UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Rebecca Correa de...

94
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO REBECCA CORRÊA DE MACEDO ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO: UM LEVANTAMENTO DAS POSSÍVEIS CAUSAS NA EMPRESA FJG SERVIÇOS DE TRANSPORTE LTDA ME São José 2009

Transcript of UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS …siaibib01.univali.br/pdf/Rebecca Correa de...

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS – GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

REBECCA CORRÊA DE MACEDO

ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO: UM LEVANTAMENTO DAS POSSÍVEIS CAUSAS NA

EMPRESA FJG SERVIÇOS DE TRANSPORTE LTDA ME

São José

2009

REBECCA CORRÊA DE MACEDO

ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO: UM LEVANTAMENTO DAS POSSÍVEIS CAUSAS NA EMPRESA FJG SERVIÇOS DE

TRANSPORTE LTDA ME

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da

Universidade do Vale do Itajaí.

Orientadora: MSc Engª Ely Teresinha Dionísio

São José

2009

REBECCA CORRÊA DE MACEDO

ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO: UM LEVANTAMENTO DAS POS SÍVEIS

CAUSAS NA EMPRESA FJG SERVIÇOS DE TRANSPORTE LTDA ME

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma

final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em

(dia, mês e ano constante da ata de aprovação – defesa)

__________________________________________________

Prof (a) MSc Luciana Merlin Bervian

UNIVALI – Campus São José

Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

__________________________________________________

Prof (a) MSc. Engª Ely Teresinha Dionísio

UNIVALI – Campus São José

Professora Orientadora

__________________________________________________

Prof (a) MSc. Kellen da Silva Coelho

UNIVALI – Campus São José

Membro

__________________________________________________

Prof (a) MSc. Luciana Merlin Bervian

UNIVALI – Campus São José

Membro

AGRADECIMENTOS

Ao concluir esta pesquisa, é de suma importância

agradecer primeiramente a Deus, à instituição de ensino

UNIVALI, a Profa. Luciana Bervian Merlin.

A empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME,

pelo apoio, pela acolhida e disponibilidade em permitir

que as informações pertinentes a pesquisa fossem

colhidas, sem as quais este trabalho não poderia ser

realizado.

A minha orientadora professora M. Engª. Ely

Teresinha Dionísio que, através de sua disponibilidade

e orientações, estimulou continuamente a pesquisa,

possibilitando que este trabalho chegasse a bom termo.

Aos colegas de classe, em especial a Carolina de

Castro Simões e Giselle Nunes, cujo entrosamento

propiciou o aprendizado coletivo.

À minha família e amigos que de uma forma ou de

outra, colaboraram para o bom andamento e conclusão

deste trabalho.

Agradecer a todos que estiveram ao meu lado me

dando força nos momentos que se apresentaram mais

turbulentos.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, João

Felizardo de Macedo e Roseli Corrêa de Macedo,

aos meus irmãos Caroline Corrêa de Macedo,

Estela Corrêa de Macedo e João Joás Corrêa de

Macedo, a minha sobrinha Isabel Macedo

Zavorne, ao meu namorado Farleir Luís Minozzo

e as demais pessoas que estiveram comigo nesta

trajetória.

"Sem trabalho, toda vida apodrece. Mas,

sob um trabalho sem alma a vida sufoca

e morre."

(Albert Camus)

RESUMO

Este estudo tem como foco o tema rotatividade e absenteísmo na empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME, situada no estado de Santa Catarina, Brasil. Visa

identificar as possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo na empresa pesquisada,

tendo como base os indicadores propostos no período de julho a outubro de 2009. A

fundamentação teórica desta pesquisa aborda temas referentes ao trabalho, a área de

recursos humanos, conceitos e causas da rotatividade e do absenteísmo, teoria

comportamentalista e motivação. A metodologia adotada foi de caráter exploratório,

descritivo, com abordagem quantitativa, qualitativa e pesquisa bibliográfica, do tipo estudo

de caso. Para coleta de dados aplicou-se um questionário aos funcionários, uma entrevista

semi estruturada e a observação participante. Com os resultados obtidos após análise das

informações, foi possível elaborar um plano de ação tendo como finalidade oferecer à

empresa uma ferramenta de auxílio no processo de tomada de decisão, com a intenção de

minimizar os possíveis fatores da rotatividade e do absenteísmo.

Palavras chave: Rotatividade. Absenteísmo. Recursos Humanos. Motivação.

ABSTRACT

This study have the center point at subjects turnover and absenteeism, on the FJG

Serviços de Transporte Ltda ME company, located in Santa Catarina, Brazil. Aims identify

the possible reason of turnover and absenteeism inside the company, having for principle

some indicators proposed between july and august of 2009. This research has for theorical

fundamentation some topics associated to job, human resources area, concepts and causes

for turnover and absenteeism, behaviorist theory and motivation. The methodology

adopted was exploratory character, described, with quantitative approach, qualitative and

bibliography research of study case. To information collect was elaborated a form applied

to employees of company, a interview semi structured and participant observation. With

the collected results after information analyses, was possible be formulated an action plan

for purpose of providing to the company a assist tool for decision process, with the

intention of minimize the possible reasons for the turnover and absenteeism.

Key Words: Turnover. Absenteeism. Human Resources. Motivation.

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Síntese evolutiva da área de recursos humanos ................................................24

Quadro 2 - Sistema de informação e ajustamento da política de recursos humanos ...........30

Quadro 3 - Custos de rotatividade de pessoal......................................................................35

Quadro 4 – Alguns estudos atuais sobre rotatividade e absenteísmo ..................................37

Quadro 5 - Os principais expoentes da Teoria Comportamental da Administração ...........40

Quadro 6 - A motivação dirigida para uma meta.................................................................42

Quadro 7 - Funcionamento do processo motivacional ........................................................43

Quadro 8 - Uma comparação dos modelos de motivação de Maslow e de Hezberg...........44

Quadro 9 - A Teoria X e a Teoria Y como diferentes concepções a respeito da natureza

humana.................................................................................................................................46

Quadro 10 – Escala Likert ...................................................................................................55

Quadro 11 – Escala utilizada na pesquisa............................................................................55

Quadro 12 – Organograma da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME ..................58

Quadro 13 – Proposta de melhorias para as condições físicas ambientais ..........................78

Quadro 14 - Proposta de melhorias para a atualização e treinamento e carga de trabalho..79

Quadro 15 - Proposta de melhorias para os benefícios........................................................80

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cálculo do tamanho da amostra em cada estrato .........................................51

Tabela 2 - Variável salário ............................................................................................61

Tabela 3 - Variável benefícios ......................................................................................63

Tabela 4 - Variável supervisão......................................................................................64

Tabela 5 - Variável relacionamento humano ................................................................66

Tabela 6 - Variável condições físicas e ambientais.......................................................67

Tabela 7 - Variável comunicação..................................................................................69

Tabela 8 - Variável política disciplinar .........................................................................70

Tabela 9 - Variável flexibilidade...................................................................................71

Tabela 10 - Variável localização...................................................................................73

Tabela 11 – Variável atualização e treinamento ...........................................................74

Tabela 12 – Variável recrutamento e seleção................................................................75

Tabela 13 – Variável carga de trabalho.........................................................................76

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Variável salário...........................................................................................61

Gráfico 2 - Variável benefícios .....................................................................................63

Gráfico 3 – Variável supervisão....................................................................................65

Gráfico 4 – Variável relacionamento humano ..............................................................66

Gráfico 5 – Variável condições físicas ambientais .......................................................68

Gráfico 6 – Variável comunicação................................................................................69

Gráfico 7 – Variável política disciplinar .......................................................................71

Gráfico 8 – Variável flexibilidade.................................................................................72

Gráfico 9 – Variável localização...................................................................................73

Gráfico 10 - Variável atualização e treinamento...........................................................74

Gráfico 11 - Variável recrutamento e seleção...............................................................75

Gráfico 12 – Variável carga de trabalho .......................................................................76

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ARH: Administração de Recursos Humanos

CLT: Consolidação das Leis do Trabalho

GRI: Gerente de Relações Industriais

GRH: Gerente de Recursos Humanos

TED: Treinamento e Desenvolvimento

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................14

1.1 Problema de pesquisa...............................................................................................15

1.2 Objetivos..................................................................................................................16

1.2.1 Objetivo geral..........................................................................................................16

1.2.2 Objetivos específicos...............................................................................................16

1.3 Justificativa ..............................................................................................................16

1.4 Apresentação geral do trabalho................................................................................17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................19

2.1 Conceito e evolução do trabalho..............................................................................19

2.2 Evolução histórica sobre a área de recursos humanos.............................................21

2.3 Conceitos de rotatividade.........................................................................................25

2.3.1 Causas da rotatividade.............................................................................................28

2.4 Conceitos de absenteísmo........................................................................................31

2.4.1 Causas do absenteísmo............................................................................................33

2.5 Implicações da rotatividade e do absenteísmo.........................................................35

2.6 Alguns estudos atuais sobre rotatividade e absenteísmo .........................................37

2.7 Teoria comportamentalista ......................................................................................39

2.8 Conceitos de motivação ...........................................................................................42

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ......................................................................47

3.1 Caracterização da pesquisa ......................................................................................47

3.2 Contexto e participantes da pesquisa .......................................................................50

3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados...................................................52

3.4 Tratamento e análise dos dados ...............................................................................54

4 RESULTADOS DA PESQUISA...........................................................................56

4.1 A FJG Serviços de Transporte Ltda ME..................................................................56

4.2 Análise dos resultados .............................................................................................59

4.2.1 Quanto à entrevista semi estruturada realizada com a responsável pela área de

recursos humanos.................................................................................................................59

4.2.2 Quanto à observação participante: ...........................................................................60

4.2.3 Quanto às variáveis integrantes do questionário: ....................................................61

4.3 Proposta de melhorias das variáveis com menor pontuação....................................78

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................81

REFERÊNCIAS.................................................................................................................83

APÊNDICE.........................................................................................................................87

ANEXO...............................................................................................................................94

14

1 INTRODUÇÃO

No atual ambiente globalizado e dinâmico, para a empresa ser bem sucedida e

principalmente para tornar-se competitiva não basta possuir a melhor tecnologia, as melhores

estruturas, o importante é ter uma organização com pessoas motivadas que tendem á dar o

melhor de si para o desenvolvimento tanto do seu trabalho como para o crescimento da

organização como um todo.

Desta forma, empresas que possuam funcionários motivados tendem a manter

minimizado o índice de rotatividade e absenteísmo e, com isso, os problemas e custos

decorrentes de faltas, atrasos, indenizações e direitos trabalhistas.

Vergara (2000) afirma que Freud nos diria que são nossos conteúdos psicológicos -

diferentes de pessoa para pessoa – que nos encaminham em determinada direção, neste

sentido o caráter de interioridade da motivação nos diz que ela é experimentada por cada

pessoa, não sendo, portanto, generalizável.

Com isso, administrar pessoas é uma tarefa difícil, pois cada indivíduo é um ser em

particular, com sonhos distintos e expectativas diversas, portanto, neste sentido motivá-los é

tarefa primordial em qualquer tipo de organização.

A rotatividade de recursos humanos ou turnover de acordo com Morales (2002) é um

dos aspectos mais importantes da dinâmica organizacional. Este termo é utilizado para definir

a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente, sendo que o intercâmbio de

pessoas entre a organização e o ambiente é definido pelo volume de pessoas que ingressam e

que saem da organização.

Percebe-se que a rotatividade de pessoal ocorre por fatores internos e externos à

organização, sendo que o desligamento do funcionário da empresa pode ser por parte do

empregador ou do empregado, ou seja, os fatores podem estar nas deficiências da organização

ou na falta de interesse do funcionário pela empresa.

O absenteísmo, também denominado ausentismo, é o montante de faltas no trabalho,

bem como atrasos e saídas antecipadas acontecidas durante um determinado período

(MARRAS, 2000), desta forma o levantamento do absenteísmo tem como objetivo avaliar as

15

horas perdidas de trabalho e os prejuízos em decorrência delas, como também, auxiliar num

possível diagnóstico de problemas dentro da organização e busca de soluções (FIDELIS;

BANOV, 2006).

O conhecimento e a análise dos indicadores são importantes para identificar as

possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo, além de ser uma importante ferramenta

para uma gestão estratégica, sendo que os resultados gerados pela presente pesquisa

possibilitam uma visão mais clara dos aspectos fortes e fracos da empresa no que tange aos

funcionários e, com isso, possibilita uma ação mais efetiva por parte da empresa pesquisada.

A pesquisa de rotatividade e absenteísmo na empresa FJG Serviços de Transporte Ltda

ME, visa identificar as possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo e,

consequentemente, rever o referencial teórico sobre rotatividade e o absenteísmo para

fundamentar o desenvolvimento da pesquisa na empresa, conhecer qual é a política da

empresa em relação à rotatividade e o absenteísmo e propor sugestões que auxiliem a empresa

no processo de tomada de decisão referente às possíveis causas da rotatividade e do

absenteísmo na empresa.

Até o presente momento, não foi realizado nenhum tipo de pesquisa na empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME, e este trabalho têm o intuito de contribuir para a melhoria do

ambiente organizacional, com a detecção das possíveis causas e proposição de solução das

mesmas, como também incentivo as variáveis organizacionais que se apresentam positivas.

A FJG Serviços de Transporte Ltda ME é uma microempresa constituída por dois

sócios. Esta empresa é do ramo de transportes e possui a matriz em São José/ SC e sua filial

em Itajaí/ SC, sendo a matriz responsável, também, pela área administrativa da filial.

Neste sentido, o presente trabalho trata de um levantamento das possíveis causas da

rotatividade e do absenteísmo realizada dentro da matriz FJG Serviços de Transporte Ltda ME

com o intuito de verificar a percepção dos funcionários atuais e egressos na organização em

relação ao tema objeto deste estudo.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Que análise pode ser feita em relação aos aspectos que influenciam a rotatividade e do

absenteísmo da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME, tendo como base os

16

indicadores de rotatividade e de absenteísmo propostos no período de julho a outubro de

2009?

1.2 OBJETIVOS

Mattar (2001) alerta quanto à importância do objetivo de pesquisa, a clareza da sua

definição permitirá que este não seja inutilizado após todo esforço despendido. Os objetivos

que se têm em vista definem, muitas vezes, a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser

escolhido e o material a coletar (CERVO; BERVIAN, 1996).

Na sequência são apresentados os objetivos: geral e específicos.

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar as possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo na empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME no período de julho a outubro de 2009.

1.2.2 Objetivos específicos

A) Rever referencial teórico sobre a rotatividade e o absenteísmo para fundamentar o

desenvolvimento da pesquisa na empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME;

B) Conhecer qual é a política da empresa em relação à rotatividade e o absenteísmo na

empresa FJG Serviços de Transportes Ltda ME;

C) Propor sugestões que auxiliem a empresa no processo de tomada de decisão referente

a rotatividade e o absenteísmo na empresa FJG Serviços de Transportes Ltda ME.

1.3 JUSTIFICATIVA

O conhecimento a respeito da rotatividade de pessoal é uma preocupação da área de

recursos humanos quanto ao seu planejamento estratégico. A elevada rotação de pessoal

provoca custos altos para as empresas, aumentam os custos da demissão, gera estresse pela

saída do funcionário, exige novos investimentos no recrutamento, na seleção, na socialização

e no treinamento do novo integrante do posto de trabalho.

Para um planejamento de recursos humanos é importante conhecer as informações da

rotatividade e do absenteísmo do seu pessoal, sendo que a pesquisa de rotatividade e de

absenteísmo pode ser uma ferramenta de apoio para a gestão financeira e de pessoas na

empresa.

17

A identificação dos motivos da rotatividade de pessoal possibilita a utilização de

ferramentas adequadas para diminuir de forma significativa os altos resultados do turnover,

reduzindo os custos decorrentes das entradas e saídas de pessoas da organização e

aumentando a produtividade.

A ausência ao trabalho, qualquer que seja o motivo, representa um fator de aumento

dos custos e de diminuição da produtividade. Ao combater o absenteísmo com eficiência a

empresa pode aumentar as horas trabalhadas e, com isso, a produtividade.

Este estudo é importante para a realização de uma gestão eficaz, pois com o

conhecimento dos indicadores e das possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo a

organização se torna consolida com o maior embasamento para a tomada de decisão, sendo

também uma ferramenta primordial para o planejamento estratégico da empresa.

O resultado desse trabalho visa contribuir com a empresa, viabilizando soluções para

problemas existentes atualmente, podendo acarretar melhoria nas relações que envolvem

clientes, funcionários e chefia.

Para a UNIVALI, esse trabalho será importante visto que os demais acadêmicos

interessados no conteúdo sobre rotatividade e absenteísmo poderão utilizá-lo como fonte de

pesquisa bibliográfica para obter conhecimento referente ao tema em estudo.

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO

O trabalho está estruturado em cinco capítulos. Inicialmente apresenta-se a

introdutória da pesquisa, sendo o objeto de estudo identificar as possíveis causas da

rotatividade e do absenteísmo na empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME. Tem-se

como problema de pesquisa verificar que análise pode ser feita em relação aos aspectos que

influenciam a rotatividade e o absenteísmo, por meio de objetivos específicos e dados as

devidas justificativas para a realização do mesmo.

