UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · junto ao cliente, ao contrário desse...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E FIDELIZAÇÃO DE
CLIENTES NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Por: Verônica Cardoso Pinheiro
Orientadora: Prof. Ana Paula Aves Ribeiro
Julho
2009
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E FIDELIZAÇÃO DE
CLIENTES NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Apresentação de monografia ao Conjunto
Universitário Cândido Mendes como condição
prévia para a conclusão do Curso de Pós
Graduação “Lato Sensu” em Gestão em
Instituições Financeiras.
Por: Verônica Cardoso Pinheiro
4
DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe, que sempre me apoiou e me incentivou em todos os momentos da minha vida e que pode estar vendo essa realização do meu e do seu sonho.
5
RESUMO
A vantagem competitiva entre as Instituições Financeiras pode ser obtida
através da utilização de qualidade no atendimento. O importante é saber
identificar o que cada cliente realmente quer para que então suas
necessidades sejam atendidas.
Este estudo tem o intuito de demonstrar que é possível para uma Instituição
Financeira ter clientes leais, fiéis. Que o atendimento eficaz, torna-se hoje o
diferencial entre tantas Instituições Financeiras que temos hoje no mercado.
Procura esclarecer as formas como uma Instituição pode trabalhar o seu
atendimentos na conquista da novos clientes e sua manutenção.
Esse trabalho trata da importância que se faz necessária hoje da qualidade no
atendimento nas Instituições Financeiras como fator gerador de satisfação e
fidelização dos clientes.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8
CAPÍTULO I. A QUALIDADE NO ATENDIMENTO...........................................10
CAPÍTULO II. O ATENDIMENTO AO CLIENTE................................................15
CAPÍTULO III. A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E A FIDELIZAÇÃO
NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS........................................25
CAPÍTULO IV. O ATENDIMENTO AO CLIENTE NAS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS .................................................................................................33
CONCLUSÃO....................................................................................................41
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................42
ÍNDICE...............................................................................................................44
8
INTRODUÇÃO
Os clientes são o centro financeiro de toda empresa. Mas ver um cliente como
simplesmente número ou linha em um gráfico de vendas é negligenciar a
fundamental importância dele para uma empresa – e por outro lado, a
importância da empresa para o cliente.
Os clientes cada vez se tornam mais exigentes e por isso, ao organizações
estão enfrentando mais dificuldades para desenvolver seus negócios, tendo
que reavaliar sua forma de atuação no mercado, o que significa adotar uma
forma mais econômica e inteligente.
Vencer a concorrência, ter lucros e permanecer no mercado são metas comuns
a qualquer empresa, em qualquer tempo. O foco sempre foi o cliente, mas hoje
muitas empresas estão percebendo que, mais que investir em estratégia de
vendas, precisam criar sistemas para manter a fidelidade da clientela.
O maior desafio das empresas é fidelizar os clientes, estabelecendo um diálogo
com o consumidor, ou seja, uma conexão contínua que se enriquece à medida
que ambas as partes se interagem e oferecem valor de forma original,
permitindo às pessoas exercitarem, de seu modo, a individualidade e a
sensação de serem únicas.
Em resposta a toda essa dinâmica que acontece, o setor bancário, as
instituições financeiras buscam adequar não só os seus produtos, mas
principalmente o seu atendimento, como vantagem competitiva, já que os
produtos oferecidos são similares em todos os bancos. O que faz a diferença
hoje é a qualidade no atendimento prestado.
Esse estudo tem como o seguinte problema de pesquisa: Identificar se o
atendimento das Instituições Financeiras aos clientes proporciona satisfação e
9fidelização. Tem como objetivo final, avaliar como a qualidade no atendimento
pode proporcionar níveis de satisfação e consequentemente fidelização dos
clientes nas Instituições Financeiras.
Para atingir o objetivo final são traçados os seguintes objetivos intermediários:
descrever, em uma visão geral, o atendimento das Instituições Financeiras;
identificar as ações de marketing utilizadas; analisar o fator humano como
diferencial no atendimento.
Esse trabalho tem como suposição que através qualidade no atendimento, é
possível criar um vínculo com o cliente, trazendo como conseqüência, sua
fidelidade, tornando esse fator como uma vantagem competitiva para a
Instituição, já que o cliente vai fazer uma imagem da Instituição de que ela
oferece o melhor atendimento, e muitas vezes, esse fator é o que determina a
escolha do cliente por adquirir certa Instituição em relação às outras.
O trabalho se mostra relevante pois através dele pode-se mostrar que é
possível cultivar uma relação de fidelidade com o cliente através do bom
atendimento, sem no entanto, participar de uma guerra de preços com os
concorrentes, utilizando uma estratégia de diferenciação. Cliente e Instituição
saem ganhando, pois o cliente cada vez mais vai desfrutar de melhoras no
atendimento, e a Instituição, para se manter no mercado, terá que aprimorar
suas técnicas de relacionamento com o cliente, para assim alcançar sua
fidelidade, o que trará um retorno nos lucros da Instituição. Isso não só
desvincula o marketing tradicional, como também, possibilita que se alinhe
essa nova política do marketing com a busca da qualidade de produtos e
serviços.
10
CAPÍTULO I
A QUALIDADE NO ATENDIMENTO
Segundo GORDON (1998), Gestão de Relacionamento com Cliente – é o
processo contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes
individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de
parceria. Isso envolve a compreensão, a concentração e a administração de
uma contínua colaboração entre fornecedores e clientes selecionados para a
criação e o compartilhamento de valores por meio de interdependência e
alinhamento organizacional.
Na visão de CARDOSO e FILHO (2001), o marketing está dando uma
abordagem mais consistente e coerente de maneira a atuar mais efetivamente
junto ao cliente, ao contrário desse marketing convencional, que satisfazia os
clientes temporariamente. A qualidade no atendimento focaliza principalmente
a satisfação/relação com o cliente, permite descobrir suas expectativas e
necessidades individuais, atuando de maneira administrativa, e,
consequentemente, permite aperfeiçoar seus produtos e melhorar seus
serviços de maneira que possam atender aos clientes de forma personalizada,
fazendo assim crescer a lealdade e respeito do cliente junto à empresa. Esse
enfoque, que prioriza o relacionamento com o cliente, não só desvincula o
marketing de caracterização predatória, como também, possibilita que se alinhe
essa nova política do marketing com a busca pela qualidade de produtos e
serviços.
Nos dias de hoje a qualidade no atendimento é o grande diferencial e vem
como vantagem competitiva entre as Instituições Financeiras. Alguns dos
pontos da nova visão que a qualidade no atendimento procura ter nas
Instituições Financeiras:
11• Procura criar novo valor para os clientes e compartilhar esse valor entre o
serviço e o cliente.
• Reconhece o papel fundamental que os clientes individuais têm não apenas
como compradores, mas na definição do valor que desejam. Anteriormente
esse valor a partir daquilo que elas consideravam como um produto. Com
enfoque na qualidade do atendimento por parte das Instituições
Financeiras, o cliente ajuda a empresa a fornecer o pacote de benefícios
que ele valoriza. O valor é assim criado com os clientes não por eles.
