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Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências
Departamento de Química e Bioquímica
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de
nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos
iónicos.
Ana Paula da Costa Ribeiro
Doutoramento em Química
(Química – Física)
2012
Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências
Departamento de Química e Bioquímica
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de
nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos
iónicos.
Ana Paula da Costa Ribeiro
Tese orientada pelo Professor Doutor Carlos Alberto Nieto de
Castro e pela Professora Doutora Maria José Vitoriano Lourenço,
especialmente elaborada para a obtenção do grau de Doutor em
Química, especialidade em Química – Física.
2012
v
Agradecimentos A realização deste trabalho dependeu da contribuição e acompanhamento de
várias pessoas a que passo a agradecer.
Primeiro quero agradecer ao Professor Carlos Nieto de Castro a sua
orientação, apoio e auxilio na elaboração desta tese. O seu profundo
conhecimento científico e a sua capacidade de análise foram vitais para
ultrapassar vários obstáculos que surgiram no decorrer deste trabalho.
Considero um privilégio ter sido orientada por alguém a quem reconheço
imensas qualidades científicas e humanas.
O meu agradecimento estende-se à Professora Maria José Lourenço, pela sua
orientação e conhecimento científico profundo. A sua experiência com
sensores foi valiosa. A sua disponibilidade e auxilio na resolução de situações
decorrentes do trabalho experimental foram inestimáveis e sem as quais o
trabalho não teria sido concluído. Agradeço também o auxílio precioso na
elaboração e correção desta tese.
Ao Professor Fernando Santos quero agradecer todo o auxílio prestado, a
contínua disponibilidade, as orientações, sugestões, correções e a paciência
que foram essenciais para a execução do trabalho experimental e posterior
tratamento e análise de resultados. O seu vasto conhecimento em áreas
extremamente diversificadas torna-o único e o facto de poder receber algum
desse conhecimento tornou esta experiência extremamente valiosa.
Á Professora Ângela Santos quero agradecer o apoio imprescindível, a partilha
dos seus conhecimentos, sempre de uma forma metódica e científica. A sua
experiência aliada à extraordinária capacidade de transmitir conhecimentos e
experiências foram inestimáveis durante a realização do trabalho experimental
e posteriormente na elaboração da tese. A sua amizade, calma, assertividade e
filosofia de vida foram muito importantes ao longo deste trajeto.
Ao Dr. Peter Goodrich, do QUILL, quero agradecer a partilha dos seus
conhecimentos sobre líquidos iónicos. A sua disponibilidade para esclarecer
vi
dúvidas foi uma constante ao longo deste trabalho e sem a sua ajuda não teria
conseguido. A sua amizade e preocupação foram “prendas” adicionais que
espero guardar para o resto da minha vida.
Ao Professor Chris Hardacre, também do QUILL, quero agradecer a sua
disponibilidade, energia contagiante e interesse científico que me ajudaram ao
longo de todo o trabalho com líquidos iónicos.
Aos meus colegas de laboratório, principalmente à Salomé, Maria João e Carla
quero agradecer o ambiente informal e simpático que sempre houve. À Andreia
Figueiras quero agradecer toda a ajuda e trabalho realizado.
À Doutora Susete Beirão quero agradecer a disponibilidade para o
esclarecimento de dúvidas sobre a instalação experimental utilizada na medida
da condutibilidade térmica.
À Ana Filipa quero agradecer a sua preciosa amizade, ajuda, preocupação,
paciência e momentos de boa disposição que tornaram certas situações muito
mais fáceis de ultrapassar. Ao João França, outro amigo a quem devo muito,
quero agradecer a disponibilidade para me ajudar e ouvir, a atenção e
preocupação que sempre demonstrou. Ao Filipe quero agradecer a ajuda na
resolução de problemas de grafismo que ocorrem durante a elaboração da
tese. Ao resto dos amigos que fui ganhando, na FCUL, ao longo destes anos
quero expressar o meu agradecimento pela vossa preocupação e amizade.
Ao Sr Liberato quero agradecer a ajuda e sugestões valiosas na execução das
peças de vidro.
Ao N.B. e à B.S. quero agradecer os valiosos momentos de terapia anti-stress
que me ajudaram a manter a perspectiva durante momentos muito
complicados.
À Fundação da Ciência e Tecnologia quero agradecer o financiamento durante
os 4 anos para a execução deste trabalho. Ao Centro de Ciência Moleculares e
Materiais quero agradecer a forma simpática como me acolheram e a ajuda
prestada.
vii
Para finalizar quero agradecer aos meus Pais e ao Nuno, pela demonstração
de amor, carinho e compreensão que tornaram possível este meu objetivo.
Sem a vossa ajuda, não haveria Ciência.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
ix
Resumo
Este trabalho pretendeu dar início à determinação rigorosa de propriedades
termofísicas de uma classe de materiais intitulada nanofluidos, constituídos por
uma matriz líquida e um fluido base à qual é adicionada uma percentagem de
um nanomaterial. Utilizaram-se líquidos iónicos como matriz líquida e
nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWCNT – do inglês MultiWalled
Carbon Nanotubes) como nanomaterial adicionado, designados por
IoNanofluidos.
Desenvolveram-se sensores de condutibilidade térmica e elétrica para medir
experimentalmente e determinar, com rigor as propriedades de IoNanofluidos
com diferentes percentagens de MWCNT em função da temperatura.
A determinação rigorosa da densidade, da capacidade calorífica, da
viscosidade e da condutibilidade térmica dos IoNanofluidos é fundamental para
o sucesso da aplicação destes novos fluidos à eletrónica, nos processos de
transferência de calor e no armazenamento de energia entre outras áreas.
De salientar que os valores de algumas das propriedades medidas e os
resultados publicados para estes sistemas até à data, apresentam ainda muita
dispersão entre autores. Uma vez que os IoNanofluidos são recentes, não
existem dados na literatura para efetuar comparações com a maioria das
determinações realizadas.
Verificou-se que para todos os ionanofluidos estudados ocorreu um incremento
dos seus valores, em relação ao valor do fluido base, independentemente da
propriedade estudada.
No caso da condutibilidade térmica determinada pelo método da fita aquecida,
a estimativa da incerteza para o ar, o tolueno e a água não ultrapassou os
±1.9% (k=2). Para a condutibilidade elétrica, a incerteza estimada foi ±2%. Para
a densidade a incerteza máxima foi de 0.08kg.m-3 (k=2) e no caso da
capacidade calorífica a incerteza é melhor que 1.5% (k=2).
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De realçar que parte da caracterização morfológica realizada aos IoNanofluidos
com MWCNT demonstrou que é a existência de zonas com caminhos
preferenciais para a condução de energia a responsável pelos efeitos
verificados e não a presença dos denominados “novelos”.
Palavras Chave:
Condutibilidade Térmica
Condutibilidade Elétrica
MWCNT
LI
IoNanofluidos
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Abstract
The main purpose of the present work is to initiate the accurate determination of
thermophysical properties of a class of materials called nanofluids, consisting of
a liquid matrix and a base fluid to which is added a proportion of a nanomaterial.
We used ionic liquids as liquid matrix and multi-walled carbon nanotubes
(MWCNT) as added nanomaterial. This new class of nanofluids is called
IoNanofluids.
Thermal and electrical conductivity sensors have been developed to measure
and experimentally determine accurately the properties IoNanofluidos with
different percentages of MWCNT has function of temperature.
The accurate determination of density, heat capacity, viscosity, electrical and
thermal conductivity of IoNanofluids is critical to the successful implementation
of these new fluids in electronics, heat transfer processes and energy storage
among other areas.
Note that the values of some of the measured properties and the results
published for these systems to date, still show much dispersion between
authors. Since IoNanofluids are recent, there is no data in the literature to make
comparisons with most of the determinations performed.
It was found that for all IoNanofluids studied, occurs an increase of their values,
compared to the value of the base fluid, regardless of property studied.
Thermal conductivity was determined by heat strip method and the uncertainty
estimate for air, water and toluene did not exceed ± 1.9% (k = 2). For the
electrical conductivity, the estimated uncertainty was ± 2%. The density has the
maximum uncertainty of 0.08kg.m-3 (k = 2) and in the case of heat capacity
uncertainty is better than 1.5% (k = 2).
The morphological characterization of IoNanofluids with MWCNT performed
shows that the existence of areas of preferential paths for conducting energy
are responsible for the effects observed and not the presence of so called
"entanglements".
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Keywords:
Thermal Conductivity
Electrical Conductivity
MWCNT
IL
IoNanofluids
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Nota prévia
No cumprimento do disposto no artigo do anexo REPG da UL, publicado no
Diário da República nº 65, 2ª Série, de 30 de Março de 2012, esclarece-se
serem da minha responsabilidade a execução das experiências que estiveram
na base dos resultados apresentados (excepto quando referidos em contrário),
assim como a interpretação e discussão dos mesmos.
Advertências
São usados alguns termos na língua Inglesa, não por falta de uma tradução
adequada, mas por serem termos comuns na comunidade científica relativa a
esta área. No entanto, todos os termos são acompanhados de tradução pelo
menos na primeira instância. Alguns termos técnicos estão em português,
embora ainda não se encontre disponível a recomendação para a tradução.
Esta tese é bilingue, no sentido que possui a maior do texto em português mas
tem incluído 2 capítulos escrito em língua inglesa. Por estarem protegidos por
direitos de autor, não foi feita qualquer alteração à sua estrutura, embora uma
possível tradução do título de cada artigo é apresentada para melhor mostrar a
importância da sua inserção na estrutura desta tese.
Como consequência, os índices têm o texto em português, excepto nos
capítulos referentes aos artigos incluídos.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Índice
Resumo .............................................................................................................. ix
Abstract .............................................................................................................. xi
Nota prévia ....................................................................................................... xiii
Advertências ..................................................................................................... xiii
Índice ................................................................................................................. xv
Índice de Figuras ............................................................................................ xviii
Índice de Tabelas ............................................................................................ xxv
Lista de símbolos .......................................................................................... xxvii
Símbolos gregos .......................................................................................... xxviii
Acrónimos ...................................................................................................... xxix
Capítulo 1 -Introdução ........................................................................................ 1
Líquidos iónicos .................................................................................................. 3
Nanotubos de carbono ....................................................................................... 6
Nanofluidos ...................................................................................................... 10
IoNanofluidos ................................................................................................... 14
Preparação do IoNanofluido ...................................................................... 15
Capítulo 2 - Condutividade eléctrica e viscosidade do 1-hexil-3-metilimidazolínio bis(trifluorometil)sulfonilimida , [C6mim][(CF3SO2)2N] .................................... 21
Abstract ............................................................................................................ 21
Introduction ....................................................................................................... 21
Experimental .................................................................................................... 22
Results and Discussion .................................................................................... 26
Conclusions ...................................................................................................... 33
Capítulo 3.1 - Propriedades térmicas de líquidos iónicos e ionanofluidos de líquidos com imidazolinio e pirrolidinio. ............................................................ 37
Abstract ............................................................................................................ 37
Introduction ....................................................................................................... 38
Experimental .................................................................................................... 40
Results and Discussion .................................................................................... 45
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Thermal Conductivity of Ionic Liquids ........................................................ 45
Heat Capacity of Ionic Liquids ................................................................... 49
Thermal Conductivity of IoNanofluids ........................................................ 54
Heat Capacity of a IoNanofluid .................................................................. 60
Conclusions ............................................................................................... 62
Capítulo 3.2 -Condutibilidade térmica de Ionanofluidos contendo nanotubos de carbono e [Cnmim][(CF3SO2)2N] e [C4mim][BF4] – Medidas experimentais, teoria e caracterização estrutural. .............................................................................. 67
Abstract ............................................................................................................ 67
Introduction ....................................................................................................... 67
Experimental .................................................................................................... 69
Results and Discussion .................................................................................... 71
Conclusions ...................................................................................................... 82
Capítulo 4 - Conclusões ................................................................................... 85
Capítulo 5- Desenvolvimentos atuais e futuros ................................................ 91
Introdução ........................................................................................................ 91
Condutibilidade térmica .................................................................................... 92
Desvios ao modelo ideal ............................................................................ 96
Efeitos terminais ........................................................................................ 97
Equação do Circuito da Ponte ................................................................... 97
Cálculo dos aumentos da resistência na fita flutuante ............................... 99
Determinação do aumento da temperatura na fita ..................................... 99
Determinação do fluxo de calor dissipado na fita .................................... 100
Cálculo da condutibilidade térmica .......................................................... 100
Descrição dos componentes concebidos ................................................. 103
Sensor .................................................................................................. 103
Célula de Suporte .................................................................................... 104
Procedimentos e resultados experimentais .................................................... 109
Resultados experimentais ........................................................................ 111
Incerteza global ....................................................................................... 112
Condutibilidade térmica medida com o KD2Pro ............................................. 114
Condutibilidade elétrica .................................................................................. 121
Descrição dos componentes concebidos ................................................. 121
Sensor .................................................................................................. 121
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Célula de vidro ...................................................................................... 123
Procedimentos e resultados experimentais .................................................... 123
Sensor Comercial .................................................................................... 123
Líquidos iónicos .................................................................................... 124
Ionanofluidos ........................................................................................ 124
Sensor Projetado ..................................................................................... 125
Procedimento experimental ..................................................................... 126
Resultados experimentais ........................................................................ 127
Densidade ...................................................................................................... 129
Descrição do equipamento ............................................................................. 129
Procedimento experimental ............................................................................ 129
Resultados experimentais .............................................................................. 130
Líquidos iónicos ....................................................................................... 130
Ionanofluidos ........................................................................................... 135
Viscosidade .................................................................................................... 143
Introdução ...................................................................................................... 143
Resultados experimentais .............................................................................. 145
Capacidade calorífica ..................................................................................... 151
Introdução ...................................................................................................... 151
Resultados experimentais .............................................................................. 151
Capítulo 6 – Referências ………………………………………………………....159
Anexo 1 ……………………………………………………………………………179
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Índice de Figuras
Figura 1- A - nanotubos de parede simples (Single Walled Carbon Nano Tubes
– SWCNT); B - nanotubos de carbono de paredes múltiplas (Multi Walled
Carbon Nano Tubes – MWCNT) 33 ..................................................................... 7
Figura 2 - Folha de grafeno. As esferas representam átomos de carbono
distribuídos como uma rede. .............................................................................. 8
Figura 3 - Diferentes modelos de nanotubos, segundo a orientação, feitos a
partir de uma folha de grafeno34. ........................................................................ 8
Figura 4 – Técnica dos dois passos para a produção de nanofluidos. ............. 17
Figura 5 - Electrical conductivity vessel with conductivity cell and magnetic
stirring bar. ....................................................................................................... 24
Figura 6 Deviations of available experimental viscosity values from quadratic
modification of Arrhenius fit .............................................................................. 29
Figura 7 - Deviations of available experimental electrical conductivity values
from Eq. 6 ......................................................................................................... 33
Figura 8- Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature. -
[C6mim][BF4]; - [C4mim][CF3SO3]; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N]; -
[C4mim][PF6]; - [C6mim][PF6]. ....................................................................... 45
Figura 9 - Deviations between our data and other data from Eq.(2), as a
function of temperature. - [C6mim][BF4]; - [C4mim][CF3SO3]; -
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N]; - [C4mim][PF6]; - [C6mim][PF6]; -
C4mpyrr][(CF3SO2)2N], Ge at al. (2007)21; - [C4mim][CF3SO3], Ge at al.
(2007); - [C4mim][PF6], Tomida et al. (2007); - [C6mim][PF6], Tomida et al.
(2007). .............................................................................................................. 49
Figura 10 - Heat capacity of [C4mim][BF4] as a function of temperature. Data
from other authors is also shown. - Present work; - Rebelo et al. ;118 -
Kim et al.;119 - Fredlake et al.;120 - Waliszewski et al.;121 - Van
Valkenburg et al.;32 - Garcia-Miaja et al.;123 - Garcia-Miaja et al..124 ........ 51
Figura 11 - Deviations between our data and other authors data from Eq.(3), as
a function of temperature. - [C4mim][BF4], present work; - [C4mim][PF6];
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- [C4mim][BF4], Rebelo et al.;118 - [C4mim][BF4], Waliszewski et al.;121 -
[C4mim][BF4], Van Valkenburg et al.;32 [C4mim][BF4], Garcia-Miaja et al.;124 -
[C4mim][PF6], Kabo et al.;126 - [C4mim][PF6], Troncoso et al..127 Results with
deviations greater than ± 2% are not included. ................................................ 52
Figura 12 - Heat capacity of [C4mim][PF6] as a function of temperature. -
Present work; - Holbrey et al.;125 - Kabo et al.;126 - Fredlake et al.;120
- Troncoso et al.127 ........................................................................................... 53
Figura 13 - Thermal conductivity of IoNanofluids as a function of temperature,
with a loading of 1 wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT; -
[C4mim][CF3SO3] + MWCNT; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; -
[C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] + MWCNT. ................................... 54
Figura 14 - Deviations between our data from Eq.(2), as a function of
temperature, with a loading of 1 wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT;
- [C4mim][CF3SO3] + MWCNT; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; -
[C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] + MWCNT. .................................... 55
Figura 15 - Thermal conductivity enhancement in the IonNanofluids, with a
loading of 1 wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT; -
[C4mim][CF3SO3] + MWCNT; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; -
[C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] + MWCNT. ................................... 56
Figura 16 - Figure 9. Heat capacity of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for two different
MWCNT loads (1 wt% and 1.5 wt%), as a function of temperature. -
[C4mim][PF6]; - [C4mim][PF6] + MWCNT (1 wt%); - [C4mim][PF6] +
MWCNT (1.5 wt%) ........................................................................................... 61
Figura 17 -. Heat capacity enhancement of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for two
different MWCNT loads (1 wt% and 1.5 wt%), as a function of temperature. -
[C4mim][PF6] + MWCNT (1 wt%); -[C4mim][PF6] + MWCNT (1.5 wt%). ....... 62
Figura 18 - Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature.
- [C2mim] [(CF3SO2)2N]; - [C4mim] [(CF3SO2)2N]; - [C6mim][(CF3SO2)2N];
- [C8mim] [(CF3SO2)2N]; - [C4mim][BF4]. ....................................................... 72
Figura 19 - Deviations between our data and other data from Eq.(1), as a
function of temperature. - [C2mim][(CF3SO2)2N]; - [C4mim][(CF3SO2)2N];
- [C6mim][(CF3SO2)2N]; - [C8mim][(CF3SO2)2N]; - [C4mim][BF4]; -
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[C2mim][(CF3SO2)2N],; - [C4mim][(CF3SO2)2N], ; - [[C6mim][(CF3SO2)2N], ;
- [C8mim][(CF3SO2)2N], - [C4mim][BF4] ................................................... 73
Figura 20 - Thermal conductivity of IoNanofluids as a function of temperature.
- [C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C4mim][(CF3SO2)2N] + 1%
MWCNT; - [C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C8mim][(CF3SO2)2N] +
1% MWCNT; - [C4mim][BF4] + 1% MWCNT ................................................ 74
Figura 21 - Deviations between our data from Eq.(2), as a function of
temperature. - [C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; -
C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C4mim][BF4] + 1% MWCNT .... 75
Figura 22 - Thermal conductivity enhancement in the IoNanofluids. -
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C8mim][(CF3SO2)2N] + 1%
MWCNT; - [C4mim][BF4] + 1% MWCNT ....................................................... 75
Figura 23 - Thermal conductivity enhancement predicted by Leong et al. model
[34], for different values of the thermal conductivity of the interfacial layer.
Values for different values of interfacial layer thickness h = 2 and h = 20 nm are
shown. The black dot represents the application to [C4mim][NTf2]. .................. 79
Figura 24 – TEM characterization of the [C4mim][BF4] + 1% MWCNT
Ionanofluid. Reference scale: A) 500 nm; B) and C) 200 nm; D) 100 nm; B) is a
magnification of A) and D) a magnification of C). The MWCNTs appear in dark
grey, while the interface shows up in white ...................................................... 81
Figura 25 – Aumento da temperatura obtida através do sensor concebido e
testado, baseado no método da fita aquecida em regime transiente, para a
água. ................................................................................................................ 94
Figura 26 – Esquema simplificado do circuito da ponte automática. Os pares de
pontos L/H representam locais de medição de potencial automaticamente
adquiridos pelo programa de controlo e aquisição. .......................................... 98
Figura 27 – Dependência da temperatura adimensional , f(), para a fita
aquecida ideal com ln () . ............................................................................. 101
Figura 28– Sensores de filmes finos (escala 1:1) . a) sensor com fita longa, com
5cm de comprimento; b) sensor com fita curta, com 2cm de comprimento. .. 104
Figura 29 – Condução transiente num sólido semi infinito. ............................ 105
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Figura 30 – Decréscimo da temperatura em função da espessura da placa de
Teflon®. .......................................................................................................... 106
Figura 31 a) Célula de medida e vaso de vidro. b) Vista lateral da célula de
medida. .......................................................................................................... 107
Figura 32 – Representação esquemática da montagem dos sensores na peça
de Teflon®. ..................................................................................................... 108
Figura 33 – Montagem experimental. (1) Caixas de décadas. (2) – Célula de
medida e sensores. (3) Ponte automática de Wheastone. (4) Fonte de
alimentação. (5) Multímetro. (6) Sistema de aquisição. ................................. 109
Figura 34 – Ensaios ∆T vs t para o tolueno (a), água (b) e ar (c). .................. 110
Figura 35 – Perfil da subida de temperatura em função de ln(). .................. 111
Figura 36 – Incremento para cada ionanofluido estudado, em função da
temperatura. ................................................................................................... 117
Figura 37 – Desvios entre os valores experimentais e os obtidos por França170.
....................................................................................................................... 119
Figura 38 – Sensor projectado para o estudo da condutibilidade elétrica. ..... 122
Figura 39 – a)Célula em vidro e b) Célula em vidro com o sensor projetado. 123
Figura 40 – a)superfície do electrodo Schott antes da limpeza b) superfície do
electrodo Schott depois da limpeza ................................................................ 125
Figura 41 – Montagem experimental. ............................................................. 126
Figura 42 – Valores obtidos para a densidade dos CnmimNTf2, no intervalo de
temperatura seleccionado para este estudo (283.15K a 323.15K). ................ 131
Figura 43 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os
valores da literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o
C2mimNTf2. .................................................................................................... 132
Figura 44 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os
valores da literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o
C4mimNTf2. .................................................................................................... 132
Figura 45 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os
valores da literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o
C6mimNTf2. .................................................................................................... 133
Figura 46– Valores obtidos para a densidade do C2mimEtSO4, no intervalo de
temperatura seleccionado para este estudo (283.15K a 323.15K). ................ 133
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Figura 47 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os
valores da literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para
o C2mimEtSO4. ............................................................................................... 134
Figura 48 – Densidade dos ionanofluidos com C2mimNTf2 como fluido base e
diferentes percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a
343.15K. ......................................................................................................... 135
Figura 49 – Densidade dos ionanofluidos com C4mimNTf2 como fluido base e
diferentes percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a
343.15K. ......................................................................................................... 136
Figura 50 – Densidade dos ionanofluidos com C6mimNTf2 como fluido base e
diferentes percentagens de MWCNT na gama de temperatura, 283.15K a
343.15K. ......................................................................................................... 137
Figura 51– Densidade dos ionanofluidos com C2mimEtSO4 como fluido base e
diferentes percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a
343.15K. ......................................................................................................... 138
Figura 52– Incrementos na densidade para os ionanofluidos estudados. ...... 140
Figura 53 – Valores de densidade experimentais e calculados (intitulados
teóricos) pela regra da mistura para os ionanofluidos estudados. ................. 142
Figura 54– Viscosidade em função da temperatura para os CnmimNTf2 (n= 2 a
12). ................................................................................................................. 146
Figura 55– “Shear Rate” vs “Shear Stress” para ionanofluidos com 1% w/w)
MWCNT, a 203.15K ....................................................................................... 147
Figura 56 – “Shear Rate” vs “Shear Stress” para ionanofluidos com 1.5% (w/w)
MWCNT, a 203.15K ....................................................................................... 147
Figura 57 – “Shear Rate” vs “Shear Stress” , para o ionanofluido
C6mimNTf2+1.5% (w/w), na gama de temperaturas de 283.15K a 343.15K.;
283.15K, 293.15K, 303.15K, X 313.15K, 323.15K, 333.15K,
343.15K .......................................................................................................... 148
Figura 58– Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o
C6mimNTf2 ..................................................................................................... 152
Figura 59 – Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o
C4mimBF4 ....................................................................................................... 152
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Figura 60 – Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o
C4mimNTf2 ..................................................................................................... 153
Figura 61 Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o
C6mimBF4 ....................................................................................................... 153
Figura 62 –Dados experimentais com os publicados, para o C4mimFAP ...... 154
Figura 63 – - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos,
com o fluido base C4mimBF4, na gama de temperaturas estudada. .............. 155
Figura 64 - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com
o fluido base C4mimNTf2, na gama de temperaturas estudada. ..................... 155
Figura 65- Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com
o fluido base C6mimNTf2, na gama de temperaturas estudada. ..................... 156
Figura 66 - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com
o fluido base C6mimBF4, na gama de temperaturas estudada. ...................... 156
Figura 67 Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o
fluido base C4mimFAP, na gama de temperaturas estudada. ........................ 157
Figura 68 – Estrutura do catião C4mim+ e dos aniões BF4- e PF6
- .................. 157
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
xxv
Índice de Tabelas
Tabela 1– Líquidos iónicos estudados no decorrer deste trabalho. ................... 5
Tabela 2 - Viscosity and density of [C6mim][(CF3SO2)2N] for the temperature
range of 298 to 343 K ....................................................................................... 27
Tabela 3- Best-fit values of coefficients ai of equation 1. ................................. 29
Tabela 4- Electrical conductivity of [C6mim][(CF3SO2)2N] for the temperature
range of 298 K to 343 K. .................................................................................. 30
Tabela 5- Best-fit values of coefficients ai of Eq. 6 ........................................... 32
Tabela 6- Baytubes® product specification ....................................................... 41
Tabela 7- Reference materials used for the temperature calibration ................ 43
Tabela 8 Comparison between the temperature and enthalpy of fusion of
mercurya, gallium, indium (LGC 2601) and tin (LGC 2609) .............................. 44
Tabela 9 Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature ..... 46
Tabela 10 Coefficients of Eq.(8) for pure ionic liquids and IoNanofluids (1wt%
MWCNT) .......................................................................................................... 47
Tabela 11 - Heat capacity of [C4mim][BF4] and [C4mim][PF6] as a function of
temperature ...................................................................................................... 50
Tabela 12 - Coefficients of Eq.(9) .................................................................... 51
Tabela 13 - Thermal conductivity of IoNanofluids (1% w/w of Baytubes) as a
function of temperature. ................................................................................... 56
Tabela 14 - Thermal conductivity enhancement in the IoNanofluids studied
(T=293 K) ......................................................................................................... 59
Tabela 15 - Heat capacity of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for mass fractions of 1
wt% and 1.5 wt% of Baytubes®. ....................................................................... 60
Tabela 16 - Baytubes C150 HP product specificationa ................................... 70
Tabela 17 Thermal conductivity variation with temperature for pure ionic liquids
and for IoNanofluids (IL+MWCNT), at atmospheric pressure. .......................... 71
Tabela 18 Coefficients of Eq.(13) for pure ionic liquids and IoNanofluids ........ 73
Tabela 19– Líquidos Iónicos e IoNanofluidos estudados no decorrer deste
trabalho. ........................................................................................................... 91
Tabela 20 - Materiais estudados.* representa o material selecionado. ......... 106
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xxvi
Tabela 21 – Valores da condutibilidade térmica obtidos pelo sensor concebido
para os diferentes fluidos estudados. ............................................................. 112
Tabela 22 - Variação da condutibilidade térmica em função da temperatura
para líquidos iónicos puros e ionanofluidos no intervalo de 293K a 353K. O
índice refere-se à publicação onde se encontra. ............................................ 116
Tabela 23 - Coeficientes para a equação (38), para líquidos iónicos puros e
ionanofluidos no intervalo de 293 K a 353 K. ................................................. 118
Tabela 24 –Valores da constante da célula, obtidos pelo sensor concebido. 127
Tabela 25 –Valores da condutibilidade elétrica para o C2mimNTf2 e o
ionanofluido C2mimNTf2 com 3% de MWCNT , obtidos pelo sensor concebido.
....................................................................................................................... 128
Tabela 26 – Parâmetros da equação de ajuste e coeficientes de correlação
para os líquidos iónicos estudados no decorrer deste trabalho. ..................... 135
Tabela 27– Valores da densidade, em kg.m-3, para os líquidos iónicos e
ionanofluidos estudados no decorrer deste trabalho. ..................................... 139
Tabela 28 – Ionanofluidos estudados. ............................................................ 145
Tabela 29 Líquidos iónicos estudados ........................................................... 151
Tabela 31 - Valores do Cp obtidos neste trabalho. ....................................... 154
Tabela 30 - Coeficientes para a equação (44). .............................................. 158
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Lista de símbolos
C Constante de Euler
CP capacidade calorífica a pressão constante
CV capacidade calorifica isocórica
d dimensão característica
e espessura
G condutância
g aceleração da gravidade
h espessura da camada interfacial
K constante de calibração
I intensidade da corrente
ls comprimento da fita curta
lL comprimento da fita longa
M massa molecular
n número de átomos de carbono da cadeia alquílica
Pr número de Prandtl
Q fluxo de calor
q calor
RL resistência do fio longo
RS resistência do fio curto
RLS resistência de um fio de comprimento finito mas sem resistências
terminais ou de contacto,
RAD resistência entre os pontos A e D do circuito da ponte
RT resistência total
rLS aumento, ou diferença, de resistência da porção central do fio a
cada instante da medida transiente.
r2 coeficiente de correlação
T temperatura
t tempo
∆T média logarítmica da diferença de temperatura
w/w fração mássica
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v/v fração volúmica
VAB potencial escrito em função da intensidade de corrente;
V potencial aplicado
Símbolos gregos
α coeficiente linear da variação da resistência com a temperatura
β coeficiente de 2º grau da variação da resistência
η viscosidade dinâmica
ηw viscosidade dinâmica do fluido à temperatura da parede do tubo
κ condutibilidade elétrica
λ condutibilidade térmica
λ* condutibilidade térmica reduzida
λLI condutibilidade térmica do líquido iónico puro
λInt condutibilidade térmica da interface
λNF condutibilidade térmica do nanofluido
λNF condutibilidade térmica efetiva
ρ densidade
ϕ fração volúmica
φ fração mássica
τ tempo adimensional
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xxix
Acrónimos
CNT nanotubo de carbono (carbon nanotubes)
CVD deposição química em fase de vapor (chemical vapour deposition)
SEM microscopia electrónica de varrimento
TEM microscopia electrónica de transmissão
EDS espectroscopia de Dispersão de Energias
XPS espectroscopia de Fotoelectrões de raios-X
XRD difracção de raios-X
LI liquido iónico
MWCNT nanotubo de carbono de parede múltipla (multi-walled carbon
nanotube)
RTIL liquido iónico à temperatura ambiente (room temperature ionic
liquid)
SWCNT nanotubo de carbono de parede única (single-walled carbon
nanotube)
THW fio aquecido em estado transiente (transient hot wire)
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Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
Capítulo 1 Introdução
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1
Capítulo 1 ‐Introdução
A descoberta de que os nanotubos de carbono e os líquidos iónicos formam
géis à temperatura ambiente, possibilitou a utilização destes sistemas em
várias aplicações; nomeadamente em equipamentos eletrónicos,
revestimentos, e materiais antiestáticos1, entre outros, o que levou à fusão de
duas áreas de pesquisa para o séc. XXI.
As potencialidades na utilização destes líquidos e dos nanomateriais em
processos de transferência de calor, tornou vital a necessidade de determinar
rigorosamente as propriedades térmicas destes sistemas, como por exemplo, a
sua condutibilidade térmica, condutibilidade elétrica e densidade. Estes
sistemas caiem na categoria dos nanofluidos, introduzidos por Choi2 e
considerados como os fluidos de transferência do calor do futuro3.
Os nanotubos de carbono podem ter uma condutibilidade térmica igual ou
superior à do diamante e da grafite4,5, além de propriedades de transporte
próximas das dos metais. Devido à estrutura complexa destes nanomateriais,
têm-se revelado difícil a determinação rigorosa da condutibilidade térmica e
condutibilidade elétrica.
Se dispersarmos estes nanomateriais num líquido iónico obtemos um
Ionanofluido. No caso dos líquidos iónicos, em que a determinação de algumas
propriedades termofísicas apresentam discrepâncias próximas de 30%6,7,
torna-se evidente que a determinação rigorosa das propriedades
termodinâmicas, como a condutibilidade térmica e a condutibilidade elétrica são
essenciais e urgentes para a conceção e dimensionamento de novos
permutadores de calor, mais eficientes e ambientalmente aceitáveis, entre
outras aplicações. Acresce o facto de a complexidade dos sistemas agora
apresentados e as interações nanomaterial-líquido iónico permitirem desenhar
sistemas com propriedades desejadas para cada tipo de aplicação.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Perante a conjuntura atual, em que vários analistas económicos referem a
Indústria como o motor impulsionador para a economia, torna-se essencial
utilizar todo o know-how desenvolvido desde o séc. XIX para conseguir
dinamizar a realidade financeira dos países industrializados.
Aliado às questões económicas, existe uma consciência crescente de que os
recursos disponíveis são finitos e que a otimização é a chave para uma melhor
aplicação das matérias – primas existentes. Assim, o conhecimento correto dos
estados da matéria, das suas propriedades termodinâmicas e dos processos
de transferência de energia e massa voltam a ser vitais para o desenvolvimento
de uma nova realidade económica, ambiental e humana.
A transferência de calor tem um papel fundamental em inúmeras aplicações.
Por exemplo, o calor gerado nos equipamentos de utilização diária, seja o
computador, o automóvel ou o aparelho de ar condicionado, tem que ser
removido ou transferido para que continuem a funcionar corretamente. A
transferência de calor também ocorre em processos de produção, seja no
arrefecimento de uma peça de maquinaria, na pasteurização de comida ou no
ajuste da temperatura num processo químico. Em todos estes casos, a
transferência de calor é feita através de dispositivos como permutadores de
calor, evaporadores, condensadores e bombas de calor. O aumento da
eficiência destes dispositivos é sempre desejável, pois aumentando a sua
eficiência consegue-se a miniaturização do mesmo, reduzindo custos e
consumos, já que o fluido de transferência de calor circula recorrendo a uma
bomba de circulação, tornando o processo mais consciente em termos
ambientais.
A condutibilidade térmica de fluidos desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento de equipamentos de transferência de calor de alta eficiência.
Os fluidos tradicionais utilizados nos equipamentos são a água, os óleos
comerciais ou misturas de etilenoglicol, que possuem baixa condutibilidade
térmica2. O método convencional para aumentar a taxa de transferência de
calor nestes equipamentos é aumentar a área de transferência de calor. A
grande desvantagem é o aumento indesejado no tamanho dos componentes
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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do equipamento. Assim, existe uma necessidade urgente de líquidos novos e
inovadores com um melhor desempenho térmico em processos industriais8.
A condutibilidade térmica do líquido de transferência de calor pode ser
aumentada pela adição de um líquido com uma condutibilidade térmica mais
elevada ou pela adição de um sólido, já que são melhores condutores térmicos
do que os líquidos. Embora um líquido com elevada condutibilidade térmica,
como a água tenha um valor quatro a seis vezes maior do que outros líquidos
menos condutores, a condutibilidade térmica de um sólido pode ter três ordens
de grandeza acima da dos líquidos. Por esta razão, a pesquisa dedicada aos
nanofluidos tenha sofrido um grande aumento durante os últimos anos9.
Líquidos iónicos
O conhecimento de substâncias iónicas já é remoto, sendo uma das
características mais reconhecidas é o seu elevado ponto de fusão (por
exemplo, o cloreto de sódio funde a cerca de 800ºC). Estes líquidos iónicos,
chamados sais fundidos, não possuíam grande aplicabilidade para sistemas
que funcionem à temperatura ambiente.
Os líquidos iónicos à temperatura ambiente são compostos relativamente
recentes sobre os quais existe uma grande expectativa em relação a potenciais
aplicações, como a sua utilização na substituição dos atuais solventes
orgânicos voláteis que são prejudiciais para o ambiente. Por esta razão são
incluídos na nova classe de solventes verdes. Esta classificação, baseada nos
12 princípios verdes sugeridos por Paul Anastas10, ainda não é completamente
aceite por toda a comunidade científica, já que muitos dos líquidos iónicos
originais (nomeadamente os de 1ª geração) são tóxicos e corrosivos. Os
líquidos iónicos (LIs) são constituídos por iões e não por moléculas,
apresentando uma carga total neutra, mas que se encontram no estado líquido
numa grande gama de temperaturas (≈300ºC, incluindo a temperatura
ambiente).
Estes compostos apresentam pressão de vapor desprezável devido às fortes
interações por forças de Coulomb que se estabelecem entre os iões. Possuem
também uma excelente estabilidade térmica.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Uma grande vantagem deste tipo de líquidos é que podem ser criados para
objetivos específicos. Devido à relação entre o tamanho do anião e do catião
ser tão elevada, o que indica uma grande assimetria entre espécies, o conjunto
não se consegue ordenar permanecendo no estado líquido ou no estado vitreo
a temperaturas próximas da temperatura ambiente.
As propriedades dos LIs são determinadas pela interação entre os iões. A
possibilidade de combinações entre o grande número de catiões e aniões
existentes, faz com que se possam ajustar as propriedades pretendidas e se
possa sintetizar um LI para um fim específico. Earle e Seddon11 estimam que o
número de combinações possíveis seja da ordem de 1 bilião.
Quando comparados com solventes orgânicos convencionais, a maior parte
dos líquidos iónicos apresentam uma série de vantagens: baixo ponto de fusão
(<30 ºC) permanecendo no estado líquido a temperaturas superiores a 300 ºC,
sob uma atmosfera inerte; pressão de vapor desprezável12,13,14, devido às
fortes interações de Coulomb15; densidade superior à da água16,17,18; acidez de
Lewis/Brönsted variável podendo ser ajustada variando o anião ou as cadeias
alquílicas do catião e boa condutibilidade elétrica19.
Os LIs possuem propriedades associadas a dois estados da matéria, o sólido e
o líquido20.Estas propriedades conferem aos líquidos iónicos miscibilidade com
outras substâncias num vasto intervalo de polaridade, podendo dissolver
simultaneamente compostos orgânicos e inorgânicos. Nos solventes orgânicos
convencionais existem interações dipolo-dipolo, por pontes de hidrogénio e de
Van der Waals, mas os líquidos iónicos possuem também interações iónicas,
que os tornam miscíveis numa larga gama de concentrações com substâncias
polares. Em substâncias menos polares a interação é feita através das cadeias
alquílicas dos catiões. Este efeito oferece inúmeras oportunidades quer na
modificação de processos de extração existentes, quer no desenvolvimento de
novos processos impossíveis de realizar com solventes convencionais devido à
sua limitada gama de miscibilidade parcial21.
As aplicações dos LIs em processos químicos são muito diversificadas, desde
solventes em catálise homogénea e heterogénea e numa grande variedade de
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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reações de síntese de compostos orgânicos22, a meio para separação de gases
e de líquidos23, como eletrólitos para baterias e células combustível24,25 e como
fluidos térmicos26. Na biotecnologia também existem avanços, originando assim
a possibilidade de serem usados em reações biológicas27. Outras áreas de
aplicação são o tratamento de lixo nuclear28, a remoção de iões metálicos29,
em tratamentos antimicrobianos30.
O maior desafio da indústria é continuar a produzir produtos químicos,
reduzindo ao mesmo tempo as consequências para o ambiente resultantes do
processo de produção adotado31. Earle e Seddon mostraram que, escolhendo
o LI certo, podem obter-se elevados rendimentos de produção e
simultaneamente uma redução da quantidade de resíduos produzidos numa
determinada reação.
Os líquidos iónicos utilizados no decorrer deste trabalho encontram-se na
tabela seguinte:
Tabela 1– Líquidos iónicos estudados no decorrer deste trabalho.
Estrutura Nome Formula
Anião Catião
1-ethyl-3-methylimidazolium bis[(trifluoromethyl)sulfonyl]imide
C2mim NTf2
1-butyl-3-methylimidazolium bis(trifluoromethylsulfonyl)imide
C4mim NTf2
n=6
1-hexyl-3-methylimidazolium bis(trifluoromethylsulfonyl)imide
C6mim NTf2
n=8
1-octyl-3-methylimidazolium bis[(trifluoromethyl)sulfonyl]imide
C8mim NTf2
n=10
1-Decyl-3-Methyl-Imidazolium bis(trifluoromethanesulfonyl)imide
C10mim NTf2
n=12
1-dodecyl-3-methylimidazolium bis(trifluoromethylsulfonyl) imide
C12mim NTf2
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
6
n=4
1-butyl-3-methypyridinium bis(trifluoromethylsulfonyl)imide
C4py NTf2
1-butyl-3-methylimidazolium tetrafluoroborate
C4mim BF4
n=6
1-hexyl-3-methylimidazolium tetrafluoroborate
C6mim BF4
1-butyl-3-methylimidazolium hexafluorophosphate
C4mim PF6
n=6
1-hexyl-3-methylimidazolium hexafluorophosphate
C6mim PF6
1-ethyl-3-methylimidazolium tris(pentafluoroethyl) trifluorophosphate
C2mim FAP
1-butyl-3-methylimidazolium tris(pentafluoroethyl) trifluorophosphate
C4mim FAP
n=6
1-hexyl-3-methylimidazolium tris(pentafluoroethyl) trifluorophosphate
C6mim FAP
1-butyl-1-methylpyrrolidinium tris(pentafluoroethyl) trifluorophosphate
C4pyrr FAP
1-ethyl-3-methylimidazolium ethyl sulfate
C2mim EtSO4
Nanotubos de carbono
Nanotubos de carbono (Carbon NanoTubes – CNT) são uma família de
nanomateriais constituídos apenas por carbono e foram descobertos por Iijima
em 199132. Esta família é constituída por nanotubos de parede simples (Single
Walled Carbon Nano Tubes – SWCNT) e nanotubos de carbono de paredes
múltiplas (Multi Walled Carbon Nano Tubes – MWCNT), como mostra a figura
133.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
7
Figura 1- A - nanotubos de parede simples (Single Walled Carbon Nano Tubes –
SWCNT); B - nanotubos de carbono de paredes múltiplas (Multi Walled Carbon Nano
Tubes – MWCNT) 33
Estes últimos foram selecionados para este trabalho, devido ao interesse que a
indústria tem demonstrado e por apresentarem condutibilidades térmicas muito
elevadas, o que à partida os tornará como elementos privilegiados para a
transferência de calor. Estruturalmente os MWCNT são constituídos por
camadas múltiplas de grafeno, concêntricas e enroladas sobre si mesma,
obtendo-se uma forma tubular. O grafeno consiste numa folha planar de
átomos de carbono densamente compactados e distribuídos em uma rede de
duas dimensões, como mostra a figura 2.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Figura 2 - Folha de grafeno. As esferas representam átomos de carbono distribuídos
como uma rede34.
Conforme a orientação em que o tubo se forma, podem existir diferentes
modelos como mostrado na figura 3.35
Figura 3 - Diferentes modelos de nanotubos, segundo a orientação, feitos a partir de uma
folha de grafeno34.
Cada carbono tem 6 eletrões que ocupam as orbitais 1s2,2s2 e 2p2. A camada
de valência contém 4 eletrões que se podem misturar entre si ou ligarem-se a
átomos de carbono vizinhos (hibridização) para formarem ligações sp2
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
9
planares36. A orientação dessas ligações sp2 planares afecta a energia de rede
dos CNT, o que por si influencia a sua condutibilidade elétrica e a
condutibilidade térmica.
No caso da condutibilidade térmica tanto os dados experimentais como as
previsões teóricas chegam a apresentar diferenças de 1 ordem de grandeza.
Em estudos recentes37 as condutividades térmicas relatadas para os nanotubos
de carbono de paredes múltiplas à temperatura ambiente variam entre 400 e
3000 W.m-1.K-1, dependendo do tipo e tamanho dos nanotubos de carbono
(CNT) utilizados. Esta variação dá origem a diferentes valores para caminhos
preferenciais para a condução de energia.
Existe ainda uma necessidade de uma técnica de medição fiável e reprodutível
para testar a previsões teóricas e fornecer dados termofísicos fundamentais
para que os nanotubos de carbono possam ser a base de novas aplicações.
Para entender completamente os fenómenos de transporte à escala
mesoscópica é necessário possuir dados fiáveis de condutividade térmica para
várias dimensões.
De uma forma resumida pode-se afirmar que os CNT são muito apelativos pela
sua versatilidade de aplicações em produtos industriais, porque conseguem ser
mais fortes que o aço, já que têm uma razão força/peso muito elevada.
Também podem conduzir calor e eletricidade, combinando assim propriedades
de outras formas de carbono, nomeadamente a grafite e o diamante. São muito
versáteis e no mercado global excederam os 668.3 milhões de dólares em
2010, e com previsão de ultrapassar os 2.6 biliões de dólares no ano 201438.
Em termos toxicológicos ainda não existem muitos estudos realizados39, mas
devido à semelhança superficial entre os nanomateriais, como os nanotubos de
carbono, e o amianto torna-se necessário avaliar se estas partículas são um
risco para a saúde. Estudos publicados38,39 têm avaliado os efeitos da presença
dos nanotubos de carbono em culturas de células e nos pulmões de animais,
não existindo ainda consenso sobre os possíveis efeitos à exposição a estes
nanomateriais40, já que alguns dos estudos necessitam avaliar o período
latente destes novos materiais nos organismos vivos.
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10
Nanofluidos
Nanofluidos são uma nova classe de fluidos de transferência de calor,
baseados em nanotecnologia, que são concebidos pela dispersão de partículas
com comprimento entre 1 e 100nm e diâmetro preferencialmente inferior a
10nm, em fluidos de transferência de calor tradicionais2.
Devido às dimensões das partículas serem da ordem dos nanómetros não
apresentam as mesmas desvantagens que fluidos com partículas com
dimensões micrométricas, pelo que o seu potencial para substituir as misturas
em uso é elevado.
Existem vários estudos publicados41,42,43,44,45 sobre o aumento da
condutibilidade térmica dos nanofluidos. Os aumentos na condutibilidade
térmica são mais elevados quando são nanotubos de carbono (CNT). Os
primeiros estudos feitos em 2001, por Choi et al 46 mostraram um incremento
muito maior que o previsto pelos modelos teóricos. Estes autores utilizaram
MWCNT, de diâmetro médio 25nm e comprimento aproximado de 50µm,
dispersos em óleo sintético e obtiveram um aumento de 160% na
condutibilidade térmica do nanofluido à temperatura ambiente. O nanofluido
formado continha 1% volume de MWCNT e segundo os autores este aumento
inesperado deve-se à formação de camadas líquidas em torno dos nanotubos.
Assael et al47, em 2005, compararam nanotudos de carbono com dupla
camada (DWCNT – Double Walled Carbon NanoTubes) com MWCNT,
utilizando agua como fluido base e CTAB e Nanosperse Q como surfactantes.
A condutibilidade térmica para o nanofluido com 0.6% de volume de MWCNT
(comprimento de 10µm e diâmetro externo de 130nm) obteve um aumento de
34%, enquanto no nanofluido com 0.75% de DWCNT (diâmetro externo de 5nm
e diâmetro interno de 2.5nm) o aumento da condutibilidade térmica foi de 3%.
Estes autores atribuem esta discrepância entre os aumentos da condutibilidade
térmica à agregação dos DWCNT que chega à ordem dos micrometros.
No caso de nanofluidos com MWCNT, Choi et al46 concluíram que existe uma
relação não linear entre o incremento da condutibilidade térmica e a fração
volúmica. A razão apresentada para este comportamento, sugere que a
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
11
interação entre nanotubos, mesmo em casos em que a fração molar seja
pequena, é muito relevante devido à elevada concentração de partículas (1011
partículas/cm3).
Xie et al48 produziram suspensões estáveis e homogéneas de CNT diluídas em
água, etileno glicol e deceno e mediram a condutibilidade térmica dessas
suspensões. Estes autores concluíram que a condutibilidade térmica do
nanofluido aumenta com o aumento da fração volúmica de nanotubos e diminui
com o aumento da condutibilidade térmica dos fluidos base utilizados.
O estudo da estabilidade destes nanofluidos também foi feito por Lamas et al49,
que concluíram que a mistura se mantinha estável ao fim de 100h e que a
estabilidade do nanofluido é influenciada pelo tempo que a mistura é sujeita à
vibração ultrassónica. A condutibilidade térmica obtida é 17% mais elevada que
a condutibilidade térmica do fluido base para a concentração de 1.5% em
volume de MWCNT.
Ding et al50 mediram a condutibilidade térmica do sistema MWCNT/H2O no
intervalo de temperaturas dos 20 aos 30ºC e as frações volúmicas estudadas
variam entre 0.05 e 0.49%. Estes autores verificaram que a condutibilidade
térmica aumenta com a fração volúmica das nanoparticulas, bem como com a
temperatura. Este aumento é superior ao reportado por Xie et al48, Assael et
al47, mas muito inferior ao reportado por Choi et al46. Ding et al apresentam
como possíveis justificações para estas discrepâncias a razão entre o
comprimento e o diâmetro do nanotubo; a inclusão de surfactantes e a
ocorrência de erros experimentais.
Pommozhi et al51, em 2010, prepararam nanofluidos CNT/H2O sem utilizarem
surfactantes. Eles comprovaram que o aumento da condutibilidade térmica é
proporcional ao aumento da fração de nanoparticulas presentes e obtiveram
aumentos na condutibilidade térmica na ordem dos 100%para a temperatura de
60ºC e para todas as frações volúmicas estudadas. O tratamento inicial dos
nanotubos, que sofreram tratamento químico seguido de vibração ultrassónica
de modo a formarem uma dispersão homogénea, pode ser a explicação para
este valor.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
12
No caso da condutibilidade elétrica de nanofluidos, ainda não existe grande
número de publicações e a quantidade de dados experimentais disponíveis é
muito reduzido.
Vários investigadores 52,53,54 mediram o aumento da condutibilidade elétrica de
nanofluidos em comparação com a condutibilidade elétrica do fluido de base, à
medida que a fração volúmica e a temperatura aumentam.
A outra razão avançada pelos autores para o aumento da condutibilidade
elétrica está relacionada com a formação dupla camada elétrica em torno das
partículas nanométricas envoltas no líquido base. Esta camada dupla exibe
uma dependência complexa com a fração volúmica, concentração de iões
presentes e outras propriedades físico-químicas que ainda não estão
contempladas nos modelos existentes para a previsão do valor da
condutibilidade elétrica.
Glory et al55 determinaram a condutibilidade elétrica de suspensões de
MWCNT/H2O com 2% de surfactante (goma arábica) com diferentes
percentagens, em massa, de MWCNT. O aumento registado na condutibilidade
elétrica no intervalo de concentrações (0.01 a 3wt%) estudadas pelos autores
ocorreu a partir dos 0.1wt% de MWCNT. Este aumento é na ordem dos 18%,
valor que é relativamente moderado comparativamente ao valor da
condutibilidade térmica registado para estes sistemas. A razão para este
aumento, segundo os autores, é que a partir dos 0,1wt% poderá existir um
patamar de percolação (“percolation threshold”). Percolação é um conceito
estatístico que descreve a formação de um agregado infinito de partículas ou
caminhos/vias preferenciais para a condução, interligadas entre si.
Este comportamento já tinha sido observado por Vigolo et al56 quando
efetuaram medidas dielétricas em sistemas SWCNT/H2O, com uma razão
tamanho/raio de 400, e que mostra a formação de um patamar entre os 0,1 e
0,4wt%, dependendo na concentração de surfactante presente.
O único modelo que atualmente consegue prever um patamar para estes
valores de fração mássica é o modelo de contacto aleatório. Este modelo
sugere que o patamar corresponde ao inverso da razão entre largura e o
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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comprimento da partícula e pode ser aplicado apenas a sistemas com a razão
largura/comprimento elevada.
Glover et al57 mediram a condutibilidade elétrica de SWCNT dispersos numa
mistura de água/etilenoglicol (50%/50%) e observaram um comportamento
linear no aumento da condutibilidade elétrica com o aumento da percentagem,
em peso, de CNT. O nanofluido com 0.5% de SWCNT exibe treze vezes a
condutibilidade electrica de fluido base. Os autores não estudaram a
dependência da condutibilidade elétrica com a temperatura.
Wong e Kurma58 mediram a condutibilidade elétrica de um nanofluido
constituído por Al2O3/H2O com o diâmetro médio das partículas de 36nm. Os
resultados mostraram que ocorrem um aumento quase linear com o aumento
da concentração volumétrica das partículas.
Ganguly et59 mediram a condutibilidade elétrica de nanoparticula de Al2O3 em
água desionizada com o tamanho médio de 13nm e até à concentração
volumétrica de 3% no intervalo de temperatura de 25ºC a 45ºC. Eles
determinam que a condutibilidade elétrica do nanofluido aumenta com o
aumento da temperatura e também aumenta com o acréscimo na concentração
volúmica. Também referem que a equação de Maxwell desenvolvida para a
condutibilidade elétrica de suspensões aleatórias de micropartículas não
consegue prever os valores da condutibilidade elétrica das nanoparticulas.
Com base nos dados experimentais obtidos, estes autores apresentam uma
relação válida para nanofluidos com Al2O3, no intervalo de temperatura de 24ºC
a 45ºC. Estes autores registaram para 0.5vol %, um aumento de 833% em
relação ao fluido base, para a temperatura mais baixa. Para a temperatura
mais elevada, e com a mesma fração volúmica, obtiveram um aumento de
2127%. Estes autores mencionam que a equação de Maxwell, feita para
suspensões micrométricas, não consegue prever corretamente os valores da
condutibilidade para as suspensões de partículas nanométricas.
Ryglowsky60 mediu a condutibilidade elétrica de nanofluidos contendo MWCNT
em água com o intuito de determinar a estabilidade dos mesmos. Verificou que
ocorreu um aumento do valor da condutibilidade elétrica do nanofluido em
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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relação ao valor do fluido base, mas após 3 a 5 ciclos de aquecimento/
arrefecimento as características do nanofluido sofriam alterações devido á
aglomeração de partículas. No entano, sonicando o nanofluido, ele volta a
apresentar o valor inicial.
Neste ponto da tese é importante referir a presença de surfactantes. Vários
autores utilizam surfactantes para estabilizar nanoparticulas num fluido base.
Mas essa estabilização tem o efeito desfavorável de alterar as características
térmicas e eléctricas dos nanofluidos, já que alteram a distribuição das
partículas sólidas no líquido base. No caso dos IoNanofluidos, estudos de
estabilidade foram realizados durante este trabalho experimental e verificou-se
que não existia a necessidade de adicionar surfactantes.
IoNanofluidos
Em 2009, Castro et al61 propuseram o termo IoNanofluido para descrever uma
nova classe de dispersões. Por definição um IoNanofluido é uma dispersão de
nanomaterial (independentemente da forma ou tamanho) num líquido iónico
(independentemente da combinação catião e anião), sem a auxilio de
surfactantes ou outros dispersantes.
A grande diferença entre os IoNanofluidos e os restante nanofluidos é a
utilização de líquido iónico como fluido base. A razão deste fluido ser tão
apelativo ao estudo da transferência de calor é a sua elevada capacidade
calorífica volumétrica62.
Este género de suspensão forma géis, comportamento identificado pela
primeira vez em 2003 por Fukushima et al63, quando descreviam “Bucky Gels”,
que são misturas de SWCNT com líquidos iónicos da família do anião bis
(trifluorometil) sulfonil imida.
A utilização de “bucky gels” na eletroquímica, como condutores elétricos,
materiais para a conversão de energia64, abriu caminho para compreender o
potencial deste tipo de misturas.
O comportamento de gel, partilhado pelos “bucky gels” e pelos IoNanofluidos
deve-se à interação da superfície eletrónica π do MWCNT com o catião do
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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líquido iónico ( catião - π ou π- π) . A dispersão dos CNT é acompanhada por
uma ordenação dos iões que formam o líquido iónico (devido à interação entre
iões), na proximidade dos CNT. Essa combinação de interações forma uma
rede de ligações que forma o gel.
No caso dos IoNanofluidos, como o número de tubos e a forma dos nanotubos
altera a intensidade das interações presentes, podemos ter uma estrutura mais
organizada e logo mais próxima do estado sólido, tornando-se melhor condutor
de calor.
A organização nestes materiais foi uma das razões para a sua utilização na
catálise heterogénea, já que são reações exotérmicas e o aumento da
temperatura diminui a seletividade da reação.
A presença do IoNanofluido, que possui uma condutibilidade superior ao do
fluido base, vai inibir essa diminuição. O aumento da condutibilidade térmica do
suporte é uma das explicações avançadas para o aumento da
enantioselectividade (ee), já que a utilização do IoNanofluido com maior
condutibilidade térmica, torna-se um suporte preferencial para a libertação da
energia térmica produzida pela reacção65.
As suas aplicações como suporte de catalisador66 na reação de Diels Alder e
Mukiyama – Aldol (catálise heterógenea), e como fluido de transferência de
calor67 já produziram resultados muito promissores e interessantes.
Preparação do IoNanofluido
Existem dois métodos principais para a produção de suspensões
estáveis de nanopartículas: o método de dois passos (two-step) e o método de
passo único (single-step) ou técnica de evaporação directa. A principal
diferença entre ambos reside na produção dos nanomateriais, i.e., no método
de dois passos os nanomateriais são produzidos separadamente (através de
diversas técnicas, como IGC (Inert Gas Condensation) CVD (Chemical Vapour
Deposition) ou a moagem mecânica (mechanical grinding)) e são
posteriormente dispersos no fluido escolhido, enquanto o processo de passo
único produz o nanomaterial e simultaneamente dispersa-o no fluido.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
16
No caso da preparação dos IoNanofluidos, o método selecionado foi o de dois
passos. Uma grande variedade de nanoestruturas e fluidos de transferência de
calor podem ser combinadas para sintetizar nanofluidos estáveis.
Nanoestruturas feitas de metais, óxidos, semicondutores e CNT podem ser
dispersas em fluidos de transferência de calor, como a água, etilenoglicol,
hidrocarbonetos, líquidos iónicos com a ajuda ou não de dispersantes.
A produção de nanofluidos é feita por um destes 2 métodos:
Técnica de um passo – consiste na produção de nanoparticulas dentro
do fluido base;
Técnica de dois passos - consiste na dispersão de nanoparticulas
existentes num fluido base, como mostra a figura 4.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Figura 4 – Técnica dos dois passos para a produção de nanofluidos.
Para a produção em grande escala, é a técnica de 2 passos a mais utilizada. A
grande desvantagem desta técnica é a possibilidade da formação de
agregados durante a produção do nanofluidos68.
A técnica de um passo alia a produção de nanoparticulas com a do nanofluido,
o que faz com que a dispersão do nanomaterial seja melhor. A maior
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
18
desvantagem é que apresenta alguma dificuldade técnica, o que limita a sua
comercialização.
Capítulo 2 Electrical Conductivity and Viscosity of 1-Hexyl-3-
Methylimidazolium Bis(Trifluorosulfonyl)imide,
[C6 mim] [(CF3SO2)2N] (Cas-N# 382150-50-7)
Condutividade eléctrica e viscosidade do 1-hexil-3-metilimidazolínio
bis(trifluorometil)sulfonilimida , [C6mim][(CF3SO2)2N],
(Cas-N# 382150-50-7)
F. J. V. Santos, C. A. Nieto de Castro, P. J. F. Mota and A. P. C. Ribeiro, “Electrical Conductivity
and Viscosity of 1‐Hexyl‐3‐Methylimidazolium Bis(Trifluorosulfonyl)imide, [C6 mim]
[(CF3SO2)2N] (Cas‐N# 382150‐50‐7), Int. J. Thermophys 31, 1869–1879, (2010). Os dados da
condutividade elétrica foram determinados pelo Dr Paulo Mota. A manipulação do líquido
iónico foi realizada pelo Professor Doutor Fernando Santos, pelo Dr. Paulo Mota e por mim.
Determinei também da percentagem de água antes e depois das medições experimentais.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
21
Capítulo 2 - Condutividade eléctrica e viscosidade do 1-hexil-3-metilimidazolínio bis(trifluorometil)sulfonilimida , [C6mim][(CF3SO2)2N]
Abstract
The electrical conductivity and the viscosity of 1-hexyl-3-methylimidazolium
bis(trifluorosulfonyl)imide, [C6mim][(CF3SO2)2N], a RTIL, were measured at
atmospheric pressure, between 270 K and 350 K, for samples with an amount
of water not exceeding 200 ppm, as part of IUPAC Project 2002-005-1-100.
The water content was monitored before and after measurements, by
coulometric Karl-Fisher titration. Special care was taken with ionic liquid
manipulation in view of the measurement uncertainty budget. The uncertainty of
the electrical conductivity measurements and of the viscosity measurements
was estimated to be better than ± 2.0 and 0.5%, respectively. Results were
compared with data from other authors and all the data was correlated as a
function of temperature.
Introduction
The impact of ionic liquids in the chemical industry and the development
of new materials have triggered a worldwide interest about the physical
properties of these low- temperature molten salts (melting points below 100 ºC) 69, nowadays more commonly referred to as room temperature ionic liquids
(RTILs). Their use in catalysis, as both catalyst and catalyst support, as well as
green solvents became quite common in the last decade, as they have a wide
range of polarities and can dissolve either organic or inorganic materials 70. The
unique properties of RTILs derive from the interactions of the ions, mostly
coulombic with very important hydrogen bonding, and from the liquid structures
caused by these forces, and the variety of the cations (usually large and
asymmetric organic ion) and anions (organic or inorganic) allowing the design of
ionic liquids for a given application.
As presented previously, the accurate measurement of the physical
properties of these liquids is rather difficult, the available data being scarce and
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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sometimes of questionable accuracy 71. Furthermore, the increasing number of
new RTILs and subsequent need for property data, makes it impossible to
measure all the properties of all the liquids necessary for the design of new
processes and plants in a reasonable time frame, a fact that triggers two
complementary approaches: the establishment of reference materials,
internationally accepted, and the development of predictive schemes for the
different properties, based on the properties of parent ionic liquids. Furthermore,
a recent study on the effect of the uncertainty of the thermophysical properties
of ionic liquids in the design parameters of heat transfer equipment showed
capital and operational costs can be significant 72.
As a part of a International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC)
project 73 we started measurements of the viscosity, electrical conductivity, and
electrical permittivity of 1-hexyl-3-methylimidazolium bis(trifluorosulfonyl)imide,
[C6mim][(CF3SO2)2N] , around room temperature. In this paper we report the
electrical conductivity, performed with a two parallel-plate conductivity cell and
an impedance analyzer, and the viscosity measurements performed with
Ostwald glass capillary viscometers. The liquid was received in our laboratory
from NIST, as part of a batch synthesized by Dr. Mark Muldoon, in Professor
Joan Brennecke’s laboratories at the University of Notre Dame, as described
previously 74, with a quoted water content of 10-20 ppm (mass). Special care
was taken in the manipulation of the liquid and in the uncertainty budget of the
measurements. Because this liquid is highly hygroscopic, the water content,
before and after the property measurements, was determined by coulometric
Karl-Fisher titration of aliquots collected from the measuring cells for viscosity
and electrical conductivity.
Experimental
Electrical conductivity (also referred to as electrolytic conductivity) is a
measure of a material's ability to conduct an electric current, usually used as an
indicator of the material’s purity. The state of the art of its measurement has
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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been described in Refs75. Measurements of the electrical conductivity of
[C6mim][(CF3SO2)2N] have been carefully performed in our laboratory, between
298 K and 343 K, with a two-platinum-electrodes commercial cell (Philips
PW9510) calibrated with three OIML1 conductivity standard KCl solutions of
0.01 D2, 0.1 D, and 1 D from Radiometer Analytical, France, traceable to NIST,
giving a calibration constant K = 74.765 m-1. The capacitance and conductance
were measured as a function of frequency between 20 Hz and 300 kHz using
an impedance analyzer (Wayne Kerr Precision Component Analyser 6425), and
the f∞ values of capacitance and conductance C∞ and G∞ were obtained by
plotting those values for frequencies between 600 Hz and 20 kHz as a function
of f -1/2 and extrapolating to zero. The capacitance and conductance values for
extreme frequency values, upper and lower values, were discarded because
some distortion that might be of instrumental origin was detected, and because
of polarization phenomena that can occur at the surface of the cell electrodes
for low frequencies; only values measured at frequencies greater than 600 Hz
were used. To avoid this error, different measuring techniques can be applied,
namely, the use of a higher frequency, the use of four-electrode measurements
as in platinum resistance thermometry (voltage and current leads), or making
inductive or capacitive non-conductive coupling between the electrodes and the
measuring instrument. The existing practice established to deal with the more
common ions, mostly inorganic and usually small, is suitable to deal with most
high temperature ionic liquids (HTILs) but no real experience exists in dealing
with the very large ions present in low temperature ionic liquids (LTILs).
Nevertheless, the large size of the ions in LTILs and the expected low ionic
mobilities, might allow the use of lower measurement frequencies without the
occurrence of polarization effects. High accuracy work will usually involve doing
measurements at several frequencies and calculating the conductance from
fGGf
01
lim
(1)
1 OIML – International Organization for Legal Metrology (http://www.oiml.org/) 2 D = demal, an old concentration unit for electrical conductivity standard solutions that some manufacturers still use. 1 D = 1 mol/(kg of solution)
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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The conductivity cell was placed inside a glass vessel, the conductivity vessel
shown in Fig. 5, specifically designed to provide both the containment of the
sample, its protection from moisture by a constant flow of dry nitrogen over its
surface, and the support of the conductivity cell above the stirring bar. Special
attention was taken in the design to minimize the amount of required sample
volume. This conductivity vessel was mounted over a submersible magnetic
stirring device, Rank Brothers Ltd, and the ensemble was afterwards
suspended inside the thermostatic bath.
Figura 5 - Electrical conductivity vessel with conductivity cell and magnetic stirring bar.
Both the electrical conductivity and the viscosity measurement apparatus
uses a Julabo V18 viscometer thermostatic bath with a Julabo ME temperature
controller (temperature settable to 0.01ºC and stable to 0.005ºC) and an
auxiliary thermostatic bath (cold circulation) from B. Braun (model Thermomix
BU + Frigomix B, stable to 0.1ºC). The temperature is measured using a
Platinum resistance thermometer (4 wire connected) read by a Prema model
5017 digital multimeter (0.00001 Ω resolution) connected to a personal
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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computer through an IEEE-488 interface. All parts of the temperature
measuring system were properly calibrated, ensuring a global accuracy for
temperature of ±0.01 K. A data acquisition program follows the thermostatic
bath temperature evolution, temperature/time pairs being recorded at roughly 1
second intervals. Those files are afterwards processed to evaluate the mean
temperature value and standard deviation for each viscosity run.
Glass capillary viscometers from Cannon (Ostwald type, C size, #71)
were modified (arm length adjustment) to be properly fitted to a ViscoClock unit
from Schott-Gerätte to measure flow times to ±0.01 s, and were calibrated by a
step-up procedure based on water satisfying ISO3696:1995(E) 76 requisites for
grade 1, using kinematic viscosity values from ISO/TR3666:1998(E)77.
The required amount of ionic liquid was carefully drawn from the
transport/storage Schlenk using glass syringes, stainless steel needles and
Teflon tubing, always under a protective blanket of dry nitrogen, and introduced
either into the viscometer or the conductivity cell. Operation of the viscometer
was also made under a protective blanket of dry nitrogen, fluid movement being
made by applying pressure with dry nitrogen.
The water content in the ionic liquid was determined using by coulometric
titration, by the Karl-Fisher method. This method is based on the oxidation of
SO2 by I2 in the presence of water, and allows a complete determination of the
water present in a given mixture. Coulometric analysis is a method based on
the measurement of the quantity of electricity necessary to oxidize or reduce, in
an electrolytic cell, the substance to determine. It is fundamental that the redox
reaction is complete, and therefore, the use of Faraday law is straightforward.
Coulometric titration involves the generation of a reagent that can react with the
substance to quantify (water in this case), the main advantages to volumetric
titration being the speed of the measurement and the possibility of quantifying
unstable species. The main sources of uncertainty are the measurement of the
amount of electricity generated, time, and titration error. We have used a
Metrohm 831KF coulometer. To avoid extensive electrical calibration we have
used a standard reference material, Hydranal 100 ppm (mass) Water Standard
(NIST SRM 2890 traceable) just before measurements. As the amount of water
present in the samples was very small (less than 200 ppm, and the amount of
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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the ionic liquid available was small, the error in the determination of water can
be as big as much as 30%, depending very much on the amount of sample
used.
Viscosity measurements were first made, and the water content was measured
to be 119.3 ± 30 ppm (mass) just after the the sample was put into the
viscometer, and 196.4 ± 3 ppm (mass) after the viscosity measurements were
made, two days later. The increased water content was justified because the
calibrated viscometers could not be dried in an oven prior to the measurements
and the adsorbed water film was minimized just by extended flushing with dry
nitrogen. In the case of electrical conductivity measurements, the conductivity
vessel was dried in an oven and always kept under dry nitrogen before
introduction of the sample. The conductivity cell was flushed with
absolute ethanol and dried under a dry nitrogen flow. As a result of these
procedures and of the cell size being much smaller, the water content of the
sample inside the cell, before and after the measurements (also a two-day
interval), was (21.1 ± 3) ppm and (40.7 ± 3) ppm, respectively, much smaller
values and much smaller variation than those for the viscosity measurements.
Results and Discussion
The kinematic viscosity of [C6mim][(CF3SO2)2N] was measured using
Ostwald glass capillary viscometers to minimize the surface tension effects on
viscosity. Measurements were made under conditions (long flow time) that
avoid the need to introduce Hagenbach corrections. Dynamic viscosities were
calculated using densities obtained from the quadratic equation presented by
Widegren et al. 78 with an estimated uncertainty better than 0.3 %. Experimental
and calculated data are presented in Table 2, along with the corresponding
uncertainties. Table 2 also presents the values of the viscosity corrected for
“dry” or water-free conditions, wf, calculated using the procedure described by
Widegreen et al. , whereby the effect of a given mass fraction of water present,
w, could be estimated, assuming that it is temperature independent.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Tabela 2 - Viscosity and density of [C6mim][(CF3SO2)2N] for the temperature range of 298 to 343 K
T ± sT/ K ± s / mm2·s-1 ± s / kg·m-3 ± s/ mPa.s
wf /
mPa.s
298.149 ± 0.002 50.62 ± 0.02 1371.65 ± 2.74 69.43 ± 0.17 69,82
303.151 ± 0.002 40.39 ± 0.05 1367.17 ± 2.73 55.23 ± 0.18 55,57
313.156 ± 0.002 26.98 ± 0.04 1358.21 ± 2.72 36.64 ± 0.12 36,89
323.149 ± 0.003 18.97 ± 0.01 1349.28 ± 2.70 25.60 ± 0.06 25,79
333.153 ± 0.005 13.92 ± 0.01 1340.35 ± 2.68 18.66 ± 0.05 18,81
343.150 ± 0.005 10.59 ± 0.01 1331.43 ± 2.66 14.10 ± 0.04 14,23
Also present is the relative uncertainty of each variable, calculated from the
root-mean-square deviations of the different contributions. The total relative
uncertainty in viscosity, at a 95 %confidence level (k = 2), taking already into
account the uncertainty of 0.5 % in density, was calculated using the standard
formula:
2
2
2
i ii
i
ss
Xs
(2)
With si =2u, and X = η (or κ in Table 4), and estimated to be 2.1 %. We use the
function developed by Widegreen et al., given by
w471wf
(3)
It can be seen that the maximum correction in the viscosity, is 0.56 % at the
lowest temperature (first measurements, w = 119.3 ppm) and 0.93 % at the
highest temperature (last measurements, w = 196.4 ppm), an effect about twice
the uncertainty of the experimental data. This result justifies that, for accurate
viscosity measurements, it is necessary to worry about water content in the
samples and how they are handled before and during measurements.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
28
Several authors have measured the viscosity of [C6mim][(CF3SO2)2N],
namely, Widegren et al., using a Stabinger viscometer (a special type of
rotational coaxial cylinder viscometer) with an estimated expanded uncertainty
(including the contributions from temperature and density) of 2 % for
temperatures above 293 K and 5 % for temperatures below 293 K, Crosthwaite
et al. 79 using a cone and plate rotational rheometer with an estimated accuracy
of 2 % and temperature uncertainty of 0.25 K, Tokuda et al. 80 using a cone-
plate viscometer under nitrogen atmosphere but without any claims of
uncertainty or detailed information about measurement errors and Kandill et al. 81, using a vibrating wire viscometer, a wire diameter of about 0.15 mm, with an
estimated uncertainty of 2 %. All the data sets, except that of Tokuda et al.,
were made on samples of the same batch of [C6mim][(CF3SO2)2N] synthesized
by M. Muldoon, taking great care to prevent the contamination with water,
because it is well established that all physical properties for
[C6mim][(CF3SO2)2N] are strongly dependent on the water content. Tokuda et
al. used an independently synthesized sample, without control of the water
content.
In order to correlate the three data sets a fit was made using all the
available data, of as simple a nature as possible. An Arrhenius type correlation
was excluded by the observation of a pronounced curvature in the plot, but the
inclusion of a quadratic term demonstrated to be sufficient, as presented in
equation 1, where 0 = 1 mPa.s.
01
22
0
ln aT
a
T
a
(4)
Several weighting schemes for the fit were tried but no significant
improvements on the correlation were detected, so, values presented in Table 3
are the best non-weighted values for coefficients ai of equation (1).
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Tabela 3- Best-fit values of coefficients ai of equation 1.
a0 3.2058E+00 ± 2.8E-01
a1/K -3.5586E+03 ± 1.8E+02
a2 /K2 1.15496E+06 ± 2.9E+04
Figure 6 presents the deviations of all the data sets from the fitted, non-
weighed, correlation described by Eq. (4). The sets identified by Kandil (A) and
Kandil (B) are the two samples measured by Kandil et al., sample A with water
content between 43 and 410 ppm and sample B between 7 and 117 ppm.
Figura 6 Deviations of available experimental viscosity values from quadratic
modification of Arrhenius fit
The viscosity values reported here agree with the other four data sets 82
within ± 3 %, especially in the temperature range 290 to 370 K. The agreement
is even better (± 2 %) in the range 295 to 330 K. However, as the amount of
absorbed water along the experimental measurements is different in the several
data sets, we might expect that the agreement can be better, if the amount of
water is taken into account using Eq. 2, not only for our measurements but also
with the data from authors that have registered its water content. If we compare
‐10%
‐5%
0%
5%
10%
15%
250 270 290 310 330 350 370
100 (η‐η
fit)/η
fit
Temperature / K
p.w.
Widegren et al.
Crosthwaite et al.
Tokuda et al.
Kandil et al. (A)
Kandil et al. (B)
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30
our water-free values with those of Widegren et al. (10 ppm), we have an
agreement of 0.66 % for Run 1 measurements and 0.38 % for Run 2
measurements, well within the mutual uncertainty of the measurements.
The electrical conductivity of [C6mim][(CF3SO2)2N] was measured using
the smallest voltage that provided the maximum reading resolution of the
impedance analyzer, 30 mV, for 17 frequencies between 20 Hz and 300 kHz.
For each frequency 10 measurements were made after allowing some time for
frequency stabilization of the impedance analyzer internal generator. In order to
check the success of the humidity control procedure, measurements were
made from 298 K to 333 K and then from 278 K to 298 K; the agreement
between the G∞ values of the two data sets at 298 K was 0.02 % without taking
into account the difference in water content between the two data sets .
Tabela 4- Electrical conductivity of [C6mim][(CF3SO2)2N] for the temperature range of 298
K to 343 K.
T ± sT (K) ± s(S∙m‐1) wf (S∙m‐1)
298.150 ± 0.002 0.2174 ± 0.0043 0.2172
303.150 ± 0.002 0.2682 ± 0.0054 0.2680
308.150 ± 0.002 0.3260 ± 0.0065 0.3257
313.150 ± 0.002 0.3910 ± 0.0078 0.3905
323.150 ± 0.003 0.5430 ± 0.0109 0.5423
333.150 ± 0.005 0.7256 ± 0.0145 0.7246
278.150 ± 0.002 0.0783 ± 0.0016 0.0782
283.150 ± 0.002 0.1045 ± 0.0021 0.1043
288.150 ± 0.002 0.1359 ± 0.0027 0.1357
293.150 ± 0.002 0.1735 ± 0.0035 0.1732
298.150 ± 0.002 0.2176 ± 0.0044 0.2172
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31
The electrical conductivity cell constant was obtained by the same procedure as
the G values for the standard solution of 0.01 D, the one with conductance
values of the same magnitude as the fluid under measurements, although the fit
was a quadratic one as a function of f8 -1/2 . Experimental and calculated data
are presented in Table 4, along with the corresponding uncertainties. Table 4
also presents the values of the electrical conductivity corrected for “dry” or
water-free conditions, κ, calculated using the procedure described by
Widegreen et al.83, assuming a linear increase in water content from the first
data point to the last one:
(5)
The electrical conductivity of [C6mim] [(CF3SO2)2N] was measured by
Widegren et al. and Widegren and Magee , using a commercial borosilicate
glass conductivity cell with two platinum black electrodes modified to provide
insulation from atmospheric moisture by nitrogen blankets at both ends and
sealing o-rings, measured by an LCR meter driven at 1 Vrms for frequencies
between 0.8 kHz and 5 kHz calibrated with commercial standard KCl solutions,
with an estimated expanded uncertainty (including the contributions from
temperature) of 2 %, the water content being 10 ppm at all times. Kandill et al.
used a similar type of conductivity cell also measured by a LCR meter for six
frequencies between 0.5 kHz and 10 kHz at 1 Vrms, with an estimated
uncertainty of 2.0 %, the water content varying from 90 ppm at the beginning to
180 ppm at the end. Fitchett et al. 84have estimated the electrical conductivity at
295.1 K with an estimated uncertainty of 8 %, and finally Tokuda et al. used a
similar type of conductivity cell to the ones previously described measured by
an AC impedance meter driven at 10 mVrms for frequencies between 5 Hz and
13 MHz calibrated with one standard KCl solution but without any reference to
measurement uncertainty, the water content being measured just on the
synthesized sample: less than 10 ppm 85. The 2005 data set of Tokuda et al. 86
available in ILThermo (http://ilthermo.boulder.nist.gov/ILThermo/mainmenu.uix)
as values generated from a fit provided by the author was not used, because
the experimental data for that fit was published as supporting information of
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Tokuda et al. All the data sets, except that of Tokuda et al. , were made on
samples of the same batch of [C6mim] [(CF3SO2)2N] synthesized by M.
Muldoon, taking great care to prevent contamination with water, because it is
well established that all physical properties for [C6mim] [(CF3SO2)2N] are
strongly dependent on the water content. Tokuda et al. used an independently
synthesized sample, without control of the water content before and after
conductivity measurements.
In order to correlate the available data sets, a fit was made using all data
measured for the IUPAC sample, of as simple a nature as possible:
(6)
the coefficients being provided in Table 5, while the residuals of the fit are
plotted on Fig. 7, with an RMS deviation of 0.8 %. It is quite obvious from Fig. 7
that all the measurements made using the IUPAC sample are in close
agreement within their mutual uncertainties for all temperatures, in a much
better case than for viscosity.
Tabela 5- Best-fit values of coefficients ai of Eq. 6
a0 ( S∙m‐1) 9.3599 ± 0.11
a1 (S∙m‐1 ∙K‐1) ‐0.071208 ± 7.0×10‐4
a2 (S∙m‐1 ∙K‐2) 1.3598×10‐4 ± 1.1×10‐6
Although mentioned on the legend of Fig. 7, the data point of Fitchett et al.84 is
not visible because it deviates from the fit by 38 %, while most of the data of
Tokuda et al. matches quite well the present fit, except for the lowest
temperature data points (263.15 K and 273.15 K) which have deviations of 42
%to 44 %and 6 %to 8 %, respectively, and as such cannot be seen on the
graph’s scale.
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33
Figura 7 - Deviations of available experimental electrical conductivity values from Eq. 6
There is a noticeable tendency of these two data sets to be generally on the
positive side of the residuals, meaning that there is probably more water in the
samples than the values measured prior to performing the actual
measurements. In spite of these minor problems, there is generally good
agreement between all the data sets, IUPAC sample and others, for
temperatures between 280 K and 380 K within their mutual uncertainties.
Conclusions
The electrical conductivity and viscosity of [C6mim][(CF3SO2)2N] have been
measured between 298.15 K and 333.15 K (343.15 K for viscosity), at
atmospheric pressures, with uncertainties better than 2.0 % and 0.5 %,
respectively. These data were found to agree within their mutual uncertainties,
with the data obtained by other authors, especially those that followed the
strategy of IUPAC project 2002-0051-100.
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Capítulo 3.1 Thermal Properties of Ionic Liquids and IoNanofluids of
Imidazolium and Pyrrolidinium Liquids
Propriedades térmicas de líquidos iónicos e ionanofluidos de líquidos com imidazolinio e pirrolidinio.
C. A. Nieto de Castro, M. J. V. Lourenço, A. P. C. Ribeiro, E. Langa, S. I. C. Vieira, P.
Goodrich, C. Hardacre, “Thermal Properties of Ionic Liquids and IoNanofluids of
Imidazolium and Pyrrolidinium Liquids”, J. Chem. Eng. Data, 55, 653-661 (2010).A
Doutora Elisa Langa realizou os testes de calibração do DSC e a Mestre Salomé Vieira
realizou os ensaios DSC referentes ao [C4mim][BF4] , [C6mim][PF6] e [C6mim][PF6]
+1% de MWCNT.
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37
Capítulo 3.1 - Propriedades térmicas de líquidos iónicos e ionanofluidos de líquidos com imidazolinio e pirrolidinio.
Abstract
Complex systems based on nanomaterials and common solvents have
been shown to have thermophysical properties that can revolutionize current
utilization of heat transfer fluids and heat storage cycles. This has been made
possible by the existence of thermal conductivity enhancements derived from
the presence of additional mechanisms of heat transfer, in comparison with the
base solvent. Ionic liquids have been shown to have thermophysical properties
that justify the replacement of several of the chemical processes now under
exploitation, and some of the solvents used, because they can, in certain
conditions, be considered as green solvents. Dissolving (or mixing as a
thermally stable suspension) nanoparticles in ionic liquids, forms “bucky gels”,
or IoNanoFluids, which we have recently shown to have thermal conductivity
enhancements ranging from 5 to 35%.
This paper reports data on the thermal conductivity of the ionic liquids 1-
hexyl-3-methylimidazolium tetrafluoroborate (CAS Number: 244193-50-8),
[C6mim][BF4], 1-butyl-3-methylimidazolium hexafluorophosphate (CAS Number:
174501-64-5), [C4mim][PF6], 1-hexyl-3-methylimidazolium hexafluorophosphate
(CAS Number: 304680-35-1), [C6mim][PF6], 1-butyl-3-methylimidazolium
trifluoromethanesulfonate (CAS Number: 174899-66-2), [C4mim][CF3SO3] and
1-butyl-1-methylpyrrolidinium bis(trifluoromethyl)sulfonylimide (CAS Number:
223437-11-4), [C4mpyrr][(CF3SO2)2N], and IoNanofluids with MWCNT’s as a
function of temperature and discuss the molecular theories of heat transfer and
storage in these types of systems. Moderate thermal conductivity
enhancements, between 2 and 9%, were found for the systems studied,
showing a week dependence on temperature. It also reports heat capacity
values for [C4mim][BF4] and [C4mim][PF6]. Values of the heat capacity of an
IoNanofluid, C4mim][PF6] with 1% and 1.5 % Baytubes®, are reported for the
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
38
first time, showing also an enhancement (8%), a fact that deserves further
investigation in a near future.
The behavior of these nanofluids, along with that of ionic liquids of the
type studied, suggests that nanocluster formation and preferred paths for heat
transfer and storage are present and may are likely to be the cause of the
phenomena found. However, existing theories cannot yet explain the results
obtained.
Introduction
The current situation of the world economy requires the search for
alternative energies to conventional fuels, the optimization of current energy
technologies and the search for new and clean working fluids, in order to
decrease the energy consumption without destroying the development needs of
different countries. In the field of heat transfer, all current liquid coolants used at
low and moderate temperatures exhibit extremely poor thermal conductivity and
heat storage capacities, as the classical equipment for heat transfer uses
working fluids that were developed, tested and applied in a world of positive
economical growth. In contrast, the uses of chemical technologies today are
considered unsustainable. Although increased heat transfer can be achieved
creating turbulence, increasing surface area, etc., ultimately the transfer will still
be limited by the small thermal conductivity of the fluid. Therefore, there is a
need for new heat transfer liquids with the challenge being to design more
efficient liquids in terms of energy conversion for domestic and industrial
applications.
The screening of all possibilities lead us to the use of nanofluids, recently
reviewed by Murshed et al.87 Using the fact that solid materials, namely metals
or carbon nanotubes (CNT’s), have a thermal conductivity at room temperature
several orders of magnitude higher than fluids, it has been shown that the
thermal conductivity of fluids containing suspended particles (metallic, non-
metallic) could be significantly higher than the base fluids. Applying
nanotechnology to heat transfer, Choi et al.88 invented the term nanofluid to
designate a new class of heat transfer fluids formed by the dispersion of
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
39
nanometer sized solid particles, rods or tubes in traditional heat transfer fluids.
From the investigations performed thereafter, nanofluids were found to have
higher thermal conductivity than those of the base fluids.87 The
suspensions/emulsions are stable and Newtonian, and these nanofluids have
been proposed as 21st century heat transfer agents for cooling devices which
respond more efficiently to the challenges of great heat loads, higher power
engines and brighter optical devices, increased transportation, micromechanics,
instrumentation, HVAC89, and medical applications.81,90,91 Some consider them
already to be the cooling media of the future.92 Although significant progress
has been made, variability in the heat transfer characteristics is present which
may be the result of the synthesis of the nanofluids being quite delicate. In fact,
a nanofluid does not mean necessarily a simple mixture of solid particles and a
liquid, in the thermodynamic definition, and the techniques used by different
authors are sometimes ill-defined81,91, as discussed below.
Previous studies in nanofluids have used common liquids such as water,
ethylene glycol or oils. No innovation has been performed so far in the base
fluids, until the publication by Ribeiro et al.93 In this paper we reported the first
results for the thermal conductivity of ionic liquids with CNT’s, for
alkylmethylimidazolinium liquids. Ionic liquids are fluids currently under intense
study for chemical and materials processing, as environmentally friendly
solvents and reaction fluids (“green” solvents)94,95,96. These materials are
generally are non-flammable and non-volatile under ambient conditions and
their thermophysical properties, being compatible with the requisites of heat
transfer fluids, can be fine-tuned by their structure and tailored to satisfy the
specific application requirements. According to the American National
Renewable Energy Laboratory there have been no major developments in the
field of thermal energy storage systems in the 1990’s and the discovery of ionic
liquids systems qualifies them as a viable thermal fluid, a fact that is supported
by recent applications as thermal fluids.97,98
The discovery that carbon nanotubes and room-temperature ionic liquids
can be blended to form gels that may be used to make novel electronic devices,
coating materials, and antistatic materials, opens a completely new field.99,100
“Bucky gels” are blends or emulsions of ionic liquids with nanomaterials, mostly
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
40
nanocarbons (tubes, fullerenes, spheres). The possibility of using ionic liquids
containing dispersed nanoparticles with specific functionalization, for example
SWCNT’s, MWCNT’s and fullerenes (C60, C80, etc.), opens the door to many
applications. The use of nanoparticles as heat transfer enhancers allows us to
associate small quantities of different types of nanomaterials to ionic liquids -
IoNanofluids, which are highly flexible such that they can be designed (target-
oriented) in terms of molecular structure, to achieve the desired properties
necessary to accomplish a given job. This is possibly due to the complex
interactions ionic liquids - nanomaterials in the complex emulsions they form, as
discussed below.
This paper reports thermal conductivity measurements of [C6mim][BF4],
[C4mim][PF6], [C6mim][PF6], [C4mim][CF3SO3] and [C4mpyrr][(CF3SO2)2N],
between 293 K and 363 K, and of the corresponding IoNanofluids composed of
1% (w/w) multi-walled carbon nanotubes (MWCNT’s) in the ionic liquids, as a
function of temperature. It also reports on the heat capacity of the IoNanofluid,
[C4mim][PF6], with two MWCNT loadings (1wt% and 1.5wt%), as a function of
temperature. The molecular theories on heat transfer in nanofluids, applied to
our systems are also discussed.
Experimental
All ionic liquids were synthesized and purified at the QUILL Centre,
Belfast, according to procedures found elsewhere101,102.They were prepared via
metathesis reactions from the appropriate [Cnmim]Cl. Samples were extensively
washed using distilled water and dried whilst stirring overnight at 70 °C under
high vacuum (0.1 Pa) prior to use. All ionic liquids were analyzed by 1H and 13C
NMR and elemental analysis and showed excellent agreement with the reported
data. The water content was measured using Coulometric Karl-Fisher titration
(Metrohm 831), before and after each thermal conductivity measurement. In all
cases, the water mass fraction was found to be less than 0.0002. The halide
content of ionic liquids was determined using suppressed ion
chromatography103 and all ionic liquids had a chloride mass fraction less than
5·10-6, unless otherwise stated.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
41
The carbon nanotubes used were Multi-Walled Carbon Nanotubes
Baytubes C150 HP from Bayer Material Science, a development product.
Specifications can be found in Table 6..
Tabela 6- Baytubes® product specification104
Property Value Unit Method
C-Purity > 99 % Elementary
analysis
Free amorphous carbon Not detectable % TEM
Number of walls 3-15 - TEM
Outer mean diameter 13-16 nm TEM
Outer diameter distribution 5-20 nm TEM
Inner mean diameter 4 nm TEM
Inner diameter distribution 2-6 nm TEM
Length 1-10 μm SEM
Bulk density 140-230 kgm-³ EN ISO 60
Baytubes® are produced in a high-yielding catalytic process based on
chemical vapor deposition. The process yields easy to handle agglomerates
with high apparent density. The optimized process results in a high degree of
purity (low concentration of residual catalyst and absence of free amorphous
carbon). Baytubes® are agglomerates of multi-wall carbon nanotubes with low
outer diameter, a narrow diameter distribution and an ultra-high aspect ratio
(length-to-diameter ratio). They show excellent tensile strength and E-modulus,
as well as exceptional thermal and electrical conductivity.
As explained above, the synthesis of the nanofluids is quite delicate.
There are two main techniques used with normal solvents, the two-step process
and the direct evaporation technique or single step. Most researchers use the
two-step process, by dispersing commercial or self-produced nanoparticles in
the liquid, a technique that can create large particle agglomerates, destroyed by
adding surfactants or using dispersion techniques. Aida and co-workers found
that imidazolinium-ion-based ionic liquids were excellent dispersants for CNT’s1,
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
42
forming physical gels, that could be reproduced using sonification or grinding
the suspension in an agate mortar with a pestle. These techniques were
followed in present work to obtain very stable emulsions, with 1% and 1.5%
(w/w) loading of MWCNT’s (Sonicator Sonics & Materials, Model VC50).
Thermal conductivity data were measured using a KD2 Pro Thermal
Properties Analyzer (Labcell Ltd., UK). The principle of measurement is based
on the transient hot-wire method, and an electrically isolated probe coated with
a thin coating of an insulator was used, as the ionic liquid is electrically
conducting.95,105,106 The meter consists of a thermal probe (1.3 mm diameter, 60
mm length), containing a heating element and a thermoresistor, which should
be inserted into the sample vertically, rather than horizontally, to minimize the
possibility of inducing convection. The measurement is made by heating the
probe within the sample while simultaneously monitoring the temperature
change of the probe. A microprocessor, connected to the probe, is used to
control the heating rate, measure the temperature change data, and calculate
the thermal conductivity based on a parameter-corrected version of the
temperature model given by Carslaw and Jaeger107 for an infinite line heat
source with constant heat output and zero mass, in an infinite medium. For this
model to accurately describe the physical behavior of a system, the heat source
must closely approximate an infinitely long, thin line. Kuitenberg et al.108
describe the solutions for a heated cylindrical source with a non-negligible
radius and finite length which is used for this probe. Both models give equally
good fit to the temperature data but differ slightly in value for the fitting
parameters, and these differences can be accounted for by the calibration,
allowing the former, simpler model to be used which has been employed herein.
Before and after analysis of the ionic liquid samples, the meter was calibrated
using water and a standard sample of glycerol of known thermal conductivity.
Approximately 15 cm3 of the sample to be analyzed was sealed in a glass
sample vial. The probe was inserted vertically into the sample via a purpose-
made port in the lid of the vial. The sealed vial was then fully immersed in a
temperature-controlled water bath (Grant GD120) and allowed to equilibrate at
the desired temperature. Once the sample reached the required temperature, a
further 15 min was allowed to pass before carrying out the measurement to
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
43
ensure complete equilibration. At least four measurements were taken at each
temperature, with a delay of at least 15 min between each measurement, to
ensure reproducibility. More details can be found in the work of Ge et al.109 The
uncertainty of the thermal conductivity was estimated, from the standard
deviations of experimental and calibration measurements, to be ± 0.005 Wm-
1·K-1. The uncertainty of the temperature is estimated to be ± 1 K.
Heat capacity measurements were measured with a differential scanning
calorimeter (DSC-111, Setaram, France) which was calibrated in enthalpy
(Joule effect) and temperature (CRM’s, LGC, UK).110,111 The melting
temperatures of Hg, Ga, In, Sn, Pb and Zn were used to calibrate the
temperature indicated by the instrument and the heat of fusion of these metals
was used to assess the calibration uncertainty due to the Joule effect. Table 7
shows the reference materials used, their origin and purity, as well as the
recommended values for the enthalpies and temperatures of fusion.
Tabela 7- Reference materials used for the temperature calibration
Reference
Material
Origin Purity (%) Tfus/ K fusHm
/ J mol-1
Reference
Hg BDH > 99.999 234.29 ± 0.01 2295.3 0.8 112
Ga Alfa
Chemicals
99.9999 302.9146
302.92 ± 0.02
5569 50
5590 ± 40
113 114
In LGC 2601 99.999 429.76 0.02 3296 9 CRMCa
Sn LGC 2609 99.99998 505.07 0.02 7187 4 CRMCa
Pb LGC 2608 99.996 600.62 0.02 4756 11 CRMCa
Zn LGC 2611 99.996 692.68 0.02 7103 31 CRMCa aCRMC – Certified reference materials certificate – LGC (UK)
Table 8 show the results obtained for the melting (fusion) temperatures and
fusion enthalpies of the Hg, Ga, In and Sn.
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44
Tabela 8 Comparison between the temperature and enthalpy of fusion of mercurya,
gallium, indium (LGC 2601) and tin (LGC 2609)
Hg Ga In Sn
(fusH)std / J mol-1 2295.3 ±
0.849,51
5569 ± 6049
5590 ± 4051
3296 ± 9 7187 ± 4
(fusH)exp / J mol-1 2268 ± 33 5568 ± 71 3249 ± 35 7083 ± 74
Tstd / K 234.29 ±
0.0149,50
302.92 ± 0.0251
302.914650
429.76 ± 0.02 505.07 ± 0.02
Texp / K 233.58 ± 0.19c
-
-
303.08 ± 0.29b
429.68 ± 0.07
429.66 ±
0.02b
505.01 ± 0.07
505.16 ± 0.15b
ap.a., Bi-distilled ; bExtrapolation to zero scanning rate; cat 2 K min-1
The uncertainty in the enthalpy measurements was found to be of the order of
1%, while the temperature measurements agree within 0.1 K with the standard
values, except for mercury, where data only at 2 K min-1 was determined.
The heat capacity was obtained using closed stainless steel crucibles, by
continuous method-standard zone, with a scanning rate of 2 K min-1 (Setaram
SETSOFT 2000, Version 3.0). The mass of the samples was confirmed after
each run to confirm possible weight losses. The heat capacity was obtained
from the total energy detected by the calorimeter, (QP)meas, the calibration
constant, K, and the scanning rate using Eq. (1):
K
QCP
measP (7)
The measurement technique uses a double experiment performing two nearly
identical runs, one with the two cells without sample and the other with the
sample in one of the cells. In this way any differences between the two crucibles
are eliminated from the final signal to be used in Eq. (7). The uncertainty of the
heat capacity determinations is better than 1.5% at a 95% confidence
level115,116. We have checked the accuracy of the measurements by measuring
the heat capacity of certified reference material sapphire (NIST SRM-707),
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
45
between room temperature and 430 K, and found deviations less than 1.5 %,
with an average absolute deviation (AAD) of 0.68%.
Results and Discussion
Thermal Conductivity of Ionic Liquids
The thermal conductivity of [C6mim][BF4], [C4mim][PF6], [C6mim][PF6],
[C4mim][CF3SO3] and [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] were measured between 293 K
and 353 K, at 0.1 MPa. Thermal conductivities for [C2mim][(CF3SO2)2N],
[C4mim][(CF3SO2)2N], [C6mim][(CF3SO2)2N], [C8mim][(CF3SO2)2N],
[C4mim][BF4] have also been reported. Figure 8 and Table 9 show the results
obtained.
Figura 8- Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature.
- [C6mim][BF4]; - [C4mim][CF3SO3]; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N];
- [C4mim][PF6]; - [C6mim][PF6].
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46
Tabela 9 Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature
T/K λ / W·m-1·K-1
[C6mim][BF4]
[C4mim]
[CF3SO3]
[C4mpyrr]
[(CF3SO2)2N] [C4mim][PF6] [C6mim][PF6]
293 0.158 0.142 0.118 0.145 0.142
303 0.157 0.141 0.118 0.145 0.141
313 0.156 0.140 0.118 0.145 0.141
323 0.155 0.139 0.117 0.144 0.139
333 0.153 0.139 0.117 0.143 0.139
343 0.152 0.138 - 0.143 0.138
353 0.151 0.138 - 0.143 0.138
It can be seen that the variation is linear and that no data point departs from
linearity by more than ±0.6%. Table 10 shows the coefficients of regression for
Eq. (8) and the root mean square deviations of the fits.
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47
Tabela 10 Coefficients of Eq.(8) for pure ionic liquids and IoNanofluids (1wt% MWCNT)
Ionic Liquid a1±a1
/ W·m-1·K-1
104(a2±a2)
/ W·m-1·K-2
/ W·m-1·K-
1
[C6mim][BF4] 0.19379 ±
0.00179
-1.214 ± 0.053 0.00029
[C4mim][CF3SO3] 0.16149 ±
0.00248
-0.679 ± 0.077 0.00041
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N] 0.12699 ±
0.00313
-0.300 ± 0.100 0.00032
[C4mim][PF6] 0.15784 ±
0.00253
-0.429 ± 0.078 0.00041
[C6mim][PF6] 0.16279 ±
0.00292
-0.714 ± 0.090 0.00048
IoNanofluid
[C6mim][BF4] + MWCNT 0.17631 ±
0.00179
-0.357 ± 0.006 0.00029
[C4mim][CF3SO3] + MWCNT 0.16310 ±
0.00200
-0.321 ± 0.006 0.00032
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT 0.13279 ±
0.00313
-0.300 ± 0.010 0.00032
[C4mim][PF6] + MWCNT 0.16501 ±
0.00372
-0.500 ± 0.115 0.00061
[C6mim][PF6] + MWCNT 0.15844 ±
0.00179
-0.500 ± 0.055 0.00029
The variance of the fits do not exceed 0.48 m W·m-1·K-1, about 0.3%.
K/KmW 2111 Taa (8)
Few other studies have been reported. Tomida et al.117 measured the thermal
conductivity of [C4mim][PF6], and [C6mim][PF6] from 294 to 335 K at pressures
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48
up to 20 MPa, using the transient short-hot-wire method with an uncertainty of
2-4%. Their samples were synthesized, dried by heating in a vacuum and
purified by adsorbing the impurities onto activated charcoal. Therein, the water
content after the measurements was found to be in the range 70-90 ppm. Ge et
al.,21 reported measurements for [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] and [C4mim][CF3SO3]
using the same instrument presented in this work, with and estimated
uncertainty of ± 0.005 W·m-1·K-1. The water content was found to be less than
80 ppm, and the chloride mass fraction was less than 5·10-6. Figure 2 shows
the deviations of our data from Eq.(8) and it can be seen that no data point
deviated from the linear fitting by more than 0.5%. In addition, the deviations
from our fits of the data from Ge et al.,21 for [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][CF3SO3], and by Tomida et al.111 for [C4mim][PF6], and [C6mim][PF6],
obtained using a bare platinum wire. In all cases the data agree within the error
associated with the methods used. For both the data of Tomida et al.27 and Ge
et al.,21 the previously reported data is systematically slightly higher than those
reported in this study which may be associated with higher purity samples
utilized in the present study. Ge et al.21 showed that small levels of water or
halide, which are common impurities from the synthesis of ionic liquids, both
increase the thermal conductivity of ionic liquids.
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49
Figura 9 - Deviations between our data and other data from Eq.(2), as a function of
temperature. - [C6mim][BF4]; - [C4mim][CF3SO3]; - [C4mpyrr][(CF3SO2)2N]; -
[C4mim][PF6]; - [C6mim][PF6]; - C4mpyrr][(CF3SO2)2N], Ge at al. (2007)21; -
[C4mim][CF3SO3], Ge at al. (2007); - [C4mim][PF6], Tomida et al. (2007);
- [C6mim][PF6], Tomida et al. (2007).
Heat Capacity of Ionic Liquids
Measurements of the heat capacity of [C4mim][BF4] and [C4mim][PF6]
were obtained, at 0.1 MPa, between 308 and 423 K and Table 11 shows the
results obtained.
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50
Tabela 11 - Heat capacity of [C4mim][BF4] and [C4mim][PF6] as a function of temperature
T/K CP / J·mol-1·K-1
[C4mim][BF4] [C4mim][PF6]
308.16 367.26 410.64
313.16 367.64 413.48
318.16 370.39 417.74
323.16 371.89 422.01
328.22 373.73 423.43
333.22 375.92 426.27
338.19 377.15 429.11
343.18 380.16 433.37
348.25 382.69 436.22
353.18 384.80 439.06
358.25 386.99 441.90
363.18 389.18 443.32
368.17 390.00 444.74
373.21 390.04 447.58
378.20 392.18 450.43
383.17 393.64 454.69
388.20 395.28 457.53
393.17 396.49 460.37
398.20 397.93 463.21
403.20 400.74 468.90
408.16 403.88 470.32
413.19 403.49 471.74
418.19 404.98 473.16
423.22 406.62 474.58
The experimental values were fitted as a function of temperature with the
polynomial given by Eq. (9).
232111
P K/K/KmolJ TbTbbC (9)
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51
Table 12 shows the coefficients of regression for Eq. (9) and the root
mean square deviations associated with the fits for [C4mim][BF4].
Tabela 12 - Coefficients of Eq.(9)
Ionic Liquid b1 ± b1
/ J·mol-1·K-1
b2 ± b2
/ J·mol-1·K-2
104 (b3± b3)
/ J·mol-1·K-3
/ J·mol-1·K-
1
[C4mim][BF4] 177.989 ±
23.134
0.80054 ±
0.12732
- 6.1596 ±
1.7393
0.9140
[C4mim][PF6] 182.288 ±
32.828
0.87307 ±
0.18067
- 4.2115 ±
2.4681
1.2933
The variance is 0.914 J·mol-1·K-1, approximately 0.3 %. Figure 3 shows
the variation of heat capacity with temperature, together with the results
obtained by different authors.
Figura 10 - Heat capacity of [C4mim][BF4] as a function of temperature. Data from other
authors is also shown. - Present work; - Rebelo et al. ;118 - Kim et al.;119 -
Fredlake et al.;120 - Waliszewski et al.;121 - Van Valkenburg et al.;32 - Garcia-Miaja et
al.;123 - Garcia-Miaja et al..124
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52
Data have been reported by Rebelo et al.,118 Kim et al.,119 Fredlake et
al.,120 Waliszewski et al.,121 Van Valkenburg et al.,122 Garcia-Miaja et al.123,124 All
these data were obtained with DSC. A wide variation between the datasets of
up to 20 % at room temperature is observed. This situation is very uncommon
in calorimetry; however it is known that, apart from differences in sample purity,
the DSC used must be well calibrated and this may explain the scatter of data.
Figure 11 shows the deviations between our data and other data. It should be
noted that results with deviations greater than ± 2% are not included.
Figura 11 - Deviations between our data and other authors data from Eq.(3), as a function
of temperature. - [C4mim][BF4], present work; - [C4mim][PF6]; - [C4mim][BF4],
Rebelo et al.;118 - [C4mim][BF4], Waliszewski et al.;121 - [C4mim][BF4], Van Valkenburg
et al.;32 [C4mim][BF4], Garcia-Miaja et al.;124 - [C4mim][PF6], Kabo et al.;126 -
[C4mim][PF6], Troncoso et al..127 Results with deviations greater than ± 2% are not
included.
Our data agrees with the data from Rebelo et al.,111 between 0.9 and
2.5%, Waliszewski et al.121 between 0.86 and 2%, Van Valkenburg et al.32
between 1 and 2%, and Garcia-Miaja et al.,124 to within 0.7 %. The data
reported by Fredlake et al. deviates by more than -3%, while that of Kim et al
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53
deviates between 8 and 12%. All these numbers are well within the mutual
uncertainty of the data, except those of Kim et al.
Table 7 also shows the coefficients of regression for Eq. (3) and the root
mean square deviations of the fits for [C4mim][PF6]. The variance is 1.29 J·mol-
1·K-1, approximately 0.3 %. Figure 5 shows the variation of heat capacity with
temperature, together with the results obtained by different authors. Data for
this liquid has been reported by Holbrey et al.,125 Kabo et al.,126 Fredlake et
al.,120 and Troncoso et al..127 With the exception of the data reported by Kabo et
al. which was obtained using a heat bridge calorimeter, all the remaining data
were obtained by DSC.
Figura 12 - Heat capacity of [C4mim][PF6] as a function of temperature. - Present work;
- Holbrey et al.;125 - Kabo et al.;126 - Fredlake et al.;120 - Troncoso et al.127
Figure 11 also shows the deviations between our data and other data for
[C4mim][PF6]. Again results with deviations greater than ± 2% are not included.
Our data agrees with the data of Troncoso et al.127 between 0.4 to 0.6% and
with Kabo et al.36 between 0.8 to 1.2%. These variations are within the
expected uncertainty of the data with in all cases, the data reported herein
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
54
being slightly lower. In contrast, the data reported by Fredlake et al.120 and
especially those reported by Holbrey et al.125 are much lower than our data with
the latter data showing deviations of up to -20%.
Thermal Conductivity of IoNanofluids
The thermal conductivity of the IoNanofluids produced by adding
MWCNT’s to [C6mim][BF4], [C4mim][PF6], [C6mim][PF6], [C4mim][CF3SO3] and
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N] were also measured between 293 K and 353 K, at 0.1
MPa. Results for the IoNanofluids from [C2mim][(CF3SO2)2N],
[C4mim][(CF3SO2)2N], [C6mim][(CF3SO2)2N], [C8mim][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][BF4] have been reported in Reference 7. Figure 6 and Table 8 show
the results obtained for these new fluids.
Figura 13 - Thermal conductivity of IoNanofluids as a function of temperature, with a
loading of 1 wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT; - [C4mim][CF3SO3] + MWCNT;
- [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; - [C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] +
MWCNT.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
55
It can be seen that the variation is linear with temperature, as found for the pure
ionic liquids, and that no data point departs from linearity by more than ±0.25%
(see figure 14).
Figura 14 - Deviations between our data from Eq.(2), as a function of temperature, with a
loading of 1 wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT; - [C4mim][CF3SO3] + MWCNT;
- [C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; - [C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] +
MWCNT.
Table 10 also shows the coefficients of regression for Eq. (8) and the root mean
square deviations of the fits.
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56
Tabela 13 - Thermal conductivity of IoNanofluids (1% w/w of Baytubes) as a function of
temperature.
T/K λ / W·m-1·K-1
[C6mim][BF4]
/MWCNT
[C4mim][CF3SO
3] /MWCNT
[C4mpyrr][(CF3SO2)2
N] /MWCNT
[C4mim][PF6]
/MWCNT
[C6mim][PF6]
/MWCNT
293 0.158 0.142 0.118 0.145 0.142
303 0.157 0.141 0.118 0.145 0.141
313 0.156 0.140 0.118 0.145 0.141
323 0.155 0.139 0.117 0.144 0.139
333 0.153 0.139 0.117 0.143 0.139
343 0.152 0.138 - 0.143 0.138
353 0.151 0.138 - 0.143 0.138
Figure 15 shows the thermal conductivity enhancement as a function of
temperature for the IoNanofluids studied. Some of the fluids show a
temperature dependent enhancement ([C6mim][BF4] and [C4mim][CF3SO3]),
while the remaining compounds demonstrate a constant increase (5% for
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N], 3.4% for [C4mim][PF6] and 1.8% for [C6mim][PF6]).
Figura 15 - Thermal conductivity enhancement in the IonNanofluids, with a loading of 1
wt% of MWCNT. - [C6mim][BF4] + MWCNT; - [C4mim][CF3SO3] + MWCNT; -
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N] + MWCNT; - [C4mim][PF6] + MWCNT; - [C6mim][PF6] +
MWCNT.
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57
This result is similar to the behavior found previously for other nanofluids. In
general IoNanofluids containing [PF6]- based ionic liquids have the smallest
enhancement in thermal conductivity whilst those based on [C6mim][BF4] had
the largest (9% on average) change. No smooth dependence on the cations or
anion was found, in agreement with the results obtained for the [Cnmim]+ based
ionic liquids presented.
The interpretation of the thermal conductivity enhancement in nanofluids has
been the object of many publications, since the pioneering work of Maxwell.128
This model was developed for millimeter and micrometer sized particles
suspended in liquids, and the ratio between the thermal conductivity of the
nanofluid and that of the base fluid, NF/BF, was found to depend on the
thermal conductivity of both phases (solid and liquid) and on the volume fraction
of the solid. The model, adapted for the IoNanofluids is shown in Eq. (10):
ILCNTILCNT
ILCNTILCNT
IL
NF
2
22
CNT
CNT (10)
where NF, IL, CNT are, respectively, the thermal conductivity of the nanofluid,
of the ionic liquid and of the particles (CNT). CNT is the CNT volume fraction.
Extensions of this model to incorporate the shape of the particles, namely
cylinders, and the interaction between the particles were developed by Hamilton
and Crosser129 and Hui et al.130. However, these classical models cannot
predict the anomalously high enhancements accurately. Several mechanisms
have been proposed, to date, to explain this phenomena. Keblinsky et al.131
systematized the four different mechanisms for heat transfer that could explain
these enhancements, namely (i) Brownian motion of the nanoparticles (ii) liquid
layering at the liquid/particle interphase, (iii) the nature of the heat transport in
the nanoparticles and (iv) the effect of nanoparticle clustering. From the
analysis of the discussion performed before and other publications cited,
therein, it is the our belief that the effect of the particle surface chemistry and
the structure of the interphase particle/fluid are the major mechanisms
responsible for the unexpected enhancement in nanofluids.
In order to test these ideas, the heat transfer equation for spherical and infinitely
long cylinders has been solved following the model developed by Leong et
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58
al..132,133 This considered the fact that the thermophysical properties of the
interfacial layer are different from those of the bulk liquid and of the solid
particles. In addition, the interface was used as an additional heat transfer
resistance within the description. Eqs. (11) and (12) were obtained for the
thermal conductivity of a nanofluid containing cylindrical particles (our
CNT’s):134
12
21222
1CNTIntCNTIntCNT21
LILIInt2
CNT21IntCNT
221IntCNTIntCNT
NF
(11)
where
a
ha
h
21
1
1
(12)
In these equations, Int is the thermal conductivity of the interphase, a is the
radius of the cylinder and h the thickness of the interfacial layer (nanolayer at
the CNT-IL interface). It should be noted that there is no exact theoretical model
to determine h; however, Murshed et al. reported that this parameter is not
critical and, therefore, we have assumed in the present calculations that h 2
nm.41 In addition, as no values of Int exist for IL/CNT systems, we have used
Int as an adjustable parameter, keeping in mind that it will be, in principle,
intermediate between the values of IL and CNT (Murshed et al. found Int= 60
IL for ethylene glycol/CNT).
Table 14 shows the results obtained for the five IoNanofluids studied,
comparing the experimental enhancement obtained, NF/IL-1, with the values
found from Maxwell model and Leong et al. model. An average value of a = 7.5
nm was used for the MWCNT’s and a value of CNT= 2000 W·m-1·K-1 was
assumed,135 as no other information regarding the value for the Baytubes®
exists.
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59
Tabela 14 - Thermal conductivity enhancement in the IoNanofluids studied (T=293 K)
Ionic Liquid /
kg·m-3
IL/
W·m-
1·K-1 wCNT CNT
NF/IL-1
Experimental Eq.
(10)
Eq.
(11)
[C6mim][BF4] 1148 0.158 0.01 0.0590 0.048 1.19 1.19
[C4mim][CF3SO3] 1306 0.142 0.01 0.0666 0.094 1.21 1.22
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N] 1454 0.118 0.01 0.0735 0.049 1.24 1.25
[C4mim][PF6] 1372 0.145 0.01 0.0697 0.034 1.22 1.23
[C6mim][PF6] 1298 0.142 0.01 0.0662 0.018 1.21 1.22
Calculations were performed for 293 K, as the temperature dependence of the
thermal conductivity of both the ionic liquids and the IoNanofluids is small.
Values for the density of the ionic liquids were obtained from the ILThermo
database.136 The limiting value of Maxwell model, for volume fractions that
oscillate between 0.6 and 0.7 is approximately 1.2, depending also slightly of
the thermal conductivity of the ionic liquid. As Eq. (4) is the limiting value of Eq.
(5), on applying Eq. (5) to these systems, values of Int=0, and h=0 were
obtained, and it predicts a value of the thermal conductivity enhancement
greater than found for all the systems studied. The values of Leong et al. model
displayed in Table 8 were obtained for Int= IL, a fact that seems to support that
the interphase does not play a very important role in the heat transfer process in
these systems, at least for these small volume fractions. Only for systems
where the enhancement is of the order of 20% or greater can the theory
describe the effect of the thermal conductivity of the interface solid/liquid, as
found for [C4mim][(CF3SO2)2N].
In terms of volume, for such volume fractions, we have an occupancy of 6% of
the nanotubes. This might suggest that the IoNanofluids consist the same type
of nanostructural organization found by Canongia Lopes and Padua137, using
molecular dynamics simulations for [Cnmim][(CF3SO2)2N] and [Cnmim][PF6]
ionic liquids. They found that for ionic liquids with alkyl chains where n ≥ 4,
aggregation of the alkyl chains into nonpolar domains is observed. This creates
a tridimensional network of ionic channels formed by the anions and the
imidazolinium rings of the cations and provides evidence of microphase
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60
separation between polar and non-polar domains within the liquid phase
structure. The CNT’s when dispersed in the ionic liquid are likely to interact
preferentially with the non polar domains associated with the alkyl chains,
therefore, creating microclusters that will enhance the heat transfer. However,
as the size of the nanotubes, not accounted for in Leong et al. model, is
significant (1-10 μm), the structure of the IoNanofluids is likely to be different
compared with that of the base fluid. This will be analyzed in the future. Results
obtained for the heat capacity of these systems, described in the following
section, will also contribute to the discussion about the structure of these
systems and their influence on heat transfer and storage.
Heat Capacity of a IoNanofluid
The heat capacity of an IoNanofluid was measured and the results for
[C4mim][PF6] + 1 wt% and 1.5 wt% Baytubes® are shown in Table 15 and
Figure 16.
Tabela 15 - Heat capacity of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for mass fractions of 1 wt% and
1.5 wt% of Baytubes®.
CP / J·mol-1·K-1 CP / J·mol-1·K-1
T/K 1 wt% 1.5 wt% T/K 1 wt% 1.5 wt%
308.16 1.46 1.48 373.21 1.64 1.63
313.16 1.48 1.49 378.20 1.63 1.63
318.16 1.50 1.50 383.17 1.62 1.64
323.16 1.50 1.50 388.20 1.62 1.63
328.22 1.51 1.50 393.17 1.62 1.64
333.22 1.52 1.50 398.20 1.62 1.65
338.19 1.52 1.52 403.20 1.63 1.66
343.18 1.55 1.55 408.16 1.63 1.67
348.25 1.61 1.59 413.19 1.64 1.68
353.18 1.67 1.63 418.19 1.64 1.68
358.25 1.67 1.65 423.22 1.65 1.68
363.18 1.66 1.65
368.17 1.64 1.64
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61
The results are very surprising, as a large maximum in the heat capacity as a
function of temperature is also found compared with the bulk ionic liquid.
Similar data has not been reported previously for nanofluids.
Figura 16 - Figure 9. Heat capacity of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for two different MWCNT
loads (1 wt% and 1.5 wt%), as a function of temperature. - [C4mim][PF6]; -
[C4mim][PF6] + MWCNT (1 wt%); - [C4mim][PF6] + MWCNT (1.5 wt%)
Figure 17 shows the heat capacity enhancement, CP,NF/ CP,IL-1, as a function of
temperature, where the values for the pure ionic liquid were obtained from Eq.
(13) and Table 16.
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62
Figura 17 -. Heat capacity enhancement of [C4mim][PF6] IoNanofluid, for two different
MWCNT loads (1 wt% and 1.5 wt%), as a function of temperature. - [C4mim][PF6] +
MWCNT (1 wt%); -[C4mim][PF6] + MWCNT (1.5 wt%).
The maximum observed, shaped as a dome as in critical behavior in pure fluids
and near immiscibility critical end points138, is clear and shows a peak of 8%
compared with the bulk liquid irrespective of the CNT loading. Some noise,
within the accuracy of the measurements, is found the lower and higher
temperatures. Further investigations using other ionic liquids and the application
of phenomenological theories of criticality will be performed in order to
understand the interactions involved in these systems and to examine whether
the aggregation phenomena/nanostructural organization is present and is
important in the mechanism of the effects observed.
Conclusions
Thermal conductivity and heat capacity of ionic liquids and IoNanofluids
with MWCNT’s have been measured as a function of temperature. The thermal
conductivity data obtained have an uncertainty of 3-5% and, where available, is
in good agreement with previously reported data. The data for the heat
capacity also agrees well with published data, and has an estimated uncertainty
of 1 %.
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63
In the case of IoNanofluids the data is completely new and cannot be
compared with other data. Moderate thermal conductivity enhancements,
between 2 and 9%, were found for the systems studied, showing a week
dependence on temperature. For heat capacity an enhancement of up to 8%
was found for [C4mim][PF6] with both 1 wt% and 1.5 wt% Baytubes®, a
phenomena found for the first time for nanofluids. The behavior of these
nanofluids, along with the specific behavior of ionic liquids of the type studied,
suggests the existence of nanocluster formation and preferred paths for heat
transfer and storage, a fact that will be the subject of further studies.
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64
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
Capítulo 3.2 –
Thermal conductivity of [Cnmim][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][BF4] IoNanofluids with carbon nanotubes –
Measurement, theory and structural characterization
Condutibilidade térmica de Ionanofluidos contendo
nanotubos de carbono e [Cnmim][(CF3SO2)2N] e
[C4mim][BF4] – Medidas experimentais, teoria e
caracterização estrutural.
A. P. C. Ribeiro, S. I. C. Vieira, P. Goodrich, C. Hardacre, M. J. V. Lourenço,
C. A. Nieto de Castro, " Thermal conductivity of [Cnmim][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][BF4] IoNanofluids with carbon nanotubes – Measurement, theory and
structural characterization.", Journal of Nanofluids (2012),accepted. A Mestre Salomé
Vieira fez o ensaio TEM para o sistema [C4mim][BF4] + 1% MWCNT.
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Capítulo 3.2 -Condutibilidade térmica de Ionanofluidos contendo nanotubos de carbono e [Cnmim][(CF3SO2)2N] e [C4mim][BF4] – Medidas experimentais, teoria e caracterização estrutural.
Abstract
IoNanofluids are a very recent field of application of complex systems of ionic
liquids and nanomaterials to a wide range of applications, from heat transfer to
catalysis, solar absorbing panels, luminescent or lubricants materials. These
novel materials are mixtures of ionic liquids and nanomaterials and have
already resulted in a number of publications in chemical and physical journals,
and are a natural extension of the nanofluids proposed in the last years.
In this paper we report values for the thermal conductivity of IoNanofluids with
carbon nanotubes based on the imidazolium cation, namely
[Cnmim][(CF3SO2)2N] and [C4mim][BF4]. The uncertainty of the thermal
conductivity values is estimated to be 5%. There were found to be
enhancements in the thermal conductivity of the IoNanofluids smaller than 10%,
with the exception of the [C4mim][NTf2]+MWCNT system, where the increase
was found to be much bigger (~35%). In an interpretation of the data obtained,
the model of Leong et al (2008) was applied. However, this model could not
explain enhancements smaller than 22%. To identify the structure of the
IoNanofluids, TEM characterization was performed for [C4mim][BF4] + MWCNT
system, showing the structure of the nanotubes random coils, surrounded by an
interfacial layer of ionic liquids, generating aggregates that possibly justify the
enhanced heat transfer. To the best of our knowledge, these are the first
images of IoNanofluids at the nanoscale.
Introduction
Ionic liquids are characterized by high ionic conductivity, high chemical and
thermal stabilities, negligible vapor pressure and an ability to dissolve a wide
range of inorganic and organic compounds. Due to these characteristics they
have been investigated extensively as alternatives to molecular solvents for
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
68
liquid phase reactions 139,140. Due to the fact that ionic liquids are composed
only of ions and at microscopic level they are not homogeneous forming specific
local structures 141, Coulombic interactions play an important role in these
liquids. The long-rage nature of Coulombic interactions gives rise to structure
and dynamics that are unique to ionic liquids and are not associated with
molecular liquids. Evidence of local structure formation in imidazolium based
ionic liquids has been reported and a new concept of thermal equilibrium and
the descriptions of the material phase have been described previously .
According to some authors carbon nanotubes (CNTs) are electrical conductive
and possess thermal conductivities greater or equal to those of diamond and
graphite. This class of one-dimensional carbon has potential applications in
electronic, optical and energy conversion devices. 142,143,144A recent advance in
nanotube synthesis has made possible the growth of high-purity crystalline
bundles of nearly monodispersed single-walled carbon nanotubes (SWCNTs)
increasing their general applicability. Such materials are well suited to transport
studies, including heat transfer applications, measurements of heat capacity
and thermal conductivity. Of particular interest is their application in thermal
management where SWCNTs or multi-walled carbon nanotubes (MWCNTs) are
dissolved or dispersed in solvents. The resulting nanofluids enhance the
thermal conductivity of the media and those can be used in convective and
boiling heat transfer processes as heat transfer agents145,146,147. In spite of the
controversy about the mechanisms of thermal conduction and heat storage in
molecular liquids, the thermal conductivity enhancements justify their
applications as heat transfer agents. For example, while Choi et al.
demonstrated that nanotubes suspended in oil shows a greater than expected
increase in thermal conductivity and much higher than other suspended
nanostructures. Murshed et al. found, for the same systems, smaller increases
possibly due to different ways of adding surfactants to the
suspensions/emulsions or the different type of nanotubes employed 148,149.
Aida and co-workers prepared stable "bucky gels" by grinding suspensions of
high-purity SWCNTs in 1,3-dialkyl imidazolium-based ionic liquids enhancing
the possibilities of their use in design of soft materials based on CNTs 150,151.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
69
The gels were formed upon grinding 0.5-1.0 wt % of SWCNTs, with the ionic
liquid, for example, 1-butyl-3-methylimidazolium tetrafluoroborate
([C4mim][BF4]). The gel is thought to be formed due to the -electronic surface
of the SWCNTs with the cation via Coulombic- and/or - interactions. The
resulting IoNanofluids were found to form very stable suspensions, resisting
sedimentation over extended periods of time.
Recently we have reported on the thermal properties of IoNanofluids of
imidazolium and pyrrolidinium liquids with 1% (w/w) MWCNTs 152. Moderate
thermal conductivity enhancements, between 2 and 9%, were found for the
systems studied, showing a week dependence on temperature. We extended
this work to several other IoNanofluids, namely [Cnmim][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][BF4], reported herein. The behavior of these IoNanofluids suggests that
nanocluster formation and preferred paths for heat transfer and storage are
present and might explain the phenomena found. However, existing theories
cannot yet model the results obtained.
Experimental
The ionic liquids studied were 1-alkyl-3-methylimidazolium
bis(trifluoromethyl)sulfonylimides ([Cnmim][(CF3SO2)2N]; n = 2, 4, 6 and 8), 1-
butyl-3-methylimidazolium tetrafluoroborate ([C4mim][BF4]). All ionic liquids were
synthesized and purified at the QUILL Centre, Belfast, via metathesis reactions
from the appropriate [Cnmim][Cl]. They were analyzed by 1H and 13C Nuclear
Magnetic Ressonance, and elemental analysis and showed excellent
agreement with previously reported data. In addition, the water content was
measured using Karl−Fischer titration before and after each thermal
conductivity measurement. In all cases, the water mass fraction was found to be
less than 0.002. The chloride content was determined using ion
chromatography with chloride mass fraction less than 5 x 10-6 for each ionic
liquid.
The carbon nanotubes used were MWCNTs, Multi-Walled Carbon Nanotubes
Baytubes C150 HP from Bayer Material Science (Batch n# E0009AAD07).
Specifications can be found in Table 16.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Tabela 16 - Baytubes C150 HP product specificationa
Property Value Unit Method
C‐Purity > 99 % Elementary analysis
Free amorphous carbon Not detectable % TEM
Number of walls 3‐15 ‐ TEM
Outer mean diameter 13‐16 nm TEM
Outer diameter distribution 5‐20 nm TEM
Inner mean diameter 4 nm TEM
Inner diameter distribution 2‐6 nm TEM
Length 1‐10 μm SEM
Bulk density 140‐230 kgm‐³ EN ISO 60
a http://www.baytubes.com/product_production/baytubes_data.html
Baytubes are produced in a high-yield catalytic process based on chemical
vapor deposition. The process yields easy to handle agglomerates with high
apparent density. The optimized process results in a high degree of purity (low
concentration of residual catalyst and absence of free amorphous carbon).
Baytubes are agglomerates of multi-wall carbon nanotubes with small outer
diameter, narrow diameter distribution and an ultra-high aspect ratio (length-to-
diameter ratio). They show excellent tensile strength and E-modulus, as well as
exceptional thermal and electrical conductivities.
Thermal conductivity data were measured using a KD2 Pro Thermal
Properties Analyzer (Labcell Ltd., UK). The principle of the measurement is
based on the transient hot-wire method. A parameter-corrected version of
the temperature model given by Carslaw and Jaeger 153 , for an infinite line
heat source with constant heat output and zero mass in an infinite medium
was used to calculate the thermal conductivity. Approximately 15 cm3 of the
sample to be analyzed was sealed in a glass sample vial. An electrically
insulated probe, as the ionic liquids are electrically conductive 154, was
inserted vertically into the sample via a purpose-made port in the lid of the
vial. The measurement procedure is described elsewhere 155. The
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
71
uncertainty of the thermal conductivity was estimated from the standard
deviations of experimental and calibration measurements to be 5 %.
Results and Discussion
Table 17 summarizes the thermal conductivity studied over the temperature
range from 293 K to 353 K, for pure ionic liquids and for the IoNanofluids with a
1% w/w of MWCNT.
Tabela 17 Thermal conductivity variation with temperature for pure ionic liquids and for
IoNanofluids (IL+MWCNT), at atmospheric pressure.
T/ K 293 303 313 323 333 343 353
Fluid / Wm‐1K‐1
[C2mim][(CF3SO2)2N] 0.123 0.123 0.122 0.122 0.122 0.121 0.121
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.126 0.126 0.125 0.125 0.124 0.124 0.124
[C4mim][(CF3SO2)2N] 0.121 0.120 0.120 0.121 0.122 0.120 0.121
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.164 0.164 0.163 0.162 0.162 0.161 0.161
[C6mim][(CF3SO2)2N] 0.122 0.122 0.121 0.120 0.120 0.120 0.120
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.130 0.129 0.129 0.128 0.128 0.128 0.128
[C8mim][(CF3SO2)2N] 0.122 0.122 0.121 0.121 0.120 0.120 0.119
[C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.130 0.129 0.129 0.128 0.128 0.128 0.128
[C4mim][BF4] 0.163 0.163 0.162 0.162 0.162 0.162 0.161
[C4mim][BF4] + 1% MWCNT 0.173 0.172 0.171 0.171 0.170 0.170 0.169
Fig. 18 shows the variation of the thermal conductivity of the ionic liquids as a
function of temperature.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Figura 18 - Thermal conductivity of ionic liquids as a function of temperature. -
[C2mim] [(CF3SO2)2N]; - [C4mim] [(CF3SO2)2N]; - [C6mim][(CF3SO2)2N]; - [C8mim]
[(CF3SO2)2N]; - [C4mim][BF4].
Varying the alkyl chain length, n, of the [Cnmim][(CF3SO2)2N] ionic liquids had
no significant effect on the thermal conductivity of the pure liquid. Changing the
anion from [(CF3SO2)2N]- to [BF4]- increased the thermal conductivity from 0.121
to 0.163 W·m-1·K-1 at 293 K for the [C4mim]+ based ionic liquids. The thermal
conductivity of each ionic liquid was found to decrease slightly with a linear
dependence observed over the temperature range studied, a phenomenon also
found for molecular liquids156, and shown in ionic liquids previously. Equation
(13) was applied to correlate the data, and Table 3 shows the coefficients
obtained, as well as the root mean square deviations of the fits.
K/KmW 2111 Taa (13)
It can be seen that the variation is linear and that no data point departs from
linearity by more than ±0.6%, except one point for [C4mim][(CF3SO2)2N], a liquid
found to have a almost independent temperature variation. The root mean
square deviation of the fits did not exceed 0.47 mW·m-1·K-1, about 0.3%.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
73
Tabela 18 Coefficients of Eq.(13) for pure ionic liquids and IoNanofluids
Ionic Liquid a1±a1
/ W∙m‐1∙K‐1
105 (a2±a2)
/ W∙m‐1∙K‐2
105
/ W∙m‐1∙K‐1
[C2mim][(CF3SO2)2N] 0.13244 ± 0.00018 ‐3.214 ± 0.055 29
[C4mim][(CF3SO2)2N] 0.11841 ± 0.00496 0.714 ± 1.532 81
[C6mim][(CF3SO2)2N] 0.13340 ± 0.00288 ‐3.929 ± 0.889 47
[C8mim][(CF3SO2)2N] 0.13686 ± 0.00179 ‐5.000 ± 0.553 29
[C4mim][BF4] 0.17123 ± 0.00038 ‐2.821 ± 0.118 6
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.13750 ± 0.00202 ‐3.929 ± 0.619 33
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.17924 ± 0.00215 ‐5.179 ± 0.665 35
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.14444 ± 0.00179 ‐5.000 ± 0.553 29
[C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.13895 ± 0.00248 ‐3.214 ± 0.766 41
[C4mim][BF4] + 1% MWCNT 0.19047 ± 0.00200 ‐6.071 ± 0.619 33
Ge et al reported measurements for [[Cnmim][(CF3SO2)2N] liquids using the
same instrument presented in this work, with an estimated uncertainty of ±
0.005 W·m-1·K-1. The water content was found to be less than 80 ppm, and the
chloride mass fraction was less than 5 x·10-6. Figure 19 shows the deviations of
our data from Eq.(13) and it can be seen that no data point deviated from the
linear fitting by more than 1%.
Figura 19 - Deviations between our data and other data from Eq.(1), as a function of
temperature. - [C2mim][(CF3SO2)2N]; - [C4mim][(CF3SO2)2N]; - [C6mim][(CF3SO2)2N];
- [C8mim][(CF3SO2)2N]; - [C4mim][BF4]; - [C2mim][(CF3SO2)2N],; -
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[C4mim][(CF3SO2)2N], ; - [[C6mim][(CF3SO2)2N], ; - [C8mim][(CF3SO2)2N], -
[C4mim][BF4]
Also shown are the deviations from our fits of Ge et al. data for the
[Cnmim][(CF3SO2)2N] liquids and of Valkenburg et al. data for [C4mim][BF4],
obtained with a hot wire instrument, with a claimed uncertainty of 3.5% 157.The
deviations from the data reported by Ge et al. are less than 6%, well within the
mutual uncertainty of both data, but this new data is systematically lower, and
can be explained by the previous use of a non-isolated electrical probe, a result
already found for other ionic liquids . However the results of Valkenburg et al.
are 12-14 % higher than the present results, a deviation far from the uncertainty
reported therein. This variation may be associated with a difference in the level
of impurities in the ionic liquids used or to the use of non-insulated hot wire
probe.
Table 17 shows the results obtained for these new fluids, also displayed in
Figure 20.
Figura 20 - Thermal conductivity of IoNanofluids as a function of temperature.
- [C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C4mim][BF4] + 1% MWCNT
It can be seen that the variation is linear with temperature as for the pure ionic
liquids and that no data point departs from linearity by more than ±0.5%.
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75
Figura 21 - Deviations between our data from Eq.(2), as a function of temperature.
- [C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT;
- [C4mim][BF4] + 1% MWCNT
A very small curvature, concave to the temperature axis can be discerned, but
not sufficient to affect the linearity. Table 18 also shows the coefficients of
regression for Eq. (14) and the root mean square deviations of the fits. The rms
of the fits did not exceed 0.47 mW·m-1·K-1, about 0.3%.
Figure 22 shows the thermal conductivity enhancement as a function of
temperature for the IoNanofluids studied.
Figura 22 - Thermal conductivity enhancement in the IoNanofluids. -
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; -
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; - [C8mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT; -
[C4mim][BF4] + 1% MWCNT
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76
The variation with temperature is very small, except for the
[C4mim][(CF3SO2)2N] Ionanofluid, whose enhancement decreases markedly
with temperature. It is interesting to note that the enhancement for this
Ionanofluid (~35%) is much bigger than the other 1-alkyl imidazolium
compounds and [C4mim][BF4] (3-7%). The variation of the enhancement with
the anion is not discernible. The thermal conductivity of the IoNanofluids was
always greater than the corresponding pure ionic liquid. The enhanced thermal
conductivity of the IoNanofluids is consistent with previous studies involving
metal nanoparticles in molecular solvents such as water or ethylene glycol;
however, it is smaller than found for CNTs in oil . This result is similar to those
found for [C6mim][BF4], [C4mim][PF6], [C6mim][PF6], [C4mim][CF3SO3] and
[C4mpyrr][(CF3SO2)2N].
Despite the number of experimental studies with a range of suspended particle-
fluid systems, the mechanism of thermal transport is still not well understood 158,159,160. Several mechanisms have been proposed to explain the thermal
conductivity of these emulsions, namely particle aggregation, Brownian motion,
nano-convection, liquid layering at the interface or near field radiation. In many
cases, the most consistent model with the observed behavior seems to be
based on the cluster or linear particle aggregation of the nanoparticles, in
conjunction with effective medium theories of Hashin and Shtrikman 161.
However, if this is the only theory then the thermal conductivity of nanofluids
should be no different from that observed in binary solid composites or liquid
mixtures.15 It has been found during current experiments that the observed
enhancement effect in the case of [C4mim][NTf2] with MWCNT (35%) is higher
than those found with [Cnmim]+ (n=2,6,8) based ionic liquids despite the
similarity in the thermal conductivity of the pure ionic liquid (Figure 5), for similar
weight loads of MWCNT’s3. The enhancement in thermal conductivity for the
[C4mim]+ is always higher than for [C6mim]+ and independent of the anion
present. The same behavior was observed between [C4mim][PF6] and
[C6mim][PF6]. This is due to the addition of MWCNT to the ionic liquid. The
3 In reality, the volume fractions are different, because the densities of the ionic liquids are different from each other. This change does not explain, however, the big difference between the enhancement
in [C4mim]+ and [Cnmim]+ (n 4) liquids.
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77
thermal conductivity, heat capacity and density of pure ionic liquids show a
linear behavior with the increase of the alkyl chain length.
An explanation of the behavior associated with the butyl group attached to the
imidazolium cation in [C4mim][(CF3SO2)2N] is possible if we assume that there
is an increase of the entropy of the system from [C2mim] to [C4mim], due to the
bigger contribution of the rotational/vibrational degrees of freedom, followed by
a decrease in hydrogen bonding capacity of the bigger alkyl chain from [C4mim]
to [C6mim]. A similar explanation was found in previous studies 162,on the
viscosity of the prototypical [C4mim][Cl] compared with [C4dmim][Cl]4.
This family of ionic liquids is known to show different properties from the parent
n-alkyl methyl-imidazolium liquids, including the heat capacity in the solid state,
the diffusion in water, and diffusion of water, as shown by Shimizu et al. 163,
Sarraute et al. 164, and Nieto de Castro et al. 165,respectively, and the diffusion
of water in [C4mim][(CF3SO2)2N] 166. Shimizu et al. found a broad heat capacity
anomaly and change in spontaneous endothermic effect for the crystal phase,
not present in other members of the family. Sarrute et al., found that the
diffusivities at infinite dilution of [C4mim][(CF3SO2)2N] in water do not obey the
Stokes-Einstein relation between diffusivities and solvent viscosity, the same
result found by Nieto de Castro et al. for the infinite dilution of water in this
liquid. This type of behavior, on its own, cannot explain the irregular behavior of
the thermal conductivity of the Cnmim][(CF3SO2)2N] + MWCNT mixtures (Table
17) but the variations in the diffusion, for example, found for the [C4mim]+ based
ionic liquids may contribute to the observed enhancement in thermal
conductivity with [C4mim][(CF3SO2)2N] observed over the other ionic liquids.
Iwata et al. 167 have studied the cooling kinetics of a molecular probe in ionic
liquids using a picoseconds time-resolved Raman spectrometer and observed
that the cooling rates of ionic liquids cannot be explained by the same model
that was proposed for molecular liquids. It states that the cooling process is
controlled by the heat transfer process in the liquids, which is characterized well
by thermal diffusivity. In the case of [C2mim][(CF3SO2)2N] and
[C4mim][(CF3SO2)2N] they observed that contrary to what was expected from
4 [C4dmim] refers to the 1‐butyl‐2,3‐dimethylimidazolium cation
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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the values of thermal diffusivity, the cooling rates observed are larger than
predicted. Therefore, for ionic liquids, thermal diffusivity does not represent the
energy transfer process at microscopic level because of local structures formed
in the liquid at nanoscopic scale. The nanostructure effect in
[C4mim][(CF3SO2)2N] was also described by Hamaguchi 168where the
stabilization of molecules was studied using UV-Vis, and the existence of at
least three types of solvation sites was confirmed.
The enhancement associated with the MWCNT may be associated with the
CNT´s acting as a “thermal bridge” in [C4mim][(CF3SO2)2N], generating a
preferential path for heat transfer which could explain the large increase of the
thermal conductivity in [C4mim][(CF3SO2)2N] + MWCNT.
The interactions between the ionic liquid and the MWCNTs can also modify the
structure of the liquid phase which may also lead to the increase in thermal
conductivity including a different structure in the interface MWCNT/ionic liquid,
responsible for an extra contribution to heat transfer, namely its structure. It is
also known that the structures of ionic liquids can be easily modified by
changing the anion. These liquid structures are different from those found in the
solid state 169,170, namely for the [(CF3SO2)2N]- based ionic liquid so the effect of
interaction between the cation and anion with the surface of the MWCNTs (and
the interface) must change the liquid structure and, therefore, the heat transport
mechanisms.
The model developed by Leong et al. 171 for carbon nanotubes (cylindrical
particles) was applied to the [C4mim][(CF3SO2)2N] + MWCNT Ionanofluid, by
calculating the thermal conductivity enhancement. The equation obtained for
the thermal conductivity of nanofluids of cylindrical particles (MWCNT’s) is5:
12
21222
1MWCNTIntMWCNTIntMWCNT21
ILILInt2
MWCNT21IntMWCNT
221IntMWCNTIntMWCNT
NF
(14)
5 A small difference to equation (7) in [34] was found in order to obtain the limiting values of Maxwell model (see [14,34]. These changes do not affect the overall results and are only introduced here to make the two models consistent with each other
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where a
h
a
h
21, 1
1 , Int is the thermal conductivity of the interphase, a is
the radius of the cylinder and h the thickness of the interfacial layer (nanolayer
at the interface MWCNT/ionic liquid). Application of this model to other ionic
liquids was reported by Nieto de Castro et al.. The main parameters are:
diameter of the carbon nanotubes, (2a = 15 nm), its thermal conductivity (CNT=
2000 W·m-1·K-1) [9], and the thickness of the interfacial layer (h 2 nm). This
last value affects significantly the model results, as shown below. In this case, a
weight fraction of 1% represents a volume fraction of = 7.3%. A fundamental
parameter is the interfacial layer thermal conductivity which is impossible to
obtain theoretically or experimentally and, therefore, functioning as an
adjustable parameter.
The results are displayed in Figure 23, where the enhancement is represented
as a function of the thermal conductivity of the interfacial layer, for
[C4mim][(CF3SO2)2N]. The dotted line represents the limiting model of Maxwell 172 ,developed for millimeter sized particles suspensions in liquids, where the
thermal conductivity enhancement of the suspension was found to depend only
on the thermal conductivity of both phases (solid and liquid) and on the volume
fraction of the solid. This limiting value is approximately 3, or 0.22.
Figura 23 - Thermal conductivity enhancement predicted by Leong et al. model [34], for
different values of the thermal conductivity of the interfacial layer. Values for different
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
80
values of interfacial layer thickness h = 2 and h = 20 nm are shown. The black dot
represents the application to [C4mim][NTf2].
The enhancement in the [C4mim][(CF3SO2)2N] Ionanofluid can be explained by
a thermal conductivity of the interface, Int=1.4IL and for an interfacial
thickness h = 2 nm. However, for this interface thickness the model cannot
explain enhancements less than 22%, which excludes its application to the
other liquids, which show enhancements smaller than this value. The limiting
value is obtained for Int=0, and h=0 (no interface).
This might suggest that IoNanofluids have the same type of nanostructural
organization, found by Canongia Lopes and Pádua 173, using molecular
dynamics simulations for [Cnmim][(CF3SO2)2N] liquids. They found that ionic
liquids with alkyl chains greater or equal to C4, aggregation of the alkyl chains in
non-polar domains is observed, creating a tridimensional network of ionic
channels formed by the anions and the imidazolium rings of the cations. This
shows a liquid phase structured in a way similar to microphase separation
between polar and non-polar domains. The MWCNT’s when dispersed in the
ionic liquid, interact better with the non polar domains of the alkyl chains,
therefore, creating microclusters that will enhance the heat transfer, being
different for the C4 alkyl chain.
In order to clarify this situation a new sample of the Ionanofluid of [C4mim][BF4]+
1% MWCNT (Baytubes, batch n# E0009AAD07) was examined by TEM. The
MWCNTs alone form 3D random coils, as displayed in Baytube homepage (see
caption of Table 16). The study was performed in a TEM model Hitachi 8100,
and the results are displayed in Figure 24, with several magnifications, up to the
100 nm range. To the best of our knowledge, these are the first images of
IoNanofluids at the nanoscale. It can be seen that the MWCNTs continue with
the random coil 3D structure (dark grey), but involved by a very clear white
aureole, possible reproducing the interfacial layer with [C4mim][BF4] molecules
(average size of each unit 100-120 nm, with an interface layer around 50-70 nm
thick), with a long range attraction by the nanotubes. The aggregation of the
different coils is clear, confirming the existence of microclusters that will
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enhance the heat transfer paths. It was not possible to increase the resolution
of the pictures due to sample deterioration. However the interface seems much
thicker than what was supposed by the model theories application.
A) B)
C) D)
Figura 24 – TEM characterization of the [C4mim][BF4] + 1% MWCNT Ionanofluid.
Reference scale: A) 500 nm; B) and C) 200 nm; D) 100 nm; B) is a magnification of A) and
D) a magnification of C). The MWCNTs appear in dark grey, while the interface shows up
in white
Fukushima and Aida showed that IoNanofluids contain highly exfoliated CNT
bundles that are less entangled than before being mixed with the ionic liquid. In
agreement, TEM analysis of the emulsions formed showed that the MWCNTs
are also less entangled in the ionic liquids. These bundles form a network
structure that will indeed increase the thermal conductivity (an effect similar to
aggregation) by creating privileged paths for heat conduction, a fact already
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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found in heterogeneous catalysis using SILP 174. The effect of the interfacial
layer thickness in the theoretical prediction can be seen in Figure 23, where the
enhancement was drawn for h = 20 nm. A thicker interfacial layer produces a
tremendous increase in the thermal conductivity enhancement, a result that
confirms the need for a better understanding of the structure of the
IoNanofluids.
The application of the molecular dynamics tools to the IoNanofluids can help to
clarify this behavior and the exact type of the interactions between the IL and
the carbon nanotubes.
Conclusions
IoNanofluids are complex emulsions of nanomaterials, namely carbon
nanotubes in ionic liquids. An significant increase in thermal conductivity was
observed with the corresponding IoNanofluids in comparison with the parent
ionic liquid in particular with [C4mim][NTf2] which showed an increase of 35%.
The exceptional thermal conductivities of these systems indicate their suitability
as a new group of heat transfer fluids. Due to their increased heat storage
capacity as compared with common aliphatic, aromatic and silicon based oils
they have the potential for use in shell and tube heat exchangers [39]; however,
additional measurements of the heat capacity and viscosity would be required.
The formation of specific local structures with different sizes can be one of the
reasons for some special characteristics of ionic liquids.
The characterization and clarification of the relation between the structure and
properties is essential for the development of new theoretical models that can
help us explain the unusual behavior of the ionic liquids, namely [C4mim][NTf2].
A sample of [C4mim][BF4] + MWCNT Ionanofluid was characterized by TEM for
the first time, showed that the Ionanofluid structure is very interesting, with the
nanotubes random coils, surrounded by an interfacial layer of the ionic liquid,
generating aggregates that possibly justify the enhanced heat transfer. The
theoretical predictions were found to be extremely sensitive to the thickness of
the interfacial layer, justifying an extreme care in the determination of the
correct structure of the Ionanofluid. TEM images are fundamental to further
development of the molecular theories of heat transfer in IoNanofluids.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
85
Capítulo 4 - Conclusões
Com base no exposto nos capítulos anteriores, pode afirmar-se que as
propriedades termofísicas são fundamentais para as aplicações nas áreas de
transferência de calor e armazenamento de energia, na área da eletrónica,
óptica, bem como em áreas mais tradicionais da química, através da
reestruturação de processos e técnicas, otimizando-as em termos económicos
e tecnológicos.
A falta de dados experimentais rigorosos tem influência direta na conceção de
novos equipamentos em diferentes áreas.
França et al 175 publicaram um estudo onde analisam o efeito da incerteza nas
propriedades termofísicas dos líquidos iónicos, nomeadamente para as
densidades, capacidade calorifica, condutibilidade térmica e viscosidade. Estas
propriedades são fundamentais em processos industriais, na conceção de
equipamentos e estes autores demonstraram que a influência dos erros na
determinação destas propriedades, pode levar a custos proibitivos que se
traduzem na inviabilização de certos equipamentos. A conclusão mais
importante desta publicação foi a demonstração que os líquidos iónicos, podem
substituir eficientemente os fluidos de transferência de calor atuais.
Assim, e tendo em mente que os líquidos iónicos são os fluidos base dos
IoNanofluidos, coloca-se a questão se os IoNanofluidos produzidos e
estudados neste trabalho podem ser ainda melhores substitutos.
Como descrito nas introduções dos capítulos 1(pág. 3 a 6); 2 (pág. 21 e 22);
3.1 (pág. 38 a 40) e 3.2 (pág.67 a 69), a versatilidade dos líquidos iónicos como
“designer solvents” aliada à pressão de vapor reduzida e elevado intervalo de
estabilidade térmica, coloca-os como fluidos de transferência de calor do futuro.
Se aliarmos ao descrito antes, os valores elevados de capacidade calorifica por
unidade de volume que apresentam, existem várias razões para os
considerarmos como potenciais substitutos.
Ao associarmos nanomateriais com elevada condutibilidade e baixa densidade
como é o caso dos MWCNT, têm-se teoricamente potenciais substitutos para
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
86
os fluidos térmicos tradicionais. Assim, os nanofluidos podem ser considerados
como fluidos de transferência de calor da próxima geração176, já que têm mais
vantagens em vários parâmetros. Uma das vantagens mais óbvias é o menor
volume de fluido necessário, o que leva a uma miniaturização do equipamento,
favorecendo a economia de processos que envolvem a transferência de calor.
Embora existam muitos estudos realizados, não há ainda uniformidade nos
resultados experimentais publicados. Para o mesmo sistema podemos ter
diferentes comportamentos, sem que as condições experimentais sejam tão
diferentes que os justifiquem. Existem vários debates sobre qual é o aumento
real da condutibilidade dos nanofluidos, já que a forma de produção dos
nanofluidos é muito variada. Outro ponto de discórdia prende-se com o facto
das correlações entre a condutibilidade térmica e a temperatura, a razão entre
tamanho e a forma das partículas e os estados de agregação não serem
reprodutíveis. Algumas destas questões são a razão da presente dissertação.
Assim, pela análise dos dados dos capítulos 2 e 3 pode-se afirmar que os
nanofluidos possuem uma elevada capacidade calorifica volumétrica (devido ao
líquido iónico e também à adição do nanomaterial) e que a condutibilidade
térmica obtida para os Ionanofluidos é superior à do fluido base,
independentemente da temperatura.
Além da condutibilidade térmica, é importante referir que a capacidade
calorifica do IoNanofluido [C6mim][PF6]+ 1% MWCNT apresenta um incremento
de 8%, valor muito acima dos 2% de aumento da condutibilidade térmica. A
razão destes aumentos ainda não está descrita pelos modelos existentes e isso
demonstra a importância e urgência na caracterização destes novos fluidos, o
que passa não só pelo estudo da sua preparação, como dos equipamentos a
utilizar.
A aplicação de modelos teóricos para a determinação da condutibilidade
térmica dos nanofluidos apresenta vários parâmetros que necessitam maior
esclarecimentos, como as características da interfase, a forma e a
percentagem presente das nanoparticulas.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
87
Como referido no capítulo 1, a conjuntura socioeconómica aliada à
crescente consciencialização dos consumidores para questões como a
preservação ambiental, a gestão sustentável de empresas e recursos, torna
vital a caracterização eficiente dos materiais considerados como soluções
para o futuro próximo.
Por tudo o que foi referido nos parágrafos anteriores, pretendeu-se que os
estudos efetuados durante este trabalho de doutoramento fossem uma linha
guia para a escolha criteriosa do líquido iónico a adicionar a um
nanomaterial, de modo a obter um fluido optimizado para o equipamento a
utilizar ou o processo pretendido.
Para que tal aconteça, é necessário, numa primeira abordagem, uniformizar
os valores experimentais obtidos tanto para os líquidos iónicos, como para
os nanomateriais e nanofluidos. Assim, propriedades como a
condutibilidade térmica e a condutibilidade elétrica têm que ser estudadas
desde a conceção do equipamento, aos cuidados a ter com a seleção dos
materiais e a preparação das amostras.
O testar dos modelos teóricos existentes na análise dos resultados obtidos
é outra prioridade.
A determinação de outras propriedades, como a capacidade calorifica, a
densidade e a viscosidade para assim poder averiguar-se o coeficiente de
transferência de calor dos IoNanofluidos também é fundamental.
De modo a minimizar potenciais erros associados com aos reagentes
selecionados, optou-se por sintetizar os líquidos iónicos utilizados. Esta
decisão deveu-se às discrepâncias nos valores experimentais, encontradas
nas pesquisas bibliográficas efetuadas. Todas as amostras foram
caracterizadas de modo a garantir que os contaminantes presentes, existem
em quantidades vestigiais.
A caracterização estrutural e morfológica do MWCNT também foi efetuada,
já que amostras de diferentes fornecedores apresentavam valores de
contaminação elevados e em alguns casos com uma percentagem muito
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
88
elevada de formas alotrópicas de carbono que poderiam alterar
significativamente os valores das propriedades que se pretendem estudar.
As especificações e estudos estruturais adicionais aos mostrados no
capítulo 3.2 estão no Anexo I. Com base nesses estudos obtiveram-se
informações importantes para a proposta de uma estrutura dos
Ionanofluidos que explique os valores experimentais obtidos.
Os restantes materiais selecionados foram testados e encontram-se
descritos no Anexo I.
A determinação dos valores experimentais das propriedades térmicas e
elétricas obtidas por aparelhos comerciais foi realizada. A comparação
desses valores, com os obtidos pelos equipamentos concebidos
especialmente para este trabalho foi um dos objetivos mais importantes
alcançados durante este trabalho.
Assim, após os estudos iniciais realizados e apresentados nos capítulos 2 e
3, iniciou-se o desenvolvimento de sensores apropriados para as medidas
de condutibilidade térmica e eléctrica dos IoNanofluidos. Parâmetros
experimentais como o volume necessário de amostra utilizado,
possibilidade de corrosão e/ou contaminação dos sensores foram
optimizados e serão descrito no próximo capitulo.
A determinação de outras propriedades termofísicas importantes também
será referida no capítulo seguinte e no Anexo I.
A aplicação de modelos teóricos foi efetuada, sempre que possível, e será
descrita no próximo capítulo.
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Capítulo 5 Desenvolvimentos atuais e futuros
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Capítulo 5- Desenvolvimentos atuais e futuros
Introdução
Esta parte da tese refere-se aos desenvolvimentos realizados após o que foi
descrito nos capítulos 2 e 3. A necessidade urgente de obter valores
experimentais rigorosos levou à criação de novos sensores para as medidas da
condutibilidade térmica e elétrica adequadas ao estudo dos IoNanofluidos.
A caracterização das propriedades termofísicas dos líquidos iónicos foi
efetuada e a caracterização estrutural dos MWCNT e IoNanofluidos.
Por serem fluidos tão recentes, foi necessário estudar propriedades como a
densidade, viscosidade e capacidade calorífica para melhor caracterizar os
IoNanofluidos.
Selecionaram-se 4 líquidos iónicos para serem misturados com 3 diferentes
percentagens de MWCNT e assim criaram-se 12 IoNanofluidos que serão o
ponto fulcral deste capitulo. A escolha dos líquidos iónicos prende-se com
potenciais aplicações na Indústria, conversão e armazenamento de energia. Os
líquidos estudados e os respectivos IoNanofluidos estão apresentados na
seguinte tabela:
Tabela 19– Líquidos Iónicos e IoNanofluidos estudados no decorrer deste trabalho.
Líquido iónico
% (w/w) de
MWCNT
Φ(v/v) de
MWCNT
Líquido iónico% (w/w) de
MWCNT
Φ(v/v) de
MWCNT
C2mimEtSO4
1.0 0.063
C4mimNTf2
1.0 0.073
1.5 0.093 1.5 0.106
3.0 0.172 3.0 0.194
C2mimNTf2
1.0 0.077
C6mimNTf2
1.0 0.070
1.5 0.111 1.5 0.102
3.0 0.203 3.0 0.187
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Paralelamente outros líquidos iónicos e respectivos ionanofluidos foram
estudados e estão apresentados no Anexo I. Neste anexo também constam os
testes feitos aos MWCNT e estudos de compatibilidade entre os líquidos
iónicos e os materiais selecionados para a construção de células de medida e
suporte de sensores.
È importante referir que a manipulação dos reagentes utilizados e a eliminação
dos resíduos obtidos foram realizadas de acordo com as instruções dos
fornecedores através das fichas de dados de segurança dos materiais.
Condutibilidade térmica
A diminuição do tamanho do sensor e a quantidade de amostra utilizada deve-
se a fatores económicos, já que atualmente o custo dos líquidos iónicos ainda é
alto, mas com a escala de produção a aumentar. Além dos líquidos iónicos, o
custo dos nanomateriais torna necessário que os equipamentos estejam
otimizados para que a quantidade de amostra necessária seja a menor
possível.
Devido à natureza iónica de um dos componentes dos ionanofluidos
estudados, o revestimento dos sensores torna-se um factor decisivo na
conceção do mesmo.
Durante a execução do trabalho experimental utilizaram-se dois dispositivos de
medida. O aparelho KD2Pro da Decagon baseado no método do fio aquecido
em regime transiente e que foi descrito no capítulo 3. O segundo sistema, é
baseado no método da fita aquecida em regime transiente, e será descrito
neste capítulo.
O sensor concebido e utilizado durante este trabalho baseia o seu princípio de
funcionamento na medição da variação da temperatura de uma fita metálica em
contacto com a amostra. Á medida que a corrente atravessa a fita metálica,
esta aquece e a transferência térmica ocorre entre a fita e a amostra.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
93
Por exemplo, se a amostra apresentar uma condutibilidade térmica elevada, a
transferência térmica entre a fita e a amostra será grande e a fita metálica irá
aquecer mais lentamente. Assim, as propriedades térmicas do material em
estudo podem ser deduzidas com base no aumento da temperatura na fita
metálica.
Durante os anos 70, a possibilidade de utilizar o aumento da temperatura de
um fio em regime transiente foi descrito por Haarman177. Este método foi
bastante utilizado para medir a condutibilidade térmica dos materiais com
aplicações industriais. Mas a forma do fio não era indicada para medir sólidos.
A ideia do achatamento para uma banda que pode ser inserida entre dois
blocos sólidos para estudar as suas características térmicas foi desenvolvido
por Gustafsson178 em 1979. Variantes desta aproximação foram estudadas,
como o uso de um sistema de aquecimento semi-permanente por
Hammerschmidt179, ou o estudo das diferentes durações possíveis do impulso
da corrente de aquecimento180. A utilização de microtecnologias para depositar
uma fita de metal sob a forma de uma camada fina para deduzir as
características do sistema já foi estudada por diferentes autores181,182,183.
Podemos calcular o aumento da temperatura da fita e verificar que aumenta
com o tempo184. O declive obtido pela representação da temperatura em
função do logaritmo do tempo é proporcional ao inverso da condutibilidade
térmica.
Nos sistemas reais, as características gerais da fita mantêm-se, obtendo-se
uma variação da temperatura em função do tempo como indicado se figura
seguinte:
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
94
Figura 25 – Aumento da temperatura obtida através do sensor concebido e testado,
baseado no método da fita aquecida em regime transiente, para a água.
Esta técnica baseia-se na utilização de uma fita metálica planar que é utilizada
como fonte de calor. A fita encontra-se entre duas superfícies isolantes e é
aquecida utilizando um potencial constante. Estas camadas isolantes
funcionam como suporte da fita e como barreira protetora, para que seja
possível efetuar medições em amostras condutoras.
Assim, o revestimento final aplicado à fita metálica tem que a isolar
eletricamente da amostra a estudar e simultaneamente não pode alterar as
características mecânicas, morfológicas, elétricas e estruturais da fita.
Em relação à espessura do revestimento, pretende-se sempre que seja o mais
fino possível, já que a onda de calor gerada na fita e que contacta com a
amostra, é influenciada pela distância e pelo meio que tem que percorrer. No
caso do sensor utilizado o revestimento selecionado foi a alumina e a
espessura do depósito feito por evaporação é de 0.5μm e a largura é de 50μm.
A variação do potencial da fita é registado como função do tempo e o aumento
da temperatura é calculado através do coeficiente da temperatura, que é
determinado experimentalmente.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
95
A condutibilidade térmica da amostra é calculada a partir da temperatura da fita
em função do tempo, das dimensões da fita, da variação do potencial e da
corrente aplicada e da resistência medida. As teorias desenvolvidas para o
caso da fita dependem de aproximações aplicadas ao tempo e ao aumento da
temperatura na fita percorrida por uma corrente elétrica constante185.
Com base na equações de Gustafsson e utilizando aproximações
características do nosso sistema, pode-se calcular a condutibilidade térmica
com rigor.
A fita do sensor utilizado neste estudo não é infinita, no entanto, como descrito
por Gustafsson145, uma fita metálica com a razão de comprimento versus
largura (considera-se a espessura como insignificante em relação às restantes
dimensões) maior do que 20 irá comportar-se experimentalmente como um fio
infinito145.
Se o tempo característico da transferência de calor por condução é mais curto
do que a duração da experiência, deve-se medir em seguinda alguma
transferência de calor entre o liquido e o meio exterior (paredes). Para medir as
características térmicas intrisecas do fluido, o tempo da experiência deve ser
menor do que o tempo de transferência do calor através do fluido, senão tem
que se contabilizar o efeito da transferência de calor para as paredes.
2Lt (15)
Em que t é o tempo de difusão caracteristico do fluido, L é a extensão de
liquido entre o sensor e a parede e α é o coeficiente de difusão térmico do
fluido.
O tempo característico de aquecimento da fita e o design são importantes
porque definem o limite inferior do tempo a partir da qual podemos prever a
transferência de calor entre a fita e o liquido. Assim, a geometria da fita é muito
importante para o estudo das características do fluido.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
96
Com base na equações de Gustafsson e utilizando aproximações
características do nosso sistema, podemos determinar a variação da
resistência transiente e do aumento da temperatura no nosso sensor.
Desvios ao modelo ideal
A subida de temperatura da fita determinada experimentalmente, TLS, tem de
ser corrigida devido às limitações do modelo experimental face ao modelo
ideal.
No modelo ideal a fita é infinitamente longa, com uma espessura ínfima e que
não guarda calor durante o ensaio transiente.
No modelo real, a fita tem espessura, comprimento finito e parte do calor é
dissipado. Experimentalmente, para minimizar estes fatores utilizam-se
intervalos de tempo superiores, ao tempo necessário para a onda de calor
gerada chegar à amostra.
O tempo característico do aquecimento da fita e a sua conceção são
importantes porque eles definem o limite inferior de tempo a partir do qual
pode-se prever a transferência de calor entre a fita e o fluido em estudo.
Como a temperatura da fita não é homogénea ao longo do seu comprimento, é
difícil prever a transferência de calor para o líquido. Por esta razão, a geometria
da fita é importante.
O tempo característico para as amostras estudadas varia entre 4 e 7 ms,
valores muito inferiores aos utilizados nos ensaios experimentais.
Para compensar os efeitos terminais, como já mencionado no capítulo anterior,
utilizam-se duas fitas com tamanhos diferentes e determinou-se o fio diferença.
Em termos de geometria, a relação estabelecida por Gustafsson186 em que a
razão entre comprimento e largura tinha de ser superior a 20 foi utilizada como
parâmetro no design do sensor.
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Efeitos terminais
Idealmente não há condução de calor ao longo da fita, pelo que
experimentalmente tenta-se assegurar que a porção central do fio se comporta
como uma parte finita de uma fita infinitamente longa. Haarman177 solucionou
esta situação utilizando dois fios, um curto e um longo, originando um fio
diferença que se comporta como parte de um fio infinitamente longo. Esta
solução foi aplicada ao sensor de condutibilidade térmica desenvolvido neste
trabalho. Se a razão do comprimento das fitas com a sua largura for elevada
podemos assumir que o fita é infinitamente longa. Existem duas aproximações
cuja importância torna necessária serem referidas. A primeira é o contacto
térmico entre superfícies e a segunda são os pontos de ligação elétricos da fita
aos fios de ligação. A primeira aproximação é completamente resolvido por se
utilizar uma fita fina de metal, com uma barreira isoladora muito fina. A segunda
é minimizada recorrendo a uma fita diferença.
Equação do Circuito da Ponte
A figura seguinte mostra o circuito da ponte.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Figura 26 – Esquema simplificado do circuito da ponte automática. Os pares de pontos
L/H representam locais de medição de potencial automaticamente adquiridos pelo
programa de controlo e aquisição.
A equação de resolução do circuito da ponte, para o sistema utilizado encontra-
se de seguida:
LS
S
LS
LS
SAD
LS
S
iAB
R
R
r
RR
R
R
R
R
R
tV
dV
21
211
(16)
Em que:
VAB é o potencial escrito em função da intensidade de corrente;
V é o potencial aplicado;
RL, a resistência do fio longo,
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
99
RS, a resistência do fio curto,
RLS, é a resistência de um fio de comprimento finito mas sem resistências
terminais ou de contacto,
RAD é a resistência entre os pontos A e D do circuito da ponte;
rLS o aumento, ou diferença, de resistência da porção central do fio a cada
instante da medida transiente.
A medida das resistências foram feitas a 4 pontos, de modo a cancelar a
resistência associada aos fios .
A descrição dos equipamentos encontra-se no Anexo I.
Cálculo dos aumentos da resistência na fita flutuante
Para determinar os incrementos de resistência do fio flutuante acumulados ao
fim de cada instante utiliza-se a equação 17.
LS
S
LS
SAD
LS
Si
AB
LS
R
R
R
R
R
R
R
Rt
dV
V
Rr
21211
(17)
Determinação do aumento da temperatura na fita
Se considerarmos que a razão entre as resistências da fota longa e curta não
varia durante o aquecimento, podemos relacionar o aumento da resistência
durantes o ensaio transiente com o aumento da temperatura na fita diferença,
já que
S
L
S
L
S
L
l
l
R
R
tR
tR
)0(
)0(
)(
)( (18)
E as resistência diferença para cada instante pode ser escrita como:
LSSLLSrtRtRtR )()()( (19)
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100
A expressão (20) permite determinar os aumentos de temperatura da porção
central do fio, TLS, a partir dos valores de aumento da sua resistência em cada
instante e do coeficiente de calibração da resistência da fita de platina com a
temperatura, .
LSLSLS
TRtR 1)0()( (20)
Rearranjo em função do aumento da temperatura na fita diferença.
)0()0(
)(
LS
LS
LS
LS
LS R
r
R
tRT
(21)
Onde o coeficiente de calibração da resistência da fita de platina com a
temperatura, , é determinado experimentalmente.
Determinação do fluxo de calor dissipado na fita
O calor dissipado pelo fio diferença dado pela equação 22:
2
21
'
RRRR
V
ll
RRq
LSSL
SLLS (22)
Cálculo da condutibilidade térmica
Se a fita fina for concebida de maneira a comportar-se experimentalmente
como um fio infinito, sem efeitos terminais, pode-se descrever a equação do
aumento da temperatura da fita flutuante do seguinte modo187:
w
tkf
2 (23)
Em que
τ é o tempo adimensional;
fk é o difusividade térmica do meio;
t é o tempo;
w é a largura da fita.
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101
e
P
f Ck
(24)
Onde λ é a condutibilidade térmica da amostra, ρ é a densidade e CP é a
capacidade calorífica.
A função temporal é definida pela equação (25).
22
2 1
4
11exp1
4
1)(
iEerff
(25)
Em que as funções matemáticas erf (y) e Ei(z) são, respetivamente a função
erro e o integral exponencial.
O cálculo da variação da temperatura na fita é dado pela seguinte equação:
)(2
)(0
fq
TtTT LS
LS (26)
A solução analítica desta equação não é de fácil obtenção, mesmo para o
modelo ideal. No entanto a variação do aumento da temperatura com o ln() é
linear, o que é extremamente importante para o cálculo da condutibilidade
térmica.
Figura 27 – Dependência da temperatura adimensional , f(), para a fita aquecida ideal
com ln () .
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102
O fluxo de calor por unidade de comprimento dissipado pela porção central do
fio longo é calculado pela expressão (27).
2
21
RRRR
V
ll
RRq
LSSL
SL
LS (27)
Sendo lL e lS os comprimentos do fio longo e curto, respetivamente. A
resistência do fio curto e longo podem ser dadas em função da resistência do
fio diferença, RLS, e ao fim de um tempo ti 0 resulta,
2
21
)(
LSSL
SL
LSSL
LS
iLS
rllll
RRR
V
ll
Rtq
(28)
O fluxo de calor por unidade de comprimento dissipado pela porção central do
fio longo é então calculado, através de grandezas diretamente mensuráveis,
pela expressão (28), onde rLS corresponde à variação da resistência do fio
flutuante durante o ensaio. A influência dessa variação na não constância do
calor é desprezável. Se a variação de f(τ) com τ for linear podemos obter o
declive, a, do aumento da temperatura do sensor e assim obter o valor da
condutibilidade térmica medida. No entanto a razão T/f() é inversamente
proporcional à condutibilidade térmica e diretamente proporcional à dissipação
de calor por unidade de comprimento. Assim pode utilizar-se esta solução para
efetuar os cálculos.
bmf )ln()( (29)
Em que m é o declive e b a ordenada na origem. O valor da condutibilidade
térmica efectivamente medida, eff
bmT
q
w
w
)ln(2
(30)
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
103
No entanto, o sensor é formado por 3 camadas, duas cerâmicas e uma
metálica entre elas, o que faz com que haja contribuição de cada uma para o
valor da condutibilidade térmica efetivamente medida188, λeff. A equação que
relaciona a condutibilidade térmica efetivamente medida com a condutibilidade
térmica da amostra, λ, pode ser estimada, neste caso particular, de seguinte
forma:
cerâmicaeff
(31)
Descrição dos componentes concebidos
Sensor
Como referido anteriormente, o segundo método utilizado neste trabalho
experimental foi o método da fita aquecida em regime transiente. Para este
método, recorreu-se a sensores de filme fino metálico para a medição de
condutibilidade térmica.
O sensor desenvolvido neste trabalho é ao mesmo tempo a fonte de calor, e
um sensor de temperatura. O estudo efetuado para diferentes metais possíveis
para o filme fino a ser depositado e possíveis substratos foi efetuado. Utilizam-
se duas fitas de platina, de comprimentos diferentes para a compensação
experimental de modo a criar uma fita diferença, sem efeitos terminais.
Pela primeira vez utilizou-se a configuração em que as duas fitas estão em
lados opostos de uma superfície isolante térmica e elétrica. Esta configuração
tem a vantagem de minimizar efeitos indutivos e térmicos entre fitas e ao
mesmo tempo diminui a quantidade de amostra necessária para efetuar as
medidas, já que reduz a área de substrato cerâmico existente.
Os sensores de filme fino são constituídos por três camadas, o substrato, o
metal depositado e a camada isolante. Os sensores são constituídos por um
substrato de alumina, Rubalit®708S, onde é depositado um filme fino de
platina, através de processos percursores143, seguido de uma camada isolante
de alumina. A produção dos sensores foi efetuada por Maria João
Figueiredo143. A figura seguinte mostra os sensores utilizados.
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104
a) b)
Figura 28– Sensores de filmes finos (escala 1:1) . a) sensor com fita longa, com 5cm de
comprimento; b) sensor com fita curta, com 2cm de comprimento.
Célula de Suporte
No caso da condutibilidade térmica, a célula de suporte foi construída em
Teflon® de modo a diminuir o efeito da onda de calor gerada num na
distribuição de temperaturas do outro. Este material foi escolhido por ser
quimicamente inerte, ter uma difusividade térmica baixa e ser isolante eléctrico.
Devido à disposição dos sensores envolver contacto entre o verso dos
substratos e deste modo o aquecimento produzido por um sensor afectar o
outro e assim alterar a quantidade de calor que atinge a amostra em estudo,
colocou-se uma barreira térmica isolante entre os substratos cerâmicos. A
espessura dessa barreira foi determinada pelo cálculo do percurso do calor em
função da espessura para cada material pré-selecionado. Utilizou-se a teoria
da transferência de calor por condução num sólido semi-infinito, descrito por
Kou 189. O sólido semi-infinito pode ser interpretado como um corpo de grandes
dimensões em que a transferência de energia ocorre apenas segundo uma
face plana. Nestas circunstâncias, a transferência de calor é unidimensional,
pelo que a equação de transferência de calor se reduz a:
t
T
x
T
1
2
2
(32)
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
105
em que x define uma distância à face do corpo. A única interacção térmica com
o exterior ocorre pela face plana. Este sólido ocupa o espaço de x=0 a x=∞ e
está inicialmente a uma temperatura T uniforme. No tempo t=0, à superfície
(x=0) ocorre um aumento de temperatura Ts, que é mantida por um
determinado intervalo de tempo (t>0). Assumindo que as propriedades térmicas
são independentes do tempo, podemos calcular a propagação do calor nesse
sólido. A figura seguinte mostra as possíveis condições de fronteira que podem
ser consideradas para esta geometria.
Figura 29 – Condução transiente num sólido semi infinito.
Considerando a temperatura inicial do corpo como Ti mas, a partir do instante
inicial, pela face liberta-se um fluxo de calor constante, Q0, segundo a direcção
x. Assim, as condições iniciais/fronteira podem ser descritas pelas relações:
T(x,0) =Ti
T(0,t) = Ts
T(∞,t) = Ti
(33)
A solução analítica para a equação (32)184:
t
xerf
TT
TT
si
s
4 (34)
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106
O estudo do perfil de temperatura para um sólido semi-infinito, quando sujeito a
um fluxo de calor, em função do tempo e da distância foi efetuado para
diferentes materiais entre as cerâmicas dos dois sensores. A tabela seguinte
resume todos os materiais estudados e respectivas distâncias mínimas
calculadas:
Tabela 20 ‐ Materiais estudados.* representa o material selecionado.
Material Distância mínima (mm)
Alumina 12
Nitreto de Boro (BN) 12
Sílica 5
Teflon®* 2
Nitreto de Alumínio (AlN) 30
Zirconia 5
A figura seguinte mostra o fluxo de calor e a barreira mínima necessária para
que não ocorra aquecimento do verso de um sensor devido à presença do
outro, utilizando teflon. Pode verificar-se que a partir de 2 mm a temperatura se
mantém constante.
Figura 30 – Decréscimo da temperatura em função da espessura da placa de Teflon®.
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107
No caso dos outros materiais a distância mínima necessária era maior, pelo
que se optou pelo teflon® por ser o que apresentava atenuava melhor a onda
de calor.
A peça de suporte é constituída por dois lados, onde os sensores são
encaixados, ficando uma barreira de teflon entre os versos de cada sensor. De
seguida esta peça é encaixada e fixada a um vaso de vidro, onde se encontra a
amostra, e selada através de um o-ring. Na figura seguinte pode-se ver o
aspeto da célula de medida.
a) b)
Figura 31 a) Célula de medida e vaso de vidro. b) Vista lateral da célula de medida.
Entrada da Pt 100
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
108
Figura 32 – Representação esquemática da montagem dos sensores na peça de Teflon®.
A duas placas de cerâmica onde estão impressas as fitas, estão colocadas de
modo a que o nível médio esteja à mesma altura para evitar aparecimento de
correntes de convecção no fluido ou mistura a estudar. No topo da célula
existem dois orifícios para passarem os fios revestidos, e que são selados.
Estes fios são de seguida blindados de modo a não serem afetados por
campos elétricos e magnéticos e assim introduzirem uma fonte extra de erro na
medida e ligados à ponte. No terceiro orifício no topo da célula é encaixado um
termómetro de resistência de platina. A montagem experimental utilizada
encontra-se na figura seguinte:
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109
Figura 33 – Montagem experimental. (1) Caixas de décadas. (2) – Célula de medida e
sensores. (3) Ponte automática de Wheastone. (4) Fonte de alimentação. (5) Multímetro.
(6) Sistema de aquisição.
Procedimentos e resultados experimentais
A descrição do sistema de medida para o método da fita aquecida em regime
transiente, bem como do ensaio transiente encontra-se no Anexo I. A
calibração do sensor num fluido térmico foi realizada e demonstrou-se que
estes não possuem efeitos de histereses, em ciclos de subida e descida de
temperatura. Os valores encontram-se no Anexo I.
Os primeiros ensaios foram realizados com o ar, a água e o tolueno como
fluido de estudo. A representação dos ensaios encontra-se na figura seguinte:
1
2
3
45
6
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110
Figura 34 – Ensaios ∆T vs t para o tolueno (a), água (b) e ar (c).
Existem 3 regimes de transferência de calor, um primeiro dominado pelo filme
fino de platina, um segundo dominado pelo sistema filme fino e cerâmicas
(suporte cerâmico e capa de cerâmica) e finalmente um terceiro em que já só
há o ar e a capa de cerâmica (aqui o filme fino já estará todo à mesma
temperatura), como mostra a figura seguinte.
No caso do ar, por exemplo, pode ser calculado com 3 integrações diferentes,
uma até ln() cerca de 4,5, outro entre 4.5 e 5.8 e um terceiro, que é o final,
entre os 3 e os 6 segundos. Assim os valores de condutibilidade térmica serão
a b
c
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111
quase constantes para a Pt, um pouco decrescentes no 2º intervalo devido a
entrar em conta cada vez mais o aquecimento da cerâmica do substrato (a
capa é muito fina e por essa razão pouco significativa) e finalmente o valor
constante para o ar.
Figura 35 – Perfil da subida de temperatura em função de ln().
O comportamento térmico dos sensores deve ser idêntico, apenas diferindo no
tamanho da fita. Nestas condições, apenas o tamanho das fitas é utlizado para
compensar os efeitos terminais, o que minimiza o erro assocado à medida.
Resultados experimentais
As medições experimentais foram realizadas com o ar, o tolueno e a água. Os
valores experimentais encontram-se no Anexo I
Do perfil da subida da temperatura em função do ln() para cada ensaio
realizado, apenas se considera para o cálculo da condutibilidade térmica a
parte referente ao aquecimento da amostra.
Os valores obtidos para a condutibilidade térmica são os seguintes:
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
112
Tabela 21 – Valores da condutibilidade térmica obtidos pelo sensor concebido para os
diferentes fluidos estudados.
Ar Tolueno Água
Tref/K (Tref/ref)
W.m-1K-1 Tref/K
(Tref/ref)
W.m-1K-1 Tref/K
(Tref/ref)
W.m-1K-1
291.00 0.02571 291.10 0.13475 291.00 0.59595
294.25 0.02595 295.35 0.13301 294.76 0.60382
303.15 0.02650 303.03 0.13076 301.15 0.61361
Os erros percentuais obtidos não são superiores a 0.4 % para o ar, 0.3% para
o tolueno e 0.4% para a água. Os erros foram calculados pela seguinte
equação:
100.%exp
tab
tab
(35)
Incerteza global
Para a incerteza global do valor da condutibilidade térmica experimental
contribui um conjunto de incertezas associada a :
a) Possibilidade da presença de convecção ou radiação nas medidas
experimentais;
b) Propagação dos erros aleatórios e sistemáticos no cálculo da
condutibilidade térmica.
As incertezas referidas no ponto a) podem ser detetadas pela análise dos
resultados das medidas, pela presença de uma curvatura, que será côncava
em relação ao eixo das abcissas, no diagrama de dispersão dos aumentos de
temperatura experimentais em torno da recta de ajuste Tid = f(ln). Em
nenhum dos ensaios realizados notou-se qualquer tipo de curvatura
sistemática, pelo que se considerou que estes fenómenos não contribuíram
para o valor da condutibilidade térmica. Quanto às incertezas referidas em b)
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
113
elas podem ser determinadas pela análise de propagação de erros aleatórios
no cálculo da condutibilidade térmica.
A reprodutibilidade foi avaliada a partir do desvio padrão estatístico do ajuste
das medidas da condutibilidade térmica para a mesma temperatura e para
cada fluido estudado, e o seu valor não ultrapassou os ±0.5%. Foram
realizados 3 ensaios, à mesma temperatura, para cada fluido estudado.
Na estimativa da incerteza da condutibilidade térmica, considera-se as
grandezas de entrada, x0, que influenciam a determinação do seu valor,
independentes e essa relação pode ser expressa pela seguinte relação:
tCrTllVRRRRf PbSLSL ,,,,,,,,,,,, 21 (36)
2
2
1
2xi
x i
ux
u
(37)
Representando 2
ix
como o coeficiente de sensibilidade e 2u é a incerteza
na condutibilidade térmica. Ignorando os erros aleatórios muito inferiores à
fonte de incerteza de maior influência, como a medida do tempo, foram
assumidos igual a zero190.
Aplicando a expressão (36) às variáveis presentes e aplicando a raiz quadrada
ao resultado, obtém-se a estimativa da incerteza padrão proveniente de erros
aleatórios e sistemáticos de ±3.53x10-4 W.m-1.K-1. Se contabilizarmos ainda a
incerteza experimental do ajuste da condutibilidade térmica para a referida
isotérmica de ±1.44x10-5 W.m-1.K-1 e aplicando a raiz quadrada à soma dos
quadrados destas incertezas, obtém-se a estimativa da incerteza padrão global
de ± 3.53x10-4 W.m-1.K-1.
O valor da condutibilidade térmica do ar a 294.25K e 0.10MPa é dado pelo
resultados experimental mais o valor da incerteza, assim o valor estimado da
condutibilidade térmica para este ensaio é de 0.02595 ± 3.53x10-4 W.m-1.K-1.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
114
Esta incerteza corresponde a ± 1.3% do valor da condutibilidade térmica, valor
comparável ao obtido por Beirão. Para os restantes ensaios com o ar, a
estimativa da incerteza é idêntica à anteriormente calculada, obtendo-se o valor
máximo de desvio de ± 1.5%, para os ensaios em que o valor da
condutibilidade térmica é mais baixo.
Este valor é inferior ao existente nos aparelhos comerciais (±5%), o que torna
este sensor mais rigoroso que os disponíveis comercialmente.
Este estudo deve abranger, no futuro, uma gama de temperaturas estabelecida
com base nas aplicações dos ionanofluidos a estudar. O estudo da
condutibilidade térmica, em função da pressão, também deverá ser realizado,
já que o rearranjo estrutural dos nanofluidos é alterado pela pressão.
Esta instalação tem duas grandes vantagens em relação aos equipamentos
utilizados pelo grupo anteriormente: a primeira é o volume utilizado ser
bastante menor aos construídos previamente pelo grupo191. A segunda é o
facto de o revestimento isolante utilizado ser de um material comercial
(alumina) e não ocorrerem problemas de aderência entre fita e sensor é outra
importante vantagem. O mesmo não acontecia com os sensores de Ta e de W
feitos pelo grupo e que no caso do primeiro era necessário recorrer a uma
anodização e no segundo caso, o óxido formado ( WO3) não tem aderência ao
fio de tungsténio.
A outra característica muito importante é a largura e espessura das fitas, que
no caso da fita consegue-se obter valores de largura e espessura muito
inferiores ao que existe comercialmente disponível para os fios.
Condutibilidade térmica medida com o KD2Pro
O procedimento está descrito no capítulo 3.1. Foram feitas medidas para
frações mássicas de 1.5% e 3%. Os valores são apresentados de seguida.
A variação da cadeia alquilica não apresenta grande alteração no valor da
condutibilidade térmica para os líquidos puros. Observa-se uma pequena
diminuição na condutibilidade térmica à medida que a temperatura aumenta,
como já foi referido no capítulo 3.1 e 3.2.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
115
Foi aplicada a seguinte expressão para correlacionar os dados e a respectiva
tabela com os coeficientes obtidos através do método dos mínimos quadrados.
K/KmW 2111 Taa (38)
Alguns valores já se encontram publicados192, mas foram inseridos na tabela
seguinte para completarem a informação referente a cada sistema (fluido base
+ percentagem mássica de MWCNT)
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116
T/ K 293 303 313 323 333 343 353
Fluido / Wm‐1K‐1
[C2mim][(CF3SO2)2N] 192 0.123 0.123 0.122 0.122 0.122 0.121 0.121
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT192 0.126 0.126 0.125 0.125 0.124 0.124 0.124
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.133 0.133 0.132 0.132 0.131 0.131 0.13
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.136 0.136 0.135 0.135 0.134 0.134 0.134
[C4mim][(CF3SO2)2N]192 0.121 0.120 0.120 0.121 0.122 0.120 0.121
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT192 0.164 0.164 0.163 0.162 0.162 0.161 0.161
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.129 0.129 0.129 0.127 0.127 0.127 0.126
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.144 0.144 0.143 0.142 0.142 0.142 0.142
[C6mim][(CF3SO2)2N] 192 0.122 0.122 0.121 0.120 0.120 0.120 0.120
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT192 0.130 0.129 0.129 0.128 0.128 0.128 0.128
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.128 0.128 0.127 0.125 0.125 0.125 0.125
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.131 0.131 0.131 0.130 0.130 0.130 0.130
[C2mim][EtSO4] 0.185 0.185 0.185 0.184 0.183 0.183 0.182
[C2mim][EtSO4] + 1% MWCNT 0.187 0.187 0.187 0.186 0.186 0.186 0.186
[C2mim][EtSO4] + 1.5% MWCNT 0.192 0.192 0.192 0.191 0.191 0.191 0.190
[C2mim][EtSO4] + 3% MWCNT 0.205 0.205 0.203 0.201 0.200 0.200 0.197
Tabela 22 - Variação da condutibilidade térmica em função da temperatura para líquidos iónicos puros e ionanofluidos no intervalo de 293K a
353K. O índice refere-se à publicação onde se encontra.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
117
Figura 36 – Incremento para cada ionanofluido estudado, em função da temperatura.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
118
Tabela 23 - Coeficientes para a equação (38), para líquidos iónicos puros e ionanofluidos
no intervalo de 293 K a 353 K.
Líquido Iónico
a1±a1 105 (a2±a2) 104
/ W∙m‐1∙K‐1 / W∙m‐1∙K‐2 / W∙m‐1∙K‐1
[C2mim][(CF3SO2)2N] 0.1324 ± 0.0002 ‐3.214 ± 0.055 29
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.1375 ± 0.0020 ‐3.929 ± 0.619 33
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.14786 ± 0.0017 ‐5.005 ± 0.553 29
[C2mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.1475 ± 0.0020 ‐3.928 ± 0.619 33
[C4mim][(CF3SO2)2N] 0.1184 ± 0.0050 0.714 ± 1.532 81
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.1792 ± 0.0022 ‐5.179 ± 0.665 35
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.1450 ± 0.0032 ‐5.357 ± 0.997 47
[C4mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.1654 ± 0.0029 ‐3.929 ± 0.889 35
[C6mim][(CF3SO2)2N] 0.1334 ± 0.0029 ‐3.929 ± 0.889 47
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT 0.1444 ± 0.00179 ‐5.000 ± 0.553 29
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 1.5% MWCNT 0.1458 ± 0.0044 ‐6.071 ± 1.346 71
[C6mim][(CF3SO2)2N] + 3% MWCNT 0.1374 ± 0.0018 ‐2.173 ± 0.553 29
[C2mim][EtSO4] 0.2012 ± 0.0025 ‐5.357 ± 0.766 40
[C2mim][EtSO4] + 1% MWCNT 0.1934 ± 0.0018 ‐2.143 ± 0.553 29
[C2mim][EtSO4] + 1.5% MWCNT 0.2017 ± 0.0020 ‐3.214 ± 0.619 33
[C2mim][EtSO4] + 3% MWCNT 0.1792 ± 0.0022 ‐5.179 ± 0.665 75
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Como mostrado na figura 36 o maior incremento registado é [C4mim][(CF3SO2)2N] + 1% MWCNT(como referido no capitulo 3.2).
A aplicação do modelo desenvolvido por Leong et al e aplicado no capitulo 3.2
não pode ser realizada, já que o maior incremento registado é inferior a 22%.
Este modelo teórico utilizado neste trabalho apresenta uma discrepância
elevada relativamente às fracções mássicas superiores.
Verificou-se que os valores de condutibilidade térmica obtidos são sempre
superiores ao previsto. Tal revela que existe a falta de um componente
correctivo na equação estabelecida ou que uma das variáveis, como a
condutibilidade térmica da interface, exerce uma influência superior à que
deveria no valor final, como foi verificado pela variação do valor desta variável.
Adicionalmente, foi verificado que o modelo não permite a distinção entre
líquidos base, através de razões entre condutibilidades térmicas do
IoNanofluido e o líquido iónico puro em função da fracção volumétrica de
nanomaterial. Experimentalmente é verificada uma distinção entre os fluidos
base, factor que o modelo não considera.
A comparação com os dados obtidos por França170 foi efetuada e os desvios
obtidos estão apresentados no gráfico seguinte:
Figura 37 – Desvios entre os valores experimentais e os obtidos por França170.
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As possíveis razões para as diferenças observadas, prendem-se com a
preparação da amostra, o tempo de preparação, já que a sonicação é o fator
fundamental para a dispersão das nanoparticulas. O volume preparado de cada
amostra, afecta o grau de fluidez da amostra, já que para o mesmo líquido
iónico e para a mesma percentagem de nanomaterial, o ionanofluido formado
pode ser um gel, que oferece resistência a fluir e não pode ser aplicado na
estudo da transferência de calor.
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Condutibilidade elétrica
Na última década tem-se assistido a um aumento na pesquisa em nanofluidos.
Para muitos materiais a condutibilidade térmica e a condutibilidade elétrica
comportam-se de maneira semelhante. Para confirmar tal suposição, tem que
se determinar experimentalmente o valor da condutibilidade elétrica para os
nanofluidos e neste momento, a quantidade de dados presentes na literatura
são escassos e com grande dispersão. No caso dos nanofluidos formados por
líquido iónico como fluido base, associados com MWCNT, não há dados
experimentais publicados, pelo que os dados apresentados neste subcapítulo
são originais. A introdução teórica, a descrição do sensor comercial e os dados
obtidos são apresentados no Anexo 1. A técnica utilizada neste trabalho é o
método dos 4 pontos, ou terminais. Este método assegura que a voltagem
medida não inclui a queda de potencial devido aos contactos elétricos, e foi
uma técnica desenvolvida por Van de Pauw193.
Descrição dos componentes concebidos
Sensor
O sensor é composto por um corpo cónico em teflon com 4 elétrodos de aço
316L, com 1mm de diâmetro, dispostos em linha com espaçamento
equidistante entre eles e um orifício onde encaixa um sensor para medida da
temperatura (por exemplo, um termómetro de resistência de platina Pt 100).
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Figura 38 – Sensor projectado para o estudo da condutibilidade elétrica.
Esta geometria, com 4 elétrodos foi a selecionada por ser a mais indicada para
minimizar efeitos indesejados (como a polarização da amostra em torno dos
elétrodos) e erros experimentais e ao mesmo tempo a que mais se adequa à
natureza dos ionanofluidos estudados. Como estes possuem uma consistência
de gel, em que a sua viscosidade varia entre o fluido e o quase sólido, tornou-
se necessário conceber um sensor que conseguisse estar envolto na amostra e
isso, em alguns casos, implica a perfuração de uma superfície com viscosidade
elevada.
O aço 316L foi escolhido porque, ao manter o conteúdo de carbono abaixo de
0,04%194, inviabiliza as possibilidades de precipitação de carbono, aumentando
assim a resistência à corrosão. Este aço apresenta também uma maior
resistência à corrosão intergranular, bem como uma boa resistência à maioria
dos químicos, sais e ácidos. A presença do molibdénio na sua composição
ajuda à resistência em ambientes com sais. Pretende-se assim diminuir a
possibilidade de contaminação pela presença de nanomateriais na superfície
do elétrodo e ao mesmo tempo facilitar a limpeza do mesmo recorrendo a
processos mecânico além dos químicos.
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Célula de vidro
Uma célula em vidro borosilicato foi concebida para albergar a amostra e o
sensor. A nova célula utilizada neste trabalho tem um volume de
aproximadamente 1.8ml. Este valor é menos de um terço do volume necessário
parra efectuar as medidas, requerido pelo sensor comercial. A figura seguinte
mostra a célula e o sensor.
a) b)
Figura 39 – a)Célula em vidro e b) Célula em vidro com o sensor projetado.
Como ilustrado na figura, a célula está envolta num recipiente de vidro
borosilicato, onde passa um fluido térmico que mantem estável a temperatura
da amostra em estudo.
Este sistema, já com a amostra introduzida é ligado ao analisador de
impedância para de seguida efectuarem-se os ensaios.
Procedimentos e resultados experimentais
Sensor Comercial
Os dados referentes ao sensor comercial encontram-se no Anexo I.
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Líquidos iónicos
A condutibilidade elétrica dos líquidos iónicos foi determinada seguindo o
procedimento experimental descrito no capítulo 2. Uma breve descrição dos
equipamentos encontra-se no Anexo 1. De seguida à determinação da
constante da célula foram efetuadas medidas da condutância em função da
frequência para os líquidos iónicos que serão utilizados como fluidos base dos
ionanofluidos estudados. A determinação da condutibilidade elétrica foi feita
com um analisador de Impedância, modelo 4192A, da HP. A voltagem
escolhida foi 1V, para as 11 frequências estudadas entre o 1 e 5 kHz. Os
resultados obtidos para os diferentes líquidos iónicos foram comparados com
valores tabelados na literatura e o desvio entre os valores não ultrapassa os
1.5%. Os valores obtidos para a condutividade eléctrica e os gráficos da
comparação com a literatura encontram-se em anexo I.
Ionanofluidos
Os estudos dos ionanofluidos com diferentes percentagens de MWCNT foram
realizados seguindo o procedimento descrito no capítulo 2. Iniciou-se o estudo
com os ionanofluidos com maior percentagem mássica de MWCNT (3%)
seguido dos ionanofluidos com 1,5% e 1.0% respectivamente. Após o estudo
determinou-se, novamente, o valor da constante de célula utilizando as
soluções de 0.1D de KCl e o valor obtido foi de 138m-1. Esta diferença (um
aumento de 68%) significa que a superfície dos electrodos está contaminada.
A superfície foi analisada a microscópio óptico e observou-se a presença de
um grande número de manchas pretas, que podem ser aglomerados de
MWCNT, alojados na superfície rugosa do sensor.
Efetuou-se a limpeza com RBS e uma solução de HCl diluída (como indicado
no manual do sensor) e foram efetuadas novas medidas da constante da célula
e dos líquidos iónicos puros à temperatura de 293.15K. A constante da célula
não sofreu alteração e os valores da condutibilidade elétrica dos líquidos
iónicos puros não variou mais de 5.3% em relação aos valores dos líquidos
puros antes de a contaminação ocorrer.
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125
a) b)
Figura 40 – a)superfície do electrodo Schott antes da limpeza b) superfície do electrodo
Schott depois da limpeza
Sensor Projetado
A condutância, G, pode ser definida como a quantidade de corrente que foi
transmitida ao eletrólito que entrou em contacto com os electrodos. Assim,
conhecendo a razão entre o comprimento e a área dos electrodos, pode-se
determinar a constante da célula, como função da condutância
κ ∙ (39)
em que κ é a condutibilidade expressa em Ω-1m-1; G é a condutância expressa
em S e K é a constante da célula expressa em m-1.
A célula com o sensor e a amostra são montados de acordo como ilustrado na
figura seguinte.
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Figura 41 – Montagem experimental.
Quando a temperatura pré-definida é alcançada e o sistema encontra-se em
equilíbrio, o ensaio para a aquisição dos valores é iniciado. O programa de
aquisição de dados, regista os valores da temperatura do termómetro de
platina, da condutância e da susceptância é função das frequências. Esses
ficheiros são de seguida processados para a determinação da condutibilidade
elétrica.
Procedimento experimental
1. A constante da célula foi determinada, a 20ºC e 40ºC, utilizando uma
solução de cloreto de potássio (KCl) 0.01D obtida da Radiometer
Analytical, France.
2. De seguida efetuou-se um ensaio com o C2mimNTf2, a 20ºC, e
determinou-se a condutibilidade elétrica que foi comparada com outros
autores.
3. Nova determinação da constante da célula utilizando o mesmo
calibrante (KCl 0.01D), a 20ºC, para confirmar se havia alteração
significativa no valor obtido em relação ao calculado no ponto 1.
4. A determinação do valor da condutibilidade elétrica, a 20ºC, do
ionanofluido C2mimNTf2 com 3% de MWCNT foi feita.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
127
5. O ponto 3 foi repetido.
6. O líquido iónico medido no ponto 2 foi novamente medido e comparado
com os valores publicados na literatura.
7. De seguida repetiu-se o ponto 4.
8. O descrito no ponto 3 foi novamente repetido.
Com este procedimento pretendeu-se confirmar se a constante da célula não
sofreu alterações ao longo do tempo e devido à natureza das amostras
estudadas.
Resultados experimentais
Na seguinte tabela apresenta-se os valores da constante da célula determinada
para o sensor concebido. Encontram-se apresentados na sequência
cronológica descrita no procedimento experimental:
Tabela 24 –Valores da constante da célula, obtidos pelo sensor concebido.
Ponto do procedimento Valor
1 K KCl 20ºC (m‐1)=59.07
K KCl 40ºC (m‐1)=59.36
3 K KCl (m‐1) = 59.19
5 K KCl (m‐1) = 59.90
8 K KCl (m‐1) = 59.09
O valor médio da constante da célula é de 59.12m-1 com uma incerteza padrão
de 0.076 m-1.
Os valores da condutibilidade elétrica determinados para o C2mimNTf2 e o
ionanofluido C2mimNTf2 com 3% de MWCNT, estão apresentados na tabela
seguinte.
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Tabela 25 –Valores da condutibilidade elétrica para o C2mimNTf2 e o ionanofluido
C2mimNTf2 com 3% de MWCNT , obtidos pelo sensor concebido.
Ponto do procedimento Valor
2 κLI (S∙m‐1) = 0.7523
4 κ ionano (S∙m‐1)=1.157
6 κ LI (S∙m‐1) = 0.7583
7 κ ionano (S∙m‐1)=1.150
Os valores obtidos mostram coerência, embora sejam necessários mais testes
para confirmar a viabilidade do sensor. Os desvios obtidos entre o valor da
condutibilidade térmica obtida pelo sensor concebido e o valores obtidos pelo
sensor comercial, não diferem mais de 2%.
Considerando que os sensores comerciais variam entre 1% e 10% de erro,
pode-se afirmar que, numa fase inicial, este valor é prometedor. Como trabalho
futuro será feito o estudo da determinação da constante da célula em função da
temperatura, e em função da concentração do calibrante. Os testes para
averiguar a repetibilidade e a reprodutibilidade devem ser feitos a diferentes
temperaturas e de seguida estabelecer o procedimento descrito nesta tese
para determinar a condutibilidade térmica dos líquidos iónicos puros e
respectivos ionanofluidos.
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Densidade
Descrição do equipamento
Para o estudo dos líquidos iónicos utilizou-se um Densímetro/velocímetro DSA
5000 da Anton Parr com uma incerteza padrão associada de 0.01K e uma
estabilidade de ± 0.002K. A incerteza expandida de 0.04kgm-3 (k=2) e a
repetibilidade de 0.005. Para os ionanofluidos utilizou-se um densímetro DMA
4500, também da Anton Parr, com uma incerteza padrão associada de 0.03K e
uma estabilidade de ± 0.005K. Os valores da densidade foram determinados
com uma incerteza expandida de 0,08kgm-3 (k=2). Ambos os densímetros
possuem um controlo interno de temperatura efetuado por uma unidade Peltier
no intervalo de temperatura estudados.
Procedimento experimental
Antes do início de cada ensaio, as células de qualquer um destes aparelhos
foram sempre limpas com acetonitrilo, etanol e acetona, de modo a garantir
que qualquer vestígio de contaminantes fosse eliminado.
A sequência de limpeza foi escolhida após efetuar testes em lamelas de vidro.
Na superfície de vidro da lamela tinha sido colocado um volume pré-
determinado de líquido iónico e em seguida, com o auxílio de outra lamela foi
criada uma superfície de espessura uniforme de líquido iónico. A seguir efetou-
se a limpeza do vidro recorrendo a diferentes combinações de solventes
elegendo-se a combinação acetonitrilo, seguida de etanol e depois a acetona.
A sequência foi seleccionada com base na diminuição do ponto de ebulição,
garantido assim que a possibilidade do solvente se manter no vidro após
secagem ia diminuindo. Este teste foi realizado para todos os líquidos iónicos
estudados.
Uma vez efetuada a limpeza da célula com os solventes escolhidos foi
efetuada a secagem utilizando ar comprimido. Finalmente realizou-se o “check”
do ar e da água milipore a 20ºC, procedimento que consiste em verificar se os
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130
valores obtidos para a densidade do ar e da água milipore estão concordantes
com os seus valores de referência195.
Procedeu-se ainda a uma calibração do aparelho em toda a gama experimental
de temperaturas, utilizando como padrões a água milipore desgaseificada e o
tricloroetileno. Estes padrões foram seleccionados por trem valores de
densidade inferior e superior, respectivamente, aos obtidos ao longo do estudo.
Todas as amostras foram manuseadas debaixo de uma corrente de argon, de
modo a que o contacto entre a amostra e o ar fosse minimizado, evitando
assim a absorção de humidade e de outros contaminantes, como o dióxido de
carbono.
Os valores de densidades dos líquidos iónicos e ionanofluidos foram obtidos a
partir dos valores do período de oscilação para cada amostra estudada. Estes
períodos podem ser convertidos em valores de densidade, utilizando a
calibração do aparelho proposta por Lampreia et al196, segundo a equação:
1 (40)
Onde B e são constantes características do densímetro, obtidas através da
medição de dois fluidos calibrantes (padrões) a várias temperaturas. O é o
período de oscilação de referência do densímetro, e o período de oscilação
medido para cada amostra estudada.
Resultados experimentais
Líquidos iónicos
As densidades medidas são utilizadas para calcular a difusidade térmica dos
fluidos e a capacidade calorifica por unidade de volume. A densidade de todos
os líquidos iónicos medidos diminui com o aumento da temperatura.
As densidades obtidas para os líquidos iónicos contendo o anião NTf2- estão
representadas na figura seguinte:
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131
Figura 42 – Valores obtidos para a densidade dos CnmimNTf2, no intervalo de
temperatura seleccionado para este estudo (283.15K a 323.15K).
Com o aumento da cadeia alquilica, a densidade diminui de uma maneira
sistemática. Este comportamento já foi descrito por outros autores197,198,199. A
razão para as cadeias alquilicas maiores possuírem valores menores de
densidade, é provavelmente devido às interacções entre catião e anião no
líquido iónico. As cadeias mais longas permitem uma ordenação dos iões
presentes, o que por si promove um aumento na mobilidade, o que
consequentemente produz uma diminuição da densidade.
A densidade dos líquidos iónicos puros seleccionados foi comparada com
outros autores. Tal como se pode observar, no intervalo de temperatura
estudado (283.15K a 323.15K), as variações não ultrapassam ±0.35%.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
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Figura 43 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os valores da
literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o C2mimNTf2.
Figura 44 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os valores da
literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o C4mimNTf2.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
133
Figura 45 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os valores da
literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o C6mimNTf2.
As densidades obtidas para o C2mimEtSO4, estão representadas na figura
seguinte:
Figura 46– Valores obtidos para a densidade do C2mimEtSO4, no intervalo de
temperatura seleccionado para este estudo (283.15K a 323.15K).
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
134
Os desvios obtidos em relação a outros autores, são inferiores a ±0.4%, no
intervalo de temperatura estudado (283.15 a 323.15K).
Figura 47 – Desvios obtidos entre os valores da densidade ajustada e os valores da
literatura, no intervalo de temperatura de 283.15K a 323.15K, para o C2mimEtSO4.
As densidades foram ajustadas linearmente em função da temperatura de
acordo com a seguinte equação, com coeficientes de correlação R2>0.999.
∙ (41)
Os coeficientes de correlação da equação (41) são apresentados na tabela
seguinte:
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Tabela 26 – Parâmetros da equação de ajuste e coeficientes de correlação para os
líquidos iónicos estudados no decorrer deste trabalho.
Formula Ax10‐4
(kg.m‐3.T‐1)
B
(kg.m‐3) R2
Gama de
temperaturas (K)
C2mim NTf2 ‐9.5668 1.4595 0.9999 283.15 ‐ 323.15
C4mim NTf2 ‐22.062 1.8861 0.9997 283.15 ‐ 323.15
C6mim NTf2 ‐22.818 1.9070 0.9996 283.15 ‐ 323.15
C2mim EtSO4 ‐6.7995 1.2549 0.9999 283.15 ‐ 323.15
Ionanofluidos
Os valores da densidade para os ionanofluidos com o fluido base C2mim NTf2 e
diferentes percentagens de MWCNT, na gama experimental de temperatura
para este trabalho estão apresentadas na figura seguinte:
Figura 48 – Densidade dos ionanofluidos com C2mimNTf2 como fluido base e diferentes
percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a 343.15K.
Observa-se um aumento da densidade com o aumento da percentagem de
nanomaterial presente.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
136
Na figura 5.16 apresentam-se os ionanofluidos estudados com o fluido base
C4mim NTf2 e diferentes percentagens de MWCNT, na gama experimental de
temperatura.
Figura 49 – Densidade dos ionanofluidos com C4mimNTf2 como fluido base e diferentes
percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a 343.15K.
Neste caso, ao contrario do esperado, o incremento máximo depende da
temperatura, em que no intervalo de 293K a 323.15K o ionanofluido com 1.5%
de MWCNT apresenta o maior incremento em relação ao fluido base, enquanto
que no intervalo de 333.13K a 343.15K, o maior incremento regista-se no
ionanofluido com 1%. Canogia Lopes e Pádua131, estudaram os [Cnmim][NTf2]
por simulação molecular dinâmica e concluíram que para cadeias alquilicas
com n≥4, ocorre agregação nas regiões não polares do líquidos. Os MWCNT
adicionados vão interagir com essas regiões criando zonas com maior
organização, aumentado a densidade do ionanofluido.
Estudos realizados200 na estrutura e viscosidade do [C4C1im][Cl],
comparativamente com o [C4mim][Cl], mostram que a diminuição da
capacidade de efetuar ligações por pontes de hidrogénio por parte do catião (
com o anião), leva a uma diminuição da viscosidade e densidade quando um
grupo metil é adicionado ao [C4mim][Cl]. Possivelmente algo semelhante ocorre
com os [Cnmim][NTf2], principalmente com o[C4mim][NTf2] .
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137
No caso dos ionanofluidos, a diminuição da densidade em função da
temperatura pode estar relacionada com o aumento da distância entre iões,
promovida pelo aumento de entropia à medida que a temperatura aumenta.
Os valores da densidade experimentais para os diferentes ionanofluidos,
constituídos pelo C6mimNTf2 como fluido base e com diferentes percentagens
de nanomaterial é apresentada de seguida:
Figura 50 – Densidade dos ionanofluidos com C6mimNTf2 como fluido base e diferentes
percentagens de MWCNT na gama de temperatura, 283.15K a 343.15K.
No caso dos ionanofluidos com o fluido base C6mimNTf2, o comportamento é
idêntico ao obtido para o C2mimNTf2, mas com um incremento inferior ao
registado para o C2mimNTf2.
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138
Figura 51– Densidade dos ionanofluidos com C2mimEtSO4 como fluido base e diferentes
percentagens de MWCNT, na gama de temperatura, 283.15K a 343.15K.
Neste caso o maior incremento ocorre a 3.0%, mas a diferença entre o valor da
densidade a 1.5% e a 3.0% é de 0.5% para a temperatura mais elevada, o que
significa que o empacotamento destes ionanofluidos não foi afectado pelo
aumento da fração mássica.
Os valores da densidade para os líquidos iónicos e respectivos ionanofluidos
estão na seguinte tabela.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
139
Tabela 27– Valores da densidade, em kg.m-3, para os líquidos iónicos e ionanofluidos
estudados no decorrer deste trabalho.
Liquido iónico
% (w/w) de
MWCNT 293.15K 303.15K 313.15K 323.15K 333.15K 343.15K
C2mimEtSO4
3 1250.122 1241.913 1235.499 1229.206 1223.558 1218.145
1.5 1250.524 1242.112 1236.590 1229.949 1224.088 1218.701
1 1246.318 1239.112 1232.333 1225.890 1220.009 1214.494
0 1241.312 1234.437 1227.642 1220.912 1214.106 1207.307
C2mimNTf2
3 1546.211 1539.856 1532.528 1525.358 1517.010 1508.485
1.5 1535.522 1524.785 1514.166 1503.108 1491.006 1481.982
1 1530.657 1517.807 1505.534 1493.626 1483.741 1474.505
0 1523.544 1513.602 1503.190 1493.148 1482.940 1472.780
C4mimNTf2
3 1448.039 1437.687 1427.908 1417.832 1407.911 1399.575
1.5 1450.650 1442.139 1432.369 1421.836 1410.385 1401.912
1 1449.782 1439.130 1429.921 1420.961 1412.493 1405.008
0 1440.833 1431.161 1421.593 1412.058 1402.466 1392.877
C6mimNTf2
3 1389.875 1379.511 1370.151 1361.206 1353.054 1345.639
1.5 1387.146 1377.198 1367.629 1357.568 1346.594 1338.280
1 1384.688 1375.019 1366.020 1357.087 1348.702 1341.292
0 1376.838 1367.574 1358.184 1348.998 1339.654 1330.363
O aumento da densidade que ocorre em todos os ionanofluidos em relação ao
respectivo fluido base deve, provavelmente, ocorrer devido ao enchimento dos
nanotubos com líquido iónico. Este enchimento depende do tamanho do catião
e anião e das interações que ocorrem entre os MWCNT e os diferentes líquidos
iónicos estudados. Á medida que o tamanho do catião aumenta, o enchimento
será menor, o que para o mesmo volume de amostra significa que o
incremento não será tão elevado, como pode ser comprovar pelos dados
experimentais apresentados. O papel das interações é determinante, já que
são influenciadas pela estrutura dos constituintes do ionanofluido e pela
temperatura.
O valor do incremento em função da fração mássica comporta-se de uma
forma diferente para cada ionanofluido estudado. Essas diferenças estão
apresentadas nas seguintes figuras:
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
140
Figura 52– Incrementos na densidade para os ionanofluidos estudados.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
141
Para melhor compreender os aumentos registados, comparou-se os dados
experimentais com os obtidos utilizando a regra de mistura proposta por Pak e
Cho 201:
pPfpeff )1( (42)
Onde, ϕ é a fracção volúmica e os sub-indíces eff, p e f correspondem a
nanofluido, partícula e fluido base, respetivamente. Os desvios obtidos foram
determinados pela seguinte equação:
exp eff (43)
Os valores obtidos pela equação (42) anterior subestimam os valores da
densidade experimentais. Os desvios obtidos através da equação (43) estão
compreendidos entre os 70 e 251 kg.m-3. Este modelo não consegue reproduzir
os resultados experimentais. Uma possibilidade para este facto é não
contabilizar as interações entre líquido iónico e nanomaterial. O enchimento
dos nanotubos com líquido iónico, aumentando a massa do ionanofluido para
um dado volume, também não é contabilizado. Esta possibilidade é suportada
pelo estudo estrutural dos ionanofluidos realizado por TEM, em que se
observou o enchimento dos MWCNT com líquido iónico e que se encontra no
Anexo I. Uma outra possibilidade para a diferença, reside na forma do
nanomaterial, já que não existe um termo na equação que comtemple essa
variável.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
142
Figura 53 – Valores de densidade experimentais e calculados (intitulados teóricos) pela regra da mistura para os ionanofluidos estudados.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
143
Viscosidade
Introdução
A viscosidade de um nanofluido é um parâmetro importante para as aplicações
praticas. Assim, pelo uso crescente de nanofluidos em aplicações praticas, o
aumento da viscosidade do nanofluido em relação ao fluido base tem que ser
investigado. As especificações do equipamento estão no anexo I.
No caso dos IoNanofluidos, Santos et al202 mediram a viscosidade de dois
IoNanofluidos, contendo CNT e líquidos iónicos, e verificaram que a
viscosidade apresenta um comportamento não Newtoniano. Os nanofluidos
estudados foram MWCNT/C2mimEtSO4 a 1% e o MWCNT/C4mim NTf2 a 1%.
Os autores referem que o comportamento é bastante complexo e que mais
estudos têm de ser efectuados.
O comportamento genérico, mostrado pelos dados experimentais, é o aumento
da viscosidade com a adição de mais nanoparticulas no fluido base, vai ser
maior do que o previsto utilizando os modelos teóricos convencionais.
Comparativamente ao estudo da condutibilidade térmica, o estudo da
viscosidade é muito limitado.
No caso dos nanofluidos preparados com CNT, o aumento da viscosidade é
grande. Chan et al203 determinaram que a viscosidade de um nanofluido com 1
vol% CNT/água à temperatura ambiente tinha aumentado 34%.
A viscosidade dos nanofluidos depende de muitos parâmetros, como por
exemplo:
Fracção volúmica da partícula;
Tamanho da partícula;
Temperatura;
Extensão da agregação.
O aumento da fracção volúmica da partícula, produz um aumento na
viscosidade, como concluído por vários investigadores 40,204,205,206 . Quando se
tratado efeito do tamanho da partícula, existem diferentes resultados na
literatura. Prasher et al207 referem que a viscosidade não muda
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
144
significativamente com o tamanho da partícula. Mas Nguyen et al155
observaram o aumento da viscosidade com o aumento do tamanho da
partícula, enquanto Pastoriza-Galego et al 208 descreveram uma diminuição na
viscosidade com o aumento do tamanho da partícula. Nguyen et al também
analisaram o efeito da temperatura na viscosidade e observaram uma
diminuição na viscosidade com o aumento da temperatura. Também notaram
que a dependência da viscosidade com a temperatura aumenta
significativamente com fracção volúmica da partícula.
Existem dois fenómenos observados no estudo dos nanofluidos e que devem
ser mencionados. O primeiro é o “shear thinning” dos nanofluidos, o que é
relatado por vários investigadores152,153,209. O “shear thinning” é muito vantajoso
para aplicações práticas já que o “shear rate” é mais elevado nos limites do
fluxo, o que resulta numa diminuição na viscosidade em contacto com as
paredes dos canais, o que provoca uma diminuição da pressão. São
necessárias mais investigações nesta área para haver um melhor
conhecimento da reologia dos nanofluidos.
O segundo fenómeno que necessita ser mais estudado é a histereses na
reologia de um nanofluido, como relatado por Nguyen et al155. Estes autores
mostram que após ultrapassar certos valores de temperatura (chamados de
temperaturas criticas) as características da viscosidade dos nanofluidos
mudam de uma forma irreversível, Por exemplo, a viscosidade do nanofluido
Al2O3/água a 7 vol%, a 55ºC, foi medida e a amostra foi aquecida, de seguida,
até aos 70ºC e arrefecida novamente até 55ºC. Observaram que a viscosidade
tinha duplicado. Já que este comportamento não é o pretendido por limitar as
aplicações dos nanofluidos a certos intervalos de temperatura, mais pesquisa
tem que ser realizada para esclarecer este fenómeno.
O comportamento genérico, mostrado pelos dados experimentais, é o aumento
da viscosidade com a adição de mais nanoparticulas no fluido base vai ser
maior do que o previsto utilizando os modelos teóricos convencionais.
Einstein210 propôs uma expressão para a determinação da viscosidade
dinâmica de soluções diluídas contendo partículas esféricas. A interacção entre
as partículas não é contabilizada.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
145
Outros autores151,211,212 consideraram as interacções entre partículas, de modo
a tornar maior o intervalo de aplicação dos modelos em termos da fracção
volúmica das partículas.
Estudos experimentais mostram que o tamanho da partícula é um parâmetro
importante que afecta a viscosidade do nanofluido. No entanto, actualmente é
difícil obter um conjunto consistente de dados para os nanofluidos que abranja
um intervalo grande de tamanho e fracção volúmica da partícula. Neste
trabalho foram medidas viscosidades de líquidos iónicos e ionanofluidos com
diferentes percentagens de MWCNT. Os resultados são apresentados de
seguida e no anexo I. A escolha destes nanofluidos deve-se ao estudo iniciado
com o descrito na capitulo 2 e com os estudos realizados para a
condutibilidade térmica e capacidade calorifica realizados e mostrados na
capitulo 3.1.
Tabela 28 – Ionanofluidos estudados.
Líquido iónico
% (w/w) de
MWCNT
Φ(v/v) de MWCNT
Líquido iónico% (w/w) de MWCNT
Φ(v/v) de MWCNT
C4mimBF4 1 0.077
C4mimNTf2 1 0.073
1.5 0.090 1.5 0.106
C6mimBF4 1 0.062
C6mimNTf2 1 0.070
1.5 0.087 1.5 0.102
Resultados experimentais
Para os líquidos iónicos puros, foram estudadas diferentes famílias, e na figura
seguinte estão apresentados os dados para os CnmimNTf2 (n=2 a 12).
Pode-se verificar que a viscosidade diminui com a temperatura e aumenta com
o tamanho do catião.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
146
Figura 54– Viscosidade em função da temperatura para os CnmimNTf2 (n= 2 a 12).
Os líquidos iónicos estudados apresentam um comportamento newtoniano, ou
seja, que a viscosidade da amostra é independente da “shear rate” a que ele
está submetido. Possui um único valor de viscosidade, em uma dada
temperatura. Para os ionanofluidos, o comportamento da viscosidade é mais
complexo.
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
147
Figura 55– “Shear Rate” vs “Shear Stress” para ionanofluidos com 1% w/w) MWCNT, a
203.15K
Figura 56 – “Shear Rate” vs “Shear Stress” para ionanofluidos com 1.5% (w/w) MWCNT,
a 203.15K
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148
Figura 57 – “Shear Rate” vs “Shear Stress” , para o ionanofluido C6mimNTf2+1.5% (w/w),
na gama de temperaturas de 283.15K a 343.15K.; 283.15K, 293.15K, 303.15K, X
313.15K, 323.15K, 333.15K, 343.15K
Ao analisar os gráficos apresentados (os restantes encontram-se no Anexo I)
pode-se verificar que com um aumento de temperatura existe uma diminuição
na viscosidade. Os resultados obtidos em todas as temperaturas e para todas
as amostras estudadas, parecem apresentar uma tendência similar. O
comportamento da viscosidade aparenta ser o mesmo para todos os
ionanofluidos estudados. Verifica-se que para “shear rates” entre 0 e 0.05s-1 a
viscosidade varia com a “shear rate” aplicada. Para valores de “shear rate”
superiores a 0.05s-1 o comportamento aparenta ser quase newtoniano. Á
medida que a temperatura aumenta, esse comportamento vai sendo observado
para valores de “shear rate” cada vez mais baixos. Experimentalmente verifica-
se que a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, e aumenta com o
aumento da concentração de nanomaterial presente, para uma mesma
temperatura.
Nos ionanofluidos ocorre a diminuição da viscosidade com o aumento da
“shear stress”. Os líquidos que apresentam este comportamento são
denominados pseudoplásticos. Para uma dada “shear stress”, a “shear rate” é
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
149
menor que a do comportamento newtoniano extrapolado. As causas mais
comuns deste comportamento em misturas são o fracionamento de agregados
de partículas e a orientação de partículas assimétricas provocadas pelo
aumento da “shear stress”.
Efeitos físicos e químicos causam geralmente as características de suspensões
não-Newtonianos. Os principais parâmetros físicos a considerar são:
- Concentração de partículas; - quando as partículas sólidas são adicionadas a
um líquido puro e a mistura resultante é obrigada a fluir, o efeito da presença
das partículas é distorcer as linhas de fluxo de tal modo que elas curvem em
torno das partículas, aumentando a distorção.
Da distorção resulta o aumento da viscosidade, já que uma maior força é
necessária para a mistura fluir.
À medida que a concentração de nanoparticulas aumenta, a interacção entre
partículas aumenta, aumentando a distorção e logo a viscosidade. Outro factor
que pode acontecer com o aumento da concentração de partículas é a
formação de zonas onde exista líquido ocluso, que deixa de estar disponível
para a dispersão de partículas. Assim, a fracção volúmica efectivamente
presente é muito maior do que meramente calculada considerando o volume da
solução ocupada pelas partículas.
- Tamanho das partículas;
- Distribuição de tamanho de partícula;
- Forma de partículas- Muitos estudos experimentais indicam que, para uma
dada fracção de volume sólido total presente na suspensão, quanto maior é a
anisometria, maior é a viscosidade. Assim, os valores menores de viscosidade
são encontradas em sistemas de partículas esféricas enquanto que as
suspensões com concentração de partículas não esféricas muito elevadas são
altamente viscosos à comparativamente baixas concentrações de sólidos. No
estudo realizado os MWCNT têm a forma alongada.
Os fenómenos de “shear thinning” e de histereses nos ionanofluidos têm que
ser confirmados já que é de esperar um comportamento tixotropico, muito
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
150
comum em lubrificantes e tintas. Os estudos preliminares do fenómeno de
histereses foram realizados e concluiu-se que a curva obtida para o aumento
da temperatura , não é coincidente com a da diminuição. Como este fenómeno
pode ser reversível ou não, mas mais estudos têm de ser realizados.
Ionanofluidos de outras famílias foram estudados e serão analisados para
publicação futura.
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151
Capacidade calorífica
Introdução
A capacidade calorífica (capacidade calorífica por unidade de massa)
pode ser definida como a grandeza termodinâmica que determina a quantidade
de calor necessária para aumentar um grau a temperatura de uma unidade de
massa de um material. Pretendeu-se verificar se o comportamento descrito no
capítulo 3.1, página 61, era aplicável a outros IoNanofluidos. Os Ioanofluidos
estudados foram:
Tabela 29 Líquidos iónicos estudados
Líquido iónico
% (w/w) de
MWCNT
Φ(v/v) de MWCNT
Líquido iónico% (w/w) de MWCNT
Φ(v/v) de MWCNT
C4mimBF4 1 0.077
C4mimNTf2 1 0.073
1.5 0.090 1.5 0.106
C6mimBF4 1 0.062
C6mimNTf2 1 0.070
1.5 0.087 1.5 0.102
Os ionanofluidos contendo C4mimFAP também foram estudados na fração
mássica de 1%e 3%i estudado.
Resultados experimentais
Foram efectuados vários estudos para diferentes líquidos iónicos e
ionanfluidos.
Para o caso dos líquidos iónicos os valores experimentais foram
comparados com a literatura, como por exemplo o caso do C6mimNTf2.
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152
Figura 58– Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o C6mimNTf2
Figura 59 – Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o C4mimBF4
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153
Figura 60 – Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o C4mimNTf2
Figura 61 Comparação dos dados experimentais com os publicados, para o C6mimBF4
Para o C4mimFAP não há ddados para comparação.
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154
Figura 62 –Dados experimentais com os publicados, para o C4mimFAP
Tabela 30 - Valores do Cp obtidos neste trabalho.
T/K CP / J·mol-1·K-1 CP / J·mol-1·K-1 CP / J·mol-1·K-1
C6mimBF4 C4mimNTf2 C6mimNTf2 253.23 397.26 605.24 263.21 413.39 610.93 273.20 416.63 616.80 283.19 421.21 548.91 622.86 293.17 428.09 553.21 629.10 303.16 432.67 557.85 635.51 313.15 437.29 562.83 642.11 323.14 441.40 568.17 648.88 333.12 445.12 573.85 655.84 343.11 448.90 579.87 662.97 353.11 451.82 586.24 670.29 363.10 455.81 592.95 677.78 373.09 459.30 600.01 685.45 383.08 463.22 607.42 693.31 393.07 466.08 615.17 701.34
Os restantes valores experimentais estão no anexo1.
Para os Ionanofluidos estudados, o comportamento similar ao descrito na
página 61, apenas ocorreu com o C4mimBF4. É o único estudo publicado com
valores de CP de ionanofluidos até à data. Os restantes IoNanofluidos
Estrutura e propriedades elétricas e térmicas de nanotubos de carbono e de nanofluidos com líquidos iónicos. © Ana Paula da Costa Ribeiro - 2012
155
apresentam um comportamento linear. Comparação com valores tabelados não
pode ser efectuada, por não existirem.
O mesmo comportamento foi encontrado nos ionanofluidos com C4mimBF4
como fluido base, como mostra a figura seguinte:
Figura 63 – - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o
fluido base C4mimBF4, na gama de temperaturas estudada.
Mas não nos seguintes IoNanofluidos, onde o comportamento é linear.
Figura 64 - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o fluido base C4mimNTf2, na gama de temperaturas estudada.
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156
Figura 65- Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o fluido
base C6mimNTf2, na gama de temperaturas estudada.
Figura 66 - Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o fluido
base C6mimBF4, na gama de temperaturas estudada.
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157
Figura 67 Incrementos obtidos na capacidade calorífica do ionanofluidos, com o fluido
base C4mimFAP, na gama de temperaturas estudada.
Nos estudos da capacidade calorífica de nanofluidos, à temperatura ambiente e
para várias fracções volúmicas (ϕp = 0-21,7%) com óxidos de aluminio, Zhou e
Ni213 concluíram qe a capacidade calorifica diminui com o aumento da fracção
volúmica das nanoparticulas. Este comportamento também pode ser
observados para o C4mimBF4 apresentado. Este tipo de comportamento pode
sugerir a presença de nanoagregados de MWCNT, que formam caminhos
preferências. Outros factores podem influenciar este comportamento, como o
método de síntese dos nanofluidos, o tempo de preparação dos mesmos e a
pureza do líquido base e do nanomaterial.
Os restantes nanofluidos não apresentam este tipo de comportamento.
Possivelmente a razão entre o tamanho do catião com o anião seja a razão de
tal diferença. O catião C4mim+ , devido à sua mobilidade estrutural, consiga
rearranjar-se de modo a ter caminhos preferenciais para a passagem do fluxo
de calor.
Figura 68 – Estrutura do catião C4mim+ e dos aniões BF4- e PF6
-
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158
Assim, mais estudos têm que ser desenvolvidos para compreender se esta
característica dos ionanofluidos ocorre em todos as famílias. Estudos
preliminares214 mostram que o pico desaparece à medida que a massa
molecular do catião aumenta. Como trabalho futuro, o estudo deste fenómeno
é prioritário na compreensão da transferência de calor nos ionanofluidos.
A expressão para os valores experimentais em função da temperatura é dada
pela seguinte formula:
232111
P K/K/KmolJ TbTbbC (44)
A tabela seguinte mostra os parâmetros da regressão pelo método dos
mínimos quadrados para os líquidos iónicos
Tabela 31 - Coeficientes para a equação (44).
Líquido iónico b1 ± b1 b2 ± b2 b3± b3
/ J·mol-1·K-1 / J·mol-1·K-2 / J·mol-1·K-3 /J·mol-1·K-1
C4mimBF4 241.247 0.38073 4.14E-06 0.0393 ± 0.634 ± 0.00397 ± 6.13E-6
C6mimBF4 127.11 1.501 -1.64E-03 0.219
± 0.3546 ± 0.221 ± 3.4E-3
C4mimNTf2 570.74 -0.567 1.73E-03 3.90E-03 ± 1.22E-2 ±7.29E-5 ± 1.08E-6
C6mimNTf2 520.9 0.1052 9.00E-03 6.00E-05 ± 1.6E-12 ±1.05E-4 ± 1.7E-7
.
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Capítulo 6 Referências
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