UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · estímulo financeiro e o único motivador, e...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Núbia Maria Bernardo
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia a AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por: Núbia Maria Bernardo.
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AGRADECIMENTOS
...A nova amiga Simone Bercê, meu
noivo Eduardo e a orientadora
Aleksandra Sliwowska que
contribuíram muito para realização
desta monografia.
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DEDICATÓRIA
...Dedico ao meu noivo Eduardo
Carvalheira, que me incentiva e dá forças
em todos os momentos da minha vida,
para meu crescimento pessoal e
profissional.
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RESUMO
Esse trabalho mostra a importância da motivação para as organizações
que pretendem obter algum diferencial competitivo no mercado, destacando
pontos importantes segundo alguns autores conceituados. O estudo mostra
também as diversas definições para o assunto motivação, suas contribuições
para o melhor relacionamento funcionário/organização, a importância da
motivação nas organizações e a influência do mercado na aplicação da
motivação. Destaca vantagens adquiridas com a implementação da motivação
como um modo de agregar valor à organização. Mostra também como a
motivação dos funcionários é um fator importante para a empresa, pois,
aprimorando a gestão de pessoas com a finalidade de se obter resultados
positivos através da motivação os funcionários se comprometem a colaborar e
alcançar os objetivos propostos. A idéia de valorizar o desempenho das
habilidades individuais é percebida como fator gerador de ações eficazes e
produtivas pelas organizações tornando o foco, de suas ações em busca do
diferencial, voltado para seus próprios funcionários buscando estar motivando-
os.
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METODOLOGIA
Os métodos utilizados na pesquisa foram de cunho bibliográfico
elaborado com base em leitura de livros específicos e artigos ligados ao tema
motivação nas organizações, tendo em visão de diversos autores, alguns
como: Idalberto Chiavenato, Cecília W Bergamini. E entrevistas por telefone
com funcionários das empresas financeiras e de petróleo, no intuito de
averiguar a satisfação ou não dos colaboradores.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Motivação - Origem 09
1.1 Compreendendo a motivação 12 CAPÍTULO II - Teorias Motivacionais 16
CAPÍTULO III – As Organizações e a Motivação 21
1.3 Motivação – Parte integrante do mercado 23 2.3 Aplicação da motivação como vantagem 25 Competitiva CAPÍTULO IV – Comparativo de Satisfação Empresa Financeira e Empresa de Petróleo 35 CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42
8
INTRODUÇÃO
O motivo da elaboração de um trabalho acadêmico sobre motivação se
deve pelo fato da alta competitividade existente no mercado. Com o crescente
número de empresas no mercado atendendo as necessidades dos mesmos
clientes, torna-se mais difícil uma empresa conseguir destaque considerável. A
oferta do mesmo produto por várias empresas é grande fazendo com que o
cliente tenha mais opções de escolha tornando o mercado disputado entre as
organizações. A procura por meio de conquistar mais clientes, através da
qualidade dos produtos e serviços, faz com as organizações procurem
soluções para as dificuldades encontradas. Dessa forma as organizações
estão adotando a motivação de seus funcionários como uma solução
primordial.
O artigo vem mostrar que com o funcionário motivado é possível ter
aumento na qualidade dos serviços e maior comprometimento do mesmo.
Essa pesquisa pode colaborar para o melhor desempenho da organização
como um todo, pois um funcionário motivado é capaz de aumentar a sua
produtividade além de oferecer idéias inovadoras, contribuindo para o
crescimento da empresa.
Tem como objetivo mostrar que é possível se obter uma vantagem
competitiva utilizando-se os conhecimentos adquiridos sobre os fatores
motivacionais individuais. Mostra a importância de se tratar o funcionário como
um indivíduo que possui necessidades e objetivos.
O trabalho traz de o conhecimento prévio de algumas teorias
motivacionais que contribuem para o melhor entendimento da motivação.
Destaca a relação existente entre as organizações e a motivação como um
contexto organizacional. Mostra, ainda, a importância e vantagens adquiridas
ao se manter os funcionários motivados tendo em vista o mercado competitivo
ao qual interagem.
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CAPÍTULO I
MOTIVAÇÃO - ORIGEM
Por séculos, a grande quantidade de mão-de-obra fez com que a
energia muscular fosse à única preocupação. No entanto, em meados dos
séculos XIV e XV, ocorreu um crescimento populacional fora do domínio dos
senhores feudal que, consequentemente, contribuiu para o aumento da
demanda por produtos. Foi necessária a adoção de técnicas mais rentáveis,
resultando no rompimento do corporativismo e no surgimento da manufatura e
da burguesia. Os burgueses acumularam bens materiais, poder político e
conhecimentos técnicos; contribuindo assim para a queda do feudalismo e a
elevação do capitalismo. Neste período, os proprietários do capital já haviam
percebido que o lucro máximo poderia ser obtido através da coordenação de
esforços em torno da organização industrial. (CANÊDO, 1987).
A característica deste período era a produção artesanal, onde a força
de trabalho era qualificada, e a sua organização era centralizada, apenas um
proprietário coordenava e mantinha contato direto com os consumidores,
trabalhadores e fornecedores. As ferramentas utilizadas eram de uso geral e a
produção era por encomenda, de acordo com o desejo do cliente.
Mas, segundo Womack et al. (1992), o custo alto da produção, a
qualidade baixa dos produtos e a inexistência de recursos para o
desenvolvimento de novas tecnologias foram consideradas como as principais
desvantagens de produção artesanal. Houve então a necessidade de mudar o
modo de produzir.
Os modos de obtenção de lucro estavam se tornando limitados, sendo
necessária uma inovação de alternativas para que houvesse um aumento de
10
produtividade. Isso impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias, com
a introdução da máquina nas unidades de produção.
Já no fim do século XIX, surge a Administração cientifica proposta por
um engenheiro americano, Frederick W. Taylor (apud CHIAVENATO, 1993),
como um novo modo de organização da produção e do trabalho. A partir desse
momento era elaborada uma teoria motivacional do trabalho que serviria de
base para muitas outras, mas com uma abordagem cada vez mais psico-sócio-
cultural.
O estudo da motivação teve grande relevância a partir desta teoria,
tendo em vista que Taylor (apud CHIAVENATO, 1993) se procurava em
substituir o empirismo e a improvisação, que predominava nas organizações,
pela ciência e pelo planejamento. Para ele o principal objetivo da
administração era assegurar o máximo de prosperidade para o patrão e
empregado, sendo possível com a redução dos custos de produção aliado ao
pagamento de altos salários. Ou seja, considerava que o salário era um
estímulo financeiro e o único motivador, e que ele era suficiente para que se
pudesse obter um aumento de produtividade por parte dos trabalhadores. A
remuneração era baseada na produção de cada operário, ou seja, quanto
maior a produção, maior o salário, desse modo a produtividade da empresa
cresceria.
Para Chiavenato (1987) a Administração Cientifica teve vários
seguidores, acarretando em uma grande revolução no pensamento
administrativo e na indústria daquela época. Taylor se preocupava em tentar
diminuir, ou até eliminar, o desperdício e perdas sofridas pelas indústrias
americanas, aumentando os níveis de produtividade através da aplicação de
métodos e técnicas da engenharia industrial.
O autor ainda acrescenta que Taylor e seus seguidores verificaram que
a eficiência não poderia ser obtida somente a partir do método de trabalho e
do incentivo salarial. As condições de trabalho também foram consideradas
elementos importantes para o aumento da eficiência. Deste modo, o conforto e
a melhoria do ambiente físico passaram a ser valorizado.
11
No entanto, segundo Parker et. Al (1997), os estudos desenvolvidos
por Mayo e alguns companheiros, em 1927 retrataram um quadro que
simbolizava a transição entre a administração científica e o movimento das
relações humanas no pensamento administrativo. Foi observado por Mayo, ao
final dos estudos, que os fatores econômicos e financeiros não eram o único
motivador. A motivação para ele dependia, em grande parte, do sentimento do
trabalhador em relação ao seu trabalho, ou seja, do seu reconhecimento
social. A autoridade deveria ser baseada nas habilidades sociais de assegurar
a cooperação de todos, e não nas habilidades técnicas, como se acreditava na
administração científica. Sendo assim, passou-se a valorizar as habilidades de
comunicação e escuta que um supervisor deveria possuir.
Parker et. Al (1997) afirma que, a partir destes estudos, tornou-se
evidente a importância da ciência do comportamento na administração. Os
autores ressaltam que, principalmente a partir da década de 60, foi
intensificado o estudo do comportamento humano aplicado a administração.
Surgiu assim:
“... uma nova abordagem do pensamento administrativo
de recursos humanos, tendo como os principais
representantes os teóricos Ross Stangner, Frederick
Herzberg, David McClelland, Abranham Maslow, Douglas
McGregor e Chris Argyris. Esses autores concebem a
organização não apenas como um espaço de realização
das atividades desejadas pela organização formal, mas
também como um lugar onde os indivíduos ou grupos
procuram satisfazer às suas necessidades particulares. E
destacam, a partir das teorizações de Mayo, os aspectos
não funcionais da conduta humana nas organizações
(PARKER et. Al,1997, p. 84)
12
O ponto em comum entre esses seis autores, citado como
representantes do enfoque comportamental, é a motivação em administração.
O motivo pelo qual um indivíduo exerce determinado comportamento
em prol de um objetivo pessoal denota a origem da motivação. É um fenômeno
interno, ou seja, intransferível levando em consideração as próprias carências
internas (necessidades) de cada indivíduo.
1.1 Compreendendo a Motivação
A fim de enfrentar os desafios impostos pelo mercado que se
mostra em constante modificação a empresa necessita de tecnologia dos seus
ativos tangíveis e também da valorização dos seus ativos intangíveis (a
motivação dos funcionários). É preciso conhecer cada funcionário verificando
quais as condições que tendem a promover a sua motivação, proporcionando
um ambiente organizacional satisfatório em busca de um diferencial perante as
outras empresas. Para tanto se faz necessário compreender o que é
motivação.
A palavra motivação é usada com diferentes significados.
Pode-se falar em motivação para estudar, ganhar
dinheiro, viajar e até mesmo para não fazer nada. A
palavra motivação indica as causas ou motivos que
produzem determinado comportamento, seja ele qual for.
(MAXIMIANO, 2004, P. 275).
Nesta afirmação aborda-se motivação com a máxima
abrangência, de uma forma macro, não estando focada no âmbito
organizacional.
Como a motivação, em geral, se relaciona com o esforço para
o alcance de qualquer objetivo, este estudo reduzirá o foco para os objetivos
13
organizacionais, para que se possa refletir o interesse específico como uma
vantagem competitiva.
Para Piéron e Archer (1964 apud CASADO et. Al, 2002, p. 248)
“motivação é definida como um impulso à ação. É também traduzida como
necessidade ou tendência”. É originada no interior de cada pessoa por se
tratar de um impulso, deste modo torna-se complicado uma pessoa de fora
tentar conseguir motivar a outra. A motivação é algo individual e característico
de cada pessoa, possui caráter próprio e intransferível. O que pode levar a
motivação é diferente na percepção de cada um.
Levando em consideração a psicologia aplicada a administração,
Penna (2001) explica que a motivação é o fator que desperta, mantém e dirige
o comportamento para certa atividade. É a resposta dada pelo organismo
quando estimulado desencadeando a ação, além de manter sua manutenção e
direção. Se bem aproveitado este estímulo, quando explicitado naturalmente,
torna-se um fator para melhora da funcionalidade empresarial. Tendo em vista
que, após despertada ainda consegue manter e dirigir a ação, percebe-se que
é uma boa ferramenta de processamento administrativo além de poder
significar um ponto diferencial perante as demais organizações devido a
evolução que se pode obter.
Para Maximiano (2004, p.274) “motivo, motivação, mover,
movimentar e motor são todas palavras modernas que têm a mesma origem e
estão associadas à mesma idéia: a palavra latina motivus, que significa
aquilo que movimenta que faz andar”. Essas denominações se associam
levando em consideração que representa como estímulo induz o indivíduo a
transmitir forma e conteúdo a uma atividade que esteja sendo executada. Tem
a capacidade de transformar a disponibilização de suas ações em benefício de
uma atividade específica.
Direcionar a motivação sob um olhar do aspecto trabalho foi o que fez
Chiavenato (2004) ao expressar que a motivação é um desejo de exercer
esforços em direção a objetivos organizacionais determinados, condicionado
pela capacidade de satisfazer algumas necessidades individuais. Explica que
quando o funcionário está motivado ele passa a se dedicar arduamente,
14
entretanto tal esforço deve ter um objetivo traçado pela empresa e um valor
pessoal existente.
A motivação está relacionada também com as circunstâncias em que o
indivíduo se encontra. Desta forma pode-se associar a motivação como sendo
um fator contingencial. Segundo Robbins (2002, p.151) “a motivação é
processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de
uma pessoa para o alcance de uma determinada meta”. O autor demonstra
que o comprometimento emocional com a organização depende diretamente
do esforço que se despende pelo funcionário, tendo uma direção definida para
tal ação, fazendo com que se mantenha a realização da tarefa desejada
persistentemente até o alcance do objetivo organizacional. Representa o
quanto o funcionário está intimamente relacionado com o que lhe foi confiado
como objetivo e o quanto isso irá lhe trazer satisfação pessoal.
Quando se fala de motivação humana, parece
inapropriado que uma simples regra geral seja
considerada como recurso suficiente do qual se lança
mão quando o objetivo é a busca de uma explicação ao
mesmo tempo mais abrangente e mais precisa sobre as
possíveis razões que levam as pessoas a agir.
(BERGAMINI, 1997, p.26).
Como todo ser humano é diferente, tanto em seus interesses quanto
em suas características, fica difícil tentar elaborar uma definição de um
assunto que é inerente a cada pessoa.
As pessoas diferem quanto ao seu impulso motivacional
básico, e o mesmo indivíduo pode ter diferentes níveis de
motivação que variam ao longo do tempo, ou seja, ele
pode estar mais motivado em um momento e menos em
outra ocasião. A conclusão é que o nível de motivação
15
varia entre as pessoas e numa mesma pessoa através do
tempo. (CHIAVENATO, 1999, P. 592).
