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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDO DE CASOS Por: Carlos José da Costa Kind Orientador M.Sc Celso Sanchez Pereira Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE

ESTUDO DE CASOS

Por: Carlos José da Costa Kind

Orientador

M.Sc Celso Sanchez Pereira

Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE

ESTUDO DE CASOS

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso

de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Planejamento e

Educação Ambiental. São os objetivos da monografia fazer

um levantamento da situação atual dos núcleos de

Produção Mais Limpa existentes no Brasil, levando-se em

conta a minimização ou não geração de resíduos, a

sensibilização relativa a educação ambiental além de

Estudos de Casos de empresas que implementaram a

técnica de produção mais limpa.

Por: Carlos José da Costa. Kind .

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AGRADECIMENTOS

....Aos colegas e amigos de curso e

aos queridos professores um muito

obrigado.

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DEDICATÓRIA

...A minhas filhas Beatriz e Juliana

pelos sábados de eventos escolares

perdidos, a minha esposa Deusa

pela paciência e as amigas Flavia

Merchioratto e Mariana Romaguera

pelo apoio a esse trabalho.

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RESUMO

Produção mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia

econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a

fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia,

através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em

um processo produtivo, reduzindo os riscos ambientais para os seres vivos.

O estudo a ser realizado, enfocando o tema Produção Mais Limpa,

despertou meu interesse por se tratar de uma ferramenta que está

intimamente relacionada à Gestão, planejamento e educação Ambiental e

também por estar sendo muito difundida nas empresas hoje em dia. A

aplicação da técnica de P+L nas empresas visa a não-geração dos resíduos,

ou quando isso não é possível, objetiva a minimização e a reciclagem

interna dos mesmos. Esta técnica permite que a empresa tenha benefícios

econômicos reais através da redução do uso de recursos naturais, insumos

e matérias-primas em seus processos, além de prevenir ou diminuir a

formação de passivos ambientais nas empresas.

Meu objetivo principal neste trabalho foi elaborar um levantamento da

situação atual dos núcleos de Produção Mais Limpa existentes no Brasil,

levando-se em conta a minimização ou não geração de resíduos, a

sensibilização relativa à educação ambiental, além de Estudos de Casos de

empresas que implementaram a técnica de P+L.

Foi efetuado levantamento dos núcleos de P+L implantados no Brasil desde

os anos 80, apresentando Estudos de Casos de empresas que tiveram

sucesso na implementação da técnica de P+L.

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METODOLOGIA

Será realizado um levantamento da atual situação dos núcleos de Produção

Mais Limpa no Brasil, através de consulta a todo tipo de material

bibliográfico disponível, como livros, teses, artigos e dissertações, aliados à

pesquisa na Internet. De posse dessas informações será realizada uma

compilação dos dados mais importantes que serão consolidados e

apresentados no trabalho.

Será apresentado também Estudos de Casos de empresas que obtiveram

sucesso na implantação da técnica de P+L. O mesmo será elaborado

através de visita e entrevista a serem realizadas no CTA (Centro de

tecnologia Ambiental da FIRJAN).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 a 10

CAPÍTULO I - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 11 A 16

CAPÍTULO II - O SISTEMA DE GESTÃO 17 A 32

CAPÍTULO III – PRODUÇÃO MAIS LIMPA 33 A 60

CAPÍTULO IV – ESTUDO DE CASOS 61 a 82

CONCLUSÃO 83 a 84

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 85 a 87

ÍNDICE 88 a 89

FOLHA DE AVALIAÇÃO 90

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INTRODUÇÃO

Produção mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia

econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a

fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia,

através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em

um processo produtivo, reduzindo os riscos ambientais para os seres vivos.

A Produção+Limpa pressupõe quatro atitudes básicas. A primeira e a mais

importante é a busca pela não geração de resíduos, através da

racionalização das técnicas de produção. Quando o primeiro conceito não

pode ser aplicado integralmente, a segunda atitude apregoada pela P+L é a

minimização da geração dos resíduos. O reaproveitamento dos resíduos no

próprio processo de produção é a terceira atitude defendida pela P+L,

enquanto a quarta alternativa para a P+L é a reciclagem, com o

aproveitamento das sobras ou do próprio produto para a geração de novos

materiais.

(http://www.cetesb.sp.gov.br/Noticias/003/10/21_mais_limpa.asp, data

07/01/2004).

Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção

ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para

elas, mas para toda a região que abrangem.

Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no

tratamento de resíduos e emissões gerados em um processo produtivo. São

as chamadas técnicas de fim-de-tubo. A Produção mais Limpa pretende

integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a fim de reduzir

os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade.

São utilizadas várias estratégias visando a Produção mais Limpa e a

minimização de resíduos. (http://www.rs.senai.br/cntl/ , data 01/03/2004)

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Figura 1: Estratégias de Produção Mais Limpa e Minimização de Resíduos.

(http://www.rs.senai.br/cntl/ , data 01/03/2004)

A prioridade da Produção mais Limpa está no topo (à esquerda) do

fluxograma: evitar a geração de resíduos e emissões (nível 1). Os resíduos

que não podem ser evitados devem, preferencialmente, ser reintegrados ao

processo de produção da empresa (nível 2). Na sua impossibilidade,

medidas de reciclagem fora da empresa podem ser utilizadas (nível 3).

A prática do uso da Produção mais Limpa leva ao desenvolvimento e

implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos.

Para introduzirmos técnicas de Produção mais Limpa em um processo

produtivo, podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas

ambientais, econômicas e tecnológicas.

A priorização destas metas é definida em cada empresa, através de seus

profissionais e baseada em sua política gerencial. Assim, dependendo do

caso, poderemos ter os fatores econômicos como ponto de sensibilização

para a avaliação e definição de adaptação de um processo produtivo e a

minimização de impactos ambientais passando a ser uma consequência, ou

inversamente, os fatores ambientais serão prioritários e os aspectos

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econômicos tornar-se-ão consequência. (http://www.rs.senai.br/cntl/, data

01/03/2004)

Uma das grandes vantagens da aplicação da técnica de P+L é que ela pode

ser empregada em todos os tipos de empresa de qualquer setor. A P+L é

feita através da realização de balanços de massa e energia, para avaliar

processos e produtos. Com isso, identificam-se oportunidades de melhoria

que levam em conta aspectos técnicos, ambientais e econômicos e são

definidos e implantados indicadores para monitoramento. (Guia de Produção

Mais Limpa, Cetesb).

Vantagens da Produção mais Limpa:

redução de custos de produção e aumento de eficiência e

competitividade.

redução das infrações aos padrões ambientais previstos na

legislação.

diminuição dos riscos de acidentes ambientais.

melhoria das condições de saúde e de segurança do trabalhador.

melhoria da imagem da empresa junto a consumidores, fornecedores

e poder público.

ampliação da perspectivas de mercado interno e externo.

acesso facilitado a linhas de financiamento.

melhor relacionamento com os órgãos ambientais, com a mídia e com

a comunidade.

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CAPÍTULO I

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O meio ambiente é um bem de uso comum e todos os indivíduos têm

direito de usufruir os recursos naturais disponíveis no planeta. Porém, o

crescimento populacional leva ao maior consumo de recursos naturais,

podendo acarretar uma situação de escassez no futuro. O caminho para que

as próximas gerações garantam esse mesmo direito de usufruir os recursos

naturais disponíveis no planeta é o Desenvolvimento Sustentável. Por

definição, Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as

necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras

gerações de satisfazerem suas necessidades. Apesar desta definição ser

bastante clara, atingi-la em sua plenitude é um desafio atual do Homem

I.1- O Desenvolvimento Sustentável

Para alcançar o Desenvolvimento Sustentável, a proteção do

ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de

desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente, ou contrária ao

desenvolvimento sócio-econômico das comunidades.

(Desenvolvimento Sustentável

http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html, 01/08).

Para isso é interessante ressaltar a diferença entre crescimento e

desenvolvimento econômico. O crescimento econômico pode ser visto como

um processo de aumento de riqueza sem relação com a melhoria das

condições de vida da maior parte das pessoas envolvidas no processo, é um

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aumento quantitativo do produto nacional, regional ou local sem a

contrapartida do desenvolvimento socioambiental destes espaços. Ou seja,

não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não

ser o acúmulo de riquezas, que pode se concentrar nas mãos de apenas

alguns indivíduos da população. Por sua vez, o desenvolvimento deve ser

visto como um processo de melhoria das condições de vida da população

envolvida no processo, preocupando-se com a geração de riquezas, mas

distribuindo-as de maneira a melhorar a qualidade de vida de toda a

população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do

planeta. (http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html, 01/08).

Mas todo planejamento de desenvolvimento precisa levar em conta,

simultaneamente, as seguintes cinco dimensões de sustentabilidade:

Sustentabilidade social – cuja meta é construir uma civilização com maior

eqüidade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo

entre os padrões de vida dos ricos e pobres. Têm-se os seguintes exemplos

de Indicadores de Sustentabilidade Social: Nível de emprego; educação e

treinamento; segurança e saúde na comunidade. (Tese – Estabelecimento

de Indicadores e modelo de relatório de Sustentabilidade Ambiental, Social e

Econômica: Uma Proposta para a Indústria de Petróleo Brasileira - Sergio

Pinto do Amaral)

Sustentabilidade ecológica – que pode ser otimizada utilizando-se as

seguintes ferramentas:

- Intensificação do uso do potencial de recursos dos diversos

ecossistemas, com um mínimo de danos aos sistemas de

sustentação da vida;

- Limitar o consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos e

produtos facilmente esgotáveis ou danosos ao meio ambiente,

substituindo-os por recursos ou produtos renováveis e/ou abundantes,

utilizados de forma não-agressiva ao meio ambiente;

- Redução do volume de resíduos e de poluição, através da

conservação de energia e de recursos da reciclagem, reuso, etc;

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- Promover a autolimitação no consumo de materiais por parte dos

países ricos e dos indivíduos em todo o planeta;

- Intensificar a pesquisa para obtenção de tecnologias de baixo teor de

resíduos e eficientes no uso de recursos para o desenvolvimento

urbano, rural e industrial;

- Definir normas para uma adequada proteção ambiental, desenhando

a máquina institucional e selecionando o composto de instrumentos

econômicos, legais e administrativos necessários para o seu

cumprimento;

Seguem exemplos de Indicadores de Sustentabilidade Ambiental: Queima

de gás em “flares”; vazamentos de óleo, emissões gasosas (CO2, CFC’s,

etc), geração de resíduos. (Tese – Estabelecimento de Indicadores e modelo

de relatório de Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica: Uma

Proposta para a Indústria de Petróleo Brasileira - Sergio Pinto do Amaral)

Sustentabilidade Espacial – deve ser dirigida para a obtenção de uma

configuração rural-urbana mais equilibrada e uma menor distribuição

territorial dos assentamentos humanos e das atividades econômicas, com

ênfase no que se segue:

- Redução da concentração excessiva nas áreas metropolitanas;

- Frear a destruição de ecossistemas frágeis, mas de importância vital

através de processos de colonização sem controle;

- Promover a agricultura e a exploração agrícola das florestas através

de técnicas modernas, regenerativas, por pequenos agricultores,

notadamente através do uso de pacotes tecnológicos adequados, do

crédito e do acesso a mercados;

- Explorar o potencial da industrialização descentralizada, acoplada à

nova geração de tecnologias, com referência especial às indústrias de

biomassa e ao seu papel na criação de oportunidades de emprego

não-agrícolas nas áreas rurais;

- Criar uma rede de reservas naturais e de biosfera, para proteger a

biodiversidade.

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Sustentabilidade Cultural – inclui a procura de raízes endógenas de

processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados,

processos que busquem mudanças dentro da continuidade cultural e que

traduzam o conceito normativo de ecodesenvolvimento em um conjunto

de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área.

Sustentabilidade Econômica – deve ser tornada possível através da

alocação e do gerenciamento mais eficiente dos recursos e de um fluxo

constante de investimentos públicos e privados. Uma condição

importante é a de ultrapassar as configurações externas negativas

resultantes do ônus do serviço da dívida e da saída líquida de recursos

financeiros do Sul, dos termos de troca desfavoráveis, das barreiras

protecionistas ainda existentes no Norte e do acesso limitado à ciência e

tecnologia. A eficiência econômica deve ser avaliada em termos

macrossociais não apenas através do critério da rentabilidade

empresarial de caráter microeconômico.

Como exemplos de Indicadores de Sustentabilidade Econômica tem-se:

efeito dos projetos nas comunidades locais; transferência de tecnologia;

capacitação de agentes na comunidade.

