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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES CURSO DE DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR PÓS- GRADUAÇÃO LATU SENSU A UTILIZAÇÃO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO GLORIA MARIA ALVES FEITOSA Orientador: Profª Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

CURSO DE DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU

A UTILIZAÇÃO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO

GLORIA MARIA ALVES FEITOSA

Orientador: Profª Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A UTILIZAÇÃO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO

GLORIA MARIA ALVES FEITOSA

Apresentação de monografia à

Universidade Cândido Mendes como

condição prévia para a conclusão do

Curso de Pós-Graduação LATU SENSU

em Docência do Ensino Superior.

Rio de Janeiro, RJ, maio de 2002

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RESUMO

Este trabalho trata da utilização da Internet na Educação. Estão

incluídos uma breve evolução histórica da Internet, as suas características e as

vantagens e desvantagens da sua utilização na Educação e na sala de aula.

Após esta exposição faz-se uma reflexão, baseada nestas vantagens e

desvantagens, sobre o papel do professor e sobre a real situação da Internet

como ferramenta educacional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

CAPÍTULO I 8

CAPÍTULO II 13

CAPÍTULO III 17

CAPÍTULO IV 21

CONCLUSÃO 28

ANEXOS 30

BIBLIOGRAFIA 33

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INTRODUÇÃO

Não dá para esconder que a rápida evolução tecnológica da

atualidade torna o convencional, as especialidades, algumas funções de

gerenciamento e certos tipos de trabalho, seja manual ou não, obsoletos !

Vivemos um momento de novas tecnologias de comunicação.

Assistimos ao surgimento e à expansão de formas alternativas e até

revolucionárias de tratar, transmitir e alcançar informação. A realidade social

que compartilhamos é, cada vez mais, construída, pensada e escrita a partir de

uma lógica cibernética. O que antes era unicamente assunto de filmes e séries

de TV de "ficção científica", hoje participa de processos que constróem o

mundo como representação.

Como parte integrante das estruturas do mundo social, a relação

ensino-aprendizagem é historicamente produzida pela articulação das práticas

políticas, sociais e discursivas. Uma transformação cultural incide diretamente

nos objetos e personagens da ação educacional, não podendo ser ignorada

pelos educadores.

Já passou o tempo em que o giz e o quadro-negro eram as

principais ferramentas educacionais. O surgimento de novas tecnologias trouxe

possibilidades ainda não mensuráveis de comunicação e, por conseguinte, de

Educação. O computador, parte importante do bom funcionamento do cotidiano

da sociedade moderna, tornou-se arma essencial para o desenvolvimento e

para a busca de novas possibilidades no processo educacional. O processo de

globalização encurta cada vez mais as distâncias entre culturas e as novas

tecnologias representam um novo relacionamento entre fontes de informação e

entre quem as procura. Neste cenário a Internet chega às salas de aula,

passando a concentrar uma série de dúvidas e questionamentos tornando

premente refletir sobre as novas práticas descortinadas pela Internet que

alcançam a relação ensino-aprendizagem. O principal questionamento é : Qual

é o lugar da Internet dentro das práticas pedagógicas ligadas ao ensino ?

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A Internet é fonte de informações e meio de comunicação. E não

resta dúvida que as duas características alcançam e podem beneficiar, alunos

e professores.

O uso da rede como meio de comunicação encerra grandes

possibilidades, em especial, no que se refere à formação crítica e criativa do

aluno. O correio eletrônico abre as portas para trabalhos cooperativos e troca

experiências entre educadores, o que leva a uma diversificação das práticas e

oportunidade de atualização permanente. A comunicação via rede permite a

ocorrência de pesquisas comparativas entre cidades, estados e até países,

bem como a elaboração de trabalhos em parceria. Isso sem esquecer o fato de

que esse sistema permite que a escola coloque a disposição dos educandos o

material pedagógico que pode ser consultado e utilizado estando fora do

estabelecimento de ensino e do horário normal de aulas. Este aspecto

funcional da Internet nos mostra a rede como meio de expressão. Os alunos

sentem-se motivados a expor trabalhos na rede, pois podem mostrar suas

realizações diante da comunidade de internautas e isso deve ser aproveitado

pelo professor.

O que surpreende na Internet é a multiplicidade de serviços

propostos e as informações de todos os tipos, associados à eliminação de

distâncias e de fronteiras. Os educadores são atraídos pela idéia de que no

meio de todas essas fontes existem muitos documentos e informações de

interesse educativo e exploráveis em atividades pedagógicas, mas esta rica

oferta não muda em nada a relação que deve-se ter com os materiais

documentais e informacionais.

É importante manter uma postura crítica, procurando selecionar e

analisar a relevância das informações, tirando o melhor proveito da variedade

da rede. No que se refere ao educador, é primordial que ele prepare os jovens

para as novas tecnologias de acesso ao saber e ao conhecimento, sem

esconder as dificuldades relacionadas com a multiplicidade de dados

disponíveis na Internet. O professor deve fornecer os meios que possibilitem ao

aluno distinguir entre dados factuais, opiniões, relatos de experiência,

documentos públicos, conclusões científicas etc. Fornecendo modelos de

consulta crítica e determinando o valor das informações, ele estará criando um

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primeiro degrau para que o aluno possa a vir organizar e construir

conhecimento.