Além disso, o interesse pelo alcance de um objetivo nasce dentro de
cada um, dependendo das circunstâncias que o rodeiam, ficando ainda mais
complexo tentar fazer esta definição.
Compreender o que faz o funcionário se sentir motivado depende de
muitas razões. Segundo Bergamini (1997) o estudo da motivação se torna
complexo porque tais razões estão no interior das pessoas como, por exemplo,
a personalidade, emoção e atitude. Estas são marcas próprias que ficam
difíceis de serem alteradas rapidamente, pois as pessoas não aceitam ações
controladas que não façam parte de sua personalidade. Cada pessoa possui
vários objetivos a serem perseguidos e um jeito individual de alcançá-los
tornando a motivação praticamente exclusiva a cada uma.
16
Capítulo II
Teorias Motivacionais
Após definirem o que é motivação, alguns autores criaram teorias que
tentam demonstrar o que leva o funcionário a se sentir motivado
desempenhando o seu trabalho. Elas podem ser classificadas em duas
abordagens: as de conteúdo e as de processo. As teorias de conteúdo estão
diretamente ligadas àquilo que está dentro de um indivíduo ou ambiente que o
envolve e que sustenta o seu comportamento. Expõe uma visão geral das
necessidades humanas e auxiliam o administrador a conhecer melhor a
necessidades dos seus funcionários. Já as teorias de processo são mais
dinâmicas por proporcionar a compreensão dos pensamentos dos indivíduos, e
que influenciam o seu comportamento.
Uma das explicações teóricas de conteúdo gira em torno das
necessidades extrínsecas e intrínsecas. Para Abraham Maslow (1954 apud
QUINN et al, 2003, p. 247), “há uma série de necessidades que agem numa
hierarquia – desde as de ordem inferior (por exemplo, segurança física) às de
ordem superior (autonomia, conquista e “auto-realização”)”. A Influência do
comportamento humano a se sentir motivado está diretamente associada às
necessidades. As necessidades são classificadas em fisiológicas, de
segurança, sociais, de autonomia e de auto-realização. No entender do autor
as de ordem inferior (fisiológicas e de segurança) só podem ser alcançadas
por fatores externos ao indivíduo e as de ordem superior (sociais, autonomia,
auto-realização) por elementos internos. No entanto quando uma necessidade
é satisfeita acaba deixando de funcionar como meio de motivação, com
exceção a de auto-realização ou crescimento que se torna insaciável. Entende-
se que a motivação é algo constante, infinito e complexo encontrado em todos
os seres humanos.
Ainda sobre a teoria da Hierarquia das necessidades, foi formulado o
seguinte:
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Aparentemente, nós funcionamos melhor quando
estamos lutando por alguma coisa que necessitamos,
quando desejamos por alguma coisa que não temos. O
objetivo desta luta varia de acordo com as circunstâncias.
(FLEURY & VARGAS, 1985, p.29).
Outro teórico da necessidade, Frederick Herzberg (1996 apud
CHIAVENATO, 2004, p. 480), defendia que a remuneração e outras
recompensas extrínsecas do gênero não constituíam fatores motivadores e sim
de insatisfação, denominando-as de higiênicas. São os aspectos relacionados
com o ambiente de trabalho. Já os aspectos motivadores seriam os que
estavam relacionados com o conteúdo do trabalho como realização,
reconhecimento, responsabilidade, crescimento, a natureza do trabalho em si.
Eles não são vistos em um mesmo continuum, pois são
fatores de dimensões diferentes. A alta satisfação não se
traduz pela ausência de fatores de insatisfação e está
relacionada à natureza do trabalho em si. Assim, o oposto
de satisfação não é insatisfação, e sim não satisfação. Da
mesma forma, o oposto de insatisfação não é satisfação,
e sim não-insatisfação. Mais do que um jogo de palavras,
essas diferenças são a essência da proposta de Frederick
Herzberg.(CASADO, 2002, p. 254).
Essa teoria foi muito criticada por simplificar demais a natureza da
satisfação no trabalho e por ter sido baseada em uma amostra muito pequena
e generalizada a partir desta. Entretanto essa base teórica não deve ser
subestimada levando em consideração que muitas de suas aplicações são
úteis para o administrador independente de sua validade científica.
Os fatores ligados ao ambiente de trabalho não só tem
efeitos efêmeros como também precisam ser
18
constantemente ampliados e, finalmente, uma vez
oferecidos, nunca mais poderão ser retirados. Como
Herzberg já há muito havia assinalado também, referindo-
se aos mesmos fatores: ressalta que eles não trazem
satisfação, mas a sua inexistência pode causar grande
insatisfação. Assim, se a empresa oferece vantagens
quanto às condições do ambiente físico do trabalho,
retirar tais vantagens pode trazer inúmeros problemas,
pelo de fato de fazer com que as pessoas se sintam
punidas por lhes retirar algo que já era considerado como
direito adquirido.(BERGAMINI, 1997, p. 58).
David McClelland (1961 apud QUINN et al, 2003, p.248) relata, em sua
teoria, que existam três motivos ou necessidades críticos. O primeiro,
realização, significa o quanto à pessoa se esforça em busca do êxito levando
em consideração um conjunto de metas ou padrões. O segundo, poder, está
direcionado em como se consegue convencer a outra pessoa a adotar
comportamentos que jamais adotaria. A alta necessidade de poder cria a
vontade de influenciar o outro. E por último a necessidade de afiliação,
significa as relações interpessoais íntimas e amigáveis. Um aspecto a destacar
dessa teoria é que as grandes pessoas realizadoras preferem desafios onde
se sintam responsáveis pelo sucesso ou fracasso. Para Penna (2001, p.29) “as
pessoas altamente qualificadas no tocante aos motivos de realização revelam-
se essencialmente orientadas para o trabalho, autoconfiante e competitivo”. A
superação dos obstáculos, não tão difíceis e nem tão fáceis, servem como item
motivador para o alcance do objetivo pessoal. Chiavenatto (2004, p.483)
entende que “a teoria permite que o administrador localize a presença dessas
necessidades em si mesmo e nos subordinados para criar um ambiente de
trabalho que privilegie os perfis de necessidades localizados”.
Um exemplo de teoria motivacional de processo é a da Equidade que
resultou de vários estudiosos que trabalharam sob os mesmos parâmetros
gerais, dentre eles Festinger e Adams. Tem como tema central à razão entre a
19
entrega individual e às recompensas do seu trabalho à organização,
comparadas com os esforços e recompensas das outras pessoas que
trabalham em situação semelhante. Entende-se que o que determina o
desempenho e a satisfação no trabalho é o grau de equidade ou iniqüidade
que um indivíduo percebe na sua empresa. “Se um indivíduo acha que está
sendo menos recompensado quando comparado a outros, ele se sente
insatisfeito e procura formas alternativas de eliminar a iniqüidade”. (CASADO
et. Al, 2002, p. 255). Chiavenatto (2004) afirma que o empregado, ao perceber
uma iniqüidade irá escolher uma das alternativas de comportamento: mudar
suas contribuições, mudar as recompensas recebidas, modificar os pontos de
comparação, e modificar a situação (transferindo ou saindo da organização).
Para Bergamini (1997, p.66) “a teoria da equidade fornece orientações úteis
para que se possam compreender os diferentes tipos de relacionamento social
no ambiente de trabalho”. As percepções com relação às iniqüidades variam
entre as pessoas acarretando alguns desconfortos nas relações dentro do
ambiente organizacional.
A teoria da expectativa elaborada por Victor Vroom (1964 apud QUINN
et al, 2003, p. 257) é uma das mais abrangentes atualmente, baseada na
relação entre o esforço despendido para o trabalho, o desempenho e os
resultados deste. Demonstra que o funcionário para se sentir motivado tem
que levar em consideração se o que ele faz, demonstrando compromisso com
as sua tarefas, execução antecipada das mesmas; irá agregar uma boa
avaliação do seu desempenho, ao qual lhe proporcionará recompensas da
organização e que estas estejam interagidas aos objetivos individuais, como
por exemplo: bônus, prêmio, promoção e gratificação. Segundo Bergamini
(1997, p. 65) “a teoria da expectância propõe que o indivíduo, por meio do
conhecimento que tem, escolhe determinado curso de ação que proporcione o
maior grau possível de prazer e, conseqüentemente, produza o menor grau
possível de sofrimento”. A teoria respeita que as pessoas possuem
pensamentos, desejos e crenças e atuam com antecipação e planejamento
aos eventos de sua vida, colocando o esforço e direção adequada para atingir
o objetivo. Para Fiorelli (2003) a expectativa também se liga às aptidões. O
20
funcionário terá expectativas mais favoráveis de obter sucesso em atividades
para as quais possua aptidão natural ou já desenvolvida.
As teorias segundo Robbins (2002), “são complementares. O desafio
agora é juntá-las e para tentar entender seu inter-relacionamento”. A
combinação das diversas teorias que tentam explicar a motivação no trabalho
se torna um modo inovador para adaptá-las às condições e necessidades
particulares de cada organização.
21
Capítulo III
As Organizações e a Motivação
A motivação não pode ser considerada como um fenômeno isolado,
deve-se levar em consideração o seu contexto organizacional como foco desse
artigo, ou seja, a sua utilização pelas organizações, que pode ser de forma
benéfica agregando valores a organização e aos funcionários.
Esta atenção que é dada à motivação justifica-se pelo fato de que,
antigamente, as organizações preocupavam-se em ter uma estabilidade
econômica e avançar tecnologicamente, o que para elas representavam a
maior ameaça a competitividade organizacional. Hoje em dia, com os avanços
tecnológicos, a troca rápida de informações e um aumento constante do
conhecimento individual fizeram com que o enfoque fosse direcionado às
pessoas, pois as organizações já se conscientizaram da importância e da
necessidade do controle dos aspectos antigos e continuam com problemas
relacionados ao comportamento dos seus funcionários.
O fracasso da maioria de nossas empresas não está na
falta de conhecimento técnico. E sim, na maneira de lidar
com as pessoas. Foge a nossa compreensão o hábito
dos administradores de achar que os trabalhadores não
produzem com qualidade apenas por falta de
conhecimento técnico. Na realidade isso está ocorrendo
devido à maneira como são tratados pela direção das
empresas. (1994 GLASSER apud BERGAMINI, 1997,
p.24).
Se há alguns anos atrás a tecnologia e a economia eram quem
garantiam o sucesso empresarial, hoje, a forma com que os administradores
lidam com os seus funcionários representa um fator crítico de sucesso e
vantagem organizacional no setor em que atuam. “Ao administrador interessa
22
promover, manter, eliminar ou modificar comportamentos no público interno
(profissionais) ou externo (clientes). Não basta uma percepção favorável ao
produto, por parte do cliente, se ela não se transforma em comportamento
para adquiri-lo”. (FIORELLI, 2003, p.81).
Por esse motivo é crescente o empenho das organizações em criar
condições de trabalho mais atraentes para os funcionários, de modo que eles
sintam-se e permaneçam motivados a trabalhar e a contribuir de forma
espontânea, construtiva e inovadora.
Apesar das dificuldades com pessoas enfrentadas pelas
organizações, elas continuam tendo que fazer face de
atrair a sua mão-de-obra e criar condições para que tais
pessoas aí permaneçam desempenhando com eficácia e
satisfação as atividades que fazem parte dos seus
cargos. Além do mais, as empresas também se vêem
diante do desafio de utilizar o potencial produtivo e
criativo existente dentro de cada pessoa transformando-o
em comportamento naturalmente espontâneo,
oportunamente construtivo e eficazmente
inovador.(BERGAMINI, 1997, p.25).
A motivação também se origina do desafio proporcionando pelo
trabalho desempenhado pelas pessoas. Este fenômeno só acontece se a
organização impulsionar oferecendo fatores, tais como: a valorização e o
reconhecimento, apoio à criatividade, favorecimento à satisfação de
necessidades e o auxílio ao alcance dos objetivos pessoais dos indivíduos.
Fiorelli (2003) acrescenta que é preciso neutralizar os fatores que não
contribuem ou se oponham para o crescimento organizacional, embora a
Organização tenha alta influência sobre o indivíduo.
Esses fatores, se bem direcionados e bem recebidos pelos
funcionários, fazem com que a organização possa ter um foco mais objetivo,
criando um diferencial no mercado atuante.
23
O conhecimento da motivação humana é indispensável
para que o administrador possa realmente contar com a
colaboração irrestrita das pessoas. Embora os estudos
sobre a motivação pertençam especificamente à área da
psicologia, a teoria administrativa se abastece deles para
criar condições de aplicabilidade dos seus conceitos na
vida organizacional.(CHIAVENATO, 2004, p.476).
Um administrador que esteja preocupado em manter sua organização
dentro de um alto nível de produção e inovação, esta interagida com a
motivação a fim de proporcionar uma base de conhecimento para aplicação
dos seus conceitos. Deste modo acrescenta-se mais uma ferramenta para o
alcance dos objetivos pré-definidos pela empresa, de um modo mais eficiente
tendo em vista o conhecimento das teorias motivacionais. Para Casado (2002)
o papel do gestor deverá ser sempre o de identificar o que altera o
comportamento de seus subordinados, respeitando a natureza intrínseca e
individual da motivação de modo que a energia natural de cada um siga um
sentido compatível com os objetivos organizacionais e com seu próprio
crescimento. É notável que se o gestor for um bom observador e obtiver o
conhecimento prévio dos conceitos motivacionais, saberá detectá-los em seus
funcionários e irá conseguir agregá-los aos objetivos empresariais tornando-o
natural para o funcionário e um diferencial individual a mais para a empresa.
1.3 Motivação – Parte Integrante do Mercado
Nos últimos anos, as empresas passaram a reconhecer como é
necessário manter os seus funcionários motivados a fim de interagirem os
melhores resultados. A motivação é capaz de mover resultados, cumprir
metas, auxiliar na busca do objetivo e criar facilitadores emocionais capazes de
driblar os inconvenientes do dia-a-dia.
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O mundo moderno se caracteriza por tendências que
envolvem globalização, tecnologia, informação,
conhecimento, serviços, ênfase no cliente, qualidade,
produtividade, competitividade. Todas essas tendências
estão afetando e continuarão a afetar a maneira pela qual
as organizações utilizam as pessoas. Todas essas fortes
tendências influenciam poderosamente as organizações e
o seu estilo de administrar com as pessoas. O mundo dos
negócios ficou completamente diferente, exigente,
dinâmico, mutável e incerto. E as pessoas sentem o
impacto dessas influências e necessitam de um apoio e
suporte por parte dos seus lideres e gerentes.
(CHIAVENATO, 2004, p.42).
Com o aumento das tendências impostas pelo mundo moderno as
organizações passaram a perceber o quanto é valioso o bem estar (físico e
psicológico) do seu funcionário mudando assim o modo de utilizá-lo. A
diferença que vem nascendo no mundo dos negócios faz com que a
organização seja capaz de se ajustar, e ao mesmo tempo, criar meios para ser
diferente e poder apresentar um atrativo em meio aos produtos similares. O
funcionário também sente essa pressão e tende a necessitar de um apoio mais
especializado para que possa adaptar-se e conseqüentemente alcançar o
rendimento que é esperado.
Para Quim et al (2003, p.250) a nova economia tornou a autogestão
mais necessária, adequada e desejável tanto par indivíduos quanto para as
organizações. O aumento da complexidade e da demanda da nova economia
fez com que o monitoramento e a supervisão ficassem inapropriados e
impraticáveis. Desse modo o indivíduo passa a se autogerenciar, e se estiver
motivado intrinsecamente pode se obter um aumento no processo produtivo.
Hoje cada vez mais organizações baseiam o contrato
psicológico com seus funcionários no reconhecimento da
25
importância e do valor do capital humano – o que é mais
bem descrito como um contrato de “empregabilidade”: se
você desenvolver as competências de que precisamos,
aplicá-las de maneira que ajudem a empresa a vencer e
comportar-se de acordo com nossos novos valores
essenciais, proporcionaremos um ambiente de trabalho
desafiador.(QUINN et al, 2003, p.255).
As empresas não estão mais garantindo um emprego de contratos
duradouros para os seus funcionários como uma estratégia para incentivar o
seu desempenho e sua criatividade. Se a motivação é intrínseca e voltada para
o objetivo, criou-se esse novo modelo de contratação para se ter uma
sensação de que todos os funcionários compartilham um sentimento de
pertencer a uma organização de alto desempenho. E a satisfação de se
manter motivado é renovada a partir do momento em que o funcionário
consegue atingir o objetivo que lhe é confiado. Desse modo à organização
tende a manter uma renovação de idéias e detectar possível foco de
desmotivação, podendo tomar as devidas providências.
É importante tornar os funcionários de uma empresa decididos,
confiantes, comprometidos intimamente com o alcance dos objetivos propostos
a ele. A sua energia e estímulo devem ser monitorados a fim de proporcioná-
los um sentimento de que são bem sucedidos através do trabalho que
desempenham com motivação. (CHIAVENATO, 2004). O reconhecimento é
uma fonte renovadora da motivação se bem aplicado. Traz um aumento na
satisfação pessoal, o que é transferido para o lado funcional.
2.3 Aplicação da Motivação como Vantagem Competitiva
Uma organização que pretende ter um aumento relativo na qualidade
da relação entre motivação e aumento na produção deve levar em conta a
valorização dos empregados no trabalho a partir das suas disposições, das
suas metas e interesses. Ter atenção dos níveis potenciais de energia que os
26
empregados podem investir no trabalho também é muito importante. Os
programas e estratégias utilizados para estimular o empregado devem ser
elaborados a partir de metas e interesses compartilhados na organização
como um todo ou em seus diversos setores.
No campo da administração, pessoa motivada
usualmente significa alguém que demonstra alto grau de
disposição para realizar uma tarefa ou atividade de
qualquer natureza. No entanto, as pessoas também se
motivam para fazer coisas que vão à direção oposta à
desejada pela empresa, como greves, sabotagens, roubo
de mercadorias ou invasões de fábricas que demitem
funcionários. Por causa disso, o estudo da motivação
para o trabalho desperta grande interesse entre
administradores e pesquisadores, dada a importância de
entender, se possível, manejar as causas (ou fatores que
podem causar) do estado de disposição para realizar
tarefas. (MAXIMINIANO, 2004, p.275).
O administrador deve levar em consideração alguns aspectos que
influenciarão os níveis de motivação dos funcionários, tais como: a satisfação
com o trabalho, o envolvimento e o comprometimento organizacional.
Para Bergamini (1997, p.105) “a estratégia de se conseguir trabalhar
com pessoas motivadas exige mais dedicação do superior, ele deve conhecer
as necessidades de cada um dos subordinados”. Cabe a organização propiciar
condições favoráveis à satisfação dessas necessidades dos funcionários. Com
isso há necessidade de reconhecimento dos objetivos dos mesmos para que
haja um direcionamento destes com os organizacionais proporcionando um
crescimento da empresa.
A motivação para o trabalho deve ser analisada nos níveis individuais,
grupais, organizacionais e mesmo cultural. Com a abordagem multinível a
motivação no trabalho pode ser definida e analisada no nível do indivíduo, das
27
equipes, dos grupos ou setores organizacionais e da organização como um
todo, compreendendo assim os níveis micro, meso e macro.
Quando um indivíduo assume um cargo de gestão, imediatamente
depara-se com uma nova realidade. Seus resultados não dependem mais,
predominantemente e de forma direta, de seus próprios esforços, mas sim do
desempenho de cada um dos funcionários de sua equipe. E o desempenho de
cada um, tão importante para o binômio produtividade e qualidade, é função
não apenas da capacidade de cada funcionário, mas também de sua
motivação, pois os indivíduos podem atuar eficaz ou ineficazmente, ou mesmo
não trabalhar. (MEGGINSON et al., 1998). Percebe-se a importância de se
manter os funcionários motivados para que se possam traçar os objetivos e
alcançá-los.
Para Lévy-Leboyer (1990), sem motivação os dons mais raros
permanecem estéreis, as capacidades adquiridas ficam em desuso, as
técnicas mais sofisticadas sem rendimento. Adicionalmente, a motivação afeta
o próprio aprendizado, ou seja, as respostas a programas de capacitação. Sem
se sentir motivado o funcionário não consegue expor as qualidades totais que
possui, sua criatividade fica afetada e prejudica o aprendizado, ou seja, acaba
dificultando a inclusão de uma nova estratégia de mercado que a empresa
esteja preparando.
