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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÕES E ARTES “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau?” A comunicação de um Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação – estudo de caso do PPGCOM-USP ROSELY VIEIRA DE SOUSA Orientador: Prof. Dr. Richard Romancini São Paulo 2011

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÕES E ARTES

“Em casa de ferreiro, o espeto é de pau?” A comunicação de um Programa de Pós-Graduação em Ciências da

Comunicação – estudo de caso do PPGCOM-USP

ROSELY VIEIRA DE SOUSA

Orientador: Prof. Dr. Richard Romancini

São Paulo 2011

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÕES E ARTES

“Em casa de ferreiro, o espeto é de pau?” A comunicação de um Programa de Pós-Graduação em Ciências da

Comunicação – estudo de caso do PPGCOM-USP

ROSELY VIEIRA DE SOUSA

Trabalho apresentado junto ao Departamento de Comunicações e Artes da Escola de Comunicações e Artes da USP como requisito parcial para obtenção do título de especialista em nível de especialização em Gestão da Comunicação: Políticas, Educação e Cultura

Orientador: Prof. Dr. Richard Romancini

São Paulo 2011

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Banca Examinadora

________________________________________________ Prof. Dr. Richard Romancini – orientador

________________________________________________ Prof. Dr. Sérgio Bairon

________________________________________________ Profa. Dra. Maria Immacolata Vassallo de Lopes

São Paulo, 28 de junho 2011

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela sua infinita justiça e bondade.

Ao meu amado Carlos, companheiro de todos os momentos e pela inabalável

paciência e generosidade.

A Mariana, Camila e amigos(as) pelo entendimento das ausências, nem sempre

justificadas.

Ao Núcleo Espírita Cristão, Dr. Romano, Sérgio pelo alicerce espiritual.

A Profa. Immacolata, bibliografia de vida e principal responsável pela minha vida

acadêmica.

Ao meu orientador Prof. Richard, pela primorosa orientação, pela espera incansável

e principalmente pela frase: “Faremos o melhor, no tempo que temos”

A Profa. Roseli Fígaro por acreditar no meu trabalho e não me deixar desistir.

A Profa. Cristina Costa pelos incentivos em todos os níveis, acadêmico,

profissional e pessoal.

Aos docentes, discentes e egressos do PPGCOM-USP, motivação principal deste

trabalho e pela participação na pesquisa.

A amiga Elaine (do Nica ou STI) pela ajuda e palavras imprescindíveis nos

momentos de desespero.

Aos amigos e professores do Curso de Gestão – Turma 26.

A todos que de alguma forma me ajudaram neste trabalho.

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Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer.

Paulo Freire

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo aperfeiçoar a comunicação institucional do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da USP (PPGCOM-USP). A motivação para sua realização foi investigar como se dá a comunicação do programa, pelos seus diversos canais, junto aos seus diversos públicos. Os objetivos gerais, que visam o projeto de intervenção, são: 1) construir conhecimentos que colaborem com a criação de um canal de comunicação eletrônica (Ouvidoria do PPGCOM-USP) para que o receptor possa ser ouvido por uma pessoa capacitada e com autoridade para encaminhar soluções e; 2) entender o papel de uma atualização constante do site do programa, em termos dessa ação oferecer o máximo de informações ao seu público (docentes, discentes e interessados em geral), para o aperfeiçoamento dos processos comunicacionais internos do Programa. A metodologia utilizada neste trabalho foi o estudo caso, buscando entender o PPGCOM-USP levando em conta seu contexto e sua complexidade Foram realizados dois levantamentos empíricos para obtenção dos dados objetivando conhecer os públicos atendidos e seus hábitos relacionados ao uso dos recursos comunicacionais oferecidos institucionalmente. A primeira pesquisa empírica consistiu num monitoramento diário, no período de setembro de 2010 a março de 2011, totalizando 210 dias, dos acessos no site/página do programa em seus diversos links. A segunda pesquisa, mais direcionada, foi em forma de um questionário on-line, disponível no site/página do programa e encaminhado aos docentes, discentes e egressos de 2010. Os resultados quantitativos da pesquisa indicaram que a comunicação do PPGCOM, por meio de seus diversos canais, foi bem avaliada, no entanto nos resultados qualitativos foram elencadas muitas críticas e sugestões, que merecem uma atenção na proposta de intervenção. Concluímos que, apesar da avaliação geral ter sido positiva, respondendo a pergunta do título “Em casa de ferreiro o espeto NÃO é de pau”, a efetivação do projeto de intervenção se faz necessária, tendo em vista a necessidade de uma comunicação dialógica no programa, visando o direito à informação e o direito à plena liberdade de expressão.

Palavras-chave: comunicação, PPGCOM-USP, pós-graduação, gestor, campo científico,

diálogo, CAPES.

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ABSTRACT

This work aims to improve the communication of the Graduate Program in Communication Sciences from USP (USP-PPGCOM). The motivation for doing this was to investigate how the communication program, through their different channels, along with their various publics. The general goals, which seek the intervention project are: 1) build knowledge that contribute to the creation of an electronic communication channel (the Ombudsman PPGCOM-USP) for the receiver can be heard by a trained person with authority to provide solutions and 2) understand the role of a constant update of the program site, in terms of action provide maximum information to your audience (teachers, students and interested parties) for the improvement of internal communication processes of the program. The methodology used in this work was to study the case, seeking to understand the USP-PPGCOM taking into account their context and complexity were two empirical studies to obtain data to ascertain what public attended and their habits related to the use of communications resources offered institutionally. The first empirical research consisted of a daily monitoring over the period September 2010 to March 2011, totaling 210 days of access on the site / page of the program in its various links. The second survey, more directed, was in the form of an online questionnaire, available on the site / page program and sent to faculty, students and alumni from 2010. The quantitative results of the research indicated that communication from PPGCOM, through its various channels, has been well assessed, however the qualitative results were listed many criticisms and suggestions, which deserve attention in the proposed intervention. We conclude that despite the overall assessment was positive, answering the question of the title "In the blacksmith's house and stick a skewer NO", the realization of the design of intervention is necessary, in view of the need for a dialogic communication in the program , seeking the right information and right to full freedom of expression.

Keywords: communication, PPGCOM-USP, postgraduate, manger, scientific field, dialogue, CAPES.

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LISTA DE SIGLAS CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNE Conselho Nacional de Educação CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CPG Comissão de Pós-Graduação DO Doutorado ECA Escola de Comunicações e Artes ECC Escola de Comunicações Culturais ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing FCL Faculdade Cásper Líbero FINEP Financiadora de Estudos e Projetos HRAC Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HU Hospital Universitário ISI Institute of Scientific Information ME Mestrado MEC Ministério da Educação PPGAC Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas PPGAV Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais PPGCI Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação PPGCOM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação PPGMPA Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais PPGMUS Programa de Pós-Graduação em Música PRPg Pró-Reitoria de Pós-Graduação PUC-MG Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC-RJ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-RS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC-SP Pontifícia Universidade Católica de São Paulo SNPg Sistema Nacional de Pós-Graduação UAM Universidade Anhembi Morumbi UCB Universidade Católica de Brasília UEL Universidade Estadual de Londrina UERJ Universidade Estadual do Rio de Janeiro UFAm Universidade Federal do Amazonas UFBa Universidade Federal da Bahia UFC Universidade Federal do Ceará UFF Universidade Federal Fluminense UFG Universidade Federal de Goiás UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFPa Universidade Federal do Pará UFPB Universidade Federal da Paraíba UFPe Universidade Federal de Pernambuco UFPi Universidade Federal do Piauí UFPR Universidade Federal do Paraná UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UFSCar Universidade Federal de São Carlos UFSM Universidade Federal de Santa Maria UMESP Universidade Metodista do Estado de São Paulo UNB Universidade Nacional de Brasília UNESP Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” UNICAMP Universidade Estadual de Campinas UNIMar Universidade de Marília UNIP Universidade Paulista UNISINOS Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISo Universidade de Sorocaba USCS Universidade Municipal de São Caetano do Sul USP Universidade de São Paulo UTP Universidade Tuiuti de Paraná

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - A USP nos rankings mundiais 34 Tabela 2 - A USP em números 35 Tabela 3 - A ECA em relação a USP em números 40 Tabela 4 - Criação dos programas de pós-graduação da ECA-USP 44 Tabela 5 - Os programas de pós-graduação da ECA em números 44 Tabela 6 - Comunicação na classificação da área de conhecimento 47 Tabela 7 - Quesitos e itens avaliados pela CAPES 48 Tabela 8 - Significado das notas atribuídas pela CAPES 49 Tabela 9 - Notas atribuídas aos programas de comunicação nos quatro últimos triênios 50 Tabela 10 - Dependência financeira 52 Tabela 11 - Distribuição regional 53 Tabela 12 – Criação 53 Tabela 13 - Nível de orientação 53 Tabela 14 - Corpo docente 54 Tabela 15 - Avaliação CAPES – triênio 2007-2009 54 Tabela 16 - Programas de pós-graduação em comunicação no Brasil 55 Tabela 17 - Estrutura do PPGCOM-USP em 2011 63 Tabela 18 - Estrutura acadêmica 65 Tabela 19 - Recursos Humanos 65 Tabela 20 - Concluintes e títulos outorgados 65 Tabela 21 - Comparativo PPGCOM – USP – ECA 65 Tabela 22 - Ordem de utilização dos canais de comunicação (docentes e discentes) 77 Tabela 23 – Comparativo docentes e discentes na ordem de utilização dos canais

de comunicação 77 Tabela 24 – Canais de comunicação da secretaria – ordem de utilização 92 Tabela 25 – Índice de satisfação/confiabilidade dos canais de comunicação 96

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Universo investigado 69 Gráfico 2 - Acessos no site/página 72 Gráfico 3 - Links mais acessados 73 Gráfico 4 - Acessos no link processo seletivo 74 Gráfico 5 - Links menos acessados 75 Gráfico 6 - Categoria dos pesquisados 76 Gráfico 7 - Conhecem o mural 78 Gráfico 8 - Buscam informação no mural 78 Gráfico 9 - Classificação do mural 80 Gráfico 10 - Atualização do mural 80 Gráfico 11 - Informação no mural 80 Gráfico 12 - Conhecem a ouvidoria eletrônica 83 Gráfico 13 - Utilizam a ouvidoria eletrônica 83 Gráfico 14 - Classificação da ouvidoria eletrônica 83 Gráfico 15 - Conhecem o site/página 84 Gráfico 16 - Utilizam o site/página 84 Gráfico 17 – Classificação do site/página 85 Gráfico 18 – Atualização do site/página 85 Gráfico 20 – Informação no site/página 86 Gráfico 21 - Conhecem a secretaria 91 Gráfico 22 – Utilizam a secretaria 91 Gráfico 23 – Atendimento da secretaria 92 Gráfico 24 – Classificação da comunicação 97 Gráfico 25 – Participaria da discussão em grupo 100

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SUMÁRIO

Introdução A comunicação no PPGCOM-USP 13 Capitulo I 1. Quadro teórico de referências 16

1.1. O campo científico 16 1.2. Cultura e globalização 18 1.3. Meios de comunicação de massa como mediações 20 1.4. Internet – comunicação de todos para todos 21 1.5. Comunicação digital 23 1.6. Comunicação dialógica 24 1.7. Quadro de hipóteses 25

Capitulo II 1. A Universidade de São Paulo 26

1.1. Linha do tempo - principais acontecimentos da/na USP 28 1.2. USP institucional 33 1.3. A USP em números 35

2. A Escola de Comunicações e Artes 38 3. A pós-graduação da Escola de Comunicação e Artes 41 Capítulo III 1. O sistema de avaliação da CAPES 45 2. O cenário competitivo dos programas de pós-graduação em Comunicação

no Brasil 52 3. O programa de pós-graduação em Ciências da Comunicação da USP

(PPGCOM-USP) 58 3.1. Histórias que não constam dos históricos 59 3.2. O PPGCOM-USP institucional 62

Capitulo IV 1. Metodologia de pesquisa 67 2. Método de pesquisa 68 3. Parte I – Monitoramento de acessos no site/página do PPGCOM-USP 71 4. Parte II – Pesquisa sobre a comunicação do PPGCOM-USP 76

Considerações Finais 101 Capitulo V

1. O gestor de comunicação 104 2. Projeto de intervenção 105

Referências Bibliográficas 108 Anexos 110

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INTRODUÇÃO

A comunicação no PPGCOM-USP

O problema comunicacional, objeto deste projeto de intervenção, diz respeito à

comunicação do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da

Universidade de São Paulo (PPGCOM-USP), como ela se dá e quais são os seus principais

problemas.

A experiência da pesquisadora junto à instituição, desde sua autonomia física e de

coordenação em 2006, e por ser ela mesma a executora dos planos de comunicação desse

Programa, confere-lhe competência para afirmar a existência de problemas nos canais de

comunicação com seus usuários.

Podemos dizer que a Internet faz parte da vida da maioria das pessoas que compõem o

público do PPGCOM-USP, no entanto o uso racional dos recursos da informática, em

particular no que diz respeito a possíveis usos do meio para se comunicar com o Programa,

parece não fazer parte do cotidiano delas. Talvez seja uma questão cultural, que faça com

que a internet seja vista principalmente ou apenas como um recurso de entretenimento e

diversão. Diante desta constatação, o principal questionamento que pretendemos fazer com

este projeto é:

1. Por que o público em geral prefere obter as informações por meio do telefone e até

pessoalmente e não as buscam no site?

Observamos, através da pesquisa basicamente três problemas:

1. a comunicação não atinge integralmente os destinatários;

2. a linguagem utilizada pelo emissor (PPGCOM-USP) nem sempre é decodificada

adequadamente pelo receptor (usuário);

3. não existe um canal específico para as manifestações dos receptores.

Os indicadores da existência desses problemas são evidenciados diariamente por meio de

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telefonemas, e-mails e conversas de corredor. No entanto, por não haver um plano

institucional de comunicação, pensado e implantado especialmente para resolução de

problemas, as queixas, as dúvidas, etc. as manifestações dos receptores assumem apenas o

papel de reclamações/sugestões que não chegarão a lugar algum, portanto surtirão pouco

ou nenhum efeito. Espera-se que esse trabalho possa colaborar com a tarefa de mudar esse

panorama.

Os objetivos gerais desta pesquisa, com vistas a um projeto de intervenção de comunicação

junto ao PPGCOM-USP são:

Construir conhecimentos que colaborem com a criação de um canal de

comunicação eletrônica (Ouvidoria do PPGCOM-USP) para que o receptor possa

ser ouvido por uma pessoa capacitada e com autoridade para encaminhar soluções;

Entender o papel de uma atualização constante do site do programa, em termos

dessa ação oferecer o máximo de informações ao seu público (docentes, discentes e

interessados em geral), para o aperfeiçoamento dos processos comunicacionais

internos do programa. Supomos, em princípio, que esse tipo de recurso funcionaria

como um filtro para a ouvidoria, pois só chegariam à ouvidoria questões não

sanadas por outros meios.

Como objetivos específicos, que serão perseguidos por meio das investigações aqui

relatadas, destacaram:

a identificação das necessidades dos diversos públicos do PPGCOM-USP;

a análise do site do programa;

a compreensão do fluxo das informações.

O trabalho está estruturado em cinco capítulos, os três primeiros capítulos têm por objetivo

situar o PPGCOM-USP, em relação às várias instâncias em que se encontra, ou seja, nas

diferentes dimensões do “campo científico” (Bourdieu, 1983).

Com efeito, no primeiro capítulo encontramos os referenciais teóricos para o embasamento

dessa noção, que auxilia a compreensão de aspectos do problema da pesquisa, assim como

outros conceitos estudados no curso Gestão da Comunicação que terão o mesmo papel de

subsídio à busca de conhecimento.

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No segundo capítulo, o objetivo é situar o Programa na esfera institucional, ou seja, dentro

da hierarquia da Universidade de São Paulo (USP), a mais importante instituição

universitária do Brasil e, portanto, uma liderança do campo científico brasileiro, em

contexto amplo. Para isso, trazemos breves históricos e dados quantitativos, organizados

do macro ao micro do campo, isto é, da Universidade de São Paulo (USP), à Escola de

Comunicações e Artes (ECA), Pós-Graduação da ECA-USP e finalmente, ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM-USP), mobilizando docentes,

discentes e funcionários que dão vida a um dos Programas de Comunicação mais

tradicionais da área.

Ainda no sentido de situar o PPGCOM–USP, agora no âmbito nacional e regulatório, o

capítulo terceiro trata do sistema de avaliação ao qual todos os programas de pós-

graduação são submetidos e que corresponde a um elemento de estruturação bastante

relevante, no atual contexto de amadurecimento do campo científico em comunicação no

Brasil; traz ainda dados sobre todos os programas de pós-graduação em comunicação no

país, mostrando assim um panorama da área.

O quarto capítulo aborda a metodologia, o método da investigação, sendo seguido pela

análise dos dados da pesquisa e suas considerações finais.

No último capítulo descrevemos o papel do gestor de comunicação e apresentamos,

finalmente, a proposta do projeto de intervenção.

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Capítulo I

1. Quadro teórico de referências

1.1. O campo científico

A discussão de Bourdieu1 sobre a ciência é inserida na teoria desse autor em termos de

sua formulação mais ampla sobre os espaços sociais, ou “campos”, através dos quais

procura visualizar na sociedade, em suas diferentes dimensões. Tais espaços

caracterizam-se por possuírem normas, regras e estruturas próprias, particulares.

Embora os diferentes campos sociais (o político, o simbólico, o religioso etc.) possam

ter inter-relações e influências mútuas, existe, para Bourdieu, uma tendência à

especialização e autonomia dos campos, que tendem a adquirir uma dinâmica de

desenvolvimento a partir de seu funcionamento interno.

Desse modo, num campo social, a principal força de mudança diz respeito às disputas

efetuadas pelos diferentes agentes e instituições dentro do mesmo. Estas se dão por

aquilo que é considerado de mais valor no seu contexto específico, ou seja, um

determinado “capital” próprio, conferindo poder e legitimidade por quem o possui. Este

capital não se reduz a termos monetários, ainda que possa estar associado a estes.

Assim, por exemplo, no “campo político” a vitória eleitoral, a estima de grupos sociais,

representa uma forma de capital, enquanto no campo militar os graus da hierarquia

alcançados por um indivíduo informam sobre a legitimidade e poder de um general ou

de um tenente. Porém, existe também uma disputa mais ampla (por exemplo, entre os

exércitos), mostrando as diferentes dimensões em que um campo pode ser visualizado,

que tem na capacidade de armamentos, no caso em questão, um indicador da força e

poder de uma unidade militar.

Um campo é um espaço social estruturado, um campo de forças – há dominantes e dominados, há relações constantes, permanentes, de desigualdade, que se exercem no interior desse espaço – que é também um campo de lutas para transformar ou conservar este campo de forças.

1 BOURDIEU, Pierre. O Campo Científico. In Bourdieu (Col. Grandes Cientistas Sociais). São Paulo: Ática, 1983.

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Cada um, no interior desse universo, empenha sua concorrência com os outros a força (relativa) que detém e que define sua posição no campo e, em conseqüência, suas estratégias.2

Ou seja, os campos promovem, de diferentes modos, formas de diferenciação e

classificação entre aqueles que estão no centro do campo (numa posição de hegemonia),

os dominantes, e os que se situam em sua periferia, os que têm menos poder e são

dominados.

Percebendo a abrangência e o olhar macro que a teoria de Bourdieu possibilita, Lopes3

notou que o “campo da comunicação”, em sentido amplo, poderia ser percebido a partir

de três espaços inter-relacionados: um campo de reprodução dos conhecimentos (a área

de ensino, representada pelas graduações), um campo de exercício dos conhecimentos

(as diferentes profissões do mercado a ele ligadas) e um campo de produção de

conhecimentos (estudos e pesquisas de pós-graduação). É este último que se associa à

noção de “campo científico” e que será privilegiado no trabalho, embora se discorra

também sobre dimensões do ensino, já que a pós-graduação possui vínculo histórico e

orgânico com a graduação.

Voltando às características do campo científico, segundo Lopes4, a competição que se instala num campo é, ao mesmo tempo, científica e econômica. Por um lado, à medida que crescem os recursos científicos acumulados, que se expressa nos avanços da pesquisa, aumenta o grau de homogeneidade entre os concorrentes e isso faz aumentar a competição científica.

No texto destacado, a autora faz uma síntese da trajetória de desenvolvimento do campo

científico no Brasil, destacando os debates sobre sua natureza disciplinar. Ao mesmo

tempo, procura dimensionar sua institucionalização, salientando o elemento

concorrencial que acompanha a evolução de um campo. Desse modo, observa que esta

ocorre “no sentido da indiferenciação para a diferenciação interna, sendo que este

movimento é correlato ao aumento da concorrência científica”.

2 BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 57. 3 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. O Campo da Comunicação: reflexões sobre seu estatuto disciplinar. Revista USP, São Paulo, v. 48. 2001. p.46-57. 4 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. O campo da Comunicação: sua constituição, desafios e dilemas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, no. 30, ago. 2006. p. 27-28.

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Esta concorrência impõe a todos os autores, indivíduos e instituições, uma agenda de

busca de qualidade e diferenciação positiva. De certo modo, espera-se que os resultados

da presente investigação colaborem, no seu âmbito específico, com esse objetivo geral.

De qualquer modo, avançando a reflexão, vale notar que no contexto altamente

globalizado em que se dá hoje a atividade científica, parece interessante refletir sobre a

questão da globalização e suas marcas culturais, que se refletem também no fazer

científico, o que é evidenciado no tópico seguinte.

1.2. Cultura e globalização

Atualmente a realidade do mundo globalizado coloca em questão as posições

filosóficas sobre a cultura. Para alguns estudiosos, a globalização gerou um

deslocamento de identidade devido aos aspectos de compressão de espaço e tempo e

de diversidade cultural, e para outros, a globalização é uma forma de pensar a

sociedade como um todo, na qual a sociedade global interage com a sociedade local e

as dimensões tempo e espaço não estão mais delimitadas e acabam misturando-se.

(Pensemos, por exemplo, no cotidiano de um pesquisador brasileiro mais qualificado,

que, numa semana, pode deslocar-se para diferentes estados do país e também para o

exterior.)

Para Hall, a globalização é um processo de mudança que causa o deslocamento das

identidades culturais nacionais, e desse deslocamento decorre quebra de barreiras

temporais e espaciais, com grandes efeitos sobre as identidades nacionais. Segundo

ele:

Os fluxos culturais, entre as nações, e o consumismo global criam possibilidades de ‘identidades partilhadas’- como ‘consumidores’ para os mesmos bens, ‘clientes’ para os mesmos serviços, ‘públicos’ para as mesmas mensagens e imagens - entre pessoas que estão bastante distantes umas das outras no espaço e no tempo. À medida em que as culturas nacionais tornam-se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural. 5

5 HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1999. p. 62

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Praticamente todos os estudos sobre a globalização, envolvem o problema da

diversidade, mas posicionamentos exacerbados, como a autonomização do diferente

(apegando-se ao local) ou a subordinação de toda diversidade creditada à globalização,

faz com que seja esquecida a hipótese de que o local pode não só se afirmar como

também se recriar no contraponto com o global.

