UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO · “Os sonhos são como uma bússola, indicando os...

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN/SP CARLOTA JOAQUINA FIOROTTO BLAT PROTOCOLO DE DANÇA PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES PÓS-REABILITAÇÃO SÃO PAULO 2015

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN/SP

CARLOTA JOAQUINA FIOROTTO BLAT

PROTOCOLO DE DANÇA

PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES PÓS-REABILITAÇÃO

SÃO PAULO

2015

CARLOTA JOAQUINA FIOROTTO BLAT

MESTRADO PROFISSIONAL EM REABILITAÇÃO DO EQUILÍBRIO

CORPORAL E INCLUSÃO SOCIAL

PROTOCOLO DE DANÇA

PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES PÓS-REABILITAÇÃO

Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Universidade Anhanguera de São Paulo – UNIAN/SP para obtenção do título de Mestre em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social. Orientação: Profa. Dra. Maria Rita Aprile Coorientação Profa. Dra. Cristiane Akemi Kasse

SÃO PAULO

2015

Ficha Catalográfica

B583p

Protocolo de dança para idosos com doenças vestibulares pós-reabilitação / Carlota Joaquina Fiorotto Blat – São Paulo: 2015.

64 f.; 30 cm.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Anhanguera de São Paulo – UNIAN/ SP - Campus Maria Cândida, 2015. Orientação: Profa. Dra. Maria Rita Aprile Coorientação: Profa. Dra. Cristiane Akemi Kasse

1. Dança 2. Envelhecimento 3. Qualidade de vida 4. Saúde do idoso 5. Doenças vestibulares I. Blat, Carlota Joaquina Fiorotto II. Título.

CDD 615.85155

Catalogação na fonte: Chura Molteni Aquarone CRB 8/8956

Reprodução autorizada pelos autores, desde que citada a fonte.

Reprodução autorizada pelos autores, desde que citada a fonte.

CARLOTA JOAQUINA FIOROTTO BLAT

PROTOCOLO DE DANÇA PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES

PÓS - REABILITAÇÃO

Dissertação de Mestrado Profissional apresentada à Banca Examinadora da Universidade

Anhanguera de São Paulo – UNIAN/SP como exigência parcial para obtenção do título de

Mestre em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social.

BANCA EXAMINADORA

............................................................................................................................... Profa. Dra. Maria Rita Aprile (Presidente) - UNIAN/SP

............................................................................................................................... Profa. Dra. Cynthia Pasqua Mayer Tibeau - Universidade Estácio de Sá-SP

............................................................................................................................... Profa. Dra. Flávia Doná Simone- UNIAN/SP

.................................................................................................................................. Profa. Dra. Cecília Carmen Pontes Rodrigues - USP/CERU - Suplente

...................................................................................................................................... Profa. Dra. Érica de Toledo Piza Peluso – UNIBAN/Anhanguera - Suplente

“Os sonhos são como uma bússola, indicando os caminhos, que seguiremos e as metas que queremos alcançar. São eles que

nos impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer.”

Augusto Cury

DEDICATÓRIA

Dedico este Mestrado, primeiramente, a Deus.

Dedico também ao meu esposo, Rubens Rafael Blat Jr. e à minha filha, Rafaella

Fiorotto Blat, que souberam compreender a minha ausência, em alguns momentos,

e lhes agradeço por todo amor e carinho.

Por fim, dedico aos meus pais, Marino Fiorotto (in memorian) e Aparecida F.

Fiorotto, que sempre apoiaram minhas realizações, incentivando-me em todas as

minhas escolhas e decisões.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser presente, em todos os momentos de minha vida.

Às minhas irmãs, pelo carinho e incentivo, como ato de amor e amizade.

À minha amiga, Priscilla de Souza Barros Santos, pelo incentivo e amizade, durante

todo esse processo.

À minha orientadora, Profa. Dra. Maria Rita Aprile e, à minha coorientadora, Profa.

Dra. Cristiane Akemi Kasse, pela dedicação e paciência e por contribuírem em

minha carreira profissional, proporcionando-me novos conhecimentos e novas

experiências acadêmicas.

Às Profas. Dras. Flávia Doná e Érica de Toledo Piza Peluso, pelas valiosas

sugestões e críticas destinadas ao aperfeiçoamento deste trabalho.

À Profa. Dra. Cynthia Pasqua Mayer Tibeau, por aceitar fazer parte desta minha

nova conquista, contribuindo com seus ricos conhecimentos.

A todos os professores do Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do

Equilíbrio Corporal e Inclusão Social, que contribuíram de modo significativo para

minha formação.

BLAT, C. J. F. Protocolo de dança para idosos com doenças vestibulares pós- reabilitação. 2015 64p. Texto parcial de Dissertação (Mestrado). Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social. Universidade Anhanguera de São Paulo. UNIAN, São Paulo, 2015.

RESUMO

Estudos comprovam que a dança constitui uma atividade física que possibilita aos idosos melhorar a elasticidade muscular, a circulação sanguínea e o funcionamento articular; reduzir o risco de doenças vasculares e outras decorrentes do sedentarismo, ampliar a capacidade do aparelho locomotor, com repercussões positivas sobre a memória e o desempenho de atividades do cotidiano. A dança estimula o convívio entre os idosos, promove relações interpessoais, troca de experiências e elevação da autoestima, interferindo positivamente no bem estar e na qualidade de vida dessa faixa da população. Este estudo teve o objetivo elaborar um protocolo de dança para idosos com doenças vestibulares pós-reabilitação. A amostra foi constituída de 10 participantes com doenças vestibulares compensadas, que concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A versão preliminar do protocolo foi avaliada por três profissionais com formação em saúde e aderência à temática central. Também foi avaliada em um grupo constituído por três idosas voluntárias. As críticas, sugestões e observações decorrentes destas duas etapas do trabalho forneceram subsídios para a revisão e aperfeiçoamento da versão final do protocolo. Posteriormente, o protocolo foi avaliado em 5 encontros, com duração média de 1h15, em grupo de dez participantes. Na etapa de aplicação da versão final do protocolo, todos os participantes responderam um questionário pré e pós-participação e sua aplicação foi feita com auxílio de pesquisadora colaboradora neutra. A realização do protocolo de dança para idosas com doenças vestibulares pós-reabilitadas indicou que a prática das atividades rítmicas, como a dança, pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida do idoso, estimulando sua memória, promovendo a movimentação corporal, incentivando a interação social e atuando positivamente sobre a autoestima, além de proporcionar autoconfiança, alegria, bem estar e prazer aos participantes. Palavras- chave: Dança. Envelhecimento. Qualidade de vida. Saúde do idoso. Doenças vestibulares.

BLAT,C.J.F. Dance protocol for elderly patients with vestibular disease after

rehabilitation. 2015 64p. Partial text Thesis (MS). Professional Masters Program in

Rehabilitation and Social Inclusion Body Balance. Anhanguera University of São

Paulo. UNIAN, São Paulo, 2015.

ABSTRACT

Studies show that dancing is a physical activity that enables the elderly improve

muscle elasticity, blood circulation and joint function; reduce the risk of vascular and

other diseases resulting from physical inactivity, as well as expanding the capacity of

the locomotor system, with positive repercussions on the daily activities performance.

Dance encourages conviviality among older people, promotes interpersonal relations,

exchange of experience and increased self-esteem, interfering positively on the

welfare and quality of life of this population group. This study aimed to develop a

dance protocol for elderly patients with compensated vestibular disorders.

Uncontrolled intervention study and not randomized. The sample consisted of ten

(10) participants with vestibular diseases. who agreed to sign the Instrument of

Consent. The draft protocol was evaluated by three professionals with health

education and adherence to the central theme and validated in a group of selected

volunteers to blind. Criticism, suggestions and observations arising from these two

stages of the work provided input to the review and improvement of the final version

of the Protocol. Subsequently, the protocol was evaluated in 5 meetings, average

duration 1h15 with the participant sample group. In the application stage of the final

version, all participants responded to a questionnaire pre and post-participation in the

Protocol and its implementation was made with the help of neutral collaborator

researcher. The realization of the dance protocol for elderly women with post-

rehabilitated vestibular disease indicated that the practice of rhythmic activities, such

as dance, can contribute to improving the quality of life of the elderly, stimulate your

memory, promotes body movement, encourages interaction social and acts positively

on self-esteem, providing confidence, joy, well-being and pleasure to the participants.

Key-words: Dance. Aging. Quality of life. Health of the elderly. Vestibular disorders.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 12

2.1 Envelhecimento ................................................................................................ 12 2.2 Dança ............................................................................................................... 14 2.3 Dança e envelhecimento .................................................................................. 16 2.4 Intervenção da dança na saúde ....................................................................... 18 2.5 Doenças vestibulares e qualidade de vida ....................................................... 20

3. OBJETIVO ............................................................................................................ 21

4 MÉTODO ................................................................................................................ 22

4.1 Tipo de estudo ................................................................................................. 22 4.2 Amostra ............................................................................................................ 22

4.2.1 Critérios de inclusão .................................................................................. 22

4.2.2 Critérios de exclusão ................................................................................. 22

4.3 Instrumentos .................................................................................................... 22 4.4 Materiais .......................................................................................................... 23 4.5 Fases do estudo ............................................................................................... 23 4.6 Procedimentos de Pesquisa ............................................................................ 23 4.7 Procedimentos éticos ....................................................................................... 24

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 25

5.1 Análise da versão preliminar do Protocolo por profissionais ............................ 25 5.1.1 Relevância ................................................................................................. 25

5.1.2 Conteúdo ................................................................................................... 25

5.1.3 Linguagem ................................................................................................. 26

5.1.4 Imagem ...................................................................................................... 26

5.1.5 Movimentos ............................................................................................... 26

5.2 Aplicação da versão preliminar do Protocolo ................................................... 26 5.2.1 Participante voluntária n1 .......................................................................... 27

5.2.2 Participante voluntária n2 .......................................................................... 27

5.2.3 Participante voluntária n3 .......................................................................... 27

5.3 Entrevistas com os participantes...................................................................... 28 5.3.1 Sentido da dança ...................................................................................... 28

5.3.2 Frequência a locais destinados à dança .................................................... 28

5.3.3 Motivação em relação à dança .................................................................. 28

5.3.4 Realização de atividades físicas ................................................................ 29

5.3.5 Expectativas em relação à dança .............................................................. 29

5.3.6 Relação dança e saúde ............................................................................. 29

5.4 Aplicação da versão final do Protocolo ............................................................ 29 5.4.1 Primeiro encontro....................................................................................... 30

5.4.2 Segundo encontro...................................................................................... 32

5.4.3 Terceiro encontro ....................................................................................... 32

5.4.4 Quarto encontro ......................................................................................... 33

5.4.5 Quinto encontro ......................................................................................... 34

5.5 Entrevista com os participantes após os 5 encontros ...................................... 35 5.5.1 Participação ............................................................................................... 35

5.5.2 Contribuição para saúde e vida ................................................................. 35

5.6 Protocolo de Dança para Idosos com Doenças Vestibulares Reabilitados ...... 36

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 40

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............ 50

APÊNDICE B - AVALIAÇÃO DE VERSÃO PRELIMINAR DE PROTOCOLO DE

DANÇA PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES COMPENSADAS ..... 53

APÊNDICE C - INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO

PROTOCOLO (preenchido com as avaliações das três idosas participantes do

estudo) ..................................................................................................................... 54

APÊNDICE D - ENTREVISTA INICIAL .................................................................... 59

APÊNDICE E - INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE DANÇA

PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES APÓS REABILITAÇÃO ......... 60

APÊNDICE F - ENTREVISTA FINAL ....................................................................... 62

ANEXO A - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ......................................... 63

10

1 INTRODUÇÃO

Dados do censo de 2010 indicam que, no Brasil, de um total de 190.775.779

habitantes, 7,9% correspondem à população com 65 anos ou mais (IBGE, 2011). O

aumento da longevidade é influenciado por um conjunto de variáveis: avanços das

ciências da saúde; novos recursos farmacêuticos, tecnológicos e estéticos; maior

disseminação de informações; maior oferta de oportunidades culturais e

profissionais, entre outras (NERI, 2011).

Inúmeros estudos destacam a importância das atividades e dos exercícios

físicos para a manutenção e melhoria do nível da capacidade funcional da

população idosa (MAZO, et al., 2001; BERLEZI et al., 2006). Existem também

evidências que as atividades físicas acarretam melhorias para as condições de

saúde e controle de diversas doenças, como é caso de diabetes, obesidade,

doenças coronárias, entre outras (SEBASTIÃO, et al., 2008).

Em relação às atividades e exercícios físicos, nem sempre as formas

convencionais motivam a população idosa à sua realização, o que justifica a busca

de novas estratégias, visando à sua estimulação, entre os idosos. Nesse sentido,

pesquisadores vêm investigando os efeitos de outras práticas, como é o caso da

dança, junto à população idosa. As investigações indicam que a dança acarreta um

conjunto de benefícios para a saúde e bem estar físico dos idosos (DARIDO;

RANGEL, 2005).

Pesquisa realizada por Sebastião et al. (2008) indica que a prática regular da

dança por idosos provoca impactos positivos sobre os níveis de resistência de força

e de coordenação motora, bem como sobre a manutenção dos níveis de

flexibilidade, agilidade, equilíbrio dinâmico e resistência aeróbica. Os programas de

atividade física apropriados atuam no organismo, reduzindo doenças degenerativas

e proporcionando à pessoa maior longevidade (ARAÚJO; ARAÚJO, 2000). A dança

também provoca melhorias cardiovascular e postural, influenciando positivamente

sobre a respiração, o equilíbrio, o ritmo, a lateralidade, a consciência corporal, a

resistência e a memorização (LEAL; HAAS, 2006).

Além desses benefícios, a dança constitui uma atividade de grande aceitação,

entre diferentes faixas etárias, por mobilizar estados emotivos positivos, entre eles, a

11

autoaceitação, a autoestima e a inclusão social de seus praticantes (VALLADARES,

2005).

Assim, a prática da dança direcionada à população idosa tem sido incentivada

por diferentes profissionais. O seu desempenho poderá reverter declínios físicos,

psicológicos e sociais associados ao processo de envelhecimento em oposição aos

hábitos sedentários (BENEDETTI et al., 2008).

Na literatura acadêmica, não há relatos de estudos e pesquisas sobre a

prática da dança realizada por pacientes com doenças vestibulares. Estudos

divulgados, a partir dos anos de 2000, sobre a prática de dança com pacientes

referem-se a pacientes laringectomizados (PETO, 2000); com doenças

neuromusculares (PEREIRA, 2010); em reabilitação cardiovascular e com disfunção

sexual (CARVALHO et al., 2013), entre outros, o que justifica a realização deste

estudo.

12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Envelhecimento

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas com 60 anos ou

mais são consideradas idosas, em países em desenvolvimentos. Essa premissa se

baseia no processo de envelhecimento fisiológico, o que não impede o idoso de ser

social e intelectualmente ativo. A saúde cognitiva e física, nessa fase, é de extrema

importância (OMS, 2005).

Embora o envelhecimento caracterize uma vivência aparentemente distinta

para cada pessoa, trata-se de um período constituído pela junção de várias

mudanças musculares (DOHERTY, 2009), cognitivas (PARK et al., 2003) e sociais

(PETROV, 2007) que ocorrem gradativamente. O envelhecimento se evidencia

principalmente pelo declínio da capacidade funcional em relação à prática de

atividades da vida diária, podendo levar o idoso à perda de sua liberdade e à

diminuição de sua autonomia (SHARRATT; SHARRATT, 1992).

Portanto, o envelhecimento corresponde a uma fase da vida em que

acontecem mudanças bioquímicas, fisiológicas e psicológicas resultantes de vários

fatores, entre eles, a ação do tempo. Um conjunto de transformações fisiológicas

ocorre nos organismos multicelulares, isto é, nas moléculas e nas células, que

acabam por interferir no funcionamento dos órgãos e do organismo em geral. As

alterações decorrentes do processo de envelhecimento, que ocorrem no sistema

nervoso central, comprometem a memória, interferindo em seu desempenho

(CABRAL, 2009).

Segundo Salvador (2004, p.12):

O envelhecimento corresponde a um estágio de vida que gera profundas alterações de comportamento nos indivíduos devido às mudanças que ocorrem em seu corpo. Dentre essas mudanças, o corpo se torna menos ágil, a locomoção se torna mais demorada, as articulações vão perdendo a mobilidade e agilidade, os ossos ficam mais frágeis, verificando-se um desgaste no aparelho locomotor. As alterações na dimensão biológica são as que se sobressaem e se refletem em mudanças psicológicas e sociais. Quando essas mudanças não são bem aceitas, os indivíduos poderão apresentar baixa autoestima e até mesmo comportamentos depressivos.

Garcia, Rodrigues e Borega (2002), considerando as projeções da OMS para

2025, que inclui o Brasil, entre os dez países do mundo com maior contingente de

13

pessoas com 60 anos ou mais e, ainda, que o envelhecimento aumenta o número de

doenças e, consequentemente, a necessidade de cuidados de saúde realizaram

uma pesquisa de revisão atualizada de trabalhos científicos, visando estimar a

magnitude do envelhecimento da população brasileira e descrever esta problemática

de caráter multidimensional. Os autores concluíram que as possibilidades de um

envelhecimento saudável estão relacionadas, entre outros aspectos, aos contextos

familiar e social, à rotina funcional, à independência no desempenho de funções

rotineiras, domésticas ou ocupacionais, ao autocuidado e à prática regular de

atividade física. Também concluíram que ações diversificadas permitem ao idoso,

mesmo doente, reintegrar-se às dimensões de uma vida sadia em oposição à

dimensão doença, desde que essas ações estejam direcionadas à qualidade de

vida.

No Brasil, o Ministério da Saúde, órgão responsável pelo estabelecimento da

Política Nacional do Idoso, priorizou as seguintes estratégias de ação em relação à

população idosa: prevenção e recuperação de incapacidades por meio do

autocuidado informal e estímulo à formação de grupos de autoajuda; organização da

rede de serviços de saúde para atenção aos idosos; capacitação de recursos

humanos e gerenciais; trabalho com equipes multiprofissionais e implantação de

estudos e pesquisas sobre o envelhecimento (BRASIL, 1997).

O processo de envelhecimento, na maioria das vezes, conduz a pessoa a um

hábito de vida ocioso, propício às incapacidades e à dependência, a diminuição da

capacidade física e as mudanças decorrentes do envelhecimento criam um déficit na

aptidão funcional do idoso (MAZO et al., 2001) que, com o passar do tempo, podem

ocasionar ganho de peso, redução de massa muscular, além de transformações

posturais. Nesse sentido, atividades físicas, sociais e de lazer podem harmonizar o

indivíduo em seu processo de envelhecimento, incluindo-o na sociedade e em seu

trabalho (CABRAL, 2009). A OMS vem divulgando o conceito de “envelhecimento

ativo”, que considera os idosos como indivíduos saudáveis e produtivos e, em

condições de participar das questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e

civis (OMS, 2005).

Esse conceito tem sido divulgado por inúmeros países, alertados pela OMS

sobre a necessidade de otimização de políticas, programas e oportunidades

14

direcionados à população idosa, visando à utilização de suas potencialidades físicas,

sociais, mentais e profissionais (OMS, 2005).

2.2 Dança

Estudo clássico de Garaudy (1980) considera a dança uma forma de

comunicação e demonstração, para todas as pessoas e, em todos os momentos, de

sua vida. A dança se corporaliza por meio de movimentos classificados em ordem

relevante e por conhecimentos que transcendem o domínio das palavras e da

mímica. Para o autor, a dança é um meio da pessoa se encontrar, pois idealiza o

encanto, a crença, o divertimento, o afeto e a morte. As pessoas dançam e

permanecem dançando em todos os tempos de festividades de suas vidas.

Já Otto (1987,p.16) afirma que:

Entre as atividades aeróbicas, a dança é a mais agradável. É a atividade em que todos podem se envolver, desde o mais lento até o mais dinâmico. Quanto mais ágil for o indivíduo, maior será a sua capacidade cardiorrespiratória. Ainda, segundo o autor, o indivíduo somente terá essa energia física se intercalar os afazeres domésticos com as atividades físicas.

De acordo com Portinari (1989), o ato de dançar constitui um ato quase que

espontâneo. A partir do encontro entre ritmos e movimentos, o ser humano começou

a dançar. A música e o gesto se unificam, dando origem à dança.

Laban (1990), um dos autores clássicos sobre o tema da dança e dos

movimentos, também considera a dança uma forma de expressão e de

comunicação. Segundo o autor, a dança estimula as capacidades humanas e pode

ser incorporada à linguagem oral. Assim como, as palavras são formadas por letras,

os movimentos são formados por elementos de expressão que estimulam e

desenvolvem atividades psíquicas, segundo os ritmos, os conteúdos e a forma como

são vivenciados.

Na mesma direção, Souza Júnior et al. (2011) consideram a dança uma

interpretação de vários aspectos existentes na vida de uma pessoa. Uma linguagem

geral que propõe a transferência de carinho, afeto, crenças, trabalho, cultura,

condições de vida saudável, guerras etc.

Posteriormente, Butt (1995, p.210) destaca que:

15

A dança é uma arte clássica originada do próprio homem que, por meio dela, é capaz de demonstrar todos os seus estímulos e religiosidade, dando portanto, ênfase aos aspectos da religião. O homem sempre se utilizou dos movimentos corporais para expressar suas emoções antes mesmo de comunicar-se por meio das palavras.

Para Nanni (1998), a dança é “um conhecimento que transmite expressão

gestual e facial através de movimentos corporais e emoções vivenciadas,”

Sobre o ato de dançar, assim se posiciona Marques (1999, p.54):

Dançar é movimentar-se pelo espaço, é sentir o corpo livre, é comunicar–se consigo mesmo, é desfrutar, liberar-se [...] convidar para dançar é animar, é quebrar preconceitos e medos. Esse é o instrumento da linguagem da dança. Para enviar essa mensagem, não se requer condição, nem idade, nem sexo, todos os indivíduos aceitarão com ilusão e interesse o gesto da comunicação corporal.

Salvador (2004) considera a dança uma expressão própria do ser humano.

Por meio da dança, consegue ele expressar suas emoções, seus afetos e anseios,

sejam eles bons ou não.

A dança também possui um componente social na medida em que estimula o

desenvolvimento de laços afetivos, reforça a autoestima e promove a qualidade de

vida (GUIMARÃES; SIMAS; FARIAS, 2003).

Para Leal e Haas (2006), a dança tem seis finalidades: autoexpressão,

comunicação, diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura e

revitalização da sociedade. Ainda, segundo os autores, a dança tem um forte caráter

socializador e motivador, seja realizada em par ou individualmente, por idoso ou

criança, por homem ou mulher.

Ao longo do tempo, a dança - enquanto uma manifestação cultural - sofreu

várias transformações em suas relações com: o divino, a natureza, a sociedade e

com o próprio corpo (GAIO; GÓIS, 2006). Essas transformações possibilitaram à

dança estabelecer uma comunicação dinâmica e significativa entre corpo e

movimento, entre corpos e movimentos.

Conforme Barros (2012): “a dança é a habilidade de movimentar o corpo, por

meio de uma harmonia que ocorre entre movimentos e ritmos. Os movimentos

realizados por meio da dança podem ocorrer independentes do som ou da música.”

16

A dança auxilia o indivíduo a garantir sua independência funcional por meio

da manutenção de sua força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio,

potência aeróbica, movimentos corporais totais e mudanças no estilo de vida. A

dança pode contribuir efetivamente para a maior aderência e otimização dos

exercícios uma vez que constitui uma atividade física de grande apelo popular,

lúdica, prazerosa e socializante que, em junção com a música, submete as pessoas

a elevados níveis de hormônios do bem estar, como as endorfinas (CARVALHO et

al., 2013).

2.3 Dança e envelhecimento

A dança é uma atividade recomendada ao idoso por ser uma habilidade de

maior aceitação por parte dessa população, potencializando grandes benefícios. A

prática frequente da dança permite aos idosos adquirir habilidades diversas e os

auxilia no bom funcionamento dos aspectos físicos, psíquicos e sociais, além de

contribuir para a prevenção de doenças degenerativas (NANNI, 1998; MARQUES,

1999; CARLI, 2000).

Okuma (2002, p.73) considera a dança:

Uma atividade física importante para os idosos [...] a dança estimula as funções do organismo, atua na prevenção do diabetes, da hipertensão e da osteoporose. Além dessas vantagens, a dança provoca um melhora no aparelho locomotor, auxiliando os idosos nas atividades do cotidiano.

Para Severo e Dias (2000), a dança tem o poder de modificar a vida dos

idosos, permitindo-lhes viver uma melhor dimensão existencial. De acordo com Carli

(2000), a dança concorre para tornar o envelhecimento um processo mais agradável

na medida em que favorece a aptidão e ajuda o indivíduo a aprimorar a capacidade

motora por meio da realização de uma série de movimentos cada vez mais difíceis.

Figueiredo e Souza (2001) afirmam que, na terceira idade, a atividade da

dança comprova que qualquer ser humano, independente da fase de vida em que se

encontra ou do gênero ao qual pertence, tem o direito de dançar e, por meio dela,

poder conhecer seu corpo, reconhecer-se e se compreender.

17

De acordo com Corraza (2001), a dança é essencial para o estímulo dos

sentidos, entre eles:

a) visual - ver os movimentos e transformá-los em atos;

b) tátil - sentir os movimentos e seus benefícios para o corpo;

c) auditivo - ouvir música e dominar o seu ritmo;

d) afetivo - emoções e sentimentos transpostos na coreografia;

e) cognitivo - raciocínio, ritmo e coordenação;

f) motor - esquema corporal.

A dança constitui, pois, uma das formas de atividade física que promovem o

desenvolvimento da capacidade funcional, em especial dos idosos, (PAIVA et al.,

2000; MANFRIM; PAIVA; GOBBI, 2002), de aquisição de benefícios psicológicos

(OLIVEIRA; DEUTSCH; VOLP, 2001) e de estimular o maior convívio entre as

pessoas (OLIVEIRA, 2001).

Segundo Okuma (2002, p.76):

A prática de exercícios físicos, por parte do idoso, permite-lhe adquirir maior independência para execução de atividades da vida diária, além de um corpo sadio, livre de doenças e tensões. A dança é uma atividade recomendada ao idoso por ser uma habilidade de maior aceitação por parte dessa população, potencializando grandes benefícios.

De acordo com Guimarães et al. (2003): “funções mentais como atenção,

memória, raciocínio e imaginação são exercidas e desenvolvidas durante a dança

com repercussões sobre as atividades realizadas pelos idosos, no dia a dia.”

A dança é capaz de proporcionar aos idosos o desenvolvimento da

autoexpressão, comunicação, diversão, prazer, espiritualidade, identificação cultural,

ruptura e revitalização da sociedade. A dança é um aprendizado para a vida toda,

que revela aos indivíduos sentimentos e desenvolve capacidades extraordinárias

(ROBATTO, 1994).

De acordo com Salvador (2004, p.10):

A dança é uma excelente opção para o idoso. Por se tratar de uma ação realizada em grupo, favorece a integração e o fortalecimento das relações sociais, propicia a ultrapassagem de limites físicos, reduzindo as aflições e dúvidas relacionadas ao cotidiano desse grupo etário.

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Para Leal e Hass (2006), a dança é significativa para os idosos em virtude de

lhes proporcionar bem estar físico, social e psicológico. Em seus estudos, os autores

apontam ainda que idosos que vivenciam as práticas das atividades de dança

ultrapassam as dificuldades normais, encontradas no início dos exercícios.

Consideram que, após alguns meses de prática de dança, além do progresso, os

idosos conseguem aprimorar outros aspectos da vida.

A dança como atividade física promove melhoria na elasticidade muscular, na

circulação sanguínea e no funcionamento articular. Também reduz o risco de

doenças cardiovasculares e de problemas no aparelho locomotor e outros

decorrentes do sedentarismo, concorrendo para a diminuição dos índices de

depressão e ansiedade. A dança de modo recreativo surge como alternativa de

atividade em grupo, promovendo a solidariedade, diminuindo tensões e angústias, e

em consequência, incentiva o idoso a buscar a socialização e o prazer de estar com

pessoas da mesma idade (CHIARION,2007).

Considerando a dança para idoso, sob o aspecto psicológico, Chiarion (2007)

afirma que é benéfica para a autoestima, a motivação e a autodeterminação,

fazendo com que o praticante se sinta livre, tranquilo e realizado, promovendo uma

maior aceitação do processo de envelhecimento.

2.4 Intervenção da dança na saúde

A literatura acadêmica registra estudos e experiências em que formas

diversas de danças podem se constituir em intervenções positivas, enquanto

promotoras de saúde.

Peto (2000) relata estudo realizado com dança em 20 pacientes

laringectomizados, atendidos pelo Grupo de Apoio e Reabilitação da Pessoa

Ostomizada – Laringectomizados (GARPO), da Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto, cujos resultados permitiram a esses pacientes tornar conscientes das

possibilidades de utilização de diferentes formas de comunicação, aumentando sua

interação com as demais pessoas, com repercussões positivas sobre o processo de

adaptação e recuperação no pós-operatório. Segundo a autora, falta conhecimento

sistematizado sobre a dança como instrumento de valor terapêutico e educativo.

19

Um estudo qualitativo realizado nos EUA sobre a influência da dança no

tratamento de doenças graves, como o câncer de mama, demonstrou que a dança e

o movimento são válidos, pois permitem verificar a expressão de emoções e

mudanças positivas em relação à vida (SANDEL et al., 2005). Nessa direção, a

dança tem contribuído positivamente para o processo de reabilitação de mulheres

que vivenciaram o câncer de mama, interferindo em aspectos: físicos, psicológicos e

sociais. Há evidências que a dança e a atividade física contribuem nas diferentes

fases da doença, favorecendo a preservação das capacidades físicas e a retomada

das atividades cotidianas, após a paciente ter vivenciado o câncer de mama

(PEDROSO; ARAUJO; STEVANATO, 2005). No caso desses pacientes, considera-

se que, entre os benefícios da dança, estão: o aumento da autoestima, o combate

ao estresse e a melhora da postura corporal, contribuindo para a manutenção da

saúde e da integração social (FERREIRA, 2007).

Cassiano et al. (2010) relatam os efeitos da dança sênior, de origem alemã,

como um recurso na intervenção terapêutica e ocupacional junto a idosos hígidos.

Segundo os autores, os ganhos obtidos - por meio do uso contínuo dessa

modalidade de dança - repercutem em aspectos físicos, cognitivos e sociais,

contribuindo para a melhoria do bem estar e da qualidade de vida dos pacientes,

bem como para estimulação de sua memória, criatividade, coordenação motora e

socialização.

Estudo de caso realizado com paciente diagnosticado com mal de Parkinson

severo constatou os efeitos positivos e duradouros da dança de salão sobre a

qualidade de vida, equilíbrio e mobilidade, indicando a viabilidade e os potenciais

benéficos da dança, após um período de dez semanas, em que o paciente

frequentou uma hora de aula de dança, duas vezes por semana (HACKNEY;

EARHART, 2010).

Estudo com pacientes que apresentavam mal de Alzheimer mostrou que os

efeitos da atividade física são duradouros, tendo sido constatadas melhoras

decorrentes da intervenção com atividade física, doze meses após o término do

programa (DEWEERD, 2011).

Baptista et al. (2012) apresentam um estudo com dança do ventre em

pacientes com fibromialgia, em que concluíram que a dança reduz a dor, melhora a

capacidade funcional, a qualidade de vida e a autoimagem.

20

2.5 Doenças vestibulares e qualidade de vida

O conceito multidimensional de qualidade de vida, amplamente disseminado

pela OMS, inclui os aspectos: físico, psicológico e social, além de elementos de

subjetividade, ao considerar qualidade de vida "a percepção do indivíduo de sua

posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e

em relação aos seus objetivos, expectativas, parâmetros e relações sociais" (OMS,

2005). Assim entendido, o conceito de qualidade de vida está relacionado aos vários

aspectos da vida de uma pessoa, afetados por mudanças em seu estado de saúde,

e que são significativos para a sua qualidade de vida (SEIDL; ZANNON, 2004).

Os sintomas das vestibulopatias crônicas, em especial, a tontura, quedas

e o desequilíbrio corporal, poderão provocar nos indivíduos uma incapacitação

parcial ou total em relação ao desempenho de atividades físicas, profissionais e

sociais. A insegurança física gerada pelos sintomas pode levá-los à irritabilidade,

perda da autoconfiança, medo de sair sozinho, sensação de estar fora da

realidade, insegurança, ansiedade e depressão (GANANÇA et. al., 2000),

interferindo em sua qualidade de vida.

Segundo Santos e Garcia (2007) a tontura interfere na qualidade de vida e

influencia diretamente em aspectos psicológicos do indivíduo. Estudo realizado

pelos autores com 25 pacientes com queixas de tontura e vertigem indicou que a

angústia foi o sintoma mais prevalente em 47% dos pacientes, seguido de

ansiedade (19,71%), medo (13,42) e depressão (12,58%).

Assim, as limitações de ordem física relacionadas às tonturas poderão

interferir em comportamentos psíquicos e sociais por parte dos idosos com doenças

vestibulares, acarretando: tendência ao isolamento; medo de rejeição; ocultamento

dos sintomas das vestibulopatias de familiares e outras pessoas; medo de rejeição;

sensação de inutilidade e de desvalorização. Esses comportamentos poderão

provocar uma sensação de incapacidade e de dependência e interferir

negativamente em sua autoestima, podendo gerar, quando não tratados, quadros

acentuados de depressão (APRILE; BATAGLIA; KASSE, 2012).

21

3. OBJETIVO

Elaborar protocolo de dança para pacientes com doenças vestibulares pós-

reabilitação.

22

4 MÉTODO

4.1 Tipo de estudo

Elaborar protocolo de dança para idosos com doenças vestibulares pós-

reabilitação.

4.2 Amostra

A amostra inicial foi constituída de 15 (quinze) participantes, com doenças

vestibulares pós-reabilitação. No decorrer do estudo, foram considerados 10 (dez)

participantes, optando-se por excluir cinco participantes que não participaram de

todas as atividades.

4.2.1 Critérios de inclusão

- Idosos de ambos os sexos com doenças vestibulares pós-reabilitação;

- Apresentar capacidade de compreensão de comandos verbais;

- Assinar Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A).

4.2.2 Critérios de exclusão

- Apresentar alterações oculares e locomotoras que impedissem a participação

nas atividades.

4.3 Instrumentos

a) Instrumento para avaliação da versão preliminar do protocolo por

profissionais (APÊNDICE B).

b) Instrumento para avaliação da aplicação da versão preliminar do

protocolo em idosos (APÊNDICE C).

c) Instrumento para entrevista inicial com os participantes (APÊNDICE D).

d) Instrumento para avaliação da versão final do Protocolo (APÊNDICE E).

23

e) Instrumento para entrevista final com os participantes ( APÊNDICE F).

4.4 Materiais

- Sala ambiente com espelho e barras

- Aparelho de som

- CDs de músicas, fitas, laços etc.

4.5 Fases do estudo

- Planejamento e elaboração do protocolo. Esta fase incluiu a definição de:

movimentos, sequência, duração, complexidade, material necessário,

seleção de músicas etc.

- Análise da versão preliminar do Protocolo por profissionais da área da

saúde e aderência ao tema.

- Aplicação da versão preliminar do Protocolo em três idosos

- Realização de entrevista inicial com idosos participantes da amostra

- Aplicação e avaliação do Protocolo em amostra selecionada

- Realização de entrevista final com os participantes.

4.6 Procedimentos de Pesquisa

1. Os participantes receberam informações sobre a proposta, seus objetivos

e foram convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (APÊNDICE A).

2. Antes da realização de cada atividade (entrevistas, sessões de danças

etc.), os participantes eram lembrados da possibilidade de sua

desistência.

3. Os participantes foram lembrados que, em caso de desconforto, tontura,

mal estar, dor, entre outros sintomas, deveriam imediatamente informar

à pesquisadora e interromper a atividade.

24

4. Os instrumentos inicial e final foram respondidos individualmente pelos

participantes e as respostas às questões foram registradas por uma

pesquisadora colaboradora para evitar que sentissem tonturas, quando

abaixassem a cabeça para leitura e resposta aos itens.

5. As atividades de dança foram realizadas em sala reservada e

previamente organizada, garantindo aos participantes condições para a

sua realização: segurança (barras, piso antiderrapante e extintores de

incêndio), iluminação e ventilação adequadas, bancos para descanso,

sanitários e bebedouros.

4.7 Procedimentos éticos

Este projeto foi submetido à análise do Comitê de Ética em Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Bandeirante Anhanguera e aprovado, sob número

CAAE: 31969714.7.0000.5493 (ANEXO A). Todos os participantes leram, assinaram

e receberam cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme

resolução CNS/MS nº 466/12 (Anexo A).

Todas as atividades e procedimentos previstos não ofereciam riscos à saúde

e desrespeito à dignidade dos (as) participantes, atendendo aos Critérios de Ética

em Pesquisa com Seres Humanos, conforme Resolução CNS 466/12.

25

5 RESULTADOS

Como produto final deste estudo, foi elaborado um "Protocolo de dança para

idosos com doenças vestibulares após reabilitação".

5.1 Análise da versão preliminar do Protocolo por profissionais

Esta fase compreendeu a análise e crítica da versão preliminar do Protocolo,

visando identificar os aspectos que deveriam ser revistos e/ou modificados, sob a

ótica de profissionais com formação em saúde e atuação profissional com aderência

ao tema. Dessa fase, participaram três profissionais, sendo que um deles tinha

Bacharelado em Educação Física; outro, além de graduação em Educação Física,

tinha Mestrado em Educação e, o terceiro, também com formação em Educação

Física, era Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano.

Todos esses profissionais foram convidados pessoalmente pela pesquisadora

e concordaram em avaliar o Protocolo. Cada um deles realizou a avaliação do

Protocolo em separado, orientando-se por um instrumento contendo questões

elaboradas pela pesquisadora para essa finalidade (APÊNDICE B).

5.1.1 Relevância

Todos os avaliadores foram unânimes quanto à relevância do Protocolo. Um

deles recomendou a retirada de alguns alongamentos que, em razão de sua

complexidade, poderiam dificultar sua realização. Esses alongamentos estavam

relacionados à flexão do joelho, cuja execução poderia levar os participantes a

perder o equilíbrio. Esses alongamentos foram excluídos da versão final do

Protocolo.

5.1.2 Conteúdo

Em relação ao conteúdo, os avaliadores sugeriram que a descrição dos

movimentos fosse mais detalhada. Esta sugestão também foi considerada na versão

final do Protocolo, isto é, foram incluídos maior detalhamento dos movimentos.

26

5.1.3 Linguagem

Quanto à linguagem, os profissionais avaliadores consideraram que termos

específicos, como Shimie e Batida Lateral, próprios da dança do ventre, não eram

de uso comum. Por essa razão, deveriam ser retirados e substituídos por

explicações detalhadas dos movimentos, o que também foi providenciado.

5.1.4 Imagem

Sobre as imagens, dois dos avaliadores consideraram pertinentes. Um deles

considerou que elas não ilustravam adequadamente os movimentos e que seria

necessária a inclusão de mais figuras. Na versão final do Protocolo, a pesquisadora

substituiu e acrescentou mais figuras ilustrativas dos movimentos.

5.1.5 Movimentos

Um dos avaliadores sugeriu a repetição dos movimentos de intensidade

moderada, visando proporcionar uma melhora significativa em sua execução. Essa

sugestão foi considerada na versão final do Protocolo, quando foram inseridos

movimentos com música e sem música e, também, na contagem desses

movimentos.

Outro avaliador sugeriu a realização de alongamentos, após o término do

Protocolo, sob a justificativa de que a própria dança já proporcionava o alongamento

inicial. Sobre essa sugestão, optou-se por manter o alongamento inicial devido à

necessidade de preparação dos participantes para execução dos movimentos da

dança.

5.2 Aplicação da versão preliminar do Protocolo

Nesta fase, a versão preliminar do Protocolo foi aplicada em três idosas

voluntárias, que concordaram em participar do processo e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As três participantes realizaram as

atividades previstas, no Protocolo, ao mesmo tempo.

Essa aplicação teve a finalidade de identificar os ajustes necessários e

promover a sua adequação, do ponto de vista do entendimento das consignas, por

27

parte das idosas voluntárias, de modo a promover o aperfeiçoamento do Protocolo.

Para o preenchimento do instrumento de observação (APÊNDICE C), a

pesquisadora contou com o auxílio de uma pesquisadora colaboradora neutra.

5.2.1 Participante voluntária n1

Em relação à participante voluntária, aqui, denominada número 1 (n1),

visando garantir o sigilo de sua identidade, verificou-se que executou os movimentos

previstos, no Protocolo, apresentando, porém, certa dificuldade no domínio de

alguns deles, conforme destacam os quadros de 1 a 5, referentes à sua avaliação

(APÊNDICE C).

5.2.2 Participante voluntária n2

Quanto à participante voluntária, referida como número 2 (n2), também para

garantir o sigilo de sua identidade, observou-se um resultado positivo em relação ao

domínio total dos movimentos, não apresentando dificuldades durante a sua

realização, segundo indicam os quadros de 1 a 5, referentes à sua avaliação

(APÊNDICE C).

5.2.3 Participante voluntária n3

Sobre a participante voluntária, nomeada número 3 (n3), da mesma forma

para garantir o sigilo de sua identidade, constatou-se que apresentou dificuldades

durante a realização dos movimentos, demonstrando seu domínio parcial, conforme

indicam os quadros 1 a 5, referentes à sua avaliação (APÊNDICE C).

As informações obtidas durante a aplicação da versão preliminar do Protocolo

permitiram a revisão e o aperfeiçoamento da versão final. Após o término da

aplicação preliminar, houve a necessidade de modificar alguns movimentos de modo

a considerar possíveis limitações próprias do envelhecimento, por exemplo:

flexibilidade, agilidade e memorização dos movimentos. Também houve

necessidade de diminuir a quantidade de exercícios de aquecimento. Todos esses

aspectos foram considerados na versão final do Protocolo.

28

5.3 Entrevistas com os participantes

Antes da realização da aplicação da versão final do Protocolo, os 15 (quinze)

participantes foram entrevistados com o propósito de verificar a sua relação e/ou

experiência com a dança e atividades correlatas. Para essa entrevista, foi utilizado

um roteiro elaborado pela pesquisadora com essa finalidade (APÊNDICE D).

Como já dito no Método, dos 15 (quinze) participantes foram considerados os

que compareceram a todos os encontros destinados à avaliação do Protocolo, ou

seja, 10 (dez) deles. Portanto, 5 (cinco) participantes foram excluídos.

5.3.1 Sentido da dança

Em relação ao sentido da palavra dança, a maioria dos participantes informou

que correspondia a um “divertimento”; “um momento de relaxamento e de ajuda à

mobilidade dos membros e ao movimento do corpo e da mente". Os participantes

disseram ainda que a "dança proporciona a beleza da alma; melhora a postura, os

deslocamentos e o caminhar”. Destacaram também que “a dança é um instrumento

de saúde física e mental e cultura”. E, por último, uma participante afirmou "preferir

mais a dança, que se alimentar". Apenas uma participante relatou nunca ter ouvido

falar a palavra dança em razão da educação severa, que havia tido.

5.3.2 Frequência a locais destinados à dança

Quanto à frequência e visita a salões, academias, eventos e festivais de

danças, oito das participantes mencionaram já terem frequentado locais e atividades

relacionadas à dança, enquanto as demais disseram nunca ter frequentado esses

ambientes.

5.3.3 Motivação em relação à dança

Ao perguntar aos participantes se haviam desejado dançar, em algum

momento de suas vidas, dois participantes responderam negativamente, enquanto

os demais se manifestaram o desejo. Apenas uma participante mencionou que

“sempre desejou dançar, mas o pai nunca havia lhe permitido”. Uma das

participantes disse: "se eu pudesse, dançaria em todos os dias de minha vida",

29

enquanto outra participante referiu “participar da ala das baianas em duas escolas

de samba, de São Paulo”.

5.3.4 Realização de atividades físicas

Quanto à realização da prática de atividades físicas, oito participantes

mencionaram realizar algum tipo de atividade física, como caminhadas e

hidroginástica, enquanto as demais afirmaram não realizá-las.

5.3.5 Expectativas em relação à dança

Quanto às expectativas, vários afirmaram que sua participação tinha o

propósito de "aprender a dançar, movimentar-se e se divertir por meio da dança" e

ainda que "saber que iriam dançar, os deixava felizes". Disseram ainda que

"esperavam que a experiência fosse uma atividade agradável, além de poder

aprender a conviver com os colegas e obter melhorias na saúde física e mental".

5.3.6 Relação dança e saúde

Quando indagados se acreditavam que a dança poderia contribuir para

melhoria da saúde, todos foram unânimes em afirmar positivamente.

5.4 Aplicação da versão final do Protocolo

Esta fase teve a finalidade de avaliar o Protocolo, revisto com base nas

observações e sugestões dos avaliadores, bem como da experiência decorrente da

aplicação com o grupo de três idosas.

Foram realizados cinco encontros, com duração média de uma hora e 15

minutos e intervalo de uma semana, entre cada um deles, sendo todos realizados,

no período vespertino. Estes encontros foram realizados na sala de dança, da

Universidade Anhanguera de São Paulo, no campus Maria Cândida. É importante

destacar que a sala reunia condições para a aplicação do Protocolo: espelhos,

espaço, acústica, entre outras condições. Para realização dos movimentos previstos,

foram utilizados CDs com músicas previamente selecionadas pela pesquisadora,

além de lenços coloridos.

30

A pesquisadora responsável contou com o apoio de uma pesquisadora

colaboradora neutra para o registro das observações, segundo instrumento de

avaliação, elaborado pela própria pesquisadora responsável (APÊNDICE E).

O grupo - objeto deste estudo - foi composto de um total de 10 participantes

idosos, sendo 9 mulheres e 1 homem, que participaram da sequência coreográfica

de dança que integra o "Protocolo de dança para idosos com vestibulopatias pós-

reabilitados ". A participação de cada um dos idosos foi avaliada individualmente e

os participantes foram identificados por números de 1 a 10, garantindo o sigilo sobre

sua identidade.

Na avaliação do Protocolo, foram observados os movimentos realizados pelos

participantes, com destaque para os aspectos relacionados à expressão corporal e

verbal; mobilidade articular; equilíbrio; habilidade de deslocamento; coordenação

motora; ritmo; memorização e socialização.

Da aplicação da versão final do Protocolo, constaram três fases. A primeira

delas teve como principal objetivo preparar os participantes para a atividade prática

da dança por meio de exercícios de alongamento e de aquecimento. Para este

momento, a música selecionada foi “Se você Pensa”, do cantor Roberto Carlos. A

escolha dessa música teve o intuito de proporcionar aos participantes momentos de

descontração. Já, a segunda fase, teve o objetivo de apresentar exercícios

específicos da dança separadamente da coreografia e sem o uso de música

específica. A terceira fase foi composta por exercícios coreografados em diferentes

formações, com utilização da música "Hips, don´t lie", da cantora Shakira.

5.4.1 Primeiro encontro

No primeiro encontro, todos os participantes demonstravam bastante

ansiedade e curiosidade para saber o tipo de dança, que seria apresentada.

Durante a execução dos movimentos, verificou-se que todos os participantes

tinham mais dificuldade de aprender as consignas referentes aos movimentos,

quando indicadas verbalmente, o que exigia a sua repetição pela pesquisadora.

Percebeu-se que, quando indicadas por meio de expressão corporal, os

participantes tinham mais facilidade de aprender as consignas. Mesmo não

31

memorizadas de imediato, o seu aprendizado não desestimulou os participantes,

mesmo entre os que não tinham o hábito de dançar.

Em relação à mobilidade articular, notou-se dificuldade na execução de

alguns movimentos por parte de alguns participantes, por exemplo, na marcha para

frente e para trás, bem como no deslocamento lateral.

Com referência ao equilíbrio, notou-se que todos os participantes realizavam

o giro com certo cuidado, talvez temessem a ocorrência de tonturas, devido o

histórico anterior de vestibulopatias.

No que tange às habilidades de deslocamentos, a participante identificada por

n6 mostrou impossibilidade de realização de movimentos para frente e para trás,

enquanto os demais, embora realizassem, os movimentos apresentaram dificuldade

em sua execução.

Quanto à coordenação motora, os participantes mostraram dificuldades na

execução de movimentos simultâneos dos membros superiores e inferiores. A idosa

identificada por n9 mostrou facilidade na execução desses movimentos, utilizando

membros superiores e inferiores simultaneamente, enquanto as demais idosas

apresentaram dificuldade.

Quanto ao ritmo, todos os participantes apresentaram dificuldade na

execução de movimentos sincronizados com e sem música. Apenas a participante

n9 mostrou facilidade na memorização dos movimentos. Já os demais apresentaram

dificuldades.

Um dos aspectos importantes do Protocolo foi possibilitar a interação

constante dos participantes uma vez que vários movimentos exigiam o desempenho

em duplas e, ao mesmo tempo, do conjunto deles todos. Vários participantes

manifestaram opiniões sobre sua atuação, assim como dos demais colegas, menos

em tom avaliativo e mais em termos de aperfeiçoamento da dança. Além disso,

vários deles expressaram a alegria, o prazer e o bem estar que a dança estava lhes

proporcionando.

32

5.4.2 Segundo encontro

No segundo encontro, os participantes ainda apresentavam dificuldades

quanto ao entendimento verbal das consignas e maior facilidade na sua indicação

corporal. Exceção feita à idosa identificada por n9, que mostrou espontaneidade e

maior facilidade, durante a execução dos movimentos, independente das consignas

serem expressas verbal ou corporalmente.

Em relação à mobilidade articular, todos os participantes mostraram certa

evolução, refletida na maior facilidade para execução dos movimentos, em relação

ao primeiro para o segundo encontro.

Com referência ao equilíbrio, os participantes identificados por n3, n4 e n6

apresentaram dificuldade na realização dos movimentos de giro. Os demais

demonstraram evolução, apresentando equilíbrio adequado nos movimentos.

Quanto às habilidades de deslocamentos, apenas a participante n9

apresentou facilidade na execução dos movimentos de deslocamentos para frente e

para trás e lateralidade. A participante n6 ainda apresentava impossibilidade na

realização desses movimentos, bem como, 8 (oito) participantes continuavam a

apresentar dificuldades em sua execução.

No que se refere à coordenação motora, a participante n9 mostrou facilidade

na execução de movimentos superiores e inferiores simultâneos, enquanto os

demais ainda apresentavam dificuldade. Sobre o ritmo, percebeu-se que todos os

participantes ainda apresentavam dificuldade na memorização dos movimentos em

sincronia com a música.

Quanto aos aspectos relacionados à socialização, foram evidenciados os

mesmos comportamentos do encontro anterior.

5.4.3 Terceiro encontro

No terceiro encontro, o pesquisador buscou realizar a prática dos movimentos

em posição de espelho, ou seja, em duplas uma de frente para outra, onde os

participantes mostraram facilidade de entendimento das consignas expressas

verbalmente. Quanto à expressão corporal das consignas, as participantes

identificadas por n1, n5, n7 e n9 mostraram espontaneidade durante os movimentos,

33

enquanto os demais participantes se mostraram estimulados pelo seu próprio

desempenho e do grupo.

Em relação à mobilidade articular, verificou-se que as participantes,

identificadas por n7 e n9, apresentaram facilidade na execução dos movimentos e

os demais ainda apresentavam dificuldade, em seu desempenho.

Ao trabalhar o aspecto de equilíbrio, durante o giro, a pesquisadora com base

nas observações dos encontros anteriores, considerou necessário diminuir o tempo

do giro, inclusive o tempo da contagem do movimento, visando garantir mais

segurança dos participantes em sua realização. Após essa modificação todas

participantes apresentaram equilíbrio adequado nos movimentos de giros.

No que se refere às habilidades de deslocamentos, as idosas identificadas

por n7 e n9 apresentaram facilidade na execução dos movimentos de

deslocamentos para frente, para trás e lateralidade. Já as idosas, identificadas por

n6 e n8, ainda apresentavam impossibilidade de execução desses movimentos.

Nesse encontro houve uma evolução em relação à coordenação motora,

embora apenas as idosas identificadas por n3, n6 e n7 ainda demonstravam

dificuldades na movimentação simultânea de membros inferiores e superiores.

Quanto ao aspecto ritmos, memorização e socialização, foram mantidos os

resultados dos encontros anteriores.

5.4.4 Quarto encontro

No quarto encontro, todas as idosas apresentaram facilidade de entendimento

das consignas indicadas de forma verbal e corporalmente. As participantes

identificadas por n1, n4, n8 e n9 demonstraram espontaneidade durante os

movimentos e as demais eram estimuladas pelo desempenho do próprio grupo.

Quanto à mobilidade articular, a pesquisadora decidiu acrescentar o uso de

lenços coloridos e o resultado mostrou a facilidade na execução dos movimentos por

parte de 7 (sete) participantes e dificuldade apenas pelas idosas identificadas por

n3, n6 e n8. Em relação ao equilíbrio, todas idosas mantiveram o resultado do

encontro anterior mostrando equilíbrio adequado, nos movimentos de giro.

34

Com referência às habilidades de deslocamentos, sete idosas demonstraram

facilidade na execução dos movimentos para frente, para trás e lateralidade. Sobre

esse aspecto, percebeu-se uma evolução no desempenho das idosas identificadas

por n3, n6 e n8 que, anteriormente, não executavam os movimentos de

deslocamentos com facilidade e passaram a executar com menos dificuldade.

Quanto à coordenação motora, ritmo, memorização e socialização, repetiram-

se os resultados do encontro anterior.

5.4.5 Quinto encontro

No quinto encontro, todas as participantes demonstraram facilidade no

entendimento das consignas expressas verbal e corporalmente. Houve uma grande

evolução, nesse aspecto, podendo-se observar que, além da espontaneidade

durante a execução da dança, várias participantes antecipavam a sequência dos

movimentos.

Quanto à mobilidade articular, após várias repetições dos movimentos, sete

idosas mostraram facilidade em sua execução e apenas as participantes

identificadas por n3, n6 e n8 ainda apresentavam certa dificuldade.

Com referência ao equilíbrio, todas idosas realizaram movimentos de giros

adequados, demonstrando inclusive maior segurança em sua execução. Sobre as

habilidades de deslocamento, manteve-se o resultado anterior, ou seja, sete idosas

possuíam facilidade na execução dos movimentos para frente, para trás e

lateralidade, enquanto 3 (três) idosas ainda apresentavam certa dificuldade.

Em relação à coordenação motora, ritmo, memorização e socialização, foram

mantidos os mesmos resultados do encontro anterior.

Ao final dos 5 (cinco) encontros, apesar dos grandes avanços observados,

pode-se observar que, entre as 10 participantes, integrantes deste estudo, 3 delas

ainda apresentavam dificuldade para a execução do Protocolo. Essas dificuldades -

que não foram objeto deste estudo - podem estar relacionadas, entre outros motivos,

ao histórico anterior de vestibulopatias (tonturas), às experiências de vida e à

relação com a própria dança. Não se pode afirmar com segurança que a

participação das três idosas, que apresentaram maiores dificuldades, em um maior

número de encontros, garantiria melhoria em seus desempenhos. Por outro lado,

35

também não se pode descartar a hipótese de melhoria por meio do aumento do

número de encontros.

5.5 Entrevista com os participantes após os 5 encontros

Ao final dos 5 (cinco) encontros, todos os participantes foram entrevistados

com o propósito de levantar informações sobre sua participação nas sessões de

aplicação do Protocolo (APÊNDICE F).

5.5.1 Participação

Quanto à participação nas oficinas de dança, todos idosos, sem exceção,

mencionaram estar satisfeitos com os resultados decorrentes da frequência aos

encontros. Também destacaram a sensação de bem estar adquirida durante a

execução da dança, bem como a alegria e a felicidade que a aprendizagem dos

movimentos havia lhes proporcionado, em alguns casos, a superação do que

imaginavam ser uma limitação devido a se constituir uma experiência nova de vida.

5.5.2 Contribuição para saúde e vida

Ao serem questionados se os encontros de dança haviam contribuído de

alguma forma para sua saúde e vida, os participantes afirmaram que, a partir da

participação nos encontros, passaram a se sentir mais ativos e com menos dores no

corpo. Ainda afirmaram que perceberam melhorias em seus movimentos corporais e

que passaram a sentir mais segurança e autoconfiança durante a realização de

caminhadas e em atividades do cotidiano. Também destacaram que a dança lhes

trouxe benefícios para a memória, sensação de liberdade, paz e espontaneidade,

além de proporcionar-lhes momentos de descontração e “desligamento” de

problemas cotidianos. E, por fim, a dança lhes proporcionou a oportunidade de

conhecer e de se relacionar com outras pessoas e, dessa forma, ampliar o seu

círculo de amizades.

36

5.6 Protocolo de Dança para Idosos com Doenças Vestibulares Reabilitados

SESSÃO I – PREPARAÇÃO

Objetivo Geral: Executar os movimentos das articulações (ombros, punhos, joelhos, tornozelos e dedos das mãos) e o alongamento da musculatura básica (tronco, região lombar, região abdominal e membros inferiores e superiores), visando o aquecimento.

Número de encontros: 5

Duração de cada sessão: 10 minutos

Todos os exercícios de alongamentos serão realizados em uma sequência de oito tempos.

PASSO ATIVIDADE OBJETIVO

1

- Em pé, com a postura ereta, apontar o queixo para um dos ombros, mantendo-o, em rotação máxima. Repetir a mesma operação para o outro lado em oito tempos.

- Estimular regiões dos ombros e cervical.

2

- Em pé, realizar extensão de membros superiores com dedos entrelaçados e palmas das mãos voltadas para o solo.

- Estimular alongamento de membros superiores.

3

- Em pé, realizar extensão de membros superiores à frente do tronco com os dedos entrelaçados .

- Estimular alongamento de membros superiores.

37

4

- Em pé, com os joelhos levemente flexionados, manter costas alinhadas em postura ereta, cruzando os dedos das mãos, acima da cabeça e com as palmas viradas para cima, promovendo a extensão dos braços até o limite.

- Estimular a flexibilidade de membros superiores.

5

- Em pé, com os joelhos levemente flexionados, entrelaçar os dedos das mãos, atrás das costas, apontando as palmas das mãos para o chão, realizando a extensão dos cotovelos até o seu limite.

- Estimular a flexibilidade dos membros superiores.

6

- Em pé, realizar movimentos de adução e abdução de ombros.

- Estimular a flexibilidade dos membros superiores.

7

- Em pé, com os membros superiores em adução, realizar movimentos de pronação e supinação de punhos.

- Estimular movimentos da articulação de punhos.

8

- Em pé na posição antero-posterior , com as mãos apoiadas no quadril, realizar movimentos de extensão e hiperextensão de tronco.

- Estimular o fortalecimento dos músculos da região lombar.

38

SESSÃO II - DESENVOLVIMENTO DE COREOGRAFIA

Objetivo Geral: Executar a coreografia, utilizando movimentos espacial e temporal, mãos, quadril e deslocamentos.

Número de encontros: 5

Duração de cada sessão: 35 minutos

PASSO ATIVIDADE OBJETIVO

1a

1b

- Em pé, realizar simultaneamente abdução de ombro e movimentos de pronação e supinação de cotovelos, punhos e mãos. Retornar com movimentos simultâneos de adução total de ombros e pronação e supinação de cotovelos, punhos e mãos. Retornar ao movimento contrário, até a posição inicial.

- Realizar deslocamento lateral, em oitos tempos, para o lado direito e, em seguida, deslocamento lateral, em oito tempos, para o lado esquerdo.

OBS. Unir sequencialmente os movimentos 1a e 1b.

- Estimular as articulações de punhos e dedos com movimentos de rotação.

- Estimular o equilíbrio postural com exercícios de deslocamentos.

- Estimular a memorização dos movimentos com exercícios de contagem.

2a

2b

- Realizar flexão de cotovelos, à frente do peito, com os braços cruzados, executando movimentos de ondulação das mãos de modo alternado, ora com a mão esquerda à frente, ora com a mão direita.

- Realizar deslocamento frontal, em quatro tempos e retornar à posição inicial com deslocamento para trás, em quatro tempos.

OBS. Unir sequencialmente os movimentos 2a e 2b.

- Estimular os movimentos de punhos e de coordenação motora fina.

- Estimular o equilíbrio postural e a coordenação motora grossa.

- Estimular a memorização dos movimentos com exercícios de contagem.

3a

3b

- Realizar movimento de abdução de quadril e ombro, em oito tempos, parado no lugar, primeiro do lado direito, depois do lado esquerdo, com a mão contrária ao movimento apoiada no quadril.

Realizar um giro completo, em oito tempos, na posição de afastamento lateral de inferiores e superiores ao mesmo tempo, alternando o lado com uma das mãos apoiada ao quadril.

OBS. Unir sequencialmente os movimentos 3a e 3b.

- Proporcionar coordena-ção motora e melhoria da amplitude dos membros inferiores.

- Estimular o equilíbrio e memorização dos movi-mentos.

39

SESSÃO III - DESENVOLVIMENTO DE COREOGRAFIA

Objetivo Geral: Executar coreografia, utilizando diferentes formações com memorização dos movimentos.

Número de encontros: 5

Duração de cada sessão: 25 minutos

PASSO ATIVIDADE OBJETIVO

1

- Realizar toda sequência coreográfica, mantendo-se ao lado dos participantes dispostos de frente ao professor.

- Proporcionar coorde-nação motora e melhoria na amplitude articular e noção de tempo e espaço.

2

- Realizar toda sequência coreográfica, mantendo-se em duplas: um participante de frente ao outro.

- Proporcionar coorde-nação motora e melhoria na amplitude articular e noção de tempo e espaço e socialização entre os pares.

3

- Realizar toda sequência coreográfica com os participantes, posicionados em círculo.

- Estimular a coordenação motora e melhoria na amplitude articular e noção de tempo e espaço e socialização entre o grupo.

4

- Realizar toda a sequência coreográfica, cumprindo todas as formações desenvolvidas e de modo simultâneo.

- Estimular a memo-rização dos movimentos.

40

6 DISCUSSÃO

Este estudo resultou na elaboração de um protocolo de dança para idosos

com doenças vestibulares compensadas.

Como foi destacado, a amostra inicial era constituída de 15 participantes,

sendo 14 mulheres e 1 homem. Um dos encontros coincidiu com a "Campanha

Nacional de Vacinação do Idoso", motivo que justificou a ausência de alguns

participantes. Por essa razão, optou-se por considerar somente aqueles que

estiveram presentes em todas as atividades. Assim, o grupo objeto de análise foi

reduzido para 10 (dez) participantes. Da exclusão dos 5 (cinco) participantes,

constou o único representante do sexo masculino. A presença maior das

representantes do sexo feminino na vivência do Protocolo está de acordo com

estudos que indicam que a participação das mulheres é superior a dos homens em

programas supervisionados de atividades físicas, especialmente os realizados em

grupo, bem como em atividades extra domesticas, como é o caso, por exemplo, de

cursos especiais, viagens, entre outras (GOGGIO & MORROW JUNIOR, 2001;

CAMARANO, 2003).

Também, como mencionado, o envelhecimento se caracteriza por um

conjunto de mudanças morfofuncionais, que resultam em modificações estruturais e

funcionais, nos indivíduos (MARCHI, 2004). Entre essas modificações, que limitam a

capacidade funcional dos idosos, destaca-se a interferência em sua flexibilidade, ou

seja, em sua capacidade de mover uma articulação por meio da amplitude máxima

de movimento (HOLLAND et al., 2002). Contrapondo ao declínio da flexibilidade,

própria da velhice, este estudo indicou que, após a realização de 5 (cinco)

encontros, foi possível observar melhoras relevantes no níveis de amplitude máxima

de movimento dos idosos, tanto nos movimentos frontais, quanto nos movimentos

laterais.

Comparando-se, pois, o desempenho dos idosos, do primeiro para o quinto

encontro, observou-se uma melhora significativa da flexibilidade, após a vivência do

Protocolo. Essa observação está de acordo com estudo de Bocalini et al. (2007),

composto por grupo controle (n=10) e por grupo intervenção com dança (n=27),

totalizando 12 encontros, com duração de 60 minutos cada, realizados duas vezes

41

por semana, cujo grupo de intervenção apresentou aumento significativo de 28% em

relação à flexibilidade, na comparação pré e pós-intervenção.

Outro aspecto bastante evidente neste estudo refere-se aos resultados

obtidos em relação à mobilidade articular e coordenação motora, capacidades

também influenciadas, por vezes, negativamente, durante o processo de

envelhecimento. Segundo Spirduso (2005), várias atividades de vida diária exigem

grande envolvimento da capacidade de coordenação motora, por exemplo, servir um

café ou inserir uma chave na fechadura. Em concordância com o autor, a

experiência da dança, viabilizada pela participação dos idosos no Protocolo, além de

lhes solicitar vários movimentos com diferentes níveis de exigência de coordenação

e mobilidade motoras, proporcionou-lhes a oportunidade de atingir bons níveis de

desempenho motor, revelados pela aprendizagem, dominância e aperfeiçoamento

dos movimentos, na sequência dos encontros.

Conforme ainda destacado, algumas idosas demonstraram nos primeiros

encontros, certo temor em movimentos que exigiam equilíbrio postural, como era o

caso dos giros, o que levou a pesquisadora a relacionar tal atitude ao histórico de

vestibulopatia, mesmo sendo a doença compensada. A percepção dessa condição a

levou a rever o Protocolo, diminuindo as solicitações de giro. Entretanto, na medida

em que os encontros foram realizados, as participantes demonstraram maior

segurança para realizar movimentos giratórios. Essa conclusão está de acordo com

estudo de Caldas e Abreu (2008), que compararam o equilíbrio entre um grupo

constituído de 20 idosas participantes de um programa de atividade física e um

grupo de 20 idosas sedentárias. O programa envolvia aquecimento, alongamento,

treino de equilíbrio, treino de coordenação motora e relaxamento e indicou que o

grupo que realizava exercícios físicos apresentou valores significativamente maiores

em relação ao equilíbrio, quando avaliados pela Escala de Berg.

A vivência do Protocolo, neste estudo, mobilizou vários componentes da

capacidade física das participantes, entre eles, agilidade, flexibilidade, equilíbrio,

coordenação motora, memorização dos movimentos, entre outros. Essa mobilização,

evidenciada de forma triangular, por meio de observações da pesquisadora,

registros da colaboradora neutra e depoimentos dos participantes, destacam os

benefícios da dança para a população idosa. Os resultados obtidos, positivos para a

qualidade de vida das idosas integrantes da amostra, estão de acordo com estudos

42

de Coelho et al. (2008) que verificaram os efeitos de um programa de dança em um

grupo formado de 28 mulheres, entre 50 e 80 anos, que realizaram sessões durante

quatro meses. O estudo apontou ganhos estatisticamente significantes quanto à

agilidade e equilíbrio, resistência de força e índice de aptidão física geral.

Em relação à memorização dos movimentos, constatou-se que na medida em

que os encontros iam sendo realizados, os participantes do Protocolo apresentavam

melhorias em relação à repetição da coreografia. Essa constatação indicou que a

repetição da coreografia constituiu uma estratégia viável para que a memória fosse

estimulada e, ao mesmo tempo, pudesse reter as informações sobre a sequência

dos movimentos. Estudos de Fernández- Ballesteros et al. (2005) consideram que

intervenções realizadas com o propósito de estimular as funções cognitivas poderão

interferir positivamente no desempenho da memória.

Por fim, estudos apontam que o uso do movimento constitui um processo que

promove a integração emocional, cognitiva, social e física do indivíduo com

diferentes necessidades (PRATT, 2004). Durante a vivência do Protocolo, os

participantes verbalizaram as dificuldades enfrentadas para memorizar diferentes

situações da coreografia; trocaram experiências sobre as estratégias utilizadas para

enfrentar as dificuldades; vivenciaram com alegria as situações proporcionadas pelo

Protocolo e aprenderam estratégias para estimular o uso da memória. Os encontros

propiciaram a aprendizagem dessas estratégias, a interação social dos participantes

com seus pares, além da melhoria de seu bem estar.

Vale também ressaltar que no quarto e quinto encontros, as participantes

utilizaram lenços coloridos, durante a execução da coreografia. O uso do lenço levou

a pesquisadora a perceber que a amplitude articular na execução dos movimentos

de membros superiores melhorou significativamente em relação aos mesmos

movimentos, executados em encontros anteriores, quando não houve sua utilização.

Além de estimular a graciosidade durante a realização dos movimentos

coreográficos, o emprego dos lenços permitiu que as idosas executassem os

exercícios com mais autoconfiança, segurança, descontração e melhor performance.

43

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste estudo cujo objetivo era elaborar um Protocolo de dança

para idosos com doenças vestibulares pós-reabilitadas, pode-se afirmar que a

prática de atividades rítmicas, como é o caso da dança, quando realizada com

continuidade, pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida do idoso, já que a

dança estimula a memória, promove a movimentação de todo o corpo, incentiva a

interação social, atua positivamente sobre a autoestima, proporcionando

autoconfiança, alegria, bem estar, prazer aos seus participantes.

Contudo, mesmo tendo atingido o objetivo pretendido, enquanto trabalho

científico, ainda é necessário vencer algumas limitações que permearam a

confecção deste Protocolo, expressas em seu ineditismo, singularidade em relação

à população alvo (idosos com doenças vestibulares pós-reabilitados) e

indisponibilidade de tempo para aplicação em amostra maior de participantes. Esses

aspectos sugerem a necessidade da continuidade deste estudo, ampliando a sua

aplicação em amostra maior de participantes.

44

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50

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: Dança para idosos com doenças vestibulares Pesquisadora responsável: Carlota Joaquina Fiorotto Blat Orientadora: Profa. Dra. Maria Rita Aprile Coorientadora: Profa. Dra. Cristiane Akemi Kasse

O (a) senhor (a) está sendo convidado (a) a participar como voluntário (a)

deste projeto cujo objetivo é: elaborar um protocolo de dança para vestibulopatas e

verificar a sua intervenção como instrumento complementar ao processo de

reabilitação de idosos com doenças vestibulares compensadas (sem sintomas no

momento).

Para decidir sobre o convite formulado, leia atentamente as informações a

seguir. Elas pretendem lhe esclarecer sobre os procedimentos e atividades que

serão realizados, bem como sobre outros aspectos relacionados a esse estudo.

1. As entrevistas serão realizados no Laboratório de Estudos e Pesquisas do

Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio

Corporal e Inclusão Social da Universidade Anhanguera de São Paulo,

localizado no 6˚andar - Bloco G - campus Maria Cândida. As atividades

de dança serão realizadas em sala localizada no 1˚andar - Bloco G -

campus Maria Cândida da Universidade Anhanguera de São Paulo.

Ambos os locais estão situados à Rua Maria Cândida, n˚1813, Cep

02071-013, Vila Guilherme - São Paulo - SP, fone (11) 2967-9015.

2. As entrevistas versarão sobre práticas de atividades físicas; hábitos

alimentares; lazer; atividades intelectuais; relação com trabalho;

autoestima; relacionamentos interpessoais; avaliação, expectativas de

vida e utilização de medicamentos. Os instrumentos serão aplicados

individualmente, em horários previamente agendados, por uma

pesquisadora neutra. O(a) participante permanecerá sentado(a) e contará

com o auxílio da pesquisadora para o preenchimento do instrumento,

evitando- se qualquer tipo de desconforto.

3. Os(as) participantes(as) voluntários(as) participação em grupo de

atividades com foco na dança e relacionadas à qualidade de vida

(memória, relações sociais, autoestima) em horários previamente

51

agendados e em ambiente adequado, confortável e com garantias de

segurança, iluminação e ventilação. As atividades terão uma hora de

duração e de acordo com a temática desenvolvida, serão utilizados

diferentes tipos de materiais: vídeos, CDs, músicas, fitas, esquemas em

PowerPoint, revistas, lápis, canetas, cartolinas, tesouras, caixas, espelhos

etc.

4. Todas as atividades e procedimentos previstos não oferecem riscos à

saúde e desrespeito à dignidade dos(as) participantes, que serão

acompanhados durante as atividades de dança pela pesquisadora

responsável e, nas entrevistas, pela pesquisadora neutra. Todas as

atividades e procedimentos previstos atendem aos Critérios da Ética em

Pesquisa com Seres Humanos, conforme Resolução CNS 466/12.

5. Os (as) participantes poderão interromper a sua participação e/ou desistir

de sua continuidade no projeto, em caso de desconforto, mal estar,

tontura ou por qualquer outro motivo, Portanto, é garantida a liberdade de

retirada do consentimento a qualquer momento, sem prejuízo à

continuidade de seu tratamento rotineiro na Instituição.

6. Será respeitado o direito de confidencialidade, isto é, as informações

fornecidas pelos participantes serão analisadas em conjunto e utilizadas

somente para estudo, mantendo-se o sigilo quanto à identificação de cada

participante.

7. Despesas e compensações: a participação dos voluntários é isenta de

despesas, em qualquer fase do estudo. Também não há compensação

financeira relacionada à sua participação. As despesas com transporte

dos participantes voluntários serão de sua responsabilidade. Despesas

adicionais serão incluídas no orçamento da pesquisa.

8. Os (as) participantes terão direito a se manter informados sobre os

resultados parciais deste estudo, quando em estudos abertos, ou de

resultados que sejam do conhecimento da pesquisadora.

9. A pesquisadora se compromete a utilizar as informações obtidas somente

para fins do estudo.

52

Acredito que fui suficientemente informado sobre as informações que li ou foram lidas para mim a respeito do Projeto: "Protocolo de Dança para Idosos com Doenças Vestibulares”.

Eu conversei com a Profa. Carlota Joaquina Fiorotto Blat sobre a minha decisão em participar deste estudo. Fui esclarecido (a) sobre as atividades e procedimentos que serão realizados e sobre sua finalidade para a realização deste estudo. Também fui esclarecido (a) que essas atividades não oferecem desconfortos, riscos à minha saúde, desrespeito à minha dignidade e que poderei, a qualquer momento, desistir de participar delas. Fui assegurado (a) que as informações fornecidas serão utilizadas somente para estudo e que será mantido sigilo quanto a minha identificação e que tenho garantias de esclarecimentos permanentes sobre o estudo. Da mesma foram, fui assegurado (a) que minha participação é isenta de despesas e que, em caso de desistência, tenho garantia de continuidade de meu tratamento no Laboratório de Estudos e Pesquisas do Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social.

Tendo em vista os esclarecimentos apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,

manifesto meu consentimento em participar desta pesquisa.

___________________________________________________________________

______________________________________________________Data __ / __ /___

Nome do participante e/ou representante legal e assinatura

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste participante ou de seu representante legal para participação neste estudo.

_____________________________________________________ Data __ / __/___

Pesquisadora Responsável e Assinatura

Profa. Carlota Joaquina Fiorotto Blat

RG 15.693.796 Fone 9-9670-0084

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Bandeirante Anhanguera - UNIAN

Rua Maria Cândida, N ˚1813. Vila Guilherme. CEP 02071-013. Bloco G - 6˚andar

Fone: (11) 2972-9015

email: [email protected]

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APÊNDICE B - AVALIAÇÃO DE VERSÃO PRELIMINAR DE PROTOCOLO DE

DANÇA PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES COMPENSADAS

Nome____________________________________________________________________

Formação:________________________________________________________________

Função: __________________________________________________________________

1 - Quanto à relevância:

O protocolo é relevante para orientação de dança de idosos com vestibulopatias (tonturas,

vertigens etc.)? ( ) Sim ( ) Não

O protocolo contribui para a difusão de informações sobre o tema? ( ) Sim ( ) Não

2 - Quanto ao conteúdo:

As instruções do protocolo estão corretas? ( ) Sim ( ) Não

Há encadeamento das ideias (começo, meio e fim)? ( ) Sim ( ) Não

3 - Quanto à linguagem

A linguagem utilizada nas instruções é clara e objetiva? ( ) Sim ( ) Não

A linguagem é adequada à aplicação do protocolo por diferentes categorias profissionais?

( ) Sim ( ) Não

4 - Quanto às imagens

As imagens ilustram corretamente os movimentos indicados no protocolo? ( ) Sim ( ) Não

O tamanho das imagens está adequado ao entendimento dos movimentos? ( ) Sim ( ) Não

5 - Críticas e/ou sugestões:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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APÊNDICE C - INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO

PROTOCOLO (preenchido com as avaliações das três idosas participantes do

estudo)

55

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58

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APÊNDICE D - ENTREVISTA INICIAL

Nome:_______________________________________________Idade_________

Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )

1. O que significa a palavra dança para o(a) senhor(a)?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

2. Já frequentou/visitou salões, academias, eventos, festivais de danças?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

3. Já desejou dançar em algum momento de sua vida?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

4. Atualmente, o (a) senhor(a) realiza alguma atividade física: dança ou outra?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

5. Quais são as suas expectativas em relação à participação nas oficinas de dança

(nível de envolvimento)?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

6. Acredita que a dança poderá contribuir para a melhoria de sua saúde?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

7. Gostaria de realizar mais algum comentário?

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

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APÊNDICE E - INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE DANÇA

PARA IDOSOS COM DOENÇAS VESTIBULARES APÓS REABILITAÇÃO

Data:__\__\___ Sessão nº____ Avaliador: _____________________________

Participantes 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

A. Expressão verbal

Facilidade de entendimento da consigna

Dificuldade de entendimento da consigna

Necessidade de repetição da consigna

B. Expressão corporal

Espontânea Estimulada genericamente Estimulada individualmente Não manifestada

C.Mobilidade articular

Facilidade na execução dos movimentos

Dificuldade na execução dos movimentos

Impossibilidade de execução dos movimentos

Manifestação de dor durante a execução dos movimentos

D. Equilíbrio

Equilíbrio adequado nos movimentos de giros

Dificuldade na realização de movimentos de giros

Impossibilidade de realização de movimentos de giros

Manifestação de tontura na execução de movimentos de giros

E. Habilidades de deslocamentos

Facilidade na execução dos movimentos de deslocamentos para frente e para atrás (noção de lateralidade)

Dificuldade na execução dos movimentos de deslocamentos para frente e para trás

Impossibilidade de realização de

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movimentos para frente e para trás

Impossibilidade de realização simultânea de movimentos de deslocação

F.Coordenação Motora

Facilidade na execução de movimentos de membros superiores simultaneamente

Dificuldade na execução de movimentos de membros superiores simultaneamente

Facilidade na execução de movimentos de membros superiores e inferiores simultaneamente

Dificuldade na execução de movimentos de membros superiores e inferiores simultaneamente

F.Ritmos

Facilidade na execução de movimentos em sincronia com a música

Dificuldade na execução de movimentos em sincronia com a música

Facilidade na execução de movimentos sem música

Dificuldade na execução de movimentos sem música

G. Memorização

Facilidade de memorização de movimentos da coreografia

Dificuldade de memorização de movimentos da coreografia

Facilidade de execução de todos os movimentos da sessão de 60 minutos

Dificuldade de execução de todos os movimentos da sessão de 60 minutos

H. Socialização

Manifestação de expressão de prazer e bem estar durante a sessão

Manifestação de expressão de desconforto durante a sessão

Facilidade de interação com o grupo de participantes

Dificuldade de interação com o grupo de participantes

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APÊNDICE F - ENTREVISTA FINAL

Nome:_______________________________________________Idade_________

Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )

1. Como foi para o(a) senhor(a), a participação nas oficinas de dança ?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2. O (a) senhor (a) acredita que essas oficinas trouxeram alguma contribuição para sua

saúde, para sua vida? Se sim, qual? Se não, por quê?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

3. Gostaria de realizar mais algum comentário?

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__________________________________________________________________________

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ANEXO A - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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