UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · RESUMO A importância do brincar para o...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · RESUMO A importância do brincar para o...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
A importância do brincar para o desenvolvimento da criança na
educação infantil
Lucilene de Lima Alcântara Fraga
Orientadora: Professora Edla Trocoli
Rio de Janeiro
Fevereiro, 2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
A importância do brincar para o desenvolvimento da criança na
educação infantil
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Educação
Infantil e desenvolvimento.
Por:. Lucilene de Lima Alcântara Fraga.
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e ao meu marido Carlos
Peicy, por terem feito tudo por mim e
serem os maiores incentivadores
durante esse percurso, acreditando que
eu seria capaz de prosseguir,
conquistar e realizar essa nova etapa
na minha vida;
Aos Professores da especialização
pela contribuição no meu aprendizado;
A Deus, sem ele nada disso teria sido
possível.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu marido
Carlos Peicy que nunca me deixou
desistir nos momentos de desânimo.
5
RESUMO
A importância do brincar para o desenvolvimento da criança na
educação infantil. Este trabalho consiste numa abordagem sobre a importância
do brincar na Educação Infantil e no desenvolvimento da aprendizagem da
criança.
O percurso analítico é traçado através da história da Educação Infantil e
do brincar: jogos, brinquedos e brincadeiras antigas e dos dias atuais.
Constroem-se algumas análises e reflexões sobre as brincadeiras como
modalidade de ensino e procura-se compreender como que ela contribui para o
desenvolvimento na aprendizagem. Este trabalho foi desenvolvido tendo como
eixo norteador textos de críticos como: A aplicação pedagógica do jogo, do
brinquedo e da brincadeira na Educação Infantil da autora Sirlândia Teixeira,
livro do autor Walter Benjamim, intitulado de: Reflexões: A criança, O
Brinquedo e a Educação e dentre outros, que analisam o brincar na Educação
Infantil, assim como artigos científicos que abordam o contexto histórico
durante a evolução desta modalidade de educação.
Palavras-chave: Brincar; Educação Infantil; Desenvolvimento; Aprendizagem.
6
METODOLOGIA
O presente estudo tem como abordagem conhecer as estratégias de
aprendizagem, com foco na arte do brincar, assim como as habilidades
proporcionadas para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
A pesquisa será realizada em artigos científicos, livros e observação de
atividades lúdicas envolvidas como os brinquedos, brincadeiras e jogos.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - 1- Atividades lúdicas 10
1.1- Brincadeiras, brinquedos e jogos 13 CAPÍTULO II - 2- O brincar na Educação infantil 18
2.1- Práticas e vivências com brinquedos reciclados 22 CAPÍTULO III – 3 - A importância do brincar para a criança 28
3.1- O desenvolvimento nos aspetos: cognitivo, afetivo, motor, sociocultural, através do ato de brincar 31
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 37
ÍNDICE 40
INTRODUÇÃO
8
Desde o ingresso na pós-graduação de Educação infantil e
desenvolvimento, a pós-graduanda ficou a pensar qual seria a temática de
pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso, ou seja, a monografia. Desta
forma, através da disciplina A arte na construção do desenvolvimento infantil,
na qual houve umas vivências de artes plásticas durante as aulas – como a
confecção de uma boneca de jornal –, a aluna sentiu-se estimulada a pesquisar
essa área.
Foi durante a construção dessa boneca, que houve o despertar do
interesse em relação à arte do brincar, bem como a sua importância para o
desenvolvimento de uma criança. Desde então, passou a pesquisar sobre o
brincar e cada vez mais se interessou por esta arte, que nos traz as
brincadeiras, brinquedos e jogos, passando a proporcionar o
ensino/aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
Nas atividades lúdicas, seja ela qual for, com brinquedos, jogos e
brincadeiras ou até mesmo através das músicas, histórias/contos de fadas e
outras atividades lúdicas, que ocuparam e sempre ocuparão um lugar
importante na vida e no desenvolvimento de todas as crianças. Isso só
ocorrerá, quando se é permitido à existência de tais atividades na vida infantil,
desta forma, elas devem ser oferecidas e oportunizadas pelos adultos, sejam
estes familiares ou educadores. Pois, sabe-se que em diversos lugares do
mundo há existência do trabalho infantil – trabalho escravo – que explora
impiedosamente tal mão-de-obra, não permitindo que essas crianças
conheçam o prazer de brincar.
Nesta monografia, abordar-se-á no primeiro capítulo as atividades
lúdicas e sua importância na construção do conhecimento durante a infância.
Ainda em um tópico deste mesmo capítulo, analisar-se-á as brincadeiras, os
brinquedos e os Jogos.
O segundo capítulo se prende ao brincar na Educação infantil e em um
tópico descrevendo as práticas e vivências com brinquedos reciclados, as
quais foram realizadas por uma turma da Pré-Escola II na escola em que a
pós-graduanda trabalha.
9
No terceiro capítulo, far-se-á a análise de aspectos do desenvolvimento
da criança, incluindo as diversas habilidades desenvolvidas por ela no que diz
respeito às disciplinas tradicionais – linguagens, cálculos, natureza e sociedade
– bem como o aspecto psicomotor a partir da utilização de jogos, brinquedos e
brincadeiras. Desta forma, terá como foco o seu crescimento cognitivo, afetivo
e sócio-cultural.
CAPÍTULO I
10
1- Atividades lúdicas
Neste presente capítulo, abordaremos um breve relato sobre as
atividades lúdicas tradicionalmente utilizadas como métodos de ensino às
crianças.
De acordo com as pesquisas realizadas, observamos que na esfera
acadêmica há uma expansão de objeto de estudo sobre o lúdico na Educação
Infantil.
Segundo o minidicionário da Língua Portuguesa do escritor Evanildo
Bechara, a palavra lúdico é definida como: relativo a brinquedo, divertimento,
jogo.*ludicidade e etc...
Lúdicas são atividades que contribuem e estimulam na criança à
imaginação, fantasia e a criatividade, que envolve no seu processo o brincar,
através dos jogos, brinquedos, brincadeiras, e não se podem esquecer os livros
de histórias, livros de contos de fadas, livros de super heróis, livros de
literatura, cantigas, desenhos, lendas folclóricas, e etc., que ajudam as crianças
a imaginar e a viver nesse mundo de maravilhas e fantasias.
A fantasia, desde a mais tenra infância, pode ser
observada como uma oportunidade para a resolução de
problemas. Situações como a necessidade de ter amigos,
ocasiões de medo ou a identificação com os papéis masculino
e feminino são basicamente trabalhadas através de jogos
imaginários, histórias e dramatização. (KLINGER in Wechsler,
2002).