• É um esforço contínuo e colaborativo entre o cliente e a Instituição
Financeira. Desse modo, funciona em tempo real.
• Reconhece o valor dos clientes por seu período de vida de consumo e não
como clientes ou organizações individuais que devem ser abordados a cada
ocasião de compra.
A maior preocupação para a Instituição Financeira que busca se diferenciar e
buscar vantagem competitiva pela qualidade do atendimento que presta aos
seus clientes, é sempre buscar entender o que o cliente quer e é dessa
maneira que ela consegue manter um relacionamento duradouro com sua
clientela já que o cliente sabe que tal empresa entende bem suas
necessidades.
Alguns fatores conhecidos provenientes do marketing e que merecem reflexão:
• Vender para um novo cliente custa seis vezes mais que vender para um
cliente antigo;
• Um cliente insatisfeito contará sua experiência para 8 a 10 pessoas;
• Uma empresa pode aumentar seu lucro em 85%, aumentando sua retenção
de clientes em apenas 5%;
• A probabilidade de vender um produto para um cliente novo é 15%, contra
50% de um cliente que já existia;
• 70% dos clientes que reclamam farão negócios com a empresa novamente,
se esta melhorar seus serviços.
12A busca pela qualidade no atendimento ao cliente faz com que as Instituições
Financeiras aperfeiçoem as seguintes etapas:
1.Recuperação de Clientes
Esse é o processo de convencer o cliente a ficar com a organização do ponto
onde está havendo uma descontinuidade, ou convencê-lo a voltar, quando ele
já deixou a Instituição Financeira. Na recuperação de clientes, o tempo é um
fator importante. BROWN(2001) afirma que pesquisas mostram que uma
campanha de recuperação tem quatro vezes mais chance de sucesso, se o
contato é feito na primeira semana após a deserção do cliente.
A seletividade é outra característica essencial para o sucesso de uma
campanha de recuperação. Empresas líderes freqüentemente filtram seus
prospects para contato, e excluem clientes problemáticos, que têm crédito ruim,
ou que são muito pouco freqüentes. A maioria das novas técnicas de seleção
está permitindo às organizações enxugar e adaptar suas listas de contato. No
entanto, alguns clientes têm realmente um comportamento atípico. Para
preservar os rendimentos e prevenir que o cliente se torne um tradicional
candidato à recuperação, algumas organizações estão agora incluindo
campanhas de recuperação para clientes pouco freqüentes ou que ficam
parcialmente desconectos.
A qualidade no atendimento também deve ficar atenta quando muitas vezes o
cliente que está fazendo poucos negócios ou está sendo problemático quanto
ao pagamento não porque é um mal cliente, mas sim porque pode estar
atravessando uma fase crítica que pode ter sido causada por diversos motivos.
É importante não apenas filtrar resultados e sim analisar cada um deles em
particular.
132.Busca de clientes em potencial
BROWN (2001) ainda afirma que três elementos mais críticos de uma
campanha para conquistar prospects, exceto a oferta, são: segmentação,
seletividade e origem. É essencial que se desenvolva um modelo efetivo de
segmentação baseado nas necessidades dos clientes que permita à Instituição
Financeira direcionar efetivamente a oferta. Sem essa abordagem direcionada,
a organização ou falha em atingir uma aceitação adequada, ou gasta
demasiadamente em promoções, propagandas, bem como na fixação do
preço.
A seletividade é tão importante para a obtenção de prospects quanto é para a
recuperação. A segmentação baseada nas necessidades define o que o cliente
quer da Instituição Financeira. E a segmentação baseada no lucro define quão
valioso é o cliente, e ajuda a organização a decidir quanto ela está disposta a
gastar para obter determinado cliente.
Avaliar e registrar a taxa de crédito dos consumidores é uma das técnicas
utilizadas para determinar a interação do cliente com a Instituição Financeira.
As organizações têm tradicionalmente experimentado taxas significativas de
ineficiência na conquista de prospects. Para traduzir tal situação, eles estão
seguindo o exemplo da indústria do varejo, que desenvolveu um algoritmo para
registro de créditos, que se aplicam aos consumidores prospectivos.
3.Conquistando a lealdade
BROWN (2001) continua afirmando que lealdade é a categoria mais difícil de
obter uma medida exata. As Instituições Financeiras tentam reter os clientes, e,
para isso, utilizam três elementos essenciais: segmentações baseadas nos
valores dos clientes, em suas necessidades, e modelos para prever atritos e
deslealdades. A segmentação baseada nos valores permite à Instituição
determinar quanto ela está disposta a investir na retenção da lealdade do
14cliente. É possível que a Instituição não invista nada nesses clientes, caso a
lucratividade não pareça ser significativa, o que encorajaria clientes pouco
freqüentes a deixar a Instituição.
Uma vez que o cliente foi baseado no valor, a Instituição pode usar a
segmentação baseada nas necessidades para oferecer um programa de
lealdade customizada. Programas de afinidade, como os pontos ganhos no uso
do cartão de crédito é um dos mais populares. Além desse, como meio de
encorajar a lealdade dos clientes, são oferecidos programas de faturamento
customizado, linhas especiais de ajuda e vantagens de acordo com créditos
acumulados. É importante notar que a maioria dessas ofertas á baseada no
nível de rendimento dos clientes, e então elas são trabalhadas em seus
segmentos. Entretanto, à medida que as organizações focalizam mais as
necessidades dos clientes, elas conseguem alcançar o mesmo nível de
lealdade, com um investidor menor.
O componente final de uma campanha de lealdade de sucesso é o
desenvolvimento de um modelo de previsão de deslealdade. Usando grande
quantidade de dados demográficos e históricos disponíveis na base de dados
do cliente, é possível prever atritos. As Instituições podem desenvolver
modelos que identificam clientes
vulneráveis, os quais podem então ser usados como alvo para campanhas de
lealdade, ou como oferta de produtos alternativos.
15
CAPÍTULO II
O ATENDIMENTO AO CLIENTE
2.1-Entendendo o Cliente
Para satisfazer aos clientes, é essencial saber o que é importante para eles e
se esforçar para, pelo menos, alcançar, senão superar, as expectativas. Tais
necessidades não estão relacionadas apenas ao produto ou serviço. Muitos
fatores, além do produto básico, determinam a satisfação. A comida de um
restaurante pode ser excelente, mas a experiência geral pode ser tão negativa
que o cliente nunca mais queira voltar lá (BARNES, 2002).
Ao adquirir um produto ou serviço, o cliente está renunciando a certas coisas. A
mais óbvia normalmente é o dinheiro gasto, mas existem muitas outras. Devem
ser levados em consideração o esforço e o tempo empregados no processo de
pesquisa, comparação de alternativas e concretização da compra. O que o
cliente recebe em troca também é algo extremamente complexo. É muito mais
simples pressupor que o cliente esteja interessado apenas, ou até mesmo
principalmente, no produto básico oferecido. É preciso levar em consideração
todos os diversos componentes da proposta de valor, porque determinadas
necessidades do cliente são abordadas por cada componente e os cliente têm
determinadas expectativas em relação a cada um deles.
Para LOVELOCK e WRIGHT (2002), clientes irritados ou insatisfeitos causam
problemas porque podem passar para uma outra Instituição e disseminar um
boca a boca negativo. A Instituição poderia argumentar que produtos e serviços
raramente são perfeitos e que é muito difícil agradar totalmente as pessoas.
Instiuições que assumem essa perspectiva podem estar chamando os
problemas, já que há muitas indicações de que a mera satisfação dos clientes
não basta. Clientes marginalmente satisfeitos ou indiferentes podem ser
16atraídos por concorrentes. Já um cliente “encantado” é mais propenso a
permanecer fiel a despeito de ofertas competitivas atraentes.
Na intenção de melhorar os níveis de satisfação do cliente, uma empresa tem
que inicialmente descobrir o quanto seus clientes atuais estão realmente
satisfeitos ou insatisfeitos.
De acordo com BARNES (2002) saber o que satisfaz cada cliente é uma tarefa
impossível, afinal, uma grande Instituição pode ter milhares ou até mesmo
milhões de clientes. As pessoas próximas aos seus clientes normalmente
sabem o que os satisfaz. E assim como são feitas modificações nos
produtos/serviços com a finalidade de atender às necessidades de diferentes
mercados-alvo, uma Instituição pode fazer alterações na prestação de serviço
e em diversas outras dimensões da interação com o cliente com intuito de
aumentar a satisfação. Os padrões se tornaram tão elevados em determinados
setores que os clientes esperam um produto/serviço básico que raramente – ou
nunca – apresente falhas. Eles hoje esperam um nível muito alto de qualidade
de todos os competidores. Coisas consideradas diferenciais muito valiosos à
oferta básica há poucos anos, hoje são equipamentos-padrão e algo que se
espera que todos ofereçam.
Ainda na visão de BARNES (2002), um ponto extremamente importante a ser
lembrado é que a satisfação do cliente é um conceito multidimensional que
depende de vários fatores diferentes. Uma Instituição pode cumprir a maioria
dos requisitos ao lidar com um cliente, errar apenas em aspecto da interação e
ainda perder esse cliente.
17“ Eis uma lição importante para funcionários e gerentes: a satisfação depende de se fazer literalmente tudo certo. Com isso a empresa minimiza a probabilidade do cliente querer mudar de fornecedor.” (BARNES, 2002, p. 74)
Pode-se concluir que é importante que os profissionais de marketing e aqueles
responsáveis pelo serviço de atendimento ao cliente tenham sólida
consideração pelas expectativas e necessidades do cliente. É através do
atendimento e superação das expectativas e da abordagem às necessidades
do cliente que uma Instituição gera a satisfação do cliente. Quando entram em
interação com as Instituições, os clientes têm expectativas em relação a vários
aspectos da interação e à troca que está realizando.
2.2 – O que é Satisfação do Cliente?
Segundo BARNES(2002), os clientes se envolvem em situações de compra
com determinadas expectativas. Eles têm idéia de como desejam se sentir
quando a interação estiver concluída e enquanto estiverem utilizando o produto
ou serviço. Eles têm expectativas tanto em relação à situação de compra
quanto ao desempenho e ao consumo do produto ou serviço. Para que o
cliente se sinta satisfeito, é necessário que ambos os tipos de expectativa
sejam alcançados
Para LOVELOCK e WRIGHT (2002), os clientes experimentam vários níveis de
satisfação ou descontentamento após cada experiência de serviço de acordo
com a medida na qual suas expectativas foram atendidas ou ultrapassadas.
Considerando que a satisfação é um estado emocional, suas reações pós-
compra podem envolver raiva, insatisfação, irritação, indiferença ou alegria.
Ainda para LOVELOCK e WRIGHT (2002), serviço desejado, serviço
adequado, serviço previsto e uma zona de tolerância que se estende entre os
níveis de serviço desejado e adequado são elementos que envolvem
18expectativas dos clientes. Pode-se dizer que serviço desejado é o tipo de
serviço que o cliente espera receber; serviço adequado é o mínimo de serviço
que um cliente aceitará sem ficar insatisfeito; serviço previsto é o grau de
qualidade do serviço que um cliente acredita que uma empresa de fato
entregará e zona de tolerância é o grau em que os clientes estão dispostos a
aceitar variações na entrega do serviço.
A satisfação do cliente desempenha um papel particularmente crítico em ramos
altamente competitivos, onde há uma enorme diferença entre a fidelidade de
clientes meramente satisfeitos e a de clientes completamente satisfeitos ou
“encantados”.
Alcançar o mais alto nível possível de satisfação do cliente é o objetivo da
excelência no atendimento ao cliente. Na realidade, grande atenção vem sendo
dada ultimamente ao conceito de satisfação total, a implicação, porém, é que o
fato de alcançar um nível de satisfação parcial não é suficiente para determinar
a fidelidade e a retenção do cliente. Quando satisfeitos com a maneira como
são tratados durante o processo de atendimento e com o desempenho do
produto ou serviço, os clientes têm muito mais tendência a voltar e recomendar
a Instituição e seus serviços a outros interessados nos mesmos. Além disso,
eles têm menos probabilidade de abandonar a Instituição para buscar os
serviços da concorrência. Com o tempo, a satisfação sustentada do cliente leva
a relacionamentos que aumentam a rentabilidade da Instituição a longo prazo.
Isso sugere que a realização gera prazer, que, por sua vez, gera satisfação.
Infelizmente, a noção de realização é tão subjetiva quanto a noção de
satisfação. O que satisfaz a um cliente pode não satisfazer a outro; aliás, o que
satisfaz a um cliente em determinada situação pode não satisfazer a esse
mesmo cliente em uma situação diferente (BARNES, 1998).
O importante a saber é que a satisfação do cliente não resulta de algo isolado.
A decisão de um cliente de ficar ou não é resultado de muitos pequenos
encontros com uma Instituição. A questão é reconhecer esse fator e conceber
19estratégias diferenciadoras de serviços para garantir que os procedimentos
normais sejam percebidos como extraordinários, ou seja, fazer com que um
produto ou serviço/atendimento comum seja lembrado pelo cliente como algo
que é acrescido de atributos em uma determinada Instituição.
2.3 – Fatores Determinantes da Satisfação do Cliente
Segundo BARNES(2002), a satisfação do cliente geralmente tem pouca ou
nenhuma relação com o produto ou o preço. O movimento da qualidade
iniciado no setor de produção e mais recentemente nos setores de serviço
tendia a abordar a questão da qualidade. Hoje, os clientes têm muito mais
probabilidade de desfrutar níveis aceitáveis, ou mesmo superiores, de
qualidade em produtos e serviços básicos do que no passado.
Consequentemente, ganhar uma vantagem competitiva através de melhorias
efetuadas em produtos básicos é uma estratégia com muito menor
probabilidade de sucesso do que há 20 anos.
Ainda de acordo com BARNES(2002), pode-se considerar os fatores que
contribuem para o grau de satisfação de um cliente com a prestação de serviço
ou com suas relações com uma Instituição em cinco níveis. Cada nível em
geral envolve progressivamente maior nível de contato interpessoal com os
funcionários do prestador de serviço e, consequentemente, maior dimensão
afetiva ou de “sentimentos” para a interação com a empresa prestadora de
serviço. Assim sendo, os fatores que influenciam a satisfação do cliente em
cada nível são diferentes. Esses níveis são: produto ou serviço básico,
serviços e sistemas de suporte, desempenho técnico, elementos da interação
com o cliente e elementos emocionais.
Nível 1 – Produto ou Serviço Básico
É a essência da oferta. Representa o produto ou serviço básico oferecido pela
empresa, seja o vôo, no caso da empresa aérea ou o livro vendido na livraria.
20Trata-se do que de mais básico é oferecido ao cliente e que menos
oportunidade de diferenciação ou agregação de valor oferece ao prestador de
serviço. Em um mercado competitivo, a Instituição deve cumprir a promessa
básica; caso contrário, o relacionamento com o cliente jamais se iniciará, já que
o relacionamento com o cliente é concretizado através de um diferencial para o
serviço básico, mas se nem o serviço básico a Instituição tem condições de
oferecer, então está fora da concorrência nesse mercado.
Nível 2 – Serviços e Sistemas de Suporte
Nessa categoria estão incluídos os serviços periféricos e de suporte que
melhoram a oferta do produto ou serviço básico; sistemas de entrega e
faturamento, disponibilidade e acesso, horários de serviço, níveis de pessoal,
comunicação das informações, sistemas de estoque, reparos e assistência
técnica, linhas de auxílio e outros programas de apoio à essência. A
mensagem principal nesse caso, segundo BARNES(2002), é de que o cliente
pode ficar insatisfeito com um prestador de serviços embora recebendo um
excelente serviço básico. Um cliente, por exemplo, pode deixar de comprar
exatamente o carro que deseja se o prazo de entrega for de oito semanas ou
mudar de banco por causa das enormes filas e sem um serviço adequado de
atendimento.
Nível 3 – Desempenho Técnico
Esse terceiro nível trata essencialmente do cumprimento das promessas do
prestador de serviço em relação ao produto básico e aos serviços de suporte. A
ênfase está em agir conforme prometido ao cliente. Pode ser que não haja
nada errado com o produto básico. A empresa pode até dispor de
procedimentos e sistemas de entrega do produto básico, e ainda assim, não
cumprir o que foi prometido; os processos e sistemas são falhos. A insatisfação
e a frustração do cliente resultarão de uma falha no atendimento de sua
expectativas de que as coisas transcorrerão sem transtornos e conforme o
21prometido. Como por exemplo: falha no cumprimento do prazo para a entrega
de talões na residência do cliente.
Nível 4 – Elementos da Interação com o Cliente
Neste nível aborda-se a maneira como o prestador de serviço interage com
seus clientes, seja através de encontro face a face ou de contato que utilize
recursos de tecnologia. O conhecimento deste nível de satisfação do cliente
indica que uma Instituição pensou além da oferta do produto e serviços básicos
e tem por objetivo a prestação do serviço no momento em que a Instituição
conhece o cliente. Tradicionalmente, focaliza-se esse nível na interação
interpessoal entre os clientes e os funcionários da Instituição, seja
pessoalmente ou por telefone.
Nível 5 – Elementos Emocionais – As Dimensões Afetivas do Serviço
Segundo BARNES (2002), os gerentes de serviço não devem se limitar a
pensar apenas nos elementos básicos da interação com seus clientes; eles
devem levar em consideração as mensagens sutis que as Instituições
transmitem a seus clientes, mensagens capazes de gerar sentimentos positivos
ou negativos em relação à Instituição. Muitas são as provas resultantes de
pesquisa realizadas com clientes de que uma parte considerável da
insatisfação do cliente não tem nenhuma relação com a qualidade do produto
ou serviço básico ao cliente. Na realidade, o cliente pode estar até satisfeito
com a maioria dos aspectos de sua interação com o prestador de serviço e
seus funcionários, mas a Instituição pode perder esse cliente por causa de
algum comentário tecido por um funcionário ou de algum pequeno contratempo
sem, ao menos, ser notado pelos funcionários. Muitos atendimentos deixam o
cliente com sentimentos negativos em relação à Instituição. Alguns,
provavelmente em menor número, causam uma impressão muito boa ao
cliente. É de se compreender que muitos dos fatores que despertam
sentimentos positivos e negativos estejam distantes da oferta do produto ou
22serviço básico e possam, por isso, escapar à atenção dos gerentes seniores de
marketing e serviço de atendimento ao cliente, dão pouca atenção ao potencial
de melhores ou piores relacionamentos com os clientes.
Assim, esses cinco níveis trabalham com a preocupação de manter o cliente
encantado com o relacionamento da Instituição. Todo o processo de venda do
produto ou serviço tem que ser muito bem monitorado para que o cliente tenha
uma imagem positiva da Instituição não somente pelo produto ou serviço
adquiridos, mas sim pela maneira como foi realizado todo o processo de
atendimento.
2.4 – A Qualidade dos Clientes
Na visão de BARNES (2002), nem todo cliente representa valor para uma
Instituição. Na realidade, as Instituições atendem uma ampla gama de clientes,
desde aqueles que geram muito pouca receita até aqueles que rendem muito.
Mas muitas Instituições não têm a menor idéia de quem são seus clientes ou
de quanto eles valem para elas. A sabedoria que prevalece hoje no mundo dos
negócios é de que deve ser dada maior atenção à satisfação dos clientes mais
valiosos. Se quiser proteger os relacionamentos com os clientes, deve-se
começar protegendo aqueles que oferecem maior valor potencial. Mas muitas
Instituições não sabem por onde começar quando se trata de avaliação do
valor do cliente, daí a razão de algumas Instituições estarem despendendo
tempo e dinheiro para definir os clientes que custam mais do que valem.
Segundo CARDOSO e FILHO(2001), uma das medidas de sucesso mais
difundidas entre as empresas é a avaliação da fatia ou participação no
mercado. É comum o acompanhamento das vendas, com base no número de
unidades comercializadas e na quantia arrecadada. Entretanto, tal medida
pode levar a resultados falsos, caso venha a ser aplicada nos negócios,
atualmente. Centrar as atenções sobre a fatia de mercado da Instituição pode
refletir uma preocupação exagerada com as receitas de vendas. O enfoque
23maior deve ser na geração de lucros e não nas vendas geradas. A medida do
sucesso baseada na participação de mercado ainda apresentaria mais uma
desvantagem, uma vez que reflete o desempenho passado. A maioria dos
executivos considera o futuro mais relevante que o passado. A compreensão
do crescimento futuro da Instituição só se faz possível por meio de cuidadosa
observação do conteúdo de sua fatia de mercado. É necessário saber qual é a
qualidade apresentada pela participação de mercado da Instituição, o que
envolve conhecer o número de clientes “bons” e “ruins”.
Ainda segundo CARDOSO e FILHO (2001), podem ser considerados “bons”
clientes os que, com suas decisões de compra, provocam impacto positivo
sobre o futuro valor de mercado da Instituição. As principais características a
serem avaliadas para a definição da qualidade dos clientes seriam então: ritmo
de crescimento de suas compras, lucro médio gerado por suas compras,
fidelidade, período interrupto durante o qual têm-se mantido como clientes, seu
poder de influência sobre outros clientes e assiduidade nos pagamentos. A
fatia de mercado de boa qualidade caracteriza-se pela presença de grande
número de clientes antigos, com contas lucrativas, compras em crescimento
acelerado, e capacidade de influenciar outros clientes. Por outro lado, a fatia de
mercado de má qualidade apresenta o predomínio de clientes com expansão
mais lenta ou, até mesmo, redução nos negócios e compras e que, ainda, não
se apresentam como pessoas influentes em seu meio.
Para correta análise de crescimento das contas da Instituição, deve-se avaliar
não o número total de clientes, mas apenas a fatia relativa dos clientes em
crescimento. O atual líder do mercado só manterá sua liderança no futuro caso
seja, mais que líder na quantidade de clientes, um líder na qualidade da fatia
de mercado. A participação ou tamanho da fatia de mercado reflete o passado,
enquanto a qualidade da fatia de mercado é uma “janela para o
futuro”(CARDOSO e FILHO, 2001).
24Segundo BARNES (2002), é fácil estimar o valor futuro do cliente. Algumas
Instituições relutam em gastar dinheiro para atrair novos clientes que poderão
se transformar em clientes valiosos em algum momento no futuro. Mas uma
abordagem de relacionamento às transações comerciais é muito orientada para
esse raciocínio. Esse é uma área na qual as Instituições que tratam tais
dispêndios como investimento podem se distinguir daqueles que os vêem como
despesas.
Utilizar como referencial volumes de vendas passadas e atuais, ou mesmo
projeções futuras de receita, não é o suficiente para estimar o verdadeiro valor
do cliente.
É necessário fazer uma análise mais abrangente estudando cada caso e
consequentemente avaliando a importância de determinado cliente para a
Instituição diferenciando os que merecem uma maior atenção dispensada dos
que não têm tanta ou nenhuma relevância.
25
CAPÍTULO III
A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E A FIDELIZAÇÃO
NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
3.1-Fidelidade do Cliente
Segundo LOVELOCK e WRIGHT (2002), o conceito de fidelidade tem sido
usado para descrever a vontade de um cliente de continuar prestigiando uma
Instituição durante um período prolongado de tempo, comprando e utilizando
seus bens e serviços em uma base repetida e preferivelmente exclusiva, e
recomendando voluntariamente os produtos/serviços da Instituição a amigos e
colegas. E portanto é justamente isso que um cliente fiel pode representar para
uma Instituição: uma fonte constante de renda durante muitos anos. Mas essa
fidelidade só permanecerá enquanto o cliente estiver certo que está recebendo
valor melhor (inclusive qualidade superior em relação ao preço) do que
conseguiria com outra Instituição.
De acordo com STONE (2001), gerenciar a lealdade do cliente é um
componente fundamental da avaliação da Qualidade no Atendimento. Em
muitas Instituições, a pergunta: “O que podemos fazer para aumentar a
lealdade do cliente?” é questão recorrente nas reuniões de conselho. O que é
realmente importante é que os parâmetros para o relacionamento cliente-
Instituição estejam planejados e implementados de maneira correta. Para reter
um cliente a Instituição deve fazer com que o cliente:
• Compre seus serviços na Instituição;
• Compre mais na Instituição;
• Compre exclusivamente na Instituição;
• Não compre de outras Instituições.
26Já na visão de BARNES (2002), o tempo que um cliente é de uma Instituição é
apenas um dos indicadores da fidelidade. Afinal, a fidelidade está intimamente
relacionada ao conceito de relacionamento. A fidelidade não emana de nenhum
vínculo artificial que dificulte uma das partes a romper o relacionamento. A
base da fidelidade está na satisfação sustentada do cliente; é uma relação de
atitude e emoção, não apenas uma relação de natureza comportamental.
Para aumentar a fidelidade, deve-se elevar o nível de satisfação do cliente e
sustentar esse nível ao longo do tempo. Para aumentar a satisfação, é preciso
agregar valor ao que é oferecido ao cliente. A agregação de valor proporciona
aos clientes a sensação de estar recebendo mais do que compraram ou até
mesmo esperavam.
Agregar valor pode ser tão simples quanto melhorar o serviço oferecendo
conveniência e acesso. Pode concluir também o treinamento de funcionários
de modo a capacitá-los a melhor responder às perguntas dos clientes e
recomendar produtos e serviços que os satisfaçam. Aumentando o valor que o
cliente percebe em cada interação com a empresa (mesmo que essa interação
não termine em venda), tem-se mais probabilidade de elevar os níveis de
satisfação, gerando maiores taxas de retenção de clientes. Quando retidos por
estarem satisfeitos com o valor e os serviços recebidos, os clientes tendem a
se tornar clientes fiéis. A fidelidade leva à repetição de compras, às referências
e a uma maior fatia da carteira.
3.2 – Preservando o Relacionamento com os Clientes
Segundo BARNES (2002), nos primeiros anos do século XXI, os profissionais
de marketing devem aceitar o princípio de que os clientes são ativos
duradouros de uma Instituição. É necessário investir nesses clientes e gerir
esse investimento de modo a garantir repetidas transações com eles. Fazer
com que clientes voltem repetidas vezes é um desafio para as Instituições que
operam em um ambiente competitivo. Os consumidores exercem sua liberdade
de “trabalhar” com quem bem entendem. Em uma época em que muitos
27produtos e serviços podem ser facilmente copiados pelos concorrentes, as
Instituições precisam encontrar formas de se diferenciar da concorrência para
que os clientes continuem a lhes dar preferência.
A rotatividade de clientes é dispendiosa por causa dos custos associados ao
trabalho realizado para atrair novos clientes e o tempo que os funcionários
gastam organizando novas contas e novos arquivos para clientes captados,
bem como para conhecer esses novos clientes. Custa caro também quando os
clientes insatisfeitos deixam de trabalhar com a empresa e saem alardeando o
fato para seus amigos e familiares.
Quando uma relação pessoal não anda bem, as pessoas não a terminam sem
antes questionar o desentendimento, e isso leva tempo para trabalhar o
problema. O resultado é um rico relacionamento. As empresas provam seus
comportamentos diariamente, gastando tempo para ouvir as preocupações dos
clientes e aperfeiçoando o foco dos serviços.
Segundo CARDOSO e FILHO(2001), os relacionamentos não são fáceis. Eles
demandam muito trabalho, mas a recompensa geralmente vale o esforço. Da
mesma forma que o comportamento pessoal necessita de compreensão e
paciência, o relacionamento de negócios também necessita. O cliente requer
completo entendimento de suas necessidades e determinação para
permanecer com o relacionamento.
A Instituição deve identificar, recrutar e selecionar os melhores clientes,
buscando relacionamentos para a vida toda. Deve-se estabelecer uma política
de recompensa para os clientes mais importantes, ou mais antigos. A
Instituição deve saber mensurar, mediante métodos eficientes, a retenção e a
deserção de clientes, distribuindo os resultados por meio da Instituição
(CARDOSO e FILHO, 2001).
28O crescimento dos negócios das Instituições está relacionado com a obtenção
e retenção de clientes. As Instituições que operam no ambiente competitivo
estão direcionando seus focos, cada vez mais, para a retenção de clientes.
Isso tende a se tornar comum para as companhias – à medida que os custos
tornam-se mais baixos e que se aumenta o leque de escolha para os clientes.
Ainda para CARDOSO e FILHO (2001), muitas Instituições já progrediram
muito nos últimos anos ao perceber o considerável sentido econômico de se
fazer com que os clientes voltem sempre – de se ter retenção do cliente como
objetivo. Isso exige que a direção e os funcionários dessas Instituições
reconheçam que o fechamento de uma venda não é o objetivo maior da
interação com o cliente. Isso faz pouco sentido para um indivíduo que acredite
que vender seja tudo.
Então, o que faz o cliente voltar? Se o cliente perceber que o produto e o preço
são praticamente os mesmos em toda parte, qual será o fator de
diferenciação? O cliente retorna àquela empresa em que ele se sente bem, na
qual ele é bem tratado, no atendimento que é restado a ele.
3.3 – Relacionamentos que Merecem Ser Mantidos
De acordo com BARNES(2002), quando um relacionamento começa a
enfraquecer, o primeiro instinto da Instituição pode ser o de tentar recuperar a
preferência do cliente e reconstruir o relacionamento. Isso faz perfeito sentido
quando vale a pena lutar pelo relacionamento. Existem, no entanto, clientes
que uma Instituição possa não querer reter. As Instituições devem analisar
cuidadosamente o valor do relacionamento, tanto no presente quanto no futuro,
e determinar a hipótese de ser preferível deixá-lo decair ou até mesmo
desaparecer.
Os relacionamentos que tem-se interesse em recuperar são aqueles que
sempre foram considerados consistentes e próximos, mas que, por alguma
29razão, tenham começado a se desintegrar. Podem ser relacionamentos com
clientes valiosos não apenas por causa dos valores que se tem na conta
bancária, mas por causa das referências que dão da Instituição, ou por
elevarem a moral dos funcionários através de interações e feedback, ou ainda
por melhorarem a imagem da Instituição por causa de suas atividades e de seu
papel na comunidade.
Pode ser que não valha a pena salvar um relacionamento por várias razões,
sendo que a mais óbvia é a sua inviabilidade econômica. Quando o custo do
atendimento ao cliente é maior que o volume de negócios que ele gera para a
Instituição, talvez seja melhor deixar que o relacionamento morra, a menos que
o cliente possa ser incentivado a gastar mais no futuro. Isso, presumindo-se
que as razões mais subjetivas para a retenção do cliente não sejam
consideradas suficientes para que valha a pena investir na recuperação do
relacionamento.
3.4 – A Recompensa de um Relacionamento Sólido com o
Cliente
Para BARNES(2002), quando uma Instituição assume o compromisso de reter
seus clientes oferecendo-lhes um atendimento de qualidade superior e o
incentivo de um relacionamento genuíno com o cliente, ela incorre nos custos
associados à captação, retenção e ao treinamento de funcionários, bem como
nos custos relativos ao fornecimento dos elementos da oferta total valorizados
pelo cliente. Uma decisão de comprometer tempo e recursos dessa ordem é
uma decisão de investimento tanto quanto a aquisição de imóveis e
equipamentos. Consequentemente, a empresa quer contabilizar um retorno
sobre investimento na formação de relacionamentos com clientes.
A recompensa pelo desenvolvimento de relacionamentos sólidos com os
clientes pode ser vista de várias formas. Uma delas é a retenção do cliente. O
cliente passa a ser um fluxo de ganhos, e não uma transação. A Instituição que
30investe na satisfação de seus clientes contabiliza lucros através dos
conseqüentes relacionamentos de longo prazo. O cliente é uma fonte de
repetidas transações cujo atendimento se torna mais fácil com o passar do
tempo, uma vez que os funcionários reconhecem as necessidades e os
desejos dos clientes e têm mais condições de satisfazê-los.
Os clientes que formam sólidos relacionamentos com uma empresa tendem a
dar referências sobre ela. Essa é uma valiosa fonte de assessoria levada mais
a sério por clientes potenciais, dado que as informações provêm de uma fonte
confiável, como familiares e amigos.
É importante perceber que, quando um cliente escolhe um produto ou serviço,
o potencial de recompensa futura provém não apenas da carteira do cliente,
mas também das carteiras e bolsas de seus familiares, amigos e colegas. A
formação de um relacionamento iniciado hoje, representa vários fluxos de
ganhos futuros. Com o tempo as pessoas aumentam o valor de seus gastos se
tiverem um sólido relacionamento com a empresa. O aumento da fatia de
carteira é uma importante fonte de receita para uma Instituição, visto que os
novos negócios gerados são uma extensão dos negócios já existentes e nada
custam para ser angariados (BARNES, 2002).
31
(BARNES, 2002, p. 25)
Vários elementos do relacionamento contribuem para um aumento de
rentabilidade. Primeiro, os clientes que permanecem com uma conta na
Instituição por tempo prolongado tendem a aumentar a parcela de gastos
gerais oferecida a essa Instituição dentro de sua categoria. Os clientes que
continuam com a Instituição estão satisfeitos e consideram estar recebendo
valor. Consequentemente, eles tendem a aumentar seus gastos à medida que
recebem regularmente um bom serviço e desfrutam níveis de satisfação
extremamente elevados. Além disso, os clientes que continuam a utilizar os
serviços da Instituição pelo fato de receberem um serviço de qualidade superior
e se sentirem satisfeitos são menos sensíveis ao preço do que aqueles que
fazem pesquisas de mercado. O resultado é que uma Instituição que cumpre
suas promessas e satisfaz a seus clientes pode decidir não cobrar preços mais
altos do que a concorrência; entretanto, haverá menos necessidade de vendas
Valor para o cliente
Satisfação do cliente
Relacionamento com o cliente
Valor para o acionista
33
CAPÍTULO IV
O ATENDIMENTO AO CLIENTE NAS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
Qualidade no atendimento ao cliente é antes de tudo, respeito a ele, pois o
mesmo precisa se sentir alguém importante para o seu Banco, alguém que é
bem recebido, tem um excelente atendimento e tem todas as suas dúvidas
desfeitas quando pede explicações.
Partindo desse princípio, temos:
- Clientes menos estressados, não pressionam e deixam o relacionamento
banco e cliente sem atritos;
- Clientes satisfeitos, não têm queixas e problemas, e com isso não demandam
muito tempo e não “contaminam” a fila;
- Clientes que estão satisfeitos com a sua Instituição faz propaganda gratuita;
- Clientes satisfeitos faz com que a Instituição procure manter o nível de serviço
prestado;
Dentro da visão acima devemos seguir alguns passos importantes para obter
sucesso junto aos clientes:
1º - Total comprometimento de toas as áreas da Instituição, todos devem ter a
mesma linha de pensamento, tanto a área comercial como a área operacional.
2º - Aprenda a conhecer sua carteira de clientes, compreender, orientar o
cliente financeiramente, saber a hora de vender um produto e quando não é o
momento.
343º - Criar padrões de qualidade de desempenho de serviço. Quando os
padrões são estabelecidos pode assegurar-se o auto desempenho de seus
funcionários.
4º - Fique perto de sua carteira de cliente, fidelize-os. Ligue no seu aniversário,
mantenha sempre o contato sem ser inconveniente, procure sempre ouvi-lo.
5º - Trabalhe no sentido de melhoria contínua; mesmo com uma equipe
treinada, deve-se lembrar constantemente do bom atendimento.
4.1 Sistema de atendimento a solicitações e reclamações de
clientes.
É o modelo de gerenciamento do atendimento que envolve , de forma
integrada, todos os funcionários e áreas do Banco, visando a plena satisfação
do cliente em suas reclamações e solicitações e a efetiva evolução da
qualidade de processos, serviços e comunicação da organização.
4.1.1 Importância
A proteção dos direitos do consumidor é de relevante importância no mundo
moderno. Traz como implicação direta à necessidade sistêmica de as
empresas saberem lidar com clientes cada vez mais exigentes e instruídos,
com acesso a uma imensa diversidade de produtos e serviços similares,
dispostos a exercer seu direito de escolha e a reclamar em caso de atritos no
relacionamento.
A busca da melhoria contínua no atendimento e na prestação de serviços , a
postura de transparência no relacionamento e de respeito aos direitos dos
clientes são firmes compromissos, que devem estar refletidos na atitude diária
de toda as equipes do Banco.
35A eficácia do modelo de atendimento às solicitações e reclamações deve ser
assegurada pelo envolvimento e comprometimento de toso os funcionários de
agências, áreas comerciais e operacionais. Especializadas áreas técnicas e
administrativas do Banco na rápida, eficaz e definitiva solução dos problemas
apontados pelos clientes.
O objetivo é garantir que as manifestações dos clientes, além de serem
efetivamente resolvidas, sirvam de indicativos de melhorias para:
- o fortalecimento da fidelização do cliente e o estreitamento do seu
relacionamento com o Banco;
- o contínuo aprimoramento de produtos, serviços, processos e comunicação,
por meio das avaliações críticas e sistêmicas feitas pelos clientes e o seu
redirecionamento com vista a sua satisfação;
- a consolidação positiva da imagem do Banco como instituição comprometida
coma transparência no relacionamento e com respeito aos direitos do seus
clientes;
4.1.2 Respeito aos direitos dos clientes
O relacionamento entre o Banco e seus clientes tem como base primordial os
valores da cultura ética, transparência respeito e confiança que vão sendo
demonstrados ao longo do tempo. Ele é também regulado pelas Resoluções
2878 e 2892 do Conselho Monetário Nacional, pelo Bacen – Banco Central e
por leis federais, dentre as quais os Código de Defesa do Consumidor:
- Informação clara e precisa sobre os produtos e serviços disponíveis;
- Atendimento pessoal educado, cortês, atencioso, eficiente e sensível às
necessidades dos clientes; tratamento igualitário, sem discriminação de
36qualquer espécie, inclusive, entre clientes e os não clientes, em todos os
canais de atendimento ao público;
- Atendimento prioritário a deficientes físicos, ou a pessoas com mobilidade
reduzida, temporária ou definitiva, a gestantes idosos a partir de 65 anos,
lactantes e pessoas com crianças de colo nas áreas de caixa, auto-
atendimento e gerência de todas as agências, que devem ser orientadas a se
dirigirem ao primeiro funcionário ou caixa eletrônico disponível;
- Explicações claras quanto à eventual impossibilidade de atendimento a
quaisquer solicitações que não sejam compatíveis com as regras e a boa
prática bancária;
- Sigilo, privacidade e segurança de quaisquer operações bancárias, bem como
de seus dados cadastrais e de movimentação de conta corrente;
- Acesso a informações que possam ser fornecidas sobre as origens de
restrições cadastrais e apoio na sua solução, guardados os cuidados em
relação ao sigilo bancário e ao programa de prevenção à fraude;
4.1.3 Abrangência
O modelo de atendimento às solicitações e às reclamações dos clientes
abrange todos os serviços de assistência e atendimento do Itaú, envolvendo
toas as suas respectivas controladas e seus funcionários.
4.1.4 Atendimento na agência
É na agência, no relacionamento direto das equipes com os clientes e usuários,
que se estabelece o principal canal de atendimento para solucionar os
problemas.
37Todos os funcionários da agência estão mobilizados para atender os clientes
em seus problemas, dando tratamento atencioso e rápido. Caso não seja
possível solucionar os problemas no ato do atendimento, a agência deve
buscar a solução com as áreas gestoras do produto/serviço.
4.1.5 Tratamento das reclamações
O tratamento das reclamações envolve uma situação especial de atendimento
ao configurar a insatisfação do cliente. A reclamação deve ser vista como uma
oportunidade para corrigir eventuais falhas cometidas e se tratada com
habilidade, interesse e rapidez sinaliza eficiência, sensibiliza o cliente e
demonstra o quanto ele é importante para o Banco.
A eficiência no tratamento das reclamações também evita que elas sejam levas
a órgãos de defesa do consumidor, áreas do Bacen de atendimento e de
fiscalização ou à imprensa, o que pode comprometer a boa imagem do Banco.
Na correção dos problemas deve ser avaliada a implementação de todas as
medidas necessárias para evitar sua repetição.
4.2 O atendimento telefônico
O atendimento telefônico é a porta de entrada do Banco para um grande
número de clientes e muitos deles procuram resolver suas pendências e
problemas desta forma. Sabemos que o grande número de chamadas somado
ao intenso movimento das agências, faz com que o atendimento telefônico seja
prejudicado em alguns momentos. Pensando na qualidade do atendimento ao
cliente que o Itaú criou uma Central Telefônica que conta com gerentes,
assistentes e atendentes, ou seja, a mesma estrutura que tem nas agências,
tem a central. O cliente é atendido prontamente, sem esperar pelo atendimento
na agência. Mesmo assim, é fundamental que todos estejam cientes da sua
importância e atentos a algumas recomendações que podem ajudar a melhora-
lo:
38
Atenda ao primeiro toque: o telefone deve ser atendido rapidamente, se
possível ao primeiro toque mas sem afobação. Evite deixar que o aparelho
toque mais de três vezes. O atendimento rápido projeta uma imagem de
eficiência e profissionalismo. O cliente que está na fila observa também o
atendimento telefônico, a importância ou não que o funcionário dá para as
ligações. Seja objetivo e formal, evitando diminutivos e gírias. Não use
códigos, siglas ou termos que o cliente desconheça. Todas as vezes que for
se ausentar, peça que um colega fique responsável por atender o telefone.
Identifique-se claramente;
Tenha uma atitude cordial e prestativa;
Ouça ativamente;
Não permita ruídos na ligação;
Tenha uma comunicação eficiente;
Deixe a linha disponível;
Na finalização da ligação procure encerrar estando ciente que o cliente está
bem orientado;
4.3 A estratégia do Banco Itaú
Tendo a consciência que os produtos bancários são praticamente iguais, os
serviços iguais entre as Instituições Financeiras, o Banco Itaú busca na
qualidade e excelência no seu atendimento a forma como diferenciar do
mercado e buscar vantagem competitiva. Com a competição acirrada entre os
bancos e clientes cada vez mais seletivos, o Itaú busca ns conquista de
clientes e sua manutenção manter a performance que adquiriu há anos e
mantém até hoje para ser sempre o “Banco feito para você”.
A qualidade no atendimento tornou-se mais importante ainda para o banco que
foi lançado esse ano o Show de Atendimento, em que não só a agência como
um todo, mas principalmente o atendimentos prestado pelo funcionário recebe
39constantemente notas pelos clientes nos caixas eletrônicos. Nota essa que
pode decidir uma competição entre agências, entre regiões.
Seguindo nessa linha de qualidade no atendimento, todos os meses o Itaú tem
exemplos de pessoas que, seguindo as normas do Banco, vão além, fazem
mais, se destacam na busca de soluções para os problemas de nossos
clientes. E é preciso que todos nós saibamos desses casos, que eles sejam
usados como parâmetro, modelo, bom exemplo ou, em outras palavras, sejam
nossas estrelas guiando o Banco.
- O que o Atendimento Estrela?
É a superação na busca de soluções para o problema do cliente. Requer
iniciativa, bom senso, e vontade efetiva de ajudar ao cliente. Lança mão de
alternativas que fogem à rotina. Baseia-se na ética, na transparência, e na
interpretação sensata das normas existentes. Exige que nos coloquemos no
lugar de nosso cliente e entendamos a sua posição. Muitas vezes aponta para
melhorias de processos internos que evitarão a recorrência de um mesmo
problema. Enfim, é fator fundamental para que continuemos a merecer a
confiança de nossos clientes.
Com o programa Atendimento Estrela e o empenho de todos, sua agência
também pode ser uma Agência Estrela. O lema é: Encante o seu cliente e
transforme o bom atendimento numa grande oportunidade para todos. O
reconhecimento pelo melhor atendimentos, o atendimento diferencial é feito
através de premiações, que visam estimular cada dia mais o funcionário.
- O cliente ganha com o seu bom atendimento e você também, como
funcionário.
A qualidade no atendimento é um valor do Banco e baseia-se na ética,
transparência, respeito e cortesia. Mas, para manter uma relação duradoura
40com os nossos clientes, é preciso ir além. É necessário que mostremos, na
prática, que somos capazes de prevenir problemas, evitando que surjam, ou de
efetivamente resolvê-los e atender de forma surpreendente às reclamações
que nos são apresentadas. Com vontade real de ajudar. Usando o bom senso
e capacidade de encontrar soluções que resolvam o problema do cliente e
ambas as partes fiquem satisfeitas.
41
CONCLUSÃO
A qualidade deixou de ser diferencial e passou a ser fundamental para a
sobrevivência das Instituições Financeiras, o Banco precisa estar alinhado com
o conceito de respeito ao cliente para obter vantagem competitiva.
Através de um atendimento eficaz e diferencial o cliente consegue estabelecer
seus parâmetros de qualidade e escolher a sua Instituição Financeira, onde vai
manter seus recursos, onde vai manter a sua conta. Num mercado tão similar,
onde os produtos só mudam de nome de Instituição para outra, o que vai
diferencial será o atendimento prestado nas Instituições.
O marketing tradicional começa a perder força para o marketing direcionado,
focado no atendimento. O objetivo é, portanto, oferecer produtos e serviços
adequados ao perfil do cliente e estabelecer as condições para um
relacionamento mais duradouro. Todos os funcionários devem ter o mesmo
pensamento, todas as áreas como mesmo objetivo: qualidade no atendimento.
Esse é o grande diferencial, esse é o futuro.
42
BIBLIOGRAFIA
BROWN, Stanley A. CRM – Customer Relationship Management. Tradução
Juliana Machado Gorga. São Paulo: Makron Books, 2001. 327p.
CARDOSO, Mário Sérgio, FILHO, Cid Gonçalves. CRM em ambientes e-
business: como se relacionar com clientes aplicando novos recursos da Web.
São Paulo: Atlas, 2001. 155p.
GORDON, Ian. Marketing de Relacionamento – Estratégias, Técnicas e
Tecnologias para Conquistar Clientes e Mantê-los para Sempre. Trad. Mário
Pinheiro. São Paulo: Futura, 1998. 344p.
LOVELOCK, Christopher, WRIGHT, Lauren. Serviços: Marketing e Gestão.
Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2002. 416p.
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um
desempenho superior. Trad. Elizabeth Maria de Pinho Braga. Rio de Janeiro:
Campus, 1989. 494p.
STONE, Merlin, WOODCOCK, Neil, MACHTYNGER, Liz. CRM – Marketing de
Relacionamento com os Clientes. Trad. Ana Beatriz Rodrigues. São Paulo:
Futura, 2001. 270p.
43TACHIZAWA, Takeshy, REZENDE, Wilson. Estratégia Empresarial: tendências
e desafios – um enfoque na realidade brasileira. São Paulo: Makron Books,
2000. 189p.
REIS, Luis Felipe Sousa Dias. Gestão da excelência na atividade bancária. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 1998.
44
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS.........................................................................................03
DEDICATÓRIA..................................................................................................04
RESUMO...........................................................................................................05
METODOLOGIA................................................................................................06
SUMÁRIO..........................................................................................................07
INTRODUÇÃO...................................................................................................08
CAPÍTULO I. A QUALIDADE NO ATENDIMENTO...........................................10
CAPÍTULO II. O ATENDIMENTO AO CLIENTE................................................15
2.1 Entendendo o cliente.........................................................................15
2.2 O que é satisfação do cliente?..........................................................17
2.3 Fatores determinantes da satisfação do cliente................................19
2.1 A qualidade dos clientes...................................................................22
CAPÍTULO III. A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E A FIDELIZAÇÃO NAS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.........................................................................25
3.1 Fidelidade do cliente.........................................................................25
3.2 Preservando o relacionamento com os clientes................................26
3.3 Relacionamentos que merecem ser mantidos..................................28
3.4 A recompensa de um relacionamento sólido com o cliente..............29
CAPÍTULO IV. O ATENDIMENTO AO CLIENTE NAS INTITUIÇÕES
FINANCEIRAS...................................................................................................33
4.1 Sistema de atendimento a solicitações e reclamações de clientes.......34
4.1.1 Importância.....................................................................................35
4.1.2 Respeito ao direito dos clientes.....................................................35
4.1.3 Abrangência...................................................................................36
4.1.4 Atendimento na agência.................................................................36
4.1.5 Tratamento das reclamações.........................................................37
4.2 O atendimento telefônico.......................................................................37
4.3 A estratégia do Banco Itaú.....................................................................38
CONCLUSÃO....................................................................................................41
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................42