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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO INSTITUTO DE FislCA DE SAO CARLOS " Projeto e Construf;3o de urn Sistema de Vacuo Dedicado a Dissertar;ao apresentada ao Instituto de Fisica de Sao Carlos, Universidade de Sao Paulo, para a obtenr;ao do titulo de Mestre em Ciimcias- Fisica Aplicada . sAo CARLOS 1997 SERVj(~O Dt: 13IBllOTECA-' INFGF:~ •. lr,cAo

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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

INSTITUTO DE FislCA DE SAO CARLOS

" Projeto e Construf;3o de urn Sistema de Vacuo Dedicado a

Dissertar;ao apresentada aoInstituto de Fisica de Sao

Carlos, Universidade de Sao

Paulo, para a obtenr;ao do

titulo de Mestre em Ciimcias-

Fisica Aplicada .

sAo CARLOS

1997

SERVj(~O Dt: 13IBllOTECA-'INFGF:~ •.lr,cAo

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Franceschini. Marco JoseProjeto e constrw,;ao de um sistema de vacuo dedicado a tecnica

SIMS/Marco Jose Franceschini--Sao Carlos. 1997.83 p.

1. lnstrumenta<,;ao Cientifica. 2. Espectroscopia de Massa1.Titulo.

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•..... I n::c,,' r-1 UNIVERSIDADE,II •• II· Llr~ -, DE sAa PAULO

. ~ Instituto de Fisica de Sao CarlosAv. Dr. Carlos botelho, 1465CEP 13560-250 - Sao Carlos - SIBrasil

Fone (016) 274-3444Fax (016) 272-2218

MEMBROS DA COMiSsAo JULGADORA DA DISSERTAl;Ao DE MESTRADO DEMARCO JOSE FRANCESCHINI APRESENTADA AO INSTITUTO DE FfslCA DE sAcCARLOS, DA UNIVERSIDADE DE sAc PAULO, EM 28 DE AGOSTO DE 1997.

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Prof. Dr. Euclydes Marega Junior/IFSe-USP

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A minha esposa Cristiane

pelo carinho, amor, companherismo

e apoio em todos os momentos.

r: ;.~ "; {;: () ~) i:: ~:~, t", t. lOT 'l~C A Itf jI-; ~: c; r-: ,'\ ~"': h ;

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Meus sinceros agradecimentos ao prof. Euclydes pela orientayao e otimismo

transmitido.

Aos meus pais Gerson e Dirce pela confianya e preocupayao.

Aos meus irmaos Wagner e Luciano pela compreensao e amizade.

Ao amigo Lazaro pelo apoio e confianya desde 0 inicio da minha graduayao.

Ao tecnico Carlos do grupo de semicondutores pelo auxilio prestado.

Ao Carlinhos chefe da oficina mecanica pela responsabilidade na execuyao

dos projetos por nos solicitados.

Ao engenheiro Haroldo pela colaborayao no trabalho.

A Wladerez pelo auxilio junto a se<;aode pos-graduayao.

Aos amigos Luis. \1arcus e Sergio pelas conversas e momentos de

descontrayao.

A CAPES e ao PPG- FIS pela bolsa concedida.

A FAPESP pelo financiamento do projeto.

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I - INTROD U<;=A0 1

II - TECNICAS USUAIS DE ANALISE DE SUPERFICIES DE MATERIAlS

II.I.I - Caracterizayao Optica 5

11.2.5- Espectroscopia de Massa de ions Secundarios .14

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- ,IV - CONSTRUC;AO DO SISTEMA DE VACUO 30

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Apendice D - Caracteristicas Tecnicas do Espectrometro de Massa e do Canhao de ions.

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o trabalho realizado teve como objetivo principal 0 projeto, a construyao e os testes de

urn sistema de vacuo dedicado a tecnica de Espectrometria de Massa do ion Secundario (SIMS),

a ser utilizado na caracterizayao estrutural de heteroestruturas semicondutoras. 0 sistema

(dimaras e conexoes) foi totalmente desenvolvido nas dependencias do IFSC-USP, sendo

acoplado a este um conjunto de elementos comerciais, tais como: visores de Ultra-Alto Vacuo

(UHV), medidores, canhao de ions, valvulas, bombas (mecanica, turbo e i6nica) e espectr6metro

de massa.

Testes realizados mostraram que 0 sistema de vacuo principal (0 sistema todo e

composto por duas camaras de vacuo: uma principal e uma de introduyao) pode atingir pressoes

da ordem de 10-10 Torr. necessaria para a implementayao de tecnicas de analise de superficie.

Alem disto, 0 sistema mostrou-se versatil para a troca de amostras (uso continuo) e de facil

operayao.

Alem de instrumentayao para UHV, os resultados obtidos sao promissores no sentido de

proporcionar uma economia nos custos para futuras aquisiyoes de sistemas para analise de

superficies.

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main chamber and the load-look) is able to reach pressures of 10-10 Torr, important for surface

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I - INTRODUCAo

de moleculas menor que 2.5x 1019 moleculas/cm3. A palavra vacuo e originaria do grego e

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Nos capitulos IV eVe descrito 0 projeto do sistema de vacuo propriamente dito, e

os testes realizados para determinar sua performance e caracteristicas principais.

As conclus6es e propostas para 0 aperfeiyoamento do sistema desenvolvido SaD

apresentadas no capitulo VI.

Os apendices deste trabalho tern como objetivo complementar 0 texto elaborado, e

servir como referencia a uma eventual consulta.

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II - TECNICAS USUAIS DE ANALISE DE SUPERFicIES DEMATERIAlS SEMICONDUTORES

11.1.1 Caracterizacao 6ptica

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Metodos incluidos:

• Microscopia Optic a

• Elipsometria

• Fotoluminescencia

• Espectroscopia de Transmissao

• Espectroscopia de Abson;:ao

• Espectroscopia Ramam

• Modula<;:aode Reflectancia

• Luminescencia-cat6dica

Certamente algumas dessas tecnicas saD mais usadas que outras, no entanto suas

caracteristicas estao no fato de poderem determinar as dimensoes fisicas dos dispositivos,

espessuras das camadas, identifica<;:aode impurezas e defeitos, concentra<;:oes e parametros

6pticos, como 0 coeficiente de absor<;:aoe reflexao.

Nessa caracteriza<;:ao mencionaremos aquelas que se utilizam de feixe eletronico,

ionico e raio-X.

Tecnicas de feixe de eletrons:

• Microscopia Eletronica de Varredura

• Microscopia Eletronica de Transmissao

• Espectroscopia de Eletrons Auger

• Microssonda de Eletrons

• Espectroscopia de EIetrons de Baixa Energia e outras

Tecnicas de feixe de ions:

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eEspectroscopia de Espalhamento de ions (lSS)

eEspectrometria de Massa de ions Secundarios (SIMS)

eRutherford Backscattering e outras

Tecnicas que se utilizam Raio-X:

eFluorescencia de Raio-X

eEspectroscopia de Fotoeletron

eTopografia por Raio-X

eDifrayao de Raio-X e outras

Sao atraves dessas tecnicas que se obtem informayao visual, estrutural,

composicional e identificayao de impurezas e defeitos.

A caracterizayao eletrica e responsavel pela determinayao de parametros dos

dispositivos, tais como a resistividade, mobilidade, concentrayao de portadores, resistencia

de contato, altura de barreiras, comprimento e largura de canal, cargas 6xidas, tempo de

vida, densidade de estados da interface e profundidade do nivel de impurezas.

Muitas destas caracterizayoes eletricas se utilizam das tecnicas ja mencionadas,

como exemplo a Microscopia Eletronica de Transmissao, para estudar a profundidade do

nivel de impureza, ou de outras tecnicas como por exemplo 0 Efeito Hall, para 0 estudo da

mobilidade de portadores.

Como visto, a tecnologia de semicondutores tern uma grande demanda em analise e

caracterizayao. As ferramentas utilizadas para isso sao, em sua maioria, muito caras3.

Nosso objetivo nesse capitulo e introduzir as principais tecnicas de caracterizayao

Fisico-Quimica, aquelas denominadas como analise de superficies e sub-superficiais. A

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Spectroscopy-XPS) e Espectrometria de Massa de Ions Secundarios (Secondary Ion Mass

circunstancias uma apresenta vanta gens sobre outra3 e 0 emprego de duas ou mais delas

ofpode se complemental' .

ceramicos e polimericos3-5. Porem descreveremos suas aplica90es em materiais

interfaciais e infol'ma90es composicional quantitativa3 sac possiveis e viaveis par analise de

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energia diferenciada eletronicamente. sendo necessano para destacar os pequenos plCOS

sobrepostos ao grande fundo de eletrons secundarios. Porem. foi Pierre Auger quem

pnmelro interpretou. em 1923. 0 processo de emissao desses eletrons~-6. E reconhecida

como a mais sensivel das tecnicas de analise superficial para investiga<;:oes das

propriedades de composiyao e quimica dos dispositivos e materiais semicondutores3.

Algumas das vantagens da tecnica AES esta na rapida aquisi<;:aode dados (~5 min), limite

de detec<;:aode 5-50 A da profundidade da superficie, alta resolu<;:aoespacial4,5 e capacidade

de detectar quase todos elementos, exceto He e H. A alta resolu<;:ao espacial esta

relacionado ao poder de colimayao do feixe de eletrons. 0 mais utilizado, 0 qual incide no

material ocasionando a excita<;:aode eletrons Auger. A analise quantitativa e qualitativa sao

possiveis com precisao entre 5-30%. Quatro modos de aquisi<;:aopodem ser aplicados: a)

analise de ponto (diametro min. 50-200nm), b) varredura de linhas (scans line), c)

mapeamento elemental' e d) perfilamento de profundidade que combina AES com erosao

ionica (sputtering) pOl' Argonio. assim AES toma-se uma poderosa ferramenta na

investiga<;:aodo gradiente de concentrayao e determina<;:ao de impurezas nas interfaces. A

sensibilidade limite de AES e de aproximadamente 0.1-0.5% de uma monocamada.

o principio da espectroscopia esta em analisar as energias dos chamados eletrons

Auger que sao emitidos dos solidos pelo bombardeamento de particulas incidentes

(normalmente sao usados eletrons com energia entre 2 e 20 KeY). Esse bombardeamento

pode causal' a ionizayao de urn nivel de caro<;:o(figura 11.1). Essa situayao e instavel e os

ions revertem-se para urn estado de baixa energia por perder parte desta energia potencial

preenchendo 0 buraco de caro<;:ocom urn eletron mais extemo, podendo ocorrer assim duas

situayoes: 1 - a emissao de urn foton (fluorescencia de raio-X) ou a transferencia de energia

para outro eletron de urn nivel mais extemo. Se a energia transferida para esse eletron for

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+ EletronII AugerI EVACI

--..-1 Ec

__________ EvN

Eletron dealta Energia

(2-10 KeV)

Na emissao de eletrons Auger estao envolvidos 3 niveis de energias4-7. Sendo os

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energia envolvidos -. Na figura 11.1. par exemplo. a transiyao (KLjL2,J) Auger corresponde

posiyao correspondente a energia fomece 0 tipo do elemento quimico 4,5. Pode-se observar

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400 600Electron Volts

dando 0 premio Nobel de Fisica em 1981 para 0 mesmo 4,5.

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A tecnica de XPS consiste da analise da energla dos fotoeletrons emitidos dos

s6lidos devido a excitayao causada pela incidencia de raio-X mole4,5,7,8. 0 raio-X penetra

no material interagindo com os atomos da regiao de penetrayao (interayao via efeito foto-

el6trico) causando a emissao dos eletrons, costumeiramente chamados de fotoeletrons.

Estes fotoeletrons sao detectados e a analise de sua energia cinetica fomece a

identificayao quimica da superficie da amostra. A energia cinetica e dada por:

onde h v e a energia do raio-X incidente, EL a energia de ligayao do orbital do qual 0 eletron

foi emitido e E¢ a funyao trabalho do analisador. A quantizayao dos niveis de energia

permite uma distribuiyao de energia cinetica em picos discretos referente as camadas foto-

ionizadas de cada atomo.

A posiyao dos picos das energias dos fotoeletrons de caroyo nos da a informayao

sobre a especie de elemento presente na amostra. A area sob os mesmos nos informa sobre

a concentrayao desses elementos. 0 deslocamento dos picos traz informayoes sobre a

quimica da superficie, pois as energias de ligayao dos niveis de caroyo dos atomos sao

afetados pelo tipo de ligayao, estado de oxidayao, sitio da rede, etc, provo cando urn

deslocamento de 0,1-10 eV na energia dos foto-eletrons. Urn espectro de XPS pode conter

eletrons Auger contribuindo para a analise. Na figura 11.3 observa-se urn espectro da

superficie obtido de uma amostra semicondutoras sem a limpeza superficial.

Os analisadores de fotoeletrons mais usuais sao os mesmos mencionados para AES.

Com isso, uma mesma camara de vacuo pode compartilhar tanto XPS quanta AES.

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1200 1100 1000 900Bindlng Energy I eV

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o grande merito de XPS esta no fato de nao danificar a superficie da amostra

quando analisada e tambem das condi<;oes estruturais das amostras serem mantidas.

Os componentes para analise par XPS sao: uma fonte de raio X, urn analisador de

eletrons, urn manipulador de amostras. Pode se usar tambem urn canhao de ions para

analise em profundidade como em AES. XPS exige Ultra-Alto Vacuo «IO-9Torr).

11.2.3- Espectroscopia de Fotoeh~trons Excitado por Ultra-Violeta (UPS)

E uma tecnica similar a XPS, diferenciada apenas pela fonte de radia<;ao

eletromagnetica. A espectroscopia de fotoeletrons excitado par ultravioleta (Ultra- Violet

Photoeletron Spectroscopy - UPS) utiliza radia<;ao na regiao ultravioleta do espectro. Uma

fonte convencional para isso e a lampada de descarga de He (hv = 21,2 e 40,8 eV para He I

e He II, respectivamente). Esta radia<;i'iode baixa energia geralmente resulta na gera<;ao de

eletrons de valencia ao inves de eletrons de caro<;o como em XPS. Em conseqiiencia, UPS

gera informa<;oes sobre liga<;oes quimicas entre os citomos4.5.

Nem sempre apenas as infarma<;oes sobre 0 tipo ou a quantidade de elemento que 0

material contem e suficiente. Alem disso, faz-se necessario saber como esses estao

arranjados. A difra<;ao de eletrons de baixa energia (Low Energy Electron Diffraction -

LEED) e capaz de determinar as posi<;oes at6micas desses elementos na superficie.

11.2.5- Espectrometria de Massa de ions Secundarios (SIMS)

A tecnica de espectrometria de massa de ions secundarios consiste em analisar os

ions formados a partir de uma superficie, pelo bombardeamento de urn feixe energetico

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moleculas ou fragmentos dessas2-5.

concentra<;:5es em ate 1014 /cm3, como ja observado na implanta<;:aode Boro em Si. SIMS

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o~ -200 A ---.-1

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2 4 6 8Tempo de bombardeio i6nico (min)

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246 8Tempo de bombardeio ionico (min)

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- ContatoAuPonto a

--- Ponto ~

-86 -84Energia de Liga~ao (eV)

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AES SIMS XPS UPS

Sonda e16tron Ion raio-X Ultravioleta

Especies detectadas e16tron IonI

e16tron E16tron

Resolu~ao espacial >100 <0,5Ilill 1 ' 10Ilill10 -lO~llill

Resolu~ao em 5-60 A >3A 5-60 A 5-60 A

profundidade

Sensibilidade de 0,1% <0,001 % 0,1% 0,1%

detec~ao

Quantitativa ++ + +++-

Mapeamento +++ ++- -

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III - A TECNICA DE SIMS

A espectroscopia de ehStrons dominou a analise de superficie ate os meados dos

anos 608. Com destaques para XPS e AES, onde XPS e utilizado para analise elementar

quantitativa acima de 0,1% de urn nivel de monocamada, enquanto AES se destaca pela sua

alta resoluyao espacial, ate 20nm, devido a focalizayao do feixe de eletrons 0 qual e

utilizado como radiayao de ionizayao. A vantagem de XPS e informayao quimica (estado de

oxidayao) do elemento. A sensibilidade dessas tecnicas para analise da superficie esta no

fato dos eletrons emitidos dos orbitais atomicos dos elementos nos s61idos poderem viajar

curtas disHincias antes de serem espalhados, devido ao livre caminho medio. Eles escaparao

dos s61idos somente se originarem de duas a vinte camadas da superficie.

A tecnica de XPS tern habilidade em fomecer informayoes quimicas atraves da

analise do deslocamentos das energias dos eletrons causados pela energia de ligayao do

elemento ao material, porem esses deslocamentos as vezes sao pequenos ou imperceptiveis,

resultando em informayoes imprecisas ou erroneas. Existe ainda uma crescente demanda no

que se refere a sensibilidade elemental'. Analise de concentrayoes em parte por milhao

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sensibilidade para analise elementar2-58 sendo bastante utilizado nas investigayoes de

dispositivos semicondutores.

o feixe primario pode ser constituido por eletrons, ions, neutrons ou fotons,

enquanto 0 secundario pode resultar em eletrons; fotons: especies neutras, atomos ou

moleculas: ions. monoatomicos ou grupo de atomos. Porem sao as especies ionicas que

farao parte da analise.

Bombardeando uma superficie de metal por ions primarios num tuba de descarga,

Joseph John Thomson observou em 1910 a emissao de ions secundarios positivos. Porem,

somente em 1831 que Woodcock publicou 0 primeiro espectro de ions secundarios

negativos ao bombard ear NaF e CaF2 com ions Lt a 500 eV. Vierbock e Herzog em Viena

sao apontados, em 1949, como os primeiros a construirem um instrumento modemo para

SIMS e obterem um espectro de massa de ions secundarios de oxidos e metais. Nos anos 50

Honig e colaboradores desenvolveram, nos laboratorios da ReA, um instrumento SIMS 0

qual foi usado extensivamente, mas foi nos anos 60 que se iniciou um rapido progresso

devido a Liebl e Herzog terem desenvolvidos dispositivos opticos para ions4,8,9.

Os pnmelros espectrometros trabalhavam de um modo conhecido como SIMS

Dinamico, onde um alto feixe primario era exigido para obter uma alta densidade do

secundario e assim ser capaz de detectar elementos em parte por bilMo. Devido a grande

taxa de remoyao das camadas atomicas por segundo, essa tecnica e nao propriamente uma

analise de superficie4CJ e sim um perfil da profundidade8. Nos anos 70 Benninghoven

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mostrou ser possivel uma verdadeira analise de superficie pOl' SIMS. Adaptando a tecnica,

a integridade da superficie era mantida em tempo mais que suficiente para a analise4,8,9

Esse modo de opera~ao usa uma densidade de corrente do feixe primario nao excedendo

5nA/cm2 com lnA de corrente ou menos4. Como conseqiiencia SIMS Estatico (SSIMS),

como e conhecido, exige sensibilidade muito alta do sistema de detec~ao, Modemos filtros

de massa de alta-transmissao e equipamento contador de pulsos possibilitam satisfazer as

condi~5es de SSIMS. A importancia de SSIMS como tecnica em analise de superficie esta

na condi~ao de oferecer estudos nao s6 da composic;:ao elementar mas tambem da estrutura

quimica da superficie. devido a emissao de aglomerados ionicos tanto quanta ions

elementares, tomando assim uma tecnica muito viavel no uso em materiais organicos.

No decorrer dos ultimos anos a tecnica sofreu outras modifica~5es para cada

situa~ao e condi~ao exigida. Como exemplo, se a superficie e isolante ocorre uma flutuayao

no espectro de massa devido ao acumulo de cargas. Urn bombardeamento com eletrons de

baixa energia neutralizara esse efeito. Sendo uma superficie delicada, pode-se utilizar

eletrons como feixe primario. Ainda, se for utilizado particulas neutras como feixe

primario. 0 problema de cargas nas amostras isolantes sera grandemente reduzido.

Muitas outras modifica~5es podem ser mencionadas, porem recentemente tern

havido urn rapido progresso na utiliza~ao de Lasers pulsados, no UV, para vaporizar e

ionizar micros volumes dos s6lidos para analises8.

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Uma analise do espectro de massa revela os elementos presentes na superficie. A

composi<;:ao do volume e obtido por continuar a bombardear e assim erodir a amostra e

simultaneamente obter espectros em varias profundidades.

No monitoramento da intensidade de urn ou mais picos em fun<;:aodo tempo de

bombardeio, tem-se urn perfil da concentra<;:ao em profundidade. Imagens da superficie

geradas pelos ions secundarios informam sobre a distribui<;:aolateral dos elementos sobre a

superficie em uma dada profundidade2. Isso e obtido ou por fazer uma varredura com 0

feixe primario sobre a amostra (Imaging Microprobe) ou bombardear uma determinada area

com urn feixe largo (lon Microscope)8.

Para analise por SIMS a superficie e bombardeada por ions pesados de baixa

energia (0,5-20 KeV) tais como 0 O2+ ou Ar+. Podemos escrever a taxa de remo<;:aoY (em s-

I) na amostra por:

onde Ip e 0 £luxo de ions primarios (ions S-I), Ap a area bombardeada (cm2), S 0

rendimento de sputtering da amostra (Momos/lons primarios), N a densidade atomiea da

amostra (Momos.cm-3) e DIp a densidade do £luxo de ions primarios (ions S-I cm-2

). Valores

caracteristicos para SIMS estMico sac de DIp= 1 nA em-2 dando como resultado para a taxa

de "sputter" 12/lms-1, assumindo S= 1 e N= 5.1022 Momos cm-3

. Para SIMS dimlmieo exige-

se uma corrente de Ions primario entre 10-1J _10-5A e uma area de bombardeio de 1/lm2-

lmm2 tal que a densidade da corrente do primario seja em tome de lmA em-2, resultando

assim numa taxa de remo<;:aode 4,5/lm.hr-1•

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Define-se S como a quantidade de material removido da amostra por ions incidente.

Ele depende de muitos parametros tais como a massa, energia e angulo de incidencia do ion

primario, massa e energia de ligayao da superficie dos atomos da amostra, estrutura

cristalina, orientayao da rede, rugosidade da superficie2.4.8 e outros.

Em geral S cresce com a energia do feixe primario e com a massa da particula

primaria, porem 0 aumento esta longe de ser linear em outros parametros. Com energias

maiores que 10 KeV urn maximo de S entre I e 10 e alcanyado. S e tambem funyao do

angulo de impacto, com urn valor maximo obtido em tomo de 60° em relayao a normal a

superficie em conseqtiencia da maxima deposiyao da energia de impacto na camada

superficial.

SIMS dinamico e uma ferramenta viavel para a analise de materiais semicondutores,

pois possibilita a determinayao da variayao em profundidade da distribuiyao de elemento-

trayo de requerimento primario. Por essa razao e pel a caracteristica da tecnica em detectar

elemento de baixa concentrayao (ppm) que SIMS Dinamico foi escolhido. Devido ao tipo

de analisador usado (quadrup6Io) 0 sistema montado permite operar no modo Estatico caso

haja interesse.

A instrumentayao basica requerida no sistema SIMS saD: um canhao de ions, como

fonte de Ions primarios; urn espectrometro de massa, para a detecyao de Ions secundarios;

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urn sistema de aquisiyao de dados e urn ambiente de alto vacuo para 0 canhao e 0

espectrometro.

o SIMS dim'imico requer uma densidade unifoffi1e de corrente. Uma analise feita

em Imm2 de area pode ser feita com uma corrente de 1O-6A, aceitavel para uma taxa de

erosao (> 1 monocamada S-I). Radiayao uniforme, juntamente com alta corrente, possibilita

uma erosao uniforme da superficie. Alta energia do feixe (>5 KeV) geralmente e usada para

dar grande taxa de remoyao e tambem para obter urn feixe altamente focado.

o canhao de ions para aplicac;:ao em SIMS consiste de uma fonte de ions, uma

coluna optica de ions para focar e defletir os mesmos e urn filtro de massa para assegurar a

pureza do feixe. Apos a ionizac;:aodos elementos, os mesmos podem ser acelerados para a

amostra pela aplicayao de uma voltagem (0,5-30 KV) entre dois pontos. 0 filtro de Ions

seleciona os elementos de diferentes cargas ou massas para que haja urn feixe uniforme e

como conseqilencia uma taxa de remoyao tambem uniforme. E, ainda, para que esses

elementos diferenciados nao sejam adsorvidos na amostra interferindo na analise da

mesma. Caso gas Argonio seja usado, por exemplo, apenas 0 Ar+ fara parte do feixe,

enquanto especie como Ar2+ e Ar+2 sao eliminados. Quando 0 canhao se utiliza de catodo

quente para a produyao de eletrons ionizadores, gases inertes (Ar ou Xe) e ultra puros

devem ser utilizados para nao danificar 0 mesmo, enquanto gases como O2 so poderao ser

utilizados em canhoes a catodo frio.

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iFSC:·U:.,'

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· d d 1 248compnmento as mesmas tern e ser re evante ' , .

menos restrito, pressoes de lO-5 Torr san suficientes para permitir urn longo caminho livre

esta relacionada a formayao de camadas de gases residuais na superficie. A 10-10 Torr leva-

se aproximadamente 104 segundos ate que uma monocamada seja adsorvida sobre uma

superficie4, porem a pressao de 10-6 Torr uma monocamada formara em 1 segund09

• (Ver

Em analises SSIMS, uma pressao de ~ 10-9 Torr e necessaria para fomecer urn tempo

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o sistema de vacuo para analise de superficies consta basicamente de uma camara

principal, uma outra camara chamada de secundaria, uma linha de transferencia, urn

manipulador de amostras e logicamente urn conjunto de bombas de vacuo compativel.

No capitulo seguinte faremos uma descriyao do sistema de vacuo projetado e

construido para 0 desenvolvimento da tecnica SIMS.

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IV - CONSTRUCAO DO SISTEMA DE vAcuo

A escolha do material para a construyao do sistema de vacuo e uma parte importante

do projeto. Tern de ser levado em conta a sua resistencia medinica, seu ponto de fusao, sua

taxa de deSSOfyaOe sua permeabilidade para os gases.

Muitas vezes e preciso aquecer a camara a altas temperaturas para haver a

degaseificayao de muitas substancias na parede intema, principalmente agua, e

posteriormente bombea-Ias para 0 meio extemo. A parede da camara tern de se mostrar

impermeavel, ate mesmo para moleculas diminutas, como a dos gases He e H2. Uma

tendencia de muitos materiais em baixa pressao e dessorver muitos dos seus elementos,

porem isso sera prejudicial para urn ambiente de UHV. 0 ayO inox mostra ser 0 material

mais conveniente a ser utilizado II. Nao ha variac;:ao de volume devido a diferenc;:a de

pressao e este possui baixo indice de dilatayao termica. Outra vantagem do ac;:oinox esta no

fato de os elementos deslocados da amostra nao reagirem com 0 mesmo, 0 que causaria

uma contaminayao da camara a medida que posteriormente esses fossem sendo liberados.

(Ver apendice B).

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Na execu9ao do projeto do sistema de vacuo foi utilizado 0 ayo inox 304. 0 sistema

consiste de uma camara principal, onde e anexado 0 canhao de ions, 0 analisador e 0

manipulador de amostras. E neste ambiente que sera realizado 0 experimento. No sistema

ha tambem uma camara denominada de secundaria, que permite a rapida inseryao da

amostra no ambiente de UHV.

Atingir UHV e uma tare fa que demanda tempo. Quando se consegue urn ambiente

limpo 0 suficiente, a intenyao e mante-lo assim. Existem necessidades constantes de contato

do meio intemo com 0 meio extemo, como por exemplo a troca de amostras. Porem, uma

maneira de minimizar esse efeito, ou seja, a "quebra" de vacuo, esta na camara secundaria.

Nosso sistema utiliza duas camaras separadas (detalhes tecnicos do sistema esHio

presentes no apendice C) por uma Valvula tipo gaveta. A principal possui uma bomba

i6nica para UHV (P<10·8 Torr) e a secundaria uma turbo-molecular juntamente com uma

mecanica tipo palheta. Com a valvula gaveta aberta faz-se urn pre-vacuo por ligar a bomba

mecanica e em seguida a turbo (a turbo depende da mecanica, pois ela so opera a partir de

10.1 Torr). Quando 0 vacuo atinge 0 limite estabelecido pela turbo (l0'7 Torr), fecha-se a

valvula e liga a bomba i6nica que esta conectada na primaria, estabelecendo assim 0 UHV

Para introduzir a amostra na camara principal, 0 pre-vacuo da secundaria e desfeito,

a amostra e colocada na linha de transferencia por uma janela da mesma. Com a janela

fechada, estabelece 0 vacuo limite pela turbo na seqUencia de bombeamento: macanica-

turbo. So assim abre-se a valvula de acesso a principal onde a amostra e transferida.

Fechando a valvula apos a transferencia, aguarda-se 0 restabelecimento do UHV pela

i6nica (aproximadamente I hora), pois 0 mesmo tern uma ligeira queda devido a diferenya

de pressao entre uma camara e outra. Porem 0 volume da secundaria e menor, 0 que

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quanta na sua distribui9ao angular4. Para incidencia normal tem-se a chamada distribui9ao

radial ao ponto de impacto. Ele varia com 0 coseno do cingula polar. E possivel produzir a

! .>'_: n c' \~ s: H ~..~n --;-~:l; ~-~~~~:,'," ('" ;", j-'

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IV.2.1 - Canhao de ions (fonte de ions)

Espalhamento de ions de Baixa Energia (LEIS)12.

ionizac;ao. 0 gas e suprido para essa regiao via uma valvula * de entrada de gas de urn

. valvula de precisao para 0 controle de entrada do fluxo de gas aocanhao - da VG.

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I, I'"' !", :;. C b ~ ~<." L O· 'f C.G A ", 'I.' .-

~ ,." C', r,:- }::, ':,:: I,. f}

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Valvula de...-.e controle do f1uxo

~ do gas

~Secundaria

GasArgonio

~Primaria

Canhaode" ions

Bombalonica

BombaTurbo

ValvulaGaveta

de entrada do gas. A valvula estando fechada opera com vazao minima de 10-14 Us e com

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50 /lAmm-2. 0 Ex 05 pode varrer uma area xy no maximo 5mm x 5mm a 5 KV e 30mm de

o espectrometro de massa utilizado e 0 SQ300 da VG (vide apendice D). E

instalado em urn ambiente de vacuo (melhor que 10-5 Torr) e composto por tres itens em

ions transmitidos chegam ao detetor gerando pulsos para urn amplificador extemo13.

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ou 0 seu perfil em pro fundi dade, a analise se da com base nos elementos que chegam ao

analisador ja pre ionizados pelo processo de ejey3.o ocorrido na amostra pelo

bombardeamento ionico.

Na camara de analise implantamos urn analisador tambem tipo quadrupolo

exclusivamente para RGA. A fonte de ions do SQ300 nao sera utilizada para essa

finalidade.

IV.2.2.1 - 0 Filtro de Massa

o filtro de massa do SQ300 e farmado par quatro barras de ayO inox cilindricas e

paralelas (dai a denominayao quadrupolo) com 127mm de comprimento e 6,35mm de

diametro.

Elas sac arranjadas simetricamente tal que r/ro e aproximadamente 1,16, onde reo

raio da barra e fo 0 raio do circulo inscrito entre elas, como ilustrado na fig. IV.3, com

5,45mm de diametro. Adicionalmente tem-se dois outros filtros de quatro barras de 20mm

de comprimento os quais formam 0 pre e pos filtros.

Com esse arranjo das barras, produz-se urn campo aproximado ao de uma superficie

hiperbolica para 0 qual a teoria pode ser estritamente aplicada.

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Os ions sac ejetados ao longo do eixo longitudinal. Em urn par de barras opostas e

aplicado urn potencial resultante da combinac;ao de urn potencial de radio freqilencia (rt) e

outro de, resultando num potencial U + ~cos. OJt, onde U e 0 potencial de e Va amplitude

do potencial rf. 0 mesmo potencial e aplicado no outro par de barras, porem com sinal

oposto, como mostrado na figura a seguir.

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d2x 2e(U+VCosUJt)m--, + , x = 0

dr r-o

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d2y 2e(U + VCosmt)m-d0 + 7 y=or rO~

do-x (

de2 + a + 2qCos2e)x = 0

dOd~~ + (a + 2qCos2e)y = 0

8eUa = 2 2mro (j)

4eVq = 2 2mro (j)

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_ ..--_ ..,-_.-

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..... ~.//

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a/q

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\

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U-0:::EQ)C'J('0•••••-o>

Linha /

~

uoEQ)C)('0•••••-o>

:2:-1~TLinha DC

Numero de Massa

v = 7,219mj\=

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A fonte de ions e construida em ac;:oinox. tantalo e material ceramico. Eletrons

emitidos termicamente do filamento sao lanc;:adosna camara de ionizac;:ao.A existencia de

urn escudo no filamento atua como urn refletor de eletrons, ajudando no processo de

ionizac;:aopor causar a oscilayao dos eletrons na camara de ionizayao.

Os eletrons ao atravessarem essa camara sofrem colisoes com moleculas nesta

regiao e formam ions positivos. Estes ions sao extraidos do local da ionizayao pelas lentes

de ions focados e sao ejetados diretamente ao filtro e placa no analisador. A energia do

eletron e determinada pela diferenya de potencial entre 0 filamento e a camara de ionizayao,

sendo de aproximadamente 70V. Uma voltagem dc e aplicada ao filamento para produzir

uma corrente caracteristica de 3,8A, causando uma corrente eletrica de emissao termica de

1mA. 0 analisador possui urn filtro de energia para a separayao dos elementos neutros e

dos ions de altas energias. Como ja mencionado. 0 RGA do analisador principal nao e

utilizado para este tim.

IV.2.3 - Outros Componentes

Foram utilizados tambem uma linha de transferencia (1 metro) da marc a Meca 2000

com precisao de ±2.So no angulo azimutal. acoplada a camara de introduyao. Tambem da

marca Meca 2000 foi acoplado a camara principal urn manipulador de amostra xyze, com

precisao de movimento do eixo x e y de ±O,005mm.

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o sistema SIMS foi testado por etapas. Antes de qualquer experimento au medidas,

a condiyao do vacuo foi verificada, pais a fonte de ions e a analisador exigem uma pressao

maxima em tome de 1O-5Torr. As dimaras tendo sido confeccionadas na oficina do IFSe,

coube a nos as testes de vazamentos, nao so nas conecc;5es flange-flange, mas

principalmente das soldas. Tendo solucionado as problemas de vazamento, os quais foram

detectados, e estabelecido 0 vacuo desejado, deu-se inicio ao teste da fonte de ions e sua

calibrac;ao e por fim 0 teste do analisador.

Primeiramente fez-se urn teste de vazamento na camara principal. 0 teste de

vazamento foi feito utilizando 0 "Heliun Leak-Test" da marca Balzers. Esse dispositivo

constitui-se de urn sistema de vacuo 0 qual e acoplado urn analisador de massa, do tipo

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quadrupolo, ajustado para detectar apenas Helio. Tendo urn conjunto de bombas mecanica e

turbo, permite obter vacuo da ordem de ate 10-7 Torr em casos favoraveis. Acopla-se esse

sistema a camara a ser testada, quando se atinge 0 vacuo limite 0 que se faz e passar urn

pequeno jato de gas Helio entre as flanges, nas soldas ou qualquer outro lugar possivel de

ocorrer vazamento. 0 vacuo limite e estabelecido quando a pressao da camara se estabiliza,

seu valor depende da presenya de furos ou nao e se existir, logicamente dependera das suas

proporyoes.

Quando ha vazamento em urn dado local, ao se aproximar 0 jato de gas Helio esse

penetra na camara. devido a diferenya de pressao, e bombeado ate 0 analisador de massa,

acusando 0 vazamento.

As razoes de se usar 0 gas Helio para este fim estao nos fatos de ser inerte e de

baixa concentrayao na atmosfera. Com isso, 0 Helio detectado no quadrupolo certamente

proveu do jato em ~uestao. Outra razao e 0 seu pequeno tamanho molecular, 0 que

possibilita detectar furos microscopicos.

Tendo obtido resultados satisfatorio, deu-se inicio ao teste de vazamento na camara

secundaria. Foi detectado urn furo em urn ponto numa das soldas. Essa solda foi refeita e a

camara submetida novamente ao teste, onde obtivemos resultados satisfatorios.

Apos os testes houve a limpeza de ambas as camaras e suas conexoes. Elas foram

lavadas com agua e detergente, em seguida submetidas ao aquecimento de 300°C para a

evaporayao das moleculas de agua. Apos 0 esfriamento houve uma limpeza final com

acetona, tomando-se os devidos cuidados com a manipulayao.

Testamos em seguida a bomba turbo antes do acoplamento definitivo na camara

secundaria. Finalmente conectamos as camaras entre si pela valvula gaveta, as bombas e os

demais dispositivos, como os tubos do bombeamento diferencial, as janelas, 0 medidor de

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"backing", 0 sistema atingi uma pressao de 10-7 Torr. Fechando-se a valvula gaveta e

ligando-se a i6nica. a pressao de inicio na camara principal foi de 3.10-7 Torr. Apos tres

dias de bombeamento, chega-se a 8,5.10-8 Torr. atingindo 10-10 Torr apos a degaseifica<;:ao

Estando 0 vacuo da camara principal, com todas as valvulas fechadas, em 6.10-9

Torr, ao abrir a valvula gaveta 5 (figura IV.!) ha urn aumento na pressao para 1,8.10-6 Torr.

Abrindo tambem as valvulas 1 e 3 0 vacuo cai para 5,4.10-6 Torr. Fechando somente a 1 ha

uma queda de pressao para 3,5.10-6 Torr, mostrando haver vazamento ou na propria valvula

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par exemplo a condicrao do vacuo « 10-6 Torr) e a degaseificacrao do seu filamento.

bombeamento diferencia1 em alto vacuo «10-7 Torr) e sem a fluxo do gas Argonia. Esse

capacidade de bombeamento de 50ls-l.

A bomba ionica12-14

, conhecida tambem como bomba "sputtering ions ", devido ao

• 1 (r,~, A Ie

.\ \..1

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e orientado ao longo do elXO do anodo que esta sob uma tensao da ordem de +5 KV.

Eletrons SaD emitidos do catodo pela a~ao do campo eletrico, realizando uma trajetoria

tipicamente helicoidal devido ao campo magnetico, amnentando 0 caminho percorrido em

dire~ao ao anodo e a probabilidade de colisao com moleculas de gas, resuhando em ions

positivos e a emissao de outro eletron. 0 ion colide com 0 catodo de Titanio pela a~ao do

campo eletrico, se a velocidade adquirida for suficiente aha, ocorrera 0 fenomeno de

"sputtering" (ou seja, a eje~ao de atomos de Titanio da superficie). Esses atomos de Titanio

ejetados aderem a superficie do anodo ou do proprio catodo formando uma superficie

quimicamente ativa que absorve as moleculas nao inertes presentes no gas. Gases inertes

sao capturados de outro modo. Sendo sua velocidade adquirida no campo eletrico

suficientemente alta. esses penetrarao no catodo de Titanio ficando ai retidos. Dai a rapida

satura~ao para os mesmos. e no nos so caso 0 Argonio. Ainda, tambem, se a superficie

estiver bastante saturada, tem-se a remissao dos gases bombeados quando ions incidentes

provocam a reemissao local pelo sputtering da camada superficial dos catodos,

denominando-se reemissao induzida. 0 Argonio e mais facilmente desalojado que outros

gases inertes.

Essa bomba possui uma regiao de velocidade de bombeamento con stante para uma

pressao intermediaria. decrescendo para baixos valores a baixas pressoes. Isso na pratica

impossibilita seu uso com urn fluxo continuo de gas injetado. A figura V.I mostra a curva

caracteristica da velocidade de bombeamento em 1/spara 0 ar em fun~ao da pressao.

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tamanho maim (maim velocidade de bombeamento, >1501s-1) ou troca-la por uma turbo

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100-7

10

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A introduyao de uma segunda turbo de 2501ls seria a principio a ideia mais acertada,

por proporcionar pressoes abaixo de 10-8 Torr sem que haja urn comprometimento na perda

da qualidade da analise realizada (no caso SIMS dimlmico).

o esquema proposto para 0 bombeamento diferenciaL acoplado it camara de

introduyao, supre adequadamente as especificayoes necessarias para a operayao do canhao

de ions. Com relayao ao sistema de introduyao e troca de amostras, este mostrou-se bastante

eficiente, permitindo uma facil troca de amostras, sem que haja urn aumento significativo

na pressao da camara de analise, alem do que ap6s uma hora da introduyao 0 sistema atinge

a condiyao necessaria para 0 inicio de uma analise.

Com 0 desenvolvimento deste projeto, 0 grupo de Fisica dos Semicondutores,

juntamente com os tecnicos das oficinas de apoio do IFSC, adquiriram conhecimentos

necessarios para a futura confecyao de sistemas de vacuo que necessitem de pressoes

inferiores it 10-9 Torr.

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[l]HANBLANIAM, M. H. High-Vacuum Technology: A Pratical Guide. Marcel Dekker,New York and Basel, 1990.

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[10]RANDELL, D. R.; NEAGLE, W. (editors). Surface Analysis Techniques andApplications. Royal Society of Chemistry, Manchester, 1990.

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(v) e:

1 N / ,) 1 / ,)P = --m\v- = -nm\v-3 V 3

3(E) = -kT

2

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o valor medio aritmetico (v) resulta de:

'" /'" (4)112(2kT)1I2(v) = fVf(v)dv ff(v)dv = - -o 0 Jr m

o '" 0 /'" 3kT(v- ) = f v- f (v )dv f f ( v)dv = -o 0 m

'"<t>= fvtdnt

o

n (2kT)1/2<t>=~ --

•..Jr - m molec./cm2.s

1 () 00 P<t>= -n v = 3,513xlO-- ()12 2

4 MT molec./cm.s

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lina 22 JDlit = 3,513xlO (l~fT)1/2 S

e 0 nurnero de rnoleculas adsorbidas por crn2 por segundo. Tipicarnente S tern urn valor

rnonocarnada tern da ordern de 1015 rnolec. por cn/, entao

1015

tMe ~ ~ segunlio

1A =--0

nICer

kTA =--0

JDICer

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Condiyao de Pressao Densidade gas Caminho Livre TempolMC

Vacuo (Torr) (moleculas m-3) Medio (m) (s)Atmosfera 760 2xl0llJ 10-1 lO-lJ

Baixo 1 3xl016 10-4 10-6

Medio 10-3 3xl0U 10-1 1O-~

Alto 10-6 3xl01U 10~ 1

Ultra-alto 10-10 3xl06 106 104

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APENDICE B - A UTILIZACAO DE METAlS NA CONFECAO DE SISTEMAS

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diferentes materiais medidos em Torr.litro/seg.cm-2.

_,;.. . c, ":"r G j~ J. '~,e

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32 64

t(min)

Figura A2.2 - Radio de desorsiio para varios materiais it temperatura ambiente:(I)Poliamida; (2)PVC; (3)Araldit; (4) Viton; (5)Teflon; (6) Cobre; (7)Ar;o Inox.

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01 - Bomba Ionica (Meca). 50 Iitros02 - Espectrometro de Massa SQ-300(V.G.)03 - Janela de observa9iio04 - Camara Principal05 - Valvula Gaveta (Meca)06 - Camara de Introdu9iio

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07 - Linha de transferencia08 - Bomba turbo-molecular09 - Manipulador (x,y) (Meca)10 - Gauge (medidor de vacuo Eduards)11 - Canhiio de ions EX-05(V.G)

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APENDICE 0 - CARACTERISTICAS TECNICAS DO ESPECTROMETRO

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Apendice D

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SO/TX 300CONTROL UNIT

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