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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências
Instituto de Química
Pedro Henrique Barbosa Coutinho
Estudo Avaliativo do Subprojeto Pibid Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
2014
Pedro Henrique Barbosa Coutinho
Estudo Avaliativo do Subprojeto Pibid Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Monografia submetida ao corpo docente do Instituto
de Química da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro como requisito final para obtenção do
diploma de Licenciatura em Química.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria de Fátima Teixeira Gomes
Rio de Janeiro
2014
Pedro Henrique Barbosa Coutinho
Estudo Avaliativo do Subprojeto Pibid Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Monografia submetida ao corpo docente do Instituto
de Química da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro como requisito final para obtenção do
diploma de Licenciatura em Química.
Aprovada em: __________________________________________________________
Banca Examinadora:
__________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Maria de Fátima Teixeira Gomes (Orientadora)
Depto de Química Geral e Inorgânica - Instituto de Química - UERJ
_________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Márcia de Almeida Gonçalves
Depto de História - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - UERJ
Coordenadora Institucional do Pibid UERJ
_________________________________________________________
Prof. Dr. Fábio Merçon
Depto de Tec. de Processos Bioquímicos - Instituto de Química - UERJ
Coordenador do Curso de Licenciatura em Química da UERJ
Rio de Janeiro
2014
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, irmão e demais familiares, que sempre
estiveram comigo me apoiando e ajudando, e aos meus amigos pelas alegrias, tristezas е
dores compartilhadas.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por terem lutado para me dar uma boa educação, mesmo com todas as
dificuldades que se sucederam.
Ao meu irmão, por ter me feito ficar menos horas no computador jogando e mais horas
escrevendo, além de ter me dado uma grande ajuda na versão do resumo.
Aos meus familiares que escutaram reclamações e choros durante o tempo em que estive
cursando os últimos semestres.
Aos meus amigos Diego Ramos Motta e Luíza Lira, pelas conversas, brigas, broncas e
saídas que muito colaboraram em todo esse processo.
À professora Fátima Gomes por orientar este trabalho e o Projeto que mais impactou a
minha Graduação, o Subprojeto Pibid Química da UERJ.
Aos colegas bolsistas e ex-bolsistas do Pibid, às Professoras Supervisoras, Denise Gutman
Almada e Sandra Maria Fructuoso, aos Professores e alunos do Colégio Estadual Professor
Ernesto Faria e do Colégio Estadual Herbert de Souza por terem colaborado com o levantamento
realizado, respondendo aos questionários, o que possibilitou a realização desta Monografia.
Mais vale a lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter lutado, por isso luta por tudo
aquilo que sonhaste, mesmo que te custe uma lágrima derramada.
Autor Desconhecido
RESUMO
COUTINHO, Pedro Henrique Barbosa. Estudo Avaliativo do Subprojeto Pibid-Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Monografia (Graduação em Licenciatura em
Química) – Instituto de Química – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
2015.
O objetivo desta Monografia foi realizar um estudo avaliativo do Subprojeto Pibid
Química da UERJ, para dessa forma conhecer os significados que lhe são atribuídos por aqueles
que conhecem a sua atuação. Este objetivo foi pormenorizado em dez outros que detalham os
aspectos que visamos conhecer através do levantamento realizado. O público alvo da
investigação compreendeu cinco grupos de sujeitos: estudantes do Ensino Médio; licenciandos
bolsistas; ex-bolsistas; professores supervisores e professores da escola básica que colaboraram
na pesquisa. A coleta de dados consistiu na aplicação de questionários diferenciados a amostras
não probabilísticas formadas por indivíduos dos cinco grupos investigados. As respostas às
questões fechadas foram representadas em gráficos. As respostas dadas as questões abertas foram
categorizadas usando uma frase como unidade de registro. Os estudantes do Ensino Médio
consideram que os bolsistas Pibid contribuem para ampliar a compreensão deles sobre conceitos
da Química e para motivá-los e prepará-los para o ENEM e vestibulares. Os licenciandos
bolsistas acreditam que as duas maiores contribuições do Subprojeto Pibid de Química durante a
formação acadêmica são a inserção deles no cotidiano escolar e a possibilidade de participar em
experiências metodológicas e práticas docentes. Para eles, a vivência no magistério
proporcionada pelo Pibid é a sua contribuição mais importante para a futura atuação profissional,
mas também reconhecem o valor de poder participar de novas práticas formativas, pois revelam
uma preocupação com aspectos relevantes da profissão docente, como o de refletir sobre sua ação
e de atuar como professor pesquisador de sua prática. Na totalidade os licenciandos declararam
que pretendem seguir a carreira do magistério. Para os ex-bolsistas Pibid, a permanência no
Subprojeto de Química trouxe maiores contribuições que os estágios supervisionados
obrigatórios da Graduação e isso se deu devido a uma maior inserção no cotidiano escolar e a
participação em experiências metodológicas e práticas docentes. Reconhecem que, para as suas
atuações profissionais atuais, as contribuições mais significativas do Pibid foram as que
promoveram a articulação entre teoria e práticas pedagógicas e a vivência no magistério. As
supervisoras relataram a motivação extra que tiveram com a sua inserção no Projeto e destacaram
a possibilidade de integrar a pesquisa a sua ação na escola e a articulação entre a teoria e prática
pedagógicas como as contribuições mais significativas para a formação continuada. Os
professores colaboradores consideram que os licenciandos atuam como facilitadores da
aprendizagem dos alunos e apontaram como um aspecto importante a troca de experiências entre
professores e licenciandos. Destacaram ainda a repercussão que o Pibid teve no corpo discente,
pois houve uma sensível elevação na motivação para os estudos e melhores desempenhos nas
avaliações internas e externas. Em nossa percepção, tanto os objetivos da Monografia como os do
Subprojeto Pibid de Química foram alcançados.
Palavras-chave: Iniciação à docência, Pibid, Subprojeto de Química, Licenciatura em Química
ABSTRACT
The purpose of this monograph was to carry out an evaluative study of the UERJ Pibid
Chemistry subproject, to thereby know the meanings attributed to it by those who know its work.
This objective was detailed in ten minor objectives detailing the aspects that we aim to meet
through the conducted survey. The target audience of the research was comprised of five groups
of subjects: high school students; undergraduates stock; alumni; supervising teachers and teachers
of the primary school that collaborated in the research. The data collection consisted of the
application of differentiated questionnaires to non-probabilistic samples formed by individuals of
the five groups investigated. The answers to the objective questions were represented in graphs.
The answers given to the discursive questions were categorized using a phrase as a recording
unit. The high school students consider the Pibid fellows contribute to increase their
understanding of the concepts of chemistry and to motivate them and prepare them for the ENEM
and the university entrance exams. The members of Pibid project believe that the two major
contributions of the UERJ Pibid Chemistry subproject during the academic training are their
integration into the school routine and the opportunity to participate in methodological
experiences and teaching practices. For them, the experience in teaching provided by Pibid is its
most important contribution to their future professional activities, but they also recognize the
value of being able to participate in new training practices, as they show concern for relevant
aspects of the teaching profession, such as reflecting about their own actions and acting as
researchers of the practice. All undergraduates stated that they intend to follow the teaching
career. For the ex-members of Pibid, their stay at the activity brought major contributions to the
mandatory supervised training of their graduation due to a larger participation in the school
routine and participation in methodological experiences and teaching practices. They recognize
that to their current professional performances, the most significant contributions of Pibid were
the ones that promoted the link between theory and pedagogical practices and the experience in
teaching. The supervisors reported the extra motivation they had after their inclusion in the
project and highlighted the possibility to integrate the research to their action in school and the
link between theory and teaching practice as the most significant contributions to continuous
training. The teachers that contributed consider that the undergraduates act as student learning
facilitators and point them as an important aspect of the exchange of experiences between
teachers and student teachers. They also highlighted the impact that the Pibid had in the student
body, as there was a significant increase in motivation for studies and an improvement in
performance in internal and external reviews. In our perception, both this Monograph goals as the
activity goals been achieved.
Keywords: Initiation to teaching, Pibid, Chemistry Subproject, Chemistry Degree
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º ano do CEPEF sobre as contribuições
do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5 .................................. 25
Gráfico 2 – Perfil das respostas atribuídas por alunos 2º ano do CEPEF sobre as contribuições do
Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5 ....................................... 25
Gráfico 3 – Perfil das respostas atribuídas por alunos do 3º ano do CEPEF sobre as contribuições
do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5 .................................. 26
Gráfico 4 – Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5 ........... 26
Gráfico 5 – Perfil de respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas na questão 2 ......................... 28
Gráfico 6 – Perfil de respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas na questão 5 ......................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Enunciado das questões do questionário aplicado aos EEM ...................................... 24
Tabela 2 – Concepções dos bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química durante
a formação acadêmica em Licenciatura em Química ................................................. 30
Tabela 3 – Concepções dos bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para a
futura atuação profissional .......................................................................................... 31
Tabela 4 – Concepções dos ex-bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química
durante a formação acadêmica em Licenciatura em Química .................................... 34
Tabela 5 – Concepções dos ex-bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para
a atuação profissional ................................................................................................. 35
Tabela 6 – Concepções das supervisoras sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para
suas formações continuadas ....................................................................................... 37
Tabela 7 – Concepções das supervisoras sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química em
suas atuações profissionais ........................................................................................ 37
Tabela 8 – Concepções dos professores colaboradores sobre a importância da interação entre a
universidade e a escola de Ensino Médio ................................................................... 39
Tabela 9 – Opiniões dos professores colaboradores sobre a importância de ter um Subprojeto
Pibid de Química atuando nas escolas em que lecionam .......................................... 41
Tabela 10 – Avaliação dos professores colaboradores sobre as contribuições do Subprojeto
Pibid Química nos Colégio onde lecionam .............................................................. 43
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11
1 METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO .................................................................... 19
1.1 Caracterização dos grupos investigados ....................................................................... 19
1.2 A Coleta de dados ........................................................................................................... 21
1.3 Procedimento de análise dos dados ............................................................................... 23
2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 24
2.1 Grupo dos Estudantes do Ensino Médio (EEM) .......................................................... 24
2.1.1 Estudantes do Colégio Estadual Professor Ernesto Faria (CEPEF) .......................... 24
2.1.2 Estudantes do Colégio Estadual Herbert de Souza (CEHS) ....................................... 29
2.2 Grupo dos Licenciandos Bolsistas (LB) ........................................................................ 29
2.3 Grupo dos Ex-bolsistas (ExB) ........................................................................................ 33
2.4 Grupo dos Professores Supervisores (ProfS) ............................................................... 36
2.5 Grupo dos Professores Colaboradores (ProfC) ........................................................... 38
3 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 47
ANEXO I ......................................................................................................................... 48
ANEXO II ........................................................................................................................ 49
ANEXO III ...................................................................................................................... 50
ANEXO IV ....................................................................................................................... 51
ANEXO V ........................................................................................................................ 52
ANEXO VI ....................................................................................................................... 53
ANEXO VII ..................................................................................................................... 55
ANEXO VIII ................................................................................................................... 57
ANEXO IX ...................................................................................................................... 59
ANEXO X ....................................................................................................................... 60
ANEXO XI ...................................................................................................................... 62
11
INTRODUÇÃO
Muito se tem falado sobre a falta de interesse das novas gerações em seguir a carreira de
Magistério na Educação Básica. Apesar do mercado de trabalho evidenciar uma crescente
demanda por professores de Química, Física e Matemática, no estado do Rio de Janeiro se
presencia o que é notório em todo o país: a baixa procura por cursos de Licenciatura, e o que é
ainda pior, o pequeno número de concluintes. A baixa atratividade pela profissão de professor é
preocupante e tem sido discutida no meio acadêmico e na mídia.
Que razões induzem um jovem com idade entre dezesseis e vinte anos a escolher uma
carreira: identificação com a profissão, influências de familiares, amigos e/ou professores, a
localização da Instituição, a relação candidato/vaga no processo seletivo, a boa avaliação do
Curso, perspectivas de empregabilidade, a taxa de retorno, na expectativa de boa remuneração do
profissional, o status associado à carreira? O que o indivíduo escolhe ser profissionalmente é
“[...] limitado por objetivos que vão desde as expectativas familiares até o que existe de mais
viável dentro da sua realidade, sendo, muitas vezes, até contraditório com seus desejos e
possibilidades pessoais” (Lisboa, 2002, p. 44 apud Gatti et. al., 2010, p. 143).
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apresentado em Paris, em 2006, durante
as comemorações do Dia Internacional do Professor, revelou que um número cada vez menor de
jovens está disposto a seguir a carreira do magistério. Os baixos salários praticados foram
apontados como uma das principais causas, senão a mais importante. A pesquisa mostrou que, no
Brasil, o salário médio de um professor em início de carreira era dos menores: precisamente, o
antepenúltimo da lista dos mais baixos entre os trinta e oito países pesquisados (Brasil. CNE,
2007, p. 9).
Poucos são os jovens que optam pela carreira do Magistério, principalmente por que não
veem nela uma profissão rentável, predominando entre eles a concepção muito comum no país de
que o professor está fadado a ser mal remunerado. No caso particular da formação de professores
de Química, a baixa atratividade pela carreira do magistério pode também ser atribuída à
competitividade com setores da área técnica que vivem atualmente um momento de demanda de
mão de obra e uma boa oferta de salários. Os licenciandos, muitas vezes seduzidos por
12
perspectivas de melhores salários e maior reconhecimento social como profissionais da Química,
tendem a não valorizar a formação pedagógica e a buscar alternativas à profissão docente.
As maiores relações candidato/vaga para diferentes Graduações relacionadas à Química,
nas grandes instituições de ensino superior do Rio de Janeiro, se comparadas às relações
candidato/vaga para Cursos de Licenciatura em Química atestam a menor procura dos candidatos
por estas. De acordo com informações divulgadas pelo site da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, no vestibular do ano de 2015, a relação candidato/vaga para a carreira de Engenharia
Química é de 17,56, enquanto que para a carreira de Química (Licenciatura) é de 8,38, ou seja,
menos da metade. Na Universidade Federal Fluminense, cursos como Farmácia, Química
(Bacharelado) e Engenharia Química têm relações candidato/vaga de, respectivamente, 23,03;
22,6 e 19,56, enquanto que para a Química (Licenciatura) a relação é de 17 candidatos para cada
vaga. Uma alta relação candidato-vaga para o curso de Licenciatura em Química, muitas vezes é
enganosa, porque não raro os candidatos à vaga vislumbram a possibilidade futura de solicitar
transferências para outros cursos na área, como Engenharia Química, Química Industrial ou o
Bacharelado em Química.
As novas expectativas e demandas educacionais da sociedade e as importantes mudanças
que delinearam a educação no Brasil, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei 9.394/96), levaram à necessidade de se estabelecer metas e firmar compromissos políticos
com a formação de inicial e continuada de professores visando estimular a formação docente e
valorizar o profissional em exercício.
Neste contexto, a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da
Educação Básica, instituída no Decreto n° 6.755 de 2009, firmou no Art. 2, como um dos seus
princípios, “a valorização profissional, traduzida em políticas permanentes de estímulo à
profissionalização, à jornada única, à progressão na carreira, à formação continuada, à dedicação
exclusiva ao magistério, à melhoria das condições de remuneração e à garantia de condições
dignas de trabalho”.
Com o amparo do Decreto n° 6.755 de 2009, o Ministério da Educação, por intermédio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), passou a apoiar ações de
formação continuada, com concessão de bolsas de estudo e de pesquisa para professores e a
incentivar a formação de profissionais do magistério para atuar na Educação Básica, mediante
13
fomento a programas de iniciação à docência e concessão de bolsas a estudantes matriculados em
cursos de licenciatura de graduação plena nas Instituições de Educação Superior (IES).
A Capes, por meio da Diretoria de Formação de Professores de Educação Básica - DEB
atua em duas linhas de ação: (a) na indução à formação inicial de professores para a Educação
Básica, organizando e apoiando a oferta de cursos de licenciatura presenciais especiais, por meio
do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor; (b) no fomento a
projetos de estudos, pesquisas e inovação, por meio do seguinte conjunto de programas voltados
para a valorização do magistério: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –
Pibid; Programa de Consolidação das Licenciaturas – Prodocência; Observatório da Educação –
OBEDUC; Programa Novos Talentos; Programa de Apoio a Laboratórios Interdisciplinares de
Formação de Educadores – Life e Programa de Apoio à Formação de Profissionais no Campo das
Competências Socioemocionais – Competências Socioemocionais.
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) é uma iniciativa para o
aperfeiçoamento e a valorização da formação inicial de professores. O programa concede bolsas a
alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por IES em
parceria com escolas de Educação Básica da rede pública de ensino. Os projetos devem promover
a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação
acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente
que atue na licenciatura (Coordenador de área) e de um professor da escola (Supervisor).
A Diretoria de Formação de Professores de Educação Básica da Capes (DEB) destaca em
sua página eletrônica que os objetivos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência – Pibid são:
Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;
Contribuir para a valorização do magistério;
Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura,
promovendo a integração entre educação superior e educação básica;
Inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação,
proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências
metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que
busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;
14
Incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como
coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de
formação inicial para o magistério;
Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes,
elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.
O modelo-teste do projeto aconteceu em 2007, direcionado para instituições federais de
Ensino Superior, atendendo cerca de três mil bolsistas, com projetos nas áreas de Matemática,
Química, Física e Biologia. A partir da entrada em vigor do Decreto nº 6755/2009, o Pibid
expandiu-se com enorme rapidez, incluindo agora, além das instituições federais, instituições
municipais, estaduais e privadas, tendo projetos em todas as licenciaturas. Com isso, em 2014, o
Programa chegou a 72.845 bolsistas de Iniciação à Docência de 284 IES, situadas em todas as
Regiões do país, com a participação de 11.717 Supervisores e 4.790 Coordenadores de áreas de
todas as Licenciaturas/Habilitações. Considerando-se todas as modalidades de bolsas concedidas
o número chega a 90.254, de acordo com os dados disponíveis na página da Capes
(http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/relatorios-e-dados).
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência na UERJ
Atualmente, no estado do Rio de Janeiro, dezenove Instituições de Ensino Superior (IES)
integram o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Capes, sendo sete
federais, três estaduais e nove privadas. A UERJ participa do Pibid desde 2011 com o Projeto
Institucional “Saber escolar e formação docente na Educação Básica”. O Projeto Institucional
teve início com sete Subprojetos envolvendo as seguintes Graduações: Química e Letras-
Português (Campus Maracanã) e Ciências Biológicas, Letras-Português, Geografia, História e
Pedagogia (Campus São Gonçalo). Em 2012, o Projeto Institucional foi ampliado para treze
Subprojetos, passando também a serem contempladas as Licenciaturas/Habilitações: Biologia,
Física, Letras-Espanhol, Pedagogia e Psicologia (Campus Maracanã) e Matemática (Campus São
Gonçalo).
O Pibid UERJ ao ser contemplado no novo edital da Capes, em 2013, passou a integrar
vinte e três Subprojetos, com a participação de mais seis Licenciatura/Habilitações - Artes
15
Plásticas e Visuais, História, Geografia, Letras-Inglês, Letras-Italiano, Matemática (Campus
Maracanã) e de quatro Subprojetos Interdisciplinares (Campus Maracanã, São Gonçalo, Friburgo
e Resende). Os vinte e três Subprojetos são desenvolvidos em 43 escolas de Ensino Básico,
contam com 77 professores Supervisores, 33 Coordenadores de área e cerca de 400 graduandos
bolsistas.
Os construtores do Projeto Institucional compartilham da ideia que para os futuros
professores, licenciandos de graduações variadas, um diferencial importante na sua atuação
profissional pode vir a ser constituído por meio de experiências na escola, complementares às
exigências curriculares dos Estágios Supervisionados. Por meio das ações específicas dos
Subprojetos que constituem o Projeto Institucional, os licenciandos tornam-se também, em
cooperação com professores da Educação Básica e seus respectivos alunos, protagonistas ativos
na construção e na transformação do saber escolar.
O Subprojeto Pibid Química da UERJ
O Subprojeto de Química começou suas atividades em 1º de julho de 2011, sob a
coordenação da professora Maria de Fátima Teixeira Gomes, docente do Instituto de Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Maracanã. Foram selecionados seis
estudantes do curso de Licenciatura em Química para “trabalharem” no Colégio Estadual
Professor Ernesto Faria, localizado no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte da cidade do Rio
de Janeiro, sob a supervisão da professora de Química, Denise Gutman Almada.
Durante o triênio 2011 – 2013, tempo de vigência do primeiro edital do Pibid/Capes que a
UERJ participou, foram apresentados trabalhos científicos em eventos como o XVI Encontro
Nacional do Ensino de Química, o 32º Encontro de Debates sobre o Ensino de Química e o XVI
Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Foram feitas visitas guiadas aos laboratórios
da UERJ, onde os estudantes do Colégio participaram de oficinas de Química com a realização
de vários experimentos. Os bolsistas tiveram participação ativa em atividades didático-
pedagógicas desenvolvidas na escola e orientaram vários projetos para as Feiras de Ciências de
2011, 2012 e 2013. Também com frequência participaram de reuniões de estudos realizadas com
a Supervisora e a Coordenadora, onde foram abordados temas relativos às políticas educacionais,
ao Ensino de Química, à pesquisa em Educação, dentre outros.
16
No ano de 2014, o Subprojeto de Química foi ampliado, passou de seis para doze
bolsistas; se estendeu para o Colégio Estadual Herbert de Souza, localizado no bairro do Rio
Comprido, também na Zona Norte do Rio de Janeiro, e a professora de Química Sandra Maria
Fructuoso se juntou à equipe.
As principais metas do Subprojeto Pibid Química para o triênio 2014-2016 são:
Proporcionar a vivência no magistério a partir da participação efetiva dos bolsistas Pibid
em atividades didático-pedagógicas;
Promover a inserção de atividades experimentais que contribuam para a melhoria do
aprendizado dos conceitos da Química pelos estudantes do Ensino Médio;
Instrumentalizar bolsistas e supervisores no planejamento e aplicação de projetos
didáticos que possibilitem abordagens contextualizadas dos conteúdos de Química e
favoreçam a interdisciplinaridade;
Motivar bolsistas e supervisores a organizarem eventos escolares extraclasses, como
oficinas e Feiras de Ciências;
Incentivar a participação de bolsistas e supervisores em eventos científicos, especialmente
os voltados para Educação ou Ensino de Química, almejando conhecer as novas propostas
dessas áreas e divulgar as realizações do Subprojeto.
Algumas ações foram planejadas para que as metas do Subprojeto de Química possam ser
alcançadas, como: realização de diagnósticos, a partir da observação e descrição do ambiente
escolar; participação em discussões sobre o contexto escolar com corpo docente e pedagógico das
escolas parceiras; participação em reuniões de planejamento, de acompanhamento do projeto e de
estudos; realização de atividades experimentais e extraclasse com os alunos; desenvolvimento de
projetos didáticos a serem expostos em eventos realizados nos Colégios; elaboração de registros
com confecção de relatórios e divulgação de trabalhos científicos em eventos nacionais voltados
para o ensino de Química.
Como Licenciando em Química, tenho participado do Subprojeto Pibid Química desde a
sua implantação em julho de 2011. Tive oportunidade de vivenciar muitas das ações aqui
relatadas. Neste ano de 2014, criei e implantei o blog do Subprojeto (disponível no endereço
http://pibidquiuerj.wordpress.com/) apresentando um histórico sucinto do que foi desenvolvido
até o momento. Esta Monografia é mais uma pequena contribuição de minha parte no sentido de
17
fazer registros sobre o Subprojeto, neste caso, conhecendo como ele é avaliado pelos alunos das
duas escolas públicas parceiras, pelas professoras supervisoras e pelos meus colegas bolsistas e
ex-bolsistas do Pibid Química UERJ.
Conscientes de que é necessário aperfeiçoar continuamente o Subprojeto, nos propomos a
dialogar com seus protagonistas, os bolsistas e as supervisoras, e ouvir também os alunos do
Ensino Médio das escolas parceiras.
OBJETIVO
Realizar um estudo avaliativo do Subprojeto Pibid Química da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, para dessa forma conhecer os significados que lhe são atribuídos por licenciandos
bolsistas, ex-bolsistas, supervisores e aqueles que conhecem a sua atuação nas escolas parceiras,
como alunos e professores do Ensino Médio.
Objetivos Específicos
1) Avaliar como algumas das ações desenvolvidas pelos bolsistas do Subprojeto Pibid
Química nas escolas parceiras são compreendidas pelos estudantes do Ensino Médio.
2) Avaliar se as ações do Subprojeto Pibid Química têm contribuído para tornar o estudante
do Ensino Médio mais motivado e preparado para participar de avaliações externas
promovidas pela Secretaria de Estado de Educação do estado do Rio de Janeiro
(SEEDUC-RJ) e pelo Ministério da Educação (MEC).
3) Conhecer como bolsistas e ex-bolsistas avaliam as possíveis contribuições do Subprojeto
Pibid Química em relação a dois aspectos: formação acadêmica no curso de Licenciatura
e futura atuação profissional.
4) Conhecer como os bolsistas percebem suas atuações nos Colégios e como essas são vistas
pelas Supervisoras, no que tange ao relacionamento com os alunos,
5) Investigar o interesse dos licenciandos em seguir a carreira de Magistério na Educação
Básica e de atuarem futuramente como Supervisores do Pibid em uma escola pública.
6) Conhecer a trajetória dos egressos quanto à vivência da profissão docente.
18
7) Conhecer como as Supervisoras avaliam, em caráter pessoal, as possíveis contribuições
do Subprojeto Pibid Química em relação à formação continuada e à atuação profissional.
8) Conhecer qual a importância atribuída pelas Supervisoras à atuação do Subprojeto Pibid
de Química na escola e como cada uma delas concebe o seu papel nesse processo.
9) Conhecer como professores das escolas parceiras, que não participam do Pibid, concebem
a interação entre a universidade e a escola básica.
10) Conhecer qual a importância, para esses professores, do Pibid atuar em suas escolas e
como concebem as contribuições dadas pelo Subprojeto Pibid Química.
19
1 – METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO
A pesquisa realizada consistiu em um levantamento que visou recolher informações sobre
qual é o significado do Subprojeto Pibid Química para os que dele participam e que conhecem a
sua atuação nas escolas parceiras. Segundo Gil (1995) considera que os levantamentos são muito
úteis para o estudo de opiniões e atitudes e destaca entre as principais vantagens do seu uso o fato
de se caracterizar pela “interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”
(p. 76). “À medida que as próprias pessoas informam acerca de seu comportamento, crenças e
opiniões, a investigação torna-se mais livre de interpretações calcadas no subjetivo dos
pesquisadores” (p.77). Além da vantagem do “conhecimento direto da realidade”, também
destaca “economia e rapidez” e a possibilidade dos dados, obtidos mediante o levantamento,
poderem ser agrupados em diferentes tipos de tabelas e, ou, gráficos, de acordo com os tipos de
análise que se pretende efetuar. Em relação às limitações desse tipo de pesquisa, Gil (1995) alerta
para o fato que, na investigação, o que nós recolhemos como dados se refere a “percepção que as
pessoas têm acerca de si mesmas” e, esse caráter subjetivo das respostas, pode levar a obtenção
de “dados distorcidos” (p.77).
O público alvo da investigação compreendeu cinco grupos de sujeitos: Estudantes do
Ensino Médio (EEM); Licenciandos Bolsistas (LB); Ex-bolsistas (ExB); Professores
Supervisores (ProfS) e Professores Colaboradores (ProfC). Destacamos aqui que o pesquisador
pertence ao grupo LB, mas que ele não respondeu ao questionário.
1.1 – Caracterização dos grupos investigados
- Grupo dos Estudantes do Ensino Médio (EEM): formado por estudantes do Ensino Médio do
Colégio Estadual Professor Ernesto Faria (CEPEF) e do Colégio Estadual Herbert de Souza.
O Colégio Estadual Professor Ernesto Faria está localizado no bairro de São Cristovão, no
município do Rio de Janeiro, RJ. O Subprojeto Pibid Química da UERJ atua no Colégio desde 1º
de julho de 2011, no primeiro turno, no 1º (turmas 1001 e 1002), 2º (turmas 2001 e 2002) e 3º
anos (turmas 3001 e 3002) do Ensino Médio Regular, sob a supervisão de uma Professora de
20
Química. O CEPEF obteve o 3º lugar no ENEM 2013 dentre os Colégios Estaduais do Rio de
Janeiro.
O Colégio Estadual Herbert de Souza está localizado no bairro do Rio Comprido, no município
do Rio de Janeiro, RJ. O Subprojeto Pibid Química da UERJ atua no Colégio desde 14 de março
de 2014, no primeiro turno, no 1º (turma 1020) e 3º anos (turmas 3010, 3011 e 3012) do Ensino
Médio Regular e em uma turma de Nova Educação de Jovens e Adultos (NEJA), sob a
supervisão de uma Professora de Química.
- Grupo dos Licenciandos Bolsistas (LB): formado por doze bolsistas Pibid do Subprojeto
Química que atuam nos Colégio Estadual Professor Ernesto Faria e no Colégio Estadual Herbert
de Souza. Em cada Colégio atuam seis bolsistas matriculados em diferentes períodos curriculares
do curso de Licenciatura em Química da UERJ. Um terço dos bolsistas é do sexo feminino. Dos
doze bolsistas, apenas, dois possuem mais de um ano no projeto (dados de dezembro de 2014).
- Grupo dos Ex-bolsistas (ExB): formado por cinco ex-bolsistas do Subprojeto Pibid Química da
UERJ. Três ex-bolsistas são do sexo feminino, já são graduadas em Licenciatura em Química e,
no corrente ano, foram convocadas pela Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de
Janeiro (SEEDUC-RJ) para assumir o cargo de Professor I, 30 horas. Dois ex-bolsistas são do
sexo masculino, e estão em fase final de integralização dos créditos do Curso.
- Grupo dos Professores Supervisores (ProfS): formado por duas professoras de Química que
atuam como Supervisoras Pibid do Subprojeto Química nos colégios estaduais Professor Ernesto
Faria e Herbert de Souza. Ambas as Professoras são graduadas em Licenciatura (Plena) em
Química há mais e atuam como professoras da rede pública estadual de Ensino Médio por mais
de dez anos.
- Grupo dos Professores Colaboradores (ProfC): formado por um grupo de cinco professores do
Ensino Médio do Colégio Estadual Professor Ernesto Faria e cinco professores do Colégio
Estadual Herbert de Souza, que não participam do Pibid, mas que colaboraram com a pesquisa.
Os questionários foram respondidos por duas Diretoras Adjuntas, um Orientador Pedagógico e
21
Professores de Biologia (1), História (1), Língua Portuguesa (1), Matemática (2) e Química (2)
que trabalham no mesmo turno em que é desenvolvido o projeto nas escolas.
1.2 – A Coleta de dados
A técnica utilizada para coletar os dados consistiu na aplicação de questionários
diferenciados a amostras não probabilísticas formadas por indivíduos dos cinco grupos
investigados.
O questionário aplicado ao grupo dos Estudantes do Ensino Médio (EEM) consistiu em
cinco questões fechadas de múltipla escolha de estimação, que apresentavam um elenco de cinco
alternativas de respostas que variavam com o grau de intensidade (não contribui em nada,
contribuiu muito pouco, não tenho opinião, contribui pouco e contribuiu muito). As três primeiras
questões foram formuladas com o objetivo de avaliar como algumas das ações desenvolvidas
pelos bolsistas do Subprojeto Pibid Química nas escolas parceiras apoio didático-pedagógico
em aulas teóricas, realização de aulas práticas e aplicação de projetos didáticos são
compreendidas pelos estudantes do Ensino Médio. As duas últimas questões avaliaram se as
ações do Subprojeto Pibid Química têm contribuído para tornar o estudante do Ensino Médio
mais motivado e preparado para participar de avaliações externas, como o SAERJINHO
(Programa de avaliação diagnóstica do processo Ensino Aprendizagem realizado nas unidades
escolares da rede estadual de Educação Básica, sendo uma das ações que integram o Sistema de
Avaliação da Educação Básica do Rio de Janeiro – SAERJ) e ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio). O modelo do questionário aplicado está disponível no ANEXO 1.
O questionário aplicado ao grupo dos Licenciandos Bolsistas (LB) foi estruturado em
itens numerados de um a cinco, nos quais foram abordadas tanto questões fechadas como abertas,
com a formação que se segue. Nos dois primeiros itens do questionário, investigou-se como cada
licenciando bolsista avalia possíveis contribuições do Subprojeto Pibid Química, para sua
formação acadêmica e futura atuação profissional, através de questões fechadas de múltipla
escolha de estimação com um elenco de cinco alternativas de respostas que variavam quanto à
intensidade. Questões abertas complementaram os itens 1 e 2 perguntando o porquê das
respostas. No terceiro item do questionário uma questão fechada de múltipla escolha foi utilizada
para avaliar como os bolsistas percebem suas atuações nos Colégios, no que tange ao
22
relacionamento com os alunos do Ensino Médio. Por último, no quarto e quinto itens, usando
questões abertas, investigaram-se o interesse dos licenciandos em seguir a carreira de Magistério
na Educação Básica e de atuarem futuramente como Supervisores do Pibid em uma escola
pública. O modelo do questionário aplicado ao grupo Licenciandos Bolsistas (LB) está disponível
no ANEXO 2.
O questionário aplicado ao grupo dos Ex-bolsistas (ExB) também foi composto de
questões fechadas e abertas. Nos dois primeiros itens do questionário, foram avaliadas as
contribuições do Subprojeto Pibid Química para a formação acadêmica e profissional dos
pesquisados através de questões fechadas de múltipla escolha de estimação com um elenco de
cinco alternativas de respostas que variavam quanto à intensidade. Questões abertas
complementavam os itens 1 e 2 perguntando o porquê das respostas. No terceiro, quarto e quinto
itens, visando conhecer a trajetória dos egressos quanto à vivência da profissão docente, foram
feitas questões abertas em que os ex-bolsistas foram consultados se trabalhavam como
professores do Ensino Médio, na rede pública ou particular; se gostariam de atuar futuramente
como um Supervisor do Pibid e se cursavam alguma Pós-Graduação ou se pretendem vir a fazê-
lo em um futuro próximo. O modelo do questionário aplicado ao ex-bolsistas (LB) está
disponível no ANEXO 3.
O questionário respondido pelas Supervisoras do Subprojeto Pibid Química foi
estruturado de modo semelhante aos dois últimos mencionados, contendo cinco itens com
questões fechadas e abertas. Nos dois primeiros itens do questionário foram avaliadas as
contribuições do Subprojeto Pibid Química na formação continuada e na atuação profissional das
Supervisoras a partir de questões de múltipla escolha de estimação com cinco alternativas de
respostas com diferentes graus de intensidade. Os itens 1 e 2 foram complementados por
questionamentos sobre o porquê das respostas. No terceiro item do questionário, por meio de uma
questão fechada de múltipla escolha, foi avaliado como as supervisoras percebem as atuações dos
bolsistas nos Colégios, no que tange ao relacionamento com os alunos do Ensino Médio. No
quarto e no quinto itens, as respondentes foram questionadas sobre a importância da atuação do
Subprojeto Pibid de Química na escola e como cada uma delas avalia o seu papel como
Supervisora do Pibid Química. O modelo do questionário aplicado às Supervisoras está
disponível no ANEXO 4.
23
O grupo de professores do Ensino Médio que colaboraram com a pesquisa (ProfC)
responderam duas questões abertas, uma sobre a importância em se manter uma interação entre a
universidade, representada pelos seus cursos de formação de professores, e a escola de Ensino
Médio e outra sobre qual a importância de ter um Subprojeto Pibid de Química atuando em sua
escola. A partir de uma questão de múltipla escolha de estimação com cinco alternativas de
respostas com diferentes graus de intensidade, complementada com uma justificativa, foram
avaliadas as contribuições dadas pelo Subprojeto Pibid Química aos Colégios, segundo suas
concepções. O modelo do questionário está disponível no ANEXO 5.
Ressaltamos que, neste trabalho, o pesquisador faz parte da situação observada e que
interage com os sujeitos da pesquisa: os estudantes do Colégio Estadual Professor Ernesto Faria,
onde atua há três anos como bolsista do Pibid; os colegas ex e atuais bolsistas do Subprojeto e
com os professores do Ensino Médio, desse Colégio, em particular. Neste sentido, podemos
afirmar que a coleta de dados e sua análise sofreu influência da observação participante do
pesquisador. Haguette (1987) cita Schwartz & Schwartz para definir a observação participante,
como reproduzimos abaixo:
Definimos a observação participante como um processo no qual a
presença do observador numa situação social é mantida para fins de
investigação científica. O observador está em relação face a face
com os observados, e, em participando com eles em seu ambiente
natural de vida, coleta dados. Logo, o observador é parte do
contexto, sendo observado, no qual ele ao mesmo tempo modifica e
é modificado por este contexto. (p. 71).
1.3 – Procedimento de análise dos dados
As respostas às questões fechadas dos questionários foram tabuladas e os dados simples e
suas correlações representadas em gráficos.
As respostas dadas as questões abertas foram categorizadas após a leitura dos
questionários, usando a frase como unidade de registro (BARDIN, 1977). Os percentuais obtidos
nas categorias são indicativos da ênfase dada a um determinado aspecto. No Capítulo 3,
Discussão dos Resultados, são expostas as análises das respostas dos grupos participantes da
pesquisa.
24
2 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
2.1 – Grupo dos Estudantes do Ensino Médio (EEM)
A tabela 1 resume os enunciados das questões do questionário aplicado aos EEM.
Tabela 1: Enunciado das questões do questionário aplicado aos EEM
Nº da Questão Enunciado da Questão
1
As aulas práticas realizadas com a atuação dos bolsistas Pibid têm contribuído
para aumentar o seu interesse pela Química, levando-o a gostar mais da
disciplina?
2 A atuação dos bolsistas Pibid em sala de aula tem contribuído para você
compreender melhor os conceitos da Química?
3
A atuação dos bolsistas Pibid na escola tem contribuído para aumentar o seu
interesse em participar de projetos ou trabalhos para a Feira de Ciências
realizada na escola?
4 A atuação dos bolsistas Pibid Química tem contribuído para você se sair
melhor no SAERJINHO?
5
A atuação dos bolsistas Pibid tem contribuído para deixar você mais motivado
(a) e seguro(a) para fazer o ENEM ou prestar vestibular para concorrer a uma
vaga na universidade?
2.1.1 – Estudantes do Colégio Estadual Professor Ernesto Faria (CEPEF)
Os questionários foram respondidos por cento e setenta estudantes do Ensino Médio,
sendo cinquenta e dois do 1° ano, sessenta e sete do 2º ano e cinquenta e um do 3º ano,
quantitativo que correspondeu, respectivamente, a 84%, 76% e 76¨% dos alunos matriculados
nessas séries, no primeiro turno do Colégio. Os gráficos 1, 2 e 3 mostram o perfil de respostas
dos questionários aplicados, respectivamente, a turmas do 1º, 2º e 3º anos. O gráfico 4 mostra
perfil de respostas dos estudantes do CEPEF.
O gráfico 1, relativo ao 1º ano, mostra que mais de 50% dos estudantes avaliaram que o
Pibid contribui muito em relação a todos os itens pesquisados, exceto em relação à questão 4, em
que o percentual é de 48%, o que ainda é um excelente resultado, ao se considerar que os
estudantes costumam valorizar pouco o SAERJINHO, não se preocupando muito em serem bem
sucedidos. Quase 80% dos alunos do 1º ano afirmam que o Pibid tem contribuído muito para que
compreendam melhor os conceitos da Química.
25
Gráfico 1: Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º ano do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5.
Gráfico 2: Perfil das respostas atribuídas por alunos 2º ano do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Não
contribui
em nada
Contribui
muito
pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuição do Pibid
Respostas dos alunos do 1° ano do CEPEF
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
0
10
20
30
40
50
60
70
Não
contribui
em nada
Contribui
muito
pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuição do Pibid
Respostas dos alunos do 2º ano do CEPEF
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
26
Gráfico 3: Perfil das respostas atribuídas por alunos do 3º ano do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5.
Gráfico 4: Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas nas questões de 1 a 5.
0
10
20
30
40
50
60
Não
contribui
em nada
Contribui
muito
pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuição do Pibid
Respostas dos alunos do 3º do CEPEF
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
0
10
20
30
40
50
60
70
Não
contribui
em nada
Contribuiu
muito
pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuição do Pibid
Respostas dos alunos do CEPEF
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
27
Os dados coletados em turmas do 2º ano e 3º anos, exibidos nos gráficos 2 e 3, mostraram
que o percentual de estudantes que avaliaram que o Pibid Química contribui muito é bem menor
do que em relação a turmas do 1º ano, para todos os itens pesquisados. Somente em relação à
quinta questão (contribuições dos bolsistas para deixá-los mais motivados e seguros para fazer o
ENEM ou prestar vestibular) obtiveram-se avaliações mais positivas, 61% na percepção dos
estudantes do 2º ano e 51% na dos estudantes do 3º ano.
Em relação à questão 3 (contribuição no sentido de aumentar o interesse dos estudantes
em participar de projetos ou trabalhos para a Feira de Ciências realizada na escola), o percentual
variou entre 31 e 39%, o que pode parecer relativamente baixo, entretanto, no ano letivo em que
se realizou a pesquisa, o número de trabalhos orientados em turmas de 2° e 3º anos foi dois e um,
respectivamente, e envolveu cerca de dezoito estudantes. Os demais fizeram trabalhos com
professores de outras disciplinas. Um fato relevante a considerar são as respostas atribuídas pelos
estudantes do 3º ano à primeira questão. 41% dos estudantes consideram que as aulas práticas
realizadas com a atuação dos bolsistas Pibid contribuíram pouco para aumentar o seu interesse
pela Química, levando-os a gostar mais da disciplina. A explicação pode estar no pequeno
número de atividades experimentais realizadas com os alunos, o que realmente é lamentável
porque o Subprojeto Pibid Química tem dentre as suas metas “promover a inserção de atividades
experimentais”. As turmas do primeiro ano participaram ao longo do ano letivo de seis atividades
experimentais no laboratório de Química, e desse modo, avaliaram mais positivamente a atuação
dos bolsistas neste quesito.
O gráfico 4 exibe o perfil das respostas atribuídas às questões de 1 a 5 pelo universo dos
estudantes do CEPEF que participaram da pesquisa. Os resultados mostram que mais de 40% dos
estudantes avaliaram que o Pibid contribui muito em relação a todos os itens pesquisados.
Destacaram-se as contribuições dos bolsistas para uma compreensão melhor dos conceitos da
Química (questão 2), citada por 65% dos estudantes, e contribuições dos bolsistas para deixá-los
mais motivados e seguros para fazer o ENEM ou prestar vestibular (questão 5), citada por 58%
dos estudantes.
Os gráficos 5 e 6 exibem, respectivamente, os perfis das respostas atribuídas por alunos
do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas na
questões 2 e 5. É interessante observar que foram os alunos do 1º ano que melhor avaliaram as
28
contribuições dos bolsistas Pibid tanto para melhorar a compreensão deles sobre conceitos da
Química como para motivá-los e prepará-los para o ENEM e vestibulares.
Gráfico 5: Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas na questão 2.
Gráfico 6: Perfil das respostas atribuídas por alunos do 1º, 2º e 3º anos do CEPEF sobre as
contribuições do Subprojeto Pibid Química avaliadas na questão 5.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Não
contribui em
nada
Contribuiu
muito pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuição do Pibid
Perfil das respostas dos alunos do CEPEF para
a questão 2
1° ano
2° ano
3° ano
CEPEF
0
10
20
30
40
50
60
70
Não
contribui em
nada
Contribuiu
muito pouco
Não tenho
opinião
Contribui
pouco
Contribui
muito
%
Contribuições do Pibid
Perfil das respostas dos alunos do CEPEF
para a questão 5
1° ano
2° ano
3° ano
CEPEF
29
2.1.2 – Estudantes do Colégio Estadual Herbert de Souza (CEHS)
O número de questionários respondidos pelos estudantes do Colégio Estadual Herbert de
Souza foi inferior a 25% do total dos estudantes inscritos nas turmas em que a Professora
supervisora leciona. O quantitativo de respondentes foi de trinta e sete, sendo dezessete do 1º ano,
onze do 3º ano (todos de uma única turma) e somente nove da NEJA. Desse modo, não foi feita a
análise dos dados por se considerar que estes não seriam representativos e poderiam conduzir a
interpretações errôneas dos resultados alcançados pelo Subprojeto.
2.2 – Grupo dos Licenciandos Bolsistas (LB)
Os onze bolsistas que participaram da pesquisa, identificados aqui como LB1, LB2, ,
LB11 consideram, em sua totalidade, que o Subprojeto Pibid Química contribui muito para a
formação acadêmica e que a experiência adquirida durante a permanência no mesmo, com
certeza, terá grande impacto em suas formações profissionais. Suas concepções de como se dão
essas contribuições foram categorizadas e estão transcritas nas tabelas 2 e 3. As respostas
completas estão disponíveis nos ANEXOS 6 e 7.
A primeira pergunta do questionário Como o Pibid contribui para sua formação
acadêmica em Licenciatura em Química?” teve suas respostas agrupadas em três categorias:
Inserção dos licenciandos no cotidiano escolar, Participação em experiências metodológicas e
práticas docentes e Apropriação de referenciais teóricos. Na tabela 1, pode-se observar que
prevaleceram citações relacionadas à categoria Inserção dos licenciandos no cotidiano escolar
(50,0%), que favorece uma vivência antecipada no magistério, interpretada pelos bolsistas como:
“oportunidade de vivenciar o dia-a-dia em uma escola, de “conhecer o ambiente da escola
pública”, de se aproximar da “realidade escolar”, pelo “envolvimento com os professores”,
“participando e vivenciando as dificuldades e processos da escola”, “superando em número e
grau as vivências que teria com o estágio obrigatório”.
As respostas mostram que para os bolsistas a troca de informações entre eles e a escola,
considerando esta instituição não só representada pelos alunos, mas também por professores,
funcionários e direção, é extremamente importante e um dos diferenciais do Pibid. Também foi
dada importância à participação em experiências metodológicas e práticas docentes (28,%) tais
como “elaboração de roteiros de atividades experimentais”, “elaboração de trabalhos/projetos
escolares”, “experiências vividas em sala de aula”, etc.
30
Tabela 2: Concepções dos bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química durante
a formação acadêmica em Licenciatura em Química.
Categoria Descrição %
Inserção dos
licencia+ndos
no cotidiano
escolar
- “tenho oportunidade de vivenciar o dia-a-dia em uma escola, onde
será meu futuro lugar de trabalho, além de ter contato com
professores, trocar experiências...” (LB2);
- “Contribui muito, pelo fato de termos a vivência em um colégio,
aprendemos na prática as dificuldades que um professor lida no dia
a dia. E com isso posso estar mais preparada para lidar com certas
situações após a minha formação, quando for atuar em sala de
aula.” (LB4);
- “Porque o Pibid é uma oportunidade para o licenciando entrar e
estar em contato do ambiente escolar.” (LB5);
- “Pela oportunidade de eu estar vivenciando o ambiente acadêmico,
estando presente junto aos alunos e a professora supervisora.”
(LB6);
- “o envolvimento com os professores ajuda na formação” (LB8);
- “A aproximação do bolsista PIBID da realidade da escola.” (LB8);
- “Porque me permitiu conhecer o ambiente da escola pública,
participando e vivenciando as dificuldades e processos da escola.”
(LB9);
- “[Por] fazer com que eu tenha contato direto com o ambiente
escolar” (LB10);
- “o PIBID me proporciona um maior contato com o ambiente
escolar - superando em número e grau as vivências que teria com o
estágio obrigatório.” (LB11)
50,0
Participação
em
experiências
metodológicas
e práticas
docentes
- “aprender um pouco mais sobre educação e elaboração de
trabalhos/projetos.” (LB2);
- “Incentiva a elaboração dos Projetos Escolares.” (LB5);
- ”Incentiva a elaboração de roteiros de atividades experimentais.”
(LB5);
- “As experiências vividas em sala de aula e em todas as reuniões,
vem contribuído muito para o meu desenvolvimento como futuro
docente.” (LB7);
- “além de facilitar a escrita de trabalhos e, por consequência, a
apresentação dos mesmos em eventos, congressos.” (LB11)
28,0
Apropriação
de referenciais
teóricos
- “Aumentando meu arcabouço teórico em ensino” (LB3);
- “Apresentação [estudo] de documentos oficiais relacionados ao
Ensino de Química” (LB5);
- “O Pibid exige que os bolsistas aprendam um conteúdo que por
muitas vezes não é abordado nas disciplinas da faculdade.” (LB10);
- “[ao] complementar o currículo da graduação com conteúdos
teóricos relacionados à Educação” (LB11).
22,0
31
Observamos que algumas citações dos bolsistas se referiam a contribuições para a
formação do professor, que abrangeriam “conteúdos teóricos relacionados à Educação”, “ao
ensino” e, em particular, “ao Ensino de Química”. Consideramos que a aquisição desses
conhecimentos pelos bolsistas contribui para eles se apropriem de referenciais teóricos que
venham a nortear suas vidas acadêmicas e profissionais.
A pergunta 2 do questionário “Você acredita que sua participação atual no Pibid
influenciará de forma positiva em sua futura atuação profissional?” teve suas respostas
categorizadas: Vivência no Magistério e Valorização de novas práticas formativas. Houve uma
predominância da categoria Vivência no Magistério (66.7%), Como pode ser visto na tabela 2, o
conjunto de respostas nos revela que, segundo os bolsistas, a vivência em sala de aula e como
lidar com determinadas situações que podem ocorrer durante o exercício do magistério são as
maiores contribuições que os licenciandos levarão para a vida profissional.
Tabela 3: Concepções dos bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para a
futura atuação profissional
Categoria Descrição %
Vivência no
magistério
- “Porque com o Pibid vou ‘absorvendo’ metodologia de ensino ao
observar as aulas e também aprendo a organizar/elaborar projetos”
(LB2);
- “Sim, porque tenho ferramentas para atuar de acordo com a LDB, os
PCN+ etc.” (LB3);
- “porque com a atuação no Pibid eu venho aprendendo bastante como
lidar com os alunos, que atitudes tomar e as que não devo tomar em
situações diversas.” (LB4);
- [pelas] “as situações vividas no colégio e experiências com as
supervisoras e bolsistas, acho que o Pibid influenciará muito na
minha futura atuação profissional.” (LB7);
- “No meu caso pude perceber como os professores, que são mais
experientes, lidam com várias situações do dia a dia na escola.”
(LB8);
- “através de exemplos, enriqueci o meu universo de conhecimento e
experiência de vida.” (LB8);
- “Porque quando eu iniciar minha carreira em escolas públicas já
terei experiência para me posicionar em determinadas situações, que
já presenciei na escola que estou.” (LB9);
- “Viver a escola semanalmente e discutir sobre ela nas reuniões dos
"pibidianos" acrescenta muito ao meu eu como um todo,
principalmente o profissional.” (LB11).
66,7
32
Categoria Descrição %
Valorização
de novas
práticas
formativas
- “Porque [...]aprendo [...] a fazer pesquisa, o que será de suma
importância para minha futura atuação como professora.”
- “Porque foi possível apresentar o nosso trabalho elaborado pela
equipe do Pibid na 25ª UERJ Sem Muros e no V ENALIC.” (LB5);
- “As diferentes situações que são vivenciadas durante o projeto
impulsionam o aluno a processos mais criativos possibilitando uma
formação mais efetiva.” (LB8)
- “tornei-me mais crítico, mais reflexivo acerca do "ser professor",
pois entrei na licenciatura acreditando que a profissão docente era
sustentada por uma aptidão inata, que ser professor era um dom.”
(LB11)
33,3
Destacamos como muito significativas as respostas incluídas na categoria Valorização de
novas práticas formativas, pois revela uma preocupação com aspectos relevantes da profissão
docente, de refletir sobre sua ação, “acerca do ser professor”, de lançar mão de “processos mais
criativos” e de atuar como professor pesquisador de sua prática e de divulgar o seu trabalho para
as comunidades escolar e acadêmica.
A pergunta número três do questionário pedia para que os bolsistas Pibid assinalassem
dentre três afirmações àquela que melhor traduzisse a sua atuação perante os alunos dos Colégios
onde atuam. As opções eram as seguintes: “Fria e distante porque os alunos são indiferentes a
presença deles”, “Interessante porque os bolsistas e alunos mantém um diálogo amigável” e
“Relevante pedagogicamente porque os bolsistas contribuem para o aprendizado dos alunos.”
Quatro bolsistas (36,4% ) consideram que suas atuações podem ser traduzidas pelo diálogo
amigável que os alunos têm com eles e sete (63,6%) acham que suas ações são relevantes
pedagogicamente porque contribuem para o aprendizado dos alunos. Analisando a distribuição
das respostas por escola de atuação dos bolsistas, vemos que no CEPEF, onde cinco bolsistas
responderam ao questionário, temos que quatro bolsistas consideram suas ações relevantes
pedagogicamente para os alunos (80%), enquanto, apenas, um dos bolsistas (20%) considera
interessante pelo diálogo amigável que têm com os alunos. Já no Colégio Herbert de Souza, dos
seis bolsistas que responderam ao questionário, 50% acham que suas ações são relevantes
pedagogicamente. No Subprojeto os bolsistas prestam auxílio aos alunos tirando dúvidas,
orientando projetos para as Feiras de Ciências, dando aulas de reforço, dentre outras participações
33
na comunidade escolar, com isso suas contribuições podem ser mais ou menos significativas para
eles dependendo de seus empenhos.
No Subprojeto os bolsistas prestam auxílio pedagógico aos alunos, tirando dúvidas, orientando
projetos para as Feiras de Ciências ou Culturais, dando aulas de reforço, dentre outras
participações na comunidade escolar, e por isso suas contribuições são significativas.
Na pergunta 4 do questionário era perguntado aos bolsistas se eles têm a pretensão de
lecionar Química no Ensino Médio. Houve unanimidade e todos disseram que pretendem atuar
profissionalmente na área depois de terminarem a Graduação.
Em relação a pergunta 5 – “Gostaria de atuar futuramente como um Supervisor do Pibid
em uma escola pública?” – oito bolsistas, correspondendo a 72,8% responderam sim, um bolsista,
equivalente a 9%, respondeu que não e dois deles responderam talvez, o que equivale 18,2% do
total. O bolsista LB3 gostaria de ser um futuro supervisor, pois crê que o Pibid “ajuda
significativamente no desenvolvimento profissional”. LB4 expressou que “gostaria de contribuir
para a formação de alunos da graduação, assim como os supervisores estão contribuindo para a
minha formação”. LB7 escreveu que gostaria de vir a ser supervisor do Pibid “para poder
instruir outros graduandos com o mesmo sonho que eu”. “Visto o aprendizado que o PIBID
também proporciona aos supervisores, adoraria atuar nesta função futuramente”, afirmou LB11.
2.3 – Grupo dos Ex-bolsistas (ExB)
Os cinco ex-bolsistas que participaram da pesquisa, aqui identificados como ExB1, ExB2,
, ExB5, consideram que Subprojeto Pibid Química contribuiu muito durante a formação
acadêmica em Licenciatura em Química e continua a contribuir, agora, na atuação profissional.
As concepções dos ex-bolsistas de como se deram essas contribuições foram categorizadas e
estão transcritas nas tabelas 4 e 5. As respostas completas estão disponíveis, respectivamente, nos
anexos 8 e 9.
As respostas da pergunta 1 “Como você avalia a contribuição dada pelo Pibid durante a
sua formação acadêmica em Licenciatura em Química?” foram classificadas em três categorias:
Inserção dos licenciandos no cotidiano escolar; Participação em experiências metodológicas e
práticas docentes e Comparação do Pibid com os Estágios Supervisionados. Na tabela 4, observa-
34
se que as concepções dos ex-bolsistas se enquadram predominantemente na categoria “Inserção
dos licenciandos no cotidiano escolar” (uma frequência de 53,5% das respostas).
Tabela 4: Concepções dos ex-bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química
durante a formação acadêmica em Licenciatura em Química.
Categoria Descrição %
Inserção dos
licenciandos
no cotidiano
escolar
- “Pude observar a mudança na atitude dos alunos no decorrer
das aulas” (ExB1);
- “uma vivência mais próxima da realidade” (ExB2)
- “pude observar melhor o funcionamento da escola” (ExB3)
- “tive a possibilidade de participar de forma ativa no meio
educacional” (ExB3);
- “acompanhei algumas turmas durante todo o ano letivo, o que
auxiliou no melhor envolvimento com os alunos e com a
comunidade escolar” (ExB3)
- “uma interação muito importante entre “bolsista” e “ambiente
escolar” (ExB4);
- “o profissional é formado já com vivência escolar” (ExB4)
- “um contato com o ambiente escolar profundo” (ExB5).
53,5
Participação
em
experiências
metodológicas
e práticas
docentes.
- “Deu-me a oportunidade de aplicar uma nova metodologia”
(ExB1);
- “ensinamos desenvolvendo projetos, onde a química ficou
menos decoreba e mais integrada ao cotidiano do aluno.”
(ExB1);
- “participei de projetos, auxiliando os alunos nos mesmo”
(ExB3);
- “as reuniões (discussões de textos) contribuíram muito para
trazer para o contexto de um curso de Licenciatura em
Química certas discussões que muitas vezes não são
abordadas em disciplinas” (ExB2).
26,5
Comparação
do Pibid com
os Estágios
Supervisionad
os
- “no Pibid foi uma vivência mais próxima da realidade de um
professor do que de um estagiário” (ExB2);
- “pude observar melhor o funcionamento da escola num
período maior de tempo que o disponibilizado nos estágios
obrigatórios da faculdade” (ExB3);
- “proporcionou um contato com o ambiente escolar profundo,
com as rotinas dos professores e alunos, de uma forma que os
estágios supervisionados não podem fazer” (ExB5).
20,0
35
As respostas da pergunta 2 “Como você avalia a contribuição dada pelo Pibid para sua atuação
profissional, hoje?” foram classificadas em duas categorias: Articulação entre teoria e prática
pedagógicas e Vivência no magistério. Na tabela 5 observa-se que as concepções dos ex-bolsistas
se enquadram predominantemente na categoria “Articulação entre teoria e prática pedagógicas”
(frequência de 54,5% das respostas).
A combinação dos dois padrões de respostas nos leva a inferir que a “inserção dos
licenciandos no cotidiano escolar” favoreceu a uma maior “articulação entre teoria e prática”.
Tabela 5: Concepções dos ex-bolsistas sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para
a atuação profissional.
Categoria Descrição %
Articulação
entre teoria e
prática
pedagógicas
- “Aprendi a montar projetos, e não ficar apenas dando uma aula de
quadro e giz... (ExB1);
- “Minhas aulas passaram a incluir o cotidiano. (ExB1)”;
- “O Pibid foi de grande importância na minha formação como
professor” (ExB4);
- “a partir do PIBID foi possível aprender outras abordagens para o
ensino [de Química]” (ExB5);
- “a partir do PIBID foi possível aprender [...] como essa disciplina
pode ser abordada para torná-la um diferencial na formação do
aluno” (ExB5).
- “[me] conscientizando que minha atuação profissional não deve se
basear no repasse de um conteúdo, mas na abordagem desse
conteúdo como parte da vida do aluno.” (ExB5).
54,5
Vivência no
magistério
- “Porque acredito que levaria um tempo significativo depois de
formada para adquiri a experiência que o PIBID proporcionou”
(ExB2);
- “O modo como o projeto é conduzido [...] me ajudou a desenvolver
habilidades que facilitam a tomada de certas decisões no dia-a-dia
da escola, com alunos, direção, etc.” (ExB2);
- “O projeto proporcionou uma vivência dentro da escola que
facilitou o meu trabalho no colégio” (ExB3);
- “a minha postura, os conteúdos abordados, a didática e a vivência
com os alunos e com a coordenação dos colégios em que trabalho,
todos são baseados na experiência que tive através do projeto”
(ExB3);
- “tive oportunidade de conhecer mais de perto a profissão, seus
desafios, suas responsabilidades e, principalmente, sua
importância na sociedade” (ExB4).
45,5
36
ExB1, ExB2 e ExB3 já se graduaram e são professoras efetivas de Química da rede
estadual de Ensino Médio. ExB4 e ExB5 estão concluindo a Graduação e trabalham como
professores/monitores na rede particular de ensino. ExB1 e ExB2 cursam Mestrado, ExB3, ExB4 e
ExB5 pretendem fazê-lo em breve.
Ao serem questionados se gostariam de atuar futuramente como um(a) Supervisor(a) do
Pibid em uma escola pública, todos os ex-bolsistas afirmaram que sim. ExB1 destacou que
“adoraria que outros futuros professores pudessem ter essa experiência que eu tive” e ExB3
escreveu: “Sim. O projeto foi importante para mim. Acredito que será para os futuros
licenciandos...”.
2.4 – Grupo dos Professores Supervisores (ProfS)
As duas supervisoras que participaram da pesquisa, aqui identificadas como ProfS1 e
ProfS2, consideram que o Subprojeto Pibid Química contribui muito tanto para a formação
continuada como na atuação profissional. Suas concepções de como se dão essas contribuições
foram categorizadas e estão transcritas nas tabelas 6 e 7. As respostas completas estão disponíveis
no ANEXO 10.
As respostas da pergunta 1 “Como a Professora avalia a contribuição dada pelo Pibid
para a sua formação continuada?” foram classificadas em duas categorias: Integração entre a
pesquisa e a escola e Articulação entre a teoria e prática pedagógicas. Não houve uma
predominância de citações em uma das categorias, a frequência foi de 50% para ambas, conforme
se vê na tabela 6.
Em relação à pergunta 2 “Como a Professora avalia a contribuição dada pela Pibid para a
sua atuação profissional?” as respostas foram categorizadas em: Incorporação de novas práticas
pedagógicas e Aspectos motivacionais. A tabela 7 demonstra que aqui também a frequência foi
de 50% para ambas as categorias.
O conjunto das respostas nos leva a inferir que houve uma motivação intrínseca por parte
das professoras supervisoras de, a partir de referenciais teóricos, repensar suas práticas
pedagógicas, aprimorando-as e/ou incorporando novas. Concepções sobre a escola como campo
de pesquisa e o professor como pesquisador de sua prática revelam contribuições importantes da
37
integração entre Educação Superior e Educação Básica, que abrem possibilidades para um ensino
de química de melhor qualidade.
Tabela 6: Concepções das supervisoras sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química para
suas formações continuadas.
Categoria Descrição %
Integração
entre a
pesquisa e a
escola
- “O PIBID veio reafirmar a importância [...] da pesquisa
como processo fundamental de formação docente.” (ProfS1);
- “A Escola passa a ser reconhecida como campo de produção,
construção e apropriação do conhecimento.” (ProfS1).
50,0
Articulação
entre a teoria e
prática
pedagógicas
- “ [...] a participação no PIBID ajuda a compreender e
superar as agruras das condições de trabalho na Escola”
(ProfS1);
- “Porque os estudos feitos nas reuniões sobre artigos, textos,
LDB, PCN e DCN, etc. estão me ajudando a reformar minha
ação pedagógica.” (ProfS2).
50,0
Tabela 7: Concepções das supervisoras sobre as contribuições do Subprojeto Pibid Química em
suas atuações profissionais.
Categoria Descrição %
Incorporação
de novas
práticas
pedagógicas
- “As intervenções e direcionamentos através de reuniões
quinzenais de estudos, discussão dos planos de aula, análise
das estratégias e procedimentos didáticos a serem utilizados
[...] foram de fundamental importância para aprimoramento
do trabalho a ser realizado” (ProfS1).
- “Contribuiu [...] na busca por práticas inovadoras.” (ProfS1);
- “Os bolsistas me ajudaram nas aulas práticas no laboratório”
(ProfS2).
50,0
Aspectos
motivacionais
- “Contribuiu para uma análise da minha prática docente...”
(ProfS1);
- “Porque sempre fico preocupada com a aprendizagem dos
alunos do Ensino Médio...” (ProfS2).
- “achei que os alunos ficaram bem mais motivados” (ProfS2).
50,0
A pergunta 3 do questionário solicitava às supervisoras para assinalarem a alternativa que
melhor traduz a avaliação que elas fazem da atuação dos bolsistas Pibid no Colégio. As opções de
38
resposta eram as seguintes: “Fria e distante porque os alunos são indiferentes à presença deles”;
“Interessante porque os bolsistas e alunos mantém um diálogo amigável” e “Relevante
pedagogicamente porque os bolsistas contribuem para o aprendizado dos alunos.” Ambas as
professoras marcaram a terceira opção. Suas respostas condizem com as avaliações feitas por
64% dos bolsistas Pibid sobre suas atuações nas escolas, apontadas no item 2.2.
As respostas das professoras supervisoras para a pergunta 4 do questionário “Em sua
opinião, qual a importância da atuação do Subprojeto Pibid de Química na escola?” focaram
sujeitos diferentes que participam simultaneamente do processo ensino-aprendizagem. O foco da
ProfS1 foi no melhor desempenho do estudante do Ensino Médio e o da ProfS2 foi na importância
dos licenciandos vivenciarem a escola, como podemos observar nos recortes a seguir.
ProfS1 – “O PIBID promove o incentivo dos alunos da Escola para a participação em Projetos
[...] como a Feira de Ciências, por exemplo, e melhora o desempenho escolar ao promover
atividades mais criativas e motivadoras para o ensino.”
ProfS2 – “Acho importante para os bolsistas essa experiência em participar do dia a dia da
escola e vivenciar a realidade escolar.”
Em relação à pergunta 5 “Como a Professora avalia o seu papel como Supervisora do
Pibid-Química?” foram apontadas “uma articulação melhor entre teoria e prática
educacional” (ProfS1) e a responsabilidade pela conformação dos licenciandos ao procurar
apresentar aos bolsistas “a realidade da escola, apontando alguns problemas, mas também
soluções” (ProfS2).
2.5 – Grupo dos Professores Colaboradores (ProfC)
Discutimos a seguir, as respostas dos dez professores colaboradores, identificados como
ProfC1, ProfC2,..., ProfC10, que participaram da pesquisa. As transcrições das respostas completas
estão disponíveis no ANEXO 11.
A partir da leitura das respostas da pergunta 1 – “Em sua opinião, qual a importância, em
termos educacionais, em se manter uma interação entre a universidade, representada pelos seus
cursos de formação de professores, e a escola de Ensino Médio?” – observou-se que os
professores, ao destacarem a importância da interação universidade-escola, tinham como foco
39
diferentes sujeitos: uns se referiram aos professores em exercício, outros aos licenciandos-
bolsistas e outros aos alunos da escola básica. Assim, as respostas foram categorizadas em: Foco
no professor da escola, Foco na formação do licenciando e Foco no aluno do Ensino Médio. As
frequências de citação foram de 18,8%, 50,0% e 31,2%, respectivamente (tabela 8). Para os
professores em exercício, a interação universidade-escola pode ser uma oportunidade de
formação continuada, como destaca o ProfC3: “a escola e seus professores podemos ter a
oportunidade de acessar metodologias, estudos e instrumentais desenvolvidos em pesquisas
aplicadas, refletindo sobre como essas práticas podem nos auxiliar com os problemas
enfrentados no cotidiano”. Já na opinião do ProfC5, a interação universidade-escola é
“importante para os formandos, pois começam desde cedo a ter contato com a realidade do
colégio público, que é muito diferente das teorias estudadas na Universidade”. Entretanto, os
professores também reconhecem as contribuições que essa interação traz para o aprendizado dos
alunos do Ensino Médio, como afirma o ProfC1 “a linguagem e a proximidade da idade trazem
maior interesse pela disciplina”.
Examinando as citações das duas primeiras categorias da tabela 8, constata-se que a troca
de informações entre os professores que estão em exercício na escola pública e a nova geração de
licenciandos foi o aspecto que os professores colaboradores mais ressaltaram. Os bolsistas além
de aprenderem ao vivenciarem como se portar em determinadas situações, também levam novas
propostas para ‘velhos problemas’. É uma troca constante de informações que ao mesmo tempo
em que propicia a construção de um perfil profissional no bolsista, favorece a formação
continuada do professor experiente.
Tabela 8: Concepções dos professores colaboradores sobre a importância da interação entre a
universidade e a escola de Ensino Médio
Categoria Descrição %
Foco no
professor
da escola
-“Os professores da escola tem um novo olhar, através da convivência
com os bolsistas.” (ProfC1);
- “a escola e seus professores podemos ter a oportunidade de acessar
metodologias, estudos e instrumentais desenvolvidos em pesquisas
aplicadas, refletindo sobre como essas práticas podem nos auxiliar
com os problemas enfrentados no cotidiano” (ProfC3);
- “É de extrema importância essa interação [...] para ambas as partes. A
parte teórica e a parte prática têm de andar juntas” (ProfC4).
18,8
40
Categoria Descrição %
Foco na
formação
do
licenciando
- “... é muito importante [...] para os alunos universitários, que passam
a ter vivência com mais efetividade na escola” (ProfC2);
- “Para os professores em formação é importante que tenham uma
imersão na realidade cotidiana das escolas e perceber nuances do que
significa ensinar e aprender no contexto específico de sua disciplina,
reconhecendo dificuldades que ocorrem no processo e observando
como se dá a atuação de professores mais experientes.” (ProfC3);
- “A parte teórica e a parte prática têm de andar juntas. Essa interação
entre alunos-bolsistas, professores e alunos é importante na formação
de profissionais críticos” (ProfC4);
-“É importante para os formandos, pois começam desde cedo a ter
contato com a realidade do colégio público, que é muito diferente das
teorias estudadas na Universidade.” (ProfC5);
-“Representou um incentivo ao aluno da Universidade em cursar, não só
o bacharelado, mas também a licenciatura” (ProfC6);
-“O intercâmbio entre as instituições faz com que os alunos
universitários vivenciem as práticas pedagógicas dentro das escolas
públicas.” (ProfC7);
- “É importante porque traz uma motivação a mais para professores e
alunos.” (ProfC8);
- “... traz um maior elo entre o conhecimento adquirido pelos professores
e a realidade das escolas estaduais.” (ProfC9).
50,0
Foco no
aluno do
Ensino
Médio
- “Para os alunos da escola, a linguagem e a proximidade da idade
trazem maior interesse pela disciplina.” (Prof C1);
- “é muito importante para [...] nossos (alunos) que passam a ter um
convívio com o aluno universitário e começando a ver que a
universidade não é um sonho e sim uma realidade bem próxima deles
que pode se realizar.” (Prof C2);
-“Também proporciona aos alunos da escola uma proximidade da
faculdade, facilitando as novas experiências de oportunidades
futuras.” (Prof C7);
- “É importante porque traz uma motivação a mais para professores e
alunos.” (Prof C8);
- “Pois o aluno tem a ideia do que seja a faculdade, através do próprio
programa. Pois além do conteúdo ser reforçado, os próprios
estagiários passam todo o cenário da faculdade” (Prof C10).
31,2
A análise das respostas da pergunta 2 do questionário – “Em sua opinião, qual a
importância de ter um Subprojeto Pibid de Química atuando em sua escola?” – mostram que os
professores participantes da pesquisa associam a importância do Subprojeto Pibid a aspectos
como a troca de experiências entre professores e licenciandos que promovam a ‘articulação entre
teoria e prática pedagógicas’, a possibilidade dos bolsistas prestarem ‘auxílio ao professor’ em
41
seus afazeres, em especial na realização de aulas práticas, e a atuação do licenciando como um
agente ‘facilitador da aprendizagem dos alunos’. A tabela 9 apresenta as três categorias de
respostas e as frequências (%) com que foram citadas.
Tabela 9: Opiniões dos professores colaboradores sobre a importância de ter um Subprojeto
Pibid de Química atuando nas escolas em que lecionam.
Categoria Descrição %
Articulação
entre teoria e
prática
pedagógicas
- “A convivência com os bolsistas traz aos professores um “frescor”,
um olhar diferenciado.” (ProfC1);
- “A possibilidade de manutenção de um diálogo que possibilita
compartilhar experiências em relação às dificuldades próprias da
ação de educar.” (ProfC3);
- “Os formandos têm oportunidades de interagir com os professores
e alunos do colégio. (ProfC5);
- “A troca de experiência é sempre muito interessante.” (ProfC7);
- “Fazer a interação entre os novos profissionais e a realidade da
sala de aula.” (ProfC8).
33,3
Auxílio ao
professor
- “Auxiliam os alunos em suas tarefas ajudam os professores a
avaliarem os alunos.” (ProfC5);
- “O professor acaba tendo um auxílio importante dentro da prática
de sala de aula, facilitando mais o uso do Laboratório de Química,
tornando as aulas mais atrativas.” (ProfC7);
- “A possibilidade de levar aos alunos, por exemplo, práticas de
laboratório que muitas vezes os professores não conseguem
realizar.” (ProfC9).
20,0
Facilitador da
aprendizagem
dos alunos
- “... para os alunos, temos uma visível modificação no nível de
aprendizagem.” (ProfC1)
- “o Subprojeto de Química foi válido na medida em que facilitou o
entendimento da disciplina, em questão, na sala de aula.” (ProfC2);
- “... é um grande diferencial para os alunos. [...], eles têm a
possibilidade de vivenciar, através dos alunos-bolsistas, formas
diferentes de aprendizagem.” (ProfC4);
- “Auxiliam os alunos em suas tarefas....” (ProfC5)
- “Serviu como um reforço aos conteúdos aplicados pelo
professor.”(ProfC6)
- “... uma carga maior de química possibilita ao aluno não só tirar
dúvidas, como ter mais conteúdos de química dentro dos
laboratórios... (ProfC10);
- “... sem dúvidas, o sucesso no Vestibular." (ProfC10)
46,7
42
Observa-se que, para os respondentes, a importância de ter um Subprojeto Pibid de
Química atuando em sua escola é principalmente porque os bolsistas podem facilitar o
aprendizado dos alunos na disciplina (46,7%), contudo também valorizam a articulação entre
teoria e prática pedagógicas (33,3%), como bem expressam os professores os “formandos têm
oportunidades de interagir com os professores e alunos do Colégio (ProfC5) e a “troca de
experiência é sempre muito interessante” (ProfC7).
Na pergunta 3 do questionário – “Como o(a) Professor(a) avalia a contribuição do Pibid-
Química no Colégio?” – as respostas foram categorizadas em: Maior motivação para os estudos,
melhor desempenho escolar e Aproximação universidade-escola. Como podemos ver na tabela
10, da página 44, o aspecto em que foi dada maior ênfase foi o ‘Melhor desempenho escolar’
(46,1%), que consideramos estar associado à categoria ‘Maior motivação para os estudos’
(23,1%). Com menor frequência, mas também relevante, foi a contribuição para uma
aproximação entre a universidade e a escola (30,8%). Aqui, como nas respostas a pergunta
anterior, que os professores consideram que os bolsistas ajudam os alunos a compreender melhor
a disciplina, pois como testemunha o professor colaborador ProfC7, “as aulas práticas foram
retomadas em nosso laboratório, os bolsistas participaram ativamente das aulas, facilitando o
aprendizado de alunos”.
Com esta última tabela nós encerramos o estudo avaliativo do Subprojeto Pibid Química
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em que visamos conhecer os significados que lhe
são atribuídos por licenciandos bolsistas, ex-bolsistas, supervisores e aqueles que conhecem a sua
atuação nas escolas parceiras, como alunos e professores do Ensino Médio. No capítulo a seguir,
fazemos algumas considerações finais sobre os grupos pesquisados.
43
Tabela 10: Avaliação dos professores colaboradores sobre as contribuições do Subprojeto Pibid-
Química nos Colégio onde lecionam
Categoria Descrição %
Maior
motivação para
os estudos
- “O interesse dos alunos por fazer ciência” (ProfC1);
- “...os alunos se sentem muito motivados em participar, pois é
como se eles já estivessem com "um pezinho na universidade",
enfim mexe até com o psicológico deles de uma forma
positiva.” (ProfC2);
- “...foi um incentivo a mais aos alunos a participarem e a se
interessarem pelos estudos” (ProfC6)
23,1
Melhor
desempenho
escolar
- “O número de alunos que obtém sucesso nos processos
seletivos.” (ProfC1);
- “...pude perceber que facilitou bastante o entendimento do
aluno em Química, talvez seja pelo vocabulário mais próximo
aos dos alunos, já que não há tanta diferença de idade entre
eles.” (ProfC2);
- “Principalmente por conta dos comentários dos estudantes,
(...), sobre o que aprenderam e como as aulas contribuíam
para a melhoria de seu desempenho escolar” (ProfC3);
- “Porque através do projeto (os alunos) podem enriquecer
seus conhecimentos bem como um contato maior com
atividades práticas” (ProfC4);
- “As aulas práticas foram retomadas em nosso laboratório, os
bolsistas participaram ativamente das aulas, facilitando o
aprendizado de alunos” (ProfC7);
- “Alunos mais preparados para o Vestibular e menos
reprovações” (ProfC10)
46,1
Aproximação
universidade-
escola
- “A integração dos bolsistas com a comunidade escolar.”
(ProfC1);
- “...troca de ideias.” (ProfC7);
- “Os estagiários trouxeram novas ideias e ajudaram no
desenvolvimento dos projetos já existentes.” (ProfC8);
- “Trouxe benefícios tanto para os universitários como para
alunos e estudantes da rede estadual” (ProfC9)
30,8
44
3 – CONCLUSÕES
Esta Monografia foi realizada com o objetivo de conhecer os significados que são
atribuídos ao Subprojeto Pibid Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro por
licenciandos bolsistas, ex-bolsistas, supervisores e aqueles que conhecem a sua atuação nas
escolas parceiras, como alunos e professores do Ensino Médio. Neste sentido, traçamos dez
objetivos específicos para a Monografia, que foram atingidos a partir da realização de
levantamentos que tiveram com público alvo cinco grupos de sujeitos: Estudantes do Ensino
Médio (EEM); Licenciandos Bolsistas (LB); Ex-bolsistas (ExB); Professores Supervisores
(ProfS) e Professores Colaboradores (ProfC).
A pesquisa realizada com os estudantes do Ensino Médio do CEPEF mostrou que foram
os estudantes do 1º ano que melhor avaliaram as contribuições dos bolsistas Pibid tanto para
ampliar a compreensão deles sobre conceitos da Química como para motivá-los e prepará-los
para o ENEM e vestibulares. Os alunos geralmente chegam do Ensino Fundamental com muitas
dificuldades e o apoio dos bolsistas torna-se um fator importante para que eles se saiam bem nas
avaliações e tem contribuído muito para que compreendam melhor os conceitos da Química.
Comparando as avaliações dos estudantes do 2º e 3º ano do CEPEF referentes às questões
1 e 2 podemos observar que mesmo não tendo aumentado significativamente o interesse e o gosto
pela Química, os alunos conseguem perceber a importância do trabalho realizado pelos bolsistas,
reconhecendo a oportunidade que têm de poder melhorar a compreensão dos conteúdos
abordados em sala e, consequentemente, alavancar o desempenho deles na disciplina e no
ENEM. Por outro lado, é oportuno dizer que as provas externas (SAERJ E SAERJINHO) ainda
são tidas como um elemento estranho no meio escolar, visto que, para os alunos de todos os anos,
a contribuição dos bolsistas para melhorar o rendimento deles nessas avaliações foi modesta
(48,1% no primeiro ano, 50,7% no segundo ano, 43,2% no terceiro ano, tendo como média geral
47,7% dos alunos do CEPEF).
O levantamento feito com os alunos do Ensino Médio Regular e NEJA do Colégio
Estadual Herbert de Souza não forneceu dados estatisticamente relevantes porque a amostra não
foi formada por alunos de todas as turmas em que atua o Subprojeto Pibid Química e o número
total de pesquisados ficou em torno de 25% do total dos estudantes que frequentam as aulas da
45
Supervisora de Química. Desse modo, não estabeleceremos comparações entre as atuações do
Subprojeto nas duas escolas parceiras. Por outro lado, esta comparação talvez não fosse
apropriada considerando-se o curto período de atuação do Pibid no Colégio Estadual Herbert de
Souza (cerca de 10 meses) em relação ao CEPEF (cerca de 40 meses).
Analisando os dados obtidos com os levantamentos realizados junto aos licenciandos
bolsistas, vemos que estes acreditam que as duas maiores contribuição do Subprojeto Pibid de
Química durante a formação acadêmica em Licenciatura em Química são a inserção deles no
cotidiano escolar e possibilidade de participação em experiências metodológicas e práticas
docentes. Para eles, a vivência no magistério proporcionada pelo Pibid é a sua contribuição mais
importante para a futura atuação profissional, mas também reconhecem o valor de poder
participar de novas práticas formativas, pois revelam uma preocupação com aspectos relevantes
da profissão docente, como o de refletir sobre sua ação, de atuar como professor pesquisador de
sua prática e de divulgar cientificamente o seu trabalho. Destacamos que os licenciandos, em sua
totalidade, declararam que pretendem seguir na carreira do magistério, e que, aproximadamente,
63% acham que suas ações como bolsistas já são pedagogicamente relevantes porque contribuem
para o aprendizado dos estudantes e, caso surja à oportunidade, cerca de 70% dos bolsistas
pretendem ser supervisores de Química no Pibid.
Para os ex-bolsistas Pibid, a permanência no Subprojeto de Química trouxe maiores
contribuições que os estágios supervisionados obrigatórios da Graduação e isso se deu devido a
uma maior inserção no cotidiano escolar e a participação em experiências metodológicas e
práticas docentes. Reconhecem que, para as suas atuações profissionais atuais, as contribuições
mais significativas do Pibid foram as que promoveram a articulação entre teoria e práticas
pedagógicas e a vivência no magistério. O reconhecimento do valor do Pibid para os ex-bolsistas
está expresso no entusiasmo com que afirmam que gostariam de vir a ser supervisores do Pibid,
algum dia.
As duas supervisoras avaliaram que em relação à formação continuada as contribuições
mais significativas dadas pelo Pibid são a possibilidade de integrar a pesquisa a sua ação na
escola e a articulação entre a teoria e prática pedagógicas. Suas concepções revelam
contribuições importantes da interação entre a universidade e as escolas proporcionadas pelo
Subprojeto. As professoras supervisoras relataram a motivação extra que tiveram com a sua
inserção no Projeto, revendo seus planos de aula e buscando melhorar a qualidade do ensino de
46
Química praticado nos Colégios, ao incorporar novas práticas pedagógicas. Elas ainda destacam a
importância dos bolsistas para os alunos que são atingidos pelo Subprojeto e o quão importante é
o Pibid não só para os licenciandos, mas também para a comunidade escolar.
Os professores colaboradores ao ressaltarem a importância, em termos educacionais, em
se manter uma interação entre a universidade e a escola apontaram os benefícios em relação à
formação inicial dos licenciandos, à formação continuada dos professores e também para o
aprendizado dos estudantes do Ensino Médio. Em relação ao Subprojeto Pibid Química
consideraram que os licenciandos atuam como facilitadores da aprendizagem dos alunos e
apontaram com um aspecto importante a troca de experiências entre professores e licenciandos,
as quais promovem a articulação entre teoria e prática pedagógicas. Destacaram ainda a
repercussão que o Projeto Pibid teve no corpo discente, pois houve uma sensível elevação na
motivação para os estudos, melhores notas nas provas, maior índice de aprovação em
vestibulares, como o da UERJ, e bons resultados no ENEM.
Acreditamos que tanto os objetivos da Monografia como os objetivos do Subprojeto Pibid
de Química foram alcançados, pois podemos avaliar com os estudos realizados que os impactos
positivos superam, em muitos aspectos, os negativos. Podemos constatar que o Subprojeto
impacta de forma positiva a formação dos licenciandos em Química da UERJ. Observamos que o
Subprojeto tem impactado o corpo discente dos Colégios envolvidos, ao promover melhoras no
desempenho escolar e novas perspectivas de vida, como também o corpo docente, que troca
experiências com os bolsistas de ID e reestrutura suas formas de realizar a ação de ensinar.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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_______. Decreto Nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6755.htm>. Acesso em: 02
de dezembro de 2014.
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR.
Apresenta informações gerais sobre os projetos coordenados envolvendo educação básica.
Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica.. Acesso em: 10 de outubro de 2014.
GATTI, Bernadete A., TARTUCE, Gisela Lobo B. P., NUNES, Marina M. R,.... A atratividade
da carreira docente no Brasil in Estudos & Pesquisas Educacionais. São Paulo: Fundação Victor
Civita, n. 1, p. 139-210, 2010. Disponível em: http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/livro-1-
2010.shtml. Acesso em: 02 de dezembro de 2014.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
HAGUETTE, Teresa Maria F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1987.
RELAÇÃO CANDIDATO/VAGA DO VESTIBULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE. Disponível em http://www.coseac.uff.br/2014/CV2014-1Edicao.htm. Acesso
em: 20 de outubro de 2014.
VESTIBULAR DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Desenvolvido pela
Diretoria de Comunicação Social – COMUNS. Apresenta informações sobre o processo seletivo
da universidade. Disponível em
http://www.vestibular.uerj.br/portal_vestibular_uerj/index_portal.php. Acesso em: 20 de outubro
de 2014
48
ANEXO I
COLÉGIO ESTADUAL ________________
SUBPROJETO PIBID QUÍMICA - UERJ
1) As aulas práticas realizadas com a atuação dos bolsistas Pibid têm contribuído para aumentar
o seu interesse pela Química, levando-o a gostar mais da disciplina?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
2) A atuação dos bolsistas Pibid em sala de aula tem contribuído para você compreender melhor
os conceitos da Química?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
3) A atuação dos bolsistas Pibid na escola tem contribuído para aumentar o seu interesse em
participar de projetos ou trabalhos para a Feira de Ciências realizada na escola?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
4) A atuação dos bolsistas Pibid-Química tem contribuído para você se sair melhor no
SAERJINHO?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
5) A atuação dos bolsistas Pibid tem contribuído para deixar você mais motivado(a) e seguro(a)
para fazer o ENEM ou prestar vestibular para concorrer a uma vaga na universidade?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
Prezado aluno, convido você a responder ao questionário abaixo sobre a participação dos
bolsistas Pibid da UERJ que atuam no Colégio Estadual _____________________.
Prof. ª __________.
49
ANEXO II
UERJ - INSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
SUBPROJETO PIBID QUÍMICA
1) Como o Pibid contribui para sua formação acadêmica em Licenciatura em Química?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribuiu muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribuiu muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2) Você acredita que sua participação atual no Pibid contribuirá de forma positiva em sua futura
atuação profissional?
( ) Não contribuíra em nada ( ) Contribuirá muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribuirá pouco ( ) Contribuirá muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3) Dentre as afirmações abaixo, assinale a que melhor traduz a avaliação que você faz de sua
atuação como bolsista Pibid no Colégio.
( ) Fria e distante porque os alunos são indiferentes a minha presença
( ) Interessante porque os alunos me procuram para conversar
( ) Relevante pedagogicamente porque tenho contribuído para o aprendizado dos alunos.
4) Você pretende atuar profissionalmente como professor do Ensino Médio?
( ) Sim ( ) Não
5) Gostaria de atuar futuramente como um Supervisor do Pibid em uma escola pública?
R:___________________________________________________________________
Prezado(a) bolsista do Subprojeto Pibid-Química, convido você a responder ao
questionário abaixo, que faz parte da pesquisa realizada pelo licenciando Pedro Henrique
Barbosa Coutinho, sob minha orientação.
Fátima Gomes.
50
ANEXO III
UERJ - INSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
SUBPROJETO PIBID QUÍMICA
1) Como você avalia a contribuição dada pelo Pibid durante a sua formação acadêmica em
Licenciatura em Química?
( ) Não contribuiu em nada ( ) Contribuiu muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribuiu pouco ( ) Contribuiu muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2) Como você avalia a contribuição dada pelo Pibid para sua atuação profissional, hoje?
( ) Não contribuiu em nada ( ) Contribuiu muito pouco
( ) Não tenho opinião ( ) Contribuiu pouco ( ) Contribuiu muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3) Você atua profissionalmente como professor de Química no Ensino Médio?
( ) Sim ( ) Não
A escola é da rede pública ou particular?
R:_______________________________________________________________________
4) Gostaria de atuar futuramente como um Supervisor do Pibid em uma escola pública?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5) Você está cursando alguma Pós-Graduação ou pretende vir a fazê-lo em um futuro próximo?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Prezado(a) ex-bolsista do Subprojeto Pibid-Química, convido você a responder ao
questionário abaixo, que faz parte da pesquisa realizada pelo licenciando Pedro Henrique
Barbosa Coutinho, sob minha orientação.
Fátima Gomes.
51
ANEXO IV
UERJ - INSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
SUBPROJETO PIBID QUÍMICA
1) Como a Professora avalia a contribuição dada pelo Pibid para a sua formação continuada?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Sem opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2) Como a Professora avalia a contribuição dada pela Pibid para a sua atuação profissional?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Sem opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3) Dentre as afirmações abaixo, assinale a que melhor traduz a avaliação que a Professora faz da
atuação dos bolsistas Pibid no Colégio.
( ) Fria e distante porque os alunos são indiferentes a presença deles
( ) Interessante porque os bolsistas e alunos mantém um diálogo amigável
( ) Relevante pedagogicamente porque os bolsistas contribuem para o aprendizado dos alunos.
4) Em sua opinião, qual a importância da atuação do Subprojeto Pibid de Química na escola?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5) Como a Professora avalia o seu papel como Supervisora do Pibid-Química?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Prezada Supervisora do Subprojeto Pibid-Química, convido você a responder ao
questionário abaixo, que faz parte da pesquisa realizada pelo licenciando Pedro Henrique
Barbosa Coutinho.
Fátima Gomes.
52
ANEXO V
UERJ - INSTITUTO DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
SUBPROJETO PIBID QUÍMICA
1) Em sua opinião, qual a importância, em termos educacionais, em se manter uma interação
entre a universidade, representada pelos seus cursos de formação de professores, e a escola de
Ensino Médio?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2) Em sua opinião, qual a importância de ter um Subprojeto Pibid de Química atuando em sua
escola?
R:_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3) Como o(a) Professor(a) avalia a contribuição do Pibid-Química no Colégio?
( ) Não contribui em nada ( ) Contribui muito pouco
( ) Sem opinião ( ) Contribui pouco ( ) Contribui muito
Por quê?
R:____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Prezado(a) Professor (a) do Colégio Estadual ________________________, convido V. Sª a
responder ao questionário abaixo, que faz parte da pesquisa realizada pelo licenciando Pedro
Henrique Barbosa Coutinho, bolsista do Pibid nessa escola.
Grata
Prof.ª Fátima Gomes - Coordenadora do Subprojeto de Química do Pibid/Capes/UERJ.
53
ANEXO VI
Respostas dos onze bolsistas do Subprojeto Pibid Química que participaram da pesquisa, aqui
identificados como LB1, LB2, , LB11, para a pergunta 1 do questionário: “Como o Pibid
contribui para sua formação acadêmica em Licenciatura em Química?” Respostas: contribuiu
muito porque:
LB1 – “Na verdade eu marcaria algo intermediário como “contribui”. Mas como essa opção
não existe, marquei outra. Mas a contribuição não posso dizer que é muita, porque ainda não
tive tanto tempo de avaliação, nem pouca porque de fato contribuição existe.”
LB2 – “Porque através do Pibid, tenho oportunidade de vivenciar o dia-a-dia em uma escola,
onde será meu futuro lugar de trabalho, além de ter contato com professores, trocar experiências
e, além disso, aprender um pouco mais sobre educação e elaboração de trabalhos/projetos.”
LB3 – “Aumentando meu arcabouço teórico em ensino e experiência profissional.”
LB4 – “Contribui muito, pelo fato de termos a vivência em um colégio, aprendemos na prática as
dificuldades que um professor lida no dia a dia. E com isso posso estar mais preparada para
lidar com certas situações após a minha formação, quando for atuar em sala de aula.”
LB5 – “Porque o Pibid é uma oportunidade para o licenciando entrar e estar em contato do
ambiente escolar. Incentiva a elaboração dos projetos escolares. Apresentação [estudo] de
documentos oficiais relacionados ao Ensino de Química. Incentiva a elaboração de roteiros de
atividades experimentais.”
LB6 – “Pela oportunidade de eu estar vivenciando o ambiente acadêmico, estando presente junto
aos alunos e a professora supervisora.”
LB7 – “As experiências vividas em sala de aula e em todas as reuniões, vem contribuído muito
para o meu desenvolvimento como futuro docente.”
54
LB8 – “O estudo da prática e o envolvimento com os professores ajuda na formação. Dentro do
projeto podem ocorrer erros e concerta-los melhorando a formação dos [futuros] professores. A
aproximação do bolsista PIBID da realidade da escola.”
LB9 – “Porque me permitiu conhecer o ambiente da escola pública, participando e vivenciando
as dificuldades e processos da escola.”
LB10 – “Porque além de fazer com que eu tenha um contato direto com o ambiente escolar, o
Pibid exige que os bolsistas aprendam um conteúdo que por muitas vezes não é abordado nas
disciplinas da faculdade.”
LB11 – “Além de complementar o currículo da graduação com conteúdos teóricos relacionados à
Educação, o PIBID me proporciona um maior contato com o ambiente escolar - superando em
número e grau as vivências que teria com o estágio obrigatório -, além de facilitar a escrita de
trabalhos e, por consequência, a apresentação dos mesmos em eventos, congressos.”
55
ANEXO VII
Respostas dos onze bolsistas do Subprojeto Pibid Química que participaram da pesquisa, aqui
identificados como LB1, LB2, , LB11, para a pergunta 2 do questionário: “Você acredita que sua
participação atual no Pibid influenciará de forma positiva em sua futura atuação profissional?”
Respostas: contribuiu muito porque:
LB1 – “Mais uma vez eu marcaria “Contribui” de fato, o PIBID influenciará, é um complemento
na formação, não é fundamental, nem de se desprezar. Portanto continuo numa resposta
intermediária.”
LB2 – “Porque com o Pibid vou ‘absorvendo’ metodologia de ensino ao observar as aulas e
também aprendo a organizar/elaborar projetos e a fazer pesquisa, o que será de suma
importância para minha futura atuação como professora.”
LB3 – “Sim, porque tenho ferramentas para atuar de acordo com a LDB, os PCN+ etc.”
LB4 – “Contribui muito, porque com a atuação no Pibid eu venho aprendendo bastante como
lidar com os alunos, que atitudes tomar e as que não devo tomar em situações diversas. Essa
experiência é fundamental para estar mais preparada quando estiver com a regência de uma
turma.”
LB5 – “Porque foi possível apresentar o nosso trabalho elaborado pela equipe do Pibid na 25ª
UERJ SEM MUROS e no ENALIC.”
LB6 – “Eu acredito porque com o Pibid estou tendo a oportunidade de estar presente (junto) aos
alunos, atuando nas aulas práticas de laboratório.”
LB7 – “Apesar do pouco tempo de projeto, as situações vividas no colégio e experiências com as
supervisoras e bolsistas, acho que o Pibid influenciará muito na minha futura atuação
profissional.”
56
LB8 – “As diferentes situações que são vivenciadas durante o projeto impulsionam o aluno a
processos mais criativos possibilitando uma formação mais efetiva. No meu caso pude perceber
como os professores, que são mais experientes, lidam com várias situações do dia a dia na
escola. Dessa forma, através de exemplos, enriqueci o meu universo de conhecimento e
experiência de vida.”
LB9 – “Porque quando eu iniciar minha carreira em escolas públicas já terei experiência para
me posicionar em determinadas situações, que já presenciei na escola que estou.”
LB10 – “Porque o Pibid fez com que eu desse aula em uma turma de ensino médio, ou seja, fez
com que eu vivesse um ambiente profissional.”
LB11 – “Além dos pontos já citados na primeira questão, digo que, no PIBID, principalmente,
tornei-me mais crítico, mais reflexivo acerca do "ser professor", pois entrei na licenciatura
acreditando que a profissão docente era sustentada por uma aptidão inata, que ser professor era
um dom. Viver a escola semanalmente e discutir sobre ela nas reuniões dos "pibidianos"
acrescenta muito ao meu eu como um todo, principalmente o profissional.”
57
ANEXO VIII
Respostas dos cinco ex-bolsistas que participaram da pesquisa, aqui identificados como ExB1,
ExB2, , ExB5, para a pergunta 1 do questionário: “Como você avalia a contribuição dada pelo
PIBID durante a sua formação acadêmica em Licenciatura em Química? Por quê?”
Resposta: contribuiu muito porque:
ExB1 – “Deu-me a oportunidade de aplicar uma nova metodologia, na qual ensinamos
desenvolvendo projetos, onde a química ficou menos decoreba e mais integrada ao cotidiano do
aluno. Pude observar a mudança na atitude dos alunos no decorrer das aulas, depois disso não
fui mais a mesma professora.”
ExB2 – “Porque a experiência que tive no Pibid foi uma vivência mais próxima da realidade de
um professor do que de um estagiário. E junto a isso, as reuniões (discussões de textos)
contribuíram muito para trazer para o contexto de um curso de Licenciatura em Química, certas
discussões que muitas vezes não são abordadas em disciplinas que englobam outros cursos de
licenciatura.”
ExB3 – “Através do Pibid, tive a possibilidade de participar de forma ativa no meio educacional
e acompanhei algumas turmas durante todo o ano letivo, o que auxiliou no melhor envolvimento
com os alunos e com a comunidade escolar; participei de projetos, auxiliando os alunos nos
mesmos, e pude observar melhor o funcionamento da escola num período maior de tempo que o
disponibilizado nos estágios obrigatórios da faculdade.”
ExB4 - “Acredito que o Pibid traz uma interação muito importante entre “bolsista” e “ambiente
escolar”, de modo que o profissional é formado já com vivência escolar de qualidade.”
ExB5 - Porque proporcionou um contato com o ambiente escolar profundo, com as rotinas dos
professores e alunos, de uma forma que os estágios supervisionados não podem fazer.
58
Respostas dos cinco ex-bolsistas que participaram da pesquisa, aqui identificados como ExB1,
ExB2, , ExB5, para a pergunta 2 do questionário: “Como você avalia a contribuição dada pelo
PIBID para sua atuação profissional, hoje? Por quê?”
Resposta: contribuiu muito porque:
ExB1 – “Aprendi a montar projetos, e não ficar apenas dando uma aula de quadro e giz, focando
apenas o ENEM. Minhas aulas passaram a incluir o cotidiano. Hoje dou aula no Colégio Pedro
II, e alguns alunos meus já querem ser professores de química, por causa desse jeito de dar aula
que eu aprendi no Pibid.”
ExB2 – “Porque acredito que levaria um tempo significativo depois de formada para adquiri a
experiência que o PIBID proporcionou. O modo como o projeto é conduzido, com atuação direta
em sala de aula e orientação constante, me ajudou a desenvolver habilidades que facilitam a
tomada de certas decisões no dia-a-dia da escola, com alunos, direção, etc.”
ExB3 – “O projeto proporcionou uma vivência dentro da escola que facilitou o meu trabalho no
colégio. A minha postura, os conteúdos abordados, a didática e a vivência com os alunos e com
a coordenação dos colégios em que trabalho, todos são baseados na experiência que tive através
do projeto.”
ExB4 – “O Pibid foi de grande importância na minha formação como professor, uma vez que
tive oportunidade de conhecer mais de perto a profissão, seus desafios, suas responsabilidades e,
principalmente, sua importância na sociedade.”
ExB5 – “Porque a partir do PIBID foi possível aprender outras abordagens para o ensino e
fortalecer a função da escola, na sociedade, de formar cidadãos. Além de explorar a importância
do ensino de Química na escola atualmente e como essa disciplina pode ser abordada para
torná-la um diferencial na formação do aluno. Assim, conscientizando que minha atuação
profissional não deve se basear no repasse de um conteúdo mas na abordagem desse conteúdo
como parte da vida do aluno.”
59
ANEXO IX
Respostas dos cinco ex-bolsistas que participaram da pesquisa, aqui identificados como ExB1,
ExB2, , ExB5, para a pergunta 2 do questionário: “Como você avalia a contribuição dada pelo
PIBID para sua atuação profissional, hoje? Por quê?”
Resposta: contribuiu muito porque:
ExB1 – “Aprendi a montar projetos, e não ficar apenas dando uma aula de quadro e giz, focando
apenas o ENEM. Minhas aulas passaram a incluir o cotidiano. Hoje dou aula no Colégio Pedro
II, e alguns alunos meus já querem ser professores de química, por causa desse jeito de dar aula
que eu aprendi no Pibid.”
ExB2 – “Porque acredito que levaria um tempo significativo depois de formada para adquiri a
experiência que o PIBID proporcionou. O modo como o projeto é conduzido, com atuação direta
em sala de aula e orientação constante, me ajudou a desenvolver habilidades que facilitam a
tomada de certas decisões no dia-a-dia da escola, com alunos, direção, etc.”
ExB3 – “O projeto proporcionou uma vivência dentro da escola que facilitou o meu trabalho no
colégio. A minha postura, os conteúdos abordados, a didática e a vivência com os alunos e com
a coordenação dos colégios em que trabalho, todos são baseados na experiência que tive através
do projeto.”
ExB4 – “O Pibid foi de grande importância na minha formação como professor, uma vez que
tive oportunidade de conhecer mais de perto a profissão, seus desafios, suas responsabilidades e,
principalmente, sua importância na sociedade.”
ExB5 – “Porque a partir do PIBID foi possível aprender outras abordagens para o ensino e
fortalecer a função da escola, na sociedade, de formar cidadãos. Além de explorar a importância
do ensino de Química na escola atualmente e como essa disciplina pode ser abordada para
torná-la um diferencial na formação do aluno. Assim, conscientizando que minha atuação
profissional não deve se basear no repasse de um conteúdo mas na abordagem desse conteúdo
como parte da vida do aluno.”
60
ANEXO X
Respostas das duas supervisoras que participaram da pesquisa, aqui identificados como ProfS1 e
ProfS2, para as perguntas 1, 2, 4 e 5 do questionário.
Pergunta 1: “Como a Professora avalia a contribuição dada pelo Pibid para a sua formação
continuada? Por quê?”
Respostas: Contribuiu muito porque:
ProfS1 – “O PIBID veio a reafirmar a importância do caráter da pesquisa como processo
fundamental de formação docente. Essa formação tem um caráter prático na medida em que a
participação no PIBID ajuda a compreender e superar as agruras das condições de trabalho na
Escola. A Escola passa a ser reconhecida como campo de produção, construção e apropriação
do conhecimento.”
ProfS2 – “Porque os estudos feitos nas reuniões sobre artigos, textos, LDB, PCN e DCN, etc.
estão me ajudando a reformar minha ação pedagógica.”
Pergunta 2: “Como a Professora avalia a contribuição dada pela Pibid para a sua atuação
profissional? Por quê?”
Respostas: contribuiu muito porque:
ProfS1 – “Contribuiu para uma análise da minha prática docente não apenas como transmissora
de conhecimentos, mas na busca por práticas inovadoras. As intervenções e direcionamentos
através de reuniões quinzenais de estudos, discussão dos planos de aula, análise das estratégias
e procedimentos didáticos a serem utilizados para cada turma em relação aos temas/conteúdos a
serem trabalhados foram de fundamental importância para aprimoramento do trabalho a ser
realizado.”
61
ProfS2 – “Porque sempre fico preocupada com a aprendizagem dos alunos do Ensino Médio. Os
bolsistas me ajudaram nas aulas práticas no laboratório e achei que os alunos ficaram bem mais
motivados.”
Pergunta 4: “Em sua opinião, qual a importância da atuação do Subprojeto Pibid de Química na
escola?”
ProfS1 – “O PIBID promove o incentivo dos alunos da Escola para a participação em Projetos
Educacionais Interdisciplinares, como a Feira de Ciências, por exemplo, e melhora o
desempenho escolar ao promover atividades mais criativas e motivadoras para o ensino.”
ProfS2 – “Os bolsistas conseguem se comunicar muito bem com os alunos. Acho importante para
os bolsistas essa experiência em participar do dia a dia da escola e vivenciar a realidade
escolar.”
Pergunta 5: “Como a Professora avalia o seu papel como Supervisora do Pibid-Química?”
ProfS1 – “A importância desse papel possibilita um enriquecimento da licenciatura pela revisão
curricular de metodologias e tecnologias educacionais considerando os desafios que os bolsistas
do PIBID trazem às Universidades, possibilitando uma articulação melhor entre teoria e prática
educacional.”
ProfS2 – “Procuro ajudar os bolsistas da melhor maneira possível, sempre apresentando a
realidade da escola, apontando alguns problemas, mas também soluções”
62
ANEXO XI
Respostas dos dez professores colaboradores que participaram da pesquisa, identificados como
ProfC1, ProfC 2, , ProfC10 para as três perguntas do questionário.
Pergunta 1: “Em sua opinião, qual a importância, em termos educacionais, em se manter uma
interação entre a universidade, representada pelos seus cursos de formação de professores, e a
escola de Ensino Médio?”
Respostas:
ProfC1 – “Os professores da escola tem um novo olhar, através da convivência com os bolsistas.
Para os alunos da escola, a linguagem e a proximidade da idade trazem maior interesse pela
disciplina.”
ProfC2 – “Eu vejo que este contato entre universidade e escola é muito importante tanto para os
alunos universitários, que passam a ter vivência com mais efetividade na escola, como para os
nossos que passam a ter um convívio com o aluno universitário e começando a ver que a
universidade não é um sonho e sim uma realidade bem próxima deles que pode se realizar.”
ProfC3 – “Para os professores em formação é importante que tenham uma imersão na realidade
cotidiana das escolas e perceber nuances do que significa ensinar e aprender no contexto
específico de sua disciplina, reconhecendo dificuldades que ocorrem no processo e observando
como se dá a atuação de professores mais experientes. Para a escola e seus professores podemos
ter a oportunidade de acessar metodologias, estudos e instrumentais desenvolvidos em pesquisas
aplicadas, refletindo sobre como essas práticas podem nos auxiliar com os problemas
enfrentados no cotidiano.”
ProfC4 – “É de extrema importância essa interação entre Escolas de Ensino Médio e
universidades, para ambas as partes. A parte teórica e a parte prática têm de andar juntas. Essa
interação entre alunos-bolsistas, professores e alunos é importante na formação de profissionais
críticos que desde cedo vivenciam a prática pedagógica.”
63
ProfC5 – “É importante para os formandos, pois começam desde cedo a ter contato com a
realidade do colégio público, que é muito diferente das teorias estudadas na Universidade.”
ProfC6 – “Representou um incentivo ao aluno da Universidade em cursar, não só o bacharelado,
mas também a licenciatura e, talvez, seguir a carreira do magistério.”
ProfC7 – “O intercâmbio entre as instituições faz com que os alunos universitários vivenciem as
práticas pedagógicas dentro das escolas públicas. Também proporciona aos alunos da escola
uma proximidade da faculdade, facilitando as novas experiências de oportunidades futuras.”
ProfC8 – “É importante porque traz uma motivação a mais para professores e alunos.”
ProfC9 – “É importante pois traz um maior elo entre o conhecimento adquirido pelos futuros
professores e a realidade das escolas estaduais.”
ProfC10 – “Muito Importante. Pois o aluno tem a ideia do que seja a faculdade, através do
próprio programa. Pois além do conteúdo ser reforçado, os próprios estagiários passam todo o
cenário da faculdade, porque nossos alunos , mesmo no terceiro ano eles não possuem a ideia e
noção do ensino superior."
Pergunta 2: “Em sua opinião, qual a importância de ter um Subprojeto Pibid de Química
atuando em sua escola?”
Respostas:
ProfC1 – “A convivência com os bolsistas traz aos professores um “frescor”, um olhar
diferenciado. E para os alunos, temos uma visível modificação no nível de aprendizagem.”
ProfC2 – “Não só o Subprojeto Pibid de Química, mas de qualquer disciplina e qualquer projeto,
pois qualquer tipo de contribuição à formação do aluno é válida. Mas voltando ao Subprojeto de
64
Química foi válido na medida em que facilitou o entendimento da disciplina em questão na sala
de aula.”
ProfC3 – “A possibilidade de manutenção de um diálogo que possibilita compartilhar
experiências em relação as dificuldades próprias da ação de educar.”
ProfC4 – “Esse projeto, na Unidade Escola, é um grande diferencial para os alunos. Além de
serem contemplados com uma maior carga horária dessa disciplina que é fundamental, eles têm
a possibilidade de vivenciar, através dos aluno-bolsistas, formas diferentes de aprendizagem.
Isso sem falar nas aulas práticas de Química no laboratório.”
ProfC5 – “Os formandos têm oportunidades de interagir com os professores e alunos do Colégio.
Auxiliam os alunos em suas tarefas ajudam os professores a avaliarem os alunos.”
ProfC6 – “Serviu como um reforço aos conteúdos aplicados pelo professor.”
ProfC7 – “O professor acaba tendo um auxílio importante dentro da prática de sala de aula,
facilitando mais o uso do Laboratório de Química, tornando as aulas mais atrativas. A troca de
experiência é sempre muito interessante.”
ProfC8 – “Fazer a interação entre os novos profissionais e a realidade da sala de aula.”
ProfC9 – “A possibilidade de levar aos alunos, por exemplo, práticas de laboratório que muitas
vezes os professores não conseguem realizar.”
ProfC10 – “Um ensino, sem dúvidas mais reforçado para o Vestibular. Na minha opinião tem
dois aspectos muito importante do Subprojeto Pibid de Química. O primeiro é o número de
reprovados , que com o programa passa a ser menor, pois uma carga maior de química
possibilita ao aluno não só tirar dúvidas, como ter mais conteúdos de química dentro dos
laboratórios e até mesmo mais tempo em sala de aula. E o segundo é, sem dúvidas, o sucesso no
Vestibular.
65
Pergunta 3: “Como o(a) Professor(a) avalia a contribuição do Pibid-Química no Colégio?”
Respostas: contribuiu muito porque:
ProfC1 – “Os resultados são claros. O número de alunos que obtém sucesso nos processos
seletivos (Vestibulares e ENEM). O interesse dos alunos por fazer ciência. A integração dos
bolsistas com a comunidade escolar.”
ProfC2 – “Sou nova na escola, mas eu pude perceber que facilitou bastante o entendimento do
aluno em Química, talvez seja pelo vocabulário mais próximo aos dos alunos, já que não há
tanta diferença de idade entre eles. Também constatei que é uma tradição ter o Subprojeto Pibid-
Química na escola e os alunos se sentem muito motivados em participar, pois é como se eles já
estivessem com "um pezinho na universidade", enfim mexe até com o psicológico deles de uma
forma positiva.”
ProfC3 – “Principalmente por conta dos comentários dos estudantes, em sua maioria positivos,
sobre o que aprenderam e como as aulas contribuíam para a melhoria de seu desempenho
escolar”
ProfC4 – “Porque através do projeto podem enriquecer seus conhecimentos bem como um
contato maior com atividades práticas que são muito importantes nessa fase.”
ProfC5 – “Hoje em dia os projetos são muito importantes para o desenvolvimento em qualquer
outro colégio. E não será diferente no Herbert de Souza.”
ProfC6 – “Porque foi um incentivo a mais aos alunos a participarem e a se interessarem pelos
estudos.”
ProfC7 – “As aulas práticas foram retomadas em nosso laboratório, os bolsistas participaram
ativamente das aulas, facilitando o aprendizado de alunos, uma atenção maior foi dada aos
discentes, o professor também passa por troca de ideias atualizadas.”
66
ProfC8 – “Os estagiários trouxeram novas ideias e ajudaram no desenvolvimento dos projetos já
existentes.”
ProfC9 – “Trouxe benefícios tanto para os universitários como para alunos e estudantes da rede
estadual.”
ProfC10 – “Alunos mais preparados para o Vestibular e menos reprovações dentro da Unidade
de Ensino.”