Levando em consideração que o indivíduo possui necessidades e
procura satisfazê-las, Chiavenato (2004) explica que com o surgimento de uma
necessidade o organismo entra em um estado de tensão que estimula um
impulso no indivíduo visando atenuá-la. Esse impulso faz com que a busca e
pesquisa cresçam pelo indivíduo a fim de satisfazer a necessidade e diminuir a
tensão. Quanto maior a tensão maior é o esforço. Esse esforço, se bem
direcionado, faz com que o funcionário comprometa-se com os objetivos
organizacionais aumentando a produtividade e seus próprios objetivos. Se
houver congruência entre os objetivos os funcionários passam a desprende
esforços visando atender os seus próprios interesses e os da empresa.
28
A figura abaixo mostra um modelo básico de motivação.
Necessidades ou →→→
Resulta em ─ Força ─
Para alcançar ─ Metas
expectativas direcional desejadas ↑ ↓
──── Retorno ─ Realização ─ Que provêem ←← ↓
Fonte: Silva (2002)
Segundo Silva (2002) “se um gerente deseja melhorar o trabalho de
uma organização deve dar atenção ao nível de motivação dos seus
participantes, encorajando seus assistentes e subordinados ao direcionamento
dos esforços ao alcance dos objetivos e metas da organização”.Deste modo é
possível associar motivação com objetivos e metas, criando uma vantagem
sobre as demais organizações que não aplicam este método.
Tanto o indivíduo quanto a organização apresentam as suas
condições, exigências e demandas para interação mútua, mas também ambos
aportam recursos específicos, essenciais para o bom funcionamento da
empresa. A complexa relação das pessoas que compõem a organização com
a obtenção dos seus fins específicos passa pela valorização recíproca.
Bergamini (1997, p. 108) expõe que:
... isso tem sido feito em nome de prevenção de conflitos
entre o indivíduo e as características do contexto
organizacional em que ele vive. Os rumos assumidos na
gestão das pessoas mostram ser inglória a luta contra as
diferenças individuais. É necessário ir ao encontro do
sentido que cada um atribui àquilo que faz, isto é, ao
sentido que atribui à sua própria vida no trabalho.
29
A valorização do empregado, por parte da empresa, deve ser
fundamentar no reconhecimento da sua relevância no contexto da obtenção
dos fins específicos da organização. Ou seja, a melhor forma de valorizar o
empregado é lhe oferecendo oportunidades para que, por meio do seu
trabalho, ele possa atingir as suas metas pessoais. Deste modo o trabalho se
torna, por natureza, uma estratégia de realização pessoal, aumentando a
motivação do funcionário. O funcionário que consegue manter a motivação
interior, mesmo diante de grandes desafios, consegue vencer mais, e essa
mesma motivação o ajuda a criar oportunidades de sucesso.
O quadro abaixo demonstra as perspectivas específicas para cada
uma das motivações do empregado. Compõe este quadro a maioria dos
motivadores que têm sido utilizados nas organizações no decorrer do tempo:
DEMANDAS PERSPECTIVAS DE VALORIZAÇÃO
Autodeterminação Autonomia na execução das tarefas, controle na execução do trabalho.
Estimulação Trabalho interessante, variado, desafiador, criativo.
Hedonismo Atividades prazerosas associadas ao trabalho.
Realização Treinamento, desenvolvimento profissional, promoções e avanços na carreira, gerenciamento profissional.
Poder Prestígio dos papéis e tarefas laborais, participação nas decisões, reconhecimento do mérito.
Segurança Estabilidade no emprego, transparência, seguro médico.
Conformidade Socialização organizacional, supervisão adequada, sistema de controle eficiente e justo, redução da incerteza do comportamento.
Tradição Normas claras e precisas, divulgação das informações relacionadas com o trabalho.
Benevolência Proteção familiar, atividades que envolvem a família.
Universalismo Clima organizacional harmônico, respeito da natureza.
Esse grupo de perspectivas demonstra algumas expectativas que
diferem de cada indivíduo. Acredita-se que conseguindo satisfazer as
demandas de cada funcionário, dentre as expostas, é possível fazer com que
ele se sinta mais útil, responsável, seguro e criativo; fazendo com que a
empresa consiga realmente aproveitar todo o potencial existente, já que uma
30
pessoa motivada passa a realizar suas tarefas como se fosse algo natural do
seu dia-a-dia.
Para Bergamini (1997 p.109):
“... o desrespeito à individualidade motivacional não
somente precipita um clima generalizado de frustração,
como também se propõe como alicerce sobre o qual
estão acentadas as bases da rigidez organizacional. À
medida que o atendimento das expectativas individuais se
torne viável, tal rigidez deve ceder lugar à atitude criativa
tão característica daqueles que estão realmente
atravessando momentos favoráveis de satisfação
motivacional”.
Se uma empresa procura criar um diferencial perante as concorrentes
se utilizando a motivação, deve compreender que se não for respeitada a
individualidade motivacional, pode se criar um clima organizacional
desfavorável. A rigidez que é citada se refere à rigidez organizacional em não
deixar o novo se expor. Para a empresa é lucrativo poder contar com a
criatividade de seus funcionários se transformando em um ponto positivo para
a empresa fazendo com que se crie uma vantagem competitiva.
Segundo Quin et al (2003, p. 261) “Para fomentar um ambiente de
trabalho produtivo, é preciso atentar para todo o universo de potenciais fatores
do ambiente de trabalho, cuja importância e influência dependem muito do
contexto particular e dos indivíduos específicos envolvidos”. Não somente o
indivíduo tem importância; o ambiente que cerca toda a organização tem papel
importante para que se possa engajar uma estratégia motivacional na
empresa, tendo em vista que todos são afetados sem exceção.
Outro ponto de relevância está na especificação de metas como fonte
de motivação no trabalho. Para Robbins (2005, p.351) “metas específicas
31
melhoram o desempenho; metas complexas, quando aceitas, resultam em
melhor desempenho que as metas fáceis; e feedback sobre as metas resulta
em melhor desempenho que a falta dele”. Observa-se que as metas
específicas difíceis conseguem elevar os resultados do que as metas
genéricas. A especificação de uma meta acaba funcionando como um estímulo
interno, um desafio a ser vencido gerando satisfação quando alcançado. Se as
metas forem bem aceitas pelos funcionários pode-se dizer que quanto mais
difícil a meta, maior o nível de desempenho. O feedback tem o seu papel em
proporcionar ao funcionário o reconhecimento, pois obter informações do grau
em que estão progredindo dentro da organização em busca de suas metas faz
com que ele seja mais dedicado. Ele ajuda a identificar erros entre o que foi
feito e o que será feito, atuando na orientação do comportamento. Se o
funcionário conseguir autogerir o feedback é provável que se sinta mais
motivado em realizar a tarefa, tendo em vista que ele sabe o quanto é
responsável por ela. Isso lhe gera a convicção do quanto é capaz de realizar a
tarefa atribuída, aumentando a sua confiança e melhorando a sua
produtividade.
Chiavenato (2004, p.500), com uma visão mais futurista e globalizada
expõe que:
“As aplicações práticas das teorias motivacionais não se
restringem a recompensas monetárias, enriquecimento de
tarefas, modificação da semana de trabalho e na
modificação de comportamentos. Elas vão além das
medidas. As empresas mais admiradas no mundo todo
estão tentando pôr em prática incentivo motivacionais que
impulsionem as pessoas”.
As grandes empresas perceberam que para se obter uma alta na
qualidade de relacionamento funcionário/organização, com o intuito de
conseguir uma vantagem e um diferencial das demais, era necessário focar
mais o empregado como instrumento principal, já que ele é um dos
32
responsáveis pelo sucesso empresarial. Com isso, os indivíduos passaram a
ser enfatizado como elementos centrais de diferenciação estratégica.
Ainda Chiavenato (2004 p.500):
“Para exercer uma boa motivação, o administrador deve
saber incentivar os seguintes aspectos: Participação ativa
das pessoas nos processos decisórios; atribuição de
maiores responsabilidades e desafios; rotação de cargos
e estágios em diferentes atividades para aumentar a
multifuncionalidade; ampliação do trabalho para aumentar
as competências individuais; nomeações em público para
aumentar a visibilidade das pessoas; reconhecimento
público do bom desempenho e do alcance de resultados;
conhecimento do conjunto e visão sistêmica e holística;
estímulo à auto-realização pessoal; incentivo aos
supervisores para que ouçam as pessoas; atitude positiva
dentro da organização; remuneração variável”.
O administrador que queria obter a motivação natural de seus
funcionários deve levar em consideração alguns aspectos geradores de
satisfação. Tais aspectos demonstram que quando se trabalha com o
funcionário como indivíduo, respeitando suas necessidades e reconhecendo os
seus esforços, pode se tornar mais fácil à exposição natural da sua motivação
individual fazendo com que o ambiente organizacional esteja propício a
inovações. O funcionário que consegue se automotivar constantemente tem
um diferencial competitivo que o ajudará a ter mais força e equilíbrio emocional
nos momentos mais difíceis a serem enfrentado, o que agrega valor à
organização.
Para Robbins (2002, p.191) “a oportunidade de tomar decisões e
implementá-las, é poder observá-las funcionando, pode ajudar na satisfação
das necessidades dos trabalhadores em termos de responsabilidade,
33
realização, reconhecimento, crescimento e melhoria da auto-estima”.Quando a
organização consegue criar um ambiente organizacional que traga satisfação
ao funcionário, onde ele seja capaz de satisfazer as necessidades interiores,
este passa a ter um sentimento de segurança psicológica e emocional, sente-
se valorizado como ser intelectual experimenta o sentido de propósito, de
autodeterminação, de alegria e de pertença. Com isso, a recepção desse
ambiente satisfatório desenvolve maior ligação afetiva com a organização,
criando-se o dever de responder reciprocamente, aumentando a lealdade e a
produtividade.
O envolvimento do funcionário é, Segundo Robbins (2005, p.360),
“como um processo participativo que utiliza a competência total dos
funcionários e se destina a encorajar o maior comprometimento com o sucesso
da organização”. Ao participar aos funcionários sobre decisões que os afetam
e aumentar a sua autonomia e controle sobre suas vidas profissionais, fará
com que se tornem mais motivados, comprometidos com a organização, mais
produtivos e mais satisfeitos com os seus esforços desprendidos no trabalho.
Percebe-se que conseguindo atender as necessidades dos
funcionários, reconhecendo seus esforços ligando o desempenho ao resultado,
pode-se alcançar um patamar organizacional diferenciado. O aumento da
motivação gera satisfação e conseqüentemente o aumento da produtividade,
tornando um fator diferencial para quem procura uma vantagem competitiva.
O aumento da eficácia individual por virtude da motivação contribui
para que os objetivos, que para algumas empresas são difíceis de serem
alcançados, tornem-se um atributo para o alcance do espaço no mercado.
Para Casado (2002, p.257) “a motivação tem sido vista como uma saída para
melhorar o desempenho profissional no que diz respeito à produtividade
quanto à saúde organizacional e à satisfação dos trabalhadores”. Um
funcionário motivado tende a aumentar o rendimento produtivo organizacional,
contribuindo para a diminuição da pressão imposta pelos gerentes em busca
do alcance das metas, e conseqüentemente faz com que se tenha uma
melhora na saúde organizacional e pessoal de todos os envolvidos.
34
Não só no que diz respeito à produtividade, a motivação é capaz de
fazer com que os funcionários se tornem cada vez mais criativos,
proporcionando à empresa possibilidade de lançamento de novos produtos e
serviços.
Algumas organizações já perceberam que a valorização
das pessoas não as faz perder terreno. Pelo contrário,
estão-se tornando mais criativas, competitivas e eficazes.
Àqueles que nelas trabalham as percebem de maneira
mais positiva e compensadora. São organizações que
tem lutado contra o crescente senso de alienação,
isolamento e desconfiança. Elas inspiram um
correspondente senso de autoconfiança, satisfação e
segurança. (BERGAMINI, 1997, p. 165).
As mudanças nas relações entre as pessoas dos vários níveis
hierárquicos, a melhoria no ambiente físico, o enriquecimento de tarefas e a
maior autonomia dada aos funcionários consegue criar um estímulo à
motivação.
Por nem todas as organizações terem percebido que a motivação traz
um diferencial empresarial, as que já trabalham com essa visão acabam
criando uma vantagem competitiva em um mercado cada vez mais disputado.
35
Capítulo IV
Comparativo de Satisfação – Empresa Financeira e
Empresa de Petróleo
Feita uma pesquisa conforme questionário abaixo no intuito de
identificar e comparar no século XX as diferenças de satisfação dos
funcionários que trabalham em um Banco e funcionários que trabalham em
uma empresa de petróleo e o que os motivam:
Prezado, esta pesquisa visa identificar o grau de satisfação dos colaboradores na empresa sobre ambiente, condições de trabalho e gestão.Trata-se de uma monografia da Pós - Curso Gestão Empresarial - Cândido Mendes. Setor/Área: 1.Quanto ao relacionamento entre as pessoas da sua equipe você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
2.Quanto a autonomia que você tem para propor melhorias na execução do seu trabalho?
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
3.Em termos de sentir que suas idéias e sugestões são ouvidas pela empresa você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
4. Em relação aos critérios utilizados para promoções internas você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
5. Quanto ao relacionamento entre superior imediato e os subordinados da sua equipe você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
6. Quanto a flexibilidade do seu horário de trabalho e a possibilidade de conciliar trabalho com a vida familiar e assuntos pessoais, você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito 7. A gestão da igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento na organização:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito 8. Quanto aos equipamentos de informática, comunicação e software do trabalho, você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito 9. Quanto aos serviços sociais ( asistência médica e de enfermagem, apoio nos gastos de
36
saúde, ensino, etc..) você está:
( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Pouco satisfeito ( ) Insatisfeiro ( ) Muito
insatisfeito
10. Dos itens abaixo relacionados, marque até 3 opções que você considera, hoje, como os principais fatores que te motivam a trabalhar na sua empresa:
( ) Autonomia
( ) Gostar do que faz
( ) Salário somado a benefícios
( )Oportunidade de crescimento
( ) participação das decisões
( ) Ser ouvido ( ) Estabilidade no emprego
( ) Imagem da empresa
( )Relação com a liderança da equipe
( ) Instalações físicas
( ) Ser valorizado e reconhecido pelo trabalho que executa
( ) Outro:
Foi verificado que na empresa financeira o que mantém os
funcionários mais motivados é o salário mais benefícios, imagem da empresa,
bons equipamentos de trabalho e flexibilidade de horário, e o que mais os
incomodam são as faltas de oportunidades sentem-se insatisfeitos pelos
critérios de promoções internas que são poucos e geralmente já tem pessoas
indicadas, por darem idéias e não ter retorno e não serem atendidas, ou seja,
falta também autonomia para propor melhorias na execução de seu trabalho,
com isso esses colaboradores trabalham somente em prol da sua
remuneração e benefícios, que com o passar do tempo, torna-se desgastante
e seu trabalho já não é mais feito com tanta qualidade, quanto no início da
admissão, diante desses ocorridos buscam novas oportunidades no mercado
de trabalho ou devido à falta de comprometimento com suas
responsabilidades, são dispensados pela empresa. A motivação é um
fenômeno interno e, portanto intransferível em virtude da existência de
carências internas (necessidades) que são próprias de cada indivíduo, isso
comprova as faltas dos funcionários da empresa financeira, cada um com sua
particularidade, mas em busca dos mesmos objetivos, ou seja, reconhecimento
pelo seu trabalho e liberdade para que suas opiniões e idéias sejam ouvidas e
analisadas.
Na empresa de Petróleo o que mantém os funcionários motivados é a
estabilidade de emprego, pois são concursados, gostam do que fazem e ainda
37
têm oportunidades de crescimento profissional, eles nem cogitam o salário
como um dos principais fatores de motivação, pois se sentem confortáveis nas
realizações de suas tarefas, tem bom relacionamento com seus superiores ou
subordinados, suas sugestões são ouvidas e estudadas, podem propor
melhorias para executar seu trabalho, e desta forma a empresa lucra, e a
produção só aumenta.
Para manter seus funcionários satisfeitos a empresa de petróleo
oferece também assistência social como: apoio nos gastos de saúde, apoio
aos estudos e assistência de enfermagem e médica, com isso não somente
aumenta a produção, mas também há melhorias na qualidade dos serviços. A
insatisfação desses funcionários é a falta de flexibilidade de horário, que
apesar de tantos benefícios há uma grande exigência de crescimento na
produção.
Feita a análise da pesquisa entre funcionários da empresa Financeira e
da empresa de Petróleo, existe um conflito entre as instituições organizacionais
e as pessoas que se coloca entre o imperativo, não deve ser esquecido e sim
retomado para que seja superado. Faz-se necessário que os colaboradores
percebam a inserção do seu trabalho para consecução dos objetivos da
organização estejam preparados para desenvolver as suas atribuições e por
outro lado à organização deve reconhecer o principal potencial de realização
das pessoas, e desta forma seja feita uma reavaliação nos benefícios e
oportunidades dentro da empresa para que seja discutida entre todos os
componentes da organização formas de melhorias internas para os
colaboradores executarem suas tarefas com satisfação sem prejuízos para
empresa.
As empresas para identificarem as insatisfações dos colaboradores,
têm que ter bons profissionais administradores, gestores que saibam perceber
os maiores problemas, as demandas, elaborar pesquisas de clima e a partir
das respostas elaborar planos de ação para buscar maior satisfação e
colaboradores comprometidos com a organização, quando este contexto
funciona as empresas conquistam mais oportunidades no mercado.
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CONCLUSÃO
Esta monografia tratou da importância da motivação para as empresas
que procuram uma vantagem competitiva em um mercado que está sempre
em crescimento devido aos avanços tecnológicos que proporcionam um
aumento no número de empresas oferecendo o mesmo produto, forçando-as a
obterem um diferencial para alcançarem seus objetivos.
Apresentou a relação existente entre a organização e a motivação,
trazendo a importância do enfoque nas pessoas para que se possa agregar os
esforços desprendidos por um funcionário motivado em direção aos interesses
organizacionais, a fim de se obter uma vantagem competitiva. Mostrou também
que a motivação pode ser capaz de agregar valores à organização, valores
esses intangíveis levando em consideração que a motivação proporciona um
aumento na produtividade sem que se cobre nada a mais por isso.
Com o crescente número de empresas competindo entre si à
motivação mostrou-se, nesse trabalho, ser uma ferramenta capaz de mover
resultados, cumprir metas, auxiliar na busca do objetivo e ser uma fonte de
criação de facilitadores emocionais, diminuindo os problemas comuns
existente nas organizações.
Com base em autores conceituados da área de administração e
psicologia, foi exposto conhecimentos a fim de servirem como base para esse
estudo. O intuito é de demonstrar o quanto à motivação pode ser útil e
vantajosa para as organizações que procuram aplicá-las como uma estratégia
para a melhora na qualidade e criatividade dos funcionários.
A fim de proporcionar aos gestores um conhecimento da aplicação da
motivação como uma vantagem competitiva, mostrando as diferenças dos
funcionários que trabalham motivados e o que faz com que eles sejam assim,
através de uma pesquisa de satisfação, para que percebam qual a real
necessidade dos colaboradores e através da pesquisa de clima, consigam
identificar o que melhorar e de que forma sem prejuízos para empresa e sim
lucros. O trabalho proporciona uma visão mais individual dos funcionários a fim
39
de motivá-los, direcionando seus esforços e objetivos em congruência com os
objetivos organizacionais.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. São Paulo: Atlas,
1997.
CANÊDO, L. B. A Evolução Industrial. São Paulo: Unicamp, 1987.
CASADO, Tânia et. Al. As Pessoas na Organização. São Paulo: Gente, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
FIORELLI, José Osmir. Psicologia para Administradores: integrando teoria e
prática. São Paulo: Atlas, 2003.
FLEURY, A., VARGAS, N. Organização do Trabalho. São Paulo: Atlas, 1985.
LÉVY-LEBOYER, Claude. A crise das motivações. São Paulo: Atlas, 1990.
MEGGINSON, Leon; MOSLEY, Donald; PIETRI, Paul. Administração:
conceitos e aplicações. São Paulo: Habra,1998.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da
revolução urbana à revolução digital. 4ª ed., São Paulo: Nobel, 1995.
PARKER, K. H. et al. Introdução ao Estudo da Administração. São Paulo:
Pioneira, 1997.
PENNA, Antônio Gomes. Introdução a motivação e emoção. Rio de Janeiro:
Imago, 2001.
41
QUINN, Robert E. et al. Competências Gerenciais: princípios e aplicações. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2003.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice
Hall, 2002.
ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. São
Paulo: Saraiva Hall, 2005.
SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em
administração. São Paulo: Atlas, 2000.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
(Motivação-Origem) 9
1.1 – Compreendendo a Motivação 12
CAPÍTULO II 16
(Teorias Motivacionais)
CAPÍTULO III 21
(As Organizações e a Motivação)
1.3 – Motivação – Parte Integrante do Mercado 23
2.3 – Aplicação da Motivação como Vantagem 25
Competitiva
CAPÍTULO IV 35
(Comparativo de Satisfação – Empresa Financeira e
Empresa de Petróleo)
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42