Isso leva Ianni a afirmar que:

É no âmbito da sociedade global, com sua economia política, dinâmica sociocultural, historicidade complexa e contraditória, que se concretizam as possibilidades do pensamento global. 6

O que é típico da contemporaneidade é a percepção da facilidade com que ocorrem

mudanças na comunicação e na sociedade. Os deslocamentos da identidade cultural

apresentados por Hall são decorrentes de transformações históricas e da complexidade

social. Entretanto, a sociedade parece se adaptar à nova realidade criada pela

globalização, ela adapta-se também às novas tecnologias da comunicação baseadas na

interatividade, na mobilidade e na convergência midiática.

Todos os meios de comunicação, ao surgirem, trouxeram polêmicas e criaram muitos

mitos, porém, progressivamente os estudos comprovaram que sua utilização não

alienou e nem isolou o indivíduo, pelo contrário abriu-lhe as portas para compartilhar

de conhecimento e de culturas distantes.

Nesse sentido uma nova forma de pensar mais complexa deve ser construída para

melhor se estudar a sociedade global – forma esta que tem encontrado repercussão nos

estudos científicos da comunicação, através de discussões sobre o paradigma

transdisciplinar ou a epistemologia da complexidade7. Segundo Ianni:

6 IANNI, Octávio. Globalização: Novo Paradigma das Ciências Sociais. Estudos Avançados, São Paulo: USP/IEA, Vol.8, 21, 1994. p. 160. 7 Por exemplo, nos debates constantes em LOPES, Maria Immacolata V. (org.). Epistemologia da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2003.

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O paradigma clássico, fundado na reflexão sobre a sociedade nacional, está sendo subsumido formal e realmente pelo novo paradigma, fundado na reflexão sobre a sociedade global. 8

Quanto à renovação que ocorre nos estudos dos meios de comunicação destacamos,

também, a teoria das mediações, que procura dar conta dessa complexidade colocada

pelo paradigma global.

1.3. Meios de comunicação de massa como mediações

Martín-Barbero ressalta a importância de se observar a posição estratégica que ocupa a

comunicação hoje e sua paradoxal vinculação tanto com o relançamento da

modernização quanto com a desconcertada e tateante experiência da tardomodernidade

na América Latina. Ele traça um novo mapa das mediações, das novas complexidades

nas relações entre comunicação, cultura e política, através do qual busca

(...) reconhecer que os meios de comunicação constituem hoje espaços-chave de condensação e intersecção de múltiplas redes de poder e de produção cultural, e ao mesmo tempo, alertar contra o pensamento único que legitima a ideia de que a tecnologia é hoje o “grande mediador” entre as pessoas e o mundo, quando o que a tecnologia medeia é a transformação da sociedade em mercado.9

Os meios de comunicação de massa (MCM) são muito influentes na formação e

funcionamento da sociedade atual, e são principais fontes de informações da

atualidade em tempo real. A Internet é uma nova tecnologia que traz com muita

facilidade a interação, abrindo horizontes para a socialização, conhecimento, pesquisa,

comércio, comunicação etc. Ela é um dos melhores recursos de comunicação da

atualidade, e como todos os demais meios (rádio, televisão, cinema, imprensa, etc.),

apresenta tanto aspectos positivos como negativos.

Os MCM tomaram grande força e influência no cotidiano das pessoas. Pesquisas

mostram que atualmente as crianças e jovens passam mais tempo em frente à televisão

ou na Internet do que sentadas nos bancos da escola. Martín-Barbero e Rey acreditam

que 8 IANNI, Octávio. Idem, p. 148. 9 MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2001. p.20

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(...) enquanto transmissor de conhecimentos, a sociedade conta hoje com dispositivos de armazenamento, classificação, difusão e circulação muito mais versáteis, disponíveis e individualizados do que a escola. 10

Os MCM agem nos níveis cultural e ideológico, introduzindo padrões modernos de

conduta, difundindo um estilo de vida urbano. Mas, também oferecem uma “janela

para o mundo” e interessantes possibilidades de desenvolvimento pessoal e social, de

distração e entretenimento, assim como de aprendizagem constante. A internet

representa hoje uma espécie de síntese ampliada dos MCM e configura-se como uma

questão diretamente relacionada com as questões comunicativas relacionadas ao

PPGCOM. Nesse sentido, vale a pena recuperar reflexões feitas sobre a rede e suas

possibilidades.

1.4. Internet – comunicação de todos para todos

Criaram-se mitos em relação à sociabilidade da internet dizendo que ela aliena, isola

ou leva à depressão. Entretanto, pesquisas mostram que a realidade da internet é muito

mais complexa. O que está demonstrado é que as pessoas criam ou associam-se a

comunidades de interesses e afinidades comuns entre si, mesmo distantes

geograficamente, comunicam-se e trocam experiências sobre os mais diversos

assuntos de seu interesse.

Castells11 afirma que a internet é, por excelência, o meio de comunicação de interação

individual e grupal e de organização da sociedade global. Apesar de a maior

concentração de uso ser nos países desenvolvidos, tem se observado um rápido

crescimento da conexão nos menos desenvolvidos, particularmente no Brasil.

Um fato importante é que a internet está modificando radicalmente os modos de

comunicar. Ela transformou-se no sistema operativo que permite interconectar e

canalizar a informação sobre o que acontece, onde acontece, o que podemos ver, o que

não podemos ver, e torna-se o sistema conector interativo do conjunto dos sistemas de

10 MARTÍN-BARBERO, Jesús e REY, German. Os exercícios do ver. São Paulo: Senac, 2001.p. 58. 11CASTELLS, Manoel. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, Dênis de (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 255.

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multimídia. A informação chega a tempo real e continua a processar-se em tempo real,

ou seja, realmente uma comunicação de todos com/para todos, sem a mediação dos

meios de comunicação de massa. O problema é a credibilidade desta informação, e é aí

que os meios de comunicação tradicionais seguem desempenhando um papel

essencial, pois as pessoas tendem a dar maior credibilidade às agências já consagradas

na mídia tradicional.

Para Bairon12, a internet possibilita um alcance muito maior no potencial

mercadológico para as empresas e instituições, porém a criação de ações de

comunicação digital não é suficiente por si só. Sua eficácia é alcançada a partir do

desenvolvimento de estratégias específicas para cada público. O site é, atualmente, o

recurso mais utilizado como meio de comunicação e divulgação das informações de

uma empresa ou instituição, conquanto ele reflita o ambiente real e utilize dos recursos

da comunicação digital para tratar cada público conforme suas características.

Castells afirma que a internet não é mais um meio de comunicação, mas “o” meio de

comunicação que constitui a forma organizativa da sociedade, sendo portanto um novo

paradigma sociotécnico, uma vez que (...) constitui a base material e tecnológica da sociedade em rede; é a infraestrutura tecnológica e o meio organizativo que permitem o desenvolvimento de uma série de novas formas de relação social que não têm sua origem na Internet, que são fruto de uma serie de mudanças históricas, mas que não poderiam desenvolver-se sem a Internet. A Internet processa a virtualidade e transforma-a em nossa realidade.13

Os meios digitais têm uma linguagem própria que resulta na hipermídia. Esta permite

uma escrita não linear, o que favorece um pensamento complexo, daí a importância de

uma arquitetura da informação bem estruturada. Neste sentido, quanto mais integrada

a proposta de comunicação com os diferentes públicos no meio digital, mais complexo

o sistema de representação, e quanto maior a complexidade, maiores as possibilidades

de relacionamentos eficazes e adequados com os públicos. Essa complexidade da

comunicação digital exige aprofundamento, o que é feito a seguir.

12 BAIRON, Sérgio. Anotações de aulas do Núcleo Culturas Digitais e Comunicação. 13 CASTELLS, Manoel. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, Dênis de. (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003.

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1.5. Comunicação digital

A utilização dos recursos da informática na comunicação, nos dias de hoje, parece

inevitável. Com a crescente interconectividade e disponibilidade de opções, a adoção

de estratégias eficazes na criação de websites se apresenta como ponto essencial para

se alcançar os objetivos de toda e qualquer corporação. A tecnologia digital

proporcionou um grande avanço para a comunicação facilitando e dinamizando os

recursos para a construção de processos de comunicação integrados nas organizações.

Bairon14 alerta para os cuidados que se deve ter no processo de construção da

estratégia de comunicação digital. Para ele o site deve combinar de forma adequada o

design, a interatividade, o hipertexto, e a usabilidade com o conteúdo da comunicação,

que deve ser separado para cada público específico.

Neste sentido, quanto mais integrada a proposta de comunicação com os diferentes

públicos no meio digital mais complexo o sistema de representação, e portanto, quanto

maior a complexidade, maiores as possibilidades de relacionamentos eficazes com os

usuários.

Os meios de relacionamento mais comuns são: e-mail marketing, fóruns, websites e

intranets, ferramentas de busca, transações (por exemplo, bancárias), multimídia,

mensagens instantâneas. Contudo, se estes meios de relacionamento não forem

estrategicamente bem utilizados podem se tornar ineficientes prejudicando todo o

processo. Alguns exemplos: e-mail marketing, spam, e-mail interno com excesso de

informação, usabilidade, design e layouts não centrados no usuário, arquitetura

complexa, conteúdo confuso, constantes problemas técnicos no acesso ao site.

Outro ponto relevante a ser pensado, tanto em termos da comunicação que ocorre

mediada por tecnologias, quanto a que se dá em interações interpessoais, é com

respeito ao modelo de comunicação que é adotado. Grosso modo, a comunicação pode

ser pensada simplesmente em termos de meios e estratégias para a transmissão de

informações por parte de um emissor ou como elemento estruturante do diálogo e das

14 BAIRON, Sérgio. Anotações de aulas do Núcleo Culturas Digitais e Comunicação.

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interações dos indivíduos em determinado contexto cultural (o que está mais próxima

da teoria da mediações), ou seja, como uma “comunicação dialógica”. Esse conceito, a

partir das discussões de Freire, é descrito na sequência.

1.6. Comunicação dialógica

Ao finalizarmos a fundamentação teórica deste trabalho faz-se necessário explicitar o

conceito de comunicação fundante que consequentemente resultará no projeto prático

de intervenção, objetivo deste estudo.

A teoria que ilumina nossa prática refere-se ao conceito de comunicação encontrada

em Freire Comunicação (é) co-participação dos sujeitos no ato de pensar (...) implica numa reciprocidade que não pode ser rompida. O que caracteriza a comunicação enquanto este comunicar, comunicando-se, é que ela é diálogo, assim como o diálogo é comunicativo. A educação é comunicação, e diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados. 15

Toda obra de Paulo Freire enfatiza que as pessoas não são e nem devem ser tratadas

como animais, nem como máquinas, pois o ser humano se diferencia de animais e

máquinas devido a sua capacidade de criar e inovar seu mundo, e assim é constituído

como sujeito (protagonista) de sua própria cultura e história. Freire16 define o homem

como “...um ser de práxis. Um ser que cria e que se sabe um transformador e criador”.

Para compreender o conceito de comunicação na visão de Freire é fundamental

conceber o ser humano como sujeito essencialmente comunicativo em relação com os

outros homens, igualmente, sujeitos.

Para Freire, o princípio filosófico da comunicação é o diálogo, onde a comunicação é

definida como relação social.

15 FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 8ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 44-47. 16 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. p. 91.

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1.7. Quadro de hipóteses

Para LOPES17, a função do sistema de hipóteses é fornecer a conexão entre teoria e

investigação, teoria e fato e, deste modo, conduzir à elaboração de uma estratégia da

investigação ou desenho de pesquisa. Assim, com base nos problemas observados e

nas teorias relacionadas, apresentamos as hipóteses desta pesquisa:

a comunicação do PPGCOM-USP não possibilita a interação com o receptor

caracterizando-se, deste modo, a sua comunicação como uma via de mão única,

podendo ser comparada à Teoria Hipodérmica, pela qual o que se espera do

receptor é uma resposta (aceite) a certo estímulo. Nessa linha, possui menos

relação com as concepções mais avançadas sobre comunicação, como a teoria

das mediações e a reflexão a respeito das possibilidades dos meios digitais,

discutidas anteriormente, do que poderia ter;

a impessoalidade sentida pelos usuários na comunicação midiática, como sites e

correio-eletrônico, faz com que eles não tenham credibilidade nesse tipo de

comunicação, esperando um feedback personalizado. Aqui, podemos articular a

formulação da hipótese à teoria, notando que os princípios dialógicos da

comunicação são, ao que parece, menos desenvolvidos do que poderiam ser;

nota-se a falta de qualificação técnica para uma adequada utilização dos

recursos de informática pelos emissores da comunicação, o que desfavorece

mudanças que alterem certos pontos negativos, como os expostos nas outras

hipóteses.

17 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em Comunicação. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 140.

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Capítulo II

1. A Universidade de São Paulo

A USP foi fundada no dia 25 de janeiro de 1934, por meio da expedição de um decreto do

interventor federal do estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, decreto este

referendado pelo secretário Cristiano Altenfelder Silva.

Depois de tantos anseios, de tão vigorosa propaganda, concretizava-se a ideia pela

conjugação, sob a égide de uma unidade universitária comum, das grandes e prestigiosas

instituições de educação superior existentes em São Paulo, acrescidas de duas faculdades

remodeladas e de uma nova, fundamental, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, laço

de entrosamento científico-cultural pelas suas seções numerosas e variadas.

A USP singulariza-se, no contexto em questão, pelo caráter acadêmico e científico de seu

projeto, em outras palavras, pretendia não apenas transmitir conhecimentos (função do

ensino), mas também produzi-los. Pode-se dizer que sua criação foi uma etapa muito

importante – por seu teor modelar – do desenvolvimento do campo científico brasileiro.

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A fundamentação do Decreto nº 6.283, de 25 de janeiro de 1934, e seus artigos 1º e 2º,

destacam o que foi descrito (grifos nossos): "O doutor Armando de Salles Oliveira, Interventor Federal do Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe confere o decreto nº 19.398, de 11 de novembro de 1930; e considerando que a organização e o desenvolvimento da cultura filosófica, científica, literária e artística constituem as bases em que se assentam a liberdade e a grandeza de um povo; considerando que sòmente por seus institutos de investigação científica de altos estudos, de cultura livre, desinteressada, pode uma nação moderna adquirir a consciência de si mesma, de seus recursos, de seus destinos; considerando que a formação das classes dirigentes, mormente em países de populações heterogêneas e costumes diversos, está condicionada a organização de um aparelho cultural e universitário, que ofereça oportunidade a todos e processe a seleção dos mais capazes; considerando que em face do grau de cultura já atingido pelo Estado de São Paulo, com Escolas, Faculdades, Institutos, de formação profissional e de investigação científica, é necessário e oportuno elevar a um nível universitário a preparação do homem, do profissional e do cidadão, Decreta: Art. 1º — Fica criada, com sede nesta Capital, a Universidade de São Paulo. Art. 2º — São fins da Universidade: a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência; b) transmitir pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito ou sejam úteis à vida; c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e profissionais em todas as profissões de base científica ou artística; d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos

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sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres. 18

1.1. Linha do tempo - principais acontecimentos da/na USP

1934 A Universidade inicia atividades com as seguintes unidades:

• Faculdade de Direito,

• Faculdade de Medicina,

• Faculdade de Farmácia e Odontologia (derivada da Escola Livre de Farmácia de São Paulo)

• Escola Politécnica,

• Instituto de Educação (desde 1969, a Faculdade de Educação)

• Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

• Instituto de Ciências Econômicas e Comerciais (de ICEC mudou o nome, apenas, para FCEA - Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, em 1940; em 1946 é criada oficialmente a FCEA; que muda de nome para a atual FEA, em 1969)

• Escola de Medicina Veterinária, (derivação do Instituto de Veterinária)

• Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”;

• Escola de Belas Artes

Como instituições de ampliação de ação e ensino, estão o Instituto Biológico, Instituto Butantan, Instituto de Higiene, Instituto Agronômico de Campinas, Instituto Astronômico e Geofísico, Museu Paulista, Serviço Florestal e quaisquer outras instituições de caráter técnico e científico do estado.

Primeira sessão do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo, realizada em 17 de fevereiro, na Faculdade de Medicina

Posse do Primeiro Reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Reynaldo Porchat, na segunda sessão do Conselho Universitário, realizada em 6 de junho.

1940 Criação do Instituto de Eletrotécnica e Energia

1941 Obtenção de área no bairro do Butantã para a instalação do campus universitário.

18 Extrato do decreto de fundação da USP. Estud. av., São Paulo, v. 8, n. 22, Dec. 1994 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141994000300002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13 Mar. 2011. doi: 10.1590/S0103-40141994000300002.

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1942 É criada a Escola de Enfermagem.

1943 Inauguração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina.

1946 Incorporação da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas à USP; Criação do Instituto Paulista de Oceanografia (atual Instituto Oceanográfico desde 1951); Criação do Instituto de Administração na FEA; Incorporação do Instituto Astronômico e Geográfico.

1948 Criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Bauru (atual Faculdade de Odontologia de Bauru, desde 1962) e da Escola de Engenharia de São Carlos.

É fundado o Museu de Arte Moderna de São Paulo. O professor Antonio Candido, da unidade hoje conhecida como Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, é um dos integrantes do conselho da nova instituição.

1950 Estudantes da Escola Politécnica constroem o Cadopô (Casa do Politécnico), importante centro de articulação política do movimento estudantil.

Em Piracicaba, é obtida a adaptação de hortaliças européias para o clima tropical brasileiro, como a cenoura e a alface.

1951 Instituto Oceanográfico é incorporado à USP.

É criada a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.

1955 Como entidade autárquica, é criado o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

1956 A Cidade Universitária recebe o nome de Armando de Salles Oliveira.

1957 O reator do Instituto de Energia Atômica de São Paulo entra em funcionamento. A instituição, que daria origem ao atual Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) era fruto de parceria entre a USP e o atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Criação do curso de Psicologia na FFCL

Criação do Diretório Central de Estudantes da USP.

Doação à USP do Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias Fernando Costa, em Pirassununga, que daria origem à atual Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos.

1959 Criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, que só viria a ter suas atividades efetivamente concretizadas em 1964. Em 1974, a instituição foi incorporada à USP.

1961 Jânio Quadros, ex-aluno da Faculdade de Direito da USP, assume a Presidência da República.

1962 É criado o Instituto de Estudos Brasileiros.

Criação da FOB (originária da Faculdade de Farmácia e Odontologia de Bauru).

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1963 1. Surgimento da Editora da USP.

2. Criação do Museu de Arte Contemporânea e incorporação definitiva do Museu Paulista à USP.

1964 É criado o Museu de Arte e Arqueologia, posteriormente denominado de Museu de Arqueologia e Etnologia.

Criação da Associação dos Servidores da Universidade de São Paulo.

1966 É criada a Escola de Comunicações Culturais (que depois teria seu nome modificado para Escola de Comunicações e Artes em 1969), e que incorpora a Escola de Arte Dramática.

1967 Criação, em Bauru, do Centro de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, que em 1973 torna-se Centro Interdepartamental da FOB, e que, desde 1998, é conhecido Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, o popular Centrinho.

1968 O governo federal promulga o AI-5, que marca o período mais obscuro do regime militar. A USP vive as tensões e centraliza grande parte do movimento estudantil da época. Neste ano, ocorre uma batalha campal entre estudantes da USP e do Mackenzie.

1969 O Museu de Zoologia é criado. Ocorre uma reforma universitária que modifica o nome de algumas unidades e determina a criação de outras, como o Instituto de Psicologia, originado do curso de psicologia mantido pela então Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências (FFCL, que passa a se chamar Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a FFLCH).

Criação da Coordenação Central de Pós-Graduação, o que marca o desenvolvimento do atual sistema de pós-graduação na Universidade.

A Escola de Educação Física é incorporada à USP.

Criação da Faculdade Municipal de Engenharia Química de Lorena (Famenquil). Dois anos depois, a instituição muda seu nome para Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Faenquil).

1970 Criação do Instituto de Física (IF), do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e do Instituto de Química.

1971 São criados o Coral da USP e os Institutos de Física e Química de São Carlos e o Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos.

1972 A Escola Politécnica constrói o primeiro computador brasileiro, apelidado de Patinho Feio.

É criada a Orquestra Sinfônica da USP.

O IAG é transformado em Unidade de Ensino e Pesquisa da USP. O IG desmembra-se do IAG e se torna unidade autônoma.

1973 Estudante Alexandre Vanucchi Leme é morto por policiais do DOI-Codi.

1976 Criação do Hospital Universitário.

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É criada a Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo.

1977 Início das transmissões da Rádio USP.

1979 Sancionada a lei de anistia a presos políticos. Alguns docentes e alunos da USP estão entre as pessoas que retornam ao Brasil neste momento.

1981 Cria-se o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi).

1983 Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto é desmembrada em duas unidades: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto e Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.

1984 A campanha por eleições diretas para a Presidência da República – Diretas Já – mobiliza a sociedade brasileira. Entre os líderes do movimento, estão professores e ex-alunos da USP, como Fernando Henrique Cardoso, Ulysses Guimarães, Mário Covas e outros.

1985 Começa a circular o Jornal da USP.

1986 O Instituto de Estudos Avançados é criado.

1987 Formação do Núcleo de Consciência Negra.

1988 A Resolução nº 3461, de 7 de outubro de 1988, estabelece o atual Estatuto da USP.

São criadas as Pró-Reitorias de Pesquisa, Graduação, Pós-Graduação e Cultura e Extensão Universitária.

1989 Lançada a primeira edição da Revista USP.

1990 Criação do curso de Fonoaudiologia na Faculdade de Odontologia de Bauru.

1992 Criação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, em Pirassununga.

Rio de Janeiro recebe a Eco-92, maior evento mundial sobre o meio ambiente à época. Diversos professores da USP têm participação direta ou indireta no encontro.

1993 Início das atividades do projeto Universidade Aberta à Terceira Idade.

1994 Fernando Henrique Cardoso, ex-professor da USP, é eleito presidente da República.

1995 Agência USP de Notícias inicia suas atividades.

1997 USP lança a primeira versão do seu site oficial, o www.usp.br.

1999 Criação do Prêmio USP de Direitos Humanos

2000 Coordenadoria de Comunicação Social lança a Revista Espaço Aberto.

2002 O bezerro Marcolino, primeiro animal clonado a partir de células adultas, é gerado na USP.

2004 Criação do Instituto de Relações Internacionais.

2005 Inauguração do campus da USP Leste e a Escola de Artes, Ciências e

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Humanidades.

2006 É inaugurado, em São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa, o primeiro do mundo a dedicar-se a um idioma. Professores da USP têm participação efetiva na elaboração do conteúdo do museu.

Extinção da Faenquil e conseqüente criação da Escola de Engenharia de Lorena, incorporada à USP.

2007 São criadas a Faculdade de Direito de Ribeirão Preto e a Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto.

Fonte: Souza, Maria Adélia Aparecida. O Espaço da USP: presente e futuro. São Paulo, Imprensa Oficial, 1985. Disponível em <http://www.usp.br/75anos/?idpag=35>. Acesso em 13 Mar. 2011

Merece destaque, nessa longa lista de fatos com que se procura elaborar um panorama

histórico da USP, o caráter globalizante das ações voltadas a diversas áreas de

conhecimento, corroborando um ideal de Universidade, como espaço de confluência

dos saberes institucionalizados ou que se deseje desenvolver. Esse é bem o caso da

criação da ECC (ECA), em 1966, 32 anos após o início da Universidade. Por outro

lado, merece também atenção o marco “moderno” da criação da pós-graduação no

modelo atual na USP, em 1969.

Isso se deu num contexto de substituição do inicial modelo de organização da

universidade em cátedras para um modelo departamental. Balbachevsky esclarece que: A organização da universidade em cátedras se distingue do modelo departamental adotado no Brasil a partir da reforma de 1968. Neste último modelo, de inspiração norte-americana, a menor unidade acadêmica funcional da universidade é o departamento, um colegiado de professores da mesma especialidade que, pelo menos hipoteticamente, é responsável pelo ensino, pela pesquisa e pelas atividades de extensão ligadas àquela especialidade. No sistema de cátedra, de origem européia, essas responsabilidades estão na mão de um único professor – o professor catedrático -, que responde pelas atividades ligadas à sua disciplina, contando com o auxílio de um número variável de assistentes por ele nomeados19.

Tal reorganização representou, segundo os analistas do tema, um salto de qualidade

em termos do desenvolvimento científico brasileiro. Sendo adotadas, então, políticas

de fomento e financiamento, a partir de órgãos como a Financiadora de Estudos de

19 BALBACHEVSKY, Elizabeth. A pós-graduação no Brasil: novos desafios para uma política bem-sucedida. In: BROCK, Colin; SCHWARTZMAN (org.). Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. p. 276.

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Projetos - FINEP (criada em 1971) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico - CNPq, que em 1975 passou por uma reforma, adotando

características que mantém até hoje.

Em resumo, o que é importante notar é que a USP sempre esteve na vanguarda das

ações que vieram a consolidar o campo científico brasileiro.

1.2. USP institucional20

A Universidade de São Paulo (USP) é uma universidade pública e gratuita, mantida

pela arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por

parte do Governo do Estado de São Paulo. Tal dotação orçamentária tem porcentagem

fixa, desta forma é uma das poucas instituições públicas do país a possuir autonomia

financeira, fato que contribui para a manutenção de seu status de "principal

universidade brasileira".

A título de grandeza, no ano de 2010 a verba repassada foi R$ 2.979.621.845 em 2011,

R$ 3.598.437.761, representando um aumento de 22,77%.

Diferentes rankings mundiais que medem a qualidade das universidades (sendo um

dos critérios, a produtividade científica) reconhecem a dedicação e talentos de

professores, alunos e funcionários da USP. Em outras palavras, atribuem uma

legitimidade internacional à instituição.

Em 2010 a USP configurou em 4 importantes rankings mundiais:

20 Site da USP - Disponível em <http://www4.usp.br/index.php/a-usp>. Acesso em 13 Mar.2011.

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Tabela 1 – A USP nos rankings mundiais Ranking USP Característica

Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities, do Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan

74o. (1ª. entre as

universidades latino-americanas

Classifica as 500 melhores universidades do mundo

Webometrics Ranking of World Universities

122o. Classificação importante pela comunidade científica mundial

Institute of Higher Education Shanghai Jiao Tong University

143o. Classifica as 500 melhores universidades do mundo

The Times 232o. Classifica as 500 melhores universidades do mundo

Fonte: Site da USP. Disponível em <http://www4.usp.br/index.php/a-usp>. Acesso em 13 Mar.2011.

A USP integra um seleto grupo de instituições de padrão mundial, resultado de uma

intensa busca de excelência ao longo dos seus 75 anos.

Para atender as novas exigências da globalização, o processo de internacionalização

das atividades de ensino e pesquisa na USP tem sido acelerado e têm apresentado

excelentes resultados, como a ampliação do número de docentes e estudantes em

intercâmbio e a performance da instituição nos rankings mencionados.

Sua graduação é formada por 229 cursos, dedicados a todas as áreas do conhecimento,

distribuídos em 40 unidades e oferecidos a quase 56 mil alunos.

Para desenvolver suas atividades, a USP conta com diferentes campi, distribuídos

pelas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, Piracicaba, São Carlos, Pirassununga,

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Bauru e Lorena, além de unidades de ensino, museus e centros de pesquisa situados

fora desses espaços e em diferentes municípios.

1.3. A USP em números

Campi: São Paulo (4), Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Lorena, Ribeirão Preto e São

Carlos (2)

Tabela 2 – A USP em números

Área territorial (aproximadamente) 76.314.505 m2 Área edificada (aproximadamente) 1.739.187 m2 Unidades e outros órgãos 82 Ensino e pesquisa 40 Órgãos centrais de direção e serviço 27 Institutos especializados 7 Hospitais e serviços anexos 4 Museus 4 Alunos Matriculados 88.261 Graduação (1º. semestre) 56.998 Pós-Graduação 25.591 Mestrado 13.127 Doutorado 12.464 Especiais 5.672 Homens (53.19%) 46.942 Mulheres (46.81%) 41.319 Concluintes e Títulos Outorgados 11.679 Concluintes da Graduação 5.867 Títulos Outorgados na Pós-Graduação 5.812 Mestrado 3.568 Doutorado 2.244 Graduação Cursos oferecidos 239 Disciplinas ministradas (1º. semestre) 4.616 Inscritos no Vestibular 134.963 Vagas no Vestibular 10.557 Pós-Graduação Programas oferecidos 233 Cursos oferecidos 608 Mestrado 309 Doutorado 299 Avaliação CAPES - Nota 7 25 Avaliação CAPES - Nota 6 39

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Avaliação CAPES - Nota 5 94 Avaliação CAPES - Nota 4 56 Avaliação CAPES - Nota 3 16 Docentes 5.732 Homens (63.29%) 3.628 Mulheres (36.71%) 2.104 Dedicação em tempo integral (84.12%) 4.822 Titulação de Doutor ou acima (98.13%) 5.625 Técnicos-Administrativos 15.341 Homens (50.66%) 7.772 Mulheres (49.34%) 7.569 Nível: Superior (21.99%) 3.373 Nível: Técnico (45.71%) 7.013 Nível: Básico (31.83%) 4.883 Nível: Outros (0.47%) 72 Produção Científica 27.733 No Brasil 20.214 No exterior 7.519 Trabalhos Publicados e Indexados no ISI 8.206 Bibliotecas 44 Acervo 7.967.841 Circulação do Acervo 4.968.845 Freqüência de Usuários das Bibliotecas 4.267.401 Informática Microcomputadores - total da USP 41.044 Impressoras 16.412 Publicações Editora da USP (obras publicadas) 69 Jornal da USP (exemplares) 740.000 Espaço Aberto (edições eletrônicas) 12 Revista USP (exemplares) 2.000 Atividades Culturais e de Extensão Cursos extracurriculares 881 Participantes 25.652 Museus (visitantes) 499.476 Museu Paulista (Museu do Ipiranga) com Museu Republicano Convenção de Itu (MRCI)

300.267

Museu de Arte Contemporânea (MAC) 94.662 Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) 38.207 Museu de Zoologia (MZ) 66.340 Estação Ciência (público) 263.974 Centro Universitário Maria Antonia - CEUMA (público) 20.890 Cinema da USP - CINUSP (público) 14.040 Orquestra da USP - OSUSP (público) 24.685 Centro de Difusão Científica e Cultural - CDCC (visitantes) 76.000 A Universidade e as Profissões (participantes) 7.409 Universidade 3ª Idade (alunos) 9.627

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Prestação de Serviços - Atendimentos Alunos da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação 746 Alunos da Escola de Arte Dramática 119 119 Alunos do Colégio Técnico de Lorena 201 201 Leitos para internação - HU 229 Internações - HU 11.321 Atendimentos de Urgência - HU 258.382 Atendimentos Ambulatoriais - HU 135.817 Leitos para internação - HRAC 91 Internações - HRAC 5.576 Atendimentos odontológicos - HRAC 68.483 Atendimentos médicos - HRAC 69.660 Atendimentos complementares - HRAC 236.967 Hospital Veterinário – HOVET (São Paulo e Pirassununga) 91.894 Fonte: USP em Números 2010. Disponível em <http://www.usp.br/internacional/home.php?id_cont=28&idioma=pt>. Acesso em 21 de abr. 2011

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2. A Escola de Comunicações e Artes

A Escola de Comunicações e Artes (ECA) foi criada quando certos campos da cultura

(cinema, teatro, música, rádio etc.) reclamavam uma escola para a formação universitária

daqueles que impulsionam essas atividades. Havia sido criada a Embratel - Empresa

Brasileira de Telecomunicações (1965), a Embrafilme - Empresa Brasileira de Filmes

(1969), a Telebrás - Telecomunicações Brasileiras S.A. (1972), além de um Ministério

específico, o das Comunicações (1967). Atenta a estas transformações, a Universidade de

São Paulo criou, através do Decreto no 46.419, de 15 de junho de 1966, assinado pelo

governador Laudo Natel e pelo reitor Gama e Silva, um novo instituto que recebeu a

denominação de Escola de Comunicações Culturais (ECC). Com ela, as graduações em

jornalismo, rádio e televisão, relações públicas, teatro, cinema, e biblioteconomia e

documentação, se consagraram em nível universitário.

Em 1967 ocorreu o seu primeiro vestibular, foram abertas 200 vagas para 1.247 inscritos.

Em função da grande demanda e do alto índice de media obtida pelos inscritos no exame

de seleção aumentou-se o número de vagas em 50%, matriculando mais 100 alunos no

primeiro ano de funcionamento da Escola.

A ECC em situação de escola nova ainda não dispunha de seus próprios catedráticos e por

isso precisava tomar como empréstimo docentes titulares de outras unidades para dirigi-la,

vindos, principalmente, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

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A ECC foi administrada por um Conselho Técnico Administrativo (CTA) indicado pelo

Magnífico Reitor e teve como diretores, catedráticos de outras unidades. Com a instalação

da Congregação e com os concursos de titulares, a ECA começou a indicar seus próprios

diretores.

Com a Reforma Universitária de 1970, passou a ser denominada Escola de Comunicações

e Artes (ECA) e com a inclusão posterior de novos setores, teve seu eixo de ensino e

pesquisa organizado em dois segmentos:

1. Comunicações, composto pelos Departamentos de:

a. Biblioteconomia e Documentação;

b. Jornalismo e Editoração;

c. Relações Públicas, Propaganda e Turismo; e

d. Cinema, Rádio e Televisão.

2. Artes, composto pelos Departamentos de:

a. Artes Cênicas;

b. Artes Plásticas; e

c. Música.

Em 1969 ocorreu a incorporação da Escola de Arte Dramática (EAD), na condição de

Colégio Técnico de nível médio. Fundada em 2 de maio de 1948, por Alfredo Mesquita, a

EAD já estava vinculada à USP desde 1966 e ao ser incorporada à ECA, tornou-se o

segundo laboratório de nível médio da Universidade, sendo o primeiro o da Escola de

Aplicação da Faculdade de Educação.

Segundo Pinto

É este o grande estímulo deste final do século XX: preparar profissionais capazes de intermediar os desafios, não somente de sua área de atuação, mas com capacidade de interagir perante o cenário de perspectivas de mudanças e de inovações que já prenunciam o século XXI. 21

Atualmente, a ECA possui 2.103 alunos de graduação matriculados em 23 cursos (sendo

19 habilitações e 4 licenciaturas), e 656 alunos de pós-graduação em 6 programas de

21 PINTO, Virgílio Noya. Escola de Comunicações e Artes. Revista Estudos Avançados, São Paulo, n.22, set./dez.1994. Disponível em <http://www.iea.usp.br/iea/revista/online/revista22/> Acesso em: 19 abr. 2011.

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mestrado e doutorado. Conta, em seu quadro funcional, com 194 servidores docentes e 235

não docentes. Além dos cursos de graduação e pós-graduação a ECA oferece, através de

seus departamentos, cursos de curta e média duração, atualização, aperfeiçoamento e

especialização vinculados às áreas de Cultura e Extensão e Pesquisa.

Tabela 3 – A ECA em relação a USP em números

USP ECA % Área territorial (aproximadamente) 76.314.505 m2 24.628 m2 0,03% Alunos Matriculados 88.261 4.138 4,7% Graduação 56.998 2103 3,7% Pós-Graduação 25.591 656 2,6% Mestrado 13.127 348 2,7% Doutorado 12.464 308 2,5% Especiais 5.672 723 12,7% Concluintes e Títulos Outorgados 11.679 628 5,4% Concluintes da Graduação 5.867 316 5,4% Títulos Outorgados na Pós-Graduação 5.812 156 2,7% Mestrado 3.568 96 2,7% Doutorado 2.244 60 2,7% Graduação Cursos oferecidos 239 23 9,6% Disciplinas ministradas (1º. semestre) 4.616 353 7,6% Inscritos no Vestibular 134.963 7.537 5,6% Vagas no Vestibular 10.557 395 3,7% Pós-Graduação Programas oferecidos 233 12 5,1% Mestrado 309 6 1,9% Doutorado 299 6 2,0% Avaliação CAPES - Nota 7 25 - - Avaliação CAPES - Nota 6 39 1 2,6% Avaliação CAPES - Nota 5 94 3 3,2% Avaliação CAPES - Nota 4 56 2 3,6% Avaliação CAPES - Nota 3 16 - - Servidores 21073 429 2,0% Docentes 5.732 194 3,4% Não-docentes 15.341 235 1,5% Bibliotecas 44 1 2,2% Acervo 7.967.841 254.383 3,2% Circulação do Acervo 4.968.845 89.798 1,8% Freqüência de Usuários das Bibliotecas 4.267.401 3.534 0,08% Fonte: Elaboração da autora a partir de USP em números 2010 - disponível em <http://www.usp.br> e ECA em números 2010 - disponível em <http://www.eca.usp.br> e Sistema Janus. Disponível em https://janus.usp.br>. Acesso em 11.04.2011

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3. A pós-graduação da Escola de Comunicação e Artes22

A ECC passou a marcar o seu pioneirismo, seja na inovadora estrutura curricular, seja na

qualificação especializada do profissional da Comunicação, para o então emergente

mercado de trabalho nas indústrias culturais do país. Desde o início, seu corpo docente

passou a abrigar especialistas das diversas áreas do saber, que se voltavam, então, para o

ensino e a pesquisa nessa nova área do conhecimento a ser consolidada. O corpo docente

perfazia a carreira universitária para poderem ministrar disciplinas e posteriormente

orientar pesquisas, defendeu suas teses em regime de doutorado direto, dentro do modelo

europeu que prevalecia naquele momento, nas universidades brasileiras.

Esses primeiros professores, para poderem ministrar disciplinas e posteriormente orientar

pesquisas, defenderam suas teses em regime de doutorado direto, dentro do modelo

europeu que prevalecia naquele momento, nas universidades brasileiras.

Com isso, a ECA logo avançou para a pós-graduação que, de acordo com as diretrizes da

Reforma Universitária de 1969, passou a ser organizada em dois níveis de estudo, o

mestrado e o doutorado.

22 Texto base extraído do site da Pós-Graduação da ECA-USP, disponível em www.pos.eca.usp.br, acesso em 13 abr. 2011 e de LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Diversidade & interdisciplinaridade: teses e dissertações: Ciências da Comunicação: ECA-USP, 1972-2002. São Paulo: NUPEM, 2003. p. 7-8

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O Programa de Mestrado em Ciências da Comunicação da ECA-USP foi o primeiro da

área de Comunicação do Brasil, criado em 8 de janeiro de 1972. O Programa de Doutorado

em Ciências da Comunicação iniciou suas atividades em 01 de agosto de 1980. Com isso, a

Escola completava o ciclo para a formação acadêmica da área: graduação, mestrado e

doutorado. O mestrado em Artes, também pioneiro, viria a ser implantado em 1974 e o

doutorado em 1980.

O objetivo principal da pós-graduação da ECA-USP tem sido a formação de docentes e

pesquisadores de alto nível tanto no campo da Comunicação como no das Artes, provendo

as instituições com profissionais qualificados tanto para a área acadêmica quanto para o

mercado.

O percurso histórico da pós-graduação tem se caracterizado por movimentos de

reformulação e atualização constantes em consonância com as transformações sociais, quer

sejam de caráter científico nos objetos de estudo, quer sejam de origem cultural ou

tecnológica dos fenômenos e das práticas profissionais.

No contexto de crescimento da pós-graduação em Comunicação e uma maior disputa pelo

capital científico da área houve a necessidade de reformulação no PPGCOM. Esta situação

pode ser expressa por um dos indicadores a respeito dos programas de pós-graduação

brasileiros mais importantes: o sistema de avaliação CAPES.

Este, visto como um modo, ao seu tempo, de criar hierarquias e aumentar a qualidade do

sistema pode ser visto como, em seu produto final – os conceitos dados aos programas –

uma instância central de distinção e de distribuição de capital científico. A importância

desse sistema justificará que dediquemos o próximo capítulo ao exame mais detalhado do

mesmo.

Voltando a falar sobre as mudanças no programa de comunicação da ECA, em 2001 teve

início uma ampla e profunda reestruturação do PPGCOM, sendo finalizada e

implementada em 2006, como já dito anteriormente. Esta reestruturação teve como

objetivos:

ajustar o PPGCOM aos novos desafios e demandas da pós-graduação da área;

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dar continuidade ao seu papel de liderança e de inovação no conjunto da área de

pós-graduação brasileira e internacional;

atender às novas demandas e exigências do sistema nacional de avaliação

implantado pela CAPES, em relação à modernização do sistema de pós-graduação

do país.

O ano de 2006 foi decisivo para a modernização da Pós-Graduação da ECA-USP com a

implantação do novo Programa de Ciências da Comunicação e dos novos Programas de

Artes (Artes Visuais, Artes Cênicas e Música) e em Ciência da Informação (oriundo do

programa de Ciências da Comunicação), totalizando 5 programas novos.

Em 2009 é criado o Programa em Meios e Processos Audiovisuais, também originário do

programa de Ciências da Comunicação.

Desta forma a Pós-Graduação da ECA-USP é composta por 6 (seis) programas de pós-

graduação em níveis de mestrado e doutorado. São eles:

1. Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC);

2. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV);

3. Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS),

4. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM);

5. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI)

6. Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (PPGMPA).

Atualmente a Pós-Graduação da ECA-USP conta com 153 professores orientadores e 656

pós-graduandos, sendo 348 mestrandos e 308 doutorandos.

A diversidade e interdisciplinaridade são as marcas do programa de Pós-Graduação da

ECA-USP, formando mestres e doutores – atuantes nas mais importantes instituições

acadêmicas, das diferentes regiões do país.

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Tabela 4 - Criação dos programas de pós-graduação da ECA-USP

Início PROGRAMAS ECA-USP Nível

1972 Ciências da Comunicação Mestrado

1974 Artes Mestrado

1980 Ciências da Comunicação e Artes Doutorado

2006 Ciências da Comunicação (reestruturado), Ciência da Informação (procedente de Ciências da Comunicação), Artes Visuais (desmembrado de Artes), Artes Cênicas (desmembrado de Artes) e Música (desmembrado de Artes)

Mestrado e Doutorado

2009 Meios e Processos Audiovisuais (procedente de Ciências da Comunicação)

Mestrado e Doutorado

Fonte: Elaboração da autora.

Tabela 5 – Os programas de pós-graduação da ECA em números

Programa Áreas de Concentração

Linhas de Pesquisa

Docentes Discentes Avaliação CAPES

(2007-2009) Mestrado Doutorado Total PPGCOM 3 8 38 100 94 194 5 PPGAC 2 4 23 52 41 93 5 PPGAV 2 4 29 63 59 122 6 PPGMUS 2 2 29 61 55 116 4 PPGCI 1 3 18 41 31 72 5 PPGMPA 1 3 16 31 28 59 4 Total 11 24 153 348 308 656 - Fonte: Elaboração da autora a partir de dados do site www.pos.eca.usp.br e Sistemas Janus da USP, acesso

em 27.04.2011

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Capítulo III

1. O sistema de avaliação da 23

Desde 1976, todos os Programas de Pós-Graduação no Brasil para terem validade nacional,

serem reconhecidos, são submetidos ao Sistema de Avaliação da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES.

Este sistema abrange dois processos conduzidos por comissões de consultores do mais alto

nível, vinculados a instituições das diferentes regiões do país:

- Avaliação dos Programas de Pós-Graduação;

- Avaliação das Propostas de Cursos Novos de Pós-Graduação.

A Avaliação dos Programas de Pós-Graduação compreende a realização do

acompanhamento anual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e

cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os resultados desse

processo, expressos pela atribuição de uma nota na escala de "1" a "7" fundamentam a

deliberação Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC) sobre

quais cursos obterão a renovação de "reconhecimento", a vigorar no triênio subseqüente.

A Avaliação das Propostas de Cursos Novos de Pós-Graduação é parte do rito estabelecido

para a admissão de novos programas e cursos ao SNPG. Ao avaliar as propostas de cursos

novos, a CAPES verifica a qualidade de tais propostas e se elas atendem ao padrão de

qualidade requerido desse nível de formação e encaminha os resultados desse processo

para, nos termos da legislação vigente, fundamentar a deliberação do CNE/ MEC sobre o

reconhecimento de tais cursos e sua incorporação ao SNPG.

23 CAPES. Disponível em < http://www.capes.gov.br/avaliacao/avaliacao-da-pos-graduacao>. Acesso em 23 abr. 2011.

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O SNPG vem cumprindo papel de fundamental importância para o desenvolvimento da

pós-graduação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil, dando cumprimento aos

seguintes objetivos:

- estabelecer o padrão de qualidade exigido dos cursos de mestrado e de

doutorado e identificar os cursos que atendem a tal padrão;

- fundamentar, nos termos da legislação em vigor, os pareceres do Conselho

Nacional de Educação sobre autorização, reconhecimento e renovação de

reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros - exigência

legal para que estes possam expedir diplomas com validade nacional

reconhecida pelo Ministério da Educação, MEC;

- impulsionar a evolução de todo o SNPG, e de cada programa em particular,

antepondo-lhes metas e desafios que expressam os avanços da ciência e

tecnologia na atualidade e o aumento da competência nacional nesse campo;

- contribuir para o aprimoramento de cada programa de pós-graduação,

assegurando-lhe o parecer criterioso de uma comissão de consultores sobre os

pontos fracos e fortes de seu projeto e de seu desempenho e uma referência

sobre o estágio de desenvolvimento em que se encontra;

- contribuir para o aumento da eficiência dos programas no atendimento das

necessidades nacionais e regionais de formação de recursos humanos de alto

nível;

- dotar o país de um eficiente banco de dados sobre a situação e evolução da pós-

graduação;

- oferecer subsídios para a definição da política de desenvolvimento da pós-

graduação e para a fundamentação de decisões sobre as ações de fomento dos

órgãos governamentais na pesquisa e pós-graduação.

Para avaliação, os programas de pós-graduação são agrupados por áreas de conhecimento.

A classificação das Áreas do Conhecimento tem finalidade eminentemente prática,

objetivando proporcionar aos órgãos que atuam em ciência e tecnologia uma maneira ágil e

funcional de agregar suas informações. A classificação permite, primordialmente,

sistematizar informações sobre o desenvolvimento científico e tecnológico, especialmente

aquelas concernentes a projetos de pesquisa e recursos humanos. A classificação das Áreas

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do Conhecimento apresenta uma hierarquização em quatro níveis, que vão do mais geral

aos mais específicos:

- 1º nível - Grande Área: aglomeração de diversas áreas do conhecimento em

virtude da afinidade de seus objetos, métodos cognitivos e recursos

instrumentais refletindo contextos sociopolíticos específicos.

- 2º nível - Área: conjunto de conhecimentos inter-relacionados, coletivamente

construído, reunido segundo a natureza do objeto de investigação com

finalidades de ensino, pesquisa e aplicações práticas.

- 3º nível - Subárea: segmentação da área do conhecimento estabelecida em

função do objeto de estudo e de procedimentos metodológicos reconhecidos e

amplamente utilizados.

- 4º nível - Especialidade: caracterização temática da atividade de pesquisa e

ensino. Uma mesma especialidade pode ser enquadrada em diferentes grandes

áreas, áreas e subáreas.

Nessa classificação os programas de comunicação configuram como:

Tabela 6 – Comunicação na classificação da área de conhecimento 1º. Nível Grande Área Ciências Sociais 2º. Nível Área Ciências Sociais Aplicadas I 3º. Nível Subárea Comunicação 4º. Nível Especialidades Teoria da comunicação

Jornalismo e editoração Teoria e ética do jornalismo Organização editorial de jornais Organização comercial de jornais Jornalismo especializado Rádio e televisão Radiodifusão Videodifusão Relações públicas e propaganda Comunicação visual Programação visual Desenho de produto

Fonte: CAPES. Disponível em <www.capes.gov.br>. Acesso em 13 mai. 2011

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Os critérios da avaliação são definidos pelas comissões de avaliação, por meio de seus

coordenadores de área juntamente com os coordenadores de programa que realizam

reuniões periódicas para constituição e revisão dos procedimentos empregados nas

avaliações. Nessa linha, podemos perceber nessas ações uma autonomização do campo

científico, conforme a discussão de Bourdieu, que é um indicador importante do

amadurecimento do mesmo no Brasil.

A avaliação da CAPES é aceita e considerada como a mais importante referência de

qualidade para os programas de pós-graduação no Brasil.

A partir daí é definido um Documento de Área definindo os parâmetros que nortearão a

avaliação trienal. Atualmente os quesitos e itens avaliados são:

Tabela 7 – Quesitos e itens avaliados pela CAPES

Quesitos Itens 1 – Proposta do Programa 1.1 Coerência, consistência, abrangência e atualização das áreas de

concentração, linhas de pesquisa, projetos em andamento e proposta curricular.

1.2 Planejamento do programa com vistas a seu desenvolvimento futuro, contemplados os desafios internacionais da área na produção do conhecimento, seus propósitos na melhor formação dos seus alunos, suas metas quanto à inserção social mais rica dos seus egressos, conforme os parâmetros da área.

1.3 Infra-estrutura para ensino, pesquisa e, se for o caso, extensão. 1.4 Autoavaliação do programa.

2 – Corpo Docente 2.1 Perfil do corpo docente, consideradas titulação, diversificação na origem de formação, aprimoramento e experiência, e sua compatibilidade e adequação à Proposta do Programa.

2.2 Adequação e dedicação dos docentes permanentes em relação às atividades de pesquisa e de formação do programa.

2.3 Distribuição das atividades de pesquisa e de formação entre os docentes do programa.

2.4 Contribuição dos docentes para atividades de ensino e/ou pesquisa na graduação, com atenção tanto à repercussão que este item pode ter na formação de futuros ingressantes na PG, quanto na formação de profissionais mais capacitados no plano de graduação.

3 – Corpo Discente, Teses e Dissertações

3.1 Quantidade de teses e dissertações defendidas no período da avaliação, em relação ao corpo docente permanente e à

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dimensão do corpo discente. 3.2 Distribuição das orientações das teses e dissertações no

período da avaliação, em relação aos docentes do programa. 3.3 Qualidade das teses e dissertações e da produção de discentes

autores das PG e da graduação (no caso de IES com curso de graduação na área) na produção científica do programa, aferida por publicações e outros indicadores pertinentes à área.

3.4 Eficiência do Programa na formação de mestres e doutores bolsistas: Tempo de formação de mestres e doutores e percentual de bolsistas titulados.

4 – Produção Intelectual 4.1 Publicações qualificadas do Programa por docente permanente.

4.2 Distribuição de publicações qualificadas em relação ao corpo docente permanente do Programa.

4.3 Produção técnica, patentes e outras produções consideradas relevantes.

4.4 Produção artística, nas áreas em que tal tipo de produção for pertinente.

5 – Inserção Social 5.1 Inserção e impacto regional e (ou) nacional do programa. 5.2 Integração e cooperação com outros programas e centros de

pesquisa e desenvolvimento profissional relacionados à área de conhecimento do programa, com vistas ao desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação.

5.3 Visibilidade ou transparência dada pelo programa à sua atuação.

Fonte: CAPES. Disponível em <www.capes.gov.br>. Acesso em 15 mai. 2011

Tabela 8 – Significado das notas atribuídas pela CAPES

1 e 2 desempenho fraco, abaixo do padrão mínimo de qualidade requerido. Os programas com esse nível de desempenho não obtêm a renovação do reconhecimento de seus cursos de mestrado e doutorado.

3 desempenho regular, atende o padrão mínimo de qualidade exigido. 4 bom desempenho.

5 alto nível de desempenho, sendo esse o maior conceito admitido para programas que ofereçam apenas mestrado.

6 e 7 exclusivas para programas que ofereçam doutorado com nível de excelência, desempenho equivalente ao dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa, alto nível de inserção internacional, grande capacidade de nucleação de novos grupos de pesquisa e ensino e cujo corpo docente desempenhe papel de liderança e representatividade na respectiva comunidade.

Fonte: CAPES. Disponível em <www.capes.gov.br>. Acesso em 13 mai. 2011

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A nota atribuída ao programa vigora até a homologação pelo MEC dos resultados da

próxima avaliação trienal e aplica-se apenas aos cursos de mestrado e doutorado já

devidamente recomendados pela CAPES. Nos termos da legislação vigente, os programas

que obtiverem nota igual ou superior a 3 obtêm junto ao CNE/MEC a renovação do

reconhecimento dos cursos por eles oferecidos para o triênio subseqüente; os demais

deixam de ser oficialmente reconhecidos. Os alunos destes têm, porém, assegurado o

direito - adquirido quando foram matriculados em cursos devidamente credenciados - de

reconhecimento da validade nacional de seus diplomas.

Tabela 9 – Notas atribuídas aos programas de comunicação

nos quatro últimos triênios

Instituição (criação)

Criação

Avaliação 2001

(1998-2000)

Avaliação 2004

(2001-2003)

Avaliação 2007

(2004-2006)

Avaliação 2010

(2007-2009)

1. UFRJ 1972 4 4 5 6 2. USP-Com 1972 3 3 4 5 3. PUC-SP 197024 4 4 4 5 4. UFBA 1990 5 5 4 5 5. PUC-RS 1994 4 5 5 5 6. UNISINOS 1994 5 5 5 5 7. UFMG 1995 5 5 5 5 8. UFRGS 1995 5 4 4 5 9. UFF 1997 5 5 5 5 10. UMESP 1978 4 4 4 4 11. UNB 1978 4 5 4 4 12. UNICAMP 1986 4 4 4 4 13. UNIP 1997 3 3 3 4 14. UTP 1999 3 3 4 4 15. UFPE 2001 - 4 4 4 16. UNESP 2001 - 3 3 4 17. UERJ 2002 - 3 3 4 18. PUC-RJ 2003 - 3 4 4 19. UNIMAR n/c - 3 3 Descr. 20. ESPM 2006 - - 3 4

24 Tido como de Teoria Literária e Literatura, só a partir de 1980 é arrolado como curso de Comunicação pela CAPES. Nota de LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em Comunicação. 9ª. ed. São Paulo: Loyola, 2009.p. 78

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21. UFSM 2006 - - 3 4 22. PUC-MG 2007 - - - 4 23. UFSC 2007 - - - 4 24. USP- MPA 2009 - - - 4 25. FCL 2006 2 Descr. Descr. 3 26. UAM 2006 - - 3 3 27. UNISO 2006 - - 3 3 28. UFG 2007 - - - 3 29. UFJF 2007 - - - 3 30. UCB 2008 - - - 3 31. UEL 2008 - - - 3 32. UFAM 2008 - - - 3 33. UFC 2008 - - - 3 34. UFPB 2008 - - - 3 35. UFSCar 2008 - - - 3 36. UFRN 2009 - - - 3 37. USCS 2009 - - - 3 38. UFMS 2010 - - - 3 39. UFPA 2010 - - - 3 40. UFPI 2010 - - - 3 41. UFPR 2010 - - - 3

Fonte: Elaboração da autora a partir de dados da CAPES - disponível em <www.capes.gov.br>. Acesso em 13 mai. 2011

A nota recebida reflete o desempenho e sucesso do programa, quanto melhor avaliado

mais benefícios recebem, tais como, bolsas de estudos para os pós-graduandos,

recursos para pesquisa e infra-estrutura, além de conferir aos seus atores autoridade e

legitimidade no campo científico. Em outras palavras, o reconhecimento da qualidade

dá acesso a benefícios em termos do capital científico, distribuído entre o grupo,

também de um modo bastante tangível.

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2. O cenário competitivo dos programas de pós-graduação em

comunicação no Brasil

Atualmente são 40 programas de Pós-Graduação na área de Comunicação no Brasil,

reconhecidos e recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior – CAPES.

Interessante retomar a observação de Capparelli, datada de 1998, mas que continua

atualíssima

A área da pós-graduação em Comunicação no Brasil está passando por mudanças poucas vezes observadas antes. Mestrados e doutorados antigos, alguns deles com mais de 20 anos, sofrem reestruturações profundas; cursos novos são criados; parcerias interinstitucionais, testadas; e, pela primeira vez assiste-se a uma descentralização geográfica dos programas de pós-graduação stricto sensu no país25.

Ao analisarmos as características dos programas de pós-graduação em Comunicação no

Brasil, destacamos:

Tabela 10 - Dependência financeira

Caráter Programas (%) Pública 27 67,5% Privada 13 32,5% Total 40 100%

dos 40 programas, 67,5% são de caráter público, portanto gratuitos e vinculados

a universidades federais, estaduais e municipais, enquanto 32,5% são de caráter

privado;

25 CAPPARELLI, Sérgio e STUMPF, Ida. A constituição da comunicação como campo de conhecimento multidisciplinar. I Conferência Científica da UFRGS. Porto Alegre. 1998, p. 3.

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Tabela 11 - Distribuição regional

Região Programas (%) Sudeste 20 50% Sul 8 20% Nordeste 6 15% Centro-oeste 4 10% Norte 2 5% Total 40 100%

em termos de distribuição regional, a maior concentração do programas se dá na

região sudeste, respondendo por 50% , seguida da região sul com 20%, a região

nordeste com 15%, a região centro-oeste com 10% e a região norte com 5%;

Tabela 12 - Criação

Criação Programas % 1971 a 1980 5 12,5% 1981 a 1990 2 5% 1991 a 2000 7 17,5% 2001 a 2010 26 65% Total 40 100%

os dados mostram que na última década houve um “boom” na criação de novos

programas, representando 65% do total, esta constatação nos remete à evolução

do campo científico e à competição que se instala de acordo com o aumento da

concorrência científica;

Tabela 13 - Nível de orientação

Nível Programas % Mestrado 25 62,5% Mestrado e Doutorado 15 37,5% Total 40 100%

dos 40 programas, 15 oferecem cursos em nível de mestrado e doutorado e 25

apenas em nível de mestrado, o que se explica pelo dado anteriormente exposto

de muitos programas criados em data recente;

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Tabela 14 - Corpo docente

Quantidade de Docentes Programas % 1-10 21 52,5% 11-20 17 42,5% 21-30 (UFRJ = 24) 01 2,5% 31-40 - - 41-50 (USP-Com = 42) 01 2,5% Total 40 100%

a quantidade de docentes permanentes dos programas reflete de certa forma a

dimensão dos mesmos;

Tabela 15 - Avaliação CAPES – triênio 2007-2009

Nota Avaliação CAPES Programas % 3 17 42,5% 4 14 35% 5 (incluso PPGCOM-USP) 8 20% 6 (UFRJ) 1 2,5% Total 40 100%

como já foi dito, todos os programas são avaliados e os resultados desse

processo são expressos pela atribuição de uma nota na escala de "1" a "7".

As características mais marcantes da pós-graduação em Comunicação são:

o forte crescimento na última década, quando passou de 14 para 40 cursos;

a regionalização através da constituição de diversos pólos geograficamente

disseminados; e

o crescimento do número de instituições privadas.

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Tabela 16 – Programas de pós-graduação em comunicação no Brasil Instituição

Cidade Caráter Programa Nível -

Início Áreas

Concen-tração

Linhas Pesquisa

Docen-tes

Nota CAPES (2007-2009)

1. UFRJ Rio de Janeiro Pública Comunicação ME – 1972 DO – 1983

1 2 24 6

2. USP-Com São Paulo Pública Ciências da Comunicação ME – 1972 DO – 1980

3 8 42 5

3. PUC-RS Porto Alegre Privada (confessional)

Comunicação Social ME – 1994 DO – 1999

1 2 20 5

4. PUC-SP São Paulo Privada (confessional)

Comunicação e Semiótica ME – 1970 DO – 1978

1 3 18 5

5. UFBA Salvador Pública Comunicação e Cultura Contemporânea

ME – 1990 DO – 1995

1 3 16 5

6. UFF Niterói Pública Comunicação ME – 1997 DO – 2002

1 3 14 5

7. UFMG Belo Horizonte Pública Comunicação Social ME – 1995 DO – 2004

1 2 10 5

8. UFRGS Porto Alegre Pública Comunicação e Informação ME – 1995 DO – 2000

1 4 16 5

9. UNISINOS São Leopoldo Privada Ciências da Comunicação ME - 1994 DO – 1999

1 4 18 5

10. ESPM São Paulo Privada Comunicação e Práticas de Consumo

ME – 2006 1 2 9 4

11. PUC-MG Belo Horizonte Privada (confessional)

Comunicação Social: interações midiáticas

ME – 2007 1 2 9 4

12. PUC-RJ Rio de Janeiro Privada (confessional)

Comunicação Social ME – 2003 1 2 10 4

13. UERJ Rio de Janeiro Pública Comunicação ME – 2002 1 2 11 4

14. UFPE Recife Pública Comunicação ME – 2001 DO – 2007

1 3 14 4

15. UFSC Florianópolis Pública Jornalismo ME – 2007 1 2 10 4

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Instituição

Cidade Caráter Programa Nível – Início

Áreas Concen-tração

Linhas Pesquisa

Docen-tes

Nota CAPES (2007-2009)

16. UFSM Santa Maria Pública Comunicação ME – 2006 1 2 9 4 17. UMESP São Bernardo do

Campo Privada Comunicação Social ME – 1978

DO – 1995 1 3 12 4

18. UNB Brasília Pública Comunicação ME – 1974 DO – 2003

1 4 16 4

19. UNESP Bauru Pública Comunicação ME – 2001 1 3 14 4 20. UNICAMP Campinas Pública Multimeios ME – 1986

DO – 1998 1 1 8 4

21. UNIP São Paulo Privada Comunicação ME – 1997 1 2 11 4 22. USP-MPA São Paulo Pública Meios e Processos

Audiovisuais ME – 2009 DO – 2009

1 3 16 4

23. UTP Curitiba Privada Comunicação e Linguagens ME – 1999 DO – 2009

1 2 11 4

24. FCL São Paulo Privada Comunicação ME – 2006 1 2 10 3 25. UAM São Paulo Privada Comunicação ME – 2006 1 2 10 3 26. UCB Brasília Privada

(confessional) Comunicação ME – 2008 1 2 7 3

27. UEL Londrina Pública Comunicação ME – 2008 1 2 6 3 28. UFAM Manaus Pública Ciências da Comunicação ME – 2008 1 2 11 3 29. UFC Fortaleza Pública Comunicação ME – 2008 1 2 10 3 30. UFG Goiânia Pública Comunicação ME – 2007 1 2 10 3 31. UFJF Juiz de Fora Pública Comunicação ME – 2007 1 2 12 3 32. UFPA Belém do Pará Pública Comunicação, Cultura e

Amazônia

ME – 2010 1 2 7 3

33. UFPB João Pessoa Pública Comunicação e Culturas Midiáticas

ME – 2008 1 2 8 3

34. UFPR Curitiba Pública Comunicação ME – 2010 1 2 8 3 35. UFRN Natal Pública Estudos da Mídia ME – 2009 1 2 8 3

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Instituição

Cidade Caráter Programa Nível – Início

Áreas Concen-tração

Linhas Pesquisa

Docen-tes

Nota CAPES (2007-2009)

36. UFSCar São Carlos Pública Imagem e Som ME – 2008 1 2 8 3 37. UNISO Sorocaba Privada

(comunitária) Comunicação e Cultura ME – 2006 1 2 10 3

38. USCS São Caetano do Sul

Pública Comunicação ME – 2009 1 2 8 3

39. UFMS Campo Grande Pública Comunicação ME – 2010 1 2 11 3 40. UFPI Teresina Pública Comunicação ME – 2010 1 2 8 3

Fonte: Elaboração da autora a partir de dados da Capes - disponível em <http://www.capes.gov.br/component/content/article/44-avaliacao/4355-planilhas-comparativas-da-avaliacao-trienal-2010> Acesso de 22.04.2011

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3. O programa de pós-graduação em Ciências da Comunicação da

USP26

O Programa de Mestrado em Ciências da Comunicação da USP-PPGCOM foi o primeiro

da área de Comunicação do Brasil, criado em 8 de janeiro de 1972. O Programa de

Doutorado em Ciências da Comunicação iniciou suas atividades em 01 de agosto de 1980.

Com isso, como já dito, a Escola de Comunicações e Artes completava o ciclo para a

formação acadêmica da área: graduação, mestrado e doutorado. O mestrado em Artes,

também pioneiro, viria a ser implantado em 1974 e o doutorado em 1980.

Desde seu início, uma das diretrizes mais promissoras da Pós-Graduação em Ciências da

Comunicação da USP vem sendo o permanente trabalho de reformulação e atualização do

perfil do curso oferecido, tendo em vista os constantes desafios provocados pela

diversidade temática e pela abordagem interdisciplinar de seus objetos de estudo.

Destaque-se que estes objetos estão em permanente interação com os interesses e

demandas da sociedade. Essa diversidade encaminhou-se no sentido da criação de Áreas de

Concentração e Linhas de Pesquisa que começaram a ser delineadas ainda em um período

marcado pela ausência de uma visão mais abrangente da Comunicação e até de uma

nomenclatura científica minimamente firmada.

Já no final da década de 80, o curso de pós-graduação em Ciências da Comunicação da

USP era responsável por 48% da pesquisa acadêmica (mestrado e doutorado) de

Comunicação do país. Esse foi um dos indicadores que levou as agências de fomento à

pesquisa, como CAPES, CNPq e FAPESP, ao reconhecimento da área de Comunicação

26 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Diversidade & interdisciplinaridade: teses e dissertações: Ciências da Comunicação: ECA-USP, 1972-2002. São Paulo: NUPEM, 2003. p. 7-8 e página do PPGCOM-USP no site www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/ciencias_comunicacao. Acesso em 19 Mar. 2011.

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com área de pesquisa autônoma, deixando de ser, como até então, uma “especialidade da

Sociologia”. O estatuto científico do campo da Comunicação estava garantido.

Outra contribuição a ser registrada é aquela que diz respeito à diversidade tanto dos

assuntos/temas investigados quanto de seu tratamento teórico-metodológico inovador ou

exploratório. O Programa de Ciências da Comunicação da USP adotou também

pioneiramente a pesquisa elaborada através de linguagens não-verbais, dissertações e teses

em forma de vídeo, filmes, CD-ROM etc. – como suportes de produtos de elaboração

científica e discurso acadêmico.

A diversidade temática e teórico-metodológica foi e é garantida e completada por outro

fator bastante relevante: o da diversidade de origem de seus alunos. A Pós-Graduação em

Ciências da Comunicação, desde o início até os dias atuais, tem se caracterizado por ser

um curso para onde acorrem estudantes de todo o país, do exterior, principalmente de

países da América Latina. A característica de ser um programa aglutinador da pluralidade

de interesses e experiências faz dele uma matriz de estudos que dá origem e potencializa os

esforços regionais no ensino e pesquisa de Comunicação.

O papel da incubadora de novos cursos de pós-graduação e da revitalização de antigos tem

sido uma das marcas distintivas da história da Pós-Graduação em Ciências da

Comunicação da USP: é referência nacional e internacional e fomenta a pesquisa em

regiões que até então pouco ou nada tinham de conhecimento produzido na área.

3.1. Histórias que não constam dos históricos

Até o ano de 1997 o PPGCOM-USP tinha nota 5 junto a Capes, o que representava um

alto nível de desempenho. Em 2001 foram divulgados os resultados da Avaliação da

CAPES do triênio 1998-2000, onde foi atribuído o conceito 3 para o Programa de

Ciências da Comunicação, significando desempenho regular e que o programa atendia

ao padrão mínimo de qualidade exigido. Essas notas desestruturaram toda a

comunidade ecana. Passado um mês do ocorrido, um incêndio de grandes proporções

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no Prédio Central da ECA destrói vários departamentos, vários acervos e muitos

documentos.

Mas, o compromisso, a fidelidade, a confiança dos envolvidos em todos estes

acontecimentos alimentavam a vontade de continuar, apesar de todos os obstáculos, a

buscar a excelência, demonstrar a capacidade do programa voltar ao centro do campo

científico, numa Universidade que espera isso de seus pesquisadores.

E foi nesse clima de acreditar e “renascendo das cinzas” que a Presidente da CPG e

também Coordenadora do Programa de Ciências da Comunicação, Profa. Dra. Maria

Immacolata Vassallo de Lopes, objetivando uma melhor qualidade no curso, refletida

na avaliação da CAPES, constitui grupos de trabalho entre os docentes para dar início

a uma grande reestruturação do Programa, no sentido de ajustá-lo aos novos desafios e

demandas da pós-graduação da área e, principalmente, com o objetivo de dar

continuidade ao seu papel de liderança e de inovação no conjunto da área de pós-

graduação brasileira e internacional na área da Comunicação.

No entanto este trabalho era muito complexo, pois a dimensão do programa era

demasiadamente grande, eram 116 professores orientadores e 758 alunos (hoje – 2011

a Pós-Graduação da ECA com seus 6 programas totaliza 656 discentes), e se em

quantidade era um programa gigantesco, o maior programa de comunicação do país e

talvez do mundo, no quesito qualidade as perdas eram proporcionais ao seu tamanho.

Apesar de já se visualizar uma melhor estrutura para o Programa, ainda levaria alguns

anos para implementá-la integralmente. E foi com muito pesar que em outubro de

2004, o Programa recebeu novamente o conceito 3 na Avaliação CAPES referente ao

triênio 2001-2003.

A despeito dos esforços para equalização do problema qualidade versus quantidade,

além da melhor adequação de áreas de concentração e linhas de pesquisa, o processo

de reestruturação ainda encontrava todos os obstáculos burocráticos para sua

implantação.

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Fruto de um esforço coletivo de quase 5 anos, em 2006 foi finalizada a fase de

planejamento, encaminhamento e aprovação de todos esses projetos de reestruturação

e que culminou com uma ampla e radical mudança da pós-graduação como nunca

havia acontecido em seus 34 anos de existência.

O início dessa reestruturação foi desvincular as áreas de concentração das estruturas

departamentais da ECA, tradicionalmente e, de maneira geral, muito mais voltadas ao

âmbito do ensino das profissões, de modo que o PPGCOM era formado por 5 áreas de

concentração:

1) Ciências da Informação e Documentação;

2) Comunicação;

3) Jornalismo;

4) Relações Públicas, Propaganda e Turismo;

5) Comunicação e Estética do Audiovisual.

A reestruturação do programa de Ciências da Comunicação criou 3 novas áreas,

extinguindo as 5 áreas anteriores.

1) Teoria e pesquisa em comunicação;

2) Estudos dos meios e da produção mediática;

3) Interfaces sociais da comunicação.

A área de Ciências da Informação e Documentação foi extinta e organizada em um

novo programa, de Ciência da Informação.

A área de Turismo também foi extinta e começou a ser elaborada como programa de

Turismo, no entanto devido à aposentadoria da maioria de seus docentes, não foi

organizada.

Tendo em vista sua dimensão e suas especificidades, o PPGCOM organizou uma

Comissão Assessora Pós-Graduação (CAPG) composta pelo coordenador e mais dois

membros, além de uma secretária. Também foi organizado um espaço físico distinto

da secretaria geral de pós, no sentido de dar mais autonomia e identidade ao

PPGCOM.

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Portanto a reestruturação da Pós-Graduação da ECA em 2006 pode ser vista um marco

histórico.

Em outubro de 2007, com apenas um ano de funcionamento da nova estrutura, o

PPGCOM, teve seu conceito na Avaliação da CAPES do triênio 2004-2006, elevado

para 4, o que foi motivo de orgulho e consciência do trabalho bem feito.

No ano de 2008 a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP aprovou um novo regimento

de pós-graduação no qual oficializou a Comissão Coordenadora de Programa (CCP),

nesse sentido podemos afirmar que o PPGCOM se antecipou e já funcionava com esta

estrutura desde 2006.

Finalmente, em 2010, o Programa recebe nota 5 na Avaliação da Capes do triênio

2007-2009, reconquistando seu lugar dentre os melhores Programas do país. O

horizonte, porém, é de contínuo aperfeiçoamento em busca da excelência, para qual os

resultados de nossa investigação poderão, espera-se, contribuir.

3.2. O PPGCOM-USP institucional

O PPGCOM está submetido regimentalmente à Comissão de Pós-Graduação da ECA

(Normas da CPG) e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP (Regimento de Pós-

Graduação), e também possui suas próprias normas (Normas específicas do

PPGCOM).

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No ano de 2009, com a criação do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos

Audiovisuais, oriundo do PPGCOM, uma nova readequação se fez necessária, não

houve mudanças nas Áreas de Concentração, mas foram substituídas duas linhas de

pesquisa na Área de concentração Estudos dos Meios e Produção Mediática.

A seguir, apresentamos a estrutura do PPGCOM-USP vigente a partir de 2011

Tabela 17 - Estrutura do PPGCOM-USP em 2011 Áreas de

Concentração Linhas de Pesquisa e Docentes Orientadores

I - Teoria e Pesquisa em Comunicação

1) Epistemologia, Teoria e Metodologia da Comunicação Profs(as). Drs(as). Ciro Juvenal Rodrigues Marcondes Filho Cremilda Celeste de Araujo Medina Irene de Araujo Machado Maria Immacolata Vassallo de Lopes Roseli Fígaro Sandra Lucia Amaral de Assis Reimão 2)Linguagens e Estéticas da Comunicação Profs(as). Drs(as). Boris Kossoy Maria Cristina Palma Mungioli Mayra Rodrigues Gomes Terezinha Fátima Tagé Dias Fernandes Victor Aquino Gomes Correa

PRPG

Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP

CPG/ECA

Comissão de Pós-Graduação da ECA

PPGCOM Ciências da

Comunicação

PPGCI Ciência da

Informação

PPGAV Artes Visuais

PPGAC Artes Cênicas

PPGMUS Música

PPGMPA Meios e Processos

Audiovisuais

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3)Comunicação e Ambiências em Redes Digitais Profs(as). Drs(as). Elizabeth Nicolau Saad Corrêa Massimo Di Felice Sérgio Bairon Blanco Sant´Anna

II - Estudos dos Meios e da Produção Mediática

1)Informação e Mediações nas Práticas Sociais Profs(as). Drs(as). Alice Mitika Koshiyama Eugênio Bucci Luciano Victor Barros Maluly Maria Otília Bocchini 2)Consumo e Usos Midiáticos nas Práticas Sociais Profs(as). Drs(as). Eneus Trindade Barreto Filho Leandro Leonardo Batista Maria Clotilde Perez Rodrigues Bairon Sant´Anna Sandra Maria Ribeiro de Souza

III - Interfaces Sociais da Comunicação

1) Comunicação, Cultura e Cidadania Profs(as). Drs(as). Celso Frederico Maria Cristina Castilho Costa Marília Pacheco Fiorillo Waldenyr Caldas Waldomiro de Castro Santos Vergueiro 2) Políticas e Estratégias de Comunicação Profs(as). Drs(as). Fredric Michael Litto Heloiza Helena Gomes de Matos Margarida Maria Krohling Kunsch Maria Aparecida Ferrari Maria Schuler Mitsuru Higuchi Yanaze Paulo Roberto Nassar de Oliveira 3) Comunicação e Educação Profs(as). Drs(as). Adilson Odair Citelli Brasilina Passarelli Lucilene Cury Ismar de Oliveira Soares

Fonte: Elaboração da autora a partir de dados do site da pós-graduação da ECA/USP, disponível em <site www.pos.eca.usp.br>, acesso em 21.04.2011

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Tabela 18 - Estrutura acadêmica

Áreas de concentração 03 Linhas de Pesquisa 08 Disciplinas 45 Projetos de Pesquisa de docentes 41

Fonte: Site Pós-Graduação ECA. <www.eca.pos.usp.br> . Acesso em 24 abr. 2011

Tabela 19 – Recursos Humanos

Docentes 38 Mestrandos 100 Doutorandos 94 Alunos especiais (1º. e 2º. semestres) 250 Funcionárias 02 Total 484

Fonte: Sistemas USP <www.janus.usp.br> . Acesso em 24 abr. 2011

Tabela 20 – Concluintes e Títulos Outorgados

Período Mestrado Doutorado Total de Títulos 1975- 1980 25 - 25 1981-1990 141 76 217 1991-2000 338 196 534 2001-2010 694 411 1.105 Total 1.198 683 1.881

Fonte: Sistemas USP <www.janus.usp.br> . Acesso em 24 abr. 2011

Tabela 21 – Comparativo PPGCOM – USP - ECA

USP ECA PPGCOM PPGCOM % USP

PPGCOM % ECA

Alunos Matriculados 25.591 656 194 0,75% 29,6% Mestrado 13.127 348 100 0,76% 28,7% Doutorado 12.464 308 94 0,75% 30,5% Especiais 5.672 723 250 4,40% 34,6% Títulos Outorgados 5.812 156 63 1,08% 40,4% Mestrado 3.568 96 37 1,04% 38,5% Doutorado 2.244 60 26 1,16% 43,3% Avaliação CAPES - Nota 5 94 3 1 1,06% 33,3% Docentes 5.732 194 38 0,66% 19,6% Técnicos-Administrativos 15.341 235 2 0,01% 0,85%

Fonte: USP em números 2010. Disponível em <http://www.usp.br/internacional/home.php?id_cont=28&idioma=pt>; ECA em números 2010. Disponível em <http://www.eca.usp.br/organiza/diretori/ecaemnumeros/> e Sistema Janus. Disponível em <https://janus.usp.br>. Acesso em 11.04.2011

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66

a tabela 21 ao comparar o PPGCOM no contexto da Pós-Graduação da ECA, com

seus 6 programas, revela em termos quantitativos sua liderança também nesta esfera

institucional. Conferindo-lhe o título de maior programa de pós-graduação da ECA.

Esses diagnósticos mostrados sobre o PPGCOM da ECA atual e na sua comparação

no tempo e com os demais programas em comunicação da área evidenciam desafios

para a gestão da comunicação. O fato de ser um programa “fundador” da área,

possuindo por isso certa tradição e responsabilidade, assim como congregar um

número relativamente elevado de docentes e discentes, são aspectos, ao mesmo

tempo, positivos e que dão maior complexidade à tarefa de aperfeiçoamentos

qualitativos.

Nessa perspectiva, o recurso à investigação empírica é um elemento importante, ao

oferecer dados e conhecimentos sobre o assunto. O que se descobrir poderá ajudar

na formulação de reflexões e planos, em consonância com os objetivos do

PPGCOM, mais realistas e viáveis, pois partem de uma melhor compreensão sobre

o real.

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67

Capitulo IV

1. Metodologia de Pesquisa

A metodologia utilizada neste trabalho foi o estudo caso, buscando entender o PPGCOM-

USP levando em conta seu contexto e sua complexidade.

YIN afirma que:

(...) o estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas27.

Optamos por esta metodologia, pois além de oferecer várias oportunidades para o Gestor

de Comunicação possibilitando o estudo de problemas de difícil abordagem por outros

métodos e pela dificuldade de se isolá-los de seu contexto cotidiano, mostrou-se adequada

para finalidade da pesquisa, ou seja, um plano de intervenção de comunicação na própria

instituição estudada.

27 YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman Companhia Editora. 3ª Ed. 2005. p. 23.

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2. Método de Pesquisa

A partir da preocupação em identificar os canais de comunicação disponíveis e utilizados

pelo PPGCOM-USP, optamos por dois levantamentos empíricos para obtenção dos dados

objetivando conhecer os públicos atendidos e seus hábitos relacionados ao uso dos recursos

comunicacionais oferecidos institucionalmente. Pode-se dizer que, no modelo do “estudo

de caso”, tais dados somam-se aos conhecimentos adquiridos nas descrições históricas e de

diagnóstico, feitas nos capítulos anteriores, dando feição ao trabalho integral de pesquisa.

A primeira pesquisa empírica (parte I) consistiu num monitoramento diário, no período de

setembro de 2010 a março de 2011, totalizando 210 dias, dos acessos no site/página do

PPGCOM-USP em seus diversos links. Para uma melhor visualização, fez-se a opção de

tabulação com dados quinzenais, aplicando-se métodos de tratamento estatístico e métodos

quantitativos. Esperamos que os dados favoreçam a compreensão sobre dimensões

quantitativas da comunicação digital do programa.

A segunda pesquisa (parte II), mais direcionada, foi em forma de um questionário on-line,

disponível no site/página do PPGCOM-USP, encaminhado a três categorias de público do

PPGCOM, a saber: a) 38 docentes; b) 137 discentes e; c) 63 egressos de 2010, totalizando

um universo de 238 pessoas. O questionário continha perguntas fechadas e abertas o que

possibilitou a combinação de métodos quantitativos e qualitativos.

O questionário foi elaborado de modo a consolidar certas preocupações práticas e teóricas

(sobre o grau de dialogicidade percebido, por exemplo), em relação ao serviço oferecido.

O link do questionário foi encaminhado no dia 30 de março de 2011, juntamente com a

seguinte mensagem da coordenadora do PPGCOM-USP, Profa. Dra. Maria Immacolata

Vassalo de Lopes: A secretária do nosso Programa, Rosely, está em fase final do Curso de Especialização em Gestão da Comunicação: Políticas, Educação e Cultura do CCA-ECA-USP, sob a orientação do Prof. Dr. Richard Romancini. O trabalho final desse curso é a apresentação e defesa de um Projeto de Intervenção de Comunicação, sendo seu objeto a intervenção na comunicação institucional do PPGCOM-USP. O objetivo é, após identificar e compreender o funcionamento dos atuais canais de comunicação do Programa, propor um plano de mudanças em todo o

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processo visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados aos seus docentes e estudantes. Sendo (ou tendo sido) participante dessa comunicação, venho solicitar a sua contribuição para esse projeto, respondendo a um breve questionário que se encontra no endereço: http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/ciencias_comunicacao. Todos os que estamos empenhados em melhorar o programa, sabemos que projetos como esse são muito importantes, ainda mais em se tratando da secretária Rosely que decidiu realizar um projeto para melhoria do nosso Programa. O tempo de preenchimento do questionário é cerca de 5 minutos e sua identificação é apenas para impedir a duplicação de dados. Garante-se o completo anonimato das respostas. O prazo para responder ao questionário é até 10 de abril.

Agradecendo antecipadamente sua contribuição, despeço-me.

O gráfico abaixo mostra o número total de respondentes.

O prazo para retorno das respostas foi ampliado para o dia 15 de abril de 2011 e ao final,

tivemos 130 retornos, o que representa 54,62% do universo investigado. Sendo 72%

respostas de alunos regulares, 14% de docentes e o 14% de egressos 2010.

O total de respostas foi muito próximo do número que garantia uma representatividade

estatística a partir de um parâmetro de erro, bastante usual, de mais ou menos 5% (nesse

caso a amostra teria de que ser de 149 indivíduos). No entanto, pode-se considerar que,

0

50

100

150

200

250

Total pesquisado Total respondente (54,62%)

Gráfico 1 - Universo Investigado

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70

para uma margem de erro de 6% (para mais ou menos), a amostra (como um todo) possui

representatividade (neste caso, o número amostral é de 128)28.

28 A fórmula amostral utilizada foi a seguinte:

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Análise de Dados 3. PARTE I – Monitoramento de acessos no site/página do PPGCOM-USP

http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/ciencias_comunicacao

Links monitorados

- Coordenação do PPGCOM

- Organização do PPGCOM

o Áreas de Concentração

o Linhas de Pesquisa

o Docentes

- Bolsas de Estudo - inserido em 29.12.2010

- CAPES – inserido em 28.09.2010

- Calendários

- Eventos do PPGCOM

- Formulários PPGCOM

- Processo Seletivo

o Alunos Regulares

Edital Mestrado 2011

Edital Doutorado 2011

Normas Projeto de Pesquisa

o Alunos Especiais

- Publicações do PPGCOM

- Regimento, Normas e Diretrizes para Teses e Dissertações

- Tutorial Currículo Lattes – inserido em 03.01.2011

- Ouvidoria PPGCOM

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percebe-se que os maiores números de acessos ao site/página do PPGCOM são relacionados à “página inicial” e o link “disciplinas”,

superando os 25.000 acessos cada um no período coletado e, se somados, representam 38% do total de acessos. A média de acessos

diários na “página inicial-processo seletivo foi 145, e 122 foi a média de acessos diários no link “disciplinas”.

*Obs.: durante o período do monitoramento do site, a página inicial onde consta o histórico do PPGCOM-USP, foi substituída por informações do processo seletivo de alunos regulares 2010-2011.

30429

25715

14966 14831 12324

7542 7190 6669 5920 4573 3151 3095 2413 2111 2084 1588 1522 867 610 480 139

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

Gráfico 2 - Acessos no Site/página

21/09/10

30/09/10

15/10/10

29/10/10

16/11/10

30/11/10

15/12/10

31/12/10

14/01/11

31/01/11

14/02/11

28/02/11

10/03/11

21/03/11

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o gráfico acima apresenta apenas as páginas que tiveram mais que 5 mil acessos no período, sendo que o link menos acessado

“alunos especiais” teve a média de 28 acessos diários e o link mais acessado “alunos regulares” teve a média de 145 acessos

diários.

30429

25715

14966 14831

12324

7542 7190 6669 5920

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

Gráfico 3 - Links mais acessados

21/09/10

30/09/10

15/10/10

29/10/10

16/11/10

30/11/10

15/12/10

31/12/10

14/01/11

31/01/11

14/02/11

28/02/11

10/03/11

21/03/11

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este gráfico merece um destaque especial, refere-se ao sub-link de “processos seletivos”, percebe-se que após a publicação do edital para

ingresso, em meados de setembro, estes são os links “campeões de acesso”, chegando a média de 60 acessos diários no edital de mestrado e

35 acessos diários no edital de doutorado. O edital de alunos especiais teve uma média de 28 acessos diários. Observe-se que antes da

publicação desses editais na internet, grande parte da demanda por informações desse tipo ocorria diretamente na secretaria, tanto

presencialmente como por telefone.

12324

7542

5920

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

EDITAL MESTRADO (2010-2011) EDITAL DOUTORADO (2010-2011) ALUNOS ESPECIAIS (1o./2011)

Gráfico 4 - Processos Seletivos

21/09/10

30/09/10

15/10/10

29/10/10

16/11/10

30/11/10

15/12/10

31/12/10

14/01/11

31/01/11

14/02/11

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Este gráfico mostra as páginas menos acessadas, menos de 5.000 acessos no período. O link “coordenação” obteve a média de 21

acessos diários e o link da “ouvidoria”, média de 2,2 acessos diários. *Obs.: os links “tutorial lattes” e “bolsas” não serão levados em conta, tendo em vista de que foram inseridos posteriormente, impossibilitando análise.

4573

3151 3095

2413

2111 2084

1588 1522

867 610

480 139

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Gráfico 5 - Links menos acessados

21/09/10

30/09/10

15/10/10

29/10/10

16/11/10

30/11/10

15/12/10

31/12/10

14/01/11

31/01/11

14/02/11

28/02/11

10/03/11

21/03/11

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4. Parte II - Questionário

Pesquisa sobre a Comunicação do PPGCOM-USP A - Dados pessoais

1. Nome: * Os dados serão anônimos, esta identificação objetiva apenas a não duplicação de dados 2. Categoria:

Por categoria tivemos o retorno de 19 docentes, o que representa exatamente metade,

50% do corpo docente atual do PPGCOM, dos discentes foram 94 retornos de 137,

representando 69% desta categoria e, dos 63 egressos de 2010, obtivemos apenas 17

retornos, que representa 27% da categoria.

Para o baixo retorno por parte dos egressos podemos formular as seguintes hipóteses

(que necessitariam de outra pesquisa para comprová-las ou refutá-las):

- mudança de endereço eletrônico;

- falta de interesse tendo em vista que não participa mais do PPGCOM;

- falta de tempo.

Docentes (50%) Discentes (69%) Egressos 2010 (27%)

38

137

63

19

94

17

Gráfico 6 - Categoria dos Pesquisados

Pesquisados Respondentes

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A terceira questão indagava sobre a obtenção de informações, com a seguinte formulação:

Para obtenção de informações/esclarecimentos sobre o PPGCOM-USP, quais os canais de

comunicação do Programa que você utiliza. Classifique em ordem crescente de utilização

do primeiro (1) ao último (8).Por exemplo: se o primeiro canal utilizado é o site/página,

este receberá o número 1, se o segundo canal é o mural, este receberá o número 2, e assim

por diante.

no âmbito geral, docentes e discentes apresentaram a seguinte preferência de utilização:

Tabela 22 – Ordem de utilização dos canais de comunicação

Canais utilizados 1o. Site/página do PPGCOM-USP 2o. Secretaria via e-mail 3o. Secretaria presencialmente 4o. Secretaria via telefone 5o. Comunicação com docentes 6o. Comunicação com discentes 7o. Mural físico 8o. Ouvidoria eletrônica

no entanto, ao analisarmos separadamente as categorias, constatamos que a ordem

de preferência da utilização dos canais de comunicação do PPGCOM pelos

docentes, diverge da ordem dos discentes, como demonstramos a seguir:

Tabela 23 – Comparativo docentes e discentes na ordem de utilização

dos canais de comunicação

Docentes Discentes 1o. Secretaria via telefone Site/página do PPGCOM-USP 2o. Secretaria via e-mail Secretaria via telefone 3o. Secretaria presencialmente Secretaria presencialmente 4o. Site/página do PPGCOM-USP Secretaria via e-mail 5o. Comunicação com docentes Comunicação com docentes 6o. Comunicação com discentes Comunicação com discentes 7o. Mural físico Mural físico 8o. Ouvidoria eletrônica Ouvidoria eletrônica

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enquanto discentes utilizam primeiramente o site/página para obter informações, os

docentes preferem o contato direto via telefone com a secretaria.

Na segunda parte do questionário, se procurava avaliar mais os canais de comunicação,

conforme é mostrado a seguir.

B - CANAIS DE COMUNICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DA COORDENAÇÃO E SECRETARIA DO PROGRAMA: MURAL, OUVIDORIA ELETRÔNICA, SITE/PÁGINA E SECRETARIA (E-MAIL, TELEFONE,

B1 - MURAL DO PPGCOM 4. Você conhece o mural do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e vá para

pergunta no. 10

5. Você busca informação no mural? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 10

a pesquisa demonstra que maioria dos entrevistados (89%) conhecem o o mural e o

grafico 8 demonstra que 66% buscam informações nele.

89%

11%

Gráfico 7 - Conhecem o mural

sim não

66%

25%

9%

Gráfico 8 - Buscam informação no mural

sim não não respondeu

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79

atualmente, quando se pensa em comunicação, não se dá muita importância aos murais

físicos, no entanto a pesquisa demonstrou que ele é bem conhecido e atende as

necessidades mais imediatas, principalmente dos discentes. A partir do

questionamento sobre por que buscavam informações no mural, obtivemos as

seguintes respostas:

por simples e rápido;

para saber sobre as defesas;

localização das salas de aulas;

informe de bolsas;

conferir novidades;

saber das notícias;

atualização;

divulgação de eventos;

para evitar perguntas que já tenham a resposta disponível;

para conferir os códigos e programação das disciplinas;

porque é possível conhecer algumas informações sobre o programa;

evita-se a ir presencialmente à secretaria;

tenho o hábito de ler murais.

As questões de número 6 a 8, a seguir, também, avaliam o mural: 6. (pergunta fechada) Em geral, como você classifica o mural? 7. (pergunta fechada) Como você classifica o grau de atualização disponível no mural? 8. (pergunta fechada) Como você classifica o mural em relação à informação disponível?

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80

o Mural é considerado “bom” para 41% dos entrevistados e sua atualização é

considerada “boa” por 30%, contudo é importante ressaltar que a porcentagem de

respostas “regular” em ambos os gráficos superam os 20%. O mesmo se observa no

gráfico referente às informações disponíveis no mural

9. (pergunta aberta) Existe alguma informação que você não encontrou no mural? Se sim, qual foi ou quais foram? dicas sobre grupos de estudos e as diferentes pesquisas que são desenvolvidas;

4%

41%

21%

7%

3%

24%

Gráfico 9 - Classificação do Mural

ótimo bom regular insuficiente não sabe

8%

30%

27% 1%

9%

25%

Gráfico 10 - Atualização do mural

ótimo bom

regular insuficiente

não sabe não respondeu

6%

39%

22%

5% 3%

25%

Gráfico 11 - Informação no mural

ótimo bom

regular insuficiente

não sabe não respondeu

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informações de concursos abertos para docentes;

normas para entrega de relatório de qualificação e tese;

localização dos prédios e o que significa cada sigla;

eventos da área, como conferências e congressos;

onde encontrar a Revista Matrizes para comprar;

orientações detalhadas sobre os procedimentos como marcação/realização de

exame de qualificação, reserva de sala para defesas, encaminhamentos dos

materiais impressos;

informações sobre bolsas.

mapa de localização física das disciplinas de pós;

datas atualizadas das defesas de mestrado e doutorado, com respectivas salas ou

local.

informações sobre datas para inscrição no PAE;

horário de atendimento dos docentes e secretarias

Ainda no quesito “mural físico” listamos abaixo as críticas e sugestões enviadas:

Críticas as informações são colocadas de forma visualmente inadequada;

lista de defesas não atualizada;

informações são limitadas a disciplinas e que tais. O uso para fins de

esclarecimento dos PPGCOM é, portanto inadequado;

é limitado quanto a conteúdos mais dinâmicos...sinceramente acho que no contexto

do PPGCOM o mural não é uma forma de comunicação muito avançada...talvez

numa fábrica. Quanto mais se avança no curso da Pós, menos se vai a USP. E,

quando vai, muitas vezes o prédio do CCA está no seu caminho. Sua aplicação é

limitada, neste momento, não consigo pensar em algo que outra forma de

comunicação não pudesse resolver;

distribuição de informes, no geral, é confusa;

há muitos murais;.

o mural deveria estar mais perto do elevador para melhor visibilidade;

a localização dele não lembra os alunos de que devem olhá-lo com freqüência;

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82

só agora tomo conhecimento de que existe um específico do PPGCOM;

sou contra os murais da Escola como um todo. Por quê? São antiquados, não basta

colar folhas de papel A4 na parede com corpo 10.

Sugestões

torná-lo mais bonito;

situá-lo em local de maior trânsito de alunos - na confluência entre os diversos

deslocamentos realizados dentro do prédio;

melhor trabalhado;

layout mais agradável.

As questões de número 10 a 12 abordaram a ouvidoria do PPGCOM, como se mostra a

seguir. Depois, nas questões 13 a 18, indaga-se sobre o uso e avaliações quanto ao site do

programa.

B2 - OUVIDORIA ELETRÔNICA DO PPGCOM 10. Você conhece a ouvidoria eletrônica do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e

vá para pergunta no. 13

11. Você utiliza a ouvidoria eletrônica? Em caso negativo, vá para pergunta no. 13

12. (pergunta fechada) Em geral, como você classifica o atendimento realizado pela

ouvidoria eletrônica?

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83

com relação a ouvidoria eletrônica, percebeu-se que o grupo que respondeu a

pesquisa, em sua quase totalidade, não conhece este canal (92%) e

consequentemente não o utilizam e nem podem avaliá-lo.

Como já explicitado a ouvidoria eletrônica é a proposta prática de intervenção deste

projeto, apesar de toda a parte técnica já estar pronta, ela nunca foi divulgada,

apenas os docentes que integram a Comissão Coordenadora do Programa – CCP-

PPGCOM-USP é que tem conhecimento. Sendo assim, o desconhecimento é até

natural.

8%

92%

Gráfico 12 - Conhecem a ouvidoria eletrônica

sim não

2%

23%

75%

Gráfico 13 - Utilizam a ouvidoria eletrônica

sim não não respondeu

1% 1% 1%

11%

86%

Gráfico 14 - Classificação da ouvidoria eletrônica

ótimo bom regular não sabe não respondeu

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B3 - SITE/PÁGINA DO PPGCOM

13. Você conhece o site/página do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e vá para

pergunta no. 19

14. Você utiliza o site/página? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 19

Observa-se, através dos gráficos, que dentre os canais de comunicação do Programa, o

site é conhecido (99%) e utilizado (97%) por quase todos os entrevistados.

99%

1%

Gráfico 15 - Conhecem o site/página

sim não

97%

2% 1%

Gráfico 16 - Utilizam o site/página

sim não não respondeu

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15. (pergunta fechada) Em geral, como você classifica o site/página do PPGCOM-USP?

A avaliação que os entrevistados fizeram do site com relação às informações e sua

atualização é muito boa, pois, em avaliação geral, 52% o avaliam como “bom” e 11%

acham “ótimo” e apenas 6% o percebem como “insuficiente”, no entanto ao

analisarmos as críticas e sugestões nas perguntas abertas percebemos o quanto este

canal deve ser priorizado no projeto de intervenção.

16. (pergunta fechada) Como você classifica o grau de atualização disponível no site/página do Programa?

12%

52%

26%

6% 4%

ótimo bom regular insuficiente não respondeu

Gráfico 17 – Classificação do site/página

14%

51%

24%

5% 2%

4%

ótimo bom regular insuficiente não sabe não respondeu

Gráfico 18 – Atualização do site/página

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17. (pergunta fechada) Como você classifica o site/página do Programa em relação à informação disponível?

18. (pergunta aberta) Existe alguma informação que você não encontrou no site/página do

Programa? Se sim, qual foi ou quais foram?

informações das pró-reitorias da USP (como bolsas e auxílios que não estão

vinculados exclusivamente a ECA e que também são interessantes para alunos de

pós);

programas das disciplinas atuais e que já foram ministradas (catálogo);

fotos de professores;

grupos de pesquisa existentes na ECA;

calendário atualizado de 2011;

como pagar por uma 2ª. via da carteira de estudante;

disciplinas oferecidas para o PAE;

pesquisas dos docentes do programa;

chamadas de trabalho (como egressa não recebo mais os e-mails com essas

informações);

editais das seleções de anos anteriores;

como matricular-se em disciplinas de outra faculdade da USP;

13%

46%

28%

8%

1% 4%

ótimo bom regular insuficiente não sabe não respondeu

Gráfico 20 – Informação no site/página

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bolsa de doutorado sanduíche;

relação das defesas;

cronograma atualizado dos principais congressos e palestras da área;

data de retificação de matrícula;

eventos científicos nacionais e estrangeiros;

meios de comunicação com a ECA, e-mail e telefone.

Ainda no quesito “site/página” listamos abaixo as críticas e sugestões enviadas:

Críticas

as informações são difíceis de serem encontradas;

difícil acesso;

diagramação não é muito boa em termos de programação visual, não é muita

intuitiva, demora-se a encontrar as informações;

manter o site com informações atualizadas que devem ser retiradas quando não

fizer mais sentido;

ser mais atualizado, por exemplo, recebemos muitas informações por e-mail que

poderiam gerar notas no site;

muitos hiperlinks que fazem com que saiamos da página original/inicial, quando

deveria abrir em outras janelas cada hiperlink;

a forma como a informação está catalogada nem sempre é muito transparente. Soa

às vezes como "bula de remédio", com expressões muito técnicas;

fico às vezes em dúvida também se preciso estar logada para ter acesso a

determinado formulário ou algo assim;

apesar da estrutura em si, aparentemente, ter sido feita para facilitar as atualizações,

o site é um pouco confuso para quem não é familiarizado com a pós da ECA/USP e

seus diversos programas. Leva-se tempo para se localizar e compreender a

estrutura, que poderia ser facilitada (talvez) por esquema de cores;

falta de informações mais básicas especialmente para os ingressantes - neste ano o

Guia da Pós somente foi disponibilizado no site após a aula inaugural com

ingressantes;

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a disposição, o design geral do site e a acessibilidade dos serviços do PPGCOM no

website estão entre os piores que já experimentei. O serviço como um todo é

exemplarmente ruim;

as informações no site ficam dispersas, na página principal contém, algumas

informações que não encontramos dentro dos links próprios;

ao ingressar encontrei o prazo de pedido de bolsa depois do prazo, nem todos

conhecem o funcionamento da faculdade ou do programa;

difícil localizar aos links;

muito texto;

encontro as informações no site, depois de procurar por ele por algumas horas. O

site não é claro, é confuso ainda mais para alunos ingressantes;

a arquitetura do site já está ultrapassada;

fora do ar nos finais de semana;

não acho a navegação simples ou o sistema de busca eficiente;

informações confusas sobre bolsas, por exemplo: na página dizia que era exigido

dedicação exclusiva, e no arquivo complementar se explicava que não era

necessário;

não gosto do layout do site;

links de mesmo nome que vão a páginas diferentes;

é preciso procurar muito para achar as informações. A disposição dos links e das

informações a que eles dão acesso não é muito clara;

o principal problema, além da desatualização é a usabilidade, a navegação é

truncada. Depois não há unidade visual entre a pós e a graduação;

O website tem mais do que questões de conteúdo a serem avaliadas. Para um

discente recém chegado [meu caso] ele não fornece informações básicas a respeito

da instituição e, ao mesmo tempo, os demais websites da USP [que poderiam

cumprir este papel] também não o cumprem muitas vezes. O conjunto de websites

da USP não tem uma lógica de navegação única. Com isto, o aluno fica perdido e, a

cada website da USP em que se navega, se gasta um tempo enorme para localizar a

informação e descobrir se ela existe disponível em algum lugar. A lógica da

internet deve ser ‘quanto menos cliques, melhor’. Voltando especificamente ao

website do PPGCOM, ele oferece inúmeras oportunidades de melhorias nas

funcionalidades e na interatividade. Há alguns meses, enviei um e-mail através do

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website e até hoje não recebi a resposta. Este é um exemplo básico de

interatividade, mas existem hoje recursos muito mais sofisticados,

tecnologicamente, do que isto. Também acredito que a identidade visual do website

não reflete a vanguarda da escola e sua contemporaneidade;

por ser muito poluído e com estética aquém para uma Escola de Comunicações de

mais de 40 anos, o site fica muito a desejar;

a busca não é boa...normalmente é mais fácil perguntar na secretaria;

identidade do site;

confuso e complexo, um dos motivos de repetida confusão é que se formos ao site

da eca.usp.br e clicarmos em pós graduação somos direcionados a uma página que

NÃO corresponde ao ppgcom. Isso é muito confuso e já cometi esse erro inúmeras

vezes;

usabilidade precária;

não esclarecedor;

de todos os canais, é onde encontrei mais problemas;

é o principal ponto que deve ser mudado;

falta uma comunicação mais afetiva, ao ler o site vejo apenas minhas ¨obrigações¨

com o programa e pouco do que posso conhecer ou experimentar neste tempo de

estudo que é a pós-graduação;

poderia estar mais alinhado às novas tecnologias e à interatividade;

Sugestões: fortalecimento do canal online (informações mais organizadas e diferenciadas dos

demais programas da ECA/USP);

mais informações sobre grupos de estudos (núcleos/observatórios) e maior

interatividade com redes sociais;

contenha também o telefone e o local da secretaria e do mural no prédio da ECA;

melhorar a informação da disponibilidade e utilidade;

estabelecer conexão entre a página da ECA e do PPGCOM;

torná-lo mais atraente, fácil e ágil para navegação;

mais dinâmico, menos monocromático (só azul é estranho);

ter alguma ferramenta para refinar as buscas, além da que já existe;

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ter algum link, que se atualize constantemente, pra mostrar o que está sendo

publicado em pesquisas acadêmicas nas importantes revistas

as listas nos cantos da página principal deveriam ser colocadas com outra

engenharia de informação. Uma coisa que abrisse em abas, mais agrupada por tipos

de informação;

mais moderno;

o site e os emails facilitam o acesso de quem está distante fisicamente da ECA, e

por isso devem ser priorizados;

mais interativo e com um visual mais dinâmico e atraente;

melhorar a programação visual, tudo parece muito uniforme, não existe destaque, a

não ser para os tópicos que aparecem nas caixas azuis;

seção de bolsas do site seja mais explicativa (quantas são para o programa, quantas

bolsas por agência de fomento);

podia haver área de destaques;

links para os canais;

espaço para opiniões;

comunicação com docentes;

trabalhos de discentes e docentes;

integração com entidades ligadas ao departamento;

poderia ter mais imagens, e mais interatividade com redes sociais (twitter,

facebook, etc).

A seguir, veremos os resultados quanto à atuação da secretaria e sobre a comunicação no

programa de maneira geral.

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B4 - SECRETARIA DO PPGCOM (e-mail, telefone, pessoalmente) 19. Você conhece a Secretaria do Programa? Em caso negativo, responda e vá para

pergunta no. 23

20. Você utiliza a Secretaria do Programa? Em caso negativo, vá para pergunta no. 23

A secretaria representa o canal de comunicação pessoal, individualizado, no qual

o aluno ou docente tem um atendimento exclusivo, seja ele intermediado por

máquina (computador ou telefone) ou pessoalmente. Nesse sentido, não chega a

surpreender o grande índice de respondentes que a conhecem (99%) ou a

utilizam (94%).

99%

1%

Gráfico 21 - Conhecem a secretaria

sim não

94%

4% 2%

Gráfico 22 - Utilizam a secretaria

sim não não respondeu

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21. (pergunta fechada) Dentre os três canais disponibilizados pela Secretaria do Programa,

classifique-os em ordem de utilização (de 1 a 3)

Tabela 24 – Canais de comunicação da secretaria Ordem de utilização

1o. Lugar Secretaria via e-mail

2o. Lugar Secretaria via telefone

3o. Lugar Secretaria pessoalmente

a forma de atendimento mais utilizada pelos pesquisados é a via o correio eletrônico

37%, seguido pela via telefônica 35% e por último o presencial 26%.

22. (pergunta fechada) Em geral, como você classifica o atendimento dado pela Secretaria

do Programa em seus três canais de comunicação?

observa-se que, independente da forma utilizada, a avaliação dos pesquisados quanto

ao atendimento da secretaria é ótimo para 56% e bom para 35%, a avaliação positiva

totaliza 91%.

56% 35%

6%

1% 2%

Gráfico 23 – Atendimento da secretaria

ótimo

bom

regular

insuficiente

não respondeu

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Ainda no quesito “secretaria”, listamos abaixo as críticas, sugestões e elogios

enviados:

Críticas horário de atendimento da secretaria não condiz com a rotina que os discentes

possuem. É praticamente impossível conseguir ser atendido pessoalmente na

secretaria devido ao horário restrito;

alguns servidores não possuem a mesma prontidão para a resolução dos problemas,

bem como informações disponíveis, às vezes por distração ou falta de interesse;

às vezes é difícil falar por telefone;

existem poucos funcionários para uma grande demanda e trabalho. Muitas vezes

ficamos insatisfeitos com o atendimento presencial porque eles não dispõem de

tempo para nos auxiliar em dificuldades que temos para encontrar os lugares que

precisamos contatar.

Sugestões continuar enviando as informações do programa aos egressos;

ter um período matutino e um vespertino, mesmo se isso implicasse em ter uma

pessoa a mais. O fato de fechar e todos almoçarem ao mesmo tempo cria um

bloqueio no atendimento;

jornal eletrônico com dados relevantes aos discentes;

o programa possui suas diretrizes, por outro lado deve-se pensar em como dar apoio

aos discentes. O aluno ingressante deve saber com antecedência sobre a

possibilidade de pedir bolsa no início do seu curso, no meu caso, desconhecia este

prazo anterior à matrícula e me informaram que eu só poderia entrar com o pedido

no ano seguinte, o que acabei de fazer sem entender claramente a avaliação da

minha classificação, até para que eu pudesse melhorá-la. A secretaria poderia

disponibilizar aos interessados um parecer sobre seu projeto enviado ou sobre sua

prova de ingresso, assim é possível tentar aprimorar e o processo se torna mais

transparente;

para canais não-presenciais, sugiro um formato mais interativo, como stoa, twitter,

facebook;

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mais agilidade nas respostas por e-mail;

Elogios apenas para reforçar os aspectos que foram pontuados acima, reiteramos que a

comunicação exercida pela secretaria do PPGCOM é excelente;

desde que estou na pós-graduação, estou muito satisfeita com o atendimento do

PPGCOM. Tempos atrás (acho que em 2003) obtive informações desencontradas

sobre prazos do exame de qualificação que me deixaram chateada. Mas foi um

episódio isolado. Sempre ouvi dizer que no passado isso era comum (informações

erradas), então, acredito que houve um processo de aperfeiçoamento dessa

comunicação;

gosto de visitar a secretaria pessoalmente pela possibilidade de estabelecer contato

mais dinâmico;

há apenas elogios a serem feitos. Não sei como a Rosely e a Valnete dão conta de

tantos ofícios, além de sanar as constantes dúvidas de discentes e docentes. Elas

estão sempre dispostas a ajudar e a fornecer informações precisas e atualizadas.

Ambas são muito queridas e admiradas pelos alunos do PPGCOM;

já me parece bastante eficaz;

o atendimento humano da secretaria me pareceu, nos poucos meses de convivência,

bastante eficiente e gentil;

o principal canal de comunicação do e para o PPGCOM tem sido o e-mail, pois não

depende de horário de atendimento nem da presença da pessoa. Recebo e-mails

com as informações importantes do Programa e em todas as vezes que, de minha

parte, recorri a esse meio, deu resultado. Em minha opinião, a comunicação tem

sido eficiente. Nunca deixei de ser informado de nada relativo à minha pós que

fosse realmente relevante;

pessoalmente os funcionários da secretaria são muito disponíveis e objetivos;

o trabalho é bastante satisfatório;

as secretárias são eficientes, informadas e atenciosas;

considero a relação mais direta entre o discente e o programa;

geralmente resolvo minhas dúvidas na secretaria;

lá me sinto confortável e seguro sobre as informações do programa, as pessoas são

atenciosas e prestativas;

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procuro a secretaria por necessidade e amizade;

o canal mais eficiente quanto a obtenção de respostas...ainda que isto signifique ter

que esperar para falar com pessoa certa;

acredito ser o meio mais confiável de solucionar problemas de documentação

acadêmica;

através da secretaria que sano as principais dúvidas em relação ao curso;

sempre muito prestativa;

prefiro falar pessoalmente que ficar olhando informação no site e também para

assuntos mais específicos.

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B5 - AVALIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DO PPGCOM 23. (pergunta fechada) Atribuindo de "1"(ruim) a "5"(ótimo) como você avalia em termos de satisfação/confiabilidade os canais de comunicação disponíveis no PPGCOM-USP:

Tabela 25 – Índice de satisfação/confiabilidade dos canais de comunicação

Canal de comunicação Índice de satisfação/

confiabilidade Secretaria via e-mail 5 Secretaria presencial 5 Secretaria telefone 5 Site/página 4 Mural 4 Ouvidoria eletrônica 1

no geral, os canais de comunicação institucional do PPGCOM foram muitos bem

avaliados, com exceção da ouvidoria eletrônica, que como já foi explicado, ainda

não está efetivamente implantada e faz parte da proposta de intervenção do presente

projeto.

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24. (pergunta fechada) Em geral, você classifica a comunicação institucional do PPGCOM-USP como:

podemos notar, por meio do gráfico acima, como os envolvidos no PPGCOM

classificam a sua comunicação. Os conceitos escolhidos para esta classificação

foram definidos levando-se em conta atributos indispensáveis para uma gestão de

comunicação contemporânea.

dentre os conceitos elencados, a interatividade merece destaque, pois a maioria dos

entrevistados, 52% não concorda que a comunicação do PPGCOM seja interativa,

ou seja, não há uma participação e reciprocidade dos envolvidos no processo. Nesse

sentido Levy aponta que A interatividade assinala muito mais um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, de concepção e de avaliação dos modos de comunicação, do que uma característica simples e unívoca atribuível a um sistema específico.29

Não podemos esquecer que interatividade pressupõe a intervenção do receptor no

conteúdo da mensagem e que muitas vezes isso não é possível dentro de uma

instituição submetidas a regimentos e normas rígidas como a USP. Por outro lado,

esse é um ponto que merece reflexão pois é justamente nessa dimensão que o ideal

29 LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999. p.82.

75%

59%

85%

48%

90% 99%

25%

41%

15%

52%

10% 1%

Democrática Dialógica Eficiente Interativa Preocupada Responsável

Gráfico 24 - Classificação da Comunicação

concordo discordo

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98

de uma comunicação dialógica no contexto da comunicação digital pode ser

concretizado de maneira mais efetiva.

25. Críticas e sugestões sobre a Comunicação do PPGCOM-USP: Críticas tenho apenas uma crítica a fazer. Sempre fui muito bem atendida, mas em relação

ao resultado de minha solicitação de bolsa sanduíche à Capes simplesmente não fui

comunicada! Quase perdi o prazo por causa disso, pois eu havia sido informada

pela própria secretaria que eles entrariam em contato comigo sobre o andamento do

processo. Como não obtive resposta alguma, entrei em contato com Brasília e então

soube que o resultado já havia saído há três semanas.

Sugestões a busca de mídias alternativas e mais atuais seria um caminho complementar para

as mídias tradicionais. Em relação às mídias tradicionais, buscar entender como os

usuários buscam as informações, porque, quando, o quê, com que frequência, com

qual objetivo, seria uma forma de otimizar os recursos disponíveis de informações;

a comunicação do PPGCOM me parece eficiente, em certa medida, porque é

unidirecional e vertical. Acho que seria bastante positivo aproximar os estudantes,

criando e divulgando formas de acesso à disponibilização de informações que

pudessem ser do interesse de outros estudantes, funcionários e professores;

apesar de ter colocado concordo em todos os itens, acredito que eles podem ser

melhorados, e a pesquisa e possibilidade de discussão é um primeiro passo para

isso, especialmente, para torná-la mais dialógica e democrática;

entendo que o aspecto mais importante a ser discutido e aprimorado quanto à

comunicação do PPGCOM-USP refere-se à transparência das informações. Os

instrumentos e canais que transmitirão e possibilitarão circular as informações são

importantes, mas, certamente, sua efetividade só ocorrerá com uma maior

transparência por parte do PPGCOM-USP quanto ao seu funcionamento interno.

Por exemplo, os discentes não recebem informações quanto à prestação de contas

dos recursos financeiros oriundos de órgãos de fomento como CAPES e CNPq que

o PPGCOM-USP recebe, dentre outra questões;

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divulgação do guia atualizado e especifico do PPGCOM (incluindo informações

sobre matriculas nas disciplinas, créditos e Bolsas) a partir do processo seletivo - no

máximo até a matrícula - para tentar diminuir muitas das dúvidas básicas surgidas

inclusive durante a aula magna/reunião dos ingressantes, muitas das quais

respondidas diretamente pelas secretárias do programa;

maior integração;

melhorar a informação da disponibilidade e utilidade/ objetivo de cada canal de

comunicação, usando para isso todos os canais para que os usuários/ necessitados

saibam onde buscar informações;

para mim é claro que se os meios de comunicação fossem mais eficientes, não

haveria tantas solicitações para a Secretaria e ela não estaria sobrecarregada. O

primeiro passo é entregar no ato de inscrição do curso um manual de sobrevivência

do mestrado. Isto já sanaria algumas dúvidas sobre créditos, bolsas, eventos

acadêmicos, etc. Formulários poderiam estar online, de verdade...não algo que você

preenche e imprime. Ou escanea e manda por e-mail, mas todo o processo

acadêmico ser online: PAE, bolsas, renovações, pedidos de prazo, qualificação,

relatórios, com formulários online e confirmação via senha, como é a matrícula

hoje (um grande avanço por sinal). Outra é avalanche de e-mails que se recebe e

mais de uma vez...Sistema de alertas poderiam filtrar aquilo que realmente se quer

saber: por exemplo, quero ser alertado de novas oportunidades de publicação no

exterior via e-mail. Então, o portal é atualizado com novas oportunidades e eu

recebo o alerta. Quem não quer não recebe. Isto dá a possibilidade de ser avisado

por aquilo que se quer saber. Também a possibilidade de escolher o e-mail pelo

qual se recebe as informações... não é culpa da Secretaria que a USP chegou 10

anos atrasada na distribuição de e-mails para alunos (ou seja, todo mundo já tem

um que acessa mais), mas ela pode dar a opção de cadastrar qualquer e-mail no

portal. Sei que há aspectos legais a resolver, mas sempre se pode dar um jeito (e o

e-mail da USP tem várias limitações). Enfim, um esforço inicial para preencher

todas as lacunas e uma comunicação virtual eficiente e as consultas (pessoais, por

telefone ou e-mail) à secretaria seriam mínimas e restritas a casos especiais;

quando pensamos num conjunto potencial de meios de comunicação, de pontos de

contato, do corpo discente com a Instituição (excluindo-se da análise, as aulas em

si), tendo a acreditar que o PPGCOM poderia ser, pela sua própria natureza

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"comunicativa", referência no uso da comunicação interativa [websites, blogs,

chats, emails, comunidades virtuais], assim como na construção de uma identidade

de marca [ECA], representada nas suas diversas manifestações [mural, eventos,

congressos etc].

Elogios até a presente data, o trabalho de comunicação desenvolvido pelo PPGCOM-USP

tem sido eficiente;

para o que se oferece de infra-estrutura pessoal a comunicação do PPGCOM-USP

cumpre os seus propósitos.

26. (pergunta fechada) Você se disporia a participar de um grupo de discussão sobre a comunicação institucional do PPGCOM-USP, para o aprofundamento desta pesquisa?

- apesar de 56% dos entrevistados se disponibilizarem a participar de um grupo de

discussão para o aprofundamento da pesquisa, não foi possível a sua realização em

virtude da falta de tempo da pesquisadora. Cabe ressaltar que a disponibilidade de

56% demonstra, no mínimo, interesse pela questão e desejo de mudanças/melhorias

nos processos comunicacionais do programa no qual estão inseridos.

56%

44%

Gráfico 25 – Participaria da discussão em grupo

sim

não

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Em casa de ferreiro o espeto é de pau?”

Ao concluir este trabalho retomamos ao seu título, este título foi atribuído uma vez que o

objeto desta pesquisa refere-se à Comunicação de um dos programas de pós-graduação em

Ciências da Comunicação pioneiro e de liderança reconhecida no país.

Em linhas gerais, a pesquisa demonstrou que a comunicação institucional do PPGCOM é

aprovada e atende bem aos seus propósitos. A possibilidade das perguntas abertas foi de

fundamental importância, pois por meio delas os envolvidos puderam se manifestar

livremente e o que percebemos é que todos estão engajados no sentido de melhorar o

PPGCOM, e que esta melhoria passa necessariamente pelos serviços prestados. Algumas

críticas e sugestões foram trazidas e reproduzidas na íntegra pois servirão para embasar o

projeto de intervenção.

Percebemos por meio da pesquisa empírica e principalmente pela observação ao longo de 5

anos, que o objetivo de todo e qualquer programa de pós-graduação é a melhoria de seu

desempenho e qualidade, para isso, como já foi explicado no capítulo sobre o sistema de

avaliação CAPES, existem critérios e metas previamente estabelecidos, mas não imutáveis,

para se alcançar a tão falada e perseguida excelência. Os indicadores são importantes para

nortear as ações de um programa que almeja ser reconhecido e legitimado em suas várias

instâncias.

No entanto, acreditamos sobretudo, que é a visão de mundo assumida pelos sujeitos

envolvidos nestes processos, que determina o foco e a direção a serem tomados. Nesse

sentido afirmamos que o PPGCOM só retomou seu lugar de liderança nacional quando

começou um trabalho, por meio da sua comunicação, de conscientização e porque não

dizer de explicitação do que era esperado dos seus docentes e discentes.

Para isso várias intervenções foram necessárias, das quais destacamos:

- padronização dos projetos de pesquisa. Formulário próprio desenvolvido para este

fim;

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- implantação de um modelo de gestão acadêmico-administrativo para um PPG de

grande porte com reuniões mensais da Comissão Coordenadora de Programa

(CCP), onde participam tanto os professores titulares como os suplentes e ainda a

representante discente, neste quesito ressaltamos que o PPGCOM torna-se

totalmente democrático em sua gestão, enquanto vemos em outros programas que

as decisões são tomadas apenas pelo coordenador do mesmo;

- ampla divulgação das decisões tomadas pela CCP;

- consolidação dos critérios de credenciamento, recredenciamento e reclassificação

dos docentes com base na sua real participação no programa;

- incentivo à produção discente, tornando obrigatório o preenchimento do Currículo

Lattes na matrícula, no exame de qualificação e no depósito da tese/dissertação,

além de ampla divulgação sobre chamadas de trabalhos em periódicos científicos;

- constituição de uma nova estrutura da Pós-Graduação;

- adoção das Jornadas Docentes e Discentes onde são discutidas e propostas

melhorias no Programa, tanto academicamente quanto administrativamente;

- atendimento individual a discentes e docentes.

Ao elencarmos as intervenções demonstramos que, o processo comunicacional do

PPGCOM visando atingir suas metas, tem se pautado pelo trabalho de conscientização, e

por que não dizer de educação, visando mudanças culturais já enraizadas em grande parte

da sua comunidade acadêmica.

Para embasarmos teoricamente a prática que tem norteado as ações do PPGCOM em seus

últimos 5 anos, retomamos Freire com o princípio filosófico de que a comunicação é o

diálogo, onde a comunicação é definida como relação social. Ressaltamos que esta relação/

comunicação só será efetiva quando formos capazes de aceitar, ouvir e nos colocarmos no

lugar do outro, pois para haver comunicação, há que se haver reciprocidade, nunca

passividade.

Dessa forma, elegemos a Comunicação Dialógica como base teórica para efetivação das

mudanças/melhorias na gestão de comunicação do PPGCOM, pois acreditamos que a

transformação social necessária só é gerada pelo diálogo, que se fundamenta no direito a

informação e no direito à plena liberdade de expressão.

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Por meio da pesquisa, percebemos que as pessoas tem muito a dizer, mas não encontram

um canal ideal para isso, nesse sentido a proposta da criação de uma ouvidoria eletrônica

vem sanar esta deficiência do PPGCOM.

Concluímos que, independente dos fatores externos que impulsionam um programa de pós-

graduação buscar qualidade, os sujeitos envolvidos e principalmente os dirigentes e

responsáveis pela comunicação devem estar atentos a sua dimensão estética, que se refere a

presença da sensibilidade em ouvir, ver e sentir, para que diferentemente da “disputa no

campo”, que acaba segregando as pessoas, possamos afetar nossos próximos, quebrando a

lógica de Bordieu e trazendo a amorosidade preconizada por Freire.

Dessa forma respondemos que, apesar de todas as facilidades, rapidez, autonomia que os

meios digitais oferecem, o público em geral ainda prefere obter as informações por meio

do telefone e até pessoalmente e não as buscam no site, porque a diferença que faz toda

diferença é a informação mediada pelo ser humano, e não por máquinas, no diálogo de

sujeitos, que mesmo quando se dá por e-mail, diferencia-se por um simples “Oi tudo

bem?” “Bom dia!!!!”; “Saudades”, “Abraços”, “Beijos” etc.

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Capitulo V

1. O Gestor de Comunicação

O curso de especialização nos trouxe a percepção de que a comunicação é muito mais do

que textos explicativos e cabe ao Gestor de Comunicação ampliar as dimensões do diálogo

fazendo o melhor uso das diversas ferramentas de comunicação, levando em conta o que é

contextual, principalmente as condições culturais e sociais em que ocorrem os processos de

comunicação.

Cabe ao profissional da Comunicação dar sentido a esta dinâmica, visto que na realidade

de hoje os meios massivos e não-massivos de comunicação, convivem nos mesmos

espaços. Aprender a utilizar as novas ferramentas da tecnologia da comunicação e

informação de modo que se possa estimular não só o conhecimento dos indivíduos, mas

principalmente a interatividade entre eles. Integrar as diversas técnicas de comunicação

visando o uso crítico das tecnologias, possibilitando otimizar os recursos disponíveis e

atingir os objetivos da empresa ou instituição. Para isso é imprescindível uma boa

fundamentação teórica e interdisciplinar, ou seja, romper as barreiras das disciplinas sem

perder as especificidades de cada uma, de acordo com Morin30, atuar na

transdisciplinaridade, numa visão não segmentada do saber, num desenho cognitivo que

atravessa as disciplinas integrando-as no mesmo contexto.

Para Lopes, o gestor de comunicação é

Alguém capaz de conceber o processo integral que vai do projeto à realização, alguém que saiba integrar conteúdos, discursos públicos e maneira criativa e experimental.31

Para isso o gestor de comunicação deve ter uma visão sistêmica da instituição onde irá

atuar; ser capacitado para criar e coordenar projetos; possibilitar o acesso à informação;

sua formação profissional deve ser utilizada como forma de solidariedade; desejo de

transformar o ambiente em que vive.

30 MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Lisboa: Europa/América: 1982 31 LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Sobre um novo projeto pedagógico no campo da comunicação. In BACCEGA, Maria Aparecida (org). Cultura e Comunicação: um Novo Profissional. São Paulo: CCA/ECA/USP, 2000, 2ed. p. 17

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2. Projeto de Intervenção

A proposta da pesquisadora é um projeto de intervenção de comunicação no Programa de

Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da USP, e tem como objetivo

principal a criação de um canal de comunicação eletrônica (Ouvidoria do PPGCOM-USP)

para que o receptor possa ser ouvido por uma pessoa capacitada e com autoridade para

encaminhar soluções.

Outro ponto a destacar na proposta desse projeto de intervenção é a atualização constante

do site do Programa de modo a oferecer o máximo de informações ao seu público

(docentes, discentes e interessados em geral). Pensamos que esse tipo de recurso

funcionaria como um filtro para a ouvidoria, pois só chegariam à ouvidoria questões não

sanadas por outros meios.

A pesquisa nos forneceu subsídios para tratar do assunto com mais propriedade e

profundidade, pois apesar das impressões iniciais tidas principalmente do ponto de vista do

emissor e convertidas em hipóteses, a pesquisa nos mostrou realidades do receptor que, por

mais que tentemos nos colocar no seu lugar, nunca conseguiremos ter a mesma percepção.

Vale ressaltar que a proposta original não foi descartada, muito pelo contrário, ela foi

ampliada e aprofundada de acordo com as necessidades apresentadas pela comunidade

acadêmica consultada.

A seguir elencamos propostas de intervenções para melhoria da comunicação no

PPGCOM-USP em seus diversos canais.

1. disponibilizar no mural físico:

a. localização dos prédios e salas de aula da pós;

b. significado das siglas;

c. horário de atendimento dos docentes e secretaria;

d. eventos e chamadas de trabalho da área;

e. informação de como e aonde adquirir a Revista Matrizes;

f. algumas normas específicas do Programa, por exemplo: procedimentos para o

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exame de qualificação;

2. efetivar a implantação da Ouvidoria eletrônica por meio de divulgação.

3. definir e divulgar horário de atendimento ao público da secretaria do PPGCOM.

4. disponibilizar no site/página:

a. link para o catálogo de disciplinas no Sistema Janus da USP;

b. fotos e projetos de pesquisa dos orientadores;

c. calendário acadêmico;

d. chamada de trabalhos;

e. link para procedimentos de obtenção bolsa sanduíche da CAPES;

f. relação das defesas;

g. congressos e eventos da área;

h. contatos com a secretaria (telefone e e-mail).

Todas as intervenções listadas acima são fáceis e rápidas para serem implantadas. Contudo,

a pesquisa nos aponta outros problemas na comunicação do Programa que demandam um

tempo maior e deliberação de outras instâncias. Um deles refere-se ao site/página que

apesar de ter sido classificado como “bom” na pesquisa quantitativa para a maioria dos

entrevistados, na pesquisa qualitativa (perguntas abertas) revelou deficiências graves,

anteriormente elencadas.

Nesse sentido nossa proposta é de que este trabalho possa subsidiar as CCP´s e até mesmo

a CPG da ECA para possíveis e necessárias mudanças no site.

Outro problema de maior complexidade refere-se a questão da interatividade, onde

encontramos sugestões de canais não-presenciais como blogs, stoa, twitter e facebook, que

a nosso ver é uma proposta interessante, mas que demandaria de um quadro funcional

maior.

Além das intervenções práticas ou técnicas, o projeto proposto pressupõe-se que a solução

para o problema-foco seja o diálogo entre os envolvidos, possibilitando uma gestão

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democrática no sentido de gerar um processo de conscientização de duplo sentido político-

pedagógico Freiriano, como conhecimento (descoberta da causa das coisas) e como

consciência (de si, do outro e da realidade), sempre acompanhada de ação transformadora e

política.

Para Motter Pensar as práticas e reformulá-las, profissionalizar uma área onde prevalecem interesses políticos é politizar a comunicação para fazê-la intervir na realidade, transformando-a. Profissionalizar-se refere-se aqui à competência não para executar, mas para mediar com eficiência, favorecendo o diálogo e a interação, o que pressupõe uma sólida formação humanística e um agudo senso crítico como requisitos primeiros desse generalista da comunicação, cuja formação há que se dar no terreno da interdisciplinaridade.32

Contudo, todo e qualquer projeto de intervenção numa instituição, não depende

exclusivamente do gestor, mas sobretudo da vontade política de seus dirigentes, no caso do

PPGCOM, da sua Comissão Coordenadora de Programa e da Comissão de Pós-Graduação.

32 MOTTER, Maria de Lourdes. Universidade e Sociedade: encontro necessário. In BACCEGA, Maria Aparecida (org). Cultura e Comunicação: um novo profissional. São Paulo: CCA/ECA/USP, 2000, 2ed. p. 13.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BALBACHEVSKY, Elizabeth. A pós-graduação no Brasil: novos desafios para uma política bem-sucedida. In: BROCK, Colin; SCHWARTZMAN (org.). Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

_____. O Campo Científico. In: Bourdieu (Col. Grandes Cientistas Sociais). São Paulo: Ática, 1983.

CAPPARELLI, Sérgio e STUMPF, Ida. A constituição da comunicação como campo de conhecimento multidisciplinar. I Conferência Científica da UFRGS. Porto Alegre. 1998.

CASTELLS, Manoel. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, Dênis de (org.) Por uma outra comunicação. Rio de Janeiro: Record, 2003.

FIGARO, Roseli. Políticas de comunicação no mundo do trabalho. In: BACCEGA, Maria Aparecida; COSTA, Maria Cristina Castilho (org.). Gestão da comunicação: epistemologia e pesquisa teórica. São Paulo: Paulinas, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

_____. Extensão ou comunicação? 8ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1999.

IANNI, Octávio. Globalização: Novo Paradigma das Ciências Sociais. Estudos Avançados, São Paulo: USP/IEA, Vol.8, 21, 1994.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999.

LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em Comunicação. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2009.

_____. O campo da Comunicação: sua constituição, desafios e dilemas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, no. 30, ago. 2006.

_____ (org.). Epistemologia da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2003.

_____. Diversidade & interdisciplinaridade: teses e dissertações: Ciências da Comunicação: ECA-USP, 1972-2002. São Paulo: NUPEM, 2003.

_____. O Campo da Comunicação: reflexões sobre seu estatuto disciplinar. Revista USP, São Paulo, v. 48, p. 46-57, 2001.

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_____. Sobre um novo projeto pedagógico no campo da comunicação. In BACCEGA, Maria Aparecida (org). Cultura e Comunicação: um Novo Profissional. São Paulo: CCA/ECA/USP, 2ª. ed, 2000.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2001.

MARTÍN-BARBERO, Jesús e REY, German. Os exercícios do ver. São Paulo: Senac, 2001.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Lisboa: Europa/América: 1982.

MOTTER, Maria de Lourdes. Universidade e Sociedade: encontro necessário. In BACCEGA, Maria Aparecida (org). Cultura e Comunicação: um novo profissional. São Paulo: CCA/ECA/USP, 2ª. ed., 2000.

PINTO, Virgílio Noya. Escola de Comunicações e Artes. Revista Estudos Avançados, São Paulo, n.22, set./dez.1994. Disponível em <http://www.iea.usp.br/iea/revista/online/revista22/> Acesso em: 19 abr. 2011.

SOUZA, Maria Adélia Aparecida. O Espaço da USP: presente e futuro. São Paulo, Imprensa Oficial, 1985. Disponível em <http://www.usp.br/75anos/?idpag=35>. Acesso em 13 Mar. 2011

Extrato do decreto de fundação da USP. Estud. av., São Paulo, v. 8, n. 22, Dec. 1994 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141994000300002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13 Mar. 2011. doi: 10.1590/S0103-40141994000300002.

Sites consultados www.capes.gov.br

www.pos.eca.usp.br

www.sistemas.usp.br

www.usp.br

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ANEXOS

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QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

Pesquisa sobre a Comunicação do PPGCOM-USP

Pesquisa objetivando Projeto de Intervenção na Comunicação Institucional do PPGCOM-USP Responsável: Rosely Vieira de Sousa - secretária do PPGCOM Asseguro total anonimato e confidencialidade das respostas

**A PESQUISA REFERE-SE A COMUNICAÇÃO DO PPGCOM-USP E CONSEQUENTEMENTE A SUA SECRETARIA (Rosely e Valnete), NÃO CONFUNDIR COM A SECRETARIA GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO (guichê)

A - Dados pessoais

1. Nome: Os dados serão anônimos, esta identificação objetiva apenas a não duplicação de dados 2. Categoria:

Docente do PPGCOM-USP

Discente do PPGCOM-USP

Egresso do PPGCOM-USP 3. Para obtenção de informações/esclarecimentos sobre o PPGCOM-USP, quais os canais de comunicação do Programa que você utiliza. Classifique em ordem crescente de utilização do primeiro (1) ao último (8).Por exemplo: se o primeiro canal utilizado é o site/página, este receberá o número 1, se o segundo canal é o mural, este receberá o número 2, e assim por diante.

Comunicação com discentes

Comunicação com docentes

Mural (localizado no corredor do Prédio Central da ECA – 1º.andar)

Ouvidoria eletrônica

Secretaria via e-mail

Secretaria via telefone

Secretaria presencialmente

Site/página do PPGCOM-USP B - CANAIS DE COMUNICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DA COORDENAÇÃO E SECRETARIA DO PROGRAMA: MURAL, OUVIDORIA ELETRÔNICA, SITE/PÁGINA E SECRETARIA (E-MAIL, TELEFONE, PESSOALMENTE) B1 - MURAL DO PPGCOM (localizado no corredor do Prédio Central da ECA – 1º. andar)

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4. Você conhece o mural do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 10

Sim

Não

Por quê?: 5. Você busca informação no mural? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 10

Sim

Não

Por quê?: 6. Em geral, como você classifica o mural?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 7. Como você classifica o grau de atualização disponível no mural?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 8. Como você classifica o mural em relação à informação disponível?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 9. Existe alguma informação que você não encontrou no mural? Se sim, qual foi ou quais foram?

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B2 - OUVIDORIA ELETRÔNICA DO PPGCOM (http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/ciencias_da_comunicacao/ouvi...) 10. Você conhece a ouvidoria eletrônica do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 13

Sim

Não

Por quê?: 11. Você utiliza a ouvidoria eletrônica? Em caso negativo, vá para pergunta no. 13

Sim

Não

Por quê?: 12. Em geral, como você classifica o atendimento realizado pela ouvidoria eletrônica?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe B3 - SITE/PÁGINA DO PPGCOM (http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=pt-br/ciencias_comunicacao) 13. Você conhece o site/página do PPGCOM-USP? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 19

Sim

Não

Por quê?: 14. Você utiliza o site/página? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 19

Sim

Não

Por quê?: 15. Em geral, como você classifica o site/página do PPGCOM-USP?

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Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 16. Como você classifica o grau de atualização disponível no site/página do Programa?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 17. Como você classifica o site/página do Programa em relação à informação disponível?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe 18. Existe alguma informação que você não encontrou no site/página do Programa? Se sim, qual foi ou quais foram?

B4 - SECRETARIA DO PPGCOM (e-mail, telefone, pessoalmente) 19. Você conhece a Secretaria do Programa? Em caso negativo, responda e vá para pergunta no. 23

Sim

Não

Por quê?: 20. Você utiliza a Secretaria do Programa? Em caso negativo, vá para pergunta no. 23

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Sim

Não

Por quê?: 21. Dentre os três canais disponibilizados pela Secretaria do Programa, classifique-os em ordem de utilização (de 1 a 3)

E-mail

Telefone

Pessoalmente 22. Em geral, como você classifica o atendimento dado pela Secretaria do Programa em seus três canais de comunicação?

Ótimo

Bom

Regular

Insuficiente

Não sabe B5 - AVALIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DO PPGCOM 23. Atribuindo de "1"(ruim) a "5"(ótimo) como você avalia em termos de satisfação/confiabilidade os canais de comunicação disponíveis no PPGCOM-USP:

Mural

Ouvidoria eletrônica

Secretaria via e-mail

Secretaria via telefone

Secretaria presencialmente

Site/página do Programa 24. Em geral, você classifica a comunicação institucional do PPGCOM-USP como: Concordo Discordo

Democrática Dialógica Eficiente Interativa Preocupada com os interesses dos docentes e discentes Responsável

25. Críticas e sugestões sobre a Comunicação do PPGCOM-USP:

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26. Você se disporia a participar de um grupo de discussão sobre a comunicação institucional do PPGCOM-USP, para o aprofundamento desta pesquisa?

Sim

Não

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Acompanhamento diário de acessos no site/página do PPGCOM-USP – Setembro/2010

21/09 22/09 23/09 24/09 27/09 28/09 29/09 30/09

PÁGINA INICIAL 82242 82709 83184 83491 83901 84321 84733 85094

COORDENAÇÃO PPGCOM 3420 3445 3467 3478 3489 3508 3529 3543

ORGANIZAÇÃO 12355 12396 12434 12460 12487 12508 12550 12573

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1179 1192 1206 1215 1222 1232 1254 1264

LINHAS DE PESQUISA 1157 1167 1178 1196 1206 1218 1230 1244

DOCENTES 5493 5510 5526 5548 5562 5583 5599 5614

CAPES (inserido em 28/09/10) 0 0 0 0 0 16 31 46

CALENDÁRIOS 4615 4656 4705 4740 4765 4799 4872 4899

DISCIPLINAS 20131 20202 20299 20369 20399 20475 20546 20619

2º/2010 7826 7862 7904 7946 7960 8012 8051 8089

1º/2010 3065 3090 3122 3148 3170 3198 3225 3247

EVENTOS PPGCOM 842 851 857 866 874 883 906 913

FORMULÁRIOS PPGCOM 920 929 945 951 957 965 984 990

PROCESSO SELETIVO 8857 8995 9139 9254 9316 9451 9555 9663

ALUNOS REGULARES 7152 7366 7601 7766 7938 8164 8302 8464

EDITAL MESTRADO 2011 2503 2684 2877 3005 3130 3314 3436 3591

EDITAL DOUTORADO 2011 1104 1177 1254 1321 1367 1444 1509 1570

NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 873 897 927 960 982 1022 1052 1080

ALUNOS ESPECIAIS 2500 2524 2547 2559 2575 2596 2616 2631

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2320 2329 2337 2344 2352 2363 2371 2379

REGIMENTO E NORMAS 1469 1479 1494 1506 1509 1518 1552 1557

OUVIDORIA 129 131 135 137 143 146 149 151

16/09/10 17/09/10 20/09/10

PROCESSO SELETIVO (INÍCIO 16/09 = EDITAL PUBLICADO) 8297 8350 8712

ALUNOS REGULARES 5933 6101 6864

EDITAL MESTRADO 2011 1561 1693 2262

EDITAL DOUTORADO 2011 652 716 1024

NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 637 726 832

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Acompanhamento diário de acessos no site/página do PPGCOM-USP – Outubro/2010

01/10 04/10 05/10 06/10 07/10 08/10 13/10 14/10 15/10 18/10 19/10 20/10 21/10 22/10 25/10 26/10 27/10 28/10 29/10

PÁGINA INICIAL 85316 85835 86304 86544 86874 87076 *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

COORDENAÇÃO PPGCOM 3554 3571 3603 3609 3620 3662 3670 3703 3715 3728 3741 3761 3766 3773 3785 3791 3792 3799 3807

ORGANIZAÇÃO 12588 12615 12640 12654 12669 12680 12732 12792 12807 12824 12832 12850 12857 12867 12884 12903 12913 12924 12934

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1271 1282 1287 1290 1296 1301 1323 1358 1360 1366 1367 1377 1379 1384 1393 1400 1405 1407 1413

LINHAS DE PESQUISA 1252 1266 1273 1275 1282 1287 1317 1349 1352 1361 1366 1374 1376 1381 1390 1395 1398 1403 1405

DOCENTES 5622 5635 5654 5667 5679 5691 5729 5764 5572 5779 5784 5793 5995 5798 5807 5817 5820 5823 5826

CAPES (inserido em 28/09/10) 48 58 71 79 86 92 113 127 132 141 150 162 164 170 180 191 193 198 207

CALENDÁRIOS 4921 4947 4990 5012 5038 5051 5127 5172 5191 5216 5238 5265 5273 5291 5320 5347 5359 5370 5388

DISCIPLINAS 20660 20763 20829 20870 20927 20957 21100 21220 21259 21318 21367 21428 21446 21488 21562 21619 21653 21682 21723

2º/2010 8114 8171 8199 8219 8248 8263 8330 8381 8398 8423 8445 8482 8493 8508 8536 8556 8568 8584 8609

1º/2010 3268 3312 3336 3346 3365 3377 3453 3494 3516 3557 3583 3622 3632 3654 3687 3710 3727 3748 3764

EVENTOS PPGCOM 925 933 938 947 955 960 983 991 996 1009 1018 1029 1032 1039 1045 1054 1055 1061 1067

FORMULÁRIOS PPGCOM 996 1005 1019 1025 1032 1036 1071 1091 1100 1107 1110 1116 1117 1118 1122 1126 1129 1135 1142

PROCESSO SELETIVO 9733 9859 10018 10086 10186 10256 10515 10830 10902 11078 11167 11340 11392 11493 11584 11669 11713 11766 11826

ALUNOS REGULARES 8565 8762 8965 9072 9208 9307 10117 11152 11428 11921 12059 12556 12699 13013 13361 13620 13779 13962 14173

EDITAL MESTRADO 2011 3675 3865 4083 4183 4296 4392 4888 5448 5597 5963 6105 6351 6414 6560 6690 6818 6907 6984 7059

EDITAL DOUTORADO 2011 1609 1699 1779 1810 1866 1898 2106 2334 2397 2615 2688 2799 2837 2917 3014 3064 3110 3153 3231 NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 1093 1140 1184 1210 1239 1259 1397 1496 1519 1579 1605 1640 1657 1682 1714 1727 1740 1747 1763

ALUNOS ESPECIAIS 2637 2658 2676 2683 2709 2723 2773 2818 2839 2867 2882 2910 2916 2937 2962 2983 2992 3001 3018

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2384 2393 2402 2410 2426 2433 2454 2473 2478 2487 2496 2517 2522 2528 2540 2543 2551 2554 2561

REGIMENTO E NORMAS 1564 1578 1592 1601 1616 1622 1651 1665 1671 1682 1685 1698 1699 1703 1708 1714 1719 1726 1737

OUVIDORIA 154 162 167 168 170 172 182 189 191 195 198 202 204 208 212 216 217 222 228 ***Desativado em função do processo seletivo

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Acompanhamento diário de acessos no site/página do PPGCOM-USP – Novembro/2010

3/11 4/11 5/11 8/11 9/11 10/11 11/11 12/11 16/11 17/11 18/11 19/11 22/11 23/11 24/11 25/11 26/11 29/11 30/11

PÁGINA INICIAL *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

COORDENAÇÃO PPGCOM 3834 3839 3845 3853 3867 3874 3902 3902 3919 3923 3930 3936 3941 3953 3961 3964 3968 3991 4003

ORGANIZAÇÃO 12973 12981 12988 12997 13021 13034 13091 13091 13098 13104 13121 13134 13142 13151 13168 13173 13178 13210 13220

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1425 1428 1431 1453 1447 1453 1476 1476 1480 1483 1485 1491 1498 1501 1507 1511 1512 1526 1530

LINHAS DE PESQUISA 1417 1420 1423 1428 1439 1443 1466 1466 1469 1471 1474 1479 1486 1488 1489 1500 1501 1516 1522

DOCENTES 5837 5840 5843 5853 5860 5866 5890 5890 5891 5894 5899 5903 5912 5916 5922 5928 5930 5945 5955

CAPES (inserido em 28/09/10) 224 230 237 241 250 259 280 280 285 288 291 299 303 308 311 316 322 336 337

CALENDÁRIOS 5427 5431 5449 5463 5488 5491 5531 5531 5543 5552 5562 5570 5577 5590 5594 5603 5610 5635 5641

DISCIPLINAS 21831 21863 21887 21898 21969 22000 22101 22101 22144 22171 22207 22231 22267 22283 22321 22355 22383 22474 22504

2º/2010 8657 8664 8681 8694 8710 8724 8758 8758 8773 8780 8792 8804 8817 8831 8842 8855 8868 8904 8910

1º/2010 3841 3862 3873 3896 3926 3945 3987 3987 4007 4022 4049 4068 4087 4083 40115 4140 4170 4228 4243

EVENTOS PPGCOM 1081 1087 1095 1099 1108 1111 1131 1131 1132 1139 1147 1150 1153 1156 1159 1162 1166 1180 1189

FORMULÁRIOS PPGCOM 1153 1155 1158 1162 1165 1166 1173 1173 1175 1176 1178 1180 1182 1184 1185 1186 1188 1196 1199

PROCESSO SELETIVO 12008 12047 12090 12123 12169 12198 12349 12349 12386 12417 12491 12523 12555 12583 12611 12624 12636 12686 12700

ALUNOS REGULARES 14823 15121 15378 15673 16036 16316 17504 17504 17751 17976 18418 18602 18731 18856 19001 19146 19301 19858 20074

EDITAL MESTRADO 2011 7346 7463 7631 7723 7907 8009 8337 8337 8416 8483 8550 8594 8643 8674 8703 8781 8831 8976 9041

EDITAL DOUTORADO 2011 3527 3584 3662 3736 3839 3883 4119 4119 4171 4216 4282 4323 4379 4381 4384 4487 4507 4642 4680

NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 1813 1831 1859 1891 1946 1987 2298 2298 2343 2367 2384 2391 2400 2406 2416 2428 2443 2471 2483

ALUNOS ESPECIAIS 3056 3064 3095 3116 3133 3148 3170 3170 3183 3207 3221 3237 3247 3259 3267 3281 3293 3331 3344

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2595 2599 2614 2619 2624 2629 2646 2646 2659 2672 2668 2671 2683 2689 2692 2694 2700 2716 2725

REGIMENTO E NORMAS 1758 1761 1766 1775 1786 1797 1835 1835 1844 1853 1862 1864 1867 1870 1876 1884 1896 1927 1930

OUVIDORIA 232 236 238 241 244 247 252 252 255 257 259 261 263 264 265 265 268 276 279

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Acompanhamento diário de acessos no site/página do PPGCOM-USP – Dezembro/2010

1/12 2/12 3/12 6/12 7/12 8/12 9/12 10/12 13/12 14/12 15/12 16/12 17/12 20/12 21/12 22 a 28/12 29/12 30/12 31/12

PÁGINA INICIAL *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

COORDENAÇÃO PPGCOM 4006 4011 4020 4027 4030 4034 4040 4051 4064 4075 4081 4090 4095 4102 4111 4136 4139 4144

ORGANIZAÇÃO 13231 13238 13251 13265 13271 13278 13287 13293 13310 13322 13336 13343 13368 13388 13406 13474 13495 13501

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1532 1535 1545 1549 1551 1554 1558 1561 1567 1570 1573 1576 1579 1587 1591 1614 1624 1629

LINHAS DE PESQUISA 1525 1529 1537 1544 1546 1548 1553 1554 1564 1566 1579 1581 1585 1593 1595 1620 1626 1631

DOCENTES 5957 5959 5966 5976 5980 5982 5988 5993 6000 6001 6011 6017 6023 6036 6041 6077 6085 6091

Bolsas (inserido em 29/12/2010) 70 75 77

CAPES (inserido em 28/09/10) 338 340 347 361 369 374 378 384 394 399 403 408 414 427 434 464 467 475

CALENDÁRIOS 5646 5652 5663 5675 5683 5697 5708 5717 5739 5746 5754 5763 5777 5803 5817 5896 5912 5927

DISCIPLINAS 22534 22555 22582 22617 22649 22694 22718 22748 22818 22860 22893 22931 22976 23044 23097 23285 23315 23341

2º/2010 8922 8933 8942 8958 8971 8984 8993 9005 9032 9051 9065 9076 9092 1o./2011

1º/2010 4253 4269 4290 4326 4336 4362 4379 4397 4442 4459 4468 4489 4506 1o./2011 48 332 385 420

EVENTOS PPGCOM 1192 1198 1203 1210 1214 1218 1223 1227 1236 1238 1243 1248 1253 1264 1272 1300 1301 1310

FORMULÁRIOS PPGCOM 1200 1201 1203 1206 1207 1208 1213 1215 1220 1224 1228 1229 1231 1236 1239 1259 1261 1263

PROCESSO SELETIVO 12707 12719 12730 12753 12769 12782 12793 12803 12841 12851 12862 12885 12904 12925 12951 13017 13031 13042

ALUNOS REGULARES 20132 20283 20436 20707 20934 21148 21352 21561 21993 22289 22592 22940 23221 23637 23901 24775 24899 25003

EDITAL MESTRADO 2011 9062 9093 9124 9181 9202 9275 9338 9385 9482 9559 9622 9653 9727 9805 9876 10058 10080 10112

EDITAL DOUTORADO 2011 4701 4722 4754 4817 4857 4890 4972 5008 5120 5169 5206 5247 5285 5331 5359 5473 5493 5499 NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 2491 2502 2507 2519 2527 2541 2556 2566 2585 2595 2601 2608 2616 2627 2640 2696 2704 2711

ALUNOS ESPECIAIS 3361 3375 3388 3410 3420 3444 3454 3470 3515 3535 3551 3580 3616 3685 3708 3855 3869 3903

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2728 2731 2735 2743 2747 3750 2755 2756 2769 2771 2775 2780 2786 2791 2795 2817 2819 2822

REGIMENTO E NORMAS 1933 1938 1942 1950 1953 1959 1965 1982 1994 2000 2006 2009 2018 2028 2033 2060 2063 2068

OUVIDORIA 280 281 282 287 289 291 294 297 304 305 307 309 312 317 319 328 330 332

22 a 28/12 recesso USP ***20/12 despublicado disciplinas 1º./2010 e 2º./2010

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3/1 4/1 5/1 6/1 7/1 10/1 11/1 12/1 13/1 14/1 17/1 18/1 19/1 20/1 21/1 24/1 25/1 26/1 27/1 28/1 31/1

PÁGINA INICIAL 94215 94261 94427 94612 94763 94912 95058 95202 95353 95507 95661 95864 96601 96277 96388 96544 96698 96856 97013 97223 97434

COORDENAÇÃO PPGCOM 4148 4160 4169 4176 4182 4190 4197 4203 4208 42213 4219 4230 4238 4247 4256 4264 4270 4283 4291 4298 4306

ORGANIZAÇÃO 13521 13542 13559 13578 13592 13611 13639 13661 13683 13702 13728 13750 13774 13794 13815 13843 13870 13897 13930 13963 13996

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1634 1647 1657 1663 1669 1683 1692 1699 1707 1717 1722 1734 1748 1758 1769 1780 1791 1801 1814 1826 1839

LINHAS DE PESQUISA 1636 1645 1655 1658 1663 1674 1690 1697 1705 1711 1718 1745 1773 1746 1756 1767 1775 1786 1798 1805 1813

DOCENTES 6096 6102 6113 6119 6128 6143 6158 6166 6174 6183 6193 6201 6211 6221 6237 6251 6263 6279 6291 6303 6316

BOLSAS (inserido em 29/12/10) 80 80 81 82 84 86 88 89 90 92 93 94 95 96 96 97 97 98 99 100 101

CAPES (inserido em 28/09/10) 480 487 502 507 510 517 522 531 540 552 561 571 580 591 597 602 608 612 617 623 630

CALENDÁRIOS 5943 5967 5997 6025 6043 6071 6096 6120 6144 6165 6192 6209 6225 6243 6253 6282 6310 6342 6372 6401 6430

DISCIPLINAS 23382 23443 23499 23554 23600 23664 23704 23748 23782 23825 23880 23920 23962 24009 24034 24037 24084 24126 24214 24275 24338

1º/2011 519 711 906 1065 1190 1286 1465 1561 1663 1752 1856 1980 2096 2226 2292 2409 2524 2643 2762 2924 3085

EVENTOS PPGCOM 1319 1322 1326 1329 1331 1338 1341 1344 1347 1350 1353 1356 1359 1362 1364 1366 1368 1370 1372 1375 1377

FORMULÁRIOS PPGCOM 1266 1273 1278 1280 1285 1291 1298 1302 1307 1313 1321 1327 1334 1341 1345 1349 1354 1359 1363 1369 1375

PROCESSO SELETIVO 13059 13119 13157 13195 13225 13254 13281 13313 13345 13377 13410 13453 13497 13542 13570 13601 13633 13659 13697 13745 13791

ALUNOS REGULARES 25220 25376 25487 25600 25677 25776 25879 25965 26051 26137 26225 26323 26426 26543 26608 26701 26800 26897 26996 27104 27215

EDITAL MESTRADO 2011 10141 10180 10227 10272 10303 10348 10391 10430 10472 10501 10548 10581 10615 10653 10684 10720 10758 10803 10832 10875 10918

EDITAL DOUTORADO 2011 5520 5546 5573 5595 5617 5646 5682 5728 5773 5819 5869 5896 5924 5954 5973 6019 6065 6113 6157 6225 6297 NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 2718 2754 2768 2776 2782 2787 2792 2797 2802 2807 2814 2819 2824 2831 2838 2849 2857 2864 2875 2884 2894

ALUNOS ESPECIAIS 3955 4089 4149 4191 4215 4240 4269 4298 4326 4356 4385 4418 4450 4494 4531 4576 4625 4670 4719 4781 4846

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2830 2839 2843 2848 2854 2859 2862 2866 2871 2875 2878 2881 2885 2889 2892 2898 2903 2909 2917 2923 2928

REGIMENTO E NORMAS 2073 2077 2083 2086 2087 2093 2101 2106 2111 2116 2123 2130 2138 2149 2152 2158 2163 2169 2177 2190 2202

TUTORIAL LATTES (inserido 03/01/10) 4 25 37 42 51 69 85 90 104 123 146 158 170 183 198 209 220 232 245 262 279

OUVIDORIA 325 340 342 344 347 349 352 356 359 363 369 371 374 377 381 383 385 387 390 391 392

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1/2 2/2 3/2 4/2 7/2 8/2 9/2 10/2 11/2 14/2 15/2 16/2 17/2 18/2 21/2 22/2 23/2 24/2 25/2 28/2

PÁGINA INICIAL 97604 97890 98178 98306 98499 98670 98839 98975 99109 99328 99475 99565 99568 99748 99953 100150 100388 100745 100821 101044

COORDENAÇÃO PPGCOM 4313 4322 4332 4335 4350 4359 4367 4374 4381 4389 4393 4396 4399 4403 4412 4421 4432 4449 4454 4473

ORGANIZAÇÃO 14015 14044 14074 14091 14134 14164 14197 14216 14235 14266 14287 14298 14309 14321 14343 14365 14386 14402 14415 14455

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1847 1855 1864 1867 1883 1891 1900 1905 1913 1922 1931 1934 1938 1942 1949 1958 1964 1971 1973 1987

LINHAS DE PESQUISA 1821 1830 1840 1845 1856 1863 1871 1879 1888 1896 1904 1907 1910 1914 1919 1926 1931 1939 1943 1956

DOCENTES 6329 6341 6353 6361 6374 6382 6393 6402 6411 6426 6431 6435 6439 6444 6451 6463 6477 6482 6486 6506

BOLSAS (inserido em 29/12/10) 101 102 103 105 107 109 111 111 112 112 112 113 114 115 116 118 119 121 121 122

CAPES (inserido em 28/09/10) 634 640 646 651 657 663 669 671 673 679 686 688 690 693 705 717 729 757 762 771

CALENDÁRIOS 6464 6504 6544 6567 6594 6623 6651 6667 6684 6722 6755 6766 6778 6789 6818 6845 6876 6920 6928 6945

DISCIPLINAS 24389 24471 24557 24606 24646 24693 24741 24770 24799 24842 24886 24905 24926 24948 24993 25038 25083 25138 25153 25199

1º/2011 3272 3548 3827 3898 3993 4064 4137 4203 4270 4356 4421 4463 4503 4549 4650 4738 4839 4975 5011 5089

EVENTOS PPGCOM 1381 1389 1395 1398 1404 1410 1415 1418 1421 1425 1429 1430 1431 1432 1436 1440 1445 1449 1452 1469

FORMULÁRIOS PPGCOM 1386 1403 1424 1429 1434 1439 1443 1444 1445 1450 1454 1456 1458 1460 1463 1468 1471 1474 1477 1484

PROCESSO SELETIVO 13829 13901 13978 13999 14044 14082 14122 14150 14179 14219 14261 14278 14295 14312 14362 14410 14462 14542 14557 14585

ALUNOS REGULARES 27294 27425 27560 27635 27756 27858 27959 28049 28140 28290 28399 28455 28509 28564 28675 28785 28898 29043 29092 29238

EDITAL MESTRADO 2011 10945 11001 11056 11081 11127 11170 11214 11247 11280 11329 11387 11410 11434 11456 11509 11561 11615 11678 11700 11753

EDITAL DOUTORADO 2011 6331 6372 6415 6451 6553 6590 6631 6658 6686 6759 6794 6813 6831 6856 6893 6946 6969 6996 7015 7091 NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 2902 2911 2923 2928 2936 2944 2955 2959 2964 2977 2986 2989 2991 2994 2999 3004 3008 3014 3017 3026

ALUNOS ESPECIAIS 4925 5047 5171 5187 5221 5248 5276 5292 5309 5343 5369 5380 5392 5704 5464 5523 5585 5697 5706 5729

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 2934 2939 2942 2945 2955 2960 2965 2967 2970 2973 2979 2981 2984 2987 2991 2996 3001 3007 3011 3020

REGIMENTO E NORMAS 2214 2218 2224 2230 2237 2242 2248 2254 2261 2279 2286 2290 2295 2298 2303 2310 2315 2319 2324 2329

TUTORIAL LATTES (inserido 03/01/10) 291 306 321 329 342 352 362 370 378 390 398 401 404 407 419 431 443 455 466 484

OUVIDORIA 398 400 401 402 407 410 413 413 414 418 421 422 423 425 428 431 435 438 440 445

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Acompanhamento diário de acessos no site/página do PPGCOM-USP – Março/2011

1/3 2/3 3/3 4/3 10/3 11/3 21/3

PÁGINA INICIAL 101150 101256 101414 101572 102012 102261 103239

COORDENAÇÃO PPGCOM 4478 4482 4487 4492 4517 4531 4573

ORGANIZAÇÃO 14466 14477 14500 14524 14615 14656 14831

ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO 1990 1994 2000 2007 2035 2053 2111

LINHAS DE PESQUISA 1961 1967 1974 1982 2013 2024 2084

DOCENTES 6510 6514 6523 6532 6589 6608 6669

BOLSAS (inserido em 29/12/10) 123 124 126 128 131 131 139

CAPES (inserido em 28/09/10) 775 780 789 798 819 827 867

CALENDÁRIOS 6958 6972 6987 7003 7047 7073 7190

DISCIPLINAS 25220 25242 25275 25308 25410 25470 25715

1º/2011 5129 5168 5216 5265 5407 5471 5833

EVENTOS PPGCOM 1471 1474 1481 1489 1515 1534 1588

FORMULÁRIOS PPGCOM 1488 1492 1494 1496 1505 1509 1522

PROCESSO SELETIVO 14606 14629 14649 14669 14765 14806 14966

ALUNOS REGULARES 29303 29368 29440 29513 29782 29901 30429

EDITAL MESTRADO 2011 11786 11826 11859 11893 12010 12068 12324

EDITAL DOUTORADO 2011 7120 7148 7180 7212 7297 7333 7542

NORMAS PARA PROJETO DE PESQUISA 3030 3034 3040 3046 3066 3085 3151

ALUNOS ESPECIAIS 5743 5756 5765 5777 5821 5842 5920

PUBLICAÇÕES DO PPGCOM 3023 3026 3034 3043 3063 3072 3095

REGIMENTO E NORMAS 2332 2337 2342 2348 2369 2378 2413

TUTORIAL LATTES (inserido 03/01/10) 491 499 504 510 547 559 610

OUVIDORIA 446 448 449 450 462 468 480