UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES · 2009-07-28 · Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE HIPERATIVIDADE Por: DÊNIA SANTOS GOMES SCHNEIDER Orientador Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

HIPERATIVIDADE

Por: DÊNIA SANTOS GOMES SCHNEIDER

Orientador

Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

HIPERATIVIDADE

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em

Psicopedagogia.

Por: Dênia Santos Gomes Schneider

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por estar aqui realizando mais um sonho.

Grande é a minha lista de agradecimentos, o que me torna uma pessoa de sorte. Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado.

Há momentos onde a tristeza ultrapassa a doce alegria que nos acompanha e explodimos em choro.

Há momentos onde a desistência fala mais alto, porque sentimos apenas um vazio sem perspectivas, restando apenas a entrega.

Há momentos onde o cansaço excede o conforto e a esperança de estar bem.

Há momentos onde somos obrigados a dar limites, quando na realidade gostaríamos de seguir livres pelos caminhos que escolhemos.

Há momentos onde falar mais alto parece ser mais importante que calarmos na doçura do silêncio e da compreensão.

Há tantos momentos!

Há momento bom também, claro!

Onde a alegria, energia, barulho da vida se fazem presentes.

Mas esse é o momento que parei para analisar os que doem peguei esses porque nos últimos tempos, você esteve presente em minha vida.

Deu ombro, colo, ouvidos, falou, se calou, dividiu forças, dor, chorou comigo.

E agora, esse é o momento que, quero agradecer todo o carinho e a dedicação que tem demonstrado em minha vida.

Você foi e tem sido muito importante, obrigado por fazer parte da minha vida.

Autor desconhecido.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, primeiramente, a Deus, pois sem ele nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando juntos. Algumas pessoas marcam nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonhos e outras porque partiram e levam consigo um pouco de nós. Dedico também a minha mãe, que esta no céu, e ao meu esposo, que esta do meu lado incentivando sempre. E as minhas amigas, em especial, Lana Figueiredo e Carla Tavares.

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RESUMO

Atualmente nossa sociedade, as crianças se têm um comportamento

mais agitado, já é hiperativo. As grandes maiorias dos professores estão

despreparados para receber essas crianças, confundem um pouco uma criança

levada e sem limites, com uma criança hiperativa. Esse tema, tem como

objetivo de desenvolver capacidade de lidar melhor com essas crianças, e é

um distúrbio de comportamento, e que se não tratado, causa problemas para

resto da vida. De um lado os professores despreparados do outro a sociedade

cobrando um comportamento mais calmo e sereno de seus filhos, e família se

mostra resistente. A criança acaba tendo que mudar de escola por várias

vezes,além de ter sua auto-estima abalada por todos. As crianças com TDAH,

são muito inteligentes, e tem aprendizado comprometido, o comportamento

inadequado no âmbito social. Na infância o transtorno geralmente aparece de

maneira mais clara, sem conseguir ficar quieta com um comportamento muito

agitado, dificuldade na hora da realização das tarefas. É comum à criança

hiperativa apresentar essas características antes dos três ou quatro anos de

idade, mas não costumam ser considerado preocupante até inicio da

escolaridade. O diagnóstico deve ser precoce baseado no histórico do

indivíduo,e o tratamento é dado através da psicoterapia e medicamentos

psicoestimulantes.

Palavras- chave: Hiperatividade, comportamento, Déficit de Atenção, diagnóstico

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METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho acadêmico,baseou-se na pesquisa de

estudos científicos,feitos por diferentes autores que abordam o transtorno de

Déficit de Atenção e Hiperatividade.

O ponto de vista dos autores,que serão citados,divergem em alguns

aspectos, causas do transtorno e manifestações de comportamento de

criança,adolescentes e adultos. Merecendo uma reflexão mais aprofundada

sobre esses aspectos.

A análise descritiva do assunto visa explicar como ocorre esse problema

que aflige tantos indivíduos e conseqüentemente suas famílias e amigos,com

os quais convivem.

O TDAH, prejudica os relacionamentos e o desenvolvimento da pessoa

como ser social,desde da fase escolar até a profissional.

Por isso,se faz necessário um estudo rigoroso,para que se possa

entender o que realmente acontece com essas pessoas,assim como a melhor

maneira de ajudá-los a ter uma vida mais agradável e com menos problemas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - o que é hiperatividade? 10

CAPÍTULO II - As causas da Hiperatividade 16

2.1- Como descobrir a hiperatividade e os Sintomas 20

2.2- Como tratar a hiperatividade 24

CAPÍTULO III - Como a escola pode ajudar um aluno imperativo 28

3.1- Outras formas de tratar a hiperatividade vista pela

Psicopedagogia 32

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 41

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

8

INTRODUÇÃO

O termo hiperatividade é muitas vezes utilizado de maneira

inadequada,designando crianças com comportamento agitado a dificuldades de

concentração e aprendizagem.

Uma parcela significativa de professores não sabe identificar as

características corretas da hiperatividade,fato que dificulta a percepção e o

trabalho destes com crianças com esse tipo de distúrbio.

Pensando em todas essas questões e por ter crianças na escola e na

família,com esse comportamento diferente, optamos pesquisar, sobre o

tema,com o objetivo de desenvolver a capacidade de lidar melhor com estas

crianças,tendo mais sensibilidade para perceber suas dificuldades e

possibilidades de sancioná- las .

São crianças que parecem sempre estar em movimento,que não

conseguem ficar paradas mesmo que outras pessoas exerçam um estímulo

nesta direção. Nem mesmo os pais destas crianças conseguem fazer com que

elas fiquem quietas. Os pais que mais sofrem com o comportamento inquieto

destas crianças,são eles que passam o maior stress psicológico. De um lado

estão os professores,os familiares e a sociedade de um modo geral cobrando

um comportamento mais calmo e sereno dos seus filhos, do outro lado está a

criança que se mostra resistente á todos os tipos de tentativa de mudar de

atitude.

Talvez o maior problema que ocorra em relação á TDAH está no fato de

que o conhecimento sobre este transtorno seja muito pequeno na população

leiga e até mesmo nas áreas médica e psicológica. Muitas das pessoas com

TDAH passam a sua vida inteira sendo acusadas injustamente de serem mal

educadas,preguiçosas,desequilibradas,temperamentais,etc...quando na

verdade são portadoras de uma síndrome que simplesmente as fazem agir de

maneira impulsiva,desatenta e ás vezes até mesmo caótica.

O desconhecimento que existe sobre o TDAH tem um motivo: a demora

para se reconhecer este transtorno como um problema neuropsicológico e a

9controvérsia sobre se realmente o TDAH pode ser reconhecido como um

transtorno por si próprio.

Neste trabalho nós reunimos informações que coletamos sobre os

diversos aspectos deste transtorno,esperando uma melhor compreensão do

que seja TDAH e quais os recursos disponíveis para o tratamento, além de

fornecer novas alternativas para a integração do indivíduo na sociedade.

No capítulo I começaremos por uma tentativa de definição sobre do que

se trata o TDAH e suas características.

No capítulo II discutiremos as causas e como descobrir o TDAH, e a forma

de tratamento

Apresentaremos no capítulo III como a escola pode ajudar nosso aluno

com TDAH e várias formas de tratamento vista pela psicopedagogia.

Esperamos que este trabalho possa criar novas hipóteses, para que o

conhecimento das famílias e educadores sobre TDAH, possa crescer ainda

mais e diminuir o sofrimento daqueles que sofrem.

10

CAPÍTULO I

O QUE É HIPERATIVIDADE ?

Segundo alguns estudiosos, a hiperatividade pode aparecer desde a

gravidez, devido ao bebê se mexer além do normal. Há possibilidade de fato,

de ser detectar o TDAH durante a gravidez e como lidar com problema.

O que é hiperatividade?

Segundo estudiosos, a hiperatividade é um assunto complexo e extenso,

expondo da melhor maneira possível informações sobre este tão pouco

conhecido e confundido assunto, por professores que acham que uma criança

que corre um pouquinho a mais que o normal é hiperativo.

E diagnosticam logo mandando ao neurologista.

“A criança hiperativa representa um enorme desafio para pais e

professores [...]” GOLDSTEIN (1998, p.19)

Na realidade,a questão do transtorno do desenvolvimento da atenção ,no

caso o TDAH com hiperatividade é uma patologia, um problema que cujo

conhecimento é relativamente recente conhecimento mais aprofundado.

Na realidade esse transtorno não é obrigatoriamente acompanhado da

hiperatividade e é uma patologia,uma doença de fato. É um transtorno,um

problema considerado uma doença, pois é uma doença relacionada à essência

de produção de determinados neurotransmissores que são substâncias

produzidas em maior ou menor quantidade no nosso sistema nervoso central e

regula o funcionamento do mesmo. Pode acontecer então o transtorno do

desenvolvimento da atenção com hiperatividade que normalmente os

professores observam de maneira mais flagrante, que são aquelas crianças

hiperativas, hiper-cinéticas, que não param quietas, se movimentam, não

mantém a atenção e tiram a atenção das demais. Mas também se deve ficar

atento, principalmente na vida escolar,iguais nas deficiências da parte dos

desenvolvimentos escolares, pedagógicos e de condições de ensino é que nós

11temos um grande grupo de crianças que têm o mesmo tipo de transtorno,só

que não tem a mesma característica da hiperatividade e tem na realidade a

hipoatividade, e é uma tendência a se minorar a situação;essas crianças são

quietinhas, ficam lá sentadas na carteira, não mexem com ninguém, mas na

realidade estão desligadas, como apáticas. Na realidade têm um interior

agitado e no decorrer das aulas ficam pensando em outras coisas e têm a

mesma dificuldade que o hiperativo tem de se concentrar.

A diferença é que o hiperativo é hiper-cinético, tem uma mobilidade muito

grande, uma incapacidade de ficar quieto. Ele levanta, senta, brinca com o

colega, vai pegar o material de alguém, mexe dezenas de vezes no material.

Resumindo; tem necessidade de estar num movimento contínuo.

O transtorno do desenvolvimento de atenção com hiperatividade tem a

mesma agitação, só que ela é um ataque psiquismo, na realidade ele tem uma

difusão grande de idéias, de pensamento, muito embora ele não tenha essa

necessidade de estar também se movimentando, não tem a hiper-cinesia. As

duas questões são importantes porque igualmente são prejudiciais na vida

dessa criança. Os professores numa classe de vinte a quarenta crianças, entre

ter, a maioria hiperativa ou hipoativa, preferem o hipoativo que dá muito menos

trabalho, mas educacionalmente é tão importante uma como a outra.

Sobre a pergunta, sobre a detecção da hiperatividade ainda no útero

materno,na realidade nós sabemos que temos um sistema nervoso e ele tem

uma característica muito peculiar. O sistema nervoso é o único órgão que não

está pronto quando do nascimento. Todos os demais órgãos, normalmente,a

não ser que haja uma patologia, estão prontos quando nascimento, quando do

parto;apenas ocorrerá o desenvolvimento, o crescimento. O braço,já é braço; o

coração e todos os outros órgãos apenas aumentarão o volume, contrário do

sistema nervoso. O sistema nervoso é um sistema nervoso na vida intra-uterina

e quando a criança nasce ele já é outro sistema nervoso, ou seja, novas

células ainda estão em produção e novas atividades estão ainda em aquisição,

estarão sendo desenvolvidas. Esse desenvolvimento variando de criança para

criança ocorrerá até os sete, oito, nove e dez anos, então até esse período

12novas funções estarão sendo adquiridas, novas atividades estarão sendo

aprendidas por este sistema nervoso e novas células, novas massas neuronais

estarão ainda se formando.

Uma série de axônios que são ligações entre essas células nervosas, se

formando em maior ou menor quantidade e isso é muito importante. Nós vemos

esse processo de reabilitação em qualquer sentido: em deficiência neurológica,

em deficiências psicossociais que se deixa para começar o tratamento quando

na maioria das vezes não tem mais jeito, que é após essa faixa etária dos

oito,nove,dez anos,quando não tem mais jeito de você ter a possibilidade de

contar com aquilo que chamamos de plasticidade neuronal que é a capacidade

do sistema nervoso vir a se desenvolver. É difícil você estabelecer que uma

criança na vida intra-uterina já seja hiperativa. Essa questão de a criança por

mexer muito dentro do útero ser uma criança hiperativa é muito como ela tem

os demais componentes emocionais dela equivalentes ao de qualquer pessoa,

ela passa a ter raiva,responde agressão com agressão. A criança hiperativa vai

ter naturalmente uma série de outros problemas. Daí a necessidade cada vez

maior de se cuidar,de se ter atenção disso.

No Brasil há trabalhos que demonstram que crianças imperativas serão

adultos com possibilidades de terem problemas relacionados ao convívio

social,ao desajuste social mais sério; dificuldades de conseguir emprego e se

manter nele. Pessoas que se acabam envolvendo em comportamentos

compulsivos, relacionados a determinados vícios e com predisposição a

utilização de drogas e dependências químicas (álcool e drogas não permitidas

legalmente).

A hiperatividade é um transtorno e só é confirmada a partir de quando a

criança começa sua vida escolar, isso em média aos cinco anos de idade.

Alguns fatores de desenvolvimento ocorrem no início da infância, como por

exemplo: o bebê com dificuldade para dormir e para se acalmar, esta criança

tem tudo para ser hiperativa.

“[...] embora os profissionais não rotulem uma criança antes de ela ter, no

mínimo, cinco anos [...]” (GOLDSTEIN, 1998, p.22).

13 A hiperatividade ainda é pouco estudada, mas está presente no dia-a-dia.

Mesmo sem que se perceba convive-se muitas vezes com crianças hiperativas.

Uma das principais causas da hiperatividade é a hereditariedade, pois esse

problema poderá ocorrer em qualquer família; E a melhor maneira de se evitar

que um adolescente e um adulto não passe por problemas como a

hiperatividade é tratá-lo enquanto criança.

A hiperatividade por muitas pessoas não é levada a sério, e se não

tratada na infância traz conseqüências drásticas para o resto da vida.

Segundo alguns estudiosos, a hiperatividade pode aparecer desde a

gravidez, devido ao bebê se mexer além do normal. A hiperatividade é um

tema muito discutido no momento por pais e professores, por não saberem o

que fazer com os alunos que correm durante o recreio da escola. Esses alunos

são confundidos como hiperativos e logo é pedido aos pais para levarem ao

médico e, na maioria das vezes, pega um médico despreparado e passa logo

um calmante, e a criança passa a dormir na sala de aula. As crianças com

TDAH são as primeiras a serem identificadas pelos professores em classe e

recomendadas a procurar um médico. As crianças hiperativas têm muitas

dificuldades de aprendizagem causadas por redução nas habilidades

perceptivas, visuais e auditivas. Existem vários fatores que contribuem para as

dificuldades, como por exemplo: a falta de paciência dos adultos. Segundo o

que pesquisei, geralmente os médicos prescrevem remédios para acalmar a

criança hiperativa, mas só o medicamento não é suficiente para resolver o

problema. A criança precisa da aceitação, compreensão e auxílio das pessoas

mais próximas. A medida que a criança se sente acolhida, protegida e aceita

por seus familiares, professores e amigos, ela vai se tornando mais segura, e

com o tratamento correto começa a exercer o controle interno, que muitas

vezes parece que falta e que é muito importante para sua realização como

pessoa.

A criança hiperativa apresenta dificuldades mais comuns na infância. De

forma exagerada, para ela, no seu dia-a-dia existem muitos desafios

produzidos por várias deficiências ou poucas habilidades, que geram muitas

dificuldades impostas pelo mundo exterior. Muitas pessoas encontram-se com

14esse transtorno sem diagnóstico ou com o diagnóstico incorreto, para muitos o

problema refletem no estágio pelo qual a criança possa estar passando.

Segundo GOLDSTEINS (2002), esse transtorno é um problema de saúde

mental que tem quatro características básicas: desatenção e distração. As

crianças hiperativas têm dificuldades em se concentrar em tarefas e prestar

atenção de forma concentrada quando comparadas com seus colegas. Quanto

mais desinteressante e repetitiva for, maior é a dificuldade delas. A atenção é

um processo complexo, que envolve habilidades diferentes.

Um aluno deve dominar um certo número de habilidades relativas à

atenção, orientação, inclui a capacidade de focalizar a atenção de forma

apropriada em um dado momento, começar a tarefa que foi atribuída, manter a

atenção o tempo necessário para terminar a tarefa, ser capaz de fazer

anotações e, ao mesmo tempo, ouvir o professor e estar pronto para responder

durante as atividades, uma criança hiperativa não consegue desempenhar

essas funções. Superexcitação e atividade excessiva.

As crianças com TDAH tendem a ser excessivamente agitadas e ativas e,

facilmente levadas a uma emoção excessiva. Elas têm dificuldade de controlar

o corpo em situações que lhe exijam que fiquem sentados em silêncio por

muito tempo. Suas reações emocionais são mais intensas e mais freqüentes

que as de outras crianças, isso ocorre independentemente do tipo de emoção

que esteja sendo expressa, seja ela de tristeza, felicidade, raiva, frustração.

Impulsividade: as crianças têm dificuldade de pensar antes de agir, dificuldade

de seguir regras, na maioria das vezes não entendem e conhecem as regras,

mas na sua necessidade de agir rapidamente sobrepõe-se a reduzida.

Capacidade de autocontrole, o que acaba resultando em um comportamento

inadequado.

Dificuldade com frustração: as crianças com TDAH tem dificuldade para

trabalhar com objeto de longo prazo, elas necessitam mais de repetidas

compensações em curto prazo, que da uma única recompensa em longo prazo.

O constante satisfazer-se pode ser ineficaz para mudar o comportamento das

crianças hiperativas (TDAH), já que possuem um déficit multinacional.

15 Outro componente que explica a dificuldade em lidar com as frustrações é o

que os psicólogos chamam de reforço negativo, que significa provocar formas

para mudar o comportamento da criança, ao contrário do reforço positivo, que

significa recompensar a criança pelo comportamento que seja fortalecido.

Geralmente o comportamento das crianças hiperativas resulta em um grande

número de reforços negativos, fruto das tentativas dos pais de controlá-las.

A criança deficiente em uma, duas ou até quatro dessas habilidades está

comprometida de forma significativa na sua capacidade para ser bem sucedida

ao lidar com a realidade. As dificuldades geradas por este transtorno têm

grande impacto na vida da criança ou do adolescente e das pessoas com as

quais convive, pais, professores e amigos. As crianças diagnosticadas com

TDAH ou hiperativas, geralmente sofrem diante dos preconceitos , rotulações e

incompreensão, o que acaba gerando a desadaptação da criança ao meio

onde vive. A frustração de se sentir rejeitado resulta no aumento da

agressividade da criança e na tentativa de controlar os amigos.

A queixa mais constante das pessoas que se relacionam com a criança

hiperativa é sobre seu comportamento agressivo, que gera baixa popularidade

entre os amigos. A agressividade é uma característica constante nos

portadores de TDAH.

“A agressividade não é um aspecto básico para o diagnóstico de

Hiperatividade. Trata-se, entretanto, de um componente geralmente presente

entre os problemas apresentados pela criança hiperativa. Foi estimado que

pelo menos 30% a 40% das crianças hiperativas exibem comportamento social

agressivo.” (GOLDSTEIN, 2002,p.85).

16

CAPÍTULO II

AS CAUSAS DA HIPERATIVIDADE

Segundo Rohde e Benczik (1999), são:

- Hereditariedade;

- Problemas durante a gravidez ou no parto;

- Exposição a determinadas substâncias (como luz fluorescente);

- Problemas familiares;

- Alimentação (excesso de açúcar e uso de aditivos alimentares como:

corantes e conservantes);

- Deficiência de vitaminas;

- Hormônios;

- Lesões cerebrais;

- Uso de aspartame;

- Epilepsia;

- Envenenamento por chumbo;

- Manifestação de hipertireoidismo.

Se durante a gravidez, a saúde da mãe é frágil, se ela apresentar

problemas como: inchaço nos tornozelos e aumento de pressão arterial

(eclampsia) antes do parto, o bebê apresenta maior tendência para

desenvolver problemas de comportamento e aprendizado.

Segundo Rohde e Benczik (1999), para explicar as causas da TDAH é o

de vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai manifestar-se de acordo com

a presença de desencadeadores ambientais. A pessoa apresenta algumas

dificuldades, mas número insuficiente de sintomas para chegar a um

diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.

Na idade escolar, crianças com TDAH, apresentam uma maior

probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e

17dificuldades emocionais e de relacionamentos sociais. Supõe-se que os

sintomas do TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao

fracasso nas áreas mais importantes para um bom desenvolvimento escolar e

no relacionamento com os colegas.

À medida que cresce o conhecimento médico, educacional, psicológico e

da comunidade a respeito dos sintomas e dos problemas ocasionados pelo

TDAH, um número cada vez maior de pessoas está sendo corretamente

diagnosticado e tratado. Mesmo assim, suspeita-se que um grupo significativo

de pessoas com TDAH ainda permanece não identificado ou com diagnóstico

incorreto. Seus problemas se intensificam e provocam situações muito difíceis

no confronto da vida normal.

O TDAH é com freqüência apresentado, erroneamente, como um tipo

específico de problema de aprendizagem. Ao contrário, é um distúrbio de

realização. Sabe-se que as crianças com TDAH são capazes de aprender, mas

tem dificuldade em se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas

do TDAH tem sobre sua atuação. Por outro lado 20% a 30% das crianças com

TDAH também apresentam um problema de aprendizagem, o que complica

ainda mais a identificação correta e o tratamento adequado.

Pessoas que apresentam sintomas do TDAH na infância, demonstram

uma probabilidade maior de desenvolver problemas relacionados com

comportamento opositivo desafiador, delinqüências, transtorno de conduta,

depressão e ansiedade. Os teóricos, no entanto, sugerem que o resultado

desastroso apresentado por alguns adolescentes não é uma conseqüência

apenas do TDAH, mas, antes, uma combinação de TDAH com outros

transtornos de comportamento, especialmente nos jovens ligados a atitudes

criminosas e abuso de substâncias.

Relatos sobre adultos com TDAH mostraram que eles enfrentam

problemas sérios de comportamento anti-social, desempenho educacional e

profissional pouco satisfatório, depressão, ansiedade e abuso de substâncias.

Infelizmente mais adultos de hoje não foram diagnosticados como crianças

com TDAH. Cresceram lutando com uma deficiência que freqüentemente

18passou sem diagnóstico, foi mal diagnosticada ou, então, incorretamente

tratada.

A maioria dos adultos com TDAH apresenta sintomas similares aos

apresentados pelas crianças. São freqüentemente inquietos, facilmente

distraídos, lutam para conseguir manter o nível de atenção, são impulsivos e

impacientes. Suas dificuldades em manejar situações de “stress” levam a

grandes demonstrações de emoção. No ambiente de trabalho, é possível que

consigam alcançar boa posição profissional ou status compatível com sua

educação familiar ou habilidade intelectual.

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado,

geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra. O diagnóstico pode ser

auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, principalmente

em casos duvidosos, como em adultos e em crianças, para o acompanhamento

adequado do tratamento. Uma pessoa pode apresentar o transtorno de

hiperatividade quando a maioria dos sintomas torna-se uma ocorrência

constante em sua vida:

- Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;

- Com freqüência abandona sua cadeira sem ala de aula ou em outras

situações nas quais se espera que permaneça sentado;

- Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais

isso é inapropriado (em adolescentes e adultos isso pode ocorrer, mas a

pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);

- Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver

silenciosamente em atividades de lazer;

- Está freqüentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a

todo vapor”;

- Freqüentemente fala em demasia.

Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em

pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao

que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes

aspectos:

19- Freqüentemente dá respostas precipitadas antes das perguntas terem

sido completadas;

- Com freqüência, tem dificuldade para aguardar sua vez;

- Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por

exemplo: intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).

Segundo GOLDSTEIN (2006), o TDAH aparece geralmente na primeira

infância e atinge aproximadamente de 3% a 5% da população durante a vida

toda, não importando o grau de inteligência, o nível de escolaridade, a classe

sócio-econômica. De acordo com estudos recentes, o TDAH é mais percebido

em meninos do que em meninas, numa proporção de 2/1; sendo que nos

meninos os principais sintomas são a impulsividade e a hiperatividade, e nas

meninas, a desatenção. Os índices variam conforme a fonte de informação.

Atinge de 6% a 8% em crianças com idade escolar. Algumas crianças

desenvolvem o transtorno bem precocemente, porém antes dos quatro ou

cinco anos é muito difícil se fazer um diagnóstico preciso. É de origem orgânica

e pesquisas apontam (JENSEM, 1999), que as crianças mais propensas a

desenvolver este transtorno são filhos de pais hiperativos (50%), irmãos (5% a

7%), gêmeos (55% a 92%) e que 50% a 60% ainda persistem com sintomas

acentuados na fase adulta, pois não há cura. Muitos pesquisadores acreditam

não ser hereditário e que seja conseqüência de algum desequilíbrio da química

do cérebro. Algumas crianças, entretanto, podem apresentar sintomas de

hiperatividade como resultado de ansiedade, frustração, depressão ou de uma

criação imprópria. O transtorno é causado por um mau funcionamento da

neuroquímica cerebral. Ainda não foi descoberto o mecanismo exato, porém

estudos confirmam que há uma alteração metabólica, principalmente na região

pré-frontal do cérebro, principal reguladora do comportamento humano. Não

possuem exata consciência do perigo e demoram mais para perceber se

ocorreu algum ferimento. Também podem apresentar distúrbio da fala, onde

são verificados atrasos na aquisição e desenvolvimento da linguagem que

pode ocorrer devido à dificuldade de atenção e à lentidão em ultrapassar as

etapas do desenvolvimento da linguagem oral.

20 A característica mais comum é o distúrbio de comportamento, onde a

criança apresenta tendência para apresentar problemas emocionais. São tidas

como desligadas, inquietas, desajeitadas e, muitas vezes, rejeitadas pela

sociedade. Outra característica também evidente são os distúrbios de

aprendizagem. A aprendizagem é bastante prejudicada devido à dificuldade de

concentração. Durante a idade escolar, a criança é considerada como

diferente, indisciplinada, já que costuma manter-se agitada o tempo todo.

Segundo MATTOS (2005) “os sintomas geralmente aparecem até os sete

anos de idade, mas podem se manifestar por toda a vida”.

Para diagnosticar o TDAH, tipo desatento, é necessário à observação de

seis ou mais sintomas referentes a este subtipo e menos de seis sintomas de

hiperatividade-impulsividade. No TDAH, tipo hiperativo-compulsivo, seis ou

mais sintomas devem ser observados nesta categoria e não ultrapassar de seis

sintomas, no subtipo desatenção. Já no TDAH, tipo combinado, a observação

paira em seis ou mais sintomas de subtipo desatento e seis ou mais sintomas

do subtipo hiperativo-compulsivo. (BARROS, 2002, p.32).

2.1- Como descobrir a hiperatividade e os Sintomas

É impossível não perceber a chegada de uma criança hiperativa em um

ambiente. O alvoroço toma conta: arrastam cadeiras, avançam brinquedos,

pulam sem parar, são estabanadas, com freqüência tropeçam, esbarram em

objetos derrubando-os. Muitos pais acreditam que é um sinal de vivacidade. A

hiperatividade traz dificuldade de aprendizado e, sem tratamento, pode

comprometer o desempenho do adulto. Atualmente também é chamada de

Transtorno Deficitário da Atenção (TDAH). As causas podem ser de origem

orgânica, neurológica, psíquica e psicológico e o fator hereditário pode

contribuir, por isso o diagnóstico não deve ser feito por um único médico, mas

por uma equipe multidisciplinar.

21 De acordo com (BRANDÃO,1983,p.198), para diagnosticar a

hiperatividade é necessário verificar os sintomas comportamentais:

“incapacidade de ficar quieto, distração fácil por estímulos irrelevantes,

impaciência, total desatenção a perguntas e em tarefas, desobediência,

impulsividade, tendência excessiva às manifestações verbais e um déficit

auditivo aparente”

Para TOPCZEWSKI (1999, p.36), hiperatividade é um sintoma sem

definição, porém há um consenso de que é um distúrbio comprometedor de

comportamento do indivíduo, sendo caracterizado como um desvio de

comportamento em virtude da presença excessiva de alternância de atitudes e

atividades, incapacitando o indivíduo de permanecer quieto por um

determinado período de tempo para o desenvolvimento de atividades diárias.

Para esse autor, “crianças e adolescentes hiperativos são freqüentemente

considerados como pessoas inconvenientes”.

Segundo BRANDÃO (1983):

Nem sempre a hiperatividade vai estar ligada ao distúrbio de atenção, são independentes, podendo ocorrer individualmente. A atenção é nome dado ao caráter direcional e à seletividade dos processos mentais organizados. Para esse autor, os hiperativos têm histórias semelhantes, são em geral frutos de uma gravidez difícil e a cada quatro crianças hiperativas, surge uma menina. (p.36)

É uma constatação internacional. Há algumas hipóteses para tentar

explicar isso. Os meninos, pela própria natureza do sexo, são mais ativos,

inquietos. Basta ver as brincadeiras, eles se atracam, correm o tempo todo. Na

hora do recreio, as meninas, normalmente, conversam em grupos, enquanto os

meninos chutam a lata de lixo. Para se divertir, eles precisam de atividades

físicas mais intensa. (CYPEL , 2001,p.40).

Aqui estão algumas pessoas famosas que são hiperativos:

§ Alexander Graham Bell (1862-1939) – inventor do telefone

§ Beethoven (1770-1827) – compositor

§ Bill Cosby – ator

§ Tom Cruise – ator

22§ Salvador Dali – pintor

§ Leonardo Da Vinci (1462-1519) – inventor, artista plástico

§ Walt Disney (1901-1966) – criador do Império Disney (um editor de

jornal o demitiu porque ele não tinha boas idéias)

§ Kirk Douglas – ator

§ Thomas Edison (1847-1931) – inventor da lâmpada (suas professoras

disseram que ele era tão estúpido que não seria capaz de aprender

nada)

§ Albert Einstein (1897-1955) – físico (só falou com quatro anos e leu com

sete anos)

§ Galileo Galilei (1564-1642) – matemático, astrônomo

§ Dannu Glover – ator

§ Whoppi Goldberg – atriz

§ Ernest Hemingway – escritor

§ Dustin Hoffman – ator

§ Magic Johnson – jogador de basquete

§ Michael Jordan – jogador de basquete

§ John Lennon (1940-1980) – compositor (um dos Beatles)

§ Abraham Lincoln (1809-1865) – presidente dos EUA

§ Wolfgang Amadeus Mozart (1765-1791) – músico

§ Napoleon Bonaparte (1769-1873) – imperador

§ Sir Isaac Newton (1642-1727) – cientista e matemático

§ Nostradamus (1503-1566) – físico e profeta

§ Pablo Picasso (1882-1973) – artista plástico

§ August Roden (1840-1917) – artista plástico, escultor

§ Mu Hammad Anwar al Sadat (1918-1981) – presidente egípcio,

ganhador do prêmio Nobel da Paz em 1976)

§ Sócrates – filósofo

§ Steven Spielberg – diretor de cinema

§ Leo Tolstoy – escritor

§ Van Goh – artista plástico

§ Jim Carrey – ator

23§ Cher – atriz, cantora

Geralmente o problema é mais notado quando a criança inicia atividades

de aprendizado na escola,pelos professores das séries iniciais,quando o

ajustamento á escola mostra-se comprometido.Durante o início da

adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo,com problemas

predominantemente escolares,mas no final da adolescência e inicio da vida

adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de conduta(mau

comportamento) e problemas de trabalho e de relacionamentos com outras

pessoas.Porém,no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora

global dos sintomas, principalmente da hiperatividade, o que permite que

muitos pacientes adultos não necessitem mais realizar tratamento

medicamentoso para os sintomas.

Segundo os estudos mais recentes apontam para a genética como

principal causa relacionada ao transtorno.Aproximadamente 75% das chances

de alguém desenvolver ou não o TDAH são herdados dos pais.Além da

genética,situações externas como o fumo durante a gestação também parecem

estar relacionados com o transtorno.Fatores orgânicos como atrasado no

amadurecimento de determinadas áreas cerebrais,e alterações em alguns de

seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos

sintomas. Supõe-se que todos esses fatores formem uma predisposição básica

(orgânica) do individuo para desenvolver o problema,que pode vir a se

manifestar quando a pessoa ë submetida a um nível maior de exigência de

concentração e desempenho. Além disso, a exposição a eventos psicológicos

estressantes,como uma perturbação no equilíbrio familiar,ou outros fatores

geradores de ansiedade,como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros

fatores geradores de ansiedade,podem agir como desencadeadores ou

mantenedores dos sintomas.

Os sintomas que o hiperativo apresenta:

24• Crianças que não param,na refeição a criança não fica sentada á

mesa, se levantam o tempo todo e na grande maioria das vezes para

que se alimente,tem que se correr com o prato de comida atrás desta

criança;

• Crianças que não conseguem assistir um programa de tv,ficam o

tempo todo se mexendo,plantando bananeira,não conseguem se

concentrar mexem em coisas;

• Crianças que não conseguem ficar brincando com determinado

brinquedo durante um período, trocando de brinquedo e brincadeira o

tempo todo,nada satisfaz;

• Crianças que não dormem,que ficam todo tempo chorando,ficam

insatisfeitas sempre;

• Crianças que se expõe com muita facilidade a situações de

perigo,não percebem essa faceta e temos que ficar vigiando sempre;

• Crianças que na escola,se destacam em seu comportamento;

• Crianças que não param na sala de aula,não param sentadas na

cadeira,não ficam quietas,mesmo ouvindo a professora contando uma

história;

• Crianças que não conseguem se manter em um grupo ficam

girando em torno de grupo para ver o que um está fazendo ou outro está

fazendo,mexe com os outros, fala o tempo todo,interrompe as

conversas, ás vezes até por motivos não inerentes aquela

conversa,muitas vezes essas crianças interferem nas conversas e são

muitas vezes reprimidas, fazem perguntas o tempo todo e não esperam

a resposta.

2.2- Como tratar a hiperatividade

Segundo os teóricos, são vários motivos que mostram ser de grande

importância médica fazer o diagnóstico e se tratar a criança (ou adulto) com o

transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

25 Primeiro, é importante se fazer o tratamento desse transtorno para que a

criança não cresça estigmatizada como o “bagunceiro da turma” ou como

“vagabundo”, ou como “o terror dos professores”.

Segundo para que a criança não fique durante anos com o

desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasado em

relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva.

Terceiro, é importante fazer um tratamento do transtorno para se tentar

minimizar conseqüências futuras do problema, como a propensão ao uso de

drogas (o que é relativamente freqüente em adolescentes e adultos com o

problema), transtorno do humor (depressão, principalmente) e transtorno de

conduta.

Antes de qualquer tratamento, um exame físico deve ser feito para

descartar outras causas para o comportamento da criança, tais como: infecção

crônica do ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos, ou outros

problemas neurológicos. Existem tratamentos alternativos como o fitoterápico e

o homeopático que tem demonstrado eficácia no tratamento da hiperatividade.

É essencial que o tratamento ocorra de forma cautelosa, em um ambiente

calmo e carinhoso. O tratamento da criança com TDAH exige um esforço

coordenado entre os profissionais das áreas médicas, saúde mental e

psicológica, em conjunto com os pais. Esta combinação de tratamento

oferecido por diversas fontes é denominada de intervenção multidisciplinar. Um

tratamento com esse tipo de abordagem inclui:

- Treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e um

desenvolvimento de estratégias de controle efetivo de comportamento;

- Um programa pedagógico adequado;

- Aconselhamento individual e familiar, quando necessário, para evitar o

aumento de conflitos na família;

- Uso de medicação quando necessário.

De acordo com alguns especialistas, os medicamentos mais utilizados

para o controle dos sintomas do TDAH são os psicoestimulantes. 78% das

crianças e dos adultos com TDAH apresentam uma resposta positiva. Esse

tipo de medicamento é considerado “performance enhancer”. Portanto, eles

26podem até certo ponto, estimular a performance de todas as pessoas. Mas, em

razão do problema específico que apresentam, crianças com TDAH

apresentam uma melhora drástica, com redução do comportamento impulsivo e

hiperativo e aumento da capacidade de atenção.

O controle do comportamento é uma intervenção importante para as

crianças com TDAH. O uso eficiente do reforço positivo combinado com

punições tem sido uma maneira particularmente bem sucedida de lidar com os

portadores do transtorno. Os adultos com TDAH apresentam respostas aos

estimulantes e outros medicamentos semelhantes á das crianças. Eles também

podem se beneficiar aprendendo a estruturar seu meio ambiente,

desenvolvendo hábitos organizacionais e procurando um acompanhamento

profissional. Quando necessário, uma psicoterapia de curto prazo pode ajudar

a enfrentar as exigências da vida e os problemas pessoais do momento.

Terapias mais prolongadas podem ensinar a mudar o comportamento e a criar

estratégias de enfrentamento a pessoas que apresentam uma combinação de

TDAH, não traz resultados satisfatórios a longo prazo. Assim, aumenta a

consciência de que os fatores que predispõem todas as crianças uma vida bem

sucedida são especialmente importantes para as crianças que apresentam

problemas relacionados a distúrbios como o TDAH. Há uma maior aceitação da

necessidade de equilibrar a balança para as pessoas com TDAH, portanto os

tratamentos são aplicados para permitir alívio dos sintomas enquanto se

trabalha no sentido de assistir a pessoa e construir uma vida bem sucedida.

Psicoestimulantes - drogas que estimulam a produção de substâncias

neurotransmissores que estão deficientes.

“Performance enhancer” – são considerados os principais medicamentos

para o tratamento do TDAH.

Por ainda não existir uma cura para o TDAH, o objetivo do tratamento é

melhorar as habilidades individuais. Os medicamentos são só um meio para

diminuir as características do TDAH para que outros tratamentos possam ser

utilizados. Para se ter sucesso com TDAH, precisa de uma combinação de

vários especialistas, médicos, equipe pedagógica, psicólogos, psiquiatras, para

27que a pessoa que sofre do transtorno possa ter uma vida mais regular, sem os

problemas que o TDAH gera.

Normalmente os tratamentos propostos são:

- Medicamentos (recursos psicofarmacológicos): existem três

medicamentos que são usados para o TDAH. O metilfenidato, que é o mais

usado e também por ter menos efeitos colaterais. A desto-anfetamina e a

permolina. Normalmente os efeitos colaterais são a falta de apetite e a insônia,

que somem durante o prolongamento do tratamento, podendo deixar a criança

mais irritada também. Os efeitos mais graves podem ser o surgimento de

tiques, convulsões e outros problemas comportamentais. Daí pede-se a

suspensão da medicação (GOLDSTEIN & GOLDSTEIN,1996).

- Orientação familiar, do portador e da escola (psico-educacional):

normalmente o primeiro recurso a ser usado é que o paciente deve receber

informações sobre a doença, quais os tratamentos ele pode seguir, sobre os

efeitos colaterais do uso da medicação e sobre os tratamentos paliativos

também. Tratamentos breves não surtem efeitos, pois se trata de um transtorno

que o paciente carrega desde a infância até a fase adulta, podendo ou não

melhorar.

- Psicoterapia ou treinamento (psico-sócio-educacional): terapias

comportamentais, tais como: lembretes, notas, estratégias de conduta, técnicas

comportamentais onde se baseia no controle dos prêmios e reforços que o

indivíduo recebe, podendo ser para condutas positivas ou negativas

(GONZÁLEZ,2007). A psicoterapia ajuda o paciente que já passou por muitos

fracassos, rejeições e perdas ocasionadas pelo transtorno.

“Há quem imagine que, pelo fato de não serem encontradas alterações no

exame neurológico convencional ou no eletroencefalograma, estes pacientes

não necessitam de tratamento com medicamentos” TOPCZEWSKI (1999)

Em 1999, TOPCZEWSKI afirma que todos os pacientes apresentam

benefícios com tratamento, melhorando a hiperatividade e o nível de atenção e

concentração.

28

CAPÍTULO III

COMO A ESCOLA PODE AJUDAR O ALUNO

HIPERATIVO

Segundo o psiquiatra, a hiperatividade só fica evidente no período

escolar, quando é preciso aumentar o nível de concentração para aprender.”O

diagnóstico Clínico,deve ser feito com base no histórico da criança” Por isso, a

observação de pais e professores é fundamental. Andrade (2000, p.30).

Geralmente os hiperativos, se mexem muito durante o sono quando bebês.

São mais estabanados assim que começam a andar. Ás vezes,apresenta

retardo na fala,trocando as letras por um período mais prolongado que o

normal. Em casa esses sintomas nem sempre são suficientes para definir o

quadro. Na escola, porém, eles são determinantes. A inteligência de pessoas

imperativas não é comprometida com a doença,mas “o principal empecilho

para elas é a impulsividade e a falta de atenção,ferramentas importantes para o

progresso dos estudos”, Segundo a psicopedagoga e a psicanalista ao tratar o

paciente hiperativo, é notada marcante melhoria no seu rendimento escolar.

Os pacientes que não apresentam dificuldades no aprendizado conseguem executar as tarefas de modo rápido e eficiente,mas como terminam antes que os outros,ficam a atrapalhar o trabalho dos colegas por conta da hiperatividade. Esse comportamento causa insatisfação ao grupo,que passa a reclamar e a interferência do professor,ao chamar a atenção do aluno ,além de acentuar a hiperatividade. (TOPAZEWSKI,1999: 57).

Se o convívio social é importante para o desenvolvimento da criança,para

quem têm TDAH não é diferente. Ao professor cabe observar sinais como

agitação e dificuldade de assimilação. No intervalo das aulas a criança costuma

se meter em brigas ou brincar quase sempre sozinha,tenta chamar a atenção

ou se comporta como se fosse alienada. As meninas que sofrem da doença

são mais distraídas, falam demais ou simplesmente se isolam.

Os meninos não conseguem manter amizades por muito tempo,são agitados e

interrompem a aula constantemente. Antes de apelar para conclusões

29precipitadas é preciso que se leve em conta que crianças imperativas não

podem ser julgadas como rebeldes. Por sofrerem de uma doença que provoca

dificuldades de concentração,não se dão contas das ordens que recebem.

Segundo alguns autores não cabe ao professor ou á escola fazer o

diagnóstico,mas é possível observar o aluno e conversar com os pais para que

um especialista seja procurado.

É possível proporcionar atividades variadas que ocupam a criança o

maior período de tempo possível,dando a ela liberdade de escolhas e de

movimentos, pode auxiliar uma melhor conduta no trato com o hiperativo.

Somente o trabalho livre e diversificado pode favorecer esse tipo de criança

que também se mostra satisfeita na incumbência de realizar tarefas auxiliando

o professor. A impossibilidade para o aprendizado satisfatório ë evidente já que

o comportamento hiperativo acarreta a dispersão e a desatenção. O

adolescente pode apresentar o problema multiplicado,pois vem caminhando

com os transtornos comportamentais e as dificuldades para o

aprendizado,especialmente para a leitura, desde o problema escolar.

Esta dificuldade gera um grau de desinteresse e mesmo desprezo para a

leitura e para as outras atividades escolares,que culmina com o

comprometimento importante do desempenho e do rendimento escolar. Muitos

abandonam a escola e se dedicam ao trabalho,que,na maior parte das vezes, é

pouco qualificado. Há vezes que não conseguem nem mesmo participar nos

negócios da família,os quais já estão estruturados; assim acabam sendo

colocados em posições secundárias, os que geram conflitos internos e a

sensação de insatisfação e infelicidade para o jovem,pois conscientiza,de

maneira concreta,a sua incapacidade global.

Este conflito interno gera a depressão,que se caracteriza por uma sensação de desesperança e certa tendência a desistir dos objetivos futuros pertinentes. Essa visão negativa de si mesmo leva a baixa auto-estima,negativa e uma visão de futuro desfavorável. Os adolescentes apresentam oscilações comportamentais e variações de humor que se agravam com os reveses escolares e os insucessos sociais. Quando adulto, têm raciocínio rápido, mas grande dificuldade de concentração durantes aulas douradoras. Os hiperativos apresentam alterações na chamada memória de curto período, e isto se deve ä baixa capacidade de atenção e a pouca concentração. As mães referem que,quando solicitam algo ä criança, esta retorna após alguns minutos perguntando qual foi à solicitação,pois esqueceu-se do pedido que lhe foi feito. Esta falta de

30memória Já é, por si só, um fator de baixo rendimento escolar que quando associado ä hiperatividade agrava o quadro. (Topazewski,1999, p.57). A escola, desde o século XIX, tornou-se uma atividade obrigatória,e,desde então, a escolaridade passou a ter um papel fundamental para a ascensão social. a partir deste período,as dificuldades escolares e os seus fracassos passaram a ser considerado como um problema importante ou até mesmo uma doença. várias são as causas determinantes do fracasso escolar, e a hiperatividade é uma delas. sabemos que a população de hiperatividade é grande e parte dela apresenta dificuldade para a adaptação escolar,social e familiar. uma reflexão é necessária sobre os efeitos da hiperatividade e quais as repercussões no futuro imediato e a longo prazo,considerando-se a inadaptação social e profissional ( id,1999, p. 58).

Segundo Goldstein (1998), o professor pode ajudar o aluno hiperativo a se

ajustar melhor na sala de aula: proporcionar estrutura,organização e constância

exemplo: sempre a mesma arrumação das carteiras,programas diários regras

claramente definida; colocar a criança perto de colegas que não a

provoquem,perto da mesa do professor; encorajar freqüentemente,elogiar e ser

afetuoso,dar responsabilidades que elas possam cumprir e começar com

tarefas simples e gradualmente mudar para as mais complexas; proporcionar

um ambiente acolhedor,demonstrando calor e contato físico de maneira

equilibrada; nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno;

proporcionar trabalho de aprendizagem com grupos pequenos e favorecer

oportunidades sociais; comunicar-se com os pais,que geralmente eles sabem o

que funciona melhor para seu filho; ir devagar com o trabalho,doze tarefas de 5

minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora;

recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem planejado;

colocar limites claros e objetivos,ter uma atitude disciplinar equilibrada.

O estilo de professor que parece mais se ajustar às necessidades da

criança com TDAH, segundo Benczik (2000) é aquele que se mostra:

Democrático, silicito e compreensivo; otimista,amigo e empático; da resposta

consistentes e rápidas para o comportamento inadequado da criança, não

manifestando raiva ou insultando o aluno;bem organizado e administra bem o

tempo; flexível e maneja os vários tipos de tarefas; objetivo descobre meios de

auxiliar o aluno a atingirem as suas metas.

31

Na idade escolar,a criança hiperativa começa a se aventurar no mundo e já não tem a família para agir como um amortecedor. O comportamento, antes aceito como engraçadinho ou imaturo,já não é mais tolerado. A criança hiperativa que está no jardim da infância precisa agora aprender a lidar com as regras, a estrutura e os limites de uma educação organizada, e seu temperamento simplesmente não se ajuda muito bem com as perspectivas da escola. Rapidamente seu comportamento ocupa uma porcentagem desproporcionalmente grande ao tempo do professor. Infelizmente,essa atenção por parte do professor é negativa e dirigida á criança por ela não estar fazendo o que dela se espera. Isto desintegra ainda mais a classe,pois existem muitas outras crianças que prefeririam assistir a uma batalha entre o e a criança completar seu próprio trabalho. (GOLDSTEIN,1996,p.106).

O grande problema das pessoas que possuem o TDAH é de se

concentrar em sala de aula. O ficar parado para elas é praticamente

impossível, exigindo-lhe grande esforço. Infelizmente nossas classes não estão

preparadas para essas crianças. Trabalhamos com uma realidade em sala de

aula,totalmente desfavorecida para quem têm TDAH,salas com quase 30

alunos,até mais, professores que não são capacitados e que na maioria das

vezes nem sabe que o problema existe. Infelizmente para esse professor é

melhor expulsar o aluno de sala e conseguir passar o conteúdo para o restante

da turma do que focar somente em um aluno. Fora que dentro da própria sala

de aula pode haver também outros alunos com problemas semelhantes.

Dislexos,bipolares,TDAH e outros.

O que ocorre sempre é que o professor não tem como dar atenção

somente para esses alunos,por precisar passar a matéria.É muito mais fácil

para o professor retirar esse aluno que “perturba” a calma da turma do que dar

a devida atenção a ele. Ainda mais com a atual política de progressão

continuada (onde o aluno passa de ano automaticamente), devido as quais

muitos estudantes somente descobrem que têm o problema quando chegam

ao ensino médio. Normalmente essas crianças não conseguem se adaptar bem

a colégios muito rígidos e muito tradicionais. Onde se trabalha com punição e

castigo para punir por problemas disciplinares.

Crianças que possuem o TDAH são inteligentes,normalmente conseguem

passar pelas séries iniciais sem grandes problemas. Qualquer pessoa pode ter

o TDAH,independente de ter o QI abaixo ou acima da média. E que a criança

32ou a pessoa que possue o transtorno pode aprender como qualquer

outra,apenas não consegue se concentrar, e podem ter uma boa atuação

durante seu curso elementar,podem não gastar muito tempo estudando,mas

em seu pouco tempo gasto pode fazer um trabalho completo, pode ocorrer da

criança parecer não prestar atenção, mas quando questiona pode ter resposta

pronta e correta. Quando chegam á adolescência, o currículo escolar passa a

ser mais pesado,com mais coisas para se decorar,o aluno começa a ter

dificuldades e a levar notas baixas.

Normalmente é quando o aluno que possui o transtorno tem mais

dificuldade,até mesmo os mais inteligentes,pois no segundo grau eles passam

a ter mais responsabilidades e mais exigências escolares,nesse período

podemos ver os adolescentes que possuem o transtorno porque começa a vir á

prova final,e logo a reprovação,nestas séries os adolescentes até desistem de

estudar porque não agüenta o fracasso escolar e a reprovação dos

professores,dos colegas e até dos próprios familiares,esses adolescentes

podem adquirir outros transtornos como depressão,ficando Travado e tímidos

ou até agressivos e irritados .

Essas pessoas também sofrem no âmbito social, aluno por verem essa

falta de concentração, impulsividade e às vezes agressividade,que acabam

sendo excluídos do seu convívio social, não chamando para as

brincadeiras,trabalhos e socialização o que deixa o TDAH mais frustrado. O

professor é um dos pilares para o sucesso desse aluno,além da equipe médica

e da família. O professor precisa estar ciente das dificuldades desse aluno e

não puni-lo,incentivar, ser paciente,passar para os pais o que estar ocorrendo

dentro da sala de aula. Até mesmo para a equipe médica e psicológica possa

intervir e ajudar esse aluno a superar suas dificuldades. Mas, se ela está com

dificuldade para aprender, certamente tem um bom motivo para isso.

3.1- OUTRAS FORMAS DE TRATAR A HIPERATIVIDADE VISTA PELA PSICOPEDAGOGIA

O trabalho dos psicopedagogos é muito importante pois auxilia, atuando

diretamente sobre a dificuldade escolar apresentada pela criança, suprindo a

33defasagem,reforçando o conteúdo,possibilitando condições para que novas

aprendizagens ocorram,e orientando professores. As técnicas mais utilizadas

são os jogos de exercícios sensório-motor, ou de combinações intelectuais,

como damas, xadrez, carta, memória, quebra-cabeça, entre outros. Os jogos

com regras permitem á criança,além do desenvolvimento social quanto a

limites,á participação, o saber ganhar,perder,o desenvolvimento cognitivo, e

possibilita a oportunidade para a criança detectar onde está, o porquê e o tipo

de erro que cometeu, tendo a chance de refazer, agora, de maneira correta.

Podem ser usadas técnicas que envolvam escritas,como escrever um livro

e ilustrá-lo,pode despertar nela em criar algo seu e admirar seu trabalho

final,podendo isso,ser estendido ás lições em sala de aula.

Uma outra técnica é a de despertar na criança o gosto pela leitura, através de

assuntos e temas de seu interesse e também aguçar a curiosidade por

conhecer novos livros,revistas e gibis. A utilização de contos de fadas e suas

dramatizações podem ser um recurso a mais. Podem ser utilizados desde a

fase do diagnóstico até a fase de internação educativa,adaptando-se as

tarefas,em razão do nível de aprendizado em que a criança se encontra.

Segundo os autores essa técnica permite ao psicopedagogo coletar dados

cognitivos quanto psicanalíticos.

É essencial que o psicopedagogo tenha em mente essa demanda e

estabeleça com o professor uma relação de troca,ele tem muito a contribuir no

diagnóstico psicopedagógico e ë personagem fundamental no processo de

intervenção,o professor deve lembrar que o psicopedagogo muito pode ajudar

na difícil tarefa de ensinar. O que o psicopedagogo pode fazer é descobrir esse

motivo e ajudar você e a escola a encontrarem formas de solucionar esse

problema. Pode, ainda, evitar que essas situações cheguem atrapalhar a

aprendizagem escolar.

Algumas vezes, este psicopedagogo vai estar na escola,e vai ajudar a

crianças e seu professor a encontrar sua vida escolar muito mais gostosa.

Outras vezes,ele estará fora da escola. Num lugar preparado especialmente

para receber crianças e adolescentes que estejam com problemas para

aprender e que precisam de uma ajuda individualizada para resolver esses

34problemas. Segundo os teóricos chamamos de psicopedagogo institucional

aquele que trabalha dentro da escola e de psicopedagogo clínico aquele que

trabalha na clínica, o importante não é o nome e, sim, o que cada um pode

fazer para que a escola seja muito especial na sua vida. Afinal, a

psicopedagogia nasceu justamente porque existem alguns problemas

escolares que,para serem evitados,requerem um olhar especial.

É complicado mesmo,talvez por isso demoramos tanto tempo para descobrir

que para o time da escola chegar á vitória é preciso mais um na equipe técnica.

O fato é que quanto mais a humanidade avança, mais recurso precisa para

viver.

O psicopedagogo Institucional trabalha para que a escola não seja um

problema,seja a solução. Para viver nos tempos modernos necessitamos muito

de conhecimentos. Houve um tempo em que bastava saber caçar e pescar.

Imagine alguém querendo viver assim hoje. Não tem retorno e por isso temos

que caminhar sempre para frente. Não ter medo de crescer. Em todos os

sentidos que se possa imaginar. O psicopedagogo pode auxiliar para que todos

que participam da escola entendam como e por que transformá-la em um lugar

de construção de conhecimento.

O psicopedagogo institucional pode colaborar na elaboração do projeto

pedagógico,através de seus conhecimentos ajudar a escola a responder

questões fundamentais,como por exemplo: O que ensinar?; Como ensinar? e

Para que ensinar?

Pode realizar o diagnóstico institucional para detectar problemas

pedagógicos que estejam prejudicando a qualidade do processo ensino-

aprendizagem. Pode ajudar o professor a perceber quando a sua maneira de

ensinar não é apropriada á forma do aluno aprender. Pode orientar professores

no acompanhamento do aluno com dificuldades de aprendizagem. Pode, ainda,

realizar encaminhamentos com base nas avaliações psicopedagógicas. Para

que possa compreender melhor o que é isso,vou dar um exemplo. Ë possível

que uma criança apresente dificuldades na alfabetização porque ao pronunciar

as palavras não posiciona a língua corretamente.

35Então,os sons ficam muito parecidos. Na hora de escrever fica confusa. Não

sabe se deve usar f ou v, t ou d, p ou b, e muitas outras letras. Então ela

precisa de um fonoaudiólogo.

Outras vezes,uma criança pode apresentar problemas na alfabetização por ser

muito imatura. Mantém uma fala infantilizada trocando várias letras quando

pronuncia as palavras e,conseqüentemente,quando escreve,muito embora

essa criança apresente problemas de fala e escrita,ela precisa da ajuda de um

psicólogo. Mas pode ser ainda que a dificuldade seja conseqüência de uma má

alfabetização,e quem pode ajudar é o psicopedagogo.

Assim como a febre pode ter várias origens,os problemas de

aprendizagem escolar também. Um mesmo problema pode ter várias origens.

Só uma avaliação psicopedagógica pode garantir que o país receba da escola

a orientação correta e procurem o profissional que vai solucionar o problema.

O psicopedagogo tem muito que fazer na escola. Sua intervenção tem um

caráter preventivo,contemplando a instituição como um todo. Isso significa:

• Orientar os pais;

• Auxiliar o professor e demais profissionais nas questões pedagógicas e

psicopedagógicas;

• Colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento entre

todos os integrantes da instituição;

• E,principalmente,socorrer o aluno que esteja sofrendo,qualquer que seja

a causa.

Cada instituição tem suas necessidades e o psicopedagogo deverá

identificá-las para que efetivamente cumpra seu papel. Como o psicopedagogo

clínico pode ajudar? Conversando com a criança para auxiliá-la na

compreensão e elaboração das suas dificuldades. Brincando,pois brincando se

aprende muita coisa sobre as leis da vida,se desenvolve a criatividade e a

capacidade simbólica.

• Jogando,pois assim a criança aprende a lidar com as regras,desenvolve

o raciocínio,a atenção e a concentração,aprende a ganhar e a perder.

• Lendo para que a criança possa conhecer e saber muitas coisas sobre a

vida.

36

• Olhando as tarefas e auxiliando nas dúvidas e correções,analisando e

entendendo os erros para que a criança os compreenda e não volte a

repeti-los.

• Propondo atividades para desenvolver habilidades e competências

requeridas no aprendizado escolar.

• Ajudando a encontrar a melhor maneira de estudar,pois a criança irá

descobrir o que facilita a sua compreensão e a sua memorização.

• Conversando com os pais para que possam compreender e aceitar suas

dificuldades, bem como os orientando sobre a melhor maneira de ajudá-la.

• Pedindo ajuda para outros profissionais, se a criança estiver com algum

problema que requeira tratamento.

• Indo a escola e conversando com o professor (a), para que ele

compreenda as causas das dificuldades da criança e possa ajudá-la.

• Sugerindo até que troque de escola,se ela não for boa para a criança.

• E,principalmente, criando um espaço de aprendizagem, ou

seja,proporcionando condições para que a criança possa “saber sobre” o

que lhe acontece,mudando assim o sentido dessa história.

Pode parecer confuso agora, mas na medida em que for vivido se tornará

muito claro. Mas,é preciso que a criança faça sua parte.

• A criança precisa: conversar com o psicopedagogo,falar sobre suas

dificuldades na escola,seus problemas,seus medos,dúvidas,enfim tudo o

que achar importante e o que não achar importante também.

• Jogar e brincar com o psicopedagogo,atender aos seus pedidos e

realizar as atividades propostas.

• Perguntar tudo o que quiser saber.

• Dizer tudo o que pensa,inclusive sobre o psicopedagogo,mesmo que

imagine que isso vá magoá-lo.

• Ser cooperativo com o psicopedagogo.

Ser cooperativo é cooperar,é ajudar as pessoas quando precisam,é fazer

algo para facilitar a tarefa do outro. Por isso,ser cooperativo com o

psicopedagogo e ajudá-lo na sua tarefa significa que a criança precisa fazer as

atividades solicitadas,para que ele possa compreender suas dificuldades e

37ajudá-la a vencê-las. Se a criança não ajudar o psicopedagogo,ele não poderá

ajudá-la também. Precisa ainda não atrasar ou faltar nos encontros marcados

com o psicopedagogo,pois só estando ao seu lado é que ele poderá auxiliar

nas suas dificuldades. Muitas vezes,quando um problema nos parece muito

difícil sentimos vontade de fugir dele. Por isso,de vez em quando não temos

vontade de ir ao consultório do psicopedagogo. Preferimos assistir á televisão

ou jogar videogame. Acontece que fugir de um problema não significa que ele

se resolveu,ao contrário,nesses casos o problema vai ficando cada vez mais

grave e o sofrimento cada vez maior.

Mas,se em vez de fugir a criança for corajosa o suficiente para enfrentá-

lo,esse bicho terrível se transforma num bichinho inofensivo.É preciso que a

criança confie no psicopedagogo e que lhe fale sobre todos os seus problemas

na escola,e saiba que o psicopedagogo guardará os segredos que ele ou ela

quiser contar-lhe e não revelará a ninguém, é sigilo absolutamente,o

psicopedagogo deverá guardar para sempre esse segredo,e a criança só

contará para alguém se quiser. A criança pode pensar: “Por que preciso falar

para o psicopedagogo sobre todas as minhas dificuldades na escola? Não

basta olhar minhas provas e meus cadernos?”

É porque o psicopedagogo precisa conhecê-la muito bem,saber o que

pensa e sente, para compreender o que atrapalha seu processo de

aprendizagem. Se a criança tem problemas com o professor,se morre de

ciúmes de sua irmã ou se vive preocupada com as brigas dos seus pais,tudo

isso pode atrapalhar e impedir que se saia bem na escola. O psicopedagogo só

poderá saber o que os problemas na escola significam para a criança,se ela

falar sobre eles.

Tem mais uma coisa que a criança precisa saber. Muito embora o

psicopedagogo mantenha em sigilo tudo o que lhe for contado,ele vai falar com

os pais e professores diversas vezes e a criança saberá o que,quando e por

quê,ele sempre conversará primeiro com a criança,sobre as coisas que

pretende dizer nesses encontros. Esses encontros são muitíssimo

importante,pois país e professores são pessoas fundamentais na sua vida e

não podem “ficar de fora” desse momento tão especial. Quando a criança

38ganha um psicopedagogo não pode perder para os país e professores. Para

que tudo dê certo, os pais e os professores precisam continuar fazendo seus

papéis, responsabilizando-se por suas tarefas. Muitas vezes, uma criança não

pode falar sobre os seus problemas porque não os conhece. A criança sofre,

mas não sabe o que a faz sofrer, não conhece a cauda de alguns

comportamentos e sentimentos que a prejudicam. Mas existe um jeito de

falar,sem saber que está falando. Quando uma criança brinca, joga, desenha,

faz histórias e outras coisas mais, revela sentimentos e pensamentos que

desconhece, falando numa outra linguagem: a linguagem do desenho,do

brinquedo, do jogo.

Esse tipo de linguagem lúdica pode revelar segredos nossos que nós

mesmos desconhecemos. Por isso é utilizado pelos psicopedagogos para que

coisas que estejam guardadas bem lá no fundo do nosso inconsciente, não

prejudiquem a nossa vida escolar, mesmo guardada lá no fundo, ficam

interferindo nos nossos comportamentos.

39

CONCLUSÃO

Com base nos estudos feitos sobre a hiperatividade, podemos perceber

que ainda é um assunto pouco conhecido por profissionais da educação,país e

até mesmo médicos.

Devido a essa falta de informação, que causa o atraso no diagnóstico e no

tratamento,muitas vezes o indivíduo passa anos da sua vida constrangendo-se

em diversas situações causadas por esse transtorno.

No caso da criança, a escola,geralmente, é a primeira a perceber os

sintomas da hiperatividade (falta de concentração e impulsividade), o que torna

mais fácil o diagnóstico, já que geralmente a professora, percebendo tal

comportamento inadequado,sugere que os pais procurem um tratamento

psicológico.

O diagnóstico é dado através do histórico da criança. Não há exames que

comprovem definitivamente a hiperatividade, o que dificulta o entendimento dos

pais sobre esse transtorno, já que não há comprovação clínica do problema.

Dado esse diagnóstico, o tratamento é iniciado através da psicoterapia,

com a finalidade de auxiliar a criança a controlar melhor a impulsividade e a

ansiedade, além de um importante trabalho com a auto-estima, que costuma

ser baixa em criança com hiperatividade.

Em muitos casos, são usados medicamentos psicoestimulantes

associados á psicoterapia, que atuam nos neurotransmissores do cérebro. O

remédio funciona como um par de óculos para quem é míope, ajudando a

melhorar a concentração, elevando o desempenho escolar, além de diminuir a

impulsividade e a agressividade encontrada comumente nessas crianças.

Os resultados dos estudos demonstraram que o maior problema de lidar

com a hiperatividade é a desinformação. O conhecimento auxilia no

relacionamento com a criança. Vimos que alguns professores de crianças

hiperativas, que se informaram sobre o tema, apesar de em alguns casos

terem dificuldades com o sistema de ensino ou a metodologia da escola, têm

tido melhores resultados em seu trabalho, usando a criatividade e os

estímulos. As pessoas que se relacionam com a criança hiperativa, pais,

40professores e psicólogos, têm um grande papel de cuidar para que esse

transtorno seja cada vez mais controlado, trabalhando com uma visão

multidisciplinar. Finalmente, gostaríamos que esse transtorno fosse divulgado,

principalmente nas escolas, e se possível, da mídia, para que diminua o

sofrimento que principalmente, as crianças, mal entendidas, passam por toda a

vida, até que se diagnostique o problema.

41

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45

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O que é hiperatividade? 10

CAPÍTULO II - As causas da Hiperatividade 16

2.1- Como descobrir a hiperatividade e os Sintomas 20

2.2- Como tratar a hiperatividade 24

CAPÍTULO III - Como a escola pode ajudar um aluno imperativo 28

3.1- Outras formas de tratar a hiperatividade vista pela

Psicopedagogia 32

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 41

WEBGRAFIA 44

46

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: HIPERATIVIDADE

Autor: DÊNIA SANTOS GOMES SCHNEIDER

Data da entrega: 28/07/09.

Avaliado por: Prof. VILSON SÉRGIO DE CARVALHO Conceito: