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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO JONAS BITENCOURT PINTER ESTUDO DE VIABILIDADE PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA PRESTAR SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL São José 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

JONAS BITENCOURT PINTER

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA PRESTAR SERVIÇOS DE TRANSPORTE

DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

São José 2009

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JONAS BITENCOURT PINTER

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA PRESTAR SERVIÇOS DE TRANSPORTE

DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professor Orientador: Maria Albertina S. Bonin

São José

2009

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JONAS BITENCOURT PINTER

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA PRESTAR SERVIÇOS DE TRANSPORTE

DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua

forma final pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale

do Itajaí, em (dia, mês e ano constante da ata de aprovação – defesa)

Prof(a) MSc. Luciana Merlin Bervian UNIVALI – Campus São José

Coordenador(a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) MSc. Maria Albertina S. Bonin UNIVALI – Campus São José

Professor Orientador

Prof(a) Dra. Luciana Merlin Bervian UNIVALI – Campus São José

Membro

Prof(a) Dr. Crisanto Soares Ribeiro UNIVALI – Campus São José

Membro

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Dedico este trabalho de conclusão de curso aos meus irmãos

Jader Bitencourt Pinter e Juliano Bitencourt Pinter , aos meus

pais Lenoir Savi Mondo Pinter e a Maria Izabel Bitencourt

pela educação que me deram e por sempre me incentivarem ao

estudo.

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AGRADECIMENTOS

À orientadora Profª. M.Sc Maria Albertina S. Bonin, pelos conhecimentos

repassados e cujas observações foram fundamentais ao desenvolvimento deste

trabalho.

A todos os meus amigos que estiveram presentes no meu dia-a-dia,

destacando: Renan da Cruz, Evilasio Junior, Teófilo Schütz, Paulo Golin, Jefferson

de Oliveira, Gabriela Guiraldelli, Victor Lemos, Jabson Alexandre, Rodrigo Silveira,

Diego Melo, Alan, Anderson Albino, Nicoly Dela Justina e Loan.

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RESUMO

PINTER, Jonas Bitencourt. Estudo de viabilidade de alocação de recursos em um caminhão para serviços de transporte de material para construção civil. 2009. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, São José.

O tema central deste estudo é mostrar detalhadamente os passos para a verificação da viabilidade econômico-financeira para a alocação de recursos na compra de um caminhão para serviços de transporte de material para Construção Civil, como forma de suprir a demanda de fretes, visando à sustentabilidade do negócio. De início, foi realizado um estudo prévio do mercado mediante uma pesquisa utilizando-se um questionário estruturado. Este estudo apontou que todos os clientes encontram-se satisfeitos com os serviços prestados. Num segundo momento, foi realizado um planejamento financeiro, identificando o investimento inicial, capital de giro, ingressos e desembolsos, bem como o demonstrativo de resultados, finalizando com a aplicação de ferramentas de análise financeira como VPL, TIR e Payback. Posteriormente, foi elaborado o fluxo de caixa nos cenários otimista, realista e pessimista, a aplicação destas ferramentas apontou ser atrativa à alocação de recursos na compra de um caminhão para os três cenários mencionados

Palavras-chave: Econômico-financeiro. Projeções Financeiras. Viabilidade

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ABSTRACT

PINTER, Jonas Bitencourt. Feasibility study of resource allocation in a truck for the transport of material for construction. 2009. Conclusion of Stage (Graduation of Business Administration) - University of Vale do Itajaí, São José. This Conclusion of course has as main objective provide the tools needed for the preparation of a study that aims to verify the economic feasibility occasioned to the allocation of resources in a truck for the transport stuff for civil construction, as a way to meet the demand for freight, for sustaining the business. Initially, we performed a study of the market through a survey using a structured questionnaire. This study showed that all customers are satisfied with the services provided. Second, we carried out a financial plan, identifying the initial investment, capital, income and disbursements, and income statement, concluding with the application of financial analysis tools such as NPV, IRR and Payback. Then drawn up the cash flow scenarios optimistic, realistic and pessimistic, the implementation of tools aimed to be attractive to resource allocation of a truck for the three existing scenarios.

Key-words: Economic and financial. Financial Projections. Feasibility

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Referencial de identificação dos fatores macro ambientais relevantes. ... 14

Figura 2 – Os quatro Ps do composto de marketing. ................................................ 16

Figura 3 – Os quatro Ps do composto de marketing. ................................................ 17

Figura 4 – Estrutura do balanço. ............................................................................... 29

Figura 5 – Formula do VPL ....................................................................................... 39

Figura 6 – Formula da TIR ........................................................................................ 40

Figura 7 – Calculo do Payback na HP12C ................................................................ 41

Figura 8 – Opinião do cliente em relação ao atendimento. ....................................... 52

Figura 9 – Opinião do cliente em relação a comunicação. ........................................ 53

Figura 10 – Opinião do cliente em relação a agilidade. ............................................. 54

Figura 11 – Opinião do cliente em relação ao conhecimento da carga. .................... 55

Figura 12 – Opinião do cliente em relação ao profissionalismo. ............................... 55

Figura 13 – Opinião do cliente em relação a confiabilidade. ..................................... 56

Figura 14 – Opinião do cliente em relação ao prazo de entrega das cargas. ........... 57

Figura 15 – Forma de como ficaram conhecendo a empresa. .................................. 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Demonstrativo de Resultados ................................................................. 31

Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa ....................................................................... 34

Tabela 3 – Custos fixos (cenários realista, pessimista e otimista) ............................ 60

Tabela 4 – Custos Variáveis - Cenário Otimista ........................................................ 60

Tabela 5 – Custos Variáveis Cenário Realista .......................................................... 61

Tabela 6 – Custos Variáveis Cenário Pessimista ...................................................... 61

Tabela 7 – Receitas operacionais Cenário Otimista .................................................. 63

Tabela 8 – Receitas operacionais Cenário Realista .................................................. 63

Tabela 9 – Receitas operacionais Cenário Pessimista ............................................. 63

Tabela 10 – Fluxo de caixa Cenário Otimista ............................................................ 65

Tabela 11 – Fluxo de caixa Cenário Realista ............................................................ 66

Tabela 12 – Fluxo de caixa Cenário Pessimista ........................................................ 67

Tabela 13 – Demonstrações de Resultado no cenário: Otimista, Realista e

Pessimista, Ano1 ....................................................................................................... 68

Tabela 14 – VPL nos cenários otimista, realista e pessimista – Ano 1 ..................... 71

Tabela 15 – TIR nos cenários otimista, realista e pessimista. ................................... 73

Tabela 16 – Projeção do Período de recuperação do investimento para cinco anos

no cenário otimista .................................................................................................... 75

Tabela 17 – Projeção do Período de recuperação do investimento para cinco anos

no cenário realista ..................................................................................................... 75

Tabela 18 – Projeção do Período de recuperação do investimento para cinco anos

no cenário pessimista ................................................................................................ 76

Tabela 19 – Payback Descontado nos cenários otimista, realista e pessimista. ....... 76

Tabela 20 – Margem de Contribuição Cenário Otimista ............................................ 77

Tabela 21 – Margem de Contribuição Cenário realista ............................................. 77

Tabela 22 – Margem de Contribuição Cenário pessimista ........................................ 77

Tabela 23 – Ponto de equilíbrio para os três cenários .............................................. 79

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 8

1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 8

1.1.2 Objetivos específicos.......................................................................................... 8

1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10

2.1 PLANO MERCADOLÓGICO ............................................................................... 10

2.1.1 Análise Ambiental ............................................................................................. 10

2.2 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO .................................................................. 11

2.2.1 Composto mercadológico ................................................................................. 15

2.2.2 Pontos fracos ................................................................................................... 19

2.2.3 Pontos fortes .................................................................................................... 20

2.3 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO ................................................................. 20

2.3.1 Oportunidades .................................................................................................. 22

2.3.2 Ameaças .......................................................................................................... 22

2.4 PESQUISA DE MERCADO ................................................................................. 23

2.5 ESTRATÉGIA DE MARKETING ......................................................................... 24

2.6 PLANO FINANCEIRO ......................................................................................... 26

2.7 CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS ...................................................... 26

2.7.1 Custos fixos ...................................................................................................... 27

2.7.2 Custos variáveis ............................................................................................... 28

2.8 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................. 28

2.9 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS .............................................................. 30

2.10 LUCRATIVIDADE DE UM NOVO INVESTIMENTO .......................................... 32

2.11 FLUXO DE CAIXA ............................................................................................. 33

2.11.1 Projeção de recebimentos .............................................................................. 35

2.11.2 Projeção de pagamentos ................................................................................ 36

2.11.3 Margem de contribuição ................................................................................. 36

2.11.4 Ponto de equilíbrio ......................................................................................... 38

2.12 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO ................................................ 38

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2.12.1 Taxa Mínima de Atratividade .......................................................................... 38

2.12.2 Valor Presente Líquido – VPL ........................................................................ 39

2.12.3 Taxa Interna de Retorno - TIR ........................................................................ 39

2.12.4 Prazo de Retorno do Investimento – PAYBACK ............................................ 40

2.13 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE ......................................................................... 41

2.14 ANÁLISE DE CENÁRIOS .................................................................................. 42

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO .................................................................. 43

4 TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS ............................................. 45

4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO .................................................................. 45

4.1.1 Composto mercadológico ................................................................................. 47

4.1.2 Pontos fracos ................................................................................................... 48

4.1.3 Pontos Fortes ................................................................................................... 48

4.2 ESTRATÉGIA DE MARKETING ......................................................................... 49

4.3 PLANO OPERACIONAL ..................................................................................... 49

4.4 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO ................................................................. 50

4.4.1 Oportunidade .................................................................................................... 50

4.4.2 Ameaça ............................................................................................................ 51

4.5 PESQUISA DE MERCADO ................................................................................. 51

4.5.1 Atendimento ..................................................................................................... 52

4.5.2 Comunicação ................................................................................................... 53

4.5.3 Agilidade ........................................................................................................... 54

4.5.4 Conhecimentos da Carga para Transporte ...................................................... 55

4.5.5 Profissionalismo ............................................................................................... 55

4.5.6 Confiável .......................................................................................................... 56

4.5.7 Prazo de Entrega ............................................................................................. 57

4.5.8 Ocorrência Negativa ......................................................................................... 57

4.5.9 Quantidade de Ocorrências .............................................................................. 58

4.5.10 Conhecimento sobre a Empresa .................................................................... 58

4.6 PLANO FINANCEIRO ......................................................................................... 59

4.6.1 Investimento Inicial ........................................................................................... 59

4.6.2 Custos Fixos ..................................................................................................... 59

4.6.3 Custos Variáveis .............................................................................................. 60

4.7 FLUXO DE CAIXA ............................................................................................... 64

4.8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE .......................... 68

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4.9 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ................................................ 69

4.9.1 Taxa de Mínima Atratividade ............................................................................ 69

4.9.2 Valor Presente Líquido ..................................................................................... 69

4.9.3 Taxa Interna de Retorno - TIR .......................................................................... 72

4.9.4 Payback ............................................................................................................ 74

4.10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................................ 77

4.11 PONTO DE EQUILÍBRIO .................................................................................. 78

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 80

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 82

APÊNDICES ............................................................................................................. 85

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como principal propósito desenvolver um estudo de

viabilidade de abertura de um novo ramo de uma pequena empresa da Grande

Florianópolis. Trata-se de uma empresa familiar, sendo assim mais um desafio a ser

superado para que se consiga sensibilização de seus administradores, em colaborar

com o processo e também reforçar a importância de um estudo de viabilidade da

abertura da OR Transportes Ltda., frente a um ambiente que está oscilando

constantemente.

A empresa prestará serviços para o ramo de construção civil, e considera-se

de fundamental importância o desenvolvimento de um estudo de viabilidade para a

abertura de um novo ramo, para que se possa observar o mercado, e se trará o

retorno esperado. O estudo de viabilidade dessa forma será utilizado como uma das

ferramentas para auxiliar na tomada de decisão, visando à adaptação do mercado

frente às oscilações constantes.

O trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido na OR Construções Ltda.,

que está inserida, aproximadamente, há quatro anos no mercado da construção civil,

na Grande Florianópolis. A mesma está envolvida com empreendimentos de

construção e incorporação, ou seja, constrói condomínios residenciais para serem

adquiridos por terceiros, seja por financiamento próprio ou por financiamentos

subsidiados por instituições financeiras (bancos).

O ambiente em que a OR Construções Ltda. esta analisando, segundo a

SINDICARGA (Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e

Logística do Rio de Janeiro) pode-se observar que mais de 60% de toda a produção

brasileira, é transportado por via rodoviária. No primeiro semestre de 2007, não

houve um crescimento tão grande do que era esperado, houve somente um

crescimento de 3,5% no PIB brasileiro se comparado ao ultimo semestre analisado.

Outro fator de destaque é que, este setor é responsável pela criação de inúmeros

empregos diretos no país.

Observando-se a atual situação da organização em questão, foram

verificadas as defasagens em suas entradas monetárias, impulsionando os gerentes

a recorrerem a novas formas de investimento e administração.

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Sendo assim, analisando o seguimento em que a OR Construções Ltda. está

inserida, busca-se dar resposta a seguinte questão: existe a viabilidade econômico-

financeira para a alocação de recursos na compra de um caminhão para serviços de

transporte de material para Construção Civil?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Verificar a viabilidade econômico-fianceira para alocação de recursos para prestar

serviços de transporte de material para Construção Civil, Campinas, São José, SC.

1.1.2 Objetivos específicos

• Desenvolver composto mercadológico.

• Desenvolver planejamento de produção.

• Desenvolver planejamento financeiro.

• Aplicar métodos de análise de investimento.

1.2 JUSTIFICATIVA

Com as constantes oscilações do mercado é recomendável estar atento ao

que possa a vir a acontecer com o futuro investimento, sendo assim, o

empreendedor deve preocupar-se com os resultados dos recursos investidos.

Este estudo se justifica pela análise da viabilidade que deve ser dirigida à

administração da empresa, pois o mesmo é responsável pelos próximos passos e

objetivos da organização.

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Entende-se que é o momento bastante propicio por se tratar de uma empresa

com profissionais experientes e conhecedores do ramo e estão preparados para

tomar as decisões que se farão necessárias. Outrossim, também por se tratar de um

setor que vem crescendo e ganhando espaço no mercado em torno de mais de

60% dos meios de transportes existentes no país.

Sendo assim, considera-se de significativa importância para a OR

Construções Ltda., planejar seu futuro e ao mesmo tempo, manter certa flexibilidade

para que possa se adaptar de acordo com as exigências mercadológicas que se

farão presentes.

O estudo se torna viável por não exigir alocação de recursos para o

desenvolvimento do mesmo, e por se ter acesso aos dados requeridos para o seu

desenvolvimento.

Quanto ao horizonte de tempo requerido para o desenvolvimento e finalização

do trabalho, será de aproximadamente um ano, tempo necessário para ser feita a

analise da viabilidade, e aplicações de alguns métodos visando encontrar resultados

consistentes e confiáveis.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 PLANO MERCADOLÓGICO

O Plano mercadológico compreende a abordagem dos componentes que se

interpõem no momento em que se deseja conhecer os enclaves em que se insere a

empresa ou o investimento que se pretende estudar.

2.1.1 Análise Ambiental

Nesta seção aborda-se os aspectos que compõem a análise ambiental, como

a análise do ambiente interno e análise do ambiente externo.

Segundo Kotler (2003, p. 142), de inicio, mercado era um lugar físico onde se

reuniam vendedores e compradores. Os economistas definem mercado como um

conjunto de compradores e vendedores que transacionam com determinado produto

ou classe de produto, mas os profissionais de marketing vêem os vendedores como

“setor” e os compradores como “mercado”.

Complementando o pensamento anterior, Kotler (1998, p. 31), acrescenta que

mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma

necessidade ou desejo especifico dispostos e habitados para fazer uma troca que

satisfaça essa necessidade ou desejo.

Segundo Churchill (2003, p. 26), análise ambiental é a prática de rastrear as

mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados.

Essas mudanças ocorrem em todas as dimensões do ambiente externo –

econômica, política e legal, social, natural, tecnológica e competitiva.

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2.2 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO

A análise do ambiente interno é uma metodologia que possibilita e uma

organização tome conhecimento de suas habilidades e competências.

“Internamente, a competência distintiva corresponde ao somatório e a interação dos

recursos, ativos e habilidades que a organização dispõe, orientados para produzir

impactos no ambiente externo”. (TAVARES, 2000, p. 263-264)

Segundo Kotler (1998, p. 87), uma coisa é discernir as oportunidades

atraentes do ambiente; outra é possuir as competências necessárias para aproveitar

bem essas oportunidades. Assim, é necessário a avaliação periódica das forças e

fraquezas de cada negócio.

Segundo Dias (2006, p. 447), após analisar as oportunidades e ameaças

oriundas do ambiente externo, temos de verificar se existe competência interna para

defender a empresa das ameaças e aproveitar as oportunidades detectadas, ou

seja, as forças e fraquezas da empresa. Possuir recursos abundantes, tecnologia,

marca conhecida pode ser uma força difícil de ser vencida pelos concorrentes, o que

garante à empresa um diferencial competitivo importante na luta por parcelas de

mercado.

Este autor ressalta que uma vantagem diferencial pode ser desenvolvida a

partir de um ponto forte da empresa em relação aos concorrentes, porém, o

consumidor tem de perceber esse diferencial e valorizá-lo. Deficiências ou fraquezas

da empresa e de seus produtos que podem afetar a satisfação do consumidor

devem ser consideradas desvantagens competitivas, desde que percebidas pelo

consumidor como variáveis importantes.

Dando prosseguimento ao estudo, na seqüência aborda-se a análise

ambiental.

• Analise Macro ambiental

- Ambiente Demográfico – Segundo Kotler (1998, p. 146), a primeira força

macro ambiental que os profissionais de marketing monitoram é a população,

porque as pessoas representam os mercados.

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 108), a análise ambiental pode ser

entendida como o estudo do perfil das pessoas constituintes da população. Para

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algumas empresas voltadas ao cliente final, o estudo da população traz informações

sobre tamanho e demais características do mercado.

- Ambiente Econômico – Segundo Kotler (1998, p. 149), os mercados exigem

poder de compra, além de pessoas. O poder de compra existente em uma economia

depende da renda atual, preços, poupanças, empréstimos e disponibilidade de

crédito.

Já para Churchill (2003, p. 28), numa economia de crescimento mais lento, os

profissionais de marketing podem ter de conhecer melhor seus clientes para criar

valor. O ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo,

incluindo ciclos de negócios e padrões de gastos, além de questões referentes à

renda do consumidor.

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 108), o poder de compra de cada

população depende de sua renda, dos preços dos produtos e serviços, da

poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito. O desempenho da

empresa pode depender da atividade geral da indústria em que ela está, havendo

vários índices que medem o desempenho de uma industria fornecida pelas

entidades de classe ou órgãos públicos.

- Ambiente Tecnológico – Segundo Kotler (1998, p. 152), uma das forças mais

intensas que molda a vida das pessoas é a tecnologia. Ela tem descoberto

maravilhas, como penicilina, cirurgia do coração e pílulas para controle de

natalidade.

Segundo Churchill (2003, p. 45), o conhecimento científico, a pesquisa, as

invenções e as inovações que resultem em bens e serviços novos ou aperfeiçoados

constituem o ambiente tecnológico do marketing. Os desenvolvimentos tecnológicos

proporcionam oportunidades importantes para melhorar o valor oferecido aos

clientes.

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 109), é uma das principais

alavancas do aumento de produtividade, afetando a taxa de crescimento da

economia de forma direta, e é considerada também uma das maiores promotoras de

inovações e alterações no mercado. Ela pode ser vista como uma nova indústria que

está emergindo que abre novas possibilidades de negócios ou como uma produtora

de soluções a serem adotadas.

- Ambiente Político e Legal – Segundo Kotler (1998, p. 153), as decisões de

marketing são fortemente afetadas por desenvolvimentos do ambiente político e

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legal. Este ambiente é composto de leis, órgãos governamentais e grupos de

pressão que influenciam e limitam varias organizações e indivíduos em sociedade.

Segundo Churchill (2003, p. 31), uma organização não funciona estritamente

de acordo com seu próprio conjunto de regras. Ela tem de servir seus clientes e

atender aos governos federal, estaduais e municipais, assim como a grupos de

interesses especiais: junto, estes componentes constituem o ambiente político-legal.

Esse ambiente influencia as estratégias de marketing por meio de leis,

regulamentações e pressões políticas.

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 109), o ambiente político-legal é

formado por leis, órgãos governamentais e grupos de pressão. As leis incentivam,

influenciam e restringem a ação de organizações e dos indivíduos, o entendimento

de seu conjunto permite o entendimento dos caminhos possíveis. Entretanto os

órgãos governamentais podem proporcionar alterações nas leis, afetando o

ambiente institucional, criando para algumas novas oportunidades e negócios e para

outros novas ameaças.

- Ambiente Sociocultural – Segundo Kotler (1998, p. 155), a sociedade em que

as pessoas se desenvolvem molda suas crenças, valores e normas. As pessoas

absorvem, quase inconscientemente, uma visão de mundo que define seu

relacionamento consigo mesma, com os outros e com o universo.

Já para Churchill (2003, p. 37), este ambiente é constituído pelas pessoas de

uma sociedade e seus valores, crenças e comportamento. Os profissionais de

marketing descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas e com as

características de sua cultura. Mudanças no ambiente social, sejam elas sutis ou

drásticas, podem apresentar aos profissionais de marketing novas oportunidades e

desafios.

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 107), a economia e os mercados

estão em relações sociais, e são os fatores culturais que moldam esses

relacionamentos por meio das crenças, valores e normas individuais e coletivas,

pessoais e das empresas, podendo ser exercidos de forma consciente ou

inconsciente.

A Figura 1, apresentada na seqüência mostra de forma sumarizada os

ambientes anteriormente abordados.

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Figura 1 – Referencial de identificação dos fatores macro ambi entais relevantes. Fonte: Cecconello e Ajzental (2008, p. 113)

Depois de apresentada a análise macro ambiental abordar-se-á a análise

micro ambiental, que possibilita conhecer os aspectos que estão mais diretamente

ligados às atividades de uma empresa.

• Analise Micro ambiental

- Analise do Setor – Segundo Kotler e Armstrong (1995, p. 47), é a alta

administração estabelece a missão, os objetivos, as estratégias mais amplas e as

políticas da empresa, e os administradores de marketing tomam as decisões a partir

desses planos. Após a aprovação da alta administração, são implementados os

planos, sempre trabalhando em conjunto com os outros departamentos existentes.

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- Concorrentes – Segundo Kotler e Armstrong (1995, p. 48), para ser bem-

sucedida a empresa deve satisfazer as necessidades e os desejos dos

consumidores melhor que seus concorrentes. Portanto, os profissionais de

marketing não devem apenas visar as necessidades dos consumidores-alvos;

devem também alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra

as de seus concorrentes na cabeça dos consumidores. Não há estratégia

competitiva de marketing que se adapte a todas as companhias. Cada companhia

deve considerar seu próprio tamanho e sua posição na industria comparados aos

dos seus concorrentes.

- Fornecedores – Segundo Kotler e Armstrong (1995, p. 47), fornecedor é um

elo importante no sistema geral da empresa de “oferta de valor” ao consumidor. Eles

provêem os recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços, e

podem afetar seriamente o marketing. Os gerentes de marketing devem controlar os

suprimentos, pois a falta ou demora desses suprimentos, sem deixar de considerar

as greves e outras ocorrências, podem prejudicar as vendas em curto prazo e a

satisfação do cliente a longo prazo.

Descrita a análise micro ambiental procede-se então a apresentação e

abordagem os componentes do composto mercadológico.

2.2.1 Composto mercadológico

Segundo Churchill (2003, p. 20), composto de marketing é uma combinação

de ferramentas estratégicas usadas pra criar valor para os clientes e alcançar os

objetivos da organização.há quatro ferramentas ou elementos primários no

composto de marketing: produto, preço, ponto de distribuição e promoção. Esses

elementos devem ser combinados de forma coerente para obter a máxima eficácia.

Segundo McCarthy (1997, p. 44), há muitas maneiras possíveis de satisfazer

as necessidades dos consumidores-alvos. Um produto pode ter muitas

características e níveis de qualidade diferentes. Os níveis de serviços podem ser

ajustados. O pacote pode ser de vários tamanhos, cores ou materiais. A marca e a

garantia podem ser mudadas. Varias mídias de propaganda – jornais, revistas, rádio,

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televisão, cartazes – podem ser usadas. A força de vendas ou os especialistas de

vendas de uma empresa podem ser usados. Preços diferentes podem ser cobrados.

Segundo Kotler (1998, p. 97), é o conjunto de ferramentas que a empresa usa

para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Literalmente, há dezenas

de ferramentas no composto de marketing. McCarthy popularizou uma classificação

dessas ferramentas chamada os quatro Ps: produto, preço, praça (isto é,

distribuição) e promoção. As decisões do composto de marketing devem ser

tomadas considerando os canais de distribuição e os consumidores.

De forma ilustrativa, a Figura 2 mostra a composição dos fatores que integram

o composto de marketing

Figura 2 – Os quatro Ps do composto de marketing. Fonte: Kotler (1998, p. 97)

Tipicamente, a empresa pode mudar seu preço, tamanho da força de vendas

e despesas de propaganda em curto prazo. Pode desenvolver novos produtos e

modificar seus canais de distribuição apenas a longo prazo. Assim, é comum a

empresa fazer poucas mudanças em seu composto de marketing, embora o número

de variáveis do composto possa sugerir o contrário.

Segundo Cobra (1997, p. 15-16, 28-31), a análise do produto ganhou força

quando o professor E. Jerome McCarthy, de forma criativa, introduziu a abordagem

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dos 4 Ps para explicar o conceito de Marketing: Produto, Preço, Promoção e Place

(distribuição).

O marketing-mix, ou composto de marketing (aportuguesando a expressão) é

apresentado em quatro funções básicas, como descreve a Figura 3 da seqüência.

Figura 3 – Os quatro Ps do composto de marketing. Fonte: Cobra (1997, p. 15)

A figura 3 mostra onde todos os elementos do composto foram criados e

estabelecidos para atender ao mercado-alvo, ou seja, o consumidor.

Sob a concepção de Zeithaml e Bitner (2003, p. 40), o composto de marketing

como os elementos controlados por uma empresa e que podem ser utilizados para

satisfazer os clientes ou comunicar-se com eles. O composto de marketing

tradicional é constituído pelos quatros Os: produto, preço, praça (distribuição) e

promoção.

• Produto

Segundo Kotler (1998, p. 98), a ferramenta mais básica do composto de

marketing é o produto. A oferta tangível da empresa para o mercado, que inclui

qualidade, design, características, marca e embalagem.

Segundo Churchill (2003, p. 20), produto refere-se ao que os profissionais de

marketing oferecem ao cliente.

Segundo Cobra (1997, p. 28) um produto ou serviço é dito certo ao consumo

quando atende às necessidades e desejos de seus consumidores-alvos. Um produto

deve ter:

- Qualidade e padronização – em termos de características, desempenhos e

acabamentos.

- Modelos e tamanhos – que atendam às expectativas e necessidades.

- Configuração – a apresentação do produto em termos de apresentação física,

embalagem, marca e serviço.

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• Ponto

Segundo Kotler (1998, p. 98), ferramenta-chave do composto de marketing,

inclui as várias atividades assumidas pela empresa para tornar o produto acessível e

disponível aos consumidores-alvos.

Na concepção de Churchill (2003, p. 20), refere-se a como produtos e

serviços são entregues aos mercados para se tornarem disponíveis para trocas.

No mesmo sentido, Cobra (1997, p. 29) afirma que produto ou serviço só tem

utilidade se posicionado junto ao seu mercado consumidor.

A escolha do ponto para o produto ou serviço relaciona-se com a escolha do

canal de distribuição:

- Atacado, varejo ou distribuidor.

- Ao transporte.

- E a armazém.

• Preço

Segundo Kotler (1998, p. 98), ferramenta critica do composto de marketing é

o preço. A quantidade de dinheiro que os consumidores pagam pelo produto.

Já para Churchill (2003, p. 20), refere-se à quantidade de dinheiro ou outros

recursos que os profissionais de marketing pedem por aquilo que oferecem.

Abordando sobre o tema Cobra (1997, p. 29), destaca que o produto deve ser

certo, deve estar no ponto certo e deve transferir a posse no preço certo.

O preço pode ser considerado: posto na fábrica; posto no cliente; atacadista,

varejista ou distribuidor; líquido com desconto ou bruto sem desconto; desconto por

quantidade, por condição de pagamento etc.

• Promoção

Kotler (1998, p. 98), destaca que a quarta ferramenta do composto de

marketing inclui todas as atividades desempenhadas pela empresa para comunicar

e promover seus produtos ao mercado-alvo.

Segundo Churchill (2003, p. 20), refere-se a como os profissionais de

marketing informam, convence e lembram os clientes sobre produtos e serviços.

