documentos que assim julgar necessário.

Para coleta de dados foi utilizado a entrevista não-estruturada, levantando

informações para o aprofundamento do foco no estudo, identificando: o que, como, onde,

quando, quanto, para que e quem faz as atividades relacionadas ao trabalho. De acordo com

Richardson (1999), a entrevista não-estruturada é uma técnica onde há alternativas pré-

formuladas, baseando-se numa conversação guiada pelo pesquisador para obter dos

entrevistados os aspectos que para ele são os mais importantes sobre o problema em questão.

Também como coleta de dados foi utilizado a observação participante de forma

aberta, pois o pesquisador teve que coletar informações sobre o sistema de emissão de Notas

Fiscais dos fornecedores, identificando se o mesmo está apto para enviar os arquivos em

formato XML, para que o sistema corporativo da empresa SEARA ALIMENTOS possa fazer

a leitura do arquivo enviado. Roesch (1996) define, a observação participante de forma aberta

ocorre quando o pesquisador tem permissão para realizar sua pesquisa na empresa e todos

sabem a respeito de seu trabalho. Seu principal problema é conseguir aceitação e confiança do

pessoal.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O presente estudo utilizou análise descritiva e documental. O estudo descritivo

segundo Richardson (1999) representa um nível de análise que permite identificar as

características dos fenômenos possibilitando também a ordenação e a classificação destes.

Richardson (1999) cita que o método mais conhecido de análise documental é o método

histórico que consiste em estudar os documentos visando investigar os fatos sociais e suas

relações com o tempo sócio cultural cronológico.

Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

19

A análise descritiva permitiu interpretar e explicar os resultados e os objetivos, através

das técnicas de análise de estatísticas, permitindo uma melhor interpretação do objetivo, que é

elaborar um proposta de implementação do sistema de EDI com os fornecedores da empresa

Seara Alimentos S.A, numa abordagem quantitativa.

O resultado da pesquisa foi apresentado em forma de tabelas e gráficos para que seja

possível visualizar os ganhos que o sistema de EDI trará para a organização. A Figura 1 a

seguir demonstra as etapas utilizadas para realização deste trabalho de conclusão de estágio.

DADOS PRIMÁRIOS DADOS SECUNDÁRIOS

DIAGNÓSTICO

CUSTOMIZAÇÃO DO SISTEMA

ANÁLISE DOS BENEFÍCIOS

CUSTEIO DA IMPLANTAÇÃO

FORNECEDOR “1” FORNECEDOR “2”

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA

Figura 1. Fluxo das etapas do trabalho. Fonte: Elaborado pelo estagiário

Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

20

As etapas deste trabalho de conclusão de estágio iniciaram com a coleta de dados

primários e secundários, onde foram reunidas todas as informações necessárias para iniciar o

desenvolvimento deste trabalho. A próxima etapa, diz respeito à tabulação é a análise dos

dados reunidos, que mostrou ao acadêmico as necessidades de customização do sistema à ser

implementado com os fornecedores da empresa. A terceira etapa do trabalho foi a verificação

da necessidade de customização do sistema, ou seja, a preparação do sistema para receber as

informações transmitidas em arquivo no formato XML por nossos fornecedores. A quarta

etapa deste trabalho, diz respeito ao levantamento do custo para implentação do sistema de

EDI junto aos fornecedores da empresa. Com as informações de necessidade de customização

e o custo da implentação do sistema, passamos para fase de tabulação das informações, para

posteriormente elaborar a proposta de implentação, que será apresentada para a diretoria da

companhia.

Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

21

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O presente capítulo abordará informações que fundamentam teoricamente este

trabalho para sustentação aos objetivos propostos, desenvolvimentos e resultados esperados,

considerando os temas: aspectos conceituais da administração, organização sistemas e

métodos e sistema de informação.

2.1 Aspectos conceituais da administração

A administração trata, desde seus primórdios, de organizar o trabalho de forma

racional. A partir do final do século XIX, começa a adquirir o status de ciência, com as

tentativas de aplicação de métodos científicos ao estudo e aprimoramento do trabalho, assim

como ao desempenho do trabalhador. Importante afirmar que administração não é apenas

administração de empresas. A administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento

humano que reúne, em uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades,

sejam vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser

aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de serviço social,

tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus desempenhos.

Para Drucker (2001) a administração é prática como a medicina, a advocacia e a

engenharia, apoiando-se sobre uma teoria, que precisa ter o rigor científico. Essa prática

consiste em aplicação, focando-se no específico, no caso singular e exigindo experiência e

intuição.

A administração é o principal processo para o desenvolvimento e sucesso de

qualquer organização. De acordo com Maximiano (2000, p. 25), “é a forma como são

administradas que tornam as organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente

seus recursos para atingir os objetivos corretos”.

A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada (CHIAVENATO, 1999, p.06).

Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

22

Destaca Maximiano (2000) que todas as ações realizadas numa organização

abrangem os processos administrativos, também chamados de funções administrativas que

auxiliam no trabalho do administrador.

É de responsabilidade do administrador adequar o ambiente de trabalho para tais

objetivos, supervisionando com freqüência. Segundo Chiavenato (1999, p. 15), “de modo

geral, aceita-se hoje o planejamento, a organização, a direção e o controle como funções

básicas do administrador”, que serão descritos a seguir.

A partir do planejamento, a empresa estabelece os objetivos que deverão ser

atingidos, expõe a atual posição da empresa, define dificuldades e facilidades que serão

encontradas e quais as metas para atingir tais objetivos. Segundo Chiavenato (1993, p. 251),

“o planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os

objetivos que devem ser atingidos e como deve fazer para alcançá-los”. O planejamento é a

principal função administrativa, pois é a partir dele que a empresa estabelece os processos de

organização, direção e controle, ou seja, as demais funções administrativas.

A função organização se resume em detalhar e dividir tarefas e equipamentos,

coordenar as atividades e acompanhá-las para eventuais reordenamentos. Afirma Chiavenato

(1993, p. 258) que “organização significa o ato de organizar, estruturar os recursos e os

órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as relações entre eles, as atribuições de

cada um”. De acordo com Maximiano (2000, p. 61) define organizar como sendo “o processo

de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização, é também o

processo de distribuir os recursos disponíveis seguindo algum critério”.

A função direção é voltada para concentrar esforços em tudo que foi planejado e para

que isso aconteça é preciso ter a habilidade na comunicação, para poder transmitir a todos os

caminhos a serem seguidos. Propõe Chiavenato (1999, p. 147) que “dirigir significa

interpretar os planos para os outros e dar instruções sobre como executá-los em direção aos

objetivos a atingir”. Nessa função o administrador orienta e explica aos colaboradores o que

foi planejado, indicando os passos necessários para trabalhar eficientemente, a fim de alcançar

os objetivos estabelecidos.

Na função de controle, também é possível evitar os erros e identificá-los a tempo de

serem modificados, fornecendo uma continuidade aos planos da empresa. Segundo

Maximiano (2000) controle é o processo de garantir a realização dos objetivos e identificar a

necessidade de alterá-las. Para Chiavenato (1993, p. 262), “a essência do controle reside na

verificação se atividade controlada está ou não alcançando os objetivos ou resultados”.

Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

23

De modo geral o administrador possui domínio de analisar erros e não permitir que

aconteçam novamente seja para o processo em andamento ou nos que deverão ser controlados

futuramente.

2.1.1 OSM: aspectos conceituais

Organização, sistemas e Métodos – OSM é uma atividade administrativa voltada

para a obtenção da melhor produtividade possível dos recursos humanos, materiais e

tecnológicos, através de técnicas científicas que envolvem os aspectos comportamentais e

instrumentais, no ambiente interno ou externo da empresa.

O estudo de Organização, Sistemas e Métodos é vasto e com diversas correntes, que

associam à Tecnologia de Informações, aos Métodos Produtivos, às Medidas de Desempenho,

ao Desenvolvimento Organizacional e à Gestão de Processos Produtivos e Empresariais.

De acordo com Cury (2005), OSM é uma das funções especializadas de

administração e uma das principais responsáveis pela modelagem da empresa, envolvendo,

primariamente, a institucionalização de uma infra-estrutura compatível com os propósitos do

empreendimento e, complementarmente, a definição e/ou redefinição dos processos e

métodos de trabalho, mecanizados ou não, indispensáveis à efetividade organizacional.

De modo geral, OSM é uma atividade voltada para obtenção da melhor

produtividade possível dos recursos humanos e recursos materiais, através de técnicas, que

envolvem os aspectos comportamentais e instrumentais, no ambiente interno e externo da

empresa.

À medida que aumenta a complexidade interna na empresa e no ambiente em que ela

atua, o processo de tomada de decisão tende a tornar-se também mais complexo. Para atender

a esta situação de maneira adequada, o executivo necessita de sistemas de informações

eficientes e eficazes, que processem o grande volume de dados gerados e produzam

informações válidas.

Segundo D’Ascenção (2001), sistema pode ser definido com um conjunto organizado

e complexo, uma reunião ou combinação de coisas ou partes, inter-relacionadas e

interdependentes, que formam uma unidade, visando à realização de um objetivo ou conjunto

de objetivos.

Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

24

Para Oliveira (1998), sistema de informação é o processo de transformação de dados

em informações. E quando este processo está voltado para a geração de informações que são

necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que esse é um sistema de

informações gerenciais.

Segundo Araújo (2001), o sistema de informação dentro de OSM, tem como objetivo

apresentar os fluxos de informação e estabelecer vinculações com o processo decisório na

organização.

As organizações são constituídas por uma complexa combinação de recursos (capital

humano, capital intelectual, instalações, equipamentos, sistemas informatizados, etc.)

interdependentes e inter-relacionados, que devem perseguir os mesmos objetivos e cujos

desempenhos podem afetar positiva ou negativamente a organização em seu conjunto. O

enfoque administrativo aplicado por uma organização, que busca a otimização e melhoria da

cadeia de seus processos, desenvolvida para atender necessidades e expectativas das partes

interessadas, assegurando o melhor desempenho possível do sistema integrado a partir da

mínima utilização de recursos e do máximo índice de acerto.

De acordo com Cruz (2000) “a excelência do desempenho e o sucesso no negócio

requerem que todas as atividades inter-relacionadas sejam compreendidas e gerenciadas

segundo uma visão de processos”. Assim, é fundamental que sejam conhecidos os clientes dos

processos, seus atributos de satisfação e o que cada atividade adiciona de valor na busca do

atendimento a estes atributos. O desenvolvimento de um sistema de gestão organizacional

voltado para o alto desempenho requer a identificação e a análise de todos os seus processos.

A análise de processos leva ao melhor entendimento do funcionamento da

organização e permite uma definição adequada de responsabilidades, a utilização eficiente dos

recursos, a prevenção e solução de problemas, a eliminação de atividades redundantes e a

identificação clara dos clientes e fornecedores. Esta abordagem possibilita à organização atuar

com eficiência nos recursos e com eficácia nos resultados, uma vez que busca atender os seus

clientes finais mediante a adição de valor nas atividades desenvolvidas.

Segundo Cury (2005), a análise administrativa é um processo de trabalho, dinâmico e

permanente, que tem como objetivo efetuar diagnósticos situacionais das causas e estudar

soluções integradas para os problemas administrativos, envolvendo, portanto, a

responsabilidade básica de planejar as mudanças, aperfeiçoando o clima e a estrutura

organizacionais, assim como os processos e métodos de trabalho.

De acordo com Cury (2005) a análise administrativa é dividida em três fases sendo a

primeira delas subdividida entre o levantamento e a crítica do levantamento. Na fase do

Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

25

levantamento busca-se identificar não só o clima e a estrutura da organização, mas

principalmente seus métodos e processos de trabalho através dos instrumentos como:

entrevista, questionário e observação pessoal, os principais objetivos da faze do levantamento

é compreender o trabalho do indivíduo, do setor ou mesmo da organização, podendo obter do

mesmo sua opinião sobre o seu trabalho e suas particularidades. A crítica do levantamento

tem como objetivo avalizar os dados coletados confrontando com o diagnóstico preliminar,

analisando a necessidade de se fazer uma revisão do levantamento. A crítica do levantamento

é uma etapa orientada no sentido de solidificar o diagnóstico dos principais problemas e

dificuldades existentes na organização, cuja característica de sistema social exige sua

manipulação como um sistema aberto. (CURY, 2005)

Ainda de acordo com Cury (2005), a segunda fase da análise administrativa que diz

respeito ao estudo da solução dos problemas, está dividida em planejamento da solução e a

critica do planejamento. O planejamento da solução é realizado com base nas melhorias que

podem ser relacionadas ao clima organizacional como, por exemplo, estrutura, métodos e

processos de trabalho ou ainda a implantação de nova técnica gerencial. Na fase do

planejamento solução poderá ocorrer em relação ao meio ambiente externo com seus cenários

políticos, econômicos e sociais, também como a força de trabalho da organização que em face

de qualquer modificação será afetada e poderão necessitar de treinamento, recrutamento e

motivação. Na crítica do planejamento tem como finalidade avaliar a solução proposta, bem

como pesquisar possíveis erros ou distorções na programação realizada.

A terceira fase segundo Cury (2005), diz respeito à implementação das mudanças

que esta dividida em implantação e controle de resultados. A implantação compreende a

implantação do plano traçado, sendo de grande importância para o sucesso final do projeto,

por se caracterizar com uma fase intermediária entre a sistemática vigente e a nova, quando

será efetuada uma substituição progressiva dos antigos processos pelos novos métodos de

trabalho. Na fase da implantação acarretará aumento da carga de trabalho pela convivência de

práticas antigas e novas, também ocorrerá superposição de sistemas e também é muito comum

nesta fase haver tensão pelo novo e conseqüente risco de conflitos. A última fase do processo

de análise administrativa tem como objetivo, verificar se o plano adotado é realmente o

melhor. A prática normalmente indica as vantagens e as desvantagens do novo sistema,

permitindo assim possíveis correções finais.

O programa de controle de resultados é elaborado em função da implantação,

devendo ter seu início quando a implantação estiver em fase intermediária. O prazo dessa

etapa não dever ser longo, embora deva ser consensado com os gerentes responsáveis.

Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

26

Segundo Cury (2005), podem ser considerados, no controle de resultados, como

válidos, os seguintes indicadores:

Quantitativo: o controle pode ser encerrado quando 50%, por exemplo, da nova organização tiver sido implantada e, concorrentemente. Qualitativo: quando uma amostra significativa, em torno, por exemplo, de 60% da força de trabalho, estiver desenvolvendo normalmente seus novos encargos. (CURY, 2005, p. 310)

Concluí-se o projeto de análise administrativa com o relatório geral, consolidando os

parciais, devendo ser estabelecido um prazo para avaliação periódica do sistema, em torno de

um ano após sua implantação, dando assim início a um novo ciclo.

2.2 Processos

Segundo Cruz (1997), processo é a forma pela qual um conjunto de atividades cria,

trabalha e transforma insumos com a finalidade de produzir bens ou serviços, que tenham

qualidade assegurada, para serem adquiridos pelos clientes.

Os processos de modo geral dizem respeito aos resultados, não ao que é necessário

para produzi-los. A essência de um processo são os seus inputs e outputs, ou seja, as suas

entradas e saídas.

De acordo com Manganelli (1995), um processo é uma série inter-relacionada de

atividades que transformam entradas em resultados. Os processos são compostos por três tipos

principais de atividades: atividades que agregam valor (atividade importante para o cliente);

atividades de transferência (atividades que fazem o fluxo de trabalho atravessar as fronteiras,

principalmente funcionais, departamentais ou organizacionais) e atividades de controle

(atividades que, em grande parte, são criadas para controlar as atividades de transferência que

atravessam as fronteiras previamente estabelecidas.

Na opinião de Davenport (1994), processo é um conjunto de atividades estruturadas e

medidas destinadas a resultar num produto específico para um determinado cliente ou

mercado.

Para Hammer (1997) processo é aquilo que cria os resultados que a empresa fornece

aos clientes. Diz ainda que, processo é um termo técnico, com uma definição exata: grupo

organizado de atividades correlatas que, em conjunto, cria um resultado de valor para os

clientes. Da mesma forma, processo pode ser o conjunto de recursos e atividades destinados a

Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

27

produzir produtos ou serviços desejados pelos clientes, numa lógica predefinida e com a

incorporação de valor (ALMEIDA, 2002; GALVÃO, MENDONÇA, 1996).

Percebe-se um consenso dos autores em torno do conceito de processo. Nesse texto,

adota-se processo como um conjunto de atividades que possuem um objetivo específico,

fornecendo um critério de valor para os clientes. Nesse sentido, cada empresa precisa adaptar-

se aos processos dentro da sua realidade, da sua cultura, dos seus valores, para alcançar os

objetivos estabelecidos.

Hammer (1997) afirma que, nos ambientes em que os funcionários desconhecem os

processos de trabalho, a probabilidade de ocorrem erros comuns, atrasos na entrega, equívoco

de informações, resultando na insatisfação do cliente, é bem maior. O autor afirma também

que isso ocorre porque os colaboradores conhecem somente a sua função, como dizem “fazem

a sua parte”, desconhecendo as outras fases, pelas quais um produto ou serviço passa até

chegar ao seu destino final: o consumidor.

Todo processo, atividade, tarefa ou instrução, segundo Cruz (1997), possui ainda um

tempo de ciclo, que é o tempo necessário para a sua execução, sendo composto por tempos de

início, meio e fim de uma parte executável. Esse tempo pode variar em função de uma série

de fatores e comprometer a eficiência do processo, além da produtividade e da lucratividade

da organização.

As entradas e saídas de um processo podem ser tangíveis ou intangíveis. Exemplo de

entradas e saídas podem incluir equipamentos, materiais, componentes, energia, informação,

entre outros. Para desempenhar as atividades de um processo devem ser alocados os recursos

apropriados. Um sistema de medição pode ser usado para coletar informações e dados a fim

de analisar desempenho do processo, bem como as características das entradas e saída, como

ilustra a figura 2.

Figura 2. Representação esquemática de um processo Fonte: ISO (2001)

Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

28

2.3 Mudança Organizacional

No decorrer do último século, as mudanças no trabalho e na estrutura organizacional

foram vertiginosas; a estrutura rígida e hierarquizada foi substituída pelo trabalho em equipe;

os processos organizacionais tornaram-se mais dependentes da tecnologia, que por sua vez

está evoluindo em alta velocidade.

Esta transformação vertiginosa que está chegando às organizações do fim do milênio

exige dessas mais que capacidade organizacional para se adaptar às novas estruturas, "é

preciso desenvolver uma capacidade contínua de adaptação e mudança" (Robbins, 1999,

p.407), ou seja, as mudanças do ambiente externo exigem da organização a capacidade

contínua de resposta rápida e eficaz a estas transformações.

Wood (2000) define mudança organizacional como qualquer transformação de

natureza estrutural, estratégica, cultural, tecnológica, humana ou de outro componente, capaz

de gerar impacto em partes ou no conjunto da organização.

Apesar da mudança organizacional ser muito importante para a sobrevivência das

organizações, muitas vezes estas mudanças causam os mais diferentes tipos de reação. Essas

reações variam de adesão imediata à proposta de mudança, à resistência completa a qualquer

tipo de mudança. Os determinantes dessas diferentes reações são vários, desde o fato de a

mudança alterar o poder e a hierarquia organizacional, a questões relacionadas ao indivíduo,

como o requerimento de novas competências para o trabalho e, até mesmo, a alteração na

própria forma de encarar o seu trabalho.

A resistência à mudança, para Robbins (1999), pode se dar nos âmbitos: individual e

organizacional. As fontes de resistência individual relacionam-se às características subjetivas

e pessoais dos indivíduos e envolvem aspectos como: hábitos, necessidades, características de

personalidade, inseguranças, grau de conhecimento e questões econômicas. As fontes de

resistência organizacional encontram-se direcionadas aos aspectos globais, envolvendo a

organização como um todo, e relacionam-se à inércia estrutural e do grupo, ao foco restrito da

mudança (ex: mudanças apenas em um setor) e às percepções de ameaça advindas da

mudança.

Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

29

2.4 Sistema de Informação

Ao se definir Sistema de Informação, duas diferentes abordagens são apresentadas. A

primeira consiste na abordagem sistêmica e gerencial da informação, cujo objetivo do sistema

de informação é integrar os diferentes setores da organização, permitindo satisfazer tanto

necessidades globais, quanto específicas da mesma (CRUZ, 2000). A segunda abordagem

relaciona sistemas de informação apenas ao uso da informática, em que Ribeiro et al. (2001)

definem sistema de informação como uma rede baseada em computador, contendo sistemas

operacionais que fornecem à administração dados relevantes para fins de tomada de decisões.

Neste trabalho utilizamos a segunda abordagem, onde existe sistemas operacionais que geram

toda informação necessária para a organização.

O sistema de informação tem uma linha evolutiva particular, tendo como uma de suas

principais metas, possibilitar que a informação tenha um conjunto de características, criando

novos e melhores instrumentos de apoio à tomada de decisão. Uma prova disso é a tecnologia

ERP (Enterprise Resource Planning), que otimiza o tráfego de dados dentro da corporação,

minimizando a manipulação de dados e como conseqüência, assegurando uma maior

confiabilidade para as informações. Apesar de sua recente popularização, o conceito dos

sistemas integrados não é novidade, ele sempre existiu, mesmo quando a informatização era

um sonho distante, afinal, os sistemas de informação não dependem de informática ou

tecnologia para serem elaborados; eles dependem de conhecimentos administrativos e

operacionais.

Um dos grandes desafios dos sistemas de informação é assegurar a qualidade e

agilidade da informação, imprescindível para as corporações e seus gestores. Os sistemas de

informação é uma peça fundamental para as empresas, não apenas na elaboração de relatórios,

mas também por fazerem parte de todos os departamentos e atividades da companhia, desde o

simples controle até a confecção de planos estratégicos de negócio.

Os sistemas de informação têm papel fundamental nas organizações, é através deles

que um administrador consegue ter um acesso com facilidade as informações de todos os

aspectos de sua organização. A correta administração dessas informações é fundamental para

seu sucesso, pois, com base nelas os executivos podem decidir o rumo da empresa.

Segundo O’Brien (2003) sistema de informação é um conjunto organizado de pessoas,

hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e

dissemina informações em uma organização. Complementa Laudon e Laudon (2004) que

Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

30

sistema de informação é tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados

que coleta, processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de

decisões, a coordenação e o controle de uma organização.

O sistema de informação deve apoiar as estratégias, os processos, as estruturas e a

cultura organizacional de uma empresa para aumentar o valor dos negócios em um ambiente

dinâmico. Os sistemas de informações computadorizados não dependem somente de

tecnologias, mas também de pessoas, pois são projetados, operados e mantidos por elas. Dessa

forma, considerando a multiplicidade de contexto organizacional e de ambientes de negócios,

o sucesso não deve ser medido somente por sua eficiência em termos de minimização de

custos, tempo e uso de recursos de informação, mas também pela eficácia da tecnologia da

informação no apoio às estratégias de uma organização, na capacitação de seus processos

empresariais, no reforço de suas estruturas e culturas organizacionais e no aumento do valor

comercial do empreendimento.

As características dos sistemas de informação já denotam sua principal vocação que é

a de fornecer informações para o controle e para agilidade na tomada de decisão.

De acordo com O’Brien (2003) três atividades, entrada, processamento e saída em

um sistema de informação produzem as informações de que as organizações necessitam para

tomar decisões, controlar operações, analisar problemas e criar novos produtos ou serviços. A

palavra de origem inglesa “feedback” é a saída que retorna a determinadas pessoas e

atividades da organização para análise e refino da entrada. A entrada são todos os tipos de

informação, energia ou matéria que será processada. O processamento são todas as atividades

ou operações necessárias para gerar o resultado que se espera. A saída é o resultado obtido do

processamento da informação e por último o feedback que tem como objetivo comparar o

resultado obtido com o resultado esperado, gerando uma nova entrada buscando se aproximar

do padrão esperado.

Fatores ambientais como clientes, fornecedores, concorrentes, acionistas e agências

regulamentadoras, interagem com a organização e seus sistemas conforme demonstrado na

Figura 3.

Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

31

Figura 3 Relacionamentos entre as organizações e as funções de um sistema de informação. Fonte: Petrônio (2000)

Da perspectiva da empresa, o sistema de informação é uma solução organizacional e

administrativa, baseada na tecnologia de informação para enfrentar um desafio proposto pelo

ambiente.

Segundo Tavares (2000), os sistemas de informações devem ser desenvolvidos para

apoiar o processo decisório. Devem proporcionar informações que permitam à administração

avaliar sua própria contribuição e seu grau de acerto no desenvolvimento e implementação

das ações estratégicas. O autor ressalta que quando houver mudança na direção estratégica,

essa deverá apoiar-se em um conjunto de informações passíveis de mensuração e de

inferências.

Ainda segundo Tavares (2000), outra abordagem para definir sistemas de

informação, leva em conta as pessoas, as organizações e a tecnologia. Um sistema de

informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-

relacionados que coleta, processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a

tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar suporte à

tomada de decisões, à coordenação e ao controle, estes sistemas também auxiliam os gerentes

e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos.

Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

32

2.5 Informação

A necessidade de obter informações faz com que as organizações preocupem-se em

absorver dados das mais diversas maneiras e fontes. O grande problema é que, muitas vezes,

isto acontece sem a preocupação com a coerência dos dados, o que pode ocasionar

significativos problemas para as futuras análises. Afinal, a qualidade da decisão depende das

informações que estão disponíveis no momento em que ela é tomada. A informação como um

todo é um recurso vital da empresa e integra, quando devidamente estruturada, os diversos

subsistemas e, portanto, as funções das varias unidades organizacionais da empresa.

Oliveira (2005) define informação como, resultado da análise dos dados existentes na

empresa, devidamente registrado, classificados, organizados, relacionados e interpretados em

um determinado contexto, para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de

forma otimizada. A informação representa a consolidação de poder na empresa, desde o

momento de posse de dados básicos que são transformados em informações, até a

possibilidade de otimizar conhecimentos técnicos.

A informação de modo geral facilita o desempenho das funções e cabem ao

administrador planejar, organizar, dirigir e controlar, correspondendo a matéria prima para o

processo de tomada de decisão. Para Oliveira (2005) a tomada de decisão refere-se a

conversão das informações em ação, portanto a decisão é uma ação tomada com base na

análise de informações. De modo geral a informação é um recurso vital da empresa que

integra diversos subsistemas e as funções dos diversos processos da empresa.

Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de

tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do

sistema que irá receber a informação.

De acordo com Roseit (2008), informação enquanto conceito carrega uma

diversidade de significados, do uso cotidiano ao técnico. Genericamente, o conceito de

informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, controle, dados,

forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, percepção e representação de

conhecimento.

É comum nos dias de hoje ouvir-se falar sobre a Era da Informação, o advento da

"Era do Conhecimento" ou sociedade do conhecimento. Como a sociedade da informação, a

tecnologia da informação, a ciência da informação e a ciência da computação em informática

Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

33

são assuntos e ciências recorrentes na atualidade, a palavra "informação" é freqüentemente

utilizada sem muita consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo.

2.6 Tecnologia da informação

A tecnologia da informação é um componente do Sistema de Informação como

informação, ferramentas, políticas de trabalho e recursos humanos. Segundo Cruz (2000), a

Tecnologia da Informação não era assim denominada no início de sua utilização nas

organizações. Quando esta tecnologia começou a ser utilizada nas empresas tinha nomes

como computador, sistemas de tratamento de informação, máquinas de processamento de

dados e até mesmo cérebro eletrônico.

No decorrer dos tempos, verificou-se uma evolução de tais sistemas que passaram a

agregar várias especialidades no uso do computador. Assim, esta tecnologia que já foi

chamada de telemática, informática, entre outras designações, é hoje conhecida como

tecnologia da informação. Segundo Ribeiro e Vieira (2001) existem também duas abordagens

no estudo da tecnologia da informação. A primeira que considera as TI como um

processamento de informações, onde pode-se citar as definições de Rezende, Abreu e Cruz, a

segunda que relaciona a TI com a competitividade, integrando-as e permitindo inter-relações

das mesmas.

Em relação à primeira abordagem, Rezende e Abreu (2003) conceituam tecnologia

da informação “como recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da

informação. Com uma visão bastante similar, Cruz (2000) entende que tecnologia da

informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e/ou

informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer

esteja aplicada no processo.

Já na segunda abordagem, Spinola e Pessôa (1998), afirmam que a tecnologia da

informação reúne as contribuições da tecnologia e da administração, estabelecendo, assim,

uma estratégia integrada, permitindo projetar e instalar sistemas de informação e as coerentes

mudanças organizacionais, ou ainda, pode ser definida como a adequada utilização de

ferramentas de informática, comunicação e automação, juntamente com as técnicas de

organização e gestão, alinhadas com a estratégia de negócios, com o objetivo de aumentar a

competitividade da empresa.

Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

34

Além das abordagens citadas, Cruz (2000) acrescenta que a tecnologia usada no

processo produtivo é diferenciada por alguns especialistas, principalmente da área de

produção, da usada no bem ou serviço resultante do processo. Assim, a tecnologia utilizada na

produção para transformar os insumos em produtos seria chamada tecnologia de processo. Já,

por exemplo, a tecnologia que faz um forno de microondas saber à hora certa de parar de

dourar um prato seria a tecnologia do processo. O autor discorda desta separação, preferindo a

corrente que diferencia a tecnologia apenas pelo uso que a ela se dá no processo e no produto,

sendo em ambas a mesma tecnologia da informação.

De acordo com Meirelles (1994), a tecnologia da informação passou a assumir um

papel vital para as organizações, possibilitando novas formas de aprendizado e

desenvolvimento de tarefas na nova ordem da competição globalizada. Inicialmente aplicada

aos meios acadêmicos, hoje é potencialmente aplicada em todo o ambiente organizacional. A

tecnologia da informação seria o conjunto de recursos computacionais dedicados ao

armazenamento, processamento e comunicação de informação e a maneira pela qual esses

recursos são organizados em um sistema capaz de desempenhar um conjunto de tarefas. Essa

definição trata de informação como outro recurso produtivo e tecnologia de informação como

outra forma de investimento de capital, não fazendo distinção entre modelos e dados, nem

diferencia TI de outras tecnologias de processo, exceto pelo fato de que a mesma manipula

um recurso diferente que é a informação.

Atualmente a tecnologia de informação se tornou essencial para as empresas, a

necessidade de obter informações com agilidade faz com que as organizações preocupem-se

em absorver dados das mais diversas maneiras e fontes. O uso de ferramentas computacionais

e métodos para gerenciar informações são de extrema importância, a integração entre os

sistemas faz com que numa mesma tela ou relatório possa se obter o conhecimento de todas as

áreas da empresa, da agilidade no processo e mais confiabilidade das informações que irão

auxiliar na tomada decisão.

Segundo Chiavenato (1999) a tecnologia da informação, trouxe grandes mudanças às

maneiras como as organizações conduzem seus negócios. Com o uso de sistemas de

informação, a tomada de decisão dentro das empresas passou a ser cada vez mais facilitada.

Tais sistemas são ferramentas que devem ser utilizadas de maneira estratégica dentro das

organizações.

A tecnologia e o sistema de informação atuam como elos que ligam as atividades e

permitem junto a técnicas gerenciais uma integração entre os processos. Além da integração

de dados, Ballou (2001) acrescenta que o sistema de informação é responsável pelo suporte

Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

35

aos funcionários e aos métodos de solução de problemas usados para auxiliar os profissionais.

Atualmente, a utilização de modernos sistemas de informações torna-se essencial para a

empresa que pretende manter-se competitiva. A crescente complexidade dos sistemas de

gestão e o grande aumento do fluxo de informações exigem pesadas demandas por sistemas

de informação, sendo estes indispensáveis para os profissionais que desejam estar atualizados

para competir no mercado globalizado.

2.7 Diagnóstico de sistema de informação

A avaliação de sistemas é normalmente a primeira etapa do desenvolvimento de um

sistema de informação. Segundo Stair (1998) o propósito geral da avaliação de sistemas é

determinar se os objetivos alcançados pelo sistema atual estão satisfazendo ou não às metas

da organização. É nessa etapa que são identificados, os potenciais problemas ou

oportunidades.

Depois que o projeto estiver aprovado para os novos estudos a próxima etapa é

realizar uma análise minuciosa do sistema de informação atual. A análise de sistemas procura

compreender como o sistema atual ajuda a resolver o problema identificado na etapa de

avaliação e tenta responder a pergunta: “O que o sistema de informação deve fazer para

resolver o problema?” De acordo com Stair (1998) o processo envolve o conhecimento dos

aspectos mais amplos do sistema que podem ser necessários para resolver o problema e as

limitações do sistema atual e os requisitos do novo sistema, considerando as soluções

alternativas para o problema dentro desses limites e a viabilidade das soluções. O produto

principal da análise de sistemas é uma lista dos requisitos e propriedades do sistema.

A análise de sistemas começa pela definição das metas globais da organização e da

verificação de como o sistema de informação atual ou proposto, ajuda atingir as metas ou

objetivos estipulados.

Quando avalia-se um sistema de informação pode-se utilizar diversos modelos para

atingir as metas e objetivos. Uma das maneiras de realizar essa avaliação, é levando em

consideração a qualidade das informações geradas pelo sistema de informação. De acordo

com Zwass (1992), é fundamental determinar qual informação é necessária e a qualidade

dessa informação quando o SI está sendo avaliado, pois quando se implementa um SI espera-

se que este forneça informações com a qualidade esperada.

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

36

Diversos são os métodos para avaliar os sistemas de informação. É importante que a

escolha do método seja baseada em que se pretende avaliar e que a avaliação não esteja

centrada apenas no retorno financeiro do investimento em sistema de informação, mas

também, nos benefícios intangíveis que o sistema de informação pode proporcionar e nas

informações que ele pode disponibilizar.

Independente do modelo a ser utilizado para avaliar o sistema de informação, é

fundamental que o sistema seja avaliado, para que a empresa possa saber se o mesmo está ou

não atingido os objetivos previamente estabelecidos.

A análise de sistema de informação de uma organização segue um procedimento

formal conforme demonstrado na figura 4.

Figura 4. Seqüência das atividades da análise de sistemas. Fonte: Stair (1998)

De acordo com Stair (1998) a primeira etapa da análise de sistemas é formar a equipe

para estudar o sistema atual. Esse grupo incluirá membros da equipe original de

desenvolvimento, de usuários e beneficiários, a funcionários e gerentes de sistema de

informação. A maioria das organizações normalmente permite que os principais elementos da

equipe de desenvolvimento, não só analisem as condições do sistema atual, mas também

executem outras fases do desenvolvimento de sistemas, como por exemplo, as de projeto de

implementação.

Montar a equipe de análise

Coletar dados apropriados

Analisar dados e requisitos

Relatório de analise de sistemas

Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

37

Depois que os participantes da análise de sistemas estiverem reunidos, a equipe

desenvolve uma lista de objetivos e atividades específicas. Normalmente são estabelecidos

marcos significativos para ajudar a equipe a monitorar o progresso e determinar a ocorrência

de qualquer problema ou atraso na execução da análise de sistemas.

A de acordo com Stair (1998), a segunda etapa é a coleta de dados e tem como

objetivo coletar informações sobre os problemas ou necessidades identificados no relatório de

avaliação de sistemas. Durante este processo são levantados os pontos fortes e fracos do

sistema atual.

A coleta de dados inicia-se pela identificação e localização das diversas fontes de

dados que podem ser de fontes internas e externas, como por exemplo: usuários, manuais de

procedimento, manuais de documentação e sistemas de informação, clientes, fornecedores,

concorrentes, etc. Uma vez identificadas às fontes, começa a coleta de dados que podem

exigir algumas ferramentas e técnicas, como entrevistas, observação direta e questionários.

Segundo Stair (1998) a terceira etapa é análise de dados, onde após os dados

coletados na sua forma bruta, geralmente não são adequados para determinar a eficiência e a

eficácia do sistema atual nem os requisitos do novo sistema. Com isso é necessário tratar os

dados coletados de maneira que os mesmos possam ser utilizados pela equipe de

desenvolvimento que esta participando da análise de sistemas.

Ainda na terceira etapa reforça Stair (1998) temos a análise de requisitos que tem

como objetivo identificar as necessidades dos usuários, dos beneficiários e da organização.

Um dos procedimentos mais difíceis da análise de sistemas é definir os requisitos do usuário

ou do sistema. Em alguns casos os problemas de comunicação podem interferir com a

determinação desses requisitos. O propósito da análise de requisitos é identificar

detalhadamente esses requisitos, para isso existem numerosas ferramentas e técnicas que

podem ser empregadas, para identificar os requisitos de sistemas como, por exemplo:

perguntar diretamente, fatores críticos de sucesso, entre outros.

A última etapa da análise de sistema é o relatório que é o principal produto da análise

de sistemas. Segundo Stair (1998) o relatório da análise de sistemas deve conter:

− Os pontos fortes e os pontos fracos do sistema atual sob a perspectiva

de um beneficiário;

− Os requisitos do usuário ou beneficiário de novo sistema (também

chamados de requisitos funcionais);

− Os requisitos organizacionais do novo sistema;

Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

38

− Uma descrição do que o novo sistema de informação deve fazer para

resolver o problema.

De acordo com Stair (1998) o relatório da análise de sistemas dá aos gerentes um

bom conhecimento dos problemas e dos pontos fortes do sistema atual. Se este sistema estiver

funcionando melhor do que o esperado ou se as mudanças necessárias forem de custo muito

elevado, em relação aos benefícios de um sistema novo ou modificado, o processo de

desenvolvimento de sistemas pode ser suspenso nessa etapa. Se o relatório mostrar que

modificações em outra parte do sistema será a melhor solução do problema, o processo de

desenvolvimento pode recomeçar partindo novamente da avaliação de sistemas, ou, se o

relatório da análise de sistemas mostrar que seria melhor desenvolver um ou mais sistemas

novos ou fazer modificações nos já existentes, o projeto de sistemas será iniciado.

2.8 Sistema de EDI

Segundo Novaes (2001) o EDI é a transferência eletrônica de dados entre empresas,

de computador para computador, em formatos padrão.

Todos os dias, as empresas geram e processam um enorme volume de documentos

em papel. Os documentos como pedidos de compras, notas fiscais, faturas, catálogos de

produtos, relatórios de vendas, etc, fornecem o fluxo de informação essencial que deve

anteceder e acompanhar as transações comerciais. Tradicionalmente, esses processos nas

empresas se faziam através de um processo manual, intensivo de mão-de-obra e demorado.

Segundo Associação Brasileira de Automação (2005), EDI é o movimento eletrônico

de documentos de negócios entre, ou dentro, de empresas, utilizando um formato de dados

estruturado de recolha automática que permite que os dados sejam transportados sem serem

re-introduzidos no sistema, e tem como objetivo transferir transações que são inseridas

manualmente em sistemas, tais como: pedidos, faturas, cobranças e notificações de envio

atendendo as necessidades dos parceiros. Isto significa que o EDI hoje, contrariamente ao que

muitos acreditam, não significa comunicação em tempo real.

Seguindo o pensamento utilizado por Lunelli (2005) pode-se afirmar que o EDI é um

processo de comunicação padronizado entre empresas e que deve ter o mínimo de interação

manual possível, já que a padronização no formato de dados deve permitir que os sistemas se

conversem perfeitamente por meio de mensagens.

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

39

Quando se desconhece o verdadeiro conceito de troca eletrônica de dados, entende-se

que o envio e recebimento de um simples e-mail pode se caracterizar por um EDI. Realmente,

muitas empresas utilizam o e-mail para comunicarem-se estruturadamente, o que inclusive é a

forma de comunicação do aplicativo EDI Integrate.

A diferença entre EDI e um e-mail comum é assim definida:

[...] o EDI trata de transferência de “dados estruturados” que podem ser processados de forma eficaz e não ambígua por aplicações informáticas, enquanto uma mensagem comum de Correio Eletrônico se relaciona com a transferência de “dados não estruturados”. Pode-se dizer ainda que o EDI é a transferência de informação “de aplicação para aplicação” e o Correio Eletrônico é a transferência de informação “de pessoa para pessoa”. (FERREIRA, 2003, p.70)

Para viabilizar o intercâmbio de dados com segurança, existem dois padrões de troca

de dados definidos pela Associação Brasileira de Automação (EAN Brasil), sendo assim o

método adotado para grandes empresas interage com as value added networks (VANs) ou

redes de valor agregado.

A VAN é uma entidade que, utilizando o padrão mundial de troca de dados EDIFACT,

interliga os sistemas dos parceiros comerciais que desejam se comunicar. O método utilizado

por empresas de menor porte é o envio de arquivos em formato XML que é um formato

aperfeiçoado do HTML, eliminando assim, a obrigatoriedade da VAN.

Pelo menos um desses métodos deve obrigatoriamente ser seguido, pois tornam a

comunicação mais segura e organizada (INTERCHANGE, 2004), caracterizando-se

efetivamente como EDI.

Inúmeros são os benefícios descritos pela Associação Brasileira de Automação (2005)

com a utilização do EDI para troca de informações entre parceiros: redução de custos

administrativos e operacionais, valorização dos profissionais de compras e vendas, quando os

mesmos assumem a função de estrategistas de negócios, ao invés de apenas enviar pedidos,

agilidade no processo e aumento da produtividade, eliminação de erros, redução de estoque,

aumento de vendas.

Conforme referenciou-se anteriormente, somente com o conceito de EDI, é possível

dar vazão as novas plataformas de tecnologias que estão surgindo mundialmente,

acompanhando o advento da integração de redes de dados e informações organizacionais.

Novos procedimentos tecnológicos como Radio Frequency Identification (RFID), VMI, just-

in-time, comércio eletrônico, entre outros, surgem como alavancadores da tecnologia EDI que

nasceu na década de 80 e no início do século XXI desponta como modelo integrante do

fornecedor-cliente, participador no momento atual do planejamento estratégico das empresas

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

40

de grande porte e definitivamente não visto mais como apenas um diferencial, mas como uma

necessidade que se não suprida, acarretará em déficit provavelmente permanente para a

companhia.

O mercado eletrônico não é teoria e irreal, ele é de fato inevitável. Sua contínua proliferação e evolução irão alterar toda a nossa economia. Ele irá afetar negativamente todos os negócios que decidirem não participar dele. Certamente, os executivos têm que analisar sua tendência, porque ele está cheio de ameaças para os que não estão preparados e cheios de oportunidades para os preparados. (MALONE; IATES e BENJAMIN, apud BARCELOS JR., 2002., p 51)

Segundo a EAN Brasil (2002), atualmente o EDI divide-se em duas categorias: o

EDI puro ou tradicional, que compõe as mensagens padronizadas e utiliza os serviços da

VAN (Value Added Network) ou Rede de Valor Agregado, que provêm o meio para o

transporte. É um cenário em que há vários tipos de mensagens sendo trocados pelas partes

(parceiros comerciais). A segunda categoria é a Web EDI, que integra as empresas menores

ao sistema de EDI, em que o formulário com os dados da mensagem é acessível através da

Internet.

A idéia por trás do EDI é relativamente simples. Muitas empresas utilizam

computadores para organizar os processos comerciais e administrativos ou ainda para editar

textos e documentos. A maioria das informações é inserida no computador manualmente, por

digitação. Assim, quando as empresas se comunicam, por exemplo, para encomendar

mercadorias ou para cobrar seus clientes, por que, em vez de datilografar um formulário em

papel ou imprimir um documento e enviá-lo pelo correio ou fax, ela não transfere

eletronicamente essas informações diretamente dos seus computadores para os computadores

de seus parceiros comerciais.

De acordo com Mendes et al. (1997) o EDI é o intercâmbio de informação entre

parceiros autônomos que se associam, computador a computador, de todo o tipo de

documentos comerciais formatados, segundo padrões ou normas. Este processo é ao mesmo

tempo técnico e organizacional, uma vez que consiste na transformação de dados estruturados

entre empresas através de meios eletrônicos e protocolos que obedecem mensagens

normalizadas e estabelecidas por organismos internacionais.

Existem várias maneiras pelas quais as organizações podem trocar informações

eletrônicas. Um método é gravar as informações em um arquivo eletrônico, que será entregue

ao parceiro comercial. As informações podem, então, ser recuperadas e carregadas no sistema

de computadores.

O sistema de EDI foi desenvolvido visando contribuir com mais eficiência no

processo de comunicação entre as empresas que comercializam produtos ou serviços.

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

41

Segundo Erdei (1994) o EDI é um sistema que tem como base o uso de informações

eletrônicas, permitindo que os dados comerciais a especificações, pedidos e informação a

respeito das transações presentes e futuras sejam acompanhadas durante todo o processo que

envolve cada operação de compra ou venda.

Para somar com o EDI, em fevereiro de 2005 iniciou-se um projeto liderado pela

Secretaria da Fazenda para implantação na NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), onde algumas

empresas de diversos ramos de atividade foram convidadas a participar do piloto. Com a

implantação da NF-e, as empresas poderão preparar os seus sistemas para fazer a importação

do arquivo eletrônico da NF-e, para os seus sistemas corporativos, eliminando a digitação

manual de documentos fiscais.

2.9 Nota Fiscal eletrônica

Nota Fiscal Eletrônica é um documento de existência apenas digital, emitido e

armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de

circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua

validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente e pela recepção, pelo Fisco,

do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador. (PORTAL NACIONAL DA

NOTA FISCAL ELETRÔNICA, 2008)

O Projeto NF-e tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de

documento fiscal eletrônico, que venha substituir a sistemática atual de emissão do

documento fiscal em papel, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do

remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes e permitindo, ao mesmo

tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco. A

implantação da NF-e constitui grande avanço, facilitando a vida do contribuinte e as

atividades de fiscalização sobre operações e prestações tributadas pelo Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI). (PORTAL NACIONAL DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA, 2008).

De maneira simplificada, a empresa emissora de NF-e gerará um arquivo eletrônico

contendo as informações fiscais da operação comercial, o qual deverá ser assinado

digitalmente, de maneira a garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este

arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será então transmitido

pela Internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte, que fará uma pré-

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

42

validação do arquivo e devolverá um protocolo de recebimento com a autorização de uso ou a

denegação do documento, sem o qual não poderá haver o trânsito da mercadoria, conforme

demonstrado no fluxo da figura 5.

Figura 5. Fluxo para emissão da NFe Fonte: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/

Segundo o portal nacional da NF-e (2008), a NF-e também será transmitida para a

Receita Federal, que será repositório nacional de todas as NF-e emitidas (Ambiente Nacional)

e, no caso de operação interestadual, para a Secretaria de Fazenda de destino da operação e

Suframa, no caso de mercadorias destinadas às áreas incentivadas.

A consulta da NF-e poderá ser efetuada pelo destinatário através da Internet, desde

que detenham a chave de acesso do documento eletrônico. Para acompanhar o trânsito da

mercadoria, será impressa uma representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica,

intitulado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) conforme figura 6, que

poderá ser impresso em papel comum, em única via, que conterá impressa, em destaque, a

chave de acesso para consulta da NF-e na Internet e um código de barras bi-dimensional que

facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelas unidades fiscais.

Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

43

Figura 6. Modelo de DANFE. Fonte: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal

O DANFE não é uma Nota Fiscal, nem substitui uma Nota Fiscal, servindo apenas

como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso da NF-e, que

permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência da NF-e através do

Ambiente Nacional da Receita Federal ou site da SEFAZ na Internet.

De acordo com o Portal nacional da NF-e (2008), a implantação do NF-e trará alguns

benefícios para o emissor com a redução de custos de impressão; redução de custos de

LOGO MARCA DA EMPRESA

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

44

aquisição de papel; redução de custos de envio do documento fiscal; redução de custos de

armazenagem de documentos fiscais; simplificação de obrigações acessórias, redução de

tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira e incentivo a uso de

relacionamentos eletrônicos com clientes. Para o receptor os benefícios com a implantação

será a eliminação de digitação de Notas Fiscais na recepção de mercadorias; planejamento de

logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NF-e; redução de erros de

escrituração devido a erros de digitação de Notas Fiscais e incentivos ao uso de

relacionamentos eletrônicos com fornecedores.

Conforme o portal nacional da NF-e (2008), para as administrações tributárias com o

aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; melhoria no processo de controle fiscal,

possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;

redução de custos no processo de controle das Notas Fiscais capturadas pela fiscalização de

mercadorias em trânsito; diminuição da sonegação e aumento da arrecadação; suporte aos

projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal. Para a sociedade na redução do consumo

de papel com impacto positivo no meio ambiente; incentivo ao comércio eletrônico e ao uso

de novas tecnologias; padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas,

surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados à Nota

Fiscal Eletrônica.

Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

45

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo apresenta as características da empresa e área do estágio, onde descreve-

se os resultados apurados na pesquisa de aplicação referente ao sistema de EDI. As

informações que seguem foram obtidas em arquivos, tais como: internet, artigos periódicos,

entre outros.

3.1 Caracterização da empresa1

A Cargill iniciou suas atividades com um único armazém para grãos e um jovem

empresário ambicioso, na qual iniciou sua saga em 1865, numa cidade em expansão chamada

Conover, Iowa. William Wallace Cargill ou W.W. Cargill, como era conhecido, comprava

trigo dos fazendeiros, acertava a venda para os grandes mercados urbanos, colocava trigo nos

trens e ganhava uma comissão pelo seu trabalho. Hoje, tornou-se a maior empresa de capital

fechado do mundo do segmento agroindustrial.

Atualmente é líder no setor agribusiness, suas atividades englobam compra,

processamento, armazenagem, transporte e comercialização de produtos de origem agrícola e

outras "commodites". Comercializa cereais, sementes oleaginosas, açúcar, malte, melaço etc.

Produz e vende rações, sementes híbridas, fertilizantes e vários produtos derivados da

industrialização do milho, soja, cevada, trigo, cacau, laranja e vegetais. Atua, também, na área

de carnes através de seus frigoríficos de bovinos, suínos e aves.

Além de sua forte atuação na área agrícola, ela também trabalha no setor financeiro

e outras “commodites’’ tais como petróleo, resinas e alumínio”. Sediada em Minneapolis

(Minnesota - EUA), atualmente opera em 66 países, com um total de 158 mil colaboradores

espalhados por todo o mundo. Em função da complexidade e diversidade de seus negócios,

está estruturada através de Plataformas e Unidades de Negócios. Cada uma de suas empresas

distribuídas pelo mundo é uma unidade de negócio (Exemplo: Cargill Meats Brazil). Estas

unidades de negócios são agrupadas formando plataformas de acordo com a similaridade de

seus negócios. Ao todo são 79 Unidades de Negócios e sete Plataformas.

1 Fonte: Manual de integração Seara Alimentos S.A.

Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

46

A Cargill Meats Brazil (Seara), pertence à plataforma Cargill Animal Protein

(Proteína Animal), onde os líderes são: Lee Skold – Líder da Plataforma e Robert Zee –

Presidente da Unidade de Negócios.

A Seara Alimentos chegou aos 50 anos em 2006, destacando-se como a marca líder

de exportação de carne de frango para a Europa e o Japão. Atualmente seus produtos são

exportados para mais de 70 países. A partir de março de 2008, a então unidade de negócio

Seara, passou a ser chamada Cargill Meats Brazil.

A Cargill Meats Brazil (Seara) é uma multinacional de grande porte na qual conta

com aproximadamente 18.000 colaboradores, está entre as dez maiores exportadoras do

Brasil, tendo um grande foco em exportação.

No Brasil é uma das maiores empresas de carnes e destaca-se na exportação de

cortes de frango e suínos. No mercado interno concentra seu potencial em carnes processadas

através das linhas de presuntos, lingüiças, salsichas e mortadelas. Em 1956, na cidade de

Seara, oeste de Santa Catarina, o então prefeito, convocou um grupo de pessoas e propôs a

construção de um frigorífico de abate de suínos. O objetivo de construir um frigorífico era de

gerar empregos na região. Além do frigorífico comprar e vender o suíno produzido pelos

pecuaristas, iria empregar muitas pessoas na construção da indústria e depois no abate dos

suínos. A idéia deu certo e em 18 de novembro de 1956 o Frigorífico Seara foi fundado.

Em 1959, o Frigorífico Seara começa suas atividades, abatendo 100 suínos por dia,

com uma equipe de 36 colaboradores. Em 1970, o Frigorífico Seara diversifica suas

atividades com o abate de frangos e inicia suas atividades no mercado internacional,

exportando para o Oriente Médio e Kuwait. Ainda, na década de 70, a Seara faz sua primeira

exportação de suínos para Ilhas Canárias e começa a investir no desenvolvimento genético de

suínos.

Em 1980, a Ceval Alimentos compra as ações do Frigorífico Seara, que passa a se

chamar Seara Alimentos S/A e em 1997 a Bunge Alimentos, compra a Ceval que era a dona

da Seara. Em 1998, a Seara ganha um prédio próprio em Itajaí para instalar sua matriz e ficar

mais próxima da Braskarne. Em 2004, a Seara é adquirida pela Cargill, e em 2005, passa

oficialmente a pertencer a Cargill. Em março de 2008, a Seara passa a ser chamada de Cargill

Meats Brazil. Esta mudança não impacta na identidade legal, nem tão pouco na marca no

mercado, que continua existindo em nossos produtos.

Atualmente a Cargill Meats Brazil (Seara) esta sediada em Itajaí – SC, possuindo 01

terminal portuário de cargas frigoríficas, 09 plantas no Brasil, 07 escritórios comerciais no

exterior e 06 regionais de vendas no Brasil e 10 centros de distribuição.

Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

47

3.1.1 Missão, Visão e Valores. 2

A Cargill Meats Brazil (Seara), tem declarado sua visão, missão, política e diretrizes

onde é levado ao conhecimento de todos os níveis da organização, buscando o

comprometimento e ações de melhoria contínua. A seguir apresenta os princípios da gestão

Seara, extraídas do manual de integração 2008.

PRINCÍPIOS E VALORES

NOSSA VISÃO

A visão da Cargill expressa as aspirações coletivas das pessoas que aqui trabalham.

Ela nos unifica, dirige nossos esforços e nos diferencia das outras empresas. Possui quatro

elementos:

NOSSO OBJETIVO

Ser líder mundial em alimentos. "Alimentar as pessoas" reflete nosso enfoque

agrícola e em alimentos é a idéia mais ampla de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Isto também quer dizer que o nosso objetivo fundamental é atrelar nosso conhecimento e

energia para oferecer produtos e serviços necessários para a vida, saúde e crescimento.

Implica em cumprir um leque de expectativas, desde aprimorar a produtividade agrícola até

melhorar os alimentos para promover um desenvolvimento econômico sustentável. Também

transmite uma cultura de alimentar com base na confiança, valorização das relações e na

realização de todo o seu potencial.

NOSSA MISSÃO

Criar valores diferenciados. “Valor diferenciado" está no centro da Ação

Estratégica. Encontra-se nos pilares do foco do cliente, inovação e alto desempenho.

Enquanto o nosso objetivo de longo prazo trata da busca por nossas metas, nossa missão

reflete a realidade competitiva do mercado. Só obteremos sucesso nos negócios criando valor

agregado para nossos clientes, nossos fornecedores, funcionários, acionistas e vizinhos. Criar

2 Fonte: Manual de integração Seara Alimentos S.A.

Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

48

um valor diferenciado significa construir relações mais fortes com os clientes e apresentar

comportamentos orientados para a solução do cliente, que podem se resumir na frase:

Explorar, Descobrir, Criar e Entregar.

NOSSA ABORDAGEM

Sermos dignos de confiança, criativos e empreendedores. "Ser digno de

confiança" inspira integridade na relação que construímos com o cliente. "Ser criativo"

remonta à missão de desenvolver soluções para o cliente. "Ser empreendedor" tem a

conotação de uma empresa que pensa à frente e é orientada pela ação.

NOSSAS MEDIDAS DE DESEMPENHO

São funcionários engajados, clientes satisfeitos, comunidades enriquecidas e

crescimento rentável.

Nossas medidas de desempenho reconhecem que alto desempenho começa com

funcionários engajados, que enfocam os esforços na satisfação do cliente e que testemunham

nosso compromisso em comunidades habitáveis e sustentáveis. E elas refletem que

organizações que apresentam estes comportamentos, terão o crescimento lucrativo necessário

para sustentar o desempenho do tempo.

PILARES DO NOSSO SUCESSO

A criação de valores diferenciados, indispensável para alcançarmos nosso objetivo de

sermos líder global em alimentação, está apoiado nos três pilares: Foco no Cliente, Inovação

e Alta Performance, norteados pelo reconhecimento e colaboração. Todos na empresa devem

colocar em prática estes conceitos. A liderança é a base dos três pilares. A empresa acredita

que a liderança pode e deve ser praticada por todos, para isso temos um Modelo de Liderança,

onde estão definidas as competências que esperamos encontrar em nossos colaboradores, no

coração do modelo, encontramos os valores fundamentais: integridade, convicção e coragem.

Denota-se que nos itens descritos, os Princípios e Valores mostram os caminhos que

a empresa vem seguindo, contribuindo para se tornar a empresa líder mundial em

alimentação, busca criar valor diferenciado, serem dignos de confiança, criativos e

empreendedores, demonstrar medidas de desempenho com seus funcionários.

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

49

3.1.2 Shared Service Center Controles Operacionais3

A área de Shared Service Center, foi criada em agosto de 2007 com o objetivo de

centralizar os sistemas de controle da empresa em uma única área especializada, com

procedimentos descritos e formalizados, facilitando o acesso dos usuários que precisam de

suporte, no que diz respeito a cadastramento e parametrização de dados, orientação

especializada na execução do processo, proporcionar soluções para otimização e melhorias na

busca de eficiência dos processos.

A área de Shared Service Controles Operacionais está dividida em três segmentações

de atividades, sendo a primeira a Central de Cadastros e Parâmetros que é composta de três

funcionários, tendo como principais atividades o cadastramento, parametrização do sistema e

esclarecimentos de duvidas básicas dos programas considerados de baixa complexidade e de

baixo risco.

A segunda segmentação definida como especialistas e composta por sete

funcionários que tem como principais atividades, prover suporte especializado do seu sistema

e processos inerentes, fornecerem informações para portal BO e auditoria, manter suporte

físico (manual instrução) para seu(s) sistema(s), operacionalizar e dar suporte aos processos

de melhoria em seu(s) sistema(s), suportar novas operações das áreas de negócio, analisar

informações alertando desvios em pontos críticos de controle, assegurar informações corretas

para fechamento do exercício mensal, executar Plano de Ação referente ao Score Cards.

Uma terceira segmentação de atividade é a estratégia, que é composta de um

funcionário que tem como principais atividades, conduzir e controlar controles de operações

da empresa com terceiros, identificar melhoria nos sistemas com processos (in loco filiais),

projetos de melhoria junto com a área de TI, programas de treinamento com usuários, elaborar

e acompanhar Score Cards e traçar Planos de Ação, para alinhar os pontos que estão fora da

meta.

3 Fonte: Seara Alimentos S.A Setor de Shared Service Center.

Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

50

3.2 Processo atual de digitação de documentos

A área de Recebimento de Mercadorias da empresa, conta com colaboradores, que

exercem a função de digitadores de documentos nas Unidades Industriais, Centros de

Distribuição e no escritório da Administração Central conforme Quadro 1.

RAMO DE ATIVIDADE Nº DE DIGITADORESFRIGORIFICOS AVES / SUÍNOS 19RAÇÕES / GM / INCUBATÓRIOS 12ADMINISTRATIVO 3CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO 7

TOTAL 41

Quadro 1: Número de digitadores por ramo de atividade. Fonte: Seara Alimentos S.A

Conforme demonstrado no Quadro 1, a quantidade de colaboradores que exercem

esta função em cada unidade, varia dependendo do tamanho da unidade e da quantidade de

documentos que a mesma recebe diariamente, conforme Quadro 2 abaixo.

F i l ia l N o m e F i l i a l 2 0 0 8 0 1 2 0 0 8 0 2 2 0 0 8 0 3 2 0 0 8 0 4 2 0 0 8 0 5 2 0 0 8 0 6 2 0 0 8 0 7 S o m a :1 I T A J A I - B R A S K A R N E 6 2 1 5 8 0 3 1 6 1 5 1 75 S A O M I G U E L D . O E S T E - R A C O E S 4 3 8 3 9 1 3 9 8 3 6 7 4 4 5 4 5 6 4 8 1 2 9 7 6

1 0 R I B E I R A O P R E T O P D S 3 2 2 1 1 3 1 22 2 A R A R A S - P D S 9 8 6 8 7 6 6 5 03 3 R I O G R A N D E - I M P O R T A D O R A 1 1 1 0 1 4 1 1 8 8 1 2 7 44 6 S E A R A - A R M A Z E N S G E R A I S 5 4 9 7 0 9 6 6 1 7 0 2 5 3 3 3 1 5 47 0 P A R A N A G U A 7 0 3 3 4 2 4 4 2 4 2 2 3 8 2 5 5 2 4 5 2 2 8 1 7 8 6

1 0 9 X A N X E R E F A B .R A C O E S C O N C 7 1 7 6 5 7 6 8 3 7 1 8 8 0 5 8 0 5 7 9 0 5 1 7 51 1 0 X A N X E R E I N C U B A T O R I O 1 1 0 4 0 5 3 9 9 4 6 5 4 3 5 4 4 7 4 5 6 4 9 2 3 0 9 91 1 1 X A N X E R E G M S A O S E B A S T I A O 7 2 6 0 4 6 6 8 9 3 6 1 8 4 4 8 41 1 9 I T A P I R A N G A R A C .E C O N C . 2 6 3 2 4 8 1 9 6 1 9 1 2 5 5 2 7 5 2 3 7 1 6 6 51 2 0 I T A P I R A N G A A G R O P E C . 1 8 6 2 3 6 2 0 4 2 3 5 2 2 3 2 0 9 2 2 8 1 5 2 11 2 1 I T A P I R A N G A A B .A V E S 2 8 1 6 2 8 8 2 2 7 7 7 3 1 0 4 3 3 0 8 3 2 0 8 3 3 6 0 2 1 4 5 51 2 2 I T A P I R A N G A E S T .F R O N T E I R A 3 4 5 2 3 3 5 2 6 3 4 7 3 9 3 2 01 2 4 I T A P I R A N G A L I N . S E D E C A P E L A 5 0 4 0 4 3 3 2 3 1 3 4 2 9 2 5 91 3 0 S E A R A - S U I N O S 2 6 1 8 2 5 7 1 2 7 3 0 2 8 7 3 3 2 0 7 2 8 5 1 2 8 5 1 1 9 7 0 11 4 0 J A R A G .D O S U L A B . A V E S 1 5 9 9 1 5 3 4 1 7 1 3 1 9 8 5 1 9 0 9 1 9 0 9 1 8 8 0 1 2 5 2 91 4 7 J A N D I R A - C D 5 9 5 6 4 9 5 0 4 7 5 6 6 3 3 8 01 5 4 P A V U N A 3 8 3 5 4 0 3 3 3 6 3 3 1 9 2 3 41 6 3 B R A S I L I A C D 2 5 2 1 2 2 1 9 2 3 2 3 2 3 1 5 61 8 5 C O N T A G E M C D 1 4 1 5 1 7 1 3 1 0 9 1 0 8 82 0 5 J A C A R E Z I N H O - A V E S 1 0 8 6 1 0 1 9 1 0 8 3 1 1 5 4 1 3 3 6 1 0 6 5 1 0 7 7 7 8 2 02 0 6 J A C A R E Z I N H O R A C .C O N C . 1 3 7 1 6 9 2 1 4 1 9 6 3 0 9 2 2 8 2 6 3 1 5 1 62 0 7 J A C A R E Z I N H O I N C U B A T O R I O 3 4 7 2 5 2 2 8 4 3 4 0 5 3 6 1 9 0 1 7 1 2 1 2 02 1 1 M A L . C A N D I D O R O N D O N - R A C O E S 1 1 9 1 1 7 1 0 0 1 1 4 1 1 0 1 3 1 1 0 3 7 9 42 2 0 N U P O R A N G A - A V E S 1 5 0 5 1 3 9 8 1 5 2 9 1 6 0 0 1 7 0 4 1 4 8 7 1 5 7 7 1 0 8 0 02 2 1 N U P O R A N G A I N C U B A T O R I O 1 6 7 1 6 8 1 3 2 1 5 0 1 5 7 1 2 8 1 3 7 1 0 3 92 2 8 D O U R A D O S - S U I N O S 2 6 4 4 2 7 6 7 2 9 1 9 2 9 6 5 3 0 3 2 3 0 8 0 3 1 5 1 2 0 5 5 82 5 0 N U P O R A N G A F A B . R A C A O 2 0 3 2 1 7 2 2 8 2 5 1 3 4 1 2 8 1 2 9 1 1 8 1 22 5 3 I T A J A I 2 5 3 1 2 7 4 1 2 4 6 1 2 8 4 1 4 6 7 1 5 7 8 1 4 1 4 1 2 0 1 9 4 6 42 8 0 F O R Q U I L H I N H A - A V E S 1 7 3 9 1 8 2 8 1 8 2 5 1 8 4 0 1 9 9 2 2 0 1 6 1 9 1 2 1 3 1 5 22 8 1 C R I C I U M A F A B . R A C A O 5 1 3 4 9 5 4 5 2 5 2 9 5 6 1 5 0 3 4 6 5 3 5 1 82 8 2 A R A R A N G U A I N C U B A T O R I O 1 0 8 6 9 0 0 1 0 4 3 1 0 5 5 9 7 3 8 7 5 8 2 7 6 7 5 92 9 1 C D - I T A J A I K I T F E S T A 1 0 6 1 2 0 4 4 7 5 22 9 4 S I D R O L A N D I A F A B . R A C A O 1 9 2 1 6 2 2 2 7 2 3 7 2 8 8 2 2 4 2 1 6 1 5 4 62 9 5 S I D R O L A N D I A A V E S 1 3 8 8 1 4 0 9 1 4 5 9 1 5 7 5 1 8 3 1 1 6 9 5 1 4 5 8 1 0 8 1 52 9 6 S I D R O L A N D I A G .M 5 0 3 4 4 7 4 2 0 4 3 5 4 0 4 4 1 5 4 4 0 3 0 6 43 1 6 L U C A S D O R I O V E R D E 4 2 3 5 1 1 1 63 4 5 S I M O E S F I L H O C D 2 3 1 6 1 4 1 5 1 2 1 5 8 1 0 33 5 1 D O U R A D O S R A C O E S 3 1 0 3 0 2 2 7 7 3 5 8 3 9 0 3 6 1 3 5 1 2 3 4 93 5 3 I T A J A I 3 5 3 1 1 3 4 2 4 3 4 6 3 2 3 4 3 0 3 4 03 5 7 R E C I F E - C D 2 2 1 0 1 4 1 5 1 1 1 0 6 8 84 4 7 C D - A R A R A S 3 3 1 8 1 4 7 9 1 1 9 1 0 14 5 3 I T A J A I 4 5 3 3 8 5 4 3 1 3 2 5 2 3 7 3 8 7 3 2 3 3 0 2 2 3 9 05 3 0 S E A R A - A V E S 6 2 9 6 8 6 6 2 4 6 7 8 7 5 3 7 2 9 7 6 7 4 8 6 65 8 0 F O R Q U I L H I N H A - S U I N O S 5 2 4 8 5 3 7 5 7 0 7 0 5 6 4 2 45 9 1 P I N H E I R O S 1 8 1 5 1 6 9 1 5 5 0 1 9 1 4 2

S o m a : 2 4 8 1 4 2 4 2 0 9 2 5 1 2 5 2 6 5 1 4 2 8 6 7 4 2 6 7 3 4 2 6 2 1 3 1 8 2 2 8 3

T o t a l d e N o t a s D i g i t a d a s P o r F i l i a l

Quadro 2: Número de Notas Fiscais digitas por filial. Fonte: Seara Alimentos S.A

Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

51

São recebidas em média 26.000 Notas Fiscais por mês na empresa, gerando uma

média de 1080 documentos por dia. Do total de Notas Fiscais recebidas (1.080/dia), cerca de

900 são de fornecedores que tem capacidade e volume de transações periódicas com a Seara.

Os demais são basicamente documentos de serviços e ou materiais relacionados as compras

esporádicas de fornecedores, que não formam uma parceria com a Seara ou não tem um

volume de entregas constante.

O fluxograma do processo recebimento representado no Gráfico 1, trata das

atividades de um modo geral, sem se ater à particularidade de cada operação ou tipo de

digitação, a fim de simplificar o fluxo para melhor entendimento.

Gráfico 1: Fluxograma do processo de recebimento. Fonte: Manual do sistema SNAC / Módulo recebimento.

Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

52

Após a realização da compra pela área de Suprimentos, o registro de entrada é feito

pela área de Portaria, a conferência física pelo Almoxarifado ou setor responsável, em seguida

faz-se o registro da Nota Fiscal no sistema de recebimento da empresa, para que sejam

geradas as devidas integrações com os demais sistemas, como financeiro, contabilidade,

tributário e estoques, entre outros, dependendo da operação de suprimentos que será utilizada.

O fluxograma apresentado no Gráfico 1 referente ao processo de digitação de

documentos da empresa é um procedimento padrão de todas as unidades da Seara.

No processo atual o usuário do sistema SNAC (Digitador de documentos), faz a

digitação da Nota Fiscal através dos dados importados da OF (Ordem de Fornecimento), a

estrutura dos campos na tela de digitação a serem informados está dividida em duas partes, a

primeira parte é denominada “Documento Recebimento” e a segunda “Item Documento

Recebimento”, conforme demonstrado na Figura 7.

Figura 7. Tela de digitação de documentos Fonte: Manual do sistema SNAC: Módulo recebimento.

No primeiro bloco (1) da tela denominado “Documento Recebimento”, os dados são

parcialmente carregados automaticamente a partir dos dados extraídos da OF. Cabe ao usuário

informar apenas os dados básicos da Nota Fiscal e da negociação, como por exemplo, série e

2

1

Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

53

número do documento, data de emissão e valor do documento; estes dados servem para todo o

documento e não irão variar de acordo com os itens, por isso são tratados em uma estrutura

separada.

No segundo bloco (2) da tela denominado como “Item Documento Recebimento” as

informações primárias são carregadas a partir dos itens selecionados das OF’s e tais dados

irão servir como base para consistências e integrações, sendo variáveis de acordo com os itens

e operações utilizadas. Neste bloco o usuário também informa a operação de suprimentos,

natureza de operação, quantidade, local de estoque e preço unitário, informações que se fazem

necessárias para a integração do documento.

Ao final da digitação dos dados de cada item da Nota Fiscal o sistema abre uma nova

tela denominado “rateios” para a digitação dos dados referente o rateio das contabilizações,

tais como, centro de custo e conta contábil e a tributação do item, conforme demonstrado na

Figura 8:

Figura 8. Tela para digitação das informações contábeis e tributárias. Fonte: Manual do sistema SNAC: Módulo recebimento.

Os dados informados nos campos do primeiro bloco são importados da OF e

dependendo da operação de suprimentos utilizada podem ou não ser alterados. O sistema faz

2

1

Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

54

uma consistência novamente, os dados do rateio no momento da integração do documento,

verificando se o item está liberado para a conta, se a conta está cadastrada para o centro de

custo e se o centro de custo está habilitado para a filial.

No segundo bloco desta tela referente ao rateio dos tributos estão cadastrados na

operação de suprimentos, onde são definidas algumas de suas características quanto à

alíquota, contabilização, permissão para alterações dos dados de cálculo entre outras. Em cada

operação de suprimentos são associados os tributos necessários para a digitação da Nota

Fiscal, sendo também definida na própria operação a obrigatoriedade de tal tributo.

Finalizando a digitação dos dados referente à Nota Fiscal, itens, rateios e tributos, o

usuário deverá clicar no botão “Integrar” para que o sistema faça a conferência de todos os

dados, neste momento o sistema pede uma confirmação dos tributos conforme Figura 9.

Figura 9. Mensagem de Conferência de valor dos tributos no processo manual Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

Com a confirmação do usuário referente aos tributos, o sistema fará todas as

integrações com os demais sistemas da empresa.

Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

55

3.3 Processo integração de documentos através do EDI

Com o objetivo de otimizar o seu processo de integração de documentos fiscais com

o sistema corporativo da empresa, reduzir ao máximo os estornos de documentos causados

por erros na digitação de documentos, a empresa buscou em conjunto com as gerências e

público alvo uma solução, visando custo/benefício em uma ferramenta que pudesse ser

utilizada pela empresa e por nossos fornecedores. Concluiu-se assim que o EDI (Intercâmbio

Eletrônico de Dados) seria a melhor solução atual.

Com a definição do sistema que seria utilizado pela empresa, um grupo de pessoas

participante do projeto inicial, deu início a definição do projeto, visitando fornecedores,

verificando custos de desenvolvimento externo, ou aquisição de software pronto. Concluíram

que o sistema para integração de documentos via EDI, seria desenvolvido internamente,

valorizando o conhecimento do negócio, facilitando a comunicação e sobretudo baixo custo.

No processo de integração de documentos via sistema de EDI, o fornecedor gera um

arquivo eletrônico contendo as Notas Fiscais referentes às mercadorias que estão sendo

enviadas para empresa. Este arquivo eletrônico é transmitido para a empresa via e-mail

definido e próprio para receber estes arquivos. Estas informações ficam à disposição do setor

de recebimento, para ser integrado no sistema corporativo da empresa no momento da

chegada física da mercadoria junto com os documentos fiscais, conforme demonstrado no

Gráfico 2.

Gráfico 2: Fluxograma do processo de EDI Fonte: Manual do sistema SNAC / Módulo recebimento.

NF – Encaminhada a setor tributário para as devidas conferências

Registra a Nota Fiscal no sistema gerando integrações com os outros sistemas.

Redigita a NF manualmente no sistema corporativo de recebimento SNAC

Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

56

Para recepção dos arquivos e correta destinação da informação, existe no sistema

uma rotina, no qual o arquivo será desanexado do e-mail, o sistema gera outra rotina que

grava as informações, referentes ao conteúdo dos documentos fiscais em uma base de dados

intermediária. Os documentos que estão disponíveis para fazer a integração podem ser

consultados através de uma tela do sistema corporativo, conforme demonstrado na Figura 10.

Figura 10. Tela de integração e consulta de documentos via EDI Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

Entre o envio eletrônico e a chegada física do documento, são disponibilizadas as

informações para serem consultadas de quaisquer naturezas como: quantidade de mercadoria

em trânsito, preços praticados, legislação tributária, entre outras, conforme demonstrado na

Figura 11. Estas informações serão confrontadas com a Nota Fiscal que transitou com a

mercadoria do fornecedor até a empresa.

Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

57

Figura 11. Tela de integração e consulta de documentos via EDI Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

Na integração do documento via EDI as operações de suprimento já estão pré-

configuradas com todas as informações necessárias para que o sistema possa fazer as todas as

integrações e contabilizações de maneira ágil, não exigindo que o usuário faça toda a

digitação manualmente.

No processo de integração de Notas Fiscais depois da chegada física da mercadoria,

o usuário confere os dados da Nota Fiscal com as informações disponibilizadas no sistema

corporativo, que foram extraídos do arquivo eletrônico enviado pelo fornecedor, faz a

digitação da série do documento, como também o valor total do documento, clica no botão

integrar, faz a conferência dos tributos conforme Figura 12 e finaliza a integração do

documento com o sistema, fazendo a todas as integrações com os demais sistemas

corporativos da empresa.

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

58

Figura 12. Mensagem de Conferência de valor dos tributos sistema de EDI Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

3.3.1 Vantagens e ganhos

Como público alvo deste trabalho é o setor de Recebimento de Mercadorias das

unidades industriais, CDs e o administrativo da empresa Seara Alimentos, onde estão os

colaboradores responsáveis pela digitação e integração dos documentos fiscais, nos sistemas

da empresa, os benefícios que o sistema de EDI trará, poderão ser percebidos através da

redução das tarefas repetitivas e manuais como, digitação de documentos, retrabalho de

redigitação quando o documento foi digitado com algum dado errado, como por exemplo,

valores, dados contábeis ou fiscais ou erro de integração com o estoque da empresa,

obrigando o colaborador estornar o documento. Conforme demonstrado no Quadro 4 no

período de Janeiro de 2008 a Julho de 2008, foram 5.338 documentos estornados e

redigitados, tendo como principal motivo problemas fiscais.

Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

59

C d M o t iv o Q t D o cum entos

1 1 1 7

2 4 8 4

3 4 6 5 5

4 8 2

5 3 3 8

PR O BL E M A S FISC A IS

E RR O IN TE G R A CA O E S TO Q U E

So m a :

D s M o ti vo Es torn o

V A L O R FIN A N C EIRO

PR O BL E M A S C O N T A B E IS

Quadro 3. Número de documentos estornados período de 01/2008 a 07/2008 Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

Com base no número de documentos estornados no período de 01/2008 a 07/2008

versus o número de documentos digitados também no mesmo período, temos um percentual

de 2,93%. Outro ganho que a empresa terá, será em tempo no que diz respeito à velocidade

de digitação de documentos, atualmente os digitadores podem levar até 1 hora, dependendo da

quantidade de itens que consta na Nota Fiscal, com isso a empresa também terá redução de

horas extras, mais confiabilidade nas informações que estão sendo integradas no sistema,

permitindo assim, que o colaborador possa executar outras tarefas dentro da sua área.

Dentre os ganhos que a empresa terá com a implementação do sistema de EDI,

podemos citar:

− Velocidade na digitação das Notas Fiscais;

− Redução de horas extras;

− Maior confiabilidade nas informações que estão sendo integradas no sistema;

− Redução de estornos das Notas Fiscais digitadas;

− Redução de tarefas repetitivas.

3.4 Projeção para fornecedores

Os fornecedores escolhidos para este trabalho são dois fornecedores de materiais

gerais, sendo um deles fornecedor de materiais elétricos e outro de ferramentas e peças para

manutenção. O primeiro motivo que ajudou na escolha dos fornecedores, foi que estes

atendem à todas as unidades produtivas da Seara Alimentos, um segundo motivo foi a

quantidade de documentos que são digitados mensalmente na empresa, que chega a uma

média de 760 documentos mensais e um terceiro é tempo que os digitadores levam para

digitar os documentos destes fornecedores, que pode variar de 30 minutos à 1 hora,

dependendo da quantidade de itens constantes na Nota Fiscal. No Quadro 5 está demonstrado

Page 60: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

60

a quantidade de documentos digitados por filial referente aos dois fornecedores escolhidos

através do sistema atual de digitação.

Quadro 4. Número de documentos digitados por filial e fornecedor Fonte: Sistema Corporativo da Empresa

Page 61: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

61

Com o retorno financeiro que a implementação do sistema EDI trará para a empresa

Seara Alimentos, o mesmo poderá ser expandido para os demais fornecedores da empresa,

gerando mais agilidade na digitação de documentos e maior confiabilidade nas informações

que estão integradas no sistema corporativo da empresa.

A perspectiva é que, através do sistema de EDI, o usuário leve um tempo médio 3

minutos para fazer a integração dos documentos destes dois fornecedores, garantindo que as

informações que estão sendo integradas no sistema corporativo da empresa, sejam

consistentes, evitando que o usuário necessite estornar o documento, pelo simples fato de ter

informado algum dado erroneamente no momento da digitação do documento.

3.4.1 Customização para implementação

Para a implementação do sistema EDI com os dois fornecedores escolhidos, será

necessário 180 horas de um programador de sistemas, para fazer as customizações

necessárias, para fazer a importação e integração dos documentos. Será necessário criar uma

tabela e preparar, o sistema para fazer a conversão dos códigos dos materiais que estão sendo

enviados pelo fornecedor no corpo da Nota Fiscal, para os códigos equivalentes aos códigos

de materiais que estão cadastrados no sistema da empresa seara alimentos.

Outra customização necessária é uma remodelagem da tela, onde os usuários do

sistema fazem a integração dos documentos no sistema corporativo da empresa, neste caso,

será necessário alterar a regra de negócio e o layout da tela, dando opção para o usuário

digitador que irá fazer a integração do documento, escolher a operação de suprimentos que

mais se adéqua ao documento e aos itens que estão sendo integrados.

Conforme demonstrado na Figura 13 o retorno do investimento desta implementação

ocorrerá nos quatro primeiros meses após a implementação do sistema, uma vez que a

implementação terá um custo para a empresa de U$ 13,000.00 e o retorno financeiro de U$

46,475.36. Os cálculos de retorno de investimento foram feitos com base na quantidade de

documentos digitados dos dois fornecedores escolhidos, o tempo médio que os usuários levam

para digitar estes documentos, o salário médio do funcionário que exerce a função de

digitador.

Page 62: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

62

Figura 13. Planilha de cálculo do retorno de investimento Fonte: Seara Alimentos

Page 63: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

63

Quanto à customização do sistema do fornecedor para a geração do documento e o

envio do mesmo para o sistema da empresa Seara Alimentos, será de responsabilidade do

próprio fornecedor, que terá que preparar o seu sistema de emissão de documentos para que

ao faturar Notas Fiscais contra a empresa Seara Alimentos, o sistema gere um arquivo no

formato XML ou TXT enviando automaticamente um email com o arquivo para o endereço

definido da Seara Alimentos, onde será feita a recepção e importação das informações para o

sistema corporativo da empresa.

3.4.2 Proposta de implementação

Para apresentar a proposta de implementação do sistema EDI foi utilizada a técnica

5W2H, para demonstrar claramente quais os passos para implementação do sistema EDI,

conforme demonstrado na tabela 2.

Tabela 2. Tabela de proposta de implementação do sistema EDI Fonte: Desenvolvido pelo estagiário

Page 64: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

64

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este capítulo tem por objetivo apresentar aspectos característicos referentes aos

objetivos propostos, aos aspectos metodológicos, a revisão bibliográfica, conclusões e

sugestões.

Este trabalho de estágio teve como objetivo geral, analisar a viabilidade de

implementação do sistema EDI com fornecedores, dando maior agilidade na digitação de

Notas Fiscais, garantindo que as informações que estão sendo inseridas no sistema

corporativo da empresa Seara Alimentos, sejam consistentes eliminando assim retrabalhos.

Os objetivos propostos foram alcançados, sendo que para isso foi utilizado o

esquema da figura 1, apresentada no item 1.3.3 deste trabalho. Foram identificados os

fornecedores com potencial para ser implementado o sistema de EDI, descreveu-se o processo

atual de digitação de Notas Fiscais, levantou-se as customizações necessárias no sistema

atual, identificou-se os benefícios que a organização terá com a implementação do sistema,

levantou-se o custo desta implementação e por fim, foi elaborada proposta de implementação.

Para a conclusão deste trabalho, foi necessário obter informações importantes, sendo

utilizada a participação de pessoas que participaram do desenvolvimento do projeto piloto,

colaboradores que exercem a função de digitadores, programadores de TI, a observação e

análise de relatórios, onde visualizar a situação atual do processo de digitação de Notas fiscais

entre outras informações relevantes para este trabalho. Com isso, foi possível verificar a

viabilidade da implementação do sistema EDI com fornecedores da empresa Seara Alimentos.

Quanto à bibliografia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho, foi atual no

que se refere a sistemas de EDI para transferência eletrônica de documentos e outras

tecnologias, como Nota Fiscal Eletrônica, com isso muita informações foram retiradas de

sites, revistas, artigos.

Os resultados obtidos neste trabalho foram válidos, tanto para o acadêmico quanto

para a empresa. As vantagens e ganhos que a implementação do sistema EDI trará para a

empresa são bastante consideráveis, pois vai desde uma simples eliminação de retrabalho,

com a redução de erros de digitação de Notas Fiscais, gerando até mesmo um “retorno

financeiro”, com agilidade na integração de documentos no sistema corporativo da empresa.

Este trabalho proporcionou uma análise profunda dos dados pesquisados, bem como

aprimorou os conhecimentos do estagiário, que dedicou muito do seu tempo para que os

objetivos propostos neste trabalho fossem atingidos.

Page 65: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

65

Através dos resultados obtidos neste trabalho, foi sugerido à implementação do

sistema de EDI com os fornecedores definidos e até a implementação deste sistema com

outros fornecedores da empresa, uma vez que a customização necessária para a

implementação já foi realizada neste projeto e que por sua vez justificado pelo retorno

financeiro sobre o investimento apresentado neste trabalho.

Page 66: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

66

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

ARAÚJO, Luis César G. de. Organização Sistema e Métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia - 1. ed. – São Paulo: Atlas, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO. eCormmerce/EDI e XM. Disponível em:<http://www.eanbrasil.org.br/main.jsp?lumChannelId=FF8080810CC51BE1010CD4AD83237A85> Acesso em:19/03/2008

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento a Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001. BARCELOS JR, H. O papel da logística na cadeia produtiva: um estudo de caso. 2002. 101 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Curso de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7479.pdf>. Acesso em: 09 Junho 2008. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

_____. Introdução à teoria geral da administração. 4.ed São Paulo: Makron Books, 1993.

CRUZ, Tadeu. Sistemas de informações gerenciais: tecnologias da informação e a empresa do século XXI. São Paulo: Atlas, 2000. _____. Sistemas, organização & métodos: estudo integrado das novas tecnologias de informação. São Paulo: Atlas, 1997. CURY, Antonio. Organização e Métodos: Uma visão holística Magda. - 8. ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2005.

DAVENPORT, T. H. Reengenharia de processos. Rio de Janeiro: Campus, 1994. D’ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho e informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001.

DRUCKER, Peter Ferdinand. A profissão de administrador. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

_____. Administração: tarefas, responsabilidades e práticas. 1 ed. V.3. São Paulo: Pioneira, 1975.

EAN Brasil. Introdução ao EDI. Biblioteca de Artigos, 2008. Disponível em http://www.eanbrasil.org.br/Servelet/ServeletContent? Requestlt=39> Acesso em: Agosto, 2008.

Page 67: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

67

ERDEI, Guilhermo E. Código de barras: desenvolvimento, impressão e controle da qualidade. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

FRANCO JR, C. F. ; TAVARES, J. C. ; ZILBER, S. N. . Tecnologia e Sistemas de Informação na Gestão de Organizações. In: Éder Paschoal Pinto. (Org.). Gestão Empresarial casos e conceitos de evolução organizacional. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

FERREIRA, K. A. Tecnologia da informação e logística: os impactos do EDI das operações logísticas de uma empresa do setor automobilístico. 2003. 147 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Produção) – Curso de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto. Disponível em: <http://www.em.ufop.br/depro/curso/monografias/2003karine.pdf>. Acesso em: 14 Junho. 2008. GALVÃO, C.; MENDONÇA, M. Fazendo acontecer na qualidade total: análise e melhoria de processos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996. HAMMER, M. Alem da reengenharia: Rio de Janeiro: Campus,1997. INTERCHANGE. FAQ. [São Paulo], 2004. Disponível em: <http://www.interchange.com.br/faq.asp>. Acesso em: 11 junho 2008. INTRODUÇÃO AO EDI. Noções básicas sobre EDI. Disponível em: <http://www.eanbrasil.org.br>. acesso em 10 de abril de 2008. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerencial: administrando a empresa digital. 5 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

LUNELLI, F. J. Integrador de mensagens corporativas para uma infra-estrutura de eletronic data interchange (EDI). 2005. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências da Computação) – Centro de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MENDES, Carlos et aI. EDI - Eletronic Data Interchange. 150p. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Nova Lisboa,Portugal, 1997. NOVAES, Antônio G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. Rio de Janeiro. Campus, 2001. O´BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. Tradução Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. – 10. ed. – São Paulo: Atlas 1998.

_____.Sistema de informações gerenciais: estratégicas, táticas, operacionais – 10. ed. – São Paulo: Atlas,2005

Page 68: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

68

PORTAL DA NOTA FISCAL ELETRONICA. Disponível em: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/. Acesso em 04 de junho de 2008.

REZENDE, Denis A., ABREU, Aline F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2003.

RIBEIRO, P. C. C. et al. Tecnologia da informação e competitividade na indústria Siderúrgica Brasileira: um estudo de caso na CSN. Revista de Economia da Universidade de Santa Catarina, julho a dezembro de 2001. RICHARDOSN, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

ROBBINS, S. P. Mudança Organizacional e Administração do Estresse. Comportamento Organizacional. Rio de Janeiro: 1999.

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios, trabalho de conclusão de curso. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

ROSEIT, INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA. Disponível em: http://blog.roseit.com.br/category/informacao/. Acesso em 11 de agosto de 2008

SEARA ALIMENTOS. Manual de integração. Disponível em: http://intranet. Acesso em 20 de maio de 2008.

SPINOLA, Mauro M., PESSÔA, Marcelo S. Tecnologia da Informação. In: Gestão de Operações. Professores do Departamento de Engenharia da escola Politécnica da USP e da Fundação Carlos Alberto Vanzolini. Editora Edgard Blücher: 2a Edição, 1998. STAIR, Ralph m., Princípios de sistema de informação. Uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 1998. TAVARES, Mauro C. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000 WOOD JR., T. Mudança Organizacional. São Paulo: Atlas. YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 1a. Edição, Porto Alegre: Bookman, 2001.

ZWASS, Vladimir. Management Information Systems. EUA:WCB, 1992.

Page 69: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

69

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio SEARA ALIMENTOS S.A. declara, para os

devidos fins, que o estagiário JILVANILDO FABRIS, aluno do Curso de Administração do

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, de 19 DE MARÇO DE 2008 a 03 DE NOVEMBRO DE 2008, cumpriu a carga

horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no

Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 02 de Dezembro de 2008.

_____________________________________

Amâncio José Rodrigues Junior

Page 70: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Jilvanildo Fabris.pdf · implantação do sistema de EDI, descrever o processo atual de digitação

70

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Jilvanildo Fabris

Estagiário

Amâncio José Rodrigues Junior Supervisor de campo

Prof. Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo Estágio Supervisionado, MSc.