UNIDADE 01 TRIGO Implantação do trigo€¦ · Velocidade menores: Embuchamento Maior população...
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Fitotecnia: Arroz, Feijão e Trigo
UNIDADE 01 – TRIGO
Implantação do trigo
Gabriela Machineski da SilvaEng. Agrônoma
Mestre em Ciências
Definição
• Alternância ordenada de diferentes culturas, em um determinado
espaço de tempo (ciclo), em uma mesma área e na mesma estação do
ano
• Diferente de sucessão de culturas
• Ordenamento de duas culturas na mesma área agrícola por tempo
indeterminado, cada uma cultivada em uma estação do ano
ROTAÇÃO DE CULTURAS
Resposta do trigo em sistema de rotação de culturas
ROTAÇÃO DE CULTURAS
Redução da incidência e severidade de algumas doenças radiculares e da parte
aérea
Como planejar??
- Mercado
Preço do produto/Local de venda
- Características das áreas de produção
- Características das plantas
- Ciclo
- Disponibilidade de sementes
- Conhecimento técnico
ROTAÇÃO DE CULTURAS
Limitações químicas
- Reação ácida
- Presença de alumínio trocável (Latossolo)
- Baixa disponibilidade de fósforo
- Baixa soma e saturação por bases trocáveis (distróficos)
- Teor de matéria orgânica (3-4%)
SOLOS ONDE SE DESENVOLVE A TRITICULTURA NO BRASIL
Predominantes: Latossolos/Argissolos/Neossolos
Menor proporção: Plintossolos/Cambissolos/Nitossolos
Latossolos/Argissolos
- Profundos
- Bem drenados
- Distribuídos em relevos suave ondulado e ondulado
- Sem limitação para mecanização agrícola
Neossolos/Plintossolos/Cambissolos
- Razos
- Mal drenados
- Limitações para mecânização (pedregozidade e topografia
acidentada)
SOLOS ONDE SE DESENVOLVE A TRITICULTURA NO BRASIL
Conjunto de operações que visam deixar o solo em
condições de receber a semente e a ela oferecer
condições adequadas de germinação e de
estabelecimento da planta
PREPARO DO SOLO
Preparo convencional
Finalidade - Correção química e física do solo
• Controle da erosão (terraceamento)
• Incorporar restos de cultura
• Controle de plantas daninhas
• Incorporar corretivos (calcário/gesso), M. O. e fertilizantes
• Descompactar o solo
• Aumentar a drenagem, retenção e infiltração de água no solo
• Permitir a penetração das raízes
• Formar um leito de semeadura (germinação)
PREPARO DO SOLO
Preparo convencional
- Aração + Gradagem
- Discos
- Aiveca
- Escarificador
- Grade pesada + Grade Leve
PREPARO DO SOLO
Preparo mínimo
Comparado com os preparo convencional
• Reduz o número de operações para o preparo
• Reduz a compactação do solo
• Melhora a infiltração de água
• Reduz as perdas de solo e água por erosão
PREPARO DO SOLO
Existem vários métodos de cultivo mínimo com diferentes naturezas e graus de
intensidade, podendo ser citados:
- escarificação em solo coberto por resteva, picada ou não;
- plantio de leguminosas de cobertura, a lanço, seguido mais tarde, de
sulcamento e plantio da cultura principal (milho por exemplo).
- sulcamento em solos cobertos com resteva em pé, sem lavrar e sem picar,
sujeitos a posterior cultivo de limpeza entre as linhas, para eliminação dos inços.
Plantio direto
- Sem revolvimento do solo apenas abertura do sulco para semeadura
- Semeadura é realizada sobre palha
- Manejo de plantas daninhas antes e depois da emergência das plântulas
Operações
- Colher e esparramar os restos de cultura (picador de palha nas
colheitadeiras)
- Pulverizar herbicidas
- Semear utilizando equipamento adequado
PREPARO DO SOLO
Época de semeadura
Regionalização das épocas de semeadura da cultura do trigo
Estados: RS, SC, PR, MS, SP, GO, DF, BA, MG, MT
SEMEADURA
Forma de semeadura
Semeadura em Linhas
Distribuição mais uniforme das sementes
Maior eficiência dos fertilizantes
Menor risco de danos por herbicidas de pré-emergência
Semeadura a Lanço
Pouco recomendada
Trigo de duplo propósito
Gasto de sementes: 20% maior
SEMEADURA
Espaçamento entrelinhas
- 17 cm
- variando de 15 a 20 cm
Profundidade de semeadura
- 2 e 5 cm
Profundidade para semeadura em linhas
Profundidade para semeadura a lanço
SEMEADURA
Profundidade de semeadura
> profundidade dificultam emergência das plantas
profundidade < 2cm
< germinação e emergência em situações de baixa umidade do
solo
acamamento das plantas
SEMEADURA
Figura 4. Efeito da profundidade de semeadura sobre o desenvolvimento
inicial de trigo (Barloy e Bouglé, 1964).
