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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES FACULDADE INTEGRADA AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O Recrutamento e Seleção como elementos componentes da Infraestrutura Cooporativa Por: Vitor Aiello Barboza Orientador: Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O Recrutamento e Seleção como elementos

componentes da Infraestrutura Cooporativa

Por: Vitor Aiello Barboza

Orientador:

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

FACULDADE INTEGRADA AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O Recrutamento e Seleção como elementos

componentes da Infraestrutura Cooporativa

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Pedagogia Empresarial

Por: Vitor Aiello Barboza

Rio de Janeiro

2012

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AGRADECIMENTOS

Os agradecimentos aqui

manifestados, representam um profundo

resconhecimento e gratidão aos que

generosamente ou involuntariamente

contribuiram para o desenvolvimento e

conlcusão desse trabalho acadêmico. Os

mesmos não seguem uma ordem

hierárquica de importância pois os

mencionados são igualmente fundamentais

para o que aqui vos escreve.

Um muito obrigado a Senhora

Norma Lúcia Loureiro Aiello, por existir e

pelo incansável propósito de ser a mãe

maravilhosa que é, a minha filha Luiza

Aiello, que é e sempre representará um

motivo inabalável de felicidade na minha

vida e para minha amada esposa e

companheira Renata Souto de

Vasconcellos, que sempre e tão

generosamente, coloca a disposição sua

determinação e paciência no auxílio aos

meus desafios. Suas contribuições na

diagramação, formulação de gráficos e

revisão dos textos foram fundamentais

para a conclusão desse trabalho.

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RESUMO

Este trabalho acadêmico trata do Setor de Recrutamento e Seleção

buscando em seu objetivo geral apurar, através da fundamentação do objeto

de estudo e sua problematização na análise dos questionários aplicados em

algumas empresas no Rio de Janeiro, a importância do mesmo como um

elemento estratégico na gestão de finalidades cooporativas.

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METODOLOGIA

A Metodologia é o processo de pesquisa adotada para elaboração

de um determinado assunto, que deve ser seguida para podermos responder

os problemas do tema em questão, conseguindo alcançar os objetivos do

trabalho deforma clara e objetiva.

A metodologia desse trabalho acadêmico é constituida por uma

pesquisa bibliográfica e web gráfica específica para conceitualização do objeto

de estudo. Sendo, ainda assim, feita a formulação, aplicação e análise de um

questionário em empresas previamente selecionadas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I 08

RECRUTAMENTO OU ATRAÇÃO DE PESSOAS

CAPÍTULO II 20

SELEÇÃO DE PESSOAL

CAPÍTULO III 33

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E COMPETITIVA DE RH

CAPÍTULO IV 41

A PESQUISA

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

ÍNDICE 50

ANEXOS 53

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INTRODUÇÃO

Apresenta-se, no cenário atual, uma conjuntura em que tanto as

empresas quanto seus funcionários tomam consciência das mudanças

revolucionárias emergentes que alteram o nível de exigências individuais e

organizacionais. Essa variação de padrões exige uma busca constante de

diferenciais que coloquem os atores sociais em destaque no mercado global.

Nesse sentido, o setor terciário vem mostrando interesse cada vez maior em

desenvolver a diversificação e a qualidade em sua prestação de serviços e

gestão de pessoal, com vistas a um desempenho e produtividade mais

significativos.

A idéia de otimização de desemprenho e produtividade, teve em seu

caminho uma evolução de ordem natural dos processos de lógica

organizacional que levaram ao amadurecimento de conceitos e posteriores

práticas ditas estratégicas entre os diversos setores que compõem a

administração de uma empresa.

É vulgar tentar tratar a prática Recrutamento e Seleção de forma

separada, olhando isoladamente para o recrutamento, ou para a seleção ou

para as demais atividades da política de Recursos Humanos e organizacionais

da corporação. São processos intrínsecos entre sí e determinantes para a

gestão estratégica em uma empresa.

O questionamento que emerge desse panorama e que fundamenta

esse trabalho acadêmico é justamente a importância que o setor de

Recrutamento e Seleção desempenha nessa realidade e de que forma o

mesmo pode ser entendido e operacionalizado estratégicamente na lógica

organizacional corporativa.

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CAPÍTULO I

RECRUTAMENTO OU ATRAÇÃO DE PESSOAS

(...) “As organizações precisam de pessoas que, alem de

conhecimento técnico, tenham como competências essenciais

a curiosidade pelo aprendizado, a flexibilidade, a capacidade

de adaptação às mudanças, a facilidade no trato interpessoal e

o sentido de urgência que o mundo atual nos imprime”. (Sorio,

2007).

Recrutamento ou atração, como mais condescendentemente pode

ser nominado o mesmo processo, é o primeiro passo dado por uma empresa

para a contratação de novos colaboradores que atendam a sua demanda por

um cargo disponível. Recrutamento corresponde ao processo pelo qual a

organização atrai candidatos no MRH para abastecer seu processo seletivo,

ele comunica e divulga oportunidades de emprego e atrai candidatos para

serem selecionados. O recrutamento funciona como uma ponte entre o

mercado de trabalho e o mercado de RH. Recrutar pessoas passou a ser

estratégico para as organizações. Atrair talento é fundamental para o sucesso

organizacional seja no longo ou no curto prazo.

Segundo Chiavenato (1999), “recrutamento é um conjunto de

técnicas que atrai, candidatos qualificados e capazes de ocupar cargos dentro

da empresa. É basicamente um sistema de informação que a empresa divulga

as vagas que estão disponíveis”. Lodi (1967) é enfático quando define

recrutamento como “um processo de procurar empregados.”

O processo de Recrutamento, seguindo um posicionamento mais

atual de Chiavenato (2008), pode ser definido como: “Recrutamento avulta

como um sistema que visa atrair candidatos nas fontes de recrutamento

identificadas e localizadas no mercado de recursos humanos. O processo de

recrutamento começa com a emissão da requisição de empregado: o órgão

requisitante (linha) é quem toma a decisão de recrutar candidatos. O órgão de

recrutamento (staff) é quem escolhe os meios, recrutamento interno, externo ou

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misto no sentido de obter as maiores vantagens no processamento e os

melhores candidatos.”

Através do processo de recrutamento, a organização informa ao

mercado de trabalho de que existem oportunidades de emprego para

determinadas funções. Para que se inicie o processo de recrutamento é

fundamental que a organização se aperceba de que existe uma necessidade

de contratar pessoas para desempenhar funções específicas, determinando,

qual o perfil de competências que interessa recrutar, tendo em conta os seus

objetivos estratégicos e operacionais.

(...) da mesma forma como os indivíduos atraem e selecionam

as organizações, informando-se e formando opiniões a respeito

delas, as organizações procuram atrair indivíduos e obter

informações a respeito deles para decidir sobre o interesse de

admiti-los ou não. (Chiavenato, 1999, p.25).

1.1 O Processo de Recrutamento

O processo de recrutamento, como já abordado anteriormente,

começa quando há necessidade da organização na substituição ou no aumento

de seu quadro de funcionários. Para o início do recrutamento tem de haver um

documento evidenciando a necessidade da contratação, documento este

chamado de requisição de pessoal. Deste documento é retirada boa parte das

informações necessárias para o processo de recrutamento e seleção ser

eficaz. As informações principais são:

- Requisitos pessoais;

- Habilidades profissionais;

- Conhecimentos e experiências anteriores;

- Informações sobre o cargo (horário de trabalho, quantidade de

vagas, descrição da função)

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1.2 Fontes de Recrutamento

Selecionar o(s) candidato(s) certo(s) pode ser difícil, moroso e caro.

E pode ser ineficaz, ou até muito contraproducente. Selecionar a fonte de

recrutamento adequada é essencial para que o processo de recrutamento e

seleção decorra da melhor forma possível., Por esses motivos, segundo

SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES, J. (2006), essa

decisão é determinada por questões como:

- O tempo disponível para encontrar o candidato certo. Pouco tempo

para o processo obriga, frequentemente, a medidas consonantes;

- O custo possível ou desejável. Funções mais vitais para a

organização podem conduzir a processos potencialmente mais onerosos;

- O mercado disponível. A existência ou não de muitos potenciais

candidatos no mercado para o desempenho da função condiciona a escolha da

fonte;

- A ''comunicação interna'' em prática na organização. A seleção de

alguém para um lugar de responsabilidade pode condicionar a fonte de

recrutamento a uma fonte de recrutamento interno.

A ponderação desses fatores leva a escolha, por parte das

organizações, entre duas formas de recrutamento: o recrutamento interno e o

recrutamento externo.

1.3 Recrutamento Interno

O Recrutamento Interno refere-se à captação de indivíduos que já

trabalham na organização. Isto significa que para ocupar determinada função

se recorre a colaboradores que já trabalham na organização, que, por via do

seu desempenho ou por via da aquisição de novas competências, mostraram

aptidão, potencial e disponibilidade para o exercício da função a preencher.

Estas movimentações podem ser:

Verticais - conduzindo a promoções;

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Horizontais – quando existem transferências de postos de trabalho;

Diagonais – quando existe transferência com promoção.

É claro que para que uma empresa possa aproveitar as múltiplas

vantagens que lhe advêm do recurso de recrutamento interno, é indispensável

o profundo e estratégico conhecimento das potencialidades internas dos

colaboradores da organização. E a instrumentalização desse ideal, segundo

SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES, J. (2006) se dá de

maneira muito mais prática quando se dispõe:

- de uma organização dos cargos da organização por competências.