A Educação tem de mudar. É muito mais importante ensinar as

pessoas a aprender por si mesmas, do que ensinar uma matéria.

O capítulo inicial dessa monografia descreve a trajetória histórica

da Internet, focalizando a sua origem e sua expansão e mostra a relevância de

um estudo que enfoque as possibilidades de uso educacional da rede.

O segundo capítulo trata das vantagens da utilização da Internet

na Educação.

O terceiro capítulo trata das desvantagens da utilização da

Internet na Educação.

O quarto capítulo traz uma reflexão, baseada nos dois capítulos

anteriores, sobre a questão do uso da Internet na Educação.

Finalmente, chega-se a conclusão de que não existe uma posição

única sobre a utilização da Internet na Educação. Conclui-se que a Internet

pode ser um ótimo recurso educacional, caso seja utilizada com atenção e

consciência.

É importante deixar claro que este trabalho não se propõe a

analisar as questões financeiras envolvidas quando se usa a Internet na sala

de aula.

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CAPÍTULO I

A INTERNET : ORIGEM E EXPANSÃO

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A Internet não é uma rede, é uma rede de redes de

computadores, todas intercambiando livremente, programas e informações.

A semente da Internet foi plantada em 1969, nos Estados Unidos

da América, em pleno período de guerra fria com o bloco soviético, quando o

Departamento de Defesa Norte-Americano (DOD – Department of Defense),

prevendo que um possível ataque do inimigo desmantelasse a sua rede de

comunicações altamente centralizada, patrocinou um novo projeto, que

descentralizaria as operações e o armazenamento das informações. Este

projeto consistia em uma rede alternativa que garantia a segurança nas

comunicações entre os computadores militares espalhados pelo país. Esta

rede chamava-se ARPANET (ARPA vem da expressão Advanced Research

Project Agency).

Aos poucos, esta rede cresceu para interligar universidades,

centros de pesquisas e corporações mundiais, que faziam pesquisas com

fundos militares, que passaram a utilizar a rede para troca de informações. Por

razões altamente estratégicas, esta rede foi desenvolvida de forma que caso

uma de suas partes destruída, o restante continuaria a funcionar normalmente.

Os grupos acadêmicos passaram a enviar e a receber

correspondência eletrônica, criando e alimentando grupos sobre discussões

sobre os mais diversos assuntos. Os acadêmicos, entretanto, perdiam o direito

a utilizar a rede quando se afastavam de suas Universidades, o que os levava

a buscar formas de continuarem conectados. Além disso, a ARPANET fez tanto

sucesso que todas as universidades, assim como outras organizações e suas

redes desejavam se interconectar com ela. E aí surgiram problemas de

gerência e controle da rede, que não podia colocar em risco a segurança dos

computadores militares e seus dados.

Ao mesmo tempo, a rede passou a incorporar além do correio

eletrônico, uma forma de transferência de arquivos (FTP – File Transfer

Protocol – para transferir arquivos em geral e correio eletrônico) e a conexão

remota (TELNET – protocolo que prevê a emulação dos diferentes terminais

para poderem interagir, visto não serem todos do mesmo fabricante, ou melhor,

com a mesma plataforma operacional).

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Nos anos 80, estas questões levaram à separação em duas

redes: MILNET, para o tráfego das comunicações militares, e uma ARPANET

menor, para assuntos não-militares. Mais tarde esta ARPANET menor

transformou-se na NSF-NET (National Science Foundation). Mesmo assim,

estas duas redes permaneceram interligadas com a devida segurança para as

informações militares.

NO BRASIL

A legislação brasileira impedia que as organizações nacionais,

além da Embratel, transmitissem dados digitais. O NCE-UFRJ, contornando

este fato, conseguiu, após muito esforço, a permissão das autoridades

brasileiras para que nossas universidades pudessem se ligar à NSF-NET.

Em 1987, o NCE-UFRJ, em uma primeira tentativa, decidiu se

iniciar na BITNET (rede que liga as universidades dos Estados Unidos, Canadá

e Europa) e não na NSF-NET. A BITNET possuía menor restrição tecnológica

em relação à robusta NSF-NET e era a alternativa para aquelas instituições de

ensino e pesquisa que não tinham contratos de pesquisa com o DOD. Em

paralelo entram nessa empreitada a FAPESP (Fundação de Amparo à

Pesquisa no Estado de São Paulo) e o LNCC (Laboratório Nacional de

Computação Científica, localizado no Rio de Janeiro).

Em 1990, com forte apoio do CNPq, criou-se a RNP (Rede

Nacional de Pesquisas), com o objetivo de expandir a rede interacadêmica. A

RNP restringia-se quase exclusivamente a áreas de interesse da comunidade

acadêmico-científica e das organizações não-governamentais, como o Ibase

(Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas). Assim começaram as

primeiras ligações de interesse privado no Brasil.

A evolução foi natural. Hoje a RNP se conecta à Internet por este

mundo afora a outras redes mundiais sem maiores restrições.

É muito difícil avaliar o número de pessoas que utilizam a rede,

mas segundo o "NUA Surveys", em pesquisas datadas de julho/2000, estima-

se que o número de usuários da Internet no mundo esteja em torno de 359,8

milhões de pessoas, dos quais apenas 6,79 milhões (3,95% da população do

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país) estão no Brasil. Mesmo assim, o Brasil é o décimo colocado em

quantidade de usuários, mas é o 36º, quando se ordena por percentual

populacional. Estas informações podem ser conferidas no anexo 1.

Para se ter idéia do crescimento do número de usuários da rede,

basta saber que segundo o mesmo NUA, em abril de 1999, existiam 160

milhões de usuários da Internet no mundo. Um estudo das Nações Unidas

estimava que em abril de 2000, seriam 200 milhões. Como, segundo o NUA,

em julho de 2000, eram 359,6 milhões de usuários, vê-se que na prática, este

número extrapola as previsões.

O que tudo isso tem a ver com a Educação ?

Por que a Internet deveria entrar na escola ?

A resposta é simples: porque a Internet é um mundo em que se

pode viver uma outra forma de experiência, virtual, paralela à real, mas sempre

de grande impacto emotivo, cultural e didático. Diz-se que os documentos

existentes na Internet superaram a cota de um bilhão (dados de fevereiro de

2000), formando uma grande massa de informação.

Encontra-se tudo na rede e aumentam a cada dia o número de

sítios e páginas. Entre esses, os de escolas são abundantes. Qualquer pessoa,

física ou jurídica, pode construir uma página e implementá-la na Internet. Não

há restrição de nenhuma espécie.

Segundo Moran (1997) estima-se que diariamente, mais de cento

e quarenta mil páginas são criadas na rede. Há informações demais e

conhecimento de menos no uso da Internet na Educação. E há uma certa

confusão entre informação e conhecimento. Há muitos dados disponíveis. Na

informação os dados estão organizados dentro de uma lógica, de um código,

de uma estrutura determinada. Conhecer é integrar a informação no referencial

humano, pessoal, no paradigma individual, apropriando-a, tornando-a

significativa para cada pessoa. O conhecimento não se passa. O conhecimento

se cria, se constrói.

A Internet está trazendo inúmeras possibilidades de pesquisa

para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula. A facilidade de,

digitando duas ou três palavras nos serviços de busca, encontrar múltiplas

respostas para qualquer tema, é uma facilidade deslumbrante, impossível de

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ser imaginada há bem pouco tempo. Isso traz grandes vantagens e também

alguns problemas.

É impossível citar todas as vantagens e desvantagens da Internet.

No Capítulo II serão enumeradas algumas vantagens e no Capítulo III, algumas

desvantagens, da utilização da Internet na sala de aula e na Educação.

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CAPÍTULO II

VANTAGENS DO USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO

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Segundo Moran (1997), entre as vantagens da utilização da

Internet na Educação, pode-se citar:

1.1 – Aumento da motivação e do interesse dos alunos

Por ser atraente, a Internet possibilita novas descobertas, novas

amizades. A motivação também aumenta no momento em que os alunos

percebem que podem divulgar seus trabalhos na rede. Segundo Moran (1997):

"O fato de ver o seu nome na Internet e a possibilidade de divulgar os seus trabalhos e pesquisas, exerce forte motivação nos alunos, os estimula a participar mais em todas as atividades do curso." (Moran, 1997)

1.2 - Proporciona o contato com outras culturas

A Internet proporciona a visita a sítios no mundo todo, permitindo

que o aluno tome conhecimento de outras línguas, hábitos e manifestações de

outros povos. Possibilita ainda descobrir lugares inesperados, materiais

valiosos, endereços curiosos, programas úteis, pessoas divertidas e

informações relevantes.

1.3 – Melhora a comunicação entre os alunos

Através da Internet os alunos podem comunicar-se com outros

alunos e com os professores a qualquer hora. Um aspecto muito interessante

está no fato do aluno poder comunicar-se com outros alunos e professores que

estejam distantes geograficamente, até mesmo em outro país, mas que de

alguma forma, pode trocar suas experiências, fazer consultas e até entrevistas.

A comunicação pode ser feita através de correio eletrônico, por listas de

discussão, por comunicação instantânea (ICQ, por exemplo), através de voz e

também de imagem. Cria-se uma sinergia entre as mais variadas ações

intelectuais, capaz de acionar modos de cooperação, mantendo uma memória

comum dinâmica. Neste ponto é relevante notar o conceito de inteligência

coletiva explorado por Lévy: "projeto de uma inteligência variada, distribuída em

toda parte, sempre valorizada, colocada em sinergia, em tempo real".

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1.4 – Estimula o aluno a expressar-se segundo suas habilidades

A Internet proporciona aos alunos formas de expressão variadas

através da escrita, do desenho, da música, do desenho animado e da história

em quadrinhos. Já disse Howard Gardner: " Em nossa sociedade colocamos as

inteligências lingüística e lógico-matemática, figurativamente falando, em um

pedestal. Grande parte da testagem está baseada nessa alta valorização das

capacidades verbais e matemáticas. Se você se sai bem em linguagem e

lógica, deverá sair-se bem em testes de QI e SATs, e é provável que entre

numa universidade de prestígio. Mas o fato de sair-se bem depois de concluir

a faculdade provavelmente dependerá igualmente da extensão em que você

possuir e utilizar as outras inteligências,..." (Gardner, 1995).

1.5 – Permite que o aluno aprenda no seu ritmo

O aluno pode avançar nos seus trabalhos segundo seu próprio

ritmo de aprendizagem.

1.6 - Permite desenvolver a capacidade de síntese no aluno

Quando o aluno pesquisa num site de busca, é preciso que ele

interprete adequadamente o resultado fornecido para não se perder na

navegação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões

possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que

se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares,

idéias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam dados mais em

seqüência do que em confronto.

1.7 – Permite ao aluno trabalhar em grupo e individualmente

Os alunos podem realizar suas pesquisas individualmente, por

exemplo através de sítios de busca ou em sítios indicados pelo professor. Eles

vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em mídia

magnética (por exemplo, disquete ou CD-ROM) e também fazem anotações

escritas, com rápidos comentários sobre o que estão gravando. As descobertas

mais importantes são comunicadas aos colegas e os resultados são

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socializados, discutidos, comparados. Nesse momento pode ser gerado um

trabalho final resultante das discussões em torno das pesquisas de cada aluno.

1.8 – Ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental e a adaptação a

ritmos diferentes

Os alunos desenvolvem a intuição e flexibilidade mental a medida

que vão adquirindo experiência em pesquisas em sítios de busca e também

quando analisam criticamente a informação contida nas páginas visitadas.

1.9 – Permite ao aluno expressar-se de forma mais livre e criativa

A multiplicidade de recursos oferecidos leva o aluno a expressar-

se de forma mais criativa (ele pode usar texto, imagem e som) livremente com

os recursos disponíveis. Na rede não há censura nem qualquer outra forma de

cerceamento da liberdade de expressão.

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CAPÍTULO III

DESVANTAGENS DO USO DA INTERNET NA

EDUCAÇÃO

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Segundo Moran (1997), pode-se citar como desvantagens do uso

da Internet na sala de aula:

1.1 – Facilidade de dispersão

A Internet, por ser atraente, possibilita a dispersão do aluno

através de assuntos que não pertencem à pesquisa em andamento.

1.2 – O tempo que se gasta na rede

Há informações que distraem, que pouco acrescentam ao que já

se sabe, mas que ocupam muito tempo de navegação.

Um outro fator importante a ser considerado, que faz o usuário

gastar muito tempo na rede, é o tipo de conexão utilizado. As conexões por

modem podem ser lentas em função da velocidade do modem e em função do

tráfego de dados na rede. Já as conexões a cabo proporcionam maiores

velocidades de transmissão.

Em qualquer dos casos, perde-se muito tempo na rede.

1.3 – Possibilidade de não se aprofundar nos assuntos pesquisados

Os alunos mais jovens podem ser levados a descobrir muitas

coisas interessantes, enquanto deixam, por ansiedade ou afobação, outras

tantas, tão ou mais importantes, de lado.

1.4 – Dificuldade para avaliar o sítio visitado

É difícil avaliar rapidamente o valor de cada página, porque há

muita semelhança estética na sua apresentação, há muita cópia da forma e do

conteúdo. Além disso para avaliar um sítio é preciso já ter um pouco

desenvolvido o olhar crítico e o aluno pode não ter alcançado ainda um estágio

de maturidade que lhe permita ter segurança para criticar o sítio.

1.5 – Dificuldade para conciliar os diferentes tempos dos alunos

Alguns alunos respondem imediatamente. Outros demoram mais,

são mais lentos. A lentidão, se por um lado, pode permitir um maior

aprofundamento, por outro pode comprometer o ritmo do trabalho e,

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consequentemente o resultado final, caso haja um prazo a ser cumprido . Na

pesquisa individual esses ritmos diferentes podem ser respeitados. Nos

projetos de grupo, isso depende muito do coordenador e do respeito entre seus

membros.

1.6 – A participação dos professores é desigual

Alguns professores se dedicam a dominar a Internet, a

acompanhar e supervisionar os projetos. Outros, acompanham à distância o

que os alunos fazem, e vão ficando para trás no domínio das ferramentas da

Internet. E sem conhecer estas ferramentas, o professor emprega mal o tempo

de aula e de pesquisa.

Setzer acrescenta:

1.7 – Diminuição da comunicação oral e conseqüente prejuízo para o

desenvolvimento intelectual

Caso a Internet seja utilizada sem que, em paralelo, sejam

realizadas apresentações e discussões do material recolhido pelo grupo, o

aluno pode ser levado a diminuir o seu convívio social na escola, e passando

muito tempo desenvolvendo trabalhos de pesquisa individualizados.

1.8 – Uma criança pode ser obrigada a exercer um tipo de pensamento que

deveria empregar somente em idade mais avançada.

Setzer acredita que o computador pode roubar da criança a sua

necessária infantilidade, pois a obriga a ter atitude, pensamento e fazer uso de

uma linguagem exata que deveria ser dominada exclusivamente por adultos.

Elas passam a ser obrigadas a observar, sentir, pensar e agir como adultos. A

Internet piora esta situação, pois abre a qualquer um o mundo da informação.

Na opinião de Setzer, "crianças e jovens podem ser castrados pela supressão

precoce de sua maneira natural, intuitiva, maleável, imprecisa, aberta e

holística de se relacionar com o mundo" . E mais : "esses jovens passarão a ter

uma admiração indevida pelas máquinas, vão achar que elas são superiores

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aos seres humanos e que estes são máquinas lentas e imperfeitas." (Setzer,

2001) .

1.9 – Há muito lixo na Internet

Como qualquer pessoa que tem acesso à Internet pode criar a

sua página, expressar suas opiniões e seus conceitos segundo o seu

entendimento, é esperado que haja na Internet material inadequado a

determinadas faixas de maturidade. A pessoa que não tiver maturidade para

criticar o que vê na Internet, ou em qualquer outro local, poderá adquirir valores

éticos inadequados à boa convivência em sociedade. Além deste problema,

exatamente pelo fato de não haver nenhuma forma de controle do conteúdo

disponibilizado pela Internet, encontram-se sítios com vocabulário inadequado,

erros grosseiros de ortografia e de concordância, além de conceitos científicos

incorretos.

Há mais uma questão a ser tratada neste item. Setzer diz que

"pouca gente sabe que todas as máquinas têm efeitos colaterais indesejáveis.

Por exemplo, a televisão induz o telespectador a um estado de sonolência,

independentemente do programa, como já foi comprovado por estudos

neurofisiológicos. Assim, esse aparelho não permite normalmente uma atitude

crítica e consciente do telespectador, gravando em seu subconsciente tudo o

que é transmitido, sem que geralmente seja filtrado pelo consciente" . O

computador, assim como a televisão, faz uso de imagem e som, e pode utilizar

os mesmos recursos técnicos que induzem o usuário a entender a realidade de

determinada forma ou a agir de determinada maneira. Esta técnica é muito

bem utilizada na propaganda para convencer o usuário de que ele necessita

comprar um determinado produto. Entretanto a mesma técnica pode também

ser utilizada para induzir o usuário a comportamentos não condizentes com a

vida em sociedade, a assumir valores não-éticos , à indisciplina ou até mesmo

ao crime. Para entender como esta técnica funciona é necessário considerar

um conjunto de conceitos da Física e da Biologia, que não são adequados

neste trabalho. Entretanto Setzer explica muito bem o assunto (2001, p. 15-20).

É preciso muito critério e maturidade para uma pessoa

concentrar-se e buscar apenas o que lhe é útil.

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CAPÍTULO IV

REFLEXÕES SOBRE O USO DA INTERNET E O PAPEL

DO PROFESSOR

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A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos,

pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece.

Essa motivação aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de

abertura, de cordialidade com os alunos. Mais do que a tecnologia, o que

facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação

autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus

alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua.

Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor

diferente da convencional. O professor não é o "informador", o que centraliza a

informação. O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala

de aula. Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a

importância do conhecimento que poderá ser alcançado, mostrando

entusiasmo. O professor deve mostrar aos alunos a ligação do assunto com os

interesses deles.

O papel do professor deixará de ser o de total entregador da

informação para ser o de facilitador, supervisor, consultor do aluno no processo

de resolver o seu problema. Eventualmente, essa consultoria terá momentos

de transmissão de conhecimento ao aluno. Entretanto ela deverá se concentrar

em propiciar ao aluno a chance de converter a enorme quantidade de

informação que ele adquire, em conhecimento aplicável na resolução de

problemas de seu interesse (Valente, 1996) .

Analisando os pontos relacionados no dois capítulos anteriores,

pode-se notar que num primeiro momento a utilização da Internet pode não

contribuir muito na sala de aula. Diante de tantas possibilidades de busca, a

própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de

interpretação. O aluno tende a dispersar-se. Isso se deve a uma primeira etapa

de deslumbramento diante de tantas possibilidades que a Internet oferece. É

mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisá-las, compará-las,

separando o que é essencial do que é acidental, hierarquizando idéias,

assinalando coincidências e divergências. Os alunos se impressionam primeiro

com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações e sons. As

imagens animadas exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e

televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados de

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lado, o que pode levar à perda de informações de grande valor. Logo, ensinar

usando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor.

O fato dos sítios de busca indicarem ao aluno múltiplos

endereços, leva este aluno a desenvolver seus próprios critérios de triagem do

material colhido. Encontrar múltiplas respostas para qualquer tema é uma boa

facilidade, mas isso pode trazer vantagens e alguns problemas. O professor

deve atuar sempre questionando o aluno no sentido de levá-lo a analisar

criticamente cada sítio visitado.

Num segundo momento, o aluno deve ser levado a perceber que

o resultado de sua pesquisa num sítio de busca pode mudar significativamente

a partir da escolha das palavras-chave por ele utilizadas. É a hora em que o

aluno parte do geral para o específico. Ele percebe que quando usa palavras

mais abrangentes na sua busca, obtém mais endereços e que no conjunto

destes endereços, muitos não se aplicam à sua pesquisa, estão repetidos ou

são indicações equivocadas.

Na etapa seguinte o aluno passa a direcionar a busca para temas

específicos, utilizando palavras-chave menos amplas e compondo expressões

que serão buscadas não mais como palavras soltas. O aluno deve ser levado a

pesquisar em vários sítios de busca e a comparar os resultados.

Todo este processo levará o aluno a desenvolver a habilidade de

descobrir os melhores endereços e onde vale a pena aprofundar a pesquisa. O

aluno desenvolve a habilidade de retirar do material colhido, o que é realmente

relevante para a pesquisa que ele está realizando.

O professor deve periodicamente pedir aos alunos que relatem a

síntese do que encontraram de mais significativo, a partir de suas anotações e

do material gravado. Caminha-se então em direção a um aprofundamento dos

resultados pesquisados. Num próximo encontro, professor e alunos relacionam

as coincidências e divergências entre os resultados encontrados e as

informações já conhecidas em reflexões anteriores, em livros e revistas. Essa

discussão maior é importante, para que a Internet não se torne só uma bela

diversão. A comunicação dos resultados ao grupo é cada vez mais relevante

pela quantidade, pela variedade e pela desigualdade de dados e pelas

informações contidas na páginas da Internet. Há muitos pontos de vista

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diferentes explicitados. A colocação em comum facilita a comparação, a

seleção, a organização hierárquica de idéias, conceitos e valores.

A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição.

Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas,

sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes. A intuição

é um radar que o aluno desenvolve ao consultar as páginas que o levará mais

perto do que ele procura. A intuição o leva a aprender por tentativa, erro e

acerto. O gosto estético ajuda a reconhecer e apreciar páginas elaboradas com

cuidado, com bom gosto, com integração de imagem, texto e som.

Na rede o aluno pode encontrar pessoas que possuem os

mesmos interesses. Estas pessoas podem estar perto ou longe, fisicamente,

mas certamente, a partir do momento em que se "localizam", as distâncias

geográficas encurtam e elas podem trocar experiências sempre que quiserem.

Esses encontros podem ser através de "chat" , fórum, listas de discussão. Um

fórum para discussão de um tema específico desenvolve habilidades de

pensamento lógico, bem como a capacidade de comunicação do aluno.

O ambiente da rede abre caminho para uma comunicação direta,

interativa e coletiva. Nesse sentido, anuncia-se uma relação cada vez mais

direta entre produtores e usuários da informação. Segundo Pierre Lávy,

estamos assistindo a uma "desterritorialização da biblioteca" que é um prelúdio

à aparição de um novo tipo de relação cognitiva. Estaríamos retornando às

nossas origens, quando as sociedades sem escrita desenvolveram técnicas de

memória, ancoradas nas narrativas e nas emoções coletivas, uma vez que o

saber hoje poderia ser novamente sustentado pelas coletividades, e não

unicamente fornecido pelos sábios. A diferença entre o passado de oralidade e

o momento presente, é que agora o depositário direto do saber não seria mais

o corpo comunitário físico e sua memória, mas sim a Internet.

Em relação à liberdade, Setzer afirma que "liberdade é hoje em

dia essencial ao ser humano" (2001), mas argumenta que ela só faz sentido se

usada com critério e responsabilidade. E vai mais longe: "A Internet se usada

educacionalmente, introduz uma espécie de Educação Libertária, isto é, o

aluno ou a criança, em seu lar ou escola tem total liberdade de, por intermédio

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da rede, fazer o acesso a informações . No entanto estas podem não ser

próprias para sua maturidade e ambiente."

A utilização da Internet proporciona ainda um ambiente

construtivista, onde o aluno vai construindo o seu conhecimento a cada

pesquisa que realiza e discute em grupo. O ambiente é cooperativo. A cada

discussão é construído mais um pouco do seu conhecimento a partir de cada

resultado que cada aluno traz para ser discutido.

O que se pode ver é que vantagens e desvantagens se

confundem, em função das condições em que a Internet é utilizada. Por

exemplo, se por um lado a liberdade de expressão permite ao aluno expressar-

se livremente conforme suas habilidades, essa mesma liberdade de expressão

que todos possuem na Internet, pode ser prejudicial quando vier de encontro

ao desenvolvimento sadio e natural dele. Se por um lado há muito lixo na

Internet, a existência deste lixo ajuda o aluno a desenvolver o pensamento

crítico em relação ao que lê, vê e ouve para selecionar o que é realmente

interessante. Se por um lado existe a facilidade de dispersão desviando o aluno

dos seus objetivos, por outro lado é esta dispersão que leva o aluno a descobrir

caminhos interessantes, fora do seu objetivo atual, que poderão ser visitados

em outra oportunidade.

O professor deve acompanhar cada aluno, incentivá-lo, resolver

suas dúvidas, divulgar as melhores descobertas. Deve ainda não impor e sim

acompanhar, sugerir, incentivar, questionar e aprender junto com o aluno.

O processo de introdução de novos meios informacionais no

espaço escolar traz alterações no modelo educacional tradicional. Num

primeiro plano, urge a necessidade de treinamento dos professores e

adaptação às novas tecnologias. Muito provavelmente a etapa mais essencial é

a sensibilização do professor, que tende a temer o uso dos computadores.

Estamos diante da construção de um novo paradigma

educacional, no qual o professor deixa de ser o controlador da informação,

detentor exclusivo do conhecimento. A nova realidade implica na exploração

individual de uma grande diversidade de conteúdos, que estão em constante

renovação. Assim, o professor surge como um guia que deve beneficiar-se das

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novas ferramentas e garantir as melhores condições para uma aprendizagem

colaborativa.

O educador dispõe de novos métodos e maios para o trabalho de

ministrar e preparar suas aulas, mas, mais do que isso, ele encara uma nova

maneira de comunicar-se com seus alunos. O professor em tempos de Internet

deve incentivar o aluno a navegar em busca de novos conhecimentos,

explorando todas as suas potencialidades. Isso inclui uma troca constante com

o professor, e produz um relacionamento mais próximo e descontraído entre

estudantes e educadores.

O quadro a seguir, elaborado pelas pesquisadoras Marilene

Santos Garcia e Iolanda Cortelazzo – da Escola do Futuro da Universidade de

São Paulo, destaca algumas das novas condições da relação ensino-

aprendizagem.

A sala de aula antes e depois da Internet

Na educação tradicional Com a nova tecnologia

O professor Um especialista Um facilitador

O aluno Um receptor passivo Um colaborador ativo

A ênfase educacional Memorização de fatos Pensamento crítico

A avaliação Do que foi retido Da interpretação

O método de ensino Repetição Interação

O acesso ao

Conhecimento

Limitado ao conteúdo Sem limites

Fonte:Revista Nova escola, Ano XIII, nº 110, março de 1998

Logo, a atuação do professor na sala de aula é muito importante

pois cabe a ele o controle de toda esta situação em que vantagens podem se

transformar em desvantagens e vice-versa.

O professor deve ter consciência que o saber não é um produto

acabado, pronto, ao contrário, está em constante mutação. Ele deve deixar

para os alunos um legado relacionado à capacidade de aprender novas noções

e conceitos, de avaliar e de confiar no seu comportamento diante de novas

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situações. O estudante deve estar apto a abrir suas próprias rotas, a buscar

suas interpretações, a fazer questionamentos aos caminhos já traçados. Para

desenvolver projetos desse tipo nada melhor do que o ambiente do

computador, que atrai e motiva os jovens.

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CONCLUSÃO

A Internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a

implantação da televisão. É a mídia mais aberta e descentralizada. Aumenta o

número de pessoas ou grupos que criam na Internet suas próprias revistas,

emissoras de rádio ou de televisão sem pedir licença ao estado ou estar

vinculados a setores econômicos tradicionais. Cada um pode nela dizer o que

quer, conversar com quem desejar, oferecer os serviços que considerar

convenientes.

A distância hoje não é principalmente a geográfica, mas a

econômica (ricos e pobres), a cultural (acesso efetivo à educação continuada),

a ideológica (diferentes formas de pensar e sentir) e a tecnológica (acesso e

domínio ou não das tecnologias de comunicação).

A Internet está explodindo na educação. Universidades e escolas,

assim como quaisquer outras instituições, correm para tornarem-se visíveis.

Alguns criam páginas padronizadas, onde mostram a sua filosofia, as

atividades administrativas e pedagógicas. Outros criam páginas atraentes, com

projetos inovadores e múltiplas conexões.

A chave para promover o desenvolvimento do aprendizado com a

Internet reside em trilhar o caminho de exploração das possibilidades da rede

nas situações de ensino-aprendizagem. A necessidade de obedecer aos

rígidos planejamentos e programas escolares sobre conteúdos previamente

determinados podem parecer um entrave, mas acreditamos que seja possível

romper essas barreiras lançando mão dos inúmeros benefícios e vantagens da

Internet.

Quando o trabalho é orientado por professores conscientes de

seu papel, a rede pode levar o aluno a desenvolver um pensamento crítico e

habilidade para solução de novos problemas. O professor pode encorajar os

estudantes a explorar a rede com um determinado objetivo e, a partir desse

material, julgar a autenticidade dos dados e o peso das evidências, comparar

os diferentes pontos de vista sobre a questão, analisar e sintetizar as diversas

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fontes de informação e construir seu próprio entendimento do tópico ou da

questão que eles têm na mão.

É primordial que o professor tenha em mente que o que deve

estar em primeiro lugar não é a quantidade de informações, mas a capacidade

de lidar com elas, através de processos que impliquem sua apropriação e

comunicação, e, principalmente, sua produção, a fim de que sejam transpostas

a situações novas. Somente quando se dá essa apropriação e transposição de

conhecimentos para novas situações é que podemos verificar que houve um

aprendizado.

Os novos projetos educacionais podem ser viabilizados pelo

maior uso dos novos recursos tecnológicos, como a Internet. Entretanto, não

basta colocar as antigas formas de ensinar e as tradicionais posturas nos

novos meios. O momento é de incorporar a imaginação e a afetividade na

relação ensino-aprendizagem, estabelecendo uma relação crítica permanente

com o mundo que nos cerca.

Se a Internet pode contribuir para universalizar o conhecimento e

a informação, ela também pode agir no sentido de formar um ser humano mais

participativo. Navegar na rede significa ver abertas inúmeras possibilidades de

ir e vir, no tempo e no espaço, e essa característica propicia a formação de um

indivíduo que saiba dialogar não só com os novos valores tecnológicos, mas

com todos os elementos da teia social.

Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarem

simultaneamente os paradigmas do ensino. Caso contrário servirá somente

como um verniz, um paliativo ou uma estratégia de "marketing" para dizer que

o nosso ensino é moderno. A profissão do presente e do futuro é educar para

saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a

comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica.

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ANEXOS

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Anexo 1

USUÁRIOS DE INTERNET NO MUNDO – JULHO DE 2000 (Dados compilados a partir de informações do "NUA Surveys" – veja nota e

metodologia ao final)(1)

Classificação por quantidade de usuários

Posição País Usuários (milhões)

% População Data da avaliação

1 Estados Unidos 143,900 52,20 Jul/2000 2 Japão 27,060 21,38 Mai/2000 3 Inglaterra 19,470 32,72 Jul/2000 4 Alemanha 15,900 19,37 Mar/2000 5 Coréia do Sul 15,300 32,31 Jul/2000 6 Canadá 13,280 42,80 Dez/1999 7 Itália 11,600 20,13 Jul/2000 8 França 9,000 15,26 Mar/2000 9 Austrália 7,550 39,40 Jul/2000 10 Brasil 6,790 3,95 Dez/1999 11 Rússia 6,600 4,52 Abr/2000 12 Taiwan 6,400 28,84 Jul/2000 13 Holanda 4,500 28,47 Fev/2000 14 Suécia 3,950 44,33 Dez/1999 15 Espanha 3,620 9,26 Dez/1999 16 Polônia 2,800 7,25 Mar/2000 17 Noruega 2,200 49,57 Mar/2000 18 Finlândia 2,150 41,61 Fev/2000 19 Bélgica 2,000 19,64 Jan/2000 20 Dinamarca 1,900 35,47 Out/1999 21 Hong Kong 1,850 26,00 Jun/2000 22 Àustria 1,850 22,73 Mar/2000 23 Singapura 1,740 41,91 Mai/2000 24 Suíça 1,700 23,37 Dez/1999 24 Grécia 1,330 12,42 Out/1999 26 Nova Zelândia 1,310 34,19 Jul/2000 27 Israel 1,000 17,12 Jul/2000 28 Irlanda 0,819 21,57 Jul/2000 29 Portugal 0,700 6,97 Jul/2000 30 Eslováquia 0,700 12,94 Jul/2000 31 Hungria 0,650 6,38 Mar/2000 32 Chile 0,620 4,12 Abr/2000 33 Eslovênia 0,460 23,00 Jul/2000 34 Emirados Árabes Unidos 0,400 17,06 Mar/2000 35 Uruguai 0,300 7,50 Abr/2000 36 Líbano 0,220 6,39 Mar/2000 Total Mundial 359,800

(1) Foram considerados somente países com mais de 200.000 usuários da Internet. Metodologia do NUA: - Usuários representa adultos e crianças que tenham acessado a Internet pelo memos uma vez durante os três meses anteriores a pesquisa. - Um usuário representa uma pessoa com acesso a Internet, e não alguém com uma conta em um provedor. - Quando a informação disponível for somente a de pessoas com contas em provedor, esta informação é multiplicada por 3 para chegar-se à quantidade

de usuários Internet. Antônio Secco – UCP/PNAFE Fonte: http\ \www.esaf.fazenda.gov.br/cst/arquivos/usuarios.internet-jul-00.pdf

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USUÁRIOS DE INTERNET NO MUNDO – JULHO DE 2000 (Dados compilados a partir de informações do "NUA Surveys" – veja nota e

metodologia ao final)(1)

Classificação por % da população usu

Posição País Usuários (milhões)

% População Data da avaliação

1 Estados Unidos 143,900 52,20 Jul/2000 2 Noruega 2,200 49,57 Mar/2000 3 Suécia 3,950 44,33 Dez/1999 4 Canadá 13,280 42,80 Dez/1999 5 Singapura 1,740 41,91 Mai/2000 6 Finlândia 2,150 41,61 Fev/2000 7 Austrália 7,550 39,40 Jul/2000 8 Dinamarca 1,900 35,47 Out/1999 9 Nova Zelândia 1,310 34,19 Jul/2000 10 Inglaterra 19,470 32,72 Jul/2000 11 Coréia do Sul 15,300 32,31 Jul/2000 12 Taiwan 6,400 28,84 Jul/2000 13 Holanda 4,500 28,47 Fev/2000 14 Hong Kong 1,850 26,00 Jun/2000 15 Suíça 1,700 23,37 Dez/1999 16 Eslovênia 0,460 23,00 Jul/2000 17 Àustria 1,850 22,73 Mar/2000 18 Irlanda 0,819 21,57 Jul/2000 19 Japão 27,060 21,38 Mai/2000 20 Itália 11,600 20,13 Jul/2000 21 Bélgica 2,000 19,64 Jan/2000 22 Alemanha 15,900 19,37 Mar/2000 23 Israel 1,000 17,12 Jul/2000 24 Emirados Árabes Unidos 0,400 17,06 Mar/2000 25 França 9,000 15,26 Mar/2000 26 Eslováquia 0,700 12,94 Jul/2000 27 Grécia 1,330 12,42 Out/1999 28 Espanha 3,620 9,26 Dez/1999 29 Uruguai 0,300 7,50 Abr/2000 30 Polônia 2,800 7,25 Mar/2000 31 Portugal 0,700 6,97 Jul/2000 32 Líbano 0,220 6,39 Mar/2000 33 Hungria 0,650 6,38 Mar/2000 34 Rússia 6,600 4,52 Abr/2000 35 Chile 0,620 4,12 Abr/2000 36 Brasil 6,790 3,95 Dez/1999 Total Mundial 359,800

(2)

(1) Foram considerados somente países com mais de 200.000 usuários da Internet. Metodologia do NUA: - Usuários representa adultos e crianças que tenham acessado a Internet pelo memos uma vez durante os três meses anteriores a pesquisa. - Um usuário representa uma pessoa com acesso a Internet, e não alguém com uma conta em um provedor. - Quando a informação disponível for somente a de pessoas com contas em provedor, esta informação é multiplicada por 3 para chegar-se à quantidade

de usuários Internet. Antônio Secco – UCP/PNAFE Fonte: http\ \www.esaf.fazenda.gov.br/cst/arquivos/usuarios.internet-jul-00.pdf

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