No mesmo sentido Cobra (1997, p. 29), enfatiza que o composto promocional

do produto ou serviço compreende a publicidade, as relações públicas, a promoção

de vendas, a venda pessoal e o merchandising.

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O composto mercadológico em forma dos 4 Ps tem cada elemento

interdependente que pode ser exclusivo. Contudo, a pratica revela uma inter-relação

constante entre os 4 Ps.

O produto ou serviço deve satisfazer às necessidades e aos desejos dos

consumidores.

O ponto significa levar o produto da forma mais acessível e rápida possível ao

mercado consumidor. O preço deve ser ajustado às condições de custo de

fabricação e de mercado.

E a promoção deve comunicar o produto ou serviço ao mercado, estimulando

e realizando a venda, isto é, a transferência de posse.

Finalizada a abordagem sobre o composto mercadológico discute-se na

seqüência os pontos fracos, bem como os pontos fortes que podem influenciar nos

resultados da empresa.

2.2.2 Pontos fracos

São todos os aspectos que interferem negativamente nessa capacidade.

Portanto, uma oportunidade criada em determinado mercado poderá ser aproveitada

mais favoravelmente por alguma empresa que tenha vantagem sobre as outras.

(LAS CASAS, 1999, p. 66)

Dando seqüência ao estudo, Dias (2006, p. 447), apresenta alguns exemplos

de fraquezas:

• Custos elevados.

• Administração centralizada e lenta.

• Inexistência de planejamento estratégico.

• Falta de flexibilidade.

• Prazos de entrega longos.

• Preços altos.

• Qualidade dos produtos que deixa a desejar.

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Estes exemplos podem estar configurados ou não, dentro da organização.

Dependendo da natureza de suas operações e da forma de gestão estas fraquezas

podem estar superadas.

2.2.3 Pontos fortes

São todos os fatores que apresentam vantagem competitiva da empresa em

relação aos concorrentes ou ao exercício de qualquer atividade. Um ponto forte

pode ser a capacidade administrativa diferenciada, muitos recursos financeiros ou

humanos, domínio de tecnologia. (LAS CASAS, 1999, p. 66)

Segundo Dias (2006, p. 447), são exemplos de forças internas:

• Criatividade da equipe.

• Velocidade na tomada de decisão.

• Recursos financeiros abundantes.

• Marca reconhecida.

• Domínio da tecnologia.

• Reconhecimento no mercado, boa imagem.

• Logística e distribuição eficientes.

Então, como é possível verificar os pontos fortes são os fatores que vão

diferenciar a organização perante a concorrência. A empresa tem visibilidade no

mercado quando tem uma vantagem competitiva e, estes fatores podem levá-la a

ocupar um lugar de destaque no segmento que atua.

2.3 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO

Segundo Dias (2006, p. 447), economia, política, aspectos sociais,

demográficos, culturais e tecnológicos devem ser monitorados e analisados

constantemente, pois podem indicar qual caminho a empresa deve seguir, além

disso, temos de acompanhar os passos dos concorrentes e pesquisar

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continuamente as necessidades dos consumidores, pois são fundamentais para as

definições estratégicas.

Este autor (2006) ainda reforça que o confronto dos fatores-chave de sucesso

com a análise do ambiente externo permite detectar as oportunidades de mercado, à

medida que procuramos entender o que o consumidor quer e o que está recebendo

dos concorrentes.

Para Dias (2006) o confronto dos fatores-chave de sucesso com a análise do

ambiente também sinaliza as ameaças que estão por vir e devem ser discutidas e

examinadas com toda a equipe que participa do planejamento da empresa.

A compreensão e a análise do ambiente externo devem ser orientadas pela

definição do negócio, conforme foi delimitado, e pelo estabelecimento da visão e da

missão. Esses três componentes permitem focar a análise das oportunidades e

ameaças que o ambiente apresenta à organização e seu conseqüente

posicionamento, a partir da utilização das habilidades e competências distintivas

para explorar as oportunidades e neutralizar as ameaças. (TAVARES, 2000, p. 198)

Complementando o pensamento anterior, Kotler (1998, p. 86-87), em geral,

uma unidade de negócio precisa monitorar as forças macroambientais

(demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os

atores microambientais importantes (consumidores, concorrentes, canais de

distribuição, fornecedores) que afetam sua habilidade de obter lucro.

Complementando Kotler (1998) acrescenta que uma vez a administração ter

identificado as principais oportunidades e ameaças enfrentadas por unidade de

negócio especifica, é possível caracterizar sua atratividade global. Quatro resultados

são possíveis:

• Um negócio ideal é alto em termos de oportunidades e baixo em ameaças.

• Um negócio especulativo é alto tanto em termos de oportunidades como de

ameaças.

• Um negócio maduro é baixo em termos de oportunidades e baixo em

ameaças.

• Um negócio arriscado é baixo em termos de oportunidades e alto em

ameaças.

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2.3.1 Oportunidades

Um importante propósito da análise ambiental é detectar novas oportunidades

de marketing. Oportunidade de marketing é uma área de necessidade do comprador

em que a empresa pode atuar de forma rentável.

As oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a

probabilidade de sucesso. A probabilidade de sucesso da empresa não depende

apenas da força de seu negócio, das exigências básicas para ser bem-sucedida em

um mercado-alvo, mas também de suas competências para superar seus

concorrentes. A mera competência não constitui uma vantagem competitiva. A

empresa de melhor desempenho será aquela que pode gerar o maior valor para o

consumidor e sustentá-lo ao longo do tempo. (KOTLER, 1998, p. 87)

Segundo Dias (2006, p. 447), são exemplos de oportunidades:

• Mudanças demográficas, políticas, sociais e econômicas.

• Mudanças na legislação, desregulamentação.

• Novas tecnologias.

• Abertura de mercados estrangeiros: Mercosul, Alca.

• Concorrentes com dificuldades.

• Produtos substitutos.

• Parceria com distribuidores e fornecedores.

No que tange às oportunidades, como aborda o autor, são as circunstâncias

que se apresentam e, se bem alocadas poderão trazer retorno significativo para a

organização.

2.3.2 Ameaças

Ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência ou

desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de ação defensiva de

marketing, a deterioração das vendas ou do lucro. As ameaças devem ser

classificadas conforme seu grau de relevância e probabilidade de ocorrência. As

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empresa que possuem probabilidade de ocorrência de ameaça, a empresa precisa

preparar planos de contingência para enfrentá-las antes ou durante suas

concorrências, já as de relevância, não exigem planos de contingência, mas

precisam ser cuidadosamente monitoradas porque, se aumentarem, podem torna-se

mais sérias. (KOTLER, 1998, p. 87)

Segundo Dias (2006, p. 447), são exemplos de ameaças:

• Alteração nos gostos e hábitos dos clientes.

• Novas tecnologias.

• Mudanças demográficas, políticas, sociais, econômicas.

• Declínio do produto, ciclo de vida.

• Globalização dos mercados, com a entrada de novos concorrentes.

• Produtos substitutos.

• Parceria entre concorrentes.

Percebe-se então, de acordo com que afirmam os autores anteriormente

citados, que as ameaças são os aspectos ou fatores que intercedem nas operações

da empresa, ou em sua imagem perante os consumidores. E que em sua maioria

traz consequências negativas, caso a empresa não consiga contorná-las ou excluí-

las.

2.4 PESQUISA DE MERCADO

Segundo Westwood (1997, p. 38), os dados da pesquisa de mercado

consistem em dados primários e dados secundários. Os dados primários são os

dados obtidos de fontes primárias, isto é, diretamente do mercado. Eles são obtidos

através da realização de pesquisa de campo diretamente ou contratando um

consultor ou empresa de pesquisa de mercado para que execute o trabalho de

campo para você. Os dados secundários não são obtidos diretamente do trabalho de

campo, e a pesquisa de mercado baseada em fontes de dados secundários muitas

vezes é chamada de pesquisa de gabinete.

Segundo Dias (2006, p. 368), é o processo sistemático de coleta e analise de

informações relativas às questões especificas ou problemas de marketing

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enfrentados pelas empresas. É conduzida em uma base de “projeto a projeto” e

direcionada para uma situação particular de resolução de problema ou tomada de

decisão. O principal propósito da pesquisa é obter informações especificas em um

limitado período de tempo, a fim de reduzir os riscos da tomada de decisão.

Segundo Kotler (2003, p.170), em seus primórdios, as pesquisas de

marketing destinavam-se mais a descobrir técnicas para aumentar as vendas do que

conhecer os clientes. Com o tempo, os profissionais de marketing reconheceram

cada vez mais a importância de conhecer os clientes. Hoje, os profissionais de

marketing utilizam todo um aparato de técnicas de pesquisa de marketing para

compreender os clientes e os mercados e avaliar a eficácia de suas próprias práticas

de marketing.

2.5 ESTRATÉGIA DE MARKETING

Segundo Westwood (1997, p. 139), a maneira como você procede para atingir

seus objetivos de marketing é denominada de estratégia de marketing.

Cabe destacar e entender o significado de estratégia e como ela se diferencia

das táticas. As estratégias são os métodos escolhidos para se atingir objetivos

específicos. Elas descrevem os meios para atingir os objetivos no prazo de tempo

exigido. Elas não incluem detalhes dos cursos de ação individuais que serão

seguidos em case diário ou mensal: estes serão táticas.

Este autor ainda ressalta que, estratégia é a definição ampla de como o

objetivo deve ser atingido, os passos da ação são as táticas, e os planos de ação

contêm detalhes individuais, o momento de ocorrência dos mesmos e quem os

executará. (WESTWOOD,1997)

Como é possível perceber, uma forma de se olhar para as estratégias é

pensar se elas são defensivas, de desenvolvimento ou de ataque. As estratégias

podem ser configuradas em um destes tipos citados ou por meio de uma

combinação de mais de uma delas.

Na concepção de Westwood (1997, p. 141-142) existem alguns tipos de

estratégias, são elas:

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• Estratégias defensivas – são idealizadas para evitar a perda dos clientes

existentes. Elas poderiam relacionar-se à companhia, à organização da mesma ou

aos produtos ou serviços oferecidos. Uma série de estratégias seriam idealizadas

para superar essas fragilidades bem como para consolidar a posição da companhia

no mercado. As estratégias típicas seriam:

- Melhorar a imagem da companhia.

- Melhorar a qualidade/confiabilidade do produto/serviço.

- Melhorar a confiabilidade das promessas de prazos de entrega.

- Dar um novo estilo/redesenhar a embalagem do produto/serviço.

- Melhorar o desempenho do produto.

- Aumentar a durabilidade do produto.

- Superar as falhas do produto.

• Estratégias de desenvolvimento – são idealizadas para oferecer aos clientes

existentes uma variabilidade maior de seus produtos ou serviços. As estratégias de

desenvolvimento típicas seriam:

- Aumentar a variedade de tamanhos/cores/materiais oferecida.

- Aumentar a variedade de serviços oferecida.

- Aumentar a variedade de características extras/ opções oferecida.

- Encontrar diferentes utilidades para o produto.

- Desenvolver um novo produto.

- Tornar o produto mais favorável ambientalmente.

• Estratégias de ataque – são idealizadas para desenvolver o negocio através

de novos clientes. As estratégias de ataque típicas são:

- Mudar a política de estabelecimento de preços.

- Usar novos canais de venda.

- Encontrar novos distribuidores.

- Entrar em novos mercados geográficos.

- Entrar em novos setores industriais.

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2.6 PLANO FINANCEIRO

Neste capítulo, busca-se refletir e apresentar os conceitos que subsidiam um

estudo de viabilidade econômico-financeira. Neste sentido, são abordados

conceitos, idéias e definições de autores da área em estudo, além de revistas

científicas, material publicado em livros. Para compor a fundamentação teórica dos

conceitos do Planejamento financeiro, Plano Operacional e aspectos Políticos

Legais para a oficialização de uma empresa.

Segundo Dornelas (2001, p. 161), a parte financeira é, para muitos

empreendedores, a mais difícil do plano de negócios. Isto porque ela deve refletir em

números tudo o que foi escrito até então nas outras seções do plano, incluindo

investimentos, gastos com marketing, despesas com vendas, gastos com pessoal,

custos fixos e variáveis, projeção de vendas, análises de rentabilidade do negocio.

Todo o empreendedor precisa conhecer as estratégias e metas da empresa

para elaborar planos de acordo com os mesmos. Mas antes de qualquer aplicação é

necessário que se realize um estudo financeiro com o objetivo de obter informações

quanto à viabilidade da empresa.

2.7 CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS INICIAIS

Segundo Gitman (2002, p. 297) o investimento inicial refere-se às saídas de

caixa relevantes que devem ser consideradas na avaliação de um gasto de capital.

O valor do investimento inicial dá-se pela subtração de todas as entradas de caixa

na data zero à todas as saídas de caixa que ocorrem nesta data.

Análise de investimentos é uma aplicação matemática financeira como

ferramenta de tomada de decisão quando da existência de mais de uma opção.

Objetiva a análise econômica de decisões sobre investimentos e tem aplicações

bastante amplas, pois os investimentos tanto podem ser de empresas, como

particulares ou entidades governamentais.

A decisão de fazer um investimento de capital, segundo Clemente e Souza

(2001), depende do retorno que será obtido. Quanto maiores forem os ganhos

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futuros que podem ser alcançados de certo investimento, tanto mais atraente é para

o investidor.

2.7.1 Custos fixos

Segundo Lapponi (1999, p. 338), os custos fixos não dependem da

quantidade de unidades produzidas durante certo período de tempo, se a produção

durante um mês for zero, o custo operacional fixo durante esse mês não será zero.

Crepaldi (2004, p. 128), afirma que os custos fixos são aqueles que não

variam diretamente com o volume de produção, exemplos: aluguel de fabrica,

salários de gerentes, honorários da diretoria etc. tem as seguintes características:

• O volume total é fixo dentro de certo intervalo de produção;

• Diminuem unitariamente, à medida que aumenta o volume de produção;

• Seu controle depende de níveis superiores da administração.

Na verdade, a separação entre fixos e variáveis dever ser entendida com algumas

observações. Os custos variáveis, que são sempre iguais por unidade produzida,

podem, a partir de certo volume de produção, aumentar unitariamente. Os fixos

também podem ser alterados em seu total quando a empresa se aproxima de sua

capacidade máxima de produção. Dessa forma, o comportamento de custos (fixos e

variáveis) deve ser analisando dentro de certa “faixa de produção” ou “intervalo de

significância”.

Para Hoji (2004, p. 338), o custo não varia proporcionalmente a quantidade de

produção, permanecendo fixa, independente do nível de atividades. Em relação a

quantidade total de produção, o valor do custo é fixo e o valor unitário é variável para

venda.

Braga (1989, p. 180), afirma que são os que permanecem constantes dentro

de certo intervalo de tempo, independentemente das variações ocorridas no volume

de produção e vendas durante esse período. O referido intervalo de tempo não

costuma ser superior a alguns meses.

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2.7.2 Custos variáveis

Segundo Lapponi (1999, p. 337), dependem somente das unidades

produzidas, se a produção for zero, os custos variáveis também serão iguais a zero,

os custos variáveis também serão iguais a zero.

Segundo Crepaldi (2004, p. 128), os custos variáveis são aqueles que variam

diretamente com a produção.exemplos: mão-de-obra direta, matéria-prima e

comissão de vendas. Tem as seguintes características:

• Variam no total em proporção direta ao volume de atividades;

• Permanecem constantes do ponto de vista unitário, ainda que varie o volume

de produção;

• Podem ser apropriados com precisão aos produtos;

• O controle de seu consumo e inocorrência é de responsabilidade dos níveis

inferiores da administração.

Para Hoji (2004, p. 339), o valor varia proporcionalmente á quantidade de

produção. São representados, basicamente pelos materiais utilizados no processo

de produção e pela mão-de-obra direta. Podem ser representadas pelas despesas

como a comissão de vendas e alguns tipos de impostos sobre as vendas.

Braga (1989, p. 180), afirma que o custos variáveis são aqueles cujo o valor

total aumenta ou diminui direta e proporcionalmente com as flutuações ocorridas na

produção e vendas. Nas empresas encontramos os seguintes recursos variáveis:

consumo de matérias-primas e de outros materiais de produção, energia, materiais

de embalagens, fretes, comissões, impostos e contribuições.

2.8 BALANÇO PATRIMONIAL

Segundo Dornelas (2001, p. 163), o balanço patrimonial reflete a posição

financeira em um determinado momento. O balanço é constituído por duas colunas,

a do ativo e a do passivo e patrimônio líquido. O ativo corresponde a todos os bens

e direitos de uma empresa. O passivo é uma obrigação, ou a parcela de

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financiamento obtido de terceiros. O patrimônio líquido corresponde aos recursos

dos proprietários aplicados na empresa.

Figura 4 – Estrutura do balanço. Fonte: Dornelas (2001, p.163)

O balanço é documento que descreve o ativo e passivo é, portanto uma

fotografia dos valores da empresa: mostra o que ela possui e os recursos que lhe

deram origem. Uma fotografia não mostra fluxos, e o balanço nada tem a dizer sobre

os resultados econômico.

A estrutura financeira revelada pelo balanço mostra se a empresa esta em

posição sadia naquele momento, mas não diz os resultados econômicos permitirão

que ela mantenha esta posição no futuro, nem qual foi o seu comportamento no

passado. A comparação entre vários balanços sucessivos permite ter-se uma idéia

do resultado final dos fluxos entre um período e outro mais ainda assim não revela

de forma completa os fluxos individuais, que somente podem ser estudados através

do exame dos resultados econômicos.(UNGER,1976, p. 117- 118).

Segundo Stickney (2001, p. 26), no balanço patrimonial, os itens do ativo,

passivo e patrimônio liquido são expressos em valores monetários, que os

contadores medem de duas maneiras(1) avaliação histórica, que reflete o custo de

aquisição do ativo ou valor originalmente fornecido pelos credores e acionistas; ou

(2)avaliação a preços correntes, que reflete o custo corrente de adquirir o ativo ou

valor do mercado corrente dos direitos dos credores e dos proprietários.(STICKNEY;

WEIL,2001, p.26).

Para Brigham e Houston (1999, p. 30), no balando patrimonial o lado

esquerdo demonstra os ativos da empresa, enquanto o lado direito mostra as

exigibilidades e o patrimônio líquido. Os ativos são todos relacionados na ordem em

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que o período de tempo necessário para ser convertido em caixa, já os passivos

exigíveis estão relacionados na ordem em que devem ser pagos.

2.9 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

Segundo Dornelas (2001, p. 165), a demonstração de resultado é uma

classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da empresa em

determinado período. Da receita total obtida devem ser subtraídos impostos,

abatimentos e devoluções concedidas, resultando na receita líquida. Desta receita

líquida deduzem-se os custos dos produtos vendidos, dos produtos fabricados, ou

dos serviços prestados, para se chegar ao lucro bruto. Em seguida, subtraem-se do

lucro bruto as despesas operacionais. Essa denominação de despesas operacionais

se dá pelo fato de representarem os gastos necessários para que as receitas sejam

alcançadas. A tabela 1 na seqüência mostra as contas que compõem o

demonstrativo de resultados do exercício.

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Tabela 1 – Demonstrativo de Resultados

Fonte: Hoji (2000, p. 263)

Para Stickney; Weil, (2001, p.28) gerar lucro com as operações é principal

objetivo da maioria das empresas. A demonstração do resultado informa o sucesso

da empresa em atingir esse objetivo, para dado período, relatando suas fontes e

valores das receitas, e natureza e valores das despesas. O excedente das recitas

sobre as despesas constitui o lucro do período.

As receitas medem a entrada de ativos (ou redução dos passivos), decorrentes da

venda de bens e prestação de serviços aos clientes.

Para estes autores as despesas são uma medida da saída de ativos (ou

aumento dos passivos) utilizados na geração das receitas. A empresa esforça-se

em gerar entradas de ativos, decorrentes das receitas, que sejam superiores as

saídas de ativos correspondentes as despesas necessárias a geração de receitas. O

lucro líquido indica o que a empresa conseguiu (as receitas), relativamente aos

esforços despendidos (as despesas) em suas operações. Quando as despesas

Exercício findo em XX-XX-XX

Exercício findo em XX-XX-XX

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Vendas de produtos Prestação de serviços

SOMA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções e abatimentos Impostos incidentes sobre vendas

(=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS Custo dos produtos vendidos Custo dos serviços prestados

(=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Despesas financeiras líquidas Outras receitas e despesas operacionais

(=) LUCRO OPERACIONAL RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

(=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) PROVISÂO P/ IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(=) LUCRO APÓS IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Empregados Administradores

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO POR A ÇÃO (em$)

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32

superam as receitas em determinado período, a empresa tem um prejuízo liquido.

(STICKNEY; WEIL,2001, p.28).

Segundo Hoji (2004, p. 264), é uma demonstração contábil que apresenta o

fluxo de receitas e despesas que resulta em aumento ou redução do patrimônio

líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, ou seja,

inicia-se com a receita operacional bruta e dela deduzem-se custos e despesas,

para apurar o lucro líquido.

2.10 LUCRATIVIDADE DE UM NOVO INVESTIMENTO

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 238), uma questão-chave

para qualquer um que esteja iniciando uma nova empresa deve ser: “Quão lucrativa

é a oportunidade?”. O lucro de uma empresa é uma fonte básica para o

financiamento do futuro crescimento. Quanto mais lucrativa for uma empresa, mais

fundos ela terá para crescer. Assim, precisamos conhecer os fatores que levam aos

lucros, de modo que possamos fazer as projeções de lucros necessárias. Nesse

sentido, a renda líquida ou lucro líquido de uma empresa depende de quatro

variáveis:

• Quantidade de vendas: muito do que projetamos sobre o futuro financeiro de

uma empresa é dirigido pelas suposições que fazemos a respeito das vendas

futuras.

• Despesas operacionais: as despesas operacionais incluem despesas tais

como o custo de bens vendidos e as despesas relacionadas ao marketing e à

distribuição do produto.

• Despesas com juros: quando emprestamos dinheiro, concordamos em pagar

juros sobre a dívida principal.

• Impostos: os impostos das empresas são, na maior parte, uma porcentagem

da renda tributável. O índice aumenta proporcionalmente com os aumentos na

renda.

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33

2.11 FLUXO DE CAIXA

Segundo Dornelas (2001, p. 167), o fluxo de caixa é a principal ferramenta de

planejamento financeiro do empreendedor. Administrar o fluxo de caixa de uma

empresa é compilar os dados de entrada e de saída de caixa, projetados no tempo.

O período de tempo coberto pelo fluxo de caixa é normalmente dividido em

intervalos. O número de intervalos depende da natureza do negócio. Empresas que

enfrentam sazonalidades devem, em princípio, trabalhar com fluxos semanais,

mensais e trimestrais. O horizonte coberto pelo fluxo de caixa é estabelecido em

função de objetivos e metas definidos pela administração. A seguir, ilustra-se a

estrutura de um fluxo de caixa detalhado mensalmente, composto por:

- Receitas: valor das vendas recebidas.

- Vendas: volume monetário do faturamento.

Zdanowicz (2000, p. 40), define fluxo de caixa como, o conjunto de ingressos

e desembolsos de numerário ao longo de um período projetado. O fluxo de caixa

consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa,

considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo,

que possui como objetivo principal de dar uma visão das atividades desenvolvidas,

bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente. A tabela 2

mostra um modelo idealizado por Zdanowicz.

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34

Tabela 2 – Modelo de Fluxo de Caixa

Fonte: Zdanowicz (2000, p.145) P= projetado; R= realizado; D= defasagem.

Para Hoji (2004, p. 88), é um esquema que representa as entradas e saídas

de caixa ao longo do tempo. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo menos uma

saída e pelo menos uma entrada. Em uma operação financeira, ocorrem entradas e

saídas de dinheiro, um empréstimo implica receber o dinheiro em uma data e

devolvê-lo posteriormente acrescido com juros, já uma aplicação implica em

desembolsar um valor para recebê-lo após algum tempo com juros.

1. Ingressos Vendas à vista

Cobranças em carteira Cobranças bancárias Descontos de duplicatas Vendas de itens do ativo permanente

Aluguéis recebidos Aumentos do capital social Receitas financeiras Outros SOMA 2. Desemb olsos Compras à vista Fornecedores Salários Compras itens do ativo permanente

Energia elétrica Telefone Manutenção de máquinas Despesas administrativas Despesas com vendas Despesas tributárias Despesas financeiras Outros SOMA 3. Diferença do período ( 1 -2 ) 4. Saldo inici al de caixa 5. Disp. Acumulada (+3+4) 6. Nível desejado caixa projetado

7. Empréstimos a captar 8. Aplicações mercado financeiro

9. Amortizações de empréstimos

10. Resg. De aplicações financeiras

11. Saldo final de caixa projetado

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35

2.11.1 Projeção de recebimentos

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 569), a concessão de crédito

a clientes, pode ser uma decisão de marketing que afetam a conta do caixa. Ao

vender, a empresa vendedora prorroga sua entrada de caixa, permitindo que os

clientes possam efetuar os pagamentos em uma data posterior. Os créditos

concedidos aos clientes é levado ao balanço patrimonial como contas a receber no

ativo circulante da empresa. Abaixo algumas demonstrações de práticas de

administração de créditos que são consideradas positivas no fluxo de caixa:

• Minimização do tempo entre expedição, faturamento e envio de avisos de

cobrança.

• Revisão da experiência de crédito visando determinar gargalos do fluxo de

caixa, tais como a continuidade de concessão de crédito para clientes que atrasam

pagamentos.

• Providenciar incentivos para pagamento imediato através de descontos em

dinheiro ou cobrança de juros sobre contas em atraso.

• Controle cronológico mensal ou semanal de contas a receber, para a

identificação das contas não pagas.

• Usar os métodos mais eficazes disponíveis para cobrança de contas em

atraso.

Para Hoji (2004, p. 136), são geradas pelas vendas a prazo, são feitas após a

concessão de crédito, gerando riscos de inadimplência e despesas com análise de

crédito, cobrança e recebimento, mas alavancam as vendas, isto é, aumentam o

volume de vendas e conseqüentemente o seu lucro. As vendas a prazo são

condições necessárias para aumentar o nível de operações e o giro dos estoques.

Braga (1989, p. 113), complementando o pensamento anterior a empresa

entrega mercadoria ou presta serviço em certo momento e o cliente assume o

compromisso de pagar o valor correspondente em uma data futura, negociada com

a empresa. A pesar dos riscos e custos, verifica-se que a parcela significativa das

transações comerciais é realizada a crédito. Em suas diversas modalidades, o

crédito ao consumidor é largamente utilizado pelo comércio varejista.

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2.11.2 Projeção de pagamentos

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 572), através da projeção de

pagamentos, a empresa compradora poderá manter dinheiro equivalente ao

montante de contas a pagar em sua própria conta-corrente. Embora, contas a pagar

sejam obrigações legais, elas podem ser negociadas para serem pagas a prazo.

Qualquer empresa está sujeita a enfrentar algumas emergências que podem levá-la

a tentativa de prorrogação de prazo para as suas obrigações, a partir de que a

empresa se encontra numa situação destas, ele deve imediatamente informar seus

credores. Geralmente os seus credores procuram cooperar na busca de uma

solução, pois são partes interessadas na empresa.

Hoji (2004, p. 121), afirma que a administração eficiente das disponibilidades

contribui significativamente para a maximização do lucro das empresas. Quando se

recebe ou paga, geralmente as decisões que geram fluxos financeiros já foram

tomadas anteriormente.

Para Braga (1989, p. 123), as disponibilidades compreendem o numerário

mantido em caixa, os saldos bancários de livre movimentação e as aplicações

financeiras de liquidez imediata. O planejamento orçamentário de uma empresa

traduz em quantidades e valores os planos de atividades e de investimentos para o

próximo exercício. Essas projeções orçamentárias costumam ser elaboradas em

moeda corrente, contemplando a inflação prevista. Dentre os diversos

demonstrativos gerados por este processo, obtêm-se o orçamento de caixa, será

possível conhecer antecipadamente os períodos em que deverão ser levantados

fundos adicionais e também quando haverá dinheiro.

2.11.3 Margem de contribuição

Segundo Martins e Neto (1985, p. 182), margem de contribuição unitária é a

diferença entre a receita de venda de uma unidade e a soma dos custos e despesas

variáveis dessa mesma unidade. A margem de contribuição é principal indicador de

desempenho dentro da ótica do sistema de custeio direto. Essa margem, quando

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37

relacionada com volume físico, - proporciona no confronto com os custos fixos (ou

estruturas) a geração de um resultado:

• > positivo (lucro);

• = nulo (ponto de equilíbrio)

• < negativo (prejuízo)

Segundo Crepaldi (2004, p. 334), a margem de contribuição expressa, em

ultima instância o potencial de cada elemento em gerar recursos para faze do custo

estrutural da empresa. A partir dessas colocações, podem ser observados vários

elementos:

• O preço de venda validado pelo mercado deve ser suficiente para cobrir pelo

menos os custos e as despesas diretas dos produtos, mercadorias, serviços

ou negócios;

• A margem de contribuição positiva indica uma “sobra” que quanto maior, em

tese, é melhor, e mais facilmente ajuda a cobrir os custos fixos;

• A margem de contribuição unitária, individual, isolada de cada produto,

mercadoria, serviço ou negocio não é a solução da equação de resultados.

Ela deve ser associada ao volume de negócios, gerando a contribuição total;

• Toda adição positiva de margem de contribuição é, em principio, bem

recebida. Se o mercado permitir e dentro do esforço e oportunidade que se

vislumbrar, cada empresa deve otimizar esse indicador de desempenho;

• A visualização exclusiva e isolada da contribuição total da empresa é

insuficiente côo tal. Ela deve ser confrontada com os custos fixos estruturais

da empresa para verificar o nível de cobertura dos mesmos;

• Somente após cobertos integralmente os custos fixos estruturais, a margem

de contribuição passa a traduzir-se em resultado positivo para a empresa.

Para Hoji (2004, p. 340), é o valor resultante das vendas deduzidas dos

custos variáveis. Uma vez apurada, que é a margem de contribuição unitária, que é

a margem relativa a uma unidade do produto, basta multiplicar pela quantidade total

de vendas para se conhecer a margem de contribuição total, pois ela varia

proporcionalmente ao volume produzido e vendido.

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2.11.4 Ponto de equilíbrio

Segundo Dornelas (2001, p. 169), no ponto de equilíbrio não há lucro nem

prejuízo. É o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos

custos fixos e variáveis. É de grande utilidade, pois possibilita ao empresário saber

em que momento seu empreendimento começa a obter lucro e, assim, torna-se uma

importante ferramenta gerencial.

Segundo Martins e Neto (1985, p. 186), o ponto de equilíbrio visto, em que o

resultado se anula, é chamado ponto de equilíbrio contábil, já que está baseado num

lucro contábil igual a zero.

Isso, porém, não é absolutamente interessante. Qualquer empresa persegue um

lucro mínimo representado pelo custo de oportunidade do investimento feito pelos

sócios, ou seja, um lucro mínimo que compense o investimento realizado. É como se

atribuíssem ao capital próprio investido um “juro mínimo”. Ao ponto de que produz

lucro desse valor mínimo se da o nome de ponto de equilíbrio econômico.

Para Hoji (2004, p. 341), o ponto de equilíbrio, a empresa está produzindo e

vendendo a quantidade de produtos suficientes para cobrir os custos fixos e custos

variáveis, ou seja, os custos totais.

2.12 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO

2.12.1 Taxa Mínima de Atratividade

Segundo Souza e Clemente (2001, p. 64) a Taxa de Mínima de Atratividade

(TMA) representa o custo de oportunidade do capital para a empresa. Sendo assim,

uma taxa de juro que deixa de ser obtida na melhor aplicação alternativa quando há

disponibilidade de recursos próprios. O custo de oportunidade do capital tende a ser

estável para empresas que possuem planejamento de médio à longo prazo,

enquanto tende a flutuar de acordo com o mercado financeiro na ausência de um

planejamento a longo prazo.

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2.12.2 Valor Presente Líquido – VPL

Segundo Dornelas (2001, p. 172), para medir o VPL de um projeto, faz-se

uma estimativa do valor atual para os futuros fluxos de reais que estarão sendo

gerados pelo projeto, e deduz-se o investimento feito inicialmente. Para isso,

descontam-se os futuros fluxos de caixa após impostos para o seu valor presente, e

depois se subtrai o investimento inicial. Se o VPL for positivo, o projeto é viável, pois

o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior que o investimento inicial, caso

contrario, o projeto deve ser rejeitado.

Para Souza e Clemente (2001, p. 67), é uma técnica robusta de análise de

investimento mais conhecida e mais utilizada. O VPL é a concentração de todos os

valores esperados de um fluxo de caixa na data zero.

Figura 5 – Formula do VPL Fonte: Souza e Clemente (2001, p. 67)

Segundo Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 251), o VPL é considerado

o mais representativo entre os três indicadores, é medido em unidade monetária e

representa o valor líquido restante ao investidor, após a amortização do investimento

inicial. O VPL é o resultado da soma algébrica dos valores gerados a cada período,

descontados a uma taxa, predefinida pelo investidor, considerando o tempo de cada

geração.

2.12.3 Taxa Interna de Retorno - TIR

Segundo Dornelas (2001, p. 173), para o cálculo da TIR deve-se descobrir a

taxa de desconto (K) que fornece um valor presente líquido igual a zero. Quando

isso ocorre, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao

investimento efetuado. Assim, a TIR é obtida da fórmula do VPL igualando-se essa a

zero e procurando-se o valor para K, que nesse caso será a TIR do projeto.

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Para Souza e Clemente (2001, p. 74), define que é a taxa que torna o valor

presente líquido de um fluxo de caixa igual a zero. A TIR pode ser usada para

analisar a dimensão retorno como também para analisar a dimensão risco. Na

dimensão retorno ela pode ser interpretada como um limite superior para a

rentabilidade de um projeto de investimento. Essa informação só é relevante se,

para o projeto em análise, não se souber qual o valor da TMA. Caso saiba o valor da

TMA, então a estimativa de rentabilidade do projeto pode ser calculada.

Para Hoji (2004, p. 89), é uma taxa de juros implícita numa série de

pagamentos e recebimentos, que tem a função de descontar um valor futuro ou

aplicar o fator de juros sobre um valor presente. A TIR não deve ser confundida com

a taxa mínima de atratividade que o valor de investido deverá proporcionar para que

o investimento seja interessante.

Braga (1989, p. 290), afirma que a TIR é a taxa de rentabilidade periódica

equivalente de um investimento. Corresponde a uma taxa de desconto que iguala o

valor atual das entradas líquidas de caixa ao valor atual dos desembolsos relativos

ao investimento líquido.

Figura 6 – Formula da TIR Fonte: Braga (1989, p. 290)

2.12.4 Prazo de Retorno do Investimento – PAYBACK

Segundo Dornelas (2001, p. 172), a técnica de payback mede o tempo

necessário para a recuperação do capital inicialmente investido. Assim,

diferentemente da técnica de retorno contábil sobre o investimento, a técnica de

payback utiliza o fluxo de caixa, sendo mais precisa. Um projeto de investimento é

mais atraente quanto menor for o tempo para recuperar o investimento inicial, ou

seja, quanto menor for o seu prazo de payback.

Para Souza e Clemente (2001, p. 81), esse indicador assume importância no

processo de decisões de investimentos. Como a tendência é a de mudanças

contínuas e acentuadas na economia, não se pode esperar muito para recuperar o

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capital investido. O payback é o número de períodos necessários para que o fluxo

de benefícios supere o capital investido.

Figura 7 – Calculo do Payback na HP12C Fonte: Souza e Clemente (2001, p. 82)

Braga (1989, p. 283), afirma que este método determina o tempo necessário

para recuperar os recursos investidos em um projeto. Quanto mais amplo for o

horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões.

Deste modo as propostas de investimentos com menor prazo de retorno apresentam

maior liquidez e conseqüentemente menor risco.

2.13 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Segundo Cecconello e Ajzental (2008, p. 266), um dos pontos que mais

afligem os responsáveis por tomadas de decisões é a qualidade das premissas

assumidas, que resultaram nos valores até então disponíveis. Adicionalmente à

análise de viabilidade econômico-financeira realizada até este momento, pode-se

fazer uma análise complementar chamada de Análise de sensibilidade. O objetivo

dessa análise é trazer mais segurança para as decisões. Os valores obtidos dão ao

interessado a leitura relativa às variáveis mais criticas no projeto e o grau de risco

que uma ou outra variável pode representar.

Segundo Lapponi (1999, p. 324), é o procedimento que mostra quanto

mudará o VPL frente à variação de uma estimativa relevante do investimento. A

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variação de cada estimativa do projeto de investimento pode não ter o mesmo

impacto sobre o resultado do VPL, de outra maneira, a variação do VPL do projeto

será mais sensível a algumas estimativas do que a outras.

Souza e Clemente (2001, p. 81), afirmam que é uma análise utilizada para o

caso em que poucos componentes do fluxo de caixa estejam sujeitos a um grau

pequeno de aleatoriedade, como no caso de pequenas variações na taxa mínima de

atratividade, no investimento inicial ou no prazo do projeto. Essa técnica é bastante

simples de ser aplicada, basta variar uma de cada vez, os parâmetros de entrada,

resolver o problema e ir anotando os resultados obtidos. Assim, ao invés de se ter

um único resultado, tem-se um resumo dos resultados em função dos valores dos

problemas.

2.14 ANÁLISE DE CENÁRIOS

Segundo Gitman (2002, p. 342), é similar a análise de sensibilidade, mas com

um escopo mais amplo. É usada para avaliar o impacto de várias circunstâncias no

retorno da empresa. Ao invés de isolar o efeito da mudança em uma única variável,

a análise de cenário é usada para avaliar o impacto, no retorno da empresa, de

mudanças simultâneas em inúmeras variáveis, tais como entradas de caixa, saídas

de caixa e custo de capital, resultantes de diferentes suposições acerca das

condições econômicas e competitivas.

Segundo Ross, Westerfield e Jordan (1998, p. 202), é uma forma de análise

de incerteza, onde o que é feito é investigar as alterações em nossas estimativas de

VPL que decorrem de propor perguntas. Uma vez que examinados os cenários

alternativos que chamamos de otimista e pessimista, poderíamos descobrir que a

maioria dos cenários resulta em VPLs positivos. Nesse caso ter-se-ia alguma

segurança para prosseguir com o projeto, caso a porcentagem substancial de

cenários parecer má, o grau de risco de previsão será elevado, exigindo estudo

adicional.

Finalizada a revisão da literatura, procede-se então a descrição dos

procedimentos que nortearam e conduziram o estudo.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este trabalho de conclusão de curso está sendo realizado na empresa OR

Construções Ltda., com sua sede localizada na Rua Josué de Bernardi, n° 111, no

bairro de Campinas, município de São José, SC.

Para a realização deste trabalho foram utilizadas como instrumentos de coleta

de dados a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e informações de ambiente

interno e externo fornecidos pelo proprietário da OR Construções. Para este foi

utilizado referências contábeis, acompanhando as mutações no cenário econômico

do segmento.

Abordou-se, nesse trabalho, uma pesquisa de natureza predominantemente

quantitativa. Segundo Staw (apud Roesch,1996, p. 125), “em pesquisa de caráter

quantitativo, normalmente se procura identificar causa e efeito entre fenômenos”. E

desta forma terá maior aplicabilidade.

A coleta de dados primários foi desenvolvida através de pesquisa, junto aos

seus 15 potenciais clientes (JN Transportes; FND Transportes; Transportes Real

2000; Expresso Dalçoquio; Ferrari Logística; Transportes Translara; Santa Lucia

Transportes; Transportadora Rota do Sul; Transportadora Color Minas; SulTran

Transportes; Grupo Votoran; Trans Cruzeta; Tesba Transportes; Campânia

Siderúrgica CSN e Transsantos), que evidenciou as preferências e satisfação quanto

ao tipo de serviço a ser disponibilizado. Complementando foi aplicada uma pesquisa,

para a obtenção de dados junto aos fornecedores (Apêndice A), para o

conhecimento das especificações do caminhão, gastos prováveis com manutenção,

peças e consumo de combustível por quilômetro rodado. Também foram verificados

os impostos e tributação incidente sobre este ramo de atividade sem a necessidade

de constituição de uma empresa (ICMS e IRR). Somado a isto foram projetadas as

receitas provenientes dos contratos a serem realizados. A pesquisa bibliográfica foi

alicerçada pelas idéias e conceitos de autores da área e consulta às fontes

pertinentes, o que permitiu o desenvolvimento do estudo pretendido.

Após as informações adquiridas, foram elaboradas tabelas que mostram de

forma evolutiva os resultados financeiros, custos fixos e variáveis, ponto de

equilíbrio.

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Para a verificação da viabilidade do investimento foram aplicados os métodos

de análise de investimento: Valor Presente Líquido,Taxa Interna de Retorno e

Payback. Ao final, depois de aplicados as ferramentas citadas, foi efetuado o

processo de análise, juntamente com informações obtidas na bibliografia e

desenvolvidas as conclusões finais do trabalho.

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4 TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS

4.1 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO

A empresa possui profissionais qualificados que atuam no mercado de

transporte a 30 anos, conseguindo diferenciar todas as oportunidades e fraquezas

que o mercado apresenta, também nas oscilações constantes desse ramo. A

empresa possui recursos e conhecimentos necessários para conseguir distinguir as

diferenças entre oportunidades e ameaças presentes no dia-a-dia.

• Análise Macro ambiental:

- Ambiente Demográfico – foi realizada uma análise no mercado em que atua,

podendo observar que o mercado possui uma demanda muito grande de cargas e

fazendo com que o transporte rodoviário venha crescendo a cada ano e sendo o

mais utilizado no Brasil.

- Ambiente Econômico – a partir das informações fornecidas pelo proprietário

do caminhão, pode-se observar que o mercado para está área possui um poder

muito grande para aquisição de material, levando o crescimento do transporte, pois

as empresas estão necessitando cada vez mais de um número maior de caminhões

para transportar suas mercadorias.

- Ambiente Tecnológico – a empresa se utilizará de tecnologia existente e

amplamente utilizada e acessível a uma parte da população brasileira que necessita

do serviço. Este controle faz um rastreamento via satélite, que permite ter amplo

controle do caminhão, podendo identificar onde este se encontra no momento

desejado. Por meio desta tecnologia é possível identificar o tempo que o caminhão

demora a percorrer seu trajeto até chegar o seu destino. É possível também

visualizar se o caminhão saiu de seu curso normal, assim inibindo possíveis

seqüestros. Caso o caminhoneiro saia de sua rota, a empresa entra em contato com

ele para saber o motivo desse desvio. Caso seja percebido algo não esperado, é

feito contato com a polícia para ir verificar a ocorrência.

- Ambiente Político e Legal – nesta área possui uma variedade de leis que

podem influenciar a qualquer momento no transporte rodoviário, para isto a empresa

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deve estar preparado para qualquer modificação ocorrida no mercado, para poder se

regularizar dentro delas. Como a Resolução do COTRAN (Controle de Transporte)

nº 258 de 30 de novembro de 2007, regulamenta os artigos 231, X e 323 do Código

Trânsito Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso de veículos, estabelece

percentuais de tolerância e dá outras providências; Resolução do COTRAN nº 211

de 11 de novembro de 2006, Requisitos necessários à circulação de Combinações

de Veículos de Carga – CVC, a que se referem os arts. 97, 99 e 314 do Código de

Trânsito Brasileiro-CTB; Resolução CONTRAN nº 210 de 13 de novembro de 2006,

estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem por vias

terrestres e dá outras providências.

- Ambiente Sociocultural – a partir de informações do proprietário do caminhão,

é necessário que a empresa conheça as crenças, valores, comportamentos e

culturas existentes no seu país e ser flexível para poder atuar em qualquer região do

país, gerando novas oportunidades para transportes.

• Análise Micro ambiental

- Análise do Setor – a partir do estudo feito na empresa, pode-se observar que

a empresa já estabeleceu todo o seu objetivo dentro da área em que irá atuar, suas

estratégias para estar sempre avançando e crescendo, sempre atuando junto com o

seu motorista para estar ciente das modificações requisitadas pelas empresas

fornecedoras de cargas.

- Concorrentes – conforme o empresário, a empresa irá procurar atender as

necessidades de seus clientes, para sempre estar à frente de sua concorrência,

promovendo algumas vantagens para seus clientes como outras formas de

pagamento e se atualizando de acordo com o mercado.

- Fornecedores – o proprietário do caminhão informa que em relação a este

aspecto a empresa esta conseguindo atender as necessidades do seu cliente,

mantendo um bom relacionamento, o que gerou uma oportunidade de contratação

verbal para obter carga certa com certas empresas.

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47

4.1.1 Composto mercadológico

• Produto

Segundo Cobra (1997, p. 28) um produto ou serviço é dito certo ao consumo

quando atende às necessidades e desejos de seus consumidores-alvos.

A empresa oferece uma forma de prestação de serviço, transportando vários

tipos de materiais indicados pela empresa contratante, mas atualmente trabalha-se

com a “carga certa”, como chamam os caminhoneiros. Esta modalidade é uma forma

que se dá prioridade sempre ao mesmo local para carga e descarga. No caso da

empresa em estudo, transporta barro de Curitiba para Criciúma e telhas de Criciúma

para Curitiba. É uma forma muito utilizada por algumas pequenas empresas do

segmento de transporte.

No entanto, destaca-se que para o momento atual, já está sinalizado outra

possibilidade e já confirmada para o transporte de outro tipo de carga.

• Preço

Para Cobra (1997, p. 29), destaca que o produto deve ser certo, deve estar no

ponto certo e deve transferir a posse no preço certo.

Quanto ao preço, este é estipulado pelo interessado no transporte da carga e

a empresa que realiza o serviço opta pelas melhores ofertas apresentadas neste tipo

de transporte já mencionado anteriormente. O preço estipulado pela carga é

diferenciado, depende do tipo de material que se necessita transportar, tamanho e

pesagem da carga, concorrência e local de carga de descarga.

• Promoção

Segundo Churchill (2003, p. 20), refere-se a como os profissionais de

marketing informam, convence e lembram os clientes sobre produtos e serviços.

A empresa não possui uma promoção, pois no mercado de transporte de

carga pesada, o que se carrega, é estipulado pelo cliente, onde ele oferece o

material e presta-se o serviço de transporte solicitado.

• Praça

Cobra (1997, p. 29) afirma que produto ou serviço só tem utilidade se

posicionado junto ao seu mercado consumidor.

A empresa atualmente atende principalmente os Estados de Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul, onde possui contratos verbais com algumas

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empresas para o transporte de cargas. Caso ocorra uma retração neste tipo de

serviço, isto é, o material ficar muito escasso, pode-se optar por carregar outros tipos

de materiais em outros Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Estas cidades

possuem um volume muito alto de cargas, que precisam ser transportadas e não

dispõem de empresas prestadoras de serviços suficiente para poder atender suas

necessidades.

4.1.2 Pontos fracos

São todos os aspectos que interferem negativamente nessa capacidade.

Portanto, uma oportunidade criada em determinado mercado poderá ser aproveitada

mais favoravelmente por alguma empresa que tenha vantagem sobre as outras.

(LAS CASAS, 1999, p. 66)

Em relação a este aspecto o proprietário informa que a empresa não possui

motorista reserva imediato, e, caso necessite, também não possui caminhão

reserva, para possíveis quebras ou revisões necessárias. Todas as quebras de

peças possuem um custo alto, e para que isso não ocorra, é necessário realizar

revisões constantes, fazendo com que o caminhão fique parado de um a dois dias.

Estas paradas impossibilitam fazer o transporte de cargas, reduzindo as receitas

oriundas deste serviço não prestado.

4.1.3 Pontos Fortes

São todos os fatores que apresentam vantagem competitiva da empresa em

relação aos concorrentes ou ao exercício de qualquer atividade. Um ponto forte

pode ser a capacidade administrativa diferenciada, muitos recursos financeiros ou

humanos, domínio de tecnologia. (LAS CASAS, 1999, p. 66)

O proprietário do caminhão informa que possui tecnologia via satélite para

rastreamento do caminhão, e possui referencias do mercado de transporte de

cargas pesadas. Nesse sentido a empresa também possui contrato com duas

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empresas para carga certa. Este tipo de carga a empresa já tem previamente

acordado com os interessados para fazer o transporte. Em um sentido ele leva as

mercadorias para uma determinada empresa, já no retorno traz mercadorias de

outra empresa. Neste sentido para o caminhão que será adquirido já possui

interessados para fazer uso deste tipo de transporte, isto é contratos de carga certa.

Para a redução de custo com seguro do caminhão que se pretende adquirir a

empresa já é cadastrada em uma Cooperativa de Seguros para Caminhões, que

reduz o seu custo do seguro em quase 90%.

4.2 ESTRATÉGIA DE MARKETING

Segundo Westwood (1997, p. 139), a maneira como você procede para atingir

seus objetivos de marketing é denominada de estratégia de marketing.

A empresa não possui nenhuma estratégia de marketing especifica, utiliza-se

principalmente contatos de referências, em que o cliente exige que sua mercadoria

seja entregue no prazo exato, dando prioridade aos caminhoneiros que conseguem

realizar todas suas exigências.

4.3 PLANO OPERACIONAL

Conforme o proprietário do caminhão, o processo de transporte se dá da

seguinte forma: primeiramente o caminhoneiro entra em contato com a empresa que

possui contrato, para verificar se possui carga disponível para transporte, caso tenha

carga disponível, o caminhoneiro pede uma reserva para ele, e informa a data e o

horário que ele estará chegando à empresa para prestar o serviço. Caso não tenha

cargas para serem transportadas naquele momento, a empresa contratante avisa o

dia exato que terá cargas disponíveis. Dentro desse período de tempo, o

caminhoneiro pode estar prestando serviço de transporte para outras empresas,

mas nunca deixando atrasar as cargas das empresas que ele já possui contrato,

pois isso poderá perder o privilégio de carga certa.

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Atualmente com a ocorrência de muitos dias chuvosos, a empresa que solicita

o serviço de transporte de telhas está efetuando poucas vendas, devido aos seus

compradores preferirem telhas secas, para uso ou venda imediata. Para que a telha

seque é necessário esperar algumas horas. Considerando o problema do mau

tempo, a empresa prestadora do serviço, teve que buscar outros tipos de carga que

não sejam afetadas pelo mal tempo. Para suprir esta lacuna o caminhoneiro oferece

seus serviços para outra empresa que necessita de transporte de papelão para o

Rio Grande do Sul. Mesmo que propicie lucro menor para a empresa, ainda assim é

melhor efetuar esse transporte do que ficar parado esperando as condições do

tempo melhorarem.

4.4 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO

4.4.1 Oportunidade

As oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a

probabilidade de sucesso. A probabilidade de sucesso da empresa não depende

apenas da força de seu negócio, das exigências básicas para ser bem-sucedida em

um mercado-alvo, mas também de suas competências para superar seus

concorrentes. A mera competência não constitui uma vantagem competitiva. A

empresa de melhor desempenho será aquela que pode gerar o maior valor para o

consumidor e sustentá-lo ao longo do tempo. (KOTLER, 1998, p. 87)

A empresa apresenta como oportunidades, outras empresas que necessitam

do serviço de transporte, que lhes ofereceu carga certa assim que adquirir outro

caminhão. Ainda detém varias referências no mercado para outras cargas, caso não

seja possível realizar o transporte do contrato verbal já firmado.

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51

4.4.2 Ameaça

Ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência ou

desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de ação defensiva de

marketing, a deterioração das vendas ou do lucro. As ameaças devem ser

classificadas conforme seu grau de relevância e probabilidade de ocorrência. As

empresa que possuem probabilidade de ocorrência de ameaça, a empresa precisa

preparar planos de contingência para enfrentá-las antes ou durante suas

concorrências, já as de relevância, não exigem planos de contingência, mas

precisam ser cuidadosamente monitoradas porque, se aumentarem, podem torna-se

mais sérias. (KOTLER, 1998, p. 87)

Como ameaça tem-se o clima, dado que a empresa transporta materiais que

não podem receber chuva, como telhas, tijolos e barro. Então o clima chuvoso

constitui a principal ameaça e, ultimamente, vem ocorrendo. Mais vezes. Devido a

isso a empresa não pode transportar carga de telhas para Curitiba. Outra ameaça é

a negligência de alguns motoristas que desprezam os perigos e imprevistos

presentes nas estradas, ocasionando acidentes. O trânsito intenso também constitui

uma ameaça, pois com o aumento das vendas mais veículos circulam nas estradas

provocando atrasos nas entregas, sem mencionar os acidentes.

4.5 PESQUISA DE MERCADO

Foi realizada uma pesquisa com as empresas que já se possui contato, bem

como com aquelas que já se está prestando serviço, totalizando um total de 15

empresas, quais são: JN Transportes; FND Transportes; Transportes Real 2000;

Expresso Dalçoquio; Ferrari Logística; Transportes Translara; Santa Lucia

Transportes; Transportadora Rota do Sul; Transportadora Color Minas; SulTran

Transportes; Grupo Votoran; Trans Cruzeta; Tesba Transportes; Campânia

Siderúrgica CSN e Transsantos. Os resultados e análise são apresentados na

sequência. O principal objetivo desta pesquisa foi conhecer o grau de satisfação e

necessidades das mesmas, com relação ao serviço já prestado.

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4.5.1 Atendimento

Os entrevistados foram questionados quanto ao atendimento prestado pela

empresa, 60% dos clientes considera o atendimento bom. A figura 8 a seguir mostra

a opinião dos clientes em relação ao atendimento.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 8 – Opinião do cliente em relação ao atendimento. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Com relação a figura 8, observa-se que 26,67% dos entrevistados consideram

ótimo o atendimento, 60% opinaram como sendo um bom atendimento pela

empresa enquanto 13,33% qualificaram o atendimento como sendo regular.

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4.5.2 Comunicação

Os clientes foram abordados sobre a comunicação entre a empresa

prestadora do serviço e a fornecedora, 46,67% dos entrevistados consideram boa

comunicação. Observando a figura 9 abaixo, pode-se ter uma análise melhor dos

dados citados pelos clientes.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 9 – Opinião do cliente em relação a comunicação. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Pode-se observar na figura 9 que 13,33% dos entrevistados consideram uma

ótima comunicação, 46,67% opinaram como sendo uma boa comunicação enquanto

40% qualificaram a comunicação entre as empresas como sendo regular.

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4.5.3 Agilidade

Quando abordados sobre a agilidade para posicionamento de carga e

descarga da mercadoria, 80% dos entrevistados consideram ter uma boa agilidade.

Observando a figura 10 abaixo, pode-se ter uma análise melhor dos dados citados

pelos clientes.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 10 – Opinião do cliente em relação a agilidade. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Analisando a figura 10, observa-se que 80% dos entrevistados consideram ter

uma boa agilidade para o posicionamento para carga e descarga já 20% opinaram

como sendo regular.

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4.5.4 Conhecimentos da Carga para Transporte

Os entrevistados foram questionados quanto ao conhecimento da carga para

estar transportando o material solicitado, 80% dos clientes consideram ter um bom

conhecimento sobre o produto. A figura 11 a seguir mostra a opinião dos clientes em

relação aos conhecimentos da carga transportada.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 11 – Opinião do cliente em relação ao conhecimento da ca rga. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Pode-se observar n a figura 11 que 80% dos entrevistados consideram ter um

bom conhecimento já 20% qualificaram o conhecimento como sendo regular.

4.5.5 Profissionalismo

Quando abordados sobre o profissionalismo no dia-a-dia, 73,33% dos

entrevistados consideram ser um bom profissional. Observando a figura 12 abaixo,

pode-se ter uma análise melhor dos dados citados pelos clientes.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 12 – Opinião do cliente em relação ao profissionalismo. Fonte: Pesquisa primária (2009)

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Com relação a figura 12, observa-se que 73,33% dos entrevistados

consideram ser um bom profissional, 20% opinaram como sendo um profissional

regular e 6,67% qualificaram o profissionalismo como sendo ótimo.

4.5.6 Confiável

Os entrevistados foram questionados quanto a confiabilidade existente na

empresa prestadora do serviço, 60% dos entrevistados consideram ter uma boa

confiabilidade. Observando a figura 13 abaixo, pode-se ter uma análise melhor dos

dados citados pelos clientes.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 13 – Opinião do cliente em relação a confiabilidade. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Pode-se observar a figura 13 que 60% dos entrevistados consideram ter uma

boa confiabilidade já 40% qualificaram o quesito confiabilidade como sendo ótimo.

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4.5.7 Prazo de Entrega

Os clientes foram abordados sobre o cumprimento dos prazos de entrega das

cargas, 66,67% dos entrevistados consideram que todas as cargas foram entregues

em um prazo bom. Observando a figura 14 abaixo, pode-se ter uma análise melhor

dos dados citados pelos clientes.

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Figura 14 – Opinião do cliente em relação ao prazo de entrega d as cargas. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Analisando o a figura 14, observa-se que 66,67% dos entrevistados

consideram que as cargas foram cumpridas em um bom prazo já 33,33% opinaram

como sendo ótimo.

4.5.8 Ocorrência Negativa

Quando abordados sobre o acontecimento de algum registro negativo sobre a

empresa, 100% dos entrevistados informaram não possuir nenhum registro de

ocorrência negativa.

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4.5.9 Quantidade de Ocorrências

Os clientes foram abordados sobre a quantidade de ocorrências negativas

registradas, 100% dos entrevistados afirmam não possuir registro de ocorrência

negativa.

4.5.10 Conhecimento sobre a Empresa

Os entrevistados foram abordados de como ficaram conhecendo a empresa

prestadora de serviço, 53,33% dos clientes informaram que ficaram conhecendo a

empresa através de indicações de outras empresas. Observando a figura 15 abaixo,

pode-se ter uma análise melhor dos dados.