(Tese – Estabelecimento de Indicadores e modelo de relatório de

Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica: Uma Proposta para a Indústria

de Petróleo Brasileira - Sergio Pinto do Amaral)

A Sustentabilidade Econômica é possibilitada por uma gestão eficiente dos

recursos naturais, respaldada em Sistemas de Gerenciamento Ambiental (SGA) que

visam garantir negócios sustentáveis, conforme o Desenvolvimento Industrial

Ecologicamente Sustentável (DIES), com um fluxo constante de investimentos

públicos e privados.

A tecnologia de Produção Mais Limpa é um exemplo de como os

recursos naturais podem ser utilizados visando ao Desenvolvimento

Sustentável.

Reduzir a poluição através do uso racional de matéria-prima, água e

energia significa uma opção ambiental e econômica definitiva. Diminuir os

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desperdícios implica em maior eficiência no processo industrial e menores

investimentos para soluções de problemas ambientais.

A transformação de matérias-primas, e insumos (água, energia, etc)

em produtos, e não em resíduos, tornam uma empresa mais competitiva.

O tema "Produção mais Limpa" não é apenas um tema ambiental e

econômico. A geração de resíduos em um processo produtivo, muitas vezes,

está diretamente relacionada a problemas de saúde ocupacional e de

segurança dos trabalhadores. Desenvolver a "Produção mais Limpa"

minimiza estes riscos, na medida em que são identificadas matérias-primas

e auxiliares menos tóxicas, contribuindo para a melhor qualidade do

ambiente de trabalho.

Uma conseqüência positiva, muitas vezes difícil de mensurar, é o

fortalecimento da imagem da empresa frente à comunidade e autoridades

ambientais.

Como justificativa, apresenta-se também o fato de que os

consumidores de hoje exigem cada vez mais produtos "ambientalmente

corretos". Os consumidores assumem previamente que as empresas sejam

tão responsáveis em relação à qualidade de seus produtos, como

responsáveis em relação ao meio ambiente nas suas práticas produtivas.

Definições de desenvolvimento sustentável mencionam

responsabilidades quanto ao emprego mais eficiente possível de recursos

naturais, de maneira que seu emprego não prejudique as gerações futuras.

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Relacionando esta definição com Produção mais Limpa, pode-se observar

que produzir de forma sustentável, significa, em palavras simples,

transformar recursos naturais em produtos e não em resíduos.

(http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004)

CAPÍTULO II

SISTEMA DE GESTÃO

O sistema de gestão engloba um conjunto de processos que geram decisões

capazes de orientar a ação humana na empresa, atingindo assim, os

objetivos iniciais da sua implantação. É um sistema flexível, portanto adapta-

se às mudanças contínuas do ambiente empresarial. A melhor forma de

exercer a gestão é rodando o ciclo PDCA (“Plan”, “Do”, “Check”, “Act”, em

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inglês, ou Planejar, Executar, Checar e Monitorar, em português). Portanto,

o sucesso da gestão depende do controle (monitoramento e medição) e da

adequada definição de indicadores de desempenho. Tais indicadores são

fundamentais para a avaliação dos processos, dos objetivos de gestão e do

desempenho da organização. Através deles é possível comparar os

resultados alcançados com os planejados.

Os indicadores de desempenho são formas de representação

quantificáveis de características de produtos e processos utilizados para

acompanhar os resultados ao longo do tempo, e são utilizados para:

- Dar suporte à análise crítica, às tomadas de decisão e ao

replanejamento;

- Transmitir as necessidades e expectativas dos clientes;

- Viabilizar o desdobramento das metas;

- Contribuir para a melhoria dos processos e produtos.

Os indicadores de desempenho devem ser seletivos ou importantes,

representativos ou abrangentes, estáveis, rastreáveis e acessíveis,

confiáveis e coerentes, comparáveis, e devem ter baixo custo de obtenção.

II.1- Sistema de Gestão Integrada

Atualmente as empresas vêm implementando o Sistema de Gestão

Integrada, que trata-se da combinação de processos, procedimentos e

práticas adotadas por uma organização, para implementar sua Política e

atingir seus objetivos de forma mais eficiente do que através de múltiplos

Sistemas de Gestão.

O Sistema de Gestão Integrada combina processos, práticas e

procedimentos adotados por uma organização, para implementar uma

Política Integrada, atingir Objetivos e traçar Metas para: Qualidade, Meio

Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho, de forma mais eficiente do que

através de sistemas de gestão isolados. Tudo isso, em conformidade com as

normas NBR ISO 9001/2000, NBR ISO 14001/96, e OHSAS 18001/1999,

que se correspondem entre si, conforme se pode observar na tabela 1.

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Tabela 1- Correspondência entre a NBR ISO 14001, 9001 e OHSAS 18001

Item OHSAS 18001 ISO 14001 Item ISO 9001

4 Elementos SST Requisitos SGA 4 Requisitos SGQ

4.1 Requisitos

Gerais

Requisitos

Gerais

4.1

5.5

Requisitos Gerais

Responsabilidade,

autoridade e

comunicação

4.2 Política Política 5.1

5.3

8.5

Comprometimento

Política

Melhorias

4.3 Planejamento Planejamento 5.4 Planejamento

4.3.1 Identificação de

Perigos,

Avaliação/

Controle de Riscos

Aspectos

Ambientais

5.2

7.2.1

7.2.2

Foco no Cliente

Requisitos produto

Análise requisitos

4.3.2 Requisitos

Legais

Requisitos

Legais

5.2

7.2.1

Foco no Cliente

Requisitos produto

4.3.3 Objetivos Objetivos e Metas 5.4.1 Objetivos Qualidade

4.3.4 Programa

de Gestão

Programa

de Gestão

5.4.2

8.5.1

Planejamento SQG

Melhoria Contínua

4.4 Implementação

e Operação

Implementação

e Operação

7

7.1

Realização produto

Planejamento

realização do

produto

4.4.1 Estrutura e

Responsabilidade

Estrutura e

Responsabilidade

5

6

Responsabilidade

da Direção

Gestão de

Recursos

4.4.2 Treinamento,

Conscientização e

competência

Treinamento,

Conscientização e

competência

6.2.2 Competência,

conscientização

e treinamento

4.4.3 Comunicação Comunicação 5.5.3 Comunicação

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7.2.3 interna

Comunicação

cliente

4.4.4 Documentação Documentação

SGA

4.2

4.2.1

4.2.2

Requisitos

documentação

Generalidades

Manual Qualidade

4.4.5 Controle de

documentos e

dados

Controle de

documentos

4.2.3 Controle de

documentos

4.4.6 Controle

Operacional

Controle

Operacional

7.3

7.4

7.5

Projeto e

desenvolvimento

Aquisição

Produto / serviço

4.4.7 Preparação e

atendimento à

Emergências

Preparação e

atendimento à

Emergências

8.3 Controle de produto

não-conforme

4.5.1 Medição de

desempenho e

monitoramento

Monitoramento

e Medição

7.6

8.1

8.2

8.2.1

8.2.3

8.2.4

8.4

Controle de

dispositivos de

medição /

monitoramento

Generalidades

Medição e

monitoramento

Satisfação de

clientes

Medição / monit. de

processos

Medição / monit. de

produtos

Análise de dados

4.5.2 Acidentes, Não- 8.3 Controle prod. não-

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incidentes, não-

conformidades e

Ações corretivas e

preventivas

conformidades e

ações corretivas e

preventivas

8.5.2

8.5.3

conforme

Ações corretivas

Ações preventivas

4.5.3 Registros e gestão

de registros

Registros 4.2.4 Auditoria interna

4.5.4 Auditoria Auditoria do

sistema

de gestão

ambiental

8.2.2 Análise crítica pela

direção

Generalidades

Entradas análise

crítica

Saídas análise

crítica

4.6 Análise pela

administração

Análise crítica pela

administração

5.6

Como vantagens da implementação do SGI nas empresas, tem-se:

• Diminuição da duplicação de recursos internos e infra-estrutura;

• Redução do número de documentos e complexidade;

• Redução dos custos de implantação, certificação e manutenção;

• Melhora da gestão da organização (percepção do todo);

• Melhora do desempenho organizacional.

O Sistema de Gestão Ambiental, juntamente com a Gestão da Qualidade

Total, Saúde e Segurança, Prevenção da Poluição (P+L) e Responsabilidade

Social, constituem um Sistema de Gestão Integrada, conforme ilustrado na

figura abaixo:

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Figura 1: Esquema de Integração dos Sistemas de Gestão

HUBMAIER. Apostila Sistema de Gestão - Rio de Janeiro, 2003. MBA

Gestão Ambiental, Fundação Getúlio Vargas.

Pode-se destacar alguns pontos em comum entre os Sistemas de Gestão

mostrados na figura acima:

- Noção de melhoria contínua;

- Utilização do ciclo PDCA e de ferramentas gerenciais;

- Objetivos complementares; e,

- Caráter estratégico.

As organizações podem utilizar um sistema de gestão existente adequado à

série da Norma Brasileira (NBR) ISO 9000, como base para seu sistema de

gestão ambiental. A aplicação dos muitos elementos dos sistemas de gestão

pode variar em função dos diferentes objetivos e das partes interessadas.

Enquanto os sistemas de gestão da qualidade atendem às necessidades

dos clientes, os sistemas de gestão ambiental atendem às necessidades de

um enorme conjunto de partes interessadas e às crescentes necessidades

da sociedade sobre proteção ambiental.

A integração das questões ambientais ao sistema de gestão global da

organização pode contribuir para a efetiva implementação do sistema de

Gestão Ambiental

ResponsabilidadeSocial

BS 8800

Prevenção/ Controle da

Poluição P+L

Segurança e

Saúde

Gestão da Qualidade

Sistema de Gerenciamento

Integrado

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gestão ambiental, que tem como princípios a manutenção da qualidade e a

redução dos custos e dos impactos ambientais gerados durante a produção.

II.2- Sistema de Gestão Ambiental

Antes, uma empresa tornava-se competitiva e firmava-se no mercado

através do fornecimento de produtos e serviços de qualidade, conciliando

preço e prazo. Hoje, com o processo de globalização e o desafio da busca

pelo Desenvolvimento Sustentável, é necessário um comprometimento não

só com as partes interessadas, como também com a preservação do meio

ambiente.

O compromisso ambiental, que hoje faz parte da política da grande maioria

das empresas, está associado à mudança de cultura. As considerações

ambientais passaram a fazer parte das decisões de negócios, uma vez que

agregam valor à organização, e são ferramentas efetivas de melhoria

contínua do desempenho empresarial. É por isso que, para a empresa se

manter competitiva atualmente, deve ir além do simples atendimento a

legislação, e, portanto, a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental

(SGA) tornou-se fundamental.

Um sistema de gestão ambiental (SGA) tem o propósito de indicar os meios

para que produtos, serviços e processos produtivos de uma organização

sejam ambientalmente sustentáveis, assegurando a melhoria contínua das

técnicas empregadas pela empresa para minimizar os impactos adversos de

suas atividades ao meio ambiente.

A medição dos fatores ambientais pode ser exigida para provar a

conformidade com a legislação e com a política ambiental corporativa. A

eficiência do negócio pode ser melhorada através da redução de custos e de

melhor controle.

As normas internacionais de gestão ambiental têm por objetivo prover às

organizações, os elementos de um sistema de gestão ambiental eficaz,

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23

passível de integração com os outros requisitos de gestão, de forma a

auxiliá-las a alcançar suas metas ambientais econômicas.

Segundo a ISO 14001, o sistema de gestão ambiental é a parte do sistema

de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de

planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e

recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e

manter a política ambiental da empresa, conforme ilustrado na figura 2

abaixo:

Figura 2: Sistema de Gerenciamento Ambiental:

HUBMAIER. Apostila Sistema de Gestão - Rio de Janeiro, 2003. MBA

Gestão Ambiental – Fundação Getúlio Vargas.

As principais normas do SGA são a ISO 14001 e o European Union Eco-

Management and Audit Scheme (EMAS), além disso, outras normas

PPOOLLÍÍTTIICCAA

AAMMBBIIEENNTTAALL

IIMMPPLLEEMMEENNTTAARR

PPLLAANNEEJJAARR AAGGIIRR

VVEERRIIFFIICCAARR

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24

nacionais compartilham uma abordagem comum onde um SGA consiste de

cinco elementos genéricos.

Tais elementos configuram a estrutura da norma NBR ISO 14001, conforme

descrito abaixo:

• Elaboração de uma política ambiental pública que exponha as

intenções e princípios da empresa em relação ao seu desempenho

ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de

seus objetivos e metas ambientais;

• Realização de um planejamento eficaz através do qual sejam

possíveis a identificação de aspectos ambientais, o atendimento à

legislação, o estabelecimento de objetivos e metas, e a elaboração do

programa de gerenciamento ambiental;

• Implementação e operação do programa de gerenciamento ambiental,

envolvendo estrutura e responsabilidade, treinamento,

conscientização e capacitação da força de trabalho, comunicação,

documentação, controle de documentação, controle operacional e

preparação e atendimento à emergências;

• Adoção de programas de monitoramento, medições e ações

corretivas visando a identificação de não conformidades, tomadas de

ações corretivas e preventivas, além da verificação de registros e

realização de auditorias que têm o objetivo de determinar se o

sistema de gestão ambiental da organização está em conformidade

com os critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental

estabelecido pela organização, identificando assim sua eficácia;

• Realização de análises críticas pela alta administração da empresa,

para análise da adeqüabilidade do SGA implementado, e da Política

Ambiental adotada.

• Todos os elementos mencionados acima constituem um processo de

melhoria contínua, que se trata de um aprimoramento do sistema de

gestão ambiental, visando atingir melhorias no desempenho

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25

ambiental global de acordo com a política ambiental estabelecida pela

organização. A figura 3 abaixo ilustra a estrutura da NBR ISO 14001:

Figura 3: Estrutura da norma NBR ISO 14001.

Fonte: HUBMAIER. Apostila Sistema de Gestão - Rio de Janeiro, 2003. MBA

Gestão Ambiental – Fundação Getúlio Vargas.

Os princípios do gerenciamento ambiental são baseados em quatro ações

básicas que representam uma hierarquia real em termos de custos, esforços

e energia em que a melhor alternativa é a prevenção de um impacto

ambiental emergente. A norma ISO 14001 exige um compromisso da

empresa para prevenir a poluição. As quatro ações básicas da cultura

ambiental são:

MMEELLHHOORRIIAA CCOONNTTÍÍNNUUAA

PPOOLLÍÍTTIICCAA AAMMBBIIEENNTTAALL

PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO

IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO EE OOPPEERRAAÇÇÃÃOO MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO

EE AAÇÇÕÕEESS CCOORRRREETTIIVVAASS

AANNÁÁLLIISSEE CCRRÍÍTTIICCAA

GGEERREENNCCIIAALL

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26

• evitar

• reduzir

• reutilizar

• reciclar

Em si, a norma não prescreve critérios específicos de desempenho

ambiental e pode ser aplicada a qualquer organização que deseje

implementar, manter e aprimorar um SGA, buscar a certificação ou registro

de seu SGA por uma organização externaOs Sistemas de Gerenciamento

Ambiental atuam como estratégia importante no aprimoramento do

desempenho ambiental das empresas, assim como colaboram com o bem

estar da população.

II.2.1- Gerenciamento Ambiental – Prevenção da poluição

Pela hierarquia do gerenciamento ambiental, a prevenção tanto dos riscos

ambientais como da poluição é realizada através da abordagem preferencial

da redução na fonte. A prevenção diminui a necessidade de reciclar, tratar

ou dispor fora do local de geração, os resíduos gerados. A eliminação dos

poluentes na fonte é quase sempre menos cara do que a coleta, tratamento

e disposição final. Também representa muito menos risco a seus

operadores, à comunidade e ao meio ambiente. A prevenção da poluição é a

redução máxima viável de todas as espécies de resíduos gerados nos locais

de produção. Envolve a aplicação das melhores práticas de gerenciamento,

uso correto dos recursos através da redução na fonte, eficiência no uso da

energia, reaproveitamento dos materiais que entram no sistema durante a

produção, e consumo reduzido da água.

Dois métodos gerais de redução na fonte, são úteis em programas de

prevenção da poluição: mudanças no produto e mudanças no processo. Tais

mudanças podem reduzir a quantidade e/ou a toxicidade dos despejos da

produção e dos produtos finais durante seu ciclo de vida, e no momento de

sua disposição final.

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27

Criando produtos mais compatíveis com o meio ambiente, e evitando o

consumo excessivo de recursos naturais ao invés da concentração de

esforços somente no tratamento e na disposição dos resíduos gerados, é

possível melhorar consideravelmente a imagem da empresa junto às partes

interessadas

II.2.2- Sistema de Gerenciamento Ambiental e P+L A implantação de um Sistema de Gerenciamento Ambiental - SGA constitui

estratégia para que o empresário, em processo contínuo, identifique

oportunidades de melhoria para a redução de impactos ambientais gerados

dentro da empresa. http://www.situa.com.br/~prj/cntl/sobre-10siste.htm

Seguindo a idéia da prevenção da poluição, surge a integração do Sistema

de Gerenciamento Ambiental (SGA) com a Produção Mais Limpa (P+L).

Este sistema leva em consideração todos os fatores e aspectos ambientais

envolvidos nas diferentes etapas, como: transporte de matérias-primas para

a fábrica, entrada, estocagem, manuseio e consumo de matéria-prima no

processo; o processo, propriamente dito, e as decorrências do mesmo, como

derramamentos, vazamentos, efluentes, co-produtos, com previsão de

medidas corretivas, como prevenção de resíduos, reciclagem e re-uso.

Contudo, o emprego das técnicas de Produção Mais Limpa (P+L), é

essencial para as empresas que queiram manter um Sistema de

Gerenciamento Ambiental “vivo” através da ecoeficiência, pois a etapa inicial

do processo deverá ser a reorientação do sistema de produção por meio da

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prevenção dos resíduos na fonte, economia de água e energia e qualificação

técnico-gerencial dos funcionários da empresa.

Desta forma, o SGA mostra como envolver a empresa inteira e como

alcançar a melhoria contínua, considerando que a P+L provê o método de

analisar impactos ambientais, e busca possíveis medidas para o

estabelecimento da ecoeficiência nos processos produtivos.

A aplicação da metodologia de Produção Mais Limpa impõe às empresas

que a questão ambiental é mais uma estratégia para a competitividade, pois

através da redução do uso de matérias-primas, água e energia, assim como

na eliminação ou minimização dos resíduos sólidos, efluentes líquidos e

emissões atmosféricas gerados, torna-se possível a adequação aos

requisitos do Desenvolvimento Sustentável, dentro de uma condição

essencialmente relacionada a “ecoeficiência”.

II.2.3- Relação entre Programas da Produção Mais Limpa e Sistemas de

Gestão Ambiental

Para definir a relação entre os dois conceitos, deve-se, primeiramente,

destacar 2 pontos básicos:

1 – O SGA trabalha no ambiente gerencial global, enquanto que a Produção

Mais Limpa trabalha com métodos de análise de impactos ambientais e gera

possíveis soluções para os mesmos.

2 – O SGA assegura a continuidade dos processos de Produção Mais

Limpa.

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29

Fonte: MAROUN, Christianne Arraes. Apostila Controle Ambiental e

Prevenção da Poluição. Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental,

Pós Graduação Latu Sensu – Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

A tabela abaixo mostra diferenças, ligações e conformidades entre ambos os

conceitos:

SGA P+L

Participação da alta direção

da empresa

Define claramente a

estratégia (Política e

Objetivos)

Aceita o projeto e delimita a

velocidade de sua

implementação

Principais objetivos

Garantir que os programas

ambientais estão

introduzidos em todas as

seções organizacionais da

empresa (sistema de

gerenciamento)

Reduzir a geração de

rejeitos, considerando as

relações custo-benefício

Política Ambiental

Declaração clara da alta

direção. Tem que ser

amplamente comunicada,

não só aos empregados da

empresa, como também

para outras entidades

Não é necessária. Apenas

alguns objetivos são

definidos

Estratégia básica

Introdução do ciclo de

auditorias de revisão do

programa e implantação de

medidas para melhoria

contínua

Análise da situação

ambiental da empresa e

implantação das medidas

apropriadas

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30

Revisão inicial

Análise sistemática e

documentada da empresa

que é a base para as

etapas posteriores do

programa

Análise dos impactos

ambientais mais

significativos

Programa – geração de

resultados

Melhoria na gestão da

empresa com objetivo de

minimizar os impactos

ambientais

Medidas com retorno

financeiro em curto prazo

com objetivo de minimizar

os impactos ambientais

Empregados envolvidos no

programa

De início, alta direção e

gerentes, depois com o

desenvolvimento do

programa, mais

empregados são

diretamente envolvidos

Principalmente empregados

que trabalham em

departamentos com

impactos ambientais

significativos

Outros empregados

Todos os empregados da

empresa devem conhecer o

programa e os itens da

política ambiental

relacionados com sua

atividade

Outros empregados

normalmente sabem da

condução do projeto, mas

dificilmente são envolvidos

Avaliação

Avaliação sistemática e

periódica do SGA

(organização),

conformidades com a

norma, tecnologia e

impactos ambientais

Apenas as medidas já

implementadas podem ser

avaliadas

Declaração ambiental

Comunicação interna e

externa sobre políticas,

programas e soluções

ambientais

Não é necessário

Avaliação do SGA Apenas alguns modelos são

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31

Certificação implementado por uma

entidade externa acreditada

internacionalmente

avaliados externamente,

sem certificação

Tabela 2: Relação entre SGA e P+L

Fonte: MAROUN, Christianne Arraes. Apostila Controle Ambiental e Prevenção da

Poluição. Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós Graduação Latu Sensu

– Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

O SGA assegura o envolvimento de toda a empresa com a melhoria

contínua, através de programas na área de meio ambiente, como a P+L, que

provê métodos de análise dos impactos e propõe soluções econômica,

técnica e ambientalmente viáveis no caminho da ecoeficiência dos

processos dos processos industriais.

Assim, entende-se que os processos se complementam. A P+L pode ser

vista como uma forte ferramenta para o sucesso do SGA. A decisão sobre o

“timing” para implementação desses processos depende dos objetivos de

cada empresa.

A decisão de implantar P+L antes ou depois do SGA vai depender do porte

da empresa. Para pequenas e médias empresas, por exemplo, o

interessante é a implantação de P+L antes do SGA, pois os resultados

financeiros obtidos podem ser argumentos para investimentos em meio

ambiente. Já no caso de uma empresa exportadora, o interesse maior está

primeiramente na obtenção de certificado do SGA pela ISO 14001 e, após,

na implantação de um programa de P+L.

Independente da ordem em que esses processos são implantados na

empresa, o que importa é que ambos contribuem para o alcance da melhoria

contínua na área de meio ambiente. Fonte: MAROUN, Christianne Arraes.

Apostila Controle Ambiental e Prevenção da Poluição. Rio de Janeiro, 2003.

MBA Gestão Ambiental – Fundação Getúlio Vargas.

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32

Visando demonstrar a importância da adoção da tecnologia de Produção

Mais Limpa como alternativa em busca da sustentabilidade, pretende-se, no

presente trabalho realizar um levantamento da situação atual dos núcleos de

Produção Mais Limpa existentes no Brasil, além da apresentação de

Estudos de Caso de empresas que implementaram a técnica de P+L.

CAPÍTULO III

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

A Produção Mais Limpa (P+L) é a aplicação contínua de uma estratégia

econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a

fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia,

através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em

um processo produtivo. Produção Mais Limpa também pode ser chamada de

Prevenção da Poluição, já que as técnicas utilizadas são basicamente as

mesmas.

A Produção Mais Limpa é vista entre os especialistas como uma forma

moderna de tratar as questões de meio ambiente nos processos industriais.

Dentro desta metodologia pergunta-se “onde estão sendo gerados os

resíduos” e não mais “o quê fazer com os resíduos gerados”. Dessa forma,

evita-se o desperdício, tornando o processo mais eficiente. MAROUN,

Christianne Arraes. Apostila Controle Ambiental e Prevenção da Poluição.

Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós Graduação Latu Sensu –

Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

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33

Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção

ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo, não apenas para

elas, mas para toda a região que abrangem. Tecnologias ambientais

convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e

emissões gerados em um processo produtivo. São as chamadas técnicas de

fim-de-tubo. A Produção Mais Limpa age durante o processo, de forma a

reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos e emissões.

(http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004). É, portanto, um

método preventivo da poluição, que, além disso, leva à economia de água,

de energia e de matérias-primas, com o aumento significativo da

lucratividade e competitividade.

São utilizadas várias estratégias visando a P+L e a minimização de resíduos.

