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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL
Por: Leila Queiroz Gomes
Orientador:
Professor Antonio Ney
Rio de Janeiro
2003
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL
Apresentação de monografia ao Conjunto
Universitário Cândido Mendes como
condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Reengenharia e Gestão de Recursos
Humanos.
Por: Leila Queiroz Gomes
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AGRADECIMENTOS
.Agradeço a meus pais por todo o
carinho e ao apoio de minha irmã
Dionisia, sem os quais não teria
havido êxito em meu
desempenho.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus
colegas de turma, em especial ao
Carlos Manoel e Letícia, que
foram meus grandes
companheiros neste período.
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RESUMO
O desafio hoje enfrentado pelos gerentes não é o de apenas
adequar as práticas de seleção, avaliação, desenvolvimento e retribuição
dos empregados à postura competitiva vigente, mas também o de fazer com
que os tradicionais sistemas de RH típicos das antigas empresas-fortalezas
adotem uma postura federativa mais vigorosa e mais adequada ao ambiente
global em rápida mutação. Em geral, as práticas de RH apresentam enorme
conteúdo operacional, pois oferecem orientação pormenorizada sobre como
analisar cargos, selecionar candidatos, avaliar desempenho, estabelecer
planos de compensação e programas de treinamento dentro e fora da
empresa. Em ambientes mutáveis, a preocupação crítica é como usar de
forma mais estratégica as práticas de RH com o objetivo de capitalizar o
potencial latente dos ativos humanos da empresa. Assim, mudanças na
postura estratégica exigem novos tipos de habilidades, novas maneiras de
motivar os empregados e novos contratos psicológicos.
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METODOLOGIA
Para a elaboração da presente monografia foi realizada uma
pesquisa documental, tendo como fonte de dados livros, artigos e periódicos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 08 CAPÍTULO I RECRUTAMENTO ................................................................................ 10 CAPÍTULO II DA SELEÇÃO DE PESSOAL ................................................................ 22 CAPÍTULO III O TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL ................ 38 CONCLUSÃO......................................................................................... 48 BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 50 INDICE.................................................................................................... 52
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INTRODUÇÃO
A área de Recursos Humanos pode ter três papéis de uma
organização. RH pode ter a função de departamento, na qual ela é uma
unidade operacional que funciona como órgão de staff, isto é, como
elemento prestador de serviços nas áreas de recrutamento, seleção,
treinamento, remuneração, comunicação, higiene e segurança do trabalho,
benefícios etc; RH como práticas de recursos humanos, onde ela se refere
ao modo como a organização opera suas atividades de recrutamento,
seleção, treinamento, remuneração, benefícios, comunicação, higiene e
segurança do trabalho; RH como profissão, que se refere aos profissionais
que trabalham em tempo integral em papéis diretamente relacionados com
recursos humanos, a saber: selecionadores, administradores de salários e
benefícios, engenheiros de segurança, médicos do trabalho e etc.
Recrutamento é um processo que gera um conjunto de
candidatos para um cargo especifico, ele deve anunciar a disponibilidade do
cargo no mercado e atrair candidatos qualificados para disputa-lo. O
mercado no qual a organização tenta buscar os candidatos pode ser interno,
externo ou misto (que seria uma combinação dos dois).
A seleção de recursos humanos tem a finalidade central de
escolher, entre os candidatos recrutados, aqueles que se revelarem mais
qualificados na triagem inicial do recrutamento. O objetivo da seleção de
recursos humanos seria colocar todos os candidatos em empregos
perfeitamente adequados ao seu tipo.
O presente estudo visa tecer alguns comentários a respeito do
processo de recrutamento e seleção de pessoal para ingressar no mercado
de trabalho, fenômenos estes que ocorrem na área de recursos humanos de
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uma organização, demonstrando também simuladamente o processo de
recrutamento e seleção de pessoal usado em uma organização.
Adicionalmente, o estudo abordou a questão do treinamento e
desenvolvimento, corolário do recrutamento e seleção de pessoal, bem
como a atuação da Administração de Recursos Humanos na nova gestão
organizacional.
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CAPÍTULO I
RECRUTAMENTO
Pode-se definir o recrutamento como um conjunto de
procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e
capazes de ocupar cargos dentro da organização. Na opinião de Siqueira
(1978:93), o recrutamento seria “um conjunto de atividades que visa a
descobrir, a atrair, a orientar e a reorientar pessoal qualificado para uma
instituição, pública ou particular.”
É basicamente um sistema de informação, através do qual a
organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos
oportunidades de emprego que pretende preencher. Para ser eficaz, o
recrutamento deve atrair um contingente de candidatos suficiente para
abastecer adequadamente o processo de seleção. Aliás, a função do
recrutamento é a de suprir a seleção de matéria-prima (candidatos) para seu
funcionamento.
A atividade de recrutamento em geral ocorre por um dos
seguintes motivos:
a) expansão da empresa;
A julgar pelas aparências, o recrutamento por motivo de
expansão de da empresa é um trabalho agradável, mas é essencial que o
supervisor tenha certeza de precisar de pessoal extra, antes de assumir a
responsabilidade de recrutar um novo empregado. Esta é a era das
medições estatísticas; portanto antes de assumir a responsabilidade de
custos maiores – o novo empregado, no caso -, o gerente perspicaz examina
cuidadosamente a força de trabalho disponível, assegurando-se de que está
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rendendo o máximo possível. Há algumas perguntas a fazer nesse caso e só
depois de tê-las respondidas satisfatoriamente é que se deve fazer o
recrutamento.
- Pode-se redistribuir o serviço de modo que o pessoal existente possa
absorver parte das responsabilidades destinadas ao novo empregado?
- O pessoal existente trabalha a sua plena capacidade?
- A capacidade administrativa disponível é suficiente para maximizar a
contribuição dada por um novo empregado?
b) necessidade de substituir um empregado que está em atividade.
A atividade de recrutamento decorrente da necessidade de
substituir um empregado enquadra-se em uma das duas seguintes
categorias:
– Favoráveis: isto normalmente implica promoção e é muito animador,
pois indica que o recrutamento anterior foi eficaz. Pode indicar também o
crescimento da empresa, com aumento das oportunidades.
– Desfavoráveis: no caso de substituição não ser a causada por
promoção, mais uma vez os motivos são dois: a) um empregado se demitiu;
b) um empregado se demitiu ou a empresa o demitiu.
Qualquer que seja a forma pela qual o empregado saiu da
empresa – tendo sido demitido ou tendo pedido demissão – o gerente, antes
de tentar substituí-lo, deve procurar determinar a verdadeira razão para o
malogro e não se contentar com a explicação mais fácil e superficial. Este é
um requisito essencial da atividade de recrutamento.
1.1 Requisição de pessoal
O recrutamento envolve um processo que varia conforme a
organização. O início do processo de recrutamento depende da decisão de
linha. Em outras palavras, o órgão de recrutamento não tem autoridade de
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efetuar qualquer atividade de recrutamento sem a devida tomada de decisão
por parte do órgão que possui a vaga a ser preenchida.
Como o recrutamento é uma função de staff, suas providencias
dependem de uma decisão de linha, que é oficializada através de uma
espécie de ordem de serviço, geralmente denominada requisição de
empregado ou requisição de pessoal. Trata-se de um documento que deve
ser preenchido e assinado pelo responsável que pretende preencher alguma
vaga em seu departamento ou seção. Os detalhes envolvidos no documento
dependem do grau de sofisticação existente na área de recursos humanos:
quanto maior a sofisticação, menores os detalhes que o responsável pelo
órgão emitente deverá preencher no documento.
1.2 Formas de mercado de trabalho
Na fase de recrutamento, o mercado de trabalho apresenta-se
sob as seguintes formas:
- Ocupado - os candidatos em potencial já se encontram empregados;
- Disponível - os candidatos em potencial estão à disposição da empresa
recrutadora;
- Fixo - há disponibilidade mais ou menos constante de candidatos em
potencial; ex. escriturários, datilógrafas etc.;
- Cíclico - a mão-de-obra só está disponível em certas ocasiões. Ex. alunos
que concluem seus cursos.;
- Limitado / Ilimitado - depende da localização da empresa em relação ao
mercado de trabalho. Se estiver perto, as condições de atração de
candidatos serão diferentes da organização que estiver longe do mercado;
- Abundante - existe excesso de mão-de-obra no preenchimento de
determinados cargos oferecidos pela empresa;
- Suficiente - há equilíbrio entre a oferta e a procura de mão-de-obra;
- Exíguo - oferta limitada de candidatos para certas vagas.
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1.3 Descrição e análise do cargo
A descrição e análise do cargo constituem o levantamento dos
aspectos intrínsecos (conteúdo do cargo) e extrínsecos (requisitos que o
cargo exige de seu ocupante, também chamados fatores de especificações)
do cargo. A descrição e análise do cargo proporcionam informações a
respeito dos requisitos e das características que o ocupante do cargo deverá
possuir para ocupá-lo adequadamente.
1.4 Fontes de recrutamento
As fontes de recrutamento são as áreas do mercado de
recursos humanos exploradas pelos mecanismos de recrutamento. Essas
fontes de recrutamento podem ser do tipo interna, do tipo externa ou do tipo
mista.
1.4.1 Recrutamento Interno
O recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão
trabalhando dentro da organização - isto é, funcionários - para promovê-los
ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras.
Isto pode envolver:
- Transferência de pessoal;
- Promoções de pessoal;
- Transferências com promoções de pessoal;
- Programas de desenvolvimento de pessoal;
- Planos de encarreiramento (carreira) de pessoal.
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Vantagens do recrutamento interno:
- É mais econômico - pois evita despesas com anúncios em jornais ou
honorários de empresas de recrutamento, custos de atendimento de
candidatos, custo de admissão etc.
- É mais rápido - dependendo da possibilidade de o empregado ser
transferido ou promovido de imediato, e evita as demoras freqüentes do
recrutamento externo.
- Apresenta maior índice de validade e de segurança - pois o candidato já é
conhecido, avaliado durante certo período de tempo e submetido à
apreciação dos chefes envolvidos; não necessita, na maior parte das vezes,
de período experimental, de integração e indução à organização, ou de
informações cadastrais a respeito.
- É uma fonte poderosa de motivação para os empregados - desde que
estes vislumbrem a possibilidade de crescimento dentro da organização,
graças às oportunidades oferecidas àqueles que apresentam condições para
uma futura promoção; quando uma empresa desenvolve uma política
consistente de recrutamento interno, estimula junto ao seu pessoal a atitude
de constante auto-aperfeiçoamento e de auto-avaliação, no sentido de
aproveitar as oportunidades de aperfeiçoamento ou mesmo de cria-las.
- Aproveita os investimentos da empresa em treinamento do pessoal - que,
muitas vezes, somente tem o seu retorno quando o empregado passa a
ocupar cargos mais elevados e complexos; e
- Desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal - tendo em
vista que as oportunidades serão oferecidas àqueles que realmente
demonstrem condições de merecê-las.
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Desvantagens do recrutamento interno
- Insuficiência de RH internos para cobrir as necessidades de preenchimento
de vagas;
- Dificuldades em se conseguir a aprovação de gerentes para "soltar" seus
colaboradores mais eficientes, os quais são candidatos naturais a promoção;
- Eventual ausência de avaliação mais criteriosa na apreciação da carreira
de determinado funcionário, candidato em potencial à promoção;
- Os funcionários não escolhidos podem ficar frustrados, prejudicando sua
atual produtividade no trabalho;
- Quando não é bem estruturada, a promoção interna pode transformar-se
numa espécie de carreirismo, deixando de lado a eficiência funcional no
exercício das funções atuais.
Meios do recrutamento interno
- Quadros de aviso ao pessoal, comunicando as vagas previstas;
- Comunicações internas dirigidas aos gerentes de unidades contendo listas
de funcionários disponíveis para transferências, com especificação de
características individuais de cada empregado listado;
- Se existir, consulta ao chamado "banco de recursos humanos" disponível
na empresa;
- Encontros com o pessoal de categoria funcional, tais como, por exemplo:
auxiliares de laboratórios, operadores de computador etc., informando-os
sobre as características das vagas em disponibilidade, com o propósito de
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divulgar essa informação fora da empresa, entre seus amigos e conhecidos;
e
- Sendo possível divulgação das vagas existentes em periódicos da empresa
destinado a todos os funcionários.
1.4.2 Recrutamento Externo
Cabe ao órgão de linha, órgão este que possui a vaga a ser
preenchida, a solicitar através de uma ordem de serviço que pode ser uma
requisição de empregado ou requisição de pessoal . Esse documento deve
ser assinado pelo responsável pelo setor requeridor.
Os meios de recrutamento é utilizado e influenciado pela
organização, pois a procura da organização ocasiona diversificadas classes
de candidatos se utilizando de técnicas de recrutamento, com a intenção de
atrair seus recursos humanos.
Mercado de Recursos Humanos está constituído de candidatos
que estão empregados ou procurando emprego. Os que estão procurando
ou querendo mudar de emprego, a empresa interessada pode utilizar-se dos
meios de recrutamento externo ocasionado um aumentando de Recursos
Humanos, e também utilizar-se do recurso humano existente na sua própria
empresa ou recrutamento interno, provocando um remanejamento de
funções e atribuições.
Vantagens do recrutamento externo
Traz "sangue novo" e experiências novas para a organização -
a entrada de recursos humanos ocasiona sempre uma importação de idéias
novas, de diferentes abordagens dos problemas internos da organização e,
quase sempre, uma revisão na maneira pela qual os assuntos são
conduzidos dentro da empresa. Com o recrutamento externo, a organização,
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como um sistema, mantém-se atualizada com o ambiente externo e a par do
que ocorre em outras empresas.
Renova e enriquece os recursos humanos da organização -
principalmente quando a política é a de admitir pessoal com gabarito igual,
ou melhor, do que o já existente na empresa.
Aproveita os investimentos em preparação e o
desenvolvimento de pessoal efetuado por outras empresas ou pelos próprios
candidatos - isto não significa que a empresa deixe de fazer esses
investimentos dali para frente, mas que ela usufrua imediato o retorno dos
investimentos já efetuados pelos outros. Tanto assim que muitas empresas
preferem recrutar externamente, pagando salários mais elevados,
exatamente para evitar despesas adicionais de treinamento e
desenvolvimento e obter resultados de desempenho em curto prazo.
Desvantagens do recrutamento externo
- É geralmente mais demorado do que o recrutamento interno. O período de
tempo despendido com escolha e mobilização das técnicas mais adequadas,
com influenciação as fontes de recrutamento, com atração e apresentação
dos candidatos, com recepção e triagem inicial, com encaminhamento a
seleção, aos exames médicos, a documentação, com liberação do candidato
do outro emprego ou de outros compromissos e com admissão, não é
pequeno, e, quanto mais elevado o nível do cargo, maior a extensão desse
período.
- É mais caro e exige inversões e despesas imediatas com anúncios, jornais,
honorários de agencias de recrutamento, despesas operacionais relativas a
salários e encargos sociais da equipe de recrutamento, material de
escritório, formulários, etc.
- Geralmente afeta a política salarial da empresa, influenciando as faixas
salariais internas, principalmente quando a oferta e a procura de recursos
humanos estão em situação de desequilíbrio.
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1.4.3 Recrutamento Misto
Em face às vantagens e desvantagens dos recrutamentos
interno e externo, uma solução eclética tem sido preferida pela maioria das
empresas: o recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde tanto fontes
internas como fontes externas de recursos humanos. O recrutamento misto,
ou seja, aquele que aborde tantas fontes internas como fontes externas de
recursos humanos. O recrutamento misto pode ser adotado em três
alternativas de sistema:
- Inicialmente, recrutamento externo, seguido de recrutamento interno - caso
aquele não apresente resultados desejáveis. A empresa esta mais
interessada na entrada de recursos humanos do que em sua transformação,
ou seja, a empresa necessita de pessoal já qualificado, em curto prazo, e
precisa importa-lo do ambiente externo. Não encontrando candidatos
externos a altura, lança mão de seu próprio pessoal não considerando, de
inicio, os critérios acerca das qualificações necessárias.
- Inicialmente recrutamento interno, seguido de recrutamento externo - caso
não apresente resultados desejáveis. A empresa dá prioridade a seus
empregados na disputa das oportunidades existentes. Não havendo
candidatos a altura, parte para o recrutamento externo.
- Recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente - é o
caso em que a empresa esta mais preocupada com preenchimento de vaga
existente seja através de input ou através de transformação de recursos
humanos; geralmente, uma boa política de pessoal dá preferência aos
candidatos internos sobre os externos, em caso de igualdade de condições
entre eles.
Anúncios de Emprego
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Os classificados de imprensa, jornais, revistas, tablóides, etc.,
constituem uma das formas mais utilizadas pelas empresas para atrair
candidatos ao preenchimento de vagas. Trata-se de um recurso que
dispensa a pesquisa no mercado de trabalho, bem como não necessita da
localização das fontes de suprimento de mão-de-obra.
O anúncio na imprensa funciona como uma espécie de cartão
de apresentação da organização, desde que bem elaborado. Isso se torna
possível atentando-se para os cuidados em relação ao texto do anúncio, sua
apresentação e localização correta.
Anúncio Aberto
É o tipo de anúncio de emprego que identifica o empregador,
embicando o nome da organização, endereço, setor para contatos e horários
de atendimento.
Anúncio Semi-Aberto
No anúncio semi-aberto aparece a identificação da empresa,
mas ocorre uma pré-triagem ao se exigir que os candidatos remetam seus
currículos para o endereço da companhia ou aos cuidados do veículo
divulgador do anúncio.
Anúncio Fechado
A característica central do anúncio fechado é que a empresa
patrocinadora da vaga não se dá a conhecer ao candidato. Assim, o
recrutador examinara as propostas que lhe são encaminhadas,selecionando
os contatos numa pré-seleção e evitando com essa providência, uma
quantidade muito grande de candidatos.
Formulário de Solicitação de Emprego
O formulário de solicitação de emprego é a ultima fase do
processo de recrutamento. Constitui-se no registro de candidatos ao
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preenchimento de vagas oferecidas pela empresa através de seus vários
meios de recrutamento.
Uma vez informados acercas das condições dos cargos
oferecidos pela organização, os candidatos devem ser registrados para
posterior encaminhamentos ao setor de seleção. Esse registro é feito
através do preenchimento, pelo candidato, do chamado formulário de
solicitação de emprego.
Para que o formulário atinja sua finalidade central de obter o
máximo de informações dos candidatos ao preenchimento de vagas
disponíveis na empresa.
1.5 Recrutamento on-line
Os tempos estão mudando e a Internet está se revelando um
importante canal de contato entre organizações e candidatos. Os sites de
procura e oferta de emprego na Internet estão se multiplicando a cada dia.
As organizações estão apostando na Internet para recrutar talentos e reduzir
os custos dos seus onerosos processos de provisão de pessoas, ao mesmo
em que aumentam os horizontes do recrutamento e facilitam a vida dos
candidatos.
A Internet proporciona velocidade de informação e facilidade
em trabalhar grandes volumes de dados. Ela permite agilidade, comodidade
e economia. A empresa pode oferecer oportunidades pelos quatro cantos do
mundo e o candidato pode concorrer a várias oportunidades no mercado ou
no mundo, mesmo estando em sua casa.
No recrutamento virtual, o espaço principal do site destina-se
geralmente ao cadastramento de currículos. O curriculum vitae constitui a
clássica embalagem que diferencia um candidato do outro. Os usuários
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digitam suas experiências, aptidões, preferências, conhecimentos e
pretensões para as empresas que procuram candidatos.
Ao acessar esses sites, o internauta encontra informações
sobre a empresa, oportunidades de trabalho, desenvolvimento de carreira,
etc. O seu único trabalho é digitar os dados solicitados e aguardar os
resultados, sem ter que ir até a empresa e aguardar na sala de espera.
Uma enorme variedade de empresas utiliza a Internet. As
consultorias e agências de recrutamento e seleção de pessoas, na frente.
Algumas agências virtuais funcionam como bancos de dados de currículos e
cobram taxas para gerenciar os candidatos na Web, que variam desde
pequenos débitos mensais, podendo chegar a parcelas da remuneração
inicial da pessoa que vier a ser contratada por indicação da agência. Outras
agências nada cobram do candidato pela manutenção dos currículos na
rede, mas da empresa interessada em contatar as pessoas cadastradas.
Nos sites dessas agências, o candidato encontra informações e
dicas sobre como montar um currículo, comportar-se na entrevista de
seleção, fazer os testes e negociar uma boa contratação. Além disso, os
serviços de emprego na Web também servem para investigar como está
indo o mercado de trabalho. Para tanto, basta consultar as vagas se
encaixam no seu perfil e enviar o curriculum vitae e o e-mail e esperar para
ver os resultados.
A Internet constitui uma valiosa ferramenta para as empresas e
para os candidatos se aproximarem, embora distantes fisicamente. Os
serviços on-line de recrutamento abrem as portas e janelas de muitas
empresas e permitem eliminar etapas dos sistemas de provisão de RH. Além
do mais, permitem a montagem de bancos de talentos capazes de guardar
currículos de candidatos internos (os próprios funcionários) e externos. É a
tecnologia da informação a serviço da ARH.
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CAPÍTULO II
SELEÇÃO DE PESSOAL
A seleção é o processo que vem logo depois do recrutamento,
efetuando a seleção de pessoas, entre os recrutados. Tem como atividade
principal à escolha, filtragem de acesso ao quadro de funcionários,
classificação, opção e decisão, para que aqueles que sejam selecionados
tenham maiores condições de ajustar-se ao cargo oferecido e que possa
desempenhá-lo bem, e assim atender às necessidades da organização.
A seleção de pessoal busca selecionar entre os candidatos
recrutados, os mais adequados aos cargos existentes na empresa, com o
objetivo de manter ou aumentar a eficiência e o desempenho dos
funcionários, bem como a eficácia da organização.
Por ser enorme as diferenças individuais tanto no plano físico,
como no psicológico, pois fazem com que as pessoas se comportem e
desempenhem os seus papéis no cargo diferentemente, levando a maior ou
menor o sucesso nas organizações, é que torna a tarefa da seleção de
pessoal, muito importante, devendo o processo seletivo fornecer não
somente um diagnóstico, mais também um conhecimento antecipado
baseado em suposições, e uma projeção de como será a aprendizagem e a
execução dos mesmos no futuro.
2.1 Seleção como um processo de comparação
É onde se compara o cargo a ser preenchido com o que o
candidato tem a oferecer. Analisa-se cada cargo e cada candidato através
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de técnicas de seleção procurando saber as condições de cada candidato
para ocupar um determinado cargo.
Sabendo que o candidato não tem os requisitos que o cargo
exige, ele é rejeitado, já quando possuem condições ideais ou iguais ao que
o cargo propõe, ele é aprovado e quando o cargo exigido for menor do que o
candidato tem a oferecer, torna-se super dotado para esse cargo.
Essa comparação na teoria é fácil, já na prática existe certas
dificuldades. Por isso que a análise e descrição do cargo é transformada em
uma ficha profissiográfica. Assim o selecionador, pode pesquisar cada
candidato de forma eficiente e com maior rigor e comparar aos dados que
estão nesta ficha e com isso cada candidato ocupa seu cargo da forma
desejada. A ficha profissiográfica é a maneira mais rápida e fácil de saber
quais os requisitos que o cargo exige do seu ocupante.
2.2 Seleção como um processo de decisão
A função de um órgão de staff, especializada em controlar a
qualidade, é de prestar serviços especializados na recepção de produtos,
matérias-primas ou materiais em determinadas indústrias e também
recomendar o candidato mais adequado ao cargo. Porém nunca deve se
impor ao órgão requisitante, sabendo que a aceitação dos candidatos
aprovados no processo de comparação é sempre do mesmo.
Na recepção de materiais de determinadas indústrias tem que
haver um padrão de comparação que significa especificações e medidas
solicitadas ao fornecedor, para que na recepção dos produtos possamos
comparar o produto com o padrão determinado e verificarmos se o mesmo
atinge às medidas solicitadas. Se estiverem além do nível de tolerância, os
produtos e às matérias-primas são rejeitados, portanto devolvidos ao
fornecedor.
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A seleção de pessoal abrange três modelos de
comportamento, onde vamos observar, que o modelo de classificação é
bastante superior:
1 - Modelo de colocação - quando há um só candidato para uma vaga, ele é
admitido sem sofrer rejeição.
2 - Modelo de seleção - quando existem vários candidatos para apenas uma
vaga, eles são comparados com o cargo, ocorrendo a rejeição ou a
aprovação. Aqui temos vários candidatos e apenas um será aprovado para
ocupar o cargo.
3 - Modelo de classificação - quando temos vários candidatos para uma
vaga e várias vagas para um candidato. Os mesmos são comparados com
os requisitos exigidos pelo cargo, ocorrendo aprovação ou rejeição. Os
rejeitados para um determinado cargo, ainda são comparados com
requisitos exigidos por outro cargo, podendo serem reaproveitados para
ocupar um outro cargo desejado.
O modelo de classificação tem dois requisitos em seu
programa:
1 - Técnicas de seleção - onde temos como comparar vários candidatos com
diversos cargos, fazendo-os ocuparem os cargos de forma desejável.
2 - Existência de modelos de decisão - onde se tem o melhor
aproveitamento possível nas decisões sobre os candidatos.
2.3 Bases para seleção de pessoas
Para a Administração de Recursos Humanos obter bases para
seleção de pessoas, deve estar amparada em um padrão ou raciocínio para
que se alcance um efeito pretendido. Devemos saber as características do
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cargo a ser preenchido para termos um padrão, e a primeira idéia, é a
obtenção de informações sobre o cargo.
A colheita de informações sobre o cargo pode ser conseguida através
das seguintes maneiras:
- Descrição e análise do cargo - são aspectos levantados com um objetivo:
conhecer o conteúdo do cargo para que o ocupante possua os requisitos e
características desejadas.
- Aplicação da técnica dos incidentes críticos - baseia-se em uma anotação
organizada e criteriosa, para que os chefes diretos tenham um controle ou
estejam integrados dos fatos e comportamentos dos ocupantes do cargo,
obtendo resultado dos valores positivos ou negativos desempenhados no
trabalho, buscando localizar características desejáveis e indesejáveis nos
futuros candidatos.
- Características desejáveis: produzem um melhor desempenho no trabalho;
afabilidade no trato com pessoas; facilidade no relacionamento; vontade de
agradar ao cliente; resistência a frustração; boa memória, etc.
- Características indesejáveis: pioram o desempenho no trabalho;
irritabilidade fácil; introversão; dificuldade de expressão; dificuldade no
relacionamento; pouca memória, etc.
- Requisição de pessoal - na solicitação do empregado, verificamos os
dados preenchidos pelo chefe direto, o qual mostra os requisitos e as
características que o candidato deve conter.
- Análise do cargo no mercado - se o chefe direto e a empresa não tiverem a
definição essencial de um cargo novo, existe a opção de verificar em
empresas semelhantes cargos comparáveis como os seus conteúdos, os
requisitos e as características dos seus ocupantes.
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- Hipótese de trabalho - só é utilizada quando não houver como usar as
alternativas citadas anteriormente. A hipótese de trabalho é ter idéias
próximas a que o cargo possa vir a exigir, aproximando-se de seu conteúdo.
Essas informações que o órgão recebe a respeito dos cargos e
de seus ocupantes são transformados em fichas de especificações do cargo
ou fichas profissiográficas, que faz com que todo esse processo se torne
mais prático e eficiente fornecendo melhores condições para pesquisar nos
candidatos o que melhor atende às exigências do referido cargo.
2.4 Técnicas de seleção
Para que se obtenha êxito na escolha do candidato certo para
o cargo certo, é necessária que se escolha a técnica de seleção mais
apropriada, para conhecer o perfil do candidato, em seu sentido amplo, e
escolher o mais adequado às exigências do cargo e da empresa. As
técnicas de seleção podem ser aplicadas aos candidatos, das seguintes
formas:
- Entrevistas de seleção - que podem ser dirigidas (baseadas em roteiros) ou
não dirigidas (processadas sem nenhum auxilio, de maneira espontânea,
livre).
- Provas ou testes de conhecimentos ou de capacidades - que podem ser
gerais e podem ser aplicadas de forma oral, escritas que englobam os
seguintes itens: alternativas simples, preenchimentos de lacunas, evocação
(recordação), conjugação de pares, ordenação e múltipla escolha, ou
específicos, de realização, de cultura profissional e de conhecimentos
técnicos.
- Testes psicométricos - são testes de aptidões, que visam medir a
capacidade mental e psicológica, a eficiência e potencialidades, bem como
as limitações dos candidatos. Engloba os seguintes fatores: fator V ou
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compreensão verbal, fator W ou fluência de palavras (word fluency), fator N
ou numérico, fator S ou relações especiais (special relations), fator M ou
memória associativa, fator P ou rapidez percentual e fator R ou raciocínio,
que compõem o fator G, ou seja, inteligência geral.
- Testes de personalidade - procuram avaliar o perfil psicológico dos
candidatos, no que se refere ao caráter que são traços com sentido moral e
ético. Segundo caracterólogo, René Le Senne, envolveu os valores morais
como honestidade, lealdade, o certo ou errado, o bom e mal, o roubo, a
hipocrisia ou ainda pelo temperamento, os traços inatos, como extroversão e
introversão, domínio ou submissão, etc. Os testes de personalidade podem
ser: expressivos (PMK - psicodiagnóstico miocinético de mira y lópez),
projetivos (da árvore, Rorchach, TAT - teste de apercepção temática -,
Szondi), inventários (de motivação, de frustração, de interesses).
- Testes de simulação - o psicodrama, que é um processo de improvisação
dramática, ou seja, por meio do candidato e outros personagens, que vêm a
ser as situações ocorridas na empresa, o psicólogo irá analisar a maneira
como o candidato enfrenta os problemas e como busca soluções para eles.
São utilizadas para seleção de candidato, mais de uma técnica,
para que se obtenha, de maneira mais abrangente, informações sobre o
mesmo. Estas técnicas deverão prognosticar o comportamento do
candidato, para que haja mais precisão no momento do preenchimento do
cargo.
2.4.1 Entrevista de seleção
É a técnica de seleção que embora seja bastante subjetiva e
não possua nenhuma base científica, é a mais utilizada pelas empresas. A
entrevista é uma técnica que exerce grande influência na decisão final com
relação aos candidatos que almejam o preenchimento de algum cargo. Ela é
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utilizada também no recrutamento, conhecida como entrevista de triagem,
executada no estágio final do recrutamento, feita de forma rápida e
superficial, que objetiva separação dos candidatos que passarão pelo
processo seletivo, dos que não apresentam condições para tal.
Já a entrevista de seleção se dá por uma conversação direta
do entrevistador com a pessoa a ser entrevistada ou candidato, a fim de
obter informações a respeito do mesmo, através de aplicações de estímulos,
por parte do entrevistador, para provocar reação, por parte do entrevistado,
pois é por meio destas reações que o entrevistador analisará o
comportamento do referido candidato diante de determinadas situações.
A entrevista apresenta desvantagens no que diz respeito à
omissão, ruídos, sobrecargas, porém para redução desses problemas, e o
aumento da eficácia deste método, é necessário o treinamento dos
entrevistadores e construção do processo de entrevista.
O entrevistador é o principal responsável para obtenção de um
bom resultado na entrevista, por isso é necessário o investimento no
treinamento das pessoas designadas a promover estas técnicas, de modo
que os entrevistadores possam se libertar de preconceitos e barreiras
pessoais, permitindo-lhes assim a sua auto-correção e auto-avaliação, para
que a entrevista torne-se mais objetiva.
Portanto, para tornar a entrevista algo mais objetivo e eficiente,
os entrevistadores devem atentar para os aspectos a seguir:
- Examinar seus preconceitos pessoais;
- Evitar fazer perguntas do tipo "cilada" ;
- Ouvir e demonstrar interesse pelo entrevistado;
29
- Evitar perguntas que proporcionam respostas objetivas. É necessária a
aplicação de perguntas que exijam do entrevistado respostas narrativas;
- O entrevistador deve evitar a transmissão de suas opiniões pessoais, no
momento da entrevista;
- Induzir o candidato a questionar os hábitos da organização e a respeito do
emprego;
- Evitar classificar o candidato de forma generalizada, como bom, regular ou
péssimo, pois para contratar alguém é necessário obter informações mais
detalhadas a respeito do mesmo;
- Procurar dedicar-se mais ao candidato durante o momento da entrevista,
evitando tomar anotações.
Atualmente nas grandes empresas, o processo de seleção de
pessoal se dá de forma descentralizada, ou seja, o órgão de recrutamento e
seleção, funciona como orientador, para que os gerentes e suas equipes
entrevistem os candidatos, e escolham os novos integrantes da equipe, já
que os mesmos são responsáveis pelo alcance de metas e resultados. Nada
melhor do que eles para execução deste processo.
O processo da entrevista está intimamente ligada às
habilidades do entrevistador. Ela pode ser conduzida das seguintes formas:
Entrevista totalmente padronizada- é a entrevista direta, que direciona o
candidato a responder questões padronizadas, como as de múltipla escolha,
sim ou não, verdadeiro ou falso, identificação de formas e outras. Apresenta
como vantagem ao entrevistador o fato de não necessitar da preocupação
com relação aos assuntos que deverão ser abordados junto ao candidato. A
solicitação do emprego que é preenchido pelo candidato é a base e
seqüência para entrevista padronizada.
30
Entrevista padronizada apenas quanto às questões ou
perguntas - as questões são previamente formuladas, e permitem aos
candidatos repostas abertas, livres.
Entrevista diretiva - o entrevistador formula as perguntas de
acordo com o desenrolar da entrevista para conhecer conceitos espontâneos
do candidato, a fim de obter a informação desejada. Não especifica as
perguntas, e sim o tipo de resposta requerida.
Entrevista não - diretiva- é o método de entrevista que não
obedece a nenhum roteiro preestabelecido. O entrevistador aplica questões,
sem exigir do candidato nenhum tipo de resposta específica. Tem como
desvantagem, pelo fato de ela não possuir nenhum pressuposto, o
entrevistador omitir algum assunto e comprometer o seu bom resultado.
Dois pontos devem ser avaliados na entrevista, o material e o
formal, a saber:
1º - Aspecto material: é o conteúdo da entrevista, ou seja, é a reunião de
dados fornecidos pelo candidato sobre seus conhecimentos, interesses,
experiências, aspirações, etc. Esse conjunto é a solicitação de emprego que
normalmente consta no curriculum e que são aprofundados através da
entrevista.
2º - Aspecto formal: é o comportamento do candidato dentro de cada
situação. O objetivo desse aspecto é conhecer um pouco mais das
características pessoais do candidato. Considerando esses aspectos o
entrevistador obtém informações mais sólidas e um quadro mais completo
sobre o candidato o que facilita a avaliação dos resultados.
De um modo geral, a entrevista funcionará como uma balança
que terá como objetivo equilibrar da melhor maneira possível, as
características do candidato, com os pré-requisitos do cargo a disposição.
31
2.4.2 O curriculum vitae
O curriculum vitae é importante no recrutamento externo.
Funciona como um catálogo. O curriculum vitae se apresenta em várias
seções: dados pessoais, objetivos pretendidos, formação escolar,
experiências profissionais, habilidades e qualificações profissionais. Os
candidatos escolhidos são chamados para entrevista, outros são arquivados
para aproveitamento futuro e outros ainda são encaminhados para algum
diretor surgindo entrevista ou contato. Os currículos podem ser enviados
através da Internet, correio, etc.
2.4.3 Provas de conhecimento ou de capacidades
As provas de conhecimentos são instrumentos para avaliar o
nível de conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo
cargo a ser preenchido. As empresas medem o grau de reconhecimentos
profissionais ou técnicos. Podemos citar exemplos: as noções de informática
e de redação.
As provas de capacidade constituem amostra de trabalho que
são utilizadas como testes para verificar o desempenho dos candidatos.
Para qualquer tarefa procura-se medir o grau de capacidade ou habilidade.
Há muitas variedades de provas de conhecimentos e
capacidade, que são classificadas conjuntamente quanto a sua forma,
maneira de aplicação (orais, escritas, realização), abrangências
(conhecimentos gerais e específicos) e a organização (dissertativas e
obejtivas).
32
2.4.4 Testes psicométricos
Os testes psicométricos são avaliados por uma medida objetiva
de amostras do comportamento das pessoas, cuja finalidade é analisar
essas amostras em comparação com os padrões de resultados de amostras
representativas de pessoas, e assim enquadrando em percentis. Estes
testes apresentam três características que as provas tradicionais, entrevistas
e objetivas não apresentam:
1. Preditor: significa capacidade de um teste de oferecer resultados capazes
de servir como um parecer para o desempenho do cargo.
2. Validade: é a capacidade de medir exatamente a variável humana que se
pretende. Representa a relação entre um esquema de seleção com alguns
critérios importantes pois, para que seja capaz de avaliar o desempenho
futuro da pessoa no cargo.
3. Precisão: é a capacidade de o teste apresentar resultados semelhantes
em várias aplicações na mesma pessoa. Todo o instrumental de seleção
deve possuir característica de validade e de precisão confirmativa. Vale
tanto para entrevista, prova de conhecimento e capacidade e para os testes
psicométricos.
Cada cargo impõe determinadas aptidões ao ocupante. Estas
são anotadas na ficha profissiográfica do cargo para definir o perfil e
características do candidato ideal. É a partir de então que determina-se os
testes psicométricos mais adequados.
2.4.5 Testes de personalidade
Servem para analisar diversos traços da personalidade
humana e revelam certos aspectos das características superficiais das
pessoas como aqueles determinados pelo caráter e pelo temperamento.
33
Os testes de personalidade são determinados genéricos
quando revelam traços gerais de personalidade. Nesta categoria estamos
chamados testes expressivos (Expressão corporal), testes projetivos (de
projeção da personalidade), o teste de apercepção temática (TAT). São
chamados específicos quando pesquisam determinados traços ou aspectos
da personalidade, como equilíbrio emocional, frustrações, interesses,
motivações, etc. Tanto aplicação como a interpretação dos testes de
personalidades exigem a presença de um psicólogo.
2.4.6 Técnica de simulação
Deixam o tratamento individual em isolado para centrar-se no
tratamento em grupo e substituem o método verbal ou de execução pela
ação social. Seu ponto de partida é o drama, que seria como uma peça
teatral - o contexto dramático, ou evento que se pretende estudar e analisar
de modo que ele fique o mais próximo possível do real. O protagonista, ao
dramatizar uma cena, assume um papel e permanece em um palco circular
rodeado por outras pessoas - contexto grupal - que assistem à sua atuação
e podem vir ou não a participar da cena.
As técnicas de simulação são necessariamente técnicas de
dinâmica de grupos e a principal delas, o psicodrama, que se fundamenta na
teoria geral de papeis: cada pessoa entra em ação, os papeis que lhes são
mais característicos, seja isoladamente, seja em interação com uma ou mais
pessoas.
2.5 O processo de seleção
A seleção de pessoal tem como trâmite, diversos estágios
pelos quais os aspirantes caminham. Esses estágios contém uma variação
de técnicas e percentuais de prejuízo.
34
Não tendo a obrigatoriedade de conter um determinado número
específico de fases, essa variação se dará através da complexidade do
cargo colocado à disposição. Entre as opções mais utilizadas, estão as
seguintes:
1. Seleção de estágio único de decisão - é a seleção que utiliza apenas uma
técnica através da qual são tomadas as decisões. Esta técnica pode ser uma
entrevista ou uma prova. É considerado o tipo mais simples e ineficiente de
seleção.
2. Seleção seqüencial de dois estágios de decisão - é um processo que visa
aprimorar o programa de seleção, fornecendo ao tomador de seleção um
conhecimento menos superficial que a opção anterior, porém não elimina os
erros e distorções de seu processamento.
3. Seleção seqüencial de três estágios de decisão - utiliza três técnicas de
seleção, tendo como seqüência mais utilizada a entrevista, prova de
conhecimento e teste psicométrico respectivamente.
4. Seleção seqüencial em quatro ou mais estágios de decisões - trata-se de
um processo com maior número de técnicas de seleção, proporcionando a
obtenção de informações mais apuradas dos candidatos, o que colabora
para que a tomada de decisão seja mais eficiente, mas acarreta uma
elevação nos custos de seleção, por este motivo é mais utilizada por
empresas de condutas participativas e democráticas.
Optando pela admissão, o candidato normalmente passará
ainda por uma verificação de seu cadastro pessoal, profissional e por um
exame médico de admissão.
35
2.6 Avaliação e controle de resultados
Faz-se necessário que o processo seletivo seja eficiente e
eficaz, por esse motivo é necessário medir seu rendimento por meio de
resultados, a fim de aprimorá-lo cada vez mais.
Avaliação de eficiência analisa a estrutura de custos, a saber:
1. Custo de pessoal - abrange o pessoal que toma providências a cerca de
processos seletivos (salários e encargos sociais), e ainda o tempo
dispendido pelos componentes do departamento, com disposição de função,
aplicado na seleção.
2. Custos de operação - abrange todas as técnicas operacionais para que a
seleção seja efetuada, tais como: telefonemas, correspondências, serviços
de terceiros, anúncios , despesas de exame médico de admissão, etc.
3. Custos adicionais - abrange outros custos como equipamentos,
instalações, etc. Para avaliação da eficácia é muito utilizado o quociente de
seleção, que pode ser assim calculado: Quociente de seleção = Número de
candidatos admitidos \ números de candidatos examinados
O rendimento do processo pode ainda ser avaliado por outros
pontos como:
1. Custo total das operações de recrutamento e seleção;
2. Custo por admissão;
3. Totais de admissão, etc.
A seleção de pessoal traz resultados significativos para a
seleção, como:
1. Adequação das pessoas ao cargo e conseqüente satisfação das mesmas;
2. Rapidez no ajustamento e integração do novo empregado às novas
funções;
36
3. Maior estabilidade e permanência das pessoas e decorrente redução da
rotatividade (turnover);
4. Menores investimentos e esforços em treinamento, pela maior facilidade
em aprender as tarefas do cargo e novas atividades trazidas pela inovação,
etc.
Estes processos propiciam resultados importantes para as
pessoas um aproveitamento ao máximo das habilidades e características de
cada pessoa no trabalho, favorecendo o sucesso potencial no cargo; eleva a
satisfação das pessoas pelo fato de localizar as atividades mais indicadas
para cada indivíduo, etc.
O processo de seleção, assim como todo sistema não deve ser
executado estritamente por normas, esquemas, ou seja, de maneira rígida,
inflexível, para que haja um melhoria contínua. Esta melhoria está ligada
também ao fato da necessidade de ser descentralizado de maneira que os
gerentes e suas respectivas equipes de trabalho estejam diretamente
integrada a este processo.
A organização como sistema aberto, interage como um
mercado de recursos humanos e sofre influências do mercado de trabalho,
que de acordo com a oferta e a procura de empregos determinam o
potencial deste em cada região e como conseqüência as empresas com que
fazem parte deste mercado, sente um aumento da rotatividade de pessoal,
levando-as a iniciar um processo de recrutamento, podendo este ser interno,
externo ou misto, conquistando com isso uma renovação de idéias,
introduzindo novos talentos, pois a globalização e a modernização exige um
aperfeiçoamento contínuo no sentido de exigir de seus funcionários um
amplo conhecimento de seu trabalho e conhecimentos de outras áreas
dentro da própria empresa, para se manter na concorrência acirrada desse
mercado.
37
Outro aspecto importante é a constatação de um novo e
diferente perfil de empregos, onde o empregado demitido, ou não
encontrando o que almeja na empresa, o mesmo busque fora desta uma
oportunidade formando a sua própria empresa júnior, partindo para a
posição de profissional liberal, instituindo assim o mercado de trabalho.
38
CAPÍTULO III
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
É o processo educacional de curto prazo que visa desenvolver
as pessoas para determinadas atividades. Este processo aplicado de
maneira sistemática e organizada faz com que as pessoas aprendem
conhecimentos e desenvolvam atitudes e habilidades em função dos
objetivos definidos.
A ação de treinar tem por finalidade principal ajudar os recursos
humanos da empresa a alcançar os objetivos pré estabelecidos, bem como
proporcionar aos empregados meios para obter conhecimento, prática e
muitas vezes a conduta requerida para realizar uma atividade ou um
conjunto de atividades.
O processo de treinamento tem por objetivo: preparar o pessoal
para execução imediata de diversas tarefas do cargo; proporcionar
oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, tanto no que se
refere a função atual como também para funções para as quais a pessoa
pode ser considerada; estimular a mudança da atitude das pessoas, seja
para criar um clima mais satisfatório entre empregados, aumentar-lhes a
motivação e torná-las mais receptivas às técnicas de supervisão e gerência.
3.1 Ciclo de treinamento
O Treinamento cobre uma seqüência programada de eventos,
que podem ser visualizados como um processo contínuo de quatro etapas
cujo ciclo se renova a cada vez que repete.
39
3.1.1 Processo de Treinamento
- Etapa 1: Levantamento de necessidades de Treinamento (LNT):
É a primeira etapa do treinamento e corresponde ao
diagnóstico preliminar do que deve ser feito. Este levantamento pode ser
feito em três níveis de análise (Bridges, 1995):
1. Ótica Organizacional - olhar sobre a ótica Organizacional, é através do
estudo como um todo da empresa, ou seja: sua missão, seus objetivos,
seus recursos, o ambiente sócio-econômico e tecnológico no qual a
organização está colocada - que pode-se responder a questão sobre o
que deverá ser ensinado em termos de um plano e estabelecer a filosofia
de treinamento para toda a empresa.
2. Ótica de Recursos Humanos - Analisando-se dados como números de
empregados por cargos, números de empregados necessários na
classificação dos cargos, potencialidades do recrutamento interno e
externo, dentre outros, permite-se avaliar lacunas atuais e as previstas
dentro de certos prazos, em função de contextos econômicos e planos de
expansão da própria empresa.
3. Ótica das operações e tarefas - é o nível de abordagem mais restrita no
levantamento de necessidades de treinamento, pois a mesma é feita a
nível do cargo. Além das organizações e das pessoas, o treinamento
deve considerar também os cargos para os quais as pessoas serão
treinadas. O conceito é: uma necessidade de treinamento ao nível do
cargo é uma discrepância entre os requisitos exigidos pelo cargo e as
habilidades atuais do ocupante do cargo. Esta análise permite a
preparação do treinamento para cada cargo tomado isoladamente, a fim
de que o ocupante adquira habilidades necessárias para o seu
desempenho.
Ainda nesta primeira etapa do treinamento, deve-se definir qual
o meio de levantamento de necessidade de treinamento, visando buscar as
40
informações relevantes. Deve-se ter uma percepção dos problemas
provocados pela carência de treinamento.
Alguns meios utilizados para o levantamento de necessidades
de treinamento são:
a) Avaliação de performance: é possível descobrir os colaboradores que
executam tarefas abaixo de um nível satisfatório, e verificar quais são
os setores da empresa que reclamam uma atenção imediata dos
responsáveis pelo treinamento.
b) Observação: verificar onde há evidência de trabalho ineficiente, como
quebra de equipamento, atraso em relação a cronograma, número
acentuado de problemas disciplinares etc.
c) Questionários.
Através de todas estas análises, é possível chegar ao seguinte
levantamento:
§ Qual a necessidade mais relevante?
§ Qual a causa?
§ Como resolvê-la?
§ Qual o tempo disponível para o treinamento?
§ Qual o custo provável para o treinamento?
§ Quem irá e onde se irá executar o treinamento?
- Etapa 2
A. Programação de Treinamento:
Uma vez feito o diagnóstico, vem a escolha dos meios para
sanar as necessidades indicadas ou percebidas. O levantamento de
treinamento deve fornecer as seguintes informações através dos 5 Qs para
que se possa traçar a programação do treinamento (Bridges, 1995):
§ o QUE deve ser ensinado?
§ QUEM deve aprender?
§ QUANDO deve ser ensinado?
41
§ QUEM deve ensinar?
§ QUAL método a será utilizado?
B. Planejamento do Treinamento:
Deve-se envolver os seguintes itens básicos (Bridges, 1995):
a) Abordagem de uma necessidade específica de cada vez.
b) Definição clara do objetivo do treinamento.
c) Determinação do conteúdo do treinamento.
d) Escolha do método de treinamento e tecnologia disponível.
e) Definição de recursos básicos, como: recursos audiovisuais, máquinas
etc.
f) Quem será treinado:
§ Número de pessoas.
§ Disponibilidade de tempo.
§ Grau de conhecimento necessário.
g) Cálculo da relação custo-benefício do programa.
h) Controle e avaliação dos resultados, considerando-se a verificação de
pontos críticos que demandem ajustes para melhor eficácia.
O próximo passo dentro da programação e planejamento, é a
escolha das técnicas a serem utilizadas no sentido de otimizar a
aprendizagem, ou seja, alcançar o maior volume de aprendizagem com o
menor dispêndio de esforço, tempo e dinheiro. Estas técnicas podem ser
classificadas quanto ao uso, tempo e local de aplicação.
- Etapa 3: Execução do Treinamento:
A execução do treinamento depende dos seguintes fatores
(Bridges, 1995):
1. Adequação do programa de treinamento às necessidades da
organização.
2. A qualidade do material de treinamento apresentado.
3. A cooperação dos gestores da empresa.
4. A qualidade e preparo dos treinadores.
42
5. O preparo das pessoas que serão treinadas.
- Etapa 4: Avaliação dos Resultados do Treinamento
Esta é a etapa final do processo. O programa de treinamento
deve ter uma avaliação de sua eficiência. Esta avaliação deve considerar
dois aspectos (Bridges, 1995):
§ Verificar se o treinamento produziu as modificações desejadas no
comportamento dos treinados; e
§ Verificar se os resultados do treinamento apresentam relação com o
alcance das metas da empresa.
Além destas duas análises, é preciso verificar também se as
técnicas de treinamento de avaliação definidas no princípio do programa
foram efetivas, isto é (Bridges, 1995):
1. Da avaliação na ótica da organizacional:
§ Aumento de eficácia organizacional;
§ Melhoria da imagem da empresa;
§ Melhoria do clima organizacional;
§ Facilidade nas mudanças e na inovação.
2. Da avaliação na ótica de recursos humanos:
§ Redução de rotatividade de pessoal;
§ Redução de absenteísmo;
§ Aumento na eficiência individual dos empregados
§ Elevação do conhecimento das pessoas.
3. Da avaliação na ótica de tarefas e operações:
§ Aumento da produtividade;
§ Melhoria na qualidade de produtos e serviços;
§ Melhor atendimento ao cliente.
43
O treinamento deve ser uma resposta estruturada a uma
necessidade de conhecimentos, habilidades ou atitudes. Portanto, o sucesso
de seu programa dependerá sempre da maneira com que a necessidade a
ser satisfeita tenha sido identificada. Como um sistema aberto, o sistema de
treinamento não se mantém isolado do contexto organizacional que o
envolve e dos objetivos empresariais que lhe definem a direção.
Assim, os objetivos do treinamento devem estar intimamente
ligados às necessidades da organização. O treinamento parece ser uma
resposta lógica a um quadro de condições ambientais mutáveis e a novos
requisitos para sobrevivência e crescimento organizacional.
Alguns dirigentes ainda resistem à idéia de treinar seus
colaboradores e parecem temer investir para treinar seu pessoal, por
encarar o ato como um custo ou até por medo de perdê-lo para
concorrência.
A tendência é que os dirigentes passem a considerar o
treinamento como um investimento empresarial destinado a capacitar a
equipe de trabalho a atingir o mais economicamente possível os objetivos da
empresa. Neste contesto o treinamento passa a não ser uma mera despesa,
mas um investimento cujo retorno é altamente compensador para a
organização.
Do ponto de vista da administração, o treinamento constitui
uma responsabilidade administrativa. As atividades de treinamento
repousam numa política que reconhece o treino como responsabilidade de
cada gestor que devem receber a assistência especializada a fim de
enfrentar esta responsabilidade.
Segundo Handy (1994),
“O conceito de treinamento está implícito na tarefa
gerencial em todos os níveis. Seja na demonstração
44
de um novo procedimento, fase por fase, seja na
explicação de uma operação tradicional, o
denominado diretor, gerente, supervisor ou qualquer
outro nome que se dê para gestores de pessoa deve
explanar, ensinar, acompanhar e comunicar, esta
atividade cada vez mais será parte integrante de suas
atribuições.”
3.2 Sistemas informatizados de gestão de pessoas
A informática hoje se tornou essencial para quase todas
atividades no mundo e as mudanças nas necessidades de Gestão de
Pessoas promoveram uma utilização cada vez maior de arquivos
armazenados eletronicamente, os "bancos de dados".
A informatização se tornou um bem valioso de uma empresa
(faz parte de seu Capital Intelectual), pois a rapidez e eficácia na tomada de
decisões determina o sucesso ou fracasso de qualquer processo. No caso
de Gestão de Pessoas, esta informatização está trazendo as áreas
envolvidas (RH, Gestores e Colaboradores), um acesso mais aprofundado e
ágil as informações e, com isso um maior conhecimento das necessidades
(Aktouf, 1996).
Banco de dados é um sistema de armazenamento e
acumulação de dados disponíveis para o processamento e obtenção de
informações. Um banco de Dados é montado a partir de um conjunto de
arquivos organizados de forma a facilitar o acesso aos dados e eliminar
redundâncias.
De acordo com Aktouf (1996):
45
“É através do sistema informatizado de Gestão de
Pessoas que podemos formar o cadastro pessoal, de
salários e benefícios, de treinamento etc., trazendo uma
visão do todo ou de particularidades de seus
colaboradores na empresa. Mais do que isso, é através
destes bancos inter-relacionados que disponibilizamos
informação que deverão cada vez mais orientar os
rumos da empresa.”
O sistema de informação gerencial (SIGP) foi planejado para
colher, processar, armazenar e disseminar informação, de modo a permitir a
tomada de decisões pelos gerentes envolvidos. Um bom SIGP pode ocupar
um papel importante nas tarefas de planejamento e controle porque integra
todos os processos de Gestão de Pessoas – RH, Gestor e Colaborador.
A montagem destes sistemas e processos precisam levar em
conta o conceito de ciclo, ou seja, deve ter um ponto inicial e um ponto final
ligados entre si envolvendo todos os processos. Assim evita-se o risco de
utilizar-se do sistema de informação de forma incompleta. Sua montagem
requer análise e avaliação de toda organização, de seus processos e das
suas respectivas necessidades de informação.
Este trabalho iniciasse através da identificação das
necessidades, estratégias corporativas, e o mapeamento dos processos.
Com isso, são criados planos de ação para otimizar e racionalizar os
processos gerenciais e operacionais, visando organizar o fluxo de
informações.
A análise dos processos em Gestão de Pessoas resultam em
(Motta, 1997):
§ Identificação dos pontos fracos da situação atual, descrevendo-os,
quantificando-os e propondo soluções;
46
§ Eliminação do retrabalho, integrando as diversas ilhas de informação –
não permite desta forma que cada subárea tenha sua solução
particularizada;
§ Possibilita uma visão do todo em Gestão de Pessoas, facilitando
programas de melhoria contínua de Qualidade;
§ Desenvolvimento individual dos colaboradores, abrindo novas
possibilidades de trabalho em outras atividades estratégicas de RH;
§ Põe em evidência os pontos fortes da organização.
A atuação do SIGP deve ser tanto gerencial (sendo um
instrumento de apoio às decisões), quanto operacional, realizando tarefas e
rotinas do dia a dia na Gestão de Pessoas da organização.
O sistema de informação gerenciais de Gestão de Pessoas tem
como missão principal a redução dos custos com pessoas como um todo. O
conceito é o de utilizar o SIGP para realizar grande parte dos processos
operacionais (de forma interligada), trazendo desde economia de papel, até
um aumento da produtividade em todas as área de uma organização, devido
a um maior conhecimento das necessidades destas pessoas.
Com a utilização de um SIGP, busca-se (Aktouf, 1996):
§ Um banco de dados único que impede a inconsistência entre as
informações;
§ Agilidade na consulta dos dados;
§ Integração destes dados entre diversos sistemas de gerenciamento da
empresa;
§ Redução de estrutura necessária para o gerenciamento das tarefas;
§ Tomada de decisão com maior assertividade.
As tendências nesta área são uma atuação cada vez maior e
integrada de sistemas que realizem todos processos operacionais da
organização, fazendo com que os profissionais de Gestão de pessoas
voltem suas atenções para o que é realmente importante: o desenvolvimento
47
para novos métodos, processos, negócios, numa busca constante de
melhoria e criação. O desafio para as empresas que desenvolvem estes
sistemas é o de torná-los mais atrativos em relação ao atendimento destas
necessidades de forma viável economicamente.
48
CONCLUSÃO
Diante do exposto no presente trabalho percebeu-se que o
processo de recrutamento e seleção de uma empresa é complexo onde há
um detalhamento dos aspectos peculiares sob as variáveis que norteiam
este trabalho, onde podemos perceber que fatores externos contam muito
mais na permanência do empregado na empresa, do que fatores internos.
Os fatores internos que envolvem os benefícios (cesta básica e
vale transporte são apenas de praxe, praticamente não têm valor agregado
ao salário – mas vale ouro para o empregado), são relevantes e podem ser
melhorados através de uma supervisão adequada e programas de
treinamento e reciclagem.
Os fatores externos, além dos contratos serem de curta
duração e por si só já aumentarem a rotatividade, também se agravam
quando lembramos que a legislação não proporciona à empresa condições
favoráveis de manter um quadro de empregados registrados, ora com a
criação de Leis que encarecem os custos, ora por se ter um conjunto de Leis
(CLT) com interpretações duvidosas em que, todas, depõem contra a
empresa.
Um outro detalhe importante no que tange à Legislação é a
criação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO e
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e seu respectivo
Laudo Ambiental, que obriga as empresas a manterem um contrato com um
médico do trabalho, onde as intenções são boas, mas na prática apenas
encarece o custo final do serviço, pois entendemos que para o Governo é
muito fácil criar uma série de Leis e promulgá-las, mas é tão difícil
proporcionar às empresas condições de respirar num ambiente tão
competitivo, e devida a tanta exigência e respectiva falta de fiscalização as
49
empresas acabam não cumprindo tais exigências, ou procurando soluções
alternativas.
É muito importante para o administrador manter-se atualizado
com as novas tendências de mercado, sendo fator indispensável para reunir
as condições necessárias para prosperar num ambiente globalizado, onde
as empresas estão atrás de jovens talentos para ocupar futuras posições de
destaque, e a melhor forma de conseguir atingir o alvo é: se não entendeu,
perguntar; demonstrar interesse, criticar, ler, pesquisar, propor sugestões,
solicitar ajuda, estar sempre disponível, e não ter medo de assumir riscos.
O mundo globalizado trouxe em si a necessidade de as
empresas contarem com profissionais cada vez mais capacitados (os
polivalentes) para enfrentar as exigências do mercado, da vida e da
concorrência.
Dessa forma, percebe-se que para o desenvolvimento
adequado de um treinamento para às necessidades da organização, o
administrador deve ter uma visão geral da organização, e fazer deste ato
uma nova ferramenta que proporcionaria o desenvolvimento e
credenciamento de possíveis líderes para ocuparem posições de destaque e
enfrentar com boa desenvoltura os desafios da nova era, e difundir o
conhecimento gerado através de estudo e pesquisa, onde com a
colaboração de todos os membros da equipe, promover inovações
tecnológicas, e implementar ações politicamente corretas e
empresarialmente bem sucedidas.
50
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Campus, 1998.
ULRICH, David. Os Campeões de recursos humanos: inovando para obter
os melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998.
VROOM, Victor H. Gestão de pessoas, não de pessoal. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
52
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ............................................................................. 03 DEDICATÓRIA ...................................................................................... 04 RESUMO ............................................................................................... 05 METODOLOGIA .................................................................................... 06 SUMÁRIO .............................................................................................. 07 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 08 CAPÍTULO I RECRUTAMENTO ................................................................................ 10
1.1 Requisição de pessoal ................................................................ 11 1.2 Formas de mercado de trabalho ................................................. 12 1.3 Descrição e análise do cargo ...................................................... 13 1.4 Fontes de recrutamento .............................................................. 13
1.4.1 Recrutamento Interno ......................................................... 13 1.4.2 Recrutamento Externo ........................................................ 16 1.4.3 Recrutamento Misto ............................................................ 18
1.5 Recrutamento on-line .................................................................. 20 CAPÍTULO II DA SELEÇÃO DE PESSOAL ................................................................ 22
2.1 Seleção como um processo de comparação .............................. 22 2.2 Seleção como um processo de decisão ..................................... 23 2.3 Bases para seleção de pessoas ................................................. 24 2.4 Técnicas de seleção ................................................................... 26
2.4.1 Entrevista de seleção ......................................................... 27 2.4.2 O curriculum vitae ............................................................... 31 2.4.3 Provas de conhecimento ou de capacidades ..................... 31 2.4.4 Testes psicométricos .......................................................... 32 2.4.5 Testes de personalidade .................................................... 32 2.4.6 Técnica de simulação ......................................................... 33
2.5 O processo de seleção ............................................................... 33 2.6 Avaliação e controle de resultados ............................................. 35
CAPÍTULO III O TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL ................ 38
3.1 Ciclo de treinamento ................................................................... 38 3.1.1 Processo de Treinamento ................................................... 39
3.2 Sistemas informatizados de gestão de pessoas ......................... 44
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CONCLUSÃO......................................................................................... 48 BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 50 ÍNDICE ................................................................................................... 52
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Projeto A Vez do Mestre
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título da Monografia: Recrutamento e seleção de pessoal
Data da entrega: _______________________________________
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Avaliadopor:_______________________________Grau______________.
Rio de Janeiro_____de_______________de 20___
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ANEXOS