UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE … TAVARES GAMA.pdf · Total: 1.500 unidades ·...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ARQUIVO HISTÓRICO DO MUSEU AEROESPACIAL
CERTIFICAÇÃO ISO 9000
Por: Sabrina Tavares Gama
Professor orientador: André Gustavo G. Cunha
Rio de Janeiro, RJ
Janeiro/ 2003
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ARQUIVO HISTÓRICO DO MUSEU AEROESPACIAL
CERTIFICAÇÃO ISO 9000
Trabalho monográfico apresentado como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Estratégica e
Qualidade no Curso de Pós-Graduação
“Lato Sensu”
AGRADECIMENTOS
Aos colegas do Curso de Gestão
Estratégica e Qualidade, em especial a
colega Márcia Rezende por todo o
apoio dado na confecção deste
trabalho; e também ao Professor
orientador André Gustavo G. Cunha, por
sua dedicação, competência e
paciência.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de pesquisa a todos
aqueles que estiveram envolvidos direta
ou indiretamente na confecção do mesmo.
Dedico este trabalho especialmente a meu
pai, que apesar de não estar mais
presente fisicamente, se faz presente
através das idéias e atitudes que trago
comigo.
EPÍGRAFE
“... a História não se escreverá senão com
o recuar do tempo e com os fatos e
documentos”.
Alberto Santos Dumont
RESUMO
O trabalho a seguir propõe-se a tratar sobre a situação atual do
Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial: ausência de padrões de preservação,
conservação e restauração, além de inexistência de uma política (estratégia) de
arquivo.
A idéia proposta é melhorar todos os padrões e transformar todas
as rotinas desenvolvidas no Arquivo em processos baseados na norma da série
NBR ISO 9000, preparando o Arquivo Histórico para uma possível certificação.
Para isso, foi realizado um estudo de caso em uma grande
seguradora que possui áreas certificadas. Esse trabalho foi desenvolvido para
conhecer as rotinas da série NBR ISO 9000 e como aplicá-la no Arquivo. A
segunda parte foi usar a situação atual do Arquivo, paralelo a consultas a
Cadernos Técnicos específicos sobre Preservação, Conservação e Restauração
para aquisição de subsídios para efeito de comparação com o acervo do Arquivo
Histórico.
Monografias sobre o tema e experiências de outras instituições
similares também foram analisadas.
ÍNDICE
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
EPÍGRAFE 5
RESUMO 6
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Situação Atual do Acervo 10
1.1 – Necessidades do Arquivo Histórico 10
1.2 – Identificação dos Fundos 12
1.3 – Identificação dos Tipos Documentais 13
1.4 – Estado de Conservação da Fotografia 14
1.5 – Estado de Conservação de Slides, Cormos e Negativos de Vidro e
Celulose 15
1.6 – Estado de Conservação de Filmes de Rolo e Fitas VHS 15
1.7 – Estado de Conservação dos Álbuns Fotográficos 17
1.8 – Estado de Conservação de Mapas e Plantas 18
1.9 – Estado de Conservação da Documentação Escrita 19
CAPÍTULO II
Considerações sobre Preservação, Conservação e Restauração 21
CAPÍTULO III
Abordagem do Sistema de Gestão da Qualidade no Arquivo Histórico 27
CAPÍTULO IV
Planejamento Estratégico da Qualidade 29
CAPÍTULO V
Documentação e Descrição dos Processos 34
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42
ANEXOS 43
INTRODUÇÃO
Atualmente, o Arquivo Histórico do MUSEU AEROESPACIAL
retrata uma situação não muito peculiar de conservação de seu patrimônio, o qual
em linhas gerais pertence à Sociedade Brasileira. Dentre seus problemas
podemos citar:
· Ausência de padrões de preservação:
ü Não climatização;
ü Iluminação;
ü Mobiliário inadequado;
ü Conservação e restauração;
· Inexistência de uma política (estratégia) de Arquivo.
O Arquivo Histórico tem condições gerais muito aquém do
esperado. A ausência de padrões e descontinuidade nos remete a um
pensamento de melhora. Então essa monografia destina-se a melhorar a
qualidade do Arquivo, adequando-o às normas de conservação, preservação e
restauração, identificação e organização. Assim, pretende-se preparar o Arquivo
Histórico para a Certificação da Série ISO-9000. Para isso, processos serão
revistos e outros talvez sejam criados.
Paralelo a todos esses problemas não pode-se esquecer que seu
acervo é riquíssimo e em várias situações, único. Há exemplares de fotografias
de Alberto Santos Dumont, registros do início da Aviação Civil (criação do
Aeroclube do Brasil em 1912 no Campo dos Afonsos, local onde o Museu
Aeroespacial e o Arquivo Histórico estão localizados) e também dos primórdios
da Aviação Militar, com a chegada da Missão Francesa de Aviação ao Campo
dos Afonsos.
Revoluções, ex-presidentes, personalidades, 2ª Guerra Mundial,
também fazem parte do acervo do Arquivo Histórico.
Sendo assim, esse acervo não pode ser ignorado. E foi por isso
que resolveu-se fazer esse trabalho.
Pretende-se, com esse trabalho, reavaliar a realidade atual do
Arquivo Histórico e inseri-lo em um programa moderno de qualificação
comparando o quadro atual e o provável futuro, aplicando os processos
encontrados na série ISO 9000.
Assim, pretende-se alcançar a melhora na qualidade das tarefas
executadas no Arquivo Histórico, prepará-lo para a Certificação ISO-9000 e ter a
certeza que seu acervo ainda estará disponível por muito tempo.
Sendo assim, procura-se provar com esse trabalho a possibilidade de
reunir modernidade e História, ou seja, pretende-se mostrar que o Arquivo
Histórico não é apenas um depósito de informações, e sim um espaço no mundo
moderno e competitivo, pois passará a transmitir geração de recursos e
conhecimento por meio de padrões da Série ISO 9000.
CAPÍTULO I
SITUAÇÃO ATUAL DO ACERVO
Para que se possa recuperar a informação existente no acervo do
Arquivo Histórico¹ elaborou-se um diagnóstico com os procedimentos atualmente
utilizados na organização e fluxo da documentação, e também a avaliação do
estado de conservação que o acervo se encontra.
A atividade básica do Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial é o
arquivamento e empréstimo de um acervo² de diferentes suportes³ sobre a
história da Aviação Brasileira.
O levantamento para realização desse trabalho já havia sido feito para
este e outros fins do Arquivo Histórico, sendo assim, o período consiste entre
01/08/2001 a 15/12/2001.
Pretende-se com esse trabalho, preparar o Arquivo Histórico para
Certificação da série NBR ISO 9000, adequando-o aos padrões de qualidade
esperados de um acervo desse tipo: conservação4 e restauração5 do acervo,
identificação e organização eficientes e acondicionamento adequado do acervo.
1.1. Necessidades do Arquivo Histórico
Foi identificada como uma grande necessidade do Arquivo o
estabelecimento de critérios e procedimentos padronizados para o tratamento
técnico de todos os documentos, independente do suporte que eles se
encontram. Aqui, inclui-se a preservação do acervo de acordo com as normas de
Conservação e Preservação6 de Documentos.
_________________________ ¹ Conjunto de documentos custodiados em caráter em caráter definitivo, em função do seu valor. ² Totalidade dos documentos conservados num arquivo. ³ Material sobre o qual as informações são registradas. 4 Conjunto de procedimentos e medidas destinadas a assegurar a proteção física dos arquivos contra agentes de deterioração. 5 Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos deteriorados e danificados. 6 Função arquivística destinada a assegurar as atividades de acondicionamento, armazenamento, conservação e restauração de documentos.
Antes de se iniciar qualquer tipo de organização de acervo é
necessário analisar, avaliar o acervo para que se tenha uma visão do mesmo e
para se chegue a um diagnóstico. Sendo assim, um trabalho foi desenvolvido
nesse sentido. Iniciou-se com a contratação de duas arquivistas.
O trabalho inicial das profissionais estava direcionado para
conhecimento de rotinas e funcionamento do Arquivo. O segundo passo foi o
reconhecimento dos fundos existentes no arquivo, assim como os tipos
documentais.
Quanto às rotinas, verificou-se que estavam muito distantes do
padrão. Os principais problemas ocorrem nos processos de tratamento da
documentação e no atendimento ao usuário.
No processo de tratamento da documentação não há padrões para
o protocolo, acondicionamento e principalmente no arquivamento (localização
topográfica).
Já no processo de atendimento ao usuário, o problema maior
ocorre no momento que o usuário chega: a pesquisa é solicitada e o mesmo,
após escolher o que lhe interessa, consegue o empréstimo da documentação.
Esse tipo de procedimento é inadmissível em um acervo desse porte, onde
grande parte dele é único e inédito, o que acaba comprometendo o direito autoral
do acervo. Esse procedimento já está sendo modificado, pois foi elaborado um
documento que proíbe a continuação dessas atividades (Ver anexo).
O objetivo desse trabalho é mostrar como essas rotinas podem ser
modificadas, incluindo ou excluindo atividades que possam melhorar o
andamento dos trabalhos desenvolvidos no Arquivo.
Paralelo a essa atividade foi-se verificando o estado de
conservação dos documentos que compõem o acervo do Arquivo e pode-se
concluir que é necessário que haja uma intervenção urgente, pois caso contrário
a documentação será perdida.
A proposta desse trabalho é justamente mostrar a situação
encontrada no Arquivo Histórico e apresentar as respectivas soluções.
Além de englobar a parte arquivística, o layout também será
modificado, assim como outras rotinas serão criadas, como o uso obrigatório de
luvas tanto dos funcionários como dos usuários.
1.2. Identificação dos Fundos7
O primeiro trabalho desenvolvido foi o de reconhecimento dos
fundos, que assim foram identificados:
· 1º ELO (Esquadrão de Ligação e Observação)
· 1º Grupo de Aviação de Caça
· Aeronaves
· Aviação Naval
· Correio Aéreo Militar
· Correio Aéreo Nacional
· Correio Aéreo Naval
· Escola de Aeronáutica
· Escola de Aviação Militar
· Eventos do Museu
· Força Expedicionária Brasileira
· Ministério da Aeronáutica
· Santos Dumont
· Vista Aérea
____________________________ 7 Unidade constituída pelo conjunto de documentos acumulados por uma entidade que, no arquivo permanente, passa a conviver com arquivos de outras.
1.3. Identificação dos Tipos Documentais8
Paralelo ao trabalho de identificação dos fundos documentais, foi
desenvolvido também um trabalho de reconhecimento dos tipos documentais
encontrados no arquivo:
· Fotografias – 100 caixas X 1000 = 100.000 unidades
64 pastas X 100 = 6.400 unidades
Total: 106.400 unidades
· Negativos de Vidro – 7.184 unidades
· Negativos de Celulose – 12 pastas X 50 = 600 unidades
9 caixas X 100 = 900 unidades
Total: 1.500 unidades
· Slides – 2.500 unidades
· Documentação Escrita – 141 caixas X 1000 = 141.000 unidades
Total: 141.000 unidades
· Filmes de Rolo – 275 unidades
· Fitas VHS – 145 unidades
· Álbuns – 277 álbuns X 100 fotos/ álbum = 27.700 unidades
Total: 27.700 unidades
· Mapas – 15 gavetas X 60 unidades/ gaveta = 900 unidades
Total: 900 unidades
· Microfilmes – 50 rolos
Total: 50 unidades
· Caderneta de Vôo – 572 unidades
Total: 572 unidades
· Fitas K7 – 50 unidades
Total: 50 unidades
__________________________ 8 Configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou.
Através dessa análise, percebeu-se que o estado de conservação
não estava de acordo com os níveis padrões e que isso estava prejudicando o
tempo de vida útil do acervo, sendo assim, algumas considerações serão feitas a
respeito do assunto.
1.4. Estado de Conservação da Fotografia
As fotografias que compõem o acervo do Arquivo datam de 1914 e
se estendem até os dias de hoje. Sendo assim, não é difícil imaginar como se
encontra o estado de conservação do acervo, principalmente no que diz respeito
às fotografias mais antigas.
Há alguns anos atrás, foi iniciado um trabalho de organização e
acondicionamento do acervo fotográfico, onde algumas fotos foram envolvidas
por um invólucro de acetato e cartolina e outras em invólucro de papel vegetal,
sendo ambas acondicionadas em envelopes de cartolina ou envelopes comuns.
O uso do acetato está correto, porém o papel utilizado para a
confecção do envelope não está, pois o mesmo deve ser de material neutro ou
alcalino. Nunca ácido.
A idéia é que esse material seja trocado por outro que possua
características que retardem o processo de deterioração das fotografias.
1.5. Estado de Conservação dos Slides, Cromos e Negativos de Vidro e Celulose
O arquivo já produziu um projeto sobre reprodução dos negativos
de vidro e escaneamento das imagens para preservar os negativos de vidro (ver
anexo), mas ainda assim é necessário que se trabalhe a higienização dos
negativos de vidro e utilize o papel neutro ou alcalino no acondicionamento dos
mesmos.
No que diz respeito aos negativos de celulose, os mesmos
necessitam de limpeza regular para que se possa fazer sua identificação e o
respectivo acondicionamento. O material utilizado para o acondicionamento deve
seguir o padrão alcalino/ neutro. O material pode ser comprado ou confeccionado
no próprio setor, desde que a matéria prima necessária seja adquirida pelo
órgão competente.
O mesmo procedimento poderá ser adotado para o tratamento dos
cromos e dos slides.
1.6. Estado de Conservação de Filmes de Rolo e Fitas VHS
O arquivo possui filmes de rolo que abrangem o período de 1930 a
1975. Alguns títulos possuem som e outros são mudos. Alguns filmes de rolo
foram transcritos para fitas VHS, mas ainda assim, ambos os suportes
necessitam de conservação, e alguns necessitam até de intervenção
restauradora, pois os fungos já infestaram o material.
A foto abaixo mostra como se encontram os filmes de rolo que
fazem parte do acervo e que já foram atingidos por fungos e bactérias.
1 – Filme de Rolo em processo de deterioração. 2 – Filme de Rolo totalmente deteriorado.
3 – Mobiliário de aço para acondicionamento de Filme de Rolo.
A solução seria fazer um tratamento químico em laboratório (próprio
ou através de convênio com alguma instituição), efetuar a passagem de filme de
rolo para VHS e acondicionar os filmes em caixas plásticas (as atuais são de
metal e se encontram enferrujadas). E após todo esse processo, o ideal é
proporcionar condições propícias à durabilidade do material.
Já a foto abaixo apresenta uma fita VHS acondicionada de maneira
incorreta. Não se deve acondicionar em caixas de papelão (as caixas plásticas
são as ideais e já foram adquiridas pelo Arquivo Histórico) e também não é
recomendado que esse tipo de material seja armazenado na posição horizontal,
e sim na vertical.
A equipe do arquivo tentará providenciar as adaptações
necessárias, mas é importante lembrar que o mobiliário existente na seção não
apresenta boas condições, sendo necessária, também sua troca.
4 – Fitas acondicionadas na posição horizontal.
1.7. Estado de Conservação dos Álbuns de Fotografia
O Arquivo Histórico possui uma média aproximada de 280 álbuns
que englobam o período entre a década de 20 e 90.
O estado de conservação encontra-se razoável, pois a umidade do
ambiente é muito alta.
O trabalho iniciado há alguns anos identificou e acondicionou os
álbuns, mas não proporcionou o tratamento adequado para prolongar a vida útil
do documento.
5 – Álbum encontrado no arquivo. 6 – Fotos acondicionadas em álbum.
7 – Álbum já deteriorado.
A proposta é desmanchar os álbuns e restaurá-los, montando novos
álbuns, de acordo com as normas de preservação existentes.
1.8. Estado de Conservação de Mapas e Plantas
Os mapas e plantas encontram-se armazenados em uma mapoteca
de aço que já apresenta sinais de deterioração. Ao todo são 03 mapotecas.
Alguns mapas e plantas encontram-se arquivados nas gavetas das mesas
utilizadas pelos funcionários.
O correto acondicionamento desse tipo documental é a forma
plana, na posição horizontal. Porém, às vezes isso não é possível devido ao
tamanho do documento ou à falta de espaço. Nesses casos, o documento deve
ser enrolado e acondicionado em papel alcalino ou neutro e armazenado em
escaninhos.
8 – Mapoteca de aço para acondicionamento de mapas e plantas.
1.9. Estado de Conservação da Documentação Escrita
A documentação encontrada no arquivo é dividida da seguinte
maneira:
· Cadernetas de vôo
· Diplomas
· Fichas médicas
· Correspondências
· Sumário de informações
· Fichas de aeronaves
· Relatórios
· Recortes de jornal
O período abrange o início da década de 20 e se estende até os
dias de hoje.
O estado de conservação do material ainda não se encontra
comprometido, mas deve-se atentar para o uso do material correto no
acondicionamento. Assim, o tempo de vida do documento poderá ser
prolongado.
Como pode-se ver na foto abaixo, os documentos encontram-se
acomodados em caixas-arquivo e em gavetas. O invólucro do documento não
possui as condições necessárias para sua conservação.
A maneira correta para acondicionar essa documentação é a
posição vertical, em acomodações rígidas, que apresentem sustentação ao
documento. Deve-se utilizar o papel neutro e observar o tamanho do documento
para que seu invólucro possua as mesmas dimensões do documento, pois um
invólucro pequeno demais leva ao esmagamento e à distorção dos objetos. Um
invólucro grande demais pode permitir danos mecânicos.
9 – Documentação Escrita em gaveta 10 – Documentação Escrita em Caixas-arquivo
Como pode-se ver, não é nada fácil manter um local para abrigar
um Arquivo, mas algumas providências podem e devem ser tomadas para
amenizar a deterioração dos documentos.
É importante lembrar que as soluções aqui apresentadas não estão
muito aprofundadas, pois o objetivo do Arquivo Histórico é realizar e executar um
projeto para cada fundo, associado aos diversos itens documentais que o
mesmo possui.
CAPÍTULO II
CONSIDERAÇÕES SOBRE PRESERVAÇÃO,
CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO
Este capítulo se propõe a dar noções de Preservação,
Conservação e Restauração e sua aplicabilidade no Arquivo Histórico.
O maior problema do Arquivo Histórico é a ausência de fatores de
preservação do ambiente, tais como variação de temperatura, da umidade
relativa do ar, da luz e da qualidade do ar. Se esses itens estiverem de acordo
com os padrões, haverá a garantia que futuramente o acervo não sofrerá
intervenções na sua estrutura, ou seja, a adequação desses fatores evitará um
processo de conservação e/ ou restauração.
Sendo assim, o ideal é proporcionar um ambiente um ambiente que
garanta a preservação do acervo.
Livros, fotografias e outros artefatos de papel são muito vulneráveis
a danos provenientes do ambiente em que se encontram. Calor, umidade, luz e
poluentes produzem reações químicas destrutivas. O calor e a umidade
favorecem processos biológicos como mofos e infestação de insetos. Enquanto
alguns materiais usados na produção de livros, documentos e trabalhos artísticos
apresentam grande durabilidade, outros (como os papéis e as tintas ácidas) se
deterioram rapidamente em condições adversas.
Embora não possamos eliminar todas as causas da deterioração
que afetam os documentos do acervo sem restringir o seu acesso, podemos
retardar em muito a deterioração agindo sobre o ambiente. O controle de alguns
fatores, como a luz, é relativamente fácil e barato. O controle do clima é mais
difícil, porém essencial para a preservação do tipo de material que constitui o
acervo encontrado no Arquivo Histórico a longo prazo.
Como já foi dito anteriormente, há uma disparidade muito grande
entre situação real e situação ideal em relação ao Arquivo Histórico.
Para que esse panorama mude, é necessário que o meio ambiente
também mude, e a primeira providência seria tratar a temperatura e a umidade
relativa do ar, pois os dois fatores caminham juntos.
O Arquivo Histórico apresenta os dois problemas que precisam ser
tratados com o controle da temperatura e da umidade relativa do ar: calor e
umidade. Segundo Sherelyn Ogden no artigo Temperatura, umidade relativa do
ar, luz e qualidade do ar: diretrizes básicas para a preservação, “o calor acelera
a deterioração: a velocidade das reações químicas, inclusive a deterioração, é
aproximadamente dobrada a cada aumento de temperatura de 10º C. os altos
níveis de umidade relativa do ar fornecem o meio necessário para promover
reações químicas danosas nos materiais e, combinados com as altas
temperaturas, encorajam a proliferação de mofo e a atividade de insetos.”
Para que essa situação seja revertida será necessária a instalação
de acessórios para controle climático (ar condicionado, umidificador/
desumidificador, sistemas centrais de filtragem, resfriamento, calefação,
umidificação e desumidificação de ar) adequados, e a sua utilização será no
sentido de manter os padrões de conservação, promovendo um retardo na
deterioração dos materiais.
Não existe padrão quanto à temperatura e à umidade relativa do ar
para acondicionamento do acervo, porém há uma recomendação usada
freqüentemente, que é uma temperatura estável de 21º C ou menos, e uma
umidade relativa do ar estável, entre um mínimo de 30% e um máximo de 50%.
De acordo com Sherelyn Ogden, recentemente foram realizadas
pesquisas que indicam que são preferíveis os níveis mais baixos de umidade
relativa, dentro da faixa de 30% a 50%, porque com eles a deterioração progride
em menor velocidade.
No momento, o local para armazenagem do acervo e o ambiente de
trabalho é o mesmo. Um projeto para mudança do lay-out está sendo elaborado.
Esse projeto implica em separar os dois locais com uma divisória, sendo o local
destinado para acondicionamento do acervo adaptado para receber as
recomendações já citadas e as que virão no decorrer deste trabalho.
No caso da temperatura e da umidade relativa no ambiente de
acondicionamento do acervo, o ideal é que a temperatura esteja o mais baixa
possível; pois a armazenagem fria, que conta com a umidade relativa controlada
garante um melhor tratamento à documentação.
Para provar que é necessária a melhora da temperatura e da
umidade relativa do ar, a equipe do Arquivo Histórico deverá fazer sempre
medições e registros dos indicadores, porque os dados produzidos comprovam
as condições ambientais existentes, dão suporte aos pedidos de instalação de
controles ambientais e indicam se o equipamento disponível de controle climático
– no caso do Arquivo Histórico o equipamento não existe – está ou não
funcionando adequadamente e produzindo as condições desejadas.
Com esses, dados deve-se procurar um especialista em
climatização para implementar as modificações.
Ainda na linha da preservação, abordaremos o fator luz.
A luz acelera a deterioração dos acervos, atuando como catalisador
da oxidação. Ela conduz ao enfraquecimento e ao enrijecimento das fibras de
celulose, e pode provocar a descoloração, o amarelecimento ou o escurecimento
do papel. Também provoca o esmaecimento ou a mudança de cor das tintas,
alterando a legibilidade e/ ou a aparência dos documentos e das fotografias.
Qualquer exposição à luz, mesmo que por um breve período de tempo, causa
danos, e esses danos são cumulativos e irreversíveis.
No Arquivo Histórico, a luz não incide diretamente no acervo, pois o
mesmo encontra-se armazenado em caixas e/ ou arquivos deslizantes, porém a
luz do artificial do ambiente fica sempre acesa, o que de qualquer forma
influencia o acervo. Deve-se levar em consideração a exposição a exposição do
material à luz, ou seja, caso uma fotografia esteja sendo consultada, a mesma
estará exposta à luz, sendo esta prejudicial àquela.
Segundo Sherelyn Ogden, “todos os comprimentos de luz são
danosos, mas a radiação ultravioleta (UV) resulta especial prejuízo ao acervo, por
conta de seus altos níveis de energia. O sol e o vapor do mercúrio, o haleto de
metal e a iluminação artificial fluorescente de algumas das mais danosas fontes
de luz por causa dos altos níveis de energia de UV que emitem.”
As janelas do Arquivo Histórico já possuem persianas, porém esse
curso ainda não veda completamente a luz do sol. Deve-se fazer também o uso
de películas do tipo insul-film. Ambas as opções devem ser utilizadas em
conjunto, mas a que solução que apresenta melhor resultado é o uso das
persianas. Sendo assim, caso seja necessário optar por uma solução, é melhor
fazer o uso da persiana. Esse tipo de procedimento também auxilia no controle
da temperatura, minimizando a geração do calor pela luz solar durante o dia.
A iluminação artificial também deve ser modificada. O Arquivo
Histórico utiliza tubos fluorescentes, que devem ser cobertos por películas
filtradoras de UV no local onde há a consulta do acervo pelos usuários e no local
onde a equipe do Arquivo Histórico trabalha o acervo.
Com a implantação do novo lay-out, o acervo ficará isolado, pois o
mesmo não será utilizado freqüentemente. Então, essa nova sala será escura,
iluminada apenas nos momentos em que o acervo for retirado para consulta.
Finalizando a parte sobre preservação, abordaremos a qualidade
do ar.
Os poluentes contribuem consideravelmente para a deterioração do
material do Arquivo Histórico. Os tipos mais importantes de poluentes são os
gases e as partículas. Os contaminadores gasosos catalisam reações químicas
prejudiciais que levam à formação de ácidos nos materiais. Isto constitui um sério
problema para o papel, que é vulnerável aos danos causados pelos ácidos. O
papel fica descolorido e rígido. As partículas – sobretudo a fuligem – arranham,
sujam e desfiguram os materiais.
A qualidade do ar não constitui grandes problemas para o Arquivo
Histórico, porém destacaremos algumas medidas que podem ser tomadas para
que desde já se controle a qualidade do ar. Deve-se fornecer uma boa troca de
ar nos espaços onde as coleções são armazenadas ou utilizadas, desde que se
mantenha o mais limpo possível o ar que entra. Outra medida é armazenar o
acervo em invólucros de qualidade arquivística, o que pode ajudar a diminuir os
efeitos dos poluentes sobre os materiais.
Mesmo utilizando essas medidas de preservação, o Arquivo
Histórico passará também por processos de conservação e restauração, que
implicam em intervenção do profissional no acervo.
Como já foi visto, a ausência de diretrizes de preservação deixa o
acervo debilitado, apresentando sujeira, esmaecimento, descoloração ou
escurecimento do papel.
E quando o acervo chega a esse nível é necessário que se faça
algum tipo de intervenção. Se o nível de deterioração não for muito alto, se fará o
uso de técnicas de conservação, mas se o nível de deterioração for elevado, será
feito o uso de técnicas de restauração.
Dentre as técnicas de conservação mais utilizadas estão a limpeza
ou higienização do acervo.
Grande parte do acervo do Arquivo Histórico sofrerá intervenções
de restauração. A idéia é contratar um restaurador para que o mesmo execute o
trabalho com equipe própria. Dentre as atividades que serão executadas,
podemos citar: restauração de álbuns, fotografias e negativos de vidro e celulose.
Entre preservação, conservação e restauração, o mais importante é
a preservação, pois nada adianta restaurar peças do acervo se o ambiente onde
se encontram não estará adequado ao seu armazenamento.
Sendo assim, nada mais justo em primeiro pensar na adequação
do meio ambiente e assegurar a preservação de todo o acervo, para depois
partir para intervenções de conservação e restauração.
Pode-se, então, concluir, que essa é a melhor solução a ser
aplicada ao acervo do Arquivo Histórico.
CAPÍTULO III
ABORDAGEM DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
NO ARQUIVO HISTÓRICO
De acordo com os requisitos da norma NBR ISO 9000 – 2000,
deve-se implantar uma abordagem para desenvolver e implementar um Sistema
de Gestão da Qualidade, que consiste em várias etapas:
Abordagem de Sistemas de Qualidade
Propostas do Arquivo Histórico
Determinação das necessidades e expectativas dos clientes e das outras partes interessadas.
· Acondicionamento adequado do acervo;
· Proposta de uma política de arquivo ágil recuperação da informação (identificação e organização eficientes).
Estabelecimento da política da qualidade e dos objetivos da qualidade da organização.
Será desenvolvida no próximo capítulo.
Determinação dos processos e responsabilidades necessários para atingir os objetivos da qualidade.
Processos: · Recebimento do acervo (doação,
aquisição, etc); · Identificação da documentação
(ficha índice); · Higienização do acervo; · Acondicionamento do acervo em
material próprio; · Arquivamento (forma de
organização e localização topográfica/ rastreabilidade);
· Digitalização das Imagens; · Disponibilização para consulta (via
software ACERVSYS ou diretamente no acervo).
Determinação e fornecimento dos recursos necessários para atingir os objetivos da qualidade.
· Aquisição de material adequado para acondicionamento do acervo;
· Adaptação do arquivo (espaço físico) para a guarda do acervo:
ü Climatização; ü Iluminação; ü Mobiliário adequado; ü Mudança do lay out;
ü Conservação e restauração de alguns itens do acervo.
Estabelecimento/ aplicação de métodos para medir a eficácia e a eficiência e garantir a melhoria contínua.
PDCA
Determinação dos meios para prevenir as não-conformidades e eliminar suas causas.
Execução de Auditoria Interna.
Estabelecimento e aplicação de um processo para melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade.
PDCA
Segundo o requisito 2.3 da NBR ISO 9000 (Abordagem de
Sistemas de Gestão da Qualidade), uma organização que adota a abordagem
acima mencionada gera confiança na capacidade de seus processos e na
qualidade de seus produtos, e fornece uma base para melhora contínua. Isto
pode conduzir ao aumento da satisfação dos clientes e das outras partes
interessadas, e também, ao sucesso da organização.
A execução das atividades propostas pelo Arquivo Histórico é que
trará a padronização necessária e a conformidade em relação à Norma.
CAPÍTULO IV
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA QUALIDADE
Dentro de uma organização o planejamento é muito importante
porque norteia as atividades que serão desenvolvidas ao longo de um período
preestabelecido.
Para Oliveira, planejamento pode ser conceituado como um
processo, considerando os aspectos abordados pelas cinco dimensões do
planejamento (Steiner apud Oliveira), desenvolvido para o alcance de uma
situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor
concentração de esforços e recursos pela empresa.
A primeira dimensão do planejamento corresponde ao assunto
abordado, que pode ser produção, pesquisa, novos produtos, finanças,
marketing, instalações, recursos humanos, etc.
Outra dimensão corresponde aos elementos do planejamento, entre
os quais podem ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas,
programas, orçamentos, normas e procedimentos, entre outros.
Uma terceira dimensão corresponde à dimensão de tempo do
planejamento, que pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo.
Outra dimensão do corresponde às unidades organizacionais onde
o julgamento é elaborado, e nesse caso pode-se ter planejamento corporativo, de
subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de departamentos, de produtos,
etc.
Uma quinta dimensão corresponde às características do
planejamento que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade,
qualidade ou quantidade, estratégico ou tático, confidencial ou público, formal ou
informal, econômico ou caro.
Como pode-se observar, as cinco dimensões apresentadas
permitem visualizar a amplitude do assunto planejamento, conforme veremos
nesse capítulo.
Então, por que planejar?
ü Para prover direção e propósito;
ü Para melhor aproveitamento de oportunidades;
ü Para permitir crescimento ordenado;
ü Para melhor entender e definir prioridades;
ü Para alinhar as decisões;
ü Para maior alinhar as decisões;
ü Para maior comprometimento de todos;
ü Para possibilitar e trabalho em equipe;
ü Para otimizar alocação e uso dos recursos;
ü Para aumentar a velocidade da implementação/ execução;
ü Para melhor integração e coordenação interdepartamental;
ü Para melhor controlar/ redirecionar o negócio.
Mas, além de planejar é necessário que a organização defina o seu
negócio, ou seja, é preciso definir a razão de ser da empresa.
No caso do Museu Aeroespacial, seu negócio é proporcionar
cultura, e sendo mais específico, o negócio do Arquivo Histórico é divulgar
informação através da preservação do patrimônio cultural da Aviação.
Seguindo as dimensões do planejamento, apresentamos a seguir o
Planejamento Estratégico da Qualidade e o Plano de Atividades desenvolvidos
para proporcionar a execução do primeiro.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA QUALIDADE Revisão:
1
ARQUIVO HISTÓRICO Data:
05/11/2001
PILAR DA QUALIDADE
OBJETIVOS META MEDIÇÃO INICIAL STATUS ATUAL
OUTUBRO/2002 STATUS
DESEJADO PRAZO
I PERPETUAR A HISTÓRIA DA
AVIAÇÃO BRASILEIRA ATRAVÉS DE
DOCUMENTOS
Assegurar o tratamento adequado ao acervo
Utilizar metodologia para preservação,
conservação e restauração
0% 5% 45% Jun/2003
Disponibilizar o acesso rápido à informação
Criar e implantar
instrumentos de pesquisa
5% 10% 50% Jun/2003
II ASSEGURAR A
SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS E MELHORAR O
DESEMPENHO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO
Diminuir o tempo de espera do usuário
Disponibilizar consulta aos instrumentos de
pesquisa 5% 10% 50% Jun/2003
Adequar o ambiente aos padrões de climatização
0% 0% 50% Jun/2003 III ASSEGURAR A
GUARDA DO ACERVO
Acondicionar o acervo em local seguro e adequado
Adquirir material de consumo e material
permanente para garantir a segurança do acervo
0% 0% 50% Jun/2003
PLANO DE ATIVIDADES Revisão: 1
ARQUIVO HISTÓRICO Data:
10/01/2003 PLANO DE AÇÃO
OBJETIVO META AUTORIDADE RECURSO AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO/
PERIODICIDADE
Digitalizar as imagens; 7h Digitalizar 20 imagens/ dia;
Luciana Abril/ 2003
Tratar as imagens; 7h Tratar 10 imagens/ dia; Luciana Maio/ 2003
Descrever e cadastrar as imagens no ACERVSYS;
7h Descrever e cadastrar 10 imagens/ dia;
Luciana Maio/ 2003
Tornar disponível o acesso ao acervo de Alberto Santos Dumont
Localização no acervo.
CHEFIA
7h Incluir 10 fotos/ dia no acervo.
Ivonete Abril/ 2003
Descrever e cadastrar as imagens; 7h Descrever e cadastrar 02 fitas/ dia;
José Mauro Dezembro/ 2003
Acondicionar as fitas com capa para identificação;
7h Acondicionar 02 fitas/ dia; Sabrina Dezembro/ 2003
Tornar disponível o acesso ao acervo audiovisual
Localização no acervo.
CHEFIA
7h Incluir 02 fitas/ dia no acervo.
Ivonete Dezembro/ 2003
Higienizar o acervo; 7h Higienizar 20 negativos/
dia; Luciana/ Wladimir Julho/ 2004
Acondicionar o acervo; 7h Trocar 20 invólucros/ dia; Luciana/ Wladimir Julho/ 2004
Digitalizar as imagens; 7h Digitalizar 20 negativos/
dia; Luciana/ Wladimir Julho/ 2004
Tornar disponível o acesso ao acervo de Negativos de Vidro
Tratar as imagens;
CHEFIA
7h Tratar 10 negativos/ dia; Luciana/ Wladimir
Dezembro/ 2004
Descrever e cadastrar as imagens no ACERVSYS;
7h Descrever e cadastrar 10 imagens/ dia;
Luciana/ Wladimir
Julho/ 2004
Localização no acervo. 7h Incluir 10 negativos/ dia
no acervo. Sabrina Julho/ 2004
PLANO DE AÇÃO
OBJETIVO META AUTORIDAD
E RECURS
O AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO/
PERIODICIDADE
Descrever e cadastrar na base de dados “AERONAVES”;
7h Descrever e cadastrar 10 fotos/ dia;
Wladimir Dezembro/ 2003
Acondicionar o acervo; 7h Acondicionar 10 fotos/ dia;
Wladimir Dezembro/ 2003
Tornar disponível o acesso ao acervo de Aeronaves
Localização no acervo.
CHEFIA
7h Incluir 10 fotos/ dia no acervo.
Sabrina Dezembro/ 2003
Estudo e coleta de dados sobre o tema;
7h Realizar pesquisa sobre o tema;
Sabrina/ Ivonete
Dezembro/ 2003
Inventário do acervo; 7h Realizar inventário do
acervo; Sabrina/ Ivonete
Dezembro/ 2003
Descrever e cadastrar na Ficha Índice;
7h Descrever e cadastrar 20 fotos/ dia;
Sabrina/ Ivonete
Dezembro/ 2003
Acondicionar o acervo; 7h Acondicionar 20 fotos/
dia; Sabrina/ Ivonete
Dezembro/ 2003
Digitalizar as imagens; 7h Digitalizar 20 imagens/
dia; Luciana Dezembro/
2003
Tratar as imagens; 7h Tratar 10 imagens/ dia; Luciana Dezembro/
2003
Tornar disponível o acesso ao acervo de Aviação Civil
Descrever e cadastrar imagens no ACERVSYS.
CHEFIA
7h Descrever e cadastrar 20 imagens/ dia.
Sabrina/ Ivonete
Dezembro/ 2003
CAPÍTULO V
DOCUMENTAÇÃO/ DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS
Para se desenvolver essa parte do trabalho, utilizou-se o recurso de
estudo de caso. Vivenciou-se a rotina de uma seguradora que possui certificação
ISO 9000 para aprofundar os conhecimentos em relação à norma, e a partir
desse ponto, adaptá-la ao Arquivo Histórico.
Para melhorar as atividades do Arquivo Histórico, foram
identificados dois processos, que são as principais atividades desenvolvidas na
seção. Mas é importante lembrar que a preservação do acervo (já citada no
trabalho) deve caminhar junto com os processos.
O primeiro processo diz respeito ao “Tratamento da Documentação
do Acervo”, que aborda todo o trâmite da documentação, desde sua chegada até
sua digitalização, passando pelos processos de conservação, preservação e
restauração.
Este processo está ligado ao Procedimento de Execução de
Tarefas (PET) com o mesmo nome, que descreve o passo – a – passo das
atividades apresentadas no processo.
O segundo processo do “Atendimento à Pesquisa” e aborda como
a equipe do Arquivo Histórico deve agir ao atender um pesquisador e quais são
os meios para reprodução do acervo e forma de pagamento.
Este processo também possui um PET com o mesmo título, no qual
também está descrito o passo – a – passo das atividades do processo.
Com a implantação desses processos, pretende-se padronizar as
atividades do Arquivo Histórico e assim aumentar o rendimento das atividades e
integrar os funcionários da seção, fazendo com que todos tenham conhecimento
das atividades dos outros.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE TAREFAS
Processo ARQUIVO HISTÓRICO DO MUSEU AEROESPACIAL
Subprocesso: TRATAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO DO ACERVO
ATIVIDADE EXECUTOR DETALHAMENTO REGISTRO
DOCUMENTO
APLICATIVO DISPOSITIVO
EQUIPAMENTO
RECEBER DOCUMENTOS DO
ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
AUXILIAR DE INFORMÁTICA
INÍCIO DO PROCESSO
RECEBER, EM MÃOS, DOCUMENTOS DO ACERVO
- - -
PROTOCOLAR DOCUMENTOS DO
ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
AUXILIAR DE INFORMÁTICA
EFETUAR PROTOCOLO DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS DA SEGUINTE MANEIRA:
REGISTRAR NO LIVRO DE PROTOCOLO O RECEBIMENTO DOS DOCUMENTOS (XXXX/AA), O TIPO DE DOCUMENTO RECEBIDO, A DATA DO RECEBIMENTO E A DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO CONTEÚDO DO DOCUMENTO RECEBIDO, O NOME DO DOADOR DO DOCUMENTO
LIVRO DE PROTOCOLO
- -
PREENCHER DADOS DO ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
PREENCHER O FORMULÁRIO FICHA ÍNDICE COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS QUE CONTÉM A FICHA.
FICHA ÍNDICE - -
ARQUIVAR EM FICHÁRIO POR TEMPO
INDETERMINADO
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
ARQUIVAR A FICHA ÍNDICE DEVIDAMENTE PREENCHIDA EM SUA TOTALIDADE EM FICHÁRIO ESPECÍFICO POR TEMPO INDETERMINADO
FICHA ÍNDICE - FICHÁRIO
CADASTRAR DADOS DA FICHA ÍNDICE
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
ACESSAR O SISTEMA ACERVSYS E EFETUAR O CADASTRAMENTO DA FICHA ÍNDICE, REGISTRANDO OS DADOS NECESSÁRIOS.
FICHA ÍNDICE ACERVSYS REDE
ANOTAR NUMERAÇÃO SISTÊMICA NA FICHA
ÍNDICE
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
ANOTAR NA FICHA ÍNDICE A NUMERAÇÃO FORNECIDA PELO SISTEMA ACERVSYS QUANDO DO CADASTRAMENTO DOS DADOS CONTIDOS NA MESMA
FICHA ÍNDICE - -
ARQUIVAR POR TEMPO
INDETERMINADO
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
EFETUAR O ARQUIVAMENTO DA FICHA ÍNDICE EM FICHÁRIO ESPECÍFICO, POR TEMPO INDETERMINADO
FICHA ÍNDICE - FICHÁRIO
HIGIENIZAR/RESTAURAR ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
AUXILIAR DE INFORMÁTICA
SE ACERVO NÃO OK
EFETUAR A HIGIENIZAÇÃO E/OU RESTAURAÇÃO DO ACERVO, CONFORME TIPO DE PROBLEMA OU DANO VERIFICADO
- - -
ACONDICIONAR DOCUMENTOS DO
ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
FUNCIONÁRIO CIVIL
EFETUAR O ACONDICIONAMENTO DOS DOCUMENTOS DO ACERVO EM MEIO ESPECÍFICO, DE ACORDO COM O TIPO
- - -
DIGITALIZAR OS DOCUMENTOS DO
ACERVO
ARQUIVO HISTÓRICO
SE ACERVO OK
EFETUAR A DIGITALIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO ACERVO
DOCUMENTO DIGITALIZADO
ACERVSYS REDE
SARGENTO (TEC INFORMÁTICA)
ARQUIVAR DOCUMENTOS
ACONDICIONADOS
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
ARQUIVAR EM LOCAL PRÉ-DETERMINADO OS DOCUMENTOS EM CARÁTER DEFINITIVO
FIM DO PROCESSO
- - -
Início
Solicitação da
Pesquisa no Arquivo Histórico
Consulta ao
fichário ou
ACERVSYS
Seleção do
Material
Definição do Tipo de Reproduçã
o
Documentação
em Papel
Documentação
Audiovisual
CD Impressão
Escanear e Tratar Imagens
Imprimir e/ ou gravar CD
Reprodução
Pagamento
Emissão do Recibo
Reprodução do Material (10 dias
Assinatura do Termo de Cessão de Direitos
Entrega do
Material
FIM
Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial
Processo: Atendimento à Pesquisa
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE TAREFAS
Processo ARQUIVO HISTÓRICO DO MUSEU AEROESPACIAL
Subprocesso: ATENDIMENTO AO USUÁRIO
ATIVIDADE EXECUTOR DETALHAMENTO REGISTRO
DOCUMENTO
APLICATIVO DISPOSITIVO
EQUIPAMENTO
SOLICITAÇÃO DA PESQUISA
ARQUIVO HISTÓRICO
USUÁRIO
INÍCIO DO PROCESSO
PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIO SOLICITANDO A PESQUISA
LIVRO DE SOLICITAÇÃO DE
PESQUISA
- -
CONSULTA AO FICHÁRIO/ ACERVSYS
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
PESQUISAR MATERIAL QUE POSSA ATENDER À SOLICITAÇÃO.
FICHA – ÍNDICE ACERVSYS FICHÁRIO
PC
SELEÇÃO DO MATERIAL
ARQUIVO HISTÓRICO
USUÁRIO
SELECIONAR O MATERIAL QUE ATENDE À PESQUISA. ACERVO DO ARQUIVO
HISTÓRICO
- -
DEFINIÇÃO DO
TIPO DE REPRODUÇÃO
ARQUIVO HISTÓRICO
USUÁRIO
DEFINIR SE O MATERIAL SERÁ REPRODUZIDO EM CD, PAPEL, REVELADO EM LABORATÓRIO FOTOGRÁFICO OU EM VHS.
- - -
PAGAMENTO ARQUIVO HISTÓRICO
RECEBER EM ESPÉCIE OU MATERIAL DE ACORDO COM OS VALORES DA TABELA ANEXA À NPA.
- - -
ARQUIVISTA
EMISSÃO DO RECIBO ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
EMITIR RECIBO DESCREVENDO O SERVIÇO EXECUTADO, VALOR UNITÁRIO E VALOR TOTAL.
RECIBO - -
REPRODUÇÃO DO MATERIAL –
GRAVAÇÃO DE CD
ARQUIVO HISTÓRICO
SGT (TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
- ESCANEAR E TRATAR AS IMAGENS.
- GRAVAR CD.
CD PHOTOSHOP
CD EASYCREATOR
- SCANNER
- PC
IMPRESSÃO
ARQUIVO HISTÓRICO
SGT (TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
- ESCANEAR E TRATAR AS IMAGENS.
- IMPRIMIR
PAPEL GLOSSY PAPER
PHOTOSHOP
- SCANNER
- PC
- IMPRESSORA
REVELAÇÃO CONVENCIONAL
DIVISÃO PROMOCIONAL
FOTÓGRAFO
REVELAR AS IMAGENS DOS NEGATIVOS - PAPEL
- EMULSÃO
- FIXADOR
- MÁQUINA REVELADORA
REPRODUÇÃO DE FILME
ARQUIVO HISTÓRICO
FUNCIONÁRIO CIVIL
REPRODUÇÃO DOS FILMES DE ROLO OU FITAS VHS NO FORMATO VHS
FILMES DE ROLO OU FITAS VHS
- - TV
- VÍDEO
ASSINATURA DO TERMO DE CESSÃO DE
ARQUIVO HISTÓRICO
AUTORIZAÇÃO PARA QUE O USUÁRIO UTILIZE AS IMAGENS CEDIDAS E DE CRÉDITO AO ARQUIVO HISTÓRICO DO MUSEU
TERMO DE CESSÃO DE
- -
DIREITOS ARQUIVISTA
AEROESPACIAL. DIREITOS
ENTREGA DO MATERIAL
REPRODUZIDO AO USUÁRIO
ARQUIVO HISTÓRICO
ARQUIVISTA
ENTREGAR MATERIAL AO USUÁRIO.
FIM DO PROCESSO.
- - -
CONCLUSÃO
A confecção desse trabalho nos mostrou todas as deficiências do
Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial. Por outro lado, provou-se que é
possível transformar essas deficiências em pontos fortes.
E é exatamente isso que se espera desse trabalho: abrir o caminho
para melhorar a qualidade do serviço executado no Arquivo Histórico, através da
padronização das atividades, do comprometimento e trabalho em equipe, e
principalmente do planejamento das atividades que serão desenvolvidas.
Espera-se que o primeiro passo seja realmente a mudança do
lay-out e do meio-ambiente, paralelo à execução dos Procedimentos de
Execução de Tarefas.
Sendo assim, pretende-se preservar a memória da Aviação
Brasileira por muitos anos.
BIBLIOGRAFIA
ABNT. Apresentação de Relatórios Técnico-Científico. Rio de Janeiro: 1989.
ABNT. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 1989.
ABNT. Apresentação de Citações em Documentos. Rio de Janeiro: 1988.
ABNT. NBR ISO 9000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e
Vocabulário. Rio de Janeiro: 2000.
CHAVES, Lúcio Edi; RIBEIRO, Pedro Henrique C.; SALLES JR, Carlos Alberto.
Planejamento Estratégico e Mudança Organizacional. MBA em Gerência de
Projetos. Rio de Janeiro: FGV.
OGDEN, Sherelyn. Meio Ambiente. Caderno Técnico 14 a 17. 2ª Edição. Rio de
Janeiro: CPBA, 2001.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico –
Conceitos, Metodologia, Fundamentos. 14ª Edição. São Paulo: Editora Atlas,
1999, 303 p.
ANEXOS
COMANDO DA AERONÁUTICA MUSEU AEROESPACIAL
ARQUIVO HISTÓRICO
DATAS
DISTRIBUIÇÃO
EMISSÃO
EFETIVAÇÃO
NPA Nº 005/MUS/002
1. Direção e Chefias de Divisão
2. Interna para os usuários
3. INCAER
ASSUNTO
Norma de Atendimento à Pesquisa e Indenização de Material
ANEXO
01 (um) Tabela de Preços
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1.1. FINALIDADE
Estabelecer procedimentos a serem adotados quanto à consulta ao acervo, o atendimento à pesquisa e à indenização de material do Arquivo Histórico do Museu Aeroespacial (MUSAL).
1.2. ÂMBITO A presente NPA aplica-se à Direção e Chefes de Divisão do MUSAL e aos usuários externos.
1.3. DO ARQUIVO
O Arquivo é um órgão da Divisão de Museologia que tem por finalidade recolher, arranjar, descrever e arquivar grupos de documentos, disseminando a informação e promovendo a pesquisa em geral.
1.4. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO ARQUIVO HISTÓRICO
De terça-feira a quinta-feira – 8h às 16h. Sexta-feira – 8h às 12h.
2. ASSUNTO 2.1. Todos os pedidos de pesquisa deverão ser feitos ao Arquivo Histórico, sejam quais forem as origens de interesses dos solicitantes. 2.2. Toda pesquisa, independente de sua origem, deverá ser encaminhada primeiramente ao Arquivo, para que a mesma seja disponibilizada e autorizada. 2.3. Não será liberado nenhum material original para empréstimo, independente do tipo de documento. 2.4. As despesas decorrentes da reprodução do material solicitado pelo
pesquisador ocorrerão por meio de troca de material ou cobrança. (Ver anexo) 2.5. O número de cópias fotográficas é limitado, assim como o escaneamento de imagens e reproduções de VHS. (Ver anexo) Casos específicos serão analisados posteriormente. 2.6. Pesquisas solicitadas por Instituições deverão ser encaminhadas através de Ofício ao Diretor do MUSEU AEROESPACIAL. 2.7. Para usuários não – institucionais, as pesquisas serão solicitadas através de formulário próprio do Arquivo Histórico. 2.8. Toda pesquisa solicitada pelo usuário será atendida no prazo de 10 dias úteis, exceto para casos excepcionais, a critério da Seção.
3. DISPOSIÇÕES FINAIS O MUSEU AEROESPACIAL se reserva o direito de, a seu julgamento, não autorizar cópias de determinados documentos. Os casos não previstos nesta NPA serão resolvidos pelo Diretor do Museu Aeroespacial (MUSAL).
Brig. do Ar R/R – Márcio Bhering Cardoso
Diretor do MUSEU AEROESPACIAL
Anexo à NPA Nº 005/MUS/002
Tabela de Preços
Validade 01/01/2003 a 31/12/2003.
1. Impressão em papel Glossy Paper:
Tamanho A4: Folha: R$ 5,00 Imagem: R$ 5,00 Tamanho A3: Folha: R$ 10,00 Imagem: R$ 5,00
Máximo de 10 unidades por pesquisa. 2. Imagem em CD:
CD: R$ 2,50 Cada Imagem: R$ 5,00
Máximo de 10 imagens por CD. Obs: Por questão de segurança, o CD será fornecido pelo Arquivo Histórico. 3. Estudante Identificado (Ensinos Fundamental, Médio e Superior):
Impressão em papel A4 comum: R$ 1,00 Máximo de 05 fotos por estudante. 4. Comando da Aeronáutica:
Não será cobrado em espécie, mas haverá troca de material, conforme lista abaixo:
Disquete lacrado CD lacrado Glossy Paper – A3 e/ou A4 (Marca HP) Cartucho para impressora Epson Stylus Color 1520 – PB e/ou colorido Fita de Vídeo lacrada Material para Revelação no Laboratório Fotográfico
5. Reprodução de Fitas de Vídeo:
Fita: R$ 7,00 Cada Título: R$ 20,00
Máximo de 05 títulos por pesquisa. Obs: Por questão de segurança, a fita de vídeo (VHS) será fornecida pelo Arquivo Histórico.
6. Tabela de Preços do Laboratório Fotográfico (Preto & Branco)
Tamanho Valor
18 x 24 R$ 15,00 24 x 30 R$ 25,00 30 x 40 R$ 35,00 50 x 60 R$ 65,00
Obs: A revelação de cópias coloridas poderá ser feita em laboratório externo, desde que seja autorizada pela Direção do MUSEU AEROESPACIAL. 7. Pesquisa à distância: Em caso de pesquisa à distância, a consulta poderá ser feita pela internet, através do e-mail do arquivo ( [email protected]. br), porém o resultado desta será enviado pelos Correios. Nesse caso, será acrescido ao valor da pesquisa, o custo dos Correios ou empresa equivalente.
Comando da Aeronáutica Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica
Museu Aeroespacial Divisão de Museologia
Arquivo Histórico
Projeto para Revelação dos Negativos de Vidro existentes no
Arquivo Histórico do MUSAL
Elaboração:
Equipe do Arquivo Histórico
Ivonete Tavares Amaral José Mauro da Silva Luciana Maia R. de Azevedo Sabrina Tavares Gama Wladimir Gonçalves
Campo dos Afonsos, agosto de 2001.
1. Apresentação
O presente trabalho tem por finalidade apresentar soluções que substituam a consulta direta dos usuários aos negativos de vidro, preservando-os, e consequentemente, aumentando sua vida útil. Para isso, faz-se necessário a ampliação dos negativos de vidro.
2. Situação Atual do Acervo
O acervo atual é de 7.184 negativos de vidro. Os negativos encontram-se armazenados nas gavetas de um Arquivo Deslizante, acondicionados em envelopes confeccionados em papel ofício pelos funcionários do próprio arquivo. É possível notar que tanto os envelopes como os negativos já se encontram com marcas da ação do tempo, como fungos e bactérias.
O acervo abrange o período de 1926 a 1960 e divide-se em três partes:
· Reportagem Terrestre · Trabalhos Aéreos · Identificação pessoal
No que diz respeito à organização e à indexação, nada será modificado,
pois o acervo já possui uma metodologia organizacional, que dera origem a um instrumento de pesquisa publicado em forma de livro pelo MUSAL. Futuramente, pensa-se em publicar uma revisão atualizada do mesmo, contendo a errata.
3. Justificativa
Sabendo-se que o Arquivo Histórico possui um grande número de negativos de vidro, e que os mesmos são consultados freqüentemente, resolveu-se transferir as imagens do suporte negativo de vidro para o suporte papel, e posteriormente realizar o processamento técnico das imagens para disponibilizar no meio eletrônico (intranet e internet).
4. Objetivos · Geral: Transformar os negativos de vidro em papel;
· Específicos: Facilitar o acesso à informação; Evitar o manuseio, preservando os negativos.
5. Metodologia
Como já foi dito, a forma de organização não será alterada. A metodologia aplicada estará voltada para a reprodução dos negativos
de vidro. Por isso, para desenvolver o trabalho, será necessário considerar duas
possibilidades: o material ser reproduzido na Seção Foto do MUSAL ou a reprodução acontecer em laboratório externo. a) Reprodução na Seção Foto
Quantidade Descrição 80 caixas Papel AZO (F–3) Tamanho 18 x 24 100 pacotes Fixador 100 pacotes Revelador DECTOL b) Reprodução em Laboratório Externo
Caso a revelação ocorra em laboratório externo, um membro da Equipe deverá acompanhar todo o processo, estando presente desde a locomoção dos negativos até a volta ao Arquivo Histórico.
Em ambos os casos, para manter um padrão, as fotografias serão
ampliadas em um tamanho padrão, que foi definido como o 18cm x 24cm. Independente do local onde os negativos serão revelados, os mesmos
deverão sofrer o seguinte processo de tratamento:
ü Retirada dos negativos de vidro das gavetas; ü Limpeza dos negativos; ü Revelação da fotografia; ü Rearquivamento dos negativos em condições favoráveis à sua
conservação; ü Escaneamento da imagem (que receberá o mesmo número do negativo);
ü Arquivamento das fotografias em condições favoráveis à sua conservação.
Caso os negativos sejam revelados em laboratório externo, os mesmos só
poderão sair do Arquivo Histórico acondicionados em uma caixa especial, feita de madeira e feltro, que a própria oficina poderá confeccionar e que o Arquivo possui o modelo.
6. Fluxograma de Atividades
Retirada dos negativos de vidro
das gavetas
Limpeza dos Negativos
Revelação da Fotografia
Escaneamento da Imagem
Arquivamento da Fotografia