Figura 4: Níveis de aplicação da Produção Mais Limpa

Fonte:Guia da Produção Mais Limpa – Faça Você Mesmo, CEBDS - 1999

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Minimização de Resíduos e Emissões

Reuso de Resíduos e Emissões

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Redução na Fonte

Reciclagem Interna

Reciclagem Externa

Ciclos Biogênicos

Modificação no Produto

Modificação no Processo Estruturas Materiais

Boas Práticas

Substituição de Matérias-Primas

Modificação Tecnológica

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34

A prioridade da Produção Mais Limpa está no topo (à esquerda) do

fluxograma:

Evitar a geração de resíduos e emissões (nível 1). Os resíduos que não

podem ser evitados devem preferencialmente, ser reintegrados ao processo

de produção da empresa (nível 2). Na sua impossibilidade, medidas de

reciclagem fora da empresa podem ser utilizadas (nível 3).

A prática do uso da Produção Mais Limpa leva ao desenvolvimento e

implantação de Tecnologias Limpas nos processos produtivos.

Para introduzirmos técnicas de Produção Mais Limpa em um processo

produtivo, podem ser utilizadas várias estratégias, tendo em vista metas

ambientais, econômicas e tecnológicas.

A priorização destas metas é definida em cada empresa, através de seus

profissionais e baseada em sua política gerencial. Assim, dependendo do

caso, poderemos ter os fatores econômicos como ponto de sensibilização

para a avaliação e definição de adaptação de um processo produtivo e a

minimização de impactos ambientais passando a ser uma conseqüência, ou

inversamente, os fatores ambientais serão prioritários e os aspectos

econômicos tornar-se-ão conseqüência. (http://www.senai.br/cntl/cntl.htm,

visitado em 03/07/2004)

III.1- Histórico

A consciência da necessidade da busca de soluções definitivas para o

problema da poluição ambiental fez com que a UNIDO - Organização das

Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial - e a UNEP - Programa

das Nações Unidas para o Meio Ambiente - criassem um programa voltado

para as atividades de prevenção de poluição. O Programa prevê a instalação

de vários Centros em países em desenvolvimento, os quais formarão uma

rede de informação em Produção mais Limpa, conforme ilustrado na figura

5.

http://www.situa.com.br/~prj/cntl/index.shtml

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35

Os Centros foram subsidiados para a sua instalação pelos chamados países

donantes e são assessorados, do ponto de vista técnico, pelas instituições

contraparte: universidades, centros de pesquisa, fundações tecnológicas

internacionais, etc. São também vinculados a uma instituição hospedeira,

que lhes viabiliza as instalações físicas e a manutenção administrativa.

http://www.situa.com.br/~prj/cntl/index.shtml (Centro Nacional de

Tecnologias Limpas)

Figura 5: Centros de Centros de Tecnologias Limpa-s Unido/Unep no mundo

FONTE: MAROUN, Christianne Arraes. Apostila Controle Ambiental e

Prevenção da Poluição. Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós

Graduação Latu Sensu – Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

A Rede Brasileira de Produção Mais Limpa teve seu ponto de partida no Rio

Grande do Sul, com a instalação, em 1995, do projeto-piloto do primeiro

núcleo estadual, através do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL).

Três anos mais tarde, o Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) passou a fazer parte do projeto,

Rep . Tcheca

Hungria

México

Tunísia China Nicaragua

Costa Rica

Tanzânia

Moçambique Zimbabwe

Eslováquia

El Salvador

Índia Vietnã Guatemala

BRASIL

Moçambique

Uganda Quênia Etiópia

Marrocos

Croácia

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36

dando um caráter mais nacional ao processo de disseminação. Hoje, há

núcleos de

Produção Mais Limpa em diversos estados brasileiros como Bahia, Mato

Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco,

além do Rio Grande do Sul, estado pioneiro. Cabe aos núcleos a execução

direta das atividades de difusão da metodologia, utilizando o conhecimento

transferido pelo CNTL.

(http://www.situa.com.br/~prj/cntl/artigo05, 11/09/2004)

As parcerias, porém, são decisivas. A Rede Brasileira de Produção Mais

Limpa conta com apoio do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o

Meio Ambiente), Sebrae, CNI e Federação das Industrias, Banco do

Nordeste do Brasil, BNDES, FINEP, além das mais importantes

universidades do país. (http://www.situa.com.br/~prj/cntl/artigo05,

11/09/2004)

O objetivo principal da Rede Brasileira de P+L é estimular os setores

produtivos a adotarem práticas e tecnologias que contribuam para tornar as

empresas mais eficientes e competitivas, contando com o apoio dos Núcleos

de P+L regionais (Centro de Tecnologia Ambiental – FIRJAN).

FONTE: REDE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA - RELATÓRIO DE

ATIVIDADES - 1999-2002. Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro, 2003

Outros objetivos da Rede Brasileira de P+L são:

• Promover o desenvolvimento sustentável através da consolidação dos

conceitos de Ecoeficiência e Produção Mais Limpa como

instrumentos para o aumento da competitividade do setor produtivo;

• Difundir a prevenção como instrumento da proteção ambiental;

• Promover a capacitação das empresas em assuntos ambientais

associados à gestão financeira utilizando a metodologia da

Unido/Unep;

• Promover ações que ampliem a capacitação técnica dos profissionais

envolvidos nos Núcleos de Produção Mais Limpa;

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• Estimular os agentes do setor produtivo a adotarem métodos e

tecnologias que resultem em Produção Mais Limpa, melhorando a

eficiência dos processos produtivos e reduzindo os riscos ao meio

ambiente e à saúde dos trabalhadores;

• Implantar núcleos nas diversas regiões do Brasil para disseminar e

induzir a utilização dos métodos de implantação de tecnologias de

Produção Mais Limpa;

• Desenvolver parcerias com órgãos e entidades paraestatais,

governamentais ou particulares, nacionais, estrangeiras ou

internacionais, visando o desenvolvimento e a implantação de

métodos e tecnologias de Produção Mais Limpa;

• Identificar e mobilizar fontes de financiamento;

• Estabelecer e estimular o intercâmbio de experiências em Produção

Mais Limpa nas empresas;

• Apoiar projetos voltados para a promoção de Produção Mais Limpa;

• Divulgar as iniciativas de Produção Mais Limpa já desenvolvidas em

projetos de cooperação internacional e/ou com a iniciativa privada; e

Promover um sistema que garanta o estímulo à melhoria contínua, através

da valorização das empresas que aderirem ao programa.

FONTE: REDE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA - RELATÓRIO DE

ATIVIDADES - 1999-2002. Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro, 2003

III.2- Núcleos integrantes da Rede Brasileira de P+L

Atualmente existem 1616 núcleos de P+L no Brasil, que têm a função

disseminar informações, implantar a P+L nas empresas, capacitar

profissionais, e auxiliar na formulação de políticas ambientais. REDE DE

PRODUÇÃO MAIS LIMPA - RELATÓRIO DE ATIVIDADES - 1999-2002.

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38

Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Rio

de Janeiro, 2003

Neste item é apresentado um levantamento da situação dos núcleos

integrantes da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa.

(http://www.pmaisl.com.br/, 09/08/2004)

Amazonas

Sede: Manaus

Coordenação: SEBRAE/AM

Data de Implantação: dez/2002

Principais Clientes - Ramo de Atividade

CQLAB Consultoria e Controle de Qualidade Ltda - Laboratório de ensaios e análises de materiais e produtos.

Essencial Arte em Perfumaria Ltda – Artigos de perfumaria

Agrorisa Produtos Alimentícios Naturais Ltda - Indústria e comércio de xarope e extrato de guaraná e plantas medicinais beneficiadas

AGM Indústria, Comércio e Representação Ltda - Fabricação de velas

Pronatus do Amazonas Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos Ltda - Indústria e comércio de produtos naturais

Doce Frio Ltda - Fabricação de sorvetes e picolés

Pousada Amazônia Ltda - Hotel de selva

Moduarte Modulados e Artefatos de Madeira Ltda – Movelaria

Delicatessem Pescados - Beneficiamento de pescado

Frigorífico de Peixe Ltda - Beneficiamento de pescado e frigorífico

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Bahia

Sede: Salvador

Coordenação: SENAI/CETIND

Data de Implantação: 17/03/2000

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Caraíba Metais – Metalúrgica

Ecoresort Praia do Forte - Hotelaria / Turismo

Petrobras / RLAM - Refino de Petróleo

CCB – Centro de Convenções da Bahia - Feiras e Eventos

CETREL - Proteção Ambiental do Pólo de Camaçari

COELBA - Energia Elétrica

Gerdau/Usiba – Metalúrgica

EMBASA - Saneamento (Água e Esgoto)

Ceará

Sede: Fortaleza

Coordenação: Universidade Federal do Ceará

Data de Implantação: ago/2001

Principais Clientes - Ramo de Atividade: não disponível

Distrito Federal

Sede: Brasília

Coordenação: SEBRAE no Distrito Federal - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal

Data de Implantação: 1996

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Amor a Natureza Produtos Naturais Ltda - Alimentação

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40

Agroturismo Trem da Serra Ltda - Turismo Rural / Alimentação

Abatedouro Paranoá Ltda – Abatedouro

CAENGE Construção, Administração e Engenharia LTDA - Construção Civil

Malunga Produtos Agropecuários LTDA - Agricultura Orgânica

Espaço e Forma Móveis e Divisórias Ltda - Moveleiro

Espírito Santo

Sede: Vitória

Coordenação: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo

Data de Implantação: não disponível

Principais Clientes - Ramo de Atividade: não disponível

Mato Grosso

Sede: Cuiabá

Coordenação: Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso - FIEMT

Data de Implantação: 25/05/2000

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Móveis de Aço – Prol – Metalúrgica

Triângulo Indústria Produtos Naturais – Bananutri - Produtos alimentícios

Berto S/A - Curtume Berto – Curtume

Indústria Madeiras Ltda – Ancacil - Processamento de madeiras

Milan móveis e equipamento de Informática Ltda - Milan Móveis - Móveis p/escritório e escola

Zamir Ind. e Com. de Móveis Ltda - Duzzi Móveis - Fabricação de móveis c/ predominância de madeira

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41

Pantanal Agrop. Indústria de Ração e Suprim. Ltda - Pap Rações - Indústria de rações bovina, equina, suína e de aves

Açofer Indústria e Comércio Ltda – Metalúrgica

Cloro Mato Grosso Ltda - Cloro Mato Grosso - Indústria de embalagem plástica e de produtos somissanitários

Delmo Lima Albres-Me - Fundição Fênix - Fundição de ferrosos e não ferrosos

Mato Grosso do Sul

Sede: Campo Grande

Coordenação: SEBRAE/MS

Data de Implantação: 18/09/2002

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Multiplus Comércio de Alimentos Ltda – Restaurante

Imbaúba Laticínios Ltda – Laticínio

Fidalgos Conveniências – Açougue

Descarmed Ind. e Comercio de Reapresentações Ltda – Confecção

Fecularia Salto Pilão Ltda – Fecularia

Coop. Agríc. Campo Grande Ltda - Coop Grand - Cooperativa de produtores

Móveis Dourados Ltda – Marcenaria

Real & Real Ltda - Nutrição animal

Belpark Empreendimentos Hoteleiros Ltda – Hotel

Granja Belvedere – Suinocultura

Minas Gerais

Sede: Belo Horizonte

Coordenação: Federação das Indústrias do estado de Minas Gerais - FIEMG

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Data de Implantação: 05/05/2000

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Imepa – Usinagem

Fênix Borrachas – Borracha

Newmec – Metalmecânico

Sancla Empr., Incorp. e Const - Construção Civil

Arco Engenharia - Construção Civil

Project Empreendimento Ltda - Construção Civil

Interni - Auto Peças

Formtap - Auto Peças

Colortêxtil – Têxtil

Cachoeira Velo Norte – Têxtil

MRV Engenharia - Construção Civil

Construtora Andrade Gutierrez - Construção Civil

Pará

Sede: Belém

Coordenação: Núcleo de Tecnologia em Ecoeficiência SEBRAE/PA

Data de Implantação: nov/2002

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Fluídos da Amazônia – Cosméticos

Complementum - Design de Madeira

Frigepe - Processamento de Pescado

Dedainebel – Alimentos

C. Carvalho Ind. e Com. Ltda – Confecções

Bazdú - Acessórios em Couro

Ecojóias Ind. e Com. Ltda - Jóias e Semi-Jóias

Plancon - Engenharia Ltda - Construção Civil

Auto Mecânica Tavares - Oficina Mecânica

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Pernambuco

Sede: Recife

Coordenação: NECTAR – Núcleo de Empreendimentos em Ciência, Tecnologia e Artes da UFPE

Data de Implantação: set/2001

Principais Clientes - Ramo de Atividade: não disponível

Piauí

Sede: Teresina

Coordenação: SEBRAE/PI

Data de Implantação: ago/2003

Principais Clientes - Ramo de Atividade

Metalúrgica Vianna – metalúrgica

Comércio e Ind. de Granitos Ltda – marmoraria

M. A. Bezerra Macedo – confecções

J. C. Queiroz Soares – ME – metalúrgica

Skal Ind. Com. e Engenharia Ltda - argamassa p/ const. Civil

Colégio Base Dez Ltda – educação

Lazule Jens Ind. Confecções Ltda - ind. de confecções

J. C. Castelo Branco Ltda – panificação

Metal Pires Ind. Com. Ltda – metalúrgica

Inbopil - Ind. Borracha do Piauí Ltda - ind. borracha

Rio de Janeiro

Sede: Rio de Janeiro

Coordenação: FIRJAN – Federação das Indústrias Estado do Rio de Janeiro

Data de Implantação: 31/05/2001

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Principais Clientes - Ramo de Atividade:

RIONIL Compostos Vinílicos Ltda - Químico/Compostos de PVC

PRISMA Projeto e Construção Ltda - Construção Civil

CALÇADA Empreendimentos Imobiliários Ltda - Construção Civil

Hotel Simon Ltda – Hoteleiro

IRMÃOS PORTO e Cia. Ltda - Alimentos/Abatedouro de Aves

ÁGUAS MINERAIS SANTA CRUZ LTDA - Bebidas/Água Mineral

FORJA RIO – Metalurgia

Rio Grande do Sul

Sede: Porto Alegre

Coordenação: SENAI - RS

Data de Implantação: jul/1995

Principais Clientes - Ramo de Atividade:

Abastecedora de Combustíveis Hoff Ltda - Comércio a varejo de combustível

Açofer Indústria e Comércio Ltda - Fabricação de outros produtos elaborados de metal

AGCO do Brasil Comércio e Indústria Ltda - Fabricação de tratores agrícolas

Cemar - Fabricação de material elétrico para instalações em circuitos de consumo

Centro Tecnológico de Couro SENAI-RS - Educação continuada ou permanente e aprendizagem profissional

Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí - Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos de arroz

Corsan/Sitel - Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos - Captação tratamento e distribuição de água

Enfripeter Com, Arm. e Ind. de Produtos Alimentícios Ltda - Processamento, preservação e produção de conservas de frutas, legumes e outros vegetais

Escritório de Engenharia Joal Tetelbaum - Construção de edifícios e obras de engenharia Civil

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Icalda - Ind. Conservas Alimentícias Leon Ltda - Processamento, preservação e produção de conservas de frutas, legumes e outros vegetais

Josapar - Joaquim Oliveira S.A. – Participações - Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos de arroz

Lupatech S.A. - Divisão Microinox - Fabricação de peças fundidas de ferro e aço

MECRIL - Fabricação de outros produtos elaborados de metal

Medabil Tessenderlo S.A. - Fabricação de artefatos diversos de plástico

Metalúrgica Jackwal S.A. - Fabricação de outros produtos elaborados de metal

OPP Petroquímica S.A. - Fabricação de resinas termoplásticas

Pescal S.A. - Preparação e preservação do pescado e fabricação de conservas de peixes, crustáceos e moluscos

Pigozzi S.A. - Engrenagens e Transmissões – Fabricação de peças fundidas de ferro e aço

Randon – Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhão

Renovadora de Pneus Hoff Ltda - Recondicionamento de pneumáticos

Riocell S.A. - Fabricação de celulose, papel e produtos de papel

SENAI - CFP SENAI de Artes Plásticas "Henrique D´Ávila Bertaso" - Educação continuada ou permanente e aprendizagem profissional

Springer Carrier - Fabricação de aparelhos de ar condicionado

Santa Catarina

Sede: Florianópolis

Coordenação: Instituto Euvaldo de Santa Catarina – IEL/SC

Data de Implantação: 21/06/2000

Principais Clientes - Ramo de Atividade:

Afonso da Silva Ind. Com. de Arroz Ltda - Agro-Alimentos

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Alimentos Nardelli Ltda - Agro-Alimentos

Brametal – Metalmecânico

Coop Agric Mista Juriti Ltda - Agro-Alimentos

Coop Central Oeste Catarinense - Agro-Alimentos

Coop Reg. Agrop. Vale do Itajaí - Agro-Alimentos

Dalfovo Irmãos e Cia. Ltda – Agro-Alimentos

Embraco – Metalmecânico

Rudolph Usinados Precisão – Metalmecânico

Mecril – Metalmecânico

Sergipe

Sede: Aracaju

Coordenação: SEBRAE/SE

Data de Implantação: 02/10/2002

Principais Clientes - Ramo de Atividade:

Sabor da Nossa Terra - Polpa de Frutas

Sorveteria Reobolte - Polpa de Frutas

Pomar - Polpa de Frutas

Asa Branca – Avícola

Lava Jato São Roque - Lava Jato

Viver Manipulações - Farmácia de Manipulação

Cristal Vidros – Vidraçaria

Panificação União – Panificação

COSANE - Construção e Saneamento

Madeirarth - Madereira

Rio Grande do Norte

Sede: Natal

Coordenação: SEBRAE/ Núcleo Potiguar de Econegócios

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Principais Clientes - Ramo de Atividade:

Nordest Fruit LTDA – Indústria de Alimentos

Guaraves Alimentos - Indústria de Alimentos

CIPAN - Indústria de Alimentos

Maila Macedônia (LS Laticínios) - Indústria de Alimentos

Mineração Cunha Comércio Limitado - Indústria de Alimentos

Tecniplas - Indústria de Plásticos

III.3- Vantagens de Implantação da Produção Mais Limpa

A mudança nos paradigmas ambientais induz as empresas a voltarem-se para a origem da geração de seus resíduos sólidos, emissões atmosféricas e seus efluentes líquidos buscando soluções nos seus próprios processos produtivos, minimizando, assim, o emprego de tratamentos convencionais de fim-de-tubo, muitas vezes onerosos e de resultados não definitivos para os resíduos.

Minimizar resíduos, emissões e efluentes, também significa aumentar o grau de emprego de insumos e energia usados na produção, isto é, produzir produtos e não resíduos, garantindo processos mais eficientes.

Para a empresa, a minimização de resíduos, através da tecnologia de produção mais limpa, não é somente uma meta ambiental, mas, principalmente um programa orientado para aumentar o grau de utilização dos materiais, com vantagens técnicas e econômicas. (http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004)

As principais vantagens da P+L são:

redução de custos de produção e aumento de eficiência e competitividade.

redução das infrações aos padrões ambientais previstos na legislação.

diminuição dos riscos de acidentes ambientais.

melhoria das condições de saúde e de segurança do trabalhador.

melhoria da imagem da empresa junto a consumidores, fornecedores e poder público.

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ampliação da perspectivas de mercado interno e externo.

acesso facilitado a linhas de financiamento.

melhor relacionamento com os órgãos ambientais, com a mídia e com a comunidade. (http://www.pmaisl.com.br/, visitado em 30/08/2004).

Desta forma, enquanto a gestão convencional de resíduos pergunta:

"Que se pode fazer com os resíduos e as emissões existentes?"

A Produção Mais Limpa, proteção ambiental integrada à produção, pergunta:

"De onde vêm nossos resíduos e emissões?"

"Por que afinal se transformaram em resíduos?"

Portanto, a diferença essencial está no fato de que a Produção Mais Limpa

não trata simplesmente da identificação, quantificação, tratamento e

disposição final de resíduos, mas sim em promover o questionamento:

POR QUE O RESÍDUO É GERADO?

COMO O RESÍDUO É GERADO?

QUANDO O RESÍDUO É GERADO?

(http://www.rs.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004).

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Figura 6: Gestão convencional de resíduos – O que fazer com os resíduos gerados

Fonte: http://www.rs.senai.br/cntl/cntl.htm

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Figura 7: Produção mais limpa – Redução na geração dos resíduos

Fonte: http://www.rs.senai.br/cntl/cntl.htm

III.4 - Metodologia para implantação do Programa de Produção Mais Limpa

A implantação da P+L não é uma tarefa fácil, além de ser bastante

extensa.O prazo para implementação da P+L nas empresas, é de

aproximadamente um ano.

Segue abaixo a metodologia de implementação de P+L, separada por

etapas, apresentada no GUIA DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA – FAÇA VOCÊ

MESMO, elaborado pelo CEBEDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável).

Etapas da implementação da P+L nas empresas:

Comprometimento da direção da empresa

Sensibilização dos funcionários

Formação do ECOTIME

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Apresentação da metodologia

Pré-avaliação

Elaboração de fluxogramas

Tabelas quantitativas

Definição de indicadores

Avaliação de dados coletados

Identificação de barreiras

Seleção do foco de avaliação e priorização

Elaboração dos balanços de massa e de energia

Avaliação das causas de geração dos resíduos

Geração das opções de P+L

Avaliação técnica, ambiental e econômica;

Seleção da opção;

Implementação das opções;

Elaboração do plano de monitoramento e continuidade.

Comprometimento da direção da empresa

O comprometimento explícito do dono da empresa, da alta direção ou da alta

gerência é fundamental para a realização do trabalho. Além disso, é

necessário que o empresário apóie seus funcionários para que o programa

seja eficiente.

Sensibilização dos funcionários

Após o comprometimento da alta direção da empresa, é preciso informar os

funcionários sobre o programa que será desenvolvido na empresa,

esclarecendo a importância da colaboração de TODOS, além de estabelecer

prazos e definir responsáveis, para que as tarefas sejam realizadas.

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Formação do ECOTIME

Os funcionários, um de cada setor, que conhecem a empresa mais

profundamente e/ou que são responsáveis por áreas importantes, como

produção, compra, meio ambiente, qualidade, saúde e segurança,

desenvolvimento de produtos, manutenção e vendas, são aqueles que

devem formar o ECOTIME. Essas pessoas serão responsáveis por repassar

a metodologia aos demais colegas e fazer acontecer sua implementação na

empresa.

Apresentação da metodologia

Nesta etapa, inicia-se uma série de reuniões técnicas com o ECOTIME, com

a finalidade de apresentar os objetivos de cada etapa da metodologia, e

como atingi-los.

Pré-avaliação

Os integrantes do ECOTIME devem caminhar tanto pela área interna,

quanto pela área externa da empresa, para que possam observar e tomar

consciência de todos os resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões

atmosféricas que são gerados. Devem ser observados os impactos

ambientais causados pela empresa, além da maneira como os resíduos se

apresentam dentro das lixeiras: se misturados ou segregados.

Elaboração de fluxogramas

Após a visita de reconhecimento da empresa os integrantes do ECOTIME

devem elaborar fluxogramas qualitativos. Este fluxograma representará,

graficamente, todos os passos do processo, e o modo como estão

relacionados entre si.

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O fluxograma qualitativo é obtido definindo-se o tipo de processo praticado

pela empresa, identificando-se os resíduos gerados, as matérias-primas

utilizadas e os produtos fabricados.

Para elaboração do fluxograma qualitativo global, deve ser utilizado o

diagrama que representa toda a empresa e relacionar as principais matérias-

primas consumidas (entradas), e os principais resíduos gerados (saídas).

O fluxograma qualitativo intermediário é obtido da seguinte maneira: os

integrantes do ECOTIME devem relacionar as macro-atividades de seu

setor, registrando as matérias-primas utilizadas em cada atividade e os

resíduos gerados em decorrência de cada uma,

Tabelas quantitativas referentes aos fluxogramas global e

intermediário

A próxima tarefa é o preenchimento dos dados quantitativos nas tabelas

referentes aos fluxogramas global e intermediário. O objetivo dessa etapa é

a obtenção de dados e informações que estão registrados em notas de

compras de matérias-primas, de material de escritório, de produtos

químicos, de alimentos (no caso de refeitórios) e em contas de água e notas

de quantidades de resíduos transportados.

Definição de indicadores

Após a geração dos dados, é necessário definir os indicadores que poderão

ser utilizados para monitorar a empresa.

Avaliação de dados coletados

Preenchidas as tabelas com valores quantitativos, é o momento da primeira

análise para definir onde serão realizadas as medições efetivas, isto é,

aquelas que serão utilizadas no Balanço Específico e que deverão ter

grande precisão.

É preciso fazer uma análise crítica das informações obtidas, enfocando:

Quantidades e toxicidade dos resíduos gerados e das matérias-

primas consumidas;

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Regulamentos legais que devem ser cumpridos para utilização e

disposição dos materiais e resíduos;

Custos envolvidos: de compra, tratamento e relativos a possíveis

punições do órgão ambiental.

Para isso, é necessário considerar e observar, em cada etapa, as maiores

quantidades de resíduos gerados; os que apresentam algum grau de

toxicidade; aqueles que, tendo legislação específica não estão com

tratamento ou disposição adequados, além de avaliar o custo do resíduo.

Deverão também ser avaliados os valores gastos com as matérias-primas, a

água e a energia consumidas na empresa.

Identificação de barreiras

Algumas barreiras podem ser encontradas durante a execução do trabalho,

como:

ECOTIME poderá apresentar dificuldade de executar as medições;

Poderá haver dificuldades de envolvimento efetivo da empresa

com a proposta de trabalho;

O ECOTIME poderá ter dificuldade de assimilar os conceitos e a

metodologia de P+L; e,

Pode existir dificuldade de conseguir os equipamentos de medição

(balanças).

Seleção do foco de avaliação e priorização

Com base na análise anterior e na disponibilidade de recursos financeiros da

empresa, será necessário definir as etapas, processos, produtos e/ou

equipamentos que serão priorizados para as efetivas medições e realização

dos balanços de massa e/ou energia.

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Elaboração dos balanços de massa e de energia

Definidos os pontos críticos das medições, é necessário planejar a

realização do balanço de massa e/ou energia.

Avaliação das causas de geração dos resíduos

Feito o balanço de massa nas etapas e/ou setores priorizados, o ECOTIME

deverá avaliar as causas da geração de cada resíduos identificado.

Perguntas como POR QUE? COMO? QUANDO? ONDE? os resíduos

são/foram gerados, são fundamentais nesta avaliação.

Geração das opções de P+L

Depois de realizadas todas as medições e de ter discutido com o ECOTIME

as causas da geração dos resíduos, devem ser identificadas oportunidades

de

mudar essas situação, ou seja, opções de Produção Mais Limpa para deixar

de gerar os resíduos.

A participação do ECOTIME é fundamental nesse momento, pois são seus

integrantes que podem sugerir melhorias.

Em ordem de prioridade para a busca de soluções, as seguintes perguntas

devem ser feitas:

Como deixar de gerar o resíduo?

Como reduzir sua geração?

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Como reciclar internamente?

Como reciclar externamente?

O fluxograma abaixo poderá ser utilizado como referência para análise das

oportunidades identificadas para cada causa de geração de resíduo. A

análise deve ser iniciada utilizando-se o enfoque do Nível 1. Se não ficar

demonstrada sua viabilidade, deve-se passar para o Nível 2. Se a solução

também não for viável, deve-se examinar o Nível 3.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Minimização de Resíduos e Emissões

Reuso de Resíduos e Emissões

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Redução na Fonte

Reciclagem Interna

Reciclagem Externa

Ciclos Biogênicos

Modificação no Produto

Modificação no Processo Estruturas Materiais

Boas Práticas

Substituição de Matérias-Primas

Modificação Tecnológica

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Figura 8: Estratégias de Produção Mais Limpa e Minimização de Resíduos

Fonte:http:// www.rs.senai.br/cntl, visitado em 01/03/2004

Além desses, outros pontos devem ser avaliados para identificar

oportunidades. Pode-se, por exemplo, observar o fluxo dos resíduos e

produtos semi-acabados do processo descrito no lay-out da empresa.

Também devem ser consideradas oportunidades no que diz respeito a

retrabalho de produtos, qualidade, saúde, segurança, tempos de produção,

procedimentos organizacionais e muitos outros.

Avaliação técnica, ambiental e econômica;

Após a identificação das oportunidades de Produção Mais Limpa, deve-se

proceder à avaliação técnica, econômica e ambiental de cada opção

identificada.

Avaliação técnica – nessa avaliação são consideradas as propriedades e

requisitos que as matérias-primas e outros materiais devem apresentar para

o produto que se deseja fabricar, de maneira que se possam sugerir

modificações. Sendo possível tecnicamente implementar-se a opção,

procede-se à avaliação ambiental.

Avaliação ambiental – nesta avaliação deverão ser observados os benefícios

ambientais que poderão ser obtidos pela empresa. Dentre eles, pode-se

citar: redução do consumo de MP, redução de carga orgânica, inorgânica e

metais tóxicos no efluente final, e modificação da classificação dos resíduos

sólidos (da Classe I, para a II ou III). Esses resultados são medidos e

comprovados por meio da realização de análises laboratoriais.

Avaliação econômica – Por fim, é realizada a avaliação econômica, através

de um estudo de viabilidade econômica. Deverão ser considerados o

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período de retorno do investimento, a taxa interna de retorno e o valor

presente líquido.

Deve-se pensar da seguinte maneira:

- quanto custa a opção da maneira como está sendo feita hoje = QUAL

O CUSTO DAS OPERAÇÕES ATUAIS? = SITUAÇÃO ATUAL

- quanto custa manter a modificação da opção = quanto custarão as

operações futuras? = SITUAÇÃO ESPERADA

- em seguida, deve-se considerar os investimentos em equipamentos,

obras civis, materiais envolvidos, treinamento.

Para saber em quanto tempo o investimento se pagará (em número de

meses), deve-se fazer o seguinte cálculo simples:

Período de retorno do investimento =

= investimento______________________________________

12 x (Custo da Situação Atual – Custo da Situação Esperada)

Após decorrido o número de meses encontrado no cálculo acima, os valores

obtidos serão ganhos permanentes da empresa.

Benefício econômico (R$) é o ganho líquido que uma empresa obtém em um

determinado projeto. No caso de opções de Produção Mais Limpa, é a

diferença positiva entre o custo da Situação Atual menos o custo da

Situação Esperada.

Seleção da opção;

Feita a avaliação das diversas opções identificadas para a redução do

resíduo, escolhe-se aquela que apresente a melhor condição técnica, com

os maiores benefícios ambientais e econômicos.

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Esse mesmo procedimento deverá ser seguido para cada resíduo que foi

priorizado e para o qual foram realizadas medições por meio dos balanços

de massa e energia.

Implementação das opções;

Este é um momento de extrema importância, será definido o momento da

implementação das opções. Deve-se tentar implementar as opções mais

simples e de menor custo.

Elaboração do plano de monitoramento e continuidade.

Implementadas as opções, deve-se estabelecer um Plano de Monitoramento

para a avaliação do seu desempenho ambiental. Esse Plano consta de

análises laboratoriais de metais e de carga orgânica, medições e

documentação para acompanhamento do Programa. Destina-se a manter,

acompanhar e dar continuidade ao Programa.

Os indicadores estabelecidos no início do trabalho e medidos na realização

dos balanços serão as ferramentas para o acompanhamento que se deseja

manter na empresa.

O Plano deverá constar de:

Parâmetro Freqüência Período

Responsável

Nesta tabela deverão ser colocados todos os Estudos de Casos realizados

com os benefícios econômicos e ambientais descritos.

Portanto, seguindo-se todos os passos acima descritos, implementa-se a

primeira etapa da tecnologia de Produção Mais Limpa. Porém, a melhoria

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contínua deve ser sempre o objetivo final, e para alcançá-la será necessário

traçar novas metas e desafios e acompanhar os indicadores a fim de tornar

a empresa cada vez mais competitiva.

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASOS

O Estudo dos casos são análises de algumas empresas que quebraram os

paradigmas e resolveram adotar a produção mais limpa.

IV. 1 – O Estudo de casos propriamente ditos.

A implantação da P+L tem sido amplamente utilizada pelas empresas, em

virtude das vantagens desta tecnologia, já apresentadas neste trabalho. A

idéia de reduzir a geração de resíduos e custos, simultaneamente, atrai

muitas empresas, como pode ser observado através da grande quantidade

de clientes dos principais núcleos brasileiros. Para ilustrar a eficiência desta

tecnologia, serão representados, a seguir, 10 Estudos de Casos de

empresas que implementaram a P+L.

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Newmec Indústria Mecânica Ltda Fundação: 1998

Nº de funcionários: 85

Principais Produtos: Gabinetes para computador, cofres bancários.

Mercado: Nacional

Faturamento Anual: R$ 5 milhões

Localização: Contagem / MG

Medidas Ambientais Implementadas

• Redução do desperdício no corte

de chapas de 1,2 e replanejamento de

corte de chapas de 1,2.

• Mudança do processo tecnológico

da construção da viga, devido a

perdas de matéria-prima no

processamento da viga (construção de

uma matriz saindo da puncionadeira

para prensa).

• Otimização no uso de matéria-

prima na confecção da orelhinha.

Resultados Alcançados • Redução na compra de matéria-prima.

Diminuição da geração de resíduo.

• Redução da compra de matéria-prima.

Diminuição da geração de resíduo.

Redução de uma etapa no processo.

Ganho com reutilização de peças

refugadas (chassis).

• Redução do consumo de matéria-

prima. Diminuição da geração de resíduo.

Aumento do número de peças produzidas.

Investimento Total

R$ 0,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 70.832,26

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Metas para o Futuro

• Reduzir as perdas de matéria-prima, energia e água no setor de galvanoplastia;

• Fazer estudos de medição do uso de energia elétrica;

• Comprar chapas de aço com melhor padronização em sua espessura;

• Capacitar a mão-de-obra na empresa;

• Melhorar o sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional;

• Evitar mistura dos resíduos de Usinagem;

• Melhorar manutenção dos equipamentos com vazamento de óleo;

• Fazer estudos de medição do uso da água;

• Executar estudo de medição no setor de soldagem;

• Reduzir a perda de matéria-prima na Usinagem (Barrinha);

• Treinar e esclarecer o Ecotime;

• Realizar estudos e medições no setor de pintura.

Exemplo de Medida Implementada

Antes

Depois

- Consumo total de matéria-prima 288.921 Kg/ano 271.920

Kg / ano

- Consumo de matéria-prima por gabinete 4.75 Kg/pç 4,47 Kg /

- Geração total de resíduos sólidos por produto 81.108 Kg/ano 46.128 Kg

/ ano

- Custos do resíduo associado à matéria-prima R$89.218,80 / Kg R$

50.740,80 / Kg

Custos do resíduo associados à matéria-prima R$ 0,03 / pç R$ 0,02 /

por gabinete produzido

Benefício Econômico:

• R$ 70.832,26 ao ano

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Benefício Ambiental:

• Redução do consumo de matéria-prima; viga e orelhinha;

• Redução da geração de resíduo sólido da chapa 1,2; viga e orelhinha.

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Colortextil Participações Ltda Fundação: 1985

Nº de funcionários: 145

Principais Produtos: Malha de Algodão.

Mercado: Nacional

Faturamento Anual: R$ 10 milhões

Localização: Belo Horizonte / MG

Medidas Ambientais Implementadas

• Controle de vazamentos na

unidade produtiva.

• Regularização do consumo de

água na lavadora de tecidos.

• Adaptação da tecnologia de

lavagem dos equipamentos de

tingimento

• Reutilização dos efluentes na etapa

de mercerização.

• Redução da geração de retalhos

de tecido no processo.

Resultados Alcançados • Melhoria do grau de satisfação dos

funcionários. Redução dos riscos de

acidentes;

• Garantia da regularidade do processo.

Redução do consumo de 1.432 m3 / ano

de água e de 78 m3 / ano de lenha.

Retorno de R$ 4.297 / ano.

• Redução do consumo de 9.136 m3 /

ano de água com redução do volume de

efluentes líquidos gerados. Retorno de R$

15.720,52 / ano.

• Redução do consumo de soda

cáustica e de ácido para neutralização dos

efluentes. Redução de parte dos efluentes

alcalinos. Retorno de R$ 8.733,10 / ano.

• Redução de 60% das perdas com

cortes do tecido. Retorno de R$ 72.005,50

/ ano.

Investimento Total

R$ 15.825,00

Benefício Econômico Total

R$ 103.989,04

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Metas para o Futuro

• Implantar o estudo de caso nº 5 – Utilização de máquina portátil de costura que

evita cortes do tecido;

• Avaliar eficiência da produção e uso do vapor na unidade;

• Verificar formas de aproveitamento dos tecidos em depósito;

• Promover uma ampla campanha de melhoria do ambiente interno da área

produtiva;

• Otimizar o uso de energia elétrica – iluminação e ar comprimido;

• Avaliar o uso e reaproveitamento da água (águas de lavagem e águas de

processo);

• Estudo técnico de lay-out e avaliação da duração dos processos.

Exemplo de Medida Implementada

Controle de vazamentos na unidade produtiva

Situação Anterior:

• Identificação de vários vazamentos (água quente, fria, banhos de aplicação e vapor);

• Degradação do ambiente da empresa, gerando riscos de acidentes de trabalho e

redução da motivação dos funcionários;

• Perda de água e geração de efluentes líquidos pequena mas não desprezível –

necessidade da utilização de mais água para promover limpeza de vazamentos;

• Custo de implantação R$ 25,00.

Situação Atual:

• Todos os vazamentos concertados;

• Redução da degradação do ambiente interno da empresa, minimizando os riscos

de acidentes de trabalho com aumento da motivação dos funcionários;

• Redução da perda de água e geração de efluentes líquidos.

Benefício Econômico:

• R$ 3.232,68 / ano

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Construtora Andrade Gutierrez Fundação: 1948

Nº de funcionários: 10.600

Principais Produtos: Obras de grande porte (Túneis; Ferrovias; Aeroportos; Metrôs).

Mercado: Nacional

Faturamento Anual: R$ 1 bilhão

Localização: Belo Horizonte / MG

Medidas Ambientais Implementadas

• Perda de cimento via descarga do

caminhão (Orifício do Silo).

• Perda de cimento (Rosca sem fim).

• Lavagem interna do cilindro dos

Caminhões.

• Perda dos agregados na correia

transportadora.

Resultados Alcançados • Redução em 30% de particulados de

cimento lançados na atmosfera.

• Melhores condições de trabalho e

saúde para os funcionários da central de

concreto.

• Eliminação de resíduos de água e

concreto e reaproveitamento dos mesmos.

Redução significativa do impacto

ambiental.

• Utilização efetiva dos agregados

transportados e melhoria das condições

ergonômicas dos funcionários.

Investimento Total

R$ 4.982,80

Benefício Econômico Total

R$ 17.458,83

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Metas para o Futuro

• Dar continuidade para os Estudos de Casos ainda não concluídos;

• Estabelecer um procedimento padrão para transferência de aplicação nos

processos da Construção Pesada;

• Inserir a Produção Mais Limpa nas metodologias de gestão da Construtora

Andrade Gutierrez;

• Implementar a Produção Mais Limpa em parceria com o SENAI/GMA/CNTL nas

demais unidades / obras da /AG.

Exemplo de Medida Implementada

Perda de cimento via descarga do caminhão

Situação Anterior:

• Perda de cimento por descarga do caminhão – 16.621 Kg / ano

• Perda de cimento (rosca sem fim) – Condições precárias de trabalho

Situação Atual:

• Perda de cimento por descarga do caminhão – 11.598 Kg / ano;

• Perda de cimento (rosca sem fim) – Melhores condições de trabalho e saúde para

os funcionários da central de concreto.

Benefício Econômico:

• R$ 8.356,88 / ano

Benefício Ambiental:

• Diminuição de 30% na perda de cimento.

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Rionil Compostos Vinílicos Ltda Fundação: 1980

Nº de funcionários: 28

Principais Produtos: Composto de PVC para embalagens plásticas

Mercado: Nacional

Produção Anual: 8.000 t de composto

Faturamento Anual: R$ 25 milhões

Localização: Duque de Caxias / RJ

Medidas Ambientais Implementadas

• Instalação de um sistema de filtro

de mangas fechado;

• Revisão dos procedimentos de

amostragem, reduzindo a quantidade

de material coletado para amostras de

qualidade e rastreabilidade;

• Melhoria do sistema de fixação dos

bigbags de 1300 Kg à moega

receptora no abastecimento da resina;

• Melhor acoplamento dos bigbags

de 500 Kg de antichoque à abertura

dos silos de abastecimento;

• Colocação de um recipiente

decoleta de resíduo na saída externa

dos ciclones da extrusão e ajuste da

operação do sistema de exaustão com

ciclones;

• Instalação de um grupo gerador a

diesel para alimentação de 3

extrusoras.

Resultados Alcançados • Redução em 40% da concentração do

material particulado inalável, evitando

danos à saúde do trabalhador;

• Redução de 50% de material de

amostras de composto de PVC em pó e

granulado. Redução no consumo de

matéria-prima;

• Redução de 80% da geração de

resíduos de varrição de resina. Redução

do consumo e melhor aproveitamento da

matéria-prima.

• Redução de 80% da geração de

resíduos de varrição de antichoque.

Redução do consumo e melhor

aproveitamento da matéira-prima;

• Redução de 584 Kg na geração de

resíduos de composto granulado ao ano;

• Redução no consumo de energia

elétrica no horário de ponta em 526.062

kWh. Redução da geração de resíduos

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sólidos na parada das máquinas por

interrupção do fornecimento de energia

elétrica.

Investimento Total

R$ 188.700,00

Benefício Econômico Total

R$ 207.434,00

Metas para o Futuro

• Melhoria no sistema de torres de resfriamento visando eliminar perdas de água e

energia

• Redução da temperatura da água de resfriamento das bombas das extrusoras;

• Redução do nível de ruído da produção;

• Revisão do processo de lavagem das empilhadeiras visando reduzir contaminação

de óleo das águas residuárias;

• Revisão do processo de abastecimento da pré-mistura visando reduzir perdas e

evitar danos a saúde do trabalhador

• Redução da geração de borras na troca de fórmula e limpeza das extrusoras;

• Melhoria no programa de conscientização do uso de EPIs;

• Redução de perdas no abastecimento de óleos nos tanques;

• Melhoria no sistema de estocagem para a redução na movimentação das

empilhadeiras visando menor consumo de GLP e geração de gases.

Exemplo de Medida Implementada

Aquisição de um grupo gerador a diesel para ser utilizado em horário de ponta, já que, na

produção do composto, as máquinas não podem sofrer interrupção do fornecimento de

energia.

Investimento

• R$ 162.300,00 • Aquisição de um grupo gerador. Benefício Econômico:

• R$ 158.344,00

• Redução do consumo de energia elétrica no horário de ponta.

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Benefício Ambiental:

• Redução do consumo de energia elétrica em 526.062 kWh;

• Redução em 3,4 t de resíduo de borra devido à parada não programada das

máquinas.

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Águas Minerais Santa Cruz Ltda Fundação: 1914

Nº de funcionários: 18

Principais Produtos: Garrafão de 20L de água mineral

Mercado: Nacional

Produção Anual: 249.709 garrafões de 20L

Faturamento Anual: R$ 272.811,00

Localização: Água Santa / RJ

Medidas Ambientais Implementadas

• Melhor aproveitamento da água

mineral extraída das fontes.

• Melhor gerenciamento da demanda

energética, implementando uma

produção contínua ao longo do dia.

• Instalação de uma central de

produtos para limpeza das máquinas e

embalagens e de dosadores

automáticos dos produtos químicos.

• Conscientização dos distribuidores

e implementação de um teste

hidráulico para melhor avaliação do

garrafão a ser lavado.

Resultados Alcançados • Reuso de 4.207 m3 de água mineral.

• Redução de 2.829 kWh por ano no

consumo de energia elétrica.

• Reaproveitamento das águas de

enxágüe para preparação de novas

soluções. Eliminação do contato manual

do operador com produtos químicos.

• Redução de 20,26 t de resíduo de

garrafões cheios com água mineral

rejeitados na inspeção final.

Investimento Total

Aquisição de bombas dosadoras de químicos, pressostato, condutivímetro, treinamento

de operadores, sensibilização dos distribuidores, teste hidráulico, aquisição de um

sistema de limpeza (CIP), programação do recebimento dos distribuidores, compra de

garrafões, aquisição de novos equipamentos incluindo a mão de obra para instalação dos

mesmos. Totalizando R$ 88.973,00

Benefício Econômico Total

Redução do consumo de água mineral extraída das fontes, de produto químico para

limpeza, de energia elétrica e da ociosidade operacional, totalizando R$ 296.247,00

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Metas para o Futuro (Todas em Andamento)

• Redução da geração de efluentes.

• Redução de consumo total de água

• Eliminação do tempo de espera dos clientes

• Substituição total da dosagem manual de produtos químicos por dosagem

automática.

• Assegurar uma lavagem mais eficiente com a instalação do pressostato regulado.

• Elaboração de um plano de marketing para a divulgação do histórico da empresa.

Exemplo de Medida Implementada

Melhor aproveitamento da água mineral extraída das fontes, sugerindo um segundo

produto para comercialização: água purificada adicionada de sais.

Investimento

• R$ 63.519,00 • Uma bomba dosadora de hipoclorito de sódio • Um tanque estacionário de aço inox com formato cilíndrico e fundo inclinado R$ 18.836,00 • Um filtro declorador de água em aço inox R$ 8.613,00 • Um filtro polidor de água em aço inox R$ 2.453,00

• Um sistema de desmineralização com resina de troca iônica R$ 25.000,00

Benefício Econômico:

• R$ 159.233,73

• Substituição da água mineral extraída por água da rede na etapa de enxágüe

intermediário

• Redução da geração de efluentes

• Utilização da água mineral de enxágüe final, após purificação, como novo produto.

Benefício Ambiental:

• Redução da geração de efluentes.

• Melhor aproveitamento da água mineral extraída das fontes.

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Centro Tecnológico do Couro SENAI - RS Nº de funcionários: 50

Principais Produtos: Educação Tecnológica, Assistência Técnica/Tecnológica, Pesquisa

Aplicada e Informação Tecnológica nas áreas de processamento de couros e gestão e

tratamento de resíduos industriais.

Mercado: Nacional, Internacional e Mercosul

Faturamento Anual: R$ 678.708,00

Localização: Estância Velha / RS

Medidas Ambientais Implementadas

• Redução do consumo de água nas

lavagens e limpeza no curtume -

escola.

• Otimização do gruponamento da

raspa caleada para redução do

resíduo do recorte.

• Otimização da utilização dos

tanques de homogeneização da ETE.

• Redução /minimização da geração

do resíduo do descame.

Resultados Alcançados • Redução do consumo de água e da

geração do efluente líquido para a ETE.

• Menor geração de resíduo sólido.

Redução dos gastos com o transporte e

disposição dos resíduos sólidos; obtenção

de raspas com maior área de

comercialização.

• Redução do consumo de energia ETE.

• Menor geração de resíduo sólido.

Redução dos gastos com o transporte e

disposição dos resíduos sólidos.

Investimento Total

R$ 963,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 3.640,99

Metas para o Futuro (Todas em Andamento)

• Implementar um sistema de manutenção preventiva e corretiva das máquinas e

equipamentos da ETE e processo da produção;

• Realizar a manutenção preventiva dos equipamentos da ETE;

• Certificação ISSO 14000

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Exemplo de Medida Implementada

Gruponamento de Couros após a divisão - Otimização do gruponamento da raspa

caleada para redução do resíduo do recorte.

• O recorte /gruponamento da raspa caleada é realizado de forma inadequada,

gerando excesso de resíduos sólidos. Isto se deve em parte pela má qualidade do

couro comprado pela escola (couro catado) e também porque este trabalho é

desenvolvido pelos alunos que estão em processo de aprendizagem;

• Confecção e utilização de um gabarito padrão para facilitar o gruponamento das

raspas;

• Treinamento permanente dos funcionários e alunos na divisão dos couros, e no

gruponamento das raspas utilizando este gabarito.

Investimento: R$ 0,00

Benefício Econômico:

• Redução de gastos com o transporte e disposição dos resíduos sólidos;

• Obtenção de raspas com maior área de comercialização;

• Redução de 20% na geração de resíduo no recorte /gruponamento da raspa

caleada

Benefício Ambiental:

• Menor geração de resíduo sólido.

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Lupatech S.A. Fundação: 1980

Nº de funcionários: 340

Principais Produtos: Microinox: peças microfundidas de precisão

Valmicro: válvulas e equipamentos de controle e automação

Steelinject: peças injetadas em aços e cerâmicos

Inoxpa: anéis, conexões, válvulas e bombas da linha sanitária

Mercado: Nacional e Internacional

Produção Anual: 900 t

Faturamento Anual: R$ 33 milhões

Localização: Caxias do Sul / RS

Medidas Ambientais Implementadas

• Reprocessamento do material

refratário na fabricação de tijolos e

piso

• Reprocessamento da borra

cáustica na neutralização de efluentes

ácidos

• Substituição de trapos por toalhas

industriais

• Re-refino da cera com

neutralização interna na injeção de

modelos

Resultados Alcançados • Reciclagem externa de 100% de

resíduos

• Reciclagem interna de 100% do

resíduo

• Não-geração de resíduos

• Reciclagem interna da cera

Investimento Total

R$ 0,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 89.600,00

Metas para o Futuro (Todas em Andamento)

• Adição de pó de jato e lixa na fabricação de tijolos e pisos

• Minimização do uso de óleo de corte (sistema de filtragem nos setores de

usinagem)

• Melhoria no sistema de tratamento de efluentes

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Exemplo de Medida Implementada

Utilização de material refratário na fabricação de tijolos e pisos

A geração de resíduo de material refratário implicava na necessidade de construção de

um aterro, para disposição deste material. O custo estimado do investimento para o

aterro é de R$ 60.000,00. Porém, a solução encontrada no uso deste resíduo, fabricação

de tijolos e pisos cerâmicos, dispensou o investimento. Assim, a solução passou a ser

definitiva, uma vez que o aterro tem a capacidade limitada além de gerar a inutilidade da

área que é ocupada.

Investimento: R$ 0,00

Benefício Econômico:

• R$ 60.000,00 (devido a eliminação da necessidade da construção de um aterro

industrial para a disposição final dos resíduos).

Benefício Ambiental:

• Resíduo zero em aterro.

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OPP Petroquímica S.A. Fundação: 1983

Nº de funcionários: 474

Principais Produtos: Polipropileno, Polietileno de Baixa Densidade e Compostos.

Mercado: Local, Regional, Nacional, Internacional, Mercosul

Produção Anual Plantas RS: 617.000 t

Faturamento Anual: R$ 1 bilhão

Localização: Plantas distribuídas nos três Pólos Petroquímicos Brasileiros

Medidas Ambientais Implementadas

• Mudanças no sistema de exaustão

• Melhoria no sistema de

abastecimento de carga mineral

• Instalação de sistema de

recuperação e reciclo de águas de

lavagem de silos e das bombas de

degasagem

• Recuperação de subprodutos

através de pequena modificação na

sistemática de coleta

• Melhoria na disposição de resíduos

Resultados Alcançados • Redução na geração de resíduo de pó

de exaustão de 1029 Kg /ano

• Redução de resíduos nos sacos e

varredura de 1375,9 Kg /ano. Eliminação

de resíduos de sacos de 15.135 Kg /ano

• Redução da geração de efluente de

54.000 m3 /ano

• Diminuição da geração de varreduras

de 2000 Kg /ano

• Maior possibilidade de reciclagem dos

resíduos

Investimento Total

R$ 56.730,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 132.766,00

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Exemplo de Medida Implementada

Instalação de Sistema de Recuperação e Reciclo de Águas de Lavagem de Silos e das

Bombas de Degasagem

Objetivo em 1999: Redução do consumo de água de processo em 25 %.

Melhoria motivada pela necessidade de otimização da utilização de água e geração de

efluentes e na diminuição dos custos de tratamento.

Ações Desenvolvidas:

• Restrição do consumo através do uso de placas de orifício;

• Otimização do sistema de água gelada;

• Restrição do uso de água para limpeza de pisos;

• Melhoria no circuito de refrigeração de água por mudança nos controles de nível.

Investimento: R$ 2.000,00

Benefício Econômico:

• R$ 53.017,00 /ano

Benefício Ambiental:

• Utilização racional de recursos não-renováveis

• Redução da geração de efluente de 54.000 m3 /ano

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Cooperativa Juriti Ltda Fundação: 1968

Nº de funcionários: 93

Principais Produtos: Arroz Parboilizado e sementes cultivares de arroz irrigado

Mercado: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina

Faturamento Anual: R$ 15 milhões

Localização: Massaranduba / SC

Medidas Ambientais Implementadas

• Monitoramento da máquina de pré-

limpeza

• Correção de Fluxo do arroz no

tanque de lavação

• Adequação da termometria na

estufa

• Utilização de produtos e /ou

equipamentos em consonância com a

filosofia da Produção Mais Limpa

Resultados Alcançados • Evitou-se a perda de 7,4 t de grãos

bons de arroz na forma de resíduos /safra.

Redução de 100% nas perdas de grãos

de arroz bons junto com os resíduos

• Recuperação de 420,6 t de grãos de

arroz mal formados e 8 t de arroz bom.

Economia de 15.364,0 m3 de água do rio.

• Redução da quantidade de casca a ser usada para queimar (geração energia calorífica) na fornalha da estufa. Redução da quantidade de água do Rio Massaranduba para formação do efluente água + cinza, reduzindo-se assim a poluição ambiental. Favorecimento da utilização da casca para motivos mais nobres: aglomerados, chips de computador (sílica), entre outras inovações que devem ser pesquisadas.

• Eliminação da poluição ambiental causada pelo produto a base de brodifacoum (0,005%). Eliminação de embalagens vazias para o meio ambiente.

Investimento Total

R$ 2.685,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 62.821,48

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Exemplo de Medida Implementada

Monitoramento da máquina de pré-limpeza

• Substituição de peneiras oblongas, com as dimensões de 1,5 x 22mm;

• A peneira tem durabilidade de doze (12) meses, assim sendo, é necessário o

monitoramento da máquina para evitar perdas de grãos de arroz bons que se misturam

com os resíduos.

Investimento: R$ 185,00

Benefício Econômico:

• R$ 2.061,64 /safra

Benefício Ambiental:

• Evitou-se a geração de 7,4 toneladas de grãos bons de arroz como resíduos

/safra;

• Redução de 100% nas perdas de grãos de arroz bons junto com os resíduos.

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Rudolph Usinados de Precisão Ltda. Fundação: 1973

Nº de funcionários: 178

Principais Produtos: Parafusos, porcas, arruelas, pinos e outros

Mercado: Nacional

Faturamento Anual: R$ 6 milhões

Localização: Timbó / SC

Medidas Ambientais Implementadas

• Substituição da ferramenta de corte

(bedame) de 2,2 mm de largura por

outra de 1,4 mm de largura, na etapa

de usinagem

• Padronização nos procedimentos

de usinagem do final de barra

• Aproveitamento do óleo de certe

presente nas toalhas de limpeza

Resultados Alcançados • Redução no consumo de matéria-

prima, energia elétrica, óleo de corte.

Redução na geração de resíduos sólidos,

líquidos e gasosos.

• Redução no consumo de matéria-

prima. Redução na geração de resíduos

sólidos

• Redução de 740L /ano na geração de

resíduo líquido

Investimento Total

R$ 1.200,00

Benefício Econômico Total / Ano

R$ 45.787,40

Exemplo de Medida Implementada

Aproveitamento do óleo de corte presente nas toalhas de limpeza

Investimento: R$ 0,00 (aproveitamento da centrífuga existente na Empresa)

Benefício Econômico:

• R$ 911,80 /ano, com a recuperação de 470L de óleo de corte

Benefício Ambiental:

• Redução de 470L /ano na geração de resíduo líquido, o que compreende a

recuperação de cerca de 70% do óleo das toalhas

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CONCLUSÃO

O levantamento dos núcleos de P+L existentes no Brasil foi realizado

basicamente através de pesquisa na Internet, e com isso pode-se observar

que apesar de ainda não ser uma prática rotineira na maioria das indústrias,

a P+L está bem estabelecida e organizada em diversos Estados brasileiros,

principalmente pelo fato de a P+L ser uma ferramenta para alcance do

Desenvolvimento Sustentável.

Atualmente há uma grande preocupação, por parte das indústrias, e

cobrança por parte dos órgãos fiscalizadores e da sociedade, em reduzir o

impacto ambiental proporcionado pelo desenvolvimento. É indiscutível a

necessidade de crescimento e desenvolvimento das cidades, porém a idéia

de se desenvolver sem agredir e destruir o meio ambiente, também já se

tornou obrigatória.

Muitas indústrias ainda priorizam o tratamento dos resíduos, efluentes e

emissões geradas durante o processo, mas isso está mudando, como pode

ser observado através dos estudos de casos. O aumento crescente dos

núcleos de P+L no Brasil, reflete o empenho pela melhoria ambiental das

empresas, sendo esta obtida em conjunto com ganhos econômicos

significativos.

Hoje já existem 16 núcleos de P+L espalhados pelo Brasil, cada um com

uma grande lista de clientes e implementações bem sucedidas. A aplicação

de metodologias como a P+L, é interessante para as indústrias, uma vez

que otimiza o consumo de matérias-primas, água e energia, além de buscar

soluções lucrativas para a minimização da geração dos resíduos, ou mesmo

a não-geração dos mesmos.

Analisando-se os Estudos de Caso anteriormente apresentados, verifica-se

que todas as empresas investiram pouco e obtiveram lucro com a

implementação da tecnologia de P+L, e conseguiram reduzir a geração dos

resíduos, efluentes, ou emissões.

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O alcance do Desenvolvimento Sustentável é um objetivo comum às nações

do planeta, e este trabalho propôs-se a divulgar e estimular a utilização de

uma das ferramentas mais eficientes na busca pela sustentabilidade.

Através da realização do levantamento dos núcleos de P+L existentes no

Brasil, e da apresentação dos 10 Estudos de Caso, foi possível verificar que

um número de empresas que aderiu à utilização desta técnica é grande.

Sem dúvida um trabalho de Educação Ambiental desenvolvido em conjunto

com a produção mais limpa pode gerar um binômio perfeito, intensificando e

glorificando a luta das comunidades por um meio ambiente mais saudável e

por um desenvolvimento sustentável e lucrativo. A natureza agradece.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AMARAL, José Alexandre Gurgel. Apostila Meio Ambiente e

Sustentabilidade. Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós

Graduação Latu Sensu – Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

AMARAL, Sergio Pinto. Estabelecimento de indicadores e modelo de

relatório de sustentabilidade ambiental, social e econômica: Uma

proposta para a indústria de petróleo brasileira. Rio de Janeiro, 2003.

Tese (Doutorado em Engenharia) – Coordenação de Programas de Pós

Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

BATISTA, Dilri Scardini Alves. Produção Mais Limpa: estratégia para

ecoeficiência aplicada ao setor de águas minerais. Rio de Janeiro, 2003.

Tese (Mestrado em Engenharia Química) – Escola de Química da

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

FERREIRA, Lidia. Apostila Sistema Integrado de Gestão. Rio de Janeiro,

2003. MBA Gestão Ambiental, Pós Graduação Latu Sensu – Especialização

– Fundação Getúlio Vargas.

HUBMAIER. Apostila de Sistema de Gestão. Rio de Janeiro, 2003. MBA

Gestão Ambiental, Pós Graduação Latu Sensu – Especialização – Fundação

Getúlio Vargas.

MAROUN, Christianne Arraes. Apostila Controle Ambiental e Prevenção

da Poluição. Rio de Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós Graduação

Latu Sensu – Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

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86

PÁDUA, José Augusto. Meio Ambiente e Desenvolvimento. Rio de

Janeiro, 2003. MBA Gestão Ambiental, Pós Graduação Latu Sensu –

Especialização – Fundação Getúlio Vargas.

REDE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA - RELATÓRIO DE ATIVIDADES -

1999-2002. Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento

Sustentável. Rio de Janeiro, 2003

http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html, visitado em 01/08/2004

http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004

http://www.situa.com.br/~prj/cntl/sobre-10siste.htm, visitado em 10/07/2004

www.cebds.com, visitado em 17/08/2004

http://www.cebds.com/ecoeficiencia/pmaisl/guia-pmaisl/guia-da-pmaisL.pdf

http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004

http://www.situa.com.br/~prj/cntl/index.shtml, visitado em 10/07/2004

http://www.situa.com.br/~prj/cntl/artigo05, visitado em 11/09/2004

http://www.firjan.org.br, visitado em 12/08/2004

http://www.pmaisl.com.br, visitado em 09/08/2004

(http://www.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 03/07/2004)

(http://www.pmaisl.com.br/, visitado em 30/08/2004).

(http://www.rs.senai.br/cntl/cntl.htm, visitado em 01/03/2004).

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO

2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

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88

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 11

I.1 – O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 11

CAPÍTULO II

SISTEMA DE GESTÃO

17

II.1- SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA

18

II.2- SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

22

II.2.1GERENCIAMENTO AMBIENTAL-PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO

27

II.2.2 SISTEMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL E P+L

28

II.2.3 RELAÇÃO DO PROG. P+L E SIST. DE GESTÃO AMBIENTAL

29

CAPÍTULO III

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

33

III.1 HISTÓRICO

35

III.2 NÚCLEOS INTEGRANTES DA REDE DE P+ L

38

III.3-VANTAGEM DA IMPLANTAÇÃO DA P+L

48

III.4- METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO

51

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89

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASOS

61

IV.1 OS ESTUDOS DE CASOS PROPRIAMENTE DITO 61

CONCLUSÃO 83

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 85

ÍNDICE 88

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato Sensu”

Título da Monografia: PRODUÇÃO MAIS LIMPA: EM BUSCA DA

SUSTENTABILIDADE – ESTUDO DE CASOS

Autor: CARLOS JOSÉ DA COSTA KIND

Data da entrega: 22/01/2005

Avaliado por: Conceito: