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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO FINANÇAS
LUÍS ALBERTO KALLENBERGER
PROPOSTA DE ORÇAMENTO FINANCEIRO PARA O SINAFESC – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de
Santa Catarina
São José 2006
LUÍS ALBERTO KALLENBERGER
PROPOSTA DE ORÇAMENTO FINANCEIRO PARA O SINAFESC – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de
Santa Catarina
Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação –
apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Administração da Universidade do Vale do
Itajaí.
Professor Orientador: Sidnei Vieira Marinho
São José
2006
LUÍS ALBERTO KALLENBERGER
PROPOSTA DE ORÇAMENTO FINANCEIRO PARA O SINAFESC – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de
Santa Catarina
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final
pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Finanças da Universidade do
Vale do Itajaí, em 30 de junho de 2006.
Profa. MSc. Luciana Merlin Univali – CE São José
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
M. Eng. Sidnei Vieira Marinho
Univali – CE São José Professor Orientador
M. Eng. Márcio Bittencourt Univali – CE São José
Membro
Prof MSc. Daniel Augusto de Souza
Univali – CE São José Membro
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iii
Dedico este trabalho a...
Deus por ter me dado às possibilidades
Para desenvolver muitas tarefas.
A Maria Luiza e Heloísa pelo apoio e incentivo
recebido em todos os momentos.
Aos meus pais pela formação e berço.
Aos amigos que abdiquei da convivência em prol
deste trabalho
iv
iv
Agradeço a Deus pelas possibilidades de realizar este trabalho.
A minha esposa e filha pela paciência que tiveram com a minha
falta de tempo, aos meus pais pelo ensinamento que me deram
para a vida. Aos amigos que contribuíram com este trabalho,
em especial à Kenya Cléia Koerich. Á todos os meus
professores que muito, mas muito me ajudaram a realizar este
trabalho, em especial ao professor Sidnei pela dedicação e
paciência durante a orientação.
v
v
“Não desanimeis nunca, embora venham ventos
contrários” Santa Paulina.
vi
RESUMO
O objetivo deste trabalho é apresentar a necessidade do Sindicato de Árbitro de Futebol do
Estado de Santa Catarina de um sistema que possa controlar suas arrecadações e pagamentos,
e conseqüentemente de um fluxo de caixa. Sendo assim, o trabalho visa oferecer opções
possíveis para solução do problema, discutindo e definindo com a diretoria do Sindicato a
melhor estratégia a ser implantada. A fundamentação teórica foi desenvolvida com base na
literatura encontrada sobre o tema, porém muito relacionada com a indústria e comércio, dado
o fato de que há pouco material sobre o tema, ou seja, voltado para o terceiro setor. Na
literatura foi notório o quanto os autores relatam sobre a importância de identificar a diferença
entre Planejamento e Orçamento, pois, é comum tomar orçamento por planejamento
financeiro e vice-versa. Aqui se fará uma breve distinção entre os dois: no orçamento você
supõe que aplicará um determinado recurso numa certa atividade. Já no planejamento
financeiro, você dispõe desses recursos para investir numa determinada atividade. A palavra
planejamento financeiro remete para a idéia da necessidade de controle de um projeto. Tentar
controlar esse projeto sugere uma visita antecipada às ações desejadas (que se dá através do
orçamento) e uma análise posterior das ocorrências financeiras. Diversos foram os benefícios
observados pelos diretores do Sindicato de Árbitros de Futebol de Santa Catarina, após a
implantação do projeto proposto, entre elas a segurança, a qualidade e agilidade das
informações, o fluxo bem definido dos processos, melhor visualização e análise das despesas,
enfim, a área financeira do SINAFESC possui um projeto orçamentário que servirá tanto para
as atividades normais como para o estudo da viabilidade de qualquer evento isolado.
Palavras-chave: Orçamento Financeiro. Controle de pagamento. Controle de arrecadação.
Fluxo de Caixa.
vii
ABSTRACT
This papers purpose is to introduce how needed the Union of Referees from Santa Catarina is
of a controlling system and as due to it, a “Cash Flow”. Above from showing its needs, this
paper will also introduce an almost totally implanted project as well as its results. The theory
was developed based on “Themes Literature” and industrials and commercials literature
because of the lake of information’s of the specific subject. Most of it describes the
importance of recognizing the difference between “Planning” and “Budget” particularly in the
“Third Sector” where it is usually confused. A small distinction of them is that while the
Budget is presumed that some resource will be used in certainty activity , the Planning’s
resource is already available to be used in certainty activity. The term “Financial Planning”
submits to the idea controlling certain project. Trying to controlling it suggests a previewing
of the futures actions (using the budget) and posterior investigation of all occurrences. Plenty
were the profits observed by the Union of Referees from Santa Catarina after the execution of
the described project as well as safety, quality and quickness of information, definition of all
flows and better visualization of all expenses. Finally, the SINAFESC has a “Budget
Program” that can be used as much for “normal activities” as for isolated events.
Key-words: Budget. Reception control. Financial planning.
viii
Lista de tabelas
Anexo 01 - Relação de pagamentos efetuados em 2005 52
Anexo 02 - Projeção de pagamentos a serem efetuados em 2006 53
Anexo 03 - Pagamentos efetuados em 2006 54
Anexo 04 - Acompanhamento entre orçado e o pagamento efetuado em 2006 55
Anexo 05 - Recebimentos auferidos em 2005 56
Anexo 06 - Recebimentos auferidos em 2006 57
Anexo 07 - Projeção da arrecadação para 2006 58
Anexo 08 - Acompanhamento entre a arrecadação projetada e efetivada em 2006 59
Anexo 09 - Estatística do Campeonato Catarinense série Principal de 2006 60
ix
SUMÁRIO
Resumo .................................................................................................................................................................. vi
Abstract ................................................................................................................................................................vii
Listas de tabelas..................................................................................................................................................viii
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................10
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .....................................................................12
1.2 OBJETIVOS...............................................................................................................13
1.2.1. Objetivo geral .............................................................................................13
1.2.2. Objetivos específicos..................................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................13
1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO ....................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................15
2.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO ..................................................................................15
2.2 CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO FINANCEIRO....................................................19
2.3 VANTAGENS DO USO DO ORÇAMENTO: ....................................................................20
2.4 INTERLIGAÇÃO ENTRE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO ...........................................20
2.5 CONDIÇÕES MÍNIMAS PARA A IMPLANTAÇÃO: .........................................................22
2.6 CATEGORIAS DE ORÇAMENTOS ...............................................................................24
2.6.1. Orçamento Econômico ou Operacional......................................................24
2.6.2. Orçamento Financeiro ................................................................................25
2.6.3. Orçamento de Capital .................................................................................27
2.7 CONTROLE ORÇAMENTÁRIO ....................................................................................30
2.8 INDICADORES DE DESEMPENHO...............................................................................31
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO..........................................................................................33
4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO .................................................................................35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................46
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................48
ANEXOS .................................................................................................................................51
10
1 INTRODUÇÃO
Em todo o mundo, organizações do terceiro setor surgem e ganham importância no
desenvolvimento da economia, seja para suprir lacunas da ação governamental, seja como
representação de classe, seja para concretizar objetivos de solidariedade que não encontram
espaço de realização em outros lugares.
Ampliada a importância do Terceiro Setor, aumentaram-se as verbas alocadas para ele,
seja por instituições de financiamento custeadas por empresas ou pessoas, seja pelo apoio dos
governos, ou pela geração de receita atrelada à própria atuação da instituição. Dessa forma,
faz-se necessário o profissionalismo na gestão e operação das atividades destas instituições.
O presente estudo tem como objetivo demonstrar que entidades do terceiro setor para
serem competitivas precisam adotar novas posturas com a busca de informações e de
conhecimento para uma gestão eficaz. Sendo assim, a utilização de ferramentas,
principalmente ligadas à gestão financeira, a qual desenvolvida de forma integrada e adequada
às necessidades destas entidades permitirá uma maior flexibilidade, eficiência, agilidade e
segurança aos gestores, que passam avaliar melhor as diversas decisões a serem tomadas e o
impacto delas decorrentes.
Segundo a FIFA (Fédération Internationale de Football Association), o segundo maior
movimento de recursos financeiros no mundo é o futebol, consequentemente, os interesses
são muitos. A arbitragem de futebol tem papel fundamental no contexto. É o árbitro quem faz
cumprir as regras do jogo em uma partida de futebol. Este árbitro precisa estar inserido em
uma entidade representativa de classe que possa unir, aprimorar e defender sua classe diante
de tantos interesses.
O Sindicato de árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina (SINAFESC) é o
órgão de representação dos árbitros de futebol no estado de santa Catarina, e o presente
trabalho tem o objetivo de apresentar uma proposta de gestão financeira para a instituição.
Benício (2001), ressalta que uma organização, mesmo que do terceiro setor, para
sobreviver, necessita de sinais vitais indispensáveis, um deles é o sinal econômico financeiro,
sendo este o que causa a morte mais rápida de uma organização. Ele compara o problema com
11
uma doença grave no ser humano, e quanto maior for o tempo que o doente leve para iniciar o
tratamento, mais difícil e demorada é a obtenção da cura. As organizações bem-sucedidas
apresentam, em geral, um quadro de problemas, necessidades e expectativas similares de
outras organizações, visto que atua no mesmo ambiente socioeconômico, sofrendo o impacto
dos mesmos fatores estruturais ou de variáveis conjunturais. Contudo, embora todas possam
compartilhar dos problemas, detêm condições diferentes de reagir, demonstrando diferenças
significativas de desempenho.
Algumas dessas condições podem ser levantadas numa pesquisa por amostragem,
enquanto outras, que indicam a capacidade da organização reagir às condições de mercado a
que está submetida, necessitariam, para serem percebidas e levantadas, de um
acompanhamento das referidas condições e ações da empresa diante delas. As organizações,
no cenário globalizado e competitivo de hoje, têm uma variedade de responsabilidades e
objetivos, dentre os quais se destaca a sua capacidade de atrair e mobilizar os recursos e
direcioná-los àqueles investimentos eficientes geradores da renda necessária ao
desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
O contador e consultor especializado no terceiro setor, Benício (2004), explica como
estas organizações devem buscar recursos para executar seus projetos com parcerias, doações
ou patrocínios, entre outras formas. Cada uma atuando dentro do que se propõe, ou seja, de
acordo com sua missão e visão galgada nos seus valores. As deficiências da correlação das
variáveis do mundo econômico-financeiro estão provocando sérias imperfeições nos
processos de tomadas de decisões empresariais, ou até mesmo impossibilitando a tomada de
decisão, gerando conseqüências desastrosas, quer para a sobrevivência das empresas como
suporte social, quer para a própria eficiência.
O tema do presente trabalho é mostrar como o orçamento financeiro pode ser
determinante na gestão financeira do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Santa
Catarina. Os desafios enfrentados por organizações do terceiro setor na busca da
sobrevivência e longevidade requerem mecanismos de planejamento e orçamento financeiro,
segundo Benício (2001). O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina é
uma organização recente, fundada em 17/02/1997, e desde então, jamais teve um
planejamento ou orçamento financeiro. Atualmente, as contas pagas são entregues ao
contador com atraso de, aproximadamente, sessenta dias, para que este por sua vez efetue os
lançamentos contábeis. E estes lançamentos contábeis não são analisados por qualquer
membro da diretoria, somente são apresentados ao quadro de associados, cerca de 250
12
árbitros, quando da realização de assembléia para prestação e aprovação de contas. Desta
forma a diretoria não faz uso das informações financeiras passadas, prejudicando a gestão
financeira da organização.
Este trabalho propõe implantar um sistema que possa controlar toda a arrecadação e
que possa estimar os gastos baseando-se em dados históricos, bem como orçar despesas de
projetos, tais como, seminários dos árbitros Catarinenses, Curso de formação de árbitros,
entre outros.
Com a forte possibilidade da profissionalização da atividade do árbitro de futebol,
com certeza a forma de prestação de serviços se dará por intermédio de uma cooperativa de
árbitros de futebol ou por meio do sindicato, principalmente por isto, esta instituição precisa
estar bem estruturada. Recentemente foi levantada a hipótese de que os árbitros pudessem ser
contratados da CBF – Confederação Brasileira de Futebol, caso profissionalizados, porém, a
entidade não pretende contrair passivo trabalhista, fato que fortalece as duas hipóteses
anteriores, de sindicado ou cooperativa.
Sendo assim, foi desenvolvido um processo que pudesse organizar as arrecadações
dos percentuais das taxas de arbitragem, e principalmente de anuidades. Todas etapas do
desenvolvimento, implantação e resultados estão descritos neste trabalho, devidamente
situados no processo.
1.1 Descrição da situação problema
No início deste trabalho as despesas do SINAFESC eram pagas mediante saldo
disponível em conta corrente, o que, em muitas vezes, acaba ocasionando atraso nos
pagamentos e gerando multas e juros. Tal falta de planejamento, resulta, por exemplo, na falta
de conhecimento do valor gasto com telefone em 2005 e qual a previsão para 2006. Não se
sabe qual foi o valor arrecadado pelo Sindicato no ano de 2005, ou qual foi a inadimplência
existente nos tipos de arrecadação. Da mesma forma que não se tem uma previsão de
arrecadação para o ano de 2006. Também não se sabe a origem e valores das arrecadações,
qual o percentual oriundo das anuidades, qual a inadimplência das anuidades, ou quais os
meses de maior arrecadação, e ainda, quais os motivos desta elevação. Apesar dos valores
estarem contabilmente registrados, não retorna para o Sindicato e conseqüentemente não são
analisados, fato que precisa ser revisto, devido à necessidade de saber para que patamar as
despesas caminhem e corrigir possíveis desvios, ou entendê-los.
13
1.2 Objetivos
Os objetivos deste trabalho estão evidenciados a seguir:
1.2.1. Objetivo geral
Elaborar um sistema de controle da arrecadação e de pagamentos para o Sindicato dos
Árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina, para apoiar a diretoria na tomada de decisão.
1.2.2. Objetivos específicos
• Aperfeiçoar o sistema de arrecadação de anuidades, de tal forma que cada
sindicalizado possa acessar o site do SINAFESC e com o número de seu CPF possa
escolher a forma de pagamento e imprimir seus boletos bancários.
• Criar sistema de controle de arrecadação dos 5% (cinco por cento) da taxa de
arbitragem dos jogos profissionais do Campeonato Catarinense de Futebol, e também
dos 2% (dois por cento) da taxa de arbitragem dos jogos profissionais dos
Campeonatos Nacionais de Futebol cujas partidas sejam realizadas no Estado de Santa
Catarina.
• Sugerir um plano de contas à realidade do SINAFESC;
• Efetuar levantamento dos gastos apontados no ano de dois mil e cinco, bem como
gerar orçamento para dois mil e seis.
• Efetuar levantamento das receitas auferidas em dois mil e cinco e projetar receitas para
o ano de dois mil e seis.
1.3 Justificativa
O SINAFESC, criado há aproximadamente dez anos, nunca teve um planejamento ou
orçamento financeiro, como já colocado na “descrição da situação problema”. Este trabalho
apresentará como sugestão um programa para estruturar o controle financeiro na organização.
O tema orçamento ou planejamento financeiro no terceiro setor é pouco explorado na
literatura atual, isto comprovado pela dificuldade em encontrar material.
Como já foi descrita na introdução a diferença entre orçamento e planejamento
financeiro, e como o SINAFESC não dispõe de recursos para investir, será tratado com ênfase
14
maior, no que se propõe este trabalho, o programa de controle financeiro. Igualmente, dentro
do que será apresentado neste trabalho, não foi descartado o assunto Planejamento Financeiro.
O trabalho propõe-se a elaborar um orçamento para saber quais serão os recursos
necessários para suprir as necessidades de caixa do Sindicato, bem como da realização de um
determinado projeto. O orçamento informa de um modo transparente, a maneira como se
pretende aplicar os recursos que se visa obter. E assim nortear a execução financeira
institucional. O êxito de um projeto está diretamente ligado à formulação cuidadosa e à
administração rigorosa de um orçamento. Ao elaborá-lo da forma mais próxima possível
daquilo que se deseja realizar, o orçamento torna-se transparente, simples de entender e um
instrumento bastante eficaz para realizar o acompanhamento das ocorrências financeiras.
Para uma melhor gestão financeira no Sindicato se faz necessário saber quanto será
arrecadado durante o ano e quanto terá que desembolsar para sua manutenção no mesmo
período. Desta forma já haverá condições de haver um controle e acompanhamento das
contas, efetuando ajustes quando necessário.
1.4 Apresentação geral do trabalho
O Presente trabalho será apresentado em cinco capítulos, onde no:
Capitulo 1: apresentará introdução, descrição do problema, os objetivos, as
justificativas e apresentação geral do trabalho.
Capitulo 2: apresentará a fundamentação teórica, a qual foi dividida em oito temas a
seguir. Planejamento financeiro; suas características; vantagens do uso do orçamento; a
interligação entre planejamento e orçamento; condições mínimas para implantação; categorias
de orçamento; controle orçamentário e indicadores de desempenho.
Capítulo 3: será descrito o método de aplicação deste trabalho no Sindicato.
Capítulo 4: apresentará o resultado da aplicação do trabalho.
Capítulo 5: apresentará as considerações finais, seguido por apêndices e anexos.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Serão apresentados alguns conceitos básicos como, conceitos de Sindicatos,
Planejamento Econômico e Financeiro, Contabilidade, Gerenciamento Financeiro, Capital de
Giro, Fluxo de Caixa e seus métodos de elaboração oriundos do planejamento econômico e
financeiro da organização.
Segundo Bulgarelli (1999), os economistas envidam esforços, nem sempre com muito
êxito, para definir o que é uma empresa, tendo em vista tanto a evolução nos processos de
produção e comercialização, como dos diversos tipos de empresas existentes. A partir da ótica
econômica, o conceito de empresa é apresentado sob várias perspectivas.
Conforme Wonnacott (1985), a empresa pode ser definida como uma unidade
decisória de negócios que, organizada, controla a produção de bens e serviços. Nos termos de
Pinto Antunes citados por Bulgarelli (1999), a empresa é um dos regimes de produzir onde
alguém (o empresário), por via contratual, utiliza os fatores de produção sob sua
responsabilidade (risco) a fim de obter uma determinada utilidade, vender essa utilidade no
mercado e tirar, na diferença entre o custo de produção e o preço de venda, o maior proveito
possível. Segundo Chiavenato (2000), a empresa constitui-se em uma das mais complexas e
admiráveis instituições sociais que a criatividade e engenhosidade humana já produziram. Sob
o ponto de vista jurídico, a empresa é uma atividade econômica organizada e exercida
profissionalmente pelo empresário através de um estabelecimento (BULGARELLI, 1999).
Para o efeito da aplicação do presente trabalho é preciso saber que o SINAFESC é uma
entidade sem fins lucrativos com a finalidade principal de prestar auxílio técnico e corporativo
aos seus sindicalizados. Apesar da identificação dos conceitos, que divergem apenas na
obtenção dos lucros.
2.1 Planejamento Financeiro
Segundo Frezatti (2000), O sucesso da operação, do desempenho e da viabilidade em
longo prazo de qualquer negócio depende de uma seqüência contínua de decisões individuais
ou coletivas tomadas pela equipe gerencial. Cada uma dessas decisões, em última instância,
causa um impacto econômico, para melhor ou para pior, no negócio. O planejamento
financeiro formaliza o método pelo qual as metas financeiras devem ser alcançadas,
integrando as decisões de investimento e de financiamento em um único plano. Os planos
16
financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso,
esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e
atuam como mecanismo de controle e análise, estabelecendo um padrão de desempenho onde
a empresa fará uma avaliação contínua do andamento dos negócios.
De acordo com Gitman (1997 p. 608) “Planos financeiros de longo prazo
(estratégicos) servem como guia na preparação dos planos financeiros de curto prazo
(operacionais) (...)”. Os planos financeiros em curto prazo são visualizados em um período de
um a dois anos, já os planos em longo prazo vão de dois a dez anos. É claro que esses
períodos variam de acordo com a atividade e os interesses de cada organização.
Já Ross et al. (1998) afirma que o planejamento financeiro deve incluir algumas
diretrizes, como a identificação das metas financeiras da empresa; uma análise das diferenças
entre essas metas e a situação financeira corrente da empresa; e um enunciado das ações
necessárias para que a empresa atinja as suas metas financeiras. Brealey e Myers (1998)
complementam essa linha de pensamento observando que deve ser feita, inicialmente, uma
análise das opções de financiamento e de investimento de que a empresa dispõe, assim como
uma avaliação do desempenho em relação aos objetivos estabelecidos no início do plano
financeiro. Na implementação do plano é fundamental um rotineiro acompanhamento e ajuste
das suas projeções em função das variações do ambiente.
Segundo Brealey e Myers (1998), existem dois fatores decorrentes do processo de
planejamento financeiro que por si só já possuem grande importância para as organizações: o
primeiro deles é o fato de que o planejamento força os gestores a projetar os efeitos
conjugados de todas as decisões de investimento e financiamento das empresas. O segundo
surge da necessidade de reflexão sobre possíveis acontecimentos que poderão afetar direta ou
indiretamente a empresa, assim como a formulação de estratégias alternativas para combater
possíveis dificuldades ou aproveitar novas oportunidades. A velocidade do mundo dos
negócios não permite somente administrar o cotidiano, sendo necessário prover de
informações, mesmo que incompletas, o tomador de decisões (Virzi, 1990). Essas
informações devem estar disponíveis a qualquer momento, sob pena de serem tomadas
decisões erradas ou inconvenientes. “O planejamento financeiro deve amarrar-se, em nível
econômico e financeiro, ao crescimento equilibrado da empresa a curto e longo prazo”.
(BRASIL, 2002, pg. 77). São diversos os tipos de modelos de Planejamento Financeiro
utilizados pelas empresas.
17
Segundo Frezatti (2000), na verdade, cada empresa deveria ter um modelo
inteiramente customizado às suas necessidades, pois nenhuma empresa é igual à outra. Os
tipos de modelos geralmente variam desde os mais genéricos, que possuem apenas as
diretrizes básicas do planejamento, até os mais sofisticados, que contém centenas de equações
e de variáveis interdependentes. As empresas podem, inclusive, usar mais de um modelo: um
detalhado, que integre o orçamento de investimento e o planejamento operacional; um modelo
mais simples, centrado no impacto global da estratégia de financiamento; ou, ainda, um
modelo especial, para a avaliação de fusões (Brealey e Myers, 1998). Os modelos
automatizam uma parte importante do planejamento, simplificando e barateando a elaboração
das demonstrações financeiras provisionais. Se considerarmos a necessidade da elaboração
dos quadros para vários anos e cenários diferentes, percebe-se mais claramente a importância
do uso de modelos para o planejamento financeiro. Além disso, os ajustes necessários devido
a oscilações de uma determinada variável também se tornam mais práticos, pois alterando a
variável em que ocorreu a oscilação, serão alteradas as demais variáveis relacionadas àquela.
A forma mais simples de modelagem financeira é encontrada no uso de planilhas eletrônicas,
para representar um conjunto de relações para análise e manipulação (Helfert, 2000), este será
um princípio básico deste trabalho, cuja fermenta mais utilizada será planilha do Excel.
As pequenas empresas podem utilizar modelos gerais, oferecidos por bancos,
consultores de gestão, empresas de contabilidade ou empresas especializadas em software
(Brealey e Myers, 1998). A maior parte desses modelos é formada por programas de
simulação, que se limita a calcular as conseqüências dos pressupostos e das políticas
especificadas pelo gestor financeiro. Para Helfert (2000), os pacotes de software
desenvolvidos para modelagem financeira não são nada mais do que representações
matemáticas das relações básicas contábeis, de índices e formatos apoiados em fórmulas
automáticas, que calculam, atualizam e exibem dados e resultados em qualquer formato
desejado. Existem também os modelos de otimização para o planejamento financeiro de curto
prazo, que são normalmente modelos de programação linear. Esses modelos de otimização
procuram identificar qual o melhor plano a partir de um leque de políticas alternativas
identificadas pelo gestor financeiro.
Para Jehle (1999) existem novas metodologias baseadas em softwares que possibilitam
formar sistemas capazes de unir os processos de formação de orçamentos e planejamento. O
resultado disso é a formação de um sistema ágil que, diferentemente dos sistemas habituais,
não é separado do planejamento estratégico da organização, mas uma chave para as empresas
18
obterem reais vantagens competitivas. Porém, é importante salientar que de nada adianta
montar um formidável plano, baseado em um excelente software, se o conjunto de
pressupostos estiver errado. Daí a importância fundamental de um processo de reflexão e
análise das variáveis básicas a serem utilizadas na formação do planejamento financeiro.
Para Brealey e Myers (1998), deve-se ter o cuidado para não construir um modelo
maior e mais detalhado, que pode se tornar exaustivo e pesado demais para a utilização
rotineira. O uso fácil de modelos computadorizados permite ao analista examinar vários
conjuntos de suposições e avaliar resultados alternativos (Helfert, 2000). Deve ser observado
que os modelos de planejamento financeiro não dão indicações das decisões financeiras
ótimas. A sua importância decorre no fato de fornecer subsídios para os gestores analisarem
quais alternativas e estratégias adotarem.
Segundo Helfert (2000), para se iniciar uma projeção financeira deve-se tentar
identificar uma linha de tendência para julgar decisões sobre o comportamento futuro de
receitas, custos, despesas e outros recebimentos e pagamentos. Feito isso, são necessários
julgamentos e análises rigorosas sobre prováveis mudanças no ambiente. Dentre os temas que
devem ser abordados para que se possa efetuar uma gestão financeira de uma organização,
lembrando sempre que no caso deste trabalho a organização é do terceiro setor, alguns não
podem deixar de ser estudados, tais como o Controle contábil e classificação das contas; O
fluxo de caixa; análise de custos; Administração do Capital de Giro e da necessidade deste;
Planejamento, acompanhamento e controle da gestão financeira. Brasil e Brasil (2002, p.5)
apresenta um histórico sobre a classificação funcional das contas, que é descrito como:
“Balanço Patrimonial. Neste balanço, definiremos três grupos básicos de contas: estratégicas; operacionais e táticas. Por estratégicas, queremos simplesmente dizer contas cuja movimentação está vinculada à alta administração da empresa. As operacionais guardam relação com as atividades da empresa, sejam elas da área industrial ou de prestação de serviços, vale dizer, que se vinculam ao seu negócio. As táticas são aquelas contas de curto e curtíssimo prazo, geralmente administradas pela tesouraria da empresa como um todo. Uma premissa elementar da classificação funcional é que a caracterização em quaisquer das três rubricas (estratégica, operacional e tática) não se prende somente ao nome da conta, mas também ao seu conteúdo”.
Com a implantação, no Sindicato, do projeto que se propõe este trabalho, o controle
contábil e classificação das contas e fluxo de caixa serão implantados integralmente. Já a
análise de custos e administração do capital de giro, parcialmente.
19
2.2 Características do Orçamento Financeiro
Segundo os autores Oliveira, Perez Jr, e Silva (2002 p.117) “O orçamento é o
instrumento que traz a definição quantitativa dos objetivos e o detalhamento dos fatores
necessários para atingi-los, assim como o controle do desempenho”. A partir desse conceito,
pode-se afirmar que o orçamento é o método de planejamento e controle financeiro, vinculado
aos planos operacionais e ou de investimentos, que visa aperfeiçoar o rendimento de recursos
físicos e monetários da organização.
O orçamento pode ser caracterizado pelas seguintes premissas básicas segundo
Zdanowicz (2000, p.24-25):
a) Projeção para o futuro – deverá especificar o quanto e quando as atividades deverão
concretizar-se, considerando, em parte, o presente para projetar o futuro;
b) Flexibilidade na aplicação – deverá ter mecanismos que permitam a rápida
adaptação às mudanças que ocorram no mercado;
c) Participação direta dos responsáveis – todos os níveis da empresa deverão participar
do processo e comprometer-se com a execução;
d) Global – todas as unidades e atividades da empresa deverão participar;
e) Prático – a elaboração do orçamento deverá ser em tempo hábil, para que a sua
execução possa ocorrer no momento certo;
f) Critérios uniformes – é necessária a definição de princípios e padrões para ser
possível a avaliação do orçamento;
g) Quantificação – expressa em valores físicos e monetários;
h) Economicidade – deverá revelar, em termos econômicos, o que se terá de fazer e o
que ser pretende fazer na empresa no período orçamentário.
Apesar da definição no início deste trabalho que será tratado o tema mais no âmbito de
orçamento, várias características acima fazem parte de etapas da implantação do referido
trabalho no Sindicato.
20
2.3 Vantagens do uso do orçamento:
O orçamento como instrumento de controle será sempre útil para qualquer
organização, independentemente do seu porte. Os autores Oliveira, Perez Jr e Silva (2002),
citam as seguintes principais vantagens do uso dessa ferramenta gerencial:
a) Formaliza as responsabilidades pelo planejamento;
b) Estabelece expectativas definidas, o que o torna a melhor base de avaliação do
desempenho posterior;
c) Auxilia os administradores a coordenar seus esforços, de forma que os objetivos da
organização em sua totalidade se harmonizem com os objetivos de suas partes;
d) Formaliza um instrumento de comunicação;
e) Dota a organização de um instrumento de controle operacional, permitindo a
comparação dos resultados alcançados com as metas preestabelecidas.
As vantagens apresentadas acima, na sua maioria, o oposto é real necessidade do
Sindicato, e por esta analogia o aproveitamento será muito bom.
2.4 Interligação entre Planejamento e Orçamento
A elaboração do orçamento tem por base o planejamento estratégico da empresa, e seu
acompanhamento sistemático resulta no controle.
Planejamento – no sentido de fixar os objetivos e programar as atividades necessárias
para alcançar as metas.
Controle – no sentido de avaliar os resultados obtidos, confrontando com as
estimativas elaboradas, verificando os desvios e indicando as ações corretivas necessárias.
O elo entre o planejamento ou um plano de ação qualquer e a sua execução na
realidade de qualquer organização, ocorre a partir do orçamento. Este se coloca como uma
forma de visualizar econômica e financeiramente o plano traçado para o futuro da
organização.
O orçamento se coloca como uma conseqüência do desencadeamento do processo de
planejamento nas organizações. Na medida em que são traçadas diretrizes, objetivos e metas
setoriais, torna-se possível à quantificação dessas metas e a orçamentação setorizada. Segundo
21
os autores Oliveira, Perez Jr e Silva (2002), para que um planejamento seja base para o
orçamento é preciso:
• Verificar se o planejamento prevê a elaboração do orçamento;
• Verificar se estão traçados os referenciais estratégicos;
• Verificar se o planejamento desce ao nível operacional;
• Analisar se as metas são passíveis de quantificação financeira;
• Verificar os prazos do planejamento - curto, médio e longo prazo.
O quadro a seguir faz o detalhamento dos processos de planejamento e orçamento em
uma empresa.
O que é planejamento? O que é orçamento?
É a definição de um futuro desejado e dos
meios eficazes para alcançá-lo.
É a expressão monetária de um plano
operacional
É um processo de tomada de decisão por
antecipação.
É a etapa final de um processo de
planejamento.
É um processo orientado no sentido de
produzir uma ou várias situações futuras
É um compromisso de realização.
Envolve um conjunto de decisões
interdependentes.
É um instrumento de acompanhamento e
contínua avaliação de desempenho das
atividades e dos departamentos.
Figura 01: Conceito e diferenças entre orçamento e planejamento.
Fonte: Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002) p.117.
As definições dos dois processos expressam a interligação entre eles, o planejamento
expressando o futuro desejado e o orçamento detalhando esse plano no curto prazo e a forma
como ele vai sendo executado, avaliando as necessidades de correção do rumo ou não.
22
2.5 Condições mínimas para a implantação:
Para a implantação de um processo de orçamento em uma Organização exigem-se as
mínimas condições, as quais a seguir encontram-se descritas (ZDANOWICZ, 2000).
a) Estrutura organizacional - compatível com os objetivos e as metas propostas em seu plano
geral de operações;
b) Contabilidade aberta, informatizada e descentralizada – processo auto gerenciável -
lançamento contábil feito na origem pelo próprio usuário;
c) Fixação dos objetivos e das metas da empresa – análise da situação interna e externa;
d) Disciplina e seriedade.
A figura abaixo apresenta o relacionamento entre os vários elementos que compõem o
processo de planejamento das organizações, demonstrando a interligação entre este e o
processo de orçamento.
Figura 02: Fluxograma da interligação entre planejamento e orçamento nas organizações.
Fonte: Frezatti (2000, p.23)
É importante destacar os fatores críticos que interferem na elaboração, implementação
e acompanhamento do processo orçamentário e para um melhor entendimento o quadro
abaixo traz esses fatores resumidos:
23
Fatores imprescindíveis Abrangência, oportunidade, qualidades e
características do sistema orçamentário.
Envolvimento da alta direção, dos demais
executivos e funcionários.
Apoio da alta direção. Empenho integral e
participativo de cada integrante do quadro de
funcionários da empresa.
Adaptação organizacional
Adequação da estrutura organizacional. Evitar
duplicação ou diluição de esforços e
responsabilidades. Considerar a cultura da
organização
Clara definição dos objetivos e dos padrões de
desempenho
Antes do momento de decisão, e padrões
comparáveis com resultados.
Comunicação integral
Responsabilidade e objetivos.
Todos os níveis da estrutura organizacional
Definição de expectativas realistas
Evitar conservadorismo exagerado. Evitar
otimismo irracional, e Procurar alcançar alto
nível de eficiência global.
Oportunidade Plano de datas;
Relatórios de desempenho oportunos.
Reconhecimento do esforço individual e do
grupo
Justo, compreensível e preciso. Evitar
estereótipos e preconceitos na avaliação da
performance
Acompanhamento do desempenho
Se inferior às metas, adotar ações corretivas,
de forma construtiva. Se favorável, divulgar
para as demais áreas.
Figura 03: Fatores críticos na elaboração do orçamento
Fonte: Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p.117). Para que o propósito deste trabalho seja alcançado na integra, a observação dos pontos
descritos acima é de fundamental importância para o sucesso, e esta idéia precisa ser
entendida pela diretoria do sindicato.
24
2.6 Categorias de Orçamentos
Segundo Oliveira, Perez Jr. e Silva (2000) a elaboração do plano de resultados pode
ser dividida em três grandes grupos, com características distintas, porém interdependentes,
são elas: (Lembrando que serão abordados com maior ênfase os temas diretamente ligados ao
terceiro setor).
Orçamento Econômico – consiste na fixação de metas para os itens que compõem a
demonstração de resultados (receitas e despesas). O ponto chave do desse planejamento é o
orçamento de vendas, ele é o ponto de partida de todo o processo orçamentário. No
SINAFESC os produtos vendidos são poucos e não é o objetivo do Sindicato, logo não será
abordado o tema vendas.
Orçamento Financeiro – consiste na elaboração de suborçamentos das atividades que
influenciam o fluxo de caixa. O planejamento financeiro permite à organização obter as
informações antecipadas quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos financeiros, o
que beneficia a tomada de decisões sobre os fatores que interferem no gerenciamento do fluxo
de caixa. Os principais suborçamentos que compõem o planejamento financeiro são:
orçamento de contas a pagar, orçamento de contas a receber, orçamento de aplicações,
orçamento de empréstimos e orçamento de caixa. Este serão os temas propostos neste
trabalho.
Orçamento de Capital - consiste na elaboração das estimativas de investimentos,
principalmente em imobilizado, que serão utilizados para geração de receitas futuras,
portanto, precisam ser depreciados ou amortizados.
“A adoção do planejamento financeiro e orçamento pela empresa pressupõe a prévia análise de todos os fatores relevantes dos sistemas operacional e estratégico. Os principais aspectos dos processos de planejamento e controle financeiros deverão ser definidos antes de se estruturar um programa equilibrado do plano geral de operações para o período em questão”. (ZDANOWICZ, 2000, p.26)
Para o SINAFESC, por ser do terceiro setor, maior ênfase se dará nas informações
contidas no orçamento financeiro, conforme já descrito na introdução, porém não se deixará
de lado o conceito do orçamento econômico e de capital.
2.6.1. Orçamento Econômico ou Operacional
O orçamento deve ser elaborado o mais realista possível, a fim de não causar surpresas
desagradáveis.
25
2.6.1.1 - Orçamento de Vendas
O orçamento de vendas, por não ser atividade do Sindicato a venda de produtos, não
será tratado neste trabalho.
2.6.1.2 - Despesas Operacionais
Segundo Welsch (1983), o orçamento de despesas operacionais é uma das peças
auxiliares que irá compor o sistema de planejamento financeiro e orçamento da empresa,
constituído por despesas administrativas, de vendas (desconsiderada neste trabalho),
tributárias e financeiras, do período considerado.
2.6.1.3 - Despesas Administrativas
Segundo Welsch (1983), as despesas administrativas incluem todas as despesas
necessárias para a gestão das operações de uma empresa e também os itens relativos à
pessoal, viagens, telefonemas, telegramas, material de escritório, depreciação, seguros,
energia elétrica, etc. Estas despesas estão relacionadas à gestão das atividades como:
controladoria, diretoria, contabilidade, tesouraria, pessoal, limpeza, vigilância, etc. As
despesas administrativas são por natureza, predominantemente despesas fixas e o orçamento
das despesas administrativas baseia-se principalmente nos dados históricos das despesas
departamentais.
2.6.2. Orçamento Financeiro
O orçamento financeiro é a espinha dorsal para a preparação e implantação deste
trabalho, por isso, o aprofundamento no tema será maior. Esta etapa consiste em três
processos, que são o controle de valores a arrecadar, das contas a pagar e consequentemente
do fluxo de caixa.
2.6.2.1 – Fluxo de caixa
Outro ponto importante a ser observado é o fluxo de caixa operacional. “Esse fluxo é,
por definição, a diferença entre as entradas e as saídas de dinheiro provenientes das vendas e
26
consumidas nas operações, respectivamente” (BRASIL, 2002, pg. 21). Lembrando que no
caso do SINAFESC será a diferença entre a arrecadação e as despesas operacionais. Marion
(2001, p. 62) diz que a Demonstração dos Fluxos de Caixa indica, no mínimo, as alterações
ocorridas no exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das
operações, dos financiamentos e dos investimentos. Zdanowicz (1995, p. 37) define que:
Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de
numerário no caixa ao longo de um período pré-determinado.
Segundo Zdanowicz, (1995), o fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da
situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as
aplicações em itens do ativo. O fluxo de caixa, então, é uma demonstração para o apoio
gerencial com projeções das movimentações financeiras da empresa para períodos futuros
pré-definidos. A informação sobre fluxo de caixa é um dado sobre o fluxo financeiro da
empresa. É através do fluxo financeiro que as empresas planejam e tomam decisões
importantes de investimentos, financiamentos, distribuição de recursos, etc. Fundamentais
para a continuidade das operações normais da organização.
Segundo Benício (2001), a informação sobre o fluxo de caixa de organizações pode
ser evidenciada basicamente de duas formas. Ou sobre operações de caixa realizadas em um
período já decorrido, ou seja, descreve mudanças históricas no caixa da empresa, ou sobre
operações de caixa da empresa que ainda irão ocorrer, e que, portanto, referem-se a um
período de tempo ainda não ocorrido, e apresenta projeções. Segundo ele, um conceito
essencial para a correta aplicação do fluxo de caixa é o conceito de fluxo de caixa histórico,
que se refere ao primeiro tipo de informação descrito acima, o qual será utilizado no fluxo de
caixa do SINAFESC. Outro conceito fundamental de fluxo de caixa é o de fluxo de caixa
orçado ou projetado, que expressa informações correspondentes ao conceito de projeção.
A demonstração de fluxo de caixa histórico pode ser preparada a partir das outras
demonstrações já elaboradas e divulgadas pela empresa, permitindo a análise das causas de
modificação do caixa da empresa e um estudo do seu comportamento financeiro ao longo do
tempo. É um adequado instrumento de análise.
Segundo Zdanowicz (2000), o orçamento de caixa será necessário para a empresa
estabelecer um equilíbrio financeiro entre as receitas e os custos projetados, no sentido de
estimar, antecipadamente, o saldo necessário entre entradas e saídas financeiras, evitando
assim possíveis embaraços na hora de cumprir os futuros compromissos da empresa. A
27
complexidade na elaboração do orçamento de caixa poderá variar de empresa para empresa,
porém, na sua essência, serão semelhantes, pois se propõem buscar planejamento e controle
financeiros. O orçamento de caixa será, sem dúvida, o instrumento mais importante que a
empresa poderá utilizar para obter o equilíbrio financeiro ao longo do período orçado.
2.6.2.2 - Controle de valores a receber
Da mesma forma que precisamos de conhecimento para conceder crédito, também
devemos ter para cobrar os valores a receber. Segundo Hoji (2004), normalmente, os custos
de qualquer esforço adicional de cobrança não deveram ser superiores às receitas adicionais
que deles decorres. Simplificando, não devemos despender $10 para cobrar uma conta de $5.
Este é um princípio de difícil aplicação, em virtude de os esforços de cobranças de uma dada
conta afetarem não apenas a quantia a recebida desse cliente, mas também as vendas/serviços
futuros ao mesmo cliente e as futuras cobranças de outros. Há duas fontes passíveis de erro na
administração dos valores a receber.
Segundo Sanvicente e Santos (1995), controlar é acompanhar a execução das
atividades, o desempenho efetivo com o planejado. Não se esgotando num acompanhamento
puro e simples, envolvem também a geração de informações para a tomada de decisão,
avaliação e eventual correção de desempenho alcançado.
Para controlar é necessário registrar pela contabilidade os resultados à medida que os
mesmos vão ocorrendo. Indicando a comparação entre os valores orçados e os valores
realizados, indicando correções se necessário.
2.6.3. Orçamento de Capital
Segundo Sanvicente e Santos (1995), No orçamento de capital são consideradas
aquelas despesas incorridas com aquisições de máquinas ou veículos, construções,
modificações e transformações que tenham caráter de melhoria ou reposição da capacidade
produtiva ou de prestação de serviços. E por não ser objetivo deste trabalho ações contidas
neste conceito, não serão aprofundados estudos sobre ele, apenas, serão verificados os
excessos e proposto retificações.
28
2.6.3.1 - Projeção da Demonstração de Resultado e do Balanço Patrimonial
Segundo Sanvicente e Santos (1995), as projeções da Demonstração de Resultado e do
Balanço Patrimonial permitem avaliar todo o processo orçamentário, nestes dois instrumentos
estão reunidas todas as decisões e políticas da empresa para o ano subseqüente.
Uma das grandes vantagens de um processo orçamentário é que ele permite a
simulação prévia de várias situações possibilitando a empresa corrigir prováveis distorções no
seu orçamento. Essas correções precisam ser feitas em conjunto com quem as elaborou, sob
pena de quando alteradas a revelia dos gerentes, desacreditarem toda a técnica orçamentária,
além de comprometer o planejamento dos próximos anos.
Segundo Sanvicente e Santos (1995), para analisar se o orçamento projetado esta
factível com a realidade da empresa o responsável deverá elaborar uma análise financeira
contendo:
a) análise horizontal (análise temporal de cinco anos);
b) análise vertical;
c) índices operacionais e financeiros;
d) relações de custo, volume e resultado;
e) demonstração de origens e aplicações de recursos;
f) participação percentual das despesas por natureza;
g) participação percentual por centro de custo.
A DRE e balaço projetado são imprescindíveis para organizações que visão lucro no
seu negócio, logo, para o SINAFESC só se aplicará o uso do DRE em projetos.
2.6.3.2 - Demonstrativo de Resultados do Exercício
Segundo Zdanowicz (2000), A projeção do Demonstrativo de Resultado do Exercício
será uma das peças orçamentárias mais importantes dentro do sistema de planejamento global
da empresa. Essa Demonstração permitirá visualizar, de forma sintética, todos os
instrumentos auxiliares, que comporão o planejamento econômico financeiro, bem como o
lucro líquido operacional ou prejuízo operacional projetado.
29
Essas informações serão importantes para que se possa analisar e concluir se o retorno
sobre o investimento será ou não aceitável, comparado às aplicações dos mercados acionário e
financeiro.
O Demonstrativo de Resultado do Exercício projetado será a demonstração financeira,
por excelência, que irá permitir o conhecimento antecipado do resultado obtido na
organização. Esta projeção permitirá a análise e a avaliação dos resultados que serão
alcançados com a implantação do plano estratégico desenvolvido e sua adequação em relação
aos objetivos estabelecidos.
Principais objetivos: Zdanowicz (2000).
a) Avaliar a eficiência do plano geral de operações, obtendo relações significativas
entre as receitas, os custos e as despesas operacionais;
b) Analisar e comparar as situações econômicas, atual e futura da empresa;
c) Constituir-se em instrumento de planejamento e controle econômico;
d) Informar aos atuais e novos acionistas sobre a provável remuneração dos capitais
investidos na empresa; (não se aplica no SINAFESC).
e) Projetar todas as contas diferenciais resultantes ou não da atividade fim da empresa.
A diretoria do SINAFESC acatou a idéia de não efetuar a DRE projetada, uma vez que
a instituição não visa lucro, porém é importe o uso da DRE em projetos como Cursos e
seminários, por exemplo.
2.6.2.3 - Balanço Patrimonial
Segundo Zdanowicz (2000), O Balanço Patrimonial projetado irá revelar a situação
financeira e patrimonial da empresa entre os períodos realizado e orçado, tornando, assim,
possível à comparação dos valores que o integram.
No Ativo deverão estar projetadas todas as futuras aplicações de recursos, enquanto no
Passivo e no Patrimônio Líquido estarão dispostas às origens dos recursos de terceiros e
próprios, nesta ordem. Desta forma, o Balanço Patrimonial projetado irá relacionar, no lado
esquerdo, todos os futuros bens e direitos e, no lado direito, todas as futuras obrigações de
curto e longo prazo assumidas com fornecedores, bancos, governo e dirigentes da
organização.
30
Principais objetivos: Zdanowicz (2000)
a) avaliar a capacidade financeira da empresa para o período projetado;
c) dispor de informações sobre a estrutura patrimonial da organização, em termos de
bens, direitos e obrigações;
d) realizar comparações das situações financeira e patrimonial da organização no
período considerado.
Para reafirmar a importância da projeção das demonstrações contábeis na validação do
processo orçamentário Gitmann (2000, p.449) afirma que elas permitem a administração da
empresa analisar antecipadamente as fontes da empresa e usos do caixa, assim como sua
liquidez, atividade e dívidas. Fontes e usos podem ser avaliados ao se preparar uma
demonstração projetada de fluxos de caixa. Várias proporções podem ser calculadas da
demonstração de resultados e balanço projetados para avaliar a desempenho.
O processo orçamentário se inicia com o planejamento, desdobrando-o nos
orçamentos operacionais e culmina na elaboração do demonstrativo de caixa, de resultados e
Balanço Patrimonial, possibilitando à administração da empresa conhecer com antecedência o
resultado das decisões que estão sendo tomadas, representando uma excelente ferramenta
gerencial no apoio a tomada de decisão.
2.7 Controle Orçamentário
Segundo Sanvicente e Santos (1995), controle orçamentário é a técnica que procurará
acompanhar, avaliar e analisar o planejamento financeiro em suas várias etapas, verificando
as defasagens entre os valores orçados e realizados, para sugerir as medidas saneadoras que
deverão ser implementadas na próxima proposta orçamentária da empresa.
A idéia central de um processo de controle orçamentário é de que não há sentido em
fazer planejamento sem um esquema de controle ou vice-versa.
Na medida do possível, no entendimento de Sanvicente e Santos (1995), o controle
deverá apoiar-se num sistema de informações, cujos produtos serão os relatórios, que
forneçam indicações oportunas e rápidas para a tomada de decisões quanto a medidas
corretivas ou não, apontando os setores e os responsáveis pelos bons ou maus desempenhos.
Cada unidade deve ser responsável pelo controle das suas receitas e de suas despesas, os
31
relatórios de acompanhamento devem conter os itens que o administrador desse centro o
decidir, ou nas palavras de Gray e Johnson citados por Sanvicente e Santos (1995 p.207):
“Incluir no orçamento do seu segmento itens que ele não pode controlar é assoberbar o seu pensamento com coisas sobre as quais ele não exerce influência alguma. Excluir do orçamento do seu segmento itens que ele pode controlar é permitir que escapem ao controle do nível em que medidas apropriadas podem ser tomadas”.
Principais objetivos:
a) confrontar os valores realizados com os orçados;
b) analisar as defasagens positivas e negativas entre os valores realizados e projetados;
c) sugerir medidas preventivas, corretivas e saneadoras, em tempo hábil, para que a
empresa possa alcançar seus objetivos e metas.
Esta prática será de fundamental importância no sindicato, uma vez que dela depende
a verificação entre o que foi orçado e o que realmente foi utilizado, e deverá se dar de duas
formas, uma delas pelo financeiro e outra pelo contador.
2.8 Indicadores de Desempenho
É o processo que objetiva medir a situação real contra um padrão, previamente
estabelecido e acordado entre as partes. Deve servir para avaliar os valores realizados em
relação aos projetados.
Para Zdanowicz (2000, p.127) a característica dos indicadores estará relacionada aos
níveis econômicos: mundial, nacional, estadual, setorial e interno. Ainda, quanto à fixação de
padrões é importante o envolvimento na sua elaboração os indivíduos que vão ser avaliados
por eles são muito mais prováveis que assim estes se sintam motivados a participar e alcançar
os objetivos fixados.
O ideal num sistema de controle orçamentário é que ele forneça informações regulares
que consistam em uma comparação entre os valores e níveis planejados e os executados.
Apontando as diferenças entre os dois valores, ou seja, explicitando as variações.
Avaliando as variações a empresa deve considerar: se ela é importante; em caso
afirmativo identificar as causas; e caso as causas sejam controláveis tomar as providências
cabíveis.
32
Os dez mandamentos do controle orçamentário segundo Zdanowicz (2000):
1) A direção da empresa deverá considerar o orçamento como essencial;
2) Os executivos responsáveis deverão sentir entusiasmo pelo controle orçamentário;
3) O controle orçamentário será, em grande parte, um problema psicológico, ou seja, ignorar
este aspecto é abri caminho ao fracasso;
4) Uma análise crítica da empresa deverá ser realizada, antecipadamente, pois será essencial à
implantação do controle orçamentário, bem como terá de se repetir a intervalos regulares de
tempo.
5) Deverá haver um gerente responsável para cada orçamento parcial na empresa; (não se
aplica neste trabalho).
6) A tarefa determinada no orçamento deverá ter uma relação causal com as estimativas da
empresa;
7) O controle orçamentário deverá ser integral, isto é, deverá abranger todas as atividades da
empresa;
8) O controle orçamentário será essencial, quando se quiser proporcionar à direção da
empresa uma base para descentralizar a autoridade e a responsabilidade, determinar tarefas,
controlá-las e estabelecer as metas;
9) Para complementar o controle orçamentário será necessário à utilização da estatística;
10) Sozinho, o orçamento será estéril, mas junto com o controle orçamentário alcançará
sempre o objetivo, ou seja, a administração eficiente, eficaz e efetiva da empresa.
Encerrando a fundamentação teórica deste trabalho conclui-se que apesar de não ter
fins lucrativos, o Sindicato precisará ter definido o quanto vai gastar, onde vai gastar e como
irá gastar os recursos. Recursos estes que também precisa identificar de onde vem, os valores
e datas das entradas, para que a partir destas informações possa elaborar um fluxo de caixa.
Paralelamente precisa efetuar o acompanhamento entre o orçado e o efetivamente gasto,
conforme visto na fundamentação teórica, este processo se torna um fluxo interminável,
sempre obedecendo à ordem de obter recursos, investi-lo e acompanhar se executado
corretamente.
3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO
O método utilizado pode ser descrito em etapas, como segue:
1ª Etapa: Levantamento de dados.
O orçamento financeiro do SINAFESC será construído com base no conceito de
Zdanowicz (2000), ou seja, baseado em dados históricos, sendo assim, esta etapa consiste em
efetuar o levantamento de todas as contas pagas pelo Sindicato durante o ano de 2005, bem
como da arrecadação auferida no mesmo período. Os resultados serão apresentados em
planilhas Excel contendo todas as contas de despesas e seus respectivos valores pagos
mensalmente em 2005.
2ª Etapa: Projeção das despesas e receitas.
Com base nas planilhas das despesas e receitas no ano de 2005, que é o resultado da 1ª
etapa, outras planilhas com as projeções das receitas e despesas para o ano de 2006 serão
elaboradas. Esta planilha. A planilha das despesas deverá conter as contas já existentes na
planilha dos levantamentos, bem como os devidos ajustes, se for o caso. Muito importante
ressaltar que nesta planilha, os valores projetados a serem gastos em 2006 já deveram conter
as metas que a diretoria pretende buscar, ou seja, se em 2005 foi gasto com telefonia R$
6.500,00 (seis mil e quinhentos reais) a este valor será acrescido o reajuste desta tarifa e
também buscar cortes nesta despesa a ponto de se atingir uma redução que se julgar factível
dentro da realidade financeira do Sindicato.
A planilha das projeções das receitas para o ano de 2006, será preenchida com base
nas informações da planilha da arrecadação de 2005, e atualizada com as devidas alterações,
conforme mudança nos campeonatos (tabelas), além de apontar metas de patrocínio, buscando
sempre realizá-las.
34
3ª Etapa: Aperfeiçoar o sistema de arrecadação de anuidades.
Esta etapa consiste em disponibilizar no site do SINAFESC um link para que o árbitro
associado possa imprimir seu boleto bancário e efetuar o pagamento de sua anuidade. Esta
etapa além de proporcionar ao árbitro mais comodidade, espera-se que contribua na
diminuição da inadimplência. Também irá contribuir para eliminar erros do controle de
árbitros adimplentes com as anuidades.
4ª Etapa: Controle de arrecadação dos percentuais sobre as taxas de arbitragem
Este é outro controle precariamente conduzido pelo Sindicato e que nesta etapa será
apresentado uma proposta de controle da arrecadação dos percentuais das taxas de arbitragem
de cada jogo em qualquer das competições oficiais de Santa Catarina e de Campeonatos
nacionais realizados no Estado catarinense.
5ª Etapa: Sugestão de um plano de contas
O atual plano de contas é muito restrito, porém já esta em processo final a
reestruturação do atual, onde, após análise de cada despesa e com orientação do contador, o
novo plano de contas será apresentado. Uma amostra já pode ser vista no anexo 02 que é o
antigo, e no anexo 03 as contas do novo plano.
O processo descrito acima foi apresentado em etapas para uma melhor visualização do
método utilizado no trabalho, além de dar consistência ao mesmo. As etapas descritas de
forma sucinta, descrevendo o essencial a ser efetuado em cada fase do processo, favoreça, não
só a sua própria aplicação, como também a facilidade na verificação dos resultados obtidos.
Há interligação entre algumas etapas, e como exemplo pode-se citar a etapa dois que trata das
projeções das despesas, que por sua vez depende da etapa um que trata do levantamento dos
dados. Esta dependência se dá, pelo princípio do conceito já visto neste trabalho, “dados
históricos” que é o ponto de partida para as projeções.
Nota-se também que ficam evidente dois pontos básicos neste processo, um deles é o controle
do dinheiro que entra no Sindicato – arrecadação, e o outro é a projeção dos gastos –
pagamentos, e ambos convergem para o conceito de Orçamento, que é o objetivo deste
trabalho.
4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO
Os resultados da aplicação deste trabalho serão apresentados em etapas, conforme
apresentado no capitulo anterior, isto para uma melhor visualização entre a etapa da
implantação e o resultado alcançado. Sendo que, alguns pontos foram parcialmente
implantados devido à falta de recursos no Sindicato para conclusão dos mesmos. Em várias
reuniões, a diretoria por intermédio do presidente, tem manifestado o quanto este projeto tem
melhorado a parte operacional relacionada ao financeiro, e também, as idéias que surgem no
decorrer da elaboração e discussão do projeto.
Ao apresentar os resultados da aplicação deste trabalho, mais uma vez, é necessário
ressaltar que o SINAFESC é uma instituição do terceiro setor, portanto sem fins lucrativos.
Que a possibilidade de profissionalização da função do árbitro de futebol “obrigará” os
árbitros a se organizarem, de forma muito bem estruturada, em entidades de classe, ou por
cooperativa ou sindicato. Os sindicatos de árbitro de futebol dos estados do Rio Grande do
Sul e de São Paulo são referência em termos de organização e planejamento, conscientizando
os árbitros de suas obrigações perante seu órgão de representação.
1ª Etapa: Levantamento de dados.
Nesta etapa, foi efetuado o levantamento de todas as despesas pagas pelo Sindicato no
ano de 2005, e de toda a arrecadação do mesmo ano. As informações das despesas foram
retiradas do livro de contas pagas que fica com o contador, conforme descritas no anexo 01.
Detalhando o processo pode-se dizer que, como exemplo, pegou-se a conta de telefone paga
em janeiro/2005 até dezembro/2005, e o processo se repetiu com todas as contas pagas
naquele ano. O levantamento das receitas auferidas em 2005 também foi retirado dos
lançamentos contábeis, cujas origens eram poucas, conforme descritas no anexo 05. Esta
atividade foi efetuada do início ao fim pelo tesoureiro da instituição, que depois de digitada
em planilha Excel, ficou apresentada conforme anexos 01 e 05. Ressalta-se, que, todas as
planilhas foram elaboradas pelo tesoureiro do Sindicado, sendo que as tabelas das projeções,
tanto das despesas quanto das arrecadações, foram em conjunto com a diretoria, estas são
apresentadas nos anexos 02 e 07.
Na execução desta etapa convém ressaltar alguns pontos. O primeiro deles é que foram
detectadas algumas despesas cujos valores foram considerados altos pelo tesoureiro, o que
levou a diretoria do Sindicato a efetuar busca da origem da despesa, bem como da
36
necessidade das mesmas. Além disso, surgiu uma discussão sobre as autorizações das
despesas, fato que não é objetivo deste trabalho, porém, ficou definido que, as despesas
inseridas no orçamento estão previamente autorizadas. Ainda com relação às autorizações,
ficou definido que despesas não orçadas necessitaram de autorização da diretoria para serem
contratadas, e também as despesas orçadas, cujo valor exceder em 10% do valor estipulado,
também necessitarão de autorização da diretoria.
Vale ressaltar, a constatação de informação equivocada ao contador, sendo que isto implica
no retorno incorreto para a diretoria. A solução para o fato foi que cada despesa deverá ser
apresentada isoladamente, desta forma, diminui bastante a possibilidade de haver lançamentos
com sendo “despesas diversas”, a despesa é única e tem origem e destino. Concretamente vale
ressaltar que a despesa de serviços prestados de terceiros (pessoas físicas), que representou
16,24% do total não refletia a verdade, pois, dentro desta conta estavam sendo consideradas
todas as pessoas físicas que prestavam serviços ao Sindicato, entre eles, advogado, bolsista de
informática, contador, entre outros esporádicos. Este tipo de informação, diversas despesas
lançadas em uma só conta, prejudica a análise da despesa em si, se faz necessário estudar cada
uma isoladamente, e isto foi feito.
Tudo isso, a cada etapa, faz com que a diretoria faça uma reavaliação dos processos e
responsabilidades para correção dos fluxos. Outro ponto importante a ser relatado foi o total
pago em 2005 com despesas de telefone e advogado, em ambos os casos foram criados
comissões para estudo e apresentação de possíveis soluções com objetivo de redução destas
despesas. O gráfico abaixo apresenta uma visão global das despesas de 2005, bem como, das
mais representativas.
37
17%
5%
15%
12%
1%
1%
1%16%
3%1%
0%
15%
13% AluguelTelefoneMat consumoViagens/estadiasContador
Serv. PFAlimentaçãoCorreiosCombustívelManut/ConservDesp DivsTributosDesp Bancárias
Figura 04: Gráfico das despesas realizadas no ano de 2005.
Fonte: SINAFESC.
2ª Etapa: Projeção das despesas e receitas para 2006.
A projeção das despesas para 2006 foi objeto de muita discussão com a diretoria,
tendo em vista que no levantamento das contas pagas em 2005, algumas apresentaram valores
elevados, assim sendo a diretoria criou uma comissão para elaborar uma planilha com a
projeção das despesas para o ano de 2006. Esta comissão tem como meta principal, buscar
reduzir custos sem prejudicar o funcionamento do Sindicato. Durante a elaboração das
projeções, despesas projetadas como pagamento do advogado credenciado, telefone, material
de consumo, serviços terceiros pessoas físicas, alimentação e despesas diversas foram tratadas
separadamente, tendo em vista que representavam, aproximadamente, 90% do total de
despesas do ano de 2005, como pode ser verificado no gráfico acima e no anexo 01.
O acompanhamento entre o que foi orçado e o efetivamente gasto foi acompanhado
trimestralmente, devido ao contador ter fechado o balancete trimestral. A unificação dos
períodos de apresentação das prestações das contas foi retificado e unificado junto ao
38
contador e as despesas serão fechadas mensalmente, sendo assim o acompanhamento também
será mensal, o que permite a diretoria acertar possíveis desvios de forma mais rápida.
Outro ponto que ficou definido pela diretoria foi a criação de um pedido de
autorização para despesas a serem pagas cujos valores forem maiores que 10% do valor
orçado, desta forma se fará necessária a autorização do presidente e tesoureiro para
concretizar o pagamento.
O anexo 04 apresenta a divergência, em reais (R$), entre o que foi orçado e o
efetivamente gasto, também representada graficamente na figura 06.
A figura 05 apresenta as projeções de despesas para o ano de 2006 e as despesas
efetivamente pagas, isto até o mês de maio. Podem-se verificar apenas quatro divergências
acentuadas: a conta de telefone; viagens e estadias; serviços de terceiros - pessoas físicas; e
Alimentação.
0
5
10
15
20
25
30
Alugué
l
Telef
one
Inte
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Mat
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Desp
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Estad.
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Combu
stíve
l
Projetado RealizadoFigura 05: Gráfico das despesas projetadas e realizadas no ano de 2006.
Fonte: SINAFESC.
Nas contas de telefone e alimentação a projeção ficou bem abaixo do realizado, em
ambas as contas ocorreram gastos não projetados, que segundo o presidente, responsável pela
autorização das despesas, o fato foi gerado por problemas no seminário realizado em janeiro
39
deste ano. Foram imprevistos com palestrantes de outros estados, onde foi necessário manter
vários contatos com o objetivo de adequar a agenda dos palestrantes com a programação do
seminário. Já o fato da alimentação deu-se devido ao almoço de encerramento do seminário,
que o Sindicato ofereceu aos participantes, que não estava dentro do orçamento.
Já nos itens, Viagens e estadias, e serviços de terceiros – pessoas físicas, os valores
gastos foram menores que os valores orçados. Com relação às viagens e estadias, houve troca
de hotel para realização do seminário. Troca esta que gerou uma redução de vinte por cento
no preço das estadias, e com melhor infra-estrutura para realização do seminário. Com relação
ao outro item, serviços de terceiros, A diretoria planejou a contratação dos trabalhos de um
analista de sistemas para automatizar boa parte do presente trabalho, o que acabou não
ocorrendo, pois segundo o presidente do sindicato, não houve disponibilidade de recursos.
A figura 06 apresenta as projeções das receitas para 2006 e a arrecadação efetivamente
auferida, isto até maio. Nota-se diferença relevante, porém, é evidente que as metas dos
patrocínios não foram atingidas.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Anuidades Div. Principal Div. Especial Div. Acesso Seminário Cursos Patrocínio
ProjetadoRealizado
Figura 06: Gráfico das receitas projetadas e realizadas no ano de 2006.
Fonte: SINAFESC.
40
3ª Etapa: Aperfeiçoamento do sistema de arrecadação das anuidades.
A forma que foi disponibilizada ao árbitro para que efetue o pagamento das anuidades,
via link no site do SINAFESC, foi muito bem aceita pelos árbitros. Isto foi constatado no
seminário de arbitragem realizado no início deste ano onde a diretoria abriu para debate com a
pergunta “Como ficou a forma de pagamento da anuidade 2006?” a maioria elogiou a forma
de acesso, via site, e impressão dos boletos bancários para pagamento, bem como, também
não houve reclamação por parte dos árbitros, de pagamento de anuidade, por eles efetuado, e
que por falta de controle eficaz, o sindicato mantinha o árbitro como inadimplente. Apesar de
não ser objetivo deste trabalho, conjuntamente a esta ação nasceu a idéia de criar um espaço
restrito no site do SINAFESC para todos os árbitros, onde o mesmo efetue consultas de
situações suas com o Sindicato e Federação, bem como, alterações, como cadastro, por
exemplo.
Este sistema permite que o árbitro sindicalizado ao acessar o site do SINAFESC, no
endereço www.sinafesc.com.br, navegue na opção “anuidade 2006”, e ao digitar seu CPF,
possa definir a forma que pretende efetuar o pagamento de sua anuidade, sendo que os valores
disponíveis para pagamento sempre serão pré-definidos em assembléia, conforme prevê
estatuto do Sindicato. Diariamente um estagiário recebe o arquivo retorno do Banco BESC
(arquivo onde são disponibilizadas as informações de quais boletos bancários foram pagos, ou
ainda, outras ocorrências), e transmite estas informações ao contador para lançar no balancete
do mês as origens das entradas destes recursos, bem como, dar baixa, no controle daquele
árbitro, na anuidade 2006. Paralelamente, a estagiária prepara uma relação de quem efetuou
os pagamentos para executar conferencia manual, isto até que se tenha certeza que o processo
esta funcionando sem falhas. Nas reuniões de diretoria são apresentadas tais relações dos
pagantes. Os anexos 05 e 06 que apresentam os recebimentos auferidos em 2005 e 2006,
respectivamente, evidenciam a forte evolução que houve na arrecadação das anuidades, o que
pode ser mais bem visualizado na figura 06 abaixo. O gráfico mostra as anuidades recebidas
em 2005 e as anuidades recebidas até maio de 2006. Apenas no mês de abril que a
arrecadação com anuidades foi maior em 2005 que em 2006, comprovando assim que o
sistema implantado além de ter facilitado “a vida” do árbitro, contribuiu muito para uma
melhor gestão das finanças do SINAFESC.
Financeiramente, como já foi visto na fundamentação teórica, a antecipação de receita, sem
prejuízo do valor, fortalece positivamente o fluxo de caixa, eliminando, ou diminuindo
sensivelmente a necessidade de capital de giro para a instituição.
41
0
500
1000
1500
2000
2500
JAN
FEVM
ARABR
MAI
JUN
JUL
AGOSET
OUTNOV
DEZ
Anuidades 2005Anuidades 2006
Figura 06: Gráfico das anuidades recebidas em 2005 e 2006.
Fonte: SINAFESC.
4ª Etapa: Controle de arrecadação dos percentuais sobre as taxas de arbitragem.
O controle da arrecadação dos percentuais sobre a taxa da arbitragem ficou mais
eficiente ao ser efetuado por rodada, que foi denominado “por lote”, pois, anteriormente este
controle era efetuado por partida, não sendo prático este modelo, uma vez que uma rodada é
composta de tantas partidas, de acordo com a tabela da competição. Efetua-se, então, o
controle por rodada até fechar a tabela da competição em andamento.
Inicialmente, a primeira proposta seria gerar um boleto bancário para cada partida de
futebol oficial que houvesse incidência de percentual de taxa de arbitragem para o Sindicato,
porém foi descartada em virtude dos custos. A lógica da decisão deu-se pelo fato de que no
campeonato catarinense da série principal, segundo tabela no anexo 09, ocorreram 20 rodadas,
totalizando 90 jogos, considerando o custo unitário do boleto bancário de R$ 0,15 e mais R$
1,50 por liquidação, o custo total do controle por jogos seria de R$ 148,50 (1,65 X 90),
enquanto que por rodadas o custo máximo seria de R$ 33,00 (1,65 X 20).
A forma proposta é que de posse da tabela dos jogos de cada competição, uma
estagiária alimentara uma planilha para controle da arrecadação, informando a rodada, e o
valor total a ser arrecadado, bem como a data de vencimento do boleto bancário referente a
42
cada rodada da competição. O fator data de vencimento fica prejudicado, isto devido ao atraso
do repasse dos recursos destinado a arbitragem do campeonato catarinense de futebol por
parte dos patrocinadores da competição, chegando até sessenta dias de atraso. Por este motivo
definiu-se que o vencimento destes boletos bancários será de até trinta dias após o repasse dos
recursos. Por não se saber a data dos repasses, conseqüentemente, o fluxo de caixa fica
prejudicado.
Com estas informações um boleto bancário será emitido para cada rodada. O número
deste boleto é repassado para estagiaria que controla os pagamentos efetuados na rede
bancária, para que efetue o controle dos recebimentos das referidas taxas, bem como o repasse
das informações ao contador para que este registre a origem das entradas dos recursos.
Este boleto bancário ficará de posse do tesoureiro, que efetuará o pagamento do
mesmo na rede bancária, após receber os valores referentes aos percentuais das taxas de
arbitragem, de cada rodada, do fiscal da Federação Catarinense de Futebol, responsável pela
cobrança dos valores nos jogos.
É importante salientar que a cobrança do percentual de 2% e 5% sobre a taxa da
arbitragem de cada jogo é de responsabilidade, do fiscal da Federação Catarinense de Futebol.
Ele retém os valores, organiza por rodada e posteriormente repassa ao Sindicato. Os
percentuais de 2% e 5% são definidos em assembléias gerais da instituição. Decidiu-se em
assembléia que o desconto na taxa de arbitragem seria de 2% em qualquer jogo dos
campeonatos nacionais realizados no Estado de santa Catarina, e de 5% sobre a taxa de
arbitragem dos jogos dos campeonatos Estaduais.
Apesar da decisão de controlar os percentuais da taxa de arbitragem em lotes, e da forma de
menor custo, houve considerável aumento nas despesas bancárias devido ao aumento de
utilização de boletos bancários, vale salientar que não houve aumento no preço do serviço
prestado pelo banco parceiro. O aumento na despesa não foi unicamente devido à forma de
controle da arrecadação dos percentuais das taxas de arbitragem escolhido, outro fator foi o
aumento no pagamento das anuidades, conforme foi apresentado na terceira etapa e ilustrado
na figura 06.
43
5ª Etapa: Sugestão de um plano de contas
Quanto à sugestão do plano de contas para o SINAFESC, o contador sugeriu e foi
aceito pela diretoria, a utilização de um plano de contas completo já existente no sistema
utilizado pelo contador, e doravante pelo Sindicato. O plano de contas é completo e para toda
despesa efetuada no Sindicato, consequentemente haverá uma conta no plano para ser
lançada.
Outras medidas foram tomadas durante a execução deste projeto, uma delas foi a
suspensão dos pagamentos ao Advogado credenciado pelo Sindicato, sendo que o mesmo
recebia a quantia mensal equivalente a um salário mínimo, gerando uma despesa anual de
doze salários mínimos, considerada alta pela diretoria. Esta sendo negociado novo valor com
redução de custos para o sindicato e que o advogado aceite para prestar os serviços.
Outro resultado foi o estudo feito na despesa com telefone, havia duas linhas
telefônicas, sendo uma delas para uso geral e fax e outra para uso geral e internet discada.
Após levantamento das despesas com telefone em 2005, projetados custos com o
cancelamento de uma das linhas e assinatura de internet banda larga, a diretoria optou por
ficar com uma única linha telefônica e assinar internet banda larga, pois a redução de custos
apresentada foi de R$ 780,00/ano. Este valor foi apurado com base na média mensal dos
pagamentos efetuados deste telefone (o proposto a ser cortado), subtraindo das despesas
orçadas na BR Turbo para assinatura de contrato de prestação de serviços de internet Banda
Larga.
A diretoria do sindicato está bastante satisfeita com o projeto, porém saliente que
espera ver o projeto sendo executado na integra e de forma automática, ou seja, a parte
operacional ainda precisa ser ajustada com melhor treinamento aos estagiários, e
principalmente, que o processo, de forma geral, possa ser mais automatizado, ou seja, que o
arquivo retorno possa alimentar, automaticamente, o arquivo de controle de adimplentes e
inadimplentes, que possa passar as informações quantitativas e qualitativas ao contador, que
por sua vez alimentaria informações financeiras à diretoria.
O Sindicato de Árbitros de Futebol do Estado de Santa Catarina, após a implantação
completa deste projeto de orçamento financeiro, com certeza, terá a sua disposição
informações e ferramentas para uma melhor gestão das finanças e projetos, bem como a
satisfação do associado no que diz respeito à transparência de informações financeiras, entre
outras.
44
Mesmo que não tenha objetivo de fins lucrativos, com as informações das contas
pagas no mês e a relação destas com o que foi orçado permite que a diretoria discuta e
programe ações corretivas muito rapidamente, impedindo investimentos incorretos e aumento
de custo e endividamento.
Como sugestão para a diretoria do Sindicato, fica a idéia, que por sinal foi muito
questionada pelos árbitros durante a realização deste trabalho, sobre o pagamento de 0,5%
(meio por cento) do total da renda da partida de futebol seria paga aos árbitros. Esta sugestão,
além de remunerar melhor a arbitragem catarinense, de acordo com o grau de importância da
partida, aumentaria a arrecadação do Sindicato. Como exemplo, no Campeonato Catarinense
da série principal de 2006, a título de renda, foi arrecadado o montante de R$ 2.005.348,00,
vide anexo 09, logo, com a sugestão proposta, 0,5% deste montante, ou seja, R$ 10.026,74,
seria pago aos árbitros que atuaram nas respectivas partidas, e consequentemente, cinco por
cento deste valor, ou seja, R$ 501,34, seria repassado ao Sindicato, conforme processo
descrito na etapa 4. Esta prática, de destinar 0,5% da renda da partida como pagamento
adicional aos árbitros já ocorre no Estado do Paraná. Conseqüentemente, a arrecadação com
os percentuais sobre a taxa da arbitragem aumenta. Os valores descritos acima são de apenas
um campeonato no Estado durante o ano, como são cinco campeonatos fica a certeza de
aumentar a arrecadação do Sindicato.
Outra sugestão seria a automatização dos processos, ou seja, a informática deveria ser
usada como ferramenta para aperfeiçoar os processos e controles e assim agilizar as
informações, gerando relatórios gerenciais por etapas, ficando assim o sistema com o mínimo
de dependência de intervenção externa para seu funcionamento na íntegra.
O SINAFESC também deveria disponibilizar em seu site todas as informações
relativas à parte financeira, para que cada sindicalizado possa, de maneira on-line, interagir
diante destas informações, não ficando estes sem acesso a estas informações até a assembléia
anual para aprovação de contas.
Por último, recomenda-se que o SINAFESC busque eliminar os impedimentos
existentes, se qualificando perante a lei, para poder receber recursos destinados ao esporte
pelo Governo Federal, com isto poderia elaborar um Planejamento Financeiro adequado a
suas necessidades.
45
Como resultado deste trabalho pode-se observar que houve sensível melhora na
arrecadação das anuidades em 2006, conforme apresentado na figura 06 “gráfico das
anuidades recebidas em 2005 e 2006”.
Segundo os árbitros, cerca de 40, e da diretoria do Sindicato, o fator transparência na
gestão financeira foi outro ponto observado, o que ficará ainda melhor com a divulgação dos
balancetes mensais no site do SINAFESC.
Outro fator de suma importância foi a segurança, pois, com a implantação de boletos
bancários como ferramentas de arrecadação, deixou de haver circulação de dinheiro em
espécie dentro do Sindicato, fato que gerava muita insegurança à diretoria.
Por último, o fato da necessidade de autorização para a realização de despesas não
previstas, ou pagamento das despesas orçadas, cujo valor estiver acima de 15% do valor
previsto, eliminou vários imprevistos e gerando maior pontualidade nos pagamentos das
contas do sindicato.
Com certeza a gestão financeira do Sindicato de Árbitros de Futebol do Estado de
Santa Catarina ficou bem melhor com a implantação deste projeto, e certamente ficará ainda
melhor com os aprimoramentos que se pretende fazer, principalmente com relação a
automatização.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de tomada de decisão financeira implica em identificar prioridades e
objetivos. Assim as empresas, mesmo do terceiro setor, precisam incluir em seu planejamento
o gerenciamento preciso das entradas e saídas de recursos para evitar o desequilíbrio
financeiro. Pois a instituição pode estar buscando a realização de novos projetos sem ter
recursos para isto.
Muitas vezes o que se observa na prática é que o recurso utilizado para o
financiamento de um projeto é sempre o mais fácil de obter, empréstimos de curto prazo,
conta garantida, e até o cheque especial. Entretanto, essas fontes são reconhecidamente caras.
O ramo de atuação do Sindicato não é competitivo, por ser do terceiro setor, e sem fins
lucrativos, logo a tomada de decisão deve ser cautelosa, baseada sempre, de forma
conservadora, nas suas projeções de arrecadação, pois do contrário, poderá estar iniciando um
lento e gradual período de deterioração dos indicadores que poderiam resultar, a médio e a
longo prazos, em crescentes déficits.
A necessidade de gestores com conhecimento e tempo a dedicar ao terceiro setor é
fator muito importante, tendo em vista a pequena quantidade de literatura e estudos neste
setor, segundo Benício (2001). Igualmente, saber sua dimensão em termos de recursos
movimentados, a sua estrutura interna, sua relação com outros setores da economia e da
sociedade e o dinamismo de suas atividades tornou-se uma prioridade para que se possa dar
visibilidade ao terceiro setor.
Ter pleno domínio destas informações, e divulgá-las, torna mais fácil o diálogo em
termos de parcerias e apoio de outros setores da sociedade, principalmente quanto ao papel
que as entidades do terceiro setor podem assumir em termos de colaborar para a construção de
uma sociedade mais fraterna.
Um bom sistema de informação, principalmente de controle financeiro representa uma
ferramenta decisiva para alcançar o sucesso ou insucesso de uma entidade (BENÍCIO, 2001).
E em resposta a estes processos de mudanças exigidos por um ambiente mais competitivo,
não pode ser mais vista como uma simples inferência ou observação descomprometida.
47
Portanto, as informações geradas nas entidades através deste sistema de informação
assumem exatamente o caráter de suporte informativo adequado, pois propiciam aos gestores
a percepção de que a eficiência e a eficácia empresarial figuram como uma necessidade
contínua.
Desse modo, é natural afirmar que a qualidade da informação reflete diretamente na
decisão a ser tomada, e para que este reflexo seja positivo, é necessário que as pessoas
envolvidas estejam conscientes disso e que a entidade trabalhe com o intuito de obter
informações que sejam ao mesmo tempo confiáveis, compreensíveis, relevantes, consistentes
possibilitando à comparabilidade, trazendo mais benefícios que custo para obtê-las e assim
torná-las úteis para o gestor.
Ao finalizar este trabalho, fica a certeza de ter adquirido maior conhecimento sobre o
assunto apresentado, ou seja, gestão financeira no terceiro setor. Entre o material encontrado e
pesquisado foi notória a necessidade, por parte de entidades do terceiro setor, de projetos com
o intuito de angariar recursos, seja por parcerias, ou simplesmente prestação de serviços.
Sabendo, com isso, oferecer benefícios fiscais existentes na legislação para empresas privadas
que firmam tais parcerias. Ficam então a sugestões para trabalhos acadêmicas futuros sobre o
assunto.
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51
Anexos
Anexo 01 - Relação de pagamentos efetuados em 2005
Anexo 02 - Projeção de pagamentos a serem efetuados em 2006
Anexo 03 - Pagamentos efetuados em 2006
Anexo 04 - Acompanhamento entre orçado e o pagamento efetuado em 2006
Anexo 05 - Recebimentos auferidos em 2005
Anexo 06 - Recebimentos auferidos em 2006
Anexo 07 - Projeção da arrecadação para 2006
Anexo 08 – Controle entre a arrecadação projetada e a realizada em 2006
Anexo 09 - Estatística do Campeonato Catarinense série Principal de 2006
52
ANEXO 01 RELAÇÃO DE PAGAMENTOS EFETUADOS EM 2005
MESES
DESPESA JAN. FEV. MAR ABR. MAI JUN. JUL. AGO. SET OUT. NOV. DEZ TOTAL %
Aluguel 300,00 0,00 0,00 120,00 240,00 0,00 0,00 0,00 0,00 240,00 0,00 180,00 1.080,00 2,53
Energia eu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Comunicação 552,39 39,00 467,71 551,47 0,00 725,66 417,20 990,17 49,50 768,63 841,28 186,65 5.589,66 13,07
mat consumo 0,00 899,30 0,00 0,00 1.260,00 1.480,00 0,00 1.855,87 300,00 415,40 25,00 130,00 6.365,57 14,89
viagens e estadias 880,00 5.240,95 0,00 160,00 128,26 0,00 0,00 300,00 0,00 0,00 225,70 580,00 7.514,91 17,58
honorários contador 840,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.200,00 0,00 0,00 0,00 2.040,00 4,77
serv terceiros PF 832,00 380,00 0,00 900,00 290,00 311,95 273,50 287,50 2.290,00 296,40 550,00 530,00 6.941,35 16,24
serv terceiros PJ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Alimentação 0,00 4.822,50 0,00 0,00 0,00 0,00 72,05 0,00 0,00 0,00 0,00 60,00 4.954,55 11,59
Correios e malote 0,00 0,00 0,00 0,00 20,93 68,22 80,77 0,00 0,00 59,75 0,00 0,00 229,67 0,54
Propaganda e publ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ANAF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Combust e lubrif 100,00 154,20 0,00 50,00 180,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 70,00 50,00 604,20 1,41
Manutenção e conserv 0,00 0,00 0,00 0,00 290,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 290,00 0,68
Despesas diversas 252,65 846,00 1.629,95 158,90 359,05 303,50 100,00 0,00 2.174,59 535,75 80,05 200,04 6.640,48 15,53
Impostos e tx divs 14,26 49,84 6,50 11,36 8,52 9,24 24,63 36,29 28,86 7,85 14,84 202,74 414,93 0,97
desp bancárias 15,00 5,00 5,00 5,00 5,00 13,36 3,75 5,63 5,63 7,50 7,50 7,50 85,87 0,20
0,00
TOTAL 3.786,30 12.436,79 2.109,16 1.956,73 2.781,76 2.911,93 971,90 3.475,46 6.048,58 2.331,28 1.814,37 2.126,93 42.751,19 100,00
53
ANEXO 02 PROJEÇÃO DE PAGAMENTOS A SEREM EFETUADOS EM 2006
MESES
DESPESA JAN. FEV. MAR. ABR. MAI JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. TOTAL %
Aluguel 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 720,00 1,90
Energia eletr. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Comunicação 380,00 390,00 410,00 410,00 410,00 420,00 420,00 420,00 410,00 410,00 400,00 400,00 4.880,00 12,85
Internet 0,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 97,00 80,00 1.050,00 2,77
Mat escritório 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 240,00 0,63
Mat Informática 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 432,00 1,14
Viagens e estadias 5.200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 580,00 6.280,00 16,54 Honorários Advogado 300,00 300,00 300,00 300,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 4.000,00 10,54
Honorários Contador 150,00 150,00 150,00 150,00 175,00 175,00 175,00 175,00 175,00 175,00 175,00 175,00 2.000,00 5,27
Serv terceiros PF 832,00 380,00 0,00 900,00 290,00 311,95 273,50 287,50 2.290,00 296,40 550,00 530,00 6.941,35 18,28
Serv terceiros PJ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Alimentação 1.600,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 2.260,00 5,95
Correios e malote 40,00 40,00 0,00 0,00 0,00 80,00 40,00 0,00 0,00 0,00 30,00 40,00 270,00 0,71
Propaganda e publ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Xérox 280,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 180,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 610,00 1,61
ANAF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Combust e lubrif 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 600,00 1,58 Manutenção e conserv 0,00 0,00 90,00 0,00 0,00 90,00 0,00 0,00 90,00 0,00 0,00 90,00 360,00 0,95
Despesas diversas 252,65 846,00 1.629,95 158,90 359,05 303,50 100,00 0,00 2.174,59 535,75 80,05 200,04 6.640,48 17,49
Impostos e tx divs 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 34,00 408,00 1,07
Desp bancárias 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 276,00 0,73
9.257,65 2.501,00 2.974,95 2.313,90 1.979,05 2.625,45 1.918,50 1.627,50 5.884,59 2.162,15 1.980,05 2.743,04 37.967,83 100,00
54
ANEXO 03 PAGAMENTOS EFETUADOS EM 2006
MESES
DESPESA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL %
Aluguel 60,00 0,00 120,00 60,00 60,00 300,00 1,37
Energia eletr. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Comunicação 689,21 765,23 842,85 701,46 523,12 3.521,87 16,11
Internet 0,00 0,00 0,00 77,90 77,90 155,80 0,71
Mat escritório 23,80 67,50 23,45 16,89 11,46 143,10 0,65
Mat Informática 0,00 76,00 12,00 0,00 82,00 170,00 0,78
Viagens e estadias 4.642,31 79,90 0,00 0,00 0,00 4.722,21 21,60 Honorários Advogado 600,00 300,00 0,00 600,00 350,00 1.850,00 8,46
Honorários Contador 150,00 0,00 150,00 300,00 0,00 600,00 2,74
Serv terceiros PF 82,00 100,00 100,00 100,00 100,00 482,00 2,20
Serv terceiros PJ 0,00 142,21 0,00 220,00 0,00 362,21 1,66
Alimentação 0,00 4.822,50 0,00 0,00 0,00 4.822,50 22,06
Correios e malote 42,20 76,00 0,00 12,80 20,93 151,93 0,69
Propaganda e publ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Xérox 12,60 11,30 12,30 10,00 22,40 68,60 0,31
ANAF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Combust e lubrif 100,00 154,20 0,00 50,00 180,00 484,20 2,21 Manutenção e conserv 0,00 0,00 0,00 0,00 290,00 290,00 1,33
Despesas diversas 252,65 846,00 1.629,95 158,90 359,05 3.246,55 14,85
Impostos e tx divs 14,26 49,84 36,55 11,36 18,52 130,53 0,60
Desp bancárias 15,00 83,42 121,87 98,60 42,12 361,01 1,65
TOTAL 6.684,03 7.574,10 3.048,97 2.417,91 2.137,50 21.862,51 100,00
55
ANEXO 04 ACOMPANHAMENTO ENTRE ORÇADO E APLICADO EM 2006
MESES
DESPESA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Aluguel 0,00 60,00 (60,00) 0,00 0,00 0,00
Energia eletr. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Comunicação (309,21) (375,23) (432,85) (291,46) (113,12) (1.521,87)
Internet 0,00 97,00 97,00 19,10 19,10 232,20
Mat escritório (3,80) (47,50) (3,45) 3,11 8,54 (43,10)
Mat Informática 36,00 (40,00) 24,00 36,00 (46,00) 10,00
Viagens e estadias 557,69 (79,90) 0,00 0,00 0,00 477,79 Honorários Advogado (300,00) 0,00 300,00 (300,00) 0,00 (300,00)
Honorários Contador 0,00 150,00 0,00 (150,00) 175,00 175,00
Serv terceiros PF 750,00 280,00 (100,00) 800,00 190,00 1.920,00
Serv terceiros PJ 0,00 (142,21) 0,00 (220,00) 0,00 (362,21)
Alimentação 1.600,00 (4.762,50) 60,00 60,00 60,00 (2.982,50)
Correios e malote (2,20) (36,00) 0,00 (12,80) (20,93) (71,93)
Propaganda e publ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Xerox 267,40 3,70 2,70 5,00 (7,40) 271,40
ANAF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Combust e lubrif (50,00) (104,20) 50,00 0,00 (130,00) (234,20) Manutenção e conserv 0,00 0,00 90,00 0,00 (290,00) (200,00)
Despesas diversas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Impostos e tx divs 19,74 (15,84) (2,55) 22,64 15,48 39,47
Desp bancárias 8,00 (60,42) (98,87) (75,60) (19,12)
DESVIO TOTAL 2.573,62 (5.073,10) (74,02) (104,01) (158,45) (2.589,95)
56
ANEXO 05 RECEBIMENTOS AUFERIDOS EM 2005 MESES
ARRECADAÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Anuidades 960,00 1.520,00 1.280,00 1.520,00 960,00 400,00 720,00 880,00 1.120,00 720,00 560,00 1.360,00 12.000,00
Divisão Principal 520,00 1.300,00 1.950,00 1.350,00 730,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.850,00
Divisão Especial 0,00 0,00 0,00 0,00 225,00 375,00 450,00 450,00 525,00 412,50 675,00 487,50 3.600,00
Divisão de acesso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 156,00 416,00 442,00 234,00 234,00 208,00 1.690,00
Seminário 3.840,00 3.280,00 1.840,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.960,00
Cursos 0,00 0,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.000,00
Patrocínio 2.500,00 1.250,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.750,00
TOTAL 7.820,00 7.350,00 6.320,00 4.120,00 3.165,00 2.025,00 1.326,00 1.746,00 2.087,00 1.366,50 1.469,00 2.055,50 40.850,00
57
ANEXO 06 RECEBIMENTOS AUFERIDOS EM 2006
MESES
ARRECADAÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Anuidades 1.800,00 1.620,00 1.980,00 1.260,00 1.440,00 8.100,00
Divisão Principal 424,50 1.132,00 1.627,25 1.415,00 1.768,75 6.367,50
Divisão Especial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Divisão de acesso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Seminário 3.900,00 2.800,00 1.600,00 300,00 0,00 8.600,00
Cursos 0,00 0,00 1.900,00 1.700,00 2.100,00 5.700,00
Patrocínio 0,00 1.200,00 0,00 0,00 1.200,00
TOTAL 6.124,50 6.752,00 7.107,25 4.675,00 5.308,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 29.967,50
58
ANEXO 07 PROJEÇÃO DA ARRECADAÇÃO PARA 2006
MESES
ARRECADAÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Anuidades 3.200,00 2.000,00 2.000,00 1.350,00 1.350,00 1.350,00 1.350,00 900,00 900,00 0,00 0,00 0,00 14.400,00
Divisão Principal 1.354,00 1.760,20 1.760,20 1.493,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.367,50
Divisão Especial 0,00 0,00 0,00 0,00 960,00 1.440,00 480,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.880,00
Divisão de acesso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 400,00 400,00 400,00 215,00 1.415,00
Seminário 5.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.000,00
Cursos 0,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12.000,00
Patrocínio 5.000,00 3.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00 10.000,00 0,00 0,00 28.000,00
TOTAL 14.554,00 11.760,20 7.760,20 5.843,10 5.310,00 2.790,00 1.830,00 900,00 11.300,00 10.400,00 400,00 215,00 73.062,50
59
ANEXO 08 CONTROLE ENTRE A ARRECADAÇÃO PROJETADA E A REALIZADA EM 2006
MESES
ARRECADAÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Anuidades (1.400,00) (380,00) (20,00) (90,00) 90,00 (1.800,00)
Divisão Principal (929,50) (628,20) (132,95) (78,10) 1.768,75 0,00
Divisão Especial 0,00 0,00 0,00 0,00 (960,00) (960,00)
Divisão de acesso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Seminário (1.100,00) 800,00 600,00 300,00 0,00 600,00
Cursos 0,00 (3.000,00) (1.100,00) (1.300,00) (900,00) (6.300,00)
Patrocínio (5.000,00) (1.800,00) 0,00 0,00 0,00 (6.800,00)
DESVIO TOTAL (8.429,50) (5.008,20) (652,95) (1.168,10) (1,25) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 (15.260,00)
60
ANEXO 09 Estatística do Campeonato Catarinense série Principal de 2006.
Público e Renda Divisão Principal - 2006 Classificação público:
Pos. Clube Público 1º Joinville Esporte Clube 72.725 2º Figueirense Futebol Clube 54.808 3º Avai Futebol Clube 32.666 4º Clube Atlético Metropolitano 26.627 5º Grêmio Esportivo Juventus 19.713 6º Criciúma Esporte Clube 14.590 7º Associação Chapecoense de Futebol 12.869 8º Brusque Futebol Clube 11.909 9º Clube Náutico Marcílio Dias 11.194 10º Clube Atlético Hermann Aichinger 8.275 11º Sociedade Esportiva Recreativa Cultural
Guarani 2.637
12º Caxias Futebol Clube 1.695
Total 269.708 Média de público
Pos. Clube Público 1º Joinville Esporte Clube 7.272 2º Figueirense Futebol Clube 5.480 3º Avai Futebol Clube 4.083 4º Clube Atlético Metropolitano 3.328 5º Criciúma Esporte Clube 2.918 6º Associação Chapecoense de Futebol 2.573 7º Grêmio Esportivo Juventus 2.190 8º Brusque Futebol Clube 1.488 9º Clube Náutico Marcílio Dias 1.399 10º Clube Atlético Hermann Aichinger 919 11º Sociedade Esportiva Recreativa Cultural
Guarani 527
12º Caxias Futebol Clube 339
Classificação renda: Pos. Clube Renda 1º Figueirense Futebol Clube R$ 622.595.00 2º Joinville Esporte Clube R$ 484.540.00 3º Avai Futebol clube R$ 278.386.50 4º Clube Atlético Metropolitano R$ 169.992.00 5º Criciúma Esporte Clube R$ 104.287.00 6º Grêmio Esportivo Juventus R$ 96.806.50 7º Associação chapecoense de Futebol R$ 65.608.00 8º Brusque Futebol Clube R$ 53.553.00 9º Clube Náutico Marcílio Dias R$ 52.993.00 10º Clube Atlético Hermann Aichinger R$ 42.130.00 11º Sociedade Esportiva Recreativa Cultural
Guarani R$ 22.362.50
12º Caxias Futebol Clube R$ 12.094.50
Total: R$ 2.005.348.00 Média de renda:
Pos. Clubes Renda Jogos
61
1º Figueirense Futebol Clube R$ 62.259.50 10 jogos
2º Joinville Esporte Clube R$ 48.454.00 10 jogos
3º Avai Futebol Clube R$ 34.798.32 08 jogos
4º Clube Atlético Metropolitano
R$ 21.249.00 08 jogos
5º Criciúma Esporte Clube R$ 20.857.40 05 jogos
6º Associação Chapecoense de Futebol
R$ 13.121.60 05 jogos
7º Grêmio Esportivo Juventus R$ 10.756.28 09 jogos
8º Brusque Futebol Clube R$ 6.694.13 08 jogos
9º Clube Náutico Marcílio Dias R$ 6.624.13 08 jogos
10º Clube Atlético Hermann Aichinger
R$ 4.681.12 09 jogos
11º Sociedade Esportiva
Recreativa Cultural Guarani R$ 4.472.50 05 jogos
12º Caxias Futebol Clube R$ 2.418.90 05 jogos
CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL SÉRIE A1 2005
1ª FASE HEXAGONAL
Nº. Gr. Datas Horários 1ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
1 23/01/05 – D 16 horas Avaí X Hermann Aichinger
Aderbal Ramos Silva Fpolis 2 A 23/01/05 – D 16 horas União X Figueirense
Complexo Esportivo Timbó 3 23/01/05 – D 16 horas Chapecoense X Guarani
Índio Condá Chapecó 4 26/01/05 – 4a. 20h30min Marcílio Dias X Criciúma
Dr. Hercílio Luz Itajaí 5 B 26/01/05 – 4a. 20h30min Joinville X Metropolitano
Arena Joinville 6 26/01/05 – 4a. 20h30min Lages X Tubarão
Vidal Ramos Júnior Lages Nº. Gr. Datas Horários 2ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
7 26/01/05 – 4a. 20h30min Guarani X Avaí
Renato Silveira Palhoça 8 A 26/01/05 – 4a. 20h30min Figueirense X Chapecoense
Orlando Scarpelli Fpolis 9 26/01/05 – 4a. 20h30min Hermann
Aichinger X União
Hermann Aichinger Ibirama 10 30/01/05 – D. 16 horas Tubarão X Marcílio Dias
Domingos Gonzales Tubarão 11 B 30/01/05 – D. 16 horas Metropolitano X Lages
SESI Blumenau 12 30/01/05 – D. 16 horas Criciúma X Joinville
Heriberto Hülse Criciúma Nº. Gr. Datas Horários 3ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
13 30/01/05 – D. 16 horas Avaí X União
Aderbal Ramos Silva Fpolis 14 A 30/01/05 – D. 16 horas Chapecoense X Hermann Aichinger
Índio Condá Chapecó 15 30/01/05 – D. 16 horas Guarani X Figueirense
Renato Silveira Palhoça 16 02/02/05 – 4a. 20h30min Marcílio Dias X Joinville
Dr. Hercílio Luz Itajaí 17 B 02/02/05 – 4a. 20h30min Lages X Criciúma
Vidal Ramos Júnior Lages
62
18 02/02/05 – 4a. 20h30min Tubarão X Metropolitano
Domingos Gonzales Tubarão Nº. Gr. Datas Horários 4ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
19 02/02/05 – 4a. 20h30min Figueirense X Avaí
Orlando Scarpelli Fpolis 20 A 02/02/05 – 4a. 20h30min Hermann
Aichinger X Guarani
Hermann Aichinger Ibirama 21 02/02/05 – 4a. 20h30min União X Chapecoense
Complexo Esportivo Timbó 22 05/02/05 – S. 16 horas Metropolitano X Marcílio Dias
SESI Blumenau 23 B 05/02/05 – S. 16 horas Criciúma X Tubarão
Heriberto Hülse Criciúma 24 05/02/05 – S. 16 horas Joinville X Lages
Arena Joinville Nº. Gr. Datas Horários 5ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
25 05/02/05 – S. 16 horas Chapecoense X Avaí
Índio Condá Chapecó 26 A 05/02/05 – S. 16 horas Guarani X União
Renato Silveira Palhoça 27 05/02/05 – S. 16 horas Hermann
Aichinger X Figueirense
Hermann Aichinger Ibirama 28 09/02/05 – 4a. 20h30min Lages X Marcílio Dias
Vidal Ramos Júnior Lages 29 B 09/02/05 – 4a. 20h30min Tubarão X Joinville
Domingos Gonzales Tubarão 30 09/02/05 – 4a. 20h30min Criciúma X Metropolitano
Heriberto Hülse Criciúma
CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL SÉRIE A1 2005
1ª FASE HEXAGONAL
Nº. Gr. Datas Horários 1ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
31 09/02/05 – 4a. 20h30min Avaí X Chapecoense Aderbal Ramos Silva Fpolis
32 A 09/02/05 – 4a. 20h30min União X Guarani Complexo Esportivo Timbó
33 09/02/05 – 4a. 20h30min Figueirense X Hermann Aichinger Orlando Scarpelli Fpolis
34 13/02/05 – D. 16 horas Marcílio Dias X Lages Dr. Hercílio Luz Itajaí
35 B 13/02/05 – D. 16 horas Joinville X Tubarão Arena Joinville
36 13/02/05 – D. 16 horas Metropolitano X Criciúma SESI Blumenau
Nº. Gr. Datas Horários 2ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
37 13/02/05 – D. 16 horas Avaí X Figueirense Aderbal Ramos Silva Fpolis
38 A 13/02/05 – D. 16 horas Guarani X Hermann Aichinger Renato Silveira Palhoça
39 13/02/05 – D. 16 horas Chapecoense X União Índio Condá Chapecó
40 16/02/05 – 4a. 20h30min Marcílio Dias X Metropolitano Dr. Hercílio Luz Itajaí
41 B 16/02/05 – 4a. 20h30min Tubarão X Criciúma Domingos Gonzales Tubarão
42 16/02/05 – 4a. 20h30min Lages X Joinville Vidal Ramos Júnior Lages
Nº. Gr. Datas Horários 3ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
43 20/02/05 – D. 16 horas União X Avaí Complexo Esportivo Timbó
44 A 20/02/05 – D. 16 horas Hermann Aichinger
X Chapecoense Hermann Aichinger Ibirama
45 20/02/05 – D. 16 horas Figueirense X Guarani Orlando Scarpelli Fpolis
63
46 20/02/05 – D. 16 horas Joinville X Marcílio Dias Arena Joinville
47 B 20/02/05 – D. 16 horas Criciúma X Lages Heriberto Hülse Criciúma
48 20/02/05 – D. 16 horas Metropolitano X Tubarão SESI Blumenau
Nº. Gr. Datas Horários 4ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
49 23/02/05 – 4a. 20h30min Avaí X Guarani Aderbal Ramos Silva Fpolis
50 A 23/02/05 – 4a. 20h30min Chapecoense X Figueirense Índio Condá Chapecó
51 23/02/05 – 4a. 20h30min União X Hermann Aichinger Complexo Esportivo Timbó
52 23/02/05 – 4a. 20h30min Marcílio Dias X Tubarão Dr. Hercílio Luz Itajaí
53 B 23/02/05 – 4a. 20h30min Lages X Metropolitano Vidal Ramos Júnior Lages
54 23/02/05 – 4a. 20h30min Joinville X Criciúma Arena Joinville
Nº. Gr. Datas Horários 5ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
55 27/02/05 – D. 16 horas Hermann Aichinger
X Avaí Hermann Aichinger Ibirama
56 A 27/02/05 – D. 16 horas Figueirense X União Orlando Scarpelli Fpolis
57 27/02/05 – D. 16 horas Guarani X Chapecoense Renato Silveira Palhoça
58 27/02/05 – D. 16 horas Criciúma X Marcílio Dias Heriberto Hülse Criciúma
59 B 27/02/05 – D. 16 horas Metropolitano X Joinville SESI Blumenau
60 27/02/05 – D. 16 horas Tubarão X Lages Domingos Gonzales Tubarão
CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL SÉRIE A1 2005
2ª FASE QUADRANGULAR
Nº. Gr. Datas Horários 1ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
61 06/03/05 – D. 16 horas 3o. colocado Gr. A
X 1o. colocado Gr. A
62
C
06/03/05 – D. 16 horas 4o. colocado Gr. B
X 2o. colocado Gr. B
63 06/03/05 – D. 16 horas 3o. colocado Gr. B
X 1o. colocado Gr. B
64
D
06/03/05 – D. 16 horas 4o. colocado Gr. A
X 2o. colocado Gr. A
Nº. Gr. Datas Horários 2ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
65 13/03/05 – D. 16 horas 1o. colocado Gr. A
X 4o. colocado Gr. B
66
C
13/03/05 – D. 16 horas 2o. colocado Gr. B
X 3o. colocado Gr. A
67 13/03/05 – D. 16 horas 1o. colocado Gr. B
X 4o. colocado Gr. A
68
D
13/03/05 – D. 16 horas 2o. colocado Gr. A
X 3o. colocado Gr. B
Nº. Gr. Datas Horários 3ª RODADA - TURNO Estádios Municípios
69 20/03/05 – D. 16 horas 2o. colocado Gr. B
X 1o. colocado Gr. A
70
C
20/03/05 – D. 16 horas 3o. colocado Gr. A
X 4o. colocado Gr. B
71 20/03/05 – D. 16 horas 2o. colocado Gr. A
X 1o. colocado Gr. B
72
D
20/03/05 – D. 16 horas 3o. colocado Gr. B
X 4o. colocado Gr. A
2ª FASE QUADRANGULAR
64
Nº. Gr. Datas Horários 1ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
73 23/03/05 – 4a. 20h30min 1o. colocado Gr. A
X 2o. colocado Gr. B
74
C
23/03/05 – 4a. 20h30min 4o. colocado Gr. B
X 3o. colocado Gr. A
75 23/03/05 – 4a. 20h30min 1o. colocado Gr. B
X 2o. colocado Gr. A
76
D
23/03/05 – 4a. 20h30min 4o. colocado Gr. A
X 3o. colocado Gr. B
Nº. Gr. Datas Horários 2ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
77 26/03/05 – S. 16 horas 4o. colocado do Gr. B
X 1o. colocado Gr. A
78
C
26/03/05 – S. 16 horas 3o. colocado do Gr. A
X 2o. colocado Gr. B
79 26/03/05 – S. 16 horas 4o. colocado Gr. A
X 1o. colocado Gr. B
80
D
26/03/05 – S. 16 horas 3o. colocado Gr. B
X 2o. colocado Gr. A
Nº. Gr. Datas Horários 3ª RODADA - RETURNO Estádios Municípios
81 29/03/05 – 3a. 20h30min 1o. colocado Gr. A
X 3o. colocado Gr. A
82
C
29/03/05 – 3a. 20h30min 2o. colocado Gr. B
X 4o. colocado Gr. B
83 29/03/05 – 3a. 20h30min 1o. colocado Gr. B
X 3o. colocado Gr. B
84
D
29/03/05 – 3a. 20h30min 2o. colocado Gr. A
X 4o. colocado Gr. A
CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL SÉRIE A1 2005
3ª FASE SEMIFINAL
Nº. Gr. Datas Horários JOGOS DE IDA Estádios Municípios
85 E 31/03/05 – 5a. 20h30min 2o. colocado Gr. D
X 1o. colocado Gr. C
86 F 31/03/05 – 5a. 20h30min 2o. colocado Gr. C
X 1o. colocado Gr. D
Nº. Gr. Datas Horários JOGOS DE VOLTA Estádios Municípios
87 E 03/04/05 – D. 16 horas 1o. colocado Gr. C
X 2o. colocado Gr. D
88 F 03/04/05 – D. 16 horas 1o. colocado Gr. D
X 2o. colocado Gr. C
4ª FASE FINAL
Nº. Datas Horários JOGOS DE IDA Estádios Municípios
89 10/04/05 – D. 16 horas Venc.
grupo E ou F
X Venc. grupo E ou
F Nº. Datas Horários JOGOS DE VOLTA Estádios Municípios
90 17/04/05 – D. 16 horas Venc.
grupo E ou F
X Venc. grupo E ou
F