No segundo capítulo, são apresentados os fundamentos teóricos da rotatividade e do

absenteísmo, composto pelo conceito e evolução do trabalho, evolução histórica sobre a área

de recursos humanos, conceitos e causas da rotatividade e do absenteísmo, implicações da

rotatividade e do absenteísmo, estudos atuais sobre a rotatividade e absenteísmo, teoria

comportamentalista, bem como os conceitos de motivação.

18

No terceiro capítulo, são apresentados os procedimentos metodológicos que norteiam

o estudo, além das variáveis apresentadas na pesquisa.

O quarto capítulo refere-se à caracterização da empresa e também à análise dos

resultados encontrados na pesquisa.

No quinto capítulo, um relato das considerações finais e sugestões de melhorias na

organização.

19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Roesch (1996), a fundamentação teórica é uma das seções mais longas

e trabalhosas, pois na prática, implica seleção, leitura e análise de textos relevantes ao tema da

pesquisa.

A seguir, encontram-se os temas que embasam a pesquisa.

2.1 CONCEITO E EVOLUÇÃO DO TRABALHO

O trabalho é um tema que vem sendo amplamente debatido há muitos séculos, sendo

ele um meio de vida. Segundo Santos e Fialho (1995) do ponto de vista etimológico, a palavra

trabalho vem do latim popular tripalium, que era um aparelho destinado a constranger, um

instrumento de tortura. Da mesma forma, o verbo trabalhar vem do latim popular tripaliare,

que significa torturar com o tripalium.

Para Giddens (1997, p. 578) “podemos definir o trabalho como a realização de tarefas

que envolvem o dispêndio de esforço mental e físico, com o objetivo de produzir bens e

serviços para satisfazer necessidades humanas”.

O trabalho pode ser considerado o processo no qual o homem transforma a natureza e

o ambiente ao seu redor mediante o intercâmbio de matérias com o meio. Da mesma forma,

Marx (1948, p. 180) apud Santos e Fialho (1995, p. 18) corrobora que “o trabalho é,

primeiramente, um ato que se passa entre o homem e a natureza. O homem desenvolve em

relação à natureza o papel de uma potência natural. As forças, cujo seu corpo é dotado, braços

e pernas, cabeça e mãos, ele as coloca em movimento a fim de se apropriar das matérias, lhes

dando uma forma útil a sua vida.”

No início, o trabalho era completo. O trabalhador concebia e executava integralmente as atividades necessárias à realização de um produto. O trabalhador era o “senhor do seu trabalho” e os bens que ele produzia eram resultado de um trabalho individual. O trabalho era qualificado e seu resultado pertencia ao trabalhador que o realizava (ASSIS, 1999).

Ainda, o neoclássico Drucker (1997) concorda em parte com os autores da escola de

Frankfurt no momento em que afirma que o trabalho é parte fundamental na consciência do

ser humano desde os tempos mais remotos. O homem não é perfeitamente definido como um

ferramenteiro; mas engenhar instrumentos é algo específico e exclusivo do ser humano. O

20

trabalho, portanto, tem sido uma profunda preocupação da humanidade há muitos milênios.

O estudo organizado do trabalho teve seu início nas últimas décadas do século XIX,

sendo Frederick Winslow Taylor o primeiro homem da história conhecida a sistematizar,

estudar e analisar o trabalho. Em 1895, Taylor apresentou à sociedade o que é considerado o

primeiro trabalho da administração científica: A piece-rate system (Um sistema de pagamento

por peça).

Com isso, o trabalho é fragmentado ao máximo e o trabalhador se torna especialista

em apenas uma das operações necessárias à execução de um produto. Os chamados métodos

científicos fragmentam ainda mais o trabalho e o funcionário passa a atender as receitas

prescritas pela empresa, perdendo a sua autonomia. Aumenta o controle sobre o trabalho e se

aprofunda ainda mais a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual (ASSIS, 1999).

Histórica e politicamente a humanidade se estrutura, quase em sua totalidade, em função do conceito de trabalho. Os seres humanos, desde os caçadores da era paleolítica aos fazendeiros, artesãos medievais, operários da linha de montagem do século XX, profissionais da área técnico-científica informacional de hoje, têm no trabalho parte fundamental de sua existência, de sua razão de viver (ARAÚJO; SACHUK, 2007, p. 54).

O trabalho é um dos fatores mais importantes da existência humana, sendo que é por

meio deste que o homem se faz homem, constrói a sociedade, transforma-a e faz a história. O

trabalho torna-se, então, categoria essencial que lhe permite não apenas explicar o mundo e a

sociedade, o passado e a constituição do homem, como também antever o futuro e propor uma

prática transformadora – a tarefa de construir uma nova sociedade [...] (ARAÚJO; SACHUK,

2007).

De acordo com Assis (1999) nas décadas de 70 e 80 tem-se o início da crise do

modelo de produção em vigor, muito embora desde o início da psicologia industrial as bases

deste modelo viessem sendo questionadas. A maior crítica se referia à motivação dos

trabalhadores para executarem as suas tarefas. A crise se bate sobre a economia mundial e

sinaliza o fim de uma indústria de produção rígida, maciça e uniformizada.

A realização humana e o trabalho estão intrinsecamente relacionados, sendo que este

cumpre o papel de suprir à necessidade do ser humano de pertencer a um grupo e de manter

relações expressivas com outras pessoas. O trabalho provoca diferentes graus de motivação e

de satisfação no trabalhador, principalmente quanto à forma e ao meio no qual desempenha

sua tarefa, neste contexto surge à necessidade de se voltar ao estudo dos recursos humanos

21

nas organizações.

2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA SOBRE A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

A Administração de Recursos Humanos (ARH) é uma especialidade que compreende

a relação entre capital e trabalho, ou seja, está estruturada sobre as organizações e as pessoas.

Segundo Gil (1994, p. 13), “a administração de recursos humanos surge em

decorrência do crescimento das organizações e do aumento da complexidade das tarefas e da

gestão de pessoal”. Marras (2000, p. 22) ratifica que “tudo começou com a necessidade de

‘contabilizar’ os registros dos trabalhadores, com ênfase, obviamente, nas horas trabalhadas,

faltas e atrasos para efeitos de pagamento ou de desconto”.

Ainda, para Drucker (1997) a administração de pessoal em nível mundial, teve início

com a Primeira Guerra Mundial. Nasceu com o recrutamento, treinamento e pagamento de

massas e massas de novos trabalhadores envolvidos na produção de uma economia de guerra.

Em se tratando da realidade brasileira, de acordo com Marras (2000) podemos

destacar cinco fases na evolução da gestão de recursos humanos:

O período antes de 1930 é considerado a fase contábil. Nesta fase, a função de Gestão

de Pessoas era inexistente e a preocupação da organização estava nos custos. O enfoque sobre

os trabalhadores era contábil e se baseava no controle de frequência e faltas, pagamentos,

admissão e demissão de pessoal.

De 1930 a 1950, está a considerada fase legal. Em 1 de maio de 1943, surge a

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) decreto – Lei n° 5.452, aprovada por Getúlio

Vargas. As leis trabalhistas recém-criadas trazem a preocupação com o aspecto legal e o

aparecimento da função de chefe de pessoal. Até os anos 50, o responsável pela área de

pessoal era preferencialmente um advogado: em geral, um profissional metódico, seguidor

ferrenho das leis e pouco afeito aos meandros do business ou dos detalhes psicossociais dos

trabalhadores.

A década de 50 até os anos de 1965 reflete a fase tecnicista. Esta fase se inicia com a

entrada das multinacionais no País as indústrias automobilísticas, implementadas por

Juscelino Kubitschek, iniciam a implantação do modelo americano de gestão de pessoal. É

criado o Departamento de Relações Industriais e aparece o Gerente de Relações Industriais

22

(GRI). Foi nessa fase que a área de recursos humanos passou a operacionalizar serviços como

os de treinamento, recrutamento e seleção, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho,

benefícios e outros (MARRAS, 2000).

A fase administrativa ou sindicalista ocorre de 1965 a 1985. Embora este período seja

o da ditadura militar, há todo um movimento sindical denominado “novo sindicalismo”.

Aparece o Gerente de Recursos Humanos (GRH). Ao mesmo tempo em que se dá importância

ao Administrador de Empresas para o cargo, há um retrocesso à fase legalista. Dados os

movimentos sindicais, muitas empresas preferiram trocar profissionais de administração por

profissionais de formação jurídica (MARRAS, 2000).

Aceleram-se as mudanças tecnológicas alterando a forma de gerenciar pessoas.

Tecnologia de produção exige habilidades específicas. Nos escritórios, muitas funções passam

a ser desenvolvidas por máquinas, com maior eficiência e economia. O computador começa a

fazer parte da vida do executivo e a aparecer nas fábricas (MARRAS, 2000).

A partir da década de 80, a literatura anglo-saxônica enfatiza a necessidade da prática

de um modelo baseado no comprometimento das pessoas. Este modelo é baseado na

confiança entre a empresa e os funcionários. A discussão sobre a ARH se desenvolveu frente

a crise e a recessão nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, e, principalmente, ao sucesso do

modelo japonês de administração e a ameaça competitiva que este gerou nos mercados do

Ocidente (ROESCH, 1996).

Diante disto, surgem novas teorias e técnicas gerenciais: gestão participativa,

planejamento estratégico, controle total de qualidade, entre outras, que vão refletir na maneira

de gerenciar pessoas.

A fase estratégica está de 1985 até dias atuais. Na década de 1990, com o governo

Collor, os níveis de empregos e salários baixaram sensivelmente. Elevou-se o número de

falências e concordatas. Para sobreviver à crise, as empresas utilizaram como estratégia

enxugar seus organogramas, diminuir a quantidade de nível hierárquico e atribuir algumas de

suas funções a terceiros.

É no fim da década de 1990 que a idéia de gestão de pessoas, diferenciada por alguns

autores da idéia da administração de recursos humanos, começa a ter forma.

Corroborando com esta evolução, Limongi-França (2007) explícita que as empresas

23

são feitas de pessoas para pessoas. A pedra fundamental da gestão de pessoas está na

contribuição conceitual e prática para uma vida humana mais saudável e com resultados

legítimos de produtividade, qualidade e desenvolvimento e competitividade sustentável.

A área de recursos humanos obteve uma valorização crescente, principalmente nos

países mais desenvolvidos na cultura e na economia, fato que ocorreu pela comprovação da

necessidade da área nas possibilidades de desenvolvimento dos seus conhecimentos e

técnicas, influenciando diretamente na eficácia dos resultados da empresa (MORALES,

2002).

Atualmente a área de pessoal está saindo de uma fase protetora e se tornando

planejadora e agente de mudanças. A transformação de departamento de recursos humanos

para administração de recursos humanos reflete o fato de que nas organizações atuais,

achatadas, competitivas e voltadas para o downsizing, são os funcionários altamente treinados

e comprometidos, e não as máquinas, que geralmente constituem a grande chave para a

competitividade da empresa (DESSLER, 2003, p. 9).

O comportamento do funcionário é particularmente importante em empresas de

serviços, sendo necessário uma constante construção do comprometimento dos funcionários,

aliando as metas dos empregadores e dos funcionários de modo que estes queiram fazer seu

trabalho como se fossem os donos da empresa (DESSLER, 2003, p. 11-12).

O surgimento e a evolução da área de recursos humanos ocorreram devido ao

ambiente em que a sociedade estava no momento, suprindo as novas necessidades da

organização. O quadro a seguir traz uma síntese evolutiva da relação do ambiente com as

características dos gestores de recursos humanos de cada respectivo período.

24

PERÍODO AMBIENTE FOCO DA

MEDIAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DO

GESTOR DE RH

• Trabalho escravo; • Feitor. Era um ex-escravo ou filho

bastardo de branco com escrava.

• Economia baseada na

Agricultura e no extrativismo;

• Preconceitos raciais legítimos pela

igreja e pela ciência;

• Disciplina, com subjugação física,

social e psicóloga para agradar o senhor

branco.

Colonialismo

• Patriarca.

• Identidade ambígua. Não quer ser

escravo, mas é preto. Quer ser branco, mas

não é aceito.

• Ditadura populista de Vargas; • Proteção da empresa contra a CLT; Anos 30

• Criação de leis e instituições de

mediação de relação capital/trabalho.

• Os termos da Lei dão os limites e

os contornos da relação.

• Chefe de pessoal na maioria das vezes

formado em Direito.

• Euforia. “50 anos em 5”; • Formação de mão-de-obra técnica; • O chefe de pessoal vira gerente de RI;

• Presidente Bossa Nova (JK);

• Disciplina no ambiente de

trabalho;

• O cargo era diferente, mas, na maioria

das vezes, a mesma pessoa o ocupava.

Anos 50

• Abertura às empresas estrangeira

(automóveis).

• Manutenção dos sindicatos sob

controle.

• Eclosão da crise do petróleo; • Manutenção da empresa longe das

greves e do assédio de sindicatos;

• Estrategista reativo e negociador

perspicaz (em relação às greves);

• Continuidade do Governo Militar

(ufanismo nacionalista);

Anos 70

• Sindicalista radical (greves)

• Explosão da atividade de

treinamento (Lei 6.297)

• Bom administrador de recursos

financeiros advindos da Lei 6.297.

• Década perdida; • “Todos na empresa são

responsáveis por RH”;

• Grande “jogo de cintura”;

• Luta pela volta das eleições diretas; • Necessidade de saber estar na

gangorra (ora demite; ora desenvolve);

• Instabilidade econômica (inflação

descontrolada);

Anos 80

• Empresas desempregando (cortes).

• Desenvolvimento de executivos

por meio de modelos importados. • Atualização em relação a técnicas,

principalmente americanas, de

“desenvolvimento de executivos”.

• Brasil na globalização; • Esforço para manter a área de RH

na empresa;

• Preocupação com a inserção no

mundo empresarial o conduz a grandes

esforços para entender e influenciar o

negócio da empresa;

• Neoliberalismo (lei do mercado como

mediador);

• Tentativas para mostrar o valor

agregado da área de RH; • Tentativas de abandonar do discurso

romântico de RH e concentrar-se em

resultados;

• República de Alagoas;

• Nova moeda;

• FHC;

Anos 90

• Desemprego e recessão;

Política e economia incertas.

• Esgotamento do modelo de RH

baseado em fidelidade e dedicação.

• Procura de mais pragmatismo nas

atuações.

Quadro 1 – Síntese evolutiva da área de recursos hu manos Fonte: Chiavenato, 1998, p. 213.

25

Então, a ARH lida com estratégias de recursos humanos, relações sindicais, relações

de trabalho e com técnicas que possuem relação e que interferem na função recursos

humanos, tais como recrutamento, seleção, treinamento, planos de cargos e salários, avaliação

de desempenho, incentivos e remuneração. Os temas mais diretamente derivados da

Psicologia e Sociologia dizem respeito a expectativas e atitudes em relação ao trabalho,

motivação, participação, liderança, comunicação, conflito, poder influência, qualificação e

produtividade (ROESCH, 1996).

Já os temas mais atuais segundo Roesch (1996) consideram o estudo do poder e

cultura organizacional, novas formas de organização do trabalho, qualidade de vida no

trabalho, práticas de envolvimento dos trabalhadores, comprometimento dos níveis gerenciais,

ligação entre a estratégia empresarial e de recursos humanos.

Diante deste contexto, Morales (2002) afirma que um dos aspectos mais importantes

da dinâmica organizacional é a rotatividade de recursos humanos ou turnover, e devido a sua

importância na gestão foi um dos primeiros aspectos a serem estudados pela área de recursos

humanos.

2.3 CONCEITOS DE ROTATIVIDADE

As demissões e as respectivas substituições são temas de grande preocupação para as

organizações, uma vez que impactam de forma bastante significativa no planejamento

estratégico da empresa, principalmente quando ocorrem de forma inesperada e frequente.

Sendo assim, conforme Chiavenato (1998) a rotatividade ou turnover é um dos aspectos mais

importantes da dinâmica organizacional.

Segundo Chiavenato (2002) o termo rotatividade define a flutuação de pessoal entre

uma organização e seu ambiente, neste sentido o intercâmbio de pessoas entre a organização e

o ambiente é definido pelo volume de pessoas que ingressam e que saem da organização.

Ainda Chiavenato (1999, p. 69) “a rotatividade refere-se ao fluxo de entradas e saídas

de pessoas em uma organização, ou seja, às entradas de pessoas para compensar as saídas de

pessoas das organizações”.

De acordo com Banov e Fidelis (2006) a rotatividade traz para a empresa um custo

muito alto, uma vez que as organizações perdem com o custo da demissão, o estresse gerado

26

pela saída de um funcionário, os investimentos aplicados e o novo custo de recrutamento,

seleção, socialização organizacional e treinamento do novo integrante do posto de trabalho.

Para Milkovich e Boudreau (2000) o funcionário que sai da empresa pouco tempo

depois de contratado é de menos valia do que aquele que continua na organização. Sendo

assim, é de suma importância a valorização do funcionário que permanece na empresa como

meio de motivar a permanência deste capital intelectual na equipe de trabalho.

O desligamento pode ocorrer por iniciativa do funcionário ou por iniciativa da

organização. Quando a rescisão contratual se dá por iniciativa do funcionário as variáveis

envolvidas podem ser externas como, oportunidade de trabalho que melhor se moldam ao seu

estilo de vida. Quanto às variáveis internas têm-se como principais motivadores a estrutura e a

cultura organizacional.

A iniciativa da organização pelo desligamento dos funcionários pode ocorrer quando a

organização decide substituí-los por outros mais adequados às suas necessidades, para corrigir

problemas de seleção inadequada ou reduzir sua força de trabalho.

De acordo com Chiavenato (2002) a rotatividade de pessoal se dá por meio de uma

relação percentual entre as admissões e os desligamentos com relação ao número médio de

participantes da organização num determinado período de tempo.

Ainda Chiavenato (1998) o cálculo do índice de rotatividade se baseia no volume de

entradas e saídas de pessoal em relação aos funcionários que estão na organização, dentro de

um determinado período de tempo, e em termos percentuais.

Quando se trata de medir o índice de rotatividade de pessoal para efeito do

planejamento de ARH, utiliza-se a seguinte equação:

Índice de Rotatividade de Pessoal = EM

DA100

2×+

Onde:

A = admissões de pessoal dentro do período considerado (entradas);

27

D = desligamentos de pessoal (tanto por iniciativa da empresa como por

iniciativa dos empregados) dentro do período considerado (saídas);

EM = efetivo médio dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma

dos efetivos existentes no início e no final do período, divida por dois.

Quando se trata de analisar as perdas de pessoal e suas causas, não se consideram as

admissões (entradas) no cômputo do índice de rotatividade de pessoal, mas somente os

desligamentos, sejam por iniciativa da organização ou dos empregados:

Índice de rotatividade de Pessoal = EM

D 100×

Quando se trata de analisar as perdas de pessoal para verificar os motivos que levaram

as pessoas a deixar a organização, consideram-se apenas os desligamentos por iniciativa dos

empregados, desprezando-se os desligamentos provocados pela organização.

Índice de Rotatividade de Pessoal =

++×

a

NnNND

K21100

Onde:

D = demissões espontâneas a serem substituídas;

N1 + N2...Nn = somatória dos números de empregados no início de cada mês;

a = número de meses do período.

Este índice de rotatividade mais específico é o que melhor atende a uma análise das

causas e determinantes dos desligamentos voluntários, o problema é que parece haver elevada

correlação positiva entre as empresas excelentes e baixos índices de rotatividade.

De acordo com Fidelis e Banov (2006) a rotatividade pode ser negativa ou positiva,

sendo que o turnover negativo ocorre quando a organização perde bons funcionários, já o

positivo é quando o pessoal que sai da empresa possui fraco desempenho, o que possibilita a

organização contratar pessoas mais qualificadas, motivadas e com novas idéias.

28

Ainda Fidelis e Banov (2006) para a maioria das empresas, a rotatividade tem sido um

problema sério, uma vez que independente da rotatividade ser positiva ou negativa sempre

apresenta custos para a empresa, que gastará com o recrutamento, a seleção e o treinamento

das pessoas que substituirão aquelas que saíram da empresa.

2.3.1 Causas da rotatividade

Das causas internas da rotatividade de pessoal, que ocorrem na organização, as

principais segundo Morales (2002) são: a política salarial, a política de benefícios, o tipo de

supervisão exercido sobre o pessoal, as oportunidades de crescimento profissional oferecidas,

o tipo de relacionamento humano, as condições físicas ambientais de trabalho, a moral do

pessoal, a cultura organizacional, a política de recrutamento e seleção de recursos humanos; a

política disciplinar, os critérios do desempenho e o grau de flexibilidade das políticas.

A rotatividade de pessoal é influenciada, também, por variáveis externas à empresa,

que de acordo com Fidelis e Banov (2006) são: oferta de trabalho, novas perspectivas de

desenvolvimento profissional, proximidade com a residência, a conjuntura econômica e

mercado favorável.

Segundo Rosário (2009) algumas causas da rotatividade são: ofertas mais atraentes por

outras empresas; instabilidade econômica; ambiente e imagem organizacional; insatisfação

quanto à política salarial da organização; política de benefícios insuficiente; o tipo de

supervisão exercido sobre o pessoal; falta de política e estratégias para crescimento,

aprendizagem e carreira; o tipo de relacionamento humano dentro da organização; as

condições de trabalho da organização; rotina sem desafios; a cultura organizacional da

empresa; a política de recrutamento e seleção de recursos humanos; falta de reconhecimento;

entre outros.

Para Chiavenato (1995), as causas da rotatividade nas empresas estão diretamente

ligadas à política salarial adotada; política de benefícios; oportunidade de progresso

profissional oferecida pela empresa; tipo de supervisão; política disciplinar; condições físicas

e ambientais de trabalho; motivação do pessoal.

A alta rotatividade é sinônimo de perda de produtividade, de lucro e de saúde

organizacional. Reflete na motivação das pessoas, no comprometimento, e gera mais

absenteísmo e rotatividade, interferindo até mesmo exteriormente à empresa, como na

credibilidade junto aos clientes (POMI, 2005 apud DALL’INHA, 2006).

29

A rotatividade pode estar relacionada diretamente às funções, às atribuições da área de

recursos humanos e à falta de critérios de avaliação da qualidade, de processos e serviços

deste setor: deficiências na contratação; falta de acompanhamento durante o processo de

aculturação; falta de conhecimento e encaminhamento quanto às insatisfações com as

lideranças; falta de investimentos em Treinamento e Desenvolvimento (TED); falta de um

plano estratégico de identificação e retenção de talentos, entre outros (POMI, 2005 apud

DALL’INHA, 2006).

Para Chiavenato (1998) a rotatividade é a consequência de certos fenômenos

localizados interna ou externamente à organização que condicionam a atitude e o

comportamento das pessoas, sendo assim, uma variável dependente dos fenômenos internos e

externos à organização.

Ainda, Chiavenato (1998) as informações referentes aos fenômenos internos e

externos são obtidas por meio das entrevistas de desligamentos com as pessoas que saíram da

organização, para assim diagnosticar as falhas e corrigir as causas que estão provocando o

êxodo dos profissionais. Entre os fenômenos internos responsáveis pelos desligamentos estão

praticamente todos os itens que fazem parte de uma política de recursos humanos, uma vez

que a política de recursos humanos inadequada promove uma atitude dos funcionários que

predispõe à sua retirada da organização. Portanto, um dos melhores indícios de uma adequada

política de recursos humanos é a permanência do pessoal na organização, acompanhada de

participação e dedicações dos profissionais.

A entrevista de desligamento constitui um dos meios de controlar e medir os

resultados da política de recursos humanos desenvolvida pela organização (CHIAVENATO,

1998), sendo assim, a aplicação da entrevista de desligamento tem como objetivo levantar as

causas do desligamento de pessoas da organização (FIDELIS; BANOV, 2006) e procurar dar

apoio ao funcionário que está se desligando da empresa, nos casos de demissão. As

informações como: a impressão que o profissional leva da empresa, problemas percebidos e

sentimentos, são analisadas com o intuito de melhorar continuamente as práticas

administrativas da organização.

O fluxograma a seguir demonstra de forma esquematizada as etapas do processo de

análise da rotatividade, como, também, permite visualizar e compreender melhor os

procedimentos a serem adotados em cada etapa do processo.

30

Quadro 2 - Sistema de informação e ajustamento da política de recursos humanos Fonte: Morales, 2002 apud Chiavenato, 1994, p. 39.

31

De acordo com Fidelis e Banov (2006) a cada dia nota-se que o tempo de permanência

das pessoas nas empresas vem diminuindo gradativamente, por fatores que vem interferindo

na saída dessas pessoas, como a rotatividade e o absenteísmo.

Os pesquisadores alertam que a satisfação no trabalho é um fator de ausência somente

quando existe uma cultura de aceitação e política de ausência liberal. Com relação às políticas

organizacionais, é possível observar que as empresas que controlam as ausências por meio de

recompensas pela frequência ou punições pelas ausências são aquelas que apontam um menor

número de ausências (FIDELIS; BANOV, 2006).

2.4 CONCEITOS DE ABSENTEÍSMO

O absenteísmo, também denominado ausentismo, é o montante de faltas no trabalho,

bem como atrasos e saídas antecipadas acontecidas durante um determinado período

(MARRAS, 2000). Neste mesmo sentido Chiavenato (1998) corrobora que o absenteísmo é a

soma dos períodos em que os empregados da organização se encontram ausentes do trabalho,

seja por atraso, falta ou algum motivo interveniente.

O levantamento do absenteísmo tem como objetivo avaliar as horas perdidas de

trabalho e os prejuízos em decorrência delas, como também, auxiliar num possível

diagnóstico de problemas dentro da organização e busca de soluções. O absenteísmo pode

identificar entre outros, a insatisfação no trabalho, as injustiças e as oportunidades no mercado

(FIDELIS; BANOV, 2006).

Ainda, segundo Fidelis e Banov (2006) para atingir os objetivos do levantamento do

absenteísmo, as empresas fazem uso de um ou mais índices para verificar as suas ausências.

Esses índices podem ser mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo da prioridade

estabelecida e de sua cultura organizacional.

Para Chiavenato (1998) o índice de absenteísmo reflete a percentagem do tempo não

trabalhado em decorrência das ausências em relação ao volume de atividade esperada ou

planejada. Nestes termos, a fórmula que tem sido adotada por algumas empresas é a seguinte:

Índice de absenteísmo = 100__

__×

°°

planejadashorasdeN

perdidashorasdeN

32

As políticas de ARH, segundo Chiavenato (1995), podem estar contribuindo para a

redução dos índices de absenteísmo e de rotatividade e para a produtividade do profissional,

melhorando a qualidade de vida no trabalho do colaborador.

Segundo Chiavenato (2002), as causas do absenteísmo nem sempre estão no próprio

empregado, mas na organização, na supervisão deficiente, no empobrecimento das tarefas, na

falta de motivação e estímulo, nas condições desagradáveis de trabalho, na precária integração

do empregado à organização e nos impactos psicológicos de uma direção deficiente.

Ribeiro (2006) salienta que a ausência ao trabalho, qualquer que seja o motivo,

representa um fator de aumento dos custos e de diminuição da produtividade. Ao combater o

absenteísmo com eficiência a empresa pode aumentar as horas trabalhadas e, com isso, a

produtividade.

Segundo Fidelis e Banov (2006, p. 152), “a ausência causa prejuízo para as empresas

que mesmo remunerando ou não o trabalhador, é um momento em que outras pessoas terão de

suprir as necessidades pela ausência daquele posto de trabalho, pois a operação não pode

diminuir a eficiência do processo como um todo”.

De acordo com Ribeiro (2006) as faltas ao trabalho acarretam despesas para a

empresa, e por este motivo é indicado confeccionar uma planilha para apurar os custos, não só

com relação aos funcionários faltosos, mas também com relação aos gastos de substituição e

aos encargos sociais incorridos.

Faltas consideradas legais são as previstas pela legislação, a exemplo dos casos de:

− Falecimento do cônjuge, ascendente, irmão ou pessoa que, comprovadamente,

viva sob sua dependência econômica: até dois dias consecutivos;

− Casamento: três dias úteis;

− Doação voluntária de sangue: um dia em cada 12 meses de trabalho;

− Alistamento eleitoral: até dois dias;

− Nascimento de filho: cinco dias consecutivos.

33

As faltas voluntárias são as injustificadas e, portanto, passíveis de serem descontadas.

Motivos mais comuns: alegação de doença sem atestado, problema no transporte, levar um

filho ao médico, alcoolismo, problemas domésticos (RIBEIRO, 2006).

De acordo com Fidelis e Banov (2006, p. 150) “as faltas e atrasos injustificados são a

grande preocupação da área de recursos humanos, pois denotam a falta de interesse por parte

do trabalhador na empresa que o está empregando.”

2.4.1 Causas do absenteísmo

Os níveis de absenteísmo acima do normal causam um impacto direto sobre a

eficiência e a eficácia da organização, uma vez que o fluxo de trabalho é interrompido e

decisões frequentemente importantes precisam ser postergadas (ROBBINS, 2002 apud

FIDELIS; BANOV, 2006)

Os motivos para uma falta ou atraso, podem ser: salário baixo; benefícios que não

atendem às necessidades; relacionamento ruim com o superior ou com a equipe; falta de

perspectiva profissional; procura de nova oferta de trabalho (FIDELIS; BANOV, 2006).

“Outros tipos de ausência são: “falta ou atraso por problemas de saúde; afastamentos

justificados (acidente do trabalho, auxílio-doença, enfermidade, fisioterapias, maternidade

paternidade, falecimento, etc.” (FIDELIS; BANOV, 2006, p.152)

De acordo com Ribeiro (2006) as causas do absenteísmo podem ser:

− Políticas inadequadas: às vezes, é mais complicado abonar um atraso de 15

minutos do que justificar a falta de um dia;

− Omissão: a supervisão acha que a tarefa de controlar os horários e as faltas cabe à

área de Recursos Humanos; e vice-versa. Assim, por causa de posições pouco

claras quanto à assiduidade e o cumprimento dos horários, as faltas continuam;

− Falta de comunicação: é um recurso adotado por muitos funcionários, pois muitas

vezes não se explica claramente a política da empresa ao empregado;

− Ausência de punição: a empresa não adverte o faltante, o que incentiva os demais

a agirem da mesma forma.

34

Para McDonald e Shaver (2005) apud Dall’inha (2006) as causas das ausências não

previstas podem ser classificadas em três categorias: intrínsecas, extrínsecas e de

personalidade.

As causas intrínsecas, que estão relacionadas à natureza e às condições do trabalho e

refletem a satisfação do trabalhador, são: o trabalho em si; supervisão ineficiente; falta de

controle e sobrecarga de trabalho e exaustão física.

As causas extrínsecas, relacionadas às políticas de pessoal da organização, são:

políticas condolentes com as faltas; políticas liberais em fornecer licença de saúde; falta de

canais de comunicação da administração; falta de seleção, treinamento e orientação

adequados; falta de perspicácia em alocar o funcionário em setores apropriados e baixos

salários e más condições de trabalho.

As causas de personalidade dizem respeito ao comportamento do trabalhador. São

elas: empregados que criam conflitos entre os membros dos grupos; personalidade mais

propensa às faltas como: hipocondríaco, imaturo, fugitivo, abusivo e desmotivado e;

problemas pessoais relacionados ao abuso de álcool e drogas.

Ribeiro (2006) afirma que as faltas podem ocorrer por motivo de doenças, acidentes e

outros motivos comprováveis e também pela não-adaptação do funcionário, ou por sua

desmotivação.

De acordo com Chiavenato (1998) as principais causas do absenteísmo são: doença

efetivamente comprovada; doença não comprovada; razões diversas de caráter familiar;

atrasos involuntários por motivos de força maior; faltas voluntárias por motivos pessoais;

dificuldades e problemas financeiros; problemas de transporte; baixa motivação para

trabalhar; supervisão precária da chefia e políticas inadequadas da organização.

Chiavenato (1999) afirma que através dos seguintes procedimentos podemos avaliar o

funcionamento da política de recursos humanos. São eles: recrutamento e seleção; integração

pessoal do recém-admitido; remuneração; benefícios sociais; treinamento; movimentação

planificada de pessoal (plano de carreira); higiene e segurança do trabalho; manutenção de

disciplina e expediente; relacionamento formal e informal com os empregados; avaliação do

desempenho e relações trabalhistas.

35

2.5 IMPLICAÇÕES DA ROTATIVIDADE E DO ABSENTEÍSMO

Tanto a rotatividade quanto o absenteísmo possuem implicações positivas e negativas

para a organização. Fidelis e Banov (2006) afirmam que a rotatividade é negativa quando a

organização começa a perder bons funcionários. Já a rotatividade positiva ocorre quando o

pessoal que deixa a organização possui fraco desempenho, e neste momento a empresa tem a

oportunidade de contratação de pessoas mais qualificadas, motivadas e com novas idéias.

Ainda, Robbins (2002) apud Fidelis e Banov (2006, p. 154) as novas formas de

relações com o trabalho apontam algumas vantagens em relação à rotatividade:

No mundo empresarial de hoje, sempre em mudanças, certo nível de rotatividade voluntária de funcionário aumenta a flexibilidade organizacional e a independência deles, diminuindo assim a necessidade de demissões por parte da empresa.

Independente de ser positiva ou negativa, a rotatividade envolve custos primários,

secundários e terciários para a empresa, conforme quadro a seguir.

Custos Primários

- Custo de recrutamento e seleção

- Custo de registro e documentação

- Custo de integração

- Custo de desligamento

Custos Secundários

- Reflexos na produção

- Reflexos na atitude do pessoal

- Custo extralaboral

- Custo extra-operacional

Custos de

Rotatividade de

Pessoal

Custos Terciários - Custo extra-investimento

- Perda nos negócios

Quadro 3 - Custos de rotatividade de pessoal Fonte: Chiavenato, 1998, p. 189.

Para Milkovich e Boudreaus (2000) a rotatividade é um processo oneroso e a visão

empresarial mais frequente sobre a demissão e ver o dinheiro saindo pela porta e, como outra

consequência, as demissões podem causar profundo impacto na auto-estima e na segurança

das pessoas.

Já o absenteísmo, de acordo com Fidelis e Banov (2006) tem como implicação o

prejuízo para as empresas que mesmo remunerando ou não o trabalhador, é um momento em

que outras pessoas terão de suprir as necessidades pela ausência daquele posto de trabalho,

36

pois a operação não pode diminuir a eficiência do processo como um todo.

Segundo Robbins (2002) apud Fidelis e Banov (2006) são poucas as situações em que

o absenteísmo pode ser positivo. Nas profissões em que o erro do profissional pode ser um

risco para a vida de pessoas e o índice de tensão é alto, é melhor que se ausente e evite riscos

à outra pessoa e elevado custo a ambas.

Com isso, ainda para Fidelis e Banov (2006) a área de recursos humanos deve

focalizar seus esforços na compreensão das causas dessas ausências e propor medidas

objetivas para diminuir o nível de absenteísmo nas empresas, uma vez que o assunto deve ser

tratado como primordial para apoiar os gestores em suas decisões quanto a possíveis

demissões.

Diante dos aspectos acima descritivos apresenta-se a seguir um quadro síntese de

estudos contemporâneos sobre rotatividade e absenteísmo realizados por alguns pesquisadores

37

2.6 ALGUNS ESTUDOS ATUAIS SOBRE ROTATIVIDADE E ABSENTEÍ SMO

No atual ambiente globalizado e dinâmico, para a empresa ser competitiva no mercado

têm de valorizar as pessoas, uma vez que as organizações são constituídas de pessoas e

dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. Neste sentido, destacam-

se alguns estudos sobre rotatividade e absenteísmo:

Título Autor Ano Tipo

Absenteísmo de pacientes no ambulatório

de nutrição especializado em cardiologia

Alessandra

Macedo et al 2005

Artigo – Nutrição Brasil, Rio

de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 87-92,

mar. / abr. 2005

Análise da rotatividade de recursos

humanos na Back Serviços de Vigilância e

Segurança e Serviços Especializados Ltda

Vanderlei

Ponciano 2006

Trabalho acadêmico

(Graduação) – Universidade

do Vale do Itajaí – São José

Análise dos principais motivos do

absenteísmo dos trabalhadores: o caso da

Vonpar Refrescos S / A

Leonete

Gorges dos

Santos

2006

Trabalho acadêmico

(Graduação) – Universidade

do Vale do Itajaí

Relação da motivação com a rotatividade

de funcionários na empresa “Femina

Comércio e Representações Ltda”

Deisi de

Fátima Michel 2007

TCC (Graduação em

Administração – Comércio

Exterior) – Universidade do

Vale do Itajaí – São José

Análise dos fenômenos internos que

influenciam no turnover e no

comprometimento dos colaboradores na

Comissária Nelson Heusi Ltda

Leonardo

César Pereira

da Silva

2008

TCE (graduação em

Administração) –

Universidade do Vale do Itajaí

- Itajaí

Caracterização da rotatividade dos

funcionários: o caso da Casa Mendonça

Restaurante e Grill

Marina Nunes

Mendonça 2008

TCE (graduação em

Administração) –

Universidade do Vale do Itajaí

- São José

Qualidade de vida no trabalho e

rotatividade de pessoal: um diagnóstico no

setor de enfermagem do Hospital

Universitário Pequeno Anjo – HUPA em

Itajaí – SC

Igor Herkert de

Castro 2009

TCE (graduação em

Administração) –

Universidade do Vale do Itajaí

- Itajaí

Quadro 4 – Alguns estudos atuais sobre rotatividade e absenteísmo

Fonte: Pesquisa na Biblioteca Central Comunitária – Universidade do Vale do Itajaí, 2009.

38

Com base no quadro acima, percebe-se que os estudos sobre o tema rotatividade e

absenteísmo ainda não se esgotou, pois está presente em muitas pesquisas acadêmicas e,

manifesta-se em diferentes espaços organizacionais, estimulando cada vez mais a investigação

científica.

O tema a respeito de rotatividade e absenteísmo está cada vez mais presente nos meios

que procuram propor soluções para minimizar problemas de custos primários, secundários e

terciários decorrentes da rotatividade e do absenteísmo no ambiente organizacional ligado

tanto com os objetivos individuais como organizacionais, visando melhor entrosamento e

equilíbrio no ambiente de trabalho, melhor imagem da empresa, melhor qualidade de produtos

e serviços, como também, a motivação dos funcionários.

Contudo, considerando as leituras realizadas sobre o tema proposto na presente

pesquisa e, resgatando os princípios que norteiam as teorias do pensamento administrativo

apresenta-se a seguir a teoria comportamentalista como base norteadora deste estudo, uma vez

que a teoria comportamental é o marco definitivo da transferência da ênfase na estrutura

organizacional para a ênfase nas pessoas, sendo que ao transferir o foco dos aspectos

estruturais e dinâmicos, a teoria comportamental realinha e redefine os conceitos de tarefa e

de estrutura sob uma roupagem democrática e humana (CHIAVENATO, 2000).

39

2.7 TEORIA COMPORTAMENTALISTA

Na abordagem clássica a ênfase está no trabalho, mas para a abordagem

comportamental a administração eficaz advém de uma compreensão do trabalhador

(MONTANA; CHARNOV, 1999). Onde, as pessoas são o ativo mais importante da

organização (CHIAVENATO, 2000).

A abordagem comportamental, no tocante à compreensão do comportamento dos

trabalhadores e ao aumento da produtividade, tem tido um impacto poderoso sobre o conceito

de administração, estabelecendo critérios de comportamento organizacional que ainda se

constituem na principal diretriz para aqueles que estão engajados na pesquisa da teoria das

organizações.

Sendo que a teoria comportamentalista tem aumentado a importância do efetivo

treinamento das habilidades gerenciais, bem como contribuído para o desenvolvimento de

esforços na maioria dos ramos de negócios. O que contribuiu para criar um estilo mais

sofisticado e eficaz, por parte dos gerentes, para lidar com as variáveis humanas no ambiente

de trabalho (MONTANA; CHARNOV, 1999).

Maximiniano (1995) no enfoque comportamental a ênfase está no efeito do

comportamento sobre o desempenho. O controle do desempenho humano é uma das tarefas

mais importantes de um administrador, pois o desempenho dos recursos materiais, financeiros

e informacionais dependem da forma como as pessoas o utilizam. Sendo o controle do

desempenho humano uma das atividades mais difíceis, pois as pessoas reagem ao controle,

diferente de máquinas e equipamentos.

Embora não gostem de ser controladas, as pessoas também não gostam de ser ignoradas. Elas apreciam ser elogiadas quando acham que o merecem, e tendem a ficar ressentidas quando isso não acontece. Também ficam ressentidas quando cometem um erro ou não conseguem acertar e são castigadas de forma que as humilha ou constrange, ficando feridas em seu amor próprio, mas tendem a aceitar de bom grado um conselho ou uma orientação sobre como superar sua dificuldade (Maximiniano, 1995, p.438).

A teoria comportamental da administração tem o seu início com Herbert Alexander

Simon. Sendo Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris autores

importantíssimos dessa teoria. Dentro do campo da motivação humana Salientam-se Abraham

Maslow, Frederick Herzberg e David McClelland. (CHIAVENATO, 2003)

40

Quadro 5 - Os principais expoentes da Teoria Comportamental da Administração Fonte: Chiavenato, 2003, p. 328

Os autores behavioristas verificaram que o administrador necessita possuir

conhecimento referente às necessidades humanas para, com isso, melhor compreender o

comportamento das pessoas e utilizar a motivação como poderoso meio para melhorar a

qualidade de vida dentro das organizações (CHIAVENATO, 2003).

A teoria comportamental mostra a mais profunda influência das ciências do

comportamento na administração, seja por meio de novos conceitos sobre o homem e suas

motivações ou sobre a organização e seus objetivos.

Para explicar e justificar seus conceitos, a teoria comportamental precisa de um

modelo de homem. Nesse sentido, três aspectos moldam a teoria comportamental.

O primeiro aspecto destaca que, as organizações surgem quando os objetivos a serem

alcançadas são muito complexos para um só indivíduo. Para a organização alcançar seus

objetivos ela precisa ser dividida em unidades administrativas separadas.

Já o segundo, enfatiza que as pessoas são, elas mesmas, organizações complexas. Elas

produzem atividade e energia para a organização se isso representa alguma vantagem para

elas. A vantagem das pessoas pode ser compreendida pela satisfação de suas necessidades

pessoais.

O último aspecto relata que há uma variedade de conceitos de necessidades e

concepções diferentes a respeito de sua importância. As pessoas buscam satisfazer suas

41

necessidades e são influenciadas pelo contexto organizacional e pelo conteúdo do cargo que

ocupam.

Os behavioristas preferem fazer alterações organizacionais (seja na estrutura, nas

tarefas ou nos processos) para obter melhorias no comportamento humano e organizacional.

Para estes estudiosos, o desenho e estrutura organizacional são a chave de tudo, pois

quando o comportamento é controlado por instrumentos como regulamentos, descrições de

funções, recompensas e linhas de comunicação, ele é continuamente reforçado e se torna parte

dos funcionários.

Assim sendo, é melhor planejar tarefas e determinar papéis para o indivíduo e investir

em seu treinamento do que esperar que as pessoas tenham qualidades sobre-humanas para

desempenhar papéis que não são totalmente claros e definidos (CHIAVENATO, 2003).

De acordo com Chiavenato (2000) a contribuição da teoria comportamental é

importante e definitiva. Mesmo desta forma, o autor realiza uma apreciação crítica a teoria

comportamental.

Para Chiavenato (2000) os behavioristas pecam ao se preocupar mais em explicar e

descrever as características do comportamento organizacional do que em construir modelos e

princípios de aplicação prática. O que tornar difícil a aplicação desta teoria, que pouco tem de

normativa, mas cuja riqueza conceitual é impressionante.

A escola comportamental também incorreu no equívoco de padronizar as suas

proposições, não levando em consideração as diferenças individuais de personalidade das

pessoas, uma vez que tanto os aspectos subjetivos quanto as diferentes interpretações da

realidade pelas pessoas foram desprezados (CHIAVENATO, 2000).

Mas, a pesar das críticas, a teoria comportamental enriqueceu o conteúdo das teorias

administrativas e os seus conceitos são os mais conhecidos, uma vez que produziu as

principais teorias da motivação que influenciaram a teoria administrativa. Nesse sentido, é

oportuno resgatar alguns conceitos que influenciam diretamente a rotatividade e o

absenteísmo nas empresas.

42

2.8 CONCEITOS DE MOTIVAÇÃO

Motivação para o trabalho é uma expressão que indica um estado psicológico de

disposição ou vontade de perseguir uma meta ou realizar uma tarefa. Toda ação orientada para

algum tipo de desempenho sempre é motivada. A motivação pode produzir o desempenho

positivo ou negativo. (MAXIMINIANO, 2000)

A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover, e indica o

processo de razões ou motivos, e explica, induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de

ação ou comportamento humano (MAXIMINIANO, 2000).

Já, desempenho é o resultado que uma pessoa consegue com a aplicação de algum

esforço intelectual ou físico. Ele é positivo quando o resultado beneficia a própria pessoa, o

grupo do qual ela participa, um cliente ou a organização no qual trabalha. (MAXIMINIANO,

2000, p. 347)

Desempenho

Necessidades

pessoais

satisfeitas

Necessidades

Organizacionais

(produção)

satisfeitas

Motivação

Incentivos da

Administração

(estímulos)

Necessidades

do empregado

(motivos)

Quadro 6 - A motivação dirigida para uma meta. Fonte: Megginson; Mosley; Pietri, 1998, p. 349.

Há dois grupos de motivos que influenciam o desempenho:

− Motivos internos: são aqueles que surgem da própria pessoa;

− Motivos externos: São aqueles criados pela situação ou ambiente em que a

pessoa se encontra.

“A motivação surge através de interação de recompensas intrínsecas e extrínsecas com

as necessidades dos empregados, modificadas pelas expectativas do empregado. Os

43

administradores podem motivar os empregados a melhorar o desempenho criando um clima

positivo onde as pessoas podem ser motivadas.” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998,

p. 349)

De acordo com kwasnicka (1995) as pessoas dedicam parte de suas vidas às empresas

onde trabalham. Os profissionais constroem estilo de vida, seu sistema de valor e seu interesse

central de vida em torno de seu trabalho. E isto, é suficiente para que a preocupação não seja

só com o dinheiro, uma vez que motivação refere-se aos desejos, aspirações e necessidades

que influenciam a escolha de alternativas, determinando o comportamento do indivíduo.

Para Kwasnicka (1995, p. 56) a motivação consiste nos seguintes elementos:

1. Cada indivíduo tem necessidades, as quais variam em intensidade e

persistência;

2. A satisfação dessas necessidades é o objetivo ou fim em torno do qual a

motivação é dirigida;

3. Quando definimos o objetivo, isso é traduzido em desejo;

4. A atividade proposta resulta da aplicação de um incentivo ou estímulo para

atingir o objetivo.

Esquema destes elementos:

Motivos

Necessidades

Comportamento

Satisfação

Produtividade

Objetivo

Interno

Incentivo

Estimulo

Externo

Quadro 7 - Funcionamento do processo motivacional Fonte: Kwasnicka, 1995, p. 56.

44

Segundo Megginson et. al. (1998) existem três principais objetivos da motivação na

administração: encorajar empregados potenciais a ingressar na empresa; estimular os

empregados a produzir mais ou a desempenhar suas funções com eficácia; encorajar os

empregados a permanecer. Cada qual exige diferentes abordagens, táticas e incentivos.

Embora nenhuma teoria tenha todas as respostas as teorias de motivação ajudam a

explicar a “razão” do comportamento humano e coletivamente elas ajudam os administradores

a criar um ambiente em que os indivíduos e grupos trabalhem para atingir os objetivos da

organização enquanto trabalham para atingir seus próprios objetivos. (MEGGINSON;

MOSLEY; PIETRI, 1998).

Há autores que consideram a organização como meio de proporcionar à pessoa uma

série de recompensas e que salientam que as empresas devem oferecer o mais alto nível de

motivação e recompensa aos seus funcionários. É o caso de Maslow e Herzberg.

Quadro 8 - Uma comparação dos modelos de motivação de Maslow e de Hezberg Fonte: Chiavenato, 2002, p. 89.

45

No modelo de Maslow as necessidades humanas são colocadas em uma hierarquia de

importância, progredindo dos níveis mais baixos pra os mais altos, sendo que uma

necessidade satisfeita não pode mais ser usada como motivador primordial de

comportamento.

As necessidades fisiológicas ou básicas são: alimento, abrigo, repouso, sede, exercício,

sexo e outras necessidades orgânicas. Quando as necessidades fisiológicas estão

razoavelmente satisfeitas, a segurança torna-se importante. Para satisfazer a necessidade de

segurança e estabilidade o empregador pode desenvolver o empregado, criar boas condições

de trabalho, planos de aposentadoria, poupança, seguros (vida, hospitalar, dentário).

As necessidades sociais são: afeto, amizade, interação e aceitação dentro do grupo e da

sociedade. Para suprir estas necessidades a empresa pode fazer grupos de trabalho formais e

informais, atividades patrocinadas pela empresa, dinâmicas de grupo.

Acima das necessidades sociais estão as necessidades de estima. Essas necessidades

podem ser aquelas que se relacionam à nossa auto-estima – necessidades de autoconfiança,

independência, realização, competência e conhecimento -, e aquelas relacionadas à nossa

reputação – necessidade de status, de reconhecimento, de apreciação e de aceitação por parte

dos colegas. Poder, ego, títulos, símbolos de status, elogios, prêmios e promoção são atitudes

que a empresa pode realizar para satisfazer esta necessidade.

Finalmente, as necessidades de auto-realização incluem as necessidades de utilizar o

potencial de aptidões e habilidades, autodesenvolvimento e realização pessoal. Enquanto as

quatro necessidades anteriores podem ser satisfeitas por recompensas externas à pessoa e que

têm uma realidade concreta, as necessidades de auto-realização somente podem ser satisfeitas

por recompensas que são dadas intrinsecamente pelas pessoas a si próprias e que não são

controláveis e observáveis por outros.

Na teoria Herzberg os fatores higiênicos e motivacionais não são necessidades, mas

condições de trabalho que quando modificadas aumentam ou diminuem a satisfação. Os

fatores de higiene não motivam, mas contribuem para insatisfação se não estão presentes no

ambiente de trabalho, enquanto os fatores motivacionais têm efeito de enaltecimento na

atitude das pessoas e levam a um melhor desempenho.

46

Para Megginson et. al (1998) “a motivação é a melhor fonte potencial de maior

produtividade.” Assim sendo, quando as capacidades dos funcionários são usadas com maior

eficácia, a satisfação é melhor e consequente tem-se a maior produtividade no trabalho. A

compreensão que a satisfação das necessidades dos funcionários (motivos) resulta para a

organização em um resultado desejado torna evidente a necessidade de contribuição dos

esforços em conjunto dos membros da organização para uma maior produtividade.

PRESSUPOSIÇÕES DA TEORIA X PRESSUPOSIÇÕES DA TEORIA Y

• As pessoas são preguiçosas e indolentes. • As pessoas são esforçadas e gostam de ter o

que fazer.

• As pessoas evita o trabalho. • O trabalho é uma atividade tão natural como

brincar ou descansar.

• As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras.

• As pessoas procuram e aceitam responsabilidade e desafios.

• As pessoas precisam ser controladas e dirigidas.

• As pessoas podem ser automotivas e autodirigidas.

• As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. • As pessoas são criativas e competentes.

Quadro 9 - A Teoria X e a Teoria Y como diferentes concepções a respeito da natureza

humana Fonte: Chiavenato, 2002, p. 339

Em 1960, Douglas McGregor ressaltou a importância da compreensão dos

relacionamentos entre a motivação e o comportamento. Este estudioso acreditava que os

gerentes motivam os funcionários através de duas abordagens básicas denominadas teoria X e

Y.

A visão tradicional, a teria X, sugere que os gerentes devem coagir, controlar e

ameaçar os funcionários para poder motivá-los.

A filosofia alternativa da natureza humana era a da teoria Y, que acredita que as

pessoas são capazes de ser responsáveis. Elas não precisam ser coagidas ou controladas pelo

gerente para ter um bom desempenho.

“Alguns autores consideram o trabalho de McGregor como uma teoria básica da

motivação, enquanto outros acham que é a filosofia da natureza humana e se encaixa mais

logicamente na discussão de liderança do que na das teorias básicas da motivação”

(MONTANA; CHANOV, 1999, p. 217).

47

Vergara (2000) afirma que somos diferentes uns dos outros e temos motivações

distintas. Uma vez que algumas pessoas podem ser sentir motivadas por fatores financeiros, e

outras podem ser sentir mais motivadas com um ambiente saudável, em que ele exerça seu

trabalho com competência e ocorra a seu reconhecimento.

Aristóteles apud Vergara (2000) diz que somente pessoas livres podem se sentir gente,

podem sentir-se motivadas a viver e a trabalhar, podem encontrar seu significado no trabalho.

Ainda, de acordo com Vergara (2000) a motivação e um processo intrínseco, está no

interior de cada pessoas, mas a motivação também pode ser provocada por meio de estímulos.

Enfim, o objetivo principal da pesquisa de rotatividade e de absenteísmo para a

empresa é compreender as necessidades e desejos dos funcionários, suprindo estes da melhor

forma possível e com isso aliando ao aumento de produtividade para a organização.

Descritos os principais fundamentos teóricos relevantes a pesquisa, a seguir

apresentam-se os aspectos metodológicos utilizados.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Esse capítulo tem como objetivo esclarecer os procedimentos metodológicos

utilizados para o desenvolvimento desta pesquisa, tendo em vista atingir os objetivos

propostos para a realização do presente estudo.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa é caracterizada como exploratória, pois têm como principal

objetivo desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação

de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudar de forma mais detalhada e

estruturada posteriormente (GIL, 1999).

A pesquisa é também caracterizada como descritiva, pois conforme Oliveira (1997) o

estudo descritivo é o mais adequado quando o pesquisador necessita obter melhor

entendimento a respeito do comportamento de vários fatores e elementos que influem sobre

determinados fenômenos.

48

Sendo assim, Gil (1999) afirma que as pesquisas deste tipo têm como principal

finalidade a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre as variáveis. A pesquisa descritiva observa, registra, analisa

e correlaciona fatos e fenômenos / variáveis sem manipulá-los (CERVO; BERVIAN, 1996).

Para Roesch (1996) as principais técnicas de coleta de dados são a entrevista, os

questionários, os testes e a observação.

A coleta de dados se deu por meio de questionário elaborado para os funcionários da

unidade matriz da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME. As variáveis abordadas no

questionário foram: salário, benefícios, supervisão, relacionamento humano, condições físicas

ambientais, comunicação, política disciplinar, flexibilidade, localização atualização e

treinamento, recrutamento e seleção e carga de trabalho.

As variáveis destacadas no questionário dessa pesquisa possuem como referencial os

autores Rosário (2009), Chiavenato (2005) e McDonald e Shaver (2005) apud Dall’inha

(2006), que destacam as principais variáveis que resultam na rotatividade e no absenteísmo

dos funcionários.

Além dos questionários, foi realizada entrevista com a responsável pela área de

recursos humanos da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME e, a observação

participante que se deu do período de agosto de 2008 a junho de 2009, uma vez em que a

pesquisadora fazia parte do corpo de funcionários da empresa FJG Serviços de Transporte

Ltda ME, no setor de recursos humanos da empresa.

O método em pesquisa é a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e

explicação de fenômenos. Pode-se dizer que há dois grandes métodos de abordagem: o

quantitativo e o qualitativo.

Para Oliveira (1997) a abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos que se

distinguem pela sistemática pertinente a cada um deles, e pela forma de abordagem do

problema que está sendo objeto de estudo, precisando estar apropriado ao tipo de pesquisa que

se deseja desenvolver.

Sendo assim, para Oliveira (1997) a abordagem quantitativa significa quantificar

dados e opiniões utilizando de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,

média, moda, mediana e desvio padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação e

49

análise de regressão. Sendo o método quantitativo muito utilizado na condução das pesquisas

descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, bem como na

investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito.

A abordagem qualitativa de um problema é uma forma adequada para entender a

natureza de um fenômeno social. O método qualitativo não emprega um instrumental

estatístico como base do processo de análise de um problema e não tem a pretensão de

numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. Em geral, as investigações que se

voltam para uma análise qualitativa têm como objeto situações complexas ou estritamente

particulares (RICHARDSON, 1999).

Dessa maneira conclui-se que a abordagem quantitativa e qualitativa são os métodos

que melhor atendem as necessidades desta pesquisa. Sendo que, a opção pelo método

quantitativo se deu por características como a garantia de resultados precisos e sem distorções

de análise e interpretações, a partir de uma análise estatística dos dados coletados dos

funcionários.

A pesquisa pode ser definida como participante de forma aberta. Desta forma, Roesch

(1996) destaca que “a pesquisa participante de forma aberta ocorre quando o pesquisador tem

permissão para realizar sua pesquisa na empresa e todos sabem a respeito de seu trabalho.” A

autora ainda enfatiza que a conquista da confiança e da aceitação dos funcionários é um dos

principais problemas enfrentados pelos pesquisadores da pesquisa participante.

A presente pesquisa possui delineamento de estudo de caso e, segundo o autor Gil

(1999) o estudo de caso caracteriza-se pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos

objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento detalhado e amplo.

De acordo com Yin (1981) apud Roesch (1996) o estudo de caso é uma estratégia de

pesquisa que investiga um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto de realidade.

Sendo que, o estudo de caso pode ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias quanto

descritivas e explicativas (Gil, 1999).

A pesquisa bibliográfica, segundo Cervo e Bervian (1996), procura explicar

determinado problema a partir de referências teóricas, principalmente de livros e artigos

científicos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou

experimental. Constitui parte da pesquisa descritiva ou experimental, quando é feita com o

50

intuito de recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual

se procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar. Em ambos os casos,

busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existente sobre

um determinado assunto, tema ou problema.

Já para Gil (1999), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já

elaborado, constituído principalmente de artigos científicos e livros, a principal vantagem da

pesquisa bibliográfica está no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de vários fenômenos

muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.

Contudo, esta pesquisa é bibliográfica, pois tem como característica a elaboração de

sua fundamentação desenvolvida a partir de material já elaborado, como livros e artigos

científicos.

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES DA PESQUISA

Os participantes da pesquisa foram os funcionários da empresa matriz FJG Serviços de

Transporte Ltda ME, e a entrevista foi realizada com a responsável pela área de recursos

humanos da empresa pesquisada.

Sendo que, a população ou universo é um conjunto definido de elementos que

possuem determinadas características. Comumente fala-se de população como referência ao

total de habitantes de determinado lugar (GIL, 1999).

Para Toledo e Ovalle (1985) o universo ou população é o conjunto constituído por

todos os indivíduos que apresentem pelo menos uma característica comum, cujo

comportamento interessa analisar.

A Empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME, possui funcionários na matriz

situada em São José / SC e na filial situada em Itajaí / SC. Contudo, os pesquisados foram

somente os funcionários da empresa matriz. Esta escolha se dá pelo fato de estar nas

proximidades do local de circulação diária do acadêmico e por este já ter tido vínculo

empregatício anterior com esta empresa matriz. Ambos os fatos contribuíram para a execução

da pesquisa, pois possibilitou o acesso facilitado ao local.

Para se conhecer alguns aspectos de uma população pode-se utilizar o método de

amostra ou censo. A amostra envolve apenas alguns elementos da população, enquanto no

51

censo se pesquisa todos os elementos.

De acordo com Toledo e Ovalle (1985), a amostra pode ser definida como um

subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de observações abrangidas pela população,

através da qual se faz juízo ou inferência sobre características da população.

Complementar a citação anterior, Richardson (1999) diz que cada unidade ou membro

de uma população denomina-se elemento, e quando se toma certo número de elementos para

averiguar algo sobre a população a que pertencem, fala-se de amostra. As técnicas de

amostragem permitem selecionar as amostras adequadas para os propósitos de investigação.

A técnica da amostragem estratificada proporcional foi à técnica utilizada nesta

pesquisa. Pois segundo Barbetta (2005) “a amostragem estratificada proporcional garante que

cada elemento da população tem a mesma probabilidade de pertencer à amostra”. Neste

estudo, a população foi estratificada por nível hierárquico.

Nesse caso, em particular, a população é composta por 02 gerentes, 01 assistente

administrativo, 01 auxiliar administrativo, 04 conferentes de carga e descarga e 08 ajudantes

de carga e descarga, totalizando 16 funcionários. Sendo que foi realizada uma amostragem

estratificada, proporcional por categoria, para obter uma amostra global de tamanho n = 10.

Tabela 1 - Cálculo do tamanho da amostra em cada es trato

Fonte: Dados da pesquisa, 2009.

Estrato Proporção na População

Tamanho do Subgrupo na Amostra

Gerentes 125,016

02 = (12,5%) n = (0,125) .10 = 1

Assistente administrativo 625,016

01 = (6,25%) n= (0,0625) .10 = 1

Auxiliar administrativo 125,016

02 = (6,25%) n= (0,0625) .10 =1

Conferentes de carga e descarga

25,016

04 = (25%) n= (0,25) .10 = 2

Ajudantes de carga e descarga

5,016

08 = (50%) n= (0,5) . 10 = 5

52

Após o cálculo da amostragem estratificada proporcional, onde se detectou o tamanho

necessário de cada subgrupo na amostra fez-se a seleção aleatória que se deu da seguinte

maneira: a seleção de um dos dois gerentes fez-se de maneira que no momento da aplicação

do questionário somente um deles estava presente; para o assistente e o auxiliar administrativo

não se fez escolha pela existência de somente um funcionário em cada cargo; para os

conferentes de carga e descarga se fez a escolha por período de trabalho, sendo que um

trabalha somente no período matutino e o outro no período vespertino; no caso dos ajudantes

de carga e descarga a pesquisa foi realizada com os que estavam presentes no momento da

aplicação do questionário e se apresentaram de forma mais acessível.

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para realizar a pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos: entrevista semi

estruturada, conforme apêndice anexo, com a responsável pela área de recursos humanos,

observação participante e o questionário, conforme apêndice anexo.

Quanto ao questionário aplicado com os funcionários da empresa FJG Serviços de

Transporte Ltda ME o mesmo contém trinta questões objetivas, não sendo necessária a

identificação do respondente. As variáveis destacadas no questionário possuem como

referencial os autores Rosário (2009), Chiavenato (2005) e McDonald e Shaver (2005) apud

Dall’inha (2006), que destacam as principais variáveis que resultam na rotatividade e no

absenteísmo dos funcionários.

De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 201) “questionário é um instrumento de

coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas

por escrito e sem a presença do entrevistador.” Ainda, para Lakatos e Marconi (1991) o

questionário tem por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,

expectativas, situações vivenciadas etc.

Vale mencionar que, de acordo com Vergara, o questionário da presente pesquisa foi

acompanhado de uma apresentação aos respondentes. Isto garantiu o anonimato dos

respondentes, bem como, esclareceu o objetivo do questionário e sua finalidade. Ainda,

Vergara (1998) menciona que quanto às instruções, deve-se deixar bastante claro para o

respondente como ele deverá responder ao questionário. Nessa pesquisa os entrevistados

foram devidamente orientados.

53

Cervo e Bervian (1996), afirmam que o questionário é a forma mais usada para coletar

dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Possui esta característica

devido aos respondentes se sentirem mais confiantes, dado o anonimato, que possibilita

coletar informações e respostas mais reais.

Segundo Roesch (1996), o questionário é o instrumento mais utilizado na pesquisa

quantitativa, e possui como característica a utilização de perguntas fechadas.

De acordo com Cervo e Bervian (1996) as perguntas fechadas são padronizadas, de

fácil aplicação, fáceis de codificar, analisar e destinam-se a obter respostas mais precisas.

Vergara (1998) afirma que no questionário fechado – estruturado, o respondente faz escolhas,

ou pondera, diante de alternativas apresentadas.

Para Richardson (1999), os questionários de perguntas fechadas possuem como

principal característica perguntas ou afirmações que apresentam categorias ou alternativas de

respostas fixas e preestabelecidas, sendo que o entrevistado deve responder a alternativa que

mais se ajustar as suas características, idéias ou sentimentos. Segundo Richardson (1999) os

questionários cumprem pelo menos duas funções: descrever as características e medir

determinadas variáveis de um grupo social.

Além dos questionários, foi realizada entrevista com a responsável pela área de

recursos humanos da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME, sendo que de acordo

com Gil (1999) a entrevista é uma forma de interação social, uma forma de diálogo

assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de

informação.

A entrevista com a responsável pela área de recursos humanos na empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME, ocorreu em novembro de 2009, face a face e semi

estruturada, conforme apêndice, que buscou informações sobre política da empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME em relação à rotatividade e o absenteísmo.

Selltiz et al. (1967, p. 273) apud Gil (1999, p. 117) que “enquanto técnica de coleta de

dados, a entrevista é bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as

pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem

como acerca das suas explicações ou razões a respeito das coisas precedentes”.

A entrevista semi estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual é

54

confeccionado um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões

inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista

pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a

uma padronização de alternativas (MANZINI, 2009).

A observação participante que se deu do período de agosto de 2008 a junho de 2009.

De acordo com Gil (1999) a observação participante, consiste na participação real do

conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. A

observação assumiu a forma natural uma vez que a observadora pertencia ao grupo que estava

sendo investigado (GIL, 1999), na matriz da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME,

no setor de recursos humanos da empresa.

Com base nos autores acima mencionados percebe-se que a combinação de dois ou

mais instrumentos de coletada de dados amplia o olhar do pesquisador, na medida em que

oferece maios riqueza de detalhes e informações do campo pesquisado.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

O estudo de rotatividade e absenteísmo foi realizado com 10 funcionários, nos

seguintes cargos: gerente, assistente administrativo, auxiliar administrativo, conferente de

carga e descarga e ajudante de carga e descarga, no período de julho a outubro de 2009 na

empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME, localizada na Rua: Francisco Pedro Machado,

333F, no bairro de Barreiros na cidade de São José no estado de Santa Catarina.

Além dos questionários, foi realizada entrevista com a responsável pela área de

recursos humanos da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME e a observação

participante que se deu do período de agosto de 2008 a junho de 2009, uma vez que a

pesquisadora fazia parte do quadro de funcionários da empresa FJG Serviços de Transportes

Ltda ME.

Referente aos questionários aplicados, Mattar (2001) afirma que “o processo de

medição consiste em associar números a um objeto, que, segundo uma regra estabelecida,

passam a representar as quantidades de suas características ou atributos”. Sendo assim, o que

se mede não é o objeto, mas suas características e atributos.

A escala de medição utilizada nesta pesquisa foi a escala somatória ou escala Likert,

55

pois neste tipo de escala os respondentes além de informarem sua concordância ou

discordância, também informam o seu grau de concordância / discordância dos

questionamentos.

Ainda, segundo Selltiz et al. (1959) apud Mattar (2001) a escala Likert apresenta

diversas vantagens, tais como: possuir maior amplitude de respostas permitidas o que permite

ter informações mais precisas da opinião dos respondentes em relação a cada afirmação; ser

de construção mais simplificada e possuir o número de respostas alternativas maiores tende a

ser mais precisa.

Após aplicação da escala Likert é possível analisar as respostas e verificar os itens que

discriminam mais claramente entre os que obtêm resultados elevados e os que obtêm

resultados baixos na escala total. Desta forma, foram levados em consideração o grau de

satisfação, conforme quadro abaixo:

Muito Satisfeito Satisfeito Indiferente Insatisfeito Muito Insatisfeito

5 4 3 2 1

Quadro 10 – Escala Likert Fonte: Elaborado pela autora, 2009

Sendo que foram considerados satisfeitos, indiferentes e insatisfeitos, de acordo com

quadro abaixo:

Satisfeito Indiferente Insatisfeito

5, 4 3 2, 1

Quadro 11 – Escala utilizada na pesquisa Fonte: Elaborado pela autora, 2009

Após a análise dos resultados foi verificado as variáveis com maior e menor índice de

satisfação e foi proposto um plano de ação para os índices de menor pontuação e enfatizado as

variáveis com maior pontuação que devem ser mantidas para a satisfação dos funcionários da

empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME.

A entrevista com a responsável pela área de recursos humanos na empresa FJG

56

Serviços de Transportes Ltda ME, ocorreu em novembro de 2009, através de uma entrevista

face a face e semi estruturada, conforme apêndice, que buscou informações sobre as políticas

de recursos humanos da empresa FJG Serviços de Transportes Ltda ME. As informações

obtidas são apresentadas no tópico análise dos resultados.

Já a observação participante, que ocorreu no período de agosto de 2008 a junho de

2009, buscou informações a partir de conversas informais com os funcionários que

pretendiam se desligar e com os funcionários já desligados da empresa FJG Serviços de

Transporte Ltda ME. As informações obtidas tinham objetivo a busca de informações

referente às causas do desligamento das pessoas da empresa.

A seguir são apresentados os resultados da pesquisa.

4 RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo, apresenta-se, inicialmente, a caracterização da empresa FJG Serviços

de Transporte Ltda ME, a seguir, são apresentados os resultados da referida pesquisa realizada

junto aos funcionários da empresa Matriz, situada na cidade de São José. Como, também, a

entrevista semi estruturada, realizado com a responsável pela área de recursos humanos da

organização pesquisada, e a observação participante realizada pela observadora no período de

agosto de 2008 a junho de 2009.

Após a tabulação das variáveis destacadas no questionário, conforme apêndice, os

dados foram traduzidos por meio de gráficos e tabelas, sendo que os resultados dessa pesquisa

possibilitarão uma avaliação a respeito da percepção dos funcionários às variáveis

apresentadas no questionário. As informações obtidas na entrevista e na observação

participante serão, também, analisadas com o intuito de verificar as possíveis causas da

rotatividade e do absenteísmo organização.

Diante disso, acredita-se que seja possível o cumprimento do objetivo primordial deste

estudo, que é analisar as possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo na referida unidade

organizacional investigada tendo como base os indicadores de rotatividade e de absenteísmo.

4.1 A FJG SERVIÇOS DE TRANSPORTE LTDA ME

A FJG Serviços de Transporte Ltda ME é uma empresa cuja atividade econômica

57

principal é o transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças,

intermunicipal, interestadual e internacional atua no segmento há 05 anos e está situada em

São José na Rua Francisco Pedro Machado, 333F, Barreiros, com filial em Itajaí, ambas em

Santa Catarina.

Esta empresa iniciou suas atividades como transportadora em abril de 2004. Sendo sua

primeira constituição societária composta por Sra. Fernanda Leal de Barros, Sr. Jucinei

Barbosa e Sr. Francisco Jacinto Góis de Moura, mais conhecido como Sr. Góis. Daí surgiu o

nome da empresa a partir das iniciais dos nomes dos sócios – FJG. Hoje, conta com 26

funcionários nas duas localidades.

As principais atividades econômicas desenvolvidas pela empresa estão voltadas ao de

agenciamento marítimo; comércio atacadista de embalagens; depósitos de mercadorias para

terceiros, exceto armazéns gerais e guarda-móveis; transporte rodoviário de carga, exceto

produtos perigosos e mudanças, municipal.

Quanto aos funcionários, estes atuam na área administrativa e operacional da empresa,

cujas escolaridades variam entre ensino fundamental, ensino médio, cursos técnicos e

faculdades.

Já em relação à estrutura hierárquica, A FJG Serviços de Transporte Ltda ME é

constituída de sócios, sendo um voltado à área operacional e o outro para área administrativa,

que cuida de toda movimentação financeira da empresa para que não haja nenhum tipo de

risco ou instabilidade, além disso, tem os conferentes que apontam a produção e controlam a

freqüência de mão-de-obra, acompanham atividades de produção, conferem cargas e

verificam documentação, preenchem relatórios, guias, boletins, plano de carga e recibos,

controlam movimentação de carga e descarga e os ajudantes que preparam cargas e descargas

de mercadorias, entregam e coletam encomendas, manuseiam cargas especiais, reparam

embalagens danificadas e controlam a qualidade dos serviços prestados e os auxiliares

administrativos que contribuem com a atividade meio prestando suporte administrativo.

Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa, estes estão previstos na lei e

constituem-se em: vale transporte, vale adiantamento, vale alimentação e seguro de vida em

grupo.

A FJG possui como princípios: jamais abrir mão do lucro; as pessoas são o principal

58

diferencial na execução das tarefas; o que não é medido não pode ser melhorado; tecnologia é

essencial para alcançar desempenho. Simplicidade é sinônimo de bom senso, então sejamos

simples, transparentes e objetivos; reduzir custos, mas sempre tomando o cuidado para não

comprometer o nível de serviço e atendimento aos clientes; acompanhar atentamente os

concorrentes e não hesitar em copiar o que é bom; entendemos que parceiros são aqueles com

quem produzimos riquezas, somamos competências, trocamos experiências e cooperamos na

direção de um interesse comum.

A FJG direciona sua visão para ser a maior transportadora de Santa Catarina e esta

trabalhando constantemente para atender os mercados nacionais. Em relação a seus clientes,

essa empresa pretende estar sempre à frente, prosperando, qualificando seu trabalho tendo

como meta ser um nome de referência e sucesso, como transportadora, no mercado

competitivo. Para isso, busca constantemente adquirir cada vez mais experiência, priorizando

a satisfação do cliente, prestando um excelente atendimento com respeito, seriedade,

transparência e qualidade dos seus serviços.

No quadro 12 é apresentado o organograma da empresa FJG Serviços de Transporte

Ltda ME.

Diretor de Operações

Jucinei

Diretor Administrativo

Góis

Gerente

Operacional

Gerente

ComercialAtendimento

Recursos

HumanosFinanceiro

FJG - Serviços de

Transporte

Quadro 12 – Organograma da empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME Fonte: Dados documentais fornecidos pela empresa.

59

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir, serão apresentados os dados coletados por meio da entrevista semi-

estruturada, da observação participante e, do questionário com as interpretações e análises das

respectivas variáveis pesquisadas.

4.2.1 Quanto à entrevista semi estruturada realizada com a responsável pela área de recursos humanos:

A entrevista com a responsável pela área de recursos humanos na empresa FJG

Serviços de Transporte Ltda ME ocorreu em novembro de 2009, através de uma entrevista

face a face e semi estruturada conforme apêndice, que buscou informações sobre as políticas

de recursos humanos da empresa pesquisada.

Sobre momento atual da empresa, a entrevistada relatou que no momento atual, a

empresa está estagnada e sem perspectiva de crescimento no curto prazo, ou seja, nos

próximos 2 ou 3 anos. Mas está sempre procurando preservar um clima organizacional

agradável.

Em relação às políticas da empresa no que tange a rotatividade e o absenteísmo dos

funcionários a entrevistada relatou que, de um modo geral, a área de recursos humanos pouco

ou quase nada tem feito em relação a essa questão, em função até da própria cultura

organizacional no tocante ao paradigma gestão de pessoas. Entretanto, ressaltou que a

empresa FJG, procura cumprir todos os aspectos legais, principalmente, as atividades

funcionais básicas da área dentro da necessidade da mesma. Desta forma não existe

vinculação entre as estratégias de negócio e as funções administrativas da organização.

Quanto à remuneração e aos benefícios a entrevistada diz que a empresa possui uma

remuneração baseada na média de mercado sem grandes diferenciações. Quanto aos

benefícios oferecidos pela empresa, estes estão previstos na lei e constituem-se em: vale

transporte, vale adiantamento, vale alimentação e seguro de vida em grupo. A forma utilizada

no recrutamento e seleção tem como principal fonte a indicação de alguém, anúncios em

empresas de estágio e em lugares estratégicos para busca de pessoal. Os programas de

treinamento e desenvolvimento não se apresentam bem estruturados.

Quando questionada sobre as principais dificuldades enfrentada pela área de recursos

humanos da empresa a entrevistada, relata que FJG apresenta um índice elevado de

60

rotatividade o que traz certo transtorno a área de recursos humanos, e dificulta sua

administração. Nota-se que as faltas e atrasos de alguns funcionários, também ocorrem com

certa frequência.

A entrevistada diz que não existem índices calculados sobre a rotatividade e o

absenteísmo e os custos decorrentes destes acontecimentos, também não são conhecidos.

Como também tem desconhecimento dos principais fatores que geram a rotatividade e o

absenteísmo.

Diante do contexto atual, a entrevistada detectou a necessidade de a Empresa FJG

desenvolver um planejamento estratégico, com vistas a alterar a política adotada até o

momento, solucionando ou minimizando problemas que originam a rotatividade e o

absenteísmo, já que esses fatos geram custos, desmotivação dos funcionários e o tempo com

a administração destes acontecimentos tende a aumentar.

4.2.2 Quanto à observação participante:

A observação participante ocorreu no período de agosto de 2008 a junho de 2009. As

informações foram obtidas a partir de conversas informais com os funcionários que

pretendiam se desligar e com os funcionários já desligados da empresa FJG Serviços de

Transporte Ltda ME. As conversas informais tinham como objetivo a busca de informações

referente às causas do desligamento das pessoas da empresa.

No período de agosto a outubro de 2008 a empresa já apresentava índice de

rotatividade e absenteísmo, mas era em sua maioria no setor operacional, principalmente na

função de ajudantes e conferentes de carga. As demissões ocorriam por parte da empresa e

por parte do funcionário. Os períodos de experiência eram muito utilizados para verificar a

possibilidade de contratação dos funcionários, os que não se apresentavam aptos a contratação

eram desligados. Na função de ajudantes e conferentes de carga era comum o absenteísmo,

como faltas e atrasos.

No período de novembro de 2008 a junho de 2009 a empresa começou a ter problemas

de rotatividade também na parte gerencial e administrativa da empresa. O gerente operacional

que solicitou o desligamento relatou estar sobrecarregado de atividades e não estar satisfeito

com o aumento de horas trabalhadas, para ele o salário não compensava seu estresse, e os

consequentes problemas de ordem física e comportamental.

61

Na área administrativa, os desligamentos aconteciam principalmente por sobrecarga

de trabalho, por não perspectiva de crescimento, por não reconhecimento e por ambientes que

se apresentavam com pouca luminosidade e ar fresco. A higiene era deficitária e fazia com

que os profissionais se sentissem desconfortáveis e não desempenhassem bem o seu trabalho.

E, também existia uma diferenciação entre os salários apesar de ser a mesma função e o

tempo de empresa próximo, esta diferenciação ocorria por não haver uma política de cargos e

salários bem estruturada e definida na empresa.

4.2.3 Quanto às variáveis integrantes do questionário:

Tabela 2 - Variável salário

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 7 1 2 0 3,5 70% 20%2 0 5 2 3 0 3,2 50% 30%3 0 4 3 2 1 3,0 40% 30%

Parcial 0,00% 53,33% 20,00% 23,33% 3,33%Total 20,00%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,2 Média Geral

Satisfeito Indiferente

53,33% 26,67%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 0,00%

Satisfeito 53,33%

Insatisfeito 23,33%

Totalmente Insatisfeito 3,33%

Indiferente 20,00%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 1 - Variável salário

Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 1.1: (Quanto

à faixa salarial para a função desempenhada) temos a maior média 3,5 na matriz

Florianópolis.

62

Já no item 1.2: (Quanto à definição de cargos e salários adotada pela empresa) temos a

média de 3,2.

E ainda, na questão 1.3: (Quanto ao salário oferecido pela empresa em comparação

com a concorrência) temos a menor média 3,0.

Com isso, pode-se analisar que 53,33% dos funcionários estão satisfeitos com o

salário que recebem da empresa. Sendo que os 26, 66% que se mostraram totalmente

insatisfeitos e insatisfeitos merecem ser analisador para identificar a causa desta insatisfação,

como também o motivo de 20% dos respondentes se mostrarem indiferentes quanto à variável

salário.

Segundo Maslow, salário é antes de mais nada um meio para satisfação de

necessidades, podendo ser também considerado como uma das ferramentas para administrar a

motivação para o trabalho (MCCLELLAND, 1967 apud CODA, 1980).

Para Herzberg (1959) apud Coda (1980), o salário é um fator de higiene que está

ligado à insatisfação com o trabalho, caso não venha a receber tratamento adequado na

organização.

De acordo com Lawler (1971) apud Coda (1980), a satisfação salarial é obtida pela

diferença entre os montantes que o indivíduo percebe receber e aquele que ele percebe que

deveria receber, sendo a avaliação feita pelo indivíduo de seu salário.

Já Chiavenato (1998, p.431), o trabalho das pessoas é profundamente influenciado por

três grupos de condições: condições ambientais de trabalho, como a iluminação,

temperatura, ruído, entre outros; condições de tempo, como duração de jornada de

trabalho, horas extras, períodos de descanso, entre outros; e condições sociais, como

organização informal, status, entre outros.

Ainda, Chiavenato (1998) a higiene no trabalho se ocupa das condições ambientais de

trabalho, embora não se descuide totalmente dos outros dois grupos. Entende-se por

condições ambientais de trabalho às circunstâncias físicas que envolvem o funcionário

enquanto ocupante de um cargo, na organização. É o ambiente físico que envolve o

empregado enquanto ele desempenha um cargo. Sendo iluminação, ruído e condições

atmosféricas os itens mais importantes das condições ambientais de trabalho.

63

A partir do momento em que as causas, os motivos são identificados torna-se mais

fácil a elaboração de um plano de ação para suprir esta deficiência, com o objetivo de tornar

este índice mais positivo, tanto para a empresa, quanto para os funcionários.

Tabela 3 - Variável benefícios

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 4 2 4 0 3,0 40% 40%2 0 5 2 3 0 3,2 50% 30%3 0 0 4 6 0 2,4 0% 60%

Parcial 0,00% 30,00% 26,67% 43,33% 0,00%Total 26,67%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

2,9 Média Geral

Satisfeito Indiferente

30,00% 43,33%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 0,00%

Satisfeito 30,00%

Insatisfeito 43,33%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 26,67%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 2 - Variável benefícios

Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 2.1: (Quanto

aos benefícios oferecidos pela empresa) temos a média de 3,0 na matriz Florianópolis. Já no

item 2.2: (Quanto ao benefício vale alimentação) temos a maior média 3,2.

E ainda, na questão 2.3: (Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa em

comparação com a concorrência) temos a menor média 2,4. Com isso, pode-se analisar que

43,33% dos funcionários estão insatisfeitos com os benefícios que recebem da empresa.

64

Para Chiavenato (1999, p. 271), “benefícios são certas regalias e vantagens concedidas

pelas organizações, a título de pagamento adicional dos salários, à totalidade ou à parte de

seus funcionários”. Os benefícios como parte da remuneração agregam valor ao salário do

profissional e dão um grande suporte para que as pessoas consigam satisfazer os fatores

ambientais ou higiênicos, bem como fatores motivacionais ou intrínsecos descritos por

Herzberg.

Oferecer os benefícios auxilia as organizações a atingir seus objetivos, como: estar

competitiva no mercado de trabalho, melhorar a qualidade de vida dos empregados, melhorar

o clima organizacional, reduzir a rotatividade de pessoal e o absenteísmo, facilitar a atração e

manutenção dos recursos humanos e aumentar a produtividade em geral (LEAL JR; C. DA

SILVA, apud )

Chiavenato (1998, p.415) classifica os benefícios concedidos pelas empresas, quanto à

sua natureza, que podem ser: monetários ou não monetários. Monetários, são os concedidos

em dinheiro, através da folha de pagamento e gerando encargos sociais deles decorrentes.

Exemplo: 13º salário, férias, aposentadoria, complementação da aposentadoria, gratificações,

planos de empréstimos, complementação de salários nos afastamentos prolongados por

doença, reembolso ou financiamento de remédios, entre outros. Enquanto os benéficos não

monetários, são os oferecidos na forma de serviços, vantagens ou facilidades para os usuários,

a saber: refeitórios, assistência médico-hospitalar e odontológica, serviço social e

aconselhamento, clube ou grêmio, seguro de vida em grupo, condução ou transporte de casa

para a empresa e da empresa para a casa e horário móvel de entrada e saída do pessoal de

escritório.

Sendo assim, oferecer maior quantidade, variedade e qualidade de benefícios é uma

forma de motivar e reter os melhores funcionários dentro da empresa, uma vez que as

organizações estão em constante competição pela qualidade de seus profissionais.

Tabela 4 - Variável supervisão

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 1 7 2 0 0 3,9 80% 0%2 0 7 2 1 0 3,6 70% 10%3 1 4 4 1 0 3,5 50% 10%

Parcial 6,67% 60,00% 26,67% 6,67% 0,00%Total 26,67%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,7 Média Geral

Satisfeito Indiferente

66,67% 6,67%

Média

65

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 6,67%

Satisfeito 60,00%

Insatisfeito 6,67%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 26,67%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 3 – Variável supervisão

Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 3.1: (Quanto

ao conhecimento da supervisão sobre assuntos técnicos da empresa) temos a maior média 3,9

na matriz Florianópolis.

Já no item 2.2: (Quanto à capacidade de resolução de conflitos / problemas) temos a

média de 3,6. E ainda, na questão 2.3: (Quanto à habilidade de relacionamento / empatia)

temos a menor média 3,5.

Com isso, pode-se concluir que 66,67% dos funcionários estão satisfeitos com a

supervisão que recebem da empresa. Sendo que 6,67% se mostraram insatisfeitos e 26, 67%

se disseram indiferente quanto à variável supervisão. O demonstrativo que 33,34% dos

funcionários não se disseram satisfeitos tem de ser analisado e corrigido para que esta

percentagem se mostre menor que a atual, uma vez que esta variável interfere na motivação e

no desempenho profissional e consequente redução na produtividade afetando o resultado

organizacional, o relacionamento entre os membros organizacionais e o comportamento do

empregado. Para Handy (1993) apud Resende (2008), “liderança é um processo que envolve a

utilização do poder para influenciar os comportamentos de outros com a finalidade de

alcançar os objetivos organizacionais.” Ainda, Resende (2008) nessa perspectiva, o poder é

visto como um recurso útil (CLEGG; HARDY, 1999), uma vez que, a supervisão parece ser

66

vista como um veículo em que o poder é exercido sobre outros para alcançar o sucesso

organizacional (MINTZBERG, 1983). Vargas (1998, p.90) apud Guimarães (2007, p. 20)

afirma que “as relações de poder quando bem administradas, podem desempenhar importante

papel como agente mediador na prevenção e na resolução de conflitos, assegurando a

manutenção do equilíbrio e do crescimento organizacional”.

Neste contexto, Siqueira e Gomide Jr. (2004) apud Guimarães (2007) ressalta a

importância de se investigar o vínculo que o profissional estabelece com o seu meio de

trabalho, uma vez que o comprometimento organizacional expressado pelo indivíduo é fator

relevante e antecedente a aspectos inerentes ao desempenho do funcionário e da organização,

tais como rotatividade, absenteísmo ou comportamentos de cidadania organizacional.

Tabela 5 - Variável relacionamento humano

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 2 7 0 1 0 4,0 90% 10%2 1 7 0 2 0 3,7 80% 20%3 1 3 5 1 0 3,4 40% 10%

Parcial 13,33% 56,67% 16,67% 13,33% 0,00%Total 16,67%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,7 Média Geral

Satisfeito Indiferente

70,00% 13,33%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 13,33%

Satisfeito 56,67%

Insatisfeito 13,33%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 16,67%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 4 – Variável relacionamento humano

Fonte: Dados primários, 2009.

67

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 4.1: (Quanto

à convivência com seus colegas de trabalho) temos a maior média 4,0 na matriz Florianópolis.

Já no item 4.2: (Quanto ao relacionamento com os superiores) temos a média de 3,7.

E ainda, na questão 4.3: (Quanto às ações da empresa para melhoria do

relacionamento interpessoal) temos a menor média 3,4.

Com isso, pode-se analisar que 70% dos funcionários estão satisfeitos com o

relacionamento humano dentro da empresa. Sendo que 13,33% se mostraram insatisfeitos e

16,67% se disseram indiferente quanto à variável relacionamento humano.

Os 30% dos respondentes que relataram estar insatisfeitos quanto à variável

relacionamento humano merecem ser estudados para a verificação da deficiência da empresa

em relação a este item, uma vez que é uma necessidade social segundo Maslow (2000) ou

fator higiênico segundo a teoria herzbergiana.

Segundo Costa (2004) tem competência interpessoal quem sabe ouvir o outro e se

coloca no lugar desse outro a fim de compreendê-lo. Em relação a isso, Caravantes (2002)

apud Costa (2004) afirma que uma das características fundamentais do administrador

excelente é a competência interpessoal, pois se o produto de seu trabalho visa o homem e é

feito através de pessoas, ele deve desenvolver sua capacidade de relacionamento com seus

superiores, pares e subordinados, chegando ao ponto de empatia, isto é, ser capaz de se

colocar em lugar daqueles com quem se relaciona e pensar e sentir como eles.

Contudo, o relacionamento humano é parte de uma necessidade do ser social e

provoca a falta de motivação, apatia, indiferença, descompromisso, irresponsabilidade,

insatisfação e falta de criatividade caso a não seja suprida, o que reflete de forma negativa nos

resultados da empresa.

Tabela 6 - Variável condições físicas e ambientais

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 2 1 7 0 2,5 20% 70%2 0 3 1 6 0 2,7 30% 60%3 0 0 2 8 0 2,2 0% 80%

Parcial 0,00% 16,67% 13,33% 70,00% 0,00%Total 13,33%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

2,5 Média Geral

Satisfeito Indiferente

16,67% 70,00%

Média

68

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 0,00%

Satisfeito 16,67%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 13,33%

Insatisfeito 70,00%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 5 – Variável condições físicas ambientais Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 5.1: (Quanto

às instalações) temos a média de 2,5 na matriz Florianópolis.

Já no item 5.2: (Quanto aos equipamentos de trabalho) temos a maior média 2,7.

E ainda, na questão 5.3: (Quanto à higiene / limpeza dos ambientes) temos a menor

média 2,2.

Com isso, pode-se concluir que 70% dos funcionários estão insatisfeitos com o as

condições físicas ambientais dentro da empresa.

As condições físicas ambientais verificam a qualidade das condições físicas de

trabalho, as condições de conforto, instalações em geral, riscos de acidentes de trabalho e

doenças profissionais decorrentes do ambiente de trabalho.

A variável condição física ambientais de trabalho deve levar em conta locais com boa

luminosidade, ar fresco, instalações condignas e higiene para que os profissionais se sintam

confortáveis e desempenhem bem o seu trabalho. Os funcionários devem ter instrumentos e

materiais adequados às suas funções, permitindo um melhor desempenho e satisfação. As

funções desempenhadas pelos trabalhadores devem ser feitas em segurança para que a sua

69

saúde nunca seja posta em risco.

Dentro deste contexto, Chiavenato (2005) enfatiza que as doenças profissionais

causadas por um ambiente ruim de trabalho, tanto na higiene quanto nas condições físicas,

provocam enormes danos às pessoas e às organizações em termos de custos humanos, sociais

e financeiros. Problemas desta natureza podem aparecer de forma esporádica, mas devem ser

evitados com a implantação de programas de prevenção.

Tabela 7 - Variável comunicação

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 7 2 1 0 3,6 70% 10%2 1 5 3 1 0 3,6 60% 10%3 1 5 4 0 0 3,7 60% 0%

Parcial 6,67% 56,67% 30,00% 6,67% 0,00%Total 30,00%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,6 Média Geral

Satisfeito Indiferente

63,33% 6,67%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Totalmente Satisfeito 6,67%

Satisfeito 56,67%

Indiferente 30,00%

Insatisfeito 6,67%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

Gráfico 6 – Variável comunicação Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 6.1: (Quanto

à facilidade de comunicação entre os funcionários) temos a média de 3,6 na matriz

Florianópolis.

70

Já no item 6.2: (Quanto às ações adotadas pela empresa para uma comunicação

eficaz) temos a média 3,6 igual a questão anterior. E ainda, na questão 6.3: (Quanto à

utilização de tecnologias de comunicação) temos a maior média 3,7.

Com isso, pode-se analisar que 63,33% dos funcionários estão satisfeitos com a

comunicação dentro da empresa. Sendo que 36,67% não se disseram satisfeitos quanto a

variável comunicação.

A Comunicação no ambiente organizacional é um fator muito importante, uma vez

que é um diferencial competitivo no mercado atual. As redes de comunicação e informação

podem intensificar e até criar novas parcerias com empresas públicas e privadas.

Davis (1972, p. 317) apud Chiavenato (2006, p. 128) define a comunicação “como o

processo de passar informação e compreensão de uma pessoa para a outra”, sendo falar e ser

ouvido uma característica da comunicação eficaz no meio organizacional.

Tabela 8 - Variável política disciplinar

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 2 4 3 1 0 3,7 60% 10%2 2 4 3 1 0 3,7 60% 10%3 2 4 2 2 0 3,6 60% 20%

Parcial 20,00% 40,00% 26,67% 13,33% 0,00%Total 26,67%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,7 Média Geral

Satisfeito Indiferente

60,00% 13,33%

Média

Fonte: Dados primários (2009)

Totalmente Satisfeito 20,00%

Satisfeito 40,00%

Insatisfeito 13,33%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 26,67%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

71

Gráfico 7 – Variável política disciplinar Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 7.1: (Quanto

às normas e procedimentos da empresa:) temos a média de 3,7 na matriz Florianópolis.

Já no item 7.2: (Quanto aos valores da empresa) temos a média 3, 7 igual a questão

anterior. Ainda, na questão 7.3: (Quanto à conduta ética da empresa) temos a menor média

3,6.

Com isso, pode-se analisar que 60% dos funcionários estão satisfeitos com a política

disciplinar da empresa. Sendo que 40% não se mostraram satisfeitos com essa variável.

Segundo Silva (2001, p. 67) “ética é um conjunto de valores e regras que definem a

conduta como certa ou errada”.

É bastante conveniente desenvolver um código de ética, uma vez que quanto maior o

número de funcionários com comportamento ético, melhor será o desempenho da

organização. (SILVA, 2001).

Tabela 9 - Variável flexibilidade

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 1 6 1 2 0 3,6 70% 20%2 1 4 4 1 0 3,5 50% 10%3 1 5 2 2 0 3,5 60% 20%

Parcial 10,00% 50,00% 23,33% 16,67% 0,00%Total 23,33%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,5 Média Geral

Satisfeito Indiferente

60,00% 16,67%

Média

Fonte: Dados primários, 2009

72

Totalmente Satisfeito 10,00%

Satisfeito 50,00%

Insatisfeito 16,67%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 23,33%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

Gráfico 8 – Variável flexibilidade Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 8.1: (Quanto

à flexibilidade de mudança de horário de trabalho) temos a média de 3,6 na matriz

Florianópolis.

Já no item 8.2: (Quanto à flexibilidade de apresentar sugestões de melhoria para a

empresa) temos a média 3, 5.

E ainda, na questão 8.3: (Quanto à flexibilidade de mudança de função / setor) temos a

menor média 3,5.

Com isso, pode-se analisar que 60% dos funcionários estão satisfeitos com a

flexibilidade da empresa. Sendo que 16,67% se mostraram insatisfeitos e 23,33% se disseram

indiferente quanto essa variável.

De acordo com Lawler (1994) apud Costa e Quintela (2009) os fatores como:

liberdade de ação, participação nas decisões estratégicas, flexibilidade no horário de trabalho,

celebração de vitórias são considerados importantes e possuem influência na motivação e no

sentimento de lealdade do funcionário para com a organização.

73

Tabela 10 - Variável localização

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 2 4 1 3 0 3,5 60% 30%2 1 5 0 4 0 3,3 60% 40%3 2 4 0 4 0 3,4 60% 40%

Parcial 16,67% 43,33% 3,33% 36,67% 0,00%Total 3,33%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,4 Média Geral

Satisfeito Indiferente

60,00% 36,67%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 16,67%

Satisfeito 43,33%

Insatisfeito 36,67%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 3,33%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

Gráfico 9 – Variável localização Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 9.1: (Quanto

à localização da empresa) temos a maior média de 3,5 na matriz Florianópolis.

Já no item 9.2: (Quanto à facilidade de transporte de sua residência até o trabalho e

vice-versa) temos a menor média 3, 3.

Na questão 9.3: (Quanto à proximidade com as principais conveniências (restaurantes,

banco, supermercado, entre outros) temos a média de 3,4. Com isso, pode-se analisar que 60%

dos funcionários estão satisfeitos com a localização da empresa. Sendo que 36,67% estão

insatisfeitos e 3,33% dos respondentes relataram indiferença quanto a variável localização da

empresa.

A escolha da localização da empresa influencia na competitividade da empresa no

74

mercado e interfere na mão de obra, tanto em encontrar novos funcionários, quanto para

manter os atuais. Esse fato ocorre pela diária dificuldade de chegar ao local de trabalho e a

não poder realizar suas atividades pessoais nos intervalos do trabalho por estar localizada

distante das conveniências que o funcionário julga necessário.

Tabela 11 – Variável atualização e treinamento

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 3 2 5 0 2,8 30% 50%

Parcial 0,00% 30,00% 20,00% 50,00% 0,00%Total 20,00%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

2,8 Média Geral

Satisfeito Indiferente

30,00% 50,00%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 0,00%

Satisfeito 30,00%

Insatisfeito 50,00%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 20,00%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente Insatisfeito

Insatisfeito

Indiferente

Satisfeito

Totalmente Satisfeito

Gráfico 10 - Variável atualização e treinamento Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 10.1: (Quanto

à atualização e ao treinamento oferecido aos atuais e novos funcionários) temos a maior

média de 2,8 na matriz Florianópolis.

Sendo que 50 % estão insatisfeitos e 20% dos respondentes relataram indiferença

quanto a variável atualização e treinamento.

75

De acordo com Chiavenato (2002) o treinamento é a educação profissional de curto

prazo que visa adaptar o profissional para determinado cargo. O treinamento é aplicado de

forma sistemática e organizada, através do qual as pessoas apreendem conhecimentos,

atitudes e habilidades em função de objetivos definidos.

Desta forma, o treinamento e desenvolvimento das pessoas na organização moderna é

fundamental para a manutenção e ampliação de seu diferencial competitivo, uma vez que as

organizações estão percebendo a necessidade de estimular e apoiar a contínuo

desenvolvimento das pessoas, como forma de manter as vantagens competitivas (DUTRA,

2002).

Tabela 12 – Variável recrutamento e seleção

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 1 2 5 2 0 3,2 30% 20%

Parcial 10,00% 20,00% 50,00% 20,00% 0,00%Total 50,00%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

3,2 Média Geral

Satisfeito Indiferente

30,00% 20,00%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 10,00%

Satisfeito 20,00%

Insatisfeito 20,00%

Totalmente Insatisfeito 0,00%

Indiferente 50,00%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

Gráfico 11 - Variável recrutamento e seleção Fonte: Dados primários, 2009.

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 10.2: (Quanto

76

à política de recrutamento e seleção da empresa) temos a maior média de 3,2 na matriz

Florianópolis.

Sendo que 50 % dos respondentes relataram indiferença e 30% se disseram satisfeitos

quanto à variável atualização e treinamento.

Para Fidelis e Banov (2006) o recrutamento e seleção de candidatos busca ajustar a

necessidade de mão de obra qualificada pra a empresa, com a oferta de trabalho. Sendo que a

empresa que adotar um planejamento estratégico no recrutamento e seleção de candidatos terá

como pressuposto a valorização da integração de esforços entre o requisitante da vaga e o

setor prestador de serviços do recursos humanos.

Tabela 13 – Variável carga de trabalho

Questão \ Item 5 4 3 2 1 Parcial Satisfeitos Insatisfeitos1 0 4 1 4 1 2,8 40% 50%

Parcial 0,00% 40,00% 10,00% 40,00% 10,00%Total 10,00%

Nível de Satisfação

SubtotalInsatisfeito

2,8 Média Geral

Satisfeito Indiferente

40,00% 50,00%

Média

Fonte: Dados primários, 2009.

Totalmente Satisfeito 0,00%

Satisfeito 40,00%

Insatisfeito 40,00%

Totalmente Insatisfeito 10,00%

Indiferente 10,00%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Totalmente InsatisfeitoInsatisfeitoIndiferenteSatisfeitoTotalmente Satisfeito

Gráfico 12 – Variável carga de trabalho Fonte: Dados primários, 2009.

77

De acordo com os dados apresentados na tabela e no gráfico, na questão 10.3: (Quanto

à carga de trabalho) temos a maior média de 2,8 na matriz Florianópolis.

Sendo que 50 % dos respondentes relataram estar insatisfeito e 40% se disseram

satisfeitos quanto à variável carga de trabalho.

A elevada carga de trabalho pode acarretar sintomas de estresse como o cansaço físico

e psicológico, como ansiedade, depressão, insatisfação com o trabalho, frustração. Sendo que

os sintomas, também, podem ser comportamentais, como dificuldade de tomar decisões

simples e cotidianas, falta ao trabalho, impossibilidade de lidar com mudanças, elevada

agressividade e baixa produtividade (FIDELIS; BANOV, 2006)

Diante da análise dos dados coletados é possível demonstrar os aspectos mais

relevantes da pesquisa, primeiramente aqueles identificados como pontos positivos, com

pontuações maiores, entre eles: supervisão, relacionamento humano, comunicação,

flexibilidade e política disciplinar e, na seqüência, os possíveis fatores causadores da

rotatividade e absenteísmo na empresa: Condições físicas ambientais, atualização e

treinamento, carga de trabalho e benefícios.

A seguir, uma proposta de ação para melhorias das variáveis que obtiveram menores

pontuações nas médias gerais.

78 4.3 PROPOSTA DE MELHORIAS DAS VARIÁVEIS COM MENOR PONTU AÇÃO

CONDIÇÕES FÍSICAS AMBIENTAIS QUESTÕES O QUE QUEM QUANDO COMO ONDE POR QUÊ

Quanto às

instalações

Verificar a viabilidade

de melhorar a

iluminação, diminuir

ruídos e manter uma

temperatura agradável

Sócios da

empresa Imediato

Adquirir equipamentos que aumente a

luminosidade, proteja dos ruídos e

mantenham o ambiente agradável

Matriz São

José / SC

Para evitar estresse, e

falta de motivação,

trazer conforto ao

funcionário e evitar

doenças

Quanto aos

equipamentos

de trabalho

Fazer uma avaliação de

todos os equipamentos

de trabalho

Sócios da

empresa Mensalmente

Contratar profissionais especialistas

nos equipamentos que a empresa

utiliza

Matriz São

José / SC

Para evitar que os

equipamentos que

não estão em boa

qualidade interfiram

na produtividade Quanto à

higiene /

limpeza dos

ambientes

Fazer uma higienização

dos ambientes

Sócios da

empresa

Duas vezes

por semana

Contratar um profissional para a

limpeza dos ambientes

Matriz São

José / SC

Para o bem estar dos

funcionários, que

produziram mais e

melhor

Quadro 13 – Proposta de melhorias para as condições físicas ambientais Fonte: Elaborado pela autora, 2009.

79

ATUALIZAÇÃO E TREINAMENTO E CARGA DE TRABALHO

QUESTÕES O QUE QUEM QUANDO COMO ONDE POR QUÊ

Quanto à atualização e

ao treinamento oferecido

pela empresa

Realizar

programas de

atualização e

treinamento

dos

funcionários

Sócios da

empresa

Quando for

visualizada a

necessidade

Quando

necessário

contratar um

profissional da

área que se quer

atualizar e treinar

o funcionário

Matriz São

José / SC

Para estimular e

apoiar o contínuo

desenvolvimento das

pessoas, como forma

de manter a vantagem

competitiva

Quanto à carga de

trabalho

Fazer análise

da real

sobrecarga de

trabalho.

Sócios da

empresa Imediato

Caso constatada

a sobrecarga,

verificar a

possibilidade de

contratação e/ou

diminuir a carga

de trabalho,

como também, as

horas trabalhadas

Matriz São

José / SC

Para melhorar a

saúde física e

comportamental dos

funcionários

Quadro 14 - Proposta de melhorias para a atualizaçã o e treinamento e carga de trabalho Fonte: Elaborado pela autora, 2009.

80

BENEFÍCIOS QUESTÕES O QUE QUEM QUANDO COMO ONDE POR QUÊ

Quanto aos benefícios

oferecidos pela empresa Ampliar os

benefícios

Sócios da

empresa Imediato

Planos de saúde

e odontológico

Matriz São

José / SC

Para melhorar a

relação dos

funcionários com a

empresa

Quanto ao benefício vale

alimentação

Aumentar o

valor do vale

alimentação ou

oferecer lanche

na empresa

Sócios da

empresa Imediato

Verificar a

disponibilidade

de caixa para

aumento do vale

alimentação ou

oferecer lanche

na empresa

Matriz São

José / SC

Para melhorar a

relação dos

funcionários com a

empresa

Quanto aos benefícios

oferecidos pela empresa

em comparação com a

concorrência

Verificar quais

os principais

benefícios

oferecidos pela

concorrência e

implantá-los na

empresa

Sócios da

empresa Imediato

Fazer uma

pesquisa na

concorrência

Matriz São

José / SC

Para melhorar a

relação dos

funcionários com a

empresa

Quadro 15 - Proposta de melhorias para os benefício s

Fonte: Elaborado pela autora, 2009.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar a pesquisa sobre rotatividade e absenteísmo com os funcionários da empresa

FJG Serviços de Transporte Ltda ME, matriz de São José / SC, o objetivo de identificar as

possíveis causas da rotatividade e do absenteísmo, foi atendido porque as informações obtidas

através da aplicação dos questionários aos funcionários, obtidas também com a entrevista

realizada com a responsável da área de recursos humanos e pela observação participante da

pesquisadora foram analisadas e possibilitaram a detecção das possíveis causas da rotatividade e

do absenteísmo.

Quanto aos objetivos específicos de rever referencial teórico sobre a rotatividade e o

absenteísmo para fundamentar o desenvolvimento da pesquisa na empresa FJG Serviços de

Transporte Ltda ME, foi executado na fundamentação da presente pesquisa; conhecer qual é a

política da empresa em relação à rotatividade e o absenteísmo na empresa pesquisada ocorreu

com a observação participante, e principalmente com a entrevista realizada com a responsável

pela área de recursos humanos na empresa e as propostas de sugestões que auxiliem a empresa

no processo de tomada de decisão referente à rotatividade e o absenteísmo na empresa foram

mostradas no tópico Proposta de melhorias das variáveis com menor pontuação.

Com base nas análises, foi possível verificar que as possíveis causas da rotatividade e do

absenteísmo são: Condições físicas ambientais, atualização e treinamento, carga de trabalho e

benefícios, perspectiva de crescimento e pelo não reconhecimento oferecidos pela empresa

pesquisada.

Para Morales (2002, p. 30) um dos aspectos mais importantes da dinâmica organizacional

é a rotatividade de recursos humanos ou turnover, e devido a sua importância na gestão foi um

dos primeiros aspectos a serem estudados pela área de recursos humanos. Considerando a

importância e influência deste aspecto para a empresa e funcionários é de grande valia a

pesquisa realizada.

Na realização deste trabalho de pesquisa foi identificado como as principais causas da

rotatividade e absenteísmo na empresa fatores referente á variável condições físicas ambientais e

a variável benefícios, e por meio de análises foi elaborado propostas de ações que servirá de

ferramenta para subsidiar ações futuras na empresa pesquisada.

82

No entanto, a empresa possui um bom índice de satisfação em diversos aspectos

pesquisados, em especial nas variáveis: supervisão, relacionamento humano, comunicação,

flexibilidade e política disciplinar. Sendo assim, é possível verificar que a empresa apresenta

entrosamento em algumas áreas. Sendo estes aspectos devem ser mantidos e incentivados para

que a organização possa melhor se desenvolver, em conjunto com seus funcionários.

Com isso, o questionário aplicado aos funcionários da empresa, serviu para fazer o

levantamento da atual situação e identificar os principais pontos que se apresentam deficitário, e

assim implantar estratégias com vistas a minimizar estes baixos índices de satisfação. Ao suprir

estas deficiências a empresa tende a aumentar a motivação dos funcionários, tendo

consequentemente maior produtividade e menores custos decorrentes da rotatividade e do

absenteísmo.

A presente pesquisa é de grande valia para os sócios da empresa, por tratar-se do

primeiro estudo realizada neste espaço organizacional além, dos subsídios decorrentes deste

processo os quais poderão implementar ações com vistas a redução da rotatividade e do

absenteísmo, na medida que estimular a maior satisfação e o comprometimento dos

funcionários para com a empresa, uma vez que, a literatura sinaliza que o desempenho em

conjunto propicia uma melhor interatividade, troca de experiências e o aperfeiçoamento contínuo

resultando à empresa um futuro competitivo e promissor.

Como sugestão para trabalho posteriores sugere-se que seja calculado o índice de

rotatividade e absenteísmo, como também o levantamento dos custos decorrentes destes

acontecimentos.

É também de grande importância para os funcionários, sendo que eles, os pesquisados

contribuíram muito na identificação dos déficits da organização, no tocante ao tema, propiciando

uma reflexão mais profunda sobre as fragilidades da empresa, no sentido de minimizar

desconfortos e assim, contribuir para um clima mais harmonioso e satisfatório dentro da

empresa.

Para a acadêmica, a elaboração desta pesquisa possibilitou resgatar conteúdos teóricos

adquiridos ao longo do curso, identificar as lacunas teóricas a serem preenchidas futuramente via

educação continuada, associar teoria com a prática e obter maior desenvolvimento tanto no nível

pessoal quanto profissional.

83

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Romilda Ramos de; SACHUK, Maria Iolanda. Os sentidos do trabalho e suas implicações na formação dos indivíduos inseridos nas organizações contemporâneas. Revista de Gestão USO, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 53-66, janeiro/ março 2007.

ASSIS, Marisa de. O mundo do trabalho. Brasília: Senai / DN, 1999.

Biblioteca Central Comunitária – Universidade do Vale do Itajaí. <http://siaibib01.univali.br/pergamum/biblioteca/index.php?resolution2=1024_1>Acesso em: nov. 2009.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil, 1983.

______. Metodologia científica. 4 ed. São Paulo: Editora MAKRON Books, 1996.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

______. Introdução à teoria geral da administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

______. Recursos humanos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1995.

______. Recursos humanos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

______. Recursos humanos. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

COSTA, Alexandre José Ornellas da; QUINTELA, Heitor. Lealdade e motivação: o papel da cultura organizacional.< http://www.producao.uff.br/conteudo/rpep/volume32003/relpesq_303_04.doc> Acesso em: out. 2009.

CODA, Roberto. Características da estrutura de salários e satisfação em instituições de pesquisa. Departamento de Administração da FEA –USP, 1980.

84

COSTA, Wellington Soares da. Humanização, relacionamento interpessoal e ética. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 11, nº 1, p. 17-21, janeiro/março 2004.

DALL’INHA, Graziella Rejane. A influência das práticas e das políticas de recursos humanos. Florianópolis, 2006. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS4919.pdf>. Acesso: 16 jun. 2009.

DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. 2 ed. São Paulo: Editora Prentice Hall, 2003.

DRUCKER, Peter Ferlinand. Fator humano e desempenho: o melhor de Peter F. Drucker

sobre administração. 3 ed. São Paulo: Pioneira, 1997.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.

FIDELIS, Gilson José; BANOV, Márcia Regina. Gestão de recursos humanos: Tradicional e estratégica. 1 ed. São Paulo: Érica, 2006.

FJG Serviços de Transporte Ltda. Manual de normas e procedimentos: área administrativa, 2008.

GIDDENS, Antony. Modernidade e identidade pessoal. 2 ed. São Paulo: Editora Celta, 1997.

GIL, Antônio Carlos. Administração de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994.

______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GUIMARÃES, Vanessa da Fonseca. bases de poder do supervisor, conflitos intragrupais e comprometimento organizacional e com a equipe: um estudo exploratório. Uberlândia, 2007.

KANAANE, Roberto. Comportamento humanos nas organizações: o homem rumo ao século

XXI. São Paulo: Atlas, 1994.

KWASNICKA, Eunice Laçava. Introdução à administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1995.

85

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Práticas de recursos humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007.

MANZINI, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros. <http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf>. Acesso em: nov. 2009.

MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3 ed. São Paulo: Futura, 2000.

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MAXIMINIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1995.

______. Introdução à administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H. Administração: Conceitos e aplicações. 4 ed. São Paulo: Harbra, 1998.

MILKOVICK, George T.; Boudreau, John W. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000.

MONTANA, Patrick J.; CHANOV, Bruce H.. Administração. São Paulo: Saraiva, 1999.

MORALES, Mércia. Princípios da administração de recursos humanos: aplicados em cursos técnicos e de qualificação profissional. São Paulo: Editora Textonovo, 2002.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.

Receita Federal do Brasil. <http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp> Acesso: nov. 2009.

RESENDE, Patrícia Carneiro de. Bem-estar no trabalho: influência das bases de poder do supervisor e dos tipos de conflito. Uberlândia, 2008.

86

RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2006. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

______. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996.

ROSÁRIO, Cecília Camargo. Rotatividade de pessoal (turnover). < http://www.atituderh.com/artigo.aspx?Codigo=2177>. Acesso em: jul. 2009.

SANTOS, Neri dos; FIALHO, Francisco Antônio Pereira. Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba: Editora Genesis, 1995.

SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da administração. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning, 2001.

TOLEDO, Geraldo Luciano; OVALLE, Ivo Izidoro. Estatística básica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1985.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1998.

______. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.

87

APÊNDICE

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO SOBRE PESQUISA DE ROTATIVIDADE E

ABSENTEÍSMO

88

Universidade do Vale do Itajaí. CECIESA – São José

Curso de Administração

Trabalho de Conclusão de Estágio - TCE

Orientadora: Profª. Ely Teresinha Dionísio, M. Engª.

Orientanda: Rebecca Corrêa de Macedo

Questionário

Rotatividade e Absenteísmo: uma pesquisa realizada com os funcionários da

empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME

Objetivo: identificar as causas da rotatividade e do absenteísmo; conhecer qual é a política

da empresa em relação à rotatividade e o absenteísmo e propor sugestões que auxiliem a empresa no

processo de tomada de decisão com vistas a minimizar os fatores que originam a rotatividade e o

absenteísmo.

Confidencialidade: a finalidade deste questionário é estritamente acadêmica, sendo que os

dados coletados serão utilizados apenas para fins desta pesquisa e, portanto, não serão repassados a

terceiros. Você é livre para, a qualquer momento, recusar-se a responder às perguntas que lhe

ocasionem constrangimento de qualquer natureza; você pode deixar de participar da pesquisa e não

precisa apresentar justificativas para isso; sua identidade será mantida em sigilo.

1. SALÁRIO

1.1 Quanto à faixa salarial para a função desempenh ada:

1.2 Quanto à definição de cargos e salários adotada pela empresa:

1.3 Quanto ao salário oferecido pela empresa em co mparação com a

concorrência:

2. BENEFÍCIOS

2.1 Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa:

89

2.2 Quanto ao benefício Vale Alimentação:

2.3 Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa em comparação com a

concorrência:

3. SUPERVISÃO

3.1 Quanto ao conhecimento da supervisão sobre ass untos técnicos da empresa:

3.2 Quanto à capacidade de resolução de conflitos / problemas:

3.3 Quanto à habilidade de relacionamento / empati a:

4. RELACIONAMENTO HUMANO

4.1 Quanto à convivência com seus colegas de traba lho:

4.2 Quanto ao relacionamento com os superiores:

4.3 Quanto às ações da empresa para melhoria do rel acionamento interpessoal:

5. CONDIÇÕES FÍSICAS AMBIENTAIS

5.1 Quanto às instalações:

90

5.2 Quanto aos equipamentos de trabalho:

5.3 Quanto à higiene / limpeza dos ambientes:

6. COMUNICAÇÃO

6.1 Quanto à facilidade de comunicação entre os fu ncionários:

6.2 Quanto às ações adotadas pela empresa para uma comunicação eficaz:

6.3 Quanto à utilização de tecnologias de comunicaç ão:

7. POLÍTICA DISCIPLINAR

7.1 Quanto às normas e procedimentos da empresa:

7.2 Quanto aos valores da empresa:

7.3 Quanto à conduta ética da empresa:

8. FLEXIBILIDADE 8.1 Quanto à flexibilidade de mudança de horário d e trabalho:

91

8.2 Quanto à flexibilidade de apresentar sugestões de melhoria para a empresa:

8.3 Quanto à flexibilidade de mudança de função / setor:

9. LOCALIZAÇÃO 9.1 Quanto à localização da empresa:

9.2 Quanto à facilidade de transporte de sua residê ncia até o trabalho e vice-

versa:

9.3 Quanto à proximidade com as principais conveniê ncias (restaurantes, banco,

supermercado, entre outros):

10. ATUALIZAÇÃO E TREINAMENTO / RECRUTAMENTO E SELEÇÃO / CARGA DE TRABALHO

10.1Quanto à atualização e ao treinamento oferecido aos atuais e novos

funcionários:

10.2 Quanto à política de recrutamento e seleção da empresa :

10.3 Quanto à carga de trabalho:

92

APÊNDICE B – ENTREVISTA COM A RESPONSÁVEL PELA ÁREA DE

RECURSOS HUMANOS DA EMPRESA

93

Universidade do Vale do Itajaí. CECIESA – São José

Curso de Administração

Trabalho de Conclusão de Estágio - TCE

Orientadora: Profª. Ely Teresinha Dionísio, M. Engª.

Orientanda: Rebecca Corrêa de Macedo

Entrevista

Entrevista semi estruturada com a responsável pela área de Recursos Humanos da

empresa FJG Serviços de Transporte Ltda ME

Objetivo da Entrevista: Conhecer qual é a política da empresa em relação à rotatividade e o

absenteísmo na empresa FJG Serviços de Transportes Ltda ME

Conceito de entrevista semi estruturada: A entrevista semi estruturada está focalizada

em um assunto sobre o qual é confeccionado um roteiro com perguntas principais,

complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para

o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas

não estão condicionadas a uma padronização de alternativas (MANZINI, 2009).

1. Quais os principais problemas que a empresa vem enfrentando em relação

aos funcionários.

2. Na sua opinião, quais são os principais fatores que geram a rotatividade e

o absenteísmo.

3. Quais são as políticas da empresa em relação aos funcionários de um

modo geral.

4. Quais são as conseqüências desta rotatividade no desempenho e

produtividade da equipe.

5. Quais as principais queixas em relação a isto na área de recursos

humanos.

94

ANEXO

ANEXO A – MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS ÁREA

ADMINISTRATIVA 2008