UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · Aos meus pais Maria da Luz e ... era...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Por: Vanessa Nascimento de Lima
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Pedagogia Empresarial.
Por: . Vanessa Nascimento de Lima
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela vida, pela força
e determinação para que eu pudesse
concluir mais uma etapa da minha vida;
Aos meus pais Maria da Luz e José
Severino, por toda educação, amor e
pelos ensinamentos de vida.
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu marido Marcus Perri e
minha filha Ana Beatriz, razões do meu
viver pela compreensão quando mais
precisei de força para seguir.
5
RESUMO
A expressão treinamento vem do latim trahëre, significa trazer/levar a
fazer algo e desenvolvimento a palavra desenvolver teve origem no radical
latino volver e a etimologia da palavra desenvolver (des+envolver) tem
precisamente o significado de ―tirar o que envolve‖ de ―libertar o que nos
prende‖, Volver significa mudar a direção, alterar o rumo, voltar. Envolver quer
dizer, então, tomar a direção refere-se ao processo sistemático de ensino em
curto ou em longo prazo, que objetiva repassar, reciclar ou desenvolver as
atividades relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua
otimização no trabalho, onde em algumas empresas, treinamento é
imprescindível para o desenvolvimento de seus funcionários e aumento de
produtividade, para outras treinamento é visto como custo e ainda tem outras
empresas que enxergam treinamento como um mero preenchimento de
estatística. O fato é que o treinamento e desenvolvimento são primordiais para
capacitar, desenvolver, integrar e estimular as pessoas, permitindo-lhes
realizar mais com menos, ensinando-as a trabalhar com eficiência e eficácia
para acompanhar as exigências do mercado no que se refere às competências
essenciais orientadas para o negócio da organização.
6
METODOLOGIA
Esta pesquisa será de cunho bibliográfico através de pesquisas, dos
quais serão incluídos os livros, revista, sites e estará embasada nas idéias dos
seguintes autores: Chiavenato, Peter Drucker, Tachizawa, Ferreir, Fortuna,
Gustavo Boog.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Fase Histórica 10
CAPÍTULO II - Treinamento e Desenvolvimento 14
CAPÍTULO III – Processos Treinamento 18
3.1 Diagnóstico ou Levantamento de Necessidades 18
3.2 Programa ou Desenho do Treinamento 20
3.3 Conduções do Programa de Treinamento 21
3.4 Avaliações de treinamento 23
CAPÍTULO IV – Educação a Distância 27
CAPÍTULO V – Universidade Corporativa 31
CAPÍTULO VI – Papel do Pedagogo Empresarial 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA - CONSULTADA 38
ÍNDICE 39
8
INTRODUÇÃO
A conceituação de treinamento apresenta significados diferentes.
Antigamente, alguns especialistas em RH consideravam o treinamento um
meio para adequar cada pessoa ao seu cargo e desenvolver a força de
trabalho da organização a partir dos cargos ocupados. Mais recentemente,
passou-se a ampliar o conceito, considerando o treinamento um meio para
alavancar o desempenho no cargo. Quase sempre treinamento tem sido
entendido como o processo pelo qual a pessoa é preparada para
desemepnhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve
ocupar. Modernamente treinamento é considerado um meio de desenvolver
competências nas pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e
inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e
cada vez mais valiosos. Assim, o treinamento é uma fonte de lucratividade ao
permitir que as pessoas contrcontribuam efetivamente para os resultados do
negócio. Nestes termos, o treinamento é uma maneira eficaz de agregar valor
às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o patrimônio humano
das organizações. Ele é o responsável pelo capital intelectual das
organizações.
Há diferenças entre treinamento e desenvolvimento de pessoas.
Embora os seus méritos sejam similares para afetar a aprendizagem, a sua
perspectiva no tempo é diferente. O treinamento é orientado para o presente,
focalizando o cargo atual e buscando melhorar aquelas habilidades e
capacidades relacionadas com o desempenho imediato do cargo. O
desenvolvimento de pessoas focaliza geralmente os cargos a serem ocupados
futuramente na organização e as novas habilidades e cap’acidades que serão
requeridas. Ambos, treinamento e desenvolvimento (T&D), constituem
processos de aprendizagem. Aprendizagem significa uma mudança no
comportamento da pessoa através da incorporação de novos hábitos, atitudes,
conhecimentos e destrezas. Fala-se muito em aprendizagem organizacional
9
para se referir a uma cultura de aprimoramento das pessoas que predomina
nas organizações bem-sucedidas.
Através do treinamento — e do desenvolvimento — a pessoa pode
assimilar informações, aprender habilidades, desenvolver atitudes e
comportamentos diferentes e desenvolver conceitos abstratos.
Segundo Chiavenato (2000, p. 20), as pessoas não são recursos que a
organização consome, utiliza e que produzem custos. Ao contrário, as pessoas
constituem um fator de competitividade, da mesma forma que o mercado e a
tecnologia.
A maior parte dos programas de treinamento está concentrada em
transmitir informações ao funcionário sobre a organização, suas políticas e
diretrizes, regras e procedimentos, missão e visão organizacional, seus produ-
tos/serviços, seus clientes, seus concorrentes etc.
Buscando desenvolver esse capital humano, as empresas estão
atravessando mudanças constantes e desta forma, para se manter neste meio
tão competitivo elas investem em qualificação de seus profissionais através de
treinamentos constantes e de informações.
10
CAPÍTULO I
FASE HISTÓRICA
No passado, logo que se pensa no período Industrial, o treinamento
era caracterizado como uma repetição constante de tudo aquilo que se fazia,
onde a pessoa aprendia sem ter entendido o propósito de sua ação, mas
precisava fazer.
Essa característica da ausência de uma obrigatoriedade em pensar,
permitia que nós tivéssemos dentro da nossa organização, um sujeito atolado
em uma máquina em que a máquina apresentava o resultado, quando nela era
imputada uma ordem do que se fazer. Era o profissional interagindo com uma
máquina sem a obrigatoriedade do raciocínio, onde em uma estrutura de
poder, alguém decidia o que ele fazia.
Com o fim da segunda guerra mundial os militares de alta patente,
responsáveis pelas estratégias e treinamento de guerra, foram aproveitados
nas indústrias em cargos estratégicos nos processos industrias para alavancar
a produção e para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a
sua função, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades
fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção
de forma eficiente. A partir da área militar, a estratégia passou a fazer parte
nos negócios, sendo o foco o conjunto de objetivos da empresa e a forma de
alcançá-los.
Um dos primeiros usos do termo estratégia foi feito aproximadamente
há 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzu, (Arte da guerra), onde
afirmava que ―todos os homens podem ver as tácticas pelas quais eu
conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual
grandes vitórias são obtidas’‖.
11
O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando,
inicialmente, ―arte do general‖, adquirindo, posteriormente, uma conotação
voltada para a guerra, significando a arte e a ciência de conduzir um exército
por um caminho. O termo estratégia assumiu o sentido de habilidade
administrativa na época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar
habilidades de gestão (administrativas, liderança, oratória, poder). Mais tarde,
no tempo de Alexandre (330 a.C.), adquiria o significado de habilidades
empregadas para vencer um oponente e criar um sistema unificado de governo
global.
Esse modelo de treinamento (adestramento) permaneceu até a
segunda guerra mundial e teve uma grande intensidade no mundo com o
pós segunda guerra, com a revolução Industrial, com a disponibilidade de
outras ferramentas, outros equipamentos que antes eram exclusivos do
poderio militar. O uso desses equipamentos já exigia um pouco mais de
interação, raciocínio e o grupo que estava nas organizações não podiam dar
esse tipo de atendimento e foi nessa circunstância, que lá fora, as empresas
começaram a se dar conta de que precisavam fazer alguma coisa.
O importante era não descartar o funcionário que lá já estava e imputar
nele uma produção melhor. Daí, nós tivemos até o final da década de 60 no
mundo, já uma colocação no sentido de se ter teorias administrativas e de
motivação começando a ganhar corpo, onde o homem se torna mais
participativo, ainda com a idéia de treinamentos mecânicos, da repetição e do
fazer por fazer.
Chega o homem na lua e o mundo da uma guinada com o surgimento
da era da informação. Quando no Brasil isso começa acontecer no final dos
anos 80, o Brasil recebe uma prática, já comum na Europa e nos EUA,
chamada norma ISO. Quando a ISO chega o Brasil há uma reviravolta nas
organizações nas práticas de treinamento e desenvolvimento. Entretanto, já na
época da ditadura, o treinamento teve um momento muito significativo para as
12
empresas enquanto treinamento foi quando o governo decide incentivar essa
prática dentro das organizações.
O Governo criou uma lei De 15 de dezembro de 1975, até 16 de marco
de 1990, vigorou a Lei 6.297, a qual incentivava os investimentos em T&D,
permitindo a dedução em dobro, no imposto de renda devido pelas empresas,
onde a cada centavo que as empresas investissem em treinamento, era
descontado o dobro do valo no seu imposto de renda. (A cada R$ 100.000.00
investido a empresa deduzia R$ 200.000.00 de o seu IR).
Houve um verdadeiro “BUM” em treinamento no Brasil, enquanto lá
fora, o mundo já tinha essa consciência, os militares daqui preocupados com
essa questão incentivavam a política de treinamento. Contudo, o modelo de
treinamento daqui, ainda era o militar que era simplesmente de repetição,
mecânico e que os próprios militares não chamavam de treinamento e sim
adestramento.
Nessa fase, havia investimentos em massa, mas que até então, não
apresentavam os devidos resultados que na época com a proteção de
mercado, não havia nenhuma empresa de fora aqui dentro para acirrar a
competitividade o que levava as organizações a continuarem do mesmo jeito.
Na década de 90, quando o então presidente Fernando Collor de Melo
abre o mercado para que as empresas viessem para o Brasil, foi o momento
em que o nosso Governo se deu conta, de que todo aquele investimento feito
no passado em treinamento, não foi significativo para gerar competitividade.
No Brasil, na nossa história em relação a treinamento, houve um
segundo momento depois das leis de incentivo, onde as empresas deixaram
de focar só no treinar e passaram a pensar no desenvolver, trazendo para o
mundo acadêmico um ganho significativo no negócio da educação no Brasil.
13
Diante de tantas mudanças, o governo começou a perceber que todo
investimento feito lá atrás, não tinha dado certo e que com a extinção da lei de
incentivo, as empresas param de treinar no Brasil, ou seja, não havia uma
consciência de T&D, havia apenas uma oportunidade de negócio por causa
da dedução em dobro no IR, o que nos leva até a duvidar de que se os
números apresentado como investimentos em treinamento eram de fato reais.
Então, entramos em uma fase, onde havia uma distância muito grande
em que o mercado exigia para as empresas sobreviverem e o que as escolas
tradicionais e as universidades podiam oferecer. Eis que surge o conceito das
Universidades Corporativas na tentativa de minimizar o eixo, do que o mercado
cobra e o que o profissional inserido podia entregar.
Desta forma, para se manter neste meio tão competitivo, as
organizações passa a investir em qualificação de seus profissionais, através de
treinamentos constantes. Contudo, as pessoas têm de se adaptar a essas
mudanças para se manterem no mercado de trabalho de forma diferenciada,
agregando novos valores às relações interpessoais, através das quais o
treinamento acontece.
O treinamento ainda é considerado uma despesa para muitas
empresas embora seja um importante investimento. É uma maneira eficaz de
agregar valor às pessoas, a organização como um todo e a seus clientes; ele
enriquece não só o patrimônio humano das organizações, como é o
responsável pelo capital intelectual da mesma.
14
CAPÍTULO II
TREINAMENTO E O DESENVOLVIMENTO
Podemos citar inúmeras definições de diversos autores, para falarmos
sobre treinamento e desenvolvimento. Uma delas, de Idalberto Chiavenato
(2002. P.495), diz: ―treinamento e desenvolvimento constituem processos de
aprendizagem‖. Outra, diretamente relacionada com conhecimento de Drucker,
diz que:
―... quanto melhor uma pessoa, organização, indústria ou
nação adquirir e aplicar conhecimentos, melhor será sua
posição competitiva. A sociedade do conhecimento irá,
inevitavelmente, se tornar muito mais competitiva do que
qualquer sociedade que conhecemos – porque com os
conhecimentos universalmente acessíveis, não haverá
desculpas para o mau desempenho em países pores,
somente países ignorantes. E o mesmo valerá para
empresas, indústrias e organizações de todos os tipos e
para as pessoas.‖ DRUCKER (1996. P.158).
O processo é uma forma de ação intencional com objetivo de fornecer
meios para possibilitar a aprendizagem. Onde aprendizagem pode ser definida
como o processo pelo qual adquirimos experiência que nos levam a aumentar
a capacidade, que nos levam a alterar disposições de ações em relação ao
ambiente que nos levam a mudança de comportamento. (BOOG, 1994, p.
142).
A expressão treinamento refere-se ao processo sistemático de ensino
em curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar, as atividades relacionadas
diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho.
15
Para algumas empresas, treinamento é imprescindível para o
desenvolvimento de seus funcionários e aumento de produtividade, para outras
treinamento é visto com custo e ainda tem outras empresas que enxergam
treinamento um mero preenchimento de estatística. O fato é que o treinamento
é primordial para capacitar, desenvolver, integrar e estimular as pessoas,
permitindo-lhes realizar mais com menos, ensinando-as a trabalhar com
eficiência e eficácia.
Antigamente, alguns especialistas em RH consideravam o treinamento
um meio para adequar cada pessoa ao seu cargo e desenvolver a força de
trabalho da organização a partir dos cargos ocupados. Hoje, é um processo
muito utilizado pelas empresas, pois além de qualificar melhor seus
funcionários na execução de suas tarefas também os mesmos ganham em
crescimento profissional adquirindo mais conhecimentos e até mesmo pessoal,
nas relações interpessoais.
O principal objetivo do treinamento é a busca de melhorias contínuas
nos processos da empresa, que vão desde a obtenção de ganhos na
produtividade, nas relações entre as pessoas até mesmo na satisfação de
seus clientes, tanto internas como externos, onde o grau de excelência de uma
empresa está diretamente ligado ao grau de excelência e ao potencial de seus
funcionários.
Assim o aprendizado assume posição de importância dentro das
empresas e aprender fazendo é a maneira mais tradicional e, ao mesmo
tempo, mais eficaz de aprender do mundo globalizado.
Na era do conhecimento, temos que aprender a desaprender a cada
momento, aceitar novos paradigmas, novos conceitos e inovações fazem parte
da atualização requerida para a competitividade pessoal. O desafio da área de
treinamento é criar programas que acelerem o aprendizado das competências
essenciais para a empresa, tendo em vista sua estratégia e a evolução
tecnológica do mercado.
16
Há uma diferença entre treinamento e desenvolvimento de pessoas,
mas embora os seus métodos sejam similares para afetar a aprendizagem, a
sua perspectiva de tempo é diferente.
Treinamento é um processo de ensino em curto prazo para promover a
aquisição de regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma melhoria da
adequação entre as características dos empregados e as exigências dos
papéis funcionais.
Desenvolvimento é o processo de ensino em longo prazo para
aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los
futuros membros valiosos da organização. O desenvolvimento inclui não
apenas o treinamento, mas também a carreira e outras experiências.
A maior parte dos programas de treinamento está concentrada em
transmitir informações ao funcionário sobre a organização, suas políticas e
diretrizes, regras e procedimentos, missão e visão organizacional, seus produ-
tos/serviços, seus clientes, seus concorrentes etc. A informação guia o
comportamento das pessoas e o torna mais eficaz.
Existem programas de treinamento estão concentrados em de-
senvolver as habilidades das pessoas para habilitá-las e capacitá-las no seu
trabalho, outros programas visam ao desenvolvimento de novos hábitos e
atitudes para lidar com clientes internos e externos, com o próprio trabalho e
com a organização e por fim, outros programas estão preocupados em
desenvolver conceitos e elevar o nível de abstração das pessoas para que elas
possam pensar e agir em termos mais amplos. Quase sempre as organizações
estão utilizando vários tipos de mudanças de comportamento ao mesmo tempo
em seus programas de treinamento.
Ao desenvolverem habilidades nas pessoas, elas também estão
transmitindo informações e incentivando o desenvolvimento de atitudes e de
conceitos, simultaneamente.
17
Boa parte dos programas de treinamento procura mudar as atitudes
reativas e conservadoras das pessoas para atitudes proativas e inovadoras, de
modo a melhorar seu espírito de equipe e sua criatividade.
18
CAPÍTULO III
PROCESSOS DE TREINAMENTO
A idéia de treinamento nos remete a algumas perguntas como o
porquê, em que, quem, como e quando treinar.
É interessante observar que treinar leva ao seguinte questionamento:
Por que treinar? Quem treinar? Como e quando treinar? Algumas etapas de
elaboração devem ser seguidas, ou seja, primeiro é necessário um
diagnóstico, uma identificação das necessidades que possam levar a um
treinamento, em seguida deve ser elaborada uma programação de treinamento
para atender ao que se pede e que foram diagnosticadas a partir das
necessidades, partindo-se da análise organizacional das operações e tarefas e
da análise individual e coletiva e, finalmente a aplicação e execução. Após
estas etapas, deve ser feita a avaliação dos resultados obtidos.
