A filiação socioafetiva no direito brasileiro e a impossibilidade de ...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na...
Página 1 19/5/2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES
ESPECIAIS
Por: Regina Célia Israel Moça
Orientador
Prof. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES
ESPECIAIS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Arteterapia em
Educação e Saúde.
Por: Regina Célia Israel Moça
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço as pessoas que deram-me
força para fazer este curso, que está
sendo muito importante para meu
enriquecimento profissional. Em
especial ao meu marido Fernando e a
minha amiga Denise.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os
profissionais que trabalham com pessoas
com necessidades especiais e que como
eu, sentem uma enorme satisfação com o
progresso das mesmas. Á todos vocês:
Parabéns pela DEDICAÇÃO!
5
RESUMO
Pesquisar o fator de maior importância ou maior relevância para
progresso de pacientes com necessidades especiais.
Alguns fatores parecem óbvios, como por exemplo, o apoio da família,
um tratamento correto, ou mesmo, o esforço do paciente, e é claro, podem até
ser mesmo os fatores mais importantes, mas, como explicar pessoas que nem
família possuem, que fazem um tratamento precário, ou mesmo pessoas que
não aceitam sua condição, e ainda assim, apresentam progresso? Seria algum
tipo de revolta? Alguma outra motivação?
As pessoas reagem de formas diferentes a situações e condições
iguais ou parecidas. Por isso, com ajuda de profissionais que trabalham com
pessoas com necessidades especiais, vou pesquisar, junto aos mesmos, o
grau de importância de alguns fatores que possam contribuir para o progresso
clínico dessas pessoas, e, quem sabe, assim, ter um direcionamento para o
tratamento desses pacientes.
6
METODOLOGIA
Nesta pesquisa, a principal fonte para estudo foi a pesquisa de campo.
Na parte inicial do trabalho a leitura de livros, reportagens em jornais e
revistas e pesquisas na internet, muito contribuíram para elaboração do
trabalho. A composição de idéias, a definição de termos técnicos, foi possível,
somente, com consultas a fontes bibliográficas. Mas, a pesquisa de campo,
torna-se a principal fonte de consulta, porque foi dela que saiu a resposta do
problema.
Muito importante também foi à colaboração dos profissionais que
trabalham com pessoas com necessidades especiais e que responderam ao
questionário e deram relatos sobre o progresso de alguns pacientes.
7
SUMÁRIO
Introdução
Capítulo 1 – Pessoas com necessidades especiais
Capítulo 2 - Tratamento
Capítulo 3 - Inclusão
Conclusão
Anexos
Bibliografia
Atividades Culturais
Índice
Folha de Avaliação
8
1- Introdução
Não faz muito tempo em que pessoas com necessidades especiais
eram vistas como uma aberração da natureza, sendo olhadas com horror e
desprezo, como se contagiosas fossem.
Após o acontecimento das duas guerras mundiais, com o aumento de
casos de pessoas portadoras de deficiência, em especial na parte de
locomoção, audição e visão, é que se deu um avanço no tratamento e
aceitação de pessoas com necessidades especiais, afinal de contas tratavam-
se de heróis de guerra, pessoas já consideradas especiais.
Não temos guerras explicitas, em compensação, os acidentes de
trânsito, à carência alimentar e a falta de condições de higiene resultam em
uma estatística preocupante: dez por cento da população com deficiência.
Tratamentos e profissionais adequados são um problema para
portadores de deficiência e seus familiares. Atualmente temos mais recursos,
mais locais de tratamento, leis que protegem os portadores de deficiência (nem
sempre cumpridas), mas que de certa forma protegem e amparam os mesmos.
Mas, ainda assim, mesmo o quadro de assistência, a estas pessoas especiais,
ter melhorado bastante, está longe do ideal, ou melhor, do básico,
principalmente na parte de locomoção (barreiras arquitetônicas), transporte
(falta de adaptação de ônibus e outros veículos), educação (falta de
professores capacitados), lazer (falta de estrutura em cinemas, teatros,
museus, estádios, etc.).
A educação está começando a melhorar. Já não se tem tanto
preconceito como há algum tempo atrás, mas como anteriormente
mencionado, faltam profissionais capacitados.
Na parte profissional, houve um grande avanço, as empresas possuem
uma cota para empregar pessoas com necessidades especiais, dependendo
do número de funcionários. Hoje podemos ver nos classificados de empregos
em jornais, internet, etc, oportunidade para pessoas portadoras de vários tipos
de deficiência: visual, auditiva, síndrome de down, etc. Podemos ver com
freqüência portadora de síndrome de down em supermercados (super
9
simpáticos e felizes, por sinal), empacotando produtos ou fazendo outro tipo de
atendimento.
Nos concursos públicos também há uma cota de vagas para pessoas
com necessidades especiais e todo um aparato para a realização de provas. O
que falta mesmo são pessoas preparadas para o mercado de trabalho.
Existem empresas que tem no seu quadro de vagas oportunidades para essas
pessoas especiais e que não conseguem preenchê-las por falta de pessoal
preparado.
Atualmente, embora enfrentando vários problemas, como vimos acima,
os portadores de necessidades especiais, são tratados com mais naturalidade.
Quem sabe, um dia, serão tratados como pessoas normais que requerem,
apenas, um tratamento especial.
10
2 - CAPÍTULO I - PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Existem diversas nomenclaturas nacionais e estrangeiras, para se
referir a este grupo de pessoas. Vejamos algumas: indivíduos de capacidade
limitada, minorados, impedidos, descapacitados, excepcionais, minusválidos,
disable person, handicacpped person, unusual person, especial person,
inválidos, deficientes (a mais usada) e a empregada atualmente: pessoas com
necessidades especiais.
Podemos dar diversas definições para o verbete “deficientes”, mas
vamos dar a definição de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira: deficiente =
falto, falho,carente: incompleto, imperfeito.
Podemos perceber que este verbete empregado sozinho dá a idéia de
falha, de falta de alguma coisa.
2.1 - Tipos de Deficiência
Para quem lida com portadores de necessidades especiais, será
importante saber o significado de algumas palavras, bem como o nome dado
para alguns tipos de deficiências:
Afasia - perda da capacidade de usar ou de compreender a linguagem
oral. Esta usualmente associada com um traumatismo ou anormalidade do
sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como: afasia
expressiva e receptiva, congênita e adquirida.
Afetividade - área das emoções e dos sentimentos relacionados com
as modificações do vivido corporal e com o meio.
Agrafia - impossibilidade de escrever e reproduzir os seus
pensamentos por escrito.
Agnósia - etimologicamente, falta de conhecimento. Impossibilidade de
obter informações através de um dos canais de recepção dos sentimentos
embora o órgão do sentido não esteja afetado. Ex.: agnosia auditiva é a
incapacidade de reconhecer ou interpretar um som mesmo quando é ouvido.
Assim um indivíduo pode ouvir mas não reconhecer a campainha do telefone.
11
No campo médico está associada com uma deficiência neurológica do sistema
nervoso central
Alexia - perda da capacidade de leitura de letras manuscritas ou
impressas.
Aneural - classifica-se aneural uma função que não é condicionada
pelo sistema nervoso, em particular entre as que, como funções motoras são
habitualmente registradas por ações nervosas. As primeiras manifestações da
motilidade fetal são aneurais.
Angiomatose encefalotrigeminal (ou Síndrome de Sturgeweber) -
Caracteriza-se por uma angiomatose cutânea, ao lado de manifestações
oculares e centrais e de sinais radiológicos.
Angiomatose retinocerebelosa (ou Síndrome de Hipper-Lindau) - se
caracteriza pela presença de uma angiomatose retiniana, geralmente
unilateral, por uma angiomatose do cérebro, que produz sintomatologia
cerebelar e, às vezes, por sinais de hipertensão intracraniana.
Anomia - impossibilidade de designar ou lembrar de palavras ou nome
de objetos.
Anoxia - diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.
Apnéia - paragem voluntária dos movimentos respiratórios; retenção da
respiração.
Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na realização de
movimentos com uma finalidade (movimentos voluntários). Ex: uma pessoa
que não pode realizar os movimentos necessários, apesar de conhecer a
palavra e não ter qualquer paralisia.
Ataxia - dificuldade de equilíbrio de coordenação dos movimentos
voluntários.
Atetóstico - indivíduo afetado por uma forma de paralisia cerebral
caracterizada por lentidão e repetição dos movimentos dos braços e das
pernas, associados a adiadocoinesias, dismetrias, sincinesias e mímicas
faciais inexpressivas.
Atonia - inexistência de tonicidade.
12
Autismo - crianças que tem inaptidão para estabelecer relações
normais com o outro; um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se
desenvolve, uma incapacidade de lhe dar um valor de comunicação. Essas
crianças apresentam igualmente estereotipias gestuais, uma necessidade
imperiosa de manter imutável seu material, ainda que dêem provas de uma
memória freqüentemente notável.
Catatonia - síndrome complexa em que o indivíduo se mantêm numa
dada posição ou continua sempre o mesmo gesto sem parar. Persistência de
atitudes corporais, sem sinais de fadiga.
Cenestesia - impressão geral resultante de um conjunto de sensações
internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.
Cinestesia - sensações internas (dos músculos, dos ligamentos) que
informam sobre os deslocamentos no espaço dos diferentes elementos
corporais.
Clônico - estado que se segue à contração muscular tônica (espasmo)
na crise epiléptica e caracteriza-se pela convulsão. Estado do músculo
caracterizado por contrações rápidas e involuntárias.
Cognição - o ato ou processo de conhecimento. As várias aptidões do
processo de conhecimento são sinônimas de aptidões cognitivas.
Complementamento (closure) - capacidade de reconhecer o aspecto
global (ou Gestalt) especialmente quando uma ou mais partes do todo está
ausente ou quando a continuidade é interrompida por intervalos.
Deficiência auditiva - é a perda parcial ou total das possibilidades
auditivas sonoras, variando de graus e níveis.
Deficiência física é a alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, apresentando-se sob várias formas. Dentre elas: amputações;
artropatias; lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias); lesão medular
(tetraplegia, paraplegia); miopatias (distrofias musculares); patologias
degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral
amiotrófica); lesões nervosas periféricas; sequelas de politraumatismos;
malformações congênitas; distúrbios posturais da coluna e seqüelas de
13
patologias da coluna; distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das
articulações dos membros; reumatismos inflamatórios da coluna e das
articulações; lesões por esforços repetitivos (L.E.R.); sequelas de
queimaduras.
Deficiência mental - é possuir o funcionamento intelectual
significantemente inferior a média, com manifestação antes dos 18 anos e
limitações na área de comunicação, de cuidado pessoal, etc.
Deficiência múltipla - é a associação de duas ou mais deficiências.
Deficiência permanente - é aquela que ocorreu ou se estabilizou
durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação, ou ter
probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos.
Deficiência visual - é a acuidade visual igual ou menor que 20/200 no
melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20° (tabela de
Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações.
Diadococinesia - dissociação, alternância e coordenação de
movimentos, realizados por dois membros ou por dois segmentos corporais.
Dificuldade de aprendizagem - a definição escrita e debatida por 15
especialistas: deficiências mais significativas são difinidas em termos de
diagnóstico educacional e psicológico; A.D.A. é uma desarmonia evolutiva,
normalmente caracterizada por uma imaturidade psicomotora que inclui
perturbações nos processos receptivos, integrativos e expressivos da atividade
simbólica.
Dificuldades binoculares - dificuldades de controle funcional dos dois
olhos que originam perturbações visuais.
Diplegia - paralisia bilateral afetando ambos os membros do corpo.
Disartria - dficuldade na articulação de palavras devido a disfunções
cerebrais.
Discalculia - dificuldade para realização de operações matemáticas
usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral,
assomatognosias, agnosias digitais e deficiente estruturação espaço-temporal.
Disgenesias das comissuras inter-hemisféricas - a agenesia do corpo
caloso se caracteriza por distúrbios psicomotores, ou puramente motores
14
(hemiplegia ou diplegia), e por um atraso intelectual marcante, com ou sem
crise epilética.
Disgnosia - perturbação cerebral comportando uma má percepção
visual das formas.
Disgrafia - escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de
realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta condição está
muitas vezes ligada a disfunções neurológicas. É uma forma de dispraxia.
Dislexia - mesmo com todas as dificuldades que a dislexia pode trazer
para a vida escolar, é possível controlar o problema. O grau da doença varia
muito e os sinais costumam ser inconstantes. Características: A criança é
inteligente e criativa, porém tem dificuldade em leitura, escrita e soletração.
Aprende mais facilmente fazendo experimentos, observações e usando
recursos visuais. Lê repetidas vezes sem entender o texto. Tem dificuldade em
colocar os pensamentos em palavras. Pode ser ambidestro. Com freqüência
confunde direita e esquerda ou acima e abaixo. Faz exercícios de aritmética,
mas difícil problema com enunciados. Excelente memória em longo prazo para
experiências, lugares e rostos.
Dispnéia - dificuldade em respirar.
Disortografia - dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada
por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos
na compreensão e na expressão da linguagem escrita.
Distrofia muscular - uma das doenças primárias do músculo,
caracterizada pelo ultra-enfraquecimento e atrofia dos músculos esqueléticos
que tende a aumentar as dificuldades de coordenação e que tende a uma
deformação progressiva.
Dominância cerebral - diz respeito ao controle cerebral das atividades e
das condutas, considerando um hemisfério (esquerdo) o dominante em relação
ou outro (direito). O esquerdo controla as funções verbais e a função da
linguagem. O direito controla as funções não verbais e as gnoso-espaciais.
Ecolalia - limitação de palavras ou frase ditas por outra pessoa, sem a
compreensão do significado da palavra.
15
Esclerose múltipla - é uma doença neurológica crônica de causa
desconhecida. É uma doença desmielinizante, isto é, leva a destruição da
bainha de mielina que recobre e isola as fibras nervosas do Sistema Nervoso
Central (principalmente o cérebro, o nervo óptico e a medula espinhal).
Epilepsia - nome dado a um grupo de doenças nervosas caracterizadas
principalmente por convulsão de várias formas e graus.
Hemiplegia - é a perda dos movimentos de um lado só do corpo (pode
ser o esquerdo ou direito).
Hemiparesia - é a perda da sensibilidade de um lado só do corpo
(pode ser esquerdo ou direito).
Lesão raquimedular - é o comprometimento total, ou parcial, da medula
espinhal.
Macrocefalias ou megalocefalias - caracterizam-se pelo aumento de
peso do cérebro e pode ser avaliada pela circunferência da cabeça, uma vez
eliminada a hidrocefalia. Implicam em deficiência mental com atraso no
desenvolvimento da linguagem, associada a transtornos na marcha, certa
espasticidade e, freqüentemente, crises epiléticas.
Monoplegia - é a perda de movimentos de um só dos membros do
corpo.
Monoparesia - é a perda de sensibilidade de um só dos membros do
corpo.
Paralisia cerebral ou DCO - desordem permanente, mas não imutável o
que exclui toda patologia oriunda do sistema nervoso ou musculatura em
caráter progressivo, ainda reconhecendo a variação que a incapacidade
motora pode sofrer. Causas:
Fatores perinatais: fatores intraparto, parto pélvico prolongado,
traumatismo de parto.
Fatores pós-natais: fatores virais e/ou bacteriológicos; traumatismos.
Fatores pré-natais: alcoolismo da mãe. Infecções virais: rubéola,
toxoplasmose, hemorragias em gravidez adiantada.
Paresia - significa perda da sensibilidade.
Paraparesia - é a diminuição da sensibilidade da cintura para baixo.
16
Poliomielite - Doença viral causada envolvimento do sistema nervoso
central, resultando muitas vezes numa paralisia.
Praxia - movimento intencional organizado, tendo em vista obtenção de
um fim ou de um resultrado determinado. Não é um movimento reflexo, nem
automático; é um movimento voluntário, consciente, intencional, organizado,
inibido, isto é, humanizado, sujeito portanto a um planejamento cortical e a um
sistema auto-regulação
Plegia - significa perda dos movimentos.
Síndrome de Asperger - a presença das três categorias de disfunção:
relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas
características de comportamento e estilo envolvendo características
repetitivas ou perseverativas sobre um número limitado, porém intenso, de
interesses, que pode variar de relativamente amena a severa, que clinicamente
define toda as desordens pervasivas de desenvolvimento, de síndrome de
Asperger até o autismo clássico. Fatores genéticos parecem ser mais comuns
em Asperger que o autismo clássico. Dados disponíveis sugerem que,
comparados a outras formas de autismo, crianças com Asperger são mais
aptas a crescer e ser adultos independentes em termos de emprego,
casamento, família, etc.
Síndrome de Bardet-Biel - que compreende uma retinopatia
pigmentarias, anomalias das extremidades, obesidade precose e importante,
hipogenitalismo, distrofias cefálicas freqüentes e deficiência mental.
Síndrome de Biemond - associa um coloboma iridiano, anomalias dos
dedos das mãos e dos pés, nanismo e infantilismo genital, com atraso mental
mais ou menos acentuado.
Síndrome de Prader-Willy - síndrome de natureza genética e que inclui
baixa estatura, retardo mental ou transtorno de aprendizagem,
desenvolvimento sexual incompleto, problemas de comportamento
característicos, baixo tono muscular e uma necessidade involuntária de comer
constantemente, a qual, unida a uma necessidade de calorias reduzida, lava
invariavelmente à obesidade. É um problema congênito associado a um tipo de
17
retardo mental. Comem sem parar. Parece estar relacionado com um mau
funcionamento do hipotálamo.
Síndrome de Rett - desordem neurológica que provoca estagnação no
desenvolvimento físico e mental. Aos poucos a criança deixa de andar, falar,
brincar, manipular objetos, faz movimentos estereotipados e repetitivos com as
mãos, surgindo em seguida a perda das habilidades manuais. Estas meninas
se desenvolvem de forma aparentemente normal entre oito e doze meses,
depois começa a mudar o padrão de desenvolvimento. Causa: Pesquisas
sugerem que a causa seja a mutação no braço do cromossomo “X” paterno,
transmitido apenas aos filhos do sexo feminino.
Síndrome de Williams - algumas características são particularmente
comuns nas crianças portadoras da SW: grande sociabilidade, entusiasmo
exuberante, grande sensibilidade com as emoções alheias; sentem-se
excessivamente a vontade com estranhos; pequeno intervalo de atenção;
memória excelente para pessoas,nomes e locais; grande sensibilidade aos
sons e ansiedade (especialmente com acontecimentos futuros); medo de
alturas; escadas e superfícies irregulares com areia, tapetes e a relva;
preocupação excessiva em determinados assuntos ou objetos. Fala demais. A
SW é uma doença que cursa com alterações vasculares, problemas
cardiovasculares, particularmente estenose aórtica supravalvular, anomalias do
tecido conjuntivo, hipercalcemia e retardo mental, associado a comportamento
hipersocial e loquaz.
Síndrome do CRI ou CHAT (grito do gato francês) - é uma desordem
genética causada pela perda de material genético do braço curto do
cromossomo 5. É também chamado de miado do gato, pois o choro
característico dos bebês portadores da síndrome é muito parecido com o
miado de um gatinho.
TDAH (transtorno de déficit de atenção hiperatividade) - o TDAH
interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção – especialmente em
tarefas repetitivas – de controlar adequadamente as emoções e o nível de
atividade de enfrentar conseqüências consistentemente e, na habilidade de
controle e inibição. As características do TDAH aparecem bem cedo para a
18
maioria das pessoas, logo na primeira infância. Causa: A responsabilidade
sobre a causa geralmente recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento,
alimentação, ferimentos ou malformação, problemas familiares e
hereditariedade. Essas possíveis causas afetam o funcionamento do cérebro
e, como tal, o TDAH pode ser considerado em distúrbio funcional do cérebro.
Trissomia 13 - a criança co trissomia 13 é um deficiente mental em alto
grau.
Trissomia 18 - o retardo mental e motor são consideráveis; está
associado a uma hipotrofia e a diversas malformações; escafocefalia e
microrretrognatismo; pés deformados em “piolet”, malformações cardíacas,
renais e digestivas.
Trissomia 21 - Síndrome de Down faz parte do grupo de encefalopatias
não progressivas, isto é, que à medida que o tempo passa não mostram
acentuação da lentidão do desenvolvimento, nem a agente da doença se torna
mais grave..
Tretaparesia - é a diminuição da sensibilidade dos quatro membros do
corpo.
Tretraplegia - é a perda dos movimentos dos membros superiores e
inferiores do corpo.
Triplegia - é a perda dos movimentos em três membros do corpo.
Triparesia - é a perda de sensibilidade em três membros corpo.
Página 19 19/5/2009
3 - CAPÍTULO II - TRATAMENTO
Tratamento é um dos capítulos mais importantes deste trabalho, pois o
tema desta pesquisa é: o progresso de pessoas com necessidades especiais,
portanto, para que haja progresso, deverá haver também algum tratamento,
logo, este assunto é um dos principias. Tanto que, segundo o resultado desta
pesquisa, o fator “Tratamento Correto” foi escolhido como sendo o de maior
importância para o progresso de pessoas com necessidades especiais, tendo
sido escolhido por 45 dos 51 profissionais que responderam este fator no
questionário (vide anexo 3 – “Resultado da Pesquisa”), obtendo 88% do
conceito 5 (muito importante) na opinião dos pesquisados.
Tratamento é fundamental para qualquer tipo de transtorno: físico ou
mental seja para deficientes ou não, portanto é a parte crucial para qualquer
progresso ou mesmo cura.
Outro fator ligado ao tratamento que é o fator “Empatia com o
Profissional” ficou, na pesquisa, em terceiro lugar em grau de importância para
o progresso de pessoas com necessidades especiais. Tendo 74% da escolha
do conceito 5 (muito importante) pelos profissionais que responderam a este
fator.
Podemos perceber que não há muita diferença no progresso de um
tratamento, seja com pessoas deficientes ou não, pois para ambos os casos é
necessário que o paciente esteja em boas mãos, ou seja, com um médico ou
profissional adequado ao seu caso, bem como é importante que o paciente
confie e tenha empatia com o profissional. Neste contexto é possível obter,
muita das vezes, um belo resultado.
Em segundo lugar na pesquisa com 87% da escolha do conceito 5
(muito importante), ficou o fator “Apoio da Família”, que com certeza faz toda
diferença num tratamento, principalmente para deficientes, pois como descrito
no capítulo I , o próprio nome deficiente sugere a falta, falha, carência, o que é
normalmente suprida pela família.
O apoio da família é fundamental num tratamento, principalmente o
afetivo, mas, o apoio moral, financeiro, nas ações do cotidiano, motivacional,
20
etc, também são muito importantes, pois as dificuldades sempre existem
mesmo para quem tem uma boa estrutura financeira. Normalmente as
pessoas: o deficiente e os familiares ficam perdidos, desestruturados, pois
além de ser tudo diferente e novo o tratamento normalmente é longo e o
progresso bem demorado, causando, muitas vezes, desânimo no paciente e
na família. Por isso, um acompanhamento psicológico é sempre muito
importante, não só para o paciente como para os seus familiares que ficam tão
ansiosos quanto o deficiente por uma melhor recuperação (mais rápida, com
mais evidências de melhora, etc.). Pode até parecer que não, mas, em longo
prazo, obtêm-se resultados significativos quando se tem um acompanhamento
psicológico.
Como foi falado na introdução, atualmente temos mais locais para
tratamento, mas, ainda assim todo cuidado é pouco, pois um tratamento
incorreto pode causar outras complicações. Como no relato abaixo.
“Durante a minha cirurgia tive muitas complicações, com várias paradas
cardíacas no centro cirúrgico, o que dificultou a minha recuperação, e
prejudicou o meu laudo médico”. Na anciã de salvar a minha vida, os médicos
não puderam avaliar o que de fato acontecera na minha medula e, com isso o
meu laudo acabou ficando sigiloso. O que sei é que houve um cavalgamento
das vértebras C5 e C6.
“Os problemas clínicos que surgiram após a minha cirurgia, só vieram
agravar o meu estado, atrapalhando o início do meu tratamento. O problema,
naquela altura, não se limitava apenas ao quadro neurológico. Por conta
desses contra tempos, desenvolvi uma escara; tive que ser submetida a uma
traqueostomia; a vários raios X; e a uma biopsia pulmonar, pois, devido a uma
infecção hospitalar, fiquei com problemas pulmonares”. (VAITSMAN, 2001, p.
3).
No caso do relato acima o atendimento foi feito no primeiro hospital que
aceitou ficar com a paciente (com leões em função de acidente de carro). Mas
em condições normais o ideal é que se procure um local apropriado para o
atendimento, evitando assim procedimentos incorretos, e, portanto maior
sofrimento para o paciente.
21
3.1 - Tratamentos Convencionais
Fisioterapia - Visa promover a prevenção, habilitação e a reabilitação de
pessoas portadoras de deficiências físicas e deficiências especiais,
favorecendo a integração social.
A Fisioterapia é uma ciência da área de saúde voltada para o
entendimento da funcionalidade humana. Ela estuda, diagnostica, previne e
trata os distúrbios, entre outros, da cinesia humana.
É administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos,
escolas, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades
básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto por
serviços públicos como privados.
A Fisioterapia atua nas mais diferentes áreas com procedimentos,
técnicas, metodologias e abordagens específicas que tem o objetivo de avaliar,
tratar, minimizar e prevenir as mais variadas disfunções.
Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do
entendimento global do ser humano através da fisiologia, anatomia,
propedêutica e semiologia funcional do corpo humano, baseado na Biofísica,
Bioquímica, Cinesiologia, Biomecânica e outras ciências básicas; e na
cidadania, antropologia, ética e outras ciências humanas.
Psicologia - Além de fazer um trabalho de apoio com o paciente, atua
também com a família, dando suporte psicológico, para que todos possam lidar
melhor com a situação eminente.
O acompanhamento psicológico tanto para o portador de deficiência,
quanto para o responsável, é fundamental para superação de problemas e
muito auxiliará na inclusão deles na sociedade.
Segundo, Luciana Cavanellas, no seu artigo Psicologia e compromisso
social – educação inclusiva: desafios, limites e perspectivas, onde relata a sua
experiência como psicóloga numa instituição voltada para acompanhamento
de pessoas portadoras de deficiência, tendo observado que alguns pais se
22
abriam com a chegada de alguém interessado, outros deixavam seus filhos na
expectativa que alguém servisse de amparo.
Nos depoimentos de pais de crianças com deficiência e confirmados em
outros estudos, dão conta de que médicos têm dificuldade na comunicação do
diagnóstico e dessa maneira restringem-se a transmitir a deficiência como uma
doença crônica, não fazendo referencia a elementos terapêuticos e
educacionais que pudessem auxiliar as famílias no planejamento da vida de
seu filho.
Foi criado um espaço de escuta e de vínculo com as famílias, de forma
a incentivar o investimento no processo de desenvolvimento das crianças.
O papel do psicólogo neste processo facilitará uma melhor comunicação
entre a família e a instituição, onde muitas vezes a primeira é vítima dos seus
próprios preconceitos, além do receio de delegar a terceiros os cuidados com
seu filho.
A utilização da Psicologia tem como papel, ajudar a transformar apoio
externo em auto suporte, sempre atenta as suas possíveis falhas e envolvida
nas interferências que atuam em torno.
Psicopedagogia - é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e
Educação que lida com o processo de aprendizagem humana, seus padrões
normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e
sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios.
A Psicopedagogia também é conhecida como aquela que lida
principalmente com crianças com dificuldade de aprendizagem, muito embora
os distúrbios ou patologias possam surgir em qualquer momento da vida e por
isso a Psicopedagogia não faz distinção de idade ou sexo para atendimento.
Tem como missão, retirar as pessoas da sua condição inadequada de
aprendizagem, dotando-as de sentimentos de alta auto-estima, fazendo-as
perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos
internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo, afetivo-
emocional e de conteúdos.
23
A Psicopedagogia também desempenha um papel importante que
consiste na inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas
especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada inclusão.
No aspecto clínico, o trabalho do psicopedagogo se constitui em:
Avaliar e diagnosticar as condições da aprendizagem, identificando as áreas
de competência e de insucesso do aprendente, além disso, tem como objetivo
superar as dificuldades encontradas na avaliação, orientando os pais quanto a
suas atitudes para com seus filhos, bem como dos professores para com seus
alunos.
Neurologia - Lida com as diferenças neurológicas, atribuída a genética e
traumas especiais, ou seja: de parto e transtornos espontâneos.
Psicoterapia – se dirige à solução dos problemas emocionais que os
deficientes apresentem. Este campo de trabalho tem sido ampliado com
técnicas novas e acredita-se que a psicoterapia deva ser procurada quando o
deficiente apresentar distúrbios de personalidade e de comportamento que a
família não consiga resolver.
Psicoterapia – se dirige à solução dos problemas emocionais que os
deficientes apresentem. Este campo de trabalho tem sido ampliado com
técnicas novas e acredita-se que a psicoterapia deva ser procurada quando o
deficiente apresentar distúrbios de personalidade e de comportamento que a
família não consiga resolver.
A utilização da psicoterapia contribui para transformações profundas da
personalidade, com resultados em diversas situações, como: tratamento de
transtornos psicológicos, crises existenciais e transições difíceis, desafios,
sentimentos e problemas que a vida apresenta; Fortalecimento psicológico
diante de doenças.
Segundo Scarpato, cada ser humano - psicossomático por natureza –
vive uma história de interações, encontros e acontecimentos em que as
doenças, se manifestam mais no corpo ou na mente, resultando de
desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida.
24
A psicoterapia, Scarpato, oferece recursos importantes para uma
compreensão mais ampla do processo de adoecimento, assim como
estratégias para uma vida mais íntegra.
Com a criação de um ambiente que permita a revelação de suas
angústias e sentimentos, propiciará um clima, que o ser mais oculto e
amedrontado se mostre, seja ouvido e transforme-se.
Psiquiatria – é o ramo da Medicina que lida com distúrbios mentais:
enfermidades cujas manifestações são principalmente comportamentais ou
psicológicas.
A meta principal é o alívio do sofrimento psíquico e o bem-estar
psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do doente, com
perspectivas biológica, psicológica, sociológica e outras áreas afins.
Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado através de
medicamentos ou várias formas de psicoterapia. A avaliação psiquiátrica
envolve o exame do estado mental e a história clínica. Testes psicológicos,
neurológicos e exames de imagem podem ser utilizados na avaliação, assim
como exames físicos, contudo publicações sobre estudos realizados indicam
que outros fatores podem auxiliar no tratamento, dentre elas o esporte e o
lazer.
A pessoa portadora de deficiência mental, além de ser estigmatizada
pelas próprias características de sua deficiência, acaba sendo isolada do meio
social em que vive por não ser considerada com um adulto produtivo em
potencial.
Ao mesmo tempo, acaba sendo bombardeada de atividades e
compromissos, que da a família uma esperança de que possa vir a ser útil um
dia.
Na década de 80, importantes movimentos a favor dos direitos civis,
provocaram iniciativas em torno da inclusão de pessoas portadoras de
deficiência na sociedade.
Inclusão é receber alguém e fazer deste alguém parte importante de
tudo que ocorre no dia a dia da sociedade. Uma das formas de inclusão se dá
através do lazer.
25
Segundo Lefebvre apud Dumazier (1997), “é no interior das práticas de
lazer e por meio delas que os homens, conscientemente ou não, realizam na
extensão de suas possibilidades as críticas de sua vida cotidiana”.
Segundo Cruz, Luciana, chutar uma bola ou virar cambalhota podem ser
maneiras saudáveis de liberar aquela adrenalina concentrada em nosso
organismo e que muitas vezes, não permite nos concentrarmos nas atividades
mentais, incluindo o aprendizado.
Ainda segundo Cruz, é impossível pensar que o sucesso ou fracasso na
inclusão da pessoa portadora de deficiência mental está unicamente vinculado
a sua capacidade individual nata. É na relação com o outro, numa atividade de
lazer comum que este, por intermédio da linguagem, acaba por constituir-se
enquanto sujeito.
Assim, o artigo sugere que o lazer pode ser um veículo de inclusão e por
favorecer momentos prazerosos, já que estabelece uma relação direta entre
indivíduos normais e pessoas portadoras de deficiência mental.
Fonoaudiologia - é uma ciência voltada, para pesquisa, prevenção,
avaliação e terapia, focada na área de comunicação oral e escrita, voz e
audição, tem como uma das principais finalidades é auxiliar os indivíduos que
apresentam alguma dificuldade em relação à leitura e escrita, aquisições
fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo.
O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia
fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode
atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais.
A Fonoaudiologia, quando aplicada como ação preventiva ou de
reabilitação, necessita utilizar a leitura como recurso, em especial, com as
crianças, com a finalidade de desenvolver habilidades que estejam associadas
à linguagem, visto que essa área é de fundamental importância para o
desenvolvimento psicossocial da criança.
Neste sentido, é importante incentivar a criança à prática da leitura
desde cedo, visto que estimulá-la precocemente torna-se um mecanismo que
ira facilitar a aprendizagem e a integração com o meio no qual vivemos. A
fonoaudiologia pode ser desenvolvida de forma individual ou coletiva,
26
dependendo de alguns fatores como o problema a ser trabalhado, as
condições sócio culturais e ambientais do paciente e sua família.
O fonoaudiólogo necessita, em grande parte, da ajuda do paciente no
sentido de freqüência e ambiente adequado. Muitos indivíduos pensam que
existe uma idade limite para obter resultados relevantes na estimulação
fonoaudiológica, mas não há um limite pré-estabelecido. O ideal é que haja
intervenção fonoaudiológica após o surgimento do distúrbio.
Terapia Ocupacional – O terapeuta ocupacional é o profissional que
atua na área da saúde, buscando promover a qualidade de vida, a
humanização do atendimento, a prevenção de doenças e a reabilitação física e
mental através de um tratamento específico de atividades mediadoras.
O ciclo denominado vida, compreende as atividades que são realizadas
desde o momento que nasce até a sua morte. Essas ações podem ser
complexas ou grandiosas, ou simples como as atividades rotineiras, como
tomar o café da manhã, escovar os dentes ou pentear os cabelos. Porem
essas ações tem um ponto em comum, são significativas, por terem traços
individuais que são únicos para cada indivíduo.
A terapia ocupacional pode atuar na prevenção, habilitação ou da
reabilitação.
Todas as pessoas que possuem uma disfunção ocupacional em suas
atividades da vida diária são elegíveis de obter ganhos através da terapia
ocupacional. Essa disfunção ocupacional ocorre quando não se consegue
realizar de maneira satisfatória as atividades de trabalho, lazer e auto-cuidado.
Assim, pessoas com disfunções neurológicas, com condições incapacitantes
ou degenerativas, com disfunções motoras, com disfunções relacionadas ao
trabalho, com condições pediátricas incapacitantes, com transtornos mentais,
são o público alvo do terapeuta ocupacional.
O Terapeuta Ocupacional utiliza como recurso terapêutico, diferentes
atividades, com o objetivo de tratar disfunções de origem física, mental, social,
e de desenvolvimento, nas diferentes faixas etárias.
A utilização de técnicas de pintura com um grupo de terceira idade, por
exemplo, o terapeuta ocupacional pode despertar potencial ou desenvolver
27
habilidades em seus pacientes, melhorando sua auto-estima. Também é
bastante comum o uso de instrumentos musicais, trabalhos manuais e
artesanais e mesmo atividades como horticultura na superação de problemas
físicos e mentais.
Serviço Social – É o trabalho desenvolvido pelo profissional que tem em
mente o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade. Tem
uma área de atuação muito ampla e estará onde for necessário, orientando,
planejando e promovendo uma vida mais saudável - em todos os sentidos.
Mesmo quando atende a um indivíduo, o assistente social está
trabalhando com um grupo social, pois entende que esta pessoa está inserida
em um contexto no qual não se pode dissociar o individual do coletivo.
3.2 - Tratamentos Alternativos
Equoterapia ou equitação - é um método terapêutico e educacional,
que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de
saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de
pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. O cavalo
influência, através do movimento, o desenvolvimento motor, psíquico, cognitivo
e social do praticante.
Segundo a história, já na Grécia Antiga, a equitação era vista como
elemento regenerador da saúde, exercitando não só corpo como também os
sentidos, isto porque o cavalo apresentava movimento tridimensional, que
consiste em deslocamentos para frente e para traz, para cima e para baixo e
para os lados, propiciando assim uma variada gama de estímulo sensórias,
através da visão, tato, olfato e audição; favorecendo a conscientização
corporal, o desenvolvimento da força muscular, o aperfeiçoamento da
coordenação motora e o equilíbrio.
O que determinou definitivamente o uso do cavalo para a equoterapia foi
a marcha do animal, uma vez esta produz um balanceio harmônico e
assemelha-se a marcha humana.
28
São inúmeros os benefícios alcançados, dos quais citaremos alguns:
auto estima, auto confiança, auto controle, comunicação, responsabilidade,
liberdade, segurança e domínios, atenção e concentração, relaxamento e
desconcentração, exteriorização de sentimento, afetividade, equilíbrio
emocional, sociabilização, motivação para definir e atingir objetivos, facilita na
aprendizagem, organização, melhora do tônus muscular, coordenação e
dissociação de movimentos, movimentação, reação de equilíbrio, lateralidade,
postura e simetria, melhora o esquema corporal e a imagem corporal, controle
de cabeça e de tronco, mobilização de quadril, mobilização da pelve e da
coluna lombar, inibição de reflexos posturais tônicos, reação de
endireitamento, flexibilidade, indução a uma marcha melhor, melhora da
orientação espacial e melhora a noção do espaço e tempo.
As principais indicações para este tratamento: dependência química,
estresse, depressões, hiperatividade, correções de postura, deficiência visual e
auditiva, atraso no desenvolvimento da linguagem, dificuldade no aprendizado,
síndrome de Down, entre outras alterações cromossômicas, masformações do
sistema nervoso, algumas disfunções ósseas e articuladas.
Natação – A cada dia um número maior de pessoas com algum tipo de
incapacidade física está envolvida em atividades física e esporte pelos
benefícios para a reabilitação e para o bem estar.
A natação para pessoas portadoras de deficiência é compreendida
como capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se
de forma independente e segura sob e sobre a água utilizando, para isto, toda
sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações. É
considerada um dos exercícios mais completos na atualidade a ponto de
exceder o divertimento, para ser utilizado com finalidades terapêuticas na
recuperação de atrofias musculares e tratamento de problemas respiratórios.
As atividades motoras em meio líquido, visam o desenvolvimento
cognitivo, afetivo, emocional e social, sendo mencionadas como um excelente
meio de execução motora, favorecendo o desenvolvimento global do indivíduo
portador de deficiência física.
29
Musicoterapia - é a utilização da música e de seus elementos
constituintes, ritmo, melodia e harmonia, por um musico terapeuta qualificado,
em um processo de promover a comunicação, relacionamento, aprendizado,
mobilizado, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes,
a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e
cognitivas. Este tratamento é indicado particularmente no autismo e na
esquizofrenia, onde a musicoterapia pode ser a primeira técnica de
aproximação.
A musicoterapia é aplicável ainda em outras situações clínicas, pois
atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou seja reside na
modificação dos problemas emocionais, atitudes, energia dinâmica psíquica,
que será o esforço para modificar qualquer patologia física ou psíquica. Pode
ser também coadjuvante de outras técnicas terapêuticas, abrindo canais de
comunicação para que estas possam atuar eficazmente.
A musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos.
Alguns são receptivos quando o musicoterapeuta toca música para o paciente.
Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes
dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento com objetivos
específicos. Grande parte dos casos a musicoterapia age de forma ativa, onde
o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza
outras atividades junto com o terapeuta.
Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são
não musicais, por isso não é necessário que o paciente possua nenhum
treinamento musical para que possa participar deste tratamento.
Arteterapia – é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística
como base de comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação
estética e a elaboração artística em prol da saúde.
Na arteterapia são utilizados materiais e recursos da Arte, tais como:
pintura, desenho, colagem , cores, bem como contos, histórias e música, tendo
como objetivo a expressão dos sentimentos.
O arteterapeuta tem como função servir de ponte entre o novo caminho
do autoconhecimento, desde que a pessoa esteja interessada em percorrê-lo.
30
Trata-se de uma terapia bastante agradável, uma vez nesses encontros
as pessoas se sentem livres para criar e fazer novas descobertas. Nesses
encontros são estimulados sentimentos como afeto, amor, mágoa, tristeza,
esperança, funcionando como um alerta e de caráter preventivo.
A arteterapia está ao alcance de todas as classes sociais e para
pessoas de todas as idades, sendo especiais ou não.
Segundo a terapeuta Marcia Collarile, em sua publicação no Jornal
Tribuna Paulista, muitas pessoas chegam estressadas e desanimadas e com
o tempo vão se libertando de padrões ultrapassados e passam a olhar a vida
de uma maneira mais otimista, com amplas possibilidades.
A arteterapia através da arte tem benefícios como:
•
• Melhora a comunicação consigo mesmo e com o outro;
• O paciente torna-se independente do terapeuta, passando a ser
criativo;
• O tempo do tratamento é menor, pois a transferência é reduzida,
a atividade diminui o valor desta;
• Favorece a busca da harmonia e do equilíbrio da vida;
• Facilita o diagnóstico propiciando leitura de material pré e
inconsciente através de imagens pictórias, sonoras, táteis
kinestéricas;
• Aumenta a espontaneidade e a criativamente positivamente
orientadas.
Página 31 19/5/2009
4 - CAPÍTULO III – INCLUSÃO
Atualmente fala-se muito em inclusão: inclusão escolar, inclusão social,
inclusão digital, inclusão esportiva e etc. E, pode até parecer fácil, mais incluir
é muito mais complicado do que se imagina.
Neste capítulo falaremos especificamente da inclusão de pessoas com
necessidades especiais, o que torna a inclusão mais difícil ainda, pois para
isso é preciso muito envolvimento, empenho, vontade e boa vontade, não só
por parte dos portadores de necessidades especiais, como também por parte
da família e do grupo ao qual o portador de deficiência será incluído: (grupo
escolar; grupo esportivo; profissional, etc.).
É notório que de um tempo para cá pessoas com necessidades
especiais vem ganhando mais espaço na sociedade. As pessoas que se
destacam na escola, no esporte, nas artes ou mesmo profissionalmente, tem
sempre destaque na mídia. São citadas como exemplo para portadores de
necessidades especiais ou não, afinal de contas, alguém que não está na sua
condição “totalmente normal” conseguir alçar caminhos que outros seres
considerados normais, ou seja, sem nenhum tipo de deficiência, não
conseguem alcançar, é realmente um exemplo.
Neste contexto, pessoas com necessidades especiais que conseguem
notoriedade por seus desempenhos, pelos seus sucessos, por suas
superações, devem servir realmente de exemplo, pois não são poucos os
obstáculos. Além de suas limitações que podem ser: físicas, mentais, visuais,
auditivas, etc, há também a falta de recursos físicos: corrimãos, banheiros
apropriados, acomodações, materiais (de acordo com a deficiência) e recursos
humanos preparados e empenhados em ajudar os portadores de necessidades
especiais; atende-los na sua parte deficiente, respeitando suas limitações e
aproveitando suas potencialidades.
Muito se fala em inclusão,, mas na parte prática, poucas são as
pessoas, em todos os seguimentos: educacional, esportivo, profissional e
32
social com capacidade, interesse e boa vontade para ajudá-los na longa e
penosa caminhada rumo ao sucesso.
Dentre os diversos motivos conferidos para este interesse, destacam-
se as ações de marketing, onde os portadores de necessidades especiais são
vistos a cada dia, como indivíduos mais atuantes na sociedade, e também ao
aumento do nível de pressão sobre os governantes, de modo que sejam
colocadas em prática políticas de inclusão, ao invés de se limitarem aos
discursos.
4.1 - Educação Inclusiva
Em primeiro lugar é importante que se defina o que é Educação
Inclusiva.
Segundo publicação no site da Elizabeth Salgado:
(www.elizabethsalgadoencontrandovoce.com/inclusão_escola_sonho)“ é
aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que
qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de
necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser,
num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a
formação de uma consciência crítica”.
A inclusão escolar só acontece quando há um empenho de todos os
profissionais que fazem parte da instituição desde o porteiro até a direção,
tendo todos que adotar uma conduta de afetividade, de entendimento das
necessidades e carências dos alunos especiais, despindo-se de qualquer
sentimento de aversão, piedade e incredulidade em relação aos mesmos.
Nossos estabelecimentos, de um modo geral, não estão preparados para
oferecer uma educação inclusiva, pois já há desavenças entre pais e
professores em situações envolvendo os alunos “normais”. É muito difícil lidar
com características, pontos de vistas, educação, comportamento, desejos,
emoções e anseios totalmente variados.
33
A inclusão escolar tem que ser olhada como uma forma de reformulação
de conceitos, conhecimentos, atitudes e até espaço, capazes de absorver a
diversidade.
A atual forma de educar, onde só se trabalha com alunos “normais” está
totalmente fora da realidade, por isso a necessidade imediata de reformulação
na educação. A inclusão escolar tem que ser olhada como uma forma de
reformulação de conceitos, conhecimentos e atitudes capazes de absorver a
diversidade.
Segundo um artigo da Internet “Relato de Casos” – Inclusão – APAE
PASSOS – 3º parágrafo: “Assim”, ressaltamos aqui relatos de um trabalho que
vem sendo desenvolvido pela equipe itinerante de Apae Passos, cujo objetivo
principal é prestar assessoria às escolas regulares que possuem alunos com
necessidades especiais incluídos, esclarecendo a todos os profissionais que
atuam na instituição sobre o processo de inclusão.
“Através de uma avaliação contínua do trabalho realizado, a equipe realiza
uma análise qualitativa, visando apreciar os sucessos e fracassos dos casos
acompanhados e as dificuldades enfrentadas desde o início das visitas
periódicas às escolas”.
4.2 - A Declaração de Salamanca
De Princípios, Políticas e Práticas Para as Necessidades Educativas
Especiais.
1. A presente Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais foi
aprovada pela Conferência Mundial sobre Necessidade Educativas
Especiais, organizada pelo Governo da Espanha, em colaboração com
a UNESCO, e realizada em Salamanca, no período de 7 a 10 de junho
de 1994. Seu objetivo foi definir a política e inspirar a ação dos
governos, de organizações internacionais e nacionais de ajuda, de
organizações não governamentais e de outros organismos na aplicação
da Declaração de Salamanca, de princípios , política e prática para as
necessidades educativas especiais. A Linha de Ação espira-se na
34
experiência Nacional dos países participantes e nas resoluções,
recomendações e publicações do sistema das Nações Unidas e de
outras organizações intergovernamentais, especialmente as Normas
Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com
Deficiência. Considerada também as propostas, diretrizes e
recomendações formuladas pelos cinco seminários regionais
preparatórios desta Conferência Mundial.
2. O direito de toda criança à educação foi proclamado na Declaração de
Direitos Humanos e retificados na Declaração Mundial sobre Educação
Para Todos. Toda pessoa com deficiência tem o direito de manifestar
seus desejos quanto a sua educação, na medida de sua capacidade de
estar certa disso. Os pais tem o direito inerente de serem consultados
sobre a forma de educação que melhor se ajuste às necessidades,
circunstâncias e aspirações de seus filhos.
3. O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas
devem acolher todas as crianças, independentemente de suas
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou
outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem
dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de
populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas,
étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas
desfavorecidos ou marginalizados. Todas essa condições levantam
uma série de desafios para os sistemas escolares. No contexto desta
Linha de Ação, a expressão “necessidades educativas especiais “
refere-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de
sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem. Muitas
crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e tem, portanto,
necessidades educativas especiais em algum momento de sua
escolarização. As escolas têm que encontrar a maneira de educar com
êxito todas as crianças inclusive as com deficiências graves. É cada vez
maior o consenso de que as crianças e jovens com necessidades
educativas especiais sejam incluídos nos planos de educação
35
elaborados para a maioria de meninos e meninas. Essa idéia levou ao
conceito de escola integradora. O desafio que enfrentam as escolas
integradoras é o desenvolver uma pedagogia centralizada na criança,
capaz de educar com sucesso todos os meninos e meninas, inclusive
os que sofrem deficiências graves. O mérito dessas escolas não está na
capacidade de dispensar educação de qualidade a todas as crianças;
com sua criação, dá-se um passo muito importante para tentar mudar
atitudes de discriminação, criar comunidades que acolham a todos e
sociedades integradoras.
4. As necessidades educativas especiais incorporam os princípios já
aprovados de uma pedagogia equilibrada que beneficia todas as
crianças. Parte do princípio de que todas as diferenças humanas são
normais e de que a aprendizagem deve, portanto, ajustarem-se as
necessidades de cada criança, em vez de cada criança se adaptar aos
supostos princípios quanto ao ritmo e a natureza do processo educativo.
Uma pedagogia centralizada na criança é positiva para todos os alunos
e, conseqüentemente, para toda sociedade. A experiência tem
demonstrado que é possível reduzir o número de fracassos escolares e
de repetições, algo muito comum em muitos sistemas educativos, e
garantir um maior índice de êxito escolar. Uma pedagogia centralizada
na criança pode contribuir para evitar o desperdício de recursos e a
frustração de esperanças, conseqüências freqüentes de má qualidade
do ensino e da mentalidade de que “o que é bom para um é bom para
todos”. As escolas que se centralizam na criança são, além disso, a
base para a construção de uma sociedade centrada nas pessoas que
respeite tanto a dignidade quanto as diferenças de todos os seres
humanos. Existe a imperiosa necessidade de mudança da perspectiva
social. Durante muito tempo os problemas das pessoas com deficiência
foram agravados por uma sociedade mutiladora que se fixava em sua
incapacidade do que em seu potencial.
5. Esta Linha de Ação compreende as seguintes partes
I. Novas idéias sobre as necessidades educativas especiais;
36
II. Diretrizes de ação no plano nacional;
A. Política e organização;
B. Fatores escolares;
C. Contratação e formação do pessoal docente;
D. Serviços externos de apoio;
E. Áreas prioritárias;
F. Participação da comunidade;
G. Recursos necessários;
III. Diretrizes de ação nos planos regional e internacional.
4.3 - A Inclusão Social Através do Esporte
Todos nós estamos expostos aos problemas de saúde, decorrentes da vida
sedentária, sem um programa de atividade física corretamente elaborada.
Comprovadamente hoje não mais se discute os benefícios da atividade
física, mas a maneira mais correta de alcançar e manter a saúde, uma vez que
a falta e principalmente os excessos, podem ser prejudiciais ao organismo,
principalmente as pessoas portadoras de deficiência. Com base nos
fundamentos da atividade física, o esporte pode levar saúde e qualidade de
vida aos praticantes, desde que orientados e utilizados de forma correta.
O esporte, sendo um dos instrumentos da atividade física, pode atuar
significativamente no alcance de uma melhor qualidade de vida, no
desenvolvimento humano e equidade, Sposati, que consiste em ter acesso aos
direitos da população e o respeito das suas diferenças, sem discriminação.
De acordo com Costa, a atividade esportiva inclusiva, levando em
consideração as potencialidades e as limitações físico-motoras, sensoriais e
mentais dos seus praticantes, é toda aquela que propicie a sua participação
nas diversas atividades esportivas recreativas, com o desenvolvimento de
todas as suas potencialidades. Ele ressalta, que numa perspectiva inclusiva,
para se desenvolver um trabalho com pessoa portadora de deficiência, através
de atividade física, não é suficiente conhecer apenas suas características
37
físicas, mas também o entendimento de suas relações com os demais
participantes e o significado dessas atividades para eles.
A “UNESCO estabelece que a prática de educação física é um direito de
todos e que programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos no
seio da sociedade, 1978”
Quanto a escolha de um esporte, depende das oportunidades
oferecidas e da condição econômica para a seleção de determinado esporte,
da aptidão da criança ou da falta de condição do próprio deficiente tendo em
vista o grau de sua deficiência.
Os esportes podem ser praticados pelos deficientes em quase sua
totalidade considerando-se seu grau de deficiência e suas dificuldades, devido
a estas são feitas algumas modificações de regras e adequações que facilitam
a prática promovendo a participação de um maior número de deficientes.
É preciso dar a pessoa com deficiência, plenas condições para
desenvolver suas capacidades criativas e espontâneas.
4.3.1 - Legislação Direcionada Aos Portadores de Deficiência
A partir da década de 1970, com o surgimento de inúmeras
manifestações mundiais que acabaram por regulamentar as leis que
asseguram os direitos a pessoas portadoras de deficiência, passando a ser
observado em diversos países. No Brasil, a Constituição Federal assegura
direitos que visam a oferecer condições de justiça social. Podemos citar: a
proibição de discriminação, garantias individuais, cuidados com a saúde,
proteção, integração social, habilitação, reabilitação, educação, atendimento
especializado, acessibilidade e adaptação de instalações.
Legislações esportivas voltadas ao portador de deficiência. O
movimento em defesa dos indivíduos portadores de deficiência ocorrido em
todo o globo provocou a criação e/ou mudanças de leis internacionais e
reflexos nos dispositivos legais de grande parte das nações.
A 20ª reunião da Conferência Geral das Organizações das Nações
Unidas para a Educação, A Ciência e a Cultura – 1978. “ A Carta Internacional
38
da Educação Física e Desportos”, destaca a prática da educação física e o
esporte como um direito fundamental para todos e que deverão ser oferecidas
oportunidades especiais de prática às pessoas muito jovens, ou idosas ou com
algum tipo de deficiência ou enfermidade limitante, a fim de poder fazer
possível o desenvolvimento integral de sua personalidade, por meio de
programas de Educação Física e Desporto, adaptados às suas necessidades.
4.3.2 - Principais Legislações e Resoluções
A partir da década de 1970, surgem inúmeras manifestações mundiais
que culminam com regulamentações de leis que passam a assegurar de
maneira pontual, direitos a pessoas portadoras de deficiência. Os reflexos
dessas leis somente após décadas de luta passam a ser observados em nível
significativo em diversos países.
A Constituição Federal brasileira, assegura diversos direitos e
mecanismos que visam oferecer as condições de justiça social para as
pessoas deficientes. Dentre eles podem ser citados: proibição de
discriminação; garantias individuais, cuidados com a saúde; proteção;
integração social; assistência social; habilitação e reabilitação; educação;
atendimento especializado; acessibilidade e adaptação de instalações.
4.3.3 - Principais legislações e resoluções em nível nacional
O Decreto Federal Nº 914/1993, Brasil, preconiza como uma das diretrizes da
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, a
inclusão da pessoa portadora de deficiência, respeitadas, as suas
peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à
educação, saúde, trabalho, à edificação pública, seguridade social, transporte,
habitação, cultura, esporte e lazer.
A Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 – Lei Pelé – Brasil, prevê dentre
outras coisas, a elaboração de projeto de fomento da prática desportiva para
pessoas portadoras de deficiência (artigo 5º, § 4º).
39
O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 - Brasil, aborda
precisamente o tema “esporte e lazer”. Define que os órgãos e as entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta específicos dispensarão
tratamento prioritário e adequado com vista a viabilizar, sem prejuízo de outras,
as seguintes medidas: incentivo à prática desportiva formal e não-formal e o
lazer; estímulo aos meios que facilitem o exercício de atividades desportivas
entre a pessoa portadora de deficiência e suas entidades representativas;
acessibilidade às instalações desportivas nos estabelecimentos de ensino;
inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência na
prática da educação física ministrada nas instituições de ensino.
Além disso, este Decreto preconiza o apoio prioritário às manifestações
desportivas de rendimento e educacionais; promoção de competições
desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais; pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico, documentação e informação; e construção,
ampliação, recuperação e adaptação de instalações desportivas e de lazer.
Enfim, surge uma norma legal que objetiva a operacionalização de tudo o que
antes estava na definição geral da Carta Magna brasileira.
Existem, também, regulamentações e leis estaduais e municipais que
definem os direitos dos portadores de deficiência e suas relações com as
práticas de atividades físicas e o esporte em geral.
4.3.4 - O problema da inacessibilidade
Para Ferreira e Botomé, contraditoriamente a uma falta de assistência,
característica às pessoas deficientes nascidas no terceiro mundo, no Brasil,
muitos centros de reabilitação não atendem a toda a sua capacidade. Os
serviços se mantêm disponíveis e, ao mesmo tempo, a população fica carente
deles. Isso porque estar disponível não significa estar acessível.
Para ter acesso aos serviços, esses autores verificaram que os
deficientes necessitam de informações que, muitas vezes, não estão ao seu
alcance, tais como:
• Saber qual o serviço mais adequado ao seu caso;
40
• Saber qual instituição presta esse serviço;
• Conhecer os passos a serem dados para obtenção desse serviço;
• Cumprir pré-requisitos (documentação, por exemplo);
• Chegar à instituição para obter o serviço.
Ainda que disponíveis, os serviços poderão não estar acessíveis. O
exemplo dado é o de um guarda noturno de uma biblioteca. Uma quantidade
enorme de informações está disponível, mas poderá não estar acessível;
podendo ser necessários requisitos como: saber ler; autorização para utilizar
os livros; ter o hábito de leitura e até o fato de possuir orientação para a
escolha de livros.
Se a evolução da legislação esportiva que regulamenta a administração
dos clubes esportivos brasileiros caminha para um modelo onde prevaleça a
gestão profissional sobre a amadorista, é importante que, o próprio governo,
que busca resultados sociais abrangentes a todo o país utilize ações
respaldadas no que existir de mais eficiente e eficaz. No caso do Governo
Federal, a precisa definição de metas, a decisão sobre os melhores meios de
atingi-las, os resultados obtidos, associados a um eficiente mecanismo de
constatação dos efeitos, constituem-se nos indicadores para avaliação do
processo de gestão, que é predominantemente associada a “lucros” sociais.
Segundo Pettengill, o Governo Federal de 1995-2002 buscou construir
um novo paradigma de desenvolvimento, no qual o maior desafio seria deixar
as mudanças como marca irreversível de melhoria de vida do cidadão e abrir
o campo das oportunidades para os excluídos. No desporto de alto
rendimento para portadores de deficiência atuou em parceria com o Comitê
Paraolímpico Brasileiro e com as entidades nacionais de administração do
desporto. O Projeto de Esporte Educacional e o Programa Esporte Solidário
funcionaram como agente de inclusão dos portadores de deficiência. Para o
esporte de participação para as pessoas portadoras de deficiência, o Projeto
de Fomento Desportivo foi direcionado para as atividades que envolvem o
cotidiano da prática da atividade física, esportiva e de lazer, tendo por objetivo
41
o acesso e a permanência de todos nessa prática e, por pressuposto, a
inserção social, a inclusão, a reabilitação e a qualidade de vida.
Do modelo de gestão dos programas e recursos disponíveis para o
oferecimento de atividade física em todos os níveis para o portador de
necessidades especiais é que dependerão os resultados almejados para o
fortalecimento desta etapa do processo de inclusão social. O comportamento
atual do administrador mostrará adiante, se o seu nível de competência,
talento, comprometimento, espírito empreendedor e atuação como agente de
mudanças que coloca sua visão em ação foi capaz de conseguir criar as
condições necessárias para que o futuro seja efetivamente construído.
Página 42 19/5/2009
5 – CONCLUSÃO
O progresso de pessoas com necessidades especiais vai depender
essencialmente de um bom tratamento e do apoio da família, como foi
constatado na pesquisa. Tem deficiências que, mesmo com um tratamento
correto, pouco se nota o progresso, ou mesmo, não se nota progresso algum.
Mas mesmo nestes casos o apoio familiar e um acompanhamento médico são
imprescindíveis, pois, muitas das vezes, quando não se tem noção deste
pequeno progresso, tudo o que já se conseguiu pode ir por água abaixo. É
importante ter alguém que acompanhe o paciente e consiga enxergar o que
muitas vezes a família não consegue perceber, deixando o paciente ainda
mais triste, mais desmotivado, portanto com menos força para reagir a
qualquer outro progresso que possa ter.
O progresso, no caso das pessoas com necessidades especiais, não
precisa ser na deficiência propriamente dita, mas na adaptação a nova
situação. Uma pessoa cega, por exemplo, na maioria das vezes não volta a
enxergar com tratamento, somente com transplante. Mas, se conseguir se
vestir, preparar seu lanche, andar pela rua, etc., será um grande progresso,
mesmo que continue com sua deficiência, ou seja, não enxergando
absolutamente nada.
Neste contexto o fator “Aceitação a Nova Situação” ficou em oitavo lugar
(com 59% de escolha do conceito muito para quem respondeu a este fator), ou
seja, nem sempre o progresso está associado a aceitação do paciente, o que é
uma pena, pois em aceitando sua nova condição, seria mais fácil adaptar-se a
ela.
Uma das coisas que conta muito também é a natureza de cada um.
Cada pessoa reage de forma diferente a situações iguais ou parecidas,
dependendo da sua personalidade, da sua forma de ver a vida, sua força
interior, sua situação intelectual, financeira, etc, logo, casos iguais ou
parecidos, com certeza, terão progressos diferentes.
43
Um fator que não pesquisamos, mas que com certeza ajuda muito numa
recuperação e dá força ao paciente é a fé. Não só a fé do deficiente, mas a da
família também, que está ali no dia a dia com o deficiente e sente na pelo o
quanto é dolorido (fisicamente e psicologicamente) e demorado um tratamento.
A pessoa com fé (de um modo geral) tem mais força interior, mais esperança,
e isso, é fundamental para o progresso de qualquer pessoa e principalmente
para pessoas com necessidades especiais, onde qualquer fio de esperança
aliado a qualquer progresso é muito importante.
Página 44 19/5/2009
6 – ANEXOS
Os anexos a seguir, referem-se à pesquisa realizada com 53
profissionais ligados a área estudada nessa monografia.
6.1 - ANEXO 1 – Questionário
QUESTIONÁRIO Este questionário deve ser respondido por profissionais que tratam de pessoas com necessidades especiais. É importante que o profissional que responder ao questionário não tenha em mente um único paciente. É necessário que responda com base no todo,ou seja, levando em conta a maioria dos casos. Nome da instituição: Nome do profissional: Especialidade: Tempo de serviço na instituição: Nas questões abaixo, circule a opção que melhor expresse sua avaliação, utilizando a escala de 1 a 5 , onde 1significa muito pouco, 2 pouco, 3 razoavelmente, 4 em grande parte e 5 muito, para responder a uma única pergunta:
QUALO FATOR QUE MAIS CONTRIBUI PARA O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS?
1) Fatores relacionados a parte pessoal Muito Pouco Razoa - Em grande Muito Pouco velmente Parte . Apoio da família 1 2 3 4 5 . Auto Estima 1 2 3 4 5 . Esforço individual 1 2 3 4 5 . Aceitação/adaptação a nova situação 1 2 3 4 5 . Revolta 1 2 3 4 5 2) Fatores relacionados a parte social/ Muito Pouco Razoa - Em grande Muito profissional Pouco velmente Parte . Ter amigos presentes 1 2 3 4 5 . Ter convívio social (sair) 1 2 3 4 5 . Ter uma ocupação ou perspectiva de 1 2 3 4 5 exercer alguma atividade 1 2 3 4 5 3) Fatores relacionados ao tratamento Muito Pouco Razoa - Em grande Muito Pouco velmente Parte . Ter tratamento correto 1 2 3 4 5 . Ter empatia com o(s) profissional (is) 1 2 3 4 5 . Não ter resistência/medo do tratamento 1 2 3 4 5 . Saber sua real situação/condição 1 2 3 4 5 RELATO (Neste espaço pedimos que o profissional relate algum caso de progresso fora dos padrões normais - utilizar o verso da folha, se necessário).
45
6.2 - ANEXO 3 – Gráficos e Resultados
Abaixo gráficos representando o resultado da pesquisa, realizada com
53 (cinqüenta e três) profissionais de várias instituições que trabalham com
pessoas com necessidades especiais.
Cada pergunta do questionário tem sua visualização abaixo:
6.2.1 - Aceitação da condição adversa
Muito Pouco 1
Pouco 1
Razoavelmente 5
Em Grande Parte 14
Muito 30
Aceitação Muito Pouco; 1; 2%
Pouco; 1; 2%
Razoavelmente; 5; 10%
Em Grande Parte; 14; 27%Muito; 30; 59%
6.2.2 - Amigos por perto
Muito Pouco 1
Pouco 0
Razoavelmente 9
Em Grande Parte 12
Muito 28
Amigos por perto Muito Pouco; 1; 2%
Pouco; 0; 0%
Razoavelmente; 9; 18%
Em Grande Parte; 12; 24%
Muito; 28; 56%
46
6.2.3 - Apoio da família
Muito Pouco 1
Pouco 1
Razoavelmente 0
Em Grande Parte 5
Muito 46
Apoio da Famila
Muito; 46; 87%
Pouco; 1; 2%
Em Grande Parte; 5; 9%
Razoavelmente; 0; 0%
Muito Pouco; 1; 2%
6.2.4 - Atividade
Muito Pouco 2
Pouco 0
Razoavelmente 2
Em Grande Parte 11
Muito 36
Atividade
Muito; 36; 70%
Pouco; 0; 0%
Em Grande Parte; 11; 22%
Razoavelmente; 2; 4%
Muito Pouco; 2; 4%
6.2.5 - Auto Estima
Muito Pouco 0
Pouco 1
Razoavelmente 3
Em Grande Parte 14
Muito 31
Auto Estima
Muito; 31; 63%
Pouco; 1; 2%
Em Grande Parte; 14; 29%
Razoavelmente; 3; 6%
Muito Pouco; 0; 0%
47
6.2.6 - Convívio Social
Muito Pouco 2
Pouco 0
Razoavelmente 2
Em Grande Parte 11
Muito 34
Convivio Social
Muito; 34; 70%
Pouco; 0; 0%
Em Grande Parte; 11; 22%
Razoavelmente; 2; 4%
Muito Pouco; 2; 4%
6.2.7 - Empatia com Profissional
Muito Pouco 1
Pouco 0
Razoavelmente 1
Em Grande Parte 12
Muito 39
Empatia C/ Profissional
Muito; 39; 73%
Pouco; 0; 0%
Em Grande Parte; 12; 23%
Razoavelmente; 1; 2%
Muito Pouco; 1; 2%
6.2.8 - Esforço Individual
Muito Pouco 0
Pouco 0
Razoavelmente 4
Em Grande Parte 10
Muito 37
Esforço individual
Muito; 37; 72%
Pouco; 0; 0%
Em Grande Parte; 10; 20%
Razoavelmente; 4; 8%
Muito Pouco; 0; 0%
48
6.2.9 - Revolta
Muito Pouco 28
Pouco 6
Razoavelmente 5
Em Grande Parte 7
Muito 1
RevoltaMuito; 1; 2%
Pouco; 6; 13%
Em Grande Parte; 7; 15%
Razoavelmente; 5; 11% Muito Pouco; 28;
59%
6.2.10 - Saber Real Condição
Muito Pouco 1
Pouco 4
Razoavelmente 7
Em Grande Parte 20
Muito 18
Saber real condicao
Muito; 18; 36%
Pouco; 4; 8%
Em Grande Parte; 20; 40%
Razoavelmente; 7; 14%
Muito Pouco; 1; 2%
6.2.11 - Tratamento Correto
Muito Pouco 1
Pouco 0
Razoavelmente 1
Em Grande Parte 4
Muito 45
Tratamento correto
Muito; 45; 88%
Pouco; 0; 0%
Em Grande Parte; 4; 8%
Razoavelmente; 1; 2%Muito Pouco; 1; 2%
49
6.2.12 - Não oferecer resistência ao Tratamento
Muito Pouco 4
Pouco 1
Razoavelmente 8
Em Grande Parte 11
Muito 26
Não oferecer resistencia tratamento
Muito; 26; 52%
Pouco; 1; 2%
Em Grande Parte; 11; 22%
Razoavelmente; 8; 16%
Muito Pouco; 4; 8%
6.2.13 - Consolidação Resultados
0
10
20
30
40
50
60
Aceitação
Amigos por
perto
Apoio da
Fam
ila
Atividade
Auto Estima
Convivio
Social
Empatia C/
Profissional
Esforço
individual
Não
oferecer
resistencia
Revolta
Saber real
condicao
Tratamento
correto
Muito Pouco Pouco Razoavelmente Grande Parte Muito
50
6.2.14 - Consolidação por ocupação Profissional
1 39
16 10 329
4
8 181 5
11
126
3843
1011
44
23 15120
8552
32
Fisioterapeutas
Fonoaudiólogos
Outros Profissionais
Pedagogos
Psicólogos
Sem identificação
Ter. Ocu/Arteterapia
Muito Pouco Pouco Razoavelmente Em Grande Parte Muito
51
7 - BIBLIOGRAFIA
ALVES, Fátima, INCLUSÃO – muitos olhares, vários caminhos e um grande
desafio. Rio de Janeiro: WAK, 2003.
ARAÚJO, Luiz Alberto David, Pessoa Portadora de Deficiência
AZEVEDO, P.Henrique; BARROS, J.França – O Nível de participação do
Estado na gestão do esporte brasileiro como fator de inclusão social de
pessoas portadoras de deficiência. R. brás.Ci e Mov. 2004:77-84
BRASIL, CONSTITUIÇÃO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL-
Brasilia:Senado Federal, Centro Gráfico, 1998, 242p
BRASIL, Decreto Federal, nº 914 de 6 de setembro de 1993 – Diário Oficial da
República Federativa do Brasil – Brasília, 1993
BRASIL, Decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999, Regulamenta a Lei
7853/1989, “esporte e lazer”. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, 1993.
BRASIL, Lei nº 9615 de 24 de março de 1998 – Institui as normas gerais sobre
desporto. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, ano
CXXXVI nº 57, séc]ao 1 p 25 mar, 1998.
CAVANELLAS, Luciana Bicalho. Psicologia e compromisso social: educação
inclusiva: desafios, limites e perspectivas. Psicol. cienc. prof. [online]. mar.
2000, vol.20, no.1 [citado 22 Janeiro 2009], p.18-23. Disponível na World Wide
Web:<http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932000000100003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1414-9893.
52
COLLARILE, Marcia - Mais Sobre Arteterapia –
www.monterverdmg.com.br/vm-marcia.arte.htm, publicado no Jornal Tribuna
Paulista, acessado em 19/01/09.
COSTA, Alberto Martins da, BITTAR, Ari Fernando, Metodologia Aplicada ao
deficiente físico, In Brasil, Caderno texto do curso de capacitação de prof. em
educação física, Brasília, MEC,SEESP-2002, 161 p.
CRUZ, Luciana R. – A importância do lazer na inclusão da pessoa portadora
de deficiência mental na sociedade.- www.icpg.com.br/artigos /rev02-01
DUNN, Lloid M., Crianças Excepcionais – Seus Problemas. Sua Educação.
Volume 2. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1971.
FERREIRA, M. Ribeiro; BOTOMÉ, Silvio Paulo, Deficiência física e inserção
social: a formação dos recursos humanos, Caxias do Sul, 1984, 218 p.
LEFÈVRE, Helena Beatriz, MONGOLISMO – Orientação para famílias. 2ª
edição. São Paulo: ALMED, 1988.
LOROSA, M. A., Ayres, F. Como produzir uma monografia. Rio de Janeiro:
WAK, 2005.
MECKING,Maria Letizia Marchese Diretora e terapeuta do Centro de
Atendimento Psicopedagógico e professora da Universidade Tuiuti do Paraná.
http://www.pedagogiabrasil.com.br/artigosanteriores/pedago_psicom.htm
publicação na Pedagogia do Brasil o futuro do planeta em suas mãos.
MONTESSORI, Maria, A Criança. São Paulo, Círculo do Livro.
53
PETTENGILL, Nilma Garcia, Desporto para pessoas portadoras de
necessidades especiais. In, Conferência Nacional de Educação, Cultura e
Desporto.
Proteção Constitucional das Pessoas Portadoras de Deficiência - Série
Legislação em direitos Humanos 3. 3ª EDIÇÃO. Brasília: Dehon, 2003.
Rehabilita Rio. Informativo SBA, AACS, CORBI - ANO VI – Nº 27 –2006.
Rehabilita Rio. SBA, ANO VII - Nº 30 - Outubro de 2007.
Rehabilita Rio. SBA, ANO VIII - Nº 32 - Julho de 2008.
SANTOS, Antonio Raimundo, Metodologia Científica – a construção do
conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
SANTOS, J. A., Filho, D. Metodologia Científica. SP: Futura, 1998.
SANTOS, Patrícia Vaitsman, O Cotidiano de um D+EFICIENTE –Perguntas e
Respostas. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.
SCHROEDER, Margaret Maria Terapeuta do Centro de Atendimento
Psicopedagógico e professora da Universidade Tuiuti do Paraná. Disponível na
http://www.pedagogiabrasil.com.br/artigosanteriores/pedago_psicom.htm
SPOSATI, A. – Mapa de Exclusão/Inclusão, da Cidade de São Paulo: PUC.SP-
1996, 128 p.
VIDOR, Georgette, ALERJ. II Seminário – Qualidade de vida dos
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA no Rio de Janeiro. Site Sentidos, Junho
2004.
54
8 - ATIVIDADES CULTURAIS
55
56
57
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS............................................................................................................................... 3
DEDICATÓRIA......................................................................................................................................... 4
RESUMO.................................................................................................................................................... 5
METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 6
SUMÁRIO .................................................................................................................................................. 7
1- INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 8
2 - CAPÍTULO I - PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS .................................................. 10 2.1 - TIPOS DE DEFICIÊNCIA................................................................................................................. 10
3 - CAPÍTULO II - TRATAMENTO ..................................................................................................... 19 3.1 - TRATAMENTOS CONVENCIONAIS................................................................................................. 21 3.2 - TRATAMENTOS ALTERNATIVOS................................................................................................... 27
4 - CAPÍTULO III – INCLUSÃO........................................................................................................... 31 4.1 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................................................. 32 4.2 - A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA................................................................................................. 33 4.3 - A INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE .............................................................................. 36
4.3.1 - Legislação Direcionada Aos Portadores de Deficiência ...................................................... 37 4.3.2 - Principais Legislações e Resoluções..................................................................................... 38 4.3.3 - Principais legislações e resoluções em nível nacional.......................................................... 38 4.3.4 - O problema da inacessibilidade............................................................................................ 39
5 – CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 42
6 – ANEXOS............................................................................................................................................. 44 6.1 - ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ........................................................................................................ 44 6.2 - ANEXO 3 – GRÁFICOS E RESULTADOS ....................................................................................... 45
6.2.1 - Aceitação da condição adversa............................................................................................. 45 6.2.2 - Amigos por perto................................................................................................................... 45 6.2.3 - Apoio da família .................................................................................................................... 46 6.2.4 - Atividade ............................................................................................................................... 46 6.2.5 - Auto Estima ........................................................................................................................... 46 6.2.6 - Convívio Social ..................................................................................................................... 47 6.2.7 - Empatia com Profissional ..................................................................................................... 47 6.2.8 - Esforço Individual ................................................................................................................. 47 6.2.9 - Revolta................................................................................................................................... 48 6.2.10 - Saber Real Condição........................................................................................................... 48 6.2.11 - Tratamento Correto............................................................................................................. 48 6.2.12 - Não oferecer resistência ao Tratamento ............................................................................. 49 6.2.13 - Consolidação Resultados .................................................................................................... 49 6.2.14 - Consolidação por ocupação Profissional ........................................................................... 50
7 - BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................. 51
58
8 - ATIVIDADES CULTURAIS ............................................................................................................. 54
ÍNDICE ..................................................................................................................................................... 57
9 - FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 59
59
9 - FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia: O PROGRESSO DE PESSOAS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
Autor: Regina Célia Israel Moça
Orientador: Mary Sue Pereira
Data de entrega: 30 de janeiro de 2009
Avaliado por: Conceito: