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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR APÓS O FLEXIONAMENTO E O ALONGAMENTO ESTÁTICOS Gabriel Cardozo Rio de Janeiro, Novembro, 2009.

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

EM CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA

COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR APÓS O FLEXIONAMENTO

E O ALONGAMENTO ESTÁTICOS

Gabriel Cardozo

Rio de Janeiro, Novembro, 2009.

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA DA

MOTRICIDADE HUMANA

COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR APÓS O FLEXIONAMENTO E O

ALONGAMENTO ESTÁTICOS

por

Gabriel Cardozo

Dissertação de conclusão de curso de Pós-

Graduação Stricto Sensu em Ciência da

Motricidade Humana da Universidade

Castelo Branco, apresentado como

requisito parcial para obtenção do título de

mestre.

Rio de Janeiro, novembro, 2009.

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COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR APÓS O FLEXIONAMENTO E O

ALONGAMENTO ESTÁTICOS

Elaborado por Gabriel Cardozo.

Aluno do programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Motricidade

Humana da UCB

Foi analisado e aprovado com grau: ____________

Rio de Janeiro,______de____________de 2009

_____________________________

Prof. Dra. Cintia Biehl

Presidente

______________________________

Dr. Rodolfo Alkmim

______________________________

Dr.Humberto Miranda

______________________________

Dr. Walter Jancinto

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Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus familiares,

principalmente a minha avó, Margarida que

possibilitou a realização deste sonho, ao

meu pai, minha mãe e minha esposa que

sempre me apoiaram.

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Agradecimentos

Agradecimentos

Á minha família;

Ao meu orientador, Prof. Dr. Estélio H. M.

Dantas, que me forneceu orientações

seguras.

Aos demais professores pela colaboração

em momentos fundamentais.

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RESUMO

COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR APÓS O FLEXIONAMENTO

E O ALONGAMENTO ESTÁTICOS

Por:

Gabriel Cardozo

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da

Motricidade Humana

2009

Orientador: Dra. Cintia Biehl Número de Palavras: 245

O objetivo do presente estudo foi verificar o comportamento no nível da

força muscular em três diferentes momentos, em um teste de uma repetição

máxima (1RM), imediatamente, 20, 40 minutos após a execução do flexionamento

e alongamento estáticos em homens jovens. A população investigada foi de

indivíduos fisicamente ativos e saudáveis do sexo masculino, estagiário de

educação física, praticante de musculação, com pelo menos seis meses de

treinamento, com experiência prévia no manuseio do hand gripp, sendo que

amostra foi composta por vinte e nove indivíduos divididos (24,24 ± 3,02 anos;

74,31± 7,48 kg; 176 ± 7 cm). Os indivíduos realizaram inicialmente um teste de

força máxima em 1RM usando o hand gripp. Após o re-teste de 1RM, o protocolo

da pesquisa consistiu em realizar três séries de flexionamento e alongamento

estáticos de antebraço que foi realizado com o ombro em flexão a 900, o cotovelo

estendido e a mão pronada em dias diferentes. Após a terceira série de

flexionamento e alongamento estáticos, os indivíduos pressionaram o hand gripp

imediatamente, 20 e 40 minutos após a última série. Os resultados obtidos no

estudo podem demonstrar que em populações semelhantes à utilizada, existem

diferenças significativas no nível de força muscular em até 40 minutos após a

realização do flexionamento estático de alto volume e intensidade, no entanto não

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ocorreram diferenças significativas no nível de força muscular em até 40 minutos

após a realização do alongamento estático de baixo volume e intensidade.

Palavras-chave: Flexionamento, alongamento e força

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ABSTRACT

BEHAVIOR OF THE MUSCULAR FORCE AFTER THE STATIC OVER STRETCHING AND STRETCHING

By

Gabriel Cardozo

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da

Motricidade Humana

2009

Advisor: Dra. Cintia Biehl Number of words: 246

The main goal of this research is to verify the muscular strength level

behavior in tree different periods of time, in an ultimate repetition test (1RM) 20, 40

minutes immediately after young males perform static stretching and over

stretching. The tested individuals were young physically active resistance training

male interns, with the habit of practicing resisted exercises, and with at least six

months of training and previous experience in using the hand grip. The sample

was made up of twenty-nine individuals who had been divided (24,24 ± 3,02 years

of age; 74,31± 7,48 kg; 176 ± 7 cm). The individuals underwent a muscular

strength level test in 1RM using the hand grip. After the 1RM was tested again,

research protocol consisted on executing three series of static stretching and over

stretching of the forearm with the shoulder set in a 90º position, the elbow

stretched out and the hand flipped over. Having finished the third series, the

individuals pressed the hand grip, 20, 40 minutes shortly after. Between sessions,

no one was allowed to perform any kind of exercise that might compromise the

collected data. By and large, the results indicated that there was significant

influence on the muscular strength up to 40 minutes after having gone through a of

static over stretching. But the results indicated that there was no significant

influence on the muscular strength up to 40 minutes after having gone through a of

static stretching.

Keyword: Over stretching , stretching and muscular strenght

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I Páginas

1.1 INTRODUÇÃO 01

1.2 INSERÇÃO NA CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA 03

1.3. PROBLEMATIZAÇÃO 05

1.4. IDENTIFICAÇÕES DAS VARIÁVEIS 05

1.5. OBJETIVO 05

1.5.1. Objetivo geral

1.5.2 Objetivos específicos

1.6. HIPÓTESES 06

1.6.1. Hipótese substantiva

1.6.2. Hipóteses estatísticas

1.6.2.1. Hipótese nula.

1.6.2.2. Hipóteses derivadas

CAPÍTULO II

2. REFERENCIAL TEORICO 08

2.1 A FLEXIBILIDADE 12

2.1.1. Importância da flexibilidade

2.1.2. Componentes da flexibilidade

2.2. PROPIOCEPÇÃO 15

2.3. TREINAMENTO DE FLEXIBILDADE 17

2.3.1. Alongamento

2.3.2. Flexionamento

2.3.3. Diferenças entre o alongamento e flexionamento

2.3.4 Flexionamento estático

2.3.5. Alongamento passivo

2.3.6. Flexionamento balístico/dinâmico

2.3.7. Flexionamento pela FNP

2.3.8. Flexionamento no aquecimento (agudo)

2.3.9. Treinamento crônico da flexibilidade

2.4. FORÇA 23

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2.4.1. Treinamento de força

2.4.1.2. Especificidade

2.4.1.3. Repetições/ séries

2.4.1.4. Volume

2.4.1.5. Intervalo entre os treinos e séries

2.4.1.6. Freqüência

2.4.1.7. Velocidade

2.5. INFLUÊNCIA DO TRABALHO DE FLEXIONAMENTO SOBRE A

FORÇA 29

CAPÍTULO III

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 33

3.1. MODELO DE ESTUDO 33

3.2. UNIVERSO AMOSTRAGEM E AMOSTRA 33

3.2.1. Universo

3.2.2. Amostragem

3.2.2.1. Critérios de inclusão

3.2.2.2. Critérios de exclusão

3.2.2.3. Cálculo do n amostral

3.2.2.4. Amostra

3.3. ÉTICA DA PESQUISA 35

3.4. MATERIAIS E MÉTODOS 36

3.4.1 Anamnese

3.4.2. Instrumentos

3.4.3. Avaliação da força muscular

3.4.4. Exercícios de flexionamento

3.4.5. Exercícios de alongamento

3.5. PROCEDIMENTOS DE ANÁLISES DOS DADOS 40

3.5.1. Estatística Descritiva

3.5.2. Estatística inferencial

3.5.3. Análise estatística

3.5.4. Nível de significância e potência do experimento

3.6. LIMITAÇÕES E DIFICULDADES ENCONTRADAS 41

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CAPÍTULO IV

4 RESULTADOS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1 RESULTADOS 42

4.1.1 Características da amostra

4.1.2 Resultados referentes ao objetivo específico 1

4.1.3 Resultados referentes ao objetivo específico 2

4.1.4 Resultados referentes ao objetivo geral

4.2 DISCUSSÃO 46

4.3 CONCLUSÃO 51

4.4 RECOMENDAÇÕES 51

REFERÊNCIAS 53

ANEXOS 68

LISTA DE ANEXO

ANEXO I Estudo piloto 69

ANEXO II Termo de Consentimento 82

ANEXO III Ficha de coleta de dados 85

ANEXO IV Par-q 86

ANEXO V Carta de Aceite 87

ANEXO VI Dados brutos do flexionamento 88

ANEXO VII Dados brutos do alongamento 89

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Níveis de Intensidade da Flexibilidade 17

QUADRO 2 – Nível Fisiológico do alongamento 18

QUADRO 3 – Nível Fisiológico do Flexionamento 19

QUADRO 4 – Diferenças entre o Alongamento e Flexionamento 19

QUADRO 5 - Escala de Esforço Percebido na Flexibilidade – PERFLEX 39

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 –Características da amostra 42

TABELA 2 – Resultados do Grupo Flexionamento 43

TABELA 3 – Resultados do Grupo Alongamento 44

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Valores médios da força após o flexionamento em comparação ao

teste de 1RM prévio 43

GRÁFICO 2 – Valores médios da força após o alongamento em comparação ao

teste de 1RM prévio 45

GRÁFICO 3 – Valores médios da força do grupo flexionamento e alongamento em

comparação ao teste de 1RM prévio 46

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Hand Gripp Takei Phycal Fitness Test 35

FIGURA 2: Exercício de flexionamento 38

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DEFINIÇÃO DE TERMOS E ABREVIATURAS

Alongamento : Forma de trabalho que visa à manutenção dos níveis de

flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude

normal com o mínimo de restrição física possível (DANTAS, 2005).

Flexibilidade : Qualidade física responsável pela execução voluntária de um

movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou

conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o

risco de provocar lesão (DANTAS, 2005).

Flexionamento : Forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexibilidade

através da viabilização de amplitudes de movimento articular

superiores às originais (DANTAS, 2005).

Força muscular : É a quantidade máxima de força que um músculo ou grupo

muscular pode gerar em um padrão específico de movimento em

uma determinada velocidade de movimento (KNUTTGEN e

KRAEMER, 1987).

Treinamento de força : Tem sido usado para descrever um tipo de exercício que

requer que os músculos se movam (ou tentem se mover), contra

uma força de oposição, normalmente representada por algum tipo

de aparato (FLECK e KRAEMER 1999).

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CAPÍTULO I

1. CIRCUNSTÂNCIAS DO ESTUDO

1.1. INTRODUÇÃO

O treino de força passou por uma evolução nos últimos cinquenta anos.

Executado anteriormente apenas por um pequeno segmento da sociedade

tornou-se hoje popular entre uma grande camada da população devido aos

muitos benefícios que proporciona ao fitness e à saúde (FLECK, 2003)

Fleck e Kreamer (1999) citam que na década passada foi publicado um

maior numero de pesquisas em treinamento de força do que nas cinco décadas

anteriores a 1987. Na década de 90, o American College of Sports Medicine –

ACSM incluiu o treinamento de força como um dos componentes do fitness físico

(DANTAS, MELLO e ARAGÃO, 2003).

O Fitness físico é mais do que condicionamento físico na sua acepção

corrente, é constituído pelo conjunto de fatores capazes de promover a saúde e o

bem-estar físico das pessoas. O ACSM afirma que o Fitness físico refere-se a

obtenção ou manutenção dos componentes do condicionamento físico,

correlacionados com uma boa ou elevada saúde, sendo necessário para realizar

tarefas diárias e se confrontar com os desafios esperados e inesperados (ACSM,

2006).

Com o transcorrer dos últimos 15 anos, o treinamento de força tornou-se

mais popular e, até recentemente, era realizado, principalmente por grupos

selecionados de atletas e por indivíduos, que desejavam aprimorar sua

constituição física (ACSM ,2002).

O treinamento de força, além de imprescindível ao treino dos atletas de

diversas modalidades, é parte integrante dos atuais programas de

condicionamento físico e reabilitação, inclusive para idosos, crianças e pacientes

da reabilitação cardíaca (ACSM ,2002).

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Esse treinamento traz diversos benefícios para a saúde tais como: o

aumento do gasto calórico diário, da massa magra, do metabolismo basal, da

força, da resistência muscular localizada, da função física, da sensibilidade à

insulina, diminuição do percentual de gordura, dos níveis basais de insulina e do

LDL (KREAMER et al. 2002; MONTEIRO, 1997; STARON et al. 2000), além de

prevenir e/ou reabilitar uma lesão, prevenir ou tratar a osteoporose, aprimorar o

desempenho atlético e controlar o estresse (ACSM ,2000).

Assim, após a leitura dos parágrafos anteriores, fica clara a importância da

força no contexto de qualquer treinamento, tanto no de atletas quanto no

condicionamento físico de sedentários.

No entanto, a força, como qualquer uma das qualidades físicas, necessita

ser trabalhada de forma concorrente para que tenha o efeito sistêmico desejável

sobre o organismo. (DANTAS, 2005).

Logo, a inclusão da flexibilidade no fitness físico pelo ACSM em 1999 foi

também de grande importância para o incremento da produção cientifica

(ARMINGER, 2000). A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos

nas diversas atividades profissionais e nas tarefas diárias e tem como principais

benefícios a facilidade de movimentação, coordenação melhorada, aumento da

amplitude de movimento, prevenção de lesões, aprimoramento e desenvolvimento

da percepção corporal, circulação e permuta gasosa aprimorada, menor

viscosidade muscular e menor dor associada a outros exercícios (ACSM, 2001).

O sistema muscular pouco flexível tende a encurtar-se ao realizar

movimentos com amplitude limitada (ACHOUR JÚNIOR, 1999).

Tradicionalmente, o aquecimento deve separar um bom tempo para o

treinamento da flexibilidade (SWANSON, 2006).

A razão pela qual o treino da flexibilidade está incluído no aquecimento é

que o aumento desta é um essencial elemento na melhora do desempenho e,

consequentemente, deve ser enfatizado no programa de condicionamento e de

força (SWANSON, 2006). Todavia, Zakas, Vergou et al.(2003) e Thacker, Gilchrist

et al.(2004) ressaltam a dúvida existente quanto à inclusão ou não do

flexionamento nesta fase pré-exercício. Embora nem todos os estudos

demonstrem a diminuição do desempenho, a maioria aponta que o estiramento

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agudo (pré-atividade) pode causar essa redução, principalmente para o

movimento de força máxima e de explosão (STONE, RAMSEY et al. 2006).

Ainda há dúvidas na comunidade científica sobre a interação do

treinamento de flexibilidade com o treinamento de força. O assunto ainda é foco

de discussão até os dias de hoje.

1.2. INSERÇÃO NA CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA

Como a ciência trabalha com uma relação de causa e efeito, ela sempre

buscará por uma resposta, pois se existem resultados, deixa de ser filosofia para

ser ciência. Neste trabalho, verifica-se uma ligação direta com a Ciência da

Motricidade Humana, na qual esta pesquisa está inserida, numa tentativa de

interpretar e explicar a natureza e os fenômenos que regem as inter-relações das

alterações fisiológicas dos indivíduos jovens (estagiários da academia Velox) e o

contexto em que eles estão inseridos.

Para Cunha (1994), a interação dinâmica corpo-mente-sociedade-cosmos

é um dos metaprincípios onde a Ciência da Motricidade Humana radica-se. Já

para a Universidade Castelo Branco, Ciência da Motricidade Humana significa:

“Uma interpretação científica acerca do valor

do movimento de um ente do ser do Homem

nas perspectivas cultural, humanizada e de

vida existencial” (Beresford, 2005).

A produção de um novo conhecimento em uma das áreas relacionadas à

Ciência da Motricidade Humana gera um novo saber comum às demais áreas

interligadas. Neste sentido, tal pesquisa é necessária à medida que supre uma

das carências do objeto teórico e formal de estudo (estagiários da academia

Velox) e dos movimentos executado por ele (flexionamento e alongamento). Tal

carência pode ser compreendida em melhoria da força da musculatura como

natureza física/biológica, melhoria do desempenho como natureza

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psicológica/emocional, melhoria da auto-estima como natureza humana/moral e

integração sócio-cultural como natureza sócio/cultural do Ser do Homem.

As condutas motoras só satisfazem a pessoa quando a criatividade permite

o nascimento do possível, abre acesso á transcendência, pela qual o homem

toma consciência de que não é objeto, mas sujeito fazedor de História; de que

não é reflexo, mas projeto de um mundo por vir.

Para Geraldes (2000), uma vez que o movimento corporal é ligado a um

significado, ele deixa de ser um simples corpo ou movimento sem consciência,

sendo transformado em corporeidade e motricidade, ocupando um espaço social

de situação. Assim, toda a comunicação motora do ente do Ser do Homem terá

um significado próprio e único, transformando o mundo da natureza em um

mundo cultural e humano.

Entretanto, Meinel (1984) contrapõe tal opinião, pois este autor estuda

Motricidade Humana somente circunscrita ao aspecto mecânico do movimento

(mecânica significando ausência de intencionalidade do praticante). Desta forma,

falta ainda à comunidade científica da Ciência da Motricidade Humana aprofundar

estudos sobre a consciência do movimento humano, não como um fim em si, mas

como um meio (Feitosa, 1993).

Os comportamentos motores, relacionados com um bom desempenho

motor e força muscular e influenciados pela motricidade (condutas motoras)

refletida no flexionamento estático passivo, poderão preencher positivamente

alguma carência, privação ou vacuidade do Ser do homem, sendo identificados

como objeto formal do estudo, os recrutas da aeronáutica.

Analisando o presente estudo, pelo fato de se tratar de treinamento da

flexibilidade, que constitui exercício físico como movimento na sua essência,

pode-se concluir que ele está enquadrado na área de concentração “Dimensão

Biofísica da Motricidade Humana” e, ao mesmo tempo, é parte integrante da linha

de pesquisa “Estudo das Variáveis Biofísicas da Performance Motora”. Ao ser

realizado o flexionamento estático passivo, será encontrado concomitantemente

um efeito no nível de força muscular e na sua performance. Portanto, esse estudo

também se insere no projeto de pesquisa “Aspectos metodológicos, ergogênicos,

fisiológicos e bioquímicos do treinamento”.

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1.3 PROBLEMATIZAÇÃO

Conforme abordado na introdução, os treinamentos de força e flexibilidade

são partes integrantes de um programa completo de condicionamento físico de

atletas e não atletas. Assim, busca-se elucidar no presente estudo, a questão:

qual o efeito do flexionamento e o alongamento estático sobre a força muscular?

1.4 IDENTIFICAÇÕES DAS VARIÁVEIS

� Variável independente (qualitativa categórica): o efeito agudo de duas

diferentes intensidades de treino de flexibilidade: alongamento e

flexionamento estático;

� Variável dependente (quantitativa racional): níveis de força e flexibildade;

� Variáveis intervenientes são: treinamento prévio de força, motivação,

Fenótipo, etc.

1.5 OBJETIVOS

As características do estudo possibilitam o estabelecimento do objetivo

geral e de objetivos específicos.

1.5.1. Objetivo geral

O objetivo do presente estudo foi verificar alterações nos níveis de força

muscular, em três diferentes momentos (imediatamente, 20 e 40 minutos), por

meio da avaliação por teste de 1RM após a execução do flexionamento e

alongamento estático em homens jovens.

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1.5.2. Objetivos específicos

1-O objetivo do estudo é verificar alterações nos níveis de força muscular,

em três diferentes tempos em um teste de 1RM (imediatamente, 20, 40 minutos)

após a execução do flexionamento estático em homens jovens.

2- O objetivo do estudo é verificar alterações nos níveis de força muscular,

em três diferentes tempos em um teste de 1RM (imediatamente, 20, 40 minutos)

após a execução do alongamento estático em homens jovens.

1.6 HIPÓTESES

O delineamento da presente pesquisa possibilita o estabelecimento de uma

hipótese substantiva e hipóteses estatísticas.

1.6.1. Hipótese substantiva

Hs: O presente estudo antecipa que haverá uma diminuição nos níveis de

força muscular até 40 minutos após realização do flexionamento estático, não

ocorrendo após o alongamento.

1.6.2. Hipóteses estatísticas

O modelo de estudo utilizado pode ser estabelecido uma hipótese nula e

duas hipóteses derivadas.

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1.6.2.1. Hipótese nula

H0: Este estudo antecipa que não ocorrerá uma diminuição significativa

(p<0,05) dos níveis de força muscular até 40 minutos observados após a

realização do flexionamento estático quando comparados aos observados após o

alongamento.

1.6.2.2. Hipóteses derivadas

H1: Haverá uma redução significativa (para p<0,05) nos níveis de força

observados imediatamente, 20, 40 minutos após a realização do flexionamento

estático em adultos jovens quando comparados aos níveis iniciais.

H2: Não haverá uma redução significativa (para p<que 0,05) nos níveis de

força observados imediatamente, 20, 40 minutos após a realização do

alongamento estático em adultos jovens quando comparados aos níveis iniciais.

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CAPÍTULO II

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

A interação do treinamento de flexibilidade e o de força é foco de discussão

até os dias de hoje. Não existe ainda um consenso sobre o volume e intensidade

que deva ser utilizados quando realizamos um treinamento de flexibilidade antes

de uma sessão de treinamento de força.

Mcbride et al. (2007) realizaram uma investigação para avaliar o efeito do

alongamento de alta intensidade agudo sobre a atividade muscular (avaliada pela

eletro miografia) e a força muscular durante a contração isométrica na extensão

completa do joelho e no agachamento em universitários ativos moderados. Na

análise da força muscular, o grupo submetido ao treinamento da flexibilidade

demonstrou uma redução estatisticamente significante (p≤0,05), intra e

intergrupos, nos minutos 1, 2, 8 e 16 na extensão de joelho e imediatamente após

e no quarto minuto (intra-grupo) no agachamento. Na avaliação da atividade

muscular, o grupo do alongamento revelou uma redução estatisticamente

significante (p≤0,05), intra e inter-grupos, da atividade do músculo bíceps femoral

na extensão do joelho no primeiro minuto e no agachamento imediatamente após,

no primeiro e segundo minutos, sendo este último minuto uma diferença apenas

intergrupos.

De acordo com os resultados observados por Costa et al. (2009) é possível

concluir que o protocolo de alongamento de alta intensidade estático utilizado

gerou efeito deletério no que se refere à geração de força máxima de membros

superiores nos atletas de jiu-jítsu analisados. Essa diminuição, em média, ficou na

ordem de 8,75% quando comparado à situação sem alongamento.

Foram avaliados 20 atletas do sexo masculino (idade de 24,1±1,8

anos e IMC de 25,1±3,8kg.m-2). Dois testes de carga máxima (1RM) no

exercício de supino horizontal foram realizados em condições distintas, sem e

com implemento de alongamento estático antes da avaliação. O protocolo de

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flexionamento consistiu de três exercícios realizados em três séries de 20s cada,

totalizando 180s para os principais grupos musculares envolvidos no exercício de

supino horizontal.

Entretanto, Egan et al. (2006) não encontraram alteração no torque e na

potência muscular, em exercício de contração isocinética concêntrica para

extensão de joelho, em indivíduos submetidos ao alongamento estático agudo.

McMillian et al. (2006) compararam o efeito entre o flexionamento dinâmico

e o estático, no aquecimento, sobre a potência e a agilidade em 30 cadetes (18 a

24 anos) da academia militar dos Estados Unidos. Em três dias consecutivos, os

sujeitos realizaram três protocolos:

a. flexionamento dinâmico (FD);

b. estático (FE) e;

c. nenhum procedimento.

Os treinamentos de flexibilidade foram realizados por 10 minutos e, após dois

minutos de recuperação, foram realizados os testes para avaliação da potência e

da agilidade (três testes). Os resultados demonstraram melhora significativa do

desempenho nos três testes do FD e o FE apresentou resultado significativo

apenas em um dos testes.

Nelson et al. (2005) mostraram que o método de treinamento estático da

flexibilidade contando com três séries de 30 segundos de insistência reduziu em

28% a força de resistência para o movimento de flexão de joelho. Marek et al.

(2005), utilizando um dinamômetro isocinético, também observaram um déficit na

força, produção de potência e ativação muscular em velocidade rápida ou lenta

causado pelo alongamento estático e Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva

(FNP).

Já Thompsen et al. (2007) examinaram três diferentes protocolos de

aquecimento:

a. alongamento estático;

b. exercícios dinâmicos e;

c. exercícios dinâmicos

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Realizados com um colete de pesos e sua influência no desempenho de saltos

em mulheres atletas e verificaram que os maiores saltos foram realizados com o

aquecimento de exercícios dinâmicos utilizando o colete com sobrecarga, ou seja,

aquecimento realizado de forma específica. Dessa forma, podemos presumir que

uma rotina de alongamento não seria a melhor escolha antes de exercícios que

necessitem de força explosiva.

De acordo com Witvrouw, Mahieu, Dannels et al. (2004), parte dessas

contradições pode ser explicada pelos variados tipos de atividades físicas, como

as que envolvem ciclos de alongamento-encurtamento de alta intensidade nas

unidades musculotendíneas (ginástica e dança), que necessitariam de um

alongamento prévio a fim de favorecer o nível de desempenho. Em contrapartida,

admitiram que as atividades que envolvem ciclos de alongamento-encurtamento

de baixa intensidade, como o ciclismo e a natação, não seriam favorecidos pelos

efeitos do alongamento.

Já Neto et al. (2009) avaliou o desempenho isocinético dos isquiotibiais

com auxílio das variáveis pico de torque (PT), trabalho máximo (TM) e trabalho

total (TT), as variáveis máximas (PT e TM) mostraram-se sensíveis ao tempo de

permanência dos voluntários na postura de auto alongamento: ambas

apresentaram déficits após a aplicação do protocolo de seis minutos (8 X 45s),

mas não sofreram variações após a aplicação do protocolo de três minutos (4 X

45s). A variável TT permaneceu inalterada após a aplicação de ambos os

protocolos.

Com isso foi concluído que a capacidade máxima de produção de força do

grupo muscular dos isquiotibiais dos voluntários desse estudo foi alterada pelo

volume do alongamento (variáveis PT e TM). No entanto, quando se considera a

produção de trabalho ao longo de algumas repetições (variável TT), não foi

possível distinguir o efeito dos dois protocolos, mesmo um tendo o dobro da

duração do outro.

Segundo Thacker, Gilchrist, Stroup et al. (2004), ainda não existem

evidências definitivas em relação aos possíveis benefícios do aquecimento ou do

alongamento antes das atividades a fim de prevenir lesões e/ou melhorar o

desempenho.

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Para Firmino et al. (2004), uma sessão de treinamento de força utilizando

três séries de dez repetições máximas no leg press, não provocam diminuição na

amplitude de movimento imediatamente e 24 horas após a sessão de treino, ao

passo que a flexibilidade parece que pode ser aumentada após essas sessões, e

permanecendo por pelo menos 24 horas, inclusive, recomendando pesquisas

adicionais sobre o efeito crônico.

Trash e Kelly (1987) examinaram os efeitos do treinamento com peso na

amplitude de movimento nas articulações do tornozelo tronco e ombro. A

flexibilidade foi determinada antes e depois de um programa de 11 semanas de

treinamento com pesos, três vezes por semana, no qual todos os principais

grupos musculares foram exercitados com três séries de oito repetições máximas.

Os resultados mostraram resultados significativos na dorsi-flexão do tornozelo e

na extensão do ombro sem nenhum treinamento adicional de flexibilidade.

Assim, os autores concluíram que um programa de treinamento com pesos

para desenvolver a força muscular não prejudica a flexibilidade podendo até

aumentar a amplitude de determinados movimentos.

Tricoli e Paulo (2002), em seu artigo, “O efeito agudo dos exercícios de

alongamento sobre o desempenho de força máxima”, observaram que o grupo

que realizou exercícios de alongamento estático obteve resultados no teste de

1RM significativamente menores que o grupo que realizou o exercício sem

alongamento prévio. Ou seja, o alongamento estático provocou uma queda de

rendimento de força máxima.

Galdino et al. (2005) no artigo “Comparação entre os níveis de força

explosiva de membros inferiores antes e após o flexionamento passivo”

verificaram que a realização de exercícios de flexionamento passivo antes de

atividades que envolvam força explosiva de membros inferiores diminuiu o

rendimento.

Entretanto, Simão e colaboradores (2003), constataram que não houve

diferença significativa na variação de força máxima no supino horizontal, quando

realizado antes do teste de 1RM, um aquecimento específico ou o método FNP,

mostrando que talvez não ocorra perda de força após o flexionamento FNP.

Já Power et al. (2004) concluíram que a realização do flexionamento

estático acarretou em diminuição na força isométrica.

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Cramer et al. (2004) cita que o flexionamento estático pode agir sobre o

órgão tendinoso de golgi provocando a liberação do neuromediador inibitório,

gama-amino-butirico, na medula, provocando diminuição da força.

O presente capítulo para melhor compreensão do assunto que está sendo

abordado, será dividido nos seguintes sub-capítulos:

1. A flexibilidade;

2. Propriocepção,

3. Treinamento da flexibilidade;

4. A força;

5. Influências do trabalho de flexionamento sobre a força.

De acordo com a bibliografia revisada, pode-se observar que a grande

maioria dos estudos demonstrou que o alongamento muscular provoca uma

diminuição de força em relação ao desempenho muscular, mas entre os autores

estudados ainda há controvérsias em relação às causas que levariam à

diminuição de força.

Alguns relacionam esta diminuição de força devido a fatores mecânicos

como alterações nas propriedades viscoelásticas do músculo e

músculotendinosa. Outros ressaltam que a diminuição de força ocorreria devido a

alterações no comprimento-tensão da fibra muscular.

Ainda há aqueles que defendem a diminuição de força decorrente de

fatores neurológicos. Assim, através desse estudo de revisão sugere-se que o

alongamento muscular pode acarretar déficit de força muscular no desempenho

do indivíduo, no pré-exercício para ganho de força, mas as causas para tal

processo ainda são controvérsias.

2.1. A FLEXIBILDADE:

A palavra flexibilidade é derivada do latim flectere ou flexiblis, que significa

“curvar-se” (ALTER, 1999). O mini dicionário Aurélio, define como: “o que se pode

dobrar ou curvar-se; maleável” (FERREIRA, 1985).

A flexibilidade está relacionada com o estiramento, o qual é definido como

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o ato de aplicar uma força capaz de alongar um músculo e um tecido conjuntivo.

Tipicamente, o treinamento da flexibilidade é utilizado para aumentar a amplitude

de uma articulação, sendo este aumento visto de forma aguda ou crônica (GLEIM

e McHUGH, 1997; BANDY, IRION et al.1998; STONE, RAMSEY et al. 2006).

A flexibilidade, segundo Dantas (2005), pode ser definida como:

“Qualidade física pela execução voluntária

de um movimento de amplitude angular

máxima, por uma articulação ou conjunto de

articulações, dentro dos limites morfológicos,

sem o risco de provocar lesão”.

Um programa de treinamento de flexibilidade é definido com exercícios

planejados, deliberados e regulares que podem aumentar permanente e

progressivamente a amplitude de movimento conveniente de uma articulação ou

conjunto de articulações durante um período de tempo (ALTER, 1999).

A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos nas diversas

atividades profissionais e nas tarefas diárias (ACHOUR JÚNIOR, 1999).

Oliveira (2001) diz que para ela a definição mais completa de flexibilidade é

publicada por Pavel e Araújo (1980) onde eles a definem como sendo “a

qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular,

expressa pela máxima amplitude de movimentos necessários para a perfeita

execução de qualquer atividade eletiva, sem que ocorram lesões

anatomopatológicas”.

2.1.1. Importância da flexibildade

A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos nas diversas

atividades profissionais e nas tarefas diárias e tem como principais benefícios à

facilidade de movimentação, coordenação melhorada, aumento da amplitude de

movimento, prevenção de lesões, aprimoramento e desenvolvimento da

percepção corporal, circulação e permuta gasosa aprimorada, menor viscosidade

muscular e menor dor associada a outros exercícios (ACSM, 2001).

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Dantas (2005) relata que a flexibilidade apresenta grande relação com a

qualidade de vida e o bem estar do ser humano.

Ou ainda, Novaes e Vianna (2003) descrevem que a importância da

flexibilidade está: na profilaxia de lesões, no esgotamento do potencial de

desempenho, no ajuste ideal de treinamento. Seu treinamento é positivo sobre o

desenvolvimento de fatores físicos, como: habilidades técnicas desportivas, força

e velocidade.

Alter (1999) cita como benefícios de um programa de flexibilidade:

a. União do corpo mente e espírito;

b. Relaxamento do estresse e da tensão;

c. Relaxamento muscular;

d. Autodisciplina;

e. Aptidão;

f. Postura e simetria corporal;

g. Alívio da dor lombar;

h. Alívio das cãibras musculares;

i. Alívio do sofrimento muscular;

j. Prevenção de lesão e satisfação e prazer.

2.1.2. Componentes da flexibilidade

Segundo Cummings (1984), sobre os componentes que interferem

prioritariamente na flexibilidade, o músculo (fáscia), causou a primeira limitação

na extensão de cotovelo. Com a continuação do movimento, este seria impedido

pelos ligamentos, cápsula e encontros ósseos. Logo, as fáscias que revestem as

fibras musculares; endomísio, perimísio e epimísio conferem resistência durante

exercícios de alongamento.

Segundo Astrand & Rodahl (1987), considerando os fatores limitantes da

flexibilidade residirem no comprimento dos músculos, um exercício que produz

alongamento dos músculos resultará em aumento da flexibilidade, e ainda

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continua, como os tendões têm mais colágeno que os ligamentos e, por sua vez,

estes mais que os músculos, é coerente acreditar que os componentes de

sustentação, resistem mais à deformação, mas não se pode delimitar, afirmando

que só se usam músculos ou ligamentos. É claro que se a tensão for muito baixa

não afetará plasticamente, os ligamentos e tendões.

O tendão possui pouca elastina, com o desuso, o tendão torna-se

excessivamente rígido, Maffroid (1993), e não é capaz de dissipar a energia com

eficiência.

Segundo Alter (1999) se a produção de colágeno excede à perda, mais

ligações cruzadas são estabelecidas ocorrendo maior resistência durante o

alongamento. O tecido elástico do tendão tem a função de conservar a energia

para manter o tônus durante o relaxamento e garantir defesa contra a força

excessiva.

Segundo Fox et al. (1989) buscando quantificar as contribuições relativas

dos diversos componentes sobre a flexibilidade, mostraram que os principais

fatores a limitar a amplitude de movimento são: Cápsula articular (47%), músculo

(41%), tendões (10%) e a pele (2%). Existem também influências externas como:

a. Temperatura ambiente;

b. Hora do dia;

c. Idade;

d. Sexo;

e. Roupa ou equipamento inadequado;

f. Habilidade particular em alguns movimentos;

g. Recuperação da articulação ou músculo após uma lesão.

2.2. PROPRIOCEPÇÃO.

Proprioceptores são órgãos sensoriais especializados localizados nos

músculos, tendões e ligamentos e são sensíveis à lesão, à distensão e à pressão,

pois retransmitem rapidamente informações acerca da dinâmica muscular e dos

movimentos dos membros para as porções conscientes e inconscientes do

Sistema Nervoso Central (SNC), permitindo assim, registrar continuamente a

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progressão de qualquer seqüência de movimentos, a fim de proporcionar uma

base para modificar o comportamento motor subseqüente (McARDLE, 2002).

Os dois proprioceptores que mais trabalham na proteção muscular e

articular, com relação à flexibilidade são: Fuso Muscular e Órgão Tendinoso de

Golgi (OTG) (MONTEIRO e FARINATTI ,2000).

Segundo Monteiro (2000), os proprioceptores acusam o grau de tensão de

um músculo ou a angulação de uma articulação, podendo mesmo proteger esses

órgãos de solicitações que porventura extrapolem seus limites funcionais evitando

uma lesão.

O Órgão Tendinoso de Golgi está localizado nos tendões, perto da junção

músculo-tendinosa, seus impulsos são conduzidos por neurônios espessos, já o

fuso muscular consiste em fibras musculares modificadas, contidas numa cápsula

de tecido conjuntivo que as fixas e se dispõem paralelamente ás fibras extrafusais

(fibras musculares). Um neurônio motor sensitivo cerca a sua porção central, e

esta, é incapaz de se contrair, porém suas extremidades são dotadas de actina e

miosina e é inervada por neurônios motores mais finos que ao das fibras

musculares comuns (motoneurônios gama), fazendo com que essas

extremidades tenham a capacidade de contrair (MONTEIRO e FARINATTI,2000).

O Órgão Tendinoso de Golgi é sensível á tensão, onde pela sua função de

proteção inibe a contração do músculo, devido ao seu baixo limiar, ou seja,

dispara facilmente após a contração muscular, que quer dizer que, quando um

músculo desenvolve tensão excessiva os OTGs disparam, inibindo a função

motora alfa, diminuindo a tensão no músculo. Durante os procedimentos de

alongamento, a tensão do tendão determina se os sarcômeros individuais estão

sendo alongados (FERNANDES, 2003).

O fuso muscular é sensível ao estiramento, quando o músculo, é alongada,

a porção central acompanha o movimento, ativando o neurônio sensitivo que

envia impulsos à medula, a partir daí é realizada uma sinapse com um

motoneurônios alfa, que envia comandos no sentido de contrair as fibras

estiradas, evitando que as mesmas se rompam (MONTEIRO e FARINATTI,

2000).

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2.3. TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE

A flexibilidade como qualquer outro componente da aptidão física, é

passível de ser trabalhada via treinamento regular e muitos são os trabalhos que

sugerem métodos e/ou exercícios específicos para esse fim. Apesar dessa boa

disseminação, no entanto podemos afirmar que ainda há muitas limitações sobre

o assunto (ARAÚJO, 1987).

O treinamento de flexibilidade a exemplo com que acontece com qualquer

outra qualidade física é influenciada pela intensidade do mesmo, conforme pode

ser visto no quadro 1.

QUADRO 1- NÍVEIS DE INTENSIDADE

NIVEL DE EXIGÊNCIA PARÂMETRO

SUBMÁXIMO

MÁXIMO

Sistema de transporte

de energia

Treinamento aeróbio

Treinamento

anaeróbio Contraposição á

resistência ao movimento

Treinamento da resistência muscular

localizada

Treinamento da força dinâmica

Rapidez de execução de gestos desportivos

Coordenação motora Velocidade de

movimento

Amplitude de movimento

Utilização plena do arco de movimento

Ampliação do arco máximo encontrado

Fonte: Dantas (2005)

Pode-se observar que o treinamento da flexibilidade será distinto do nível

sub-máximo para o nível máximo em termos conceituais, metodológicos,

bioquímicos e fisiológicos.

Dantas (2005) se refere ao trabalho sub-máximo de flexibilidade como

alongamento, ao passo que o trabalho máximo em flexionamento.

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2.3.1. Alongamento

Segundo Dantas (2005), o alongamento tem como objetivo manter o arco

de movimento.

Em nível fisiológico pode-se observar a atuação do alongamento no quadro

2.

QUADRO 2- NÍVEL FISIOLÓGICO

Estrutura biológica

Alongamento

Articulação Trabalha sem ser forçada

Componentes plásticos São deformados pelo trabalho

Componentes elásticos Estirados ao nível submáximo

Mecanismos de propriocepção Não são estimulados

Terminais nervosos da dor Não são estimulados FONTE: adaptado de Dantas (2005)

O alongamento pode-se ser usado no aquecimento, não há risco de lesão,

pode-se ser usado após o treino de força e pode-se usado em idosos (DANTAS,

2005).

2.3.2. Flexionamento

Segundo Dantas (2005), o flexionamento tem com objetivo o aumento do

arco de movimento.

Rasch & Burke (1989), confirmam a importância do exercício de

alongamento ser executado com um pouco de desconforto (tensão) muscular

para aumentar a flexibilidade.

O flexionamento pode ser aplicado de três formas: por meio de insistência

estática (método passivo), por meio de insistência balística (método ativo) e por

meio do método de facilitação proprioceptiva (FNP).

Em nível fisiológico pode-se observar a sua atuação no quadro 3.

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QUADRO 3- NÍVEL FISIOLÓGICO

Estrutura biológica

Flexionamento

Articulação

É forçada até seu limite máximo

Componentes plásticos

Já se encontram quase totalmente

deformados Componentes elásticos

Estirados até o limite máximo

Mecanismos de propriocepção

São estimulados

Terminais nervosos da dor

Podem ser estimulados no limite máximo

FONTE: adaptado de Dantas (2005)

No flexionamento há um aumento da mobilidade articular, pode-se aplicar

sobrecarga e preferencialmente trabalhado em sessão especial (DANTAS, 2005).

2.3.3. Diferenças entre o alongamento e flexionamen to

Um resumo entre o alongamento e flexionamento pode-se observado no

quadro 4.

QUADRO 4- DIFERENÇAS ENTRE O ALONGAMENTO E FLEXIONAMENTO

Características

Alongamento

Flexionamento

Efeito fisiológico Deformação dos

componentes plásticos Ação sobre os mecanismos propriocepção

Efeito durante a performance

Facilita a execução dos movimentos e aumenta sua eficiência pela prédeformação desejável dos componentes plásticos

Devido à ação residual da resposta proprioceptiva, provoca contratura se houver sido realizado flexionamento dinâmico, ou diminuição do tônus, no caso do atleta realizar insistência estática imediatamente antes da prova

Utilização Durante aquecimento e

volta à calma Sessões de treinamento para aumentar a flexibilidade

FONTE: Dantas 2005

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2.3.4. Flexionamento Estático

Entende-se por flexionamento estático, aquele que é realizado através do

relaxamento de toda a musculatura que circunda a articulação que está sendo

submetida ao flexionamento, mobilizando o segmento de forma lenta e gradual

por agente externo, buscando alcançar o limite máximo (ACHOUR JÚNIOR,

1999). Este tipo de treinamento é o mais comum e fácil dentre os demais

protocolos (ACSM, 2006).

O flexionamento estático, que utiliza posturas estáticas, foi inspirado na

ioga e é 20% mais eficaz que o método ativo (DANTAS, 2005).

Alter (1999) cita que esse método tem algumas vantagens que o torna bem

aplicável, como: o individuo tem controle máximo do movimento, não há nenhum

movimento e nenhuma velocidade, consome menos energia, portanto resultará

em menos sofrimento muscular.

O ACSM (1998) recomenda-o como ideal para grupos iniciantes e não

atletas, por acreditar ser o mais seguro, com menor risco de lesão e de fácil

execução.

Dantas (2005), afirma que esse método é contra indicado em casos de

treinamento em atletas, devido à diminuição da estabilidade da articulação

provocada pela tensão isométrica, que atuará sobre o Órgão Tendinoso de Golgi,

provocando um relaxamento da musculatura agonista.

2.3.5. Alongamento passivo

O alongamento passivo é realizado através da manutenção de posturas de

grande amplitude, sem extrapolar o limite maximo do movimento, durante um

tempo de quatro a seis segundo.

A permanência por oito ou mais segundos pode provocar a ação de

estímulo sobre o fuso muscular, descaracterizando o alongamento (DANTAS,

2005).

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2.3.6 Flexionamento balístico/ dinâmico

É executado com movimentos rítmicos, rápidos e com insistência, os quais

repetidamente produzem, rapidamente, altos níveis de tensão. No estudo de

revisão de Haff (2006) são descritos 3 motivos pelos quais este tipo de protocolo

não é recomendado para a maior parte da população:

(1) não é mais efetivo que os demais protocolos ou é igualmente eficaz para o

aumento da flexibilidade;

(2) sua execução produz altos níveis de tensão muscular, propiciando a lesão

muscular e;

(3) estimula o reflexo miotático mais que as outras técnicas de treinamento de

flexibilidade, aumentando a magnitude e freqüência de tensão das unidades

mio-tendinosas.

Pelas evidências relatadas previamente, Nelson e Bandy (2005) propõem o

uso dinâmico e excêntrico do treinamento da flexibilidade, os quais podem ser

alternativas seguras e eficientes para o estiramento balístico.

Portanto, se a proposta é envolver movimentos dinâmicos que afetam a

temperatura muscular enquanto aumenta a flexibilidade, durante o aquecimento,

este protocolo (ou o excêntrico) pode ser viável (HAFF, 2006).

2.3.7 Flexionamento pela FNP (facilitação neural pr opioceptiva)

A indicação da FNP como a mais eficiente para o aumento da flexibilidade,

dentre os protocolos existentes, possui uma grande adversidade na literatura

(HAFF, 2006).

Importante ser ressaltado que, enquanto os processos de 3S, sustentação-

relaxamento e reversão lenta possuem um efeito enfatizado para a mobilidade

articular, o contração-relaxamento antagonista possui seu maior efeito na

elasticidade muscular (DANTAS, 2005).

Embora exista uma diversidade de técnicas utilizadas na FNP, a mais

aplicada tem sido a “contrair-relaxar” (HENDRICK, 2004).

Embora, em alguns casos, estes métodos de treinamento sejam

essencialmente os mesmos, eles proporcionam uma diversidade de escolha para

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atletas e treinadores (STONE, RAMSEY et al. 2006). Entretanto, de acordo com a

literatura, estes tipos de treinamentos diversificados não são mais importantes

que alguns parâmetros do estiramento, tais como: momento de realização,

intensidade, dose, freqüência e duração do programa (HAFF, 2006).

2.3.8. Flexibilidade no aquecimento (agudo)

Embora nem todos os estudos demonstrem a redução do desempenho, a

maioria aponta que o treinamento agudo (pré-atividade) pode causar este

decréscimo, particularmente para o movimento de força máxima e de explosão

(STONE, RAMSEY et al. 2006).

Apesar do mecanismo correto para a ocorrência desta redução não seja

totalmente compreendido, existem 2 possíveis mecanismos que podem causar

este efeito, individualmente ou em combinação:

(a) o estiramento altera a ADM pela modificação na estrutura do tecido e

suas propriedades (músculos e tecido conectivo);

(b) e segundo Lindstedt, Reich et al., 2002, existe um aumento na

tolerância da dor.

Para Guissard e Duchateau (2004), o exercício agudo, reduzindo a

viscoelasticidade (stiffness) tecidual, pode aumentar a flexibilidade. Entretanto,

modificações no comprimento do músculo também alteram o feedback para o

sistema nervoso. Assim, alterações na resistência muscular (ativa ou passiva)

podem alterar a forma de reação do sistema nervoso para um dado comprimento

muscular. Consequentemente, esta modificação muscular pode também afetar as

características do reflexo de estiramento e as propriedades elásticas dos tecidos

(menor energia armazenada para o recolhimento elástico) tais como: interrupção

da transmissão de força, redução da magnitude da força, freqüência de força

desenvolvida e da potência muscular. Adicionalmente, os autores descrevem que

há uma redução do reflexo-H, o que negativamente altera, negativamente, as

variáveis descritas anteriormente.

Entretanto, para Avela, Finni et al. (2004), esta diminuição da resistência

tecidual pode ser um fenômeno de indução à fadiga mais do que, simplesmente,

um resultado de estiramento. Desta forma, aumentos na ADM como resultado do

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estiramento pode resultar da redução da resistência tecidual, porém é mais

provável que seja causado por alterações na viscosidade tecidual e aumento na

tolerância da dor.

2.3.9 Treinamento crônico da flexibilidade

Acredita-se que, em longo prazo, o flexionamento crônico pode reduzir o

risco de lesão no esporte e aumentar o desempenho motor embora este

mecanismo ainda seja desconhecido (HANDEL, HORSTMANN et al., 1997;

KERRIGAN, XENOPOULOS-ODDSSON et al., 2003). Devido às exigências de

algumas práticas esportivas, tais como levantamento de peso, ginástica olímpica

e mergulho, parece óbvio que o aumento da ADM venha a ser vantajoso (STONE,

RAMSEY et al; 2006).

A investigação de Kokkonen, Nelson et al. (1998) teve por objetivo avaliar a

influência do flexionamento na performance de exercícios específicos. Sua

amostra foi dividida em um grupo de estiramento (GE, n=19) e um grupo controle

(GC, n=19). O GE realizou o treinamento de flexibilidade por 10 semanas, por 40

minutos, 3 vezes na semana; o grupo controle não realizou nenhum exercício

regular. Nos resultados foi observado, no GE, um aumento significativo (p<0,05)

em todas as variáveis analisadas, a saber: flexibilidade (18,1%); salto a distância

(2.,3%); salto vertical (6,7%); corrida de 20 m (1,3%); flexão de joelho – uma

repetição máxima (1RM - 15,3%); extensão de joelho – 1RM (32,4%); flexão de

joelho – endurance (30,4%) e extensão de joelho – endurance (28,5%), não

obtendo o GC nenhuma melhora significativa.

O flexionamento pode causar algumas lesões musculares e atividade

reflexa crônica, resultando na hipertrofia muscular em animais. Entretanto, este

mecanismo ainda é duvidoso em atletas de alto nível (Black e Stevens, 2001).

2.4. FORÇA

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Autores como Wilmore e Costill (1999), buscam definir força em fisiologia,

descrevendo-a como o vigor máximo que um músculo ou um grupo muscular

pode gerar.

Fleck (1999) descreve força muscular como a quantidade máxima de força

que um músculo ou um grupo muscular pode gerar em um padrão especifica de

movimento.

Já Powers e Howley (1997) citam que a quantidade de força gerada

durante a contração muscular depende dos seguintes fatores: os tipos e a

quantidade de unidades motoras recrutadas, o comprimento inicial do músculo e a

natureza da estimulação nervosa das unidades motoras.

Para promover e manter uma boa saúde e independência física, adultos

beneficiam-se do desempenho de atividades que mantém o aumento da força e

resistência muscular, por no mínimo 2 vezes semanais, em dias não

consecutivos, sendo recomendado de 8-10 exercícios, cada um constituído de

8-12 repetições (HASSKELL, LEE et al., 2007).

Fatores neurais e hipertróficos também contribuem para o incremento da

força; desta forma, o treinamento de força que visa seu máximo, irá depender

tanto do sistema nervoso quanto do sistema muscular respectivamente.

O treinamento ao qual o individuo se encontra inserido e origens

fisiológicas resultam em adaptações na musculatura esquelética (POLLOCK e

WILMORE, 1993).

Zakharov (1991) cita força muscular como a capacidade de superação

externa e de contra-ação a esta resistência, por meio dos esforços musculares.

No ponto biomecânico, a força muscular é fundamental para a realização

dos movimentos (GURALNICK et al. 1995).

Tomando como exemplo a ação de levantar de uma cadeira sabe-se que

uma pessoa jovem utiliza em média 50% da força do quadríceps para levantar

lentamente, e cerca de 70% da força disponível para levantar rápido; uma pessoa

de 80 anos, sedentária, utiliza em media 90% da força do quadríceps para

levantar lentamente, e seria necessário 120% da força disponível para levantar

rápido, portando a realização dos movimentos necessários para a vida diária

depende de graus relativamente elevados de força (GURALNICK et al. 1995).

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A força muscular também é importante para diminuir o risco de acidentes

cardiovasculares. Isto ocorre porque as pessoas mais fortes realizam as

atividades com menor número de fibras musculares, comparativamente com

pessoas mais debilitadas (MENSE et al 2001).

Todas as pessoas perdem massa muscular e força após a maturidade.

Esse processo está associado à hipotrofia de desuso. Idosos que praticam um

treinamento de força preservam a massa muscular e a força (KLITGAARD et al

1990).

2.4.1. Treinamento de força

O treinamento de força passou por uma evolução nos últimos 50 anos.

Executado anteriormente por um pequeno segmento da sociedade, hoje se tornou

popular entre uma grande camada da população devido aos muitos benefícios

que proporciona ao fitness e a saúde (FLECK, 2003).

Segundo Tubino (2004), musculação corresponde ao meio de preparação

física utilizada para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com

as estruturas musculares.

No tocante ao aspecto muscular do treinamento de força, autores

estudados, (POLLOCK et al. 1993; KREAMER et al. 2002; SANTAREM, 2002;

MONTEIRO, 1997; STARON et al. 2000) concordam que fisiologicamente, um

músculo trabalha próximo de sua capacidade máxima com menor eficiência do

que o faz um músculo suficientemente fortalecido para executar a mesma tarefa,

além de proporcionar diversos benefícios à saúde como: o aumento do gasto

calórico diário, da massa magra, do metabolismo basal, da força, da resistência

muscular localizada, da função física, da sensibilidade à insulina, diminuição do

percentual de gordura, dos níveis basais de insulina e do LDL.

Segundo Brentano e Pinto, 2001; Simão,Castro et al; 2001,no início do

treinamento de força, o ganho de força ocorre, principalmente, devido às

adaptações neuromusculares (neurogênicas) permitindo uma melhor

sincronização da atividade das fibras musculares e sua mobilização .No entanto,

posteriormente a esta fase inicial, encontram-se as adaptações miogênicas

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(morfológicas), onde o ganho de força é obtido por meio do aumento da secção

transversa do músculo através de hipertrofia muscular (DANTAS, 2005).

O aumento de força conseguido na fase de adaptação neural pode ser

influenciado por 3 fenômenos:

a. o aumento do número de unidades motoras recrutadas;

b. o aumento da freqüência de disparo dessas unidades e;

c. a redução da co-ativação dos grupos musculares antagonistas ao

movimento (BRENTANO e PINTO 2001), melhorando a coordenação inter

e intramuscular (BLOOMER e IVES, 2000).

Nas etapas iniciais do treinamento (4-8 semanas), os ganhos de força são

obtidos preferencialmente através de adaptações neurais. Após esta fase, há uma

maior contribuição das adaptações hipertróficas, diminuindo as neurais segundo

Dantas, 2003; Vale, Novaes et al;2005.

Interessante ressaltar que o treinamento de força pode causar micro-

lesões, as quais são essenciais na regeneração de miofibrilas e a liberação de

células satélites entre a lâmina basal e o sarcolema, que são fontes para o

desenvolvimento de isoformas de miosina (SINGH, DING et al; 1999).

Maughan, Gleeson e Greenhaff (2000) citam algumas adaptações

musculares ao treinamento de força muscular: hipertrofia das fibras musculares;

aumento da área transversa do músculo; aumento do conteúdo de fosfocreatina e

do glicogênio; aumento da capacidade glicolítica; aumento da capacidade de

exercício de força e de alta intensidade; diminuição da densidade mitocondrial e

melhoria da capacidade de tamponamento muscular.

Estudos longitudinais demonstraram que idosos aptos para a vida diária,

mas com baixos níveis de força muscular, evoluem rapidamente para a inaptidão,

com alto índice de quedas e suas conseqüências muitas vezes fatais

(GURALNICK et al, 1995).

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2.4.1.2. Especificidade

A especificidade dos exercícios deve ir de encontro ás necessidades do

praticante, onde os músculos trabalhados e fortalecidos devem ser os mesmos

requeridos numa atividade especifica (KISNER 1992, POLLOCK & WILMORE,

1993).

A especificidade do treinamento favorece, de acordo com a necessidade

ou capacidade do praticante, adaptações musculares, neurais e na excitabilidade

para o movimento voluntário (BARBOSA et al 2000).

2.4.1.3. Repetições/ séries.

Cada exercício é composto por repetições, que são movimentos completos

de um exercício retornando a sua posição inicial realizados continuamente sem

repouso e séries que são um determinado número de repetições seguidas de um

intervalo de repouso (ANDERSON et al, 1995).

2.4.1.4. Volume

No que respeito á freqüência semanal, mesmo não havendo um numero

significativo de estudos disponíveis, parece não existir uma única freqüência ideal

para todos os grupamentos musculares, embora pelo menos três vezes por

semana para a maioria dos grupos pareça ser o ideal (GOMES e PEREIRA,

2002).

De uma maneira geral, quando se objetiva o ganho de força utiliza-se um

número pequeno de repetições (2 a 6) com carga entre 80-90% de 1RM, no

entanto, se o objetivo é o aumento da resistência muscular, aumenta-se o número

de repetições (15 a 20) com cargas entre 50-60% de 1RM ou menor (GOMES e

PEREIRA 2002).

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2.4.1.5. Intervalo entre os treinos e séries.

Geralmente, o intervalo de repouso entre as séries varia de acordo com o

objetivo de treinamento. Sendo assim, o intervalo recomendado para adquirir

força ou potência aumenta (2-5 minutos) e para a hipertrofia (30-90 segundos) ou

endurance muscular (≤ 30 segundos) diminui. Adicionalmente deve ser lembrado

que a quantidade de massa muscular envolvida e o tipo de ação muscular

(isotônica, isométrica ou isocinética) devem ser considerados (WILLARDSON,

2006).

Segundo Fleck (2004) intervalo entre as séries curto, é o menor que 1

minuto, moderado de 1 a 2 minutos e longo maior que 2 minutos.

Quanto maior o intervalo menor concentração de lactato, ou seja, menor

sensação de desconforto, em compensação com 1 minuto há uma maior

concentração de GH.

Cada hidrolise de ATP libera h+, a acidose muscular está muito ligada a

essa produção quando se liga ao acido pirúvico, formando o acido lático. A

ressíntese total de ATP-CP se dá entre 3 a 4 minutos (FLECK e KRAEMER,

1999).

Mesmo com 4 minutos de intervalo não se consegue remover todo o acido

lático, ele não é o causador da fadiga, mas um bom indicador que o processo está

próximo, para a manutenção do desempenho seria necessário um tempo maior

de intervalo (SANTAREM, 1999).

Um princípio importante a ser considerado no treinamento de força é que

não se deve treinar o mesmo grupo muscular dois dias seguidos (ANDERSON et.

al, 1995). O intervalo de 24 a 72 horas é necessário para que os músculos se

adaptem a sobrecarga imposta (FLECK e KRAEMER, 1999).

2.4.1.6. Freqüência

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A freqüência ideal de treinos está na dependência do nível de aptidão do

praticante, tipo de treinamento, disponibilidade de tempo, recursos disponíveis, e

na forma como foi elaborado o treino.

A freqüência mínima é a de duas vezes e quando o praticante se encontra

em bom nível de treinamento pode ser de três a cinco dias (MONTEIRO, 1997).

2.4.1.7. Velocidade

O posicionamento do ACSM (2002) recomenda a execução lenta e

moderada para iniciantes, moderada para intermediários e em “continuum” de

velocidades para avançados.

O padrão de velocidade adotado é aproximadamente 2,5 segundos na fase

excêntrica e 1,5 na fase concêntrica (SANTAREM, 1999).

2.5. INFLUÊNCIAS DO TRABALHO DE FLEXIONAMENTO SOBRE A FORÇA

Diversos estudos têm sido direcionados para avaliarem os efeitos do

flexionamento no desempenho de atividades esportivas bem como na força e

potência muscular. Todavia, os resultados ainda são muito contraditórios.

Trash e Kelly, 1987, examinaram os efeitos do treinamento com peso na

amplitude de movimento nas articulações do tornozelo tronco e ombro. A

flexibilidade foi determinada antes e depois de um programa de 11 semanas de

treinamento com pesos, três vezes por semana, no qual todos os principais

grupos musculares foram exercitados com três séries de oito repetições máximas.

Os resultados mostraram resultados significativos na dorsi-flexão do

tornozelo e na extensão do ombro sem nenhum treinamento adicional de

flexibilidade.

Assim, os autores concluíram que o um programa de treinamento com

pesos para desenvolver a força muscular não prejudica a flexibilidade podendo

até aumentar a amplitude de determinados movimentos.

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Dantas e Cossenza no artigo, “efeito do treinamento de força sobre a

flexibilidade”, observaram que não existe uma correlação para o grupo

investigado entre a força dinâmica e a flexibilidade quando comparados teste de 1

RM no agachamento e supino e goniometria do quadril e joelho.

Galdino et al. (2005) no artigo “Comparação entre os níveis de força

explosiva de membros inferiores antes e após o flexionamento passivo”

selecionaram 21 voluntários, 15 do sexo masculino e 6 do sexo feminino. Os

participantes fizeram em um ciclo ergômetro estacionário durante 5 minutos e

logo em seguida um teste de salto vertical. Em seguida, foi realizada uma sessão

de flexionamento passivo nos membros inferiores de cada sujeito,e logo após os

indivíduos realizaram um novo salto. Esse procedimento foi repetido a cada 10

minutos, até 30 minutos após o segundo salto.

Galdino et al. (2005) verificaram que a realização de exercícios de

flexionamento passivo antes de atividades de atividades que envolvam força

explosiva de membros inferiores diminuiu o rendimento.

Autores estudados (AVELA et al. 1999; BEHM et al. 2001, FOWLES et al.

2000, KNUDSON et al. 2001) têm demonstrado que várias rotinas de

flexionamento são suficientes para causar déficits de força.

Mcbride, Deane et al. (2007) realizaram uma investigação para avaliarem

o efeito agudo do flexionamento agudo sobre a atividade muscular (avaliada pela

eletromiografia – EMG) e a força muscular durante a contração isométrica na

extensão completa do joelho e no agachamento de universitários ativos

moderados. Na análise da força muscular, o grupo submetido ao treinamento da

flexibilidade demonstrou: uma redução significativa (p≤ 0,05), intra e inter-grupos,

nos minutos 1, 2, 8 e 16 na extensão de joelho e imediatamente após e no 4º

minuto (intra-grupo) no agachamento. Na avaliação da atividade muscular, o

grupo de flexionamento revelou: uma redução significativa (p≤ 0,05), intra e inter-

grupos, da atividade do bíceps femural na extensão do joelho no 1º minuto e no

agachamento imediatamente após, no 1º e 2º minutos, sendo este último minuto

uma diferença apenas inter-grupos. Entretanto, em atletas de alto nível

(basketball).

Egan, Cramer et al. (2006) não encontraram alteração no torque e na

potência muscular, em exercício de contração isocinética concêntrica para

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extensão de joelho, em indivíduos submetidos ao flexionamento estático agudo.

Semelhantemente ao presente estudo, também foi utilizado o dinamômetro como

instrumento de avaliação.

McMillian, Moore et al. (2006) comparou o efeito entre o flexionamento

dinâmico e o estático, no aquecimento, sobre a potência e agilidade. Para tal

foram selecionados 30 cadetes (18-24 anos) da academia militar dos Estados

Unidos.

Em três dias consecutivos, os sujeitos realizaram os 3 protocolos:

flexionamento dinâmico (FD), estático (FE) e não realizaram (NR). Os

treinamentos de flexibilidade foram realizados por 10 minutos e, após 2 minutos

de recuperação, foram realizados os testes para avaliação da potência e da

agilidade (3 testes).

Os resultados demonstraram melhora significativa do desempenho nos 3

testes do FD e o FE apresentou resultado significativo apenas em um dos testes.

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CAPITULO III

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Serão abordados neste capitulo: modelo de estudo, universo, amostragem,

e amostra, ética da pesquisa, procedimentos de coletas de dados, protocolos

utilizados, instrumentos, limitações do método e procedimento da analise de

dados.

3.1. MODELO DE ESTUDO

O estudo foi caracterizado por uma tipologia quase experimental, que

segundo Thomas; Nelson; Silverman (2005), nem toda a pesquisa na qual uma

variável independente (efeito agudo de uma sessão de flexionamento e

alongamento estático), ajusta-se claramente a um dos delineamentos

experimentais verdadeiros.

O propósito dos delineamentos quase-experimentais é:

“ajustar os delineamentos para ambientes

mais semelhantes á realidade, ainda assim

controlar tantas ameaças internas o máximo

possível (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2005)”.

3.2. UNIVERSO AMOSTRAGEM E AMOSTRA

Neste item serão descritos os procedimentos utilizados para se chegar ao

grupo amostral.

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3.2.1. Universo

A população investigada foi de indivíduos fisicamente ativos e

saudáveis do sexo masculino, estagiário de musculação e praticante de

treinamento de força com pelo menos seis meses de treinamento.

Seguindo a resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (nº

196/96), o estudo foi aprovado pelo comitê de ética da instituição (Universidade

Castelo Branco – RJ) e todos os participantes foram informados sobre os

procedimentos utilizados e concordaram em participar de maneira voluntária do

estudo, assinando um termo de consentimento e proteção da privacidade.

3.2.2. Amostragem

A amostragem seguiu os critérios de inclusão e exclusão citados a seguir.

3.2.2.1. Critérios de inclusão

Os fatores de inclusão foram: pertencerem á faixa etária de 18 a 30 anos,

serem do sexo masculino e serem voluntários, participar da pesquisa e

praticantes de musculação há pelo menos seis meses.

3.2.2.2. Critérios de exclusão

Não ter assinado o termo de consentimento da pesquisa ou apresentar

alguma deficiência física que represente estado de saúde não favorável à

realização da pesquisa.

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3.2.2.3. Calculo do n amostral

Para o calculo do n amostral, usou-se a formula definida por Barreto e

Ribeiro (2004) para a determinação do n amostral a partir do estudo piloto

(ANEXO 1).

Onde:

Zα/2 = valor de Z (para um grau de confiança de 95%, Z = 1,96)

n= número de sujeitos

σ = variância estimada

d = erro máximo de estimativa

3.2.2.4. Amostra

De forma aleatória (sorteio) e a partir do calculo do n amostral, respeitando

os critérios de inclusão e de exclusão, a amostra foi constituída de 29 indivíduos.

3.3. ÉTICA DA PESQUISA

O presente estudo atende as normas para a realização de Pesquisa em

Seres Humanos, resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde de

10/10/1996 (Brasil, 1996).

Todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Participação

Consentida (ANEXO 2), contendo: objetivo do estudo, procedimentos de

avaliação, possíveis conseqüências, procedimentos de emergência, caráter de

voluntariedade da participação do sujeito e isenção de responsabilidade por parte

do avaliador e da UCB.

O estudo teve seu projeto de pesquisa submetido ao Comitê de Ética em

Pesquisa, Envolvendo Seres Humanos da Universidade Castelo Branco.

2

2/ *

≥d

Zn

σα

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3.4. MATÉRIAS E MÉTODOS

Os indivíduos realizaram, inicialmente, um teste de força máxima em 1RM

usando o hand gripp, marca Takei Phycal Fitness Test.

Objetivando reduzir a margem de erro no teste de força máxima, foram

adotadas as seguintes estratégias:

a) Instruções padronizadas foram oferecidas antes do teste, de modo que o

avaliado estava ciente de toda a rotina que envolvia a coleta de dados;

b) O avaliado foi instruído sobre a técnica de execução do exercício;

c) O avaliador estava atento quanto à posição adequada pelo praticante no

momento da medida;

d) Foi adotada como força máxima, o maior valor conseguido após três

tentativas com um o intervalo de 5 minutos entre elas.

3.4.1. Anamnese

A ficha de coleta de dados (ANEXO 3) consta com as seguintes medidas:

idade, peso corporal e o questionário de prontidão para a realização de atividade

física Par-Q (ANEXO 4).

3.4.2. Instrumentos

Para a mensuração da força muscular foi utilizado o aparelho Hand Gripp,

marca: Takei Phycal Fitness Test como mostra a figura 1.

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Figura 1: Hand Gripp Takei Phycal Fitness Test

3.4.3. Avaliação da força muscular

O manuseio no hand gripp foi feito com a mão direita, até o valor máximo

que o aparelho marcava.

- o indivíduo deve estar em pé, com a cabeça horizontalizada;

- o tamanho da pegada deve ser ajustado de tal forma que a falange

mediana do dedo médio esteja em ângulo reto;

- o antebraço deve estar posicionado em qualquer ângulo entre 90º e

180º em relação ao braço, o qual deve estar em posição vertical;

- o pulso e o antebraço devem estar em leve pronação;

- deve ser executada uma força máxima e breve;

Foram feitas 3 tentativas e a maior foi considerada.

A cada tentativa para estabelecer a carga para 1RM foi dado ao menos

cinco minutos de intervalo. É importante destacar que esse intervalo obedeceu à

sensação de cansaço e recuperação de cada voluntário, seguindo as

especificações de Baechle e Earle (2000).

No primeiro dia as medidas antropométricas e o teste de 1RM foram feitos.

No segundo dia, após 48 horas, foi feito o flexionamento em um terceiro dia, após

48 horas o procedimento de alongamento.

3.4.4. Exercícios de flexionamento

No segundo dia, consistiu em realizar três séries de flexionamento estático

de antebraço que foi realizado com o ombro em flexão a 90graus, o cotovelo

estendido e a mão pronada. Foi usado o protocolo de Dantas (2005), onde é feita

uma flexão do punho lentamente até alcançar um maior arco de movimento

possível no limiar de dor.

Como mostra a figura 2:

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Figura 2 : Exercício de flexionamento

Para mensurar o nível do flexionamento foi usado a Escala de Esforço

percebido na Flexibilidade – PERFLEX

Neste ponto, entre o valor 70 na tabela, o arco articular obtido foi mantido

por 10 segundos e novamente uma flexão por mais 6 segundos alcançando o

valor 80 na tabela, realizamos três séries com intervalos de seis segundos entre

as mesmas.

Após a terceira série de flexionamento estático, os indivíduos pressionaram

o hand gripp imediatamente, 20 e 40, minutos após a última série de

flexionamento.

Nesse intervalo entre as sessões, não foi permitida a realização de

exercícios que pudessem influenciar nos dados.

Uma cópia do quadro abaixo ficou exposta aos voluntários durante o

procedimento.

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QUADRO 5 - Escala de Esforço Percebido na Flexibili dade – PERFLEX

Nível Descrição da sensação

Efeito

Especificação

0 - 30

Normalidade

Mobilidade

Não ocorre qualquer tipo de

alteração em relação aos

componentes mecânicos,

componentes plásticos e

componentes inextensíveis.

31 - 60

Forçamento

Alongamento

Provoca deformação dos

componentes plásticos e os

componentes elásticos são estirados

ao nível submáximo.

61 - 80

Desconforto

Flexionamento

provoca adaptações duradouras nos

componentes plásticos, elásticos e

inextensíveis.

81 - 90

Dor suportável

Possibilidade

de lesão

as estruturas músculo-conjuntivas

envolvidas são submetidas a um

estiramento extremo, causando dor.

91 +

110

Dor forte

Lesão

ultrapassa o estiramento extremo

das estruturas envolvidas incidindo,

principalmente, sobre as estruturas

esqueléticas.

3.4.5. Exercícios de alongamento

No terceiro dia consistiu em fazer três séries de alongamento estático de

antebraço, que foi realizado com o ombro em flexão a 90graus, o cotovelo

estendido e a mão pronada.

Foi usado o protocolo de Dantas (2005), onde é feita uma flexão do punho

lentamente até alcançar uma amplitude antes no limiar de dor.

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Para mensurar o nível do alongamento foi usado a Escala de Esforço

percebido na Flexibilidade – PERFLEX

Uma cópia do quadro 5 ficou exposta aos voluntários durante o

procedimento.

Os valores ficaram entre 50-60 na tabela do PERFLEX e a flexão foi

mantida por 16 segundos.

Realizamos três séries com intervalos de seis segundos entre as mesmas.

Após a terceira série de alongamento estático, os indivíduos pressionaram

o hand gripp imediatamente, 20 e 40 minutos após a última série de alongamento.

Nesse intervalo entre as sessões, não foi permitida a realização de

exercícios que pudessem influenciar nos dados.

3.5. PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS

Os procedimentos estatísticos que foram propostos para a adequada

análise dos dados visaram caracterizar a amostra e testar as hipóteses

formuladas e foram grupados da seguinte forma:

3.5.1. Estatística Descritiva

A amostra foi composta por vinte e nove indivíduos com media de idade

24,24 com desvio padrão ± 3,02 anos; Media da massa corporal de 74,31kg com

desvio padrão ± 7,48 kg e media de estatura 176 cm com desvio padrão ± 7 cm.

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3.5.2 Estatística inferencial

Para análise dos dados valeu-se da ANOVA para medidas repetidas com

post hoc de Tukey para comparar a maior carga obtida no teste de 1RM e cada

pressão realizada após o flexionamento e alongamento estático. O tratamento

estatístico foi efetuado adotando p<0,05 como nível de significância.

Visando o teste das hipóteses os dados foram tratados pelo programa

estatístico SPSS 14.0 for windows e apresentados como média, desvio padrão,

valores mínimo e máximo. A normalidade e a homogeneidade de variância dos

dados foram analisadas pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente.

3.5.3. NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA E POTÊNCIA DO EXPERIMENTO

O presente estudo observou as condições básicas no tratamento

estatístico para a manutenção da cientificidade da pesquisa. O nível de

significância considerando que será de 0,05, isto é de 95% de certeza para as

afirmativas e/ou negativas que o trabalho vier a detonar (THOMAS NELSON,

2002).

3.6. LIMITAÇÕES E DIFICULDADES ENCONTRADAS O projeto inicial consistia em realizar novos testes no Hand Gripp, com

intervalos de 20 minutos, até 90 minutos após o alongamento e o flexionamento.

Como usamos os estagiários de musculação que estavam trabalhando nos

dias das coletas, não foi autorizado pela a direção da academia que os

estagiários ficassem 90 minutos ausentes da sala de musculação.

Conseguimos a autorização para os indivíduos se ausentarem em no

máximo 50 minutos.

Assim os re-testes de força foram feitos em até 40 minutos após as rotinas

de flexibilidade.

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CAPÍTULO IV

4 RESULTADOS, DISCUSSÃO, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1 RESULTADOS

4.1.1 Características da amostra

A tabela 1 apresenta as características quanto à idade, estatura, massa

corporal, 1RM, perimetria do antebraço e índice de massa corpórea dos

voluntários.

Tabela 1: Características da amostra

Media

Desvio padrão

Mínimo

Maximo

Valor-p (SW)

Media

Idade 24,24 3,02 20,00 29,00 0,029 Idade 24,24

Massa C 74,31 7,48 64,00 90,00 0,073 Massa C 74,31

Estatura 1,76 0,07 1,65 1,90 0,143 Estatura 1,76

IMC 24,04 1,79 21,80 30,10 0,002 IMC 24,04

Perime A 11,52 1,10 9,50 13,00 0,050 Perime A 11,52

1RM 50,66 6,01 42,10 61,80 0,111 1RM 50,66

perimeA = perimetria do ante braço, 1RM= pressão do hand grip antes do flexionamento e alongamento, valor-p (SW )= teste de normalidade Shapiro-Wilk.

Na tabela 1, verifica-se que as variáveis analisadas nos grupos se

apresentaram próxima da curva Normal.

4.1.2 Resultados Referentes ao Objetivo Específico 1

Na tabela 2 são apresentados os resultados dos testes de força do grupo que

realizou o flexionamento.

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Tabela 2: Grupo Flexionamento

Teste Força Tempo Valor-p

1RM após 0,003

1RM 20 min 0,004

1RM 40 min 0,020

O estudo admitiu o valor de p < 0,05 para a significância estatística.

Analisando-se a tabela 2, verifica-se que o grupo que realizou o

flexionamento após o teste de 1RM obteve reduções significativas da força em até

40 minutos.

A redução ocorreu imediatamente, 20 e 40 minutos após o flexionamento

Para visualizar melhor os resultados, podemos analisar no gráfico 1 com os

valores médios da força após o flexionamento em comparação ao teste de 1RM

prévio.

Observa-se uma leve tendência da força ir se normalizando ao longo dos

minutos.

44,99 45,1846,02

50,66

40,00

45,00

50,00

55,00

1 RM APÓS 20' 40'

kgm

Gráfico 1:

Valores médios da força após o flexionamento em comparação ao teste de

1RM prévio.

1RM= pressão do hand grip antes do flexionamento. Após : teste de 1RM logo

após o flexionamento. 20´: teste de 1RM 20 minutos após o flexionamento. 40´:

teste de 1RM 40 minutos após o flexionamento.

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4.1.3 Resultados Referentes ao Objetivo Específico 2

Na tabela 3 são apresentados os resultados dos testes de força do grupo que

realizou o alongamento.

Tabela 3: Grupo alogamento

Teste Força Tempo Valor-p

1RM após 1,000

1RM 20 min 1,000

1RM 40 min 1,000

O estudo admitiu o valor de p < 0,05 para a significância estatística.

Analisando-se a tabela 3, verifica-se que o grupo que realizou o

alongamento após o teste de 1RM não obteve reduções significativas da força em

até 40 minutos. Não ocorreu redução da força imediatamente, 20 e 40 minutos

após o alogamento.

Para visualizar melhor os resultados, podemos analisar no gráfico 2 com os

valores médios da força após o alongamento em comparação ao teste de 1RM

prévio.

Percebe-se que a força permaneceu quase inalterada quando realizamos

um alongamento de baixa intensidade.

50,62 50,80 50,6850,66

40,00

45,00

50,00

55,00

1 RM APÓS 20' 40'

kgm

Gráfico 2:

Valores médios da força após o alongamento em comparação ao teste de 1RM

prévio.

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1RM= pressão do hand grip antes do alongamento. Após : teste de 1RM logo

após o alongamento. 20´: teste de 1RM 20 minutos após o alongamento. 40´:

teste de 1RM 40 minutos após o alongamento.

4.1.4 Resultados Referentes ao Objetivo Geral

A força só obteve uma redução significativa no grupo que realizou o

flexionamento. Não ocorrendo no grupo controle e no grupo do alongamento onde

a força permaneceu quase inalterada, Percebe-se uma tendência da força voltar

aos níveis iniciais ao longo dos minutos após o flexionamento.

Podemos analisar no gráfico 3 os valores médios da força nos grupos do

flexionamento e alongamento

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Gráfico 3:

Valores médios da força dos grupos flexionamento e alongamento em

comparação ao teste de 1RM prévio. 1RM= pressão do hand grip antes do grupo controle. Após : primeiro teste de

força do grupo controle. 20´: teste de 1RM 20 minutos após o primeiro teste de

força. 40´: teste de 1RM 40 minutos após o primeiro teste de força.

4.2.DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo coincidem com alguns estudos em nossa

literatura (BEHM et al., 2001; FOWLES et al., 2000; TRICOLI et al., 2002) onde

demonstram que a realização de flexionamento pode acarretar em uma redução

da força muscular.

Esses resultados vão de encontro também com outros estudos, onde o

alongamento agudo de alta intensidade obteve uma diminuição no rendimento

como: Behm, Bambury et al., 2004; Behm, Bambury et al., 2004; Cornwell, Nelson

et al., 2002; Cramer, Housh et al., 2004; Cramer, Housh et al., 2005; Evetovich,

Nauman et al., 2003; Fowles, Sale et al., 2000; Marek, Cramer et al., 2005;

Power, Behm et al., 2004; Shrier, 2004a; Young e Behm, 2003; Nelson e

Kokkonen, 2001; Nelson, Kokkonen et al., 2005.

50,66 50,62 50,80 50,6850,66

46,0245,1844,99

40,00

45,00

50,00

55,00

1 RM APÓS 20' 40'

kgm

ALONGAMENTO FLEXIONAMENTO

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Entretanto em outros estudos o rendimento se manteve inalterado como:

Koch, O'bryant et al., 2003; Young, Clothier et al., 2004; Unick, Kieffer et al., 2005;

Kubo, Kanehisa et al., 2001; Knudson, Bennett et al., 2001; Knudson, Noffal et al.,

2004.

Segundo Kubo (2001) existe a possibilidade de que os exercícios de

alongamento de alta intensidade tenham a capacidade de alterar as propriedades

viscoelásticas da unidade músculo tendão reduzindo a tensão passiva e a rigidez

da unidade.

Magnusson (1998) acrescenta que um estiramento vigoroso pode induzir

uma significante lesão muscular, capaz de reduzir a força máxima e a força de

explosão.

Wilson et al. (1994) cita que um sistema músculo-tendão mais maleável

passaria por um rápido período de diminuição de comprimento, com ausência de

sobrecarga, até que os componentes elásticos do sistema fossem ajustados o

suficiente para a transmissão de força, colocando o componente contrátil em uma

posição menos favorável em termos de produção de força, e ainda existe a

possibilidade, como cita Cramer (2004), de que o flexionamento estático pode agir

sobre o Órgão Tendinoso de Golgi, provocando a liberação do neuromediador

inibitório Gama-Amino-Butirico, na medula, provocando diminuição da força.

O método de Flexionamento estático, apesar de seus inúmeros benefícios

em aumentar a flexibilidade, alterou os resultados nos testes de carga máxima no

presente estudo.

Pode-se observar que um dos prováveis fatores para a significância

estatística foi o alto volume do flexionamento estático em três sessões após o

teste de carga em 1RM, pois dessa maneira, possíveis modificações plásticas

ocorreram, induzindo a modificações mais permanentes no comprimento dos

tecidos (CATELAN 2002). Talvez essas modificações não permitam que o

sarcômero atinja seu comprimento ótimo possibilitando desenvolver o máximo de

tensão, pois em comprimentos menores ou maiores do que o ótimo produz-se

menos tensão (GORDON1966).

O presente estudo vai de acordo com os resultados observados por Costa

et al. (2009) onde foi possível concluir que o protocolo de alongamento estático de

alta intensidade utilizado no estudo gerou efeito deletério no que se refere à

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geração de força máxima de membros superiores nos atletas de jiu-jítsu

analisados. Essa diminuição, em média, ficou na ordem de 8,75% quando

comparado à situação sem alongamento de alta intensidade.

E com Neto et al. (2009) que avaliou o desempenho isocinético dos

isquiotibiais com auxílio das variáveis pico de torque (PT), trabalho máximo (TM)

e trabalho total (TT). As variáveis máximas (PT e TM) mostraram-se sensíveis ao

tempo de permanência dos voluntários na postura de auto alongamento: ambas

apresentaram déficits após a aplicação do protocolo de seis minutos (8 X 45s),

mas não sofreram variações após a aplicação do protocolo de três minutos (4 X

45s). A variável TT permaneceu inalterada após a aplicação de ambos os

protocolos.

Com isso foi concluído que a capacidade máxima de produção de força do

grupo muscular dos isquiotibiais dos voluntários deste estudo foi alterada pelo

volume do alongamento (variáveis PT e TM). No entanto, quando se considera a

produção de trabalho ao longo de algumas repetições (variável TT), não foi

possível distinguir o efeito dos dois protocolos, mesmo um tendo o dobro da

duração do outro.

Entretanto, alguns estudos encontraram resultados diferentes como, em

um estudo proposto por Simão et al. (2003), onde verificaram que não houve

diferença significativa na variação de força máxima no supino horizontal, quando

realizado antes do teste de 1RM, um aquecimento específico ou o método FNP.

Dados semelhantes encontram Muir et al.(1999), onde utilizando durações de até

dois minutos de estímulo de flexionamento não observaram prejuízo algum no

desempenho da força.

Garrison et al.(2002), utilizando oito minutos de flexionamento estático na

musculatura extensora de joelho não verificaram diminuição no desempenho da

força em aparelho isocinético.

Além de Behm et al. (2001) que verificaram que o alongamento de alto

volume estático com duração de quatro minutos, na musculatura extensora de

joelho, não interferiu na força muscular. Cremer et al.(2004) utilizando um tempo

maior de flexionamento (20 minutos) na musculatura extensora de joelhos,

também não observaram diferenças na força para o movimento de extensão de

joelhos, medido em equipamento isocinético no modo excêntrico.

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Resultados conflitantes são encontrados na literatura, diversos autores

como Kokkonem, Nelson e Tricoli (1998), utilizando durações de alongamento de

alta intensidade entre quatro a 60 minutos observaram diminuição no

desempenho da força. Dentre estes, os que utilizaram o método estático de

flexionamento em suas investigações observaram diminuição no desempenho na

força entre 5,6 a 13,8% em testes de 1RM para flexão e extensão de joelhos.

Podemos mencionar em relação métodos de flexibilidade no desempenho

da força, o estudo de Tricoli e Paulo (2002), no qual foi investigado o efeito agudo

dos exercícios de flexionamento estático no desempenho de força máxima, onde

11 sujeitos do sexo masculino foram submetidos a um teste de 1RM sob duas

condições, sem exercícios de flexionamento e com exercícios de flexionamento

O teste consistiu na execução completa do exercício de extensão e flexão

de joelhos no aparelho leg press. O grupo que realizou os exercícios de

flexionamento obteve resultados no teste de 1RM significativamente menor que a

média obtida na condição sem flexionamento, ou seja, o flexionamento estático

provocou uma queda de rendimento da força máxima. Em nosso caso não

observamos o mesmo resultado, contudo é claro que existe uma diferença grande

no volume implementado no estudo de Tricoli e Paulo.

Os autores realizaram três séries de 10 segundos cada, entretanto, mesmo

sem haver uma redução significativa da força em relação ao teste sem

alongamento prévio, observamos um tendência de redução nos níveis de força.

Outros estudos (AVELÂ, 1999) demonstram que a realização do

alongamento de alta intensidade pode acarretar em uma redução da força de 8,9

a 28% em testes de contração voluntária máxima para flexores plantares. Power

et al.(2004) concluíram em seu estudo que a realização do flexionamento estático

acarretou em uma diminuição na força isométrica.

Behm et al.(2001) e Power et al.(2004) também encontram decréscimo de

força para extensores de joelho. Ainda usando o método estático, outras

verificações de Nelson também encontraram decréscimo na força de 3,0 a 7,2%

medido através de aparelho isocinético para extensores de joelhos.

Já Thompsen et al. (2007) examinaram três diferentes protocolos de

aquecimento: flexionamento estático, exercícios dinâmicos e exercícios dinâmicos

realizados com um colete de pesos e sua influência no desempenho de saltos em

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mulheres atletas e verificaram que os maiores saltos foram realizados com o

aquecimento de exercícios dinâmicos utilizando o colete com sobrecarga, ou seja,

aquecimento realizado de forma específica. Dessa forma, podemos presumir que

uma rotina de flexionamento não seria a melhor escolha antes de exercícios que

necessitem de força explosiva.

Estudos aqui relatados se diferem pelo método, a musculatura testada, a

duração do flexionamento e o tipo de teste para medir o desempenho da força.

Estas diferenças talvez expliquem as divergências dos resultados aqui

comentados, apesar de que a maioria dos estudos parece concordar que o

flexionamento realizado antes do trabalho de força diminuiu o desempenho da

mesma.

Etnyre e Osterning relatam que o método FNP seria o mais eficiente para

ganhos de amplitude articular. Mas, no presente estudo, o método utilizado foi o

estático, constatando-se que o estimulo de Flexionamento foi suficientemente

intenso para gerar alterações bioquímicas e fisiológicas na musculatura e assim

afetando o desempenho da força. Entretanto, o estimulo de alongamento não foi

suficiente intenso para gerar alterações bioquímicas e fisiológicas na musculatura

e assim afetando o desempenho da força.

A partir dos estudos encontrados na revisão de literatura e dos resultados

do presente estudo, pode-se observar que ainda existem muitas controvérsias em

relação ao alongamento e flexionamento prévio ao desenvolvimento da força

máxima.

Parece que através destes fatos, a utilização de um

alongamento/flexionamento prévio ao desenvolvimento da força depende de

vários fatores, podendo ser realizado conforme o objetivo, métodos e adaptação

do indivíduo.

4.3 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos no presente estudo podem demonstrar que em

populações semelhantes à utilizada, existem diferenças significativas no nível de

força muscular em até 40 minutos após a realização do flexionamento estático de

alto volume e intensidade, no entanto não ocorreram diferenças significativas no

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nível de força muscular em até 40 minutos após a realização do alongamento

estático de baixo volume e intensidade.

Talvez obtivemos esses resultados por só o flexionamento consiga

deformar os componentes plásticos, estirar até o limite máximo os componentes

elásticos além de estimular os mecanismos de propriocepção, o que não ocorre

no alongamento.

Recomenda-se que ao iniciar um treinamento de força, caso seja desejado

realizar um alongamento prévio, um baixo volume de treinamento deve ser

implementado para não ativar os mecanismos citados acima.

4.4 RECOMENDAÇÕES

Assim, esta pesquisa abre perspectivas de novas investigações que

relacionem as variáveis aqui utilizadas.

Em estudos futuros, para identificar de forma mais completa influência do

alongamento na variação do nível de força muscular podemos usar outra forma

de mensurar a força como a utilização do aparelho isocinético Cybex Norm.

Além utilizar outras formas de alongamento, outros grupamentos

musculares e um tempo maior de intervalo entre as mensurações da força após a

flexibilidade.

Desta forma, sugere-se que novos estudos prospectivos sejam realizados,

a fim de se comparar os efeitos agudos e crônicos dentre os diferentes protocolos

de treinamento de flexibilidade a fim de suprir esta lacuna existente na sociedade

científica, abordando a demanda de conhecimento da área.

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ANEXOS

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ANEXO 1

ESTUDO PILOTO

Submetido a Revista Treinamento Desportivo

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COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR

APÓS O FLEXIONAMENTO ESTÁTICO

Gabriel Cardozo1

Juliana Boscher Torres1

Estélio Henrique Martin Dantas1

Roberto Simão2

1 – Mestrado em Ciência da Motricidade Humana (PROCIMH/LABIMH) – (UCB-RJ).

2 – Escola de Educação Física e Desporto – Universidade Federal do Rio de Janeiro

(EEFD/UFRJ).

Endereço de correspondência: [email protected]

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ABSTRACT

The main goal of this research is to verify the muscular strength level behavior in

five different periods of time, in an ultimate repetition test (1RM) 20, 40, 60, 90 minutes

immediately after young males perform static stretching. The tested individuals were

young physically active resistance training male interns, with the habit of practicing

resisted exercises (RE), and with at least six months of training and previous experience in

using the hand grip. The sample was made up of nine individuals who had been divided

(24,2 ± 2,31 years of age; 75,3 ± 7,16 kg; 175 ± 6 cm). The individuals underwent a

muscular strength level test in 1RM using the hand grip. After the 1RM was tested again,

research protocol consisted on executing three series of static stretching of the forearm

with the shoulder set in a 90º position, the elbow stretched out and the hand flipped over.

Having finished the third series of static stretching, the individuals pressed the hand grip,

20, 40, 60, 90 minutes shortly after. Between sessions, no one was allowed to perform any

kind of exercise that might compromise the collected data. By and large, the results

indicated that there was no significant influence on the muscular strength up to 90 minutes

after having gone through a low level of static stretching. However, there was a strength

reduction tendency after this method of static stretching with a slight increase in the 1RM

capacity as the time increased.

(1455 palavras)

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RESUMO

O objetivo do presente estudo foi verificar o comportamento no nível da força

muscular em cinco diferentes tempos, em um teste de uma repetição máxima (1RM),

imediatamente, 20, 40, 60, 90 minutos após a execução do flexionamento estático em

homens jovens. A população investigada foi de indivíduos fisicamente ativos e saudáveis

do sexo masculino, estagiário de musculação, praticante de exercícios resistidos (ER), com

pelo menos seis meses de treinamento, com experiência prévia no manuseio do hand gripp,

sendo que amostra foi composta por nove indivíduos divididos (24,2 ± 2,31 anos; 75,3 ±

7,16 kg; 175 ± 6 cm). Os indivíduos realizaram, inicialmente um teste de força máxima em

1RM usando o hand gripp. Após o re-teste de 1RM, o protocolo da pesquisa consistiu em

realizar três séries de flexionamento estático de antebraço que foi realizado com o ombro

em flexão a 900, o cotovelo estendido e a mão pronada. Após a terceira série de

flexionamento estático, os indivíduos pressionaram o hand gripp imediatamente, 20, 40, 60

e 90 minutos após a última série de flexionamento. Nesse intervalo entre as sessões, não

foi permitida a realização de exercícios que pudessem influenciar nos dados. De forma

geral, os resultados indicaram não haver influência significativa na força muscular em até

90 minutos após a realização do flexionamento estático de baixo volume. No entanto,

observou-se uma tendência na redução da força após esse método de flexionamento

estático com ligeiro aumento na capacidade de 1RM com a evolução do tempo.

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INTRODUÇÃO

A prescrição dos exercícios resistidos (ER) tomou impulso na década de 50,

visando reabilitação e desempenho desportivo, e na década de 60, quando se disseminou a

aplicação em adultos saudáveis1. De forma geral os resultados foram positivos e o

treinamento de força foi reconhecido pela comunidade científica como benéfico. Em 1990,

quando o American College of Sports Medicine (ACSM) publicou o posicionamento

intitulado (“The Recommended Quantity and Quality of Exercise for Developing and

Maintaining Cardiorespiratory and Muscular Fitness in Healthy Adults”), os ER

incorporaram-se definitivamente a programas de exercícios visando saúde2.

O ACSM3 em 2002 apresentou posicionamento a respeito do treinamento de força

para adultos saudáveis, confirmando a tendência de evolução na prescrição e

fundamentação científica que se observou nos anos 90. A partir daí, muitas condutas

diferenciadas para a prescrição dos ER foram adotadas com base na investigação científica.

Por um lado, isso contribuiu com o acúmulo de informações que melhoraram

sensivelmente a prescrição. De outra parte, porém, a quantidade de pesquisas levou a

resultados por vezes conflitantes e, com freqüência, depara-se com propostas questionáveis

e evidências pouco conclusivas em relação às variáveis da prescrição.

Além da força, o ACSM4 recomenda a inclusão dos exercícios de flexionamento

nos programas de exercícios físicos para o desenvolvimento da flexibilidade em adultos

saudáveis. Segundo Dantas5, os exercícios de flexionamento devem ser realizados em

grandes grupamentos musculares utilizando métodos estático (10 a 30 segundos de

duração) ou facilitação neuroproprioceptiva (FNP) (seis segundos de contração e 10 - 30

segundos de flexionamento passivo) em quatro séries para cada grupamento muscular e

com uma freqüência mínima de duas a três vezes por semana. O método balístico, segundo

Dantas5 também é recomendado pelo ACSM, entretanto, o posicionamento não especifica

como deva ser utilizado.

Conforme Trash e Kelly6, os efeitos do treinamento de força na amplitude de

movimento, nas articulações do tornozelo, tronco e ombro demonstraram que o mesmo não

prejudica a flexibilidade e pode até aumentar a amplitude de determinados movimentos.

Entretanto, Pope et al.7;8, verificaram que o flexionamento realizado antes do exercício

principal não reduziu significativamente o risco de lesão, quando comparado à situação

sem flexionamento. Evidências atuais mostram que a utilização de exercícios de

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flexionamento antes do treino de força pode ser inadequada. Diversos estudos9-18

observaram diminuição significativa no desempenho da força quando precedido de

flexionamento. Entretanto outras evidências19-21, não verificaram diminuição na força após

a realização do flexionamento.

A partir destas considerações, observa-se que o número de evidências que

relacionam os ER e flexibilidade ainda são contraditórios, principalmente na prescrição de

programas envolvendo as duas qualidades físicas. Portanto, o objetivo do presente estudo

foi verificar o comportamento no nível da força muscular em cinco diferentes tempos, em

um teste de uma repetição máxima (1RM), imediatamente, 20, 40, 60, 90 minutos após a

execução do flexionamento estático em homens jovens.

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MATERIAIS E MÉTODOS

A população investigada foi de indivíduos fisicamente ativos e saudáveis do

sexo masculino, estagiário de musculação, praticante de ER, com pelo menos seis meses de

treinamento, com experiência prévia no manuseio do hand gripp, sendo que amostra foi

composta por nove indivíduos divididos (24,2 ± 2,31 anos; 75,3 ± 7,16 kg; 175 ± 6 cm).

Seguindo a resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (no 196/96), o

estudo foi aprovado pelo comitê de ética da instituição (Universidade Castelo Branco – RJ)

e todos os participantes foram informados sobre os procedimentos utilizados e

concordaram em participar de maneira voluntária do estudo, assinando um termo de

consentimento e proteção da privacidade. Também se realizou a aplicação do questionário

de Par-Q simples22, não obtendo nenhuma resposta positiva de nenhum dos indivíduos da

amostra bem como nenhum problema ortopédico aparente.

Os indivíduos realizaram, inicialmente, um teste de força máxima em 1RM usando o

hand gripp. Objetivando reduzir a margem de erro no teste de força máxima, foram

adotadas as seguintes estratégias23: a) instruções padronizadas foram oferecidas antes do

teste, de modo que o avaliado estava ciente de toda a rotina que envolvia a coleta de dados;

b) o avaliado foi instruído sobre a técnica de execução do exercício; c) o avaliador estava

atento quanto à posição adequada pelo praticante no momento da medida; d) o manuseio

no hand gripp foi feito com a mão direita, até o valor máximo que o aparelho marcava e o

aparelho tinha que ficar na mesma linha do ombro.

A cada tentativa para estabelecer a carga para 1RM foi dado ao menos cinco

minutos de intervalo. É importante destacar que esse intervalo obedeceu à sensação de

cansaço e recuperação de cada voluntário, seguindo as especificações de Baechle e Earle24.

No primeiro dia as medidas antropométricas e o teste de 1RM foram feitos. No

segundo dia, após 48 horas, o re-teste de 1RM foi realizado, e a maior carga obtida em

ambos os dias foi utilizada como referência. Caso as diferenças entre os dias de teste

deferissem de 5% um novo procedimento do teste em outro dia era realizado. No terceiro

dia, também após 48 horas do segundo dia, o protocolo da pesquisa consistiu em realizar

três séries de flexionamento estático de antebraço que foi realizado com o ombro em flexão

a 900, o cotovelo estendido e a mão pronada. Foi usado o protocolo de Dantas5, onde é feita

uma flexão do punho lentamente até alcançar um maior arco de movimento possível no

limiar de dor. Neste ponto, o arco articular obtido foi mantido por 10 segundos e

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realizamos três séries com intervalos de seis segundos entre as mesmas. Após a terceira

série de flexionamento estático, os indivíduos pressionaram o hand gripp imediatamente,

20, 40, 60 e 90 minutos após a última série de flexionamento. Nesse intervalo entre as

sessões, não foi permitida a realização de exercícios que pudessem influenciar nos dados.

Para análise dos dados valeu-se da ANOVA para medidas repetidas com post hoc

de Tukey para comparar a maior carga obtida no teste de 1RM e cada pressão realizada

após o flexionamento estático. O tratamento estatístico foi efetuado adotando p<0,05 como

nível de significância.

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RESULTADOS

Na Figura 1 pode-se observar que houve uma tendência de redução da força

muscular após o flexionamento estático, no entanto, essas diferenças não apresentaram

significância. Outro dado importante é que de acordo com a evolução do tempo o grau de

força voltava aos valores do teste de 1RM.

Figura 1

Figura 1 – Valores médios da força após o flexionamento em comparação ao teste de 1RM

prévio.

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DISCUSSÃO

De forma geral, os resultados indicaram não haver influência significativa na força

muscular em até 90 minutos após a realização do flexionamento estático de baixo volume.

No entanto, observou-se uma tendência na redução da força após esse método de

flexionamento estático com ligeiro aumento na capacidade de 1RM com a evolução do

tempo.

Segundo Kubo25 existe a possibilidade de que os exercícios de flexionamento

tenham a capacidade de alterar as propriedades viscoelásticas da unidade músculo tendão

reduzindo a tensão passiva e a rigidez da unidade. Já Wilson et al.26, cita que um sistema

músculo-tendão mais maleável passaria por um rápido período de diminuição de

comprimento, com ausência de sobrecarga, até que os componentes elásticos do sistema

fossem ajustados o suficiente para a transmissão de força, colocando o componente

contrátil em uma posição menos favorável em termos de produção de força, e ainda existe

a possibilidade, como cita Cramer15, de que o flexionamento estático pode agir sobre o

Órgão Tendinoso de Golgi, provocando a liberação do neuromediador inibitório Gama-

Amino-Butirico, na medula, provocando diminuição da força.

O método de flexionamento estático, apesar de seus inúmeros benefícios em

aumentar a flexibilidade, pouco alterou os resultados nos testes de carga máxima no

presente estudo. Pode-se observar que um dos prováveis fatores para a não significância

estatística foi o baixo volume do flexionamento estático em apenas uma sessão

antecedendo ao teste de carga em 1RM, pois dessa maneira, possíveis modificações

plásticas não ocorreram, induzindo a modificações mais permanentes no comprimento dos

tecidos27. Talvez essas modificações permitam que o sarcômero atinja seu comprimento

ótimo possibilitando desenvolver o máximo de tensão, pois em comprimentos menores ou

maiores do que o ótimo produz-se menos tensão28.

Em um estudo proposto por Simão et al.21, verificaram que não houve diferença

significativa na variação de força máxima no supino horizontal, quando realizado antes do

teste de 1RM, um aquecimento específico ou o método FNP. Dados semelhantes

encontram Muir et al.20 , onde utilizando durações de até dois minutos de estímulo de

flexionamento não observaram prejuízo algum no desempenho da força. Garrison et al.19,

utilizando oito minutos de flexionamento estático na musculatura extensora de joelho não

verificaram diminuição no desempenho da força em aparelho isocinético. Behm et al.13

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verificaram que o flexionamento estático com duração de quatro minutos, na musculatura

extensora de joelho, não interferiu na força muscular. Cremer et al. 15 utilizando um tempo

maior de flexionamento (20 minutos) na musculatura extensora de joelhos, também não

observaram diferenças na força para o movimento de extensão de joelhos, medido em

equipamento isocinético no modo excêntrico.

Entretanto, resultados conflitantes são encontrados na literatura, diversos

autores9,12,14 utilizando durações de flexionamento entre quatro a 60 minutos observaram

diminuição no desempenho da força. Dentre estes, os que utilizaram o método estático de

flexionamento em suas investigações observaram diminuição no desempenho na força

entre 5,6 a 13,8% em testes de 1RM para flexão e extensão de joelhos.

Podemos mencionar em relação métodos de flexibilidade no desempenho da força,

o estudo de Tricoli e Paulo14, no qual foi investigado o efeito agudo dos exercícios de

flexionamento estático no desempenho de força máxima, onde 11 sujeitos do sexo

masculino foram submetidos a um teste de 1RM sob duas condições, sem exercícios de

flexionamento e com exercícios de flexionamento. O teste consistiu na execução completa

do exercício de extensão e flexão de joelhos no aparelho leg press. O grupo que realizou os

exercícios de flexionamento obteve resultados no teste de 1RM significativamente menor

que a média obtida na condição sem flexionamento, ou seja, o flexionamento estático

provocou uma queda de rendimento da força máxima. Em nosso caso não observamos o

mesmo resultado, contudo é claro que existe uma diferença grande no volume

implementado no estudo de Tricoli e Paulo14. Os autores realizaram flexionamentos

durante 20 minutos, enquanto nosso grupo somente fez três séries de 10 segundos cada,

entretanto, mesmo sem haver uma redução significativa da força em relação ao teste sem

flexionamento prévio, observamos uma tendência de redução nos níveis de força.

Outros estudos10, 11,14,16, demonstram que a realização do flexionamento pode

acarretar em uma redução da força de 8,9 a 28% em testes de contração voluntária máxima

para flexores plantares. Power et al.18 concluíram em seu estudo que a realização do

flexionamento estático acarretou em uma diminuição na força isométrica. Behm et al.13 e

Power et al.18, também encontram decréscimo de força para extensores de joelho. Ainda

usando o método estático, outras verificações29, 30, também encontraram decréscimo na

força de 3,0 a 7,2% medido através de aparelho isocinético para extensores de joelhos.

Estudos aqui relatados se diferem pelo método, a musculatura testada, a duração do

flexionamento e o tipo de teste para medir o desempenho da força. Estas diferenças talvez

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expliquem as divergências dos resultados aqui comentados, apesar de que a maioria dos

estudos parece concordar que o flexionamento realizado antes do trabalho de força

diminuiu o desempenho da mesma.

Alguns autores31-33 relatam que o método FNP seria o mais eficiente para ganhos de

amplitude articular. Como o presente estudo o método utilizado foi o estático, talvez o

estímulo de flexionamento não fosse suficiente intenso para gerar alterações bioquímicas e

fisiológicas na musculatura e assim afetando o desempenho da força.

A partir dos estudos encontrados na revisão de literatura, e dos resultados do

presente estudo, pode-se observar que ainda existem muitas controvérsias em relação ao

flexionamento prévio ao desenvolvimento da força máxima. Parece que através destes

fatos, a utilização de um flexionamento prévio ao desenvolvimento da força depende de

vários fatores, podendo ser realizado conforme o objetivo, métodos e adaptação do

indivíduo.

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os resultados obtidos no presente estudo podem demonstrar que em populações

semelhantes à utilizada, não existem diferenças significativas no nível de força muscular

em até 90 minutos após a realização do flexionamento estático de baixo volume, no

entanto uma tendência de redução da força após o flexionamento foi observada.

Recomenda-se que ao iniciar um treinamento de força, caso seja desejado realizar um

flexionamento prévio, um baixo volume de treinamento deve ser implementado. Contudo,

novas pesquisas relacionadas ao assunto, utilizando outros métodos de flexionamento,

outros tempos de intervalo, outras formas de treino de força e utilizando outras

musculaturas, investigações futuras devem procurar considerar a influência do

flexionamento na variação do nível de força muscular.

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ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO

Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido para Participação em

Pesquisa

Título Diminuição da força muscular após o flexionamento estático

Coordenador Prof. Dr. Estélio H. M. Dantas (esté[email protected])

Pesquisador

Responsável

Gabriel Pinto Cardozo, [email protected],

99631660

Prezado Senhor(a):

O Mestrando Gabriel Pinto Cardozo, CREF/1: 4348-G do Programa de Pós-

Graduação em Ciência da Motricidade Humana – PROCIM H, da Universidade

Castelo Branco (UCB-RJ), pretende realizar um estudo com as seguintes

características:

Título do Projeto de Pesquisa: Diminuição da força muscular após o

flexionamento e alongamento estáticos

Objetivo do Estudo: Onde o objetivo do presente estudo é comparar a variação

do nível de forca, em adultos jovens após o flexionamento e ao alongamento.

Será mensurado o nível da força muscular em cinco diferentes tempos

(imediatamente, 20, 40, 60, 90 minutos) após de um teste de uma repetição

máxima (1RM).

Descrição dos Procedimentos Metodológicos: Os indivíduos realizaram,

inicialmente, um teste de força máxima em 1RM usando o hand gripp.

Objetivando reduzir a margem de erro no teste de força máxima, foram adotadas

as seguintes estratégias23: a) instruções padronizadas foram oferecidas antes do

teste, de modo que o avaliado estava ciente de toda a rotina que envolvia a coleta

de dados; b) o avaliado foi instruído sobre a técnica de execução do exercício; c)

o avaliador estava atento quanto à posição adequada pelo praticante no momento

da medida;

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Descrição de Riscos e Desconfortos: Durante a realização do teste há

possibilidade de ocorrerem interferências de alguns fatores não controláveis como

modificação do estado psicológico do individuo, altercações nos hábitos de vida,

abandono durante a pesquisa, mudanças nas condições ambientais e no

organismo suficiente para modificar as respostas morfofuncionais ao exercício.

No entanto, todos os esforços serão feitos para minimizar estas ocorrências

através de: judiciosa escolha do grupo amostral e pela observação durante o

teste; disponibilidade de equipamentos de emergência e pessoal treinado, para

serem utilizados em situações não usuais que possam surgir; o ensaio e preparo

prévio dos pesquisadores que atuarão, pronta interrupção do teste a qualquer

momento.

Benefícios para os Participantes: Não haverá benefício

Forma de Obtenção da Amostra: De forma aleatória (sorteio) e a partir do

calculo do n amostral, respeitando os critérios de inclusão e de exclusão, a

amostra será constituída de 31 indivíduos.

Uso de Placebo: Não haverá o uso de placebo

Garantia de Acesso: Em qualquer fase do estudo você terá pleno acesso aos

profissionais responsáveis pelo mesmo nos locais e telefones indicados

Garantia de Liberdade: Sua participação neste estudo é absolutamente

voluntária. Dentro desta premissa, todos os participantes são absolutamente livres

para, a qualquer momento, negar o seu consentimento ou abandonar o programa

se assim o desejar, sem que isto provoque qualquer tipo de penalização.

Mediante a sua aceitação, espera−se que compareça nos dias e horários

marcados e, acima de tudo, siga as instruções determinadas pelo pesquisador

responsável, quanto à segurança durante a realização das avaliações e/ ou

procedimentos de intervenção.

Direito de Confidencialidade: Os dados colhidos na presente investigação serão

utilizados para subsidiar a confecção de artigos científicos, mas os responsáveis

garantem a total privacidade e estrito anonimato dos participantes, quer no

tocante aos dados, quer no caso de utilização de imagens, ou outras formas de

aquisição de informações. Garantindo, desde já a confidencialidade, a privacidade

e a proteção da imagem e a não estigmatização, escusando-se de utilizar as

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informações geradas pelo estudo em prejuízo das pessoas e/ou das

comunidades, inclusive em termos de auto-estima, de prestigio ou de quaisquer

outras formas de discriminação.

Direito de Acessibilidade: Os seus dados específicos colhidos no transcurso da

presente pesquisa ficarão total e absolutamente disponíveis para consulta, bem

como asseguramos a necessária interpretação e informações cabíveis sobre os

mesmos. Em caso de dúvidas ou perguntas, queira manifestar-se em qualquer

momento, para explicações adicionais, dirigindo-se a qualquer um dos

pesquisadores.

Despesas e Compensações: As despesas porventura acarretadas pela pesquisa

serão de responsabilidade da equipe de pesquisas. Não havendo por outro lado

qualquer previsão de compensação financeira.

Após a leitura do presente Termo, e estando de posse de minha plenitude mental

e legal, declaro expressamente que entendi o propósito do referido estudo e,

estando em perfeitas condições de participação, dou meu consentimento para

participar livremente do mesmo.

Rio de Janeiro, ______ de _____________de 2008.

Assinatura do

participante ou

Representante Legal

Nome Completo

(legível)

Identidade

CPF

Em atendimento à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho

Nacional de Saúde, o presente Termo é confeccionado e assinado em duas vias,

uma de posse do avaliado e outra que será encaminhada ao Comitê de Ética da

Pesquisa (CEP) da Universidade Castelo Branco (UCB-RJ)

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ANEXO 3

FICHA DE COLETA DE DADOS

Nome_____________________________________

Idade______________

Peso corporal (kg)_____________

Altura (cm)_________________

Perimetria do ante-braço (cm)_____________

1RM Hand Gripp (kg)______________

1RM Hand Gripp (kg) logo após o flexionamento______________

1RM Hand Gripp (kg) 20 min. após o flexionamento____________

1RM Hand Gripp (kg) 40 min. após o flexionamento____________

1RM Hand Gripp (kg) logo após o alongamento______________

1RM Hand Gripp (kg) 20 min. após o alongamento____________

1RM Hand Gripp (kg) 40 min. após o alongamento ____________

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ANEXO 4

PAR-Q 1. Seu médico já disse que você possui um problema cardíaco e recomendou atividades físicas apenas sob

supervisão médica? ( ) sim

( ) não

2. Você tem dor no peito provocada por atividades físicas?

( ) sim

( ) não

3. Você sentiu dor no peito no último mês?

( ) sim

( ) não

4. Você já perdeu a consciência em alguma ocasião ou sofreu alguma queda em virtude de tontura?

( ) sim

( ) não

5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia agravar-se com a prática de atividades físicas?

( ) sim

( ) não

6. Algum médico já lhe prescreveu medicamento para pressão arterial ou para o coração?

( ) sim

( ) não

7. Você tem conhecimento, por informação médica ou pela própria experiência, de algum motivo que

poderia impedi-lo de participar de atividades físicas sem supervisão médica?

( ) sim

( ) não

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ANEXO 5

CARTA DE ACEITE

Acceptance Letter

After the approval from the Editorial Council of Human Movement Journal (ISSN:

1899-1955), the article “VERTICAL JUMP OF THE SOCCER PLAYERS AFTER

STATIC OVERSTRETCHING”, written by Fabrício Vieira do Amaral Vasconcellos,

Paulo Gil da Costa Mendes de Salles, Gabriel Pinto Cardozo, Danielli Braga de

Mello, Abdallah Achour Júnior and Estélio Henrique Martin Dantas, was accepted

for publication in any number that will be published in the year of 2009.

I’m also inform you that the journal are indexed in: SPORTDiscus, Index

Copernicus, Altis, Sponet, Scopus With nothing further at this time, I undersign the

present document.

Warsaw, September 01, 2009

Romuald Stupnicki, Ph.D.

Editor of the BHK

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ANEXO 6

Dados Brutos Flexionamento

nome Idade Massa C estatura IMC perime A 1RM pos p20 p40

julio 27 90 1,88 25,5 13,0 49,2 41,6 43,7 41,1

marcelo 22 73 1,75 23,8 12,0 61,8 48,7 51,0 54,6

leonardo 22 77 1,77 24,6 11,2 42,3 40,6 40,4 40,7

luis 23 72 1,8 22,2 12,0 56,6 55,7 53,2 54,7

alex 27 83 1,9 23 10,5 54,3 50,5 50,6 51,7

rodrigo 23 68 1,7 23,5 12,0 52,6 47,7 47,6 50,1

ronaldo 26 70 1,68 24,8 10,5 45,0 40,5 40,5 42,5

hugo 25 65 1,72 22 9,5 48,9 40,7 40,2 40,5

ricardo 23 84 1,79 26,2 13 49,2 53,1 54,5 56,3

edson 22 73 1,81 22,3 12,5 60,7 54,1 54,3 55,5 carlos 27 69 1,67 24,7 13,0 55,8 48,9 49,1 50,2 diego 25 73 1,71 25 10,5 45,5 40 39,8 40 ruy 22 81 1,85 23,5 13,0 54,5 47,7 47,9 48,6 gabriel 21 64 1,69 22,4 9,5 48,9 43,2 43,5 44,5 otavio 29 76 1,78 24 11,0 53,6 50,1 50 49,8 andré 26 89 1,72 30,1 11,0 42,7 35,9 36,4 36,9 almir 29 82 1,84 24,2 12,5 49,9 43,4 43,5 44,6 ricardo 29 66 1,67 23,7 12 44,8 38,3 38,5 38,7 joão 28 73 1,76 23,6 12,0 60,6 50,9 51,1 52,3 thiago 24 69 1,78 21,8 10,5 42,3 36,7 36,7 37,9 ualmir 27 81 1,89 22,7 11,5 48,4 42,9 42,7 43,5 rafael 28 79 1,69 27,7 12,5 52,3 45,7 45,6 46,4 arlindo 20 70 1,77 22,3 13,0 47,9 42,5 42,6 43,8 paulo 21 86 1,84 25,4 9,5 48,5 41,8 41,6 41,5 bernado 20 71 1,76 22,9 12 59,5 53,8 53,7 53,6 fabio 21 69 1,73 23,1 11,5 47,7 42,3 43 44 luis eduardo 25 67 1,68 23,7 11,0 44,8 38,1 38,8 38,7 willian 20 64 1,65 23,5 10,5 58,6 52,9 52,6 53,7 bruno 21 71 1,69 24,9 11,5 42,1 36,4 37,2 38,1

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ANEXO 7

Dados Brutos Alongamento

Idade Massa

C estatura IMC perime A 1RM após 20' 40'

27 90 1,88 25,5 13,0 49,2 50,1 50,6 49,1

22 73 1,75 23,8 12,0 61,8 61,9 62,5 62,0

22 77 1,77 24,6 11,2 42,3 40,9 40,9 41,9

23 72 1,8 22,2 12,0 56,6 57,0 56,9 56,5

27 83 1,9 23 10,5 54,3 54,2 54,2 53,9

23 68 1,7 23,5 12,0 52,6 52,6 52,8 51,9

26 70 1,68 24,8 10,5 45,0 45,9 45,1 45,4

25 65 1,72 22 9,5 48,9 50,0 49,8 48,9

23 84 1,79 26,2 13 49,2 50,7 54,8 56,9

22 73 1,81 22,3 12,5 60,7 60 61 61,5

27 69 1,67 24,7 13,0 55,8 55 55,8 55,9

25 73 1,71 25 10,5 45,5 45 45,5 45,5

22 81 1,85 23,5 13,0 54,5 54,7 53,9 54

21 64 1,69 22,4 9,5 48,9 48,4 48,9 48,5

29 76 1,78 24 11,0 53,6 54,7 55,8 54

26 89 1,72 30,1 11,0 42,7 41,9 41,5 42,2 29 82 1,84 24,2 12,5 49,9 50 49,7 50,1 29 66 1,67 23,7 12 44,8 44,9 45,2 44,5 28 73 1,76 23,6 12,0 60,6 60,9 61 60,5 24 69 1,78 21,8 10,5 42,3 41,8 42 42,5 27 81 1,89 22,7 11,5 48,4 48 47,9 48,2 28 79 1,69 27,7 12,5 52,3 52 51,7 51,1 20 70 1,77 22,3 13,0 47,9 48 47,9 47,2 21 86 1,84 25,4 9,5 48,5 48,6 47 47,5 20 71 1,76 22,9 12 59,5 59,2 59 58,4 21 69 1,73 23,1 11,5 47,7 47 47,3 46,9 25 67 1,68 23,7 11,0 44,8 44,1 43,5 44,7 20 64 1,65 23,5 10,5 58,6 58,7 58,9 57,9 21 71 1,69 24,9 11,5 42,1 41,8 42 42,1

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