Permitindo um processo mais agil e direto de observação de pré requisitos e

gaps as qualidades profissionais e pessoais dos colaboradores a serem

selecionados ou desenvolvidos;

- de um sistema de avaliação de desempenho que revele, com

objetividade, o grau de eficácia demonstrado pelos colaboradores no exercício

de suas funções;

- de uma abertura para a exposição, por parte dos colaboradores, de

suas aspirações e interesses profissionais, facilitando em muito a identificação

de potenciais internos e do desenvolvimento dos mesmos.

Assim como relata Chiavenato (1999), deixando claro que o

recrutamento interno exige o conhecimento prévio de uma série de dados e

informações relacionados:

− Resultados obtidos pelo candidato interno nos testes de seleção

para seu ingresso na organização;

− Resultados das avaliações do desempenho do candidato interno;

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- Resultados dos programas de treinamento e aperfeiçoamento de

que participou o candidato interno;

− Analise e descrição de cargo atual do candidato interno e do cargo

que se está considerando, a fim de se avaliar a diferença entre ambos e dos

requisitos adicionais que se farão necessários;

− Planos de carreiras ou planos de encarreiramento ou, ainda,

planejamento das movimentações de pessoal para se verificar a trajetória mais

adequada do ocupante do cargo considerado;

- Condições de promoção do candidato interno (está apto a ser

promovido) e de substituição (se o candidato interno já tem substituto

preparado para seu lugar).

Recompensas

Desenvolvimento de Recrutamento e Seleção Gestão de

Carreiras Competências

Análises de Funções Avaliação de Desempenho

O processo de recrutamento interno é gerido através da inscrição de

funcionários ou por indicação dos mesmos (os candidatos indicados são

aqueles que possuem melhor desempenho na empresa e que de alguma forma

se destacam em seu ambiente de trabalho). Suas fontes de recrutamento

podem ser:

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- Por transferência: faculta a oportunidade de, dentro da

organização, os colaboradores poderem encontrar novos desafios. É uma fonte

que privilegia a mobilidade horizontal.

- Por reconversão: promovendo a aquisição de novas competências

por parte dos colaboradores, permite a ocupação de novos lugares na

organização. Muitas vezes permitindo a extinção de funções obsoletas sem

recurso ao despedimento.

- Por promoção: esta fonte de recrutamento e seleção está

intimamente relacionada com as práticas de ''avaliação de desempenho'' e

''desenvolvimento de carreiras''. Nesta fonte é objetivada à ocupação de um

lugar de responsabilidade por parte de um elemento interno da organização,

como reconhecimento de seu desempenho.

Para que aconteça, o processo de Recrutamento Interno precisa ser

divulgado e pode seguir as seguintes formas: divulgação nos quadros de aviso

da organização, comunicações internas passadas aos gerentes; via internet, e-

mail para os funcionários, definindo requisitos do cargo e habilidades

necessárias.

O recrutamento interno também pode servir como fator motivacional

dentro da organização, pois os funcionários se sentem reconhecidos e

valorizados com a promoção.

Com este tipo de recrutamento o trabalho do recrutador é facilitado,

pois as chances de contratar um candidato inadequado para a vaga são

pequenas, pois os candidatos já foram avaliados e são avaliados no dia a dia

podendo conhecer melhor sua experiência e habilidades.

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1.3.1 Vantagens do Recrutamento Interno

Segundo Chiavenato, algumas vantagens do Recrutamento Interno

são:

- Aproveitar melhor o potencial humano da organização;

- Maior motivação dos colaboradores porque permite oportunidades

de carreira;

- Incentiva a permanência dos funcionários e a sua fidelização à

organização;

- Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental;

- Não requer socialização organizacional de novos membros;

- Probabilidade de uma melhor seleção, pois os candidatos são bem

conhecidos;

- Mais econômico em termos monetários e de tempo (os custos com

a prospecção de canditatos, com empresas de seleção, a atribuição de

remuneração motivante, e etc).

1.3.2 Desvantagens do Recrutamento Interno

Como em todas as situações, há necessidade de mostrar os pontos

positivos e também pontos negativos. Sendo assim, como desvantagens

podemos citar, ainda segundo Chiavenato:

- Pode bloquear a entrada de novas idéias, experiências e

expectativas;

- A fixação do modus vivendi instituido e a relação continuada com

as mesmas pessoas podem gerar incapacidade crítica para questionar os

procedimentos e reduzir as possibilidades de inovação;

- Mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da

organização;

- Ideal para empresas burocráticas e mecanísticas;

- Mantém e conserva a cultura organizacional existente;

- Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua.

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O processo de Recrutamento Interno, precisa ser muito bem

elaborado e exposto à todos os seus funcionários, pois existem situações que

podem ocasionar problemas dentro da organização, dentre eles: pedido de

demissão, mal desempenho e qualidade do serviço.

“os funcionários escolhidos podem ficar frustrados,

prejudicando sua produtividade no trabalho. Pode gerar um

conflito de interesses, pois ao explicar as oportunidades de

crescimento dentro da organização, tende a criar uma atitude

negativa nos empregados que por não demonstrarem

condições, não realizaram aquelas oportunidades; quando não

é bem estruturada, a promoção interna pode transformar-se

numa espécie de carreirismo, deixando de lado a eficiência

funcional no exercício das funções atuais”. (Nunes, 2002, p. 31)

1.4 Recrutamento Externo

Recrutamento externo é a busca de candidatos no mercado de

trabalho, ou seja, contratar um colaborador fora da empresa.

O recrutamento externo ocorre após se verificar que não há

possibilidade de fazer um recrutamento interno na organização. Como motivos

para um recrutamento externo temos: necessidade de contratar um

colaborador com idéias novas, atualização de tendências no mercado ou

também por não ter encontrado em sua organização alguém com o perfil da

vaga.

Para que o Recrutamento Externo ocorra, a empresa precisa atrair

candidatos para a vaga e os interessados devem enviar seus currículos, pois é

o ponto fundamental para que o processo se inicie. O currículo deve ser o

candidato resumido em palavras, onde deve conter seus dados pessoais, sua

formação escolar, histórico profissional e seus seus objetivos.

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“o Curriculum Vitae (CV) assume enorme importância no

recrutamento externo. Funciona como um catálogo, currículo

ou portfólio do candidato. O CV é apresentado em várias

seções: dados pessoais (informações básicas, como nome,

idade, endereço e telefone para contatos), objetivos

pretendidos (cargo ou posição desejada), formação escolar

(cursos feitos), experiência profissional (empresas onde

trabalha e trabalhou) e habilidades e qualificações profissionais

(principais pontos fortes e competências pessoais”.

(Chiavenato, 2002).

Para realizar o recrutamento externo, necessitamos avaliar as

técnicas de recrutamento que dispomos para atrair os candidatos. Seguem

algumas fontes de recrutamento eficazes, e que Chiavenato (2008) e SOUSA,

M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES, J. (2006) citam:

− Candidaturas espontâneas e banco de dados de processos

de R&S anteriores: a candidatura espontânea é uma fonte de recrutamento

que se vale de um arquivamento das candidaturas que chegaram à

organização e pela sua utilização em caso de necessidade. No entanto, pode

ainda assim ser criado e utilizado um arquivo com currículos de candidatos que

receberam uma opinião positiva em processos seletivos anteriores, mas que

não chegaram a ser admitidos para oportunidade em questão na empresa. O

recrutamento deve ser uma atividade contínua e ininterrupta que vise

exatamente garantir um estoque de candidatos para qualquer eventualidade

futura.

− Apresentação de candidatos por parte dos funcionários da

empresa ou processo informal: A organização que estimula seus

funcionários a apresentarem ou recomendarem candidatos está utilizando um

dos veículos mais eficientes e de maior espectro de cobertura, porque o

funcionário ao recomendar amigos ou conhecidos, sente-se prestigiado junto à

organização e junto ao candidato apresentado e, dependendo da forma como o

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processo é desenvolvido, torna-se naturalmente co-responsável junto à

empresa por sua admissão. Apresenta ainda custos de R&S muito baixos em

relação as demais possibilidades.

− Cartazes ou anúncios: Trata-se de um veiculo de recrutamento

estático e indicado para cargos simples, como operários e funcionários de

escritório. Geralmente é colocado nas proximidades da organização, da

portaria ou em locais de grande movimentação de pessoas.

- Recrutamento acadêmico: contatos com universidades, escolas,

agremiações estudantis, diretórios acadêmicos, centros de integração empresa

escola, etc: no sentido de divulgar as oportunidades oferecidas pela empresa:

mesmo que não haja vagas no momento, algumas empresas desenvolvem

esse sistema continuamente, como propaganda institucional para intensificar a

apresentação dos candidatos. Muitas empresas desenvolvem programas de

recrutamento com alto teor de material de comunicação com as instituições

citadas.

- Programas de Trainees: muitas empresas desenvolvem

programas de trainees para recrutar, selecionar e preparar jovens saídos de

universidades para ocupar posições gerenciais ou altamente técnicas em seus

quadros após o período de estágio programado devidamente supervisionado. A

época de procura se situa no final ou no inicio de cada ano. O numero de

trainees varia de acordo com as necessidades futuras de cada organização.

