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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE GALLASINI FURTADO PROJETO EDITORIAL: REVISTA DE ARTESANATO PARA EDITORA ABRIL Balneário Camboriú 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CAROLINE GALLASINI FURTADO

PROJETO EDITORIAL: REVISTA DE ARTESANATO PARA EDITORA ABRIL

Balneário Camboriú 2009

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CAROLINE GALLASINI FURTADO

PROJETO EDITORIAL: REVISTA DE ARTESANATO PARA EDITORA ABRIL Trabalho de graduação interdisciplinar apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico – Habilitação em Comunicação Visual Corporativa, pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. Orientadora: Carla Arcoverde de Aguiar Neves

Balneário Camboriú 2009

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AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo;

Aos meus pais pelo amor que sempre me dedicaram, em especial pela

compreensão e apoio desde o início dessa trajetória, meu reconhecimento

e amor eterno;

Aos amigos que foram companheiros dessa jornada, os ‘’poios’’ Carmel,

Felipe, Paulo e Ticyana. Agradeço pela ajuda, apoio, incentivo e

colaboração em todos os momentos;

Agradeço também aos outros amigos que acompanharam e estiveram

sempre presentes nos momentos de alegria e descontração;

Às tias, Norma e Venilda, que sempre me incentivaram, acreditaram no

meu potencial e foram muito importantes para que eu pudesse chegar ao

final dessa etapa;

A minha orientadora pela paciência, dedicação e por aceitar guiar-me

nesse caminho;

Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram, porque sem esses nada

disso seria possível.

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RESUMO

O presente relatório descreve o projeto editorial do desenvolvimento de uma revista de artesanato

regional para Editora Abril. A revista tem como proposta divulgar esse tipo de manifestação cultural

pouco explorada pelo ramo. No decorrer deste relatório será relatado desde o processo das pesquisas,

passando pela conceituação, gerações de alternativas até chegar ao resultado final da proposta com

todas as análises das devidas funções e especificações.

Palavras-chave: Projeto Editorial, Revista, Artesanato.

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ABSTRACT

This report describes the project's editorial development of a revised regional crafts for Editora Abril. The revised proposal is to disseminate this type of cultural event little exploited by the industry. Throughout this report will be reported since the process of research, from conceptualization, generation of alternatives until the outcome of the proposal with all the necessary analysis functions and specifications.

Keywords: Editorial Design, Magazine, Crafts.

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LISTA DE IMAGENS

Imagem 1: Método Bruno Munari ............................................................................... 19

Imagem 2: Adaptação do método Bruno Munari ........................................................ 20

Imagem 3: Revista francesa Mercure Galant (1691) .................................................. 26

Imagem 4: National Geographic (Outubro 1888)........................................................ 26

Imagem 5: Life (Novembro 1936) ............................................................................... 27

Imagem 6: Capa da Revista da Semana (1900)......................................................... 29

Imagem 7: Capa da primeira edição da revista O Cruzeiro (1928)............................. 29

Imagem 8: Capa revista Manchete............................................................................. 30

Imagem 9: Capa de 1975 da revista Visão................................................................. 31

Imagem 10: Cestaria Maranhense ............................................................................. 33

Imagem 11: Bijuterias estilo Indígena......................................................................... 33

Imagem 12: Artesanatos em cerâmica ....................................................................... 34

Imagem 13: Artesanatos em capim dourado.............................................................. 34

Imagem 14: Caixa e bloco feitos de papel reciclado por Ong..................................... 35

Imagem 15: Trabalhos Manuais ................................................................................. 36

Imagem 16: Classificação do Artesanato ................................................................... 36

Imagem 17 : Logo Editora Abril .................................................................................. 38

Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1 ..................................................................... 38

Imagem 19: Pato Donald visita o escritório ................................................................ 39

Imagem 20: Funcionárias da Divisão de Fascículos embalam Os Cientistas............. 39

Imagem 21: Revista Recreio ...................................................................................... 40

Imagem 22: Capa da primeira publicação da Veja ..................................................... 40

Imagem 23: Revista do segmento feminino da Editora .............................................. 41

Imagem 24: Birmann 21, Edifício sede da Editora Abril ............................................. 42

Imagem 25: Organograma do Grupo Abril.................................................................. 44

Imagem 26: Parque Editoral da Abril .......................................................................... 45

Imagem 27: Setor de Imposição................................................................................. 45

Imagem 28: Setor onde os cilindros de cobre são preparados para a gravação........ 46

Imagem 29: Setor de dobra da Gráfica ...................................................................... 46

Imagem 30: Logo MTV ............................................................................................... 47

Imagem 31: Logo Canal Ideal..................................................................................... 47

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Imagem 32: Logo Dinap ............................................................................................. 47

Imagem 33: Revista do evento Supersurf .................................................................. 48

Imagem 34: Almanaque Abril ..................................................................................... 49

Imagem 35: Guia do Estudante .................................................................................. 49

Imagem 36: Revistas Editora Abril ............................................................................. 50

Imagem 37: Logo do site Brasil OnLine...................................................................... 50

Imagem 38: Capa da Revista Bravo........................................................................... 52

Imagem 39: Capa da Revista Bravo........................................................................... 53

Imagem 40: Capa da Revista Bravo........................................................................... 53

Imagem 41: Revista Bravo – Página de reportagem .................................................. 53

Imagem 42: Revista Bravo – Reportagem e foto........................................................ 54

Imagem 43: Revista Bravo – Fotografias ................................................................... 54

Imagem 44: Capa da Revista Raiz ............................................................................. 55

Imagem 45: Capa da Revista Raiz ............................................................................. 55

Imagem 46: Capa da Revista Raiz ............................................................................. 56

Imagem 47: Revista Raiz – Texto e Imagem.............................................................. 56

Imagem 48: Revista Raiz – Texto............................................................................... 56

Imagem 49: Revista PREÁ......................................................................................... 57

Imagem 50: Revista PREÁ......................................................................................... 57

Imagem 51: Interior da revista PREÁ ......................................................................... 58

Imagem 52: Interior da revista PREÁ ......................................................................... 58

Imagem 53: Interior da revista PREÁ ......................................................................... 58

Imagem 54: Interior da revista PREÁ ......................................................................... 59

Imagem 55: Revista Escala - Patchwork .................................................................... 60

Imagem 56: Revista Escala – Potes........................................................................... 60

Imagem 57: Revista Escala - Potes............................................................................ 61

Imagem 58: Revista Escala - Potes............................................................................ 61

Imagem 59: Revista Casa Dois - Fuxico .................................................................... 62

Imagem 60: Revista Casa Dois - macramê ................................................................ 62

Imagem 61: Revista Casa Dois - Madeira .................................................................. 62

Imagem 62: Revista Casa Dois - Patchwork .............................................................. 63

Imagem 63: Revista Casa Dois – Páginas internas.................................................... 63

Imagem 64: Revista Editora Minuano - Madeira......................................................... 64

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Imagem 65: Revista Editora Minuano - Madeira......................................................... 64

Imagem 66: Revista Editora Minuano - Flores............................................................ 64

Imagem 67: Revista Editora Minuano - Fuxico ........................................................... 65

Imagem 68: Capa da Revista Abc Design.................................................................. 73

Imagem 69: Capa da Revista Abc Design.................................................................. 74

Imagem 70: Revista Abc Design ................................................................................ 74

Imagem 71: Revista Esquire....................................................................................... 74

Imagem 72: Revista Esquire....................................................................................... 75

Imagem 73: Revista Time........................................................................................... 75

Imagem 74: Revista Bravo ......................................................................................... 76

Imagem 75: Painel do Público-Alvo............................................................................ 80

Imagem 76: Painel de Expressão do Produto ............................................................ 80

Imagem 77: Painel do Público-Alvo............................................................................ 81

Imagem 78: Painel de Referência Visual.................................................................... 82

Imagem 79: Alternativa 1 da capa .............................................................................. 85

Imagem 80: Alternativa 2 da capa .............................................................................. 85

Imagem 81: Alternativa 3 da capa .............................................................................. 86

Imagem 82: Alternativa 1 do sumário ......................................................................... 86

Imagem 83: Alternativa 2 do sumário ......................................................................... 87

Imagem 84: Alternativa 3 do sumário ......................................................................... 87

Imagem 85: Alternativa 4 do sumário ......................................................................... 88

Imagem 86: Alternativa 5 do sumário ......................................................................... 89

Imagem 87: Alternativa 1 do editorial ......................................................................... 89

Imagem 88: Alternativa 2 do editorial ......................................................................... 90

Imagem 89: Alternativa 3 do editorial ......................................................................... 90

Imagem 90: Alternativa 1 da reportagem 1................................................................. 91

Imagem 91: Alternativa 2 da reportagem 1................................................................. 92

Imagem 92: Alternativa 3 da reportagem 1................................................................. 92

Imagem 93: Alternativa 1 da reportagem 2................................................................. 93

Imagem 94: Alternativa 2 da reportagem 2................................................................. 93

Imagem 95: Alternativa 3 da reportagem 2................................................................. 94

Imagem 96: Alternativa 1 da reportagem 3................................................................. 95

Imagem 97: Alternativa 2 da reportagem 3................................................................. 95

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Imagem 98: Alternativa final da capa ......................................................................... 96

Imagem 99:Alternativa final do sumário ..................................................................... 96

Imagem 100: Alternativa final do editorial................................................................... 97

Imagem 101:Alternativa final da reportagem 1 ........................................................... 97

Imagem 102: Alternativa final da reportagem 2 .......................................................... 98

Imagem 103: Alternativa final da reportagem 3 .......................................................... 98

Imagem 104: Capa ..................................................................................................... 99

Imagem 105: Detalhe da pregnância da forma......................................................... 100

Imagem 106: Sumário .............................................................................................. 102

Imagem 107: Cores .................................................................................................. 103

Imagem 108: Reportagem........................................................................................ 104

Imagem 109: Fonte Garamond................................................................................. 108

Imagem 110: Fonte Century Gothic.......................................................................... 109

Imagem 111: Fonte SF Eletrotome........................................................................... 109

Imagem 112: Fonte Elephant ................................................................................... 109

Imagem 113: Detalhe dos espaços .......................................................................... 110

Imagem 114: Níveis de contrastes ........................................................................... 111

Imagem 115: Ordem de Leitura................................................................................ 112

Imagem 116: Formato da revista.............................................................................. 113

Imagem 117: Elementos da Capa ............................................................................ 114

Imagem 118: Elementos do Índice ........................................................................... 115

Imagem 119: Elementos do Projeto Gráfico 1 .......................................................... 115

Imagem 120: Elementos do Projeto Gráfico 2 .......................................................... 116

Imagem 121: Elementos das reportagens................................................................ 117

Imagem 122: Medidas das páginas.......................................................................... 118

Imagem 123: Setor de imposição ............................................................................. 119

Imagem 124: Sessão de Galvano onde são preparados os cilindros....................... 120

Imagem 125: Sessão de gravação do cilíndro.......................................................... 120

Imagem 126: Setor de teste do cilindro .................................................................... 121

Imagem 127: Máquina de impressão rotográfica da Gráfica Abril ............................ 121

Imagem 128: Sistema da impressão ........................................................................ 122

Imagem 129: Sistema da impressora rotográfica ..................................................... 122

Imagem 130: Máquina de Acabamento.................................................................... 123

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Idade..............................................................................................

Gráfico 02: Estado civil......................................................................................

Gráfico 03: Escolaridade...................................................................................

Gráfico 04: Sexo................................................................................................

Gráfico 05: Pergunta 1......................................................................................

Gráfico 06: Pergunta 2......................................................................................

Gráfico 07: Pergunta 3......................................................................................

Gráfico 08: Pergunta 4......................................................................................

Gráfico 09: Pergunta 5......................................................................................

Gráfico 10: Pergunta 6......................................................................................

Gráfico 11: Pergunta 7......................................................................................

Gráfico 12: Pergunta 9......................................................................................

Gráfico 13: Pergunta 10....................................................................................

Gráfico 14: Pergunta 11....................................................................................

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LISTA DE TABELA Tabela 1: Análise das revistas culturais ........................................................................59

Tabela 2: Análise das revistas de Artesanato................................................................65

Tabela 3: Profissão........................................................................................................68

Tabela 4: Formas de conhecimento ..............................................................................71

Tabela 5: Outros diferenciais com relação ao design gráfico ........................................72

Tabela 6: Tabela Distância x Leitura ...........................................................................108

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................15

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ..........................................................................................15

1.2. OBJETIVOS ...........................................................................................................16

1.2.1. Objetivo Geral ....................................................................................................16

1.2.2. Objetivo Específico ...........................................................................................16

1.3. PROBLEMA DO PROJETO ...................................................................................17

1.4. HIPÓTESES ...........................................................................................................17

1.5. JUSTIFICATIVA DO TEMA ....................................................................................17

1.6. DELIMITAÇÃO DO PROJETO ...............................................................................19

1.7. METODOLOGIA.....................................................................................................19

1.8. ESTRUTURA DO DOCUMENTO...........................................................................21

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................22

2.1. DESIGN GRÁFICO ................................................................................................22

2.2. DESIGN EDITORIAL..............................................................................................23

2.2.1. Revista................................................................................................................24

2.2.1.1. Revista no Mundo.............................................................................................25

2.2.1.2. Revista no Brasil...............................................................................................28

2.3. ARTESANATO .......................................................................................................31

2.3.1. Artesanato Indígena ..........................................................................................32

2.3.2. Artesanato Tradicional......................................................................................33

2.3.3. Artesanato de Referência Cultural ...................................................................34

2.3.4. Artesanato Conceitual.......................................................................................35

2.3.5. Trabalhos Manuais ............................................................................................35

2.4. CLIENTE ................................................................................................................37

2.4.1. Perfil do cliente ..................................................................................................37

2.4.2. Histórico .............................................................................................................38

2.4.3. Estrutura.............................................................................................................42

2.4.4. Produtos.............................................................................................................46

2.4.5. Mercado..............................................................................................................51

2.5. CONCORRENTES INDIRETOS.............................................................................51

2.5.1. Revistas Culturais .............................................................................................52

2.5.1.1 Revista Bravo ....................................................................................................52

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2.5.1.2. Revista Raiz .....................................................................................................54

2.5.1.3. Revista PreÁ.....................................................................................................57

2.5.1.4. Análise das Revistas Culturais .........................................................................59

2.5.2. Revistas de Artesanato .....................................................................................60

2.5.2.2. Editora Casa Dois.............................................................................................61

2.5.2.3. Editora Minuano ...............................................................................................63

2.5.2.4. Análise da concorrência ...................................................................................65

2.6 PESQUISA DE CAMPO ..........................................................................................65

2.6.1. Questionário ......................................................................................................66

2.6.2.1. Editora Escala ..................................................................................................60

2.7. ESTADO DE DESIGN ............................................................................................73

2.7.2 Inovação ..............................................................................................................74

2.8. ANÁLISE E SÍNTESE DAS PESQUISAS...............................................................76

3. CONCEITUAÇÃO .....................................................................................................78

3.1. LISTAGEM DE REQUISITOS ................................................................................78

3.2. PAINÉIS SEMÂNTICOS.........................................................................................79

3.2.1. Painel de Público ...............................................................................................79

3.2.2. Painel de Expressão do Produto......................................................................80

3.2.3. Painel do Tema Visual.......................................................................................80

3.2.4. Painel de Referência Visual ..............................................................................81

4. TÉCNICAS DE CRIATIVIDADES .............................................................................83

4.1. BRAINSTORMING .................................................................................................83

4.2. MESCRAI ...............................................................................................................83

5. GERAÇÃO DE ARTERNATIVAS .............................................................................84

5.1. ALTERNATIVA REFINADA DA CAPA ...................................................................84

5.2. ALTERNATIVAS REFINADA DO SUMÁRIO..........................................................86

5.3. ALTERNATIVAS REFINADA DO EDITORIAL .......................................................89

5.4. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 01 ............................................91

5.5. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 02 ............................................93

5.6. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 03 ............................................94

5.7. ALTERNATIVA FINAL DA REVISTA......................................................................95

6. MEMORIAL DESCRITIVO ........................................................................................99

6.1 FUNÇÃO ESTÉTICO-FORMAL. .............................................................................99

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6.1.1. Capa....................................................................................................................99

6.1.1.1. Gestalt ..............................................................................................................99

6.1.1.3. Formas ...........................................................................................................101

6.1.2. Sumário ............................................................................................................102

6.1.2.1. Gestalt ............................................................................................................102

6.1.2.2.Cor...................................................................................................................103

6.1.2.3.Formas ............................................................................................................103

6.1.3. Reportagem......................................................................................................104

6.1.3.1. Gestalt ............................................................................................................104

6.1.3.2. Formas ...........................................................................................................105

6.2. FUNÇÃO SIMBÓLICA..........................................................................................106

6.3 FUNÇÃO DE USO.................................................................................................106

6.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA......................................................................................107

6.4.1. Legibilidade......................................................................................................107

6.4.4. Alinhamento do corpo de texto ......................................................................111

6.4.5. Hierarquização da informação .......................................................................111

6.4.7. Usabilidade ......................................................................................................112

6.4.8. Adequação fisiológica / ambiental .................................................................113

6.5 FUNÇÃO TÉCNICA...............................................................................................113

6.5.1. Subsistemas ....................................................................................................113

6.5.2. Dimensionamento............................................................................................117

6.5.3. Encadernação ..................................................................................................123

6.5.4. Acabamentos ...................................................................................................123

6.5.4. Materiais ...........................................................................................................118

6.5.5. Processo de Produção Gráfica da Revista....................................................119

6.6 Função de marketing: ............................................................................................124

6.7. FUNÇÃO ECOLÓGICA ........................................................................................125

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................126

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................127

APRÊNCIDES .............................................................................................................131

Apêndice A – Cronograma.........................................................................................132

Apêndice B – Questionário.........................................................................................134

Apêndice C - Rafes ....................................................................................................136

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1. INTRODUÇÃO Este trabalho consiste em desenvolver um projeto editorial de uma nova revista para

Editora Abril. Sendo assim, esta primeira etapa explicará a metodologia científica

utilizada para facilitar o processo, expondo também objetivos gerais e específicos, as

justificativas da escolha do tema e, por fim, a problematização cujo projeto tem por

função resolver.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A idéia de design já existe desde a Idade Média. Apesar de ainda não ser chamado

assim, já havia uma preocupação em se fazer objetos para comunicar e levar

mensagens ao homem. Segundo o Guia da ADG (2003, p.20), “A palavra ‘’design’’

nasceu com a Revolução Industrial e ganhou significado a partir da Segunda Guerra

Mundial. O designer é uma pessoa voltada para comunicação e a produção de objetos,

livros, revistas.” Enfim, o profissional de design gráfico pode trabalhar com ilustração,

webdesign, tipografia, embalagem, identidade visual e também com design editorial.

Com esse amplo campo de atuação do designer, optou-se por desenvolver um projeto

dentro de design editorial, área esta que trabalha com projetos de editoração,

conhecida por projetar livros, revistas e jornais.

Segundo Couto (2004) as primeiras revistas das quais se tem notícia surgiram na

Alemanha, porém se pode dizer que o nascimento no Brasil tem relação com a vinda

da Família Real portuguesa ao Brasil em 1808. Este ainda afirma que as primeiras

publicações do setor tinham como programa editorial “[...] defender os costumes, as

virtudes morais e sociais [...] resumos de viagens, trechos de autores clássicos,

anedotas, conselhos domésticos, informações sobre navegação, instrução militar, bem

como assuntos políticos e científicos” (COUTO, 2004, p.5)

Com as transformações tecnológicas e da sociedade as revistas foram se tornando

mais frequentes e ganhando força e espaço perante a sociedade com o passar dos

anos. O mercado editorial continua em constantes transformações até os dias atuais.

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Porém o segmento de revistas possui um universo grande de leitores fiéis. Dentro

deste segmento, observa-se um nicho ainda pouco explorado, que é o de revistas de

artesanato e cultura. Percebe-se portanto, que a escassez de periódicos nesta área,

impossibilita a difusão de uma identidade cultural do país.

Dentre as diversas editoras presentes no cenário nacional, destaca-se a Editora Abril

por sua influência e liderança no setor. Além de estar sempre empenhada em contribuir

para a difusão de informação, cultura, entretenimento, para o progresso da educação e

desenvolvimento. Tendo em vista a missão da Editora, o projeto que está sendo

proposto aqui, atrela-se a esta, por se acreditar que em uma situação de aplicabilidade,

esta empresa apoiaria sem ressalvas este projeto. 1.2. OBJETIVOS

A seguir, serão apresentados os objetivos gerais e específicos.

1.2.1. Objetivo Geral

Desenvolver um projeto editorial de uma revista de artesanato e cultura para a Editora

Abril.

1.2.2. Objetivo Específico Os objetivos específicos desse projeto são:

- Propor um novo segmento de atuação para a Editora Abril;

- Criar um projeto editorial para revista de artesanato, que fuja dos padrões já

estabelecidos nas publicações deste segmento;

- Agregar diferenciais no projeto gráfico que permitam uma interação maior com o

público alvo.

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1.3. PROBLEMA DO PROJETO

Cabe ao designer executar bons projetos editoriais. De acordo com Okida (2002), o

design gráfico é uma das mais importantes linguagens de comunicação existentes em

uma página de jornal ou revista. É dele a responsabilidade pela transmissão da

mensagem corretamente e de uma perfeita comunicação entre o impresso e seu

público, podendo ser responsável também por grande parte do sucesso ou fracasso de

uma publicação.

Pode-se observar que há uma carência de bons projetos editorias para as revistas

especializadas no artesanato em geral e percebe-se também a ausência de

publicações que divulguem o artesanato e cultura de cada região do país. Sendo

assim, a falta de projetos com diferenciais e com um padrão visual agradável e bem

resolvido, acaba tornando o mercado saturado de publicações que não se destacam e

deixam a desejar. Apesar do mercado editorial estar em constante crescimento e com

abertura para novos segmentos, é preciso que estes novos projetos tenham um certo

nível para que o conquistem e se destaquem dos demais. Vislumbra-se com esse

quadro, uma oportunidade de mercado que constituirá o foco deste trabalho.

1.4. HIPÓTESES

Para Editora Abril é importante trabalhar com novos segmentos editoriais como o de

artesanato e cultura.

Este projeto gráfico fará com que este novo segmento seja bem aceito pelo mercado.

Este projeto gráfico irá agregar uma interação maior com o público.

1.5. JUSTIFICATIVA DO TEMA

Para justificar a escolha do tema Okida (2002) diz que um bom projeto editorial é

aquele que conduz os olhos dos leitores sem se tornar o elemento principal da página.

Não deve, portanto, interferir na qualidade da leitura, na qual todos os elementos

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devem estar posicionados com o único objetivo de atender a uma necessidade

editorial. “A revista é veículo que deve ser administrado, planejado e direcionado para

um determinado púbico. Por isso, é fundamental iniciar com um bom plano editorial”

(COSTA; SANTANA, 2007, p.38).

O mercado editorial de revistas tem grande importância na formação cultural e

econômica da sociedade. Segundo a Associação Nacional de Editores de Revista

(ANER1) neste cenário atual em que as mídias alternativas ganham força, as revistas

ainda não perderam o seu posto.

Segundo Okida (2002) a diferença entre as preferências visuais e até textuais dos

diferentes tipos de público faz com que a segmentação da mídia impressa, cresça cada

vez mais. Essa segmentação do mercado editorial torna obrigatório o conhecimento do

meio de comunicação para atingir a preferência do seu público.

Dentro desta tônica, o mercado editorial de artesanato e cultura precisa ser mais

explorado visto que, o artesanato brasileiro é um segmento da economia cujo

crescimento possui alto potencial de geração de trabalho e renda de acordo com o

SEBRAE2. Esta forma de expressão do povo brasileiro é necessária para que o mesmo

preserve sua cultura ao mesmo tempo em que poderá interagir com ela. O artesanato

seria um caminho para atingir tal objetivo. Também segundo o SEBRAE o artesanato

de referência cultural se caracteriza pela incorporação de elementos da região onde

são produzidos, e que resgatam e preservam traços culturais.

As atuais publicações relacionadas a artesanato apenas resumem-se em ensinar

técnicas variadas, além de não se preocupar muito com o projeto editorial. Segundo

Gazola (2007) “Se quisermos hoje, levar adiante um empreendimento cultural, não

podemos vê-lo como um produto que tem concorrentes, mas sim como um

complemento para os produtos já existentes” (GRIFO DO AUTOR). Ao pensar em

todos esses aspectos, surgiu a idéia de se desenvolver um projeto editorial de uma

1 Disponível em: www.aner.com.br 2 Disponível em: www.sebrae.com.br

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revista de artesanato de referência cultural para Editora Abril, para completar as suas

publicações com a abertura de um novo segmento.

1.6. DELIMITAÇÃO DO PROJETO

O projeto limita-se a fazer uma proposta para o projeto editorial de uma nova revista,

sugerindo um tema que dever ser abordado pela editora, por isso, não há a

preocupação com o conteúdo.

1.7. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do projeto é a de Munari (1998) que

afirma que o método de projeto não é mais do que uma série de operações

necessárias, dispostas em ordem lógica, cujo objetivo é atingir o melhor resultado com

o menor esforço. Abaixo segue sua metodologia na íntegra:

Imagem 1: Método Bruno Munari

Fonte: Munari (1998)

“O método de projeto, para designer, não é absoluto nem definitivo; pode ser

modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem o processo”

(MUNARI, 1998, p.11). Com base nessa idéia a metodologia foi adaptada para se

adequar às necessidades do projeto e ficou da seguinte maneira:

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Imagem 2: Adaptação do método Bruno Munari Fonte: Arquivo Pessoal

Problema: Analisar a necessidade do mercado para o produto que será desenvolvido.

Munari (1998) afirma que o problema do design resulta de uma necessidade que surge.

Coleta de dados: Buscar dados referentes ao produto a ser desenvolvido,

concorrentes e outras informações que contextualizem e situe o projetista.

Análise dos dados: Os dados serão analisados e será feito o levantamento de todas

as informações tentando estabelecer a relação entre os dados recolhidos.

Definição do problema: Limites dentro dos quais o projetista deverá trabalhar os

seguintes itens: para que serve o projeto, onde vai ser utilizado, quem vai utilizar.

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Componentes do projeto: Uma etapa muito importante também é decompor o

problema em subproblemas para ajudar no trabalho do designer.

Criatividade: Uma vez definido o problema e com todos os dados e informações

necessárias em mãos é o momento de iniciar o processo de criatividade, trabalhando

dentro dos limites do problema.

Materiais e Tecnologias: Neste momento o designer faz uma pesquisa a respeito dos

materiais e tecnologias disponíveis, para fazer a escolha de quais se adequam ao seu

projeto.

Modelo: Elaborar esboços para a construção dos modelos parciais, em escala ou no

seu tamanho natural.

Verificação do Modelo: Apresentação do modelo a um certo número de pessoas,

prováveis usuários, para verificação.

Desenho de Construção: Realizar os desenhos construtivos em escalas ou tamanho

natural, com todas as medidas precisas e indicações caso seja necessário para a

realização do protótipo.

1.8. ESTRUTURA DO DOCUMENTO

O presente relatório divide-se em três etapas: na primeira etapa foram desenvolvidos

os Elementos Pré-textuais, relacionados à introdução, contextualização, objetivo geral

e específicos, problemas de projeto, hipóteses, justificativa do tema, delimitações do

projeto técnico, metodologia e estrutura do documento. Na segunda etapa serão

apresentados os Elementos Textuais como fundamentação teórica, concepção,

memorial descritivo do projeto e considerações finais. Finalizando, a terceira etapa

apresentará os Elementos Pós-textuais as referências, apêndices e anexos.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente capítulo trata de uma revisão bibliográfica quanto à definição do profissional

de design e uma introdução ao design editorial. Contará um pouco a história das

revistas, uma breve definição a respeito de artesanato e para finalizar, um pouco da

história da Editora Abril. Este levantamento teórico auxiliará na construção do projeto

gráfico da revista de artesanato cultural.

2.1. DESIGN GRÁFICO

O design gráfico tem suas origens, segundo Hollis (2000), na pré-história com as

primeiras pinturas nas cavernas, porém passou a ser reconhecido como profissão só

em meados do séc. XIX. Entretanto, de acordo com o Guia da ADG (2003) a palavra

design nasceu com a Revolução Industrial, ganhando significado a partir da Segunda

Guerra. Fascioni (2007) afirma que: como em português, não se conseguiu chegar a um termo

que o traduzisse corretamente, resolveu-se usar o original em inglês.

O profissional do design acumula várias funções, porém para Hollis (2000, p.4) a

principal função do design gráfico é:

[...] identificar: dizer o que é determinada coisa, ou de onde ela veio (letreiros de hotéis, estandartes e brasões, marcas, símbolos e gráficos, logotipos, rótulos). Sua segunda função é informar e instruir, indicando a relação de uma coisa com outra quanto à direção, posição e escala (mapas, diagramas, sinais de direção). A terceira função, muito diferente das outras duas, é apresentar e promover (pôsteres, anúncios publicitários); aqui, o objetivo do design é prender a atenção e tornar sua mensagem inesquecível.

De acordo com o Guia da ADG (2003), hoje em dia, o design não se resume ao

exercício de uma atividade técnica, não se restringe a ter competência em uma

linguagem visual predeterminada e aceita, mas sim, em ser capaz de imaginar

soluções de forma lógica e criativa, motivada por critérios e não modismos.

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Para Fascioni (2007, p.56), “O bom design busca sempre o melhor para o usuário, e

não o projeto mais fácil de conceber e executar”. Ela afirma também que o design

sustenta-se por um tripé: “[...] um bom projeto, que possibilite a produção em escala;

um conceito que explique porque o objeto é feito dessa maneira e não de infinitas

outras possíveis, com suas funções e porquês; e a preocupação estética, senão não

vende”. Outra afirmação que a autora faz é que design é a solução concebida para se

produzir em massa, é o contrário do que é personalizado como comumente se acredita.

Segundo o Guia da ADG (2003), design gráfico é o termo utilizado para definir,

genericamente, a atividade de planejamento e projetos relativos à linguagem visual.

Atividade que lida com a articulação de texto e imagem, podendo ser desenvolvida

sobre os mais variados suportes e situações. Compreendem as noções de projeto

gráfico, identidade visual, projetos de sinalização e design editorial, entre outras.

Dentre as várias funções que se observa acima nas quais o profissional do design

gráfico pode exercer, se irá aprofundar no design editorial, área esta que está em

constante crescimento.

2.2. DESIGN EDITORIAL

É uma especialidade do design gráfico que realiza o projeto gráfico na área de

editoração. Entre as especializações do design editorial têm-se o design de livros,

revistas, jornais, cadernos, agendas, cartazes, catálogos, peças institucionais, anúncios

em gerais (mídia impressa, outdoors, painéis, telas), capas de livros, CDs e outros.

Segundo o Guia da ADG (2003)

Nos dias correntes, embora seja provavelmente a atividade que absorve o maior contingente de designers no país, dado o volume significativo da produção editorial brasileira, alguns vícios ainda persistem. [...] Cresce a preocupação em tratar as publicações como objetos integrais, incorporado à linguagem visual da capa e do miolo a escolha de papel e acabamento e a qualidade de impressão. Com isso, todos saem ganhando – editoras, designers e, sobretudo, leitores.

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Para Filho (2006) design editorial é o campo de atuação, especialidade que envolve a

concepção, elaboração, desenvolvimento do projeto e a execução de sistemas visuais

tanto na sua forma física como virtual, tendo seu projeto final, predominantemente

resultado em um produto bidimensional, normalmente por um processo de impressão.

Além disso, cuida da geração, tratamento e organização da informação.

Gruszynski (2000) afirma que o designer gráfico é considerado o mediador para que as

informações possam ser disseminadas a um determinado grupo de pessoas. As

informações elaboradas pelos redatores, jornalistas ou escritores devem ser

diagramadas, de modo a fazer o leitor compreender a informação inicial. A

diagramação, para César (2000) é o ato de diagramar uma revista, anúncio, catálogo

ou qualquer outra peça.

Por isso cabe ao profissional de design gráfico que elabora o projeto editorial, criar uma

estrutura para ordenar as informações em uma seqüência hierárquica, como forma de

garantir que a informação seja processada e para que a composição visual criada

estimule o leitor a querer ir além da leitura da capa ou primeiras páginas da revista,

livro, jornal. Por isso compreender essas regras faz a diferença no momento em que o

leitor for manusear o material impresso.

2.2.1. Revista A definição de revista para o dicionário Aurélio (1999, p. 1765) é: “ [...] do inglês review.

Publicação periódica de formato variado, em que se divulgam artigos originais,

reportagem, etc., sobre vários temas, ou, ainda [...] condensados, trabalhos sobre

assuntos variados já aparecidos em livros ou noutras publicações.”

De acordo com Scalzo (2004) uma revista é um veículo de comunicação, um produto,

conjunto de serviços, que mistura jornalismo e entretenimento. A autora ainda afirma

que a revista também é feita através de uma relação de confiança, credibilidade, erros,

acertos e elogios.

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Declara Scalzo (2004) que ao contrário dos jornais as revistas vieram para ajudar na

complementação da educação, no aprofundamento de assuntos, na segmentação, no

serviço utilitário que podem oferecer a seus leitores. Isso se dá porque ela consegue

unir todos os assuntos, entretenimento, educação, serviços e fatos atuais ou até

mesmo falar da exclusividade de um assunto para entrar no espaço privado, na

intimidade dos leitores. O jornal fala para uma platéia mais heterogênea, já a revista

tem o foco no leitor, ela conhece quem compra e relaciona-se diretamente com ele.

2.2.1.1. Revista no Mundo

Segundo o site Mundo Estranho3 a primeira revista de que se tem notícia chamava-se

Erbauliche Monaths – Unterredungen e surgiu em Hamburgo, na Alemanha por volta

de 1663. As "Edificantes Discussões Mensais" criada pelo teólogo e poeta Johann Rist,

foram publicadas até 1668. Não por acaso esse tipo de publicação teve início lá. Afinal,

cerca de 200 anos antes, Johannes Gutenberg criou a impressão com os tipos móveis,

técnica esta que foi utilizada sem muitas alterações até os meados do séc. XX para

impressão de jornais, revista e livros, processo esse que permitiu a expansão do saber

pelo mundo com mais velocidade. Segundo Neves (2005) estas publicações

possibilitavam a transmissão de fatos, acontecimentos históricos, descobertas ou

simplesmente entretenimento.

A invenção de Gutenberg foi o marco inicial. A partir daí, panfletos com relatos sobre os

acontecimentos importantes eram publicados com um intervalo cada vez menor,

tornando-se o início das primeiras revistas. Atrás dessa revista alemã, outras foram

aparecendo, cada vez com mais frequência no mesmo século, como a francesa

Mercure Galant (1691) (Imagem 03). Segundo Costa (2003) a inglesa The Athenian

Gazette (1690) utilizou pela primeira vez a palavra magazine. Nessa época elas ainda

abordavam assuntos específicos.

3 Disponível em: www.revistamundoestranho.com.br

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Imagem 3: Revista francesa Mercure Galant (1691)

Fonte: http://www.discourses.ca/v4n1a2.html

Conforme o site da revista mundo estranho Só a partir do séc. XIX é que passaram a

abordar assuntos de interesses gerais, falando de entretenimento às questões

familiares. Uma das revistas mais antigas que ainda está em circulação é a National

Geographic (1888).

Imagem 4: National Geographic (Outubro 1888)

Fonte: http://thelongestlistofthelongeststuffatthelongestdomainnameatlonglast.com

Em 1923, nos Estados Unidos, surge a revista Time para trazer as notícias semanais

do país e do mundo. Conforme Scalzo (2004) a revista era organizada em seções para

evitar a perda de tempo na hora de consumir a informação. Treze anos depois o

mesmo editor, aproveitando o desenvolvimento da fotografia, inventa uma nova fórmula

de fazer revista. Life (1936) a revista semanal ilustrada, nascia em papel de qualidade

e em grande formato, valorizando ao máximo a reportagem fotográfica adotando a idéia

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que uma boa imagem vale mais do que uma boa descrição. A Life (Imagem 05)

circulou durante 64 anos, saindo de circulação no ano 2000.

Imagem 5: Life (Novembro 1936)

Fonte: http://noticiagrafica.wordpress.com/

As revistas femininas ganharam mais força no cenário mundial, após a Segunda

Guerra Mundial, com o lançamento da Elle. Além de trazer informações sobre o país,

ela falava sobre a feminilidade e o gosto pela vida. Já as revistas voltadas para o

público masculino, sempre existiram em menor escala.

Uma revista que empolgou o público masculino com o seu lançamento no ano de 1953

e continua a ser publicada até os dias de hoje é a conhecida Playboy. Desde aquela

época já chamava a atenção pelas fotos de mulheres nuas, apesar deste não ser o

único propósito como relatou Hugh Hefner, criador da revista, que queria mesclar ao

conteúdo “[...] bom jornalismo, boa ficção, humor requintado, moda, bebida e

gastronomia [...]”. (SCALZO, 2004, p.25)

A mesma autora afirma em seguida que, após o sucesso feito pelo livro Sex and The

Single (O Sexo e as Solteiras) em 1962, a escritora do livro procura um editor para

propor uma revista com os mesmos temas. Nascia aí a Cosmopolitan, para as jovens

interessadas na carreira, independência e relacionamentos. Onze anos mais tarde o

Brasil ganha uma versão, Cosmopolitan cujo nome aqui é Nova. A revista tem hoje 48

edições em 25 idiomas.

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Com o passar dos anos mais revistas vão surgindo, diversificando cada vez mais os

segmentos de atuação no mercado. A história das revistas no Brasil se funde com a

criação e crescimento da Editora Abril, que contribui para a difusão da informação,

entretenimento e cultura.

2.2.1.2. Revista no Brasil

Segundo Couto (2004) “Pode-se dizer que o nascimento da revista no Brasil estava

fortemente ligado à vinda da família real para o país e também ao fato de ter sido

revogada a proibição da imprensa em 1808”. Porém a primeira revista feita em solo

brasileiro surgiu somente em 1812 em Salvador, por iniciativa do editor português

Antônio da Silva Serva. Intitulada “As Variedades e Ensaios de Literatura”, tinha foco

os costumes da época, informações da história nacional, resumos de viagens e versos.

Com relação à forma, as primeiras revistas ainda tinham formato parecido aos livros.

De acordo com Neves (2005) outra característica nesse início era a participação de

grandes escritores nas publicações, tais como Machado de Assis, Joaquim Manoel de

Macedo, Manuel Antônio de Almeida, Aluísio Azevedo, entre outros.

No ano de 1827, surge no Brasil a primeira revista monotemática, dedicada aos

médicos, O programador das Ciências Médicas. Segundo Scalzo (2006) apud Costa;

Santana (2007) na mesma época é lançada a revista considerada pioneira voltada para

o mercado feminino, a revista Espelho Diamantino. Dez anos depois é lançada a

revista Museu Universal que falava um pouco de cultura e entretenimento, com textos

leves e ilustrações. A partir desta data, inúmeras outras revistas apareceram com este

novo formato de magazine, algumas não passam de cópias das européias. Scalzo

(2006) alega que no século XX, surge a primeira revista a impor o uso de imagens

fotográficas, a Revista da Semana (Imagem 06), em 1900.

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Imagem 6: Capa da Revista da Semana (1900)

Fonte: http://www.joaodorio.com/site/images/stories/revista_da_semana2.jpg

Conforme Belda (2005) nada se compara ao que foi chamado de fenômeno editorial

que surgiu logo em seguida, O Cruzeiro (imagem 07), lançada em 1928, cria uma nova

linguagem de publicação, foi a pioneira do fotojornalismo, com publicações de grandes

reportagens ilustradas.

Cruzeiro se tornou uma das revistas de maior vendagem na história do país. [...] A revista chegou a ter uma versão em espanhol, exportada para a América Latina com mais de 300.000 exemplares. Tudo isso em um momento em que a população Brasileira não chegava a 50 milhões de habitantes. Ela passou pela década de 30 e 40 como o veículo nacional responsável pela crônica social, política e artística do Brasil e também do mundo, utilizando-se de correspondentes internacionais para cobrir matérias em outros países. Sendo um empreendimento ousado, “O Cruzeiro” começa uma nova fase no mercado editorial, implantando características presentes até hoje nas revistas modernas, como os investimentos em marketing, o desenvolvimento técnico, além da constante preocupação com o padrão visual, e com a distribuição dos exemplares e os ganhos vindos da publicidade. (COUTO, 2004, p.7)

Imagem 7: Capa da primeira edição da revista O Cruzeiro (1928)

Fonte: www.fashionbubbles.com

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No início da década de 50, soma-se a esse modelo, a revista Manchete (1952)

(imagem 08), que valoriza mais os aspectos gráficos e fotográficos que a O Cruzeiro. A

revista Manchete segue sendo publicada até o início da década de 90. Nesse mesmo

período que Victor Civita funda a Editora Abril no país.

Imagem 8: Capa revista Manchete

Fonte: http://www.cosmo.com.br/multimidia/imagens/2009%5C03%5C28%5C24766104321G.jpg

Segundo Scalzo (2006) apud Costa; Santana (2007) entre os períodos de 1960 e 1970

eram abordados temas musicais, de comportamento, arte e consumo, ou seja, tudo

que era moda, a chamada cultura pop. Já no ano de 1966, surge a revista Realidade

com críticas, com um jornalismo investigativo, apresentando assuntos polêmicos com

irreverência. Segundo Belda (2005, p.3-4) “Temas técnicos e científicos passaram,

então, a ser tratados de forma mais consistente em uma nova geração de publicações

especializadas [...] modelo que, de certa forma, ainda se mantém na imprensa

brasileira”. A revista sobreviveu ao Regime Militar até sua extinção em 1976 pelo AI 5.

Em 1968, a Editora Abril lança Veja, a revista que mais tarde se tornaria a revista

semanal mais vendida e lida do Brasil. Entretanto o início não foi fácil, a revista lutou

nos primeiros sete anos contra a censura do governo militar até acertar a fórmula. No

Brasil, a primeira concorrente da revista Abril, de acordo com Scalzo (2004) foi a revista

Visão (1952), que já existia quando a Abril lançou a Veja.

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Imagem 9: Capa de 1975 da revista Visão Fonte: <capasecompanhia.blogs.sapo.pt>

A partir da década seguinte, aparecem várias publicações relacionadas com a

preocupação ao corpo como Boa Forma, Saúde e Corpo. Na década de 90 surge a

Abril Jovem, com objetivo de criar uma unidade para as publicações juvenis e permitir a

sua expansão. Com publicações voltadas para diversão e informação.

Com o passar dos tempos, os avanços tecnológicos, o crescimento dos meios de

comunicação e a globalização, cresce cada vez mais a concorrência e as revistas

especializadas para atenderem a um público direcionado variam cada vez mais pela

temática, gênero e segmento de mercado.

2.3. ARTESANATO

O Brasil se destaca hoje não só pelas suas belezas naturais, mas também pela sua

produção cultural. O artesanato é uma delas, a qual retrata os costumes locais há mais

de cinco séculos. Segundo o Programa de Artesanato Brasileiro do Governo Federal4

este “[...] é um setor da economia cujo crescimento possui alto potencial de geração de

trabalho e renda”. O programa do governo também afirma que promover o

desenvolvimento desse setor e difundir o artesanato local é de suma importância para

a preservação da cultura brasileira.

4 Disponível em: www.mdic.gov.br

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Segundo Santos (2004) “O vocábulo artesanato originou-se do termo francês artisanat,

o qual se pode definir como sendo um complexo de atividades de natureza industrial,

através das quais o Homem manifesta a criatividade espontânea”. De acordo com o

site do Sebrae5 :

A partir do conceito proposto pelo Conselho Mundial do Artesanato, define-se como artesanato toda atividade produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados, feitos manualmente ou com a utilização de meios tradicionais, com habilidade, destreza, qualidade e criatividade.

O artesanato é uma das formas mais espontâneas de expressão do povo brasileiro e a

sua preservação é garantia de que se estará cultivando a história. Em todas as partes

do país, é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-

primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local. Esta

diversidade torna o artesanato brasileiro rico e estabelecendo, criando uma identidade

nacional única muito valorizada.

As riquezas dos recursos naturais do Brasil são grandes fontes de inspiração e matéria

prima. Uma característica marcante é a utilização de plantas, sementes, fibras

vegetais, couro, argila, madeira, papel. Geralmente os artesãos, inspiram-se na riqueza

da fauna e flora, criando um artesanato diversificado.

O SEBRAE para facilitar a caracterização do artesanato, estabeleceu um modo de

caracterizá-lo através dos usos dos produtos resultantes e organização do trabalho

artesanal, de modo a atender às diferentes necessidades dos artesãos.

As categorias dos produtos artesanais são definidas de acordo com sua origem, uso e

destino, como se segue nas descrições abaixo.

2.3.1. Artesanato Indígena

O artesanato indígena segundo SEBRAE é formado por “[...] objetos produzidos no

seio de uma comunidade indígena, por seus próprios membros. São, em sua maioria,

resultante de uma produção coletiva, incorporada ao cotidiano da vida tribal”.

5 Disponível em: www.sebrae.com.br

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Muito antes da chegada dos portugueses ao Brasil os índios já viviam aqui e

aproveitavam os recursos da natureza para produzir objetos e utensílios para o uso no

dia-a-dia. Estas raízes estas influenciaram muito a cultura brasileira e encontram-se

presentes até hoje no nosso cotidiano.

Imagem 10: Cestaria Maranhense

Fonte: <http://www.terrastpck.com.br/>

Imagem 11: Bijuterias estilo Indígena

Fonte: Site < http://www.povosdasflorestas.com.br>

2.3.2. Artesanato Tradicional

É o conjunto de elementos mais expressivos da cultura de um determinado grupo,

representando as suas tradições, porém incorporados à vida cotidiana. Sua produção

é, em geral, em pequena escala e em família favorecendo a transferência de

conhecimentos sobre as técnicas e processos. Sua importância e valor cultural dá-se

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ao fato de ser preservada a memória cultural e histórias de uma comunidade por ser

transmitida de geração em geração.

Imagem 12: Artesanatos em cerâmica

Fonte: < www.diariodeiguape.com>

2.3.3. Artesanato de Referência Cultural O artesanato de referência cultural tem como principal característica, a incorporação de

elementos culturais tradicionais da região onde são produzidos. Os produtos são, em

geral, resultado de uma intervenção planejada de artistas e designers, em parceria com

os artesãos, com o objetivo de diversificar os produtos, dinamizar a produção, agregar

valor e otimizar custos, porém preservando os traços culturais mais representativos.

Imagem 13: Artesanatos em capim dourado Fonte: < www.diariodeiguape.com>

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2.3.4. Artesanato Conceitual O artesanato conceitual tem origem urbana, na qual a inovação é o principal elemento,

distinguindo-se dos demais. São objetos produzidos por pessoas com alguma

formação artística, com nível cultural e educacional mais elevado. Por trás desses

produtos existe uma proposta, uma afirmação sobre estilos de vida e valores, muitas

vezes explícitos através do sistema de promoções utilizadas, sobretudo aqueles

ligados à preservação ambiental.

Imagem 14: Caixa e bloco feitos de papel reciclado por Ong

Fonte: <www.nossopapel.org.br>

2.3.5. Trabalhos Manuais

Os trabalhos manuais são os considerados artesanatos domésticos. Em geral são

utilizados moldes já pré definidos e materiais industrializados, ao contrário dos

anteriores, nos quais a matéria-prima passava por uma transformação. As técnicas são

aprendidas em cursos rápidos. Normalmente é uma ocupação secundária, que a

pessoa realiza no intervalo de suas tarefas, muitas vezes como passatempo.

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Imagem 15: Trabalhos Manuais

Fonte: Site

O Sebrae também classifica estes tipos de artesanatos conforme o valor cultural que

cada um apresenta, pode-se observar na imagem 16:

Imagem 16: Classificação do Artesanato

Fonte: www.sebrae.com.br

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2.4. CLIENTE

Nesta etapa se apresentará o perfil do cliente, assim como sua história, estrutura,

produtos e situação do mercado atual.

2.4.1. Perfil do cliente O Grupo Abril é um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América

Latina. Através de sua atuação integrada de várias mídias ele fornece informação,

educação e entretenimento para o público.

Os números comprovam a liderança que a Editora Abril exerce no mercado. Segundo

dados da própria Abril6 “São mais de 300 títulos publicados anualmente, com

circulação de aproximadamente 180 milhões de exemplares vendidos ao ano e quatro

milhões de assinaturas.” A gráfica chega a imprimir até 350 milhões de revistas por

ano, alcançando cerca de 22 milhões de leitores.

Com todos os seus sites atingem cerca de 8 milhões de visitantes todos os meses e os

espectadores jovens da MTV passam de 9 milhões. Já as editoras Ática e Scipione

vendem cerca de 37 milhões de livros todos os anos.

Para a Abril é muito importante se emprenhar em contribuir para a difusão de

informação, cultura e entretenimento, para o progresso da educação. Adota a melhoria

da qualidade de vida, o desenvolvimento da livre iniciativa e o fortalecimento das

instituições democráticas do país, tendo como valores a excelência, integridade,

pioneirismo e valorização das pessoas e princípios a competitividade, o foco no cliente,

a rentabilidade e o trabalho em equipe. Com o objetivo de ser a companhia líder em

multimídia integrada, atendendo aos segmentos mais rentáveis e de maior crescimento

dos mercados de comunicação e educação.

6 Disponível em: <www.abril.com.br>

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2.4.2. Histórico

Na década de 1950, tempo em que o Brasil tinha pouco mais de 50 milhões de

habitantes e 70% da população era de analfabetos, o ítalo-americano Victor Civita

fundou a Editora Abril. Civita deu esse nome à editora, pois na Europa, abril é o mês

que dá início à primavera. O símbolo da árvore, segundo Victor Civita7, “[...] é a

representação da fertilidade, a própria imagem da vida. O verde é a cor da esperança e

do otimismo”.

Imagem 17 : Logo Editora Abril

Fonte: http://www.brandsoftheworld.com/

A família Civita já possuía raízes na tradição gráfica em mercados latino-americanos

como a Argentina. A editora começou com a publicação da Walt Disney intitulado O

Pato Donald (imagem 18) em um escritório no centro de São Paulo onde tinha meia

dúzia de funcionários.

Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1

Fonte: http://grupovejabem.blogspot.com/

7 Disponível em: http://www.centenariovictorcivita.com.br/

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Imagem 19: Pato Donald visita o escritório Fonte: www.grupovejabem.blogspot.com/

No fim da década de 1950, a Abril começou sua grande transformação. Nos anos

seguintes, atrairia os profissionais mais talentosos do país e investiria em treinamento e

tecnologia, inaugurando uma cultura jornalística brasileira em texto, fotografia, edição e

produção.

O crescimento se intensifica e em 1960, Victor Civita, em um empreendimento inovador

e ousado, resolve publicar obras de referências em fascículos. Foi um fenômeno

editorial, pois tal acesso, que era antes restrito às bibliotecas, chegava às bancas, no

mesmo tempo a família Disney cresce com o lançamento de Zé Carioca, em 1961, o

que estimula a criação dos quadrinhos nacionais.

Imagem 20: Funcionárias da Divisão de Fascículos embalam Os Cientistas, em 1972

Fonte: http://grupovejabem.blogspot.com

Quase no final do século, em 1969, a Abril leva mais adiante a proposta de educar

divertindo com o lançamento da Recreio (1969) (imagem 21). Atualmente a Editora

publica mais de 30 títulos infanto-juvenis e cerca de 20 edições especiais. No ano de

1968, passa a publicar Veja (imagem 22) com características similares à americana

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Time (1923) segundo Costa; Santana (2007, p.35) , revista esta, jornalística de

variedades que mais pra frente seria a revista com mais circulação no Brasil e a

terceira maior revista de circulação semanal do mundo, fora dos EUA.

Para formar a primeira equipe da revista Veja, a Editora fez uma seleção em todo o

país e treinou durante três meses cem jovens de formação superior. Dentre eles 50

acabaram ficando na redação. Esse foi o primeiro curso de Jornalismo promovido pela

editora.

Imagem 21: Revista Recreio

Fonte: <http://grupovejabem.blogspot.com>

Imagem 22: Capa da primeira publicação da Veja

Fonte:http://1.bp.blogspot.com/_ZszcvjMINx8/ScrDfR07JsI/AAAAAAAAAYo/Y6Rg67Btp6k/s400/C%C3%B3pia+da+Primeira+Revista+Veja.JPG

O crescimento do turismo e da indústria automobilística no país faz a editora expandir

ainda mais os segmentos, passando a publicar as revistas Quatro Rodas (1960), Guia

Quatro Rodas e Viagem e Turismo. O público masculino também ganhou revistas como

Placar (1970), Playboy (1975), Vip (1981) e Mens Health.

Acompanhando de perto a mulher brasileira, também cria inúmeras publicações

voltadas ao público feminino, Capricho (1959), que foi a primeira revista feminina da

editora. Inicialmente era uma revista de fotonovela e anos mais tarde seria reformulada

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

para temas relacionados às adolescentes. A revista Manequim (1959), que foi a

primeira revista de moda, é uma das mais vendidas. Logo em seguida, nasceu Claudia

(1961), que focalizava a dona-de-casa. Também foram lançadas versões brasileiras de

revistas que já faziam sucesso no exterior como Nova (1973), uma versão da

americana Cosmopolitan e Elle, da francesa homônima. Recentemente surgiu Estilo

(2002). Sete das dez revistas mais lidas do país são da Abril. Este ramo de atividades

representa 60% das atividades do Grupo.

Imagem 23: Revista do segmento feminino da Editora

Fonte: www.abril.com.br

Para diversificar sua atuação e continuar na liderança, Abril investe em televisão e

internet. Coloca no ar em 1991 a TVA, TV digital, internet banda larga e Voip. Coloca,

também, no mesmo período, a MTV, canal com programação direcionada ao jovem e

primeiro canal da TV segmentada. Na internet, a primeira iniciativa foi em 1996 com o

BOL, que logo se incorporou ao UOL. Em 1999, lança o Ajato, provedor de internet

banda larga. Nesse mesmo ano com a educação se tornando cada vez mais

importante na era do conhecimento, o Grupo Abril adquire parte das Editoras Ática e

Scipione e em 2004 adquire sua totalidade, ganhando assim importância no mercado

brasileiro de livros escolares.

Em maio de 2006, Civita anuncia a sociedade com o Naspers, grupo de mídia sul-

africano, que passa a deter 30% do capital do Grupo. Segundo dados da própria

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

empresa, a Abril publica mais de 300 títulos, sendo líder absoluto de todos os

segmentos que opera. Provando que o sonho de Victor Civita era um grande negócio.

A Gráfica utiliza processos digitais e imprime cerca de 350 milhões de revistas por ano.

Suas publicações vendem perto de 164 milhões de exemplares, atingindo um público

de aproximadamente 23 milhões de leitores. A Abril também detém a liderança na

produção de livros escolares com as editoras Ática e Scipione produzindo, em

conjunto, mais de 4 mil títulos.

A Editora Abril esteve presente nas principais transformações da sociedade brasileira.

O Grupo Abril é um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América

Latina. Ao longo de toda a sua história diversificou suas operações e expandiu. Hoje,

fornece conteúdo de qualidade a multiplataformas.

2.4.3. Estrutura A Editora Abril é considerada a maior da América Latina. Sua sede fica localizada na

Marginal Pinheiros na cidade de São Paulo. O arranha-céu, chamado de Birmann 21, é

o décimo primeiro edifício mais alto do Brasil.

Imagem 24: Birmann 21, Edifício sede da Editora Abril

Fonte: www.wikipedia.com.br

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O Grupo Abril tem como presidente do Conselho de Administração e Diretor Editoral, o

herdeiro do fundador Victor Civita, Roberto Civita. Cargos estes, que somam ao de

editor chefe da revista Veja. A estrutura organizacional completa da Editora pode ser

observada no organograma a seguir.

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Imagem 25: Organograma do Grupo Abril Fonte: www.abril.com.br

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A Editora Abril possui a maior gráfica da América Latina que conta com um eficiente

serviço de distribuição de assinaturas.

A localização da Gráfica na cidade de São Paulo, próxima das principais saídas, facilita

o transporte rodoviário para os aeroportos da região, garantindo a entrega pontual de

suas publicações.

A gráfica emprega hoje, 1.100 funcionários que trabalham em uma área de 45 mil

metros quadrados.

Imagem 26: Parque Editoral da Abril

Fonte: www.engecomp.com.br

Imagem 27: Setor de Imposição

Fonte: www.abril.com.br

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Imagem 28: Setor onde os cilindros de cobre são preparados para a gravação

Fonte: www.abril.com.br

Imagem 29: Setor de dobra da Gráfica

Fonte: www.abril.com.br

2.4.4. Produtos Abril Educação: Através das editoras Ática e Scipione, a Abril publica livros escolares,

detendo a liderança no mercado brasileiro de livros escolares. As duas editoras, juntas,

publicam mais de quatro mil títulos por ano, passando a fazer parte da Abril Educação.

Canais Abril: A Abril possui os canais de televisão Fiz, um canal com foco no público

jovem e na comunidade de produção audiovisual, no qual o público faz a programação

através do envio de vídeos pela internet; Ideal, um canal dedicado aos profissionais

brasileiros; MTV, voltado para o público adolescente e a TV digital por assinatura a

TVA.

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Imagem 30: Logo MTV

Fonte: http://rd1audienciadatv.wordpress.com/

Imagem 31: Logo Canal Ideal

Fonte: www.abril.com.br DataLista: A DataListas é uma unidade de Negócios da Editora Abril, fornecendo ao

mercado listas e serviços de marketing direto, através dos dados dos assinantes de

suas publicações. Dedoc: O Conteúdo Expresso é um acervo digital de livros, filmes, receitas, artigos e

de material audiovisual da Globo. É o braço editorial da Editora Abril, com um acervo

de imagens, textos e fotos em formato digital, das publicações da Editora. Distribuição e Logística: A Dinap, Distribuidora Nacional de Publicações é uma

empresa do Grupo Abril que distribui e comercializa em livrarias, revistarias e bancas

todos os produtos da Editora Abril e de várias outras editoras. A Dinap leva as

publicações a mais de 32 mil pontos-de-venda em todo o país.

Imagem 32: Logo Dinap

Fonte: www.dinap.com.br

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Eventos: Vídeo Music Brasil, Melhores e Maiores, Educar Nota 10, Prêmio Claudia,

Carrer Fair e Supersurf, são alguns dos cerca de 40 eventos e projetos especiais

realizados pela Editora Abril. São também homenagens, premiações e destaques para

pessoas e empresas que contribuem para o desenvolvimento do país.

Imagem 33: Revista do evento Supersurf

Fonte: www.supersurf.com.br

Gráfica: A Gráfica Abril publica 350 milhões de exemplares impressos por ano. Sua

produção é totalmente integrada com as áreas de logística e distribuição, para elevar

ao máximo a produtividade e garantir a competitividade. Oferece ainda soluções e

serviços diferenciados para aproximar cada vez mais os anunciantes do leitor. A

Gráfica imprimi algo em torno de 350 milhões de exemplares impressos por ano, sendo

eles revistas, suplementos e edições especiais.

Guias e Anuários: A Editora publica diversas obras de referências, atualizadas

anualmente com informações sobre estudo, trabalho e lazer. O Guia Quatro Rodas, um

guia de turismo que traz roteiros de viagens, mapas de ruas e estradas, além de uma

lista de hotéis, restaurantes e atrações turísticas de todo o território nacional. O

Almanaque Abril e o Guia do Estudante são verdadeiras enciclopédias portáteis. O

primeiro é uma fonte de informação para estudantes, professores e pesquisadores,

com curiosidades, fatos e acontecimentos mais importantes da atualidade, publicado

anualmente pela Editora. O segundo é uma publicação voltada ao público jovem, com

informações para ajudar a entender o mundo, para aqueles leitores que se preocupam

com o futuro, promovendo o desenvolvimento dos jovens.

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Imagem 34: Almanaque Abril

Fonte: www.dinap.com.br

Imagem 35: Guia do Estudante

Fonte: www.canaldaimprensa.com.br

Revistas: O principal negócio do Grupo Abril são as revistas, que representam mais de

60% da atividade do Grupo.

São elas: Ana Maria, Arquitetura & Construção, Aventuras na História, Bizz, Boa

Forma, Bons Fluidos, Bravo, Capricho, Caras, Casa Claudia, Claudia, Claudia Comida,

Contigo, Disney, Elle, Estilo, Exame PME, Exame, Guia do Estudante, Quatro Rodas,

Info Corporate, Info, Loveteen, Manequim, Men’s Health, Minha Novela, Mundo

Estranho, National Geographic, Nova Escola, Placar, Playboy, Quatro Rodas, Recreio,

Revista A, Revista da Semana, Runner’s World, Saúde, Sou + eu, Superinteressante,

Tititi, Veja, Veja Rio, Veja São Paulo, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Viva Mais,

Você S.A. RH, Você S.A., Witch, Women’s Health

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Imagem 36: Revistas Editora Abril

Fonte: www.abril.com.br

Sites: A primeira iniciativa da Abril no ramo foi com o lançamento da Brasil OnLine, em

1996. Hoje a Editora tem mais de 70 sites, entre eles versões online das revistas, sites

de serviços e de empresas que constituem o Grupo.

Imagem 37: Logo do site Brasil OnLine

Fonte: www.arathanshinai.com.br

Projetos Sociais: A empresa tem várias iniciativas sociais para reforçar os laços com

a comunidade, promovendo educação, cidadania, cultura, preservação do meio

ambiente, saúde, voluntariado tudo isso através da Campanha contra Aids, Cessão de

Espaço Publicitário, Clickarvore, Desarmamento Infantil, Fundação Victor Civita, Guia

Exame de Sustentabilidade, Parceria com a USP, Planeta Sustentável, Prêmio Claudia,

Revisteca, Selos Institucionais, Teatro Abril, Voluntariado Mãos à Obra.

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2.4.5. Mercado

A Editora Abril atua na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição,

impressão, distribuição e venda de revistas, publicações técnicas, na comercialização

de propaganda e publicidade, bem como a participação no capital de outras

sociedades. Na América Latina é a maior empresa no ramo editorial e gráfico e líder no

mercado de revistas.

No primeiro trimestre de 2008 a empresa teve um crescimento de aproximadamente

20%, comparado ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi possível

graças ao crescimento do mercado publicitário que apresentou aumento de 15,5% no

mesmo período e ao mercado de revista que teve um crescimento de 18,3%. Já

segundo o IBOPE8 o volume de páginas de publicidade nas revistas cresceu 14%,

dando destaque para os setores financeiro, automobilístico, telefonia, higiene e limpeza

e eletro-eletrônicos.

A circulação de revistas da Editora Abril através de assinaturas e avulsas teve um

aumento de 4,3%.

Já com relação aos serviços gráficos realizados pela Editora Abril, pode-se observar

um aumento de produtos comercializados. Nos três primeiros meses do ano de 2008,

produziu-se cerca de 14,7 bilhões de páginas de revistas, fascículos e impressos

comerciais, valor esse que representa um aumento de 10,5% se comparado com o

mesmo período do ano anterior. Já a impressão de serviços à terceiros apresentou um

crescimento de 26% no mesmo período.

2.5. CONCORRENTES INDIRETOS

Como se observou através de pesquisas, não existe nenhuma publicação na área do

projeto aqui desenvolvido, portanto se fez uma análise de materiais similares,

considerados concorrentes indiretos.

8 Disponível em: www.abril.com.br

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2.5.1. Revistas Culturais

O primeiro grupo são das revistas culturais, que têm o foco na cultura em geral.

2.5.1.1 Revista Bravo

A revista Bravo! foi lançada em 1997 pela Editora Abril. A revista tem periodicidade

mensal e tiragem de aproximadamente 40 mil exemplares. Bravo! fala de arte, cultura

e entretenimento para aqueles que consomem bens culturais como música, artes

plásticas, teatro e dança. Trazendo tudo isso numa mesma publicação junto com

críticas, agendas culturais e indica o melhor de cada área, estimulando o leitor a

aproveitar e se divertir.

A família Bravo! é composta também pelo site que cria debates sobre as pautas; o

Prêmio Bravo! Prime de Cultura; além de edições especiais, encontros e cursos que

realizam em parceria com os principais centros de cultura do país.

Segundo o site da revista Bravo! 9 ela tem hoje cerca de 110 mil leitores, sendo que a

maior parte deles está concentrada na região sudeste. O site classifica o leitor como

sendo jovem, qualificado e consumidor de cultura. Entre eles a maioria é feminina, tem

entre 20 e 39 anos e pertence à classe B.

Imagem 38: Capa da Revista Bravo

Fonte: Arquivo Pessoal

9 Disponível em: <http://www.midiakitbravo.com.br>

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Imagem 39: Capa da Revista Bravo

Fonte: www.planetaeducacao.com.br

Imagem 40: Capa da Revista Bravo Fonte: www.portalfk.blogspot.com

Imagem 41: Revista Bravo – Página de reportagem

Fonte: Arquivo Pessoal

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Imagem 42: Revista Bravo – Reportagem e foto

Fonte: Arquivo Pessoal

Imagem 43: Revista Bravo – Fotografias

Fonte: Arquivo Pessoal

2.5.1.2. Revista Raiz

A revista RAIZ. é uma publicação da editora Cultura em Ação lançada em 2005. As

primeiras quatro edições foram publicadas mensalmente, logo após passou a ser

bimestral. Já na internet, o site recebe novos artigos diariamente. Atualmente a revista

está passando por um processo de reformulação dos projetos editoriais e visuais.

A missão da revista Raiz é levar conhecimento à respeito da cultura popular brasileira

em todas as suas expressões, sonora, iconográfica, cênica, escrita, ou seja, todas as

formas de manifestação popular que guardam a identidade brasileira. Possui o objetivo

de mostrar a cultura popular do país que tanto os brasileiros se orgulham, porém

muitos desconhecem a gama de manifestações que existe. A revista é destinada a

artistas, produtores culturais, comunidades artísticas e todo o Brasil.

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Devido a grande dimensão territorial do país, a estrutura limitada da revista, falta de

recursos e ao alto custo para se distribuir esta revista em bancas e criar assinaturas, é

que RAIZ. é vendida, atualmente, exclusivamente através da internet. O que, segundo

os diretores desta, não a impede de estar presente em todos os estados.

Inicialmente a revista tinha uma tiragem de 50 mil exemplares, porém percebeu-se com

o tempo que o tamanho do impacto provocado era desnecessário, atualmente publicam

20 mil exemplares, o que julgam conseguir cobrir o público que lê a revista atualmente.

Destes, cinco mil exemplares são distribuídos via mailing para agentes culturais,

jornalistas, personalidades, bibliotecas, Ministério da Cultura e Pnud-ONU.

Imagem 44: Capa da Revista Raiz

Fonte: Arquivo pessoal

Imagem 45: Capa da Revista Raiz

Fonte: Arquivo Pessoal

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Imagem 46: Capa da Revista Raiz

Fonte: Arquivo Pessoal

Imagem 47: Revista Raiz – Texto e Imagem

Fonte: Arquivo pessoal

Imagem 48: Revista Raiz – Texto

Fonte: Arquivo pessoal

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2.5.1.3. Revista PreÁ

A revista Preá tem como objetivo disseminar informação cultural de qualidade do

interior do estado por todo o Rio Grande do Norte.

A revista é editada e publicada pela Fundação José Augusto, uma entidade mantida

pelo Governo do Estado fundada em 1963.

Imagem 49: Revista PREÁ Fonte: www.fja.rn.gov.br

Imagem 50: Revista PREÁ Fonte: www.fja.rn.gov.br

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Imagem 51: Interior da revista PREÁ

Fonte: www.fja.rn.gov.br

Imagem 52: Interior da revista PREÁ

Fonte: www.fja.rn.gov.br

Imagem 53: Interior da revista PREÁ

Fonte: www.fja.rn.gov.br

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Imagem 54: Interior da revista PREÁ

Fonte: www.fja.rn.gov.br

2.5.1.4. Análise das Revistas Culturais

Pontos Positivos Pontos Negativos

Formato diferenciado das demais.

Grande quantidade de imagens e

com qualidade.

Bem organizadas e distribuídas

as seções da revista.

O tamanho maior e o peso devido

a grande quantidade de

reportagens, dificultam o

transporte e armazenamento da

revista.

Bravo

Boa diagramação. Valor elevado.

Fotografias de qualidade. Falto de respiro entre as colunas. Raiz

Formato diferenciado das revistas

conhecidas.

Diagramação ruim. Os textos são

muito longos, não tem uma

preocupação com a ergonomia e

acabam dificultando e cansam a

leitura.

Diagramação ruim.

A fonte utilizada nos textos

dificulta a leitura.

Preá

Uso de poucas imagens de

qualidade. Tabela 1: Análise das revistas culturais

Fonte: Arquivo Pessoal

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2.5.2. Revistas de Artesanato O segundo grupo é formado por revistas de artesanato com foco em suas técnicas.

2.6.2.1. Editora Escala

A Editora Escala possui uma linha de revistas voltadas para artesanato que mostram o

passo a passo para criar peças com diversas técnicas como patchwork, fuxico,

amarradinho, biscuit, entre várias outras.

Imagem 55: Revista Escala - Patchwork

Fonte: www.escala.com.br

Imagem 56: Revista Escala – Potes

Fonte: Arquivo Pessoal

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Imagem 57: Revista Escala - Potes

Fonte: arquivo pessoal

Imagem 58: Revista Escala - Potes

Fonte: arquivo pessoal

2.5.2.2. Editora Casa Dois A Editora Casa Dois está há 13 anos no mercado e atua em diversos segmentos como

o de arquitetura, arte, artesanato, beleza, construção, infantil, gastronomia, saúde,

entre outros. As revistas são distribuídas em todo o Brasil, além de serem exportadas

para Argentina e Portugal.

A editora procura levar, a cada edição, informações precisas para enriquecer o

conhecimento dos leitores.

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Imagem 59: Revista Casa Dois - Fuxico

Fonte: www.casadois.com.br

Imagem 60: Revista Casa Dois - macramê

Fonte: www.casadois.com.br

Imagem 61: Revista Casa Dois - Madeira

Fonte: www.casadois.com.br

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Imagem 62: Revista Casa Dois - Patchwork

Fonte: www.casadois.com.br

Imagem 63: Revista Casa Dois – Páginas internas

Fonte: arquivo pessoal 2.5.2.3. Editora Minuano

A Editora Minuano tem como proposta levar informação de qualidade e com conteúdo

que acrescente algo na vida dos leitores, colaboradores e anunciantes.

Além de criar uma oportunidade de negocio, organizando e harmonizando,

principalmente, o setor de artesanatos.

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Imagem 64: Revista Editora Minuano - Madeira

Fonte: www.edminuano.com.br

Imagem 65: Revista Editora Minuano - Madeira

Fonte: www.edminuano.com.br

Imagem 66: Revista Editora Minuano - Flores

Fonte: www.edminuano.com.br

Page 65: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CAROLINE …siaibib01.univali.br/pdf/Caroline Gallasini Furtado.pdf · Imagem 18: Revista O Pato Donald nº1.....38 Imagem 19: Pato Donald visita o

Imagem 67: Revista Editora Minuano - Fuxico

Fonte: www.edminuano.com.br

2.5.2.4. Análise das revistas de artesanato

Pontos Positivos Pontos Negativos

Imagens bem explicativas para

o contexto.

Muita informação visual na capa,

fotos e textos.

Ed. Escala

Tamanho fácil de manusear e

transportar.

Diagramação.

Conteúdo bem explicativo. Uso de muitas fontes. Editora Casa Dois

Tamanho fácil de manusear e

transportar.

Falta de identidade.

Uso de muitas fontes. Editora Minuano Tamanho fácil de manusear e

transportar.

Falta de identidade.

Tabela 2: Análise das revistas de Artesanato Fonte: Arquivo pessoal

2.6 PESQUISA DE CAMPO

Este tópico apresentará a pesquisa de campo realizada através de aplicação de

questionários.

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2.6.1. Questionário

O questionário (apêndice A) foi aplicado com o objetivo de conhecer um pouco a

respeito do público-alvo da revista, bem como seus interesses e expectativas. Este foi

aplicado através da internet com 58 pessoas, no período de 26/03/2009 à 30/03/2009,

sendo estas dos estados de Santa Catarina e São Paulo. O resultado dessa pesquisa

pode ser observado a seguir:

Entre os entrevistados a maioria 67%, ou seja, 39 deles têm entre 20 e 29 anos e em

seguida vem a faixa etária de 30 a 39 anos.

9%

67%

16%

3%5%até 1920 a 2930 a 3940 a 49mais de 49

Gráfico 01: Idade

Fonte: Arquivo Pessoal

São em sua maioria solteiros, conforme os 86% que afirmam isso. Os casados

totalizam 9% e 5% afirmam ter outro tipo de estado civil.

86%

9%5%

SolteiroCasadoOutro

Gráfico 02: Estado civil Fonte: Arquivo Pessoal

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Dos entrevistados 47% estão cursando ou já concluíram o ensino superior, o que

demonstra a maioria. Em seguida, com 37% aparece os que declaram serem pós

graduados.

2%17%

47%

34%

EnsinoFundamentalEnsinoMédio

EnsinoSuperior

Pós

Gráfico 03: Escolaridade Fonte: Arquivo Pessoal

Dos entrevistados 64% foram mulheres e 36% homens.

36%

64%

MasculinoFeminino

Gráfico 04: Sexo

Fonte: Arquivo Pessoal

Quando questionados à respeito da profissão que exercem, a tabela a seguir mostra as

respostas que apareceram:

Profissão: Qntdad Administradora 2 Advogada 2 Assistente administrativo 1 Autônomo 1 Auxiliar Administrativo 2 Consultor Editorial 1 Designer 6 Do Lar 1

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Docente 1 Empresário 1 Engenheira de Alimentos 1 Engenheiro 2 Engenheiro civil 1 Esteticista 2 Estudante de nível superior 14 Farmacêutica 2 Financeiro 1 Fisioterapeuta 1 Funcionário Público 1 Gerente administrativa 1 Jornalista 1 Medicina 1 Personal Trainner 1 Produtora de Eventos 1 Professor 3 Professor de educação física 1 Profissional de Marketing 1 Programador de aplicação PL 1 Psicóloga 1 Tecnóloga em Cosmetologia e Estética 1

Tabela 3: Profissão Fonte: Arquivo Pessoal

Quando perguntadas com que freqüência costumam comprar revistas, 42%, ou seja,

23 pessoas, responderam que compram mensalmente, 34% responderam que não

compram, 20% que compram semanalmente e os outros 4% restantes que compram

quinzenalmente. Como se pode observar no gráfico:

20%

4%

42%

34% SemanalmenteQuizenalmenteMensalmenteNão compra

Gráfico 05: Frequência que compram revista

Fonte: Arquivo Pessoal

Quanto aos locais preferidos para ler revistas, 39% afirmaram que preferem ler em

casa. A ordem dos demais lugares pode ser observada no gráfico:

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22%

5%3%

39%

13%

10%8%

ConsultórioMédicoBar/RestauranteBibliotecas

Em casa

Na Praia

Gráfico 06: Locais para leitura de revistas

Fonte: Arquivo Pessoal

Quando questionadas sobre o interesse que possuem sobre cultura brasileira, 97% dos

entrevistados afirmaram que se interessam e somente 3% que afirmaram que não

possuem este interesse.

97%

3%

SimNão

Gráfico 07: Interesse em cultura brasileira

Fonte: Arquivo Pessoal

O gráfico a seguir mostra que 38 dos entrevistados, o que representa 66%, se

interessam por artesanato regional já 38% não possuem interesse.

66%

34%SimNão

Gráfico 08: Interesse por artesanato regional

Fonte: Arquivo Pessoal

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A pesquisa também mostrou que somente 3% dos entrevistados afirmam conhecer

totalmente os tipos de artesanatos produzidos nas regiões do Brasil, já 92% afirmaram

conhecer ao menos algum tipo, e 5% não conhecem.

3%

92%

5%ConheçoTodosConheçoAlgunsNão Conheço

Gráfico 09: Conhecimento sobre artesanato regional

Fonte: Arquivo Pessoal

Quando questionados sobre o meio de comunicação pelo qual tomam conhecimento à

respeito do artesanato, 51% responderam que é através da televisão, 20% da internet,

20% da revista, 20% os outros meios, como se pode observar no gráfico que se segue:

20%

9%

20%31%

20%RevistaJornalInternetTelevisãoOutros Meios

Gráfico 10: Meios de comunicação que tomam conhecimento sobre artesanato

Fonte: Arquivo Pessoal

Os 20% que responderam outros meios de comunicação como formas de

conhecimento do artesanato citaram as seguintes:

Formas de conhecimento Qntdad Artesões 1 Artigos 1

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Cursos de artesanatos 1 Feiras de ruas 1 Livros 1 Outros Meios não citados 7 Praças 1 Viagens 8

Tabela 4: Formas de conhecimento Fonte: Arquivo Pessoal

Quando questionados se conhecem alguma publicação que fale à respeito do

artesanato brasileiro a maioria dos entrevistados, 86% deles, afirmaram desconhecer,

somente 15% afirmaram conhecer. Porém reclamam da pouca preocupação com

contraste, cores, diagramação, qualidade das fotos e o próprio conteúdo em si.

14%

86%

Sim Não

Gráfico 11: Conhecimento sobre publicação de artesanato

Fonte: Arquivo Pessoal

Quanto ao interesse dos entrevistados em relação a uma revista para divulgar o

artesanato do Brasil, os mesmos 86% responderam positivamente.

86%

14%

Sim Não

Gráfico 12: Interesse em revista para divulgar artesanato

Fonte: Arquivo Pessoal

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Quando questionados sobre quais os diferenciais com relação ao design gráfico, eles

gostariam de ver nestas publicações o uso extensivo de fotografias como o elemento

mais importante com 41% dos respondentes. Em seguida o uso de texturas com 28%,

de cores vibrantes com 6%, elementos tridimensionais com 19% e outros com 6%,

como se pode ver no gráfico:

28%

19%41%

6%6%

Texturas

ElementostridimensionaisUso extensivo defotografiasUso de coresvibrantesOutros

Gráfico 13: Diferenciais com relação ao design gráfico

Fonte: Arquivo Pessoal

Entre as repostas dos 6% que afirmaram ser necessário outro tipo de diferencial temos:

Outros diferenciais com relação ao design gráfico Qntd Divulgação diferenciada 1 Materiais 1 Utilização de matérias primas diferentes e naturais das regiões. 1

Tabela 5: Outros diferenciais com relação ao design gráfico Fonte: Arquivo Pessoal

Por último questionou-se sobre quais elementos gráficos chamam mais a atenção

deles quando lêem uma revista a maioria, 29% deles, afirmaram serem as fotos, 17%

cores, 14% ilustrações e textos, por fim 13% formas e texturas.

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17%

13%

13%29%

14%

14% CoresFormasTexturasFotosIlustraçãoTexto

Gráfico 14: Elementos gráficos que chamam a atenção

Fonte: Arquivo Pessoal

2.7. ESTADO DE DESIGN

O estado do design tem como função buscar projetos e tendências atuais do mercado

para que tenha conhecimento de projetos criativos e do que está sendo trabalhado e

usado no ramo de editorial.

A revista Abc Design, trabalha com um diferencial de acabamentos, como verniz,

relevo e texturas diferentes. Na grande maioria das vezes esse diferencial aparece na

capa, como se pode observar nas imagens 68 e 69.

Imagem 68: Capa da Revista Abc Design

Fonte: Arquivo Pessoal

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Imagem 69: Capa da Revista Abc Design

Fonte: Arquivo Pessoal

Já no interior a revista tem a aplicação de papéis diferentes, como Reciclato, Couché,

Vegetal, tudo para valorizar a reportagem, e consequentemente a revista como um

todo.

Imagem 70: Revista Abc Design

Fonte: Arquivo Pessoal

Imagem 71: Revista Esquire

Fonte: Arquivo Pessoal

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A revista americana Esquire, na última edição lançou a primeira capa com E-Ink da

história. Essa tecnologia nada mais é do que um ‘’papel eletrônico’’ que muda sua cor

devido à presença de um campo magnético. Já em outra edição da revista, a capa

vinha com três cortes permitindo uma interação maior com o leitor.

Imagem 72: Revista Esquire

Fonte: Arquivo Pessoal

A revista Time acompanhando as novas tendências do cinema em 3D lança

reportagens no mesmo estilo. Campanha esta que foi lançada simultaneamente em

cinco revistas nos Estado Unidos.

Imagem 73: Revista Time Fonte: Arquivo Pessoal

A revista de cultura BRAVO! é publicada no tamanho 23cm X 27,5cm, esse formato

diferenciado destaca-se dos demais que são de 20cm X 27,5cm.

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Imagem 74: Revista Bravo

Fonte: Arquivo Pessoal

2.8. ANÁLISE E SÍNTESE DAS PESQUISAS

Nesta etapa mostrar-se-á as análises das pesquisas bibliográficas e de campo

realizadas para fundamentar o projeto. 2.8.1 Análise da pesquisa bibliográfica Na primeira etapa de pesquisa fez-se uma revisão bibliográfica à respeito de design

gráfico, design editorial, revista, da história das revistas, do artesanato e para finalizar

um pouco da história da Editora Abril. Com essa pesquisa pôde-se concluir que:

As revistas cresceram e conquistaram o seu espaço aos poucos, atualmente já

possuem uma posição de respeito e são consideradas um veículo de comunicação de

grande importância na formação da sociedade, tanto econômica quanto cultural.

No que se refere ao artesanato viu-se que as publicações nesse ramo são pouco

exploradas, tendo em vista o alto potencial desta manifestação cultural. Para obter-se

maior conhecimento fez-se uma busca dos tipos de artesanatos existentes.

Outro fator pesquisado também foi à respeito da Editora Abril, para a qual se

desenvolveu o projeto editorial, isso se deu devido a sua grande preocupação em

difundir informação, cultura e entretenimento para o progresso da educação e por ser

uma empresa líder no setor.

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As temáticas pesquisadas ajudam a reforçar a criação do projeto editorial da revista de

artesanato cultural brasileiro, a fim de divulgar e promover o artesanato regional local.

2.8.1 Análise da pesquisa de campo A pesquisa de campo foi realizada através da aplicação de questionários, para

conhecer um pouco mais à respeito do público alvo da revista, seus costumes,

conhecimentos, interesses e expectativas com relação ao tema e projeto.

Com essa pesquisa pôde-se perceber que a grande maioria dos entrevistados eram

mulheres, solteiras, com escolaridade superior. Portanto o projeto deve atender

principalmente a esse público.

Entre os entrevistados a maioria destes respondeu se interessar por artesanato

regional, porém estes não conhecem todos os tipos de artesanato produzidos no Brasil.

Um item também abordado na pesquisa foi o conhecimento dos entrevistados com

relação à publicação do artesanato brasileiro e a grande maioria afirmou desconhecer

apesar de possuir interesse.

Outro item relevante foi quanto aos diferenciais que os entrevistados gostariam que

fossem explorados na revista, entre as respostas que mais apareceram tem-se o uso

extensivo de fotografias, texturas, textos, cores e formas. Estes itens também foram

destacados como sendo aspectos que chamam atenção nas revistas.

Diante disso vê-se a importância de desenvolver um projeto gráfico nessa área e que

agreguem as características citadas pelos entrevistados.

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3. CONCEITUAÇÃO Depois de realizada a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo inicia-se o processo

de conceituação do projeto. Esta etapa tem por objetivo definir as diretrizes com as

quais o projeto irá trabalhar para facilitar a geração de alternativas. Esta que

compreende a listagem de requisitos e aos painéis semânticos.

3.1. LISTAGEM DE REQUISITOS

1- Qual será sua principal função de uso?

Divulgar o artesanato do Brasil no cenário nacional.

2- Quais serão as possíveis funções secundárias deste produto?

Divulgar cursos nas áreas, palestras, workshops, ensinar alguma técnica de artesanato

a cada edição, entre outros.

3- Quais as principais características / conceitos que este produto deve transmitir?

Diferente, Prática, Ilustrativa, Interativa e Cultural.

4- De acordo com o estado do design, quais são os referenciais estéticos que o produto deverá ter?

Inovação e acabamentos diferenciados

5- De acordo com a análise do Estado do Design, quais são as CARACTERÍSTICAS POSITIVAS que poderiam ser APROVEITADAS no produto? Um formato diferente, não sendo ele tão grande como o da revista Bravo, inovações

para diferenciar a revista.

6- De acordo com a análise do Estado do Design, quais são as CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS que poderiam ser EVITADAS no produto?

Um formato muito grande, como a utilizada pela revista Bravo pode ser inovador,

porém também se torna um empecilho no transporte e armazenamento.

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7- O produto sofrerá alguma influência ambiental, cultural, religiosa, geográfica, entre outras?

Cultural e Geográfica, por ser tratar de uma revista de artesanato, cada região da qual

será retratado o artesanato, implicará uma influência na revista.

8- Qual é o perfil do público alvo do produto?

O público alvo é na sua maioria feminino, com formação superior e na faixa etária de

20 a 29 anos.

9- Quais são os hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto (porque o escolhem, quando o escolhem e como o escolhem)?

O produto ainda não existe no mercado, por isso os consumidores irão escolher pelo

produto por ser inovador e se interessarem pelo assunto, tendo em vista que o projeto

tem como objetivo divulgar o artesanato regional brasileiro.

10- Quais são os benefícios que o consumidor espera deste produto?

Conhecer mais o artesanato do Brasil, de uma forma dinâmica, bem ilustrada, e

interativa.

3.2. PAINÉIS SEMÂNTICOS

Os painéis semânticos irão auxiliar na compreensão da conceituação. Para isso, gerou-

se o painel do público, de expressão do produto, tema visual e referência visual.

3.2.1. Painel de Público

O painel do público vai ajudar a traçar uma do estilo de vida e interesses do público-

alvo da revista. O público é variado, na faixa etária entre 20 e 29 anos de todas as

classes sociais. São pessoas com formação superior e interessadas em informação e

cultura.

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Imagem 75: Painel do Público-Alvo

Fonte: Arquivo Pessoal

3.2.2. Painel de Expressão do Produto

Este painel trás os conceitos que a revista deverá expressar e para tal foram definidos

os seguintes conceitos: prática, ilustrativa, interativa, diferente e cultural.

Imagem 76: Painel de Expressão do Produto

Fonte: Arquivo Pessoal 3.2.3. Painel do Tema Visual Este painel de tema visual representa os conceitos definidos anteriormente no painel

de expressão do produto, através de projetos e produtos. Sendo eles: uma tela touch

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screen e um vídeo game que são interativos, um post it e um canivete representando o

conceito de praticidade, uma sacola com estética diferente, revistas bem ilustradas

representando o conceito de ilustrativas e duas imagens relativas ao artesanato de

regiões diferentes representando o conceito de cultural.

Imagem 77: Painel do Público-Alvo

Fonte: Arquivo Pessoal

3.2.4. Painel de Referência Visual O painel de referências visuais auxiliará na inspiração para a criação do produto final.

Tomando-se como referência as imagens abaixo dos artesanatos das regiões

brasileiras, pretende-se criar uma linguagem que agregue elementos do artesanato na

diagramação

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Imagem 78: Painel de Referência Visual

Fonte: Arquivo Pessoal

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4. TÉCNICAS DE CRIATIVIDADES

Neste capítulo serão apresentadas as técnicas de criatividade utilizadas para gerar as

alternativas do projeto.

4.1. BRAINSTORMING

A técnica brainstorming baseia-se no princípio de “quanto mais idéias, melhor”.

(BAXTER, 2003, pg. 66). Esta técnica surgiu com o propósito de ser utilizada em um

grupo de no mínimo 10 pessoas no qual todas colaboram com opiniões aleatórias,

sendo elas óbvias ou não, para que no final da sessão sejam analisadas e extraídas as

que melhor se encaixam no conceito do projeto. Esta técnica ainda pode ser

desenvolvida individualmente, como foi o caso desse projeto, a diferença maior é a

quantidade de idéias geradas no final.

4.2. MESCRAI

MESCRAI é uma sigla de “Modifique (aumente, diminua), Elimine, Substitua, Combine,

Rearranje, Adapte, Inverta” (BAXTER, 2003, pg 79). Estes termos funcionam para

estimular o criador a possíveis modificações do produto. A aplicação desta técnica

pode ajudar a descobrir novas funções e a olhar o produto de um ponto de vista

diferenciado ajudando a poupar tempo e economizar possíveis frustrações

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5. GERAÇÃO DE ARTERNATIVAS

Durante esta etapa foram geradas alternativas de diagramação para revista. Avaliaram-

se diferentes possibilidades sempre buscando a que melhor se adequasse ao conceito

definido anteriormente.

Definiu-se também que a cada edição a revista irá abordar o artesanato de um estado

ou cidade, para a primeira edição o Estado de Santa Catarina foi escolhido. As

reportagens sempre irão agregar na diagramação elementos do artesanato, dessa

forma cada edição será diferente, porém sempre manterá uma linha de diagramação.

Primeiramente geraram-se algumas alternativas e esboços no papel (Apêndice C) e

abaixo se encontram os modelos das alternativas refinadas e digitalizadas.

5.1. ALTERNATIVA REFINADA DA CAPA

As alternativas da capa foram geradas depois de definido o tema da revista e geradas

as alternativas das reportagens para que se pudesse seguir uma mesma linha editorial.

Nessa primeira alternativa usou-se como elemento de fundo, várias unidades do

artesanato em tons terrosos, e na frente em branco, unidades de renda.

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Imagem 79: Alternativa 1 da capa Fonte: Arquivo pessoal

Nesta segunda alternativa também se trabalhou com os elementos no fundo, porém,

com uma escala de cores diferenciada. Na frente utilizaram-se as unidades de renda

em maior escala e vazada. Tentou-se trabalhar o título principal no centro da renda.

Imagem 80: Alternativa 2 da capa

Fonte: Arquivo pessoal

Nesta ultima alternativa trabalhou-se na mesma linha, porém no fundo foi utilizada uma

escala maiores de cores, buscando cores do artesanato.

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Imagem 81: Alternativa 3 da capa Fonte: Arquivo pessoal

5.2. ALTERNATIVAS REFINADA DO SUMÁRIO

Partiu-se do pressuposto que o projeto editorial da revista seria desenvolvido com mais

de quatro reportagens, com isso deu-se início a geração de alternativas do sumário.

Esta primeira alternativa foi trabalhada com o conceito do pespontado para dar um ar

de algo artesanal, e os quadrados com as imagens e informações para tentar passar

uma idéia de uma colcha de retalhos, estilo patchwork.

Imagem 82: Alternativa 1 do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

Ainda levando em conta o mesmo conceito gerou-se a alternativa 2, com uma variação

do sentido de leitura, antes trabalhado verticalmente e agora horizontalmente.

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Imagem 83: Alternativa 2 do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

Para a alternativa 3 do sumário tentou-se trabalhar com o mínimo de espaços em

branco, para isso utilizou-se imagens em escala maior e a aplicação das informações

sobre esta. Já com relação a utilização dos arabescos propôs-se nessa alternativa um

estilo vetorizado ao invés do pespontado.

Imagem 84: Alternativa 3 do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

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Já buscando um outro conceito para o sumário a alternativa 4 foi trabalhada sem a

utilização de imagens. No fundo pode-se observar que a idéia do arabesco vetorizada

também foi utilizada. Os números das páginas colocados na parte inferior no sentido da

leitura, da esquerda para direita e os textos foram trabalhados na orientação de

paisagem da página.

Imagem 85: Alternativa 4 do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

Nessa última alternativa trabalhou-se a idéia dos recortes do sumário, onde as

informações ficam na sua página de origem, porém consegue-se visualizá-las devido

aos diferentes tamanhos das páginas. Esta alternativa foi possível devido ao fato deste

projeto editorial ser composto de três reportagens.

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Imagem 86: Alternativa 5 do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

5.3. ALTERNATIVAS REFINADA DO EDITORIAL

Na primeira alternativa do editorial trabalhou-se com as informações na horizontal,

tentando gerar uma opção diferente como se pode observar:

Imagem 87: Alternativa 1 do editorial

Fonte: Arquivo pessoal

Porém após analisar outras revistas da editora percebeu-se que esta tem um padrão

de diagramação com relação ao editorial, no qual as informações com relação a editora

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e expediente se encontram em um box que ocupa a metade da página no sentido

vertical.

Imagem 88: Alternativa 2 do editorial

Fonte: Arquivo pessoal

Na alternativa 3 manteve-se o mesmo padrão, todavia na parte da carta do editor

trabalhou-se com uma textura diferente ao fundo e também com a utilização de

arabescos.

Imagem 89: Alternativa 3 do editorial

Fonte: Arquivo pessoal

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5.4. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 01

Primeiramente definiu-se o tema das reportagens para poder dar início às gerações de

alternativas, para a reportagem principal determinou-se que esta trataria do artesanato

catarinense, mais especificamente sobre a renda de bilro. Logo após se iniciou a

geração de alternativas.

Para gerar as alternativas extraíram-se elementos do artesanato local para serem

agregados à diagramação. Nesta primeira alternativa tem-se como elemento central

uma unidade da renda de bilro com a aplicação de uma imagem, bem como os bilros

utilizados para tecerem a renda.

Imagem 90: Alternativa 1 da reportagem 1

Fonte: Arquivo pessoal

Na segunda alternativa também se trabalhou com o princípio da unidade de renda e a

imagem aplicada dentro dela, além de ser feita uma tentativa da diagramação com três

colunas.

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Imagem 91: Alternativa 2 da reportagem 1

Fonte: Arquivo pessoal

Nesta terceira alternativa continuou-se a trabalhar com o princípio da unidade de renda

entre as colunas.

Imagem 92: Alternativa 3 da reportagem 1

Fonte: Arquivo pessoal

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5.5. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 02

O tema definido para a terceira reportagem são os vasos de cerâmica. Partindo do

princípio definido para diagramação das reportagens nesta primeira alternativa, utilizou-

se a forma de um vaso de cerâmica com uma imagem aplicada dentro dele.

Imagem 93: Alternativa 1 da reportagem 2

Fonte: Arquivo pessoal

Na segunda alternativa continuou-se a trabalhar com a unidade de cerâmica criada e

também se fez uma tentativa da diagramação do texto em três colunas ao invés de

duas.

Imagem 94: Alternativa 2 da reportagem 2

Fonte: Arquivo pessoal

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Na terceira alternativa buscaram-se elementos presentes nos vasos de cerâmicas para

agregar na diagramação.

Imagem 95: Alternativa 3 da reportagem 2

Fonte: Arquivo pessoal

5.6. ALTERNATIVAS REFINADA DA REPORTAGEM 03

Para a terceira alternativa estipulou-se que esta seria destinada a ensinar um tipo de

artesanato, ou peça da região mostrada a cada mês. Para isso a diagramação não

poderia fugir muito dos padrões necessários como imagem do produto pronto, dos

materiais e um passo-a-passo explicativo.

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Imagem 96: Alternativa 1 da reportagem 3

Fonte: Arquivo pessoal

Esta outra variação da alternativa também aparece obedecendo aos mesmos critérios,

porém se buscou trabalhar com três imagens por linha e o texto em baixo.

Imagem 97: Alternativa 2 da reportagem 3

Fonte: Arquivo pessoal

5.7. ALTERNATIVA FINAL DA REVISTA

Alternativa final escolhida para a capa foi a que possuía uma escala maior de cores,

justamente pra trazer o fato do nosso artesanato ser bem colorido. Juntamente com a

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utilização dos elementos, tendo ressaltado a renda pelo falo de ser a reportagem do

mês.

Imagem 98: Alternativa final da capa

Fonte: Arquivo pessoal

Na escolha da alternativa do sumário foi levada em conta o diferencial. O fato de ser

recortado, o mesmo permite uma maior interatividade com o usuário e desperta

interesse, uma vez que não existe um modelo conhecido no mercado.

Imagem 99:Alternativa final do sumário

Fonte: Arquivo pessoal

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O editorial como já foi dito anteriormente, segue um padrão nas publicações da Editora,

logo se trabalhou mais com a parte da carta do editor.

Imagem 100: Alternativa final do editorial

Fonte: Arquivo pessoal

Na reportagem 1 foi feita uma adequação da tipografia, textos, fontes e imagens.

Sempre trazendo elementos do artesanato abordado para agregar à diagramação.

Imagem 101:Alternativa final da reportagem 1

Fonte: Arquivo pessoal

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O mesmo repetiu-se na segunda reportagem, foram feitos justes, e os elementos da

cerâmica, assunto abordado na reportagem, foi agregado a diagramação, bem como

das inscrições da cerâmica.

Imagem 102: Alternativa final da reportagem 2

Fonte: Arquivo pessoal

Para a terceira reportagem fez-se algumas alterações, destinando um espaço para

traze os materiais utilizados. E a imagem do produto pronto bem destacado.

. Imagem 103: Alternativa final da reportagem 3

Fonte: Arquivo pessoal

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6. MEMORIAL DESCRITIVO

Este último capítulo terá a função de apresentar os elementos do memorial descritivo

do projeto editorial da revista. Estes aspectos se resumem nas análises estético-formal,

simbólica, ergonômica, de uso e por fim técnica.

6.1 FUNÇÃO ESTÉTICO-FORMAL.

Nesta etapa serão avaliados os aspectos estéticos-formais relacionados a gestalt,

cores e formas dos elementos da revistas capa, sumário e reportagem.

6.1.1. Capa

Imagem 104: Capa

Fonte: Arquivo pessoal

6.1.1.1. Gestalt

Na capa da revista pode-se observar a lei da Gestalt de unidade, na qual o conjunto de

elementos dentro do amplo conceito da revista constitui uma unidade como um todo.

Por outro lado, cada elemento também pode ser considerado como uma unidade ou

subunidade, dentro deste todo.

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Também de acordo com Gomes Filho (2000, pg.30), a lei da segregação pode ser

observada em toda composição da revista “Segregação significa capacidade perceptiva

de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo

compositivo ou em parte desse todo” Tendo como exemplo a imagem que se viu,

segregam-se como unidades as imagens e os textos, este por sua vez pode também

segregar-se em bloco de texto das chamadas das reportagens, o nome da revista e a

logo da editora com as informações.

O conceito de Gomes Filho (2000) de redundância se caracteriza através da repetição

dos elementos, o qual pode ser observado na composição da imagem que constitui o

fundo. Assim como o de profusão, Segundo Gomes Filho (2000) esta é uma técnica

visual que apresenta um fator de complexidade em função dos números de elementos

na elaboração de um objeto ou de uma composição.

Ainda de acordo com Gomes Filho (2000, p. 36) a pregnância da forma é “Qualquer

padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão

simples quanto o permitam as condições dadas”. Em outras palavras, um objeto com

alta pregnância apresenta equilíbrio, clareza e seus elementos organizados com o

mínimo de complicação visual. Considerando esta definição pode-se observar este

conceito na imagem a seguir:

Imagem 105: Detalhe da pregnância da forma

Fonte: Arquivo pessoal

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Gomes Filho (2000) afirma que o contraste é a força que torna visível as estratégias da

composição visual. Além disso, é considerada a mais importante das técnicas para o

controle visual de uma mensagem bi ou tridimensional. Entre os tipos de contrastes

citados pelo autor tem-se o de luz e tom, que se baseia na oposição de claro e escuro,

e o contraste de cores. Na capa da revista pode-se observar estes tipos de contrastes

na aplicação do texto preto sobre o fundo mais claro e nos elementos que preenchem a

trama maior coloridos para contrastarem com o fundo em branco.

6.1.1.2. Cor As revistas não possuem apenas uma pequena escala de cores, mas sim a utilização

de muitas cores em sua composição. Porém dentre elas tem-se algumas que se

destacam para padronização desta. Segundo Farina (2000, p.27) “Na realidade, a cor é

uma linguagem individual. O homem reage a ela subordinado às suas condições físicas

e às suas influências culturais”.

Interpretando o mesmo autor, percebe-se que os tons sóbrios como pretos transmitem

seriedade, sofisticação e formalidade, na revista, pode-se ver a aplicação do preto nos

textos das reportagens.

6.1.1.3. Formas Para Gomes Filho (200, pg. 39) “A forma pode ser definida como a figura ou a imagem

visível do conteúdo. De um modo mais prático, ela nos informa sobre a natureza da

aparência externa de alguma coisa. Tudo que se vê possui forma”. Este conceito pode

ser observado nas imagens da capa, nas formas da renda de bilro e das outras

unidades de renda que compõem esta.

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6.1.2. Sumário

Imagem 106: Sumário Fonte: Arquivo pessoal

6.1.2.1. Gestalt

Aparece, no sumário, a lei da Gestalt de redundância, pois na imagem acima se

observa à repetição dos arabescos. Esta redundância também traz agregada a lei de

semelhança de Gomes Filho (2000) através da igualdade de forma e cor destes

mesmos elementos. Também se pode observar segundo o mesmo autor a sutileza que

é utilizada para conferir uma distinção afinada, delicada e de refinamento visual.

Conforme afirma o autor, a lei de fechamento é importante para formação de unidades,

“por meio de agrupamento de elementos de maneira a constituir uma figura total mais

fechada ou mais completa” (GOMES FILHO, 2000, p.32). Características estas, que

aparecem nos arabescos, pois através dos pontilhados contínuos consegue-se passar

a idéia da figura completa. Essa continuidade é definida pelo autor como sendo “[...] a

impressão de como as partes de sucedem através da organização perceptiva da forma

de modo coerente”. (GOMES FILHO, 2000) que também pode ser vista nos mesmos

arabescos.

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6.1.2.2.Cor

Para a diferenciação no sumário utilizaram-se as cores vermelho, verde e azul. De

acordo com Farina (1990) que fala sobre a psicodinâmica das cores, o vermelho por

ser uma cor forte, chama a atenção e se destaca especialmente quando está aplicada

com a cor branca, que é o caso do fundo. O verde passa segurança e é uma cor ligada

à natureza. Por último o azul foi utilizado por ser uma cor que passa credibilidade,

seriedade e tem o poder de atração.

Estas cores também aparecerão na cartola, número de página e título de cada

reportagem. O autor ainda afirma que estas três cores quando combinadas com branco

(papel) tornam-se eficazes na comunicação.

As cores utilizadas no sumário podem ser observadas no esquema abaixo:

CMYK 38 66 87 2RGB 139 93 59

CMYK 100 90 10 0RGB 36 42 115

CMYK 75 5 100 0RGB 7 159 57

CMYK 3 81 82 0RGB 217 84 61

Imagem 107: Cores

Fonte: Arquivo pessoal

6.1.2.3.Formas

Com relação às formas identificadas no sumário, Gomes Filho (2000, p.43) afirma que:

A linha conforma, contorna e delimita objetos e coisas de modo em geral. Em design, principalmente, o termo linha, no plural, define também estilos e qualifica partidos formais como ‘‘Linhas Modernas”, ‘‘Linhas Orgânicas’’, ‘’Linhas Geométricas’’, ‘’Linhas Aerodinâmicas’’, e outros.

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Com esta afirmação percebe-se no sumário a presença de linhas mistas, ou seja,

linhas geométricas à direita, formada pelos cortes das páginas do sumário e linhas

orgânicas nos arabescos.

6.1.3. Reportagem

Imagem 108: Reportagem

Fonte: Arquivo pessoal

6.1.3.1. Gestalt

Segundo Gomes Filho o contraste é uma estratégia visual para aguçar o significado,

para atrair, chamar a atenção ou tornar dinâmica a mensagem. Nesta imagem pode-se

observar que esta lei da Gestalt está destacada no tamanho das imagens, que se

contrastam e chamam a atenção, tanto pela forma inusitada, quanto pelo tamanho.

A igualdade de forma desperta a tendência de estabelecer agrupamentos de partes

semelhantes, estes conceitos são atribuídos à lei de semelhança de Gomes Filho

(2000). Conceitos estes que se pode observar nas imagens da reportagem acima

devido à similaridade das formas.

Pode-se observar o conceito de harmonia, no qual predomina o fator do equilíbrio

conforme afirma Gomes Filho (2000, pg. 51):

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Harmonia diz a respeito à disposição formal bem organizada em um todo ou entre as partes de um todo. Na harmonia, predominam fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade visual inscritos no objeto ou na composição possibilitando, uma leitura simples e clara.

“Equilíbrio é o estado no qual as forças, agindo sobre um corpo, se compensam

mutuamente” (GOMES FILHO, 2000, p. 57). Na reportagem mostrada, esta lei está

clara quando se observa a diagramação das imagens. Pode-se perceber simetria tanto

no eixo vertical, quanto horizontal.

Como visto anteriormente a lei da segregação também pode ser observada nas

reportagens, segregam-se como unidades as imagens e os textos, este por sua vez

pode também segregar-se em bloco de texto da reportagem, o título e o subtítulo.

6.1.3.2. Formas

A respeito das formas da reportagem a Gestalt afirma que “A forma pode ser definida

como a figura ou a imagem visível do conteúdo” (GOMES FILHO, 2000, p. 41). Logo

se considera uma forma também o texto da reportagem.

As formas de acordo com as leis da Gestalt na reportagem também apresentam

características de arredondamento, devido à presença das formas orgânicas que

passam uma suavidade e maciez. Gomes Filho (2000) afirma que a presença desta

característica nas formas possibilita uma leitura visual mais fácil devido à presença das

formas da natureza, e por estar associado ao fator de boa continuidade.

Já com relação os planos de acordo com Gomes Filho (2000, pg. 44) “O plano é

definido como uma sucessão de linhas”, logo pode-se definir como sendo plano as

imagens utilizadas na diagramação da revista.

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6.2. FUNÇÃO SIMBÓLICA

Segundo Niemeyer (2003) semiótica vem do grego semeion que significa signo. A

semiótica estuda o significado dos signos, a teoria geral dos signos. A seguir foram

analisados os elementos da semiótica da revista criada.

O símbolo é um signo que se refere ao objeto por convenção, é considerado algo de

entendimento comum e de leitura imediata. Na revista pode-se caracterizar os blocos

de textos como sendo símbolos.

Segundo Santaella (2004) se o signo aparece como simples qualidade, na sua relação

com seu objeto, ele só pode ser um ícone. Logo o ícone é um signo que tem

semelhança com seu objeto. Prontamente pode-se classificar como ícone as imagens

utilizadas na revista, conforme Niemeyer (2003, p.37) afirma:

A imagem é um nível primeiro do Ícone. Ele força a quebra do caráter representacional do signo. Ela intenta se constituir o Objeto Dinâmico em si, que toldado, passa a existir por meio de seu simulacro – em que a representação é realidade.

De acordo Santaella (2004) o índice “[...] é um signo que como tal funciona porque

indica outra coisa com a qual ele está factualmente ligado. Há entre ambos uma

conexão de fato”. Logo índice é um signo que se refere a um objeto, carregando

qualidades em comum com o objeto. Assim como pegadas no chão são índices de que

alguém passou por ali. Na revista pode-se observar as formas dos artesanatos

utilizadas durante toda a diagramação, os contornos dados aos textos indicam os

formatos dos elementos de artesanato.

6.3 FUNÇÃO DE USO

A revista desenvolvida tem como função primária difundir o tema: artesanato cultural

brasileiro. Seu principal objetivo é fazer com que a população brasileira tome

conhecimento deste tipo de manifestação cultural que acontece em cada região do

país. Através disto garante-se a preservação da cultura.

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Como função secundária pode-se prever que, como a revista terá circulação nacional,

entidades podem divulgar cursos promovidos na área, bem como centros culturais e de

artesanatos podem divulgar exposições, palestras e workshops.

Outra função secundária atribuída se dá pelo fato de permitir com que a Editora Abril

amplie o seu segmento de atuação no mercado, pois não possui nenhuma publicação

na área.

6.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA

Nesta etapa serão analisados os aspectos ergonômicos da revista. Segundo Iida

(2005, p. 2 apud Ergonomics Society10) “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre

homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos

conhecimentos de anatomia, fisiologia, e psicologia na solução dos problemas surgidos

desse relacionamento”.

6.4.1. Legibilidade De acordo com Dul; Weerdmeester (1995) o olho humano é capaz de perceber uma

grande quantidade de informação ao mesmo tempo. Sendo assim o modo como estas

informações serão apresentadas deve ser adequada à percepção dos olhos, tanto

quanto possível.

Conforme Gomes Filho (2000) a utilização adequada de colunas, textos, entrelinhas,

tipografia em caixa alta e baixa, são fatores que facilitam e fazem a leitura fluir de modo

a conceder maior conforto ao leitor ajudando também a evitar ou eliminar a fadiga

visual para longas leituras.

Conforme Dul; Weerdmeester (1995) o tamanho recomendado para a fonte depende

da distância na qual o leitor estará lendo a revista. Segundo Iida (2001, p. 202) “[...] os

tamanhos, proporções e cores usados em letras, números e símbolos influem na sua

10 Disponível em: www.ergonomics.org.uk

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legibilidade”. Por isso o autor estabelece uma tabela referente ao tamanho e

proporções da legibilidade, veja a seguir:

O tamanho recomendado para a fonte do texto depende da distância de leitura. De

acordo com Dul; Weerdmeester (1995) o tamanho deve ser pelo menos 1/200 da

distância de leitura. Para distância de 30 cm, recomendada para leitura de revistas, a

letra deve ter pelo menos 1,5 mm. Outras medidas podem ser acompanhas no quadro

abaixo:

Distância de Leitura (mm) Altura da Letra (mm)

Até 500 2,5 500 – 900 4,5

900 – 1800 9 1800 – 3600 18 3600 – 3600 30

Tabela 6: Tabela Distância x Leitura Fonte: Iida (2000, p. 297)

Levando em conta esse cálculo, a tipografia utilizada nos textos da revista foi usada a

fonte tamanho 12, pois de acordo com os cálculos feito a partir do que os autores

afirmaram anteriormente este tamanho possui a altura de 1,5mm. Segundo (DUL;

WEERDMEESTER, 1995, pg. 56) “Em um texto contínuo, as letras miúdas são

melhores que as maiúsculas”. Os mesmos autores ainda afirmam que em textos

longos fontes com serifas facilitam a legibilidade, para isso usou-se a fonte Garamond,

que possui uma leve serifa. Demonstra-se a seguir a família completa da fonte:

Imagem 109: Fonte Garamond

Fonte: Arquivo pessoal

Já nos títulos das reportagens utilizou-se a fonte Century Gothic, uma fonte sem serifa

para facilitar a legibilidade. Dul; Weerdmeester afirmam que “Para os títulos principais,

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um tipo sem serifa é preferível à letras com serifas” (1995, pg. 56), os mesmos autores

ainda afirmam que a utilização de caracteres mais simples, despojados de enfeites, são

mais legíveis. Iida (2005) enfatiza afirmando que se deve utilizar letras sem serifas para

títulos. Esta mesma fonte também foi utilizada nos sub-títulos das reportagens e para

escrever o nome do autor.

Imagem 110: Fonte Century Gothic

Fonte: Arquivo pessoal

Para o logotipo da revista a fonte utilizada como base, assim como as outras também

foi sem serifa e todas em maiúsculas. Dul; Weerdmeester (1995, pg. 56) afirmam que

“As maiúsculas devem ser usadas apenas no começo da sentença, em nomes

próprios, títulos, siglas ou abreviaturas.” Iida (2005, pg. 296) também afirma que se

deve usar “[...] letras maiúsculas apenas no início de frases ou em nomes e títulos”.

Imagem 111: Fonte SF Eletrotome

Fonte: Arquivo pessoal

Para o sumário utilizou-se a fonte Elephant cuja família demonstra-se a seguir:

Imagem 112: Fonte Elephant

Fonte: Arquivo pessoal

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Segundo White (2006) o espaço entre os textos é um ingrediente fundamental, se está

acostumado aos jornais que agrupam as notícias para conseguir diagramar todo o

texto, porém os espaços garantem mais legibilidade à este texto. Na diagramação da

revista pode-se observar o espaço deixado entre o título, subtítulo, nome do jornalista e

início do texto.

Imagem 113: Detalhe dos espaços

Fonte: Arquivo Pessoal

De acordo com White (2006), para que os títulos tenham mais legibilidade no momento

da leitura, estes devem estar alinhados à margem esquerda do documento, desse

modo ele incentiva a continuidade da leitura “É para ela que o olhar do leitor deve voltar

para encontrar o início da linha seguinte. A margem esquerda é o verdadeiro centro de

gravidade da coluna” (WHITE, 2006, p. 119). O subtítulo é uma complementação do

título e vem disposto logo abaixo dele, para ele foi utilizado a mesma fonte do título,

porém com outro peso.

Outro fator que também influencia na legibilidade das tipografias é o contraste, ou seja,

a diferença de brilho entre a figura e o fundo. Quanto melhor o contraste melhor será a

legibilidade do documento. De acordo com Dul; Weerdmeester (1995) um exemplo de

bom contraste é a utilização da letra preta sobre o fundo branco (papel), ou vice-versa,

porém os olhos estão mais adaptados à primeira opção, os demais níveis podem ser

observados na imagem abaixo:

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Imagem 114: Níveis de contrastes

Fonte: Dul & Weerdmeester (1995, p. 60)

6.4.4. Alinhamento do corpo de texto Segundo White (2006) as colunas não necessariamente precisam ter as mesmas

dimensões e devem sim atender as necessidades editoriais. Para a diagramação da

revista o texto foi disposto em um grid de duas colunas.

Dul; Weerdmeester (1995) afirmam que quando o texto tiver o alinhamento justificado

deve-se evitar espaços em branco entre as palavras, pois estes espaços “[...]

prejudicam a legibilidade, quebrando a continuidade da linha” (pg. 57). Mclean (1987)

enfatiza dizendo que as palavras devem estar próximas, separadas sempre com o

mesmo espaço.

6.4.5. Hierarquização da informação

Phillips (2008) afirma, que a hierarquia é a ordem de importância dentro de um grupo

social ou num corpo de texto, por exemplo, capítulos, subcapítulos, etc. White (2006)

ainda afirma que “Uma hierarquia lógica de tamanhos e corpulência de títulos dá ao

leitor pistas sobre a estrutura da publicação”.

White (2006) ainda afirma que o tamanho aplicado ao texto diz com que intensidade se

quer ser ouvido, logo a largura da coluna utilizada deve ser proporcional ao corpo do

texto. O mesmo autor também afirma que a maneira mais usual para a leitura da

página pode ser observada na imagem a seguir:

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Imagem 115: Ordem de Leitura

Fonte: White (2006)

Cada texto da revista deve ser aplicado em um tamanho diferente e com um peso

diferente, tudo só depende do nível de importância de cada texto. White (2006, p. 113)

afirma que “[...] quanto maior a tipologia, mais alto ela grita, portanto, o tamanho é uma

linguagem em si mesma”, logo se vê à importância do título aparecer em uma fonte

maior para se destacar e tem o objetivo de propor uma idéia básica e chamar a

atenção do leitor para o conteúdo da reportagem em questão.

Abaixo do título segue o subtítulo na mesma fonte, porém em menor tamanho, este tem

a função de destacar o significado do título. Já no rodapé das páginas ficam localizados

os números das páginas, com a função de localizar o leitor no interior da revista.

6.4.7. Usabilidade Com relação à usabilidade, este é um material prático, o formato da revista está em um

meio termo entre o tamanho das demais do mesmo segmento como se pode ver no

esquema montado abaixo, além do seu tamanho também facilitar o transporte e o

armazenamento junto a outras publicações.

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Imagem 116: Formato da revista

Fonte: Arquivo Pessoal 6.4.8. Adequação fisiológica / ambiental Conforme afirmam Dul; Weerdmeester (1995, pg. 95) “A intensidade de luz que incide

sobre a superfície de trabalho deve ser suficiente para garantir uma boa visibilidade.

Além disso, o contraste entre figura e o fundo também é importante”. A intensidade de

luz ideal para a boa visibilidade na leitura de textos deve ser de 200 lux11, desde que o

contraste entre o texto e o fundo esteja dentro dos padrões estabelecido conforme foi

visto anteriormente. Porém à medida que o contraste diminui vê-se a necessidade de

aumentar a intensidade da luminosidade.

6.5 FUNÇÃO TÉCNICA

Nesta etapa serão detalhados os processos de fabricação da revista, seu

dimensionamento, processo de impressão e encadernação.

6.5.1. Subsistemas Nesta etapa serão apresentados os elementos editoriais que devem obrigatoriamente

aparecer nas revistas.

11 Lux é a unidade de medida da intensidade de luz.

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Na capa é necessário aparecer o título do periódico, código de barras, o número da

edição, as chamada das matérias internas e a imagem da capa. Como se pode

observar na imagem da capa, todos estes elementos aparecem.

Imagem 117: Elementos da Capa

Fonte: Arquivo Pessoal

Na lombada lateral da revista, deve aparecer novamente o título do periódico, e o

número da edição. O chamado índice consiste no expediente, carta do editor, título das

matérias e números das páginas

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Imagem 118: Elementos do Índice

Fonte: Arquivo Pessoal

Já em cada reportagem, devem aparecer os seguintes elementos:

Imagem 119: Elementos do Projeto Gráfico 1 Fonte: http://design-editorial.blogspot.com/

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Imagem 120: Elementos do Projeto Gráfico 2 Fonte: http://design-editorial.blogspot.com/

1 – Cartola (chapéu ou antetítulo) – colocado acima do título principal, complementa

informação do título;

2 – Título;

3 – Linha de apoio – complementação do título, instiga a leitura, pode estar abaixo ou

acima do título;

4 – Lead – É a essência da notícia. Obedece quem, o quê, quando, onde, como e por

que. Palavras simples com vocabulário usual;

5- Corpo de texto ou texto;

6- Entretítulo – colocado no meio do texto para dividi-lo em seções, facilita a leitura;

7 – Colunagem – divisão do texto em colunas, tendência em revista a se trabalhar com

duas ou três colunas;

8 – Olho da matéria – parte do texto grifada, citação que ajuda a entender melhor a

matéria, colocado no meio do texto para ressaltar trechos. Muito usado em entrevistas;

9 – Citação – dito por alguém – olho do entrevistado;

10 – Box – texto auxiliar que acompanha uma reportagem principal, complementa;

10 – Fio – separar elementos;

11- Fotografia;

12 – Legenda;

15 – Assinatura – identificação do autor da reportagem;

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Nas reportagens podemos observar a utilização da grande parte dos elementos citados

anteriormente, levando em conta que alguns deles, são específicos para algumas

ocasiões.

Imagem 121: Elementos das reportagens

Fonte: Arquivo Pessoal

6.5.2. Dimensionamento

Como se observou no esquema mostrado acima onde comparamos o

dimensionamento com o das outras revistas do ramo, o formato da revista será

diferenciado, tendo 22 cm x 29 cm fechado e 44 cm x 29 cm aberto. De acordo com o

guia de serviços gráficos da ANER (2008, p. 7) “[...] uma revista num tamanho

diferenciado pode chamar a atenção do público”.

Seguindo na linha de inovação de formatos propuseram-se cortes internos para criarem

o sumário, estes cortes terão 1,5 cm, para melhor entendimento basta acompanhar o

esquema das medidas abaixo.

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Imagem 122: Medidas das páginas

Fonte: Arquivo Pessoal

6.5.4. Materiais O miolo da revista será impresso em papel reciclado industrial branco, conhecido como

‘’reciclato’’. De acordo com o portal das artes gráficas12 os papéis reciclados são

constituídos de 50% papéis aparas (sobra de papel sem impressão) e o restante varia

de 20 a 50% de papéis impressos reciclados pós-consumido, variando de acordo com

o efeito que se deseja obter. Este processo de produção possui uma variedade grande

de cores e texturas, proporcionando um resultado diferenciado. Para este projeto

prevê-se a utilização do papel Reciclato branco de 75gr.

Para capa da revista foi escolhido o papel couché fosco com a gramatura superior a

200gr levando em conta sua durabilidade e os acabamentos utilizados. De acordo com

o site da Suzano Papel e Celulose13

[...] o papel Couché fosco garante cores mais puras, uniformes e diferenciadas aos trabalhos, além de realçar o contraste e o brilho para impressões de alta qualidade, em que a sofisticação e a fidelidade das cores são fundamentais. É indicado pra materiais que exigem perfeito acabamento, como revistas, relatórios, encartes de CD, peças promocionais, entre outros.

12 Disponível em: www.portaldasartesgraficas.com.br 13 Disponível em: www.suzano.com.br

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6.5.5. Processo de Produção Gráfica da Revista

O processo de produção gráfica segundo a ANER é composto pelas etapas de pré-

impressão, impressão e acabamento.

A primeira etapa denominada pré-impressão consiste em todo o processo envolvido

antes da impressão. O projeto editorial é desenvolvido e diagramado no software

Adobe InDesign Cs3. Segundo o site da Editora Abril14, depois de finalizada a arte da

revista, esta vai para o setor de imposição, onde as páginas são agrupadas para que

possam formar os cadernos.

Imagem 123: Setor de imposição

Fonte: www.abril.com.br

A impressão rotográfica no campo de editoriais é específica para revistas devido aos

prazos às vezes bem curtos. Segundo site15 a velocidade da impressão permite obter

uma grande tiragem em um menor tempo. Além deste fator tem-se também o da

durabilidade da forma, já que na maioria dos casos encontram-se números elevados de

impressões e por este motivo é necessário ter-se uma forma bastante resistente.

É bom salientar que em termos de Brasil a rotogravura é utilizada somente para a

impressão de revistas, deixando o jornal para a Offset e em alguns casos Flexografia.

14 Disponível em: www.abril.com.br 15 Disponível em: http://www.rickardo.com.br/prodgraf/1roto.htm

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De acordo com Krishna3 (2009) a impressão rotográfica é um processo de impressão

direta, o nome deriva da forma cilíndrica. O primeiro projeto de uma máquina com

matriz de impressão apresentando o grafismo em baixo gravado, foi patenteado em

1784 por Thomas Bell. Porém o uso desse processo em um equipamento de impressão

ocorreu somente em 1860, por Karl Klic, considerado o pai da rotogravura.

Logo após a imposição das páginas e todo o processo de pré-impressão dá-se inicio a

etapa de produção e gravação dos cilindros da rotogravura. O cilindro é a unidade

básica deste tipo de impressão, e cada cor a ser impressa corresponde a um cilindro.

Imagem 124: Sessão de Galvano onde são preparados os cilindros

Fonte: www.abril.com.br

O cilindro matriz como é chamado, contém pequenos alvéolos. Estes foram gravados

através minúsculos diamantes pontiagudos que perfuram o cobre.

Imagem 125: Sessão de gravação do cilíndro

Fonte: www.abril.com.br

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Antes do cilindro gravado seguir para a impressão no parque gráfico da editora, ele

passa por um teste para verificação, esta máquina que se pode ver a seguir simula

uma impressão, esta prova é de grande importância para que se possa detectar

possíveis problemas e para que estes possam ser resolvidos antes do início da

impressão.

Imagem 126: Setor de teste do cilindro

Fonte: www.abril.com.br

Na imagem a seguir pode-se observar uma máquina de impressão rotográfica. Na

parte superior ficam 8 unidades de impressoras, sendo 4 delas pra cada lado do papel

e uma para cada cor, que são o amarelo, magenta, ciano e preto. Durante a impressão

as áreas cavadas da imagem são preenchidas com tinta.

Imagem 127: Máquina de impressão rotográfica da Gráfica Abril

Fonte: www.abril.com.br

O cilindro instalado na máquina é imerso na tinta correspondente e no solvente de

secagem rápida. Logo após o excesso é removido através de um raclete instalado no

início do cilindro. Depois de estar devidamente entintado é posto em contato com o

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papel da revista e através da pressão sofrida, o cilindro imprime o papel. O esquema

pode ser visto na imagem abaixo: (1 – Papel, 2 – Bobina, 3 - Cilindro de Impressão, 4 -

Cilindro gravado, 5 – Raclete e 6 – Tinteiro)

Imagem 128: Sistema da impressão

Fonte: http://www.slideshare.net/chsamorim/rotogravura

Para entender melhor o processo completo de impressão pode-se observar a imagem

abaixo:

Imagem 129: Sistema da impressora rotográfica

Fonte: http://www.slideshare.net/chsamorim/rotogravura

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Após a revista estar impressa, esta vai para o setor de imposição para que siga para o

setor de acabamento e encadernação. Após estarem prontas, as revistas são

colocadas nos caminhões para que possam ser distribuídas pelo Brasil.

6.5.3. Encadernação

O tipo de encadernação escolhida para a revista é a lombada quadrada. De acordo

com Lunardelli (1999, p.1) este é um processo “bastante utilizado em revistas,

catálogos e livros [...] pode ser definido como a aplicação de um adesivo em uma

lombada refilada ou costurada que recebe na seqüência uma capa”.

Este tipo de encadernação Segundo o guia gráfico da ANER (2008, p.22) é “[...] mais

utilizado em produtos que exijam alta aderência nas páginas devido ao manuseio

constante [...] esse tipo de acabamento faz com que essas publicações fiquem mais

bem-acabadas”. A seguir podemos ver a imagem da máquina responsável por esse

tipo de encadernação no parque gráfico da Editora Abril.

Imagem 130: Máquina de Acabamento

Fonte: www.abril.com.br

6.5.4. Acabamentos

Como acabamento na capa da revista optou-se pela utilização do verniz. O verniz é um

tipo de revestimento que valoriza visualmente o produto impresso e segundo a ANER16

e pode ser aplicado:

16 Disponível em: www.aner.com.br

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[...] em toda a área de uma das faces do impresso (total) e geralmente são usados em toda a capa da revista. Outra opção é utilizá-los somente em áreas específicas (com reserva) em que se queira ressaltar o brilho, como, por exemplo, o título da revista, uma foto, uma chamada de capa etc.

Na capa da revista será utilizado nas flores o Verniz UV brilhoso, que segundo o guia

Aner de serviços gráficos oferece alto brilho, não influencia nas cores e a secagem do

mesmo é rápida.

Para o interior da revista será aplicado um verniz à base d´gua, que ajudará a proteger

as páginas contra o atrito, oferecendo maior durabilidade e resistência ao manuseio. A

aplicação é fácil e a secagem rápida.

Outro acabamento que poderemos observar também será na aplicação do logotipo em

relevo. Processo esse que implica em um molde de aço ou outro material pressionado

contra a capa para criar o relevo. Esta estampa pode ser feita ou não com a utilização

de tinta ou algum tipo de laminado metálico. Este processo, Segundo a ANER é

conhecido como estampagem cega, nesse caso por não usar a tinta.

6.6 FUNÇÃO DE MARKETING Nesta etapa do projeto será apresentado o Composto de Marketing ou Marketing Mix

que se dividem nos 4 P’s (Preço, Produto, Praça e Promoção).

Preço: De acordo com Crocco; Gioia (2006, p.6) “[...] o preço são as variáveis que

refletem o custo do produto para o consumidor”. Apesar de se tratar de um projeto

acadêmico, estima-se que poderá ser cobrado um valor de R$7,00, levando em conta o

valor das concorrentes indiretas que são de: R$14,00 a Bravo, R$ 7,50 a Raiz. e as

revistas de artesanato variam de R$1,00 à R$ 9,00 dependendo se é lançamento e da

quantidade de técnicas.

O sugerido também leva em conta o objetivo da revista que é de divulgar os tipos de

artesanatos das regiões do Brasil, com a intenção de alcançar toda população.

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Produto: Trata-se de uma revista com uma proposta nova de segmento para Editora

Abril que apresenta o artesanato cultural das diversas regiões do país com o intuito de

preservar a cultura do Brasil. Este material busca diferencial em seu projeto gráfico

agregando formas de elementos do artesanato local para compor a diagramação.

Praça: A revista será distribuída pela Dinap (Distribuidora Nacional de Publicações) que

é a empresa do Grupo Abril responsável por distribuir e comercializar todos os produtos

da Editora Abril e várias outras editoras nacionais. Esta distribuirá os exemplares da

revista em todas as bancas e pontos-de-vendas do segmento em todo o país.

Propaganda: A divulgação da revista se dá através de anúncios inseridos em outras

publicações da Editora. Nos folders de assinatura, por meio de mailing, do próprio

ponto-de-venda e através da divulgação boca-a-boca dos consumidores que lêem à

revista.

6.7. FUNÇÃO ECOLÓGICA

Um tema que está sendo muito abordado ultimamente é com relação à questão

ambiental. Deve-se portanto, projetar materiais pensando nas conseqüências futuras

para que o meio ambiente seja preservado e consequentemente gere-se qualidade de

vida à todos.

Pensando nisso o designer gráfico busca, através de seus projetos, soluções

sustentáveis, procurando trabalhar com materiais que possam ser reaproveitáveis ou

que causem o mínimo de impacto no meio ambiente. Levando em conta a importância

de um projeto sustentável propôs-se a utilização do papel Reciclato, pensando que

como pôs-uso este tem a possibilidade de reaproveitamento para confecção de outros

materiais.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o término do desenvolvimento desse projeto adquiriu-se um pouco mais de

conhecimento a respeito do universo do projeto editorial de revistas. Quanto aos

objetivos propostos no início pode-se dizer que estes foram alcançados com êxito, uma

vez que se chegou ao produto final, a revista.

O resultado final obtido está dentro do que se foi esperado, uma revista diferente,

inovadora, que aborda um tema ainda pouco trabalhado, porém de grande interesse do

público. Por ser considerada uma área muito lucrativa e de fácil aceitação poder-se-ia

ser muito mais explorada.

No que se diz respeito às pesquisas, percebeu-se a carência de materiais específicos e

completos, em algumas das áreas abordadas para complementar a parte teórica. Outra

dificuldade que se obteve é relativa ao conhecimento aprofundado do softwere,

dificuldade essa, que aos poucos foi sendo superada.

Quanto a interesses futuros, o autor espera que um dia esse projeto seja implantado e

que obtenha os resultados previstos. E que a partir de agora este projeto sirva de

incentivo, inspiração e referencial para futuros outros projetos.

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APÊNCIDES

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Apêndice A – Cronograma

M1 M2 M3 05.03 12.03 19.03 26.03 02.04 09.04 16.04 23.04 30.04 04.05 11.05 18.05 25.05 01.06 08.06 15.06 22.06 29.06 Definição da metodologia PB - Design Gráfico PB - Design Editorial PB - Revista PB - Artesanato Histórico da empresa Coleta de dados dos concorrentes Pesquisa de Campo Análise dos dados Definição do problema Componentes do problema Conceituação Elaboração da Apresentação Entrega do relatório I 02 e 03 Entrega da ficha de acomp. I 02 e 03 Criatividade Geração de alternativas Adequação das alternativas (5) Pesquisa de materiais e tecnologias Montagem da apresentação Apresentação das Alter. e Adequações 14 e

15 Entrega da ficha de acomp. II 14 e

15 Conselho de Classe 12

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Finalização da alternativa escolhida Modelo Verificação do modelo Desenho de construção Memorial Descritivo Entrega dos Relatórios Finais em 3 Vias 18 Entrega do Artigo Científico 18 Montagem das Pranchas Montagem da apresentação final UNIBANCA - Banga Final do TGI

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Apêndice B – Questionário

Este questionário é parte do Projeto de TGI – Trabalho de Graduação Interdisciplicar – para o Curso de Design Gráfico da Universidade do Vale do Itajaí. Desenvolvido pela acadêmica Caroline Gallasini Furtado, sob a orientação da Professora Carla Arcoverde de Aguiar Neves. O Projeto tem como objetivo final desenvolver uma revista de artesanato brasileiro, como forma de divulgar a cultura das regiões do nosso país. Idade: ( ) Até 19 anos ( ) De 20 à 29 anos ( ) De 30 à 39 anos

( ) De 40 à 49 anos ( ) Acima de 49 anos

Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado

( ) Outro. Qual?_________________

Escolaridade: ( )Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior

( ) Pós-graduação ( ) Outro. Qual?_________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Profissão:______________________________________________________ 1- Com que freqüência você costuma comprar revistas? ( ) Semanalmente ( ) Quinzenalmente

( ) Mensalmente ( ) Não

compra 2- Qual é o seu local preferido para ler revistas? ( ) Consultório Médico ( ) Bar / Restaurante ( ) Bibliotecas ( ) Em casa

( ) Na praia ( ) No avião ( )

Outro: ___________________ 3- Você possui interesse por cultura brasileira? ( ) Sim ( ) Não 4- Você possui interesse por artesanato regional? ( ) Sim ( ) Não 5- Conhece os tipos de artesanatos produzidos nas regiões do País? ( ) Conheço alguns ( ) Conheço todos

( ) Não conheço

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6- Como toma conhecimento sobre o artesanato? ( ) Revista ( ) Jornal ( ) Internet

( ) Televisão ( ) Outros meios. Quais ?__________

7- Você conhece alguma publicação que fale a respeito do artesanato brasileiro? Qual? ( ) Sim ( ) Não

Qual?___________________________

8- Se conhece, qual o problema que você percebe nestas publicações com relação ao design gráfico (formatação, fontes, cores, formas, lay out, conteúdo...) __________________________________________________________________________ 9 - Você acharia interessante uma revista que divulgasse o artesanato do Brasil? ( ) Sim ( ) Não 10 - Quais diferenciais com relação ao design gráfico, você gostaria de ver nestas publicações? ( ) Texturas ( ) Elementos tridimensionais ( ) Uso extensivo de fotografias

( ) Uso de cores vibrantes ( ) Outros. Quais?________________

11 - Quais elementos gráficos chamam mais a sua atenção quando você lê uma revista? ( ) Cores ( ) Formas ( ) Texturas ( ) Fotos ( ) Ilustração ( ) Texto

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Apêndice C - Rafes

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