Densidade de semeadura
- 60 a 80 sementes aptas por metro linear
- aproximadamente 300 sementes por metro quadrado
- cultivares de porte alto: 60 sementes por metro linear
Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Ciclo Médio ou Precoces...........300 a 330 sementes viáveis m-2
Semitardias ou Tardias...............250 sementes viáveis m-2
Pastejo.......................................330 a 400 sementes viáveis m-2
Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo
- 60 a 80 sementes aptas por metro linear
- 200 a 400 sementes viáveis por metro quadrado
Variável em função do ciclo, porte, clima e solo
SEMEADURA
Densidade de semeadura
Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal
Trigo de sequeiro.......................................350 a 450 sementes viáveis m-2
Solos de boa fertilidade e sem alumínio....400 sementes viáveis m-2
Trigo irrigado..............................................270 a 350 sementes viáveis m-2
SEMEADURA
Semeadora
Função
• Formar um ambiente de semeadura que possibilite a absorção de água pelas
sementes e as condições de temperatura e disponibilidade de oxigênio
adequadas ao processo de germinação
• A máquina deve garantir uniformidade de distribuição em todas as linhas,
colocar as sementes em profundidade uniforme e cobri-las com uma camada de
terra
SEMEADURA
Semeadora
Tipos
- Semeadoras específicas para grãos miúdos, tipo TD
- Semeadoras múltiplas, que realizam tanto a semeadura de grãos finos
como de grãos graúdos
Sistema de distribuição de sementes em fluxo contínuo
Rotores acanalados helicoidais
SEMEADURA
Velocidade da Semeadora
Importante para estabelecimento do estante adequado de plantas
- 6 a 8 km h-1
- 4 a 6 km h-1 (BIO trigo)
Velocidade menores:
Embuchamento
Maior população de plantas
Velocidade maiores:
Populações de plantas menores
Maiores distâncias entre as plantas
Aumento dos danos mecânicos nas sementes
SEMEADURA
Operação de semeadura
Pontos importantes que devem ser observados durante a operação de semeadura
- Eficiência de corte da palha (embuchamento e paradas)
Grau de afastamento da palha
- Dosagem e posicionamento do fertilizante
Regularidade da dosagem e a variação entre as linhas
- Dosagem e posicionamento da semente
Regularidade da quantidade de sementes viáveis, posição delas
no solo e distribuição ao longo da linha de plantio
- Fechamento e cobertura do sulco
Qualidade de desempenho da roda compactadora pode ser
medida pela constância ou não da presença de sementes descobertas ou sulco
mal fechado
SEMEADURA
Semeadura a lanço
Prática mais atrasada
Sementes podem ser distribuídas manualmente ou mecanicamente
Posterior incorporação (grade/correntão)
Problemas de distribuição das sementes e profundidade de semeadura
SEMEADURA
Por: PIRES, João Leonardo Fernandes
Semeadura de lavouras de trigo a lanço com espaçamento irregular entre plantas no município de São Miguel das Missões, RS.
Unidade: Embrapa Trigo
Data de publicação: 14/08/2013
Nutriente Aproveitamento
(%)Fator (f)
N 50 a 60 2,0
P2O5 20 a 30 3,0 a 5,0
K2O 70 1,5
ADUBAÇÃO = (PLANTA – SOLO) X f
Adubos orgânicos
C Nitrato de Sódio C COMPATÍVEIS( Podem ser misturados)
C C Nitrato de Potássio L COMPATIBILIDADE LIMITADA ( Devem ser
C C C Nitrocálcio misturados pouco antes da aplicação)
C C C C Nitrato de Amônio I INCOMPATÍVEIS (Não podem ser misturados)
C C C C C Sulfato de Amônio
C C C I I C Uréia Obs.:
C C C C C C C Farinha de Ossos
C C C C C C C C Fosfatos Naturais
C C C C C C L C C Superfosfato Simples
C C C C C C L C C C Superfosfato Triplo
C C C C C C C C C C C MAP
C C C C C C C C C L L C DAP
I C L I I I I I I I I I I Escórias
I C L I I I I I I I I I I C Termofosfato
C C C C C C C C C C C C C L L Cloreto de Potássio
C C C C C C C C C C C C C L L C Sulfato de Potássio
C C C C C C C C C C C C C I I C C Sulfato de Potássio e MagnésiioI C L I I I I I I I I I I C C L L I Cal virgem Hidratada e Calcários Calcinados
I C L I I I I I I I I I I C C L L C C Calcários
Dependendo de certas caracterís-
ticas da Uréia , do Nitrato de Amô-
nio e do teor de cloreto de Sódio
ou Cloreto dePotássio, as mistu-
ras desses produtos podem apre-
sentar certo grau de incompati-
bilidade.
Fertilizantes
químicos
N (%) P2O2 (%)
K2O (%)
Uréia 44 - -
Sulfato de amônio 20 - -
Superfosfato simples - 18 -
Superfosfato triplo- 41 -
Cloreto de potássio- - 58
Sulfato de potássio - - 48
Formulação NPK 4-14-84 14 8
Formulação NPK 4-30-164 30 1
Tabela 1. Porcentagem média de nitrogênio (N), fósforo (P2O5) e potássio (K2O) na composição dos principais fertilizantes
químicos utilizados na produção de pimenta.
Cálculo da quantidade de sementes
Gasto de sementes (kg ha-1)
Parâmetros
- Espaçamento da semeadora (cm)Distância entre carrinhos (semeadora)
- População de Plantas/m²Densidade de plantas que serão estabelecidas (população final)
- Peso de Mil Sementes (g)
- Germinação (%)
- Sementes Puras (%)
*Informações na embalagem das sementes
SEMEADURA
Cálculo da quantidade de sementes
SEMEADURA
Tarefa
Calcule a quantidade de sementes (kg) para semear 10 ha de
trigo com espaçamento de 20cm e 80 plantas por m2, utilizando sementes
com 42g de peso de mil sementes, 91% de germinação e 99% de pureza.
Tratamento de Sementes
Prevenção de patógenos veiculados pela semente e presente no solo/restos
culturais
- Podridão comum das raízes (Bipolaris sorokiniana)
- Mancha amarela (Drechslera tritici-repentis (Pyrenophora tritici-repentis) Drechslera siccans)
- Podridão comum da raízes (Fusarium spp.)
- Brusone (Pyricularia grisea (Magnaporthe oryzae))
- Mancha da gluma (Stagonospora nodorum (Phaeosphaeria nodorum))
- Carvão da espiga (Ustilago nuda f. sp. tritici)
SEMEADURA
Tratamento de Sementes
Veículos de Cobertura x Eficácia do Tratamento
SEMEADURA
Cobertura deficiente da superfície da semente de trigo, principalmente na linha de sutura do grão
Tratamento de Sementes
Proteção contra insetos que atacam as sementes e plântulas
Coró-do-trigo (Phyllophaga triticophaga)
Coró-da-soja (P. cuyabana)
Coró-das-pastagens (Diloboderus abderus)
Coró-do-arroz (Euetheola humilis)
Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)
Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda)
Lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax)
Outras
SEMEADURA
Tratamento de Sementes
SEMEADURA
Táticas de controle de corós: vespa parasitóide (a), fungos entomopatogênicos (b) e tratamento de sementes com
inseticida químico (TS) (c). (Fotos: J.R. Salvadori)
Tratamento de Sementes
SEMEADURA
http://celepar07web.pr.gov.br/agrotoxicos/pesquisar.asp
Inseticidas
Gaucho - Imidacloprido
Cropstar - Imidacloprido + Tiodicarbe
Cruiser - Tiametoxam
Futur - Tiodicarbe
Amulet - Fipronil
Belure - Fipronil
Misturas de Inseticida e Fungicida
Tratamento de Sementes
SEMEADURA
Informações Técnicas para Trigo e Triticale - Safra 2014
Inseticidas
Inoculação de Sementes
Primeiras pesquisas - EMBRAPA
• Aumento de 13% a 18% da produtividade quando realiza-se a inoculação das
sementes
Bactéria: Azospirillum brasilense
SEMEADURA
Inoculante:
Comercializado em veículo líquido e turfoso
Estirpes: AbV5 e AbV6
Concentração: 2,0 x 108 células viáveis por ml
Dose: 300ml por hectare
Inoculação de Sementes
Inoculante
Estirpes: AbV5 e AbV6
Concentração: 2,0 x 108 células viáveis por ml
Dose: 300ml por hectare
SEMEADURA
Tabela 1. Efeito da inoculação com estirpes de Azospirillum no rendimento (kgde grãos ha-1) de trigo. Hungria et al. (2010).
SEMEADURA
Tratamentos: C, controle sem inoculação + 20 kg N há -1 na semeadura; C+N, controle sem inoculação + 20 kg N ha-1 na semeadura + 50
kg N ha-1 em cobertura; inoculação com 250 g de inoculante turfoso 50 kg -1 semente (108células g-1) + 20 kg N ha-1na semeadura.
Estatística: Médias de seis repetições e valores seguidos da mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente (p<0,05, Duncan)