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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP ERICA ALVES DA SILVA DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS WEB E INTERATIVO DE APOIO A DECISÃO NAS TEMÁTICAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL Campo Grande – MS 2009

Transcript of UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP ERICA ALVES DA … · DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE SISTEMA...

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

ERICA ALVES DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES

GEOGRÁFICAS WEB E INTERATIVO DE APOIO A DECISÃO NAS TEMÁTICAS DE USO

E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Campo Grande – MS

2009

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

ERICA ALVES DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES

GEOGRÁFICAS WEB E INTERATIVO DE APOIO A DECISÃO NAS TEMÁTICAS DE USO

E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em

nível de Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento

Regional da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da

Região do Pantanal, como parte dos requisitos para a obtenção do

título de Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Orientação

Profa. Dra. Mercedes Abid Mercante

Prof. Dr. Celso Correia de Souza

Prof. Dr. José Sabino

Campo Grande – MS

2009

ii

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus e a minha família,

em especial a minha mãe Luzia Lopes da Silva (in

memorian ) por ter sido um exemplo de amor, força,

grandeza e coragem que em todos os momentos de

minha vida, graças a esse exemplo consegui me

direcionar como pessoa e profissional. “Acredito que

um dia estaremos juntas novamente para comemorar

essa e todas as outras vitórias”. E ao meu pai Elson

Alves da Silva, meu grande amigo, companheiro e

incentivador. Sem essas pessoas tão maravilhosas

minha carreira profissional não existiria.

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por todas as oportunidades de crescimento

profissional e pessoal que me concedeu. Aos meus pais por toda dedicação e por nunca ter

medido esforços para que eu atingisse meu ideal, meus eternos companheiros. A minha

irmã pelo carinho e apoio em todos os momentos de minha vida. Ao meu namorado

Anderson Bonin, aos meus amigos e aos meus alunos pela paciência e compreensão em

todas as vezes que tive que deixá-los para me dedicar a esse trabalho.

• Ao Prof. Dr. Silvio Jacks que me direcionou para a linha de pesquisa, e que inicialmente, me orientou na elaboração do trabalho.

• A Profa. Dra. Mercedes Abid Mercante por ter aceitado o desafio de continuar me orientando em um momento decisivo de meu trabalho.

• Ao Professor Dr. Correia de Souza

• Ao Prof. Dr. José Sabino que fizeram parte do meu comitê orientador e me ajudaram na realização deste trabalho.

• Ao professor e coordenador do curso de mestrado Dr. Silvio Fávero

• A funcionária da secretária do curso Silva Cordoba que me ajudou sempre que precisei tornando-se minha amiga.

• A amiga e colega de trabalho Silvia Mara Beloni pela ajuda nas correções e referências.

• E a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho, seja com palavras, experiências, dicas, ou apenas por

ouvir meus desabafos.

iv

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................. ............................................................... vii

LISTA DE TABELAS ................................. ............................................................... ix

LISTA DE SIGLAS .................................. ................................................................... x

RESUMO ................................................................................................................... xi

ABSTRACT ......................................... ..................................................................... xii

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................... ........................................................ 4

2.1. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E DE APOIO A DECISÃO .................................. 4

2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS ................................................. 6

2.1.1. SIG “Desktop” e “Web” ...................................................................................... 7

2.2.2. As aplicações e a disponibilidade de aquisição dos SIGs ................................. 8

2.3. MÉTODOS DE MODELAGEM, BANCO DE DADOS, SOFTWARES E LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO UTILIZADOS EM SIG ................................. 10

2.3.1. Modelagem Orientada a Objetos ..................................................................... 10

2.3.2. Banco de Dados MYSQL ................................................................................ 13

2.3.3. Linguagens de programação: Php, Java e Java Script ................................... 13

2.3.4. Software de Apoio: SPRING, Terraview e Mapinfo Professional ................... 14

2.3.5. Ferramenta de exibição de imagens: ALOV Map ........................................... 15

2.3.6. Servidor Apache Versão 2.2 ........................................................................... 16

2.4. O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: TEMÁTICAS PARA APOIO A DECISÃO ............................................................................................................... 16

2.4.1. As Microrregiões do Estado de Mato Grosso do Sul ....................................... 17

2.4.2. O Relevo ........................................................................................................ 18

2.4.3. O Solo ............................................................................................................ 19

2.4.4. O Clima .......................................................................................................... 20

2.4.5. A Hidrografia .................................................................................................. 20

2.4.6. A Vegetação ................................................................................................... 21

2.4.7. As Rodovias ................................................................................................... 21

2.4.8. As Estações Meteorológicas .......................................................................... 22

v

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 25

3.1. MATERIAL ........................................................................................................ 28

3.2. MÉTODOS ........................................................................................................ 30

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................... ................................................... 43

5. CONCLUSÃO ...................................... ................................................................. 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ ................................................. 57

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Relacionamento entre os componentes de um SIG.

Figura 2. Visão do sistema desktop, na ferramenta Terraview, mapa das microrregiões

com as estações meteorológicas, relacionada aos dados do Banco de Dados.

Figura 3. Diagrama de Entidade Relacionamento (DER) do SIG desenvolvido em ambiente

“desktop”.

Figura 4. Mapa de Relevo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Figura 5. Mapa Temático de potencial agrícola.

Figura 6. Diagrama de Caso de Uso do Sistema, disparados pelo usuário Administrador.

Figura 7. Diagrama de Caso de Uso do Sistema, disparados pelo usuário Administrador.

Figura 8. Estrutura dos Dados – Diagrama de Classes.

Figura 9. Tela Inicial do sistema com ênfase ao menu de visões das temáticas.

Figura 10. Partes do menu Lateral que ativam as visões dos mapas do sistema e visão do

mapa de Solos quando se ativa a visão no menu.

Figura 11. Tela principal do sistema, com a lista de opções de consulta.

Figura 12. Visão da barra de endereços do navegador, com o link a ser aberto pelo sistema.

Figura 13. Tela em php do sistema que mostra o resultado da consulta.

Figura 14. Tela do sistema e tela resultante da busca relacionada.

Figura 15. Tela de manutenção dos dados relacionados às microrregiões.

Figura 16. Tela de manutenção dos campos relacionados às microrregiões.

Figura 17: Tela do sistema com o link para os dados meteorológicos do INMET, e visão da

tela acessada no INMET por meio do link.

Figura 18. Visão da estrutura da tabela de Cidades e dos campos no banco.

Figura 19. Visão da estrutura de dados da tabela de Estações no banco de dados Mysql.

Figura 20. Visão dos dados da tabela de Estações no banco de dados Mysql.

Figura 21. Visão da página de consulta dos dados meteorológicos do INMET, acessada

através do link do SIG.

Figura 22. Visão da página de consulta dos do balanço hídrico do INMET, acessada através

do link do SIG.

Figura 23. Visão da estrutura da tabela de Microrregiões no banco de dados Mysql

Figura 24. Visão dos dados, registros da tabela de Microrregiões no banco de dados Mysql.

Figura 25. Tela das opções de interação na visão do usuário administrador.

Figura 26. Visão da interface do administrador do sistema, onde o usuário insere campos e

valores na tabela de Cidades.

Figura 27. Visão da interface do SIG, que mostra as cidades de Mato Grosso do Sul com a

consulta dos dados.

vii

Figura 28. Visão da interface de administrador para inserção de novas temáticas por

coordenadas geográficas selecionadas no mapa.

Figura 29. Tela principal de consulta do sistema.

Figura 30. Visão da interface de consulta do SIG, que mostra os dados da estação

meteorológica após a seleção.

Figura 31. Visão do mapa de solos e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

Figura 32. Visão do mapa de relevo e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

Figura 33. Visão do mapa de potencial e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

Figura 34. Visão do mapa de vegetação e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

Figura 35. Tela da busca relacionada para com as informações das três coordenadas mais

próximas da posição selecionada e o link de acesso ao Google Maps .

Figura 36. Tela do sistema, com a visão de hidrografia, principais rodovias e limites de

municípios ativadas, e com o resultado da busca pelos dados sobre a rodovia secionada.

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Relação das Microrregiões, municípios do Estado de Mato Grosso do Sul

Tabela 2. Relação das principais rodovias federais do estado de Mato Grosso do Sul

Tabela 3. Estações meteorológicas no Estado de Mato Grosso do Sul

ix

LISTA DE SIGLAS

ADSL - Asymmetric Digital Subscriber Line ou Linha Digital Assimétrica

CETEC - Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos

DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DER - Diagrama de Entidade Relacionamento

DHN - Diretoria de Hidrografia e Navegação

DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

DPI - Divisão de Processamento de Imagens

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

GNU - General Public License ou Licença Pública Geral

HTML – Hypertext Markup Language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto

HTTP – Hypertext Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

MIF - Mapinfo Interchange Format

MYSQL – sistema gerenciador de banco de dados

PHP – Hypertext Preprocessor

PIB - Produto Interno Bruto

SAD - Sistema de Apoio a Decisão

SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SIBC - Sistema de Informação Baseado em Computador

SIG - Sistemas de Informação Geográfica

SPRING - Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas

SQL - Structured Query Language - Linguagem Estruturada para Pesquisas

UML - Linguagem de Modelagem Unificada

WWW - World Wide Web

x

RESUMO O presente trabalho aborda o desenvolvimento de um protótipo de Sistema de

Informações Geográficas interativo para ser utilizado como uma ferramenta de apoio

a decisão nas temáticas de uso e ocupação do solo no estado de Mato Grosso do

Sul. Como objetivo de viabilizar a utilização desses sistemas a usuários sem

conhecimento em informática, por meio de uma interface que proporcione a

manutenção constante de informações e a evolução da ferramenta parta atender a

diversas áreas de abrangência

Para o desenvolvimento e implantação desse sistema foram utilizados os princípios

da modelagem orientada a objetos, mapas e imagens disponíveis no Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também foram utilizadas ferramentas

de desenvolvimento sob licença livre. Como resultado foi desenvolvido e

implementado um protótipo Sistema de Informação Geográfica para plataforma web,

denominado SIG_MS, e se mostrou eficiente na busca e visualização dos dados. Por

se tratar de um protótipo esse sistema pode evoluir com a inserção de dados

conforme sua aplicação, sem mudança em sua estrutura funcional.

Palavras-chave: sistema de informações geográficas, uso e ocupação do solo,

gestão de recursos naturais, SIG_MS.

xi

ABSTRACT

This paper discusses the development of a prototype of Geographic Information

System interactive to be used as a tool for decision support in areas related to the

use and occupation of land in Mato Grosso do Sul How aim is to provide such

technology to users without knowledge in computer, through an interface that

provides the ongoing maintenance of data and the tool break serve different areas of

coverage

For the development and deployment of this system were used the principles of

object-oriented modeling, images and maps available at the Brazilian Institute of

Geography and Statistics (IBGE) and were also used development tools under a free

license. The result was developed and implemented a prototype Geographical

Information System for web platform, called SIG_MS, and proved effective in search

and data visualization. Because it is a prototype system that can evolve with the

inclusion of data as your application, without change in its functional structure.

Key words: geographic information system, use and land cover, natural resources

management,SIG_MS.

1

1. INTRODUÇÃO

A informação aliada aos recursos da tecnologia é uma necessidade primária

e elementar na era da globalização. A necessidade de obtenção, armazenamento,

análise e apresentação de informações em um volume cada vez maior, te se tornado

uma preocupação seja qual for o setor.

Neste contexto, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm subsidiado

as mais diversas atividades relacionadas às temáticas de uso e ocupação do solo,

como por exemplo: a agricultura, construção civil e arquitetura, transportes, meio

ambiente, marketing e administração entre outras. Seja qual for o cenário, os SIGs

estão assumindo um papel fundamental no apoio à tomada de decisões e na gestão

da informação geo-espacial, pois por meio desses sistemas torna-se possível

adicionar valor a dados espaciais, permitindo que os mesmos possam ser

organizados e visualizados eficientemente e auxiliando na tomada de decisões.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o

Estado de Mato Grosso do Sul é composto de aproximadamente de 65.000

estabelecimentos agropecuários e tem na agricultura sua base econômica (IBGE,

2006). No âmbito da agricultura, a importância de SIG Web advém do fato derem

ferramentas úteis para os usuários ligados a áreas como: agricultura (pequenos e

grandes produtores), cooperativas agrícolas, órgãos governamentais ligados a essa

área, instituições de ensino e pesquisa e assistência técnica, usuários de grande

importância estratégica.

A geração e difusão de novas tecnologias são capazes de proporcionar à

agricultura condições para atender a crescente demanda por alimentos e matéria-

prima, a aumentar competitividade dos produtos agrícolas no mercado mundial e de

contribuir na busca por meios sustentáveis de produção, já que a agricultura não se

define mais como uma atividade simples, passou a ser uma atividade complexa que

requer gestão dos recursos naturais e dos processos produtivos.

Existem vários SIGs disponíveis e que podem ser aplicados as essas áreas,

porém, com algumas dificuldades para sua utilização, conforme Câmara (2004),

essas dificuldades podem estar relacionadas com o processo de desenvolvimento,

pois, considera que a maior parte dos softwares livres aplicados a área de SIGs, são

desenvolvidos por indivíduos ou pequenos grupos que os implementam para uma

2

tarefa específica, com funcionalidades limitadas para atender a uma determinada ou

por empresas públicas ou privadas, com aplicações de qualidade, porém de alta

complexidade.

Existem também algumas ferramentas comerciais, desenvolvidas por

profissionais de diversas áreas, em um aspecto multidisciplinar, mas de alto custo

para aquisição, esses fatores fazem da utilização e aplicação do SIG um desafio

proporcional ao seu potencial de utilização.

No Brasil, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), desde 1997,

desenvolveu uma solução de software livre que pode ser adquirido diretamente por

meio do endereço eletrônico do instituto, nas versões “desktop” e “web”. Chamado

de SPRING (Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas), esse

software unifica o tratamento de imagens de Sensoriamento Remoto (ópticas e

microondas), mapas temáticos, mapas cadastrais, redes e modelos numéricos de

terreno, mas ainda não há registros deste sistema sendo utilizado para o como

ferramenta de apoio a decisão no Estado de Mato grosso do Sul. (INPE, 2006).

Com a difusão da Internet, sob a plataforma World Wide Web (WWW), os

dados e informações gerados pelo SIG, passam a ser mais acessíveis aos diversos

utilizadores (usuários), mesmo que eles não tenham conhecimentos em informática

e assim popularizando as informações. Na WEB, as informações geradas pelos

sistemas de informações são acessadas através de um navegador e são

apresentadas por meio de mapas, textos, dados geográficas e temáticos relativos ao

sistema implantado, possibilitando a interação e agilizando o acesso do usuário às

informações.

Mesmo com toda a evolução tecnológica e a difusão de informação através

da Internet, ainda existem algumas dificuldades para a utilização efetiva de SIG no

Brasil, relacionadas ao fato do custo de manutenção e aquisição dessas

ferramentas; a dificuldade de utilização por parte de usuários sem conhecimento em

informática e desenvolvimento de sistema; e a falta de conhecimento sobre as

vantagens de se utilizar essa tecnologia. Sendo assim, é necessário difundir que

esse uso pode efetivamente trazer grande retorno às administrações de demandas

de uso e ocupação do solo, em termos qualitativos e quantitativos.

3

O objetivo proposto neste trabalho é a criação de um protótipo de Sistema

de Informação Geográfica (SIG), sob licença Livre, para funcionamento em ambiente

WEB, que possa oferecer informações sobre o Estado de Mato Grosso do Sul, para

subsidiar decisões em diversas áreas, como: agricultura, meio ambiente, uso e

ocupação do solo entre outras.

Os objetivos específicos são: a definição das temáticas relacionadas ao uso

e ocupação do solo no Estado de Mato Grosso do Sul; estruturação de um banco de

dados dessas temáticas; a implementação de funções para atualização e

manutenção de forma interativa por um usuário administrador; e o desenvolvimento

de visões de consultas as temáticas estruturadas de forma dinâmica e interativa por

todos os usuários por meio do navegador na plataforma web.

Na concepção do sistema desenvolvido foram: utilizadas ferramentas

computacionais livres (gerenciadores de banco de dados, sistema servidor de página

na internet e aplicações para possibilitar o desenvolvimento do sistema),

organizados dados espaciais relacionados com as temáticas de uso e ocupação do

solo e combinadas aos dados georreferenciados armazenados em um banco de

dados.

4

2. REVISÃO DE LITERATURA

O uso de tecnologias pode desempenhar um papel estratégico em diversas

áreas de atuação, tecnologias como: Internet, intranets, sistemas informatizados, e

outras semelhantes podem ser utilizados para diversos fins, como: aumentar as

vantagens competitivas; melhorar os serviços; minimizar menos erros; buscar maior

precisão; aumentar a qualidade e o aperfeiçoamento de produtos e serviços; buscar

maiores oportunidades; administrar mais eficiente; automatizar tarefas rotineiras;

reduzir custos; controlar as operações; e apoiar nos processos de tomadas de

decisões (O’BRIEN, 2004).

2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO E DE APOIO A DECISÃO

O termo sistema tem se tornado mais usual a cada nova década da

chamada “era digital”. A definição de sistema, segundo Oliveira (2001), pode ser

conceituado como um conjunto de partes que interagem e interdependem, formando

um todo unitário com um determinado objetivo e função, ou ainda, segundo Mattos

(2005), é constituído por uma coleção de objetos e uma relação lógica entre eles,

formando um organismo.

Na visão de O’Brien (2004), um sistema é composto por: entradas, que

envolvem a captação e a reunião de elemento que ingressam no sistema para serem

processados; processamento envolve processos de transformação de entradas

(insumos); e saídas e a transferência de elementos produzidos por um processo de

transformação até seu destino final.

Nesse processo onde as informações e a tecnologia ganham aplicações nos

mais diversos setores do conhecimento humano, tendo primordial importância a

conceituação e a classificação dos tipos de sistemas, que, em geral, são divididos

conforme os seus componentes, suas funções e os seus objetivos. De maneira que,

um sistema ao transformar dados em informações, passa a ser classificado como

Sistema de Informações (MATTOS, 2005).

Os sistemas de informações, conforme Laudon e Laudon (1999) tratam de

transformar dados em informações, ou seja, transforma os fatos de natureza

primária e sem relevância (dados) em fatos organizados, relevantes dentro do

contexto que se encontram e aplicável a uma situação (informações).

5

O procedimento que utiliza tecnologia de computação para executar

algumas ou todas as tarefas desejadas, conhecido como Sistema de Informação

Baseado em Computador (SIBC). Pode ser composto de apenas um computador

pessoal e software, ou incluir milhares de computadores de diversos tamanhos com

centenas de impressoras e outros equipamentos, bem como redes de comunicação

e bancos de dados (TURBAN et al., 2004).

De acordo com O’Brien (2004) os componentes de um Sistema de

Informações baseado em Computadores (SIBC) são: hardware (computadores e

periféricos que aceitam dados e informações para processamento e visualização de

resultados); software (programas que permitem ao hardware processar os dados,

como: sistema operacional e aplicativos); pessoas (indivíduos operadores de

hardware e software que trabalham com o sistema e utilizam as informações de

saída); banco de dados (coleção de arquivos, tabelas e outros dados inter-

relacionados que armazenam dados e suas respectivas associações); redes

(conexões que permite o compartilhamento de recursos entre diversos

computadores); e procedimentos (conjunto de instruções sobre como combinar os

elementos mencionados de forma a processar as informações e gerar as saídas

desejadas).

Os sistemas de informações, em sua evolução, permitem não somente

transformar dados em informações, mas também fornecer material para análise,

planejamento e suporte a tomada de decisões, deixando de ser um simples Sistema

de Informação para ser um Sistema de Apoio a Decisão (SAD). Seja qual for o

contexto onde estão envolvidos, conforme opinião de Davis e Olson (1985), as

principais funções e características desses sistemas são: integrar dados de diversas

aplicações e transformá-los em informação; fornecer informações para o

planejamento operacional, tático e até mesmo estratégico da organização;

proporcionar comparativos de informações; reduzir relatórios que auxiliem as

tomadas decisões.

Fatores como a competição entre as organizações, necessidade de

informações rápidas para auxiliar no processo de tomada de decisão, disponibilidade

de tecnologias de hardware e software para armazenar e buscar rapidamente as

informações, possibilidade de armazenar o conhecimento e as experiências de

especialistas em bases de conhecimentos, necessidade de a informática apoiar o

6

processo de planejamento estratégico empresarial vem contribuindo para que os

sistemas mudem de foco e passem a fornecer informações para os processos de

tomadas de decisões, seja qual for o contexto de sua inserção (CAMPOS, 1994).

Os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) são constituídos por: banco de

dados (informações internas e externas à organização, por conhecimentos e

experiências de especialistas e por informações históricas); sistema gerenciador de

banco de dados ou SGBD (fazem o acesso ao banco de dados, garantem a sua

atualização, a segurança e a integridade do banco de dados); ferramentas de apoio

à decisão (softwares que auxiliam na simulação de situações e na representação

gráfica das informações geradas pelo sistema); aplicativos (sistemas ou funções que

fazem análise de alternativas e fornecem soluções de problemas); e o ambiente

operacional (composto por hardwares e softwares que permitem a interação do

usuário com as informações).

Os SADs visam possibilitar o desenvolvimento rápido, com a participação

ativa do usuário em todo o processo, através da utilização de novas ferramentas de

apoio à decisão, novos aplicativos e novas informações, possibilitando a facilidade

na manipulação das informações e dando suporte às tomadas de decisões com

subsídios relevantes e precisas, contendo funções mais específicas para áreas

estratégicas (TURBAN et al., 2004).

Um SAD pode ser combinado com outros sistemas, com o objetivo de

aprimorar as informações por ele disponibilizadas. A combinação de sistemas de

apoio à decisão com dados georreferenciados, ou com sistemas de informações

geográficas, tem se tornado cada vez mais comum entre as organizações. Essa

combinação permite a geração de informações mais específicas, dados

quantitativos, e transmissão simultânea e sincronizada de imagens e dados.

2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

Conforme Miranda (2005), os romanos foram os primeiros a associar o

conceito de informação à posição geográfica, com a utilização do registro de suas

propriedades, isso muito antes do surgimento da informática. Esse conceito de

informação geográfica evoluiu para o conceito de Sistema de Informação Geográfica

(SIG), que o tornou mais abrangente e multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas

7

de pesquisa, tais como: a informática, a geografia, a cartografia, a geodésia, a

estatística, a matemática e a administração que auxiliam no suporte as decisões.

Câmara e Queiroz (2001) demonstram que os componentes de um SIG se

relacionam de forma hierárquica, desde o nível mais próximo do usuário (Interface),

passando pelo nível Intermediário (nível de processamento de dados espaciais) e

chegando ao nível mais interno (o banco de dados); (Figura 1).

Figura 1. Relacionamento entre os componentes de um SIG.

Fonte : Câmara e Queiroz (2001).

2.2.1. SIG “Desktop” e “Web”

Os sistemas de informação, seja qual for a sua aplicação, podem ser

desenvolvidos sob plataforma “desktop” ou “web”. A plataforma “desktop” permite

que o usuário acesse o sistema por meio de uma estação fixa. Nesse caso o sistema

deve ser instalado na estação de trabalho (microcomputador) para que possa ser

executado.

Na plataforma “web”, o funcionamento do sistema acontece por meio de um

servidor de arquivos, com aplicações instaladas para que qualquer estação acesse

os arquivos através de navegador na Internet.

Num "SIG desktop", os dados geográficos são armazenados de forma

separada, onde os atributos descritivos são guardados em tabelas e os dados

geográficos em formatos próprios dos softwares que os geraram. Os "GIS desktop”

são sistemas simples de consulta e apresentação de dados, embora tenham

8

evoluído para oferecer uma crescente gama de funcionalidades (CAMARA;

QUEIROZ, 2001).

A capacidade de disponibilizar mapas geocodificados, na plataforma Web

tornou-se possível com os avanços da tecnologia de rede e seus protocolos de

comunicação, tendo acesso aos recursos de geoprocessamento. Essa plataforma

permite também, a atualização, localização e a interatividade da informação dentro

de uma base cartográfica e bancos de dados a partir de usuários estabelecidos

remotamente, guardadas as devidas permissões e autorizações de acesso.

Entre os avanços da tecnologia de rede, destaca-se a ADSL (Asymmetric

Digital Subscriber Line ou Linha Digital Assimétrica) onde os sinais são enviados

através de uma linha telefônica com dois canais, um para voz e outro exclusivo para

dados, aumentando significativamente as taxas de transferência de arquivos,

diminuindo colisões de dados e facilitando a navegação on-line (em tempo real),

fazendo com que os sistemas web possam ser utilizados com eficiência, baixo custo

e confiabilidade. Em contrapartida, imagina-se que os sistemas de SIG voltados para

as estações isoladas de trabalho (Desktop) tendem a ficar limitados a casos mais

específicos, com conhecimentos em informática e com informações de pouca

relevância para a maioria dos usuários (FURQUIM; FURQUIM, 2008).

2.2.2. As aplicações e a disponibilidade de aquisição dos SIGs

O Sistema de Informações Geográficas em plataforma Web possibilitam a

visualização e consulta a dados geográficos por meio de navegadores e a interação

dos usuários com mapas, imagens e banco de dados.

Segundo Oliveira (1996), um SIG pode ser classificado em três categorias,

conforme sua aplicação: as aplicações urbanas que envolvem aspectos de infra-

estrutura urbana; controle populacional; gerência de redes e distribuição de serviços

públicos; aplicações ambientais são à conservação de recursos naturais;

modelagem da natureza; estudos climáticos; controle de agentes poluidores; análise

de processos de desertificação; e as aplicações gerenciais que envolvem

informações sobre a utilização das informações aplicadas às tomadas de decisões.

Segundo Oliveira (1996), um SIG tem uma grande capacidade de integrar

informações, armazenar, otimizar e relacionar banco de dados permite atribuir pesos

9

diferenciados às variáveis. O processamento dessas informações pode dar

respostas como, por exemplo, apontar qual a influência de variáveis como tipo de

solo, drenagem, quantidade de insumos, podem impactar no rendimento das

parcelas cultivadas e possibilitar a construção de um mapa indicativo de áreas

potenciais de cultivo. Além disso, com esses resultados podem ser realizadas

simulações nesses sistemas, a fim de vislumbrar possíveis cenários para controle e

planejamento de ações futuras.

No setor agrícola as aplicações do sistema têm aumentado

consideravelmente nos últimos anos, especialmente para o planejamento e

exploração agrícola, uma vez que o agronegócio no Brasil vem crescendo e

adquirindo enorme importância no Produto Interno Bruto (PIB). O acesso simples

para agricultores e profissionais da área da agrícola, através de interfaces

simplificadas, utilizando a Internet, faz desses sistemas ferramentas poderosas de

apoio a decisões (SCHIMIGUEL et al. 2009).

Segundo Nakagawa (1991), as propriedades agrícolas devem se aperfeiçoar

continuamente, assim como as empresas, e um sistema de informação poderá

contribuir para que a propriedade agrícola produza com eficiência produtos de

qualidade, satisfazendo as necessidades dos seus consumidores e sustentando sua

lucratividade e crescimento.

Dos grandes desafios da área dos sistemas, ainda, o custo para se adquirir

um software e a dificuldade em utilizá-lo, tendo em vista que os usuários de modo

geral, não são profissionais da área de informática, capazes de realizar instalações,

implementações e operações complexas para realizar consultas e utilizar os

sistemas.

Pensando em vencer esses desafios e fazer com que os usuários possam

usufruir dos benefícios tecnológicos de se utilizar somente browser (visualizador

Web) para utilização do SIG, os projetos de desenvolvimento de sistema utilizam

critérios de usabilidade, visando adequá-lo a usuários especialistas e não-

especialistas em informática.

Para Nielsen (1993), “um sistema deve garantir a usabilidade, ou seja,

garantir uma relação de aprendizado, eficiência, na realização de tarefa. Facilitando

a memorização e minimização o numero de operações para a satisfação do usuário”.

10

Existem alguns sistemas de informações geográficas disponíveis sobre

licença livre, o que ameniza o desafio do custo, pois conforme o General Public

License (GNU), definida pela Free Software Foundation essa licença livre de

softwares proporciona os usuários a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar,

modificar e aperfeiçoar a parte funcional já existente.

2.3. MÉTODOS DE MODELAGEM, BANCO DE DADOS, SOFTWARES LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO UTILIZADOS EM SIG

O aumento da complexidade e tamanho dos sistemas acarretou uma

mudança de enfoque no processo de desenvolvimento, que evoluiu o para uma

visão mais estruturada resultando em maior qualidade dos produtos de software. A

engenharia de requisitos propõe um conjunto de métodos, técnicas e ferramentas

para dar apoio ao processo de definição de requisitos e estruturação do sistema.

Sendo assim, a aplicação de métodos proporciona um processo disciplinado

para gerar um conjunto de modelos que descrevem vários aspectos de um sistema

de software em desenvolvimento, recorrendo a uma notação bem definida

(Booch,1991).

2.3.1. Modelagem Orientada a Objetos

Na visão de Câmara (1996), o desenvolvimento de um sistema de

informações geográficas é dividido em três grandes fases, que são: modelagem do

mundo real (engloba processos e de dados, selecionando fatos e entidades de

interesse do ambiente onde será implementado, como a descrição distintas); a

criação do banco de dados geográficos (modelagem de dados que descreve a

organização lógica do banco de dados, bem como define as operações de

manipulação desse dados e o banco de dados geográfico é o responsável pelo

armazenamento das informações coletadas sobre os fenômenos do mundo real); e a

operação do sistema (refere-se tanto ao uso do SIG, quanto ao desenvolvimento de

aplicações específicas por parte do usuário a partir de informações armazenadas,

reconstruindo visões da realidade).

11

Os modelos de desenvolvimento de softwares buscam sistematizar o

entendimento do que será desenvolvido, relacionando os fenômenos (funções ou

aplicações) e os dados (objetos). Essa é uma forma de obter uma representação

conveniente, embora simplificada, que seja adequada às finalidades das aplicações

do banco de dados.

Segundo Rumbaugh (1994), o modelo de orientação a objetos é uma nova

maneira de pensar os problemas utilizando modelos organizados a partir de dados

do mundo real e mais próximos da realidade onde será implementado. Um sistema

que utiliza a Modelagem Orientada a Objetos apresenta algumas vantagens, tais

como: flexibilidade (capacidade de adaptações do sistema sem grandes alterações

no projeto inicial); reuso (a reutilização de módulos e funções); extensibilidade

(capacidade de evolução do sistema); e manutenibilidade (facilidade de manutenção

das rotinas); (COLEMAN, 1994).

Conforme Câmara (2001), a modelagem orientada a objetos não obriga o

armazenamento em um SGBD orientado a objetos, mas simplesmente visa dar ao

usuário maior flexibilidade na modelagem incremental da realidade. Neste contexto

os objetos geográficos se adequam bastante bem a esses modelos, onde os

usuários conseguem transferir suas formas mentais de objetos para um conjunto

restrito de conceitos não espaciais.

A UML (Linguagem de Modelagem Unificada) é uma linguagem mundialmente

conhecida e utilizada largamente para a visualização, especificação, construção e

documentação de projetos de software. Essa linguagem suporta as cinco fases de

desenvolvimento de Software: análise de requisitos, análise, projeto, implementação

e testes, utilizando diagramas que refletem a estrutura, o comportamento e a

interação entre a estrutura e o comportamento dos sistemas (TANAKA, 2009).

Entre os diagramas esturturais destacam-se diagrama de classes e de

objetos, esses conforme Fowler (2000), ilustram as especificações para as de

interfaces de uma aplicação, associações e atributos; as operações e constantes;

método, informação sobre o tipo do atributo; e a navegabilidade e dependências,

das estruturas de dados do sistema.

Os diagramas de comportamento, são voltados a descrever o sistema em

execução, isto é, como a modelagem dinâmica do sistema. São usados para

visualizar, especificar, construir e documentar os aspectos dinâmicos de um sistema

12

que é a representação das partes que são alteradas no sistema.Entre eles

destacam-se Diagrama de caso de uso e o Diagrama de atividade (SILVA, 2007).

Diagramas de Interação retratam a captura do comportamento entre objetos

a cada aplicação. Utiliza-se o diagrama de atividade para representar esse

comportamento entre os objetos (SILVA, 2007).

Além dos aspectos funcionais, o processo de desenvolvimento de sistema

deve considerar também características como a Usabilidade, que está relacionada

ao aprendizado, eficiência, na realização da tarefa de memorização, minimização de

erros e satisfação subjetiva do usuário (NIELSEN, 1993).

Para garantir um diálogo amigável com o usuario, Nielsen (1993) propõe um

conjunto de dez heurísticas a ser utilizadas como base para cada avaliador verificar,

de forma independente, todos os componentes possíveis de diálogo nos cenários

típicos de uso do sistema. As heurísticas são: Visibilidade do status do sistema, o

sistema deve sempre informar o usuário através de respostas apropriadas sobre o

que está acontecendo; Adequação entre o sistema e o mundo real, devem ser

utilizados conceitos e termos com os quais o usuário está familiarizado, fornecendo

informações em ordem lógica e natural; Controle e liberdade do usuário, o sistema

deve suportar a correção de ações erradas ou indesejadas, oferecendo saídas de

emergência quando o usuário fizer uma escolha indesejada; Consistência e padrões,

o sistema deve ser padronizado e consistente; Prevenção de erros, deve prevenir a

ocorrência de erros, quer através da eliminação de situações propícias ao erro, quer

através do uso de mensagens de confirmação; Reconhecimento em vez de

lembrança, deve minimizar a necessidade do usuário memorizar ações, objetos e

opções, disponibilizando suas funcionalidades de forma visível e clara; Flexibilidade

e eficiência de uso, o sistema deve satisfazer as necessidades tanto de usuários

experientes, permitindo acelerar a interação destes com o sistema, quanto de

usuários inexperientes; Design estético e minimalista, o sistema conter diálogos

apenas com informações relevantes; Ajuda para o usuário reconhecer, diagnosticar

e recuperar-se dos erros, o sistema deve conter mensagens de erros claras,

indicando precisamente o problema e sugerir soluções; Ajuda e documentação,

sistema deve prover informações de ajuda e documentação que sejam concisas,

fáceis de buscar, focadas nas tarefas do usuário e listem passos concretos a serem

executados.

13

2.3.2. Banco de Dados MYSQL

O programa MYSQL é um servidor bancos de dados com linguagem de

pesquisa SQL (Structured Query Language - Linguagem Estruturada para

Pesquisas), funcionando em ambiente multi-tarefa e multi-usuário. O MYSQL pode

ser utilizado sob os termos da GNU General Public License. Dentre as

caracterisicas desse servidor de banco de dados, podemos destacar: portabilidade

(suporta qualquer sistema operacional);, compatibilidade com diversas linguagens de

programação, desempenho e estabilidade, pouco exigente quanto a recursos de

hardware, facilidade de uso e suporte nativo a tratamento de dados espaciais a

partir de versão 4.1, sem a necessidade de nenhuma instalação de módulos

adicionais (MYSQL.., 2009)..

Junto ao gerenciador de banco de dados MYSQL, pode ser instalada a

ferramenta PHPMYADMIN, para a administração do banco de dados MYSQL. Essa

ferramenta funciona na Internet, onde o administrador do banco de dados pode

manipular bases de dados, tabelas e campos em através de interfaces gráficas ou

da execução comandos SQL (PHPMYADMIN, 2009).

2.3.3. Linguagens de programação: PHP, Java e Java Script

O PHP 5 é uma linguagem de programação que permite o desenvolvimento

de sítios em plataforma WEB, oferecendo utilização dinâmica das páginas e a

integração com banco de dados, através do navegador.

Os arquivos PHP são hospedados em um servidor, que tem como papel

executar os comandos contidos nessa página e retornar ao usuário o resultado da

aplicação, sempre utilizando o navegador. É uma linguagem de licença livre e com

suporte ao banco de dados MYSQL (OLSON, 2009).

O Java é uma linguagem de programação, onde um programa é executado

em uma chamada máquina virtual ou virtual machine (“máquina imaginária

implementada via software ou hardware que executa instruções vindas de

bytecodes”), conforme definição da empresa desenvolvedora Sun Microsystens. É

uma linguagem é multiplataforma (pode ser executado qualquer sistema operacional

14

ou navegador), livre e está disponível para download no site da Sun (PAMPLONA,

2008).

Java Script é uma linguagem de programação com uma sintaxe básica e

semelhante para ambas as linguagens Java e C + +, e desenvolvida com a

finalidade de expandir a funcionalidade de seu popular browser: o Navigator. É uma

linguagem de script (“mini programas” interpretados e voltados para execução de

tarefas específicas) que são inseridos dentro de uma página HTML e texto, dessa

forma quando o navegador acessa este documento, ele executando o programa nela

inserido. Embora muitas vezes confundidas, existem vários fatores que diferenciam

Java script da linguagem Java, como por exemplo:

− Java Script é baseada em objetos - tem seus próprios objetos embutidos.

Java é orientada a objetos – os objetos são construídos a partir de classes;

− O código Java script é embutido dentro de um documento HTML como

texto simples. Já as Applets (micro programas) em Java são referenciadas a partir

de um documento, mas o código é mantido em um arquivo separado;

− Java script é passada ao cliente (browser) como texto e é interpretada.

Java é compilada em um tipo especial de código (bytecodes), que são passados ao

cliente para serem executados;

− Java script usa ligação dinâmica – referências a objetos são verificadas e

resolvidas em tempo de execução. Java usa ligação estática – referências a objetos

devem ser resolvidas quando o programa é compilado (MOZILLA, 2009).

2.3.4. Software de Apoio: Spring, Terraview e Mapinfo Professional

O Spring na versão 5.0.4 é um Sistema de Informações Geográficas,

desenvolvido pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) / DPI (Divisão

de Processamento de Imagens), com funções de processamento de imagens,

análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados

espaciais.

Essa ferramenta contém algoritmos para indexação espacial, segmentação

de imagens, classificação por regiões e geração de grades triangulares com

restrições, garante o desempenho adequado para as mais variadas aplicações,

15

complementando os métodos tradicionais de processamento de imagens e análise

geográfica (CAMARA et al. 2001).

O TerraView 3.3.1, um sistema visualizador de bases cartográficas voltado

para aplicações de sistemas de informações geográficas. Com capacidade de

manipular dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e

imagens), desenvolvido também pelo INPE, é um software livre sob os termos da

Licença Pública Geral - GPL (TERRAVIEW, 2009).

O Mapinfo Professional 6.0 é uma ferramenta capaz de associar vetores

(desenhos) a bancos de dados alfa – numéricos (tabelas), comercializado pela

MapInfo Corporation. Essa ferramenta tem como característica a capacidade de

fazer associação entre dados alfanuméricos (tabulares) e vetoriais (desenho),

permitindo a espacialização dos dados de um projeto, possibilitando, assim, novas

análises. É utilizado para a geração de mapas temáticos, pode trabalhar com

arquivos derivados de softwares de banco de dados (Access, Excel, Oracle), e ainda

com arquivos vetoriais derivados de outro software, através da importação destes

arquivos ou de sua conversão para formato MapInfo (arquivos com extensão tab);

(MAPINFO, 2009).

2.3.5. Ferramenta de exibição de imagens: ALOV Map

O ALOV Map é uma aplicação em ambiente Internet, desenvolvida sobre

tecnologia Java e com licença livre; funcionando com um servidor de arquivos

internet e um navegador de forma interativa. ALOV Map é um projeto conjunto da

ALOV Software e da Arqueologia da Computação Laboratório da Universidade de

Sydney, Austrália.

Na abordagem ALOV Map cliente/servidor não existe nenhum sistema

especial de programação ou experiência exigida para a configuração da Web SIG.

Os arquivos shapefiles (são formato de vetor digital, que guarda um conjunto de

coordenadas geométricas com informações associadas atribuídas para uma

característica espacial, esses arquivos podem ser importados ou exportados por

softwares específicos) ou MIF (MapInfo Interchange Format é um arquivo em

formato mapa de dados) podem ser visualizados através de ALOV Map.

16

Ao acessar os arquivos a applet (aplicação) inicia, o lado cliente salva

todos os arquivos de mapa do servidor (WWW) e os executa. As características dos

mapas são armazenadas em um banco de dados SQL no servidor.

O servidor executa uma aplicação é um Java Servlet, onde os servlets são

programas que correm no lado do servidor e que estendem as funcionalidades do

servidor web, gerando páginas de forma dinâmica e interagindo com os clientes e

possibilitando a inserção do arquivo shapefiles no sistema apresentado no

navegador. (ALOVMAP, 2009)

2.3.6. O Servidor Apache Versão 2.2.4

É um software que atua como servidor Web (ou um conjunto de servidores)

responsável por processar todas essas informações contidas nas páginas que ele

hospeda, sejam elas HTML, JAVA, JAVASCRIPT ou PHP.

O Apache Server é um software livre, disponível para o Linux (e para outros

sistemas operacionais baseados no Unix), o e para o Windows (APACHE, 2009).

2.4. O ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: TEMÁTICAS PARA APOIO A DECISÃO

O Estado de Mato Grosso do Sul (MS) com 358.158,7 km² de extensão

territorial, localizado na região Centro-Oeste, região essa que ocupa 18% da área do

Brasil. Entre as fontes econômicas destacam-se, a agricultura e a pecuária,

conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Estado de

Mato Grosso do Sul é composto de aproximadamente de 65.000 estabelecimentos

agropecuários e tem na agricultura sua base econômica (IBGE, 2005).

O fortalecimento das atividades econômicas do Estado, tendo como foco a

sustentabilidade, demanda informações com qualidade para subsidiar a tomadas de

decisões, o que implica cada vez mais no uso de ferramentas analíticas para

respostas diferenciadas aos problemas. Assim sendo, a aplicação de uma

ferramenta tecnológica nessa área poderá que proporcionar análises e inter-relações

espaciais e temporais aos processos decisórios.

17

2.4.1. As Microrregiões do Estado de Mato Grosso do Sul

De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, uma microrregião é um

agrupamento de municípios limitantes, com a finalidade de integrar a organização, o

planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por

lei complementar estadual (IBGE, 2002).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) definiu 11

microrregiões no Estado de Mato Grosso do Sul conforme o seu uso prático e para

fins estatísticos, com base em similaridades econômicas e sociais. A Tabela 1

mostra como ficou a distribuição das microrregiões por municípios.

18

Tabela 1 - Relação das Microrregiões, municípios do Estado de Mato Grosso do Sul,

em 2001.

Código Nome Municípios

MRG 01 Microrregião do Baixo

Pantanal

Corumbá; Ladário; Porto Murtinho

MRG 02 Microrregião de Aquidauana Anastácio; Aquidauana; Dois Irmãos do Buriti;

Miranda

MRG 03 Microrregião do Alto Taquari Alcinópolis; Camapuã; Coxim; Figueirão; Pedro

Gomes; Rio Verde de Mato Grosso; São Gabriel do

Oeste; Sonora

MRG 04 Microrregião de Campo

Grande

Bandeirantes; Campo Grande; Corguinho; Jaraguari;

Rio Negro; Rochedo; Sidrolândia; Terenos.

MRG 05 Microrregião de Cassilândia Cassilândia; Chapadão do Sul; Costa Rica

MRG 06 Microrregião de Paranaíba Anaurilândia; Bataguassu; Batayporã; Nova

Andradina; Taquarussu

MRG 07 Microrregião de Paranaíba Aparecida do Taboado; Inocência; Paranaíba;

Selvíria.

MRG 08 Microrregião de Três Lagoas Água Clara; Brasilândia; Ribas do Rio Pardo; Santa

Rita do Pardo; Três Lagoas.

MRG 09 Microrregião de Bodoquena Bela Vista; Bodoquena; Bonito; Caracol; Guia Lopes

da Laguna; Jardim; Nioaque

MRG 10 Microrregião de Dourados Antônio João; Aral Moreira; Caarapó; Douradina;

Dourados; Fátima do Sul; Itaporã; Juti; Laguna

Carapã; Maracaju; Nova Alvorada do Sul; Ponta

Porã; Rio Brilhante; Vicentina.

MRG 11 Microrregião de Iguatemi Angélica; Coronel Sapucaia; Deodápolis; Eldorado;

Glória de Dourados; Iguatemi; Itaquiraí; Ivinhema;

Japorã; Jateí; Mundo Novo; Naviraí; Novo Horizonte

do Sul; Paranhos; Sete Quedas; Tacuru.

Fonte: IBGE (2001)

2.4.2. O Relevo

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações, as

serras da Bodoquena e de Maracaju, formam os divisores de águas das bacias do

Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do Estado ficam entre 200 e 600m.

(MATO GROSSO,1990).

19

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção Leste do Estado,

constitui a projeção do planalto Meridional, apresenta extensas superfícies planas,

com 400m a 1.000m de altitude. Na baixada do rio Paraguai domina a região Oeste,

com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas (ladeiras

íngremes) e morrarias (série de morros). Possui uma grande porção é formada por

uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas

altitudes oscilam entre 100 e 200m e ocorrem alguns maciços isolados, como o de

Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá. (MATO GROSSO,

1990).

2.4.3. O Solo

No Em Mato Grosso do Sul foram identificadas e caracterizadas vinte e

cinco classes de solos, com variações na fertilidade natural, as quais são

encontradas sob diferentes condições de relevo, erosão, drenagem, vegetação e

uso.

Os solos de maior ocorrência no Estado são os Latossolos, que ocupam

basicamente a Bacia do Paraná, estando amplamente distribuídas na porção central

do Estado, estendendo-se ao Sul e Nordeste, apresentam grande variação entre as

diferentes classes, das quais o Latossolo Vermelho é o de maior expressividade, que

se concentram também na região da Grande Dourados, e finalmente os Latossolos

Vermelho-Amarelos em terceiro lugar na classificação.

Na porção Centro-Oeste do Estado, verifica-se a ocorrência de Neossolos,

que compreendem solos bastante arenosos, bem drenados e com baixa fertilidade

natural, encontrados também margeando as Serras de Aquidauana, de Maracaju e

do Pantanal, e correspondem à segunda classe de maior expressividade no Estado.

Na Bacia do Paraguai, existe a ocorrência de solos Hidromórficos diversos,

com características distintas e que, no entanto, apresentam em comum,

normalmente, baixa fertilidade natural, a textura arenosa e principalmente a intensa

influência exercida pela água, quer através do transbordamento de corpos d’água,

quer da subida do lençol freático à superfície.

Na área da Depressão do Pantanal, ocorrem amplamente o Espodossolos,

Planossolo e Gleissolos. Na região periférica à Depressão, ocorrem vários tipos de

20

solos, como o Planossolo Háplico Sálico, localizado a Sudoeste do Estado,

margeando em ampla faixa o Rio Paraguai, desde Corumbá até Porto Murtinho, o

Neossolos e as Chernossolos. Ocorrem ainda, Chernossolos junto as Morrarias e os

Vertissolos em manchas de dimensão significativa próximo a Corumbá.

Em menor proporção, mas ainda ocorrência significativa encontra-se na

Bacia do Paraná os solos Espodossolos, concentrando-se na região Sul do Estado,

e de forma menos expressivas margeando cursos d’água, afluentes do rio Paraná e,

ainda na região Nordeste e às margens do rio Paraná, em faixa de largura variável,

são encontrados Neossolos, Gleissolos, Organossolos, entre outros. (IBGE, 2009).

2.4.4. O Clima

Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1990) o Estado de Mato

Grosso do Sul compreende o clima Tropical Brasil Central subdividido da seguinte

forma: a) quente, úmido com 3 meses secos no Pantanal e limites norte/ nordeste; b)

subquente, úmido com 1 a 2 meses secos na faixa central e leste, e; c- subquente,

úmido com 3 meses secos nas regiões sul e sudoeste.

2.4.5. A Hidrografia

A maior parte das bacias dos rios Paraná e Paraguai está no território sul

mato-grossense. A rede hidrográfica da bacia do Rio Paraná é composta do Rio

Paraná e seus afluentes no sentido norte-sul, destacando-se os Rios Aporé, Sucuriu,

Verde, Pardo, Ivinhema, Amambai e Iguatemi, onde possui um imenso potencial

hidrelétrico.

A rede hidrográfica da bacia do Rio Paraguai destaca-se pela atividade de

navegação, sendo o Paraguai um rio de planície que apresentará condições de

navegabilidade em 90% de seu curso, com potencial turístico e pesqueiro altamente

significativo. Fazem parte desta bacia também, os Rios Piquiri (ou Itiquira), Taquari,

Coxim, Aquidauana, Miranda, Negro e Apa (CORREA, 1977).

21

2.4.6. A Vegetação

No Estado a parte que compreende a bacia do Paraná, apresenta uma ação

antrópica notável que, nessas áreas são encontrados imensos cultivos de pastagem

plantada e lavoura.

A vegetação primitiva, constituída basicamente de diversas formações de

Savana (cerrado) ocupa o restante da área do estado, dividido um espaço com

pequenas porções de Floresta Estacional Semidecidual. Encontra-se ainda

fisionomias de Arbórea Densa, Arbórea Aberta, Savana Parque e Savana Gramíneo-

Lenhosa na região do Pantanal e na região Chaquenha a predominância da

Savana Estépica (IBGE, 2009).

2.4.7. As Rodovias

Conforme, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

(DNIT, 2009), o sistema viário do estado contribui em boa medida para o

escoamento da produção agropecuária, conforme Tabela 2, os principais eixos

rodoviários, são:

Tabela 2 - Relação das principais rodovias federais do estado de Mato Grosso do

Sul, em 2009.

BR Início do trecho Fim do trecho

158 ENTR BR-306/MS-112 (CASSILÃNDIA) *TRECHO URBANO* ENTR MS-444 (SELVÍRIA)

163 ENTR MS-386(A) (DIV PR/MS) (PORTO CEL RENATO) ENTR MS-156/280/378 (CAARAPÓ)

163 RIO LARANJA DOCE ENTR BR-267(B) (NOVA ALVORADA) 267 ENTR BR-163(B) (RIO BRILHANTE) ENTR MS-382 (GUIA LOPES DA LAGUNA)

163 ENTR BR-267(B) (NOVA ALVORADA) ENTR BR-060(A) /262(A) (CAMPO GRANDE (SAÍDA P/ SÃO PAULO))

262 DIV SP/MS POSTO MUTUM

262 FIM TRAVESSIA RIO PARAGUAI ENTR BR-359(B) (FRONT BRASIL/BOLIVIA) (CORUMBÁ)

267 DIV SP/MS ENTR BR-163(A) (NOVA ALVORADA)

Fonte: DNIT (2009).

22

2.4.8. As Estações Meteorológicas

Alguns locais do Brasil já dispõem de sistemas de monitoramento climático

que prestam serviços relevantes à sociedade de um modo geral, atualmente as

estações meteorológicas que compõem o sistema de monitoramento são do tipo

automática, possuem sensores que captam as informações climáticas sem a

interação do homem, de forma que os dados obtidos fiquem armazenados em

arquivos em um microcomputador acoplado a essa estação, alimentando grandes

bancos de dados.

Existem órgãos de meteorologia no Brasil, com a função de controlar e

manter a rede de estações em nível nacional. São eles: O Instituto Nacional de

Meteorologia (INMET), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; o

Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) do Comando da Aeronáutica

e a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) do Comando da Marinha, ambos do

Ministério da Defesa, além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do

Ministério da Ciência e Tecnologia (INPE).

Conforme site INMET, o Estado de Mato Grosso do Sul conta com as

seguintes estações meteorológicas: Água Clara, Aquidauana, Cassilândia, Campo

Grande, Naviraí, Nhumirim, Corumbá, Coxim, Dourados, Ivinhema, Jardim, Miranda,

Paranaíba, Ponta Porá, Porto Murtinho e Três Lagoas (Tabela 3).

23

Tabela 3. Estações meteorológicas no Estado de Mato Grosso do Sul.

Municípios

MS

Instituição Latitude

(°)

Longitude

(°)

Altitude

(m)

Data de

Abertura

Amambai CEMTEC/LNPE -23,14 -55,20 464 30/09/2008

INMET -23,00 -55,32 431 12/06/2008

Aquidauana CEMTEC/LNPE -20,45 -55,67 174 08/09/2006

INMET -20,47 -55,78 155 01/11/2006

Campo Grande INPE -20,5 -54,62 528 18/10/2004

INMET -20,45 -54,61 530 16/12/2006

Cassilândia CEMTEC/INPE -19,09 -51,8 514 01/01/2007

INMET -19,12 -51,72 516 08/03/2008

Chapadão do Sul INMET -18,80 -52,60 818 19/12/2006

INPE -19,02 -57,65 185 28/02/2005

Coxim INMET -18,99 -57,63 126 27/10/2006

INPE -18,5 -54,76 292 18/02/2005

INMET -18,30 -54,44 252 07/11/2006

Dourados INMET -22,19 -54,91 469 21/10/2006

Itaquirai INMET -23,44 -54,18 336 30/05/2008

Ivinhema INMET -22,3 -53,81 373 10/02/2003

Jardim INPE -21,47 -56,19 288 21/02/2005

Juti INMET -22,85 -54,60 379 19/06/2008

Maracajú INMET -21,60 -55,17 401 14/12/2006

Miranda INMET -20,39 -56,43 140 02/11/2006

Navirai INPE -23,04 -54,71 421 23/02/2005

Nhunmirim

(Embrapa)

INMET -18,98 -56,62 104 03/08/2006

Paranaíba INMET -19,41 -51,10 424 13/11/2006

Ponta Porã INMET -22,53 -55,53 650 06/09/2001

Porto Murtinho INMET -21,70 -57,55

85

24/10/2006

São Gabriel do Oeste CEMTEC/INPE -19,42 -54,59

670

01/01/2006

Rio Brilhante INMET -21,775 -54,52 329 26/06/2008

Sete Quedas INMET -23,96 -55,02

402

06/06/2008

Três Lagoas INMET -20,78 -51,7 313 03/09/2001

Fonte : Adaptada de INMET, 2009; Adaptado de INPE / CPTEC, 2009.

São diversas á aplicações dos dados meteorológicos, como por exemplo: na

agricultura (para determinar a época ideal de colheita, previsão de geadas, granizo),

energia (controle dos níveis de reservatório de usinas, informações para fontes

24

alternativas de energia), construção civil (realização de construções mais

confortáveis, observando a insolação e umidade dos locais), transporte (condições

do tempo nas estradas), segurança (alertas sobre ventanias, inundações e

ressacas), ecologia e meio ambiente (acompanhamento da qualidade do ar,

monitoramento de queimadas), saúde (identificação de áreas alagadas) e lazer e

turismo (verificação da previsão para feriados e épocas de férias); (KOZIEVITCH,

2005).

25

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento do protótipo iniciou com uma versão em ambiente

“desktop”, onde foram utilizados os softwares SRPING e Terraview, com o objetivo

montar a aplicações base e migrar essa aplicação em para ambiente web, já que o

SPRING disponibiliza a versão web.

Durante a montagem, em ambiente Desktop, tanto o Terraview, quanto o

SPRING (software desenvolvido pelo INPE - Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais) e em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária), apresentam deficiências em suas funções, por estarem em constante

atualização, por dependem recursos de hardware funcionamento em bom

desempenho e pelo fato de que, embora estejam disponíveis sob licença livre, o

processo de montagem de um sistema necessita de informações multidisciplinares e

deve contar com uma equipe de apoio para a aquisição dos dados e até mesmo

para a utilização das ferramentas.

Embora o Terraview tenha apresentado algumas deficiências em sua

funcionalidade, como já comentado, o resultado foi satisfatório em ambiente

desktop. Foi possível a inclusão de mapas georreferenciados, a representação das

estações meteorológicas de cada microrregião e a integração dos componentes

geográficos com o banco de dados relacional, conforme Figura 2.

26

Figura 2. Visão do sistema desktop, na ferramenta Terraview, mapa das

microrregiões com as estações meteorológicas, relacionada aos dados do Banco de

Dados.

Do processo de importação das imagens georreferenciadas e das tabelas de

dados, as mesmas foram relacionadas por meio do Terraview, gerando o seguinte

Diagrama de Entidade Relacionamento (DER) que representa o banco de dados

(Figura 3).

Aquidauana

27

Figura 3. Diagrama de Entidade Relacionamento (DER) do SIG desenvolvido em

ambiente “desktop”

O Terraview, por meio do componente TerraLib, possibilita a migração para

ambiente web, porém esse desenvolvimento é bem complexo, desde a instalação do

Terralib, que é composto de pacotes com versões diferentes para servidores

Windows e Linux, fator que dificulta a portabilidade e a interação com usuários sem

conhecimento específicos em informática.

O Spring Web na versão 3.0, embora possua várias opções de funções, tem

uma interface complexa para ser configurada, em relação aos outros programas, e

ainda, ele se apresentou menos eficiente que os outros em situações onde ele

precise se integrado a outras aplicações criadas pelo usuário e que não fazem parte

de suas aplicações, como quando comparado ao Alov Map.

- Representa a entidade (tabela de dados do banco).

- Representa o relacionamento entre as entidades (tabela) do banco de

dados.

1 - Representa a cardinalidade 1, ou seja, somente um registro é resultante do

relacionamento entre as tabelas.

N - Representa a cardinalidade N, ou seja, N registros serão resultantes do

relacionamento entre as tabelas.

Legenda:

28

O protótipo do sistema foi reformulado para contemplar possibilidade de ser

utilizado em plataforma WEB e com a possibilidade inserção e atualização do banco

de dados pelo usuário, desta forma torna-se possível a atualização interativa e

dinâmica de informações para cada coordenada geográfica inserida pelo

administrador no sistema. A facilidade deste tipo de proposição, é que o usuário

administrador não necessariamente teria que ser especialista em informática, nem

em sistema de informações geográficas, ou mesmo em banco de dados, para

manter o sistema em constantemente atualizado e atendo as mais diferentes

demandas relacionadas à sua atividade.

3.1. MATERIAL

A área de estudo é o estado de Mato Grosso Sul, relacionado com algumas

de suas temáticas que fazem parte do complexo de informações que poderiam ser

geradas para inclusão no sistema de informação geográfica.

No Sistema de Informações Geográficas desenvolvido, foram inseridas as

temáticas de limites de municípios, microrregiões, solo, vegetação, aptidão agrícola

das terras e recursos naturais do estado de Mato Grosso do Sul, tendo como fonte

de informações os mapas temáticos do IBGE (Instituto Nacional de Geografia e

Estatística), os arquivos foram utilizados em formato shape. Como exemplos deste

material são as Figuras 4 e 5.

29

Legenda:

Pantanais Mato-grossenses

Depressão dos Altos Rios Paraguai/Guaporé

Planaltos e Serras dos Altos Rios Paraguai/Guaporé

Planalto de Maracaju

Planícies Fluviais e/ou Fluviolacustres

Planalto da Caiapônia

Planalto Central da Bacia do Paraná

Figura 4. Mapa de Relevo do Estado de Mato Grosso do Sul

Fonte : IBGE, (2005).

Figura 5. Mapa Temático de potencial agrícola.

Fonte : IBGE (2005).

Para o desenvolvimento do sistema de informações geográficas foram

utilizados como ferramentas os seguintes softwares: MySql versão 5.0 - sistema de

30

gerenciamento de banco de dados, TerraView versão 3.1.4 como ferramenta para a

montagem do sistema em ambiente “desktop”; o Mapinfo Professional versão 6.0 -

como ferramentas para a digitalização e mapeamento de imagens, e ALOV Map v0.

96 . Para a publicação das imagens através do navegador WEB, as linguagens de

programação PHP na versão 5.2.4, HTML, Java e Java script e o gerenciador de

banco de dados MySql na versão 5.0.41 em conjunto com o PHPMyAdmin 2.10.1.

3.2. MÉTODOS

Na visão de Câmara (1996), o desenvolvimento de um sistema de

informações geográficas é dividido em três grandes fases, que são: Modelagem do

mundo real: engloba processos e de dados, selecionando fatos e entidades de

interesse do ambiente onde será implementado; criação do banco de dados: define

a organização lógica do banco de dados, as operações de manipulação desses

dados e o banco de dados geográfico e o armazenamento das informações

coletadas; e Implementação e operação do sistema: refere-se ao desenvolvimento

de aplicações específicas e a interação com o usuário.

Na fase de Modelagem do mundo real foram considerados, fatores

relacionados à grande capacidade do SIG em integrar, armazenar e disponibilizar

informações, que podem ter pesos diferenciados às variáveis conforme a

necessidade do usuário. Para usuários de propriedades rurais, os SIGs são

utilizados para planejamento do uso do solo no processo produtivo agrícola, sendo

assim as temáticas foram selecionadas levando em consideração elementos

naturais (relevo, vegetação, potencial agrícola, hidrografia, solo e clima), bem como

os dados de socioeconômicos (divisão municipal e microrregiões) de base para a

formatação do banco de dados em ambiente SIG, quando as informações são

processadas pode-se, por exemplo, verificar qual a influência de variáveis como tipo

de solo, drenagem, quantidade de insumos, no sentido de averiguar qual o impacto

de cada uma no rendimento das parcelas cultivadas.

Os processos levantamento e de análise de requisitos das necessidades dos

usuários foi realizando de maneira informal, considerando informações básicas

relacionadas à agricultura, como: potenciais de cultivo, características de clima, de

solos.

31

As atividades relacionadas ao sistema também foram identificadas nessa

fase, assim processo de análise do sistema resultou nos seguintes processos

(Casos de Usos), disparados pelo ator (usuário do sistema) Administrador: Efetuar

Login (validação de acesso do usuário e identificação de suas permissões);

Selecionar ponto para inserir temáticas (o usuário por meio de uma tela interativa

pode selecionar atributos ao ponto selecionado); Cadastro da temática ou atributo

relacionado ao ponto selecionado; Cadastrar Temáticas das cidades (possibilita a

inserção e alteração de dados já inseridos para as cidades ou ainda a criação de

atributos para a inserção de informações); Cadastrar Estações Meteorológicas

(possibilita a inserção e alteração estações meteorológicas e dos dados referentes a

elas ou ainda a criação de atributos para a inserção de informações); e Cadastrar

Temáticas sobre as Microrregiões (possibilita a inserção dos dados referentes a elas

ou ainda a criação de atributos para a inserção de informações); (Figura 6).

Figura 6. Diagrama de Caso de Uso do Sistema, disparados pelo usuário

Administrador.

Para a visão de usuário, ou seja, para qualquer operador que venha acessar o

sistema utilizando o browser foram identificados os seguintes casos: Efetuar Login

Cadastrar de Estações

Meteorológicas

Cadastrar Temáticas das Cidades

Selecionar Estação Meteorológica

Cadastrar Temáticas sobre as

Microrregiões

Cadastrar Temáticas Relacionadas

a ponto selecionado

Selecionar ponto para inserir a

temática

Efetuar Login

Administrador

32

(validação de acesso do usuário e identificação de suas permissões); Selecionar as

visões para realizar a consulta de informações no sistema (Figura 7).

Figura 7. Diagrama de Caso de Uso do Sistema, disparados pelo usuário

Administrador.

Na próxima fase, a de criação do banco de dados foi definida a estrutura do

banco de dados, chamado de sistema_informacoes, contendo as tabelas: Cidades,

Microrregiões, Estações (meteorológicas) e Outras_temáticas, onde, as tabelas são

estruturadas da seguinte forma (estrutura de campos):

• Cidades: código; estado; nome_cidade; distância até a capital em

quilômetros; limites (municípios que fazem divisão com o município da

cidade); área (área da cidade em metros quadrados); população

(numero de habitantes da cidade); densidade (densidade demográfica

da cidade); fuso (fuso horário que a cidade se encontra); id_micro

(código da microrregião; que a relaciona com a tabela de microrregião);

coordenada_X (longitude); e coordenada_Y (latitude).

• Microrregiões: id_micro (o código da microrregião); micro (nome da

microrregião, definido pelo IBGE); população (número de habitantes);

área (área de abrangência em Km²); densidade (densidade demográfica

da microrregião); cidades (principais cidades da microrregião); e

território (extensão territorial da microrregião).

• Estações: contém o código da estação; o nome; a microrregião de

localização; órgão responsável pela estação; ano de instalação; e o

endereço eletrônico para a base de dados do INMET ou órgão

responsável onde estão os dados das leituras das estações.

Essa estrutura foi modelada conforme os conceitos de modelagem orientada

a objetos, cada uma dessas tabelas se transformou em uma classe, resultando no

diagrama de classes representado pela Figura 8.

Visualizar dados sobre a visão

selecionada

Selecionar a visão da temática para

consulta Efetuar Login

Usuário

33

Figura 8 . Estrutura dos Dados – Diagrama de Classes

Os relacionamentos entre as tabelas são estabelecidos, conforme os

seguintes critérios: cada microrregião estabelece um relacionamento (1 para N, uma

microrregião tem N cidades) com as cidades por meio do campo (chave) id_micro.

As estações meteorológicas estão relacionadas com as microrregiões, através do

campo chave id_micro (1 para N, uma microrregião pode ter N estações

meteorológicas).

O relacionamento entre as cidades e as temáticas é estabelecido por uma

chave composta das coordenadas X e Y (referentes à latitude e longitude), cada

cidade tem uma coordenada e cada temática também possui uma coordenada,

formando um relacionamento 1 para 1 (uma cidade está relacionada a uma

temática).

As demais tabelas de do banco de dados relativas aos temas: Solo,

Vegetação, Relevo, Hidrografia, Pavimentação, Limites de Município e Potencial

Agrícola estão relacionadas com seus respectivos mapas (shapes).

Na fase de Implementação das Operações, foi desenvolvido todo o

ferramental de do protótipo. Os mapas vetoriais e imagens de microrregiões e limites

34

de municípios foram convertidos para arquivos shapefile (arquivo vetorial contendo

pontos, linhas ou áreas, tem extensão shp), utilizando o software Mapinfo 9.0. Os

objetos Estações e Microrregiões foram definidos utilizando os softwares TerraView

3.2 e o Spring 5.0.

Os mapas temáticos disponíveis no site do IBGE possuem opção para

exportação em formato shp (shape). Os arquivos resultantes dessa exportação são:

um arquivo .shp (imagem vetorial), um arquivo .dbf (formato universal para arquivos

de dados); e um arquivo .shx (formato do arquivo de índice responsável pelo vinculo

entre os dados geográficos e os dados alfanuméricos). Sendo assim, os arquivos de

dados .dbf, foram importados para o banco de dados do sistema de informações

utilizando o PHPMyAdmin 2.10.1.

Tanto a estrutura do banco de dados orientado a objetos, quanto às tabelas

relacionadas às suas temáticas por meio das coordenadas geográficas e

identificadores dos arquivos shape, tratam cada consulta ao sistema como sendo um

objeto, dessa forma é possível criar um dinamismo nas consultas, e a melhor

manutenção dos dados.

Para a execução dos arquivos do sistema na Internet foi utilizado o Apache

na versão 2.2.4 para Windows, um servidor de arquivos que interpreta os códigos no

padrão HTTP e gerencia os serviços para a visualização das páginas através da

Internet, juntamente com o PHP na versão 5.2.4, que tem a função de executar os

arquivos PHP e disponibilizar as funções desses arquivos através da internet.

A visualização dos arquivos shape através do através de um navegador web

foi possibilitada pelo ALOV Map, uma aplicação livre, desenvolvida em Java, que

permite a publicação de mapas vetoriais na Internet.

Existem dois modos de utilização do Alov Map, o modo cliente que permite

ao usuário executar, recuperar e manipular os vetores e os raster do mapa utilizando

componentes do applet (pequenos programas feitos em Java executados dentro do

navegador, no cliente). O modo servidor onde o Alov Map é executado utilizando

Java servlets (pequenos programas feitos em Java executados no servidor e que

oferecem respostas ao cliente.

No sistema os mapas foram divididos em visões: Geral (que envolve e

relaciona todas as temáticas); Microrregiões (mostra as microrregiões suas divisões

e a nomenclatura), Vegetação, Solos, Relevo, Potencial Agrícola, Principais

35

Rodovias (com sues nomes) e Hidrografia. Essa divisão foi estabelecida para facilitar

a visualização e o acesso dos usuários, todos os usuários podem realizar consultas

nessas visões, independente do seu nível de acesso, Figura 9.

Figura 9. Tela Inicial do sistema com ênfase ao menu de visões das temáticas.

No menu lateral foram inseridas as temáticas e as legendas dos mapas,

esse menu também possibilita a ativação e desativação das temáticas do mapa

exibido na pagina inicial, conforme mostra Figura 10.

36

Figura 10. Partes do menu Lateral que ativam as visões dos mapas do sistema e

visão do mapa de Solos quando se ativa a visão no menu.

As telas de exibição dos dados, são ativadas quando o usuário comum clica

sobre a posição geográfica a qual ele estará consultando, ao clicar são iniciadas

opções para as consultas, somente as visões ativadas no menu lateral estão

disponíveis para consulta (Figura 11).

37

Figura 11. Tela principal do sistema, com a lista de opções de consulta.

O selecionar um opção dessa lista o sistema irá identificar o objeto e abrir a

tela de consulta referente à seleção, por meio do link da seleção. A Figura 12,

mostra o link após a seleção do usuário.

Figura 12. Visão da barra de endereços do navegador, com o link a ser aberto pelo

sistema.

A cada seleção é passado um parâmetro de identificação do objeto

(id_objet), assim é realizada uma consulta a tabela (no banco de dados) relacionada

ao tema selecionado e os dados retornado são exibidos em arquivo php, conforme

Figura 13.

38

Figura 13. Tela em php do sistema que mostra o resultado da consulta.

Quando a opção selecionada for Temáticas Relacionadas, o sistema faz um

tratamento diferente para realizar a busca, o campo identificador para ser a chave é

composto pelas coordenadas X e Y (latitude e longitude), o sistema irá realizar uma

busca na tabela de outras temáticas visando encontrar se essas coordenadas

tenham algo cadastrado, se encontrar as informações serão exibidas em uma tela

php. Caso não exista, será realizada uma busca das três cidades mais próximas a

essa coordenada, serão exibidas dessas cidades, os dados relacionados a

microrregiões e as temáticas cadastradas mais próximas desse ponto (Figura 14).

39

Figura 14. Tela do sistema e tela resultante da busca relacionada.

Os usuários administradores são oferecidos alguns privilégios para realizar

alterações do banco de dados, no sentido de inserir informações e de alterar a

40

estrutura da tabela, isso acontece por meio de aplicações em php para as tabelas

cidades, microrregiões, estações meteorológicas e outras temáticas. A Figura 15,

mostra a opção de manutenção dos dados no sistema.

Figura 15 . Tela de manutenção dos dados relacionados às microrregiões.

A alteração dos campos é a função que permite a criação de campos para

armazenar informações no banco de dados, sem alterar o relacionamento entre as

tabelas (Figura 16). O sistema não permite que os campos atribuídos como chaves

de identificação sejam alterados, o que poderia gerar uma quebra de integridade do

banco de dados.

41

Figura 16 . Tela de manutenção dos campos relacionados às microrregiões.

Na ação de criação dos campos podem ser criados links, que permitem a

relação com outros endereços externos ao sistema. Os parâmetros coordenados

geográficas (latitude e longitude) são passados para os sites que disponibilizam as

informações e que tratam a localização da mesma maneira (com coordenadas

latitude e longitude), essa opção proporciona ao sistema agregar uma grande

quantidade de informações, sem que os dados precisem estar inseridos no banco do

próprio sistema, diminuindo o volume de dados e o custo com manutenção.

Um exemplo disso, é a consulta a tela de dos dados das estações onde foi

inserido um link para os dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia),

relacionados à estação selecionada no sistema (Figura 17).

42

Figura 17: Tela do sistema com o link para os dados meteorológicos do INMET, e

visão da tela acessada no INMET por meio do link.

A todas as telas do sistema, seja na visão de administrador ou de usuário

comum, foram aplicados os critérios de usabilidade, para garantir uma facilidade de

interação com os usuários de qualquer área ou formação.

43

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto de desenvolvimento do SIG resultou nos seguintes componentes:

o banco de dados; a interface de administração para a manutenção dos dados; e a

interface de consulta e visualização.

O banco de dados, chamado de sistema_informacoes1, está composto pelas

tabelas: Cidades (cidades) 2; Microrregiões (microrregioes)²; Estações

Meteorológicas (estacoes)²; e Outras Temáticas (outras_ tematicas)², tabelas com

relacionamento entre si e ligadas aos objetos da tela por meio de suas coordenadas

geográficas (campos coord_x e coord_y, latitude e longitude respectivamente). As

tabelas: potencial (referente ao potencial agrícola), relevo, vegetação, solos,

hidrografia, limites de municípios, principais estradas são resultados dos arquivos

shapes e foram importadas para o banco do sistema.

Na tabela de Cidades (Figura 18), estão armazenadas as informações

referentes às cidades do Estado e Mato Grosso do Sul e suas respectivas

coordenadas geográficas.

Figura 18. Visão da estrutura da tabela de Cidades e dos campos no banco Fonte : PHPMYADMIN (2009).

1 Sintaxe de escrita do nome do banco de dados MySql, sem a utilização de acentos, pontos e espaços.

2 Sintaxe de escrita do nome das tabelas no banco de dados MySql sem a utilização de acentos, pontos e

espaços.

44

As Figuras 19 e 20 mostram a estrutura dos dados e valores inseridos no

banco de dados, relativos às estações cadastradas no sistema.

Figura 19. Visão da estrutura de dados da tabela de Estações no banco de dados

MySql. Fonte : (PHPMYADMIN , 2009).

Figura 20. Visão dos dados da tabela de Estações no banco de dados MySql. Fonte : (PHPMYADMIN, 2009).

Foram inseridas no sistema 10 estações meteorológicas, uma em cada

microrregião. Somente na Microrregião 08, Nova Andradina não houve a inserção de

nenhuma estação meteorologia, pois até essa data não foi encontrado registro de

estações nessa região nos órgãos de regulamentação, no INPE (Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais) ou no CETEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos

Climáticos).

Para cada estação inserida no banco de dados foram inseridos também

atributos que a caracterizam, como: a altitude; o órgão responsável pelo registro e

45

manutenção; ano de início das atividades da estação; cidade mais próxima;

observações para registro de informações adicionais; e um endereço eletrônico (link)

que remete para a página do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) onde estão

disponíveis os dados de balanço hídrico da estação selecionada (Figuras 11 e 12).

Os campos dados, dados do balanço hídrico, armazenam endereços das

páginas do INMET para a consulta aos bancos de dados agrometeorológicos. O

INPE atualiza diariamente as informações através da coleta dos dados das estações

meteorológicas. Essa combinação de campos e imagens permite ao usuário a

visualização dos dados agrometeorológicos através do SIG (Figuras 21 e 22).

Figura 21. Visão da página de consulta dos dados meteorológicos do INMET,

acessada através do link do SIG.

Fonte : INMET (2009).

46

Figura 22. Visão da página de consulta dos do balanço hídrico do INMET, acessada

através do link do SIG.

Fonte: (INMET, 2009).

Os dados relacionados às microrregiões do estado estão armazenados na

tabela de microrregiões, onde existe um campo identificador de cada microrregião

(id_micro), o nome (micro), número de habitantes (população), área ocupada (area),

a densidade demográfica (densidade), as principais cidades localizadas por

microrregião (cidades) e a extensão territorial (territorio) (Figuras, 15 e 16).

47

Figura 23. Visão da estrutura da tabela de Microrregiões no banco de dados MySql Fonte : (PHPMYADMIN, 2009).

Figura 24. Visão dos dados, registros da tabela de Microrregiões no banco de dados

MySql. Fonte : (PHPMYADMIN, 2009).

A parte operacional do sistema foi divida em duas visões: uma de

administrador e outra de usuário comum. Na visão de administração, somente

usuários cadastrados e autorizados poderão ter acesso, essa restrição de acesso

garante a segurança do sistema, pois esse nível de usuários tem permissões para

visualizar as opções de alterações na estrutura das tabelas do banco de dados e

para inserção de informações, que serão visualizadas por todos os usuários através

da interface de consulta e visualização, onde serão disponibilizados os dados

cadastrados relacionados às respectivas imagens das temáticas propostas pelo

sistema (Figura 25).

48

Figura 25. Tela das opções de interação na visão do usuário administrador.

O administrador do sistema ao selecionar uma das opções da acessar a tela

de manutenção de cadastro (Figura 26), poderá alterar a estrutura dos dados, de

forma que, para cada cidade, por exemplo, inserida nessa tabela, campos podem

ser adicionados, alterados e excluídos. E esses campos são atributos que

caracterizam as cidades e suas respectivas temáticas, de forma interativa,

possibilitando constante atualização das temáticas relacionadas às cidades do

Estado de Mato Grosso do Sul.

Figura 26. Visão da interface do administrador do sistema, onde o usuário insere

campos e valores na tabela de Cidades.

Os dados inseridos no sistema, através da interface de manutenção, são

demonstrados a qualquer usuário (mesmo que ele não seja administrador do

49

sistema), na interface de consulta, ou seja, quando o usuário selecionar, clicar sobre

uma cidade na imagem da tela principal do SIG, serão disponibilizadas as

informações relativas às cidades que estão inseridas no banco de dados (Figura 27).

Figura 27. Visão da interface do SIG, que mostra as cidades de Mato Grosso do Sul

com a consulta dos dados.

Essa possibilidade de manutenção existe para as tabelas de: microrregiões,

estações meteorológicas, cidades e outras temáticas. A única diferença no

procedimento de inserção acontece em outras temáticas, onde o objeto de relação

das temáticas passa a ser as coordenadas geográficas, o usuário seleciona a

coordenada, e insere para essa posição os valores dos campos já existentes ou

ainda cria atributos na tabela para inserção de novas informações (Figura 28).

50

Figura 28. Visão da interface de administrador para inserção de novas temáticas por

coordenadas geográficas selecionadas no mapa.

A visão de administrador que permite ao a criação de campos (atributos) nas

tabelas do sistema favorece a manutenção e interatividade, visto que não exige grau

elevado de conhecimento técnico em informática para a realização da manutenção

do sistema. Essa possibilidade de criar de campos, combinada a possibilidade inserir

nesses campos links para outras páginas referentes à mesma posição geográfica,

contribui para a redução de custos e de trabalho com manutenção do sistema e

ainda reduz a quantidade de informações armazenadas no banco de dados, de

forma que o compromisso com a manutenção fica com o órgão responsável as

operações possam ser realizadas de forma mais eficiente e eficaz.

Embora essas facilidades contribuam para a manutenção, é importante

ressaltar que o administrador deve ter um compromisso com a integridade e com

confiabilidade dos dados e com as fontes de extração, para manter a credibilidade

das informações encontradas no sistema.

Na visão de usuário comum, não há necessidade de identificação do

usuário, ao acessar o endereço a tela principal de consulta é disponibilizada para a

que o usuário faça a seleção das temáticas de seu interesse Figura 29.

51

Figura 29. Tela principal de consulta do sistema.

As temáticas selecionadas para o sistema tenham baseadas na área

agrícola, o que não restringe a essa aplicação das informações por ele

disponibilizadas podem ser aplicadas a diferentes áreas. E ainda, a interatividade de

criação de campos pode ampliar o leque de opções a serem disponibilizadas no

sistema.

As opções de consulta oferecem como resultados informações isoladas,

como por exemplo, dados da microrregião. Onde foi selecionado o objeto

microrregião e o sistema mostrou os dados a ela relacionados (Figura 30).

52

Figura 30 . Visão da interface de consulta do SIG, que mostra os dados da estação

meteorológica após a seleção.

As consultas ao sistema ainda permitem a combinação de dados gerando

uma relação entre os atributos, como a combinação de uma microrregião com as

temáticas de solo, relevo, vegetação, potencial agrícola, possibilitando ao usuário

melhor identificar as características da microrregião por ele selecionada, Figuras 31,

32, 33 e 34.

Figura 31. Visão do mapa de solos e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

53

Figura 32. Visão do mapa de relevo e sua respectiva tela de consulta no sistema de

informações geográficas.

Figura 33. Visão do mapa de potencial e sua respectiva tela de consulta no sistema

de informações geográficas.

Figura 34. Visão do mapa de vegetação e sua respectiva tela de consulta no

sistema de informações geográficas.

54

As opções de busca podem ser direcionada a objetos ainda menores, por

meio da Busca Relacionada, onde o objeto de pesquisa passa a ser as coordenadas

geográficas (latitude e longitude), permitindo ao usuário a visualização de um

conjunto de informações relacionada ao local selecionado. De forma que, quando o

usuário clica em uma posição geográfica da tela e o sistema faz uma busca no

banco de dados trazendo as informações da coordenada selecionada, caso a

coordenada esteja cadastrada no sistema. Caso não esteja, o sistema irá apresentar

as informações das três coordenadas mais próximas do ponto (Figura 35).

Figura 35. Tela da busca relacionada para com as informações das três

coordenadas mais próximas da posição selecionada e o link de acesso ao Google

Maps .

Fonte : (Google Maps, 2009).

55

Além da combinação de informações, a busca relacionada possibilita um link

para o Google Maps, já que os campos de busca são as coordenadas. Dessa forma,

o usuário pode ter visualizar o mapa ou da imagem da localização selecionada por

meio do Google Maps, fortalecendo a idéia de facilidade de manutenção e redução

do tamanho do banco de dados do sistema.

A aplicação do SIG pode ser ampliada, conforme o objetivo do usuário, como

por exemplo, se o usuário tiver como objetivo estratégias de logística, ele pode ativar

as visões de principais estradas, hidrografia e informações sobre as cidades. O

sistema ainda pode permitir, por meio da combinação de atributos, que o usuário

realize simulações de cenários relacionados a sua necessidade de informações, com

o objetivo de obter informações para subsidiar suas decisões seja qual fora sua área

de atuação, Figura 36.

Figura 36. Tela do sistema, com a visão de hidrografia, principais rodovias e limites

de municípios ativadas, e com o resultado da busca pelos dados sobre a rodovia

secionada

56

5. CONCLUSÃO

Os Sistemas de Informações Geográficas têm se tornado ferramentas cada vez

mais poderosas em áreas como: marketing, comércio e indústria, entre outras.

Porém, no Estado de Mato Grosso do Sul, onde o agronegócio é uma das principais

atividades econômicas, nota-se um importante destaque no contexto agrícola,

envolvendo aspectos do meio ambiente, a aplicação de recursos financeiros,

demarcação territorial, logística de produção e escoamento de produtos, e outras

temáticas relacionadas ao uso e ocupação do solo.

Mesmo considerando toda a importância dada as ferramentas tecnológicas

aplicadas às atividades agrícolas nota-se, ainda, algumas dificuldades para

expansão e popularização desses Sistemas de Informações Geográficas como

ferramentas de apoio a decisão. Dentre as dificuldades podem, ser destacadas: a

interação usuário e sistemas, (seja no âmbito operacional, ou seja, pelo alto custo de

aquisição e instalação dos sistemas; a manutenção e constante atualização dos

dados dos sistemas); e a falta de unificação entre as ferramentas para uma

determinada localidade, (a maioria dos sistemas é muito abrangente no que se

refere à área de aplicação e a própria localização geográfica).

Esse protótipo buscou amenizar esses obstáculos ou dificuldades com a

aplicação de padrões de usabilidade de sistema, visando melhorar interação com os

usuários, a criação de uma interface de uso e administração (manutenção) interativa

proporcionando um ambiente fácil, garantindo a constante atualização das

informações no banco de dados e a integração do com outros sites oficiais (através

de links) e bancos de dados de outros sistemas.

O SIG_MS tem possibilidade de evoluir para a inserção de imagens satélites e

outras temáticas, conforme a demanda e necessidade dos usuários do Estado de

Mato Grosso do Sul, visto que não existe para essa região outra ferramenta com

essas características e aplicações. O sistema está disponível para instalação em um

servidor de páginas web.

57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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