3.1 Diagnóstico ou Levantamento de Necessidades
LNT – Levantamento das Necessidades de Treinamento. Esse
levantamento vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas à
medida que é crescente a procura em treinar e desenvolver talentos humanos.
O diagnóstico ou levantamento de necessidades não é muito claro e
precisa ser diagnosticado a partir de certos levantamentos e pesquisas
internas capazes de localizar e descobrir as demandas, pois é a diferença
entre o que uma pessoa deveria saber X fazer e aquilo que ela realmente faz.
Na medida em que o treinamento foca essas necessidades, carências
e as elimina, ele se torna benéfico para os funcionários, para a organização e
sobretudo para o cliente, mas caso contrário, representará um desperdício ou
simples perda de tempo.
19
Para que ele seja realmente eficiente, antes deve ser feita uma análise
do programa de treinamento do ano anterior, avaliando o retorno dos
treinamentos oferecidos com relação aos resultados esperados. ―A melhor
forma de garantir a eficácia desta ferramenta é, antes de aplicá-la, realizar uma
avaliação de desempenho e competências dos funcionários, sendo importante
a participação de todos os envolvidos para que se comprometam com os
resultados.‖ É importante a realização desse levantamento para que se
obtenha um diagnóstico das reais necessidades da empresa em relação ao
treinamento para que ela possa investir corretamente, evitando gastos
desnecessários.
É o momento certo para se avaliar a integração da equipe e a
competência dos funcionários para assumirem a oportunidade de uma nova
função. Não se deve esquecer que o trabalho de divulgação interna dos
programas e atividades de treinamento é um elemento básico para a
sustentação dos programas de treinamento. A cada programa realizado, é
saudável a existência de uma forma de avaliação quantitativa que tornem
tangíveis os resultados alcançados para divulgação na organização.
Ao contrário do que se pensa, a responsabilidade pelo treinamento não
é uma atribuição exclusiva da unidade de Recursos Humanos, "identificar
necessidades e detectar problemas são responsabilidades gerenciais"
(Baumgartner apud, Boog, 2001, p. 4).
Do ponto de vista operacional, propõe-se que o LNT continue sendo
um processo participativo, mas orientado de forma a se maximizar a utilização
dos recursos destinados à área de T&D, possibilitando o cumprimento de sua
missão institucional de preparar a força de trabalho para o alcance dos
objetivos organizacionais.
O grande segredo de uma boa elaboração de LNT está em especificar
com precisão e clareza o objetivo e forma de verificação, com a ajuda de
formulários, indicadores de desempenho, diagnósticos, testes de
20
personalidades (DISC/MBTI), entre outros, quais os níveis hierárquicos vão
participar e se o programa de T&D será comportamental ou técnico.
3.2 Programa ou Desenho do Treinamento
O desenho do programa de treinamento é a segunda etapa do
processo. Refere-se ao planejamento das ações de treinamento, desde que as
necessidades de treinamento foram diagnosticadas e localizadas, torna-se
necessário reunir o atendimento a essas necessidades em um programa
integrado e coeso.
Programar o treinamento significa definir seis ingredientes básicos:
quem deve ser treinado, como deve ser treinado, em que, por quem, onde e
quando, a fim de atingir os objetivos do treinamento. O programa de
treinamento deve estar associado às necessidades estratégicas da organi-
zação. É preciso avaliar as necessidades da organização e das pessoas e
estabelecer critérios precisos para estabelecer o nível de desempenho
almejado. Além disso, a organização precisa estar disposta a dar espaço e
oferecer oportunidades para que as pessoas possam aplicar as novas
competências e conhecimentos adquiridos no treinamento, para evitar
desperdícios e garantir o retorno desejado do investimento, o pragmatismo é
imprescindível na programação do treinamento.
A maneira de conciliar o investimento com o retorno é o chamado
treinamento voltado para resultados, por mais difícil que seja defini-los e aferi-
los estabelecer resultados para o treinamento e compará-los posteriormente é
indispensável.
21
3.3 Condução do Programa de Treinamento
A condução, implementação e aplicação do programa de treinamento é
a terceira etapa do processo. Existem várias técnicas para transmitir as
informações necessárias e desenvolver as habilidades requeridas no programa
de treinamento como: Integração, que objetiva adaptar os colaboradores a
organização; Técnico-operacional, que visa capacitar a pessoa de tarefas
específicas; Gerencial, que leva a competência técnica, administrativa e
comportamental; Comportamental que objetiva solucionar problemas no
contexto do trabalho, como as inter-relações.
Treinamento interno: ocorrem nas próprias instalações da empresa,
em situações normais de trabalho, com ferramentas, máquinas, documentos e
outros materiais que o treinando irá utilizar em suas atividades laborais
cotidianas. O treinamento interno costuma ser muito utilizado no ensino
profissionalizante.
Treinamento externo: ocorrem fora do local e das situações normais de
trabalho, o que significa dizer que o treinando não conta como um trabalhador
diretamente produtivo durante o período de treinamento. Isto, e mais o fato de
que muitos empresários encaram treinamento como despesa (e não como
investimento), torna esta modalidade menos atraente para a pequena e média
empresa.
Quanto aos meios, os treinamentos são classificados da seguinte
forma:
Workshop são reuniões, facilitadas por um consultor, realizadas com
pessoas que tem objetivos comuns ou compartilhados Baseiam-se na troca de
experiências no contexto real da empresa. Geralmente tem a duração de um
dia, podendo em alguns casos estender-se por mais tempo (dois ou três dias),
quando geralmente são chamados de "task force". Quando se reúne
22
especialistas de várias áreas para realizar trabalhos por projeto, costuma-se
denominá-los "grupos ad hoc".
Coaching trata-se do monitoramento feito por uma pessoa que domina
cabalmente uma função, a outra (s) que ainda não possui (em) conhecimentos,
habilidades ou capacidades para efetuá-la sozinha. Cabe destacar que, a
responsável pela execução da atividade é a monitorada, baixa a orientação da
coaching.
Mentoring processo similar ao anterior, porém mais voltado para o
desenvolvimento. Trata-se de potencializar a capacidade do tutorado através
de uma parceria voltada para o sucesso e baseada num compromisso com a
verdade.
A TI está influenciando os métodos de treinamento e reduzindo custos
operacionais. As novas técnicas de treinamento são ferramentas de suma
importância que permitem a modernização e customização do processo.
Recursos audiovisuais são imagens visuais e informações em áudio
são poderosas ferramentas de comunicação. O videocassete, o CD-ROM e o
DVD (Digital Video Disc) permitem gravar programas de treinamento para
vários locais diferentes e em qualquer ocasião.
Teleconferência é o uso de equipamento de áudio e vídeo para permitir
que pessoas participem em reuniões, mesmo quando distantes entre si ou da
localidade do evento.
Comunicações eletrônicas são quando comunicações interativas entre
pessoas fisicamente distantes através do correio de voz (voice mail) dentro da
rede de telefones de uma empresa.
Correio eletrônico ou e-mail é uma forma de comunicação eletrônica
que permite às pessoas comunicar-se com outras através de mensagens
23
eletrônicas através de computadores ligados à Internet e redes internas
baseadas na Internet (Intranets).
Tecnologia de multimídia é a comunicação eletrônica que integra voz,
vídeo e texto, codificados digitalmente e transportada por redes de fibras
óticas.
Treinamento à distância ou e-learning ou treinamento virtual é o
treinamento através da Internet e pode ser feito a qualquer hora e em qualquer
lugar a um custo baixíssimo.
Universidade Corporativa, que atende as estratégias corporativas de
uma organização, onde a visão comum de T & D cede lugar à ousadia e
quebra de paradigmas; difundir os valores e a cultura das empresas, habilitar
os líderes a desenvolverem capacidades críticas, funcionar como instrumento
de reciclagem e atualização, fazer permear a educação em todos os níveis,
suportar a formação de sucessores (quadro de relevo) da população executiva.
3.4 Avaliação do Treinamento
A etapa final é a avaliação do programa de treinamento para verificar sua
eficácia, isto é, para ver se o treinamento realmente atendeu às necessidades
da organização, das pessoas e dos clientes. Principalmente para avaliar se o
que foi gasto nesete processo teve retorno.
A empresa aplica recurcursos nos projetos de T & D, mas a curto, médio
e longo prazo a organização quer retorno (números) para fazer os
comparativos necessários para manter ou criar novos projetos.
Como os programas de treinamento representam um investimento em
custo e os custos incluem materiais, tempo do instrutor, perdas de produção
enquanto os indivíduos estão sendo treinados e por isso estão afastados dos
seus cargos, no entanto, requer-se um retorno razoável desse investimento.
24
Basicamente, deve-se avaliar se o programa de treinamento atende às
necessidades para as quais foi desenhado. Dentre essas necessidades,
precisamos entender que é preciso fazer os processos de avaliação para que
assim o programa de treinamento possa ser mensurado.
A primeria a ser feita e um questionário de avaliação do treinamento é a
avalição de reação, para todos aqueles que participaram do processo, com
perguntas simples, do tipo: O que você achou do treinamento? O que você que
irá agregar ao seu trabalho de agora em diante? Você participaria de outro
treinamento? O que achou da didática do treinamento? E assim, por diante.
É uma forma em curto prazo de se fazer uma avalização globalizada do
treinamento aplicado. O aluno é avaliado pela sua participação nas atividades
de aprendizado, indicando se está se adaptando à forma como o material é
apresentado. É o método de avaliação mais fácil, rápido e de baixo custo de
administração, fornecendo um número considerável de informações para a
modificação do conteúdo do curso, da apresentação, etc.
Neste contexto, uma reação positiva ao treinamento é importante tanto
para os instrutores de treinamento internos quanto para os que oferecem
programas abertos ao público, pois o futuro do programa depende desta
reação. Além disto, se os participantes não reagem de forma favorável,
provavelmente não estarão motivados a aprender.
Reação positiva e satisfação podem não assegurar o aprendizado
(embora possam demonstrar a aceitabilidade de determinado curso).
A outra avaliação que temos que fazer é quanto ao nível de
aprendizagem e aplicabilidade que o treinamento proporcionou.
Dizemos que o treinamento aconteceu, quando há uma alteração da
forma de perceber a realidade, aumento dos conhecimentos, melhoria das
habilidades e mudança de comportamento. Este nível como a extensão da
mudança de conduta e de procedimento ocorre, através da participação da
pessoa no treinamento e como resultado a ser mensurado para os próximos
25
projetos, respondermos se as rejeições e refugos foram eliminados? As
barreiras foram removidas? Os custos de trabalho por unidade diminuíram? As
pessoas se tornaram mais produtivas e felizes? A organização alcançou seus
objetivos estratégicos e táticos?
Ocorre a aprendizagem quando há uma mudança na forma de perceber a
realidade e/ou um aumento de conhecimentos e/ou, ainda, um aumento de
habilidades. A utilização de ferramentas para implantar este nível serve como
um controle de qualidade, para confirmar se o aprendizado está alcançando os
seus objetivos.
Através das respostas obtidas, têm-se informações para a melhoria do
material apresentado e os resultados desta análise podem identificar áreas que
necessitem de reforço. Ressalta-se, todavia, que as avaliações neste nível
podem representar comportamentos que tenham mais a ver com a resposta ao
processo de avaliação do que com o quê foi aprendido.
Na observação do progresso do aluno, o professor precisa ter habilidade
para prover um feedback construtivo, sendo este feedback considerado como
o centro da experiência de aprendizado. É importante se medir o aprendizado,
porque nenhuma mudança de comportamento pode ser esperada a não ser
que tenha sido alcançado pelo menos um dos objetivos do aprendizado.
A avaliação de treinamento propicia o feedback necessário ao profissional
de RH, para se concluir até que ponto o treinamento executado produziu
modificações de comportamentos pretendidos como também, se o treinamento
alcançou as metas já estabelecidas anteriormente. Cabe, ainda, fazer
referência as avaliações do aprendizado, de reação e dos resultados do
treinamento, que seriam outras possibilidades de intervenção.
Se as respostas às questões acima forem positivas, o programa de
treinamento foi bem-sucedido. Tachizawa (2001, p. 219) defende que
"nenhuma organização consegue manter um bom nível de produtividade sem
uma equipe de profissionais bem preparados", ou seja, o colaborador é a
26
mente da empresa, que por sua vez é apenas um corpo que reflete o
comportamento apresentado pelas pessoas que nela atuam.
Estes resultados intangíveis, não podem ser mensurados, mas espera-se
que como conseqüência, esses resultados sejam tangíveis através dos
objetivos do treinamento.
Resultados positivos incluem aumento de produção, melhoria da
qualidade, redução de custo, redução de acidentes, o aumento de vendas,
redução de rotatividade de pessoal, aumento do lucro ou do retorno do
investimento.
O processo não deve ser realizado apenas após o programa de
treinamento. Portanto, pode-se considerar que o processo de avaliação de
desempenho enobrece os processos de T&D, elevando-os à categoria de
questão organizacional estratégica. Este processo deve iniciar-se, então, com
a identificação e o diagnóstico das necessidades de aprimoramento de
desempenho organizacional, bem como com a escolha dos métodos de
levantamento dos dados a serem aplicados pré e pós-programa.
27
CAPÍTULO IV
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Tele-educação, Educação a Distância ou Ensino a Distância (EaD) é a
modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente
presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim como
também permite que o aluno estude autonomamente e em horários distintos.
A Educação à Distância (EAD) é um diferencial prático e tangível que
visa potencializar o processo ensino-aprendizagem. Sua existência é antiga e
não precisou esperar pela Internet para que fosse difundida no mundo.
Lobo Neto (2005 apud ALMEIDA, 2006, p. 105) relata que um anúncio
de 1833, na Suécia, já mencionava o ensino à distância, mas apenas a partir
da segunda metade do século XIX este marco da educação teve sua ação
institucionalizada quando em 1856, em Berlim, surgiu a primeira escola por
correspondência. Inicialmente para o ensino de línguas, em 1891 passa a
tratar, também, de segurança no trabalho de mineração, agora também em
Boston.
No Brasil, o exemplo mais antigo que se pode dar é o do Instituto
Universal Brasileiro (IUB) que, desde 1941, prepara profissionais à distância.
Outro exemplo é o Tele curso Segundo Grau, que oferece os ensinos
fundamentais e médios pela televisão. Em 1990, conforme observa Cavalheiro
(2007), o tele curso dispunha de uma média de 300.00 alunos.
Porém, já na década de 1980, a chegada dos microcomputadores
trouxe mais acesso às Diz respeito também à separação cronológica ou
espacial entre professor e aprendiz. A interligação (conexão) didática entre
professor e aluno ocorre por meio de tecnologias, principalmente as
telemáticas, como a Internet e em especial as hipermídia, mas também podem
ser utilizados outros recursos de comunicação, tais como carta, rádio,
televisão, vídeo, CD-ROM, telefone, fax, celular, iPod, notebook etc.
28
A EaD (o termo educação é preferido por ser mais abrangente) enfatiza
o papel do aluno, que gerencia seu próprio aprendizado, deste modo
desenvolvendo sua autonomia.
A EaD, em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX, mas,
somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas.
Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões
de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um
estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias
disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente
educativo e a sociedade.
Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de
quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em
desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no
âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento
profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para
superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e
aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi
também usada em programas que complementam outras formas tradicionais,
face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino
alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino
presencial.
O comprometimento da empresa com a educação e o desenvolvimento
dos funcionários é uma necessidade das organizações que procuram a
garantia do seu sucesso por um diferencial rápido e sustentável.
Para criar este diferencial as organizações estão fazendo a gestão do
conhecimento com ações de desenvolvimento que privilegiem atitudes,
posturas e habilidades do seu capital intelectual e não apenas conhecimento
técnico e instrumental.
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Nesse aspecto podemos observar que muitas empresas utilizam-se
dessa modalidade em seus processos, principalmente com o advento da
educação à distância (EAD). Hoje já é possível para empresas formar
parcerias com universidades permitindo aos seus colaboradores uma
formação, inclusive superior, no próprio local de trabalho.
A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-
se para a EAD com o uso de novas tecnologias da comunicação e da
informação.
No tocante ao mercado organizacional, mas especificamente na
administração, os cursos e treinamentos com uso de tecnologias a distâncias
ficaram conhecidos como e-Learning, e é fruto de uma combinação ocorrida
entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação à distância. Ambas as
modalidades convergiram para a educação online e para o treinamento
baseado em Web, que ao final resultou no e-Learning. A partir da chegada da
Internet em meados da década de 1990, este processo se torna mais completo
e o advento da Word Wide Web (rede mundial de computadores) foi o grande
responsável pelo exponencial crescimento de aprendizagens on-line e do
surgimento do e-Learning.
Quanto mais empresas aderirem ao uso das tecnologias para treinar
seus colaboradores, mais pessoas poderão ser incluídas e maiores os
resultados alcançados.
Muitas organizações já descobriram as vantagens do treinamento à
distância para a capacitação e atualização dos funcionários, ressaltando que
esta modalidade de ensino é capaz de atingir um enorme contingente de
colaboradores em localidades diferentes, de ser flexível, de melhorar a
qualidade de aprendizagem e de diminuir os custos.
Nas organizações o processo de Treinamento e Desenvolvimento (T&D)
não foi diferente. No intuito de melhorar o desempenho de seus funcionários,
grandes e pequenas empresas criaram infra-estruturas educacionais
corporativas que se proliferaram, dando início às universidades corporativas.
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A globalização e a evolução tecnológica fizeram com que os gestores
das organizações percebessem a necessidade de colaboradores que dominam
as diversas atividades da empresa e que estes estejam sempre atualizados e
sentindo-se valorizados como indivíduo e profissional.
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CAPÍTULO V
UNIVERSIDADE CORPORATIVA
Universidade corporativa, ou universidade empresarial, é uma instituição
de ensino técnico e superior, em nível de graduação e pós-graduação,
vinculada a empresas privadas e públicas.
O objetivo da universidade corporativa (UC) é oferecer cursos técnicos
específicos para os colaboradores da corporação, podemos dizer que a
universidade corporativa é, então, um espaço educacional dentro de uma
empresa e por ela gerenciado, com o objetivo de institucionalizar uma cultura
de aprendizagem contínua. Assim, ela customiza os cursos exatamente de
acordo com as políticas e estratégias das empresas, reduz custos do
treinamento convencional e obtém rapidez na formação da mão de obra.
É cada vez mais comum referir-se à educação na empresa como o
conjunto de experiências de aprendizagem que preparam as pessoas para os
desafios futuros que envolvem seus cargos. A missão da universidade
corporativa é formar e desenvolver talentos voltados para o negócio e seu
principal objetivo é desenvolver competências empresariais e humanas.
Além disso, uma nova modalidade de educação vem aparecendo nas
empresas: a Educação Corporativa, que compreende todas as atividades
realizadas para identificar, modelar, difundir e aperfeiçoar as competências
essenciais para o sucesso de uma organização. Com uma abrangência
bastante ampla, busca gerir as atividades de capacitação em sintonia com as
estratégias do negócio, atuando com todos os integrantes da organização.
No Brasil, a primeira empresa a ter um campus da universidade
corporativa foi a Accor, criada em 1992, em Campinas, São Paulo. Foi a
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segunda a nascer (depois da sede francesa), das atuais 15 Universidades
Corporativas da empresa existentes no mundo.
Em 2002, a Accor fez parceria com o Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais e criou seu programa de pós graduação lato
sensu, reconhecido pelo Ministério da Educação. Atualmente no Brasil existem
mais de 2360 universidades reconhecidas pelo MEC.
33
CAPÍTULO VI
PAPEL DO PEDADOGO EMPRESARIAL
O Pedagogo Empresarial surge como uma nova ferramenta para este
desenvolvimento nas organizações que caminham para serem empresas
aprendentes. Com o propósito de ajustar as falhas, pensar estrategicamente,
ter habilidade para as relações humanas: saber aprender, treinar e delegar
tarefas, estas características são algumas das solicitadas aos profissionais no
mercado globalizado e que o Pedagogo direcionará o profissional na tarefa da
qual ele melhor se ajusta para o melhor aproveitamento de suas qualidades.
A primeira tarefa do Pedagogo Empresarial é fazer com que o
empresário, perceba com nitidez, que o seu ideal de vida, suas aspirações e
objetivos pessoais correspondem a uma questão ética e social na empresa.
Diante deste contexto, o Pedagogo Empresarial está inserido auxiliando
no desenvolvimento das competências e habilidades de cada indivíduo, para
que cada profissional saiba lidar com várias demandas, com incertezas, com
várias culturas ao mesmo tempo, direcionando o resultado positivo num
mercado onde a competição gera mais competição.
A atuação Pedagogo será de estruturação e reestruturação do trabalho
em uma determinada área problemática, pois o papel do Pedagogo vai, além
disso: ele proporcionará um ambiente de aprendizado desenvolvendo nas
pessoas o intuito das cinco disciplinas utilizadas nas organizações
aprendentes, que Senge (2002 p. 40) classifica em: pensamento sistêmico,
domínio pessoal, modelos mentais, a construção de uma visão compartilhada
e aprendizagem em equipe.
O Pedagogo Empresarial deverá ter o domínio de conhecimentos,
técnicas e práticas que, somadas à experiência dos profissionais de outras
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áreas, constituem instrumentos importantes para atuação na gestão de
pessoas: coordenando equipes multidisciplinares no desenvolvimento de
projetos; evidenciando formas educacionais para aprendizagem organizacional
significativa e sustentável; gerando mudanças culturais no ambiente de
trabalho; na definição de políticas voltadas ao desenvolvimento humano
permanente; prestando consultoria interna relacionada à educação e
desenvolvimento das pessoas nas organizações.
O ser humano desde que nasce entra num processo de aprendizagem,
seja na família, na escola, na rua, na empresa ou outros lugares. Por isso,
podemos pensar que seria inconcebível o homem sem aprendizagem, em
qualquer âmbito de sua vida o homem deve está inserido em um ambiente de
aprendizagem permanente. Neste contexto, é que aparece a figura do
Pedagogo Empresarial.
O desafio desse novo profissional, diferentemente do que podem pensar
alguns, não se resume a conduzir dinâmicas de grupo e preparar material de
treinamento para o qual as pessoas não estão engajadas ou enxergando uma
necessidade imediata. Isto requer muito trabalho como de observações
cuidadosas principalmente ao que se refere ao capital humano, (termo
utilizados nas empresas ao referir-se às pessoas que trabalham nelas), para
que com elas seja possível desenvolver estratégias no bom sentido, que venha
favorecer a humanização dentro da empresa.
Esta ação requer do Pedagogo Empresarial perspicácia, observação,
envolvimento, desprendimento, coragem, preparo técnico, ousadia, vontade,
criatividade e desejo efetivo pela descoberta de como será desenvolvido seu
trabalho dentro da corporação. Ou seja, o pedagogo deve ter um olhar,
pedagógico, filosófico, psicológico em relação aos seres humano que estarão
presentes neste espaço, não os tratando como meros objetos que precisam
ser moldados de acordo com o objetivo da empresa.
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Uma questão importante para a formação e a atuação do Pedagogo
Empresarial diz respeito ao entendimento dos comportamentos humanos no
contexto organizacional, tendo em vista que toda sua atuação está pautada na
dimensão humana. A empresa é um ambiente educativo porque é constituída
por seres humanos que possuem capacidade inata de criar. Eis a dimensão da
importância do pedagogo que deve utilizar suas ferramentas que buscam
estratégias e metodologias para informações, conhecimentos e cumprimento
de objetivos, sempre visando aprimoramento, qualificação profissional e
pessoal da força de trabalho.
O Pedagogo formado criticamente deve atuar na empresa em favor de
ser o educador e mediador dos adultos (Andragogia). Este profissional tem
uma visão holística do mundo, pois como foco de seus estudos aparece à
psicologia, antropologia, história, filosofia, gestão de recursos humanos &
materiais, bem como outras áreas do conhecimento pertinentes a função. Em
Organizações bem estruturadas, o pedagogo tem o papel de implantar
Universidades Corporativas onde avalia a viabilidade de cursos e os programas
educacionais adequados; entra em contato com os profissionais e elabora o
material didático.
Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no
trabalho e começam a desvendar a influência da ação educativa do Pedagogo
na empresa. Sendo assim, a pedagogia conta com o Pedagogo Empresarial
dentro da empresa, visando além de melhorar a qualidade de prestação de
serviços que melhorarem a vida pessoal do individuo.
Atualmente, a empresa começa abrir espaço para que este profissional
possa, de maneira consciente e competente, proporcionar um ambiente que se
esteja solucionando problemas, elaborando projetos, formulando hipóteses,
visando à melhoria dos processos instituídos na empresa, garantindo a
qualidade do atendimento, contribuindo para instalação da cultura institucional
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da formação continuada dos empregados. O Pedagogo poderá atuar na
empresa produzindo e difundindo conhecimento, assim, exercendo o seu papel
de educador.
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CONCLUSÃO
Treinamento é um item que passou a ser considerado nas últimas
décadas como diferencial competitivo das empresas. Atualmente quando
falamos de tecnologia não vemos mais como obstáculo, basta ter capital ou
capacidade de crédito. Então, assistimos um cenário em que o diferencial está
na capacidade que a empresa tem de fazer uso do conhecimento instalado e
prestar um serviço de qualidade para o cliente. “Este diferencial está nas
Pessoas.”
Manter competitividade no mercado e oferecer diferenciais aos clientes
é o que toda empresa busca, mas como tudo requer investimento, existem
companhias que recuam no momento em que os gastos são apresentados e
logo a proposta não é considerada uma prioridade. Tudo seria perfeito se o
tempo parasse, mas com a presença da globalização as mudanças chegam e
quem não fica atento ao que acontece, tem boas chances de perder espaço no
mercado e ser eliminado pela concorrência.
No cenário atual, o talento humano é o diferencial, pois são os talentos,
conceito que ganhou notoriedade na década de 90, que inovam, criam,
desenvolvem os melhores produtos e serviços e levam aos melhores
resultados.
O papel do treinamento na empresa moderna não se fixa apenas em
oferecer condição para que o colaborador melhor se capacite ou se
desenvolva, mas também, como força capaz de intervir na organização e no
processo produtivo. Só assim, poderemos dar à empresa o que ela espera a
força capaz de ajudá-la na árdua tarefa de maximizar resultados, minimizando
os custos e otimizando os recursos humanos disponíveis, tornando-os mais
eficientes e mais eficazes.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento ABTD: São
Paulo MARKON Books, 1994.
2. DRUCKER, Peter. Administrando em tempos de grandes mudanças, 1999.
3. DRUCKER, Peter Ferdinand. Administrando para o futuro: Os anos 90 e a
virada do século. 5.ed. São Paulo: Pioneira, 1996.
4. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
5. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição
compacta. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
6. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7ª ed, São Paulo Atlas, 2002.
7. MILKOVICH, George T.; BOUDREAU, John W. Administração de Recursos
Humanos. São Paulo: Atlas, 2000.
8. SENGE, Peter M. – A quinta Disciplina – Arte e Prática da Organização de
Aprendizagem, Tradução OP Traduções, Ed.Nova Cultural LTDA. São
Paulo, 2002.
9. SUN TZU, A Arte da Guerra, Editora: Jardim dos Livros, edição: 1 / 2006.
10. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela;
FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com Pessoas: uma abordagem
aplicada às estratégias de negócios. São Paulo: FGV, 2001, cap. 9, 2ª.
Edição.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Fase Histórica 10
CAPÍTULO II - Treinamento e Desenvolvimento 14
CAPÍTULO III – Processos Treinamento 18
3.1 Diagnóstico ou Levantamento de Necessidades 18
3.2 Programa ou Desenho do Treinamento 20
3.3 Conduções do Programa de Treinamento 21
3.4 Avaliações de treinamento 23
CAPÍTULO IV – Educação a Distância 27
CAPÍTULO V – Universidade Corporativa 31
CAPÍTULO VI – Papel do Pedagogo Empresarial 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 39