UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ … · determinado por seus elementos individuais,...
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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Curso: 1081 - COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Matriz: 421 - COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Componente Curricular: EXPRESSÃO GRÁFICA
Turma: A Período: 1 Ano/Semestre: 2013 / 1
Nome: TAINARA MANTELLI
Gestalt
Criada no século XIX pelo psicólogo Chistian Von Ehrenfels, mas, com seu
inicio efetivo por volta de 1910, quando teve a ajuda de Max Wertheimer, , Wolfgang
Köhler e Kurt Koffka, com o propósito de estudar e criar novos conceitos sobre o
comportamento, as emoções e as percepções humanas.
Tendo em vista que na época, a percepção era feita de tal forma que só era
possível perceber a imagem através de suas partes, compreendendo-as por meio de
associações de experiências passadas. A Teoria de Gestalt chega para firmar a ideia de
que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do
todo, que são os conjuntos que possuem leis próprias e estas administram os elementos,
e essa percepção da totalidade acaba fazendo com que o cérebro perceba, entenda e
assimile facilmente uma imagem ou conceito. Ela refere-se ao processo de dar forma a
tudo que nos é exposto aos olhos, estando assim associado a estruturas, figuras e
formas. Ela procura estudar o porquê de algumas formas agradarem mais algumas
pessoas do que outras, e tem como principal objetivo atuar no campo da teoria da forma,
e possui uma relevante contribuição aos estudos da percepção de modo geral:
linguagem, inteligência, memória, motivação, percepção visual, entre outras. A Gestalt
afirma o principio de que vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relações, tal
fato contribui para alterar nossa percepção das coisas, causando os fenômenos de ilusão
de óptica.
Gestalt é um termo alemão intraduzível para o português, utilizado para
compreender a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma. Estudada por
muitos, ganhou a nomenclatura de “forma ou figura”, criando um „movimento‟ o
Gestaltismo, “psicologia da forma”. Em termos gerais, a “Gestalt é o conjunto de
entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito,
padrão ou configuração unificado que é maior que a soma de suas partes”.
Segundo Max Wertheimer (1924) “A formula fundamental da teoria da Gestalt pode ser
expressa da seguinte forma. Existem conjuntos, o comportamento dos quais não é
determinado por seus elementos individuais, mas onde o processo da parte é
determinado pela natureza intrínseca do todo. É o objeto da Gestalt de determinar a
natureza de tais conjuntos”. Ou seja, o princípio básico da teoria é que o inteiro é
interpretado de maneira diferente que a soma das suas partes. A percepção não funciona
por somatório de partes menores dos objetos percebidos, mas por totalidade.
A Gestalt então foi dividida em oito leis: Unidade, Segregação, Fechamento,
Continuidade, Proximidade, Semelhança e Pregnância da Forma.
Para João Gomes Filho “ A partir dessas leis foi criado o suporte sensível e racional,
espécie de ABC da leitura visual que vai permitir e favorecer toda e qualquer
articulação analitica e interpretativa da forma do objeto, sobretudo, com relação à
utilização das demais categorias conceituais”.
Unidade: Uma unidade é identificada em um
único elemento, que se encerra em si mesmo, ou
como parte de um todo. Unidades podem ser
agrupamentos organizados ou parte de um todo.
São percebidas, através de relações entre os
elementos que as constituem.
Os elementos estão soltos, mas a nossa percepção
faz com que enxerguemos um único objeto. No
primeiro temos quatro cantos que não se juntam,
mas vemos um quadrado. E assim segue nos demais exemplos.
Segregação
A Segregação significa a capacidade
perceptiva de separar, identificar,
evidenciar ou destacar unidades
formais em um todo composto ou
partes deste todo, Naturalmente, pode-
se segregar uma ou mais unidades,
dependendo da força de um ou mais
tipos de contrastes.
Unificação
A unificação da forma consiste na igualdade ou semelhança dos
estímulos produzidos pelo campo visual, pelo objeto. A
unificação se verifica quando os fatores de harmonia,
equilíbrio, ordenação visual e coerência da linguagem ou estilo
formal das partes ou do todo estão presentes no objeto ou
composição.
Fechamento
O fechamento ocorre quando se estabelece uma
formação nas unidades, ou seja, obtêm a sensação
de fechamento visual da forma pela sua
continuidade estrutural.
Continuidade
É a tendência dos elementos se acompanharem uns aos outros, de maneira que permitam
a continuidade de um movimento para uma direção já estabelecida. É a impressão visual
de como elementos desenhados já com uma forma e com uma direção, prolongam, na
mesma direção, o mesmo movimento. Uma linha reta, por exemplo, sempre terá sua
continuidade reta, com traço do mesmo jeito. Ou mesmo elementos que acompanham
uns aos outros, eles terão a mesma direção, forma e proporção para criar uma unidade
visual.
Proximidade
A proximidade ocorre quando os elementos que estão
próximos entre si tendem a ser vistos juntos, a
proximidade e a semelhança são dois fatores que agem
juntos. Quanto mais curta a distancia entre eles mais
próximos e unificados parece estar. Por exemplo, na
imagem temos 9 pontos, fazemos a lei da proximidade
criando uma unidade para cada conjunto de 3 pontos.
Semelhança
A semelhança é estimulada pela igualdade da forma e da cor, o que desperta um
agrupamento das unidades por partes semelhantes. Na imagem por exemplo, os
elementos estão separados por quadrados e círculos, podemos fazer a união pela forma,
ou pela semelhança de cor.
Pregnância da forma
A pregnância da forma é uma das leis mais básicas na Gelstalt, conhecida também como
a lei da boa figura ou a lei da simplicidade. Um objeto com alta pregnância tende a ser
equilibrada, harmônica e homogênea, trazendo uma boa visualização, fazendo com que
o espectador consiga entender a forma rapidamente sem problemas, um objeto com
baixa pregnância da forma faz com que se tenha mais trabalho para identificar as
unidades no objeto. No imagem, observamos primeiramente o que de mais simples pode
ser observado, no caso, um emaranhado de linhas formando quadrados menores e
maiores. Só depois de alguma observação percebemos que são na verdade três
quadrados dispostos na diagonal descendente.
A forma nada mais é do que os limites exteriores da matéria de que é constituído
um corpo, a percepção da forma é o resultado de uma interação entre o objeto físico e o
meio de luz agindo como transmissor de informação.
A forma pode ser subdividida por: Ponto, Linha, Plano, volume, Configuração
Real e configuração Esquemática.
Ponto: O ponto é a unidade mais simples, é qualquer elemento que funcione como um
centro de atração.
Linha: É a junção de vários pontos, fazendo com que se possa criar um elemento.
Plano: É a sucessão de várias linhas, criando assim duas dimensões: a largura e o
comprimento.
Volume: É definido por uma projeção tridimensional. Pode se ter uma sensação de
volume a partir da iluminação, da sombra, do brilho, textura, etc.
Configuração Real: É a representação real dos objetos e coisas utilizando os limites
reais, a partir de pontos, linhas, planos e volumes, por meio de fotografias, ilustrações,
gravuras e pinturas.
Configuração Esquemática: É a representação dos objetos, por meio de sombras,
manchas, chapado, traço, linha de contorno, silhueta, etc.
Categorias Fundamentais
Essas categorias servem para dar mais fundamento e coerência às leis da Gestalt.
Harmonia: É a disposição formal bem organizada entre todos os elementos do objeto,
trazendo regularidade de forma simples e clara. A harmonia por ordem traz
uniformidade entre as unidades e por regularidade traz elementos absolutamente
nivelados em termo de equilíbrio visual.
Desarmonia: Processo oposto a harmonia, os elementos se tornam desordenados
produzindo discordância, tendem a serem irregulares não tendo nivelamento e
inconstância formal.
Equilíbrio: Acontece quando as forças agem ao mesmo tempo sobre ambos os lados
dos elementos, trazendo a sensação de que os dois lados de um objeto são iuais ou que
são compensados mutuamente.
Desequilíbrio: É o oposto do equilíbrio, é quando as forças que agem sobre os corpos
não conseguem equilibrar-se. Este estado pode trazer certa atenção ao observador,
chamando a atenção ou até o inquietando.
Contraste: É onde através da luz ou de sua ausência, traz as formas dos objetos. A
partir de diferentes cores também pode se notar o contraste realçando ou não diversos
elementos. O contraste também pode ser vertical ou horizontal, pode ser a partir de
movimentos e dinamismo.
Técnicas Visuais Aplicadas
Essas técnicas tem como finalidade fornecer informações valiosas para o
procedimento criativo no desenvolvimento de projetos de qualquer natureza.
Simplicidade: Livre de complicações, traz harmonia e unificação, normalmente traz
baixo número de informações ou unidade visual.
Minimidade: É uma técnica econômica, onde há poucos elementos em sua composição.
Complexidade: Oposto de simplicidade, a complexidade tende a ter muitas unidades
em sua composição, e dificulta a sua leitura rápida.
Profusão: Esta ligada ao poder de riqueza, estilos formais góticos, barroco, art déco e
similares Está associada a complexidade.
Coerência: Caracteriza-se por uma organização visual integrada, equilibrada e
harmoniosa em relação ao seu todo.
Incoerência: É o oposto da coerência, sua organização visual é distinta e contraditória,
os objetos apresentam desarmonia e desintegração.
Exageração: Traz uma expressão visual intensa e amplificada, onde traz um enorme
foco de atração em algum elemento no seu todo.
Arredondamento: Caracterizado pela suavidade, delicadeza e a maciez que as formas
transmitem. O arredondamento esta ligado a continuidade fazendo com que os olhos
percorram de maneira tranquila a configuração do objeto.
Transparência Física: A transparência caracteriza-se por objetos sobrepostos e que
pode se ver através deles, a visualização pode ser parcial ou total.
Transparência Sensorial: Neste caso a transparência passa uma sensação muito
próxima da realidade dos objetos visualizados. É produzido por uso de técnicas
tradicionais e computacionais.
Opacidade: Esta técnica é o oposto da transparência nela não se pode visualizar o que
esta por trás do objeto sobreposto.
Redundância: A redundância se resume basicamente por excesso de elementos iguais,
muitas vezes até supérfluos.
Ambiguidade: Esta técnica produz efeitos interessantes, pois mostra um único objeto
com interpretações diferentes daquilo que é visto.
Espontaneidade: É uma técnica não premeditada, instintiva, não há nenhum
planejamento para sua realização.
Aleatoriedade: É uma técnica que faz com que os elementos sejam dispostos de um
modo não seqüencial, algo casual ou acidental.
Fragmentação: Esta técnica se caracteriza por uma organização formal decomposta, as
unidades estão separadas entre si.
Sutileza: É uma técnica de forma elegante e grácil que reflete bom gosto.
Diluição: A técnica de diluição não se associa a precisão e a nitidez da forma. Podem-
se passar sensações de calor humano, sonho, ilusão e outros sentimentos.
Distorção: Se caracteriza por deformação, mudanças de sentido ou ainda por diferenças
de ampliação. Esta técnica bem manejada produz efeitos plásticos muito intensos.
Profundidade: A profundidade se caracteriza principalmente nas variações de imagens
retilíneas, provocando uma percepção de profundidade ou de distancia.
Superficialidade: Essa técnica se caracteriza por elementos bidimensionais e chapados.
Ela é o contrario da técnica de profundidade.
Sequencialidade: Essa técnica se aplica a uma organização de unidade de um modo
que fiquem continuas, trazendo harmonia e equilíbrio.
Sobreposição: É uma técnica que trás por características objetos um em cima dos
outros, que podem ser opacos, translúcidos ou transparentes.
Ajuste Óptico: O ajuste óptico funciona como um refinamento no trato da forma e do
objeto, tem como pressuposto básico o equilíbrio e a harmonia visual.
Ruído Visual: O ruído visual acontece quando existe uma interferência ou até mesmo
algo inesperado que atrapalha um pouco a harmonia visual do objeto. Mas o ruído
visual também pode ser útil utilizando-o de uma maneira inteligente.
Gestalt usada na Propaganda
Para Finalizar, algumas imagens relacionadas à Publicidade e à Propaganda que
usam as leis da Gestalt no processo criativo.
Lei da Continuação e Movimento
Lei do Fechamento
Lei da Pregnância
Lei da Proximidade e Semelhança
Lei da Unificação e Semelhança
Lei da Segregação
Lei da Unidade
Curiosidade:
“Em mais um outdoor premiado em Cannes neste ano, as Leis da Gestalt trabalharam
forte. Tão forte que quebraram a mesmice das abordagens publicitárias que vemos por
aí. Com um conceito maduro “Have a break”, a JWT do México conseguiu mostrar
como o produto Kit Kat pode tornar momentos monótonos em pausas saborosas.
Através da Lei de Unidade, observamos um movimento semelhante ao de uma barra de
chocolate sendo quebrada. Pela Lei de Segregação, identificamos momentos chatos,
como uma reunião ou horas usando o celular. A lei de Unificação contribui com uma
organização dos elementos que remetem também a uma barra de chocolates. Para apoiar
o conteúdo da imagem, temos o elemento cor, fazendo-nos lembrar de chocolate.
Também temos o contraste de forma, que ao isolar o fundo (sem elementos) com o
objeto central, remete a anatomia da peça para abstrata. Assim, nossa cabeça se permite
viajar com este conceito criativo, sem cair na monotonia do dia-a-dia.”
Referencial
http://www.linguagemvisual.com.br/gestalt.php
http://design.blog.br/design-grafico/o-que-e-gestalt-2
http://20led12.blogspot.com.br/2012/09/gestalt-imagens-e-leis-aplicadas.html
http://tudibao.com.br/2009/09/a-gestalt-usada-na-propaganda.html
http://www.joaogomes.com.br/7-Ges-TEORIA-palestra-OUTUBRO-
06%20ok.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt
http://chocoladesign.com/fundamentacao-e-leis-da-gestalt
http://www.slideshare.net/drieletorres/gestalt-do-objeto-15455820
http://books.google.com.br/books/about/Gestalt_do_objeto.html?hl=ptBR&id=6
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