Amigos

Indicação deEmpresas

Localização

Forma de Pgto

Qualidade deServiço

Figura 15 – Forma de como ficaram conhecendo a empresa. Fonte: Pesquisa primária (2009)

Pode-se observar a figura 15 que 53,33% dos informaram ter conhecimento

da empresa através de indicação de outras transportadoras já 46,67% afiram

conhecer a empresa através de amigos.

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4.6 PLANO FINANCEIRO

Esta seção tem por objetivo apresentar o estudo financeiro que mostra se a

alocação de recursos na compra de um caminhão para transporte de cargas é

viável.

4.6.1 Investimento Inicial

Inicialmente foi necessário uma análise para verificar marca, modelo de

caminhão e suas atuais condições para poder ser adquirido, após feita toda essa

análise, foi efetuada a compra de um caminhão modelo Scania 113h, ano 1998,

cabine simples. A aquisição da mesma foi feita a vista por transferência bancaria,

totalizando um valor de R$160.000,00.

4.6.2 Custos Fixos

Apresenta-se como custo fixo, somente o seguro da cooperativa, sendo que

quando ocorre uma batida de outro caminhão, cadastrado na cooperativa é

necessário aumentar a mensalidade. No entanto esse aumento é separado do custo

mensal do seguro sem acidentes. Além deste também tem-se como custo fixo, a

mensalidade para poder rastrear o caminhão via satélite.

Inicialmente apresentam-se os custos fixos nos três cenários, considerando

para o cenário pessimista 20% menor que o cenário realista e o cenário otimista

20% maior que o cenário realista. Estes percentuais foram indicados mediante o que

recomenda Clemente (2005). A tabela 3 mostra os custos incidentes na atividade

que será desenvolvida. Como já comentado anteriormente, o caminhão que será

adquirido destina-se ao transporte na modalidade carga certa. Isto significa que o

serviço contratado já tem um cliente certo também para o sentido contrário da

viagem realizada na ida.

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Tabela 3 – Custos fixos (cenários realista, pessimi sta e otimista)

Fonte: Dados primários (2009/02)

As previsões dos custos fixos restringem-se somente ao seguro, que no caso

é em forma de cooperativa, os prestadores deste tipo de serviço formaram uma

cooperativa para o pagamento do seguro, assim os custos ficam menores. Este é

um valor fixo e não tem uma variação significativa ao longo dos anos.

4.6.3 Custos Variáveis

A empresa apresenta como custo variável as despesas provenientes dos

acidentes de outros caminhões da cooperativa de seguro, além do óleo do

caminhão, pneus, custos com oficinas mecânicas, revisões necessárias, comissão

do motorista, pedágios e imposto de renda.

Quanto às despesas variáveis mensais no ano 1 no cenário otimistas podem

ser visualizadas na tabela 4.

Tabela 4 – Custos Variáveis - Cenário Otimista

Custos Variáveis Ano 1 R$ Óleo 69.444,49 Pedágio 6.137,24 Mecânica 16.195,56 Pneu 9.871,20 Comissão do Motorista 20.917,94 IR (1,5%) 770,62 ICMS 13.738,05

Total R$137.075,10 Fonte: Dados primários (2009/02)

Custos Fixos Mensais Ano 1 R$ Seguro Cooperativa $4.800,00 Rastreamento Via Satélite $1.084,08

Total R$ 5.884,08

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As despesas variáveis mensais no ano 1 no cenário otimista, somam

R$137.075,10. Estes valores podem ser observados na Tabela 4. Na seqüência

apresentam-se os custos variáveis no cenário realista.

Tabela 5 – Custos Variáveis Cenário Realista

Custos Variáveis Ano 1 R$ Óleo 57.870,41 Pedágio 5.114,37 Mecânica 13.496,30 Pneu 8.226,00 Comissão do Motorista 17.431,62 IR (1,5%) 642,18 ICMS 11.448,37

Total R$114.229,25 Fonte: Dados primários (2009/02)

As despesas variáveis mensais no ano 1 no cenário realista somam R$

114.229,25. Estes valores podem ser observados na Tabela 5. Na seqüência

apresentam-se os custos variáveis no cenário pessimista.

Tabela 6 – Custos Variáveis Cenário Pessimista

Custos Variáveis Ano 1 R$ Óleo 46.296,33 Pedágio 4.091,5 Mecânica 10.797,04 Pneu 6.580,8 Comissão do Motorista 13.945,29 IR (1,5%) 513,75 ICMS 9.158,70

Total R$91.383,41 Fonte: Dados primários (2009/02)

As despesas variáveis mensais no ano 1 no cenário pessimista somam R$

91.383,41. Estes valores podem ser observados na Tabela 6.

Os custos variáveis dos cenários otimista, realista e pessimista foram

baseados, nos custos variáveis dos concorrentes do Óleo, Pedágio, Mecânica, Pneu

e Comissão do Motorista oriunda das viagens feitas realizadas.

Dando seqüência à apresentação dos dados, seguem as demonstrações das

receitas operacionais provenientes dos fretes realizados pela empresa. A tabela 7

mostra a projeção de vendas dos meses que compõem o primeiro ano de existência,

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considerando o cenário otimista, seguido pelas tabelas 8 e 9 que demonstram,

respectivamente, os fretes nos cenários realista e pessimista.

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Fonte: Dados primários (2009/02)

Fonte: Dados primários (2009/02)

Fonte: Dados primários (2009/02)

Tabela 7 – Receitas operacionais Cenário Otimista Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Fretes 2.207,72 1.313,41 3.034,97 1.349,11 824,69 2.214,31 4.465,53 2.656,68 5.145,80 6.802,08 3.043,87 3.807,81 Total 2.207,72 1.313,41 3.034,97 1.349,11 824,69 2.214,31 4.465,53 2.656,68 5.145,80 6.802,08 3.043,87 3.807,81 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Fretes 36.865,95 52.319,56 54.904,11 56.900,07 62.278,33 Total 36.865,95 52.319,56 54.904,11 56.900,07 62.278,33

Tabela 8 – Receitas operacionais Cenário Realista Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Fretes 1.839,76 1.094,51 2.529,14 1.124,26 687,24 1.845,25 3.721,27 2.213,90 4.288,16 5.668,40 2.536,56 3.173,17 Total 1.839,76 1.094,51 2.529,14 1.124,26 687,24 1.845,25 3.721,27 2.213,90 4.288,16 5.668,40 2.536,56 3.173,17 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Fretes 30.721,63 43.599,63 45.753,42 47.416,72 51.898,61 Total 30.721,63 43.599,63 45.753,42 47.416,72 51.898,61

Tabela 9 – Receitas operacionais Cenário Pessimista Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Fretes 1.471,81 875,60 2.023,31 899,41 549,79 1.476,20 2.977,02 1.771,12 3.430,53 4.534,72 2.029,25 2.538,54 Total 1.471,81 875,60 2.023,31 899,41 549,79 1.476,20 2.977,02 1.771,12 3.430,53 4.534,72 2.029,25 2.538,54 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Fretes 24.577,31 34.879,70 36.602,74 37.933,38 41.491,88 Total 24.577,31 34.879,70 36.602,74 37.933,38 41.491,88

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64

4.7 FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa fornece um acompanhamento dos fluxos financeiros por meio de suas entradas e saídas, auxiliando na

tomada de decisão, pois apresenta as realidades financeiras da empresa, permitindo melhor gerenciamento dos recursos.

Através da tabela 10, 11 e 12 demonstra-se a estimativa de receitas, despesas e respectivos saldos anuais para a formatação do

fluxo de caixa:

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Tabela 10 – Fluxo de caixa Cenário Otimista

2009 2010 2011 2012 2013

RECEBIMENTOS

Vendas à Vista 181.001,95 205.069,20 224.885,59 245.578,63 273.118,63

Entrada de Caixa R$181.001,95 R$205.069,20 R$224.885,59 R$245.578,63 R$273.118,63

PAGAMENTOS

CUSTO VARIÁVEL R$137.075,11 R$145.592,85 R$162.824,68 R$181.501,60 R$203.663,34

Óleo 69.247,79 76.512,70 84.664,69 95.304,20 107.381,06

Pedágio 6.041,24 8.651,16 11.104,68 12.494,99 14.179,36

Mecânica 15.798,46 4.190,28 8.058,19 10.476,60 11.788,27

Pneu 9.758,81 15.594,00 12.978,42 15.435,10 17.487,57

Comissão do Motorista 21.720,14 24.608,30 26.986,27 29.469,43 32.774,24

IR (1,5%) 770,62 1.025,34 1.109,05 1.128,32 1.234,97

ICMS 13.738,05 15.011,07 17.923,38 17.192,96 18.817,87

CUSTO/DESPESA FIXO R$7.060,92 R$7.156,80 R$7.156,80 R$7.176,96 R$7.176,96

Seguro Cooperativa 5.760,00 5.760,00 5.760,00 5.760,00 5.760,00

Rastreamento Via Satélite 1.300,92 1.396,80 1.396,80 1.416,96 1.416,96

SALDO DE CAIXA R$36.865,92 R$52.319,55 R$54.904,11 R$56.900,07 R$62.278,33 Fonte: Dados primários (2009/02)

A análise dos fluxos de caixa será baseada em 20% de taxa de expansão dos saldos de caixa.

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66

Tabela 11 – Fluxo de caixa Cenário Realista

2009 20010 2011 2012 2013

RECEBIMENTOS

Vendas à Vista 150.834,96 170.891,00 187.404,66 204.648,86 227.598,86

Entrada de Caixa R$150.834,96 R$170.891,00 R$187.40 4,66 R$204.648,86 R$227.598,86

PAGAMENTOS

CUSTO VARIÁVEL R$114.229,25 R$121.327,37 R$135.687, 24 R$151.251,34 R$169.719,45

Óleo 57.706,49 63.760,58 70.553,91 79.420,17 89.484,22

Pedágio 5.034,37 7.209,30 9.253,90 10.412,49 11.816,13

Mecânica 13.165,38 3.491,90 6.715,16 8.730,50 9.823,56

Pneu 8.132,34 12.995,00 10.815,35 12.862,58 14.572,98

Comissão do Motorista 18.100,12 20.506,92 22.488,56 24.557,86 27.311,86

IR (1,5%) 642,18 854,45 924,21 940,27 1.029,14

ICMS 11.448,37 12.509,22 14.936,15 14.327,47 15.681,56

CUSTO FIXO R$5.884,08 R$5.964,00 R$5.964,00 R$5.980,80 R$5.980,80

Seguro Cooperativa 4.800,00 4.800,00 4.800,00 4.800,00 4.800,00

Rastreamento Via Satélite 1.084,08 1.164,00 1.164,00 1.180,80 1.180,8

SALDO DE CAIXA R$30.721,63 R$43.599,63 R$45.753,42 R$47.416,72 R$51.898,61 Fonte: Dados primários (2009/02)

A seguir apresenta-se o cenário pessimista do fluxo de caixa equivalente à 20% do cenário realista.

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Tabela 12 – Fluxo de caixa Cenário Pessimista

2009 2010 2011 2012 2013

RECEBIMENTOS

Vendas à Vista 120.667,97 136.712,80 149.923,73 163.719,09 182.079,09

Entrada de Caixa R$120.667,97 R$136.712,80 R$149.92 3,73 R$163.719,09 R$182.079,09

PAGAMENTOS

CUSTO VARIÁVEL R$91.383,47 R$97.061,90 R$108.549,80 R$121.001,06 R$135.802,57

Óleo 46.165,19 51.008,46 56.443,13 63.536,14 71.587,38

Pedágio 4.027,50 5.767,44 7.403,12 8.329,99 9.452,91

Mecânica 10.532,30 2.793,52 5.372,13 6.984,40 7.858,85

Pneu 6.505,87 10.396,00 8.652,28 10.290,06 11.685,38

Comissão do Motorista 14.480,16 16.405,54 17.990,85 19.646,29 21.849,49

IR (1,5%) 513,75 683,56 739,37 752,21 823,31

ICMS 9158,70 10007,38 11948,92 11461,97 12545,25

CUSTO FIXO R$4.707,26 R$4.771,20 R$4.771,20 R$4.784,64 R$4.784,64

Seguro Cooperativa 3.840,00 3.840,00 3.840,00 3.840,00 3840,00

Rastreamento Via Satélite 867,26 931,20 931,20 944,64 944,64

SALDO DE CAIXA R$24.577,24 R$34.879,70 R$36.602,73 R$37.933,39 R$41.491,88 Fonte: Dados primários (2009/02)

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4.8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE

A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos

resultados operacionais e não operacionais da S2 em certo período. Embora sejam

elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitas

mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais.

A tabela 13 apresenta na seqüência, a demonstração de resultados projetado

para o Ano 1, analisado nos cenários otimista, realista e pessimista.

Tabela 13 – Demonstrações de Resultado no cenário: Otimista, Realista e Pessimista, Ano1 Descrição Otimista Realista Pessimista

Receita Bruta 181.001,95 150.834,96 120.667,97

Custos variáveis 137.075,11 114.229,25 R$ 91.383,47

(-) Óleo 69.247,79 57.706,49 46.165,19

(-) Pedágio 6.041,24 5.034,37 4.027,50

(-) Mecânica 15.798,46 13.165,38 10.532,3

(-) Pneu 9.758,81 8.132,34 6.505,87

(-) Comissão do Motorista 21.720,14 18.100,12 14.480,16

(-) IR (1,5%) 770,62 642,18 513,75

(-) ICMS 13.738,05 11.448,37 9158,70

Custo/Despesas fixas 7.060,92 5.884,08 4.707,26

(-) Seguro Cooperativa 5.760,00 4.800,00 3.840,00

(-) Rastreamento Via Satélite 1.300,92 1.084,08 867,26

(=) Lucro líquido anual 36.865,92 30.721,63 24.577,24 Fonte: Dados primários (2009/02)

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4.9 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

4.9.1 Taxa de Mínima Atratividade

Segundo Souza e Clemente (2004, p. 74), entende-se por Taxa de Mínima

Atratividade a melhor taxa, com reduzido grau de risco, disponível para a aplicação

do capital em análise. Sempre a decisão de investir terá sempre pelo menos duas

alternativas para serem apreciadas: investir no projeto ou “investir na Taxa de

Mínima Atratividade”.

A base estabelecida da TMA é a Taxa do Sistema Especial de Liquidação e

Custódia (SELIC), referente à 8,75%, apurada no movimento de 15 de outubro de

2009.

4.9.2 Valor Presente Líquido

Segundo Hoji (2004, p. 177), o valor presente líquido consiste em determinar

um valor no instante inicial, a partir de um fluxo formado por receitas e dispêndios,

descontados com a taxa mínima de atratividade. Esse modelo é conhecido também

como Método do Valor Atual Líquido.

Para Souza e Clemente (2004, p. 77), o método do Valor Presente Líquido é a

técnica de análise de investimento mais conhecida e mais utilizada. O valor presente

líquido, nada mais é do que a concentração dos valores esperados de um fluxo de

caixa na data zero. Para o desenvolvimento dos cálculos, usa-se como taxa de

desconto a Taxa de Mínima Atratividade da Empresa (TMA). Neste caso a taxa

SELIC anteriormente mencionada. O VPL é a operacionalização mais simples do

conceito de atratividade de projetos.

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70

Assim, para o fluxo de caixa, referente aos 5 anos, o VPL foi calculado da

seguinte forma, considerando os cenários otimista, realista e pessimista. O cálculo

foi efetuado através da calculadora HP 12C:

• Para o cenário otimista tem-se um VPL de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

36.865,92<g>CFj>

52.319,55<g>CFj>

54.904,11<g>CFj>

56.900,07<g>CFj>

62.278,33<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

42.453,24

• Para o cenário realista tem-se um VPL de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

30.721,63<g>CFj>

43.599,63<g>CFj>

45.753,42<g>CFj>

47.416,72<g>CFj>

51.898,61<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

8.711,06

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71

• Para o cenário pessimista tem-se um VPL de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

24.577,24<g>CFj>

34.879,70<g>CFj>

36.602,73<g>CFj>

37.933,39<g>CFj>

41.491,88<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

-25.048,97

Apresenta-se na seqüência a tabela 14, síntese da VPL para os cenários

otimista, realista e pessimista.

Tabela 14 – VPL nos cenários otimista, realista e p essimista – Ano 1

Cenário Otimista Realista Pessimista

VPL 42.453,24 8.711,06 -25.048,97

Fonte: Dados primários (2009/02)

A análise por este método verificou-se que:

• Cenário otimista: VPL resultou em R$ ~42.453,24, ou seja, maior do que zero

(VPL>0), verifica-se que o projeto é considerado viável e atraente no cenário

otimista;

• Cenário realista: VPL resultou em R$8.711,06, ou seja, maior do que zero

(VPL>0), verifica-se que o projeto é considerado viável e atraente no cenário

realista;

• Cenário pessimista: VPL resultou em R$-25.048,97, ou seja, maior do que

zero (VPL>0), verifica-se que o projeto não é considerado viável para o cenário

realista.

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72

4.9.3 Taxa Interna de Retorno - TIR

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é outro indicador importante utilizado para

mensurar a viabilidade de projetos de investimentos. Para fluxos de caixas

convencionais, um projeto é considerado viável se a sua Taxa Interna de Retorno for

maior que a Taxa Mínima de Atratividade, nesta projeção esta sendo utilizada uma

TMA de 8,75%.

A seguir será calculado a TIR, na calculadora HP12C, nos três cenários,

otimista, realista e pessimista:

• Para o cenário otimista tem-se uma TIR de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

36.865,92<g>CFj>

52.319,55<g>CFj>

54.904,11<g>CFj>

56.900,07<g>CFj>

62.278,33<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

42.453,24<f> <IRR>

17,70% a.a

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73

• Para o cenário realista tem-se uma TIR de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

30.721,63<g>CFj>

43.599,63<g>CFj>

45.753,42<g>CFj>

47.416,72<g>CFj>

51.898,61<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

8.711,06<f> <IRR>

10,67% a.a

• Para o cenário pessimista tem-se uma TIR de:

<f>REG

160.000,00<CHS<g<Cfo>

24.577,24<g>CFj>

34.879,70<g>CFj>

36.602,73<g>CFj>

37.933,39<g>CFj>

41.491,88<g>CFj>

8,75%<i>

<f> <NPV>

-25.048,97<f> <IRR>

2,94% a.a

Apresenta-se na seqüência a tabela 15, resumo do cálculo da TIR para os

cenários otimista, realista e pessimista.

Tabela 15 – TIR nos cenários otimista, realista e p essimista . Cenário Otimista Realista Pessimista

TIR 17,70% a.a 10,67% a.a 2,94% a.a

Fonte: Dados primários (2009/02)

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Análise por este método:

• O projeto é considerável viável para os cenários Otimista e Realista, pois a

TIR se apresenta superior a TMA, já no cenário Pessimista o projeto não é

considerado viável, pois apresenta uma TIR menor que a TMA. Considerando a

Taxa Mínima de Atratividade – TMA 8,75%, referente à taxa SELIC no acumulado do

mês de setembro de 2009. Com isso pode-se concluir que o projeto é considerável

viável no cenário otimista, realista.

4.9.4 Payback

Souza e Clemente (2004, p. 91) afirmam que, o pay-back é outro indicador de

risco de projetos de investimentos. O pay-back, nada mais é do que, o Período de

Recuperação do Investimento.

Segundo esses autores o pay-back nada mais é do que o número de períodos

necessários para que o fluxo de benefícios supere o capital investido. As Tabelas

16, 17 e 18 mostram os cálculos do pay-back descontado. Estes cálculos ilustram a

recuperação do capital em R$ para o projeto em análise.

Segundo Souza e Clemente (2004, p. 93) o risco do projeto aumenta à

medida que o Pay-Back se aproxima do final do horizonte de planejamento.

Para o cálculo do payback descontado os valores foram trazidos do período

zero pela Taxa Mínima de Atratividade – TMA, que para este estudo foi utilizada a

taxa de 8,75 % referente à taxa SELIC do mês de setembro de 2009.

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• Para o cenário otimista tem-se um Payback Descontado de:

Tabela 16 – Projeção do Período de recuperação do i nvestimento para cinco anos no cenário otimista

ANO FLUXO DE CAIXA VP das Receitas Líquidas

FLUXO DE CAIXA Acumulado

0 160.000,00 – (160.000,00) 1 36.865,92 33.899,70 (126.100,30) 2 52.319,55 44.239,02 (81.861,28) 3 54.904,11 42.689,11 (39.172,17) 4 56.900,07 40.681,39 1.509,22 5 62.278,33 40.944,04

Fonte: Dados Primários (2009/02)

• Cálculo do Payback Descontado:

Payback = 4 anos, 11 meses e 16 dias.

Na tabela 16 se descreve o cálculo do Payback Descontado. Como é possível

observar o retorno do investimento ocorrerá após 4 anos e 11 meses

aproximadamente.

• Para o cenário realista tem-se um Payback Descontado de:

Tabela 17 – Projeção do Período de recuperação do i nvestimento para cinco anos no cenário realista

ANO FLUXO DE CAIXA VP das Receitas Líquidas

FLUXO DE CAIXA Acumulado

0 160.000,00 – (160.000,00) 1 30.721,63 28.249,78 (131.750,22) 2 43.599,63 36.865,86 (94.884,36) 3 45.753,42 35.574,25 (59.310,11) 4 47.416,72 33.901,15 (25.408,96) 5 51.898,61 34.120,03 8.711,07

Fonte: Dados Primários (2009/02)

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• Cálculo do Payback descontado:

Payback = 5 anos, 8 meses e 28 dias.

Na tabela 17 se descreve o Playback Descontado para o cenário realista.

Como é possível observar o retorno do investimento ocorrerá após 5 anos e 8

meses aproximadamente.

• Para o cenário pessimista o cálculo do Payback Descontado tem-se:

Tabela 18 – Projeção do Período de recuperação do i nvestimento para cinco anos no cenário pessimista

ANO FLUXO DE CAIXA VP das Receitas Líquidas

FLUXO DE CAIXA Acumulado

0 160.000,00 – (160.000,00)

1 24.577,24 22.599,76 (137.400,24)

2 34.879,70 29.492,68 (107.907,56) 3 36.602,73 28.459,40 (79.448,16) 4 37.933,39 27.120,94 (52.327,22) 5 41.491,88 27.278,27 (25.048,95)

Fonte: Dados Primários (2009/02)

Na tabela 18 se descreve o cálculo do Playback Descontado para o cenário

pessimista. Como é possível observar o retorno do investimento não ocorrerá nos 5

anos pretendidos pela empresa.

A seguir apresenta-se a Tabela 19, resumo do cálculo do Pay-Back

Descontado para os cenários otimista, realista e pessimista.

Tabela 19 – Payback Descontado nos cenários otimist a, realista e pessimista. Cenários Otimista Realista Pessimista

Payback 4 anos e 11 meses 5 anos e 8 meses Acima de 6 anos

Fonte: Dados Primários (2009/02)

Observando os resultados dos cálculos do Payback nos cenários otimista,

realista e pessimista do ano 1, a empresa, observa-se que para o cenário pessimista

o período de retorno de investimento ultrapassa o período máximo tolerado. Sendo

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77

assim, nestas circunstâncias a empresa deve recorrer a um estudo de custo de

oportunidade para verificar qual alternativa é mais economicamente atrativa.

4.10 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A margem de contribuição é o valor resultante das vendas deduzidas dos

Custos de produtos variáveis. A seguir, nas tabelas 20, 21 e 22, apresenta-se o

cálculo para a margem de contribuição para os cenários otimista, realista e

pessimista:

Tabela 20 – Margem de Contribuição Cenário Otimista

2009 2010 2011 2012 2013

Receita total 181.001,95 205.069,20 224.885,59 245.578,63 273.118,63

(-) Custos variáveis 137.075,11 145.592,85 162.824,68 181.501,60 203.663,34

(=) MCT 43.926,84 59.476,35 62.060,91 64.077,03 69.455,29 Fonte: Dados Primários (2009/02)

Tabela 21 – Margem de Contribuição Cenário realista

2009 2010 2011 2012 2013

Receita total 150.834,96 170.891,00 187.404,66 204.648,86 227.598,86

(-) Custos variáveis 114.229,25 121.327,37 135.687,24 151.251,34 169.719,45

(=) MCT 36.605,71 49.563,63 51.717,42 53.397,52 57.879,41 Fonte: Dados Primários (2009/02)

Tabela 22 – Margem de Contribuição Cenário pessimis ta

2009 2010 2011 2012 2013

Receita total 120.667,97 136.712,80 149.923,73 163.719,09 182.079,09

(-) Custos variáveis 91.383,47 97.061,90 108.549,80 121.001,06 135.802,57

(=) MCT 29.284,50 39.650,90 41.373,93 42.718,03 46.276,52 Fonte: Dados Primários (2009/02)

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4.11 PONTO DE EQUILÍBRIO

Segundo Dornelas (2001, p. 169), no ponto de equilíbrio não há lucro nem

prejuízo. É o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos

custos fixos e variáveis. É de grande utilidade, pois possibilita ao empresário saber

em que momento seu empreendimento começa a obter lucro e, assim, torna-se uma

importante ferramenta gerencial.

• Para o cenário otimista (2009) tem-se um Ponto de Equilíbrio de:

• Para o cenário realista (2009) tem–se o cálculo do Ponto de Equilíbrio

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• Para o cenário pessimista (2009) tem-se o calculo do Ponto de Equilíbrio

Apresenta-se na seqüência a tabela 27 consolidada do Ponto de Equilíbrio

para os três cenários:

Tabela 23 – Ponto de equilíbrio para os três cenári os

Cenários Otimista Realista Pessimista

Ponto de Equilíbrio 29.094,76 24.245,55 19.396,43

Fonte: Dados Primários (2009/02)

Análise: Para a análise do ponto de equilíbrio, nos três cenários, otimista,

realista e pessimista do ano 1,a empresa deverá obter um uma receita líquida de

fretes no valor de R$29.094,76, R$24.245,55 e R$19.396,43 respectivamente. Com

esses valores a empresa deverá pagar todos os seus custos fixos e variáveis

partindo para o lucro líquido.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi elaborado com o objetivo de

elaborar um estudo de viabilidade de alocação de recursos em um caminhão para

serviços de transporte de material para construção civil.

A alocação de recursos na compra de um caminhão poderá trazer novas

perspectivas para empresa, no sentido de expandir suas atividades. Atualmente já

possui dois clientes potenciais, sendo que com estes possui contrato verbal para

transporte de carga certa, ou seja, o caminhão carrega em Curitiba e descarrega em

Criciúma e carrega em Criciúma e descarrega em Curitiba.

Tem-se a expectativa de que o estudo comprovou o que de forma intuitiva já

se esperava, qual seja, a atratividade do investimento no transporte de carga certa.

Considera-se que ao finalizar este trabalho, os objetivos foram alcançados,

tendo em vista que foram criadas as planilhas para coleta de dados, monitorados as

entradas e saídas dos valores no período considerado, elaborado o fluxo de caixa

nos cenários otimista, realista e pessimista. A aplicação destas ferramentas apontou

ser atrativa à alocação de recursos de um caminhão para os cenários otimista e

realista, para o cenário pessimista, apresentou um VPL negativo, por isto este

cenário não se torna atrativo para empresa, e um planejamento financeiro,

identificando o investimento inicial, capital de giro, ingressos e desembolsos, bem

como demonstrativo de resultados, finalizando com a aplicação de ferramentas de

análise financeira como VPL, TIR e Payback.

Através de projeções elaboradas pelo autor do trabalho, a empresa poderá

estabelecer metas e alocar eficientemente os recursos excedentes de caixa ou

monitorar seus custos para não ocorrerem desequilíbrios entre os ingressos e

desembolsos.

Da perspectiva do acadêmico este estudo possibilitou aplicar os

conhecimentos adquiridos durante o curso e conhecer os aspectos que compõem o

estudo de viabilidade de um investimento.

Ao concluir o estágio, através do desenvolvimento do trabalho de conclusão,

acredita-se que não somente cumpriu-se uma formalidade, mas agregou-se

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substancial aporte de conhecimento em administração, de valorização das pessoas

envolvidas, e da instituição de ensino.

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APÊNDICES

Esta pesquisa tem como propósito levantar algumas informações sobre o

serviço de transporte utilizado pela sua empresa, cujo objetivo é aplicar em um

Trabalho de Conclusão de Curso para o Curso de Administração da Universidade do

Vale do Itajaí - UNIVALI

1. Quanto ao atendimento prestado.

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

2. Sobre a comunicação entre empresa prestadora do serviço e a sua empresa.

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

3. Quanto à agilidade para o posicionamento para carga e descarga.

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

4. O motorista possui conhecimentos necessários para estar transportando este

tipo de material?

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

5. Quanto ao seu profissionalismo no dia-a-dia.

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

6. O motorista demonstra ser confiável para continuar prestando serviço para

sua empresa?

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

7. Quanto ao cumprimento dos prazos da entrega das cargas.

( )Ótimo ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

8. Possui algum registro de ocorrência negativa da entrega.

( )Sim ( )Não

9. No caso positivo, quantas ocorreram? _____________

10. Como conheceram nossa empresa através de:

( )Amigos ( )Indicação de empresas ( )Localização

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( )Forma de pagamento ( )Qualidade de serviço ( ) Outros:_________

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