Os livros de literatura infantil possibilitam e ajudam as crianças a se
interessarem pela leitura e proporcionam a elas o exercício da imaginação e da
estética, exemplos de moral e momentos de prazer espiritual. Esse “faz de
conta”, ou seja, a imaginação é de fundamental importância na formação
cognitiva, é através dela que a criança simboliza e re-elabora criativamente
seus conflitos e questões internas, reinventa, transforma e deixa aflorar
11
sentimentos e emoções. Assim também ocorrem nas brincadeiras, as crianças
criam, imaginam, constroem, re-constroem, elaboram novas regras para as
brincadeiras, ou seja, com sua imaginação, as crianças são capazes de fazer
adaptações nas brincadeiras. Para Vygotsky, o imaginário é tão importante
quanto desenvolver a capacidade cognitiva ou a ampliação dos conhecimentos
das crianças. Pois, saber lidar com sentimentos pessoais e os do outro, são
fundamentais para a convivência em sociedade.
Segundo a autora Dina Lúcia Chaves Rocha, em seu livro “Brincando
com a criatividade: Contribuições Teóricas e Práticas na Arteterapia e na
Educação” (2009), é possível trabalhar a imaginação e fantasia na Educação
Infantil desde muito cedo através de “contos de fada, das histórias, dos
desenhos infantis, das cantigas, das cirandas, das lendas folclóricas, na
criação de personagens, nas representações, na criação de máscaras,
fantoches, dedoches” (ROCHA, 2009, pag. 65), dentre outros.
A arte de brincar com uma diversidade de brinquedos, jogos e
brincadeiras, com uma variedade de tipos de materiais, permitirá a criança um
diferencial de conhecimento, possibilitando a ela formar conceito e adquirir um
vocabulário específico, sabendo diferenciar o “igual”, “diferente”, “maior”,
“menor”, “grande” e “pequeno”. Essas descobertas são permitidas através do
contato, da vivência, do manuseio e do prazer em brincar, assim a criança
brinca, aprende e se desenvolve.
Tanto pela criação da situação imaginária, como pela definição
de regras específicas, o brinquedo cria uma zona de
desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo a criança
comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da
vida real e também aprende a separar objeto e significado.
Embora num exame superficial possa parecer que o brinquedo
tem pouca semelhança com atividades psicológicas mais
complexas do ser humano, uma análise mais aprofundada
revela que as ações no brinquedo são subordinadas aos
significados dos objetos, contribuindo claramente para o
desenvolvimento da criança. (VYGOTSKY, 1998, pag. 67).
12
A criança juntamente com outras crianças ou sozinha, com ou sem
objeto que envolva o brincar, será capaz de vivenciar no seu mundo
diferentes tipos de brincadeiras, podendo criar, imaginar e experimentar.
O lúdico na vida da criança tem uma grande importância, a partir do
momento que se pode definir como algo construtivo para o seu
desenvolvimento social, cognitivo, afetivo e físico. Desta forma, ela buscará
alternativas do seu mundo concreto para o seu imaginário, como exemplo ao
brincar de boneca a menina se sente a mãe da boneca. A criança se
espelha na mãe e transfere à realidade a qual vive para a brincadeira de
“mamãe” ou de “casinha” onde ela ver a figura da mãe, desta forma ela
determina ser a mãe da boneca e se comporta como uma mãe de verdade:
tendo cuidados com a “filhinha”, dando carinho, amor, alimentação, e os
cuidados com a casinha.
Segundo Santa Marli Pires Santos, em seu livro Brinquedo e Infância
(2000), parte-se do princípio de que a criança é um ser social e que a
apoderação do conhecimento se dá desde a mais tenra idade, isto é, o seu
desenvolvimento se dá num espaço e tempo compartilhado com outras
pessoas, sendo a sua atividade mais completa o brincar. Desta maneira,
enfatizamos a atividade de jogar como uma alternativa que pode contribuir de
forma favorável para o desenvolvimento infantil.
A criança passa a se desenvolver com as vivências do mundo que a
cerca e com os contatos com as atividades lúdicas que ajudarão e
possibilitarão a ela uma aprendizagem rumo à cidadania, ou seja, a criança
constrói suas experiências sócio-culturais através das interações com várias
instâncias da sociedade na qual ela passa a ser inserida, ganhando destaque
as pessoas e as ideias que a rodeiam.
1.1 – Brincadeiras, brinquedos e jogos
13
As brincadeiras, brinquedos e jogos são palavras que indicam e se
referem à ação lúdica infantil, que sendo compostas por atividades ligadas ao
brincar, revelam a capacidade das crianças em interagirem consigo mesmas ou
com as outras.
As brincadeiras sempre estiveram presentes na sociedade e vão
variando de acordo com o contexto social, cultural e regional. Cada vez mais
há uma disposição maior às brincadeiras durante a infância e, principalmente,
nas escolas com as turmas de educação infantil.
Algumas brincadeiras se caracterizam por serem estruturadas pela
utilização de regras. Damos alguns exemplos de brincadeiras que poderiam ser
classificadas dentro da citada estruturação: Brincar de Casinha, Ladrão e
Polícia, Piques, etc. A brincadeira é uma atividade que pode ser realizada
individualmente ou coletivamente. Na brincadeira a existência das regras não
limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar,
incluir novos membros, modificar as próprias regras, enfim, existe maior
liberdade de ação para a criação infantil.
O ‘faz-de-conta’ também aparece como uma atividade lúdica das que
mais interessam as crianças. A brincadeira de ‘faz-de-conta’ cria possibilidades
de imaginar e, por isso, estimula a criatividade ilimitada da criança. Piaget, em
livro intitulado A formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho,
imagem e representação (1978), face ao desenvolvimento do pensamento
infantil, afirma que a brincadeira de faz-de-conta
está intimamente ligada ao símbolo, uma vez que por meio
dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois
estes trazem como temática para essa brincadeira o seu
cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente
de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou
personagens de televisão (p.76).
A atividade de ‘faz-de-conta’ portanto trás para a criança a oportunidade
de se comunicar, de pensar e de expressar suas próprias idéias frente a um
mundo que ela ainda desconhece como teorização.
14
A brincadeira condiz ao ato ou efeito de brincar, com brinquedos ou sem
eles, que leva a criança a passar o tempo, possibilitando entretenimento e,
assim, estimulando a imaginação, a criatividade, ajudando-a a se desenvolver
em vários aspectos:
O processo criativo é um caminho espiritual. E essa aventura
fala de nós, de nosso ser mais profundo, do criador que existe
em cada um de nós, da originalidade, que não significa que
todos nós sabemos, mas que é plena e originalmente nós.
(NACHMANOVITCH, 1993)
Segundo Avril Brock, em seu texto intitulado “A importância do brincar na
infância”, “a experiência de brincar deve promover o raciocínio, a resolução de
problemas e a exploração, envolvendo certamente prazer e divertimento”
(BROCK, 2011, pag. 5).
O brinquedo é um objeto associado à criança que está voltado as
atividades lúdicas, promovendo o ato de brincar através da sua utilização.
Segundo a autora KISHIMOTO (1994), o brinquedo é compreendido como um
"objeto suporte da brincadeira", ou seja, brinquedo aqui estará representado
por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser
considerados: estruturados e não estruturados. São denominados de
brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, é o caso dos
exemplos acima, piões, bonecas, carrinhos e tantos outros; já os não
estruturados são aqueles criados a partir do estímulo à criação infantil, seja
este partindo dos professores, dos pais ou da própria vontade da criança.
Destacamos alguns brinquedos mais comuns na nossa sociedade, que
passam de geração em geração: bolas, bonecas, ursos de pelúcia, carrinhos,
caminhões e etc... Assim como os brinquedos, as brincadeiras também sempre
estiveram presentes nas vivências de várias crianças, desde os tempos
antigos. Brincadeiras antigas e tradicionais: Bola de gude, soltar pipa, pular
corda, esconde-esconde, futebol, brincar de boneca, pique-alto, amarelinha e
vários piques, que foram criados, provavelmente, por crianças e adultos ao
longo da história e desenvolvimento da humanidade.
15
Historicamente, os primeiros brinquedos sugiram na Grécia Antiga e no
Império Romano, que eram feitos de madeira, produzidos artesanalmente até o
final do século XIX e os mais comuns eram bonecas, espadas e barquinhos.
Na Idade Média, surgiram os fantoches e, assim, os brinquedos começaram
aparecer e se expandir até chegar ao Brasil, pela família Rabelo, com a
primeira loja de brinquedos no Brasil.
Com a chegada das fábricas de brinquedos no Brasil e com o avanço da
tecnologia, os brinquedos começaram a ter um perfil cada vez mais
industrializados e os artesanais perderam o espaço para tantas tecnologias.
Hoje, temos variedades de games, bonecas que falam, andam e até fazem xixi,
carrinhos remotos e miniaturas de objetos utilizados na vida adulta, como por
exemplo: motos e carros eletricos para os meninos e, para as meninas,
brinquedos representando o lar, como uma cozinha, casa de boneca e etc...
A compreensão de jogo está associada tanto ao objeto (brinquedo)
quanto à brincadeira. Segundo Fortuna, a palavra jogo vem do latim jocus e
quer dizer “brinquedo, folgueto, divertimento, passatempo sujeito a regras”
(2004), ou seja, é uma atividade mais estruturada e organizada por um sistema
de regras mais explícitas. Exemplos clássicos seriam o jogo de Mímica, de
Cartas, de Tabuleiro, de Construção, etc. Uma característica importante do
jogo é a sua utilização tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o
brinquedo tem uma associação mais exclusiva com o mundo infantil.
Brougère e Wajskop (1997) afirmam que a brincadeira é simbólica e o jogo
funcional, ou seja, enquanto a brincadeira tem a característica de ser livre e ter
um fim em si mesma, o jogo inclui a presença de um objetivo final a ser
alcançado, a vitória. Este objetivo final pressupõe o aparecimento de regras
pré-estabelecidas, estas regras, por sua vez, geralmente já chegam prontas às
mãos da criança. As regras dos jogos têm relação íntima com as regras
sociais, morais e culturais existentes.
Para os autores Scheila Tatiana Duarte Cordazzo e Mauro Luís Vieira
mesmo as regras chegando prontas às crianças, estas têm a
liberdade e a flexibilidade de aceitar, modificar ou
simplesmente ignorá-las. Isto pode depender do contexto no
qual a criança estará inserida e dos parceiros dos jogos. O
16
objetivo final de uma criança perante um jogo é a vitória sobre
o oponente, entretanto, mesmo que a criança não vença, o
prazer usufruído durante o jogo pode fazer com que a criança
retorne a jogar. (2007, pag. 5)
Desta maneira, percebe-se que a atividade de jogar possui um fim em si
mesma, no qual o resultado final tem menos importância que o processo para
atingi-lo. Tais características proporcionam à criança uma maior flexibilidade,
tornando a ação de jogar prazerosa, confundindo-a com o ato de brincar e, por
isso, essas ações ficam imbricadas se tornando difícil a sua separação.
Os jogos têm como definições as regras que são propostas de acordo
com cada jogo. Podemos citar como exemplo os jogos envolvendo várias
espécies de dominós sejam estes com números, quantidades, ou desenho, ou
desenhos/palavras, são jogos que proporcionam as crianças uma atenção,
concentração, situação- problema, raciocínio para resolver os desafios e a
memorização das peças.
Quando falamos de jogos, não podemos deixar de citar o grande
educador alemão Friedrich Froebel (1782-1852), que contribuiu para o uso dos
jogos na Educação infantil e foi um dos primeiros educadores a considerar o
início da infância. Ele viveu numa época de constantes mudanças no que diz
respeito à ideia de criança e infância, e foi quem fundou na área da pedagogia
a concepção de jardim de infância.
Para Froebel (2001), o jogo simbólico deve servir de suporte para o
desenvolvimento do imaginário infantil, sendo que os objetos construídos
podem se transformar em temas para brincadeiras simbólicas.
Em relação aos jogos de montar e desmontar, Froebel propõe jogos de
construção a fim de possibilitar da decomposição à recomposição. Para ele,
são indissolúveis a expressão e a manipulação, e é através da exploração do
material livre, espontâneo que a criança cria seus próprios jogos, isto é, a
criação do fazer uso da criatividade.
Froebel ainda considera dois tipos de jogos, sendo eles: jogos livres e
interativos, que proporcionam à criança algo livre e espontâneo; e os jogos de
17
dons e as ocupações, que são os jogos de construção, exemplos: formas
geométricas (cilindros, cubos, triângulos e etc.).
Corroborando as ideias de Froebel, a pesquisadora Kishimoto, em
trabalho intitulado Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação (2005), destaca:
O jogo de construção tem uma estreita relação com o faz-
de-conta. Não se trata de manipular livremente tijolinhos de
construção, mas de construir casas, móveis ou cenários para
as brincadeiras simbólicas. As construções se transformam em
temas de brincadeiras e evoluem em complexidades conforme
o desenvolvimento da criança. (p.40)
Enfim percebeu-se que a criança joga, brinca e ao mesmo tempo
estimula sua criatividade, ou seja, a capacidade de construir e imaginar aquilo
que está em sua volta, sejam estes aspectos de ordem abstrata ou concreta.
Desta forma, desenvolvendo novas possibilidades de conhecimentos e,
conseqüentemente, as habilidades emocionais, cognitivas e motoras.
CAPÍTULO II
2- As atividades lúdicas na Educação infantil
18
Neste segundo capítulo, abordaremos as atividades lúdicas na
Educação Infantil, que a cada dia são mais presentes nas instituições de
ensino direcionadas para crianças da primeira e da segunda infância.
A educação infantil é voltada para crianças de 2 a 6 anos de idade, ou
seja, crianças que freqüentam turmas de maternal I, maternal II, Pré-escola I e
Pré-escola II. Esses segmentos de educação infantil adotaram em seus
currículos o lúdico, dando uma maior atenção e importância para a arte de
brincar que, através de vários estudos sobre as brincadeiras, brinquedos e
jogos, foi constatada como ponto essencial de estímulo à aprendizagem e
desenvolvimento das crianças.
O lúdico é “um recurso que ensina, desenvolve e educa de
forma prazerosa [...] remete-nos para a relevância deste
instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de
desenvolvimento infantil” (KISHIMOTO, 2001).
A brincadeira, assim como brinquedos e os jogos são atividades bem
estruturadoras e impulsionadoras do desenvolvimento infantil, que aprimoram o
cognitivo, motor, afetivo, físico e o sócio-cultural.
Quando falamos em atividades lúdicas na educação infantil, não podemos
deixar de citar Maria Montessori, que foi a pioneira com os seus projetos
educacionais para a vida, produzindo materiais pedagógicos, assim como
brinquedos, móveis e artefatos adequados nas dimensões das crianças para
que elas pudessem brincar com maior desenvoltura, desta forma facilitando o
manuseio e a interação com os outros da mesma idade.
As atividades lúdicas na educação infantil favorecem o envolvimento das
crianças com as diversas brincadeiras, seja ela individual ou em grupo. E
também temos aquelas que promovem a criação de situações imaginárias e
que têm nítida função pedagógica.
Há escolas que trabalham com projetos relacionados com a arte do
brincar, que atuam e tem como objetivo em seu processo o desenvolvimento
das crianças, mas sabemos também que há aquelas instituições que tratam a
19
brincadeira como uma atividade de passatempo, sem finalidade, e que conduz
o brincar apenas como diversão, ou seja, não dando importância para o ato em
si, como um instrumento fundamental nos aspectos de desenvolvimento
infantil.
No início da escolarização da criança, que é a educação infantil, na qual
ela tem o seu primeiro contato com a escola, é importante que o educador
valorize as brincadeiras que as crianças trazem de casa ou da rua e
reorganize-as em suas rodinhas diárias, favorecendo a transmissão deste
conhecimento empírico às outras crianças. Assim, o professor fará uma
releitura daquilo que já faz parte do cotidiano do seu alunado. O professor dará,
portanto, valor ao conhecimento prévio do aluno e executará o que eles já
conhecem, propondo novas possibilidades de brincar a partir de uma visão
mais didática.
Para Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, em seu livro intitulado Jogos,
Brinquedos, Brincadeiras e Brinquedoteca: implicações no processo de
aprendizagem e desenvolvimento (2010), esse trabalho com o lúdico em sala
de aula deve se beneficiar dos jogos pertencentes à realidade infantil.
... acreditamos que o brinquedo utilizado na escola não
deve ser muito diferente daqueles com os quais as crianças
estão acostumada a brincar fora do espaço escolar; deve ser
algo que elas já conheçam, que faça parte da sua realidade. A
escola deve, portanto, resgatar os brinquedos pertencentes à
cultura lúdica dos alunos e proporcionar ressignificações,
mudanças de materiais adaptados, novos jogos, novas
brincadeiras. O ambiente coletivo permite que essas ações
sejam realizadas com sucesso, pois a interação com outras
crianças possibilita que culturas sejam compartilhadas e novas
idéias sejam expostas e apreendidas. (2010, p.58-59)
É necessário que a escola possibilite o espaço, o tempo e um educador
perspicaz que seja o elemento mediador das interações das crianças com os
objetos de conhecimento.
20
Dentro da Educação infantil cabe ao professor, assim como aos pais, ou
seja, aos adultos com suas experiências e visão aprimoradas, estimular
brincadeiras novas, ordenar o espaço interno e externo da escola, dentro ou
fora da sala de aula, facilitar o acesso e deixar a disposição os brinquedos,
permitindo, portanto, o livre acesso a esses componentes lúdicos, ao
mobiliário, e aos demais elementos que compõem a sala de aula. Dessa
forma, haverá uma maior interação entre os alunos, lembrando que o
processo deve visar o incentivo às crianças, de modo que elas possam
desenvolver brincadeiras nesta ou naquela direção, portanto, não se deve
utilizar de tiranias, obrigando-as a participar, mas deixando-as tomarem a
decisão de se entregar a atividade de forma prazerosa.
As atividades lúdicas, no universo da educação infantil, são
propiciadas para crianças com o propósito de que elas se desenvolvam e
aprendam através do brincar. O lúdico trás também para as crianças uma
vivência do mundo social, possibilitando a interação com este. Os
educadores, por sua vez, podem direcionar e possibilitar o exercício do
direito de brincar, podendo promover a construção de um conhecimento
proposto com base no prazer de vivenciar o lúdico no processo de
aprendizagem.
Ainda para a autora Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, em livro já citado,
na escola o principal propósito de utilização do brinquedo é sugerir idéias,
fazer fluir a imaginação e ultrapassar os limites da criatividade. A autora
ainda descreve que os brinquedos, quando utilizados dentro da escola, são
muito mais que objetos trazidos de casa, tratando-se de um pedaço da
cultura lúdica do aluno, que passa a compartilhá-la com os colegas de
classe, fazendo uma mistura entre o seu mundo real e o mundo imaginário,
este último sendo criado pelo ato de brincar.
Para Brougère o brinquedo está inserido em um contexto social, sendo
a criança, portanto, pertencente a esse meio desde o momento do seu
nascimento.
...O brinquedo é um dos reveladores de nossa cultura,
incorpora nossos conhecimentos sobre a criança ou, menos, as
representações largamente difundidas que circulam as
21
imagens que nossa sociedade é capaz de segregar. (2006,
p.98)
As atividades lúdicas na educação infantil, dentro ou fora da sala de
aula, constituem-se em uma poderosa abordagem sócio-cultural que estimula o
ensino/aprendizagem, destacando-se entre as partes que a compõem o ato de
brincar. Tais atividades além de propiciar um melhor desenvolvimento
cognitivo, físico e motor, são essenciais para o aprimoramento do quesito
formação do indivíduo como um todo, ou seja, seus aspectos culturais, sociais,
políticos e humanitários.
Cabe ao professor unir-se ao grupo e brincar, mas para isso o convite
deve partir das crianças. Em todo caso, o professor deve ser muito cauteloso,
para que sua percepção de adulto não atrapalhe o ritmo natural inerente à
idade das crianças. Sendo assim, o educador ali presente deve respeitar o
‘tempo’ dos seus educandos, reservando um maior espaço para o ato de
observar, justamente para que possa conhecer melhor o seu alunado, sua
bagagem cultural, suas proposições para resolução de determinados
problemas.
Deve ainda ficar sob a coordenação do professor a proposição de
algumas atividades que incentivem as brincadeiras entre as crianças, sendo
estas propostas a partir de ‘temas geradores’ que se relacionem entre si, desse
modo haverá uma maior contribuição em conjunto para o processo de
desenvolvimento. Do mesmo modo, cabe ao mestre ajudar as crianças a
investigar as inúmeras possibilidades que os brinquedos oferecem, seja nos
jogos de grupo – para crianças com idade mais avançada –, ou nos jogos de
construção – voltados para crianças em fase escolar inicial.
2.1 - Práticas e vivências com brinquedos reciclados
As práticas e vivências em construir brinquedos com materiais reciclados
proporcionam para as crianças uma série de significados e, além disso, as
conscientiza em relação aos cuidados com o meio ambiente.
22
A autora Greise Nunes Aguiar, em seu artigo Reciclar, recriar e
transformar para poder brincar na educação (2010), relata-nos a importância da
reciclagem, de conhecermos vários materiais passíveis de reaproveitamento –
e que são jogados fora pela sociedade –, da economia que podermos fazer e
da preservação do meio ambiente:
É dada a oportunidade a criança para desenvolver a sua
criatividade, seu pensamento crítico e aprender em relação ao
desperdício (conseqüência do consumo exagerado). É uma
maneira simples barata e divertida de educar e ajudar na
formação, facilitando na internalização das regras e valores;
somente na prática o aluno poderá perceber que é parte
integrante e agente, transformador do meio humano,
contribuindo para melhorá-lo, além de sentir a importância
individual e coletiva na preservação do meio ambiente, como
meio de vida e saúde. (2010)
O contato com a produção de brinquedos recicláveis remeterá a criança
ao reconhecimento de formas alternativas para o uso do que seria considerado
apenas como lixo, tal reconhecimento ajuda na potencialização de suas
próprias habilidades criadoras e criativas.
A partir da perspectiva exposta, a criança passa a ser um ator ativo no
processo de ensino-aprendizagem, suas práticas e vivências relacionadas ao
uso de materiais recicláveis dentro da sala de aula – principalmente, nas aulas
de Educação Artística – catalisam o seu poder criativo, tornando-a uma autora
de sua própria imaginação.
Jorge Assumpção, em seu livro Criatividade e orientação educacional
(1981), apresenta a definição de uma pessoa criativa:
A pessoa criativa vê novas relações nas coisas, cria novas
combinações, sintetiza elementos relativamente não
relacionados em um todo coerente, redefine ou transforma
novas peças da informação para descobrir novos usos e
construir sobre o que é conhecido. Na busca de soluções, ela
23
produz um longo número de possibilidades, usa uma grande
variedade de estratégia e aproximações, examina a informação
útil em uma variedade de formas, sai fora das soluções comuns
e lança-se para formas novas e audazes e desenvolve sua
idéia, detalhando-a e tornando-a atrativa e excitante para os
outros. (ASSUMPÇÃO, 1981)
A criança, tendo uma variedade de materiais e possuindo liberdade para
utilizá-los da melhor forma que lhe seja conveniente, torna possível o fluir de
sua criatividade. Diante disso, ela aperfeiçoará a sua imaginação de acordo
com sua vivência do processo criativo, passando a ser o sujeito ativo da sua
necessidade prática.
A pós-graduanda observou, na escola Carolina Patrício, escola
particular, localizada na cidade do Rio de Janeiro, observou-se a aplicação de
um projeto sobre o meio ambiente numa turma de Pré-escola II da Educação
Infantil. O projeto visava estimular os cuidados que o ser-humano deve ter com
a natureza desde a mais tenra idade, tendo como objetivo final a construção de
brinquedos a partir de materiais reciclados.
A autora Cláudia Amaral Dos Santos, em seu texto Cobras, Dinossauros
e Aprendizagem (2011), expõe uma definição da importância de se trabalhar
projetos pedagógicos nas escolas de Educação Infantil.
Os projetos de trabalho permitem criar um currículo
articulado aos interesses e à realidade das crianças, seguindo
o ritmo proposto por elas, embora a professora deva organizar
as informações para o grupo, os materiais e os recursos,
colocando-o em contato com os diferentes objetos da cultura,
bem como adotando uma atitude de escuta e diálogo. Além
disso, o espaço da sala de aula deve ser visto como outro
educador do projeto ao dispor materiais, pesquisas e
produções realizadas pelo grupo, facilitando o acesso a essas
informações durante o período em que as crianças e as
famílias estão na escola. Assim, constrói-se a memória
pedagógica do projeto. (2011. P.34)
24
Um projeto que possua uma boa fundamentação teórica e prática e com
finalidade voltada aos cuidados que os alunos devem ter com a natureza,
proporcionando a eles a vivência necessária para despertar para a
conscientização, deve possuir em seu cronograma a execução de trabalhos a
partir de materiais reciclados. Tais tarefas são de fundamental importância para
a aprendizagem e enriquecimento do indivíduo como um ser social consciente
do seu papel como cidadão. As experimentações em sala de aula, portanto,
devem abranger a maior variedade de objetos possíveis, reutilizando produtos
que antes seriam destinados aos lixões, dando-lhes outras significações.
Os trabalhos baseados na reciclagem trazem para as crianças o
conceito do valor de reaproveitamento, ajudando a conscientizá-las do uso
sustentável das matérias naturais.
Dentro dessa categoria de materiais recicláveis, podemos citar os mais
utilizados, sendo eles: garrafas pets, caixas de papelão, caixas de sapados,
caixas de leite, caixas de fósforos, latinhas de cerveja e refrigerantes, além das
diversas embalagens plásticas como xampus, iogurtes, margarinas e tantos
outros que são reutilizados para criar.
As colaborações dos alunos são de extrema importância no projeto,
devendo estar presentes em todas as etapas: recolhimento do material,
seleção por natureza da matéria, preparação, confecção, acabamento e
finalização do produto. Ao iniciar o projeto, o professor trará para as suas rodas
de conversas discussões sobre a importância de aproveitar o lixo e,
conseqüentemente, levantará questões a respeito da degradação do meio
ambiente provocada pelo homem. Ao abrir a discussão, os alunos interagirão
com os seus conhecimentos prévios, cabendo ao mestre a mediação do
diálogo entre os alunos. No decorrer do projeto, as crianças serão convocadas
para trazer para a sala de aula os materiais passíveis de reutilização e que são
encontrados facilmente em suas residências.
Com todo material recolhido, o professor juntamente com os alunos
começarão a desenvolver, com muita criatividade, um trabalho diário, criando e
produzindo brinquedos. Desta forma, ao passo em que produzem seus
25
brinquedos, os alunos, possivelmente, estão se transformando em cidadãos
conscientes para atuar numa realidade sócio-ambiental comprometida pelo uso
incosciente em escala planetária, passando a colocar o bem comum em
primeiro lugar.
Alguns exemplos de brinquedos recicláveis que poderão ter culminância
em um projeto sobre o meio ambiente e a importância de reciclar serão
sugeridos logo abaixo com alguns elementos necessários para a sua
confecção:
Garrafas pets:
ü Carrinhos com garrafas pets: tampinhas de garrafas para as rodas,
palitos de churrasco, cola quente (para o uso da professora), canetas de
retroprojetor para colorir e fazer desenhos. É só usar a imaginação!
ü Bilboquê com garrafa pet: Com a garrafa cortada ao meio – utilizando
somente a parte da boca da garrafa – barbante e papel laminado. Usar
canetinhas de retroprojetor parar colorir e caprichar na produção.
ü Vai e vem com garrafas pets: Duas garrafas pets cortadas ao meio,
unidas uma na outra com fita crepe, usando um metro e 30 centímetros
mais ou menos de barbante ou lã para colocar por dentro das garrafas,
deixando um pedaço sobrando para abrir e fechar. Finalizar utilizando o
material que desejar para colorir.
ü Boneca ou boneco de garrafa pet e jornais: Garrafa inteira, rolinhos de
jornais para os braços, as pernas e uma bola para a cabeça, linha de lã
para o cabelo e tinta guache para pintar e caprichar na construção da
boneca.
Podemos também utilizar garrafas pet para fazer pequenos potes para
guardar objetos pequenos, vasos de flores ou plantinhas, porta lápis, jogo de
boliche e etc..
26
Caixas de papelão, caixas de sapatos e caixas de fósforos:
ü Casinhas, castelos ou fazendinhas com as caixas de leite: as crianças
poderão construir o que desejar para brincar com as bonecas ou
bonecos e, para isso, terão que utilizar a cola para unir as partes de sua
produção, depois é só pintar deixando-a bem colorida.
ü Móveis com caixas de fósforos: com a utilização desse material, as
crianças poderão construir os seus próprios móveis para as suas
brincadeiras de casinhas. Como por exemplo: cama, sofá, armário de
conzinha, guarda-roupa e tudo mais que sua imaginação permitir.
ü Televisão com caixas de sapato: Usar uma caixa de sapato, dois palitos
de churrasco, desenhos produzidos pelas crianças, tintas guaches para
o colorido da TV. O professor deve fazer um corte na parte da frente da
caixa e depois disponibilizá-las para os alunos. Essa atividade é
extremamente educativa no que concerne aos meios de comunicação.
Além disso, com os diversos tamanhos e modelos de caixas de papelão e
caixas de sapatos, poderão ser criados vários objetos pequenos, tais como:
porta-jóias, portas-remédio, dentre outros; ficando a cargo das crianças a
decoração.
Dentre outras construções de brinquedos, destacam-se a boneca de jornal,
(materiais: jornais, tinta guache, fita crepe, barbante); temos também um
brinquedo muito adorável pelas crianças que é o ‘pé na lata’, (materiais: duas
latas, uma corda grande e tinta – o colorido pode ser uma colagem com papel
de qualquer tipo ou com tecidos de diversas cores). Outro brinquedo que faz
sucesso com as crianças é o telefone sem fio (materiais: duas latas ou dois
potinhos de iogurtes com um furo no meio e um metro de barbante); faz-se um
nó, coloca-se uma lata em cada ponta do barbante e depois é só brincar.
Os brinquedos citados acima são alguns dos muitos que as crianças
podem fazer com a ajuda do professor, obviamente que além de ensinar as
crianças sobre a importância que a reciclagem tem, ainda auxilia na
imaginação (criando e recriando), promovendo aos pequenos uma inteligência
27
saudável e auxiliando-os no desenvolvimento de algumas habilidades.
Portanto, as atividades são construtivas para aprendizagem infantil.
CAPÍTULO III
3- A importância do brincar para a criança
O presente capítulo abordará a importância do brincar para a vida
infantil. As crianças brincam para o seu divertimento e, inconscientemente,
elas aprendem e se desenvolvem através do ato de brincar. Essas atividades
lúdicas oportunizam o desenvolvimento que contribuirá para os aspectos de
experimentação, criação e invenção. O Brincar também contribui para os mais
variados aspectos psíquicos, tais como: o estímulo à imaginação, à iniciativa e
28
à inteligência, despertando saudavelmente a curiosidade e aumentando a
autoconfiança.
A autora Zilma Ramos de Oliveira, em seu livro Educação Infantil:
fundamentos e métodos (2002), ressalta que nas atividades lúdicas
(brincadeira, jogo, brinquedo e brinquedoteca), e em outras atividades ligadas
ao lúdico, há uma facilitação da apropriação de signos sociais pela criança.
Ao brincar, afeto, motricidade, linguagem, percepção,
representação, memória, e outras funções cognitivas estão
profundamente interligadas. A brincadeira favorece o equilíbrio
afetivo da criança e contribui para o processo de apropriação
de signos sociais. Cria condições para uma transformação
significativa da consciência infantil, por exigir das crianças
formas mais complexas de relacionamento com o mundo. Isso
ocorre em virtude das características da brincadeira: a
comunicação interpessoal que ela envolve não pode ser
considerada “ao pé da letra”; sua indução a uma constante
negociação de regras e à transformação dos papéis assumidos
pelos participantes faz com que o enredo seja sempre
imprevisível. (OLIVEIRA), 2002, P.160)
Para alguns, o “brincar” não tem significados e nem valorização no que
diz respeito ao desenvolvimento/aprendizado das crianças, eles apenas vêem
nessas atividades lúdicas uma forma de entretenimento. Mas, de acordo com
as pesquisas, esse brincar é de fundamental importância para o aprendizado
infantil, passando a proporcionar o aprender a fazer, o desafio e a motivação.
Por sua vez, também ajuda na concentração, melhora a atenção e proporciona
a interação com as outras crianças.
.Segundo a pesquisadora Nylse H. S. Cunha, em Brinquedoteca: um
mergulho no brincar (1994), as atividades lúdicas são instrumentos primordiais
de estímulo infantil e devem ser bastante utilizadas em sala de aula. Sendo
importantes
29
Porque é bom, é gostoso e dá felicidade, e ser feliz é
estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a
partilhar fraternalmente;
Porque é brincando que a criança se desenvolve,
exercitando suas potencialidades;
Porque, brincando, a criança aprende com toda riqueza
do aprender fazendo, espontaneamente, sem pressão ou medo
de errar, mas com prazer pela aquisição do conhecimento;
Porque, brincando, a criança desenvolve a
sociabilidade, faz amigos e aprende a conviver respeitando o
direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo;
Porque, brincando, aprende a participar das atividades,
gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa
ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada,
fazendo alguma coisa inteligente e criativa;
Porque, brincando, prepara-se para o futuro,
experimentando o mundo ao seu redor dentro dos limites que a
sua condição atual permite;
Porque, brincando, a criança está nutrindo sua vida
interior, descobrindo sua vocação e buscando um sentido para
sua vida. (CUNHA, 1994, p. 11)
Por essa definição citada acima, fica evidente que o brincar não é só
uma questão de divertimento ou passatempo, mas sim uma questão que tem a
ver com o desenvolvimento pleno desses indivíduos, ganhando destaque o
aprimoramento de potencialidades e habilidades.
O brincar é um direito da criança na sua vida infantil. E está constituído
em documento internacional destacado abaixo:
Declaração universal dos direitos da criança - ONU
(20/11/1959)
"... A criança deve ter todas as possibilidades de
entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem
ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade
e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo
30
deste direito". (Declaração universal dos direitos da criança,
1959)
O Brasil, por uma necessidade de adequação aos parâmetros
internacionais de direitos das crianças, aprova a ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente), em 1990. Sendo este estatuto um instrumento de grande
importância no que diz respeito a garantir o acesso à Educação e, por assim
dizer, o acesso à cidadania.
ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Lei
Federal 8.069/1990, dentro do Título II _ Dos Direitos
Fundamentais, no Capítulo II – Do direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade, diz:
Art. 16 - O direito à liberdade compreende os seguintes
aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação. (2000, p. 11)
Tais direitos são garantidos às crianças perante a lei, mas nem todas
têm a oportunidade de desfrutar desse direito, de poder brincar e ser feliz. Os
motivos são diversos, tais como: porque precisam trabalhar; precisam estudar
e conseguir notas altas; outros não têm com o que brincar; tem aquelas
crianças que são tratadas como adultos em miniatura e, portanto, não podem
brincar e nem fazer barulho em casa por serem proibidas pelos pais.
Como foi ressaltado acima, ‘o brincar’ deve estar presente no processo
de ensino/aprendizagem da criança, tanto na escola quanto fora dela, sendo
constituído como um direito adquirido e garantido por lei.
31
3.1 O desenvolvimento dos aspetos cognitivo, afetivo, motor e
sociocultural através do ato de brincar
Nesse tópico, serão apresentadas as áreas desenvolvidas através das
atividades lúdicas (brincadeiras, jogos, brinquedos) que contribuem para o
desenvolvimento das crianças nos aspetos cognitivo, afetivo, motor e para
vivência sociocultural.
Maria Carmen Silveira Barbosa, em texto As crianças, o brincar e o
currículo na Educação Infantil (2011), define que o brincar é
... tido como uma prática social que se realiza basicamente
nesse momento da vida – a infância – e que desempenha
papel essencial na construção subjetiva, social e cultural das
crianças. Além disso, o aspecto mais importante do brincar é
que ele exige um fazer auto-organizado que desafia as
crianças a pensar, propor, discutir, cooperar e deliberar,
possibilitando a construção de valores, autonomia moral e
capacidade de viver em sociedade. (2011, p.38)
Por ser tão essencial o brincar na infância, surge uma variedade de
brinquedos, brincadeiras e jogos que proporciona o desenvolvimento ligado ao
intelecto, ao motor e ao sociocultural.
Os brinquedos mais comuns para o desenvolvimento intelectual são
aqueles voltados para a linguagem – escrita e matemática – e estão presentes
em diversos jogos. Socialmente, contribuem para ajudar as crianças a
controlarem seus impulsos, bem como para aceitação de regras. Alguns
desses jogos estabelecem limites próprios, de tempo e de espaço, criam a
ordem dando equilíbrio de ritmo e harmonia em sua execução.
Os Jogos de dominós e de memórias, por exemplo, ajudam no processo
de aprendizagem da linguagem escrita e matemática. Esses jogos favorecem
o desenvolvimento da língua, pois trabalham o alfabeto, as sílabas e as
palavras através de figuras de objetos; também, ao mesmo tempo, há aqueles
32
que são elaborados para trabalhar a matemática, portanto seu conteúdo
consiste de números e quantidades.
A autora Luiza Elena L. Ribeiro do Valle, em seu livro Brincar de
Aprender: Uni-duni-tê: o escolhido foi você! (2008), destaca os aspetos de
desenvolvimento infantil que o jogo proporciona.
O jogo é integrado, ajuda a liberar e canalizar suas energias,
propicia condições de liberação da fantasia, há sempre um
caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o
interesse da criança e, na medida em que, ela vai se
conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. É
como se realiza a construção do conhecimento. O corpo é
acionado e o pensamento também, e há o desafio de
desenvolver habilidades que envolvam identificação,
observação, comparação, análise, síntese e generalização,
enquanto a criança vai conhecendo suas possibilidades e
desenvolvimento, cada vez mais, a autoconfiança. O essencial
é estimular a criatividade e a redescoberta. (2008, p. 97-98)
Os jogos consistem em uma ampliação do conhecimento na habilidade
intelectual, são atividades lúdicas de extrema valia para o desenvolvimento das
crianças.
Dentro da sala de aula, podemos trabalhar o brincar de faz-de-conta,
dando à criança a oportunidade de imaginar, criar, recriar, fantasiar e,
conseqüentemente, de ter novas descobertas. Não podemos deixar de citar o
faz-de-conta dos livros de literatura infantil e dos livros de contos de fadas que
contribuem para o processo de desenvolvimento/aprendizagem das crianças,
primordialmente, no que diz respeito à imaginação. O contato com o livro ajuda
a criança a ampliar o vocabulário, a compreensão e o exercício da leitura que,
mais tarde, repercutirão em suas construções escritas.
Quando a criança brinca com o jogo ou com o brinquedo, seja sozinha
ou com amigos, fantasiando ou construindo, ela vivencia e se apropria dos
conhecimentos propostos por tais atividades, logo, ela terá um maior
33
aproveitamento no que se refere ao desenvolvimento de suas habilidades
cognitivas.
No brincar com os jogos, a criança necessita do outro para compartilhar
a brincadeira. Os jogos se caracterizam por regras e são compostos pela
presença de parceiros e adversários. As supostas regras devem servir como
meio de equilíbrio entre as partes envolvidas, desta forma, promovendo a
interação entre todos os participantes e explorando suas potencialidades no
que concerne à concentração, atenção, memorização, afetividade e
ultrapassagem dos limites individuais.
O desenvolvimento físico/motor da criança ocorre quando há evolução em
um conjunto de comportamentos, incluindo as interações espaciais –
coordenação motora (corpo e movimento) –, a força e a função dos objetos em
manuseio. Esses objetos, que são expostos para serem manipulados, auxiliam
na aquisição de conhecimento psicomotor através da identificação dos mesmos
– tanto no que diz respeito a formas quanto às cores, volumes, pesos e
texturas – ocorrida nas aulas de psicomotricidade. Ao alterar sua postura à
medida que lida com os objetos, a criança trabalha diversos segmentos
corporais com contrações musculares de diferentes intensidades. Exemplo de
brincadeiras que trabalham o físico/motor: os piques (pique-alto, pique-
corrente, pique-parede e outros); exemplo de objetos: tapetes com as formas
geométricas e de diversas cores.
O desenvolvimento social da criança pode ser estimulado a partir do
momento em que ela se envolve em brincadeiras que possibilitem o
revezamento de papéis, tais como conhecer o lugar ocupado por seus pais ao
brincar de casinha, reconhecer as diferentes profissões ao brincar de cozinhar,
ensinar, construir, receitar, dentre outras. Corroborando a idéia de Celso
Antunes, no livro Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências (1998)
O desenvolvimento das inteligências se processa de
maneira mais acentuada quando premiadas pela oportunidade
de estímulos. Essa afirmação, entretanto, precisa ser vista nos
limites da coerência. (1998, p.17)
34
O aspecto afetivo consiste primordialmente na construção que a criança faz
a partir daquilo que a cerca, ou seja, presente em seu meio social. Desta
forma, uma criança que receba carinho, amor, atenção, cuidados e respeito
provenientes daqueles que a cercam, ela tende a entronizar tais qualidades
para a sua própria formação humana. Portanto, haverá uma maior tendência na
hora de brincar, por exemplo, com as suas bonecas e bonecos que receberão
cuidados tais quais os dispensados pelos adultos em relação a ela.
CONCLUSÃO
No decorrer deste trabalho, procuramos compreender como se deu, de
forma ampla, a implantação e evolução da modalidade do ato de brincar na
educação infantil, que abrange dos 2 aos 6 anos de idade. Foram apontadas as
principais atividades lúdicas existentes, bem como propostas análises sobre
suas características e contribuições ao pleno desenvolvimento da criança.
Tivemos também como foco os principais brinquedos, jogos e
brincadeiras, que cercam as crianças há décadas na sala de aula e fora dela.
Ressaltamos a imprescindibilidade, nos dias atuais, das escolas trabalharem
norteadas por projetos que fomentem o desenvolvimento e aprendizado dos
alunos e, ao mesmo tempo, ajudem a consolidar uma conscientização social e
ambiental, sendo extremamente importante o estímulo à reciclagem e a
brincadeiras com objetos provenientes de tal processo de sustentabilidade.
Atividades lúdicas que oportunizam a criança o desenvolvimento dos seus
35
aspectos estruturadores, ou seja, aprimoram a sua capacidade física, cognitiva,
motora, afetiva e sócio-cultural, bem como suas habilidades de
experimentação, criação e invenção, contribuindo para a sua inserção na
sociedade como um cidadão possuidor de direitos e deveres, além de ajudar a
constituir um ser pleno, consciente e ativo de que é possível estabelecer
mudanças e propor melhorias em seus ambientes familiar, escolar, político,
ambiental e cultural.
Ainda destacou-se a necessidade da leitura de livros de literatura infantil,
por estes estimularem possibilidades infinitas do exercício da imaginação, além
de ser um importante instrumento de crescimento individual, justamente por
colocarem as crianças frente a frente de conflitos e tensões imaginárias, as
quais possuem o mérito de despertar o autoconhecimento e o contato com
sentimentos e emoções alheios e os próprios.
Por fim, demonstramos que o ato de brincar não é apenas um
instrumento que deve ser aleatoriamente utilizado por professores ou a
depender de regras das instituições escolares, pelo contrário, o ato de brincar é
um direito constituído por lei, presente na ‘Declaração universal dos direitos da
criança’ – estabelecida pela Organização das Nações Unidas – e no Estatuto
da Criança e do Adolescente – ECA –, instituído pelo governo brasileiro.
Esperamos que o nosso trabalho tenha o mérito de informar,
conscientizar e estimular os leitores – educadores ou não – para o exercício do
brincar durante a educação infantil. Desta forma, abrindo novas portas para
práticas de ensino e novas invenções que acreditem no potencial das
brincadeiras como forma de transformação da sala de aula e dos próprios
alunos.
36
BIBLIOGRAFIA
ABRAMOWIZ, A. e WAGKOP, G. Creche: atividades para crianças de zero a seis anos. São Paulo: Moderna, 1995. AGUIAR, Greise Nunes: Reciclar, Recriar e Transformar Para Poder Brincar Na Educação. Publicado em: 22/03/2010. ASSUMPÇÃO, Jorge A. M. Criatividade e Orientação Educacional. Coleção educação contemporânea – São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1981. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Ed. Petrópolis: Vozes, 1998. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. As crianças, o brincar e o currículo na educação infantil. Revista: Pátio – Educação Infantil, Porto Alegre, ano IX nº27 Abril/Junho 2011. BROCK, Avril. A importância do Brincar na infância. Revista: Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, ano IX nº27 Abril/Junho 2011. BROUGERE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2006 CORDAZZO, Scheila Tatiana Duarte e Mauro Luís Vieira. A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. 2006.
37
CUNHA, Nylse H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo. Maltese, 1994. DANTAS,Heloísa. A infância da razão. São Paulo : Manole,1990. DANTAS, Heloisa et alii.Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Editorial, 1992. DANTAS, Pedro. Para conhecer Wallon: uma psicologia dialética. São Paulo: Brasiliense,1983. Declaração dos Direitos da Criança. Acesso em 20/01/2012. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Crian%C3%A7a/declaracao-dos-direitos-da-crianca.html Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal 8.069/1990. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, edição comemorativa 10 anos do ECA. Rio de Janeiro, 2000. FORTUNA, T. R. O brincar na educação infantil. Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, v.1, n. 3, p.6-9, dez. 2003/mar. 2004. KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2001. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1994. KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005. NACHMANOVITCH, Stephen. Ser Criativo – O poder da improvisação na vida e na arte. [Trad. De Eliana Rocha] – 3º Ed. São Paulo: Summus, 1993. PIAGET, J. (1978). A formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar. OLIVEIRA, M. K. Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993. OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. REGO, T. C. Vygotsky. Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
38
ROCHA, Dina Lúcia Chaves: Brincando com a criatividade, contribuições teóricas e práticas na arteterapia e na educação. Editora: Wak. Rio de Janeiro, 2009. SANTOS, Cláudia Amaral Dos. Cobras, Dinossauros e Aprendizagem. Revista: Pátio Educação Infantil. Porto Alegre. ano IX nº27 Abril/Junho 2011. VALLE, Luiza Elena L. Ribeiro do: Brincar de Aprender: Uni-duni-tê: o escolhido foi você! Editora Wak. Rio de Janeiro, 2008. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1988. WALLON, H. Fundamentos metafísicos ou fundamentos dialéticos da personalidade. IN: Objetivos e métodos da psicologia. Lisboa : Editorial Estampa,1975. ____________A atividade propioplástica, IN: Wallon. São Paulo : Ed. Ática, 1986. ____________A importância do movimento no desenvolvimento psicológico da criança. IN: Psicologia e educação da infância. Lisboa, Ed. Estampa, 1975. ____________Alternâncias Funcionais, IN: A evolução psicológica da criança. Rio de Janeiro : Editora Andes, s/d. ____________A pessoa. IN. A evolução pasicológica da criança. Rio de Janeiro. Editora Andes, s/d.
39
ÍNDICE
CAPA 01
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - 1- Atividades lúdicas 10
1.1- Brincadeiras, brinquedos e jogos 13 CAPÍTULO II - 2- O brincar na Educação infantil 18
2.1- Práticas e vivências com brinquedos reciclados 22