UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU”
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
SUPERVISÃO ESCOLAR: EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Por: Arilson Galdino Santiago
Orientador
Prof. Carlos Afonso Leite Leocadio
Rio de Janeiro
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU”
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
SUPERVISÃO ESCOLAR: EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Rio de Janeiro 2009
Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes – INSTITUTO A VEZ DO MESTRE – como requisito parcial à obtenção do grau de Especialista em Administração e Supervisão Escolar. Por: Arilson Galdino Santiago
AGRADECIMENTOS
À minha amiga e esposa Vanessa, às minhas
irmãs Wanessa e Cristiane e aos meus
colegas e professores da faculdade.
DEDICATÓRIA
Dedico a toda minha família e em especial ao
meu pai Ariosvaldo e minha esposa Vanessa.
RESUMO
Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade, e que vem sendo amplamente
discutido, é a Educação, no seu sentido de formação humana. Educar é uma
tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e continuidade.
As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso as
transformações são decorrentes de ações. No contexto da educação nacional,
cresce a importância do supervisor educacional, que representa o profissional que
procura direcionar o trabalho pedagógico na escola em que atua, para que se
efetive a qualidade em todo o processo educacional. O Supervisor Escolar é um
profissional especializado em manter a motivação do corpo docente, tendo como
característica ser um idealista, definindo claramente os caminhos tomados, os
papéis propostos a cada ator envolvido no processo educacional e como estes
devem desempenhá-lo; buscando constantemente a ação transformadora pelo
trabalho em parceria e integrando a escola e a comunidade. É nessa moldura que
a presente monografia, através de uma revisão da literatura acadêmica,
caracteriza a função do supervisor escolar na Educação.
Palavras-chaves: Supervisor Escolar, Perseverança, Trabalho Pedagógico,
Idealista, Cidadania.
Enquanto a Educação for utópica em sua complexidade, o sonho é necessário para que possamos trilhar um caminho.
Roberto Giancaterino
METODOLOGIA
A metodologia adotada para a pesquisa foi o levantamento bibliográfico, a
partir da leitura de livros e artigos acadêmicos, como também de jornais e revistas
impressos ou disponíveis na Internet. A observação do cotidiano escolar durante
os últimos três anos serviu de base para a análise dos dados obtidos através da
literatura.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................... 08
CAPÍTULO I - Ferramenta de atuação ................................ 11
CAPÍTULO II - Supervisor Escolar...como agir? .................... 23
CAPÍTULO III - Como supervisionar ......................................... 29
CONCLUSÃO ......................................................................... 35
BIBLIOGRAFIA ......................................................................... 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO .............................................................. 40
8
INTRODUÇÃO
Ensinar é uma arte, servir é um dom. Para Supervisores Escolares e
Pedagogos é muito mais que isto. É um modo de vida, é o modo como se escolhe
viver: com suas dificuldades e seus desafios com suas recompensas e suas
frustrações.
Pensar que será um “mar de rosas”, faz com que seja preferível não
debater o ofício de educador. Mas se for um desejo entrar nesta nave chamada
“Conhecimento Humano”, não haverá arrependimento. Trará,sim, um enorme
beneficio à vida do profissional e de todos que o rodeiam ou dele dependem
profissionalmente.
A Supervisão Escolar é um exercício de cidadania, amor, altruísmo e
abnegação, no qual só os fortemente determinados terão êxito. Não
necessariamente como uma maneira de atingir a riqueza material, mas como um
caminho que conduz ao sucesso profissional e à plenitude emocional. Na sua
psique, pois nada dá mais prazer na vida do que ver seres humanos crescendo no
seu Saber e transformando seus sonhos em realidade, o educador compreende
que é um agente determinante nesse processo.
As múltiplas tecnologias disponíveis, a diversificação da mídia, a
necessidade constante de atualização por parte dos professores conferem ao
profissional supervisor uma relevância que antes não poderia ser imaginada.
Inicialmente apenas um gerenciador de planos de curso, depois um fiscal do poder
9
junto à escola; hoje, o supervisor escolar, de modo geral na função de
coordenador pedagógico, é o agente de transformação da escola, pois é através
do seu trabalho que as políticas públicas de educação e os princípios e
fundamentos pedagógicos poderão ser aplicados (PIRES, 2005; ALVES, 2007).
Essa demanda pela necessidade desse profissional e sua qualificação e
atualização são os problemas a serem estudados neste trabalho.
Ser Supervisor Escolar deve trazer ao profissional de educação que se
propõe a sê-lo a questão: Quais os requisitos necessários para o cumprimento
correto dessa função? E em seguida desdobrá-la para a seguinte pergunta: Como
desenvolver o trabalho de supervisionar, coordenar no sentido de construir um
processo educacional libertador, construtor da cidadania?
O questionamento proposto é a meta desse trabalho, discutir as
características necessárias ao profissional de educação (pedagogos, professores)
que assumam a função de supervisor ou coordenador escolar. Além disso, as
dificuldades encontradas nesse processo, que também é de gestão de pessoas,
recursos e projetos, serão objeto de deste estudo.
Tendo como princípio que no século XXI, o trabalho dos profissionais da
educação em especial da supervisão escolar deverá traduzir as transformações
em curso na sociedade mundial; elucidar a quem elas servem, explicitar suas
contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias
articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do
desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas.
O Capítulo 1 trata exatamente do supervisor Escolar como ferramenta de
atuação das políticas educacionais e dos projetos políticopedagógicos propostos
tanto pela escola como pelo universo ao qual ela está inserida. Para tal são
apresentados valores e características importantes desse profissional.
No Capítulo 2 ocorre a discussão de como o Supervisor Escolar, mais
especificamente entendido como Coordenador Pedagógico, irá atuar como um
elemento de agregação, intercâmbio entre os diversos grupos envolvidos na
educação.
10
O Capítulo 3 aborda como o profissional de Supervisão Escolar deve se
conduzir junto a cada grupo relacionado ao processo de ensino-aprendizagem;
como também caminhos para encontrar as abordagens local e pessoal que
estejam relacionadas ao projeto político-pedagógico proposto.
A Conclusão faz uma resenha de todos os valores e aspectos políticos e
filosóficos da atuação do profissional de educação que se proponha a ser um
Supervisor escolar, sem contudo, desconsiderar as dificuldades encontradas
nessa atuação. Sugere ainda que haja um maior aprofundamento nessa questão
de ação construtora da cidadania através do supervisor escolar, mediante sua
atuação como coordenador pedagógico.
11
CAPÍTULO I
Ferramenta De Atuação
A Supervisão Escolar, sendo entendida como uma atividade de
coordenação pedagógica, atua como uma ferramenta do processo educacional e
tem como principio o fazer, o agir, o movimentar, o envolver-se, o modificar e para
isto é necessário que esteja firmado na essência do educador, o querer moldar
pessoas. (Alves, 2007)
Ou como é definida pela Cooperativa dos Educadores de Ji-Paraná
(Rondônia):
O trabalho da Supervisão Pedagógica visa traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas. (2007)
A Educação se propõe, segundo Durkheim (1995), a formar indivíduos
capazes de atender às necessidades da sociedade, integralmente, e não apenas
às exigências do processo econômico em sucessão. Assim, embora haja
problemas profundos na prática educacional brasileira, há que se considerar os
avanços obtidos em função do constante questionamento de seus princípios,
ações e executabilidade; como a formação de professores, metodologias de
12
avaliação discente e a necessidade de avaliação do processo pedagógico global.
O mesmo autor continua, destacando o papel homogenizador da educação,
quando se refere às diferenças sociais de uma sociedade.
O autor continua afirmando que para encontrar um tipo de educação
absolutamente homogêneo e igualitário, seria preciso remontar até às sociedades
pré-históricas, no seio das quais não existisse nenhuma diferenciação.
Deve-se compreender, porém, que tal espécie de sociedade não
representa senão um momento imaginário, idealizado na história da humanidade,
no qual todos seriam ingênuos e iguais.
Mas, qualquer que seja a importância de qualquer dos sistemas de
educação, não constituem eles toda a educação. Pode-se dizer até que não se
bastam a si mesmos; por toda parte, onde sejam observados, não divergem, uns
dos outros, senão a partir de certo ponto, para além do qual todos se confundem.
Afinal cada cultura, cada povo, cada história constrói seus princípios educacionais.
Mesmo assim, repousam sobre uma base comum. Não há povo em que
não exista certo número de ideias, de sentimentos e de práticas que a educação
deve inculcar a todas as crianças, indistintamente, seja qual for à categoria social
à qual pertençam.
Com essa compreensão, se percebe que os alunos vêm para a escola
como folhas em branco, nas quais os seus professores e educadores fazem parte
de suas historias, por necessariamente estarem presentes, e por que não dizer,
fazem a própria diferença em seus futuros.
Para isso, é fundamental que o profissional responsável pela gestão do
ensino tenha como um dos pilares de atuação a construção da auto-estima, tanto
do profissional de educação que com ele atua, como também junto aos
educandos. Pois essa é fundamental para a autopreservação, para o convívio da
pessoa consigo mesma e, conseqüentemente, para uma convivência saudável da
pessoa com o meio a sua volta.
13
Como uma sociedade é formada por indivíduos, se cada um dos
indivíduos é um desconhecido diante de si mesmo, esse não pode entender o seu
papel na sociedade da qual ele, quer entenda, quer não, faz parte.
Como é possível observar, a educação é uma tarefa e um encargo
coletivo no mundo de hoje, logo Cunha (2006) diz o seguinte:
É imperioso que o profissional da educação contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a resolução de problemas e enfrentamentos de desafios na escola.
Apontado o primeiro passo: o querer; o próximo passo será: o fazer.
A construção das sociedades depende do interessar-se em pessoas, já
que pessoas são mais importantes que coisas. Fundamental é, portanto, criar uma
cultura do fazer, do preocupar-se, do incomodar-se com este sistema que hoje se
faz presente (MENDES, 2005).
A diferença está em aceitar como as crianças vêm, mas não se pode
permitir sua saída da mesma forma que entraram. É preciso estar em um
processo de simbiose, no qual se passe a sentir o que os alunos sentem e
compreender como ser instrumento de ajuste social no contexto que se apresenta
na escola.
Isto só é possível se cada profissional traga seu espírito imbuído de
altruísmo, já que nem sempre a supervisão escolar terá a seu dispor a estrutura
necessária para desenvolver seus projetos e suas metas. (LIMA, 2008)
É por tal razão que o supervisor precisa ser um constante pesquisador. É
necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores, lendo
muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e diferentes jornais
e revistas. (LIMA, 2008)
Entre as tarefas do supervisor: ajudar a elaborar e aplicar o projeto da
escola; dar orientação em questões pedagógicas; e, principalmente, atuar na
formação continua dos professores. (PINHEIRO, s/d)
14
O supervisor faz a transposição da teoria para a prática escolar, reflete
sobre o trabalho em sala de aula, estuda e usa as teorias para fundamentar o
fazer e o pensar dos docentes.
Um bom supervisor deve apresentar em seu perfil as seguintes
características: auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente, capaz,
produtivo, apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo,
interessado, colaborador, seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com
conhecimento e amigo (PINHEIRO, s/d; LIMA, 2008).
Logo, se chega ao entendimento de que é preciso, realmente, ser
apaixonado por gente, amar as pessoas verdadeiramente. Em qualquer instituição
de ensino, independentemente do nível de Educação da mesma, todo professor,
educador, supervisor, gestor, etc precisa dessas características.
O segredo do sucesso está em ouvir os educandos em suas dificuldades e
necessidades, buscar estabelecer entre educandos e educadores um canal de
comunicação que vise dar a eles a condição de serem ouvidos.
Como muito bem esclarece Brite (2007) em seu trabalho para a Secretaria
de Educação do Rio de Janeiro:
Muitas vezes a escola é subdividida em guetos, é o grupo da diretoria, o grupo de professores, o grupo de merendeiras etc. Geralmente, desencadeando uma dificuldade de se trabalhar em equipe. Dentro desse contexto a função do Supervisor é fazer o “religare”, que significa religar, dar suporte, orientar no sentido de dar uma nova visão de trabalhar o velho e o novo. O Supervisor não pode apenas ser aquele responsável por vigiar e criticar o trabalho do professor. E se tornar auxiliador é, muitas vezes, pensar no lado do professor, já que, ter idéias fora do ar condicionado não é tão fácil, principalmente num ambiente onde não se tem muita paz e que também não possui tantas referências bibliográficas.
A partir da década de 1980, constitui-se um período fecundo no tocante às
discussões que possibilitaram uma nova abordagem, mais democrática e mais
socializadora, da Educação, que passou a ser tratada como uma política social do
Estado e um direito fundamental componente da cidadania.
15
Segundo Ferreira (2003):
O papel da escola hoje é formar pessoas fortalecidas por seu conhecimento, orgulhosas de seu saber, emocionalmente corretas, capazes de autocritica, solidárias com o mundo exterioras e capacitadas tecnicamente para enfrentar o mundo do trabalho e da realização profissional. Neste contexto, o diretor de escola é o principal responsável pela execução eficaz da política educacional.
O desafio para o profissional da Supervisão Escolar é enorme, ele terá
que muitas vezes ser um visionário, já que o reflexo de suas ações poderá
acontecer talvez no futuro e a construção do educando só será sentida no
decorrer dos anos, já que o trabalho de supervisores e professores é feito
coletivamente. Não se pode esquecer que a função de Supervisor Escolar, hoje, é
identificada como a de Coordenador Escolar, em virtude da modificação da
legislação vigente (PIRES, 2005; BRASIL, 1996).
Hoje, têm-se coordenadores pedagógicos formados no curso de
graduação em Pedagogia, nas antigas habilitações de supervisão escolar ou
orientação educacional, exercendo, independentemente da habilitação cursada, as
atribuições antes exercidas por esses dois profissionais dos cargos extintos. É
bem verdade que as atribuições legais do coordenador pedagógico apresentam
uma maior proximidade com as funções dos supervisores pela ênfase no trabalho
de acompanhamento do trabalho docente.
Outro aspecto relativo à função de fomentar a construção da cidadania,
está nos próprios fundamentos da educação ditados pela atual LDBEN - Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996 - (BRASIL, 1996). Destacam-se dois: a
proposição de uma gestão democrática e a formação do cidadão. Ora, tais
fundamentos já permitem afirmar que a Escola possui papel central da formação
da cidadania, de acordo com o próprio entendimento legal.
A mesma LDBEN (BRASIL, 1996), confere ao profissional gestor a
responsabilidade de estimular e gerir esse processo, sempre de acordo com tais
princípios. É portanto, uma característica essencial ao Supervisor escolar estar
atento ao desenvolvimento integral do aluno, tal como também a contínua atenção
16
à atividade dos demais profissionais da educação com esse desenvolvimento.
Como afirma PIRES (2005) em sua dissertação de mestrado, na qual
discute a percepção da atividade do supervisor educacional (entendido como
coordenador pedagógico) nas escolas públicas no estado da Bahia
A forma como os diferentes atores da escola, membros da equipe administrativa e do corpo docente, percebem o trabalho da coordenação pedagógica é produto da interação que se estabelece no fazer cotidiano desses sujeitos. Dessa forma, a visão de cada sujeito dos segmentos estudados não pode ser compreendida como um processo estritamente individual, embora seja uma construção peculiar de cada um não está desligada do coletivo e se constrói no cotidiano através das interações dos sujeitos.
A mesma autora continua analisando a função do supervisor escolar à luz
da Legislação estadual que estabelece os parâmetros de ação desse profissional
A análise da legislação que determina as atribuições do coordenador pedagógico evidencia que o Estado enfatiza sua função técnica na medida em que o percebe como um agente responsável pelo “acompanhamento” das ações que influenciam no desenvolvimento e desempenho do processo educativo. Decorrem daí expressões como: acompanhar, coordenar, propor, estimular, promover, dentre outras, tão presentes no rol de suas atribuições prescritas no artigo 8º da Lei 8.261, de 29 de maio de 2002.
Apesar disso, a autora diz que a análise da organização do trabalho da
coordenação pedagógica no Estado da Bahia apontou para o reconhecimento da
importância desse profissional no gerenciamento do trabalho pedagógico
desenvolvido nas escolas. Sendo, pois, inegável a relevância do coordenador para
que a escola possa estar desenvolvendo um trabalho didático articulado e
coerente.
Logo, não se vislumbra como as ações do supervisor afetaram aqueles
que lhe são confiados, ou de que forma afetaram todos que o rodeiam ou que
sonham com a escola mais justa e mais humana. O que é permitido ter certeza é
que o futuro não será o mesmo.
Existe muita negatividade dentro das escolas, e pedagogos, em sua
17
prática docente, sempre podem encontrar com essas situações e podem até
vivenciar esta desesperança que às vezes se abate sobre seus próprios ombros.
Sem dúvida, a construção de bases sólidas de conhecimento,
relacionamento e respeito, permite mudanças neste estado de coisas que hoje se
abate no sistema educacional brasileiro.
Por isso que Pires (2005) afirma que o coordenador pedagógico pode vir a
exercer (e muitas vezes exerce) um papel de grande relevância ao desempenhar
suas atribuições, constituindo-se como um agente de mudanças e contribuindo,
por meio das ações que desenvolvem junto aos docentes e discentes, para o
desenvolvimento de uma educação de qualidade e afinada com os interesses da
maioria.
Cabe ao Supervisor Escolar criar, portanto condições próprias para este
grande projeto de vida que será o seu sacerdócio durante suas vida profissional.
Podemos com certeza construir grandes valores no espaço da escola criando uma
onda de relacionamento com as famílias, comunidade, escola, governo e envolve-
los na problemática da escola que irá com isto atender os pressupostos básicos
para a qual foi criada.
Portanto é possível entender que a coordenação pedagógica, realizada
pelo supervisor escolar, é um trabalho essencial, de fundamental importância e
indispensável à escola. Profissionais percebem o coordenador como “a ponte”, o
“elo de ligação”, “o articulador”, enfim, um elemento que auxilia tanto a direção
quanto a equipe de docentes, dessa maneira, indispensável ao trabalho
pedagógico da escola.
Os desafios são enormes - falta de estrutura, recursos escassos, má
vontade dos educadores, dos alunos dos funcionários administrativos - enfim uma
série de empecilhos que dificultam o trabalho do Supervisor, mas que não
impedem que o mesmo possa criar, por meio de sua atividade profissional,
caminhos para de mudar esta realidade e fazer com que a escola mude suas
feições, e se transforme na escola dos sonhos tanto da população como dos
educadores e pesquisadores da educação.
18
Infelizmente a literatura da área de gestão identifica de modo
predominante o gestor como sendo o diretor. Há poucos estudos analisando a
função da coordenação pedagógica na função gestora. Em contrapartida, há
grande quantidade de material tratando do supervisor escolar como coordenador e
suas competências e habilidades para essa função. Se o supervisor compreender
a gestão educacional sob a ótica crítica, buscará uma educação sob a perspectiva
da transformação social (ALVES, 2007).
As condições para mudar estão nas mãos dos profissionais de educação,
pois são eles que constituem o elenco que interfere e cria o processo educacional.
O diferencial passa, então, pelo respeito às escolhas e depois pela influencia
positiva que cada educador tem sobre seus educandos.
Deve-se agir como é uma pequena pedra atirada no rio, provocar
pequenas ondas, que depois vão se tornando grandes até o ponto de causarem
grandes transformações em todos que fazem parte da sociedade.
O cenário atual da educação brasileira remete a vários momentos do
passado: ensino direcionador vocacional; segmentação do saber, tornando as
disciplinas “gavetas fechadas” que não se comunicam; distância das múltiplas
realidades locais em função de programas nacionais que atendem a interesses
externos; privatização do ensino, por considerar educação custo e não
investimento.
A continuação desse cenário pode vir a ser o fomentador da violência que
toma conta do país. Jovens que não sabem o que aprendem e porque aprendem;
comunidades inteiras que vêem a escola como local de almoço e não como
caminho para o futuro; famílias que mantêm os filhos na escola apenas para
receberem programas de redistribuição de renda. A construção de um país mais
justo socialmente passa pela formação de gerações seguidas capazes de
escolherem seus próprios caminhos. Para tanto, o ensino deve oferecer essas
ferramentas às crianças e aos jovens que por ele passam, portanto desenvolver
apenas habilidades voltadas para as demandas de um mundo globalizado é
insuficiente, quiçá impeditivo na busca por uma nação verdadeiramente soberana.
19
Se houver vontade, desejo de fazer, o supervisor é o agente desta
transformação. Inicia-se colocando em prática os conteúdos aprendidos em sala
de aula e tão debatidos na construção da nova escola, a escola que se quer para
todos: filhos, alunos, cidadãos.
Como agentes da transformação cabe aos Supervisores Escolares dar o
pontapé inicial deste desejo nacional de mudanças e que só precisa começar e
para não mais parar, não existe espaço para a conformidade com este estado de
coisas, não existe “o não consigo” . Deve existir sim “o não quero”.
O supervisor, na atual realidade, é capaz de pensar e agir com
inteligência, equilíbrio, liderança e autoridade, valores esses que requerem
habilidade para exercer suas atividades de forma responsável e comprometida.
Alves (2007) destaca que é necessária a retomada analítica da
historicidade da Supervisão Escolar, para que se possa compreender criticamente
o surgimento da Coordenação Pedagógica, e as dimensões que constituem a
identidade do profissional supervisor/coordenador. comenta que alguns estudiosos
ainda consideram a função supervisora como de vigilância.
Contudo, na década de 90, o supervisor era apontado como instrumento
necessário para mudança nas escolas.
Justamente nesta década, segundo Ferreira (2003):
[...] desempenha-se o supervisor competente, entendendo-se que a competência é, em si, um compromisso público com o social e, portanto, com o político, com a sua etimologia na polis, cidade, coletividade. E o interesse coletivo opõe-se ao interesse individualizado, na educação e no seu serviço de supervisor.
Os sinais de descaso estão por toda à parte. A falta de interesse dos
governantes, falta de recursos nas escolas, baixos salários, falta de um projeto
sério de escolarização e políticas públicas em todos os níveis, pois o que há hoje
é um paliativo que não atende a demanda crescente de nosso povo.
Cada vez mais os alunos saem das escolas sabendo menos do que
precisam para suas vidas, não há uma visão crítica de formar cidadãos, por isto a
20
necessidade de supervisores audaciosos que ousem sonhar e realizar, que sejam
verdadeiros guerreiros da transformação, defensores da verdade, e principalmente
que ame as pessoas se apresenta cada vez mais urgente.
Alunos desinteressados, analfabetos funcionais, baixa qualificação
profissional, despreparo emocional, são apenas alguns sintomas desta doença
que se instalou no meio escolar.
Reflexo da falta de interesse da maioria dos envolvidos no processo que
não querem ou não sabem que o sucesso desta empreitada nacional é para toda
a vida.
Um supervisor escolar deve trabalhar maneira árdua e com tenacidade.
Importando-se com todos que passam pelo espaço da escola, já que muitos e
quem sabe milhares de milhões, ficarão marcados para sempre neste tempo, que
pode ser construtivo ou destrutivo.
Apesar do aparente poder do supervisor escolar (BRITE, 2007), na
realidade há mais responsabilidade inerente ao cargo. Pois dele, supervisor,
depende cada um na prática educacional que faça a diferença na escola, então,
por definição quando há autoridade deverá o profissional doar-se, amar, servir e
até sacrificar-se pelos outros.
Um educador motivado, é capaz de contaminar a todos com sua energia,
alegria, serviço, altruísmo, sonhos e fazer com que os educandos e educadores se
libertem deste sistema padronizado de escolhas que hoje esta a vigente. Esse
comportamento explicado como resiliência (BRITE, 2007), é exatamente a
capacidade de ser flexível, distender-se, deformar-se, sem contudo perder suas
características originais.
Cabe, portanto ao supervisor escolar estar sintonizado com as
necessidades da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de
todos que almejam futuro melhor.
Muita coisa pode ser feita no contexto escolar, desenvolver atividades que
aproximem a comunidade da escola, da família e dos objetivos para a qual ela
21
existe.
A escola como espaço social e público deve ter esta característica de
servir a todos os que a procuram, bem como envolver outros segmentos da
sociedade em suas atividades.
Supervisor Escolar deve, portanto ser esta ponte de acesso entre todos,
possibilitando um maior conhecimento entre os participantes desta grande
aventura que é a formação de pessoas para a sociedade.
Somente sendo um profissional antenado com estas características e com
as necessidades de todos os envolvidos tendo um forte senso de responsabilidade
e de iniciativa não esperando por quem não vem é que seremos profissionais de
sucesso e cidadãos realizados.
O grande sucesso que o supervisor escolar terá em sua vida pessoal será
a certeza de ter contribuído para o sucesso de muitas vidas que cruzarão seu
caminho no decorrer dos anos da docência.
Não há nada de mais belo do que ver uma vida desabrochando como uma
flor na sua plenitude, e exalando o agradável aroma de ser chamado de cidadão.
A escola tem, portanto a obrigação de fazer o melhor a seus alunos que buscam
neste local o pote no fim do arco-íris.
Trabalhando em equipe o supervisor escolar e todos os profissionais
envolvidos terão não as melhores condições para desenvolver suas metas mais
com certeza terão o apoio moral que faz toda a diferença nos dias atuais.
Diante das diferentes e diversificadas funções do supervisor escolar,
podemos citar como a de maior relevância a de coordenador, onde a organização
do trabalho é comum, onde a unificação dos alunos, professores, equipe
pedagógica e direção da escola.
É, diante destas responsabilidades, que se fazem necessárias mudanças
significativas na formação e postura do supervisor escolar, e com isso
reconhecendo seus aspectos gerais, onde Ferreira (2003) diz:
22
Ressignificar e revalorizar a supervisão, reconceitua-se, de modo a compreendê-la, na sua ação de natureza educativa e, portanto sociopedagógica, no campo didático e curricular do seu trabalho, no seu encaminhamento de coordenador.
A sociedade acostumou-se a ouvir que “manda quem pode, obedece
quem tem juízo”, mas no contexto escolar não existe esta premissa, mas sim o
exemplo, pois quem quer ser líder estar em destaque, seja o primeiro que faça.
Talvez uma das grandes dificuldades do ser humano seja exatamente
esta, precisamos de destaque a todo o momento, logo precisamos refletir que
nenhum educador cresce se não reflete sobre seu desempenho enquanto
profissional e se não reflete sobre a ação que foi desenvolvida. Só entramos na
práxis quando refletimos sobre a prática.
Mas o supervisor, o administrador não é assim, é antes um profissional
que não se importa se vai ser reconhecido ou não, e na maioria das vezes não é
mesmo, o que importa de verdade é ser útil à sociedade, as pessoas, a todos.
Na verdade não deveriam ser chamados de Supervisores Escolares, mas
sim de administradores de vidas, pois muitas delas dependerão de decisões e de
como elas afetaram a vida dos alunos.
É preciso tomar a sábia decisão de fazer sempre o que for necessário
para direcionar nossas crianças e jovem para a maior aventura que eles irão
participar que é o seu futuro. Cada ser social, cada aluno é um indivíduo em
especial, com características próprias de aprendizagem e necessidades
diferentes. Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o
funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam
e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a
educação ali oferecida.
Supervisor, Administrador talvez, líderes quem sabe, servos com certeza.
A recompensa será com certeza vidas transformadas, vidas salvas da degradação
moral e social, famílias restauradas e um forte sentimento de dever cumprido.
23
CAPÍTULO II
SUPERVISOR ESCOLAR...COMO AGIR?
Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo
amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana, educar
é uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e
continuidade.
As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as
transformações são decorrentes de ações.
Alves (2007) aponta que diversos estudos, produzidos na direção crítica
da atuação do Supervisor, iniciam o debate a partir de uma problematização das
concepções de educação, homem e sociedade, analisando o contexto sócio
político do país.
A mesma autora prossegue apresentando a tese que antes de tudo um
educador deve assumir a dimensão política de seu trabalho e se comprometer
com a transformação da sociedade, tendo a função social da escola como
horizonte de atuação. E termina afirmando, de acordo com os autores citados por
ela, que sua atuação pode perpetuar ou caminhar da explicitação e eliminação dos
conflitos sociais presentes numa sociedade dividida em classes.
No entanto, as ações isoladas não surgem efeito e é preciso que o
trabalho seja realizado em conjunto, onde a comunidade participe em prol de uma
educação de qualidade baseada na igualdade de direitos.
Com base em tais considerações, o supervisor escolar representa um
profissional importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo
24
escolar, o qual deve opinar, expor seu modo de pensar e procurar direcionar o
trabalho pedagógico para que se efetive a qualidade na educação.
Tordin (2006) cita LIBÂNEO (2004), para enumerar as diversas atribuições
da coordenação pedagógica, que como já vimos, tem sido exercida principalmente
pelo Supervisor Escolar. Das diversas atribuições citadas, destacamos:
a) coordenar reuniões pedagógicas; promover inter-relações entre as
disciplinas, estimulando projetos conjuntos entre os professores. Tal função
explicita o caráter agregador do supervisor escolar.
b) propor e coordenar atividades de formação continuada e de
desenvolvimento dos professores. Essa função deixa clara a característica de
estimulador do processo de ensino-aprendizagem.
c) elaborar e executar programas e atividades com pais e comunidade,
especialmente as de caráter científico e cultural;
d) criar condições necessárias para integrar os alunos na vida da escola
mediante atividades para haver uma real socialização. Esses dois últimos não
deixam dúvida quanto à função socializadora da educação e ao mesmo tempo em
que destina ao supervisor/Coordenador a incumbência de gerir e proporcionar o
cumprimento desse fim.
e) não monopolizar a palavra ou a discussão. Ser o “elo” como já
dissemos, é exatamente o que podemos entender dessa atribuição, pois somente
se for capaz de ouvir tanto os educandos como os educadores envolvidos no
processo, é que o poderemos contribuir para a construção do futuro pro nós
almejado.
Na atualidade o supervisor se direciona para uma ação mais científica e
mais humanística no processo educativo, reconhecendo, apoiando, assistindo,
sugerindo, participando e inovando os paradigmas, pois tem sua “especialidade”
nucleada na conjugação dos elementos do currículo: pessoas e processos.
Desse modo, caracteriza-se pelo que congrega, reúne, articula, enfim
soma e não divide.
25
Tordin (2006) em seu memorial consegue tratar de modo bem objetivo a
atuação do supervisor escolar, entendido como o coordenador do processo
pedagógico
O coordenador é um membro que faz parte do coletivo da escola. Para exercer sua função – que é a coordenação –, exige-se dele um direcionamento de suas ações para uma transformação. Este trabalho não se dá de modo isolado, mas coletivamente, envolvendo diferentes agentes escolares que participam da construção de um Projeto Político Pedagógico transformador. É importante o direcionamento de toda a equipe escolar, pois, com isto, os compromissos assumidos nos trabalhos escolares serão explícitos e estarão de acordo com a prática política-pedagógica adotada. Para que este projeto seja transformador, o coordenador necessita saber quais são as expectativas de todos que fazem parte da comunidade escolar (professores, pais, alunos, diretor, etc) e esclarecer quais as estratégias para que as metas sejam cumpridas. Uma vez estabelecidas as estratégias, o trabalho em desenvolvimento trará mudanças. Estas, por sua vez, serão significativas para toda a comunidade escolar. É preciso esclarecer que isso somente será possível caso as resistências a uma política seguida pela escola forem esclarecidas, trabalhadas e aperfeiçoadas. No efetivo exercício de confrontos, os ajustes dos “prós” e “contras” ajudarão a consolidar as transformações na prática de uma política pedagógica democrática.
Neste contexto, compreender e caracterizar a função supervisora no
contexto educacional brasileiro não ocorre de forma independente ou neutra; essa
função decorre do sistema sóciopolíticoeconômico e está relacionada a todos os
determinantes que configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada.
O desenvolvimento da sociedade moderna representa motivos de muita
reflexão, principalmente pelo fato de que a área educacional possui muitos
problemas e que diretamente vinculam-se as demais atividades sociais visto que
são tais profissionais que irão atuar junto ao mercado de trabalho.
Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que
o educando vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de
fazer o ambiente escolar um espaço construtivo que desperte o interesse do
educando para aprender, e fazer do professor um mediador do saber.
26
Trata-se de ignorar as velhas práticas educacionais e acreditar na
possibilidade de construir uma sociedade onde o homem tenha consciência do
seu papel e da sua importância perante o grupo.
Acredita-se que se existem falhas no sistema educacional a melhor maneira
de redimensionar o trabalho é assumir o compromisso de fazer do trabalho
educacional uma meta a ser atingida por todos.
Pinheiro (s/d) cita Saviani para comentar o entendimento da Supervisão em
educação
uma função educativa, como tal, tem a característica técnico-politica de instrumentalizar o povo para determinados fins de participação social. Dependendo da perspectiva de quem educa, tal instrumentalização leva a uma participação que pode ou não estar de acordo com os interesses do povo.
Infelizmente, o profissional supervisor muitas das vezes não se dá conta de
sua função política e dá ênfase a função técnica priorizando procedimentos,
fragmentando o processo pedagógico e reforçando á dominação da elite. A função
do supervisor no contexto histórico brasileiro é fundamentalmente político e não
técnico como se difunde (PINHEIRO, s/d).
Nessa busca incessante por uma nova postura de trabalho, o professor
possui um papel fundamental, por isso, deve recuperar o ânimo, a sede e a
vontade de educar e fazer do ensino uma ação construtiva.
Deve agir como um verdadeiro aprendiz na busca pelo conhecimento e
fazer desta ferramenta um compromisso social e diante das perspectivas de
inovação o supervisor escolar representa uma figura de inovação.
Aquele profissional que assume o papel fundamental de decodificar as
necessidades, tanto da administração escolar, a fim de fazer com que sejam
cumpridas as normas e como facilitador da atividade docente, garantindo o
sucesso do aprendizado.
Contudo, a ação supervisora tornar-se-á sem efeito se não for integrada
com os demais especialistas em educação, (Orientador Escolar, Secretário
27
Escolar e Administrador Escolar) respectivamente.
Medina (1997) argumenta que nesse processo, o professor e supervisor
têm seu objeto próprio de trabalho: o primeiro, o que o aluno produz; e o segundo,
o que o professor produz.
O professor conhece e domina os conteúdos lógico-sistematizados do
processo de ensinar e aprender; o supervisor possui um conhecimento abrangente
a respeito das atividades de quem ensina e das formas de encaminhá-las,
considerando as condições de existência dos que aprendem, os alunos. O que de
forma alguma é admissível é manter as velhas políticas de submissão, onde toda
a estrutura escolar submetia-se aos interesses da classe dominante.
Para Pinheiro (s/d) citando Nogueira,
a categoria ao se posicionar por ser agente de transformação da realidade social vigente, por uma nova política nacional de supervisão educacional e pelo comprometimento com a concepção de educação e de escola que atenda aos anseios da sociedade brasileira numa perspectiva democrática e democratizadora, proclama que o supervisor educacional não quer nem aceita ser o elemento executor e reforçador do sistema instituído, apesar de reconhecer que continua sendo mesmo contra sua vontade. Será no interior de uma escola democrática, destinada á formação das potencialidades dos indivíduos onde a supervisão poderá tornar-se uma ação coletiva dos agentes educativos apropriadores do mundo objetivo, autônomos e conscientes.
De certa forma, têm-se a impressão de ser esta uma postura radical e no
entanto, busca-se uma escola cidadã, onde haja comprometimento com o ensino,
com a aprendizagem, e o professor seja valorizado na sua atividade profissional e
onde o supervisor consiga desenvolver com eficiência a sua função.
A nova realidade denota que a função do supervisor educacional assume
um parecer diferente do que era conceituada na escola tradicional, conforme
Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que
orientam uma nova sociedade baseada nos princípios de liberdade, de
participação e de busca pela autonomia.
28
Passerino (1996) estabelece alguns conceitos fundamentais da educação
libertadora, sendo que estes se tornam suporte desta nova concepção do
supervisor educacional:
É preciso olhar a realidade presente em sala de aula e os conceitos
trazidos pela criança para refletir os métodos e modo como devem ser trabalhados
no espaço escolar.
Diálogo inclui conflito, e o diálogo representa uma possibilidade de
desenvolvimento das relações interpessoais de modo a permitir a análise e o
desocultamento da realidade. Ter diálogo é permitir que cada educando exponha
seu modo de pensar mesmo que este não seja coerente com a sua visão.
Todavia para administrar os conflitos que podem ser gerados o professor
precisa desenvolver uma série de dinâmicas em grupo; conscientização a partir da
dúvida e do questionamento: o supervisor deve atuar na dinamização de um clima
de análise das rotinas da escola para que as mesmas possam ser confrontadas
com as novas idéias que se almeja desenvolver.
E convém destacar que o processo de desenvolvimento da consciência é
lento e requer uma interpretação abrangente do todo; o método dialético supera a
visão parcial: a aplicação do método dialético proporciona uma visão objetiva de
toda a realidade permitindo a compreensão entre o velho e o novo.
A partir destas o supervisor pode encaminhar estratégica concreta para a
superação das dificuldades encontradas.
29
CAPÍTULO III
COMO SUPERVISIONAR
A participação crítica para a transformação da escola segundo a visão de
educação libertadora, colabora para a emancipação humana à medida que
garantem o conhecimento às camadas menos favorecidas da sociedade.
Pinheiro (s/d) defende que a ação supervisora deve estar fundamentada
em três dimensões básicas: atitudinal, procedimental e conceitual. Para a autora,
a dimensão atitudinal liga-se a ética, a moral, a todos os valores de uma prática,
pois ser critico requer não permanecer atado á primeira manifestação, não ser
ingênuo, acomodado, desatento; criticar é ser capaz de ver e resgatar os aspectos
positivos, valorizar o saber do outro, ser autocrítico e metacrítico.
Esse estudo tem como foco exatamente a ação, a atitude do supervisor
como um agente de transformação social.
Assim sendo, o supervisor, deve ser aquela pessoa que orienta e estimula
a concretização de um projeto transformador sob o qual são elaborados esforços
coletivos para a obtenção dos êxitos; pela democracia, chega-se à liberdade: todo
e qualquer trabalho desenvolvido pelo supervisor deve partir dos conceitos de
liberdade e democracia, conceitos esses que serão desenvolvidos lentamente
para que possa se efetivar a condição de mudanças sociais. Para Passerino
(1996): o trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepção
libertadora de educação, exige um compromisso muito amplo, não somente com a
comunidade na qual se está trabalhando, mas consigo mesmo.
Trata-se de um compromisso político que induz a competência profissional
30
e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças
almejadas.
Brite (2007) descreve bem essa ação do supervisor escolar tanto como
gestor, como orientador e coordenador pedagógico:
Os atores escolares precisam entender que nem tudo está pensado. O possível, por representar um universo maior de opções, é mais rico que o real. Dessa forma, é o pensar que permite avaliar. É a lucidez das ações que pressupõe que elas sejam pensadas, mas se forem só pensadas nunca serão ações. É preciso agir e sentir porque o pensamento só é útil para quem não permanece exclusivamente no pensar e para aqueles que também conseguem pensar em equipe.
Todavia, a tarefa do supervisor é muito difícil de ser realizada, exige
participação para a integração em sua complexidade: exige compromisso pessoal
de todos; exige abertura de espaços para a participação; há necessidade de crer,
de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades; requer globalidade (não é
participação em alguns momentos isolados, mas é constante); distribuição de
autoridade; igualdade de oportunidades em tomada de decisões e democratização
do saber.
Para que os objetivos sejam alcançados, o supervisor deve voltar o foco do
seu trabalho para o aprimoramento do desempenho dos professores, valorizando
o nível de produção acadêmica dos docentes, assim como a riqueza de suas
contribuições para os fazeres pedagógicos. Ao mesmo tempo, é fundamental que
respeite as peculiaridades de cada personalidade entre os profissionais
envolvidos, valorizando-os individualmente e profissionalmente, como os
aspectos particulares da cada disciplina e nível em questão (BRITE, 2007).
Como muito bem argumenta o Professor Giancaterino (s/d) em seu artigo
O que de forma alguma é admissível é manter as velhas políticas de submissão, onde toda a estrutura escolar submetia-se aos interesses da classe dominante. De certa forma, tem-se a impressão de ser esta uma postura radical. No entanto, busca-se uma escola cidadã, onde haja comprometimento com o ensino, com a aprendizagem, onde o professor seja valorizado enquanto profissional e onde o supervisor consiga desenvolver com
31
eficiência a sua função. A nova realidade denota que a função do supervisor educacional assume um parecer diferente do que era conceituada na escola tradicional.
No entanto, diante do exposto até aqui se conclui que a escola, como
parte integrante da totalidade social, não é um produto acabado. É o resultado,
dos conflitos sociais que os trabalhadores vivem nas relações de produção, nas
relações sociais e nas lutas de classe, é também fruto das lutas sociais pela
escola como lugar para satisfazer a necessidade de conhecimentos, qualificação
profissional, e de melhoria de suas condições de vida enquanto possibilita
melhores empregos e o acesso a uma maior renda.
Não se pode negar este direito aos trabalhadores, e, por isso, a escola
pública, apesar dos pesares, é um espaço de Educação Popular.
A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos
sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, que a sua
missão é transformar sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com
as imagens que se tem de uns e outros.
Para que a escola possa cumprir com este papel, será necessário investir
na mudança de atitude do seu professor, do supervisor, no sentido de criar
condições que favoreçam este elo, tendo como objetivos a valorização e a cultura
do aluno, e buscando promover o diálogo com a cultura erudita. Importante
destacar que sendo o supervisor um dos elementos a ser investido, é também o
ator responsável por investigar as demandas e estratégias desse invesitmento.
No entanto, além de uma formação consistente, é preciso considerar um
investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor, o orientador,
o supervisor e outros profissionais se desenvolvam com capacidades e
habilidades múltiplas como exige a educação atual. O conteúdo e a metodologia
para essas formações devem ser continuamente avaliados e revistos para que
haja possibilidade de melhoria do ensino. Essa formação não pode ser tratada
como um acúmulo de cursos e técnicas, mas da construção de um processo
reflexivo e crítico sobre a prática educativa (LIMA, 2008).
32
A elaboração da proposta curricular deve ser contextualizada na discussão
para a construção da identidade da escola através de um processo dinâmico de
reflexão e elaboração contínua. Esse processo deve contar com a participação de
toda a equipe pedagógica, buscando o comprometimento de todos com o trabalho
realizado, com os propósitos discutidos e com a adequação às características
sociais e culturais da realidade da escola, e é nessa dimensão que o coordenador
pedagógico deve atuar e organizar no coletivo os objetivos, conteúdos e critérios
de avaliação.
De acordo com Lima (2008),
O compromisso específico da escola, na totalidade do processo cultural de produção de produção do ser humano, segundo nosso modo de ver e na experiência de pais e alunos, passa inevitavelmente, pelo confronto com a idéia. É necessário mudar, mas os resultados não serão imediatos, em primeiro lugar pela própria formação do especialista em supervisão e em segundo lugar pelo próprio contexto com que se posicionam a escola e a sociedade em relação às mudanças.
Não há dúvidas, é imprescindível a presença do supervisor, como
instigador da capacitação docente, destacando a necessidade de adquirir
conhecimento e condições de enfrentar as dificuldades próprias de sua profissão,
como também, estar preparado para administrar as constantes mudanças, no
contexto escolar.
Ressaltando que a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), no seu capítulo IX
afirma: quando se fala em uma nova abordagem pedagógica (...) e avaliação
contínua do aluno, tudo isto exige um novo tipo de formação e treinamento ou
retreinamento de professores.
Medina (1997) diz que o supervisor, tomando como objeto de seu trabalho
a produção do professor, afasta-se da atuação hierarquizada e burocrática - que
sendo questionada por educadores, e passa a contribuir para um desempenho
docente mais qualificado. Argumenta ainda que nesse processo, o professor e
supervisor têm seu objeto próprio de trabalho: o primeiro, o que o aluno produz; e
33
o segundo, o que o professor produz. O professor conhece e domina os conteúdos
lógico-sistematizados do processo de ensinar e aprender; o supervisor possui um
conhecimento abrangente a respeito das atividades de quem ensina e das formas
de encaminhá-las, considerando as condições de existência dos que aprendem
(alunos).
Assim, torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder
encaminhar e articular o trabalho nas diferentes áreas; reflexões permanentes
sobre os princípios que fundamentam os valores, objetivando a construção da
cidadania no espaço escolar. Assim o professor passa a ser visto como um
elemento fundamental responsável pela construção da sociedade, tendo em vista
resultados a curto, médio e longo prazo.
A LDB (BRASIL, 1996) no seu art. 22 afirma: a educação básica tem por
finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores.
Lembrando sempre que a escola deve trabalhar a educação, de maneira a
ajudar de forma intencional, sistemática, planejada e contínua para os alunos que
a freqüentam.
Esta educação deve ser diferente da forma como fazem as outras
instituições como: a família, os meios de comunicação, o lazer e os outros
espaços de construção do conhecimento e de valores para convivência social,
deve assumir explicitamente o compromisso de educar os seus alunos dentro dos
princípios democráticos e ela precisa ser um espaço de práticas sociais em que os
alunos não só entrem em contato com valores determinados, mas também
aprendam a estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade de
julgamento e realizam escolhas conscientes, adquirindo habilidades de posicionar-
se em situações de conflito.
A escola pode ajudar muito neste sentido, desde que todos os envolvidos
contribuam com sua parcela de ajuda comprometendo-se com os
desenvolvimentos social, educacional e familiar de todos os educandos (LIMA,
34
2008).
De acordo com os PCNs (1997), como princípio, o espaço escolar
caracteriza-se como um espaço de diversidade e o caráter universal do ensino
fundamental, definido em lei, torna a escola um ponto de convergência de diversos
meios sociais, traz para o seu seio os mais variados valores expressos na
diversidade de atitudes e comportamentos das pessoas que a integram.
Como instituição permanente, defronta-se com o desafio da constante
mudança em seu interior. Coloca-se para a escola a questão de como enfrentar o
conflito entre suas normas e regras e aqueles valores que cada um de seus
membros traz consigo. Tal conflito traduz-se freqüentemente em problemas que,
se não são novos, têm se tornado cada vez mais relevantes no espaço escolar,
como, por exemplo, a indisciplina e a violência, portanto, a necessidade de
problematizá-las na perspectiva de uma formação moral.
O supervisor escolar, em suas ações, pode delinear o início de uma nova
era educacional, onde haja mais coletividade e o ensino seja buscado com
qualidade, priorizando o aluno e valorizando as experiências significativas.
35
CONCLUSÃO
Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidade de transformar a
escola no exercício de uma função realmente comprometida com uma proposta
política e não com o cumprimento de um papel alienado assumido. Deve antes de
tudo, estar envolvido nos movimentos e lutas justas e necessárias aos
educadores.
Semear boas sementes, onde a educação se faz presente e acreditar
veemente que estas surtirão bons frutos. A caracterização da Supervisão precisa
ser definida e assumida pelo Educador e pelo Supervisor.
É uma opção que lhe confere responsabilidade e a tranqüilidade de poder.
O Supervisor Educacional deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de
análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; deverá ser
capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não
dependentes, diversos de muitos daqueles que vem sendo empregados como
modelo, pois um modelo de Supervisão não serve a todas as realidades.
O Supervisor Escolar possui uma função globalizadora do conhecimento
através da integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação
integradora, o aluno recebe informações soltas, sem relação uma das outras,
muitas vezes inócua.
Para que o conhecimento ganhe sentido transformador para o aluno é
necessário ter relação com a realidade por ele conhecida, e que os conteúdos das
diferentes áreas do conhecimento sejam referidos à totalidade de conhecimento.
Quando é feita a análise do serviço de supervisão escolar, nas escolas
36
brasileiras, temos que retornar às influências dos grandes movimentos
educacionais internacionais, quando então podemos entender as concepções
construídas para a educação atual.
Pode-se dizer que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a
socialização do saber docente, na medida em que há ela cabe estimular a troca de
experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas
pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para
a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas
também do educador coletivo.
A democratização das relações internas da escola depende da revisão dos
conceitos adquiridos ao longo do tempo, pelos profissionais que exercem as
funções coordenadoras no sistema escolar. E depende também, apesar das
dificuldades, de reeducar o professor, o aluno e os pais em relação às
responsabilidades de cada um para com a educação.
Para que toda essa prática seja realizada, há continuamente a necessidade
do supervisor escolar estar se autoavaliando, promovendo uma profunda
autocrítica de suas práticas e ações, objetivando sempre o aprimoramento do
diálogo e atividade pedagógica.
Contudo, não cabe ao supervisor impor critérios ou soluções, cabe-lhe sem
dúvida, ajudar na construção da conscientização necessária da luta para uma
educação libertadora.
A leitura e análise dos textos por este trabalho estudado sugerem que ainda
existe espaço para um aprofundamento do tema, na busca de modelos de gestão
e supervisão escolar direcionados à prática de uma coordenação pedagógica
democrática e libertadora, simultaneamente que atenta às propostas acadêmicas
e ao projeto político-pedagógico proposto.
37
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Nancy N. de Lima. Coordenação pedagógica na Educação Infantil:
trabalho e identidade profissional na rede municipal de ensino de Goiânia. Tese
(doutorado). Universidade Federal de Goiás. Goiânia: 2007.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, 20 de
dezembro de 1996. Brasília: 1996. Disponível em: http://ftp.fnde.gov.br/web/
siope_web/lei_n9394_20121996.pdf. Acesso em julho de 2009.
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais.
Ensino Fundamental / Ministério da Educação e Cultura. Brasil: Brasília, 1997.
BRITE, Roberta Bezerra. O Trabalho do Coordenador Pedagógico como fator
contribuinte do processo de Resiliência dos Professores no Ambiente Escolar.
Monog. Rio de Janeiro: 2007. Disponível em <http://smaonline.rio.rj.gov.br/
documentos/CSRH/ConcursoMonografia/Roberta_Bezerra_Brite_Destaque.pdf.>
Acesso em julho de 2009.
COOPEJI. Plano de ação da supervisão. Ji-Paraná, 2007. Disponível em:
http://www.coopeji.com.br/hp_noticia.php?Id=55. Acesso em julho de 2009.
CUNHA, Aldeneia S. da; Oliveira; Ana Cecília de; Araújo, Leina A. (Org). A
Supervisão no contexto escolar: Reflexões Pedagógicas. Manaus. UNINORTE;
2006.
DURKHEIM, Émile , Educação e sociologia, trad. Lourenço Filho, 4ª ed. São
Paulo: Melhoramentos, 1955, pp. 25.56.
FERREIRA, Naura S.C. Supervisão Educacional para uma escola de qualidade:
formação à ação. São Paulo: Cortez, 2003.
38
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo,SP: Editora Paz e Terra,1998.
GIANCATERINO, Roberto. Supervisão educacional: mudanças sob olhar de uma
educação libertadora. Disponível em http://www.meuartigo.brasilescola.com/
educacao/a-supervisao-educacional-mudancas-sob-olhar-uma-educacao-.htm.
Acesso em julho de 2009.
LIMA, João do Rozário. A Coordenação Pedagógica na atualidade. 2008.
Disponível em http://www.artigonal.com/linguas-artigos/coordenacao-pedagogica-
na-atualidade-432825.html. Acesso em julho de 2009.
MEDINA, A. S. Novos olhares sobre a supervisão. Supervisor Escolar: parceiro
político-pedagógico do professor. Campinas, SP: Papirus, 1997.
MENDES, Odete da Cruz. A Política de Educação no Município de Cametá:
análise sobrea Proposta da Escola Caá-Mutá, Escola Cidadã. Dissertação
(mestrado). Universidade Federal do Pará. Belém: 2005. Disponível em
http://www.ppged.belemvirtual.com.br/arquivos/File/dissertacoes2007/ODETE_
dissertacao.pdf. Acesso em julho de 2009.
PASSERINO, L. R. l. M. O Supervisor educacional à luz da concepção libertadora.
Revista Acadêmica, PUC - PR. Curitiba, 1996 v1, p 39-43.
PINHEIRO, Catia Torres. A Supervisão Educacional em Perspectiva histórica e
política. s/d. Disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/621388.
Acesso em julho de 2009.
PIRES, Ennia Débora Passos Braga. A prática do coordenador pedagógico :
limites e perspectivas. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, SP : [s.n.], 2005, 665p.
TORDIN, Lidia Fini. Memória e docência : um novo olhar para o processo de
ensino e aprendizagem : memorial de formação - TCC. Campinas, SP :[s.n.],
39
2006. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?view=20888. Acesso em
julho de 2009.
40
FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU”
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
Título da monografia: Supervisão Escolar: Exercício de Cidadania Autor: Arilson Galdino Santiago Professor Orientador: Carlos Afonso Leite Leocadio Data da entrega: ____________________________________________
Avaliado por:__________________________________ Grau: ________