UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · divulgação de materiais sobre Liderança...

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LIDERANÇA E GESTÃO EMPRESARIAL Por: Claudinei Ramos Alexandre Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA E GESTÃO EMPRESARIAL

Por: Claudinei Ramos Alexandre

Orientador Prof. Jorge Vieira

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

LIDERANÇA E GESTÃO EMPRESARIAL

Apresentação de monografia ao instituto A

vez do Mestre – Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de Especialista em

Gestão Empresarial

Por: Claudinei Ramos Alexandre.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que

fielmente tem cumprido suas promessas,

me fazendo provar dia após dia o Seu

melhor em minha vida e agradeço a toda

minha família que compreendeu minha

ausência em alguns momentos em virtudes

desse trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa Lilia da Silva, cuja alegria , entusiasmo e o amor são inesgotáveis e meus pais Sidnei F. Alexandre e Dinalva R. Alexandre que são exemplos únicos de honestidade e dedicação.

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RESUMO

Tem sido muito complicado definir de forma simples o que é ser líder e o

que é liderança, havendo diversas definições para este elaborado conceito. Por

muitos anos a liderança foi estudada e interpretada como um traço de

personalidade, isto é, dependia somente das características pessoais e inatas

do sujeito, e ate hoje é difícil desmistificar esta interpretação. Nos dias atuais

ao estudarmos melhor a questão, percebemos que uma atitude de liderança

depende da aprendizagem social do indivíduo e com isso entendemos que a

liderança pode ser treinada ou aperfeiçoada.

Mais enfim, quais os pontos chaves para uma Liderança e Gestão

eficaz? Conforme podemos verificar através este estudo, as constantes e

rápidas mudanças no mundo empresarial exigem uma visão estratégica para

enfrentar os desafios, buscando competências e habilidades para Gestão em

diferentes áreas. É a Gestão precisa ser estratégica e agregar valor ao negócio

da empresa, fazendo com que ela se posicione no mercado em que atua e se

destaque da concorrência se posicionando no mercado em que atua e se

destacando da concorrência.

Observamos que diversos profissionais e investigadores de áreas

diversas tem oferecido atenção especial a temática da liderança e gestão.

Considera-se um tópico fundamental nas relações de trabalho, uma vez que os

liderados identificam o estilo de liderança como um fator desencadeador dos

conflitos laborais. O gestor de hoje precisa estar pronto a perceber, refletir,

decidir e agir em condições totalmente diferentes das do passado. Algumas

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décadas atrás bastavam medidas contábeis e financeiras de desempenho

enquanto nos tempos atuais as empresas tem que se adaptarem a

sazonalidade e dinamicidade do mundo moderno fundindo a liderança com a

gestão sem deixar de usufruir das ferramentas que a ciência nos tem

apresentado.

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METODOLOGIA

Os métodos utilizados na formação do que este trabalho se propôs,

foram pesquisas em livros, revistas, internet, jornais e apontamentos em sala

de aula.

Busquei também expor a realidade do mercado, estudando a gestão de

lideres em empresas atuais e analisando os processos utilizados pelos lideres

que atuam em nestas empresas de médio e grande porte.

A pesquisa é o levantamento, a seleção e consequentemente, o

fichamento de documentos de interesse para o trabalho em questão. É

importante afirmar que antes da divulgação destas conclusões, procuramos

saber sobre o que já foi escrito e estudado. Essa pesquisa foi também

realizada para se conhecer a evolução do determinado assunto e atualizar os

conhecimentos sobre o mesmo.

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SUMARIO

Introdução......................................................................................................... 9

1 – LIDERANÇA............................................................................................... 10

1.1 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS....................................................... 10

1.2 – ESTILOS DE LIDERANÇA............................................................ 13

2 – GESTÃO..................................................................................................

3 – LIDERANÇA E GESTÃO GESTAO EMPRESARIAL

3.1 – MOTIVAÇÃO

4 – LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Conclusão

Referencia Bibliografia

Índice de Figuras

Figura 1 – Funções Primordiais do Líder

Figura 2.1 – Estilos de Liderança - Autocrática

Figura 2.2 – Estilos de Liderança – Democrática

Figura 2.3 – Estilos de Liderança – Liberal (Laissez-Faire)

Figura 3 – Pirâmide de Maslow

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INTRODUÇÃO

Todos se interessam em saber como são formados os lideres e como

fazer uma boa gestão. E este é o tema desta monografia, Liderança e Gestão.

Sendo a questão central de este trabalho saber qual a importância da liderança

na gestão empresarial na conjuntura atual do mundo corporativo.

O tema sugerido é de fundamental relevância, visto as rápidas

mudanças na política, cultura e sociedade em geral, o que torna a publicação e

divulgação de materiais sobre Liderança e Gestão Empresarial rapidamente

obsoleto para o cenário atual. São portanto, objetivos desta pesquisa explorar a

importância da liderança na gestão empresarial nos dias atuais considerando a

globalização e consequentemente a alta concorrência.

Falta de visão dos empresários atuais da necessidade de acompanhar

as rápidas mudanças globais geram incertezas para a tomada de decisão e

mudando foco da gestão. Onde se foca mais o resultado esquecendo a

importância da liderança no processo de gestão empresarial como um todo.

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1- LIDERANÇA

Podemos afirmar que liderança é a capacidade de exercer influencia

sobre indivíduos e grupos. Warren Bennis, estudioso em liderança diz que ela é

como a beleza, difícil de definir porem fácil de reconhecer.

Por muitos anos a liderança foi estudada e interpretada como um traço

de personalidade, isto é, dependia somente das características pessoais e

inatas do sujeito, e ate hoje é difícil desmistificar esta interpretação. Nos dias

atuais ao estudarmos melhor a questão, percebemos que uma atitude de

liderança depende da aprendizagem social do indivíduo e com isso

entendemos que a liderança pode ser treinada ou aperfeiçoada.

1.1 - DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Tem sido muito complicado definir de forma simples o que é ser líder e

o que é liderança, havendo diversas definições para este elaborado conceito.

Mais podemos afirmar que a liderança está intimamente relacionada com as

competências de comunicação e de transmissão de ideias. Assim, Bass (1990,

cit in Rego, 1998) nos diz que “existem quase tantas definições de liderança

quantas as pessoas a tentar defini-la”. Contudo podemos citar alguns conceitos

e definições encontrados largamente no meio acadêmico:

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• É o papel que se define pela frequência com que uma pessoa influencia

ou dirige o comportamento de outros membros do grupo (McDavid e

Herrara, s/d);

• É a capacidade para promover a ação coordenada, com vista ao alcance

dos objetivos organizacionais (Gomes e colabs. 2000);

• É um fenómeno de influência interpessoal exercida em determinada

situação através do processo de comunicação humana, com vista à

comunicação de determinados objetivos (Fachada, 1998);

• É um processo de influência e de desempenho de uma função grupal

orientada para a consecução de resultados, aceites pelos membros dos

grupos. Liderara é pilotar a equipa, o grupo, a reunião; é prever, decidir,

organizar (Parreira, 2000);

• É a capacidade de influenciar pessoas para que se envolvam

voluntariamente em tarefas para a concretização de objetivos comuns.

Podemos assim afirmar que a liderança pode ser conceituada como um

fenómeno de influência interpessoal, o líder pode ser definido como aquele que

decide o que deve ser feito e motiva os demais indivíduos ou grupos a

executarem a decisão tomada. Deste modo, o líder será avaliado pelos

resultados simbólicos, mais do que pelos resultados substantivos. Lembrando

que ‘ser responsável é aceitar ter que responder por algo e perante alguém’.

(Gomes e colabs. 2000).

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Dentro da definição do que é liderança, também é importante para a

melhor compreensão do conceito, trabalhar as duas funções primordiais do

líder, que é desenvolver e coordenar, que pode ser resumida da seguinte

forma:

Figura 1 – Funções primordiais do líder

- Determinados objetivos

- Fazer previsoes

- Analisar problemas

- Tomar decisoes

- Determinar atividades para alcançar objetivos

- Classificar e destribuir trabalhos pelos grupos

- Comunicar de forma que os individuos

contribuiam para alcançarem os objetivos de

acordo com a finalidade da organização

- Atividade de conferir o realizado com o que

foi planejado e corrigir os desvios alterando e

readaptando os caminhos e planos.

Fonte: Adaptado do estudo da Faculdade de Engenharia UP, Centro de Serviço de Educação Contínua e Desenvolvimento - Unidade de Orientação e Integração

Coordenar

Desenvolver

Controlar

Influenciar

Organizar

Planejar

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Segundo Kotter “É muito comum confundirmos liderança com estilo

pessoal e com tarefas que cabem a direção da empresa e ate atribuirmos as

qualidades de um verdadeiro líder a dirigente de escassos méritos”.

O estilo de liderança precisa estar alinhado com os desejos da

organização, e jamais ser exercida de forma igual para com todos os

subordinados, pois todos são diferentes e possuem vários aspectos, como

formação, personalidade e cultura e o líder precisa de sensibilidade capaz de

diferenciar cada um dos seus comandados comunicando se com ele de forma

adequada para que se possa absorver o que de fato precisa ser transmitido.

Aquele que é realmente líder se destaca nas situações de instabilidade

dentro da organização e neste período o fraco comandante terá dificuldade de

tomar decisões e colocá-las em pratica.

2.1 – ESTILOS DE LIDERANÇA

White e Lippitt fizeram em 1939 fizeram um estudo em 1939 para

verificar os possíveis impactos causados por três tipos diferentes de estilos de

liderança. Este estudo foi realizado com meninos de dez anos, onde os

mesmos foram orientados para a execução de algumas tarefas. Os meninos

foram divididos em quatro grupos e, de seis semanas, a direção de cada grupo

era desenvolvida pôr líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança

autocrática, a liderança liberal (laissez-faire) e a liderança democrática e hoje

ao estudar as lideranças, podemos observar que os modelos de lideranças são

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influenciados pelos processos de comunicação e ações ocorridas no interior

das organizações, onde podemos citar como exemplo a falta de feed-back que

interfere diretamente no dia a dia de nossos liderados. Os estilos de liderança

de acordo com alguns escritores são três, a saber: autocrática, democrática e

liberal (laissez-faire).

Analisado os setores de uma organização que possui um estilo de

liderança autoritário, notamos conseqüências negativas e lentidão na tomada

de decisões, que ocorre em parte devido a maior necessidade de aprovação

pela organização em um todo. É interessante que no estilo de liderança dos

autoritários os lideres precisam estar sempre presentes para que as instruções

sejam seguidas. Quando a comunicação é realizada por meios eletrônicos e

informais, como a intranet e as conversas informais ela perde a força e outro

fato é o medo de perder o poder ligado ao cargo ou posição hierárquica, este

tipo de atitude egocêntrica normalmente leva a retenção de conhecimentos

importantes, que acarreta diretamente em prejuízo para a equipe, acarreta em

sua falta de crescimento. Podemos inferir que o líder autocrático é focado

apenas em tarefas. Este líder é conhecido por ser autoritário ou diretivo.

Todo departamento com liderança democrática mostra características

positivas, com maior coesão e troca de informação entre a equipe. De acordo

com algumas publicações certas facilidade na comunicação entre membros de

equipes traz maior troca de informações e conseqüentemente maior perda de

dados nas trocas de informações o que de acordo com essas publicações

podem ser corrigidos com comunicações mais diretas e em grupos, como

reuniões e o contato pessoal. Podemos definir este tipo de liderança como

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liderança participativa ou consultiva, este é o tipo de líder orientado para os

liderados, e suas participações nas tomadas de decisão.

O líder liberal é aquele que em acordo com a língua francesa e sua

contração na expressão laissez faire “deixa fazer”. Os liderados têm maior

liberdade para o cumprimento de suas atividades e indicam sempre que sua

equipe não necessita de supervisão permanente, porem pode ocorrer em

alguns momentos erros sem correção por parte do líder e ate mesmo a

liderança se tornar fraca e negligente com o passar dos tempos.

Na figura abaixo podemos visualizar mais claramente o quadro a seguir

dá uma idéia das principais características de cada um desses estilos de

liderança:

Figura 2.1 – Estilos de Liderança - Autocrática

Fonte: consultado em http://www.umtoquedemotivacao.com/administracao em 1/2/2011.

AUTOCRÁTICA

=> Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.

=> O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.

=> O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho.

=> O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

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Figura 2.2 – Estilos de Liderança – Democrática

Fonte: consultado em http://www.umtoquedemotivacao.com/administracao em 1/2/2011.

Figura 2.3 – Estilos de Liderança – Liberal (Laissez-Faire)

Fonte: consultado em http://www.umtoquedemotivacao.com/administracao em 1/2/2011.

Lembrando que não existe um estilo correto, os três estão certos, porém

o grande desafio do líder é saber quando aplicar cada estilo.

DEMOCRÁTICA

=> As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.

=> O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates.

=> A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus companheiros de trabalho.

=> O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregar-se muito de tarefas. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.

LIBERAL(LAISSEZ-FAIRE)

=> A participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem.

=> Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.

=> O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.

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2- GESTÃO EMPRESARIAL

Antes de começarmos a falar sobre gestão, acredito ser importante

explicar de forma simples e clara, a diferença entre Gestão e Administração.

Podemos definir de forma simples a Administração como a maneira que

as diversas situações do dia a dia são resolvidas, ou melhor, são

desempenhadas. Enquanto a gestão pode ser definida como decisão, decisões

essas, que irão repercutir na administração. Assim, podemos afirmar que as

ações administrativas são baseadas nas tomadas de decisão da gestão.

Em nossa atualidade, a palavra gestão tem sido muito difundida. Seja

como gestão de recursos humanos, gestão de projetos, gestão de fundos ou

gestão empresarial, aplicabilidade e o sistema de gestão é muito maior que

qualquer outro. Trata-se de um processo continuo que toma como referencia a

estratégia da empresa e a direciona, desde o processo de recrutamento e

seleção à formalização de alianças estratégicas.

Uma boa gestão deve além de envolver os acionistas, empregados,

executivos, clientes e fornecedores, criar uma consistência interna na

estratégia, ou seja, criar um impacto positivo e acumulativo dessas ações sobre

a estratégia de desenvolvimento organizacional.

A palavra Gestão, segundo Luft define-se como “ação ou efeito de gerir;

gerência; administração”. Vem do latim gerir que significa administrar,

gerenciar, coordenar. Analisando a significação da palavra gestão podemos

fazer uma correlação à palavra administração: do latim ad (direção, tendência

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para algo) e minister (pessoas), e designa o desempenho de tarefas de direção

dos assuntos de um grupo. É utilizada em especial em áreas com corpos

dirigentes poderosos, como por exemplo, no mundo empresarial e em

entidades dependentes dos governos.

Dessa forma, podemos confirmar pelo exposto acima que administração

é a ação ou efeito de administrar; gestão de negócios; pessoal que administra;

direção; ato de conferir e ministrar.

Segundo Chiavenato a definição do ato de administrar como sendo:

prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Prever é organizar o futuro

e traçar o programa de ação; Organizar é constituir o duplo organismo material

e social da empresa; Comandar é dirigir e orientar o pessoal. Coordenar é ligar,

unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. Controlar é

verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens

dadas.

O termo Gestão passou a significar de forma mais comum a interferência

direta dos gestores nos sistemas e procedimentos empresariais. A palavra

empresarial tem seu significado ao que está “relativo a empresa ou a

empresário”. Luft. Sendo assim os termos administração, gestão e empresarial

possuem definições semelhantes fazendo com que dessa maneira seus

conceitos tornem-se interligados.

É importante lembrarmos que as transições de épocas distintas como da

era industrial para a era do conhecimento, justificam a necessidade de um novo

modelo de gestão. A era industrial - caracterizada por estabilidade,

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padronização, especialização e hierarquia, para a era do conhecimento,

definida por um ambiente instável, de alta complexidade e competitividade. A

era industrial, baseava-se na força de trabalho dos operários e com o foco na

produção. Contudo, na era do conhecimento não é o suficiente ter apenas

trabalhadores e produção, é necessário um modelo de gestão que se adapte

ao novo contexto e que contribua de maneira efetiva para a sustentabilidade da

empresa. (VERGARA, 2008).

Com toda velocidade do mundo corporativo toda gestão precisa estar

ligada as pessoas, através de lideres e seus respectivos CHAs, conhecimento,

a habilidade e a atitudes. Assim, aquelas organizações que atuarem de forma

proativa e implantarem estratégias para desenvolver e reter os profissionais em

potencial, mais chances terão em Liderar suas equipes e empresa,

considerando que vivemos em um cenário caracterizado por um mercado

globalizado, de alta competitividade e com uma nova economia, que traz

desafios e novas percepções em relação ao modo que as organizações são

gerenciadas. Falando um pouco mais sobre o conhecimento, a habilidade e a

atitude que é bastante conhecido no meio acadêmico como o “CHA”. Esses

são os pilares da competência:

• O conhecimento; É o saber, conceitos e informações adquiridas

ao longo da vida que influencia sobre nossos julgamentos e

comportamento.

• A habilidade; É a capacidade de fazer, é o saber fazer, aplicar o

conhecimento de forma pratica em nosso dia a dia.

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• A atitude: A atitude é o querer fazer. É a disposição de aplicarmos

nosso conhecimento através de nossas habilidades.

Esses três pontos são interdependentes e complementares que se

manifestando de forma equilibrada torna o profissional em um Líder com

disposição para continuar a fazer, sempre mais e melhor facilitando todo o

processo de gestão.

3- LIDERANÇA E GESTÃO EMPRESARIAL

Pode parecer absurdo ainda hoje repedir isso, mais acredito ser

extremamente necessário afirmar que os trabalhadores não podem continuar a

serem vistos como maquinas ou produtos que precisam render mais e mais e o

lucro continuar a ser o objetivo principal das empresas. Assim, qualquer crise

ou dificuldade que a empresa enfrentar, irá atingir sua identidade, por não

terem uma marca padrão. Pois a dinamicidade da atualidade atinge os valores

da empresa e consequentemente chega à esfera interna ou organizacional.

De acordo com meu ponto de vista é este o porquê da dificuldade na

administração moderna de se formar uma liderança interna nas empresas.

Essa necessidade tem gerado uma demanda para escritórios especializados

em assessoria em liderança e gestão. O objetivo destas organizações é

geralmente prestar serviços de consultorias, palestras e treinamentos na área

de liderança aos gerentes das organizações em diversos segmentos

promovendo a melhoria contínua nos processos de desenvolvimento gerencial.

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Essas empresas se baseiam em estudos sobre o comportamento

humano (PENTAGONO 2008). E dentre os benefícios apresentados aos

empresários que optam pela contratação de seus serviços podemos citar:

• Melhora do clima organizacional;

• Aumento da motivação na empresa;

• Aumento da produtividade individual;

• Melhor rendimento no trabalho em equipe;

• Maior perspectiva de rentabilidade no mercado;

• Gerentes, Supervisores e Diretores mais influenciadores, mais

realizadores e mais focados nos objetivos organizacionais;

• Aumento da identificação dos colaboradores com a empresa; e

melhores condições para aplicação de um padrão de liderança

humanístico e sistêmico.

Mais enfim, quais os pontos chaves para uma Liderança e Gestão

eficaz? Conforme já disse anteriormente, as constantes e rápidas mudanças no

mundo empresarial exigem uma visão estratégica para enfrentar os desafios,

buscando competências e habilidades para Gestão em diferentes áreas.

E como também já dissemos esta Gestão precisa ser estratégico e agregar

valor ao negócio da empresa, fazendo com que ela se posicione no mercado

em que atua e se destaque da concorrência, fazendo com que ela se posicione

no mercado em que atua e se destaque da concorrência.

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O gestor na atualidade demonstra um papel de grande responsabilidade

principalmente com as relações humanas sabendo agir e pensar como um

líder, e tendo que estar apto a lidar com as novas tecnologias disponibilizadas

para um bom gerenciamento das empresas. Dessa forma manter o equilíbrio

dentro da empresa, a boa liderança, sendo objetivo favorecerá a durabilidade

desta empresa.

Esta Gestão precisa ser feita por um Líder, para enfrentar de forma

estratégica a competitividade com o foco em todas as áreas da empresa, o que

permite ao empresário tomar decisão com rapidez e segurança, suportado com

dados demonstrados de forma simples que facilitam o acompanhamento do

Setor e de seus resultados.

Pode-se verificar neste trabalho que a liderança e gestão são um tema

de extrema complexidade, de múltiplas definições e interpretações, com raízes

históricas na teoria da administração e influenciadas diretamente por fatores

psicológicos, morais e ambientais. O que se faz conveniente, revermos a

evolução dessas definições e interpretações de acordo com alguma

abordagem da Administração e suas teorias.

Na Abordagem Clássica da Administração, a função do líder era

estabelecer e fazer cumprir critérios de desempenho para atingir objetivos

organizacionais enquanto a Teoria das Relações Humanas, a função do líder

era ser um facilitador e ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades para o

seu crescimento e aperfeiçoamento pessoal. O enfoque principal, ao contrário

da Escola da Administração Científica, localizava-se nas necessidades

individuais e não naquelas da organização.

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Ainda podemos citar as seguintes teorias: Teoria X e Y, Teoria

Estruturalista, Teoria Contingencial e etç.

Crainer (2000) divide as escolas de pensamento sobre liderança nas

seguintes categorias:

1 Teoria do Grande Homem: fundamentadas na premissa de que o

líder nasce com habilidades de liderança inatas e incompreensíveis para

a maioria dos seres humanos, sendo, portanto exaltados como heróis.

2 Teoria do Traço: consiste em identificar os traços de

personalidade de grandes homens, considerados líderes para propiciar o

desenvolvimento do líder;

3 Teoria do Poder e da Influência: fundamenta-se na premissa de

que “todos os caminhos levam ao líder e nega o papel dos seguidores e

a força da cultura organizacional”.

4 Teoria Behaviorista: ressalta o que fazem os líderes e não as

suas características;

5 Teoria da Situação: destaca a liderança como específica em cada

situação, ao invés de um tipo especial de personalidade;

6 Teoria da Contingência: é uma evolução da teoria situacional e

busca selecionar as variáveis associadas à circunstância as quais

melhor identifiquem o estilo de liderança mais adequado a cada

situação.

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7 Teoria Transacional: ressalta o relacionamento entre líderes e

seguidores;

8 Teoria da Atribuição: adiciona uma maior importância dos

seguidores;

9 Teoria da Transformação: baseia-se na motivação intrínseca no

relacionamento de trocas e o líder é um visionário inovador e auto-

suficiente”.

A função de gestor não se assemelha com nenhuma outra atividade ou

profissão; tornando-se difícil caracterizá-la, sem gerar controvérsias sobre sua

natureza. Portanto, apesar de todas as pesquisas e estudos diversos feitos até

hoje, permanece ainda um tanto ambígua e até mesmo misteriosa para muitos

dos que tentam se aproximar de seu conteúdo.

Por outro lado pode se tratar a gerência como algo científico, racional,

enfatizando as análises e as relações de causa e efeito, para se prever e

antecipar ações de forma mais consequente e eficiente. De outro modo, tem se

de aceitar a existência, na gestão, de uma face de imprevisibilidade e de

interação humana que lhe conferem a dimensão do ilógico, do intuitivo, do

emocional e espontâneo e do irracional. (MOTTA: 1995)

Para Motta o papel do gestor e do líder nas organizações engloba

estratégia, racionalidade administrativa, processo decisório organizacional e

habilidades interpessoais.

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ESTRATÉGIA: conhecer e desenvolver alternativas, que respondam a

demandas, necessidades e apoios comunitários – público e clientelas;

RACIONALIDADE ADMINISTRATIVA: agir segundo etapas de uma

ação racional calculada;

PROCESSO DECISÓRIO ORGANIZACIONAL: tomar decisões, interagir

com grupos e indivíduos, resolver problemas e conflitos à medida que surgem;

LIDERANÇA E HABILIDADES INTERPESSOAIS: reativar e reconstruir

constantemente a ideia da missão e dos objetivos comuns, conduzindo as

pessoas à ação cooperativa desejada.

Um dos papeis do líder é tornar as ideias tangíveis e reais para seus

liderados. Não importa o quão maravilhosa possa ser uma visão, o líder eficaz

precisa usar palavras e modelos para fazer com que a essência seja

compreendida por todos. E não só compreendida como executada a fim de

atingir os objetivos da organização.

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4.1 – LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Foi verificado após todo estudo sobre liderança e gestão que a

motivação precisa estar presente em toda atividade. É preciso termos

consciência que todo comportamento humano é motivado. Diferente dos

animais irracionais nenhum ser humano faz alguma coisa simplesmente por

fazer. A motivação no trabalho e para o trabalho tem suas origens no indivíduo,

na organização e situação do país e do mundo.

O ambiente tanto para o trabalhador quanto para a organização, deve

satisfazer as necessidades de ambos. Mais como podemos definir a palavra

motivação? Motivação é a soma de motivos e ação, para o individuo se sentir

motivado é preciso encontrar motivos que o leve a tomar ações. Desta forma

pergunta-se: Porque o individuo precisa de um líder motivador no trabalho?

Podemos facilmente ilustrar a resposta para a pergunta acima

comparando o bom Líder com um piloto de avião onde todos colocam suas

vidas tendo a certeza que esta será conduzida com segurança, ética e

responsabilidade. Como expostos anteriormente, os grandes Líderes além de

agregar valor, chamar a responsabilidade para si, ter visão e fazer com que as

pessoas sigam o é proposto ele esta motivado e é um motivador que esta

voltado para o capital intelectual, ressalto que de nada adianta termos as

melhores instalações, hardware e software se os colaboradores não estão

motivados a empenhar seu intelecto e sua força em atingir os objetivos da

organização, não adianta as empresas investirem em propaganda, projetos de

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melhoria e desenvolverem grandes tecnologias se não tiverem colaboradores

com criatividade para ser diferencial e atingirem os objetivos da empresa. Esse

é o papel do líder, ser elo, ponte de ligação, contato entre o colaborador e a

empresa.

Uma das mais conhecidas e importantes teorias da motivação é a teoria

de Maslow. Para ele as necessidades do individuo obedecem a uma escala de

valores, uma hierarquia. E isso quer dizer que a cada vez que o individuo

realiza uma necessidade outra surge no lugar, impulsionando-o a buscar meios

para satisfazê-la. Taylor também teve o comportamento humano como objeto

de estudo na Administração Cientifica. Mas Taylor somente visualizou a

necessidade básica como elemento motivacional enquanto Maslow percebeu

que o individuo não sente apenas necessidades financeiras.

Maslow afirma que as necessidades humanas estão organizadas em

níveis, numa pirâmide onde a base é formada por necessidades fisiológicas e

no topo da pirâmide estão as necessidades de auto realização conforme

figura abaixo:

Figura 3 – Pirâmide de Maslow

Necessidades de auto realização Necessidades de Status e estima

Necessidades Sociais (afeto) Necessidade de Segurança Necessidades fisiológicas

Fonte: Elaboração própria

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Exemplos de necessidades conforme Pirâmide de Maslow:

- Necessidades fisiológicas: Sono, alimentação e abrigo;

- Necessidades de segurança: Busca de proteção, fuga e perigo;

- Necessidades sociais: Necessidade de associação, afeto e aceitação;

- Necessidade de estima: Autoconfiança e apreciação e aprovação social;

- Necessidade de auto realização: Realizar seu próprio potencial.

Com tudo isso, podemos perceber que a eficácia no papel de liderar

pessoas não esta na força da autoridade que os chefes no geral possuem por

causa de sua posição no organograma da empresa, e não podemos confundir

o cargo ou função com o desempenho de quem ocupa.

O líder deve conhecer os objetivos almejados pelos seus comandantes e

também conhecer as necessidades de seus liderados. Desempenhando o

papel de facilitador, a fim de levar esses seguidores a alcançar os objetivos da

organização, traçados pelos comandantes. A função motivacional do líder deve

estar ligada crescente recompensa pessoal do subordinado, fazendo com que

cresça a oportunidade de satisfação pessoal.

Segundo Chiavenato, os indivíduos possuem objetivos que desejam

alcançar e agem intencionalmente de acordo com suas percepções da

realidade. A motivação se desenvolve somente depois de ter um objetivo a

concretizar. O objetivo é que da impulso, ou seja, mobiliza as energizais de um

individuo e gera a intenção de se concretizar algo. Nessa perspectiva, a

motivação se liga a ação (...) A intencionalidade do individuo é sempre

associada a sua expectativa de realização.

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Assim posso afirmar que o individuo motivado em seu trabalho não se

circunscreve a organização que o emprega. Transcende-a indo em direção de

expressão com ser humano pleno, em suas dimensões biológicas, social,

humanas, espiritual e politicas.

Estas foram as razões de se entender o que é motivação e o porquê do

líder motivar as pessoas a prosseguirem em busca de realizações.

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CONCLUSÃO

Concluímos que profissionais e investigadores de diversos setores e

atividades tem oferecido atenção especial a temática da liderança e gestão.

Considera-se um tópico fundamental nas relações de trabalho, uma vez que os

liderados identificam o estilo de liderança como um fator desencadeador dos

conflitos laborais. Ao mesmo tempo, as incompatibilidades pessoais e/ou

profissionais entre líder e liderado a coexistência de lideranças formais e

informais, bem como, a integração dos diferentes estilos ao longo da cadeia

hierárquica de uma organização, é apenas parte da complexidade e

subjetividade inerente ao tema.

Nas empresas uma boa gerência faz toda a diferença, o bom

relacionamento entre gestores e colaboradores é fundamental para o

desenvolvimento das organizações e em meio os modelos atuais de gestão, os

líderes tem como responsabilidade a definição das metas e o incentivo à

equipe por isso não controlam tanto o trabalho; e ainda informa que fazer com

que toda a equipe tenha o mesmo objetivo e que cada um entenda sua

importância é o maior desafio de um gestor, que assim para ser considerado

um bom líder, deve aprender a administrar conflitos, saber escutar, se

posicionar no lugar do outro, respeitar a individualidade de cada um, aceitar

pontos de vista diferentes e, antes de tudo, zelar e auxiliar o colaborador na

busca do seu crescimento.

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O gestor de hoje precisa estar pronto a perceber, refletir, decidir e agir

em condições totalmente diferentes das do passado. Algumas décadas atrás

bastavam medidas contábeis e financeiras de desempenho, uma vez que

ações que geravam bons resultados tendiam a permanecer efetivas com o

passar do tempo. Nos tempos de hoje as empresas tem que se adaptarem a

sazonalidade e dinamicidade do mundo moderno fundindo a liderança com a

gestão sem deixar de usufruir das ferramentas que a ciência nos tem

apresentado. Através de dados sobre operações, sobre transações, e dados

sobre clientes e fornecedores no sistema de gestão empresarial ERP, e

atualização automática e contínua de muitos indicadores de scorecard.

“Liderar não significa apenas ter seguidores, mas saber quantos líderes

se conseguiu criar entre esses seguidores”. Useem (1999)

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REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

BENNIS, Warren. A Formação do Líder. São Paulo: Atlas, 1996

BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. São Paulo:

Atlas, 1994.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o

executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier -

Ed. Campus, 2005.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Vol. 2. São Paulo:

Makron Book, 1998. 5º edição. Pag. 240-242. Cap. 15.

CRAINER, Stuart. Grandes Pensadores da Administração. São Paulo:

Futura,2000, 299p. Drucker, 1997

FACHADA, Odete (1998). Psicologia das relações interpessoais. Lisboa:

Edições Rumo, lda.

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que faz sentido faz-se. In Psychologica, 23, 7-36.

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dirigente. Rio de Janeiro: Record, 1995. p. 19-131.

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de Aveiro.

Teorias Sobre Estilos De Liderança. Disponível em

http://www.umtoquedemotivacao.com/Administracão. Acesso em 20/02/2011.

USEEM, Michael. A hora de ser líder In Revista Você S.A, n. 10, p. 68/75,

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VERGARA, Sylvia Constant. Novos desafios na gestão de pessoas.

Disponível em: www.abrh-rio.com.br. Acesso em: 10/04/2008.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Funções Primordiais do Líder

Figura 2.1 – Estilos de Liderança - Autocrática

Figura 2.2 – Estilos de Liderança – Democrática

Figura 2.3 – Estilos de Liderança – Liberal (Laissez-Faire)

Figura 3 – Pirâmide de Maslow