- Contatos com outras empresas que atuam no mesmo

mercado: em termos de cooperação mutua ou contatos interempresas chegam

a formar cooperativas de recrutamento ou órgãos de recrutamento financiados

por um grupo de empresas, o que permite uma amplitude de ação maior do

que se fossem tomados isoladamente.

- Anúncios em jornais, revistas, etc: Esta fonte é muito frequente.

Tem uma elevada exposição, mas não é a fonte responsável pelo maior

número de contratações. O recurso a esta fonte deverá ter um cuidado

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particular, já que é uma das que mais expõe a organização. É mais quantitativo

do que qualitativo, porque se dirige a um publico geral, abrangido pelo meio, e

sua discriminação depende do grau de seletividade que se pretende aplicar.

Podem ser dispostos de duas maneiras:

- Anúncio fechado: a empresa recrutadora não se identifica

nominalmente. Em geral se pede para os candidatos enviarem seu currículo

para uma caixa postal.

- Anúncio Aberto: elaborado por uma empresa, que se identifica,

indicando o endereço, nome da pessoa para contato e horário de atendimento.

- Agências especializadas em recrutamento: existe uma

variedade de organizações especializadas em recrutamento de pessoal para

atender a pequenas, médias ou grandes empresas. Podem dedicar-se a

pessoal de nível alto, médio ou baixo ou pessoal de vendas, bancos ou ainda a

operários para atividade industrial. O recrutamento por meio da agencia

especializada é um dos mais caros, embora seja compensado pelos fatores:

tempo e rendimento.

- Head Hunting: Nome que se dá aos profissionais ou empresas

“caçadores de cabeça’’. Atuam somente na seleção de colaboradores para

cargos do topo da pirâmide organizacional (ou seja, altos executivos), ou

mesmo com profissionais de difícil localização (áreas muito específicas).

Esta forma de recrutamento é, muitas vezes, estabelecida pela

contratação de empresas especializadas, mas pode, igualmente ser levada a

cabo pela organização contratante.

Atualmente, o conceito de head hunting está, progressivamente,

evoluindo para o head building (construtor ou gerador de talentos), através do

investimento em treinamento e partilha do conhecimento nas organizações (cf.

Marras, 2003).

- Viagens para recrutamento em outras localidades: quando o

mercado de recursos humanos local já está bastante explorado, a empresa

pode lançar mão do recrutamento em outras cidades ou localidades; para

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tanto, o pessoal do órgão de recrutamento efetua viagens, instalando-se em

algum hotel, fazendo promoções pelo radio e pela imprensa local. Os

candidatos recrutados devem transferir-se para a cidade onde a empresa está

situada, com uma série de benefícios e garantias, obviamente após um período

de experiência.

- Recrutamento virtual ou pela Internet: essa forma de

recrutamento pode ser realizada através do site da empresa interessada em

contratar colaboradores, pelo site de empresas que prestam serviço de

recrutamento, pelos sites de procura de emprego, por mailing list pelo email e

etc. As organizações estão apostando na internet para recrutar talentos e

reduzir os custos dos processos de provisão de pessoas, ao mesmo tempo em

que aumentam os horizontes do recrutamento facilitam a vida dos candidatos.

A internet proporciona velocidade de informação e facilidade em trabalhar

grandes volumes de dados. Permite agilidade, comodidade e economia. O

candidato pode concorrer a várias oportunidades no mercado, nacional e

internacional, sem sair de sua casa. A Internet está se despontando com um

dos principais canais de contato entre organizações e candidatos nos grandes

centros.

Algumas vagas, que apresentam uma maior dificuldade para

satisfação de um perfil em específico, podem exigir por diversas vezes que o

recrutamento seja feito utilizando outras formas de atração de candidatos ou

até mesmo, diversas técnicas de recrutamento juntas, como por exemplo: além

de buscar os currículos no banco de talentos e recrutamento através do site da

empresa, também podemos requerer à anúncios em escolas, jornais e rádios.

O que definirá essa demanda é justamente a dificuldade de se

encontrar um candidato adequado a função.

20

CAPÍTULO II

SELEÇÃO DE PESSOAL

O processo de seleção, segundo Chiavenato (1999) baseia-se em

análise de informações e especificações sobre um determinado cargo que

deverão ser detectadas no candidato. Sendo que a finalidade das informações

é proporcionar uma contratação com mais precisão e adequada ao cargo.

Seleção é definir o candidato que mais atende ao perfil da vaga.

Após o recrutamento, se inicia o processo seletivo, podendo este ser de

diversas maneiras e consistir de diversas etapas, como entrevistas, testes,

dinâmicas de grupo, avaliação e comparação dos dados.

“A seleção de pessoas funciona como uma espécie de filtro

que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar

na organização: Aquelas que apresentam características

desejadas pela organização. Há um velho ditado popular que

afirma que a seleção constitui a escolha certa da pessoa certa

para o lugar certo.” Chiavenato (1999, p107).

A seleção, segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G &

GOMES, J. (2006) é um processo de comparação entre os requisitos exigidos

pela função e as competências e características oferecidas pelo candidatos. Já

Santos (1973), complementa essa definição como “um processo pelo qual são

escolhidas pessoas adaptadas a determinada ocupação ou esquema

operacional”.

A escolha de tal candidato facilitaria o sucesso de programas que

visam o aumento da produtividade de funcionários, elevando a receita e

diminuindo as despesas da organização. Se funcionários aprendem mais

facilmente as tarefas que precisam desempenhar e/ou cometem menos erros,

o custo da empresa (com programas de treinamento e capacitação) diminui

(Brethower, 2000).

21

Neste processo, busca-se identificar, entre os candidatos

recrutados, o(s) que melhor se enquadra(m) no perfil exigido para determinado

cargo, e conseqüentemente, o preenchimento adequado do mesmo. Segundo

Codo (1984) a seleção de pessoal tem sido orientada pelo pressuposto

fundamental de “combinar os indivíduos com as ocupações com as quais se

habilita” (p. 196) e para cumprir com esta tarefa é necessário que haja uma

pré-determinação de funções, devendo a seleção detectar habilidades e/ou

características que possam prever o grau de adaptação do indivíduo à tarefa,

vigorando, portanto, o princípio de “escolher o homem certo para o lugar certo”

(p. 199).

2.1 Técnicas de Seleção

Depois da fase de recrutamento, e presumindo que todas as

decisões relativas aos objetivos, aos critérios, às formas e às fontes de

recrutamento estão tomadas, importa decidir quais os métodos mais

adequados para seleção do(s) candidato(s).

O processo seletivo pode ocorrer de diversas formas, tendo variadas

técnicas de seleção como meio de avaliar o candidato, podendo ser utilizadas

individualmente ou um conjunto de técnicas.

Segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES,

J. (2006), um processo de seleção tem valor agregado quando :

- É prático e adequado as necessidades de tempo e custo

- É confiavel e de comum aplicação. Ou seja devem ser aplicados de

igual forma, independente do candidato a ser avalidado.

- É válido, ou seja, por prognosticar a adequação do candidato a

função.

Já Cascio (1998) e Gatewood & Field (1998) aprofundam o

balizamento que, em geral, um programa de seleção de pessoal deve

apresentar pelos seguintes passos:

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- análise do cargo;

- identificação das dimensões de desempenho do cargo;

- identificação do conhecimento e habilidades necessárias para o

cargo;

- desenvolvimento/seleção/validação de instrumentos medidas para

acessar o conhecimento e habilidades do candidato;

- uso de tais instrumentos de medida no processo de seleção de

candidatos.

A prática comum em classificar candidatos para determinadas

funções é favorecida por técnicas que valorizam causas internas como

determinantes do comportamento. Portanto, não se consideram as condições

ambientais necessárias para que os comportamentos esperados ocorram numa

situação específica de teste, sendo rotulados de acordo com categorias

abstratas de comportamentos “desejáveis” como motivação, liderança,

iniciativa, criatividade, etc.; ou “indesejáveis”, como desmotivação e rigidez, por

exemplo.

Scoz (2001) considera que, pelo menos do ponto de vista de seus

proponentes, os testes “são instrumentos sensíveis a diferenças individuais

concernentes a presença e grau de traços” (p. 127). Os testes têm como tarefa

principal medir aptidões ou investigar aspectos internos, classificando os

indivíduos de acordo com o objetivo a que se presta sua aplicação. Esta

classificação acaba por utilizar rótulos, forçando categorizações que

desconsideram diferenças individuais e outras variáveis que podem estar

exercendo influência direta sobre os comportamentos; por exemplo, variáveis

ambientais.

De qualquer forma, o que vem sendo pontuado até aqui parece ter

explicação histórica. Os testes psicológicos têm em seu histórico um longo

caminho percorrido, e sua criação e desenvolvimento foram influenciados pelo

contexto da psicologia como ciência (Formiga & Mello, 2000), legitimando

inclusive a psicologia americana. Os testes psicológicos “foram criados, e

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utilizados para determinar e analisar diferenças individuais com relação a

inteligência, aptidões específicas, conhecimentos escolares, adaptabilidade

vocacional e dimensões não intelectuais da personalidade” (Formiga & Mello,

2000, p. 13).

Alguns exemplos de técnicas que podemos citar são:

- Análise curricular;

- Testes de simulação ou Dinâmicas de grupo;

- Testes psicológicos;

- Testes de personalidade e grafologia;

- Testes de aptidão física;

- Testes de competências específicas (línguas, técnicos, e etcW)

- Assessment Centres;

- Entrevistas de seleção.

Estas técnicas estão atreladas e em determinadas situações, sendo

muito mais efetivas, quando delimitadas, como anteriormente citados, por uma

coerente divisão de cargos e correlatas as suas respectivas competências

fundamentais ou seja, técnicamente falando em uma efetiva divisão de cargos

e salários e na gestão por competências em uma organização.

Em uma analogia direta a pesquisa acadêmica, aonde é

fundamental delimitar seu objeto de estudo como eixo fundamental para

coerência de seu objetivo e as metodologias empregadas para se chegar a

essa finalidade, nós temos o emprego de uma ou mais técnicas de seleção

como ferramentas metodológicas perspicazes às finalidade previamente

estabelecida pelo setor de RH.

2.1.1 Análise Curricular

Este método não implica a presença do candidato e permite ter uma

idéia do percurso pessoal, profissional e escolar do mesmo. Pode ainda

permitir ter uma idéia geral acerca das competências (pelo menos das

enunciadas).

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Do processo de análise curricular surge a informação biográfica, que

determinará o seguimento do candidato aos demais métodos de seleção a

serem empregados.

2.1.2 Testes de Simulação ou Dinâmicas de Grupo

Segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES,

J. (2006), o ponto de partida dos testes de simulação é o drama. A

reconstituição de um acontecimento que se pretende estudar e analisar o mais

aproximadamente possível do real. Assim, o candidato assume um papel (role

playing) e permanece ‘‘num palco’’, rodeado por outras pessoas que assistem à

sua atuação e podem vir, ou não, a participar da cena. As técnicas de

simulação são, essencialmente, técnicas de dinâmica de grupo.

Nos testes de simulação são construidos ou adaptados exercícios de

simulação de acordo com as situações críticas, exigências e competências

associadas à função. Os exercícios baeiam-se em problemas reais de

desempenho e visam proporcionar a expressão de comportamentos

pertinentes para a função.

A dinâmica de grupo é uma ferramenta muito eficiente quando, em

situações de seleção, existam muitos candidatos por vaga e ou para vagas que

reúnam como pré-requisito um determinado conjunto de características, tais

como: facilidade de comunicação, liderança, iniciativa, pró-atividade,

organização, auto-controle, tomada de decisões, entre outras. A dinâmica de

grupo pode facilitar, quando bem articulada, a percepção das características

mais marcantes nos candidatos, uma vez que os coloque em situações que os

obrigue a conversar, debater, analisar, expor seus pensamentos e conclusões

sobre problemáticas propostas.

Em processos de seleção para cargos da base operacional e ou de

menor responsabilidade estratégica é comum a aplicação dessa técnica logo

em um primeiro contato com os candidatos, como forma mais dinâmica de

eliminação dos que não se enquadram no perfil da mesma. Logo após essa

25

etapa é que costumam ser aplicados os demais testes e a entrevista como

processo decisório na seleção do candidato.

2.1.3 Testes Psicológicos

Este método se refere a um conjunto de provas que se aplicam para

apreciar o desempenho mental, as aptidões, habilidades e conhecimento dos

candidatos.

Segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES,

J. (2006) Estes testes psicológicos constituem uma medida objetiva a

estandartizada de amostras do comportamento das pessoas. A sua função

consiste em analisar as amosras do comportamento humano dos candidatos

examinando-as sob condições padronizadas e comparando-as com padrões de

resultados alcançados por uma amostra representativa de pessoas do mesmo

tipo das que pretendem avaliar em pesquisas estatísticas.

Ainda segudo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G &

GOMES, J. (2006), temos como principais características nos testes

psicológicos:

- A validade: um teste de seleção é válido quando é capaz de

prognosticar o desempenho fututo da pessoa no cargo;

- A precisão: um teste é considerado válido quando aplicado várias

vezes numa mesma pessoa e apresenta resultados semelhantes;

- A aferição: a aferição (uniformidade de avaliação e de

interpretação) implica o estabelecimento de normas, conceitos e doutrinas,

relativas à população a que se destina;

- A padronização: o teste tem de ter predefinidos os critérios que

possibilitem comparar de forma objetiva os resultados obtidos.

26

2.1.4 Testes de Personalidade e Grafologia

Os testes de personalidade permitem analisar os diversos traços de

personalidade: traços determinados pelo caráter (traços adquiridos) ou pelo

temperamento (traços inatos).

Os testes de personalidade podem ser genéricos ou específicos. O

primeira característica revela traços gerais de personalidade e uma síntese

global, enquanto que a segunda pesquisaa determinados traços ou aspectos

da personalidade, como o equilíbrio emocional, frustações, interesses,

motivações, e etc..

Como forma de análise psicológica podemos citar ainda a grafologia.

“Segundo Kweeland (2001) citado por Brunherotto e Carravero (2006, p 24),

nos pontos centrais a serem analisados pela grafologia destacam-se:

- A ordem do texto, que demonstra a clareza e a lógica das idéias,

doraciocínio.

- A forma das letras, que significa a adaptação do individuo ao

mundo.

- A dimensão da letra, que é auto-imagem (extroversão ou a

introversão).

- A inclinação da letra, demonstrando a necessidade que o individuo

tem de entrar em contato com os demais.

- A pressão da escrita, que vai demonstrar a vitalidade, a força física

e psíquica da pessoa.

- A velocidade da escrita, que ditará a inteligência, a rapidez de

reflexos e a prontidão para a ação daquela pessoa.

- A direção das linhas, que vai exprimir o humor, o estado de ânimo

e a vontade daquela pessoa.

- Os gestos tipo, que esclarecerão a maneira própria da pessoa ser

(p. 110).

.

27

2.1.5 Testes de aptidão física

Para funções que assim o exijam, estes testes permitem aferir da

aptidão física para o desempenho da função

2.1.6 Testes de competências específicas

São testes estruturados em torno de competências exigidas para o

desempenho da função e que as organizações consideram necessário testar.

2.1.7 Assessment centres

O termo assessement centre ou "centro de avaliação" não se refere

a um sítio físico, mas descreve uma metodologia. O assessement centre

consiste num método que permite estimar o nível de adaptação a uma

determinada função, através de um conjunto de exercícios, testes e entrevistas.

Segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G & GOMES,

J. (2006) um assessement centre é sempre específico, contruido para uma

determinada função. Os candidatos participam em exercícios práticos

pertinentes para a previsão do seu comportamento na função. Ainda sim

combina várias técnicas e implica na colaboração de mais de um avaliador

(conceito de multi avaliação). Estes avaliadosres retiram notas a partir de

critérios predeterminados e quando o procedimento termina, partilham as suas

observações e chegam a uma conclusão.

Fases mais usuais no desenvolvimento de um assessement centre

(cf. Caetano 2000):

- Identificação dos objetivos do assessement centre;

- Realização da análise de funções;

- Criação de testes aos exercícios de simulação;

- Seleção e formação dos observadores/avaliadores;

- Execução do assessement centre;

- Registro dos resultados do assessement centre;

28

- Avaliação e discussão dos resultados;

- Avaliação do assessement centre.

O assessement centre é uma técnica muito dispendiosa em tempo e

financeiramente, sendo conciderada como o Roll Royce da seleção.

2.2 Entrevistas

É talvez o método mais frequentemente utilizado para a maior parte

das funções. Segundo SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G &

GOMES, J. (2006), este método permite:

- Avaliar algumas competências (nomeadamente as

comportamentais);

- Testar o esquema de raciocínio que os candidatos empregam na

resolução de problemas;

- Fazer aguns esclarecimentos acerca do currículo;

- Iniciar algum ajustamento de expectativas, como avaliação das

posições do candidato face a questões críticas do negócio e da função;

- Informar o candidato sobre a função, a organização, as

perspectivas de carreira e as possibilidades de desenvolvimento;

- Preservar a imagem organizacional da empresa.

Como assim afirmam SOUSA, M. J.; DUARTE, T.; SANCHES, P. G

& GOMES, J. (2006), genericamente, podemos falar de três tipos de entrevista:

a entrevista tradicional, a situacional e a comportamental.

2.2.1 Entrevista tradicional

A entrevista tradicional é, normalmente uma entrevista que permite o

recolhimento de informações que ajude a compreender melhor o

comportamento do entrevistado. O que caracteriza as entrevistas

semiestruturadas é o fato de o entrevistador conhecer todos os temas sobre os

quais tem de obter reações por parte do entrevistado, mas a ordem e forma

29

como as coloca são deixadas ao seu critério, sendo apenas fixada uma

orientação para início da entrevista.

Existe um questionário e nesse caso, o entrevistado é convidado a

responder com as suas próprias palavras e com o seu quadro de referências

uma questão geral (tema). Mas, se não abordar espontaneamente um dos

subtemas que o entrevistador conhece, este coloca uma nova questão, para

que possa produzir um discurso sobre o tema.

Essa entrevista é conduzida através de um ‘‘guia geral’’, construido a

partir da análise e descrição de funções. Este ‘‘guia geral’’, apesar de variar de

função para função, deve ser idêntico a todos os candidatos que concorrem à

mesma função.

Apesar de não existir uma regra para a construção do ‘‘guia geral’’,

usualmente, são abordados os teguintes temas:

- Dados biográficos: no sentido de confirmar, aprofundar ou mesmo

atualizar os dados pessoais que constem no currículo;

- Formação escolar e profissional: pecebendo que tipo de formação

o candidato possui, que motivação o mesmo teve para a escolha dessa

formação e que resultados considerou relevantes;

- Experiência profissional: conhecer as funções desempenhadas até

a data da entrevista, que aprendizagem teve em cada uma delas, como

organizava o seu trabalho, quais os aspectos mais positivos e mais negativos

do seu trabalho, se mudou ou não de emprego e quais foram essas razões em

caso afirmativo;

- Motivações: procura-se identificar quais os motivos de satisfação

profissional e as razões de candidatura aquela função e organização;

- Atividades externas ao trabalho: a idéia é ter uma referência sobre

a forma de ser do candidato. O fato de o candidato ter hobbies e as razões

para os ter pode apontar sinais muito relevantes sobre o perfil do candidato.

Dentro desta temática surge necessariamente o voluntariado.

Nessas entrevistas é possível captar dados sobre o nível de

aptidões mentais (encadeamento do raciocínio), e sobre o nível de

compreensão, vocabulário e capacidade de argumentação do candidato.

30

Para além das entrevistas semi estruturadas, também se utilizam as

entrevistas estruturadas, apesar de não seram consideradas entrevistas

tradicionais. Neste tipo de entrevista existe um conjunto de questões abertas,

entandartizadas e colocadas numa ordem invariável a totalidade dos

entrevistados. Estas entrevistas implicam no fato dos entrevistadores estarem

muito familiarizados com os requisitos da função.

Numa entrevista estruturada, o ‘‘guia geral’’ é composto por

questões que embasadas em conhecimentos, capacidades e experiências

requeridas para o bom desempenho da função. Neste sentido, as questões

colocadas pretendem avaliar o nível de conhecimento que o candidato tem da

função, bem como confrontar o candidato com situações específicas,

relacionadas com o posto detrabalho que se candidatou.

Usualmente a entrevista estruturada é constituida de:

- Um breve cumprimento e a apresentação do candidato;

- Foemação escolar e profissional;

- Experiência de trabalho;

- Descrição do cargo;

- Descrição de pontos fortes e fracos;

- Interesses do candidato;

-Encerramento.

A entrevista situacional e a entrevista comportamental baseiam-se

na entrevista estruturada.

2.2.2 Entrevista situacional

A entrevista situacional é um tipo de entrevista estruturada que parte

do pressuposto de que existe uma correlação entre as intenções das pessoas e

os seus comportamentos. O ‘‘guia geral’’ de entrevista é construido a partir da

nálise e descrição de funções através da técnica dos incidentes críticos. Ou

seja, são identificados os comportamentos críticos que conduzem a um bom ou

mau desempenho na função. Os incidentes são posteriormente

operacionalizados em questões.

31

Neste tipo de entrevista, existe a proposição de um caso hipotético,

e o questionamento do candidato, sobre como reagiria a essa situação. A sua

resposta é validada com base em parâmetros estabelecidos antecipadamente.

2.2.3 Entrevista comportamental

A abordagem da entrevista comportamental é muito semelhante a da

entrevista situacional. No entanto, diferentemente desta última, a

comportamental baseia-se em experiências passadas do candidato com o

objetivo de prospectar o seu desempenho futuro.

Essa entrevista tem as seguintes características:

- Baseia-se na análise dos incidentes críticos;

- Confronta os candidatos com situações passadas que representem

comportamento ilícito;

- O entrevistador registra o comportamento que o entrevistado teve

nessa situação;

- Após as questões terem sido colocadas, o entrevistador classifica o

entrevistado numa escala comportamental, e dá uma classificação final à

entrevista.

Dependendo do tipo de função, o candidato poderá ser colocado

perante situações que implicam a mobilização de competências de tomada de

decisão, de liderança, resolução de conflitos, gestão do stress e adversidades,

comunicação, entre outras.

Para além dos tipos de entrevista, é importante ressaltar que as

entrevistas podem ser aplicadas em diferentes fases do processo de

recrutamento e seleção. Podendo ser aplicadas no: início, meio e fim do

processo de seleção.

32

2.2.4 Entrevista inicial

É um aspecto importante porem pouco utilizado na seleção. Tem

como vantagem promover uma primeira triagem onde podem ser excluídos os

candidatos que não estão interessados nas condições de trabalho e nas ofertas

da organização. Nessa entrevista, o candidato pode comparar as suas

expectativas com a apresentação da organização.

Esta entrevista tem uma duração variável, mas nela são

normalmente focados os objetivos, estratégias, estruturas e cultura da

organização.

2.2.5 Entrevista de Follow Up

Igualmente não muito usual, é o recurso a entrevistas de follow up.

Isto é, a realização de segundas e terceiras entrevistas ao mesmo candidato.

Qualquer que seja o motivo, habitualmente, o que desencaeia esta entrevista é

a necessidade de confirmar a seleção de um candidato.

As entrevistas de follow up podem se desenvolver de diferentes

formas:

- O candidato pode querer aprofundar o seu conhecimento sobre a

organização, para averiguar como as suas competências combinam com a

visão e cultura organizacional;

- Os candidatos podem negociar as recompensas;

- Ou podem, inclusive, serem entrevistados por uma pessoa

diferente do entrevistador inicial, e serem submetidos a questões semelhantes

às inicialmente colocadas;

- A organização pode achar útil que os candidatos melhor cotados

conheçam in loco a organização. Com a apresentação aos demais

colaboradores, chefias ou mesmo clientes.

33

CAPÍTULO 3

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E COMPETITIVA DE

RECURSOS HUMANOS

Falar sobre administração estratégica e competitiva de recursos

humanos é em primeiro lugar assumir uma verdadeira mudança na relação que

as corporações passaram a ter com as novas tendências mercadológicas e

fundamentalmente com elas mesmas, no que diz respeito a reavaliação de

suas atribuições e verdadeiras demandas nessa conjuntura comtemporânea.

Segundo o artigo de LACOMBE e TONELLI (2001), que muito bem

perscrutou e contextualizou a bibliografia de autores vanguardistas dessa

temática temos:

A revisão da literatura sobre a administração de recursos humanos

(ARH) nas últimas décadas deixa claro um descompasso entre a percepção de

problemas e identificação de tendências pelos diversos autores e a prática

desta administração, principalmente em relação às empresas brasileiras. O

movimento da administração de pessoal para a área de recursos humanos é

bastante conhecido, tendo ocorrido em épocas diversas para países diferentes,

ou mesmo para diferentes setores da economia. O conceito de administração

estratégica de recursos humanos surgiu no início da década de 80 nos Estados

Unidos, tendo sido reconhecido como necessário, no Brasil, pelas

organizações, apenas alguns anos depois. Pesquisas mostram como este

modo de se pensar recursos humanos era ainda incipiente no final da década

de 80 e, como, na década de 90, a maioria das empresas ainda não adotava

muitas das práticas recomendadas por autores estrangeiros e nacionais.

O conceito de planejamento estratégico para recursos humanos

(PERH) surgiu no início da década de 80, tendo sido desenvolvido,

inicialmente, através de duas abordagens. A primeira, conhecida como o

Michigan Concept, desenvolvido por Tichy e seus colaboradores, define PERH

como a ligação de missão, estratégia, estrutura e RH. Põe mais ênfase

34

temporal e quantitativa na missão e na estratégia, RH se adequando àqueles

fatores. O PERH consiste, basicamente, em desenvolver estrategicamente

quatro fatores: seleção, avaliação, remuneração e desenvolvimento. A segunda

abordagem, o Harvard Concept, enfatiza mais a perspectiva da gestão da

administração de recursos humanos, ressaltando o papel não só de adaptador,

mas de interventor no planejamento estratégico. São quatro as áreas-chaves

para a determinação de políticas de RH: grau de influência do empregado

(participação); o fluxo de RH (recrutamento, utilização e demissão); o sistema

de recompensas; e os sistemas de trabalho (organização do trabalho). Estas

áreas são afetadas pelos interesses dos stakeholders, onde se incluem os

empregados, e por fatores situacionais, como características da força de

trabalho, filosofia da administração, estratégias de negócios, mercado de

trabalho, sindicatos etc. As decisões têm efeitos imediatos em termos de

comprometimento, competência, congruência e custo, e também de longo

prazo, como o bem-estar dos empregados, efetividade organizacional e bem-

estar social. As políticas têm efeitos circulares, o que deve ser reconhecido ao

serem traçadas e implementadas (Staehle, 1990), citado por LACOMBE e

TONELLI (2001).

O papel estratégico a ser desempenhado passa a ser repensar as

atividades próprias da área de RH em termos estratégicos, ou seja, de forma a

integrar os objetivos de longo prazo da organização, as variáveis relevantes do

ambiente e as necessidades decorrentes em termos de pessoas. Devana,

Fombrun e Tichy (1984), citado por LACOMBE e TONELLI (2001), descrevem

como devem ser os subsistemas de seleção, avaliação, recompensas e

desenvolvimento, a partir da ótica estratégica e, principalmente, a partir da

visão que a organização tem do tipo de contrato que quer estabelecer com

seus empregados. Esta visão compreende elementos como os seguintes: a

relação que a organização quer estabelecer com o empregado, se limitada a

recompensar desempenho ou se baseada na troca de comprometimento por

qualidade do trabalho a ser realizado; o grau de participação que se pretende

dos empregados; a ênfase dada ao recrutamento, se interno ou externo,

quando necessário; por fim, se o desempenho será baseado e avaliado de

35

forma individual, ou em equipes, ou, ainda, alguma mistura entre os dois. É

esta visão que vai definir, em princípio, como os subsistemas serão

administrados. Estes conceitos encontram correspondência no que Fisher

(1998, p. 47) denomina de modelo de gestão de pessoas, que não se restringe

apenas ao caráter instrumental da gestão de pessoas, mas engloba também

um componente real e dinâmico, “uma lógica de atuação que é ao mesmo

tempo política, social, ideológica e comportamental”. O modelo, ao simplificar a

realidade, orienta a decisão e a ação.

Apesar de reconhecerem que organizações diferentes podem vir a

adotar visões diferentes, os autores descrevem as vantagens de se adotar

alguns conceitos no planejamento estratégico de recursos humanos; entre eles,

há a idéia de que a seleção deve privilegiar o recrutamento interno, pois “bons

gerentes [...] não nascem, mas são feitos” (Devana, Fombrun e Tichy, 1984, p.

45). A necessidade de se formarem gerentes dentro da organização, ao invés

de sempre buscá-los no mercado, aliada à necessidade de se planejar onde e

quando alocar tais executivos, vai gerar uma ênfase no desenvolvimento de

pessoas, o que deverá refletir-se em todos os outros subsistemas de recursos

humanos, como seleção, avaliação, remuneração e treinamento.

Conforme ressalta Albuquerque (1987), citado por LACOMBE e

TONELLI (2001), a necessidade de se pensar em recursos humanos de forma

estratégica decorreu, principalmente, do reconhecimento da importância de se

considerar o ambiente externo na formulação das estratégias de negócios, e da

existência de um gap entre as necessidades previstas para a implantação

destas estratégias e as realidades que as organizações enfrentavam em

termos de pessoas para implantá-las. Springer e Springer (1990), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), avaliam que a prática de recursos humanos nos

anos 90 seria basicamente focada no elenco seguinte.

. Recrutamento: ênfase no recrutamento interno como melhor forma

de adequação aos objetivos estratégicos.

. Análise de funções: cada vez mais deveria ser utilizada, sob a

forma de descrição, especificação e avaliação de funções, com a finalidade de

36

fornecer informações para todo o espectro das atividades de RH, e não mais

como controle ou imposição de tarefas predeterminadas.

. Treinamento e desenvolvimento: os autores previam grande

crescimento da função treinamento. In-house training para o pessoal

operacional, uma vez que a proximidade do local de trabalho permitiria a

resolução de problemas específicos. Já para o nível gerencial, previam o foco

no desenvolvimento de competências, que compreendem conhecimento,

habilidades e atitudes, por meio de treinamentos tanto técnicos como

comportamentais.

Albuquerque (1992), citado por LACOMBE e TONELLI (2001),

assinala como deverão ocorrer mudanças nas relações de trabalho, graças à

intensificação da competitividade. Nova concepção de empresa competitiva

começa a ser desenhada. Esta concepção transformada da organização, que

tem como objetivo maior atender aos interesses dos stakeholders, prevê como

políticas de recursos humanos a manutenção das pessoas na organização,

mas de modo flexível, com intercâmbio de carreiras e funções, sendo o foco

colocado no desempenho, aliado a incentivos grupais, o que favorece a

atuação das equipes. Fica clara, portanto, a importância da preparação destes

empregados para funções presentes e futuras, além das habilidades de se

trabalhar em grupos.

Nos anos 90, Anthony, Perrewé e Kacmar (1996), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), indicam que a estratégia de RH, além de

reconhecer os impactos do ambiente, deve ter um foco no longo prazo, em

escolha e processo decisório, considerar todo o pessoal (e não apenas os

operacionais) e ser integrada com a estratégia corporativa. Os autores indicam

que as funções de recursos humanos devem ser alinhadas à estratégia da

empresa, mas sugerem que “todos os gerentes devem ser vistos como

gerentes de recursos humanos” (Anthony, Perrewé e Kacmar, 1996, p. 17). Os

gerentes, mesmo os de linha, começam a ser vistos como responsáveis pela

utilização eficiente e eficaz de seus subordinados, sendo ao profissional de RH

designado o papel de aconselhamento e coordenação dos esforços para que

37

os gerentes possam desempenhar este novo encargo. Uma interdependência

de gerentes e profissionais de RH deve desenvolver-se, na medida em que os

gerentes se tornam cada vez mais capazes de resolver problemas de

pessoas, ao passo que o profissional de RH se torna cada vez mais capaz de

compreender as diversas dinâmicas que cada área envolve.

Siehl e Bowen (1997), citado por LACOMBE e TONELLI (2001),

identificam outro papel para RH, ligado às mudanças por que passam as

relações de trabalho. De acordo com os autores, o antigo contrato psicológico

existente entre empregado e empresa, que previa relação duradoura e

emprego para a vida toda, tornou-se obsoleto e vem ruindo com a flexibilização

das relações de trabalho e o surgimento de novas formas de se trabalhar. É

preciso, portanto, redefinir e comunicar um novo contrato psicológico. O

profissional de RH deve trabalhar com a alta administração o conteúdo deste

contrato e depois mostrá-lo aos trabalhadores. Os autores vêem também como

grandes desafios para RH, a facilitação do trabalho entre trabalhadores

separados fisicamente e a promoção da flexibilidade entre as pessoas,

acostumadas a outro modo de agir.

Fisher (1998), citado por LACOMBE e TONELLI (2001), aponta um

novo significado assumido pela ARH a partir dos anos 90: a ARH como

vantagem competitiva. Com a perspectiva voltada para o negócio da empresa,

começa a ser levantado o papel das pessoas para a obtenção da

competitividade. Se a estratégia é a diferenciação e a obtenção de vantagem

competitiva, cabe à ARH garantir que as pessoas sejam também fonte de

vantagem competitiva. As empresas precisam buscar formas novas e criativas

de gestão; à ARH cabe transmitir as estratégias às pessoas e transformá-las

em agentes de competitividade. Com base nas tendências e desafios

apontados por Ulrich (1998), citado por LACOMBE e TONELLI (2001), o autor

atribui quatro funções principais à área de recursos humanos: as funções

estratégicas, a competitiva, a função de promover e auxiliar os processos de

mudança e a função responsável pelo envolvimento dos empregados com a

empresa.

38

3.1 A Administração de RH no Brasil

O caso brasileiro é muito peculiar, conforme já apontado por

diversos autores (Albuquerque, 1987; Dutra, 1993; Fisher, 1998). Apesar da

necessidade de se tratar a ARH como estratégica já ter aparecido na literatura

no início nos anos 80 (Barbosa [1981], Bertero [1982], entre outros), a

implementação da prática deu-se com anos de atraso, em função,

principalmente, das condições macroeconômicas vigentes, que não

evidenciavam a necessidade das mudanças preconizadas.

No final da década, duas pesquisas confirmam a situação apenas

incipiente da ARH estratégica. Na primeira, Dutra (1987), citado por LACOMBE

e TONELLI (2001), ao estudar os profissionais da áreade recursos humanos,

admite que, apesar de terem encontrado grande espaço para a ação dentro

das empresas brasileiras, em função de uma situação favorável, onde

aumentou a complexidade organizacional do país, promovendo um

aquecimento do mercado interno e da intensificação das pressões dos

trabalhadores, o grupo estudado ainda estava mais preocupado com

problemas de relações sindicais do que com o redesenho da área em si, sua

estrutura e seus instrumentos. Em geral, a maior preocupação das áreas de

RH, recém instaladas nas empresas, se restringia aos aspectos operacionais

do trabalho.

Na segunda pesquisa, Albuquerque (1987, p. 11), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), afirma que “parece haver um crescente

entendimento entre pesquisadores e profissionais de Administração de

Recursos Humanos do caráter estratégico de que se revestem suas

atividades”, caráter este devido, em grande parte, ao aumento da

complexidade do ambiente externo e da influência de suas variáveis sobre a

organização. O autor aponta a necessidade de profissionais multidisciplinares,

com capacidade de reconhecer mudanças e interpretar seus impactos nas

políticas da empresa de curto e longo prazo. Em pesquisa realizada com 168

empresas do Sudeste e Sul do país, o autor comenta que “muito embora não

39

se evidencie uma ligação forte entre planejamento estratégico e planejamento

estratégico de Recursos Humanos, já se configura uma tendência de aceitação

do planejamento estratégico de Recursos Humanos, por parte da alta

administração” (Albuquerque, 1987, p. 213). Na maioria das empresas

pesquisadas, o executivo da área era envolvido de alguma forma no processo

de formulação das estratégias organizacionais.

Portanto nota-se um atraso de quase uma década entre o discurso

da literatura e a prática no Brasil; entretanto a década de 90 é marcada por

profundas transformações no cenário econômico, afetando diretamente o

padrão de competitividade das empresas brasileiras. O foco anterior das

preocupações era muito mais como gerir a área financeira, dada a necessidade

de convivência com as altas taxas de inflação e os inúmeros planos e choques

econômicos, produzindo empresas inchadas, com pouco controle sobre custos,

desperdícios e até mesmo sobre a eficiência da produção. Assim, nos

primeiros anos da década de 90, conforme observa Fisher (1998), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), as estratégias adotadas pelas empresas para

enfrentar os novos cenários, eram tipicamente reativo-defensivas,

concentradas no enxugamento e redução de custos. Duas pesquisas datadas

de 1995 refletem o que estava acontecendo com a ARH, como resposta a

estas transformações.

Venosa e Abbud (1995), citado por LACOMBE e TONELLI (2001),

em pesquisa realizada junto a 98 dirigentes de empresas, mostram que as

funções vistas como mais importantes, dentro da área de recursos humanos,

eram recrutamento e seleção, benefícios, treinamento e de departamento

pessoal, as rotinas burocráticas. O planejamento de carreira formalizado não

existia em 69,89% das empresas pesquisadas; 60,22% não tinham

planejamento de pessoal; 50,54% não faziam avaliação de desempenho;

31,18% não tinham serviço social e 31,18% não faziam pesquisa de salários.

Privilegiavam-se, portanto, as atividades mais burocráticas, valendo-se ainda

do princípio de que, desde que se recrute a pessoa certa para o lugar certo,

pagando-lhe um salário justo e treinando-a adequadamente, os problemas com

40

pessoal estarão resolvidos. Corroborando esta hipótese, os autores

encontraram que, na opinião dos dirigentes, as empresas não possuem

políticas de RH bem estruturadas e aplicadas, o que dava margem, então, aos

procedimentos informais.

A pesquisa de Curado, Wood e Lins (1995, p. 69), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), junto aos dirigentes da área de recursos

humanos de 100 empresas também mostra que “a maior parte das empresas

pesquisadas tem a atuação de sua área de RH voltada para questões

trabalhistas e operacionais”. As políticas e práticas de RH, ainda pouco

sofisticadas e diversificadas, também não são claramente formuladas ou

sistematizadas. A maior parte das empresas (61%) ainda era estruturada como

departamento pessoal (DP), sendo as atividades e funções pertinentes à área

centralizadas neste departamento. Das funções previstas por um PERH

anteriormente descritas, o recrutamento interno era pouco utilizado (12%); o

treinamento era pouco privilegiado para todos os níveis de empregados; e a

administração de carreiras também era pouco expressiva nas empresas com

estrutura de DP, revelando falta de preocupação com a tradução de

planejamento estratégico em ações e, portanto, com o longo prazo. É

interessante ressaltar que apenas 35% das empresas tinham planejamento

estratégico formalizado, sendo a participação da área de RH mais restrita às

fases de fornecimento de informações e execução.

Dos resultados das duas pesquisas, pode-se depreender que,

apesar do reconhecimento da necessidade de se tratar a ARH de forma

estratégica, como se indica na pesquisa de Albuquerque (1987), citado por

LACOMBE e TONELLI (2001), na prática a participação da área se restringia à

administração dos processos operacionais. As atividades que caracterizam

uma ARH estratégica, como o treinamento, o recrutamento interno, a busca de

práticas ideais e a utilização de terceirizações e descentralização de

processos, ainda eram pouco difundidas. Enquanto as pesquisas mostram o

pouco desenvolvimento da ARH estratégica nas empresas brasileiras surge,

durante a década de 90, o conceito de ARH como vantagem competitiva, que

41

amplia ainda mais o leque das atividades necessárias a um gerenciamento de

pessoas.

Fisher (1998), citado por LACOMBE e TONELLI (2001), reconhece

que a partir de 1995 começa a surgir nova tendência nas estratégias adotadas

pelas empresas brasileiras, em função do reconhecimento da importância que

passa a ter o cliente, diante de ambientes tão competitivos. O autor mostra

como esta mudança de foco impactou não apenas os processos produtivos,

mas levou as empresas a repensar os processos de pessoas, a exemplo do

que já vinha acontecendo nos outros países. Entre os programase técnicas

mais adotados destacam-se os seguintes: planejamento estratégico,

implementação do trabalho em equipe, gestão da qualidade total, aquisição de

equipamentos automáticos, planejamento das necessidades de materiais

(MRP), programa de conservação de energia, redução do lead time,

terceirização, entre outros. Pode-se perceber quanto estes e outros programas

que se seguiram são dependentes do envolvimento e da atuação de pessoas,

para que possam ter sucesso, forçando a ARH a adotar novas perspectivas.

CAPITULO IV

A PESQUISA

4.1 O questionário

O questionário utilizado foi idealizado como uma ferramenta de

coleta de informações pertinentes a estrutura organizacional das empresas,

seus setores ou práticas de recrutamento e seleção e para descobrir o quanto

estão familiarizadas com os conceitos e práticas de gestão estratégica de

recursos humanos.

O mesmo é constituido por oito questões discursivas e pode ser

visualizado no anexo 1.

42

4.2 A aplicação do questionário

O questionário, em todos os casos, foi aplicado seguido de uma

entrevista com os profissionais responsáveis pelo setor ou prática de

recrutamento e seleção. Tornando o processo muito mais enriquecedor em

conteúdos e vivências, do que meramente o que ficou registrado no

questionário.

Em decorrência de políticas internas, a maior parte dessas

entrevistas não pôde ter seu conteúdo verbal gravado. Mas em definitivo esse

não foi um fator relevante para o entendimento e problematização dos

conteúdos abordados verbalmente. Que foram, na medida do possível,

pontuados como notas no decorrer das entrevistas.

Essas vivências não documentadas também influenciaram as

minhas considerações finais sobre os resultados que cheguei em relação ao

propósito dessa monografia.

Com base no gráfico 1 do anexo 2, temos como primeiro ponto a ser

levantado, as diferentes formas como se apresenta a prática de recrutamento

e seleção nas empresas estudadas.

Ficou evidente que, em geral, organizações de pequeno à médio

porte não entendem como uma necessidade, o processo seletivo ser gerido por

um profissional da área. Sendo o mesmo normalmente conduzido pelo gerente

do setor ou pelo próprio dono da empresa.

Já as organizações de grande estrutura, acabam não tendo outra

alternativa, se não a de ter um setor de recrutamento e seleção ou no mínimo

terceirizar um. Devido a maior demanda por atrações e processos seletivos, o

mesmo não poderia ser gerido pelo gerente do setor ou dono da empresa sem

parar as suas funções única e exclusivamente para tal.

Sendo assim a exceção fica apenas por conta de uma das

empresas, de grande porte estrutural, que no entanto tem todos os seus

processos de seleção passando pelo crivo de sua gerente regional de RH no

Rio de Janeiro. Essa empresa é o Banco Safra e isso se dá apenas por uma

característica peculiar ao seu processo de contratação, que acontece como um

head hunting para quase todo seu contingente efetivo de funcionários.

43

Como segundo ponto relevante temos, no gráfico 2 do anexo 2, o

investimento destinado a prática ou ao setor de Recrutamento e Seleção nas

empresas estudadas.

Fundamentalmente esse ponto se divide em: que organizações

investem no setor de recrutamento e seleção e quem não possui o setor,

apenas terceirizando o processo de recrutamento ou atração de pessoas e

promovendo o processo de seleção com seus gestores e respectivos donos.

Não foi percebido em nenhuma das empresas que possui o setor de

recrutamento e seleção um não investimento em pessoal ou em ferramentas

para apurar ambos os processos.

Os gráficos 3 e 4 do anexo 2, apresentam como terceiro ponto

relevante: quais os métodos e técnicas mais utilizados para recrutamento e

seleção respectivamente.

Em primeiro lugar, vou discorrer sobre o processo de recrutamento.

Atualmente com todo o aporte tecnológico que dispomos, com essa ‘‘cultura’’

imediatista e de otimização de resultados a qualquer custo, os processos de

recrutamento externo, em grande parte, ficam atrelados a tríade: terceirização

por agências especializadas, recrutamento virtual ou pela internet e indicações.

É claro que em casos específicos são empregadas ações

customizadas para atender essas demandas, e nesses casos nós

encontramos, em menor quantidade, as modalidades de: Head Hunting,

Trainees e sistemas integrados com determinados centros acadêmicos para

estágios, como meios de atração de destaque.

Já o recrutamento interno, acaba por ser uma ferramenta

amplamente utilizada em todas empresas estudadas, não havendo ressalvas

quanto ao perfil organizacional para tal. Funcionando como uma forma de

reconhecimento e motivação para os funcionários. Sendo balizada apenas por

situações em que se pretenda trazer novas idéias e práticas do mercado de

trabalho ou quando o cargo pretendido requer um grau de especificidade que o

quadro de funcionários internos não disponha (muito comum nas áreas

estratégicas e de tecnologia).

O processo de seleção tem como principais métodos utilizados pelas

empresas estudadas: a análise curricular, as entrevistas, os testes de

44

simulação ou dinâmicas de grupo, os testes de competências específicas, os

testes de personalidade e os testes psicológicos.

É claro que nem todos são aplicados num mesmo processo, mas

representam, nessa conjuntura, o fundamento dessa atividade. A destacar,

uma crescente abordagem, nas entrevistas, em conceitos de gestão por

competências (mesmo que estes não estejam implementados na estrutura

organizacional da empresa) e uma dita ‘‘sebenta de procedimentos de seleção’’

que respeitam o chavão: análise curricular, dinâmica em grupo, testes de

competências específicas e entrevista.

O gráfico 5 do anexo 2, visa ilustrar um ponto muito interessante,

que foi aventado no momento das entrevistas: as principais questões

apontadas como ‘‘à melhorar’’ na estrutura organizacional das empresas e que

facilitariam a prática do recrutamento e seleção.

Em primeiro lugar, os dois pontos de maior destaque foram:

investimento na contratação de mais mão de obra no setor de recrutamento e

principalmente seleção e implementação de um setor específico de

recrutamento e seleção.

Esses pontos se encontram em dois extremos nas realidades

observadas. Em uma, o setor de recrutamento e seleção não consegue dar

vazão a demanda de trabalho e em outra, enfrenta dificuldades para sua

implementação na estrutura organizacional da empresa.

Em segundo plano mas não menos figurativo, fica a identificação da

necessidade específica de se implementar um modelo de gestão por

competências, como forma de nortear a estrutura organizacional e assim

facilitar os processos de recrutamento e seleção, de avaliação de desempenho,

análise de funções e treinamento. É notório que essa necessidade apenas foi

manifestada em empresas que já possuiam minimamente estruturado um setor

de RH e suas múltiplas áreas de atuação.

O gráfico 6 do anexo 2, busca ilustrar a questão sobre: as empresas

que tinham, pelo menos, conhecimento sobre o que é Gestão Estratégica de

RH.

Esse foi um outro ponto de destaque no processo de entrevistas e

aplicação de questionários, uma vez que apenas dois profissionais da área de

45

RH se colocaram com propriedade e de forma concisa sobre o conceito de

gestão estratégica de RH.

Nos demais casos apenas foram aventadas, superficialmente,

algumas poucas características, sem estabelecer seus devidos elos com a

lógica junto a uma estrutura organizacional estratégica.

E finalmente o gráfico 7 do anexo 2, que ilustra o ponto mais crítico

nesse processo: que empresas procuram implementar a pratica do modelo de

Gestão Estratégica de RH em suas estruturas organizacionais.

Apenas duas empresas, entre às entrevistadas e submetidas ao

questionário, têm em suas estruturas organizacionais traços claros da gestão

estratégica de RH. Também é importante salientar que, uma delas, é

multinacional (e SA) e a outra é SA, o que nos permite esperar que possuam

uma cultura organizacional naturalmente voltada para o modelo de gestão

estratégica, como um ‘‘processo de seleção natural’’ nas respectivas fatias de

mercado que pertencem.

46

CONCLUSÃO

Após um profundo processo de pesquisa e fundamentação sobre os

conceitos e práticas de recrutamento e seleção (o que me permite explicitar,

dos conteúdos de base até as teorias e práticas mais contemporâneas), e uma

pesquisa que envolveu um processo de aplicação de questionário e entrevista

com profissionais ligados a prática dos mesmos. Acredito poder discorrer nesse

momento sobre as minhas conciderações finais dos resultados desse trabalho.

Em primeiro lugar, notar que o objetivo desse trabalho é o de

correlacionar a teoria e a prática, do setor e ou apenas prática do recrutamento

e seleção nas organizações estudadas. E por conseguinte estabelecer uma

análise entre o conceito de gestão estratégica de recursos humanos e a

realidade encontrada na estrutura organizacional dessas empresas.

Fica muito claro que as empresas estudadas, e que se encontram

em diferentes graus de estrutura organizacional, se apresentaram de uma

forma muito segmentada em relação ao conhecimento sobre o modelo de

gestão estratégica de recursos humanos. Em sua maioria esses conceitos se

encontravam fracionados e desconexos em sua ordem prática, aonde alguns

funcionários até sabiam o que fazer, mas no entanto não obtinham coro ou

possibilidade estrutural junto a organização para implementação dos mesmos.

Poucas foram as oportunidades de conhecer uma empresa amplamente

estruturada, e as mesmas se encontram em esferas altamente competitivas do

mercado aonde GERH é um prérequisito e não uma qualidade.

Podemos ainda ressaltar que, o critério de análise deve se manter

atento às empresas de pequeno, médio e grande porte estrutural, levando-se

em conta ainda seus respectivos ramos de atuação e origem estrutural (

multinacional, SA, LTDA e etcW), para assim podermos estabelecer padrões

críticos em relação a existência ou não de um setor de RH, na existência de

investimento no mesmo, as práticas de recrutamento e seleção utilizadas e aos

demais pontos pertinentes a ordem operacional do setor.

Não encaro como justificativa, uma empresa de menor grau

estrutural não ter necessidade de sensibilização, com as possibilidades

práticas e mais produtivas que um modelo de gestão estratégica de recusros

47

humanos tem a oferecer para sua estrutura organizacional. A gestão de

pessoas é um pilar fundamental para o sucesso organizacional em qualquer

esfera de atuação e deve ser levado a sério por qualquer gestor ou

empreendedor que se julge competente na atual realidade de mercado.

Por fim, a reflexão que julgo mais adequada é justamente sobre

esse processo de transição que as culturas organizacionais empresariais

brasileiras estão passando. Nós estamos ainda em um período de assimilação

de valores estratégicos que, só vão fazer sentido quando o mercado, de uma

forma geral, não der mais espaço a práticas e modelos tradicionais de gestão

de pessoas. Quando essa atitude for equivalente a prejuizo estrutural e direto

de resultados.

O acirramento na competitividade de mercado é um dos indicadores

mais marcantes dessas mudanças, pois promove um constante processo de

redução de gastos, que consequentemente gera: a modernização e

automatização de setores operacionais, a constante otimização na gestão de

processos organizacionais tidos como estratégicos, na preocupação com a

gestãos do bem estar dos colaboradores envolvidos (já que sem motivação não

existe resultado) e outros tantos fatores que passavam desapercebidos pelos

modelos tradicionais de gestão de empresas.

Nosso caminhar é longo e dependente de profissionais que, como

eu, vem se especializando em campos de gestão de mudanças

organizacionais. Um amplo mercado que se articula e multiplica, cada dia mais,

as possibilidades práticas na seara mercadológica brasileira.

48

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sobre os Modelos de Gestão de Recursos Humanos. Revista de

Administração Contemporânea - RAC, v. 5, p. 157, 2001.

50

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

RECRUTAMENTO OU ATRAÇÃO DE PESSOAS 08

1.1. O processo de recrutamento 09

1.2. Fontes de recrutamento 10

1.3. Recrutamento interno 10

1.3.1. Vantagens do recrutamento interno 14

1.3.2. Desvantagens do recrutamento interno 14

1.4 Recrutamento externo 15

CAPÍTULO II

SELEÇÃO DE PESSOAL 20

2.1. Técnicas de seleção 21

2.1.1. Análise curricular 23

2.1.2. Testes de simulação ou dinâmicas de grupo 24

2.1.3. Testes psicológicos 25

2.1.4. Testes de personalidade e grafologia 26

2.1.5. Testes de aptidão física 27

2.1.6. Testes de competências específicas 27

2.1.7. Assessment centre 27

2.2. Entrevistas 28

2.2.1. Entrevista tradicional 28

2.2.2. Entrevista situacional 30

2.2.3.Entrevista comportamental 31

2.2.4. Entrevista inicial 32

51

2.2.5. Entrevista de follow up 32

CAPÍTULO III 33

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E COMPETITIVA DE RH

3.1. A administração de RH no Brasil 38

CAPÍTULO IV

A PESQUISA 41

4.1. O questionário 41

4.2. A aplicação do questionário 42

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

ANEXOS 53

52

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 – Questionário 53

Anexo 2 – Gráfico 1 54

Anexo 2 – Gráfico 2 54

Anexo 2 – Gráfico 3 54

Anexo 2 – Gráfico 4 55

Anexo 2 – Gráfico 5 55

Anexo 2 – Gráfico 6 55

Anexo 2 – Gráfico 7 56

53

ANEXO I – QUESTIONÁRIO

Questionário para Monografia em Pedagogia Empresarial.

Temática: Recrutamento e Seleção

Aluno: Vitor Aiello Barboza Matrícula : T207613

Nome do Entrevistado :

Empresa: Cargo:

1) A empresa em que você trabalha têm, em seu RH, um setor específico de Recrutamento e Seleção? Qual é a importância desse setor ou prática (no caso de não haver um setor específico) para a estrutura organizacional da empresa?

2) Existe investimento, de qualquer natureza, no setor ou na prática de recrutamento e seleção e/ou funcionário(s) que desempenhem essa função na empresa em que trabalha?

3) Quais os métodos e/ou técnicas de recrutamento mais utilizadas pelo RH da sua empresa?

4) Quais os métodos e/ou técnicas de seleção mais utilizadas pelo RH da sua empresa?

5) Você percebe algum ponto que permita uma menor eficiência no Setor de Recrutamento e Seleção na empresa aonde trabalha? Em caso afirmativo, qual(is) e que medidas poderiam ser tomadas para um melhor aproveitamento?

6) Atualmente, se fala muito sobre o conceito de ''RH Estratégico'' no setor corporativo. O que é ''RH Estratégico'' para você?

7) Como você poderia descrever a relação do conceito de ''RH Estratégico'' e o setor de Recrutamento e Seleção?

8) O conceito de ''RH Estratégico'' é aplicado de alguma forma na empresa aonde trabalha? Em caso Afirmativo, explique de que forma esses métodos são utilizados.

54

ANEXO II – GRÁFICOS

Gráfico 1

Gráfico 2

Gráfico 3

55

Gráfico 4

Gráfico 5

Gráfico 6

56

Gráfico 7