APRENDIZAGEM EMPREENDEDORA DIANTE DO INSUCESSO EMPRESARIAL …
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · para as empresas que se preocupam em otimizar...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA EMPRESARIAL:
Uma estratégia competitiva
Por: Telma Sofia Barros de Sousa Monteiro
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA EMPRESARIL:
Uma estratégia competitiva
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Logística
Empresarial
Por: .Telma Sofia Barros de Sousa Monteiro
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AGRADECIMENTOS
Desejo manifestar os meus sinceros agradecimentos à todas as pessoas que
me apoiaram e tornaram possível a realização da presente monografia.
Agradeço a Deus, aos meus pais, Helena Amarilis e Mário Rito, pelo
incentivo, orientação e apoio em cada momento da minha vida, incluindo este.
À eles devo tudo que sou.
Desejo formular um agradecimento especial a todos os funcionários e
professores da grande instituição onde tive a oportunidade de estudar –
Universidade Cândido Mendes (AVM)
Por último agradeço a todos que torceram por mim e me apoiaram, em
especial os meus queridos irmãos, Marito e Waldir, as minhas queridas
amigas, aos meus familiares, e é claro que não poderia esquecer do meu
amado Janecas.
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DEDICATÓRIA
Dedico: À minha mãe, Helena Amarilis e o meu
pai, Mário Rito, que me deram o apoio e
incentivo para a realização desde
trabalho, mesmo com a distância nunca
deixaram de estar no meu pensamento.
É no carinho e amor da minha família que
eu encontro os motivos para continuar
esta caminhada.
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RESUMO
A função da logística empresarial até pouco tempo atrás se resumia na busca
por redução de custos pelas empresas que dela faziam uso. Atualmente o
conceito difundido no meio empresarial objetiva a logística como uma
ferramenta de integração que gerencia toda a cadeia de suprimentos, cujo
principal objetivo consiste em apoiar as empresas em suas decisões
estratégicas, buscando atender de forma eficiente às necessidades do
consumidor final. É através do gerenciamento das ferramentas logísticas que
as empresas estão fidelizando seus clientes, criando barreiras à entrada de
novos competidores e, principalmente, desenvolvendo serviços específicos a
cada necessidade que as assegurem maior competitividade. O presente
estudo bibliográfico tem como finalidade, apontar a missão da logística nas
empresas e como a sua implementação pode trazer benefícios para as
organizações e uma maior competitividade entre elas.
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METODOLOGIA
Bibliográfica: Visto que é uma pesquisa que será baseada em
publicações de livros, artigos e internet sobre as temáticas de interesse para
elaboração da monografia
É importante incluir os créditos às instituições que cederam o material
ou que foram o objeto de observação e estudo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 11
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 13
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL 15
MISSÃO DA FUNÇÃO LOGÍSTICA NAS ORGANIZAÇÕES 17
FUNÇÕES DA LOGÍSTICA 19
A GESTÃO DE ESTOQUE 27
FERRAMENTAS DE APOIO A GESTÃO LOGÍSTICA 35
CONCLUSÃO 40 BIBLIOGRAFIA 43 ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
A Globalização provocou profundas mudanças no cotidiano das empresas, fazendo
com que elas tenham que superar controles, barreiras, línguas e costumes dos países,
pois atualmente atuam numa “aldeia global”. Atrelado a isso, uma série de outros
fatores contribuíram para a mudança do cenário empresarial: abertura de mercados ao
comercio internacional, o desenvolvimento e intensificação da tecnologia da informação
e dos transportes e queda de algumas barreiras protecionistas que impediam a entrada de
empresas estrangeiras no mercado interno.
Tudo isso contribui para o aumento da competitividade entre as empresas, obrigando-
as a operarem de forma mais eficaz e eficiente para que elas se sobressaiam perante os
seus concorrentes. Isso envolve reduzir custos das empresas, fornecer os produtos
adequados ao mercado ao qual se destina, proporcionar o melhor atendimento aos
clientes através da disponibilização de produtos e serviços com qualidade, no local onde
são necessários e no momento em que são desejados.
Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management)
são conceitos importantes que representam um paradoxo interessante, pois dizem
respeito a uma das mais antigas e, por outro lado, recém-descoberta atividade de
negócios (BOWERSOX ; CLOSS, 2001). É muito difícil visualizar algum produto que
chegue ao cliente sem suporte logístico, porém, somente há relativamente pouco tempo,
as empresas têm se concentrado na Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos como fontes de vantagens competitivas.
Em função da grande importância que esta função tem no cenário
organizacional, este estudo teve como finalidade, apontar a missão da logística nas
empresas e como a sua implementação pode trazer mais benefícios para as organizações,
além de uma maior competitividade, obrigando-as a operarem de forma mais eficaz e
12
eficiente para que elas se sobressaiam perante os seus concorrentes. Isso envolve reduzir
custos das empresas, fornecer os produtos adequados ao mercado ao qual se destina,
proporcionar o melhor atendimento aos clientes através da disponibilização de produtos
e serviços com qualidade, no local onde são necessários e no momento em que são
desejados.
O texto será constituído de cinco capítulos além da introdução e das
considerações finais. O primeiro capítulo apresenta as estratégias empresariais
desenvolvidas pelas empresas e a competitividade entre elas. O segundo capítulo
apresenta os fundamentos de Logística Empresarial e sua importância na estratégia
empresarial. O terceiro capítulo mostra a Missão da função logística nas organizações.
O quarto capítulo mostra as funções da logística, analisando as fontes de suprimento, o
processamento dos suprimentos e as várias formas de distribuição, também será
analisada a gestão de estoque, os tipos de estoque e o planejamento. No quinto capítulo
analisa-se as ferramentas de apoio a gestão da logística, as tecnologias de informação e a
benchmarking. E na Conclusão apresenta-se a importância da Logística Empresarial na
atividade de qualquer empresa.
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1.1. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
A utilização de estratégias para os diversos segmentos das empresas é muito
importante visto que está fornece um direcionamento ou um objetivo para que uma
empresa chegue a permaneça por muito tempo no mercado ou alcançará êxito em seus
negócios.
Uma boa administração traz para as organizações uma vantagem competitiva em termos de serviços, redução de custos e respostas rápidas às necessidades de mercado pois essas organizações também precisam ser competitivas em preço, qualidade e diferenciação. (BERTAGLIA 2003, p.43).
O setor de Logística vem evoluindo cada dia mais, acompanhando os
desenvolvimentos tecnológicos e possibilitando novas oportunidades de crescimento
para as empresas que se preocupam em otimizar sua Logística.
Pequenas e grandes empresas estão atuando de forma agressiva no mercado
globalizado, criando alternativas estratégicas e agressivas na busca a todo custo de
posicionarem-se estrategicamente como organizações eficientes no mercado em que
operam.
A Logística, bem executada torna-se eficiente e garantirá a integridade e prazos
de entrega aos clientes na cadeia de abastecimento, satisfazendo suas necessidades,
garantindo lucratividade e satisfação de todos. As empresas passam a ter um ganho real
em rapidez, capacidade de reação, capacidade de inovação e renovação permanente de
estoques.
Alguns dos principais ganhos que as empresas podem ter são:
• Entregas mais rápidas de acordo com a demanda;
• Redução dos custos operacionais;
• Aumento da produtividade;
• Aumento no giro de mercadorias e redução de estoques;
• Redução de perdas;
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• Melhor aproveitamento da área interna da empresa;
• Compartilhamento dos dados de venda com toda a rede.
1.1.1. Competitividade
Competir é preciso, portanto, uma realidade que não se pode mais ignorar.
Assim, todas as organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para
conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais difícil. O
aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades de consumo e
produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais freqüentes de
novos produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil
dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas e serem
criativas, ágeis e flexíveis, mas também a aumentar a sua qualidade e confiabilidade.
A Logística poderá ser o caminho para a diferenciação de uma empresa aos
olhos de seus clientes, para a redução dos custos e para agregação de valor, o que irá ser
refletido num aumento da lucratividade. Uma empresa mais lucrativa e com menores
custos estará, sem dúvida, em uma posição de superioridade em relação aos seus
concorrentes.
Um sistema de logístico bem elaborado pode melhorar os serviços que uma
empresa presta a seus clientes tanto intermediários quanto consumidores finais.
Principalmente quando se tratam de produtos indiferenciados, um serviço logístico
eficaz (entrega pontual, entrega rápida, entrega mais freqüente etc.) pode ser a única
maneira de diferenciar a oferta.
Para conseguir um serviço eficaz a administração deve estabelecer padrões de
desempenho para cada subsistema logístico, que possam ser mensuráveis
quantitativamente.
1.2. FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
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A palavra logística e consequentemente seu conceito tornou-se muito difundido
ultimamente, principalmento com o incremento do comércio eletrônico. A logística
empresarial é vital para as empresas que pretendem valorizar cada vez mais a sua marca,
reter o máximo de clientes, expandir a sua quota de mercado e negócios a longo prazo,
fornecendo de forma consistente um nível de serviço apropriado a um custo justo para
cada segmento de clientes.
Ela está sendo considerada como um dos fatores responsáveis pelo sucesso ou
insucesso das empresas. Seu conceito envolve a junção de quatro atividades básicas:
aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos, tão fundamentais para a
operação da empresa.
Esta fornece uma pluralidade de maneiras para diferenciar uma empresa das suas
concorrências, pois enfatiza a importância da prática de serviços com qualidade, além de
fornecer ferramentas podem auxiliar as empresas nas reduções de seus custos
operacionais.
Uma de suas aplicações relacionadas a competitividade, é a constante busca do
alcance da meta de reduzição o lead time entre o pedido, a produção e a demanda, de
modo que o cliente recebe seus bens ou serviços no momento que desejar, com suas
especificações predefinidas, o local específico e, principalmente, o preço desejado.
Em função da sua abrangência e importância, seu conceito é bastante amplo e
bastante discutido entre diversos autores. Muitas são as definições que o fundamentam,
como pode ser visto abaixo:
Para Bowersox e Closs
Logística é um processo de panejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
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com o objetivo de atender às necessidades do cliente.(BOWERSOX ; CLOSS, 2007 p. 20)
Para Hamilton Pozo:
A Logística Empresarial trata de todas atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição de matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam só produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis de serviços adequado aos clientes a um custo razoável. (POZO, 2008, p.23).
Segundo Ballou:
A logística é uma atividade vital para uma organização, ela trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produto desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como fluxos de informações que coloquem os produtos em movimento, com o propósito de previdência níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, 1987, p.18).
Essas definições comprovam que o propósito da logística é muito amplo do que
movimentação e armazenagem de produtos. Cada vez mais, ela tem maior importância
na estratégia empresarial, por ser capaz de auxiliar as empresas na agregação e criação
de valor ao cliente.
Para esta monografia, será adotado como conceito principal a definição de
Donald J. Bowersox ; David J. Closs.
1.3. MISSÃO DA FUNÇÃO LOGÍSTICA NAS ORGANIZAÇÕES
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A missão da Logística é reduzir o lead time entre o pedido, a produção e a
demanda de modo que o cliente receba seus bens ou serviços no momento que desejar,
com suas especificações predefinidas, o local especificado e, principalmente, o preço
desejado.
Não se pode considerar a Logística com um meio de custos necessários para
encaminhamento de mercadorias, é preciso vê-la, também como uma meio
indispensável para obter vitórias no cenário da concorrência industrial.
Segundo Bowersox e Closs:
A logística de uma empresa é um esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total, ela existe para satisfazer às necessidades do cliente, facilitando as operações relevantes de produção e marketing. O seu desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos de modo a alcançar os objetivos do negócio. (BOWERSOX ; CLOSS, 2007, p.23).
Mas para Martel e Vieira:
A missão de logística não consiste apenas em garantir que os produtos comprados, fabricados, distribuídos e vendidos estejam disponíveis no lugar certo, no momento exato, na quantidade correta, com a devida qualidade, pelo melhor preço. Não se pode considerar a logística apenas como um centro de custos necessário para o encaminhamento das mercadorias; é preciso enxerga-la, também como uma arma ofensiva indispensável para obter vitorias no cenário industrial. Portanto a sua missão consiste, fundamentalmente, em criar valor e ajudar a empresa a desenvolver vantagem sustentável perante a concorrência. (MARTEL ; VIEIRA, 1993, p.29)
O objetivo da logística empresarial é dispor as mercadorias ou serviços
apropriados nos locais certos, nos momentos precisos e nas condições desejadas pelos
clientes, proporcionando a máxima contribuição para a empresa, mas também como um
suporte estratégico para uma maior vantagem competitiva, estabelecendo uma relação
sustentável com os seus clientes. Desta forma, a missão da função Logística nas
organizações consiste em criar valor, ajudar a empresa a desenvolver vantagem
sustentável perante a concorrência.
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Contudo para o entendimento mais perspicaz do assunto serão abordados os
seguintes pontos:
1.4. FUNÇÕES DA LOGÍSTICA
1.4.1. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
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A cadeia de Suprimentos, ou como é chamado em inglês, Supply Chain
Management (SCM) se preocupa com o gerenciamento de fluxo externo à empresa, pois
ele é o controle de matérias, informações e finanças dentro do processo que vai do
fornecedor ao consumidor, passando pelo fabricante atacadista e varejista.
Para Christopher:
A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através de ligações, nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produto e serviços que são colocador nas mãos do consumidor final. (CHRISTOPHER, 1997, p. 39).
Inicialmente, a Logística era vista como uma atividade de apoio, pois era
associada aos transportes e á armazenagem e por isso era considerada como uma
despesa necessária ao atendimento, como o deslocamento de matéria-prima de sua
origem até o ponto de utilização na produção ou na manutenção de estoques dos
produtos acabados.
Com o tempo e o processo da globalização da economia, as organizações
perceberam que o consumidor mudou seu comportamento, não mais valorizando o
produto somente pela marca ou pela qualidade técnica. Para competir neste novo
cenário, a empresa precisava ter processos que garantissem o atendimento de parâmetros
como tempo, lugar, qualidade e informação, pois esses são os fatores decisivos no
processo decisório de compra.
Com isso levou as empresas a buscar estruturas mais flexíveis, com as
habilidades necessárias ao novo cenário criado pela globalização econômica. Mas
responder a todas essas novas demandas era extremamente custoso, e não seria possível
na velocidade exigida pelo mercado, por isso as empresas então passaram a dar mais
importância a todos os aspectos que permitissem esse atendimento.
O objetivo básico do Supply Chain Management é maximizar e tornar realidade as potencialidades sinergias entre as partes da cadeia produtiva, de
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forma a atender ao consumidor final mais eficientemente através da reprodução dos custos. (POZO, 2008, p.29)
Surgiu então o conceito de organização em rede ou cadeia de abastecimento, que
é a forma organizada de perceber todos os processos que geram valor para o cliente final
de um produto, a organização em rede procura integrar os processos de forma a obter
máxima eficiência e eficácia na gestão do produto, desde as fontes de matéria-prima até
a venda do produto acabado ao consumidor final, buscando coordenar e controlar todas
as atividades necessárias ao atendimento do mercado. Esse esforço de coordenar e
controlar os processos de negócio envolvidos na gestão de um produto se denomina de
Supply Chain Management (SCM) ou Cadeia de Suprimentos.
Executar atividades como recebimento, armazenagem, separação de pedidos e
expedição fazem parte da competência logística. Uma vez bem executada, com ênfase
no tempo e controle operacional, criam uma vantagem competitiva. Para que esse
controle seja bem feito as empresas devem levar em conta algumas questões, uma delas
é sobre gerenciamento das fontes de suprimento, como pode ser visto a seguir.
1.4.1.1 Fontes ou Fornecedores
Toda organização seja ela fabricante, atacadista, varejista ou serviço público, faz
uso dos inúmeros insumos para preencher as necessidades da empresa. Ele envolve
todos os departamentos da empresa com forte impacto sobre o custo global da empresa.
Assim, para colocar em movimento uma empresa, são necessários, por exemplo, o
trabalho humano, instrumentos de trabalho (máquinas e equipamentos), matérias-
primas, produtos acabados, materiais de consumo, água, energia, comunicações, local
adequado (edifícios, instalações) etc.
Antes da empresa fazer uso dos insumos, ela deve fazer um estudo do mercado,
estudo dos matérias, analise dos custos, investigações das fontes de fornecimentos, para
permitir a empresa ser mais competitiva em termos de operacionalidade e de custos.
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É importante a escolha das fontes de suprimentos que serão utilizadas pela
empresa, trabalhar com fornecedores pré-selecionados, objetivando melhor qualidade e
menores custos, estabelecendo estratégicas que garantam o fornecimento adequado e
eficiente.
Para assegurar uma estratégia adequada e competitiva em termos de
operacionalidade e de custos, a empresa tem duas opções de estratégias de
diversificação de fornecedores:
Single Sourcing: Existem poucos fornecedores, são desenvolvidos
relacionamentos de longo prazo para um ambiente cooperativo e estável entre
eles, garantindo um maior compromisso e uma certeza que o fornecimento será
continuo e de alta qualidade.
Vantagens:
• Qualidade potencialmente melhor devido a maiores possibilidades de
sistema de garantia de qualidade;
• Relações mais fortes e mais duráveis;
• Maior dependência favorece maior comprometimento e esforço;
• Melhor comunicação;
• Maior cooperação no desenvolvimento de novos produtos e serviços ;
• Mais economias de escala;
• Maior confidencialidade.
Desvantagens:
• Maior vulnerabilidade a problemas, caso ocorram falhas no fornecimento;
• Fornecedor individual mais afetado por flutuações no volume de demanda;
• Fornecedor pode forçar preços para cima caso não haja alternativas de
fornecimento.
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Multiple Soucirng: Existem várias fontes de sumprimento, é mantido um
relacionamento a distância que permitem possibilidade de menores custos,
reduzem os riscos de falta de material, melhorando a qualidade do atendimento,
estimulando a competição.
Vantagens:
• Comprador pode forçar preço para baixo através da competição dos
fornecedores;
• Possibilidade de mudar de fornecedor caso ocorram falhas no fornecimento;
• Varias fontes de conhecimento e especialização disponíveis.
Desvantagens:
• Dificuldade de encorajar o comprometimento do fornecedor;
• Mais difícil desenvolver sistemas de garantia de qualidade eficaz;
• Maior esforço requerido para comunicação;
• Menos investimentos pelos fornecedores;
• Difícil obtenção de economias de escala
As empresas buscam não apenas resultados de retorno financeiro de curto prazo ,
mas também, em muitos casos, as melhorias do desempenho operacional que irão se
transformar em desempenho financeiro num momento futuro. Outra questão também
importante a ser analisada é o processamento dos suprimentos, como pode ser visto a
seguir.
1.4.1.2 Processamento
Existem varias formas de obtenção de suprimento, com isso surgem varias
dúvidas de como faze-lo. Alguns desses sistemas para a obtenção de produtos são:
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• CIF (Cost, Insurance & Freight): Custo, seguro e frete - o fornecedor se
responsabiliza pelo frete, ou seja, a empresa que envia a mercadoria é quem
paga o frete. Neste tipo de operação, já estão incluídos no preço o custo do
seguro do transporte e o valor do frete, até o ponto acordado de entrega.
• FOB (Free on Board): Livre a Bordo - o fornecedor se responsabiliza pela
mercadoria até a hora que é entregue em sua expedição, na data e hora
marcadas no contrato, assumindo o comprador, a partir daí, o risco da
mercadoria durante o transporte e o custo do frete.
• Meios de Transporte: É um dos elementos mais visíveis das operações
logísticas, ele tem como finalidade movimentar os produtos de um local de
origem ate um determinado destino, minimizando os custos. A
movimentação deve atender às expectativas dos clientes em relação ao
desempenho das entregas e as disponibilidades de informações sobre às
cargas transportadas.
Os meios de transportes envolvem o planejamento, a programação, o
desdobramento e a utilização do transporte, de acordo com as possibilidades das vias e
dos terminais de transporte.
• Embalagem; O sistema de embalagem tem que ter uma integração entre a
área de Marketing e a de Logística para uma melhor eficiência. Deve-se levar em
consideração:
• Imagem, que mostre a qualidade do produto;
• Embalagem primária, que atenda as necessidades do consumidor;
• Proteção, que garanta a qualidade do produto até a sua utilização;
• Custo da embalagem, que não cause dificuldade na comercialização do
produto;
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• Informação, deve atender exigências legais, tributárias e de cuidados no
manuseio, transporte e armazenagem do produto embalado.
Ela é exclusiva para cada produto, tipo de movimentação e armazenagem,
transporte e condições climáticas. Portanto, devemos conhecer todo o trajeto, desde a
expedição até a utilização do produto pelo consumidor. O desenvolvimento de
embalagem planejado, através de um procedimento que envolva pesquisa, ensaios e
testes, por meio de metodologias científicas, é garantia de que um produto de valor
chegue ao consumidor atendendo satisfatoriamente a sua expectativa de qualidade.
Existem cinco tipos de modais de transportes, que serão explicitados no item
2.4.1.3 abaixo:
1.4.1.3 Distribuição
A movimentação de produtos é muito importante para uma sociedade, pois permite que
os produtores coloquem o produto exatamente onde os consumidores desejam. Se um
produto não estiver disponível na data exata em que se precisa dele, isso poderá gerar
vendas perdidas, insatisfação do cliente ou parada de produção.
A velocidade com que a movimentação acontece é vital para a economia moderna, na
qual as empresas procuram trabalhar com o menor estoque possível, seja matéria-prima
ou produtos acabados.
O transporte tem um peso enorme no custo de distribuição ou logística da maioria dos
produtos e é muito importante para os resultados obtidos no serviço do cliente. Seu
desempenho pode ter impacto no resultado final de uma operação, influenciando na
ideia que o comprador tem da qualidade do serviço.
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O transporte também se destaca no papel de integração das diversas etapas da função
logística e na geração de redes logísticas suficientemente flexíveis e velozes para
atender as demandas do mercado consumidor.
Segundo Hamilton Pozo, existem cinco tipos de modalidades de transporte: rodoviário,
ferroviário, aéreo, aquaviário e dutoviário. A importância dessas modalidades de
transporte vária em função do tempo e das necessidades dos clientes e processadores.
Modal Rodoviário
É a principal modal utilizado no mundo por ser mais competitivo. Serviço de rotas
curtas de produtos acabados e semi-acabados, oferece entregas razoavelmente mais
rápidas, um menor preço inicial, mais flexibilidade, possibilidade de escolha de rotas e
diferentes capacidades de carga oferecida.
Modal Ferroviário
Modal indicado ao transporte de grandes distancias, tendo em vista o menor custo, ela
tem capacidade de transportar grandes cargas de forma econômica. Geralmente utilizado
para transporte de matérias-primas ou manufaturados de baixo valor, por longas
distâncias. O baixo consumo de energia por tonelada movimentada, reflexo da
capacidade de carga do veículo de transporte ferroviário, permite considerável economia
de escala na movimentação de grandes lotes.
Modal Aéreo
A grande característica do transporte aéreo é a velocidade principalmente em longas
distâncias, oferecendo tempo em trânsito mais rápido que qualquer outro modal apesar
de ser um transporte caro. A baixa capacidade de transporte do veículo aeroviário torna
sua utilização restrita a pequenos lotes de carga, o que resulta no elevado custo médio
por tonelada movimentada.
Modal Aquaviário
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O transporte aquaviário pode ser dividido em marítimo e fluvial. O marítimo possui
duas características básicas, o transporte de longo curso e a cabotagem, são termos que
definem o transporte na costa de um país ou de países fronteiriços, normalmente com
várias escalas.
O fluvial utiliza rios de curso navegável, sendo especialmente indicado para
movimentação de produtos volumosos, pesados de baixo valor unitário, que possam ser
carregados e descarregados com eficiência.
Modal Dutoviário
As dutovías transportam produtos específicos, tais como petróleo e seus derivados, gás
natural, minério, água, grão entre outros. As dutovias passaram a ter um papel
importante na matriz de transporte, considerando a dependência do mundo nos produtos
para a energia.
O baixo custo operacional, segurança e garantia de redução do potencial de impactação
ambiental são algumas das vantagens que a opção dutoviária oferece, com isso cada vez
mais há uma crescente utilização desta modalidade de transporte. É interessante ressaltar
que, os custos de movimentação são relativamente baixos, mas a linha de produtos
atendida ainda é limitada.
Intermodalidade e Multimodalidade
A otimização das operações de transporte abrange a utilização conjunta de vários tipos
de modais, de forma a obter o máximo de cada um deles. Intermodalidade é a utilização
conjunta de mais de um modal, no qual são utilizados documentos fiscais próprios para
cada tipo de modal. Multimodalidade é a integração total da cadeia de transporte, de
modo a permitir racionalidade e economias num gerenciamento integrado dos modais
utilizados, bem como das operações de transferência, com a aplicação de um único
documento.
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2.4.2 A GESTÃO DE ESTOQUE
A gestão de estoque é uma das atividades mais importantes para qualquer negócio, pois
o estoque tem uma característica confusa, uma vez que sua existência se, por um lado
tranquiliza a empresa quando as oscilações da demanda e à manutenção do nível de
serviço, por outro lado, é a fonte de constante atrito em função do capital investido. Ela
controla os desperdícios, os desvios e apuração de valores para fins de análise.
A meta principal de uma empresa é, sem dúvida maximizar o lucro sobre o capital
investido em fábricas e equipamentos, em financiamentos de venda, em reservas de
caixa e em estoques, esperando que o dinheiro investido em estoque seja
suficientemente necessário para a produção e o bom andamento das vendas.
A função da gestão de estoque é justamente maximizar este efeito no feedback de vendas não realizadas e o ajuste do panejamento da produção. Simultaneamente, a gestão de estoques deve minimizar o capital total investido em estoque, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta. Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, sem um estoque adequado podem haver perdas de vendas e a queda da satisfação dos clientes, por outro lado, o planejamento de estoque também tem papel crítico para a produção. (POZO, 2007 p. 56)
A falta de matéria-prima pode parar linhas da produção, aumentando os custos e talvez
a falta de produto acabado. O estoque exagerado também gera problemas, aumenta os
custos e reduz a lucratividade.
Política de estoque
Consiste em normas sobre o que comprar e o que produzir, quanto e quando o
fazer. Ela também é uma estratégia de gerenciamento, por controlar as disponibilidades
e necessidades do processo produtivo, o tempo de entrega dos produtos ao cliente e
mercadorias a serem estocadas.
O objetivo da gestão de estoque é não deixar faltar material no processo de
fabricação, ou produto para venda, evitando alta imobilização de recursos financeiros,
determinar o que deve permanecer em estoque, quando deve reabastecer o estoque, a
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quantidade de estoque que será necessário para um período, acionar ao departamento de
compras para realização de compra de estoque, receber, armazenar e atender os
materiais estocados de acordo com as necessidades, controlar o estoque em termos de
quantidade e valor, fornecer informações sobre o estoque, identificar e retificar no
estoque os itens danificados.
Tipos de estoque
• Estoque de matérias-primas - são os materiais que sofrem um processo de
transformação dentro da fábrica e por fim entram no estoque como produto final.
• Estoque de materiais auxiliares – são os materiais indispensáveis que participam
do processo de transformação da matéria-prima.
• Estoque de manutenção - são as peças e materiais que servem de apoio a
manutenção dos equipamentos.
• Estoque Intermediário – são os produtos que estão em processo de fabricação.
• Estoque de acabados – são os produtos acabados disponíveis para venda ou
embalados para expedição aos clientes.
Custos dos estoques
Para uma boa gestão de estoque é necessário o conhecimento de todos os custos que
abrangem o controle do estoque. Os custos que estão diretamente ligados aos estoques
podem ser classificados:
• Custo de pedir: este item compreende os custos fixos administrativos
relativos ao processo de aquisição da quantidade requerida para reposição do
estoque. Esses custos são medidos em termos monetários por pedido;
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• Custos de manter estoque: corresponde a todos os custos necessários
para manter certa quantidade de mercadorias por determinado período de tempo.
São medidos monetariamente por unidade e por período. Normalmente para manter
estoques, estão inclusos custos de armazenagem, custo de seguro, deterioração e
obsolescência e o custo de oportunidade;
• Custo total: é a soma dos custos de pedir e o custo de manter estoques.
Todo controle de estoques passa sistematicamente pelo estabelecimento do nível
adequado e a localização dos estoques.
2.4.3 Planejamento
È o instrumento eficiente e eficaz que fundamenta o processo decisivo do empresário.
Sem controles e, conseqüentemente, sem informações gerenciais, torna-se impraticável
decidir acertadamente e, no tempo necessário o nível de estoque que deve ser mantido.
O planejamento da gestão de estoques é uma atividade de importância fundamental para
um melhor controle dos insumos utilizados por uma empresa.
O planejamento pode ser conceituado como um processo racional, sistemático, e flexível para a tomada de decisões, o alcance de objetivos e a direção para um futuro desejado. Pode-se dizer que se trata de um processo racional porque o mesmo é constituído por uma seqüência de etapas, organizadas para um determinado fim. É sistemático, pois as etapas formam um conjunto de ações interdependentes, interativas e holísticas. E por final é flexível porque no decorrer do período, mudanças devem acontecer para que o objetivo final seja alcançado. ( ANDRADE, 2002, p. 34)
Para a elaboração e implementação de um bom planejamento estratégico é necessário
uma pesquisa para ter conhecimento, para uma melhor aplicação. O planejamento nasce
a partir dos grandes objetivos que a organização quer atingir. O seu maior objetivo é
desenvolver estratégias para obter um melhor desempenho e um resultado final melhor.
Sem dúvida um dos aspectos mais importante a ser levado em conta na elaboração de
um planejamento estratégico é a concorrência. A rivalidade entre os competidores faz
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com que cada organização utilize táticas, como guerra de preços, guerra de propaganda,
introdução de novos produtos, incrementos dos serviços oferecidos ao cliente.
As mudanças no cenário nacional e internacional são constantes e rápidas. As
empresas precisam se planejar com uma visão em longo prazo e muito clara sobre seus
objetivos, para poder principalmente diferenciar-se de seus concorrentes. É preciso que
o gestor conheça cada elemento do plano estratégico, seus limites e funções, e ser
flexível para perceber erros e corrigi-los para um bom andamento de seu planejamento
estratégico.
Benefícios do Planejamento:
• Utilizar os recursos de forma eficaz e eficiente (economia);
• Aumentar o conhecimento sobre o negócio/projeto e seu potencial de mercado;
• Facilitar a percepção de novas oportunidades ou riscos e aumentar a
sensibilidade do empresário/executivo frente a problemas futuros;
• Criar um "espírito de negócio" e comprometimento com o negócio/projeto, tanto
em relação ao ‘dono’ (‘entrepreneur’ ) ou responsável pelo negócio, como
também junto aos funcionários/parceiros envolvidos;
• Determinar tarefas e prazos com responsabilidade definida, viabilizando o
controle do processo e do andamento do negócio;
• Deixar claro para o empresário/executivo qual é o diferencial competitivo de seu
negócio;
• Pode, ainda, ser utilizado como suporte para conseguir credibilidade e apoio
financeiro nas suas relações e/ou no mercado.
31
2.4.3.1 Estoque
Entende-se por estoques quaisquer quantidades de bens físicos que sejam
conservados, de forma improdutiva, em um determinado intervalo de tempo.
• Produtos acabados, material em processo, matérias primas, componentes etc.
As políticas de estoque mínimos e máximos têm como característica o ponto
de reposição da quantidade de estoque.
Estoques Mínimos
O estoque mínimo ou também chamado estoque de segurança, determina a
quantidade mínima que existe no estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no
suprimento com isso garantindo o funcionamento eficiente do processo produtivo, sem
o risco de faltas.
Entre as causas que ocasionavam estas faltas, pode-se citar as seguintes:
oscilações no consumo; oscilações nas épocas de aquisição, ou seja, atraso no tempo de
reposição; variação na quantidade, quando o controle de quantidade rejeita um lote e
diferenças de inventário.
A importância do estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento
do ponto de pedido.
A quantidade de material representada como margem de segurança não sendo
usada, torna-se uma parte permanente do estoque, a armazenagem e os outros custos
serão elevados. Ao se estabelecer uma margem de segurança demasiado baixa, causaria
custo de ruptura, que são os custos de não possuir os materiais disponíveis quando
necessários, isto é, a perda de vendas, paralisação da produção e despesas para apressar
entregas.
32
Estabelecer uma margem de segurança, ou estoque mínimo, é um risco que a
empresa assume na ocorrência da falta de estoque.
A determinação do estoque mínimo pode ser feita através de fixação de
determinada projeção mínima, estimada no consumo e cálculo com base estatística.
Estoque Máximo
O estoque máximo é igual a soma do estoque mínimo e do lote de compra.
Em condições normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque
oscilará entre os valores máximos e mínimos.
O estoque máximo é uma função no lote de compra e do estoque mínimo, variará
todas as vezes que uma ou duas parcelas acima variarem. O estoque máximo sofrerá
também limitações de ordem física, como espaço para armazenamento. É possível ainda
diminuir, tanto o tamanho do lote como o de estoque mínimo, quando a falta de capital
torna-se maior.
É preferível diminuir o tamanho do lote a diminuir o estoque mínimo, a fim de evitar a
paralisação da produção por falta de estoque.
O Sistema Just-in-time, que em português significa no momento exato ou ainda, "em
cima da hora", é um sistema de produção cuja idéia principal é fabricar produtos na
quantidade necessária no momento exato em que o item seja requisitado
A proposta principal do Just-in-time é de só comprar ou produzir a quantidade
estritamente necessária para cobrir a demanda.
33
O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo
produtivo. A perseguição destes objetivos dá-se, através de um mecanismo de redução
dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas.
O sistema JIT é mais do que um conjunto de técnicas, sendo considerada uma filosofia
de trabalho. Seus objetivos fundamentais são qualidade e flexibilidade do processo.
O sistema JIT pode ser definido como um sistema de manufatura cujo objetivo é
aperfeiçoar os processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios.
As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são:
• Zero defeitos;
• Tempo zero de preparação (SETUP);
• Estoque zero;
• Movimentação zero;
• Quebra zero;
• LEAD TIME zero;
• Lote unitário.
As vantagens do sistema de administração da produção Just in Time podem ser
mostradas através da análise de sua contribuição aos principais critérios competitivos:
Custos:
Dados os preços já pagos pelos equipamentos, materiais e mão de obra, o JIT
busca que os custos de cada um destes fatores sejam reduzidos ao essencialmente
necessário. As características do sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos
encarregados da produção pelo refinamento do processo produtivo, favorecem a redução
de desperdícios.
34
Qualidade:
O projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de produção;
o único nível aceitável de defeitos é zero. A pena pela produção de itens defeituosos é
alta. Isto motiva a busca das causas dos problemas e das soluções que eliminem as
causas fundamentais destes problemas. O aprimoramento de qualidade faz parte da
responsabilidade dos trabalhadores da produção, estando incluída na descrição de seus
cargos.
Flexibilidade:
O sistema Just in time aumenta a flexibilidade de resposta do sistema pela
redução dos tempos envolvidos no processo. Embora o sistema não seja flexível com
relação à faixa de produtos oferecidos ao mercado, a flexibilidade dos trabalhadores
contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações do mix
de produtos. Através da manutenção de estoques baixos, um modelo de produto pode ser
mudado sem que haja muitos componentes obsoletados.
Velocidade:
A flexibilidade, o baixo nível de estoques e a redução dos tempos permitem que
o ciclo de produção seja curto e o fluxo veloz.
Confiabilidade:
A confiabilidade das entregas também é aumentada através da ênfase na
manutenção preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que torna o processo mais
robusto.
35
2.5 FERRAMENTAS DE APOIO A GESTÃO LOGÍSTICA
2.5.1 Tecnologia da Informação
As novas tecnologias da informação e da comunicação transformaram o planeta
em uma aldeia global. A melhoria e a desregulamentação dos transportes diminuíram os
custos das trocas internacionais, as tecnologias flexíveis de produção e movimentação
facilitam a personalização dos produtos. A necessidade de adotar as mais avançadas
tecnologias de ponta faz com que as empresas se instalem nas proximidades das fontes
de desenvolvimento tecnológico, desta forma que os custos crescentes para o
desenvolvimento de tecnologias estimulam as empresas a compartilharem seus custos.
A tecnologia de informação é uma fonte importante para melhoria da
produtividade e competitividade de qualquer empresa.
Um sistema de informação bem feito é o fator crítico de sucesso para um
sistema logístico. Ele nos permite ter um conhecimento do processo logístico da
empresa, desde estoques, emissão de notas fiscais, entregas de mercadorias. As
informações nos permitem fazer previsões e dar respostas aos consumidores em tempo
real.
O sistema de informação é uma peça fundamental da Logística, desempenhando um
conjunto de funções essenciais:
• Ajuda as empresas a otimizarem seus fluxos de materiais;
• Aperfeiçoar a utilização dos recursos físicos, colocando todos em seus
lugares ao longo da cadeia logística;
• Constrói o banco de dados necessário e coloca à disposição ferramentas
de suporte à decisões para alocar recursos e usá-los com a máxima
eficiência;
36
• Fornece um meio de monitorar o desempenho operacional;
• Permite o retorno de informações úteis para o controle de desempenho
operacional e para os indicadores logísticos.
• Fornece informações valiosas de suporte à decisão para que os gerentes
dirijam a cadeia de suprimentos global.
A intenção de um sistema de informação logística é coletar, manter e manipular
os dados dentro da empresa para tomada de decisões, abrangendo desde o nível
estratégico até o operacional.
A informação é um fator importante para melhorar a competitividade da Logística. É
tecnologia-chave para aperfeiçoar o planejamento, as operações e a avaliação de
desempenho.
Diante da nova visão global, onde milhares de informações são transmitidas por todos
os países, o grande desafio das empresas é saber filtrar e selecionar as informações para
que estas se acrescentem ao seu produto, tornando-se um diferencial competitivo. Além
deste fator, é muito importante que, com as devidas informações, as empresas se
posicionem frente às mudanças e tendências mundiais a fim de permanecer neste
mercado competitivo.
2.5.2 Sistemas de Informações Logísticas
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades
logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir,
controlar e gerenciar as operações logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de
uma empresa específica, bem como ao longo de toda cadeia de suprimentos.
Podemos considerar como hardware desde computadores e dispositivos para
armazenagem de dados até instrumentos de entrada e saída do mesmo, tais como:
37
impressoras de código de barras, leitores óticos, GPS, etc. Software inclui sistemas e
aplicativos/ programas usados na Logística.
As ferramentas logísticas mais comuns encontradas no mercado são para as seguintes
áreas: programação e roteamento de veículos, previsão da demanda, gerenciamento do
Armazém e planejamento de estoques.
2.5.3 Softwares
Um conceito cada vez mais utilizado nas empresas é o de Data Warehouse (DW).
Como o nome sugere, armazena dados históricos e atuais de várias áreas da empresa em
um único banco de dados com o objetivo de facilitar a elaboração de relatórios. Em
geral esses relatórios/gráficos são gerados por ferramentas conhecidas como EIS
(Executive Information System).
Outra ferramenta que merece destaque é o GIS (Geographic Information System). É um
software que une dados geo-referenciados com mapas digitalizados, permitindo ao
usuário utilizara ferramenta tanto no controle gerencial, quanto no planejamento de suas
operações.
O uso de softwares para apoiar atividades operacionais, táticas e estratégicas que
possuem elevado nível de complexidade. Sem o uso de tais ferramentas, muitas decisões
são tomadas baseadas apenas no feeling, o que em muitos casos aponta para um
resultado distante do ótimo. Entretanto, se elas forem usadas, existe significativa
melhoria na eficiência das operações logísticas, possibilitando, além do incremento do
nível de serviço, reduções de custos que justificam os investimentos realizados.
Vale destacar o sistema ERP, ele possuem módulos de gerenciamento de armazéns, cujo
principal objetivo é gerenciar o fluxo de informações, através do controle de posições e
38
lote, regra FIFO, entre outras funcionalidades. Entretanto, funções relacionadas com a
existência de inteligência não são disponibilizadas.
O principal objetivo de um sistema ERP, sob o ponto de vista logístico, é atuar como
um sistema transacional, solucionando problemas com a ausência de integração entre
atividades logísticas. Esta ferramenta disponibiliza uma vasta gama de relatórios e
indicadores de desempenho pré-configurados para mensuração, análise e controle.
2.5.4 Benchmarking
O benchmarking é uma poderosa ferramenta de gestão empresarial, mundialmente
difundida e utilizada para transformar as organizações e introduzir as mudanças
necessárias à melhoria de seus processos, práticas e resultados. Podemos também definir
como um processo contínuo de avaliação de produtos, serviços ou práticas gerenciais,
comparativamente aos concorrentes ou empresas consideradas líderes no mercado.
Empresas que praticam benchmarking podem ser, usualmente, descritas como pró-
ativas, focadas externamente, e próximas dos mercados em que operam. Tais empresas
têm acesso a um ilimitado volume de conhecimento, usam o mercado como o ponto
inicial para posicionar seus objetivos, e têm ótimo entendimento das necessidades dos
seus clientes.
Benchmarking é o processo de:
a) Descobrir o que comparar;
b) Descobrir qual é o padrão de excelência;
c) Determinar que métodos ou processos produzem esses resultados;
39
d) Decidir fazer as mudanças ou melhorias da própria maneira de fazer negócios, a fim
de igualar ou suplantar o padrão de referência de mercado, criando um novo padrão
de excelência.
Existem muitos benefícios a serem obtidos pelo benchmarking, como os aqui
apresentados:
- Atendimento mais adequado das exigências do cliente usuário final;
- Estabelecimento de metas com base em uma visão conjunta das condições externas;
- Determinação de medidas reais de produtividade;
- Conquista de uma posição de competitividade;
- Conscientização a respeito das melhores práticas da indústria e sua busca.
Existem 3 tipos de benchmarking:
O benchmarking interno - é a comparação entre as práticas usadas em operações
semelhantes dentro da própria empresa.
O benchmarking competitivo - é a comparação com os melhores concorrentes diretos
externos.
O benchmarking Funcional – é a comparação das atividades funcionais (práticas de
transporte, armazenagem, controle de estoques, programa de qualidade etc.) de
setores econômicos distintos. É o tipo com maior potencial para revelar práticas
inovadoras. Não é difícil encontrar empresas líderes em determinadas funções.
40
CONCLUSÃO
A Globalização provocou profundas mudanças no cotidiano das empresas,
fazendo com que elas tenham que superar controles, barreiras, línguas e costumes dos
países, pois atualmente atuam numa “aldeia global”. Atrelado a isso, uma série de outros
fatores contribuíram para a mudança do cenário empresarial: abertura de mercados ao
comercio internacional, o desenvolvimento e intensificação da tecnologia da informação
e dos transportes e queda de algumas barreiras protecionistas que impediam a entrada de
empresas estrangeiras no mercado interno.
Frente a isso, surge a palavra Logística. Esta atualmente vem sendo utilizada
com bastante frequência. E ela está presente nas mais diversas empresas, pois ela é um
dos processos mais importantes no gerenciamento estratégico da movimentação e
armazenagem de produtos, associada diretamente no relacionamento com o cliente.
O presente estudo tem como finalidade, apontar a missão da logística nas
empresas e como a sua implementação pode trazer benefícios para as organizações e
uma maior competitividade entre elas. Esse estudo também irá aumentar os
conhecimentos da autora sobre o assunto para um desenvolvimento pessoal e
profissional, visto que ela pretende aprofundar ainda mais, para uma possível aplicação
dos mesmos conhecimentos no seu futuro desenvolvimento profissional.
O propósito da Logística é muito amplo, ela é vital para as organizações e para a
economia, envolvendo muito mais do que movimentação e armazenagem de produtos,
atualmente é considerada um importante fator para o sucesso ou insucesso de uma
empresa. A sua missão é dispor as mercadorias ou serviços apropriados nos locais
certos, nos momentos precisos e nas condições desejadas pelos clientes, proporcionando
a máxima contribuição para a empresa e também como um suporte estratégico.
41
Como vimos, a cadeia de suprimentos preocupa-se com o gerenciamento de
fluxo externo à empresa, pois ele é o controle de matérias, informações e finanças
dentro do processo que vai do fornecedor ao consumidor, passando pelo fabricante
atacadista e varejista. As fontes de suprimento são os fornecedores de matérias-primas,
produtos acabados, materiais de consumo, etc. visando uma logística econômica e
racional, para permitir a empresa ser mais competitiva em termos de operacionalidade e
de custos.
Os processamentos são as diversas formas de obtenção do suprimento, tais
como sistemas CIF e FOB, centrais de recebimento, meios de transporte, sistemas de
embalagem e granel.
A distribuição é responsável pela administração dos materiais a partir da saída do
produto da linha de produção até a entrega do produto no destino final, e ela é um dos
processos mais críticos uma vez que existem varias modalidades de distribuição: modal
rodoviário, modal ferroviário, modal aéreo, modal aquaviário, o modal dutoviário e
Intermodalidade e multimodalidade. Problemas como, atraso de entregas são refletidos
diretamente nos clientes influenciando no resultado final das operações.
A gestão de estoque é uma atividade de pouca liberdade, trata-se de uma área da
empresa que exige resultados efetivos, constantes e passíveis de comprometer os
resultados.
O planejamento é a descrição dos limites de estoque com base no planejamento
de produção e vendas e das políticas de estoques mínimos e máximos e a aplicação do
modelo JIT – Just in time.
A informatização é a importância dos sistemas baseados na tecnologia da
informação, as facilidades do sistema B2B, a rapidez do fluxo de informações para
efeito de controle e administração dos estoques e relacionamento com as fontes de
suprimento.
42
Estratégia Empresarial é a preocupação das empresas na busca de um sistema
de logística que proporcione um diferencial positivo na formação da cadeia de valor dos
produtos, não só no aspecto de custos mas, principalmente, na plena satisfação dos
clientes.
A Competitividade é a necessidade de pleno conhecimento das condições
mercadológicas e do benchmark, para que se busque a conquista de vantagens
competitivas em relação aos concorrentes.
Assim, este trabalho visa contribuir, para um conhecimento sintetizado mas
perspicaz do que é a Logística Empresarial e sua importância para o sucesso ou
insucesso de uma organização.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRADE, Arnaldo Rosa. Planejamento Estratégico: Formulação,
Implementação e Controle. 4 ª. Ed. Blumenau, Atlas, 2002.
BALLOU, R. H. Basic business logistic. Transportation, materials
management, physical distribution. 2.ª Ed., Englewood Cliffs, NJ,
Prentice Hall, 1987.
BERTAGLIA, Paulo Roberto Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Abastecimento. 2 ª. Ed. São Paulo, 2003.
BOWERSOX, Donald J. e CLOSS, David J. Logística Empresarial. O
Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. 5 ª. Ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
CHRISTOPHER, Martin Logística e Gerenciamento. 2 ª. Ed. São Paulo:
Pioneira,1997.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Material. Uma Abordagem
logística. 4 ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1995.
FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber
Fossati. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas
2006.
KLUYVER, Cornelis A.; PEARCE, John A Estratégia, Uma Visão
Executiva. 2 ª. Ed. São Paulo: Pearson Education, 2006.
44
MARTEL, Alain; VIEIRA, Darli Rodrigues. Analise e Projeto de Redes
Logísticas. São Paulo: Saraiva, 2007.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimonial.
5 ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
45
BIBLIOGRAFIA CITADA
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management, physical distribution, 2.ª ed., Englewood Cliffs, NJ,
Prentice Hall, 1987.
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BOWERSOX, Donald J. e CLOSS, David J. Logística Empresarial. O
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CHRISTOPHER, Martin Logística e Gerenciamento. 2 ª. Ed. São Paulo,:
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MARTEL, Alain; VIEIRA, Darli Rodrigues. Analise e Projeto de Redes
Logísticas. São Paulo: Saraiva, 2007.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimonial.
5. ª. Ed .São Paulo: Atlas, 2008.
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA
6
SUMÁRIO 7
1. INTRODUÇÃO 11
2.1. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 13
2.1.1. COMPETITIVIDADE 14
2.2. FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL 15
2.3. MISSÃO DA FUNÇÃO LOGÍSTICA NAS ORGANIZAÇÕES 17
2.4. FUNÇÕES DA LOGÍSTICA 19
2.4.1. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 19
2.4.1.1. FONTES OU FORNECEDORES 20
2.4.1.2. PROCESSAMENTO 23
2.4.1.3. DISTRIBUIÇÃO 24
2.4.2. A GESTÃO DE ESTOQUE 27
2.4.3. PLANEJAMENTO 29
2.4.3.1. ESTOQUE 31
2.5. FERRAMENTAS DE APOIO A GESTÃO LOGÍSTICA 35
2.5.1. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 35
2.5.2 Sistemas de Informações Logísticas 36
2.5.3 Softwares 37
2.5.4 BENCHMARKING 38
3. CONCLUSÃO 40
47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido do Mendes - Instituto A Vez do
Mestre
Título da Monografia: Logística Empresarial: Uma Estratégia Competitiva
Autor: Telma Sofia Barros de Sousa Monteiro
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: