UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · E por fim no capítulo quarto será apresentado...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO CLIENTE NO SETOR DE VAREJO
Por: Dirlene Fernandes Ferreira
Orientador
Profª. ALEKSANDRA SLIWOWSKA
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO CLIENTE NO SETOR DE
VAREJO
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre - Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Empresarial
Por: . Dirlene F. Ferreira
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AGRADECIMENTOS
A Deus, Senhor da minha vida, que
nos concede a salvação através do
único filho, Jesus Cristo, toda a glória
e honra. Sem o seu amor não teria
vencido, obrigada.
Aos professores que muito me
auxiliaram nesta caminhada, a
orientadora Aleksandra Sliwowska
pelo apoio e orientação para que este
trabalho alcançasse a qualidade que
agora apresenta.
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DEDICATÓRIA
A minha família pelo apoio, cuidado e
carinho recebido.
Aos amigos em especial aos colegas
de trabalho, agradeço a todos, os
momentos em que estivermos juntos
onde recebi incentivo e apoio e formos
fortalecidos pelos laços de amizade.
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RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar de que forma a qualidade do
atendimento pode ser um diferencial para a Empresa, discutir sobre o papel
dos varejista na distribuição dos produtos, será analisado o papel da tecnologia
da Informação para o comércio varejista e verificado sobre o espaço do
comercio tradicional frente ao crescimento dos Shoppings Centers e
supermercados.
As Questões a serem enfocadas neste trabalho são: Qual a importância
da qualidade do atendimento? Até que ponto a qualidade do atendimento
influencia no aumento de vendas? Pode-se medir a satisfação do cliente pela
qualidade do atendimento? Quais são as ferramentas para a qualidade do
atendimento? O atendimento pode ser considerado um diferencial para as
vendas?
Como solução para as questões levantadas, verificou-se a importância
de se ouvir o cliente, saber o que ele quer, cumprir as promessas feitas.
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METODOLOGIA
A metodologia usada neste projeto, segundo classificação de Vergara,
(1995), pode ser definida como: Quanto aos fins, trata-se de uma pesquisa
descritiva e explicativa, visto que se propõe identificar e analisar a Importância
da qualidade do atendimento para a sobrevivência de uma empresa de Varejo.
Quanto aos meios, serão utilizadas fontes bibliográficas, pesquisa telematizada
e estudo de Caso .
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................08
CAPÍTULO I - Fundamentação Teórica........................................ 10
CAPÍTULO II - Qualidade no atendimento..................................... 14
CAPÍTULO III – Qualidade no atendimento do varejo.................... 27
CAPÍTULO IV – A Empresa............................................................ 36 CONCLUSÃO..................................................................................41
ÍNDICE DOS ANEXOS....................................................................42
ANEXO I...................................................................................................43 ANEXO II.................................................................................................44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁRICAS...............................................45
SITES CONSULTADOS.................................................................46
ÍNDICE ..........................................................................................47
FOLHA DE AVALIAÇÃO...............................................................48
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INTRODUÇÃO
O varejo é um dos maiores setores da economia mundial e está
atravessando um período de grandes mudanças ao longo do tempo. Muitas
das mercearias das esquinas evoluíram para negócios internacionais, e é muito
comum hoje em dia entrarmos em lojas que são conhecidas no mundo todo. A
demografia, as necessidades, e os costumes dos consumidores estão
mudando, e o varejo tem que responder a essas mudanças. Com a velocidade
do mundo moderno não existe mais tanto tempo para almoçar em casa nem
para fazer as compras, os consumidores estão mais bem informados e
exigindo mais direitos, qualidade, e serviços personalizados de atendimento. O
cenário que, no momento, se vislumbra para o futuro do comércio varejista
implica fundamentalmente três questões básicas: 1) a problemática da
pequena e média empresa frente a organizações de grande porte; 2) a
concentração de estabelecimentos varejistas em amplos espaços planejados
para atendimento ao consumidor, tais como os "shoping centers"; e 3) a
aplicação crescente de recursos tecnológicos da informática. Ainda poderemos
observar que não só a qualidade no atendimento, mas também dos produtos
torna-se diferencial no volume de vendas, mais também a fidelização de
clientes como fator para aumento de vendas e ainda o treinamento de
funcionário gera bom atendimento. ( Levy ,2000)
Neste contexto, torna-se relevante analisar, de que forma a qualidade
no atendimento pode ser um diferencial para a empresa, buscando com este
estudo e a partir do estudo de caso da Leader Magazine, como as empresas
devem desenvolver na prática, programas, métodos e soluções para que seus
colaboradores, desenvolvam um bom atendimento, alcançando a satisfação do
cliente
No primeiro capítulo será tratado sobre a definição do Varejo, o que é
um varejista e suas funções, as classificações dos estabelecimentos varejistas
e sobre a evolução do setor de varejo no Brasil.
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No segundo capítulo, será visto o conceito de qualidade, as dimensões
associadas à qualidade, os quatro estágios da qualidade no atendimento, a
diferença do gerenciamento voltado para o cliente, a importância da qualidade
do atendimento, (o contato pessoal), a qualidade de serviços e as ferramentas
para a qualidade do atendimento .
No terceiro capítulo será abordado a qualidade do atendimento no
varejo, falará sobre as habilidades de comportamento e atitudes pessoais a
serem desenvolvidas, sobre os princípios do bom atendimento, a qualidade no
atendimento como um diferencial. Veremos exemplos de empresas que
trabalham voltadas para o atendimento ao cliente, os quatros fatores que
afetam a percepção do cliente quanto a sua satisfação e ainda sobre a venda
de varejo e o papel do vendedor como elemento importante no composto do
varejo.
E por fim no capítulo quarto será apresentado a justificativa da Empresa
escolhida para a pesquisa de Campo, a apresentação da mesma, sua visão,
missão, valores, apresentação do gerente entrevistado, do funcionário
entrevistado, a entrevista (perguntas e respostas) e as considerações sobre a
empresa.
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CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 O Varejo
Segundo Levy & Weitz (Administração do Varejo,2000), o varejo é um
dos maiores setores da economia mundial eestá atravessando período de
grandes mudanças há um bom tempo. Muita das mercearias da esquina
evoluíram para um negócio internacional. É muito comum, hoje em dia, nós
entrarmos em lojas que são conhecidas no mundo todo como: o McDonalds
(que possui mais de 8.000 lojas espalhadas por 87 países diferentes) , a Wal-
Mart (que tem lojas do Brasil até a China) , Carrefour , Blockbuster , Pizzas
Domino e entre outras.
A demografia, as necessidades e os costumes dos consumidores estão
mudando e o varejo responde a essas mudanças. Com o número crescente de
famílias em que duas pessoas são responsáveis pela renda, não há mais tanto
tempo para almoçar em casa nem para fazer as compras. Por isso os varejistas
estão desenvolvendo maneiras para ajudar os consumidores a encontrar o que
querem o mais rápido possível. O varejo eletrônico permite a facilidade de o
consumidor não precisar sair de casa para fazer suas compras. “Alguns
especialistas prevêem que o varejo eletrônico e os catálogos serão
responsáveis por 55% de todas as vendas no varejo, comparados aos atuais
15%” (Kevy apud Sal, 2000, pg. 23).
Os consumidores estão mais bem informados e exigindo mais direitos,
qualidades e serviços personalizados de atendimento, e os varejistas estão
tendo que atender a essas exigências para se manterem competitivos no
mercado altamente rigoroso.
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Por exemplo, em uma loja da General Nutrition Alive , você pode criar seus próprios produtos de beleza , regime de suplementos alimentares e vitaminas personalizadas , desenvolvidos para sua necessidade específicas. Os produtos são desenvolvidos na própria loja no momento da venda e os frascos são rotulados com o nome do cliente ( Kevy, 2000:24 )
O varejo esta se tornando um negócio com cada vez mais alta
tecnologia. Os varejistas estão usando a tecnologia como fator crucial de
aumento da eficiência dos processos rotineiros das lojas, diminuindo custos e
maximizando seus lucros. (Administração do Varejo, Levy ,2000)
Por exemplo, mais de 500 gigabytes de dados são transmitidos, via satélite, dos terminais dos pontos de vendas das 1200 lojas da JCPenney para o escritório da corporação em Dallas. Programas de computadores analisam esses dados e automaticamente transmitem pedidos aos fornecedores da Penny, designando qual mercadoria deve ser transportada para cada uma das suas lojas. Nesse novo ambiente de alta tecnologia muitas empresas que não acompanharam o crescimento dessas mudanças tiveram que pedir falência, e outras estão procurando se reestruturar antes que quebrem também. ( Kevy, 2000:24 )
Para uma melhor percepção deste capítulo é necessário entender o que
é varejo:
“Varejo é a atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e
serviços desejados pelos consumidores”. (Spohn, apud Luzzi, 2000, pg.17)
“Varejo é o processo de compra de produtos em quantidade relativamente
grande dos produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em
quantidades menores ao consumidor final. (Richert, apud Luzzi, 2000, pg.17)”
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“Varejo é uma unidade de negócio que compra mercadorias de fabricantes,
atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente aos consumidores
finais e eventualmente a outros consumidores. (American Marketing
Association, apud Luzzi, 2000, pg.17)”
Independente da definição, o varejo trata de comercialização a
consumidores finais.
Consideram-se estabelecimentos varejistas aquelas empresas em que
mais de 50% de suas operações são decorrentes de vendas a varejo.
Portanto, o varejista é considerado um intermediário entre os produtores
e os consumidores finais.
Segundo Luzzi (Marketing de Varejo, 2000 ), as principais funções de
um intermediário são:
1- Vendas à promover o produto junto a clientes potenciais.
2- Compras à Comprar uma variedade de produtos de vários vendedores,
usualmente para revenda.
3- Seleção à Fazer sortimento de produtos, geralmente inter-relacionados,
para os clientes potenciais.
4- Financiamento à Oferecer crédito a clientes potenciais para facilitar a
transação, providenciar também recursos para os vendedores para
ajudá-los a financiar seus negócios.
5- Armazenamento à Proteger o produto e manter estoques para oferecer
melhores serviços ao consumidor.
6- Distribuição à Comprar em grande quantidade e dividir em quantidades
desejadas pelos clientes.
7- Controle de qualidade à Avaliar a qualidade dos produtos e ajudar em
seu melhoramento.
8- Transportes à Movimentação física do produto do produtor ao
consumidor.
9- Informação de marketing à Prestar informação aos fabricantes sobre
condições de mercado, incluindo volumes de venda, tendências de
moda e condições de preços.
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10- Riscos à absorver riscos de manutenção de estoques, obsolescência
de produtos, etc.
Ainda segundo Luzzi ( 2000 ), existem diversas classificações de
estabelecimentos varejistas:
1- Lojas de Departamento à Caracterizam-se essas lojas pelo pessoal
especializado e preocupação com a prestação de serviços para os
consumidores. A loja de departamentos manuseia itens diferentes, se
trata de várias lojas de especialidades sob o mesmo teto.
2- Lojas Independentes à São lojas de apenas um estabelecimento.
Constituem a grande maioria do comércio varejista. Caracterizam-se
pela simplicidade administrativa e freqüentemente pelo atendimento
personalizado aos clientes. São geralmente especializadas: butiques,
armarinhos, floriculturas, etc.
3- Lojas em Cadeia à Grupo de quatro ou mais lojas que operam no
mesmo tipo de negócio conjuntamente com uma administração central.
A vantagem é a economia em escala para compras de maior quantidade
e, ao mesmo tempo, o atendimento de necessidades de diversos
mercados.
4- Supermercados à Caracterizavam-se pela venda de produtos
alimentícios no sistema self-service. Hoje, a tendência dos
supermercados e de se transformarem em hipermercados, uma mistura
de supermercado com lojas de desconto, que vendem artigos do lar,
eletrodomésticos, artigos esportivos, etc.
5- Varejo não lojista à É a venda de mercadorias e serviços por métodos
diretos ao consumidor. Venda por reembolso postal, telemarketing,
venda pessoal porta a porta, são exemplos interessantes.
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Além disso, outras formas mais modernas de varejo estão surgindo
constantemente. Por exemplo, a compra de produtos ou serviços pela
TV por meio de canais abertos e especiais a Cabo que demonstram
constantemente suas ofertas ou através da Internet, a rede mundial de
computadores.
1.2 Evolução Do Setor De Varejo No Brasil
O comércio brasileiro foi estabelecido por etapas. Primeiro, com a
agricultura, depois , com a pecuária e, mais tarde, com a mineração.. ( apud
Alexandre Luzzi, 2000)
A agricultura teve o seu início no plantio de pau-brasil e cana-de-açúcar.
Mais tarde, o gado e a mineração ocuparam outro período de crescimento
seguidos da cultura cafeeira que praticamente mudou o destino do país.
Porém, pode-se observar diferentes ênfases no propagar destas culturas.
Enquanto no nível externo a exportação era à base do comércio, no nível
interno havia algumas dificuldades, atribuídas à centralização de decisões em
Lisboa (o comércio no Brasil, na época colonial , era dependente de Portugal),
agravadas por problemas de infra-estrutura interna. As dificuldades para os
transportes a distância entre os locais para a comercialização, além da
comunicação difícil, eram os principais agravantes. ( apud Alexandre Luzzi,
2000)
Já na fase imperial o comércio estava em grande parte atrelado à
industria. Porém a já conhecida inexistência de infra-estrutura, como estradas e
meios de transporte, e a concentração para formar uma base de mercado faz
surgir à comercialização pelo peddler (caixeiro-viajante), conhecido como
tropeiro.
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O tropeiro era o transportador de mercadorias, de pessoas, de dinheiro, de notícias e da correspondência postal. Ele era o intermediário para todas estas transações. O tropeiro movia-se vagarosamente de vila em vila, de fazenda em fazenda, de serão em sertão pelas estradas abertas pelos bandeirantes (Normano, apud Luzzi, 2000, pg.23) ““.
Portanto, o tropeiro teve papel extremamente importante nos primórdios
do Varejo Brasileiro.
Já no Segundo Império, surgiram as estradas de ferro e apareceram as
estradas definitivas, desenvolvendo-se também as comunicações. Nesta época
surgiram as primeiras casas de comércio varejista de maior porte.
O crescimento do comércio brasileiro ocorreu na época da República,
quando Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como Barão e Visconde de
Mauá fundou uma das mais importantes casas comerciais, tendo, além disso,
fundado bancos, construído estradas de ferro, estaleiros industriais, etc. ( apud
Alexandre Luzzi, 2000)
A partir deste período uma série de novos varejistas apareceu: em 1871
é fundada a Casa Masson. Em 1906, as Lojas Pernambucanas com
especialidade em tecidos. E em 1912, a Mesbla.
Hoje, a tendência do comércio brasileiro é uma descentralização cada
vez maior nas grandes cidades com o desenvolvimento do varejo em shopping
centers. ( apud Alexandre Luzzi, 2000)
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CAPÍTULO I I
QUALIDADE NO ATENDIMENTO
2.1 - Conceito De Qualidade
Segundo Eduardo Teraoka TOFOLI em seu artigo “A busca da
qualidade em atendimento em Empresa”
(www.facef.br/facefpesquisa/2006/nr1/v9n1artigo6.pdf - acessado em
17/02/2010), o conceito de qualidade tem um sentido amplo, pois abrange
situações completamente distintas, sendo identificado nos sistemas de
produção, nas organizações, na otimização de processos, produtividade,
custos e aprimoramento do sistema.
Em seu sentido genérico, segundo o dicionário Ferreira (1986, p. 1424)
apresenta a seguinte definição para qualidade: “Propriedade, atributo ou
condição das coisas ou das pessoas, capaz de distinguí-las das outras e de
lhes determinar a natureza”.
Numa escala de valores, qualidade é que permite avaliar e,
conseqüentemente, aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa. Pode ainda ser
visualizada em diversos tipos de indicadores, como custos, defeitos, problemas
e fatores que determinam a satisfação dos clientes, estando, também,
associada às atividades operacionais.
Em Campos (1994) encontramos vários conceitos sobre qualidade oriundos de
especialistas renomados. Qualidade, para o autor, é:
Ø Juran - é a adequação ao uso (luva cirúrgica para o médico);
Ø Crosby - é a conformidade com os requisitos (uma régua de trinta
centímetros deve ter trinta centímetros e não vinte e nove centímetros);
Ø Deming - é o nível de satisfação dos clientes (o proprietário espera que
seu carro revisado não apresente os mesmos defeitos nos próximos
doze meses)
Ø Ishikawa - é atender as expectativas dos clientes a um certo custo (um
bom conserto de veículo mais barato que a oficina concorrente).
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Os padrões de qualidade são um processo que tem como princípio o
atendimento das necessidades do cliente, por meio da qualidade dos produtos
e serviços desenvolvidos na empresa. E para alcançar êxito, a
organizaçãonecessita do comprometimento dos seus parceiros, que,
engajados, buscarão o aprimoramento contínuo, mediante o trabalho em
equipe, com o objetivo comum a toda a organização (Deming, 1990; Juran,
1993; Matos, 1997). C. f. Eduardo Teraoka TOFOLI em seu artigo “A busca da
qualidade em Atendimento em Empresa”
(www.facef.br/facefpesquisa/2006/nr1/v9n1artigo6.pdf)
2.2 Qualidade Voltada Para O Cliente
Segundo Richard (1997), durante um longo período após a Segunda
Guerra Mundial, as companhias desfrutaram de um mercado vencedor. Um
mercado do tipo que provavelmente nunca mais teremos. Muitas empresas
perdiam o interesse em trabalhar para seus clientes e, mesmo assim, os
clientes voltavam. Porém, atualmente somente as companhias que souberam
tratar os clientes sobreviveram.
Antes das empresas se voltarem para o atendimento ao cliente, elas
focavam, entre outros, a qualidade do produto. Dentro dessa visão uma
coleção de estratégias começou a ganhar adeptos. Tratava-se do chamado
“Movimento da Qualidade”, porém, na maior parte das companhias, o
movimento atacou apenas problemas óbvios julgados importantes por alguém
dentro da companhia, fossem ou não os mais sérios problemas afetando o
cliente. A Maioria das companhias não estava tomando medidas que
garantissem que o cliente as escolhessem no futuro em detrimento das
competidoras. (Richard, Whiteley C. A empresa Totalmente Voltada Para o
Cliente,1997)
Segundo Galé & Wood, (1996 ), a partir da década de 80, Curt Reiman, um
grande líder nacional, começou a focar, não só o produto, mas também a
qualidade no atendimento, através de quatro estágios sendo assim possível
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acompanhar com segurança, como os clientes em seu mercado julgam seu
produto ou serviço em comparação à concorrência; como satisfazer os clientes
e escolher os mercados e tecnologias rentáveis, criando uma empresa
prospera. Sendo eles:
Ø Qualidade De Conformidade
Em 1987, um número reduzido de empresas entendia que a qualidade
percebida pelo mercado versus os concorrentes e o gerenciamento do valor
cliente, fazia a diferença no mundo dos negócios. Naquela época a maioria dos
administradores e consultores ainda estava no Estágio Um do gerenciamento
da qualidade: focavam a qualidade de conformidade, ou seja, inspiradas em W.
Edwards Deming e Philip Crosby, as empresas compreendiam que já começar
fazendo a coisa certa, resultaria em produtos de melhor qualidade, com custos
mais baixos. Portanto, implantaram o controle estatístico de qualidade e
procuraram reduzir os erros e retrabalhos no processo de produção.
Mas, com o passar do tempo, constatou-se que somente esse método
da qualidade de conformidade que as empresas vinham buscando no Estágio
Um, não era capaz de gerar o sucesso nos negócios. O cliente não ficaria tão
satisfeito, somente por ter um produto com “0% de defeito”. Nesse estágio o
foco está voltado para as operações internas. (Galé, Brabley P e Wood, Robert
Champmam , 1996 p.13; 20)
Ø Satisfação Do Cliente
Ainda em 1987, algumas empresas já tinham alcançado o Estágio dois,
que se fundamenta na satisfação do cliente, ou seja, criar clientes felizes.
O prêmio Baldrige, dirigido por Reimann, tinha o propósito de ver a
qualidade do ponto de vista do cliente, ou seja, falar mais com o cliente e
perguntar se estavam satisfeitos com o produto.
Reimann acreditava que conhecer as perspectivas do cliente era a
maneira ideal de medir a qualidade e, segundo ele, a qualidade de
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conformidade com padrões técnicos era somente parte de um processo maior
de tornar o cliente satisfeito.
O painel de revisão de Reimann do prêmio Baldrige definiu os critérios
gerenciais que as empresas devem ter para entregar a qualidade exigida pelo
cliente. São eles:
1- Liderança - Liderança e entrosamento dos altos gestores, em criar e
sustentar um foco voltado ao cliente e padrões de qualidade visíveis.
2- Informação e análise – Administração e utilização de dados para alcançar a
liderança de qualidade e melhorar o desempenho competitivo.
3- Planejamento estratégico de qualidade – O planejamento da empresa e
como integra todas as necessidades principais de qualidade em um plano
global de negócios.
4- Desenvolvimento e administração de RH – Como a empresa desenvolve
sua força de trabalho e realiza seu potencial total para que possa alcançar
os objetivos de desempenho e qualidade.
5- Administração do processo de qualidade – Processo sistêmico, utilizado
pela empresa para alcançar uma alta qualidade, visando projeto, avaliação
de qualidade, melhoria de qualidade e gerenciamento do processo de
qualidade entre as unidades e fornecedores.
6- Resultados operacionais e de qualidade – Analisa os níveis reais de
qualidade da empresa e tendência de melhorias, o desempenho
operacional e fornecedores e os níveis atuais de qualidade x concorrentes.
Como se pode perceber, na liderança de Reimann os critérios deixaram
claros que qualidade era mais que uma especialidade técnica e que a busca da
qualidade deveria abranger toda empresa. Nesse estágio o foco está voltado
para o cliente. (Galé, Brabley P e Wood, Robert Champmam , 1996 p.13; 20)
Ø Qualidade E Valor Superiores Percebidos Pelo Mercado X Concorrentes
Atualmente, a maioria das empresas gasta muito dinheiro em pesquisas
sobre seus clientes e mercados. Mas, a maior parte dessas pesquisas fracassa
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ao informar às companhias, como ganham ou perdem clientes. Isso, porque as
pesquisas não registram a opinião de todo o mercado, ou seja, buscam
informações até de pessoas que não são seus clientes (que compram dos
concorrentes); a pesquisa de satisfação, normalmente não medem o
desempenho do produto em relação aos concorrentes. Conclusão, a empresa
não sabe se está como líder ou não no mercado.
Os critérios do prêmio Baldrige solicitaram não só que as empresas
fornecessem dados sobre satisfação do cliente, mas também que fornecessem
dados a respeito do seu desempenho de qualidade em relação aos
concorrentes.
Hoje, a maioria das empresas está apenas começando a entender os
erros em seus sistemas de acompanhamento da satisfação dos clientes e,
assim, iniciando sua entrada no Estágio Três, onde elas realmente entraram e
adotaram uma abordagem mais cuidadosa na medição de seu desempenho no
mercado, procurando saber como o mercado total que buscavam servir, se
sente em relação aos seus produtos e perguntam como as pessoas comparam
os produtos da empresa com relação aos dos concorrentes em cada um dos
tributos de qualidade. (Galé, Brabley P e Wood, Robert Champmam , 1996
p.13; 20)
Ø Gerenciamento Do Valor Do Cliente
Os critérios atuais do prêmio Baldrige influenciam na maneira com que a
maioria das grandes empresas são administradas. No entanto, o objetivo da
empresa não deve ser ganhar prêmios, mas servir ao cliente e, deste modo,
obter lucros mais altos e dar contribuição à sociedade.
As empresas alcançam o Estágio Quatro quando integram o
gerenciamento total de qualidade com o sistema clássico de administração
(planejamento, controle, investimento de capital, desempenhos e
recompensas).
O gerenciamento do valor do cliente é o que as discussões de
gerenciamento estratégico deveriam ter procurado desde o início, pois os
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estrategistas nas décadas de 70 e 80 fracassavam ao apreciar o
gerenciamento de processos dentro da organização. Sem analisar, as
discussões estratégicas, produziam planos sem qualquer explicação clara da
maneira como deveriam ser executados, e tais tentativas eram perdidas.
Já como o Estágio Quatro, as empresas compreenderam totalmente os
esforços de qualidade e sabem como as modificações percebidas pelo
mercado dirigem outros aspectos da posição competitiva. Eles utilizam esta
informação para formar decisões que irão permitir à empresa produzir mais
valor e assim ter benefícios máximos em longo prazo para acionistas, clientes e
a sociedade. Nesse estágio o foco está voltado para o mercado.
A análise dessa experiência indica, a necessidade de um estágio que vai
além dos critérios do prêmio Baldrige, ou seja, enfatiza que a qualidade total
deveria, ainda, ser o foco central da administração.
Quando os gerentes bem sucedidos de hoje, discutem negócios com
seus empregados, falam incessantemente a respeito de qualidade total e de
criar melhor valor percebido pelo mercado do que seus concorrentes. E eles
sabem que apenas podem alcançar essa total qualidade e valor com apoio
constante de cada um na empresa. Ë preciso que cada um esteja envolvido e
habilitado e qualidade é o tema que pode tornar todos envolvidos, porque eles
sabem que com qualidade:
- O emprego é seguro, satisfatório;
- Gera oportunidades de aprender e crescer;
- Cria oportunidade para mais responsabilidade e progresso.
(Galé, Brabley P e Wood, Robert Champmam , 1996 p.13; 20)
2.3 - A Importância Da Qualidade Do Atendimento
Segundo Paludeto (2004), a tecnologia está muito mais difundida que há
alguns anos atrás. Hoje em dia uma mesma fábrica pode produzir para várias
marcas diferentes, duas ou mais empresas facilmente se unem para
cooperações técnicas e produtivas, centros de pesquisas e laboratórios
realizam intercâmbios de resultados científicos com grande freqüência. Com
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isso, o resultado é que a qualidade entre as várias marcas de produtos está
muito mais próxima uma da outra. Podemos observar diferentes marcas de
televisão, de telefones celulares, de microcomputadores e muitos outros
produtos em pé de igualdade no mercado.
Como agora as empresas estão cada vez mais equiparadas em termos
de qualidade do produto, isso deixou de ser um diferencial tão grande quanto
há alguns anos atrás. Então o que faz a diferença atualmente? É a Qualidade
no Atendimento. A diferença está no contato pessoal, no serviço prestado e na
habilidade de relacionamento para atender e entender o cliente. (Paludeto,
Leonardo – Leonardo @evolui.com.Br – acessado em 17/02/2010)
Segundo Denton, (1991) devido à importância da qualidade do
atendimento, as empresas investem nos clientes adotando técnicas especificas
que requerem tempo e monitoramento por parte do administrador e cliente
respectivamente.
Quanto ao monitoramento dos clientes, as empresas podem usar um
banco de dados para cadastrar todo o seu dados pessoais, suas preferências,
tendências, costumes, enfim a empresa faz um “CHECK LIST” do consumo do
cliente assim fica-se sabendo o seu perfil. A companhia através destes dados
pode gerar informações valiosas para saber como satisfazer as necessidades
dos mesmos.
“A HOLIDAY INN, INC, conglomerado de empresas que prestam
serviços de hospedagem, gastou mais de US$ 1 milhão por ano durante 9 anos
na monitoração dos clientes, a ela rendeu novos serviços e produtos a serem
formulados” (Qualidade em Serviços, Denton, 1991, pg 21).
Existe empresas que utilizam os monitoramentos pós-venda, onde a
empresa, além de dar suporte através de um número 0800 tirando dúvidas,
elas ligam novamente para seus clientes, quando são solicitados, para saber
se estão satisfeitos com o atendimento e as condições dos produtos.
Empresas com foco na qualidade em serviços também requerem muito
de seus administradores. A estes são realizados treinamentos extensivos para
os capacitarem a gerir uma organização.
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2.4 Qualidade De Serviços
Segundo Denton, (1991), existem serviços de qualidade superior e de
qualidade inferior. Os serviços de qualidade inferior possuem algo em comum
que é o descontentamento por parte do cliente em algum momento, podendo
ser no início, meio, fim ou pós adquirir um determinado produto ou serviço.
O descontentamento se torna evidente em alguns casos por causa da
falta de informação que o prestador de serviços não passou ao cliente. Muitas
vezes esta informação não é repassada porque o próprio prestador do serviço
não conhece os pontos fortes e fracos do produto que está sendo adquirido
pelo cliente.
Nesses casos os responsáveis em grande parte não são os da linha de
frente, mas sim dos níveis estratégicos, táticos, que podem estar centralizando
as informações ou não gerenciando a organização com o foco na prestação de
melhores serviços.
“Existe um provérbio popular aplicável a varias ciências que diz:” toda regra há uma exceção “. Veja o que disse certa vez o vice-presidente de marketing da IBM, Buck Rodgers dos EUA,” obter-se um serviço de qualidade satisfatória, neste país (EUA), em mercearias, lojas de ferramentas ou empresas de computadores, beira o milagre “”. (Denton, 1991:07)
Pela citação de Rodgers, a má qualidade nos serviços é quase uma
regra, porém, o provérbio pode ser aplicado também neste caso, pois
hoje,existem organizações que buscam a excelência na prestação de
serviços,em empresas como estas não é difícil vermos um atendimento rápido,
eficaz e de qualidade, onde os funcionários estão motivados e orientados não
somente acerca das qualificações dos produtos ou serviços, mas
principalmente satisfazer as necessidades dos clientes e atendê-los da melhor
forma possível. Estes profissionais recebem por isto uma boa remuneração
Empresas que possuem esta visão de negócio, que é voltada para a
qualidade de seus produtos e a satisfação por parte do cliente, sabe que
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envolver os mesmos em programas de sugestões é um passo para entendê-los
melhor e saber o que realmente eles vêem de positivo ou negativo nos seus
produtos e serviços prestados. C.f. Denton, (1991),
Empresas que possuem ao menos uma caixinha de sugestão estão
encorajando os clientes a voltarem para adquirir novos serviços da empresa às
vezes só para ver se suas opiniões foram aceitas ou implantadas.
Os maiores ativos de empresas com estas características não são as
máquinas ou a tecnologia de ponta, mas sim as pessoas, pois estas são as que
prestam na verdade os serviços. Caso elas sentirem-se não participando ou
sendo inútil para a organização perdas podem ocorrer, contudo as empresas
entendem que para os clientes saírem satisfeitos os funcionários não podem
estar sentindo-se desta maneira frente à organização. E para isto as
organizações valorizam seus funcionários com recompensas não financeiras
como: retrato do funcionário do mês; segurança no trabalho... C.f. Denton,
(1991),
2.5 Ferramentas Para A Qualidade Do Atendimento
Segundo Richard (1997) nada contribui tanto para transformar uma
companhia como uma visão clara. A Visão de uma organização é definida
como “Uma imagem vista de um estado futuro ambicioso e desejável
relacionando com o cliente e superior em alguns aspectos importantes ao
estado atual”.
Para que seja formada uma visão devem-se responder as seguintes
perguntas: Que tipo de companhia desejamos nos tornar? Como seremos
vistos por nós mesmos e por nossos clientes quando atingirmos essa visão? O
que queremos que as pessoas falem de nós como resultado de nosso
trabalho? Quais são os valores mais importantes para nós? De que modo
essa visão representa os interesses de nossos clientes e os valores que
prezamos? E por último: Qual o papel de cada pessoa nessa visão de futuro?
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Do presidente ao operador da mesa telefônica, todos em uma
companhia dinâmica estão empenhados não apenas em ganhar dinheiro, mas
numa missão para os seus clientes. É preciso que a organização reconheça a
importância que as pessoas têm para a empresa, sejam elas clientes ou
funcionários. É preciso questionar as atitudes da empresa em relação aos
empregados que são também clientes internos. Pois mais do que
pronunciamentos e treinamentos, crianças ou adultos a relação entre o
atendente e o cliente tende a ser uma projeção das relações internas na
empresa e tendem a se comportarem muito mais pelo exemplo do que pelo
discurso. c. f. Richard, Whiteley C. A empresa Totalmente Voltada Para o
Cliente – Do Planejamento a ação. Campus c. (1997)
Segundo Deangelo, ( 1999), os Recursos Humanos têm um papel
importante de captação e desenvolvimento de pessoal. Seleção, treinamento,
remuneração, acompanhamento do desempenho e carreira indicam e reforçam
padrões culturais. A contratação de sangue novo para a empresa sinaliza aos
outros funcionários quais são as habilidades, a postura e o perfil que estão
sendo valorizados. O treinamento é um instrumento básico para divulgação de
valores. Permite sua transmissão de maneira planejada e uniforme. O
acompanhamento do desempenho é fonte básica para as promoções salariais
e transferência de cargo, mas também sinaliza o desvio de comportamento
esperado.
O RH tem por papel orientar pessoas para o alcance de metas e
resultados para a melhoria contínua da empresa, devendo analisar a relação
entre o resultado e os recursos de que dispõe o responsável por atingir as
metas. O RH tem que estar focado em qualificar a pessoa que vai gerenciar o
alcance dos resultados, identificando quais as competências organizacionais
críticas e traduzi-las em competências profissionais básicas. Essas
competências podem revelar o que é importante para a empresa.
Uma tendência que há tempos vem se firmando nas empresas e que
mais recentemente começou a ser adotada pelo varejo é a multifuncionalidade,
que faz com que o trabalhador seja capaz de executar um escopo mais amplo
de atividades e tem a possibilidade de haver dentro de uma equipe um rodízio
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de funções, reduzindo a monotonia e servindo de treinamento para futuras
promoções, proporcionando bem – estar e motivação dos empregados. Para
motivar as empresas também oferecem aos mesmos programas de
remuneração variável, como participações nos lucros, compra de ações da
empresa... c.f. DEANGELO & GIANGRANDE Marketing de Relacionamento no
Varejo. Atlas 1999).
Segundo Deangelo, ( 1999) o atendimento é como se fosse um produto
de primeira necessidade, valoroso, delicado e gostoso.
Existe o tipo que se chama atendimento mudo, onde a própria loja “fala”
com o cliente através de sua iluminação, limpeza, som ambiente, exposição de
produtos, precificação, uniforme dos funcionários, do cartazeamento. E existe o
atendimento atitudinal em que há interface entre o funcionário e o cliente, onde
se estabelece um relacionamento interpessoal - empresa (por intermédio do
funcionário) x cliente. Por isso, se você quer preparar pessoal para o
atendimento, considere as seguintes etapas:
- Recrutamento e seleçãoà é onde começa o bom atendimento, pois o
funcionário mantém contato direto ou indireto com o cliente;
- Programas de formação, especialização e aperfeiçoamento à uma vez
admitido, passa a ser desenvolvido para um padrão de atendimento
através de treinamentos (global, específico e de suporte ao
atendimento).
- Incentivos à Para motivar as empresas também oferecem aos mesmos
programas de remuneração variável, como participações nos lucros,
compra de ações da empresa... c.f. Deangelo & Giangrande Marketing
de Relaciomamento no Varejo. Atlas 1999).
A transparência no setor financeiro com a remuneração aberta
também é um fator que a empresa mostra aos funcionários como forma de
incentivá-los a conseguirem realizar as metas propostas para empresa, o
tornando participante do processo de evolução e desenvolvimento da
organização.
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CAPÍTULO III
QUALIDADE DO ATENDIMENTO NO VAREJO
Segundo Leonardo Paludeto, com a percepção da importância do
atendimento ao cliente, várias empresas passaram a procurar melhorias nessa
área. Surgiram várias propostas e estratégias. Diferentes autores deram dicas
e formularam regras sobre o que fazer e o que não fazer, como treinar
funcionários para reproduzir um modelo de contato com o cliente. Programas
de treinamento teórico, livros, artigos em revista, leis, códigos de defesa tentam
fazer a diferença a favor do cliente.
Apesar das contribuições dessas propostas, as empresas perceberam
que somente informações e regras não são suficientes para manter os
funcionários com uma postura de bom atendimento, iniciativa, constante
aperfeiçoamento, melhora na tomada de decisões e habilidades autênticas de
relacionamento. Vários funcionários da linha de atendimento que passaram por
treinamentos teóricos não conseguiram desempenhar com naturalidade, pois a
solução é a mudança pessoal e não somente um conjunto de informações a
serem adotadas. (Paludeto, Leonardo – Leonardo @evolui.com.Br – acessado
em 17/02/2010)
Segundo Leonardo Paludeto, (2004) a melhoria no atendimento ao
cliente não passa apenas por uma teoria, mas sim por conhecimentos e
habilidades de como praticar. A estratégia para atender clientes é muito mais
do que um sorriso contagiante, ou um conjunto de frases decoradas. Nem
mesmo um verdadeiro desejo de agradar é suficiente: é preciso desenvolver
habilidades de comportamento e atitudes pessoais que serão praticadas não só
na frente do cliente, mas sim no dia-a-dia da organização. Antes de tudo, o
atendimento é resultado de uma postura pessoal. Então surge a questão: como
desenvolver pessoas? É preciso favorecer a sensibilização, conscientização,
formação e aquisição de conceitos. Ao invés de passar informações em regras
e procedimentos, é mais adequado promover a aprendizagem através da
vivência. É nesse sentido que as pessoas aprendem mais quando vivenciam
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uma situação do que quando apenas lêem ou ouvem o que é para fazer ou
para deixar de fazer.
Mas então o aprendizado sempre terá que ser no dia-a-dia, vivenciando
somente? Não é possível treinar pessoas com eficiência? Sim, é possível usar
de treinamentos para ter melhor aprendizado. Mas é preciso balancear
treinamentos teóricos (com informações) e treinamentos comportamentais
(com vivências), aumentando assim a eficácia. Utilizando-se técnicas de
aprendizagem vivencial, a pessoa experimenta e formula seu referencial para
as próximas atuações. .(Paludeto, Leonardo – Leonardo @evolui.com.Br –
acessado em 17/02/2010)
Com isso pode-se favorecer a autopercepção e a hetero-percepção,
identificar o próprio paradigma e o do outro, reconhecer crenças errôneas
sobre o atendimento, desenvolver habilidades específicas de comunicação e
formulação de um modelo para o atendimento.
Segundo Leonardo Paludeto, com o trabalho pessoal, pode-se
oportunizar as definições de princípios para o bom atendimento ao cliente.
Quais são esses princípios?
Conhecimento - É preciso ter conhecimento do que, como, onde, quem, por
que se faz. Quanto à técnica, pode-se fazer a contínua preparação das
pessoas através de treinamentos, balanceando aspectos comportamentais e
informacionais.
Complementando essa formação, todos devem conhecer a empresa
onde trabalham, suas metas, serviços e produtos.
Relacionamento - A relação entre quem atende e quem é atendido deve ser
baseada no objetivo “ganha-ganha", os dois devem sair ganhando. Através do
relacionamento interpessoal pode-se criar as condições para uma boa
percepção dos interesses de ambos os lados. Assim é possível respeitar o
cliente e identificar melhor suas necessidades.
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Comprometimento - Através do engajamento, as pessoas podem assumir os
objetivos propostos, planejando-se e realmente cumprindo prazos e metas.
Confiabilidade - Atendimentos e serviços estão baseados na ética e
responsabilidade. Assim é possível realizar um serviço confiável, de forma a
preservar informações sigilosas e restritas do cliente. Além disso a eficiência no
serviço, por si só, já garante maior confiança por quem está sendo atendido.
Postura - A apresentação e postura profissional adequada transparecem no
comportamento e atitudes em situações corriqueiras e sempre presentes em
todos os detalhes do atendimento.(Paludeto, Leonardo – Leonardo
@evolui.com.Br – acessado em 17/02/2010)
3.1 Qualidade No Atendimento Como Diferencial
Segundo Leonardo Paludeto, a competitividade cada vez maior em
nossa sociedade nos faz ter uma necessidade de evolução constante. A
satisfação de quem compra determina a sobrevivência de um produto ou
serviço. Para conseguir satisfazer o cliente é necessário ter qualidade, um
conceito muito falado, mas nem sempre aplicado.
Todos nós somos clientes em várias situações do dia-a-dia, ou seja,
constantemente usamos serviços de outras pessoas. Mesmo quem não
trabalha diretamente com atendimento ao público, experimenta situações onde
está servindo e situações onde está sendo servido. As relações de ajuda e
dependência entre as pessoas são uma constante. Todos nós dependemos em
alguma medida dos serviços de outras pessoas. Como poderíamos comer,
beber, ler, estudar, comprar livros, roupas e outras mercadorias sem depender
de uma cadeia produtiva e de prestação de serviços? c. f Leonardo Paludeto (–
Leonardo @evolui.com.Br – acessado em 17/02/2010)
Quando falamos de atendimento ao cliente, podemos pensar em nossas
próprias experiências em atender e ser atendido. Exercemos diferentes papéis
em diferentes momentos. Então, já que esses papéis são desempenhados por
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nós mesmos, temos que perceber e refletir sobre nossos comportamentos,
experiências, valores e idéias tanto como clientes quanto como atendentes.
Atender, antes de tudo, é relacionar-se com outras pessoas para satisfazer
uma necessidade. Mas não podemos pensar que existe somente a
necessidade de um único produto ou serviço. Temos necessidades de
relacionamento permanentes, somos seres sociais. Então, junto com o produto
ou serviço está também o contato pessoal que, quando bem trabalhado, pode
ser a grande diferença no atendimento. (– Leonardo @evolui.com.Br –
acessado em 17/02/2010)
Como já mencionado neste trabalho, a qualidade do atendimento
constitui um diferencial entre as empresas de varejo, pois a utilização de
recursos comuns como a tecnologia propicia a mesma qualidade dos produtos.
Portanto o que resta às empresas é exceder às expectativas do cliente, pois
isso é o que estes procuram, principalmente as famílias que têm dois salários e
em particular as mulheres que trabalham. Todos querem fazer compras
eficientes e serem tratados de maneira agradável.
A revista Stores publicou que as mulheres que trabalham como
profissionais liberais estão deixando claro aos varejistas que mesmo que seu
produto seja mais caro ela gastará mais tempo e dinheiro se a loja oferecer o
que ela deseja. Com essa informação as lojas que estão atentas a isso estão
colhendo os benefícios de margens mais altas de lucros e de uma clientela fixa.
( Administração do Varejo, Levy, 2000, pg 495 )
Algumas empresas como a Wall-Mart, por exemplo, usam a tecnologia
como maneira de obter uma vantagem sobre seus concorrentes, instalando
equipamentos de leitura óptica (scanners) nas caixas para diminuir o tempo de
espera pelos seus clientes
O atendimento ao cliente é o conjunto de atividades e programas
assumidos pelos varejistas para tornar a experiência de compra mais
recompensadora para seus clientes.Com uma qualidade de atendimento boa o
valor da compra e dos serviços que os clientes compram aumentam.
Personalização de massa é a produção de mercadorias e serviços de
acordo com cada cliente. Cada consumidor tem um atendimento e o produto
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diferenciado de acordo com as suas características. Um exemplo é o das lojas
de sapatos da custom foot nos Estados Unidos, os clientes escolhem entre 150
estilos de sapatos, seus pés são medidos e digitalizados em um computador
para desenvolver especificações exatas. Os dados são enviados para a fábrica
onde os sapatos são feitos e entre 2 semanas o cliente receber seu par de
sapatos em sua casa a um custo praticamente igual ao de um sapato normal.
Joan Timan, Gerente Geral da Loja de Departamento Sakes Fifth
Avenue de Chicago, enfatiza que o atendimento ao cliente é a chave do
sucesso para o varejo: “Você pode comprar a mesma mercadoria em vários
lugares. Os consumidores compraram onde se sentirem mais confortáveis.
Eles ficaram mais confortáveis onde se sintam atendidos e onde encontrarem o
que querem em um período razoável”. (Administração do Varejo, Levy, 2000,
pg 497)
O McDonld’s e a Disney diferenciam suas ofertas de varejo construindo
a fidelidade do cliente e criando uma vantagem competitiva sustentável pelo
fornecimento de um excelente atendimento ao cliente. Um bom serviço faz com
que os consumidores continuem voltando ao varejista e geram comunicações
boca a boca que atraem novos clientes, sem duvida um atendimento de
qualidade ao cliente pode ser um grande diferencial para os varejistas.
Segundo estatísticas americanas 815 dos varejistas indicam que o
aperfeiçoamento do atendimento ao cliente é sua questão mais importante. A
natureza do atendimento ao cliente é muito difícil de apurar e de medir por isso
o atendimento é muito variável e complexo sendo difícil de controlar. Devido a
essa dificuldade, é uma grande vantagem competitiva e um grande diferencial
para os varejistas desenvolverem um atendimento de alta qualidade, pois
aquele varejista que conseguir manter em sua loja um atendimento sempre
excelente com certeza vai ter uma grande vantagem em relação aos seus
concorrentes. Os pequenos varejistas independentes quase sempre tentam
desenvolver uma vantagem estratégica sobre as cadeias maiores, fornecendo
um atendimento personalizado ao cliente. Os grandes varejistas podem
oferecer preços melhores para os consumidores do que as lojas menores.
Todavia os pequenos varejistas podem superar essa desvantagem de custo
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oferecendo um atendimento melhor que uma empresa burocrática e grande.
(Administração do Varejo, Levy, 2000, pg 497)
Estratégias de atendimento ao cliente: A personalização e a
padronização são duas abordagens que os varejistas usam para desenvolver
uma vantagem de atendimento ao cliente sustentável. Uma implementação de
sucesso da abordagem de personalização conta com o desempenho dos
vendedores técnicos e dos fornecedores de serviços, enquanto a abordagem
de padronização conta mais com a política, os procedimentos e o design e o
layout da loja. Como indicado anteriormente, fornecer serviços personalizados
de alta qualidade pode custar muito caro, entretanto, de uma perspectiva de
longo prazo, um bom atendimento ao cliente pode, na verdade, reduzir os
custos e aumentar os lucros. Os varejistas precisam considerar os custos e os
benefícios das políticas de serviços. Por exemplo, muitos varejistas estão
reconsiderando sua política de devolução “sem fazer nenhuma pergunta” .
(Administração do Varejo, Levy, 2000)
Os clientes avaliam o serviço como bom quando o serviço percebido por
ele supera as suas expectativas e ficam insatisfeitos quando o serviço está
abaixo das suas expectativas. Como as expectativas podem ser diferentes em
relação a outros varejistas, um cliente pode se sentir satisfeito numa loja que
não ofereçam serviços muito bons, e pode ficar insatisfeito em outra loja que
ofereça mais serviços do que a anterior. A satisfação ou não vai depender não
só da pessoa como também do tipo de varejo (Administração do Varejo, Levy,
2000)
Modelo de Gaps o aperfeiçoamento da qualidade do serviço de varejo: o
modelo de Gaps indica o que os varejistas precisam fazer para fornecer um
atendimento ao cliente de alta qualidade. Quando as expectativas dos clientes
são maiores que suas percepções de serviço entregue, os clientes ficam
insatisfeitos e sentem que a qualidade do serviço do varejista é pequena.
Portanto, os varejistas precisam reduzir a diferença entre as expectativas dos
clientes e suas percepções de serviço, para melhorar a satisfação dos clientes
com o serviço. Quatro fatores afetam o Gap de serviço: Gap do conhecimento,
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Gap de padrão , Gap de comunicação e Gap de entrega. (Administração do
Varejo, Levy, 2000, pg 503)
Essas quatro lacunas aumentam o Gap de serviço. O objetivo do
varejista é reduzir o Gap de serviço reduzindo cada uma das quatro lacunas.
Primeiro, compreender o nível de serviço que o cliente espera. Segundo, definir
padrões para o fornecimento de serviço. Terceiro, implementar programas para
a entrega do serviço que corresponda aos padrões e, por último, realizar
programas de comunicação para informar os clientes sobre o serviço oferecido
pelo varejista. (Administração do Varejo, Levy, 2000, pg 504)
Saber o que o cliente deseja: O Gap do conhecimento - A etapa mais
importante é saber o que o cliente quer, o que eles esperam dos nossos
serviços. Essa primeira etapa é muito importante porque muitos varejistas têm
informações erradas em relação aos clientes e acabam investindo em serviços
e atendimentos que muitas vezes não acrescentam nada para o consumidor,
então o varejista deve fazer pesquisas para saber que tipo de serviço melhor
agradaria o cliente. Os métodos para aplicação dessas informações segundo o
autor são: estudos abrangentes, medindo a satisfação com transações
individuais, painéis de clientes e entrevistas, interagindo com clientes,
escutando as reclamações dos clientes, retorno de informações dos
empregados da loja e usando a pesquisa de clientes.
O Gap de padrão - Após o varejista coletar informações suficientes para
saber quais as expectativas dos clientes em relação ao atendimento, a próxima
etapa é utilizar essas informações para o varejista adequar o melhor
atendimento de acordo com as expectativas dos consumidores, os padrões de
serviço devem basear-se nas percepções dos clientes, em vez de em
operações internas. Os varejistas precisam, primeiro, comprometer sua
empresa para fornecer serviços de alta qualidade. Segundo, desenvolver
soluções inovadoras para problemas de serviços. Terceiro, definir o papel dos
fornecedores. Quarto, definir metas de serviço e, finalmente, medir o
desempenho dos serviços.
Atingindo e excedendo padrões de serviço: o Gap da entrega - para
reduzir o Gap da entrega e fornecer serviços que excedam os padrões, os
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varejistas precisam, primeiro, dar aos fornecedores de serviços (funcionários) o
conhecimento e as habilidades necessárias. Segundo, fornecer apoio
instrumental e emocional. Terceiro, melhorar as comunicações internas e
reduzir os conflitos e, quarto, conceder poderes aos empregados para agirem
com a finalidade de atender aos interesses da empresa e dos clientes.
Comunicando a promessa de serviço: os Gaps de comunicação - o
quarto fator que leva o gap de atendimento ao cliente é uma diferença entre o
serviço prometido pelo varejista e os serviços realmente proporcionados.
Superestimar o serviço oferecido aumenta as expectativas do cliente. Então, se
o varejista não cumprir sua, promessa, as expectativas excedem o serviço
oferecido e os clientes ficam insatisfeitos. Aumentar demais as expectativas
pode trazer mais clientes inicialmente, mas também pode criar insatisfação e
reduzir a repetição dos negócios. A lacuna da comunicação pode ser reduzida
efetuando-se compromissos realistas e por meio do gerenciamento das
expectativas do cliente.
3.2 Venda De Varejo
Segundo Levy (Administração do Varejo, 2000), os vendedores
constituem–se em um elemento importante no composto de varejo. Eles são
responsáveis pela realização das vendas e pelo fornecimento das vendas que
produzem clientes satisfeitos e fiéis.
A venda começa quando o vendedor aborda um cliente, mas o processo
não termina quando o cliente decide comprar alguma coisa. O vendedor
precisa encorajar e auxiliar o cliente a comprar mercadorias complementares.
Essas vendas adicionais são um aspecto importante da lucratividade da loja e
aumentam a satisfação dos clientes por meio de suas compras. O processo de
vendas termina quando um cliente é satisfeito com a mercadoria e decide
retornar a loja. Efetuar a venda é apenas uma etapa na criação da fidelidade do
cliente – a meta que todos os vendedores devem ter todas as vezes que
interagem com clientes. (Administração do Varejo, Levy, 2000).
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Ainda segundo Levy, (2000), as habilidades de comunicação eficaz – o
ouvir e questionar – permitem que os vendedores adaptem suas apresentações
às necessidades do cliente. Por meio dessas habilidades, os vendedores
facilitam a comunicação de dois sentidos. A venda adaptativa também requer
conhecimento extensivo dos tipos de cliente e as maneiras mais eficazes de
efetuar vendas para cada tipo.
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36
CAPÍTULO IV
A EMPRESA
Com base nas questões levantadas na introdução do presente trabalho
e nos capítulos apresentados, em destaque para os títulos: Qualidade no
Atendimento – Qualidade voltada para o cliente- Ferramentas para a qualidade
no atendimento e Qualidade no atendimento com diferencial, foi escolhida uma
loja de vendas no varejo para a pesquisa de campo, onde será observado
através das entrevistas se a mesma, que tem grande volume de vendas neste
setor, tem o atendimento ao cliente como diferencial para suas vendas.
4.1 Apresentação Da Empresa
Uma História de sucesso: A Leader Magazine tem 59 anos, tendo um
total aproximado de 3.800 funcionários atuando nas 44 lojas de sua rede,
estando presente nos seguintes estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas
Gerais, Sergipe Pernambuco, Alagoas, e Rio Grande do Norte, tem um Centro
de Distribuição, com a média de 3 milhões de peças recebidas/mês e mais de
12 milhões de clientes circulando nas Lojas anualmente. Alguns dados que
marcaram a história são: Em 1966, já existiam 3 lojas no interior do estado
do Rio.. Em 1970, nasceu à empresa União de Lojas Leader Ltda., sob o nome
fantasia Leader Magazine. No final dos anos 80 e início dos anos 90, começou
a modernização da rede de departamentos, repassando aos clientes as
vantagens obtidas com os fornecedores. e a Leader passou a se renovar dia a
dia. Em 1991 começou a expansão para a cidade do Rio de Janeiro e em
1995,
No início de 2003, a Leader inovou e inaugurou um novo departamento
no seu negócio, o departamento de utilidades para o lar, que chegou, a
princípio, na loja de Vila Velha, na primeira loja da rede fora do estado do Rio
de Janeiro, no Espírito Santo.
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No final do ano de 2005, os acionistas da Leader tomaram uma decisão
arrojada com o intuito de alavancar o crescimento da companhia: contrataram a
consultoria americana Alvarez & Marsal (A&M), uma das maiores em empresas
de reestruturação financeira do mundo, para auxiliá-los no processo de tomada
de decisão.
Assim, nos primeiros dias de 2006, iniciou-se um processo estruturado -
abrangendo literalmente todas as áreas da companhia - com o objetivo de
diagnosticar oportunidades de melhoria e reposicionar a Leader em termos de
gestão, governança corporativa, transparência e resultados. Uma das principais
ações tomadas em conjunto com os acionistas foi a migração dos membros da
família, que ocupavam cargos da Diretoria, para um recém criado Conselho de
Administração (profissionalização da gestão), trazendo executivos de mercado
e da A&M (co-gestão) para ocupar cargos de alta liderança.
Pela primeira vez na história da Leader foi empossada uma Diretoria -
incluindo Presidência - com 100% de seus executivos oriundos do mercado,
liberando os acionistas do dia-a-dia da operação, para que os mesmos
pudessem dedicar seu tempo e experiência aos assuntos relacionados à
ESTRATÉGIA do negócio. “De lá para cá a nossa Empresa não parou mais:
foram negócio e seus clientes...” (site www.leader.com.br acessado em
17/02/2010)
Missão
“Existimos para comercializar produtos e serviços com qualidade e preço
justo, que contribuam para elevar a auto-estima dos nossos clientes.
Investimos no bem estar e desenvolvimento dos nossos funcionários como o
fator fundamental em nosso negócio. Buscamos gerar lucros sustentáveis que
garantam o melhor retorno para o negócio.” (site www.leader.com.br acessado
em 17/02/2010)
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Visão
Ser a melhor empresa em Excelência Operacional, garantindo
rentabilidade sustentável, através de uma equipe motivada e de alta
performance. (site www.leader.com.br acessado em 17/02/2010)
Valores
- Integridade
- Satisfação do Cliente
- Oportunidade e Respeito
- União
- Qualidade
- Profissionalismo
- Comprometimento com o resultado
- Atitude
(site www.leader.com.br acessado em 17/02/2010)
4.2 Entrevistados
Para a realização deste trabalho foi entrevistado o Gerente Comercial
das Lojas Leader no Estado do Rio de Janeiro e uma funcionária que ocupa o
cargo de Supervisor Junior trabalhando há 10 anos.
4.3 A Entrevista Perguntado sobre qual seria sua definição sobre qualidade de
atendimento aos clientes e sobre a importância do mesmo para o sucesso da
empresa, o entrevistado explica que hoje em dia os clientes fazem as suas
escolhas de compra, devido, principalmente, as suas experiências passadas, e,
atualmente, os produtos oferecidos são muito similares, logo, geralmente os
clientes escolhem uma loja para comprar motivado por uma boa experiência
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que ele teve anteriormente, não apenas por causa do produto, mas
principalmente pelo serviço prestado pela loja. “Por isso é tão importante a
qualidade do atendimento”, disse o entrevistado, “com isso você consegue
diferenciar de outro concorrente através dessa qualidade. Um exemplo disso é
a nossa loja que fica aqui no 3º andar do shopping, muito escondida, onde o
cliente passa por várias outras lojas famosas e mesmo assim vem comprar
aqui, é claro que existem outros fatores para que isso aconteça, mais sem
dúvida o serviço que nos prestamos com certeza é um dos mais importantes
para que o cliente venha até a nossa loja”.
Falando sobre o feedback do atendimento ao cliente, dos funcionários
para com a gerência, explica que além do serviço de atendimento ao cliente
pelo telefone, que é centralizado, a empresa tem um programa chamado
‘conhecendo nosso cliente’ em que os funcionários são estimulados a trazer
informações dos clientes. cita o exemplo de um produto que o cliente procurou
e não achou , de alguma crítica que o cliente tenha feito e se ele ficou
satisfeito com os serviços prestados. “Nós incentivamos nossos funcionários a
fazer perguntas para usar essas informações para sempre estar melhorando
nosso atendimento”.
Sobre o grau de satisfação dos clientes e verificação do nível de
fidelidade, disse que é medido através da lista de casamento, em que o grau
de satisfação chega a 99%.
A tecnologia se tornou aliada do atendimento, através de um sistema em
que é possível traçar o perfil do cliente e por último ele fala sobre o treinamento
explicando que existe um misto de treinamento onde o funcionário tem vários
tipos de treinamento na sede e um específico dado em cada loja.
A funcionária entrevistada disse que considera a Leader magazine uma
excelente organização para se trabalhar por ser uma empresa que valoriza
muito o lado pessoal dos funcionários. A empresa visa o lado profissional mas
nunca deixa de lado a vida pessoal do funcionário e é isso que mais o prende à
empresa: o respeito que ela tem pelo seus funcionários. ”Os funcionários
incorporam a missão da empresa, fazendo com que os funcionários mais novos
consigam se integrar e acreditar para que todos nós possamos segui-la”.
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Sobre o treinamento explicou que todos os cargos recebem um tipo específico
de treinamento e um treinamento mais geral, e muitos desses treinamentos
visam um melhor atendimento ao cliente. Afirmou também que “o plano de
carreira e incentivos que a Leader magazine oferece, contribuem para sua
excelência no atendimento ao cliente, pois todos os funcionários têm a
possibilidade de chegar um dia ao topo da empresa, e quem não quer chegar a
diretoria da empresa!!. Isso faz com que nós funcionários estejamos sempre
motivados contribuindo com a empresa” .
Perguntada sobre a comunicação entre a gerência e os funcionários,
explicou que nem toda comunicação tem que passar pela gerência, pois muitas
das comunicações chegam diretamente da central para o time Leader que são
um grupo de funcionários eleitos pelos empregados da empresa para
representá-los junto à diretoria. Disse que o seu bom atendimento ao cliente,
realmente é o ponto crucial para o sucesso das vendas em sua loja, porque
quando o funcionário atende o cliente com qualidade, agrega valor à compra
do cliente, fazendo também com que ele, às vezes, compre mais do que
realmente iria comprar. Falando sobre uma experiência vivida, contou que uma
vez um cliente veio trocar o produto porque estava insatisfeito com o mesmo,
mas o produto estava em falta. Então o telefone do cliente foi anotado e a
compra e entrega do produto foi garantida. . Além disso há vários outros casos
em que o cliente iria comprar apenas um produto, mas acabou comprando
vários, porque foi muito bem atendido.
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CONCLUSÃO
Ao se analisar as questões levantadas no presente trabalho, em
destaque para os títulos: Qualidade no Atendimento – Qualidade voltada para o
cliente- Ferramentas para a qualidade no atendimento e Qualidade no
atendimento com diferencial, pode ser observado que alem de tecnologia, ,
qualidade do produto, treinamento e o desejo de agradar ao cliente é preciso
desenvolver habilidades de comportamento e atitudes pessoais, que serão
práticas não só na frente do cliente, mas sim no dia-a-dia da organização.
Antes de tudo, o atendimento é resultado de uma postura pessoal.
Verificou-se a importância de ouvir o cliente, saber o que ele quer,
cumprir as promessas feitas.
Assim, tornou-se necessário fazer a pesquisa de campo, onde pôde ser
percebido que a Leader Magazine é uma empresa que visa a qualidade do
atendimento,pois, para isso, todo o grupo, desde a diretoria até o funcionário
de menor cargo, é conhecedor da visão e missão da empresa, recebe
treinamento constante e os funcionários fornecem um feedback do
atendimento ao cliente, a empresa . A Leader ouve o seu cliente através do
servico de SAC. Através desses dados podemos confirmar que a Leader está
enquadrada na pesquisa feita para elaboração do presente trabalho.
Ao concluir este trabalho pode-se usar a seguinte citação:
“ Apenas duas coisas são importantes. Uma é o cliente e a outra é o produto.
Se você cuidar dos clientes, eles virão de novo. Se você cuida de seu produto,
ele não virá de volta. Não é mais simples nem mais difícil do que isso” ( Stanley
Marcus, apud Whitely Richard C - pág. 179)
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ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 - Modelo de entrevista para o Gerente da Loja
Anexo 2 - Modelo de entrevista para a Funcionária da Loja .
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ANEXO 1
MODELO DE ENTREVISTA PARA O GERENTE DA LOJA
1- Como o Sr. Definiria qualidade no atendimento ao cliente? Qual importância
desse atendimento para o sucesso da sua empresa?
2- Existe um feedback do atendimento ao cliente, dos funcionários para com a
gerência? Como funciona?
3- No que tange ao atendimento ao cliente existe alguma meta a ser alcançada
, exigida pela alta direção
4- O cliente ou o consumidor tem voz ativa dentro da empresa? Há alguém que
defenda seus interesses dentro da empresa ? Como funciona?
5- A empresa investe em marketing de relacionamento com seus
consumidores? Com funciona?
6- A Leader magazine possui algum sistema que mede o grau de satisfação
dos clientes e , verifica o nível de fidelidade com o trabalho desenvolvido?
Como funciona?
7-Como a empresa se utiliza da tecnologia para desenvolver um melhor
atendimento ao cliente?
8- Os funcionários são treinados em qualidade do atendimento? Como são
treinados?
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ANEXO 2
MODELO DE ENTREVISTA PARA O FUNCIONÁRIO DA LOJA
1- Você considera a Leader magazine uma boa organização para se trabalhar?
Por que?
2- Como você contribui para que a Leader atinja a sua missão?
3- Você recebe algum tipo de treinamento dentro da empresa ? exemplifique?
4- Você acha que a Leader magazine tem uma cultura voltada para a
excelência no atendimento ao cliente? Por que ?
5- O plano de carreira e incentivos que a Leader magazine oferece, contribui
para sua excelência no atendimento ao cliente?
6- Você acha que o treinamento oferecido pela Leader magazine dá suporte
necessário para que você ofereça ao cliente um atendimento com
excelência?
7- A comunicação entre a gerência e os funcionários é eficiente?
8- Você percebe que o seu bom atendimento ao cliente, realmente é o ponto
crucial para o sucesso das vendas da sua loja?
9- Cite um caso pessoal em que a excelência no atendimento ao cliente tenha
sido o fator essencial para sua venda?10 -Você tem alguma meta de
atendimento estipulado pela empresa ?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - CAMPOS, V. F. Gerenciamento da qualidade total: do trabalho do dia-a-dia. ed. Belo Horizonte: FCO, 1994. DEANGELO, Claudio Felizoni e GIANGRANDE, Vera.. Marketing de Relacionamento no Varejo. Atlas – 1999 DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro: Marques-Saraiva, 1990. DENTON, D. Keith. Qualidade em Serviços..- Atendimento ao Cliente como Fator de Vantagem Competitiva Macron FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova ronteira, 1986 GALE, Bradley T com Chapman, ROBERT Wood. Gerenciando o Valor do Cliente. São Paulo: Pioneira c. 1996 JURAN, J. M. Juran na liderança pela qualidade.São Paulo: Pioneira, 1993. Larosa, Marco Antonio e Ayres, Fernando Ardeini –Como Produzir uma monografia –2008 – 7ª edição L LEVY, Michae PH. D. Weitz, e BARTON A PH. D Administração de Varejo. Atlas S.A. – 2000 LUZZI. Alexandre Las Casas .Marketing de Varejo . Atlas S.A. – 2000 RICHARD, Whiteley C. A empresa Totalmente Voltada Para o Cliente – Do Planejamento a ação. Campus c. 1997 MATOS, F. G. Fator QF: quociente de felicidade: ciclo de felicidade no trabalho. São Paulo: Makron Books, 1997. ZEMKE, Ron C/ Dick Schaaf, Dick. A Nova Estratégia do Marketing no Atendimento ao Cliente . São Paulo: Harbra c. 1991
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SITES CONSULTADOS
Paludeto, Leonardo, Qualidade No Atendimento Ao cliente, 2004, http://www.evolui.com.br/acessado em 17/02/2010) Leader Nagazine ( www.leader.com.br acessado em 17/02/2010 Instituto A Vez do Mestre - www.avm.edu.br
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ................................................................2
AGRADECIMENTO ................................................................3
DEDICATÓRIA.......................................................................4
RESUMO................................................................................5
METODOLOGIA.....................................................................6
SUMÁRIO...............................................................................7
INTRODUÇÃO........................................................................8
CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................10
1.1 – O Varejo.......................................................................10
1.2 – A Evolução do Setor do Varejo no Brasil.....................14
CAPÍTULO II
QUALIDADE NO ATENDIMENTO........................................16
2.1 – Conceito de Qualidade ................................................16
2.2- Qualidade Voltada para o Cliente ..................................17
2.3- A Importância da Qualidade no Atendimento................ 21
2.4 – Qualidade de Serviços..................................................23
2.5 – Ferramentas para a Qualidade no Atendimento...........24
CAPÍTULO III
QUALIDADE DO ATENDIMENTO DO VAREJO.................. 27
3.1 – Qualidade do Atendimento como Diferencial................29
3.2 – Venda de Varejo ...........................................................34
CAPÍTULO IV
A EMPRESA ..........................................................................36
4.1 – Apresentação da Empresa.............................................36
4.2 – Entrevistados .................................................................37
CONCLUSÃO .........................................................................41
ANEXOS .................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS.........................................45
SITES CONSULTADOS...........................................................46
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ÍNDICE .....................................................................................47
FOLHA DE AVALIAÇÂO...........................................................49
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: