UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Morre lentamente quem se torna escravo do...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO DINÂMICA: O USO DO GOOGLE COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Por: Marcello Roberto Campos
Orientador:
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO DINÂMICA:
O USO DO GOOGLE COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito
parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão de Projetos.
Por: Marcello Roberto Campos
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pois ele está sempre ao meu lado em
todos os momentos e tem me abençoado com a
perseverança e a determinação para alcançar meu objetivo
profissional e pessoal.
Agradeço a minha mãe e irmãs pela paciência e apoio.
Aos meus amigos por incentivarem o meu sucesso. Ao
meu orientador pela direção e foco no assunto. Aos meus
mestres que me ensinaram durante todos esses anos de
vida.
Morre lentamente que não viaja, quem não lê, quem não
ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...
Morre lentamente quem se torna escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não
muda de marca, não arrisca vestir uma nova cor, quem
não conversa com quem não conhece ...
Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta
infeliz com seu trabalho ou amor, quem não arisca o
certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não
permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos
sensatos...
Pablo Neruda
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por guiar
minha vida, aos meus mestres que me orientaram, a
minha mãe, esposa e irmãs que compreenderam e me
acompanharam nesta caminhada, me apoiando em todas
as minhas dificuldades com o amor necessário.
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RESUMO
Com a tecnologia, principalmente na área da informação, alunos e professores possuem, a sua disposição, mais recursos para trocar experiências acadêmicas.
Este trabalho bibliográfico aborda os diversos acessos às informações feitas através do Site mais popular de hoje em dia: O GOOGLE.
Exemplifico o assunto, destacando que o que era anteriormente apenas conseguido através de livros, revistas e periódicos pode ser facilmente obtido nos dias de hoje através de uma consulta à INTERNET.
O estudo comenta também o desenvolvimento do professor nesta nova era informatizada e descreve a necessidade do homem em se comunicar sem a intervenção da limitação geográfica e cultural, é a nova forma de divulgar os conhecimentos.
Cito os grandes avanços da tecnologia que, através de enciclopédias virtuais livres e sites de busca, possibilitam que a sociedade tenha acesso a informações, antes restritas às pessoas que podiam adquirir os exemplares disponíveis.
A constatação de que, atualmente, devido ao acesso a estas informações pela internet, principalmente as proporcionadas pelo uso das Ferramentas do GOOGLE, todas as classes sociais conseguem se desenvolver, formar opinião e partilhar o conhecimento.
Comento ainda a área da Educação, que promove o envolvimento do aluno com as problemáticas da sociedade e da sua área de interesse, possibilitando discussões e pesquisas na Rede Mundial de Computadores, rompendo uma das barreiras que dificultam os processos de aprendizagem em muitas disciplinas, isto é, a distância entre teoria e prática.
Destaco a aplicação e uso dos ambientes digitais e os direcionamentos dos conteúdos para as realidades próximas aos conhecimentos, experiências e interesses dos alunos, que mudaram significativamente as relações, postura e auto-estima dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Após a pesquisa a seguir caberá a experiência do uso desta ferramenta para inovar as relações entre professores e alunos, bem como dinamizar e agilizar o processo de aprendizagem de forma positiva e promissora.
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METODOLOGIA
O estudo será realizado através de pesquisa bibliográfica
Os métodos adotados para buscar as informações pertinentes ao
desenvolvimento do problema proposto serão:
• Através de consulta prévia, traçar um esboço da pesquisa
• A partir da seleção de material bibliográfico tais como livros, artigos,
revistas, periódicos e internet, o tema será aprofundado.
• Após a coleta de informações relativas ao exposto na justificativa, as
mesmas serão analisadas, contribuindo assim para a formatação da conclusão do texto
final da monografia.
• A redação será própria, com citações diversas.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O QUE É TECNOLOGIA? 12
CAPÍTULO II - PROJETOS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO 22
CAPÍTULO III - A WEB 2.0 UMA NOVA FORMA DE APRESENTAÇÃO 38
CAPÍTULO IV - O GOOGLE COMO OPÇÃO PEDAGÓGICA 41
CONCLUSÃO 60
ANEXO – LISTA DE FIGURAS 61
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 70
BIBLIOGRAFIA CITADA 71
ÍNDICE 73
FOLHA DE AVALIAÇÃO 75
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INTRODUÇÃO
Segundo Gonçalves (2001), durante muitos anos, a aprendizagem na escola
foi entendida “como a capacidade de repetir e memorizar conteúdos acadêmicos,
geralmente distantes da experiência de vida imediata. Por seu lado, o bom professor era
aquele que dominava os conteúdos escolares, independentemente do relacionamento
pedagógico (bom, mau ou nenhum) que estabelecia com os alunos. Já o bom método
pedagógico era o que decorria do ensino magistral em que o professor dizia e o aluno
repetia, como refere Malheiro (2005) “ensinar” deriva do latim “insignare”, que
significa a transmissão do conhecimento, informação ou esclarecimentos úteis ou
indispensáveis à educação e à instrução.
nautilus.fis.uc.pt/cec/teses/emanuel/docs/cap1_ensino.pdf ( p.21 )
"Tirar informação da Internet é como beber água de um hidrante."
(Mitchell Kapor)
http://thinkexist.com/quotation/getting_information_off_the_internet_is_like/216131.
html
Vivemos uma época onde as mudanças são constantes, as informações rápidas em
que o conhecimento chega até as pessoas de forma acelerada, muito mais que há alguns
tempos atrás. A informação e o conhecimento estão cada vez mais acessíveis no mundo
digital. Todos os dias surgem, no mundo virtual, ferramentas com potencialidades
imensas, especialmente em termos de interação e construção coletiva de conhecimentos.
As ferramentas disponibilizadas pelo Google, especificamente, permite a
interação e o intercâmbio de idéias, favorece, ainda, uma educação ativa, já que é
proporcionado um ambiente no qual o aluno atua no processo de descoberta de novos
conhecimentos, ao invés de ser apenas um passivo receptor de conhecimentos, e o
professor deixa de ser o único detentor e transmissor do conhecimento para assumir a
tarefa de orientador, organizando o acesso à informação e estimulando a colaboração entre
os alunos. Confirmando a teoria de que mais do que repassar informações, educar é
9
construir, é buscar informações.
Nesse contexto, a informática surge como meio (elo) de aproximação entre os
problemas, conjugando a prática e a teoria, enriquecendo as possibilidades de pesquisa
via Internet e atendendo aos interesses individuais e do grupo. Busca-se assim uma
aprendizagem mais significativa, ao permitir que uma série de construções pessoais
seja feitas por todos os participantes e pelo grupo. Construções estas que vão desde
produção de conhecimento, colaboração e compartilhamento das informações,
experiências e conhecimentos adquiridos.
Urge usar as ferramentas de pesquisa do Google a favor de uma educação mais
dinâmica, como auxiliadora de professores e alunos, para uma aprendizagem mais
consistente, não perdendo de vista que o uso de um computador deve ser adequado as novas
formas de educar.
O uso de ambientes digitais é, entre outras, uma das possibilidades de ligação
entre os conteúdos, linguagem, problemas e diversidades.
No estudo de meios de aprendizagem, os ambientes digitais aparecem como
elementos que possibilitam novas relações entre a prática, os conteúdos de várias
disciplinas e as experiências dos participantes; abrindo novas possibilidades para as
desconstruções e construções dentro e fora da “sala de aula”, que se expande não
apresentando as tradicionais paredes e horários restritos. A escola tradicional troca de
formato acompanhando a evolução dos sujeitos e sociedade, que oferece atualmente
tantas novas possibilidades com a aproximação da realidade da informática e
Internet. Neste contexto, surge a formação de comunidades virtuais dentro da Rede, o
que chamado de ciberespaço.
O MEC, na tentativa de incentivar o uso e aplicação das novas tecnologias de
informação e comunicação, apresenta vários projetos, possibilitando a ampliação do
uso dos ambientes digitais na educação, buscando a inclusão digital dos alunos da rede
pública, no sentido de dar maior qualidade ao ensino no Brasil, antes dessas
iniciativas, a vivência de experiências com ambientes digitais encontrava-se restrita aos
alunos da rede particular de ensino.
A Informática Educativa privilegia a utilização do computador como a
ferramenta pedagógica que auxilia no processo de construção do conhecimento. Neste
momento, o computador é um meio e não um fim, devendo ser usado considerando o
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desenvolvimento dos componentes curriculares. Nesse sentido, o computador
transforma-se em um poderoso recurso de suporte à aprendizagem, com inúmeras
possibilidades pedagógicas, desde que haja uma reformulação no currículo, que se
criem novos modelos metodológicos e didáticos, e principalmente que se repense qual o
verdadeiro significado da aprendizagem e este trabalho apresenta o uso do Google
como uma ferramenta pedagógica que devidamente utilizado proporciona rapidez e
atrativos muito objetivos para a melhoria do interesse do aluno pelo conteúdo
ministrado, facilitando os professores a repassarem o conteúdo programático com
eficiência e modernidade.
Como diz Levy (1998), a construção do conhecimento passa a ser igualmente
atribuída aos grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do saber,
as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, de forma a
fazer uma inteligência coletiva. "É uma inteligência distribuída por toda parte,
incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma
mobilização efetiva das competências." (p. 28)
A revolução tecnológica que é motora das mudanças na sociedade atual que
têm tornado obsoleta a escola tradicional, apresenta-se como um excelente auxílio para
vencer a resistências à mudança que prolifera no meio educativo.
De acordo com Fróes (2002) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos
meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática traz novas formas de ler, de
escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra
como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto
manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de
ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como
conseqüência, a um pensar diferente.” (p.13)
Borba (2001) vai um pouco mais além, “quando coloca “seres humanos com
mídias” dizendo que” os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e
modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão
constantemente transformando essas técnicas.” (p.46)
Dessa mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma
ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Quando a
usamos, estamos sendo modificados por ela.
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Segundo Grégoire (1996), “diversos estudos comprovam que a introdução das
novas tecnologias de informação e comunicação na educação tem efeitos positivos”.
(http://www.tact.fse.ulaval.ca/fr/html/apport/impact96.html)
A tecnologia computacional pode funcionar como um catalisador para a
mudança, mas de acordo com Almeida (1998) “o elemento fundamental para uma
contribuição significativa do computador no processo ensino-aprendizagem é o
professor, o qual precisa ser preparado para assumir a mudança de abordagem
educacional. Essa mudança pode ser impulsionada pelo computador, mas só se
concretizará se o professor alterar as suas teorias e crenças a respeito do processo de
ensino-aprendizagem e a sua própria prática letiva, de modo a criar situações de
aprendizagem que promovam a construção do conhecimento pelos alunos”, tendo em
vista uma melhor preparação para a sociedade contemporânea e futura.
(www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt081345int.rtf)
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo
escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos
conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade
informatizada.
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CAPÍTULO I
O QUE É TECNOLOGIA? Goodman (1990) definem tecnologia como sendo o conhecimento de relações
causa-efeito contido (embutido) nas máquinas e equipamentos utilizados para realizar
um serviço ou fabricar um produto. Para usuários leigos da palavra, tecnologia significa
o conjunto particular de dispositivos, máquinas e outros aparelhos empregados na
empresa para a produção de seu resultado. p.(281)
Já para Fleury (1990), uma abordagem muito diferente enxerga a tecnologia
como um pacote de informações organizadas de diversos tipos, provenientes de várias
fontes e obtidos através de diversos métodos, utilizado na produção de bens.( p 23-30)
Para Gonçalves Lima (1994) a tecnologia é muito mais que apenas
equipamentos, máquinas e computadores. A organização funciona a partir da operação
de dois sistemas que dependem um do outro de maneira variada. Existe um sistema
técnico, formado pelas técnicas e ferramentas e utilizadas para realizar cada tarefa.
Existe também um sistema social, com suas necessidades, expectativas, e sentimentos
sobre o trabalho. Os dois sistemas são simultaneamente otimizados quando os
requisitos da tecnologia e as necessidades das pessoas são atendidos conjuntamente.
Assim, é possível distinguir entre tecnologia (conhecimento) e sistema técnico
(combinação especifica de máquinas e métodos empregados para obter um resultado
desejado).
( http://www.ipv.pt/millenium/millenium27/15.htm)
Vivemos numa época de ênfase na informação, tais como a presença das
revistas, telejornais e internet, onde é preciso estarmos sempre informados. Mas é
importante lembrar que informação não é conhecimento. O conhecimento envolve o
estabelecimento de relações entre informações isoladas. Se pensarmos neste sentido,
muito do que é chamado do conhecimento escolar é apenas informação, desconectada:
conceitos vazios, para serem memorizados e esquecidos. A informação é descartável,
justamente por não ter vínculos nem com outras informações, nem com conhecimento,
mas, sobretudo, por não termos com ela vínculos emocionais, de acordo com Guerra
(2001).
( http://www.redealmeidense.com.br/DocTemplate/usage.php)
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Como sabemos, o computador (hardware) só é capaz de processar dados, mas
em nível lógico (software) podemos trabalhar com informações, editando textos,
automatizando processos, a partir dos fundamentos trazidos pela teoria da informação,
podemos esboçar o seguinte fluxo do conhecimento e da sabedoria:
COMUNICAÇÃO →→→→ INFORMAÇÃO →→→→ CONHECIMENTO ↔↔↔↔ SABEDORIA
Fundamentalmente, as tecnologias da informação e da comunicação são
consideradas como um elemento integral desses novos modos de ser e desempenham
papéis importantes na sustentação de uma mente reflexiva e da ação social do indivíduo
em busca de conhecimento.
1.1 –Educação Informatizada
Existe, hoje em dia, um viés comum de extrema valorização da tecnologia, podemos
chamar de “tecnófilos” os indivíduos que não possuem uma visão crítica e são
totalmente otimistas no que diz respeito ao determinismo tecnológico.
Lévy (1999) define como cibercultura o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais),
práticas e atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente ao
crescimento do ciberespaço, ou seja, da rede mundial de computadores. (p.17).
Uma nova sociedade, onde a tecnologia predomina e facilita as relações sócio-cultural-
econômicas, caracterizada pela capacidade de se obter qualquer informação, em
qualquer momento, em qualquer lugar, onde o conhecimento é fundamental e deve ser
cada vez mais compartilhado.
Esta sociedade denominada por muitos de Sociedade da Informação, embora o termo
seja ideológico e impreciso, também recebe outras denominações, como: Sociedade do
Conhecimento, Sociedade do Saber, Nova economia, Cibercultura, Sociedade Digital,
Sociedade Contemporânea, Sociedade em Rede entre outros.
Em 1967, Marchall McLuhan, um sociólogo canadense criou o conceito de “Aldeia
global”, pois ele via o avanço tecnológico levando a redução de todo o planeta da
mesma forma como se ocorre em uma aldeia, influenciando nos meios de comunicação.
Em 1973, Daniel Bell no seu livro “The coming of the Pós-Industrial Society” lançou o
conceito de sociedade Pós-Industrial. Alvin Toffler lança em 1980 o conceito de
Terceira Onda considerando essa revolução como um verdadeiro marco na história da
humanidade modificando as relações de emprego e atuando como instrumento de
acumulação de capital, aumentando a produtividade e mudando o campo de trabalho. A
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Terceira Onda levou mais tarde ao conceito de Sociedade do Conhecimento onde
conhecimento e informação que possui valor, é essencial. Drucker afirma em 1994 que
alcançamos essa Sociedade do Conhecimento. Castells diz em 1999, que estamos
caminhando para a consolidação de uma sociedade realmente informacional através do
conceito de sociedade em rede. E Pierre Lévy em 2000, apresenta o conceito de um
universo coletivo de inteligência compartilhada.
Todos esses conceitos nos levam a uma única certeza: a importância da informação e do
conhecimento.
Sem dúvida o avanço cada vez mais acelerado das tecnologias de informação e
comunicação modificaram as relações sócio-culturais e o modo como percebemos e
entendemos o mundo. A educação sofre mudanças significativas, pois as novas
tecnologias mudam os processos de aquisição e construção do conhecimento exigindo
novas formações do individuo para que ele possa utilizar os novos recursos
informacionais.
(http://monografias.brasilescola.com/computacao/sociedade-informacao-no-brasil-
inclusao digital-a.htm)
Com a Internet, a informação ganha ares de planetária, ou seja, o meio se torna capaz
de comunicar algo sem a necessidade de emissor e receptor estarem no mesmo lugar
(podem estar em estados, países ou continentes diferentes), este é o fenômeno de
desterritorialização que a internet propõe, ou ainda, segundo Lévy, que o ciberespaço
propõe. O ciberespaço ou rede, em suma, é o novo meio de comunicação que surge na
interconexão mundial de computadores (LÉVY, 1999, p.17).
Podemos, então, perceber que a afirmativa de um paradigma que defende o livre acesso
de todos, que premia a pluralidade de informações e que vê na tecnologia uma
ferramenta que tange ao encontro de uma faceta da democracia (a democracia de
informações)
A internet é uma tecnologia que facilita a
motivação dos alunos pela novidade e pelas
possibilidades inesgotáveis de pesquisa que
oferece. Essa motivação aumenta se o professor
proporcionar um clima de confiança, abertura,
(geeky-gadgets.com) cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o
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que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação
autêntica do professor ao estabelecer relações de confiança com seus alunos por meio
do equilíbrio, competência e simpatia com que atua. O aluno desenvolve a
aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados (Moran, 1998).
( http://www.ufpel.edu.br/crm/pgl/computador/mudar_com_internet.pdf )
1.2 –Cibercultura
O desenvolvimento da cibercultura se dá com o surgimento da micro-informática nos
anos 70, com a convergência tecnológica e o estabelecimento do personal computer
(PC). Nos anos 80- 90, assistimos a popularização da internet e a transformação do PC
em um “computador coletivo”, conectado ao ciberespaço, a substituição do PC pelo CC
(http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibermob.pdf). Aqui, a rede é o
computador e o computador uma máquina de conexão. Agora, em pleno século XXI,
com o desenvolvimento da computação móvel e das novas tecnologias nômades
(laptops, palms, celulares), o que está em marcha é a fase da computação ubíqua,
pervasiva e senciente, insistindo na mobilidade. Estamos na era da conexão.
Nota: A computação pervasiva (pervasive computing) é uma área recente de pesquisa,
considerada o novo paradigma do século XXI, que visa fornecer uma computação onde
se deseja, quando se deseja, o que se deseja e como se deseja, através da virtualização
de informações, serviços e aplicações.
http://www.rnp.br/pd/gts2004-2005/grade_pervasiva.html
Conforme Lemos ( 2003) :“A cibercultura nada mais é do
que a cultura contemporânea em sua interface com as novas
tecnologias de comunicação e informação, ela está ligada às
diversas influencias que estas tecnologias exercem sobre as
formas de sociabilidade contemporâneas, influenciando o
trabalho, a educação, o lazer, o comércio, etc. Todas as áreas
da cultura contemporânea estão sendo reconfiguradas com a
emergência da cibercultura ( p. 1).
A cibercultura (Lemos, 2002) solta as amarras e desenvolve-se de forma onipresente,
fazendo com que não seja mais o usuário que se desloca até a rede, mas a rede que
passa a envolver os usuários e os objetos numa conexão generalizada.
( http://www.bocc.ubi.pt/pag/mantovani-camila-informacao-mobilidade.pdf)
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(CORRÊA, 2004,): “A cultura contemporânea passa a ser
caracterizada pelo uso crescente de tecnologias digitais, cria-se
uma nova relação entre a técnica e a vida social e, ao mesmo
tempo, proporciona o surgimento de novas formas de agregação
social de maneira espontânea no ambiente virtual, com
práticas culturais específicas que constitui a chamada
cibercultura” p. 2).
Lévy (1999) define como cibercultura o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais),
práticas e atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente ao
crescimento do ciberespaço, ou seja, da rede mundial de computadores. (p.17) Assim,
questões como a velocidade de informação, o longo alcance, a inter e
transdisciplinalidade, a existência de conteúdos diversificados, as conexões e as redes,
são pontos que permearam as teses dos autores e prosseguem como pilares das formas
de agregação e transmissão do conhecimento. Não defendemos que a Internet seja uma
força que vá trazer livre acesso e democracia de informações instantaneamente, mas,
nos baseamos na literatura para assegurar que a rede mundial de computadores é o
“lugar” disponível para que essas mudanças possam acontecer. O conceito de universal
vai ao encontro dos anteriores no sentido em que ele diz respeito à capacidade de
comunicação planetária do ciberespaço. Da mesma forma, podemos dizer que, assim
como propõe Lévy (1999):
Quanto mais o Ciberespaço se estende, mais ele se torna universal. (p.119-120),
Ver Curiosidades Adicionais Figura 01 pagina nº61
17
Fonte : http://projetoinfo.blogspot.com/
1.3 – A Utilização do Computador na Educação A utilização do computador na educação pode acontecer de duas maneiras. Uma é fazer
aquilo que o professor faz tradicionalmente, ou seja, passar a informação para o aluno.
Outra e usá-lo como um instrumento que auxilia na construção do conhecimento e,
portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar, pensar e manipular a
informação.
Na primeira maneira encontramos uma concepção de aprendizagem behaviorista, em
que a aplicação pedagógica do computador é usada como uma máquina de ensinar.
Assim o computador é quem ensina o aluno, e, portanto assume o papel de máquina de
ensinar, ao invés de papel ou livro, é usado o computador. Porém se analisarmos a
segunda maneira iremos encontrar uma concepção construtivista, em que o
conhecimento não é transmitido. Ele é construído progressivamente por meio de ações
que se transformam. Segundo Piaget (1972) “A inteligência surge de um processo
evolutivo no qual muitos fatores devem ter tempo para encontrar seu equilíbrio.” ( p.14)
Nesse caso o computador pode ser visto como uma ferramenta pedagógica para criar
um ambiente interativo que proporcione ao aluno, investigar, levantar hipóteses,
pesquisar, criar e assim construir seu próprio conhecimento.
Segundo Oliveira & Fischer (1996) o computador trabalha com representações virtuais
de forma coerente e flexível, possibilitando, assim, a descoberta e a criação de novas
relações. Basicamente, as autoras consideram sete aspectos importantes no computador:
18
1. Dispõe suas informações de forma clara, objetiva e lógica, facilitando a autonomia
do usuário, favorecendo a exploração espontânea.
2. Exige também que o usuário tenha consciência do que quer, se organize e informe de
modo ordenado o que quer fazer, digitando corretamente.
3. Dá um retorno extremamente rápido e objetivo do processo em construção,
favorecendo a autocorreção, a inserção da “desordem” na ordem global.
4. Trabalha com uma disposição espacial das informações, que pode ser controlada
continuamente pela criança através de seu campo perceptivo visual, apoiando o
raciocínio lógico.
5. Trabalha com imagens e textos de forma combinada, ativando os dois hemisférios
cerebrais.
6. Através de recursos de multimídia, pode combinar imagens pictóricas ou gráficas,
numa infinidade de cores e formas, com sons verbais e/ou musicais, com movimentos,
criando uma verdadeira trama de combinações possíveis, integrando a percepção, em
suas múltiplas formas, ao raciocínio e à imaginação, de forma fluente, pessoal e cheia
de vida.
7. O computador também é apontado como um facilitador do desenvolvimento natural
da expressão simbólica da criança no uso de caracteres gráficos, fator importante tanto
na fase da alfabetização, quanto no desenvolvimento posterior do processo da leitura e
da escrita. ( p.156)
Assim o computador pode ser um aliado no processo educativo dos alunos. Ele pode se
tornar um catalisador de mudanças, contribuindo com uma nova forma de aprender.
1.4 - O Professor na Era da Informática
A maior causa de alienação nos tempos atuais reside no desconhecimento da máquina,
que não é causado pela máquina, mas pelo não conhecimento de sua natureza e de sua
essência.
Na verdade o que reside dentro das máquinas é a realidade humana, o gesto humano
fixado e adaptado em estruturas que funcionam. Simondon, filósofo francês, defende a
idéia de que a relação entre os homens só pode ser melhorada se for transformado seu
relacionamento com os objetos técnicos. Ora, poderíamos nos perguntar qual homem
pode realizar em si a tomada de consciência da realidade técnica e introduzi-la na
cultura. A cultura ignora na realidade técnica uma realidade humana; supondo que os
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objetos técnicos não têm nada de realidade humana.
Muitos educadores estão preocupados com a substituição do professor pela máquina.
Isto não é real, pois antes da tecnologia vem a metodologia, a filosofia educacional que
dá direção a escola, e o papel do professor é fundamental neste processo. Porém ele
deixa de ser o centro das atenções e passa a assumir a função de mediador nas
atividades desenvolvidas. O professor não deve mais ser mero transmissor de
conteúdos, mas sim, um orientador, um facilitador da aprendizagem. A escola que
pretende fazer o aluno pensar, estimular as suas capacidades, criar oportunidades de
utilizar os seus talentos, respeitando os diversos modos de aprender, não precisa mais
do professor que decide o que deve ser aprendido e ensinado. Precisa, sim, do professor
parceiro, aprendiz, que, junto com seus alunos, pesquisa, debate e descobre o novo.
Conforme Fonseca (2001), a verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar,
mas sim a de criar condições de aprendizagem. (p.2)
Na era da informática, realmente é um grande desfio ensinar, em consequência do
desinteresse do estudante, hoje totalmente digital, em relação às metodologias de ensino
tradicionais. A facilidade de acesso que o estudante tem à informação e a rapidez da sua
atualização é positiva para a sua formação e também demanda maior esforço do
professor em acompanhar essa dinâmica, inclusive para poder aferir a natureza, a
profundidade e a adequação da informação acessada. Essa facilidade e rapidez na
obtenção da informação têm induzido ao estudante em se afastar de um maior
aprofundamento no tema objeto do aprendizado. Assim as dificuldades de ensinar na
era da informática implicam no desenvolvimento de metodologias igualmente
dinâmicas mas sem perder a profundidade do aprendizado assim como sem bloquear a
criatividade do estudante.
Alguns alunos e professores não aceitam facilmente a mudança na forma de ensinar e
aprender. Muitos alunos perdem-se em possibilidades de navegação e não procuram o
que deveriam, porque não são orientados devidamente. A impaciência de muitos alunos
os faz mudar de um endereço para outro, aprofundando pouco as possibilidades de cada
página. Os problemas ligados ao uso da internet na educação não devem se transformar
em desestímulo para os profissionais de educação, visto que suas vantagens justificam o
empenho na superação dos obstáculos para fazer da internet uma ferramenta positiva de
apoio ao processo de ensino-aprendizagem. É preciso que os alunos sejam
20
conscientizados para a realização adequada de pesquisas pela internet. Copiar e colar
ou, simplesmente, imprimir páginas de textos retirados dos sítios, sem referências e sem
qualquer créditos aos seus autores Não deve ser permitido e mais devemos orientar o
aluno a forma correta de fazer estas referências e criar o desejo de executar pesquisas e
executar projetos próprios, principalmente em ensino superior. No imenso universo da
internet, podemos encontrar conteúdos de boa e má qualidade. Por isso, o educador
deve estar preparado para ajudar os educandos a localizar conteúdos de qualidade e a
transformar os textos pesquisados em conhecimentos úteis, em material de debates e
reflexões.
“Ensinar é alumbrar e alumbramento é inspiração, iluminação. No caminho que fazemos, é preciso criar a consciência de que métodos e técnicas são ferramentas a serviço do pensamento e que o pensamento é um mosaico formado por paixão e razão. A paixão de ensinar é uma paixão sábia, aquela que não turva os sentidos, mas ilumina os caminhos”. Luiz Alberto Sanz
HEINECK propõe: “Os educadores têm que ser capazes de articular os conhecimentos
para que o todo comece a ser organizado, e assim inicie-se a superação da
disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Uma
prática interdisciplinar, certamente contribuirá para o forjamento de cidadãos
conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade.
(www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm)
Diz Ivani Catarina Arantes FAZENDA (1993): “A atitude interdisciplinar não está na
junção de conteúdos, nem na junção de métodos; muito menos na junção de disciplinas,
nem na criação de novos conteúdos produtos dessas funções; a atitude interdisciplinar
está contida nas pessoas que pensam o projeto educativo. Qualquer disciplina, e não
especificamente a didática ou estágio, pode ser a articuladora de um novo fazer e de um
novo pensar a formação de educador.” ( p.64)
“... a educação tem objetivo imediato o desenvolvimento
da capacidade de pensar, não apenas de ministrar
conhecimentos”
SOCRATES (‘470-399 a. c.)
21
VELHO PARADIGMA NOVO PARADIGMA
Conhecimento é transferido ao aluno Aluno participando da construção do
conhecimento
Aluno é visto como recipiente vazio a ser
“enchido” com conhecimento
Aluno transformador e construtor ativo
do próprio conhecimento
Aprendizagem baseada na memorização Aprendizagem baseada no relato
Meta do aluno é completar requisitos para
passar nas disciplinas
Meta do aluno é aprender, desenvolver
competências e experiências
O objetivo da escola é classificar e
selecionar os alunos
Objetivo da escola é desenvolver as
competências e os talentos dos alunos
A educação é conduzida dentro de um
contexto de relações impessoais entre os
alunos e entre os alunos e professor (aluno
e professor são vistos como peças
intercambiáveis e substituíveis da
“máquina (educacional”)
Professor e alunos trabalham juntos,
fazendo da educação uma forma de
relacionamento pessoal
Elaborado pelo Autor
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina
Ver Curiosidades Adicionais Figura 02 pagina nº64
22
CAPÍTULO II
PROJETOS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO De acordo com MINGUET ( 1998 )“A reforma no ensino visa uma educação mais eficaz e para isso é necessária uma profunda mudança de conteúdos e métodos. Nesta perspectiva a proposta deve apresentar uma nova visão do saber e do aprender oferecendo assim novas possibilidades dos processos educacionais ” ( p. 129)
({bb9d1e23-b5be-415b-80cd-0eda0a282df9}_fnde.jpg alagoas24horas.com.br)
Os Planos de Governo para a criação de uma cultura nacional sobre o uso do
computador na educação foram os projetos EDUCOM, FORMAR e CIED.
As contribuições do Projeto EDUCOM foram importantes e decisivas para a criação e o
desenvolvimento de uma cultura nacional de uso de computadores na educação,
especialmente voltada para realidade da escola pública brasileira. De acordo com os
livros Projeto EDUCOM: realizações e produtos, que descrevem o processo e as
principais realizações dos centros-piloto integrantes do Projeto, confirmou-se a
correção da opção governamental em iniciar a informatização da educação brasileira a
partir do desenvolvimento da pesquisa e formação de recursos humanos realizados nas
universidades.
Apesar dos percalços e problemas surgidos na caminhada dos vários centros - em sua
maioria relacionados à incerteza quanto a disponibilidade de recursos, indefinições
quanto à política específica de concessão e manutenção de bolsas de estudo, instalações
físicas nem sempre adequadas ao trabalho a ser realizado, falta de maior integração
inter e intra-institucional - muito foi realizado em termos de pesquisa, formação de
recursos humanos, consultoria, produção de software educativos, teses, dissertações,
livros, conferências, ensaios e artigos publicados.
23
De acordo com os relatórios de pesquisas, o EDUCOM produziu num, período de 5
anos, 4 teses de doutorado, 17 teses de mestrados, 5 livros, 165 artigos publicados, mais
de duas centenas de conferências e palestras ministradas, além de vários cursos de
extensão, especialização e treinamento de professores. Sistemas de autor e vários
softwares educacionais foram desenvolvidos, dos quais alguns foram os primeiros
colocados em concursos nacionais. Assessoramentos técnicos foram prestados às várias
secretarias estaduais e municipais de educação, aos comitês assessores de programas
ministeriais, bem como desenvolvidos programas de cooperação técnica, nacional e
internacional, promovidos pela OEA e UNESCO. As principais ações empreendidas
pelo Ministério da Educação, nos últimos dez anos, decorreram das contribuições das
equipes integrantes dos centros-piloto do Projeto EDUCOM e que ainda continuam
presentes trabalhando na área.
Dentre essas ações, destacam-se o Projeto FORMAR, destinado à capacitação de
professores da rede pública; os projetos CIED e CIET, voltados para a implantação de
centros de informática educativa para atendimento às escolas de 1º e 2º graus da rede
pública de ensino e às escolas técnicas federais; as jornadas de trabalho para o
estabelecimento da política educacional para a área, bem como os concursos anuais de
software. Enfim, todas estas atividades somente foram possíveis graças ao
conhecimento gerado no berço do Projeto EDUCOM.
Cabe, ainda, esclarecer que a institucionalização do núcleo de pesquisa interdisciplinar
em cada universidade que participou do EDUCOM, foi um fato importante para
preenchimento de uma lacuna que existia na pesquisa nacional. A medida do sucesso do
empreendimento e das pesquisas realizadas pode ser verificada a partir da incorporação
de cada centro piloto na universidade hospedeira, transformando-se em núcleo,
coordenadoria ou centro, de acordo com as alternativas regimentais de cada instituição
universitária, demonstrando, assim, o reconhecimento efetivo da comunidade
universitária ao empenho e dedicação de todos aqueles que envidaram esforços para o
desenvolvimento desse projeto de pesquisa.
O Projeto FORMAR, implementado em 1987, foi criado por recomendação do Comitê
Assessor de Informática e Educação do Ministério da Educação - CAIE/MEC, sob a
coordenação do NIED/UNICAMP, e ministrado por pesquisadores e especialistas dos
demais centros-piloto integrantes do projeto EDUCOM. Destinava-se, em sua primeira
24
etapa, à formação de profissionais para atuarem nos diversos centros de informática
educativa dos sistemas estaduais/municipais de educação. Tratava-se de um curso de
especialização de 360 h, planejado de forma modular, ministrado de forma intensiva ao
longo de 9 semanas ( 45 dias úteis), com 8 horas de atividades diárias. Seus conteúdos
foram distribuídos em 6 disciplinas, constituídas de aulas teóricas e práticas, seminários
e conferências.
A formação de profissionais propiciada por este projeto foi realizada através de três
cursos e atingiu cerca de 150 educadores provenientes das secretarias estaduais e
municipais de educação, escolas técnicas, profissionais da área de educação especial,
bem como professores de universidades interessadas na implantação de outros centros.
O Projeto FORMAR pretendia que o professor refletisse sobre a sua forma de atuar em
sala de aula e propiciar-lhe condições de mudanças em sua prática pedagógica, na
forma de compreender e conceber o processo ensino-aprendizagem, levando-o a
assumir uma nova postura como educador.
Alguns artigos, analisando a experiência do FORMAR foram escritos, tanto sob o
ponto de vista docente quanto discente, relatando os aspectos positivos e negativos
deste trabalho. Todos foram unânimes em ponderar que os cursos propiciaram uma
visão ampla dos aspectos envolvidos na informática educativa, no que se refere às
questões pedagógicas e informáticas, possibilitando a cada participante escolher, dentre
as diferentes abordagens apresentadas aquela com a qual tivesse maior afinidade
intelectual. O material produzido no curso, as experiências realizadas e, principalmente,
o currículo e o conteúdo, segundo Valente, passaram a ser usados como referências
para o desenvolvimento de outros cursos de formação no país. Sabemos que a prática
desenvolvida e a natural evolução do conhecimento dela decorrente em si, requerem,
hoje, modificações em termos de planejamento, metodologias e conteúdos, tendo em
vista também a rápida evolução do setor que demanda as adaptações necessárias.
Após a realização do Projeto FORMAR, dezessete CIED foram implantados, um em
cada estado da Federação. A partir de um crescimento gradual cada CIED podia criar
subcentros e laboratórios, alguns nas capitais e outros no interior dos estados. Um
CIED tinha, em média, 15 a 30 microcomputadores por centro. De um centro
inicialmente voltado para o atendimento aos alunos, à comunidade em geral e à
formação de professores, o CIED passou, na maioria dos estados, a ser também um
25
núcleo central de coordenação pedagógica das atividades desenvolvidas, a partir da
criação de subcentros e laboratórios.
Como estratégia da política ministerial ficou estabelecido que o CIED deveria ser uma
iniciativa do Estado e não do Governo Federal. Ao MEC caberia, além da formação
inicial dos professores indicados pelas secretarias de educação, sensibilizar os
secretários de educação, destacando a importância da área e informando-lhes do
interesse do Ministério da Educação na implantação dos referidos centros, da
possibilidade de cessão de equipamentos e recursos para custeio das atividades iniciais,
alertando, entretanto, que caberia a cada Estado verificar seus interesses e condições de
levar adiante tal empreendimento. A manutenção do CIED e a formação continuada de
professores multiplicadores seriam atribuições do Estado, de acordo com a própria
capacidade de gestão de seus recursos humanos, financeiros e materiais.
Sua concepção foi inspirada no modelo pioneiro desenvolvido pelo Centro de Preparação e
Iniciação à Ciência da Informática - CEPIC, da Secretaria de Educação e Cultura de Novo
Hamburgo, no Rio Grande do SUL, que foi, durante um certo tempo, um campus avançado de
pesquisa e extensão do Projeto EDUCOM/LEC/UFRGS. Tendo em vista o momento de
implantação dos CIEd, a pouca disponibilidade de recursos humanos, financeiros e materiais,
esta foi a forma mais aberta e democrática para o início das atividades no setor, num país com
uma demanda muito grande de alunos e professores. Porém, é necessário ressaltar que em uma
realidade como a brasileira, em que o preço do acesso à internet e aos equipamentos de
informática ainda é elevado, e onde boa parte da população oscila entre a alfabetização e o
letramento1, somente a disponibilização às informações públicas não é o bastante para inserção
de um “cidadão político”. É necessário acima de tudo, que o Estado atue norteado à
conscientizar os indivíduos da importância do uso da informação, como elemento para o
desenvolvimento de sua cidadania, como destaca Barreto (2002, p.05):
“Democratizar a informação não pode assim, envolver
somente programas para facilitar e aumentar o acesso à
informação. É necessário que o indivíduo tenha condições
de elaborar este insumo recebido, transformando-o em
conhecimento esclarecedor e libertador, em beneficio
próprio e da sociedade em que vive.”
Segundo Borges (2005), as tecnologias da informação e comunicação podem servir de
instrumento para as práticas democráticas, desde que os indivíduos tenham o acesso
26
físico e intelectual às informações estabelecidas nesses meios.
Revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/view/293/196
Para Rondelli (2003) a inclusão digital “[...] é aprendizagem necessária ao indivíduo
para circular e interagir no mundo das mídias digitais, como consumidor e produtor de
seus conteúdos e processos”.
De acordo com Sorj (2003) a ocorrência da inclusão digital relaciona-se a presença de
cinco fatores:
1) A existência de infra-estruturas físicas de transmissão;
2) A disponibilidade de equipamentos/conexão de acesso (computador, modem, linha de
acesso);
3) Treinamento no uso dos instrumentos do computador e da internet;
4) Capacitação intelectual e inserção social do usuário, que determina o aproveitamento
efetivo da informação; e
5) A produção e o uso de conteúdos específicos às necessidades dos diversos segmentos
populacionais.
Já para Silveira (2003 apud BORGES, 2005, p.47) as propostas de inclusão digital
podem ser analisadas por três focos distintos:
1) Ampliação da cidadania (direito de interagir e se comunicar através das redes
informacionais);
2) Inserção no mercado de trabalho (profissionalização e capacitação); e
3) Educação (formal e sociocultural).
Revista Ibero-americana de Ciência da Informação (RICI), v.1 n.1, p.37-51, jul./dez.
2008
2.1 – Programas Governamentais para Educação Informatizada
Nesta seção é apresentada uma exposição explicativa de alguns programas que
incentivaram e ainda incentivam a implementação da informática nas escolas,
universidades, comunidades e sociedade em geral.
• PROINFE - Programa Nacional de Informática na Educação, implantado pelo
MEC em 1989, objetivava a criação de centros para capacitação de professores.
• PROINFO – Programa Nacional de Informática nas Escolas, implantado em
1997 pelo SEED/MEC, com o objetivo de estimular e dar suporte para o uso de
27
tecnologia informática nas escolas de nível fundamental e médio em todo o País.
(BRASIL,2004) - Programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distância –
SEED, por meio do Departamento de Informática na Educação a Distância - DEIED,
em parceria com as Secretarias Estaduais e algumas Municipais de Educação.
• Rede Interativa Virtual de Educação – RIVED
O que é:
Projeto de fomento à produção, ao uso pedagógico e à oferta de conteúdos multimídia
interativos, que auxiliam a compreensão de conceitos e a resolução de problemas
complexos. A produção, dedicada a toda a comunidade educacional e, em especial, à
Educação Básica, é disponibilizada no portal http://www.mec.gov.br
Objetivo:
Prover a comunidade escolar com recursos didáticos digitais que se integrem ao
desenvolvimento curricular do ensino, estimulando nos professores e nos alunos uma
atitude investigativa no processo de ensino e de aprendizagem.
A quem se destina:
Alunos, professores, instituições de ensino e pesquisadores.
Tipo de apoio:
Equipe técnica responsável pela transferência da metodologia dos processos de
Produção dos conteúdos para as instituições parceiras e de capacitação para a produção
e o uso.
Unidade Administrativa Responsável Secretaria de Educação a Distância – SEE.
• Projeto Computadores para Inclusão
Em ação: Ministério do Planejamento, MEC e MTE - Implantação de um sistema
nacional de recondicionamento de computadores usados, doados pela iniciativa pública
e privada, recondicionados por jovens de baixa renda em formação profissionalizante, e
distribuídos a telecentros, escolas e bibliotecas de todo o território nacional. Existem
quatro Centros de Recondicionamento de Computadores – CRC funcionando em
caráter piloto em Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Belo Horizonte
(MG) e Recife (PE), e dois em implantação nos estados do Pará e Bahia. Até agosto de
2008, o projeto recebeu mais de 15 mil equipamentos usados e doou 3.025
computadores recondicionados a 347 escolas públicas, bibliotecas, telecentros e outras
iniciativas de inclusão digital selecionados pela Coordenação Nacional. Atualmente o
28
Projeto CI atende as demandas por equipamentos recondicionados do Programa
Telecentros BR.
• Projeto Cidadão Conectado: computador para todos
Com o propósito de promover à inclusão digital as classes sociais menos favorecidas
da população brasileira (renda entre três e dez salários mínimos), o Projeto Cidadão
Conectado:computador para todos instituído no Decreto Nº 5.542, de 20 de setembro
de 2005, estabelece a oferta de micro-computadores com acesso à internet em
condições de pagamento facilitadas e garantia de suporte técnico.
Com um preço estabelecido em no máximo de R$ 1.200,004 para computadores de mesa e R$
1.800,005 para portáteis, o Computador para todos poderá ser adquirido em até 24 vezes, com
acréscimo de 2% de juros ao mês, e deve obrigatoriamente utilizar software livre e contar com
um processador de 1,4 GHz, disco rígido de 40 GB, memória RAM de 256 MB, monitor de 15
polegadas, unidade de disco flexível, unidade de CD-ROM (RW)/DVD-ROM (combo), modem
de 56 K, placas de vídeo, áudio e rede on-board, mouse, teclado e porta USB e 26 programas.
Notebooks de até R$ 1.800, que atendam a configurações mínimas descritas no portal do
programa, também possuem isenção de impostos e têm financiamento facilitado.
• GESAC
Em ação: Ministério das Comunicações - O Programa GESAC provê conexão Internet
banda larga, predominantemente via satélite, para escolas e órgãos públicos, sindicatos,
aldeias indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, zonas rurais, periferias
urbanas, telecentros comunitários e pontos remotos de fronteira, sedes de organizações
não-governamentais e/ou onde já existam outros projetos de inclusão digital do
Governo Federal. Além da conexão, oferece ainda alguns serviços através de um portal
voltado diretamente ao uso pelas comunidades atendidas. Dentre esses serviços,
destacam-se a Teia (área pública para divulgação de ideias), o correio eletrônico e as
listas de discussão. O Programa conta com cerca de 11.000 Pontos de Presença em
funcionamento, atendendo mais de 4.750 municípios brasileiros (dados de Dez./2009).
É parceiro de diversos programas de inclusão digital do Governo Federal. Atualmente o
GESAC está dando início à implantação de um projeto chamado: Projeto Formação
GESAC, que busca a capacitação de monitores para a formação de multiplicadores nos
Pontos GESAC. Em sua fase inicial, serão atendidos 739 Pontos GESAC previamente
selecionados por não possuírem atendimento educacional em Tecnologia de Informação
e Comunicação (TICs). O projeto não visa somente uma educação técnica, mas também
29
o desenvolvimento de habilidades voltadas para inclusão social das comunidades. Com
apoio de instituições de educação, o projeto ganha um caráter científico e profissional, e
sua avaliação resultará em um trabalho crítico capaz de sustentar uma política pública
de formação em inclusão digital e social. O projeto é realizado por meio de parceria
entre os Ministérios das Comunicações e da Educação, e o CNPq. Para conhecer
melhor o GESAC, acesse: www.gesac.gov.br .
• Casa Brasil
Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia, Instituto Nacional de TI, Ministério do
Planejamento, Ministério das Comunicações, Ministério da Cultura, Ministério da
Educação, Secom, Petrobras, Eletrobrás/Eletronorte, Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal - Implantação de espaços multifuncionais de conhecimento e
cidadania em comunidades de baixo IDH, por meio de parcerias com instituições locais.
Cada unidade de Casa Brasil abrigará um telecentro, com uso de software livre, e pelo
menos mais dois outros módulos, que podem ser uma biblioteca popular, um auditório,
um estúdio multimídia, uma oficina de produção de rádio, um laboratório de
popularização da ciência ou uma oficina de manutenção de equipamentos de
informática, e um espaço para atividades comunitárias, além de um módulo de inclusão
bancária nas localidades onde for possível. Atualmente são 56 unidades em
funcionamento. Já foram capacitadas mais de 1.000 pessoas nas 48 oficinas livres
oferecidas a partir da plataforma de educação à distância construída pelo projeto.
• Telecentros Banco do Brasil
Em ação: Banco do Brasil - O Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil é uma
ação que se alinha com a política de responsabilidade socioambiental da empresa e
começou com o processo de modernização de seu parque tecnológico, com a doação
dos equipamentos substituídos para comunidades carentes, visando a implantação de
Telecentros Comunitários. O Programa não se restringe à doação dos micros, pois o
Banco também cuida do treinamento dos monitores e da articulação de parceiras,
fomentando o desenvolvimento local. O BB já implantou mais de 2.000 telecentros e
salas de informática em todo o país, totalizando mais de 40.000 computadores doados.
Os telecentros disponibilizam o acesso às novas tecnologias digitais, treinamentos em
informática, cursos à distância, serviços do Governo Eletrônico, digitalização e
impressão de documentos, além de incentivar a pesquisa para preparação de trabalhos
30
escolares. As entidades contempladas se responsabilizam pela gestão e administração
dos espaços.
• Programa Estação Digital
Em ação: Fundação Banco do Brasil - Sempre com o apoio de um parceiro local, sendo
a maioria organizações não governamentais, desde 2004, a iniciativa busca aproximar o
computador da vida de estudantes, donas-de-casa, trabalhadores, populações
tradicionais e cooperativas, economizando tempo e dinheiro, criando novas
perspectivas e melhorando a qualidade de vida da população. Já são 243 unidades em
funcionamento pelo Brasil. Cerca de 56% das unidades estão localizadas na região
Nordeste, 16% no Centro-Oeste, 15% no sudeste, 11% no norte e 2% no sul, com a
capacidade para atender de 500 a 1.000 pessoas por mês, e integradas a arranjos
produtivos locais.
• TIN - Telecentros de Informação e Negócios
Em ação: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Apoio à
implantação de telecentros e salas de informática em associações empresariais,
prefeituras, entidades sem fins lucrativos e instituições do terceiro setor, entre outras.
Articula doação de equipamentos, apóia sua implantação junto aos projetos cadastrados,
e disponibiliza conteúdos voltados a estes públicos por meio de portal na web. As
instituições contempladas devem viabilizar a implantação dos equipamentos, bem como
a gestão e administração dos espaços por meios próprios. O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome estabeleceu parceria para que estes
telecentros apóiem famílias beneficiárias ou público-alvo dos programas sociais. A rede
possui cerca de 3 mil entidades apoiadas em todos os 27 Estados brasileiros.
• CVT - Centros Vocacionais Tecnológicos
Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia - Os Centros Vocacionais Tecnológicos
(CVTs) são unidades de ensino e de profissionalização, voltados para a difusão do
acesso ao conhecimento científico e tecnológico, conhecimentos práticos na área de
serviços técnicos, além da transferência de conhecimentos tecnológicos na área de
processo produtivo. Os CVTs estão direcionados para a capacitação tecnológica da
população, como uma unidade de formação profissional básica, de experimentação
científica, de investigação da realidade e prestação de serviços especializados, levando-
se em conta a vocação da região onde se insere, promovendo a melhoria dos processos.
31
Até o momento o Ministério da Ciência e Tecnologia apoiou a criação de 236 CVTs,
instalados em todo o Brasil desde 2003.
• Maré - Telecentros da Pesca
Em ação: Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) - Implantação de telecentros em
comunidades de pescadores, fornecendo equipamentos, conexão via Gesac, formação e
manutenção de agentes locais para monitoria e uso de software livre. Há 29 unidades
em funcionamento e outras 36 em implantação.
• Quiosque do Cidadão
Em ação: Ministério da Integração Nacional - O Projeto Quiosque do Cidadão instala
computadores conectados à internet banda larga em bibliotecas públicas, escolas ou em
outros espaços públicos. O sistema computacional conta com softwares livres
educativos, tais como meio ambiente, relacionamento racial, direitos e deveres do
cidadão, prevenção às drogas, alcoolismo e doenças sexualmente transmissíveis, guia
de profissões, entre outros. O projeto foi implantado em 100 comunidades carentes dos
estados GO, MG, MS, MT, PE, BA, e também em outras comunidades tradicionais
como os Kalungas, Quilombolas e diversas etnias indígenas no Parque Indígena do
Xingu-MT, atendendo cerca de 150 mil usuários.
• Programa SERPRO de Inclusão Digital - PSID
Em ação: Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO - Programa SERPRO
de Inclusão Digital - PSID promove a inclusão digital e social das comunidades
excluídas do universo das Tecnologias da Comunicação e Informação - TIC.
Implantado em 2003, o PSID é uma das ações amparadas pela política de
Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa, em sintonia com o Programa
Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal.
• ProInfo - Programa Nacional de Informática na Educação
Em ação: Ministério da Educação – O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de
Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura
Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e
Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada
Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição
principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas
32
escolas da rede pública, além de articular as atividades desenvolvidas sob sua
jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs).
O que é:
Ambiente corporativo de aprendizagem que utiliza a tecnologia internet e permite a
concepção, a administração e o desenvolvimento de diversos tipos de ações como
cursos a distância complementam a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos
colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância aos processos de ensino e
aprendizagem.
Objetivo:
Permitir que pessoas interessadas se inscrevam e participem dos cursos e das diversas
outras formas de apoio oferecidas por várias entidades conveniadas. É por meio dele
que os participantes têm acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por
módulos e temas, além de poder interagir com coordenadores, instrutores, professores,
monitores e com outros colegas participantes.
A quem se destina:
Qualquer instituição pública que pretenda ofertar cursos na modalidade a distância
poderá utilizá-lo gratuitamente.
Tipo de apoio:
Todos os recursos disponíveis para os participantes e para os administradores são
acessados gratuitamente via internet, isto é, de qualquer lugar, em qualquer dia e a
qualquer hora.
Unidade Administrativa Responsável:
Secretaria de Educação a Distância – SEED
As parcerias entre o MEC e outros ministérios, governos estaduais, municipais e
outras organizações pretendem impulsionar o avanço do uso das tecnologias
informáticas na Educação.
• Observatório Nacional de Inclusão Digital
Em ação: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e parceiros - Aglutina
informações sobre todos os programas de inclusão digital do Governo Federal no portal
http://www.inclusaodigital.gov.br, com notícias, links, eventos e materiais de referência.
Telecentros de todo o país - espaços sem fins lucrativos com conexão à internet, acesso
livre à comunidade e capacitação - estão sendo cadastrados. Estima-se mais de 5.000
33
unidades de telecentros em funcionamento no Brasil, articuladas no âmbito federal,
estadual e municipal. O ONID também trabalha na seleção de materiais de referência,
tais como diretrizes, documentos, manuais, estudos e experiências de sucesso, para
compartilhar melhores práticas entre os interessados no tema. No site
http://www.onid.org.br são feitos o cadastro e o mapeamento dos telecentros.
• UCA – Projeto: Um Computador Por Aluno
Em ação: Ministério da Educação e Casa Civil - O Projeto Um Computador Por Aluno
(UCA) tem a finalidade de promover a inclusão digital, por meio da distribuição de 1
computador portátil (laptop) para cada estudante e professor de educação básica em
escolas públicas. Durante o ano de 2007 foram selecionadas 5 escolas, como
experimentos iniciais, em São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí e Brasília. Para o ano
de 2008 está prevista a compra de 150 mil laptops para projeto piloto em 300 escolas
públicas em todos estados-membros. Cada escola terá um número médio de 500 alunos
e professores beneficiados. Além dos computadores portáteis serão adquiridas umas
séries de outros equipamentos que permitam o acesso à internet. A distribuição será da
seguinte forma: 5 escolas estaduais por estado, indicação do Conselho Nacional de
Secretários de Educação Estaduais – CONSED, e 2 a 5 escolas municipais, de acordo
com o número de alunos, indicadas pela União Nacional de Dirigentes Municipais de
Educação – UNDIME. O projeto será replicado, também, para efeito de avaliação, em 5
cidades cujo número máximo da população educacional pública, professores e alunos,
não passe de 3 mil.
• Centros de Inclusão Digital
Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - A implantação de Centros de
Inclusão Digital é uma ação que compõe o Programa de Inclusão Digital do MCT. O
Programa constitui-se em um instrumento de promoção da inclusão social, cuja
responsabilidade é da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS)
e tem como objetivo proporcionar à população menos favorecida o acesso às
tecnologias de informação, capacitando-a na prática das técnicas computacionais,
voltadas tanto para o aperfeiçoamento da qualidade profissional quanto para a melhoria
do ensino.
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• Kits Telecentros
Em ação: Ministério das Comunicações – A doação de kits telecentros para prefeituras
brasileiras é uma iniciativa do Programa de Inclusão Digital do Ministério das
Comunicações que tem como meta instalar telecentros em todos os 5,5 mil municípios
do país até junho de 2008, com investimentos totais de R$ 134 milhões do governo
federal. Quase 5 mil prefeituras já estão cadastradas para o recebimento de
equipamentos de informática e mobiliários que proporcionarão a montagem de espaços
de acesso gratuito à população, onde serão realizadas atividades, por meio do uso das
TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), que promovam a inclusão digital e
social. Cada kit possui: 01 servidor de informática; 10 computadores; 01 central de
monitoramento com câmera de vídeo de segurança; 01 roteador wireless; 11
estabilizadores; 01 impressora a laser; 01 projetor multimídia (data show); 21 cadeiras;
01 mesa do professor; 11 mesas para computador; 01 mesa para impressora; 01 armário
baixo. No site do MC, http://www.mc.gov.br/, na aba Inclusão Digital, estão
disponíveis o Cadastro de prefeituras e Manuais.
• Programa Computador Portátil para Professores
Em ação a Presidência da República, Ministérios da Educação, Ministério da Ciência e
Tecnologia e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. O Programa visa criar
condições para facilitar a aquisição de computadores portáteis para professores da rede
pública e privada da educação básica, profissionalizante e superior do ensino público e
privado brasileiro, credenciados no MEC, o Programa Computador portátil para
professores regulamentado pelo decreto Nº 6.504, de 4 de julho de 2008, prevê o
fomento da inclusão digital desse segmento através da aquisição facilitada de notebooks
via financiamentos e empréstimos.
• Territórios Digitais
Em ação: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - Núcleo de Estudos
Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD). Com o objetivo de oferecer gratuitamente
o acesso à informática e internet para populações rurais, por meio da implantação de
Casas Digitais, o Programa Territórios Digitais foi criado em 2008, e visa contribuir
para o desenvolvimento rural sustentável, o fortalecimento da agricultura familiar e o
reconhecimento do acesso legítimo à terra por comunidades tradicionais. As Casas
Digitais são espaços públicos localizados nos Territórios da Cidadania, que devem
35
dispor de energia elétrica e segurança adequada para receber os equipamentos de
informática (computadores, servidor, antena via satélite, roteador wireless, data show e
mobiliário). São escolhidas pela própria comunidade e tornar-se-ão ponto de acesso
comunitário gratuito de assentados e assentadas, agricultores e agricultoras familiares,
comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. A idéia central é garantir ao público-
alvo a universalização do acesso às tecnologias de informação e comunicação e à rede
mundial de computadores.
• Programa Banda Larga nas Escolas
Em ação: Presidência da República, Casa Civil, Secretaria de Comunicação (Secom),
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os Ministérios da Educação, das
Comunicações, Planejamento e Ciência e Tecnologia - Programa Banda Larga nas
Escolas vai beneficiar cerca de 55 mil escolas até 2010, atendendo 84% dos estudantes
do ensino básico do país. As concessionárias de telefonia deverão levar, até dezembro
de 2010, a rede de banda larga até a sede de todos os 5.565 municípios brasileiros. O
programa terá duração até 2025. Nesse período, as empresas devem aumentar
periodicamente a velocidade de conexão. A meta é que 40% das escolas públicas de
educação básica previstas pelo programa tenham laboratórios de informática com
internet banda larga ainda em 2008. No ano seguinte, mais 40% das escolas serão
beneficiadas e, em 2010, serão atendidas as 20% restantes. O serviço vai beneficiar
37,1 milhões de estudantes quando estiver plenamente implantado.
• Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades -
Telecentros. BR
Em ação: Ministérios das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento.
O Programa é resultado de um esforço do Governo Federal, sob orientação da
Presidência da República, de coordenação do apoio aos espaços públicos e
comunitários de inclusão digital. O apoio será em conexão, computadores, bolsas de
auxílio financeiro a jovens monitores, e formação de monitores bolsistas e não-bolsistas
que atuem nos telecentros. O objetivo é oferecer condições ao aperfeiçoamento da
qualidade e à continuidade das iniciativas em curso, assim como à instalação de novos
espaços.
36
• Pontos de Cultura - Cultura Digital
Em ação: Ministério da Cultura - O Programa Cultura Viva apóia iniciativas culturais
locais populares e tem como ação prioritária o Ponto de Cultura que articula as demais
ações do Programa. A ação Cultura Digital, permite a implantação de equipamentos e
formação de agentes locais para produção e intercâmbio de vídeo, áudio, fotografia e
multimídia digital com uso de software livre, e conexão à Internet. Diversos projetos
culturais de todo o Brasil são apoiados financeiramente pelo programa Cultura Viva.
• CDTC - Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento
Em ação: Casa Civil - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - Criado em 30
de agosto de 2004, o projeto visa qualificar por meio da Internet (ensino a distância)
servidores públicos e cidadãos em geral no uso de softwares livres. Atualmente o
projeto atende mais de 70.000 alunos distribuídos em 2.400 cidades brasileiras. São
ofertados gratuitamente mais de 270 cursos, dos quais introdução à informática,
utilização dos softwares clientes mais comuns de email, browser, comunicação etc.,
bem como linguagens de programação, suporte de redes, administração de sistemas
livres e muito mais. Além dos cursos, também são providos serviços de
videoconferência, streaming de vídeo e áudio (tv e radio web), servidor de vídeos (tipo
youtube) e o mapa do software livre latino americano.
E planos como:
• FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação e os
recursos serão obtidos por meio da cobrança de 1% do movimento das operadoras do
sistema de telefonia do país, recursos que visam estimular e permitir o acesso às
tecnologias de informação e comunicação na educação.
As práticas pedagógicas associadas ao aprendizado, com o uso destas tecnologias, são
mais uma possibilidade aos professores para o uso destes meios como estímulo
ao aprendizado a partir de problemas abertos, de formação de conjecturas em
que a sistematização só ocorre como coroamento de um processo de investigação
por parte dos participantes do processo. Estas práticas estão em sintonia com uma
visão de construção de conhecimento em um processo amplo que envolve todos os
participantes superando práticas tradicionais na relação ensino-aprendizagem. A
orientação do MEC é para que haja uma ação integrada das atividades educacionais de
acordo com as atuais propostas educacionais descritas nos Parâmetros Curriculares
37
Nacionais (PCNs), elaborados por equipes de especialistas ligadas ao Ministério da
Educação (MEC), têm por objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a
revisão e/ou a elaboração da proposta curricular dos Estados ou das escolas integrantes
dos sistemas de ensino.
Os PCNs são, portanto, uma proposta do MEC para a eficiência da educação escolar
brasileira. São referências a todas as escolas do país para que elas garantam aos
estudantes uma educação básica de qualidade.
Sendo a educação a base de toda a formação e organização humana. Os
instrumentos usados durante todos estes processos são de extrema importância para
construção e reprodução de visão de mundo, para formação de cidadãos efetivamente
participativos e estimulados. Partindo-se deste ponto é visível a necessidade de
adequações didáticas de ensino/aprendizagem que alcancem a tais expectativas, criando
condições que permitam interconexões com o processo educacional e a evolução de
recursos tecnológicos como meios para alcançar uma aprendizagem diferenciada e
significativa.
“As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano,
independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e convivência que
precisam ser analisadas no espaço escolar. A televisão, o rádio, a informática, entre
outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundos
antes inimagináveis. (...) Os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem
parte do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um
poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e transformação de
processos e procedimentos”.
http://cristianeferreira.wikispaces.com/Indicadores+de+Qualidade+na+Educa%C3%
A7%C3%A3o+por+meio+dos+recursos+tecnol%C3%B3gicos
EDUCAÇÃO + TECNOLOGIA
tecnologiaeduca.wordpress.com
38
CAPÍTULO III
WEB 2.0– UMA NOVA FORMA DE APRESENTAÇÃO Quem usa a internet com frequência percebeu significativas mudanças na
maioria das páginas que visita. Há alguns anos, os sites estavam disponíveis como
livros: as pessoas acessavam liam e viam o que era de interesse e fechavam. No máximo,
a comunicação com os desenvolvedores ou responsáveis pelo conteúdo era através de
um e-mail. Atualmente, uma página que se limitar a isso está fadada ao esquecimento.
Hoje, para uma página ser minimamente enquadrada nesse “segundo capítulo”
da história da internet, ela deve fornecer experiência de conteúdo para o usuário. Este
conteúdo deve ser dinâmico e aberto à participação dele, no mínimo. Deve fugir de
blocos de textos e proporcionar opções de alcance daquilo que o usuário deseja.
Essas mudanças ganharam o nome de Web 2.0 e são talvez a maior revolução
que a internet já passou como um todo. O “2.0” indica uma nova versão da internet, um
novo capítulo, novos rumos para a grande rede. O objetivo é fornecer aos navegantes
mais criatividade, compartilhamento de informação e, mais que tudo, colaboração entre
eles, fazendo com que esses navegantes tomem parte nesta revolução
(http://www.tecmundo.com.br/183-o-que-e-web-2-0-.htm).
O'Reilly (2005) define o termo web 2.0 como:
A mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. (p.1)
A Web 2.0 pode ser vista por educadores como uma “grande caixa de
ferramentas atraentes, simples e úteis”. Essas ferramentas têm como algumas de suas
principais características:
• Utilização da Web como plataforma: serviços que antes dependiam de
software instalado na máquina podem ser acessados direto pelo navegador Web, a
qualquer momento e de qualquer lugar;
• Aperfeiçoamento constante: as ferramentas estão cada vez melhores e com
mais possibilidades, o que ocorre graças às contribuições dos próprios usuários;
39
• Serem total ou parcialmente gratuitas;
• Permitirem que o usuário utilize a ferramenta para si mesmo ou para
compartilhar informações e outros recursos com a coletividade;
• Permitirem a produção, armazenamento e compartilhamento de diferentes
mídias (imagens, vídeos, sons, textos etc.);
• Permitirem a construção coletiva do conhecimento, de forma que vários
atores possam contribuir de forma conjunta e que o usuário da Internet possa ser
também autor de conteúdo e não apenas um receptor passivo;
• Permitirem o uso e produção compartilhada, para que várias pessoas possam
editar conjuntamente um texto, produzir e comentar um vídeo ou ajudem a eleger o
que deve aparecer na página inicial de um site;
• Permitirem e estimularem a formação de comunidades virtuais que
compartilham interesses comuns;
• Possibilidade de interfaces amigáveis com o usuário, de maneira que ele
possa aprender e usar os recursos oferecidos pela ferramenta de forma simples e rápida.
Novas ferramentas com potencialidades imensas surgem todos os dias no
mundo virtual, nomeadamente em termos de interação e construção coletiva de
conhecimentos. Em um processo no qual a comunicação é constante, ocorrem trocas
de informações e o aluno participa na construção de sua aprendizagem e na
organização do trabalho escolar junto com o professor. Conforme (Moran; Masetto;
Behrens, 2000) "O professor com acesso a tecnologias telemáticas, pode se tornar um
orientador/gestor setorial do processo de aprendizagem, integrando de forma
equilibrada a orientação intelectual, a emocional e a gerencial" (p. 30).
De acordo com esta perspectiva, Silva (2000) destaca a pedagogia interativa,
uma proposta de valorização do papel do professor como mediador de novas e
recorrentes interações e encorajador da rede de conhecimentos que os alunos constroem
e do desenvolvimento de novas competências comunicativas. ( p.16 )
Levy (1994): Construindo, dessa forma, uma inteligência coletiva, como uma
inteligência globalmente distribuída, incessantemente valorizada, coordenada em tempo
real, que conduz a uma mobilização efetiva das competências (p. 38).
O termo interatividade – oriundo da comunicação – pressupõe uma relação
bidirecional, na qual os participantes podem trocar suas idéias, propor novos
40
caminhos na resolução de problemas e sugerir novos problemas antes não listados.
Para Pierry Lévy, o novo papel do educador é ajudar os outros a aprender
colaborativamente, não somente ensinar e transmitir conhecimento.
(http://revistapaideia.unimesvirtual.com.br/index.php?journal=paideia&page=article&o
p=viewfile&path [] =73&path [] =51).
“A web não serve só para pesquisa, permite que os alunos
publiquem seus trabalhos e repliquem o conhecimento,
comunicando-se entre si”, diz a pesquisadora Silvia
Fichmann, do Laboratório de Investigação de Novos
Cenários de Aprendizagem da Escola do Futuro na USP.
“Os professores ainda têm que melhorar. Eles devem
saber orientar melhor os alunos sobre onde existe
informação boa ou ruim na rede”, completa.
(http://arrobainfoeduc.blogspot.com/)
3.1 – Bibliotecas Vituais
As bibliotecas virtuais onde o acesso a livros, revistas, filmes, jornais e
periódicos são permitidos. As universidades, fundações, ONGs (Organizações Não
Governamentais) e várias instituições ligadas ao ensino e pesquisa disponibilizam
material e permitem o acesso.
ao conhecimento humano através da rede mundial de computadores. O acesso
se dá através do sítio da instituição onde normalmente se apresenta uma página
específica para este tipo de acesso. Este tipo de ambiente pode ser usado na disciplina
para estimular os alunos a encontrarem dados e informações relevantes sobre
problemas variados, proporcionando ao aluno a experiência da pesquisa e de acesso a
conhecimentos produzidos pelas sociedades e instituições variadas dentro de um tema
proposto ou de interesse do aluno. (http://redeabe.org.br/Monografia.pdf) Ver Curiosidades Adicionais Figura 03 e 04 paginas nº65-66
41
CAPÍTULO IV
GOOGLE COMO OPÇÃO PEDAGÓGICA
4.1 Histórico do Google
O Google foi fundado por Larry Page e Sergey Brin, dois estudantes PhD de
Stanford, em 1998. Stanford é uma universidade conhecida por seu viés acadêmico
combinado com o empresarial. Quando Larry Page e Sergey Brin entraram no programa
elite da universidade, foram estreitando o interesse pela Internet. Salientamos, ainda,
que Tim Berners-Lee, ao considerar o sistema de classificação das publicações
acadêmicas, que, como veremos adiante, está intrinsecamente ligado aos conceitos no
qual o Google se baseia, criou a tecnologia de rede e hipertexto chamada World Wide
Web, ou melhor, a Internet como conhecemos hoje. O interesse de Page estava mais
atrelado às características matemáticas do funcionamento de buscas na Internet e o de
Sergey aos negócios.
Interessados em conseguir acesso ao curso de Doutorado em
Ciências Informáticas da Universidade de Stanford – um dos mais concorridos dos
Estados Unidos, e talvez do mundo – os dois estudantes acabaram por descobrir
outros pontos de interesse em comum, entre eles um projeto ambicioso: criar um
algoritmo de extração de dados que possibilitasse a extração de grandes volumes de
informação.
Esse projeto era restrito aos sites e bancos de dados da Biblioteca Digital
da Universidade de Stanford. Para que fosse possível fazer buscas fora da rede de
Stanford, era necessário construir um novo motor de buscas, com a capacidade de ler
páginas de toda a Web em busca de informação, e montando logo em seguida
uma lista de links, acompanhada do contexto de cada uma das páginas encontradas.
Em 1997, ano em que o projeto deixou de utilizar as máquinas de Stanford,
o nome Google foi adotado. O nome Google é um trocadilho com a palavra 'googol',
que foi inventada por Milton Sirotta, sobrinho do matemático americano Edward
Kasner, para designar o número representado por 1 seguido de 100 zeros. O uso do
42
termo Google reflete a missão da empresa de organizar o enorme montante de
informações disponíveis na web e no mundo. Google, o projeto de pesquisa, tornou-se
Google.com.
O Google funcionou “como era possível” até a primeira metade de 1998,
quando, impulsionados pela compra “milagrosa” de vários terabytes de disco a um
preço muito baixo, os sócios decidem montar o CPD (Centro de Processamento de
Dados) da empresa na casa (mais especificamente, no quarto) de Larry.
Em finais de 1998, a Google Inc. foi fundada oficialmente, utilizando
como capital (e recursos para saudar dívidas com a compra de hardware) 100 mil
dólares oferecidos por Andy Bechtolsheim, um dos fundadores da Sun, e mais 1
milhão de dólares doados por amigos e parentes.
Com o passar dos anos, a empresa foi se desenvolvendo e o que, antes, era
apenas um site de busca, o Google Search, hoje, se tornou um dos pilares da
web, oferecendo serviços variados online, em sua maioria gratuitos, que incluem
serviço de e- mail, edição e compartilhamento de documentos e planilhas, rede
social, comunicação instantânea, tradução, compartilhamento de fotos e vídeos,
entre outros; assim como ferramentas de pesquisa especializada, que inclui, entre
outras coisas, notícias, imagens,vídeos e artigos acadêmicos.
Em termos de suas características, o Google tem como um dos seus principais
fundamentos o conceito de Bibliometria, que, segundo M. Kleinberg (1997) é o estudo
de documentos escritos e sua estrutura de citação. A aproximação deste campo de
estudo da Biblioteconomia e de outros saberes se originou do pensamento de Larry
Page, que se sentia incomodado com a dificuldade de localizar as conexões por trás de
43
um documento da web. (apud Battelle, 2006, p.59)
Hoje, sabemos que a ação de citar é o que informa um dos conceitos-chave de
funcionamento do Google.
Os fundamentos que sustentam o Google podem ser entendidos a partir de três
conceitos: citação, como visto anteriormente, autoridade e anotação.
Organizações, comunidades, escolas e as mais variadas formas de
expressões estão hoje na Internet, possibilitando ao aluno troca nas experiências
quando em contato com essa diversidade de expressões, culturas e conhecimento que
o colocarão dentro de uma nova perspectiva da sala de aula que só o uso da
Informática na Educação pode proporcionar. A mediação por parte do professor, na
seleção dos assuntos e sítios a serem visitados, pode enriquecer ainda mais esta
experiência no sentido de mostrar endereços que estimulem e possibilitem o contado
com dados e informações relacionados com qualquer disciplina .
Quando precisamos de uma informação e não sabemos onde encontrar,
pode-se trabalhar a referência e origem dos dados e informações a nível de
selecionar qualidade e seriedade das informações e sua relevância para a sociedade.
Estes sítios são especializados na localização de endereços na Internet que
contenham informações que são encontradas através da especificação de palavras-
chave digitadas pelo usuário que procura a informação.
Com a Internet, a informação ganha ares de planetária, ou seja, o meio se torna
capaz de comunicar algo sem a necessidade de emissor e receptor estarem no mesmo
lugar (podem estar em estados, países ou continentes diferentes). Assim,
universalização seria a capacidade de comunicação planetária. O universal baseia-se não
apenas no imperativo técnico, mas na quebra de barreiras geográficas e no princípio de
promoção do acesso em larga escala, longo alcance da rede, multiplicidade e
diversificação de conteúdos e de produtores e consumidores destes.
Em conformidade com o desenvolvimento da Internet, vemos surgir a
corporação Google, responsável pela criação de um algoritmo2, ao qual Battelle (2006,
p. 63) dá o nome de “algoritmo de diversificação”. Este, o PageRank3, como é chamado
oficialmente, permite que o Google possa ser considerado o melhor site de busca da
atualidade; seus resultados são os mais pertinentes e a abrangência de conteúdos é maior
– o Google alcança mais de 1,3 bilhões de páginas em menos de meio segundo durante
44
uma busca (GOOGLE, 2008). Segundo dados divulgados em março de 2008 pela
empresa de pesquisa ComScore, cerca de 824 milhões de pessoas acessam a Internet de
casa e do trabalho (a pesquisa não contabiliza acessos de cybercafés, telefones celulares
e PDAs), sendo 21% desse número proveniente dos Estados Unidos e o restante
dividido entre os demais países – a América Latina é representada por 59 milhões de
pessoas (COMSCORE, 2008). Pesquisas da empresa americana Nielsen NetRatings, de
agosto de 2007, revelaram que o Google foi o mais utilizado, correspondendo a 53.6%
das buscas americanas, considerado o maior mercado de Internet, enquanto seus
concorrentes, Yahoo! e Microsoft, realizaram 19.9% e 12.9%, respectivamente
(NIELSEN, 2007). A taxa média de pesquisas realizadas pelo Google é de 61 bilhões
por mês; do Yahoo! 8.5 bilhões e da Microsoft, com seu Windows Live, 2.5 bilhões
mensais (COMSCORE, 2008).
Segundo o Google, sua missão é “organizar as informações do mundo e torná-
las acessíveis” (BATTELLE, 2006, p. 62 apud GOOGLE, 2006). A concretização desta
seria algo, como dito anteriormente, como a realidade para os sonhos de Otlet, que, já
no século XIX, “previa” uma enciclopédia mundial baseada nos princípios de
simultaneidade, universalidade e acesso (SUAIDEN, 2006). A partir dos pressupostos a
respeito da cibercultura, podemos situar o Google como representante dos aspectos
positivos desta, embora não nos seja desconhecido que ele carregue aspectos de uma
empresa com moldes capitalistas. Assim, admitindo que o Google seja uma ferramenta
que contribui para a universalização, assinalamos a possibilidade de a ferramenta
contribuir para a promoção da democracia no ciberespaço.
(http://www.brapci.ufpr.br/download.php?dd0=13229)
4.2 Como Funciona o Google
O mecanismo mais usado atualmente nas pesquisas é o site de busca. É o mais
recorrido devido à maior facilidade de utilização e por conseguir armazenar um
conteúdo variado e amplo, além de ser a maneira mais popular de pesquisa. Muitas
vezes, é através dessa busca no “search engines” que a realização de um trabalho ou o
estudo de um determinado assunto se torna mais viável em relação ao tempo disponível
45
e utilizado para fazê-lo, já que os motores de busca permitem tentar encontrar a
informação que se deseja em meio a um enorme conteúdo disponível na internet.
Ao iniciar a pesquisa sempre se tem o hábito de ir ao field (campo) de busca e
digitar o nome do tema sem levar algumas coisas em conta. Para maximizar os
resultados das buscas realizadas em primeiro lugar é preciso escolher adequadamente
qual site de busca (motor de busca ou ainda ferramenta de busca) usar, pois cada um
funciona de maneira diferente; gera resultados diferentes. Nem sempre é possível
encontrar tudo nos primeiros acessos aos links mostrados como resultado, para isso, é
necessário descobrir quais são as palavras chaves do assunto que procura e combiná-las
de maneira adequada e escolhendo ou não a opção de restringir a língua de busca,
obtendo respostas claras além de possibilitar menos visualizações de “links respostas.
4.2.1 Segredos da Eficiência do Google
Hoje o Google tem, além de seu buscador de aparência bastante simples, em
uma página branca, com as letras que fazem parte de seu nome em diferentes cores,
sem qualquer tipo de propaganda.
O índice do Google é tão completo e rápido que, freqüentemente, é mais
rápido e fácil chegar a um documento pesquisado utilizando esse mecanismo de busca
do que visitar a própria página da empresa que gerou e/ou hospeda o documento.
O mecanismo de busca do Google permite:
• Ligar o resultado a um site, o que permite restringir a sua pesquisa, se
necessário;
• Definir preferências, incluindo o número de resultados por página, a linguagem
e tradução dos resultados.
• Indicar o número de resultados encontrados e o tempo gasto para a busca;
• Ver um excerto do texto da página-resultado com os termos pesquisados
destacados em negrito. Dessa forma é possível prever o contexto na qual os termos de
pesquisa aparecem na página;
• Ver o tamanho (Kb) do arquivo encontrado;
• Visualizar uma cópia da página - se, por alguma razão, o link do site não
funcionar, a página poderá ser visualizada a partir da memória do Google ("cache").
46
3. O resultado retorna ao usuário em uma fração de segundos.
1. O servidor da web manda a requisição para servidor onde está o índex. O índice
de conteúdo é como o índice de um livro -- ele mostra que páginas contém as
palavras do termo buscado.
2. A requisição vai até o documento do servidor que acessa a informação. É gerada então uma página para descrever um resultado para a busca.
Fonte: Google Guide, 2004.
O Google (Google Guide, 2004) consiste em três partes, cada uma delas
funcionando como uma rede distribuída de milhares de computadores de baixo custo
que podem realizar um rápido processamento paralelo - método de computação em que
muitos cálculos podem ser feitos paralelamente ou ao mesmo tempo, aumentando
significativamente o processamento dos dados.
47
• O web crawler ou spider, que encontra e captura as páginas web.
• O indexador que, indexa cada palavra em cada página e armazena o índice de
palavras resultante na base de dados.
• O processamento de questões, que compara a requisição de busca com o índice
e recomenda o documento que considera mais relevante.
Para evitar os spammers, Google rejeita as URLs que empregam táticas como
incluir textos ocultos, palavras irrelevantes de forma repetitiva, redirecionamentos, com
muitos links numa página ou ligadas com má vizinhança (outros spammers).
Quando Googlebot - o web crawler do Google - captura uma página, ele visita
as páginas linkadas a esse site. Isso permite que pequenos spammers sejam
encontrados, pois a maioria dos sites autorais tende a construir seus links com sites de
alta qualidade. Ao coletar os links de cada página que encontra, o Googlebot pode
rapidamente construir uma lista de links com cobertura de boa parte da web. Com essa
indexação profunda, o mecanismo de busca pode explorar também sites individuais,
alcançando assim uma escala maciça de informação sobre cada site. Pelo tamanho da
web, esse tipo de exploração pode fazer com que algumas páginas demorem um mês
para serem exploradas e indexadas. O mecanismo empregado pelo Google indexa o
texto todo da página encontrada, armazenando-a em sua base de dados (Google Guide,
2004). As páginas são também freqüentemente reindexadas, mantendo atualizado em
taxas proporcionais a sua atualização. Isso garante que sites e jornais e revistas tenham
seu índice atualizado.
Para processar a requisição e mostrar os documentos mais relevantes, o
mecanismo considera mais de cem diferentes fatores, que incluem posição, relevância,
tamanho e proximidade das palavras. A empresa também afirma que emprega técnicas
de aprendizagem automáticas ("machine-learning") para melhorar sua performance. A
vantagem do Google sobre os demais mecanismos de busca deve-se especialmente as
suas técnicas de processamento de informação, guardadas a sete chaves.
Ver Curiosidades Adicionais Figura 05 pagina nº66
48
4.2.2 Perguntas necessárias para realizar uma consulta
Exemplos para otimização usando métodos de busca simples estão
apresentados abaixo:
• É necessário evitar termos que possam gerar respostas diferentes da que deseja,
pois a ferramenta entende de maneira ambígua.
• Utilizar aspas quando deseja encontrar a expressão exata, porque assim
restringe o campo de busca e retorna resultados dos termos de busca organizados na
ordem digitada. Exemplo: “Como pesquisar na Internet”.
• Organizar as palavras no campo de busca na ordem de importância. Palavras
chaves ou de maior relevância devem ser coladas em primeiro lugar. Exemplo:
“Movimento estudantil +Brasil”.
• Deve-se tomar cuidado com o número de palavras que irá participar da
pesquisa,
pois irá restringir muito a busca podendo gerar resultados irrelevantes.
• Evitar uso de pontuações, pois pode retardar a busca em alguns motores de
busca.
Ao iniciar uma pesquisa é necessário ter em mente o que está procurando e o
que pretende fazer com o que está procurando, se as informações encontradas são de
algum autor conhecido ou confiável, o que existe de novo nas informações encontradas,
qual a origem do documento (é ideal que as informações venham de artigos expostos
em congresso ou monografias/dissertações), de quando é a data de desenvolvimento do
documento (última atualização), como se encontra estruturado o documento ou site
(muitas vezes numa primeira leitura é capaz de não encontrar o que esta procurando
devido à má estruturação/má acessibilidade do site), e perguntas derivadas das citadas,
sempre à procura do ideal. Após todas estas verificações é possível adquirir
informações de qualidade e confiança para utilizar em qualquer trabalho.
Toda essa popularidade dos sites de busca não é à toa. O Google é um dos
mais conhecidos em termos de abrangência e eficiência, coincidência ou não, em uma
pesquisa feita pela Cadastra (empresa especializada em marketing em sites de busca),
no período de setembro de 2004 a janeiro de 2005, no Brasil, observou-se que mais de
49
três quartos dos 719 entrevistados são universitários, os que mais utilizam os sites de
busca, portanto, são os que mais sentiriam falta caso não existisse esse mecanismo.
O Google utiliza um logaritmo que filtra os resultados de maior relevância, em
segundos, do enorme conteúdo indexado, sendo até preferivelmente utilizado para
chegar a um documento pesquisado do que visitando a própria página em que esse
documento está hospedado. Além disso, ainda possui vantagens interessantes em um
único lugar, como a forma de pesquisa avançada (google advanced), entre outros,
permitindo restringir ou ligar o resultado da pesquisa, definir preferências de
linguagem, datas, páginas modificadas há um certo período, documento em um formato
específico, tradução do resultado da pesquisa, etc.
A completude do site não pára por aí; a efeito de citação, outras ferramentas:
Elaborado pelo Autor
.
Procurando imagens Google images
Procurando fóruns de discussão Google groups
Diretórios (tópicos/temas) Google directory
Procurando Notícias Google news
Perguntas e respostas Google answers
Tradutor de textos Google translate
Pesquisa e Visualização de Mapas e imagens de
satélite da Terra. Funciona também
como um guia de ruas online. Mostra mapas das
cidades, rodovias, e auxilia na busca de caminhos
Google Maps
Modelo Tridimensional do Globo Terrestre, com
imagens feitas por satélite Google Earth
“Mergulhar” e conhecer locais bem profundos dos
oceanos e explorá-los Google Ocean
Semelhante ao Ocean, mas o foco de exploração é
o espaço, com imagens de outros planetas: Google Sky
50
Traduções básicas em poucos segundos:
A ferramenta Tradutor Google
4.2.3 Google Docs: Aprendizagem Colaborativa e Interativa
Fonte: Google Docs
Seguem alguns exemplos das diferentes formas de operacionalizar a
utilização das ferramentas do Google Docs, tendo em vista a construção de
um ambiente de aprendizagem colaborativa e interativa:
• Promover a colaboração e criatividade por grupo com os alunos, gravar
projetos em conjunto de um grupo único;
• Acompanhar as notas, frequência, ou quaisquer outros dados, com acesso fácil
e sempre disponíveis
51
Planilhas eletrônicas
• Facilitar a escrita como um processo, incentivando os alunos a escrever em
um documento compartilhado com o professor;
• Verificar sobre os trabalhos a qualquer momento, fornecer informações e
ajudar a utilizar os comentários, recurso, e acompanhar melhor cada aluno;
• Criar testes e ensaios com planilhas, as respostas chegarão ordenadas em
uma planilha;
• Incentivar a colaboração, possibilitando os alunos a trabalharem em conjunto
em uma apresentação compartilhada e, em seguida, apresentá-la à classe;
• Compartilhar um documento com os outros professores;
• Manter, atualizar e compartilhar planos de aula ao longo do tempo em um
único documento;
• Organizar dados cumulativos de um projeto em uma única planilha,
acessível a qualquer colaborador, a qualquer momento.
O Google Docs amplia as possibilidades educacionais para construção de
um ambiente de aprendizagem colaborativa, favorecendo a interação, a troca de
idéias e a produção coletiva de textos, contribuindo para o desenvolvimento do
processo ensino- aprendizagem. As trocas podem ser estabelecidas de forma
positiva possibilitando a criatividade, espírito crítico, responsabilidade e colaboração,
entre outras características que se pretende desenvolver nos alunos.
52
Processador de texto
Presentations - Apresentações de Slides
4.2.4 Google Acadêmico
Um dos sites de busca mais importantes e confiáveis é o Google Acadêmico, pois
retorna informações de literatura acadêmica (teses, artigos). Os textos na maioria dos
casos são revisados por especialista, dando maior segurança na pesquisa.
O resultado de busca funciona parecido com as ferramentas convencionais de busca,
porém retornando informações acadêmicas, que vai de citações de determinados autores
a um artigo de uma determinada revista.
53
O Google Acadêmico também possui um refinamento de busca (pesquisa avançada)
onde é possível especificar qual o nome do autor ou a qual revista este artigo pertence
podendo restringir a data em que deseja buscar.
Ao buscador Google adicionaram muitos outros recursos gratuitos que tem feito a
alegria dos usuários da internet do mundo todo. Aliás, essa foi outra prerrogativa de seu
projeto, ou seja, a de que seus recursos, além de disponíveis sem qualquer custo para os
internautas, se internacionalizassem e fossem reconhecidos tanto no Ocidente quanto no
Oriente, igualmente nos hemisférios norte e sul.
Há o Gmail, o YouTube, o Google Acadêmico, o Bloco de Notas, o Desktop para
pesquisas no próprio computador do usuário, o Blogger para a criação de blogs, o
Picasa para a edição de fotografias, o Talk para comunicação via internet como um
telefone, Buscador de imagens, Buscador de Blogs, o Reader,... E, de acordo com as
informações veiculadas diariamente pelos principais jornais de todo o mundo, tantas
outras novidades surgirão em breve. Existe, por exemplo, uma área do Google que
trabalha novidades para o uso de todas essas ferramentas nos telefones celulares de
última geração...
Diante de tantas alternativas que nos são oferecidas pelo Google não podemos
continuar usando apenas os recursos básicos do buscador, que, aliás, permanece sendo
o maior e mais popular entre todos os instrumentais que foram criados pela empresa.
É claro que não podemos descartar essa poderosa ferramenta, temos apenas que usar
também todos os demais recursos.
Nesse sentido são valiosas algumas orientações quanto a essas outras ferramentas do
Google.
54
1- Além da ferramenta de artigos, textos e qualquer outro tipo de materiais escritos na
Web, o Google também possui na barra inicial três outras importantes alternativas de
pesquisa, ou sejam: De imagens, notícias e grupos. Ao digitar, por exemplo, a palavra
“educação” em qualquer uma dessas outras possibilidades encontramos as seguintes
respostas no buscador:
a) No Google Imagens:
b) No Google Grupos:
IX Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação
Grupo: EAD - Educação a Distância
Renato Dutra [email protected] eadbr PessoALL
Por favor, divulguem o evento abaixo:
O Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED) e a Secretaria
de Educação a Distancia (SEAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) estarão realizando de 16 a 18 de julho o IX Ciclo de Palestras ...
12 jul de Renato Dutra
Show do ministro brasileiro de educação nos EUA ...
55
Grupo: Grupo do LOBATO (GDL)
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DFe ministro da Educação CRISTÓVÃO BUARQUE, foram questionados sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. ... 23 nov 2005 de Diego Gomes
História da Educação Grupo: Grupo do LOBATO (GDL)
... Van <[email protected]>: Boa noite a todos Estou precisando muito de algum material sobre a história da educação, principalmente na idade média, e também sobre a história da educação no Brasil. Se alguém tiver algum tipo de material, ou alguma indicação de site, ficarei muito grata. ... 3 jun 2006 de jVdamasceno
c) No Google Notícias:
Classificado por relevância Classificar por data Classifique por data e mostre duplicações
Educação para reduzir as desigualdades sociais é o tema do Prêmio ... A Tarde On Line - 3 horas atrás Nesta ano, o tema é Educação para reduzir as desigualdades sociais. Na edição do ano passado, cujo tema foi a Gestão sustentável da biodiversidade, ...
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2- Há também o Google Acadêmico, ferramenta de imprescindível importância e grandioso valor para estudantes, professores, especialistas e pesquisadores. Através desse recurso é possível localizar na internet uma série de artigos, títulos de publicações referenciadas em pesquisas, dissertações, trabalhos de conclusão de curso e até mesmo teses. O advento do Google Acadêmico tem permitido que a comunidade científica possa estabelecer comunicação rápida e amplificada de seus frutos, nas mais diversas línguas e oriunda dos quatro cantos do mundo. Ao fazer pesquisas utilizando esse recurso faça pesquisas em português, mas também em inglês, espanhol, francês, italiano, chinês,... Isso aumenta muitíssimo a possibilidade de êxito e real enriquecimento e atualização de seu trabalho acadêmico. Digitando, por exemplo, o nome do educador brasileiro “Paulo Freire”, obtive os seguintes resultados:
[LIVRO] Educação e mudança P Freire - 1979 - Paz e Terra Citado por 433 - Artigos relacionados - Pesquisa na web
Pedagogy of the oppressed - grupo de 6 » P Freire - 2000 - eco.utexas.edu While the problem of humanization has always, from an axiological point of view, been humankind’s central problem, it now takes on the character of an inescapable concern. 1 Concern for humanization leads at once to the ... Citado por 5612 - Artigos relacionados - Ver em HTML - Pesquisa na web
[LIVRO] Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire P Freire - 1979 - Cortez & Morales Citado por 105 - Artigos relacionados - Pesquisa na web
A importância do ato de ler P FREIRE - São Paulo: Autores Associados, Cortez, Paz e Terra, 1978 - paulofreire.ufpb.br 1. Alfabetização de adultos: Método Paulo Freire: Educação 374.012 (17. e 18.) 2. Leitura: Comunicação 001.5 (17.) 001.543 (18.) 3. Método Paulo Freire: Alfabetização de adultos: Educação 374.012 (17. e 18.) 4. São ... Citado por 183 - Artigos relacionados - Pesquisa na web
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[LIVRO] Pedagogia de la esperanza: Un reencuentro con la pedagogía del oprimido - grupo de 11 » P Freire - 2005 - books.google.com Fue en el año 1977; Francisco Gutiérrez, connotado comunicador y educador, organizó un seminario en San José, Costa Rica, para com- partir con Paulo Freiré y otros invitados la propuesta y la práctica de su "Metodología ... Citado por 2290 - Artigos relacionados - Pesquisa na web
3- Outro recurso importante é a pesquisa de blogs. Os weblogs são sites pessoais, de fácil elaboração, serviço disponibilizado sem cobrança por vários portais ou sites especializados (como UOL, Terra, Blogger, Wordpress,...), que já superam a marca de mais de 70 milhões de páginas e em ritmo crescente de produção de novas produções no gênero. Blogs podem ser de uso pessoal, com o intuito de servir como diários virtuais, mas também são produzidos com o objetivo de informar, comunicar, trocar idéias, educar,... Há comunidades de blogueiros especializados nas mais diversas áreas do conhecimento e atuação humana, como a educação, por exemplo. Ao criar um Buscador de Blogs, o Google reconheceu a pertinência e o valor dessa ferramenta e dos conteúdos produzidos a partir dela. Para ilustrar o que estamos afirmando, utilizamos o Google Pesquisa de Blogs para procurar o termo “Construtivismo”, obtendo as seguintes respostas:
A cognição no Construtivismo
25 jun. 2007 por F.Dias O construtivismo defende que os sujeitos projectam seus próprios significados sobre uma realidade ambígua. O conhecimento é gerado pela acção do sujeito, acomodando as formas do mundo às suas idéias. O mundo carece de significados ... A Fisga - http://ferndias.blogspot.com/
Cinema no construtivismo p1
18 jul. 2007 trabalho para seminário de Linguagens Imagéticas.O Cinema no construtivismo russo:- Potemkin- Outubro- Iva, the terribleTodos de Sergei Eisenstein.[a qualidade tá uma belezura] <a><img> Photo Sharing and... - http://carvalho.multiply.com/
Construtivismo não é método para alfabetização, diz pesquisadora
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16 jul. 2007 por Mariana Garcia de Castro Alves "O construtivismo não é um método, é um conceito", afirma Silvia de Mattos Gasparian Colello, do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Alfabetização e Letramento (GEAL), da USP, acerca da polêmica sobre a melhor orientação para a ... Hodiernas - http://hodiernas.blogspot.com/
Construtivismo
13 jun. 2007 por Rê ou Ric O construtivismo foi um movimento nascido em 1913 na Rússia. O seu nome vem do manifesto realista, de construir a arte, escrito por Gabo e assinado por Pevsner, que foi afixado nos muros de Moscou. Este definia claramente os limites e ... História da Arte - 2° semestre - http://re-ric.blogspot.com/
4- Buscando livros, trechos de obras literárias, produções transcritas, bibliotecas onde estão disponíveis cópias para empréstimos ou ainda se quer saber quais materiais escritos por um determinado autor já estão disponíveis na internet você pode usar o serviço Google Pesquisa de Livros. A intenção desse projeto desenvolvido pela empresa de Sergey Brin e Larry Page era a de digitalizar acervos completos de algumas das maiores bibliotecas públicas e universidades do mundo. Esbarraram na questão dos direitos autorais e, por isso, ainda não puderam levar adiante essa idéia da forma como gostariam. Mesmo assim o serviço é muito valioso para os internautas e há uma ampla gama de materiais bibliográficos disponibilizados na Web que podem ser encontrados utilizando-se essa ferramenta. Ao digitarmos, por exemplo o nome do escritor brasileiro “Lima Barreto”, encontramos as seguintes respostas:
Triste FIM de Policarpo Quaresma
de ( Lima Barreto - 1997 - 690 páginas Lima Barreto ... Visualização limitada - Índice - Sobre este livro [ Mais edições ]
Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sa - Página 5
de Oscar van Hemel, Eugenio Gomes, Alfonso Henrique de Lima Barreto - 1949 - 75 páginas ... Lima Barreto ...
59
Visualização de trechos do livro - Sobre este livro [ Mais edições ]
Recordações do escrivão Isaías Caminha - Página 96
de Abraham Ben-Jacob, Eugênio Gomes, Alfonso Henrique de Lima Barreto, Oscar van Hemel, Lima Barreto - 1949 - 96 páginas ... Lima Barreto ... Visualização de trechos do livro - Sobre este livro
Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá - Página 1
de Oscar van Hemel, Alfonso Henrique de Lima Barreto, Eugênio Gomes, Abraham Ben-Jacob - 1949 - 75 páginas Lima Barreto ... Visualização de trechos do livro - Sobre este livro [ Mais edições ]
Os bruzundangas ... - Página 1
de Lima Barreto - 1930 - 191 páginas Os ... Visualização de trechos do livro - Sobre este livro
5- Não podemos deixar de valorizar o YouTube, recentemente adquirido a peso de ouro pela empresa de Brin e Page. Através desse instrumental podemos ter acesso a trechos de filmes, documentários, propagandas, clipes de músicas, produções independentes, aulas filmadas.
Em suma, educadores, pesquisadores, estudantes e internautas em geral podem se aprofundar e melhorar o uso do Google. Dessa forma ampliando as possibilidades e melhorando os resultados de projetos, pesquisas, aulas e estudos desenvolvidos por todos.
60
CONCLUSÃO
A internet, hoje em dia, é o meio mais usado para se fazer pesquisas e
trabalhos. Mas é necessária muita atenção para não perder o foco no tema, devido à
grande variedade de informações existentes na rede. Outra grande dificuldade é quanto
à veracidade das informações, pois muitos sites não são de total confiança; também
pode haver falta de enriquecimento acerca do assunto pesquisado, obtendo, assim,
apenas a superfície do tema procurado.
Um dos desafios no processo educacional hoje é o envolvimento das novas
tecnologias nos projetos pedagógicos. As novas tecnologias pressupõem, tanto do
professor como do aluno, distintas formas do fazer. O fazer como um processo de
invenção e produção onde as soluções das idéias se concretizam no fazer, ou seja, na
produção que é, ao mesmo tempo e indissoluvelmente, invenção.
À escola e ao professor não cabe mais a função de transmissão de
conhecimento, já que existem outros meios com esta eficiência. Teriam, sim, a função
de possibilitar o conhecimento usando às múltiplas e variadas modalidades de
informação já disponíveis.
Desta forma o professor é orientador do estudo. O professor é aquele que deve
orientar o processo da aprendizagem, estimular a pesquisa e o saber. O aluno é o
agente da aprendizagem, tornando-se um estudioso autônomo, capaz de buscar por si
mesmo os conhecimentos. O tateamento experimental de cada aluno faz parte desse
processo individual em direção a outras formas de saber.
Não há mais fronteiras para a circulação da informação e do conhecimento. Em
tempos de sociedade globalizada, uma demanda premente é a utilização das
tecnologias como ferramentas auxiliares na prática educativa.
As tecnologias permitem um ensino por meio da interação, passamos de um
ensino onde o papel do aluno é limitado na busca de informação, um ensino em que a
informação se adapta ao aluno, onde quer que ele se encontre.
As ferramentas do Google se baseiam fortemente no paradigma que tanto
buscamos na educação: é preciso aprender a aprender. As ferramentas Web 2.0 são
fáceis de serem “aprendidas” e tanto alunos como professores conseguem um domínio
rápido sobre elas. A questão importante para o professor não é “como usar as
61
ferramentas” e sim “para qual propósito pedagógico usá-las”.
Diante deste contexto, os educadores tem um papel fundamental, que é tornar o
processo de ensino-aprendizagem mais atrativo, instigante e eficaz através de práticas
inovadoras que proporcionem mais qualidade na educação, porém ainda há muito se fazer
para possibilitar as camadas menos favorecidas da sociedade desenvolverem
competências necessárias para o uso efetivo da informação, como recurso para o exercício
da cidadania.
62
ANEXO
CURIOSIDADES - LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1:
O COMPUTADOR DO PASSADO 66
FIGURA 2:
ENSINO DO PASSADO E DO PRESENTE 67
FIGURA 3:
ACESSO À INFORMAÇÃO 68
FIGURA 4:
IDÉIAS SOBRE A WEB 2.0 NA EDUCAÇÃO 69
FIGURA 5:
EFEITOS DO GOOGLE 72
63
CURIOSIDADES
O COMPUTADOR DO PASSADO
Figura 01
Foto: Divulgação
Os primeiros computadores surgiram na década de 40, quando o mundo encontrava-se
frente a uma grande Guerra. Eram máquinas enormes, utilizavam muitas válvulas e seu
sistema operacional era de grande complexidade. Neste momento, os computadores
tinha como finalidade o trabalho com cálculos relacionados à necessidade do momento,
ou seja, à criação e ao uso de armas. Os cientistas que idealizaram os computadores
eram matemáticos e conceberam a invenção de acordo com suas próprias vivências
culturais. O ano de 1952 marca a chegada de Thomas J. Watson à presidência da
empresa IBM e que muitos chamam de “anos de ouro” da Big Blue, sua transformação
em uma companhia moderna. Em 1956 é apresentado o primeiro HD do mundo, o
RAMAC. Ele fazia parte do gigantesco computador 305 RAMAC. Nos anos 60, a IBM
comemora a grande penetração Naquele tempo, talvez jamais se imaginasse que os
computadores teriam essa multiplicidade de áreas, e nem mesmo havia uma
preocupação de torná-lo acessível a um universo tão amplo dos computadores no
mundo.
64
ENSINO DO PASSADO E DO PRESENTE
Figura 02
Essa primeira mostra “O ano 2000” e é uma mescla de passado e futuro que só poderia
existir na imaginação do artista. É uma série de cartões postais franceses datada de
1910.
Um dos meninos gira a manivela de uma máquina que processa livros. Agora, se a
máquina é tão incrível a ponto de ler e transmitir para os fones de ouvido do resto da
turma, por que precisa de manivela? Livros continuam sendo livros. E o professor fica
ali, servindo para nada.
Notem que existem somente garotos na sala. Garotos passivos e obedientes, que
absorvem todo conhecimento sem questionar. Conhecimento que não é sabedoria:
apenas um monte de dados sem discussão. Bem, pode ser que nesse sentido a imagem
tenha acertado…
65
ACESSO À INFORMAÇÃO
Figura 03
Essa outra imagem, mostra o sistema japonês de ensino. Outra sala composta apenas
por meninos, mas essa não parece tão disciplinada. Por isso a existência de palmatórias
eletrônicas, que punem os maus alunos, seja por mau comportamento ou por errar uma
questão.
Aqui já é mostrada a interação com a tela, com o computador. Alunos inserem o
resultado dos exercícios na máquina, que verifica o acerto ou erro. O professor não
existe mais: uma projeção na parede basta para ensinar. Computadores espalhados pela
sala mostram que os dados estão armazenados em enormes máquinas, como se os
monitores fossem apenas terminais.
Na vida real, o futuro na educação chega muito mais devagar do que prevíamos. Temos
projetos como o One Laptop per Child que é focado em países em desenvolvimento,
mas o método de ensino ainda é o mesmo.
Em uma época em que crianças nascem usando iPads sem dificuldade, interagem com
pessoas do mundo todo com um clique e têm toda informação do mundo com um
celular e uma conexão 3G, será que não é hora de mudar a proposta da escola? Um
lugar onde aprender a sobreviver em grupo, a desenvolver a criatividade, a lembrar que
somos humanos… sem dúvida seria um atrativo para quem começa agora a trilhar um
caminho de uma vida inteira. http://blogs.pop.com.br/tecnologia/como-o-passado-
imaginava-a-escola-do-futuro/ Por Marta Preuss.
66
IDÉIAS SOBRE A WEB 2.0 NA EDUCAÇÃO
Nessa imagem, é importante destacar a multidão de rostos muito semelhantes, como
que brandindo, em gesto idêntico, laptops iguais.
As diferenças parecem ter sido pasteurizadas. Tudo parece achatado. As telas em suas
mãos estão igualmente em branco, como se, a
despeito de estarem ligadas, permanecessem
apagadas. As mãos totalmente erguidas podem
sugerir que as pessoas estejam portando antenas
para captar o que lhes for enviado, já que os
monitores não permitem visualizar o que quer
que seja, para além da luz branca. É a multidão
que permanece sem acesso real à informação que
possa fazer diferença. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO:
TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE
RAQUEL GOULART BARRETO*
Figura 04
67
Web 2.0 é o termo criado pela empresa americana O'Reilly Media para
designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web
como plataforma", envolvendo wikis, redes sociais e Tecnologia da Informação. A idéia
é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico, e que os usuários colaborem para a
organização de conteúdo.
figura 05
68
REVISTA ELETRÔNICA
Atualmente a internet é um dos meios de comunicação de grande importância
mundial, pois com o avanço da tecnologia e da globalização tornou-se mais viável usar
o meio eletrônico como forma de se obter conhecimentos. A revista eletrônica foi um
sistema implantado na internet, que nos últimos anos vem adquirindo bastante sucesso,
graças à divulgação de artigos de qualidade relativamente alta.
Antes de serem publicados esses artigos passam por uma comissão de
julgadores que definem o grau de importância dele. Os editores lêem os artigos e os
mais interessantes são selecionados e encaminhados para uma comissão de avaliadores,
sem identificação de quem são os autores, se for aprovado ele é publicado. Esse
processo dura em media oito meses.
Geralmente esses artigos são inéditos e de origem cientifica e alguns deles são
escritos em outras línguas e disponibilizados também para o acesso de bibliotecas
virtuais de outros países.
Revistas que tem suas edições impressas estão cada vez mais optando por
divulgar seus conteúdos eletronicamente, fazendo com que a noticia chegue mais rápido
ao leitor e de uma forma mais eficiente. A versão eletrônica vem sendo bem sucedida,
pois, além das
vantagens citadas acima, elas muitas vezes disponibilizam matérias complementares,
uma leitura mais esclarecedora e fóruns de discussão.
As revistas eletrônicas têm por objetivo divulgar conteúdos que contenham
grande valor acadêmico e inovador. Para publicar um artigo em uma dessas revistas a
pessoa deve entrar no site de uma delas e enviar para a redação o seu texto, seguindo as
normas padrão exigidas pelos editores.
(www.geniodalampada.com/pesquisas/como_usar_bem_a_internet pdf )
69
EFEITO GOOGLE
'Efeito Google' reduz a memória, diz estudo.
Segundo pesquisa, os computadores e os motores de busca online se transformaram em
uma espécie de sistema de "memória externa"
FIGURA 06
cabeca-computador-homem-memoria-size-598.jpg veja.abril.com.br
'Efeito Google' reduz a memória, mas aumenta habilidades de busca (Thinkstock)
Os motores de busca como Google e as bases de dados na internet se transformaram em
uma espécie de "memória externa" do nosso cérebro, indica um estudo publicado nesta
quinta-feira pela revista científica Science. De acordo com a descoberta, as pessoas
perdem a memória retentiva de dados, mas ganham habilidades de procura.
70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 6023:
Informação e documentação – Referencias – Elaboração. Rio de Janeiro: 2002. 24p.
BOCK, Ana M. Bahia, Furtado, et al. Psicologias uma introdução ao estudo de
psicologia, Ed., São Paulo: Saraiva, 1993.
CORRÊA, Cybthia Harumy Watanabe. Comunidades Virtuais gerando
identidades na sociedade em rede. Universiabrasil.net. Disponível em:
http://www.universiabrasil.net/materia_imp.jsp?id=4391>.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 27ª edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
FONSECA, Lúcio. Tecnologia na Escola. 2001. Disponível em:
http://www.aescola.com.br/aescola/seções/20tecnologia.
GUERRA, Carlos Gustavo Marcante, Ampliando a construção da mente.
GRÉGOIRE, R., BRACEWELL, R. & LAFERRIÈRE, T. The contribution of new
technologies to learning and teaching in elementary and secondary schools:
Documentary Review. Laval University and McGill University, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo. Ed. 34. 1999.
PILETTI, Nelson; PELTTI, Claudio. História da Educação, São Paulo: Ática, 1997.
ROSSINI ALESSANDRO MARCO - O uso da tecnologia da informática na
educação. Uma reflexão no ensino com crianças.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – Referenciais para a Educação Profissional – Ed 2009
SANZ, Luiz Alberto. Procedimentos Metodológicos: Fazendo Caminhos, Rio de
Janeiro: Senac, 2003.
TAPSCOTT, Don. Geração Digital: Acrescente e Irresistível Ascensão da Geração
Net, São Paulo, 1999.
XIMENDES, SÉRGIO. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ediouro,
71
BIBLIOGRAFIA CITADA
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Acesso em 26/11/2011
Fabíola da Silva Pinudo* Sandra Lúcia Rebel Gomes**A DEMOCRATIZAÇÃO DA
INFORMAÇÃO NA INTERNET: um estudo sobre a ferramenta Google
Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/download.php?dd0=13229
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais, Parte III,
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Disponível em: http://www.educacao.gov.br.
http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm
Acesso em 26/11/2011
LEMOS, André. Palestra: Cibercultura. Disponível em
http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa
RIBEIRO, José Carlos S.,JUCÁ, Vládia Jamile. Hipertextualidade e Cultura
Contemporânea. UFBA,
Disponível em: http://www.facom.ufba.br/hipertexto/cultura.html.
RIBEIRO, José Carlos S., JUCÁ, A Experiência da Hipertextualidade e suas
Invenções. UFBA,
Disponível em: http://www.facom.ufba.br/hipertexto/experien.html.
http://www.forum-global.de/curso/textos/pesquisar_na_internet.htm
Acesso em 06/12/2011
http://www.googleguide.com/google_works.html
Acesso em 05/12/2011
Liinc em Revista, v.5, n.1, março, 2009, Rio de Janeiro, p. 82 - 99 -
72
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Acesso em 27/11/2011
http://paginas.ucpel.tche.br/~lla/projetos.htm
Acesso 18/11/2011
http://paginas.terra.com.br/educacao/josue/index%2030.htm
Acesso 20/11/2011
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=925
Acesso em 06/12/2011
BRASIL, Ministério da Educação.
PROINFO. Brasília:
Disponível em www.proinfo.gov.br.
http://www.slideshare.net/filomenojunior/o-uso-da-internet-na-educao-1459867
Acesso 20/11/2011
http://www.tact.fse.ulaval.ca/fr/html/apport/impact96.html
Acesso em 06/12/2011
73
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 12
O QUE É TECNOLOGIA
1.1 – Educação Informatizada 13
1.2 – Cibercultura 15
1.3 – A Utilização do Computador na Educação 17
1.4 – O Professor na Era da Informática 18
CAPÍTULO II
PROJETOS DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO 22
2.1 – Programas Governamentais para Educação Informatizada 26
CAPÍTULO III
WEB 2.0 UMA NOVA FORMA DE APRESENTAÇÃO 38
3.1 – Bibliotecas Virtuais 40
74
CAPÍTULO IV
O GOOGLE COMO OPÇÃO PEDAGÓGICA 41
4.1 – Histórico do Google 41
4.2 – Como Funciona o Google 44
4.2.1 – Segredos da Eficiência do Google 45
4.2.2 – Perguntas Necessárias para realizar uma Consulta 48
4.2.3 – Google Docs: Aprendizagem Colaborativa e Interativa 50
4.2.4 – Google Acadêmico 52
CONCLUSÃO 60
ANEXOS
Figura 01 – O COMPUTADOR DO PASSADO 61
Figura 02 – ENSINO DO PASSADO E DO PRESENTE 64
Figura 03 - ACESSO A INFORMAÇÃO 65
Figura 04/05 - IDÉIAS SOBRE A WEB 2.0 NA EDUCAÇÃO 66
Revista Eletrônica 68
Figura 06 – EFEITO GOOGLE 69
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 70
BIBLIOGRAFIA CITADA 71
ÍNDICE 73