União da Alma ao Corpo

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UNIÃO DA ALMA AO CORPO á vimos porque encarnamos e que somos preparados para isso, vamos ver agora exatamente como se dá a reencarnação. Sabemos que para encarnar, é lógico, precisamos do corpo físico e que é o perispírito que une o espírito ao corpo. Esta união dá-se exatamente no momento da concepção, quer dizer, quando o espermatozóide fecunda o óvulo. A partir daí, já existe um espírito ligado àquele aglomerado de células que se desenvolverá, formando o feto. O perispírito, no momento dessa ligação, não possui mais a forma que possuía enquanto o espírito estava na erraticidade. Da mesma maneira que todos os detalhes da encarnação são preparados previamente, a ligação do espírito ao corpo também é preparada. O perispírito passa pelo que chamamos de restringimento, ele sofre uma regressão até a forma fetal. Isso acontece para que o espírito inicie o seu processo de adequação ao novo corpo. De acordo com o grau evolutivo, os espíritos têm maior ou menor consciência durante esse processo, mas, via de regra, esse é um período de bastante perturbação para o espírito, normalmente há perda da consciência e são rapidamente revividos, durante a gestação do feto, os estágios evolutivos por que os espíritos passaram. É uma maneira de reforçar as lições já prendidas, adaptando o espírito e preparando-o para a nova jornada. Daí a necessidade de respeito, atenção e amor para com o feto durante a gestação. Esse é o período de maior vulnerabilidade do espírito, é quando ele precisa de muito carinho para reingressar com possibilidades de sucesso na esfera corporal. Uma gestação não aceita ou excessivamente instável, dificulta demais a adaptação do espírito, que provavelmente carregará as sensações de rejeição e inadaptação por todo o período em que estiver encarnado. Agredir uma criança, criticá-la ou desestimulá-la quando do início das aulas, fará certamente com que ela tenha um baixo desempenho escolar, da mesma maneira funciona a gestação. Sabe-se que a ligação com o corpo material que se iniciou no momento da concepção é progressiva, ocorre uma união mais estreita após o nascimento e a ligação só se completa definitivamente por volta dos 7 anos de idade. Seria ainda conveniente analisarmos algumas outras questões ligadas ao tema da união da alma ao corpo. Que dizer das gestações que não se concluem? Qual a causa e onde está a justiça divina no que diz respeito aos abortos espontâneos? Como dissemos no início, compreender a vida como um exercício de aprendizado possibilita a compreensão de muitas coisas. Cada encarnação obedece às circunstâncias que lhe são mais adequadas e obviamente tem a duração apropriada a cada caso. Se dissermos que o espírito se liga ao corpo desde o momento da fecundação, por mais curta que a encarnação pareça aos nossos olhos, é sempre o tempo exato de que o espírito necessita para aprender a lição a que se propôs. E, como as nossas lições pessoais são proveitosas J

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UNIÃO DA ALMA AO CORPO

á vimos porque encarnamos e que somos preparados para isso, vamos ver agora exatamente como se dá a reencarnação. Sabemos que para encarnar, é lógico, precisamos do corpo físico e que é o

perispírito que une o espírito ao corpo. Esta união dá-se exatamente no momento da concepção, quer dizer, quando o espermatozóide fecunda o óvulo. A partir daí, já existe um espírito ligado àquele aglomerado de células que se desenvolverá, formando o feto. O perispírito, no momento dessa ligação, não possui mais a forma que possuía enquanto o espírito estava na erraticidade. Da mesma maneira que todos os detalhes da encarnação são preparados previamente, a ligação do espírito ao corpo também é preparada. O perispírito passa pelo que chamamos de restringimento, ele sofre uma regressão até a forma fetal. Isso acontece para que o espírito inicie o seu processo de adequação ao novo corpo. De acordo com o grau evolutivo, os espíritos têm maior ou menor consciência durante esse processo, mas, via de regra, esse é um período de bastante perturbação para o espírito, normalmente há perda da consciência e são rapidamente revividos, durante a gestação do feto, os estágios evolutivos por que os espíritos passaram. É uma maneira de reforçar as lições já prendidas, adaptando o espírito e preparando-o para a nova jornada. Daí a necessidade de respeito, atenção e amor para com o feto durante a gestação. Esse é o período de maior vulnerabilidade do espírito, é quando ele precisa de muito carinho para reingressar com possibilidades de sucesso na esfera corporal. Uma gestação não aceita ou excessivamente instável, dificulta demais a adaptação do espírito, que provavelmente carregará as sensações de rejeição e inadaptação por todo o período em que estiver encarnado. Agredir uma criança, criticá-la ou desestimulá-la quando do início das aulas, fará certamente com que ela tenha um baixo desempenho escolar, da mesma maneira funciona a gestação. Sabe-se que a ligação com o corpo material que se iniciou no momento da concepção é progressiva, ocorre uma união mais estreita após o nascimento e a ligação só se completa definitivamente por volta dos 7 anos de idade. Seria ainda conveniente analisarmos algumas outras questões ligadas ao tema da união da alma ao corpo. Que dizer das gestações que não se concluem? Qual a causa e onde está a justiça divina no que diz respeito aos abortos espontâneos? Como dissemos no início, compreender a vida como um exercício de aprendizado possibilita a compreensão de muitas coisas. Cada encarnação obedece às circunstâncias que lhe são mais adequadas e obviamente tem a duração apropriada a cada caso. Se dissermos que o espírito se liga ao corpo desde o momento da fecundação, por mais curta que a encarnação pareça aos nossos olhos, é sempre o tempo exato de que o espírito necessita para aprender a lição a que se propôs. E, como as nossas lições pessoais são proveitosas

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também àqueles que se ligam a nós, os abortos naturais são preciosas lições pelas quais os pais também precisavam passar. Caso a necessidade de aprendizado seja apenas dos pais, é possível a concepção de um corpo sem um espírito ligado a ele. Nesses casos, logicamente, quando do nascimento, o corpo não sobrevive; uma vez que não há uma alma a animá-lo, ter-se-á um natimorto. Há de se considerar ainda outro caso. É possível que um espírito, temeroso das dificuldades que o aguardam, desista da encarnação durante o período de gestação, ocorrendo assim seu desligamento e consequentemente a morte do feto. Nesse caso, em que não houve um planejamento prévio para a morte fetal, normalmente o espírito aguarda por mais algum tempo na erraticidade, preparando-se melhor para a nova jornada, sem que, no entanto, possa esquivar-se dela.

FONTE: SITE CONSCIENCIA ESPIRITA