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NDICECAPTULOS PGINAS5 5 5 6 9 9 12 16 17 17 18 20 22 22 23 27 27 28 30

1. MAGNETISMO Sntese histrica ............................... 1.1 - Magnetismo mineral .............................................. 1.2 - Magnetismo animal ............................................... 1.3 - Outros estados de conscincia ............................. 2. TEORIAS CIENTFICAS E LEIS DOS FLUIDOS ......... 2.1 - Consideraes gerais .......................................... 2.2 - Allan Kardec e a teoria do energismo e da unidade essencial do universo .............................. 2.3 - Qualidade dos fluidos ............................................ 3. O PERISPRITO ............................................................ 3. 1 - Introduo .......................................................... 3. 2 - Constituio ntima do perisprito e suas Conseqncias ................................................. 3. 3 - Propriedades do perisprito ................................ 4. CENTROS DE FORA ................................................ 4. 1 - Introduo .......................................................... 4. 2 - Descrio dos centros de fora .......................... 4. 3 - Tratamento por atuao nos centros de fora .... 4. 4 - Centros de fora aps a morte ........................... 5. DUPLO ETRICO ........................................................ 6. CORDO FLUDICO ....................................................

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7. A AURA ........................................................................ 8. FLUDICOS PERISPIRTICOS .....................................

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9. MAGNETISMO ANIMAL E MAGNETISMO ESPIRITUAL . 41 10. O MDIUM PASSISTA ................................................ 10. 1 - Estudo .............................................................. 10. 2 - Iniciao e compromisso .................................. 10. 3 - Equilbrio da emoo ........................................ 10. 4 - Excesso de alimentao ................................... 10. 5 - Alcoolofilia, tabagismo, outras substncias txicas 10. 6 - Estupefacientes ................................................ 10. 7 - Recomendaes finais ..................................... 11. TCNICA DE APLICAO DO PASSE ...................... 11. 1 - Resumo histrico .............................................. 11. 2 - Condies essenciais ....................................... 11. 3 - Bases doutrinrias para aplicao do passe .... 11. 4 - Como aplicar o passe ....................................... 11. 5 - A mecnica da aplicao .................................. 11. 6 - Passe longitudinal ............................................ 11. 7 - Passes circulares ou rotatrios.......................... 11. 8 - Magnetizao por simples imposio das mos.. 11. 9 - gua fluidificada ............................................... 11.10-Autopasse ......................................................... 11.11-Passe distncia .............................................. 12. MECANISMO DO PASSE ........................................... 12. 1 - A mente comanda o organismo ........................ 12. 2 - Magnetismo da estrutura fisiopsquica .............. 12. 3 - Diferena de resultado ...................................... 12. 4 - O passista.......................................................... 12. 5 - O paciente......................................................... 44 45 46 48 49 50 51 52 52 52 55 59 62 65 67 76 77 78 80 81 85 85 86 87 88 91

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13. SERVIO DE PASSE ................................................. 13. 1 - Harmonizao do grupo ................................... 13. 2 - Assiduidade ...................................................... 13. 3 - Pontualidade .................................................... 13. 4 - Rudos perturbadores ....................................... 13. 5 - Excesso de perfume ......................................... 13. 6 - Mediunizao (incorporao) no mdium ......... 13. 7 - Passe a domiclio ............................................. 13. 8 - Mediunizao (incorporao) no paciente......... 13. 9 - Luminosidade do recinto ................................... 13.10 -Local para aplicao do passe ......................... 13.11 -Passe todos os dias sem necessidade real ...... 13.12 -O passe nas reunies medinicas .................... 13.13 -Instrues finais ................................................

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1 - MAGNETISMOSntese Histrica 1.1 - Magnetismo MineralNa rea material, as primeiras notcias a respeito do magnetismo referem-se ao magnetismo mineral. Foi Tales de Mileto (624 a 584 AC) quem primeiramente registrou a respeito do conhecimento que se tinha na poca da existncia de um mineral, o magnetita, (xido de ferro) que continha a propriedade de atrair pequenas partculas de ferro. A palavra "magnetismo" originou-se daquela pedra que era abundante na regio da Magnsia, na Tesslia. Nos tempos romanos, o magnetismo mineral era tambm conhecido, a ele se referindo Lucrcio Carus, na sua obra "De Rerum Natura". Por volta do ano 1 050 de nossa Era, temos notcia do magnetismo na utilizao de agulhas magnticas, conforme menciona Shen Kua, um matemtico e inventor chins. A partir de 1100 D.C, escritores do informaes objetivas do emprego dessas agulhas na navegao (bssola). At aqui, no entanto, as referncias apenas dizem respeito ao conhecimento e uso do magnetismo mineral.

1.2 - Magnetismo AnimalEmbora Paracelso e Van Helmont tenham elaborado alguns conceitos, devemos realmente ao mdico austraco Franz Anton Mesmer (1779) as bases objetivas do desenvolvimento do magnetismo animal. Alargando a teoria dos fluidos de Paracelso, que admitia que esses fluidos circulavam por toda parte, pelos astros e corpos celestes, bem como pelos seres vivos, nestes constituindo o magnetismo animal, de propriedades significativas, com efeitos marcantes na sade humana.

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Desenvolveu a teoria dos princpios da Matria e do Movimento, afirmando que o princpio vital faz parte do movimento do fluido universal. A doena seria a deficincia desse fluido, por perturbao no seu movimento, podendo ser recomposta a harmonia atravs da utilizao do magnetismo animal. Teria, inclusive, capacidade de ativar os tecidos enfermos restaurando o equilbrio orgnico. Esse fluido animalizado circula abundantemente ao longo das redes nervosas, exteriorizando-se por radiaes de energia, sobretudo pelo olhar e atravs dos dedos das mos. A vontade aumenta a irradiao dessa energia. No fenmeno exclusivo do ser humano, pois se encontra em todos os seres vivos. A jibia, por exemplo, imobiliza certos animais com que se alimenta, o mesmo fazendo outras cobras que igualmente com o olhar paralisam algumas aves de pequeno porte. Anteriormente a essa concluso, Mesmer j fizera algumas experincias, utilizando ims (magnetismo mineral) no tratamento de muitas enfermidades. Levando prtica sua teoria, curou vrias pessoas, tanto em Viena como em Paris, sendo vtima de vigorosa reao de alguns profissionais da medicina, provocando a interveno da Academia Mdica que o acusou de charlato. A teoria de Mesmer tomou o nome de Mesmerismo, despertando interesse de alguns pesquisadores, pelo que conseguiu muitos adeptos.

1.3 - Outros Estados de ConscinciaEm 1787, o Marqus de Puysgur quando magnetizava um campons, jovem de 18 anos, chamado Vitor Race, que se encontrava enfermo, surpreendeu-se ao v-Io adormecer num tipo de sono profundo, em perfeito grau de sonambulismo, estado em que se apresentou dotado de notvel clarividncia, sendo capaz de identificar o rgo que se encontrasse doente e sugerir, inclusive, a medicao recomendvel para o caso.

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Nasce a o perodo do sonambulismo, da sugesto mental, da viso distncia atravs de corpos opacos. A descoberta de outro estado de conscincia impressionou muitos daqueles que se interessavam pelo psiquismo humano, surgindo novos horizontes no tratamento das doenas nervosas e mentais. A partir de ento, temos o surgimento de magnetizadores de renome, como Deleuse, Bruno, Baro de Potet, Charles Lafontaine, Jos Custdio de Farias, etc. Alguns mdicos tambm se interessaram pelo assunto, entre eles o cirurgio ingls James Braid (1841) que, depois de se impressionar com os trabalhos de Lafontaine, realizou vrias experincias em que obteve sono provocado, produzindo, inclusive, estados de catalepsia e letargia. Para esses fatos que ampliaram o magnetismo a outra dimenso, cunhou Braid os termos "hipnotismo" e "hipnose" (neologismos). Foi atravs desses nomes que o magnetismo passou a ser tolerado pela medicina oficial. Seguiu-se uma srie de experincias notveis. Cirurgias so realizadas utilizando-se o hipnotismo, como no caso do mdico ingls James Esdaile, que operou na ndia 260 pessoas sem que sentissem dor. Em 1887, Charcot, faz vrias conferncias em Paris e funda a clnica de Salptriere, utilizando o hipnotismo no tratamento das histricas. O mtodo hipntico abriu a cortina que ocultava importantes realidades profundas, como a de que muitas neuroses no eram produto das limitaes ou deficincias dos tecidos orgnicos, isto , causa fsica, mas tinham a sua origem na mente, concluso a que chegou Charcot atravs de seus experimentos com a hipnose. Caracterizou-se da o conceito de que muitos sintomas fsicos podem ser meros reflexos da mente humana, sob a forma de somatizao. E mais, definiu-se a teoria de outro estado de conscincia, arquivadora das experincias vividas e no lembradas, de outra "memria" subterrnea, com grande efeito no campo das

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emoes, a que a psicologia dos fins do Sc. XlX e incio do Sc. XX deu o nome de "Subconsciente". Contribuiu sobremaneira para o surgimento da teoria da "Catharsis" (Breuer) e da psicanlise, uma vez que Freud se interessou pelas experincias de Charcot, tornando-se seu discpulo, dele obtendo excelentes subsdios para a elaborao de sua revolucionria teoria que provocou sbita mutao nos conceitos da psicologia. Consolida-se, ento, a vitria do magnetismo, plenamente utilizado nas clnicas, atravs da hipnose. At aqui, vimos o conhecimento e emprego do magnetismo mineral e animal, no nos esquecendo, no entanto, que muitos dos pesquisadores desta rea foram, na realidade, precursores do advento do Espiritismo. Com Allan Kardec, temos notcias de energias, fluidos de outra dimenso, mais significativos que o fluido animalizado, com relevantes efeitos sobre a sade fsica e, sobretudo, mental das criaturas. Entramos na fase do magnetismo espiritual que ser objeto de estudo nos captulos seguintes.

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2 - TEORIAS CIENTFICAS E LEIS DOS FLUIDOS2.1 - Consideraes Gerais:Allan Kardec, na obra, O Livro dos Mdiuns, esclarecenos que os fenmenos medinicos se comportam de modo similar aos fenmenos magnticos e eltricos. Realmente, na rea da mediunidade vamos lidar com teorias relativas energia, ondas, corpsculos de foras, campos indutivos, etc. Razo porque os Espritos Benfeitores ordinariamente recorrem a ilustraes pertinentes, utilizando terminologia da cincia contempornea, como o caso da obra "Mecanismo da Mediunidade", de Andr Luiz, Por isso, vamos a seguir apresentar uma sntese das teorias relativas nossa cultura cientifica, para melhor compreender a lei dos fluidos e da mecnica da magnetizao comum e espiritual. Antes mesmo do ano de 1700 da nossa Era, j se sabia que o som representa um movimento ondulatrio do ar, isto , provocando-se uma agitao do ar, geramos ondas proporcionais natureza da excitao. Ao tocar um sino, por exemplo, agita-se o ar circundante, cujas vibraes produzem uma energia vibratria. Quando Huygens publicou o seu livro "Tratado de Luz", em 1690, ele lanou ao mundo a teoria ondulatria da luz, comparando-a com o processo do som, afirmando ser a luz uma modalidade de energia ondulatria. Ora, para ocorrer a ondulao, pressupe-se a existncia de um meio que propicie sua propagao. Deu ele a esse meio o nome de "ter". Alguns anos depois, Isaac Newton procurou negar a teoria de Huygens, argumentando que a luz representa um movimento corpuscular, comparando-a a flechas minsculas arremessadas pela fonte de origem (fogo, estrela, sol, etc.). Sua tese se tornou conhecida como teoria corpuscular da luz.

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As 2 teorias foram objeto de discusses calorosas por muitos anos, entrando em cena respeitveis cientistas como Thomas Young, Augustin-Jean Fresnel, Michael Faraday, etc. Em 1869, Maxwell lana a teoria eletromagntica da luz afirmando que as ondulaes luminosas tinham sua origem em um campo magntico associado a um campo eltrico, estabelecendo a correlao entre a eletricidade e a luz. No incio sculo XX, temos a participao de Einstein que, ao elaborar sua teoria da relatividade, opinou pela presena de peso especfico na luz, concluindo, portanto, pela existncia de massa e de grnulos luminosos ou "ftons". Esta concluso vinha robustecer a tese de Newton, isto , da teoria corpuscular da luz. Entretanto, eis que um fsico da Frana surge no campo da polemica secular. Foi Luiz De Broglie que, depois de vrias experincias, concluiu que cada partcula est acompanhada pela onda que a conduz. Houve reaes por parte de alguns homens de cincia que argumentavam que tal teoria estava incompatvel com o fenmeno da difrao. Alguns anos depois, eis que alguns cientistas dos Estados Unidos fizeram uma experincia projetando um jato de eltrons sobre um cristal de nquel, obtendo a aludida difrao, consolidando a teoria de Broglie. Desde a, sem eliminar a outra, "a mecnica ondulatria" instalou-se na cincia em definitivo. Num meio to pequeno e limitado como o em que vivemos, temos exemplos vulgares da mecnica ondulatria. Se acendermos uma lmpada, geramos ondas luminosas, se um aquecedor, ondas calorficas, se um rdio ou televiso, ondas eltricas ou hertzianas. Isso no se limita a Terra, h em todo o universo um gigantesco reino de oscilaes. O mundo material como que desaparece, dando lugar a vasto tecido de corpsculos em movimento, arrastando turbilhes de ondas em freqncias inumerveis, cruzando-se em todas as direes, sem se misturarem. At no fenmeno da telementao, h os que admitem a existncia de ondas

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mentais, uma vez que, os efeitos da transmisso teleptica, testados nas mais variadas circunstancias, s podem ser explicados pela tica ondulatria. A cincia contempornea que conseguiu atingir a faanha da alta tecnologia, j compreende que a matria simples vestimenta de foras; que h uma gama de ondas e feixes corpusculares (ftons); que o tomo um remoinho de foras positivas e negativas, cuja potncia varia de acordo com as partculas de fora em torno do ncleo (eltron); que a cognominada materia tangvel (massa) energia condensada, podendo transformar-se novamente em mera energia. Morre o materialismo, surge o energismo. Contudo, eis que continua a grande incgnita que tanto preocupou Huygens: Qual o meio sutil em que os sistemas atmicos oscilam? Pouco tempo atrs, denominava-se a esse terreno indefinvel, de ter. Einstein, no entanto, quando calculou as propriedades indispensveis para a transmisso de ondas de bilhes de oscilaes, velocidade de 300.000 Km/s no conseguiu acomodar as necessrias grandezas matemticas numa frmula e props substituir o conceito de ter por campo. A partir da, os cientistas passaram a nomear o espao dominado pela influencia de uma partcula de massa como campo. Contudo, o conceito de campo resolveu provisoriamente o problema da fsica, mas no resolveu o problema do universo (expresso de um professor de fsica). Andr Luiz, por sua vez, na obra Mecanismo da Mediunidade, cap. III, comenta que: A proposio de Einstein no resolveu o problema, porque a indagao quanto matria de base para o campo continua desafiando o raciocnio, motivo pelo qual escrevendo da esfera extrafsica, na tentativa de analisar o fenmeno da transmisso medinica, definiremos o meio sutil em que o

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universo se equilibra como sendo o Fluido Csmico ou Hlito Divino, a fora para ns inabordvel que sustenta a criao.

2.2 - AlIan Kardec e a Teoria do Energismo e da Unidade Essencial do Universo:Desde o sculo XIX, no entanto, exatamente a partir de 1857, Allan Kardec j basicamente equacionara o problema acima referido, definindo a teoria da unidade essencial da natureza e do energismo universal, antecipando-se fsica moderna na afirmao dos estados diferentes da matria, sendo a nomeada "massa" dos cientistas nada mais nada menos que a extrema "condensao" da energia de base do universo, podendo esta, inclusive, volver forma de pura energia. O Codificador, reportando-se constituio ntima da matria antecipadamente nos esclareceu que "a matria tangvel talvez seja apenas compacta em relao aos nossos sentidos pois com facilidade a atravessa as energias (fluidos) emanadas pelos desencarnados". E acrescenta: "Tendo por elemento primitivo o fluido csmico etreo, matria tangvel h de ser possvel, desagregando-se, voltar ao estado de eterizao, do mesmo modo que o diamante, o mais duro dos corpos, pode volatizarse em gs impalpvel". Na realidade, diz Kardec, A solidificao da matria no mais do que um estado transitrio do fluido csmico universal, que pode volver ao seu estado primitivo, quando deixou de existir as condies de coeso. (A Gnese Cap. XIV). Assim, a partir de 1.857, a Codificao j nomeara de "fluido csmico" a matria de base do campo, bem como o meio sutil de propagao das ondulaes em que o universo se equilibra. O fluido csmico seria, pois, a "matria elementar primitiva cujas modificaes e transformaes constituem a

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inumervel variedade de corpos da natureza", representando o estado mais simples e primrio das energias constitutivas do universo. Da podermos caracterizar 2 plos extremos energticos no cosmo: o original, de base, em sua pureza primitiva e o de condensao densa ou ponderabilidade, tangvel aos nossos sentidos normais, mesmo considerando o auxlio adicional de instrumentos. Entre esses 2 extremos, h uma gama enorme de vrias "condensaes" graduais. Essas modificaes resultantes dos variados graus de "condensao" vm a constituir fluidos distintos, variados em gneros e muito numerosos que, no obstante originrios do mesmo princpio sos dotados de propriedades especiais que possibilitam a multiplicidade de fenmenos peculiares ao campo psquico e espiritual. Os fenmenos mais adjacentes ao mundo material propriamente dito, isto , suscetveis percepo humana, so chamados de fenmenos materiais, objeto da cincia do mundo; os relacionados com os fenmenos espirituais ou psquicos mais avanados, so atribuies do Espiritismo. A faixa energtica donde os Espritos tiram o material sobre os quais operam foi designado por Allan Kardec, como fluidos espirituais, ou seja, os fluidos utilizados pelos Espritos, constituindo a atmosfera dos seres espirituais. Mas o Codificador faz uma advertncia, na obra A Gnese , cap. XIV, item 5, a fim de evitar confuso ou desentendimentos: No rigorosamente exata a qualificao de fluidos espirituais, pois que, em definitivo eles so sempre matria mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual s a alma ou princpio inteligente. D-se-lhes essa denominao por comparao apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espritos. Pode-se dizer

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que so a matria do mundo espiritual, razo por que so chamados "fluidos espirituais. muito importante compreender bem a teoria dos fluidos, pois na magnetizao por passes vamos basicamente lidar com eles sob os efeitos de suas leis. A atuao sobre os fluidos espirituais atravs do pensamento. A maioria dos desencarnados estranham muito o novo plano onde se situam, pois ali, no tem efeito a manipulao das coisas e das energias, pela utilizao das mos, chegando eles concluso, depois de muitas surpresas e decepes, que ali s funcionam o pensamento e a vontade. S pelo uso da mente que eles podem mover, dispersar, dar forma, colorao, propriedades aos elementos daquela dimenso de vida. E, conforme diz Kardec, ... a grande oficina do mundo espiritual. Algumas vezes, essas transformaes resultam de uma inteno; doutras so produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Esprito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ria, para que esta repercuta na atmosfera. Se um Esprito, para melhor se identificar, deseja tornarse visvel a um vidente sob a aparncia que tivera na ltima encarnao, apresenta-se com o vesturio ou sinais exteriores que tinha quando encarnado. Se, por exemplo, quer se apresentar com uma cicatriz no rosto e com a pele escura, retrocede firme o pensamento poca em que tinha aquela marca na face e a tez enegrecida, e o perisprito toma logo exteriormente essa aparncia, conforme a encarnao mentalmente evocada. Pelo mesmo processo, o pensamento cria fluidicamente os objetos que o Esprito habitualmente usava quando encarnado. comum o desencarnado apresentar-se ao vidente em certo traje caracterstico (militar ou campons, por exemplo), portando jias, armas, culos ou objetos outros. Claro que no

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se trata daqueles mesmos objetos materiais que usara quando vivo, s vezes em poder de familiares ou no museu. Ele os cria pelo pensamento. Para o Esprito, cujo perisprito fludico, "esses objetos so to reais como o eram no estado material para o homem vivo..." (Livro A Gnese cap. XIV) E mais: Sendo os fluidos o veculo do pensamento, este atua sobre eles como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som. Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que h, nesses fluidos, ondas, e raios de pensamentos que se cruzam sem se confundirem, como h no ar ondas e raios sonoros. (Livro A Gnese, cap. XIV item 15) Por outro lado, devemos considerar que, criando imagens fludicas, o pensamento se reflete no perisprito; os mais ntimos pensamentos e sentimentos ficam ali registrados; eis a razo por que muitos Espritos tm a capacidade de ler em outros sua situao psquica; portanto, seus desejos, suas preocupaes, projetos e interesses, sejam eles bons ou perversos. Por outro lado, muito importante considerar que essa ao do pensamento sobre os fluidos no se limita apenas no que diz respeito aos desencarnados; a mecnica a mesma para os Espritos encarnados. Diz o Codificador que "o pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como a dos desencarnados, e se transmite de Esprito a Esprito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientais".

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2.3 - Qualidade dos FluidosO pensamento d ou modifica as propriedades dos fluidos. Assim que "os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletrios corrompem o ar respirvel" ao passo que os bons pensamentos imprimem nos fluidos propriedades superiores. As propriedades boas ou ms dos fluidos, portanto, so diretamente proporcionais qualidade do pensamento. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de dio, de inveja, de cime... ou de bondade, amor, doura, etc.. Sob o ponto de vista fsico, so excitantes, calmantes, penetrantes, irritantes, dulcificantes, suporficos, narcticos, txicos, reparadores, etc. O quadro de fluidos seria, pois, o de todas as paixes, das virtudes e dos vcios da humanidade e das propriedades da matria, correspondentes aos efeitos que eles produzem. (Livro A Gnese cap. XIV, item 17) . Da se poder imaginar a impropriedade de no se esforar em trabalhar o mundo ntimo antes e durante a prtica magntica; evitar, por exemplo, entregar- se ao sono, agitao, irritabilidade, ansiedade, relaxamento mrbido, etc. durante a reunio doutrinria que geralmente antecede ao servio de passe, o que consequentemente dar ao fluido pessoal propriedades negativas, respectivamente suporficas, excitantes, ansiosas, depressivas, etc. Contrariamente a isso, ligar-se ao tema da palestra, desligar-se dos problemas do dia a dia, manter-se sereno e confiante, orar e, sobretudo, conscientizar-se de que a doao magntica um ato de amor a aliviar dores e reerguer esperanas, exercitando a mente e o corao a sentir prazer nesta doao ao invs de encarar como mero cumprimento de dever.

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3 - O PERISPRITO3.1 - IntroduoO Esprito acha-se revestido de um envoltrio fludico ao qual Allan Kardec chamou de perisprito e que o acompanha na encarnao, funcionando como um lao de unio entre o ser inteligente e o envoltrio carnal. o rgo de transmisso de todas as sensaes. Relativamente s que vm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impresso; o perisprito a transmite e o Esprito, que o ser sensvel e inteligente, a recebe. Quando o ato de iniciativa do Esprito, pode dizer-se que o Esprito quer, o perisprito transmite e o corpo executa. (Livro Obras Pstumas, Manifestaes dos Espritos, item 10). O apstolo Paulo a ele se refere como "corpo espiritual". Diz-nos a Revista Esprita que todas as teogonias atribuem aos seres do mundo invisvel um corpo espiritual. O homem encarnado , pois, um ser trplice: Esprito, Perisprito e Corpo. Quando desencarna, perde apenas o corpo bruto, o fsico. O outro corpo, o fludico, acompanha-o passando a constituir-se um ser duplo. A morte s existe para o envoltrio fsico, que destrudo abandonado pelo Esprito, como faz a borboleta com a crislida. Da que os Espritos ainda demasiadamente condicionados e fortemente ligados s coisas do mundo se confundem ao desencarnar, julgando-se vivos, pois sentem possuir um corpo, embora fludico, mas que para eles tido como se fosse o normal que eles usavam no mundo, sobretudo se o perisprito se encontra muito adensado, naturalmente diretamente proporcional sua condio espiritual. O perisprito ou corpo fludico dos Espritos desempenha um grande papel na magnetizao, tendo, inclusive, importante papel em todos os fenmenos psicolgicos e, at

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certo ponto, nos fenmenos fisiolgicos e patolgicos. Diz-nos Allan Kardec que: quando as cincias mdicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, tero dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhe patentearo; as causas de muitas molstias sero a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combat-Ias. (Livro Obras Pstumas)

3.2 - Constituio ntima do Perisprito e suas ConsequnciasO perisprito um dos produtos mais significativos do fluido csmico; uma condensao individualizada desse fluido em torno de um foco de inteligncia ou alma. O corpo perispiritual e o corpo fsico tm consequentemente sua origem na mesma substncia elementar primitiva, isto , o fluido csmico universal. Os elementos que constituem o perisprito variam de acordo com os mundos, pois os Espritos compem seu corpo fludico de conformidade com os fluidos ambientais retirados do lugar onde eles se encontram. Ora, as camadas dos fluidos espirituais que envolvem a Terra so diferenciadas, assim como em nossa atmosfera h camadas tambm diferenciadas, isto , superiores, medianas e inferiores. Conforme seja mais ou menos depurado o Esprito, seu perisprito se formar das partes mais puras ou mais grosseiras do fluido peculiar do mundo onde ele se encarna . Eis que a natureza do corpo fludico corresponde ao grau de adiantamento moral do Esprito. Os Espritos atrasados no podem modific-lo a seu bel-prazer. H Espritos cujo perisprito to grosseiro que como dissemos acima, confunde com o corpo carnal, motivo por que eles se acreditam vivos aps o processo da desencarnao, julgandose ainda afeitos s coisas que estavam acostumados a fazer;

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outros, no entanto, mesmo relativamente materializados, no o so bastante de modo a elevar-se acima das regies terrestres. Resumindo: A constituio ntima do perisprito no idntica em todos os Espritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espao circundante. (Livro A Gnese) Tambm devemos considerar que o envoltrio fludico dos Espritos se modifica com o progresso moral adquirido em cada encarnao. Os Espritos mais evoludos encarnando-se em mundos inferiores, em misso, por exemplo, possuem um perisprito menos grosseiro que os habitantes naturais daquele mundo. Ora, da mesma forma que os peixes no podem viver no ar que os animais terrestres no podem viver numa atmosfera demais rarefeita para seus pulmes, os Espritos inferiores no podem suportar o brilho e a impresso dos fluidos mais eterizados. Eles no morrem ali, pois Esprito no morre, mas uma fora instintiva os mantm afastados, como nos afastamos de um fogo muito ardente ou de uma luz muito brilhante. (A Gnese, cap. XIV item 11) Ademais, oportuno esclarecer que a posio mental determina o "peso" especfico do perisprito. Consequentemente, "eterizamos" ou "massificamos" nosso corpo espiritual de conformidade com a espcie de pensamentos e sentimentos que acalentamos. Quanto mais vivermos em sintonia com a natureza animal, sobretudo se aferrados a paixes e viciaes, mais adensado ser nosso perisprito, cujo "peso" especfico nos atrela a correntes fludicas mais baixas do planeta, por movimentar nossa mente energias fludicas das camadas mais inferiores da Terra. Por isso que, aps a desencarnao, essas criaturas ficam

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atreladas crosta terrestre, quando no se internam nas regies umbralinas ou nas "trevas", embora, conforme o caso, a possa entrar em jogo outras circunstncias. Alm de outros fatores que veremos adiante, o adensamento do perisprito uma das razes da menor absoro, por parte do paciente, dos fluidos emitidos pelo passista durante a aplicao magntica, pelo teor de maior resistncia que oferece transmisso fludica.

3.3 - Propriedades do PerispritoDevemos considerar, por outro lado, que o perisprito no fica encerrado dentro ou nos limites do corpo; no tem a rigidez do corpo fsico; por ser fludico, ele tem vrias propriedades especficas como absoro, penetrabilidade, irradiao, plasticidade e expansibilidade, e justamente devido a essa ltima propriedade que ele se dilata e expande muito alm dos limites do corpo, formando uma espcie de "atmosfera fludica". Eis a razo por que entre 2 pessoas podem suas "atmosferas fludicas" se expandir (sem entrar em contato corporal) contactando perisprito com perisprito e trocar impresses. Nisso se baseia a influenciao psquica de indivduo a indivduo, tanto entre encarnados e desencarnados entre si, como reciprocamente entre uns e outros. Eis a o fundamento do mecanismo das comunicaes medinicas. Analisando mais detidamente a dilatao perispirtica como princpio bsico do mecanismo das manifestaes, devemos lembrar que estas se produzem pelo resultado da combinao dos fluidos que, por expanso, emitem o mdium e o Esprito. Por meio da "combinao dos fluidos perispirticos, o Esprito se identifica, por assim dizer, com a pessoa que ele deseja influenciar, no s lhe transmite o pensamento, como tambm chega a exercer sobre ela uma influenciao fsica, faz-Ia agir ou falar". (Livro Obras Pstumas)

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A combinao fludica est diretamente proporcional ao grau de afinidade existente entre o fluido emitido pelo Esprito e pelo mdium. "Alguns h que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem, donde se segue que no basta ser mdium para que uma pessoa se comunique com todos os Espritos". No h, pois, mdiuns universais de modo a se comunicar qualquer tipo de Esprito e/ou produzir todos os fenmenos medinicos. Por melhor que o mdium seja dotado, a assimilao fludica pode ser difcil ou impossvel entre ele e determinado Esprito em vista da dificuldade de se combinarem seus fluidos perispirticos. Da que pode um bom mdium, com significativa versatilidade, estar junto com outro mdium no bem dotado e o Esprito s conseguir se comunicar atravs do segundo, pela razo de a combinao fludica s ter sido possvel com ele. No se recomenda, pois, determinar o mdium atravs do qual a Entidade deva se manifestar, sendo conveniente respeitar o princpio de espontaneidade, isto , deixar que o fenmeno ocorra naturalmente, seja por que mdium for. No que diz respeito plasticidade, devemos ter em conta que muitos Espritos, por efeito de concentrao mental, modificam sua aparncia, algumas vezes para se fazer reconhecido ao vidente, outras vezes para assust-Io atravs de apresentaes monstruosas. Finalmente, referimo-nos penetrabilidade. devido a essa propriedade que o perisprito atravessa todos os materiais; nenhum objeto se lhe ope obstculo, no havendo tapagem capaz de lhe impedir a entrada. assim que os Espritos entram nas fortalezas mais poderosas, transpondo paredes ou qualquer outro obstculo. Da que, na magnetizao, em que atuam fluidos perispirticos, estes atravessam qualquer material fsico. Eis porque desnecessrio destampar as garrafas (ou qualquer outro recipiente) quando estes so colocados nas salas ou cmaras de passe para ser fluidificada, prtica que ainda encontramos em alguns lugares.

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4- CENTROS DE FORAS4.1 - IntroduoDiz-nos Allan Kardec que pela unio ntima com o corpo, o perisprito desempenha preponderante papel no organismo e Andr Luiz nos adverte que preciso considerar, antes de tudo, que o corpo espiritual no reflexo do corpo fsico, porque, na realidade, o corpo fsico que o reflete. Portanto, precisamos, em primeiro lugar, conhecer o perisprito para melhor compreender o mecanismo de funcionamento do corpo fisiolgico, diz-nos, ainda aquele Esprito: Da mente clareada pela razo, sede dos princpios superiores que governam a individualidade, partem as foras que asseguram o equilbrio orgnico por intermdio de raios ainda inabordveis perquirio humana raios esses que vitalizam os centros perispirticos .. Que "Centros" so esses localizados em nosso corpo espiritual? So centros energticos, vrtices de foras, equivalentes, na terminologia eltrica, a capacitores, dos quais flui a energia que vitaliza e equilibra as funes diversas tanto no corpo espiritual como no corpo fsico. Clarncio, o instrutor de Andr Luiz, diz-nos que nosso perisprito ou psicossoma "est intimamente regido por 7 Centros de Fora, que se conjugam nas ramificaes dos plexos e que esto em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente (...), que podemos definir como sendo um campo eletromagntico, no qual o pensamento vibra em circuito fechado". E acrescenta: "Nossa posio mental determina o peso especfico de nosso envoltrio espiritual e, consequentemente, o "habitat" que lhe compete mero problema de padro vibratrio". (Livro Entre a Terra e o Cu Cap XX Conflitos da Alma).

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4.2 - Descrio dos Centros de ForaAlgumas escolas espiritualistas chamam de "CHAKRAS" a esses Centros de Fora, os quais so 7, segundo Andr Luiz, conforme mencionamos abaixo:

Centro CoronrioLocaliza-se no alto da cabea, na regio central do crebro; considerado pela filosofia indiana como sendo o ltus de "mil ptalas", por ser o mais significativo em razo de seu alto potencial de radiaes; "carro-chefe", dele parte os impulsos que so direcionados aos demais Centros de Fora, reflexos vivos de nossos sentimentos, idias e aes, da mesma forma como esses outros departamentos, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos rgos de nossa constituio fsica, plasmando em ns prprios os efeitos agradveis ou desagradveis de nossa conduta; Orienta a forma, o movimento, a estabilidade e o metabolismo orgnico e a vida consciencial da alma encarnada; o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade superior, capaz de favorecer a sublimao da alma; Influi na mediunidade, pois tem ligao com a glndula da mediunidade (vide Cap. II de "Missionrios da Luz")

Centro CerebralLocaliza-se na regio da fronte (testa) Regula a atividade intelectual; Governa a sustentao dos sentidos, marcando as atividades das glndulas endcrinas; administra o

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sistema nervoso, em toda a sua organizao, atividade e mecanismo; Tem ligao com a hipfise; no Centro Cerebral que possumos o comando do ncleo endcrino referente aos poderes psquicos; No fsico, corresponde ao plexo frontal.

Centro LarngeoLocaliza-se na garganta; Ligado ao uso da palavra; Controla a respirao e as atividades do timo, da tireide e paratireide.

Centro CardacoLocaliza-se no corao; Controla as emoes e os sentimentos, isto , o campo da emotividade; Dirige a circulao das foras de base; No fsico, corresponde ao plexo cardaco

Centro GstricoLocaliza-se no estmago; Responsabiliza-se pela digesto e absoro de alimentos e fluidos em nossa organizao; No fsico, corresponde ao plexo solar.

Centro EsplnicoLocaliza-se no bao; Determina todas as atividades em que se exprime o sistema hemtico, dentro das variaes do meio e volume sanguneo; Regula a distribuio e circulao adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veculo orgnico;

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No fsico, corresponde ao plexo mesentrico.

Centro GensicoLocaliza-se nas glndulas sexuais; Guia a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estmulos criadores; Regula as atividades do sexo e da libido; No fsico, corresponde ao plexo hipogstrico.

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4.3 - Tratamento por Atuao nos Centros de ForaOs Benfeitores Espirituais atuam, de vrias maneiras, nos Centros de Fora com finalidade de tratamento em pessoas enfermas. Andr Luiz, no livro Entre a Terra e o Cu, reporta-se aos dizeres do Ministro Clarncio quando esclarece que "realmente, na obra assistencial dos Espritos amigos que interferem nos tecidos sutis da alma, possvel, quando a criatura se desprende parcialmente da carne, a realizao de maravilhas". "Atuando nos Centros do perisprito, por vezes efetuamos alteraes profundas na sade de pacientes; alteraes essas que se fixam no corpo somtico de maneira gradativa (...). Mormente quando encontramos o servio da prece na mente enriquecida pela f transformadora, facilitando-nos a interveno pela passividade construtiva do campo em que devemos operar, a tarefa de socorro concretiza verdadeiros milagres. E finaliza: "O corpo fsico mantido pelo corpo espiritual a cujos moldes se ajustam e desse modo, a influncia sobre o organismo sutil decisiva para o envoltrio de carne, em que a mente se manifesta". Esclarece-nos ainda o autor espiritual daquela obra que esse tratamento atravs da exteriorizao dos centros vitais se popularizar na medicina terrestre do grande futuro. Da podermos imaginar o efeito da ao magntica atravs do passe nos Centros de Fora, uma vez que, atravs destes se reflete no corpo fisiolgico.

4.4 - Centros de Fora aps a MorteAps a desencarnao, sabemos que o corpo espiritual suscetvel de apresentar algumas transformaes, principalmente no Centro Gstrico, "pela diferenciao dos alimentos de que se prov, e no Centro Gensico, quando h sublimao do amor, na comunho das almas que se renem no matrimnio divino das prprias foras, gerando novas

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formulas de aperfeioamento e progresso para o reino do esprito." (Livro Evoluo Em Dois Mundos, cap.II - Corpo espiritual depois da morte)

5 - O DUPLO ETRICOFala-se da existncia de uma espcie de campo energtico tambm situado entre o perisprito e o corpo fisiolgico, a que se d o nome de "duplo etrico". Alguns o consideram como uma extenso do perisprito, uma vez que, esse seria composto por camadas representando a mais exterior; outros lhe atribuem a mera expresso da aura, como o Dr. Kilner, o qual designa a aura como sendo constituda por 3 partes: aura interna, aura externa e o duplo etrico. Andr Luiz, no cap. 11 do livro Nos Domnios da Mediunidade, refere-se ao "duplo etrico", relata que, o mdium Castro fora desdobrado, depois de submetido ao magntica do mentor da reunio, o irmo Clementino. O mdium, fora do corpo fsico, apresentou-se inicialmente equipe de Andr Luiz como uma cpia estranha de si mesmo, pois que, alm do tamanho ligeiramente maior, mostrava-se em configurao azulada direita e alaranjada esquerda. Tentou movimentar-se; no entanto, sentia-se pesado. O mentor voltou a aplicar uma segunda carga magntica e, deste contato, resultou que o corpo fsico engoliu certa faixa de foras que imprimia aquelas irregularidades ao perisprito e, desde este momento, ele apresentou o porte normal que lhe era caracterstico. O Benfeitor espiritual apressou-se em esclarecer a Hilrio e Andr Luiz, nos seguintes termos: Com o auxlio do supervisor espiritual, o mdium foi convenientemente exteriorizado. A princpio, seu perisprito estava revestido com os eflvios vitais que asseguram o equilbrio entre a alma e o corpo,

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conhecidos, em seu conjunto, como sendo o "duplo etrico", formado por emanaes neuropsquicas que pertencem ao mundo fisiolgico e que, por isso mesmo, no conseguem maior afastamento da organizao terrestre, destinando-se desintegrao, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasio da morte renovadora. Para melhor ajustar-se ao nosso ambiente, Castro devolveu essas energias ao corpo inerme, garantindo assim o calor indispensvel colmeia celular e desembaraando-se, tanto quanto possvel, para entrar no servio que o aguarda. Como se v, de acordo com os esclarecimentos de Andr Luz, no se trata de extenso do perisprito (como alguns entendem), pois, de acordo com o relato acima, notamos alguns pontos que contradizem essa colocao. Seno, vejamos: 1) Aplicada a segunda magnetizao, "o corpo fsico engoliu essa faixa de foras que imprimia aquelas irregularidades", voltou, pois, ao corpo fsico; no se incorporou ao perisprito. 2) "O perisprito (de Castro) estava revestido dos eflvios vitais (o conjunto destes nomeado como duplo etrico); portanto, caracterizou-o como mero revestimento do perisprito." 3) "emanaes neuropsquicas que pertencem ao campo fisiolgico, destinando-se desintegrao aps a morte". No acompanha, pois, o perisprito aps o desenlace. Segundo os dizeres do autor espiritual podemos concluir que se trata de emanaes neuropsquicas, concentrao energtica de eflvios vitais que revestem o perisprito", espcie de capa deste, sem a ele pertencer, tanto que se desembaraa dele aps a desencarnao.

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Finalmente, interessante reflexionar sobre o seu papel na aplicao dos passes, ditos meramente magnticos, aqueles com objetivo fundamental de tratamento de distrbios da sade fisiolgica, quando utilizada certa cota de eflvios vitais. Do mesmo modo, quanto ao seu papel nas manifestaes medinicas, sobretudo as de efeitos fsicos. Teria relao com o duplo etrico a aluso de Allan Kardec quanto existncia de "um rastro luminoso" acompanhando o perisprito das pessoas vivas, desdobradas, fato que as distingue das pessoas mortas? (Livro dos Mdiuns item 118). No ousaramos afirmar nem negar.

6 - CORDO FLUDICOMuitos videntes falam da existncia de um lao que prende o perisprito ao corpo fsico, cordo esse que identifica se o perisprito pertence a uma pessoa viva desdobrada ou a um desencarnado. Seria o cordo parte integrante do duplo etrico? No temos ainda condio de responder com certeza. O que sabemos que AIlan Kardec, em o livro O que o Espiritismo, 2 parte, item 136, se reporta ao fato de que "O Esprito fica sempre preso ao corpo por um cordo fludico, que serve para cham-Io quando a sua presena se torna necessria", acrescentando que "s a morte rompe este lao". Tambm no Livro dos Mdiuns ele faz aluso ao assunto, esclarecendo que "esse lao fludico h sido muitas vezes percebido pelos mdiuns videntes". E acrescenta: " uma espcie de cauda fosforescente do corpo; alguns Espritos ho dito que, por a que reconhecemos os que ainda se acham presos ao mundo corpreo." (Livro dos Mdiuns, item 284, Q. 40).

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Certa ocasio, Andr Luiz, ainda com pouco tempo de recolhido em "Nosso Lar", contemplava a paisagem exterior extasiando-se com a beleza do cu e a serenidade cativante, quando vislumbrou ao longe dois vultos enormes que o impressionaram, assustando-o mesmo. "Pareciam dois homens de substncia indefinvel, semi Iuminosos; dos ps e dos braos pendiam filamentos estranhos e, da cabea, como que se escapava um longo fio de singulares propores (...)". "Inquieto e amedrontado, exps a Narcisa a ocorrncia, notando que ela mal continha o riso...". Ela, ento, explicou a Andr que aqueles 2 personagens eram Espritos encarnados desdobrados, porm extraordinariamente espiritualizados, para poderem alcanar aquelas paragens espirituais. "Os filamentos e os fios ali existentes so singularidades que os diferenciam de ns outros (desencarnados)". No livro, Obreiros da Vida Eterna, cap.13, o autor espiritual volta a se referir ao cordo fludico mencionado por Allan Kardec, porm nomeando-o ora como fio ou cordo ora como apndice de prata. Alis, ele esclarece naquela obra, que h 3 regies fundamentais de ligao do perisprito com o corpo: "O centro vegetativo, ligado ao ventre como sede das manifestaes fisiolgicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediados no trax, e o centro mental, mais importante por excelncia, situado no crebro". No caso da desencarnao de Dimas, por exemplo, eles, os Benfeitores, desligaram sucessivamente esses 3 laos, comeando pelo "solar", aps o que "elevou-se o desencarnado alguns palmos acima do corpo atravs de leve cordo prateado, semelhante sutil elstico". Em seguida, diz o texto, "o assistente deliberou que o cordo fludico deveria permanecer at o dia imediato, quando eles o desligariam. Entretanto, no caso da desencarnao de Adelaide (Cap. XIX), ela prpria desligou os laos mais fortes que a prendiam ao corpo (regies solar, torxica e cerebral), atitude possvel para

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aqueles que hajam adquirido, durante a experincia terrestre, o preciso treinamento com a vida espiritual mais elevada. E acrescentou: "S no derradeiro minuto Jernimo (mentor) intervir para desatar o apndice prateado" (o grifo nosso).

7- A AURA

O princpio inteligente manifestou-se inicialmente no campo orgnico na forma de vida unicelular, para depois, assumir a feio pluricelular, com aperfeioamento significativo nos animais superiores, principalmente no homem, quando passou a se constituir verdadeira colmeia humana. Ora, sendo toda clula uma unidade viva, as aglomeraes celulares emitem radiaes que se expandem em torno do corpo. Eis por que Andr Luiz nos diz que "todos os seres vivos, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um "halo energtico" que lhes corresponde natureza". No ser humano, porm, "semelhante projeo surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contnuo que, em se ajustando s emanaes do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido Corpo Vital (...). Essas radiaes fazem com que a alma fique envolvida por uma espcie de tnica eletromagntica, onde circula o pensamento, colorindo-a com vibraes e imagens correspondentes ao mundo ntimo do ser". "A temos, nessa conjugao de foras, a AURA HUMANA, peculiar a cada indivduo. Fotosfera psquica, configura-se como um espelho em que todos os estados da alma ali se retratam com sinais evidentes, razo por que os desencarnados de certo nvel a leem a nossa situao ntima e at mesmo a nossa "histria". (livro Evoluo em Dois Mundos).

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Apresenta cores caractersticas de conformidade com a onda mental que emitimos. Esclarece-nos Andr Luiz Que a AURA a nossa plataforma onipresente em toda comunicao com as rotas alheias, antecmara do Esprito (...), isto porque exteriorizamos, de maneira invarivel, o reflexo de ns mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade de palavras para as simpatias e repulses fundamentais. Ora, sabemos que, a movimentao de ar; entre as camadas atmosfricas e a Terra, geram atritos de elementos que resultam em liberao de eltrons os quais, livres, acumulam-se nas nuvens, provocando descargas entre as prprias nuvens ou entre estas e a terra. Por analogia, uma vez que a mente, a fonte de nossa energia psquica, correntes de fora que fluem do ntimo de cada um, quais eltrons livres, projetam-se no "halo energtico", estruturando a AURA, acumulando ali cargas eltricas que acabam atradas por aqueles que carregam cargas acumuladas da mesma natureza. Nossos pensamentos e sentimentos, portanto, geram uma espcie de campo eltrico indutivo pelo qual atramos vibraes e entidades que se situam no mesmo padro energtico. Assim que certo tipo de leitura, determinada conversa ou qualquer interesse voltado a assunto desta ou daquela natureza nos coloca em correlao com situaes ou Espritos desencarnados que nutrem ideaes iguais s nossas, porquanto pela projeo das ideias que nos vinculamos s Inteligncias inferiores ou superiores. H um ditado que diz que "uma desgraa no vem s", naturalmente se referindo a ocorrncias desagradveis que surgem como que em cadeia, quando somos atingidos por determinada desgraa. Justamente porque, no caso em foco, pela queda vibratria acentuada, geramos em nossa fotosfera psquica um campo energtico indutivo de tal natureza degradante que atramos outras ocorrncias negativas

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correlatas. Assim que, quanto mais elevadas so nossas ideaes habituais, mais enobrecida a carga eletromagntica de nossa aura, atraindo para ns acontecimentos e vibraes de alto teor, bem como entidades enobrecidas. Ao contrrio, quando pelas constantes ideaes de baixa natureza, acumulamos em nossa fotosfera foras degradantes, entramos em processo de desequilbrio, atravs do qual atramos foras do mesmo nvel, caindo freqentemente em processos obsessivos. Em outras circunstncias, se permanecemos habitualmente em estado de ociosidade, acumulamos cargas mentais sem direcionamento adequado, estabelecendo obliteraes mentais ou "acumulao desordenada de nuvem de tenso no campo da aura", resultando em degenerescncia das energias pela no distribuio adequada e natural das prprias cargas magnticas. Da o grande problema para aqueles que vivem na ociosidade mental; uma vez que, nessa condio, "emitem ondas mentais perturbadas nas quais se ajustam Espritos tambm perturbados levando a lamentveis estados de aviltamento, em ocorrncias deplorveis de obsesso, nas quais as mentes desvairadas ou cadas em monoideismo vicioso se refletem mutuamente... muitas vezes vampirizando-lhes a existncia", impondo disfunes e enfermidades de variados matizes, segundo os pontos vulnerveis que apresentam, criando vastas provncias de alienao e de sofrimento. Essas partculas de fora constituinte que do nosso halo energtico se irradia deixando rastro na sua passagem pelos lugares e criaturas; podem acumular-se em determinados pontos. Allan Kardec, que nomeou a aura como "atmosfera individual", instrui-nos sobre o assunto, esclarecendo que "essas atmosferas individuais produzem radiaes as quais so variveis relativamente extenso"; em estado de repouso vai apenas alguns passos, mas agindo a mente, a vontade pode estender-se longamente..." E acrescenta:

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Cada indivduo um centro de onde uma onda fludica se erradia em razo direta de sua vontade, de sua fora mental, como cada onda vibrante o centro de uma onda sonora, cuja extenso proporcional fora vibratria; a vontade a fora propulsora dos fluidos, como o choque a causa vibratria do ar e propulsora das ondas sonoras. (livro Obras Pstumas). Os Benfeitores espirituais, como a examinarem uma ficha informativa individual da criatura, tomam conhecimento de nosso estado ntimo, bem como os detalhes de nossa prpria "histria", atravs da leitura da aura. No livro, Obreiros da Vida Eterna, quando a equipe de Nosso Lar operava nas zonas sombrias do plano espiritual, deles se aproximou um Esprito, postou-se de joelhos e implorou: -"Tenha piedade de mim! As fogueiras ameaam-me! penitencio-me! Fui pecador, mas espero contar com o vosso auxlio para reabilitar-me! Continuando, relata-nos Andr Luiz: "As rogativas sensibilizariam qualquer cooperador menos avisado. Dele se aproximou Luciana. Fixou-o bem, fez significativo gesto e exclamou: -"Oh! Como horrvel a atividade mental deste pobre irmo! Veem-se-Ihe no halo vital deplorveis lembranas e propsitos destruidores. Est amedrontado, pretende alcanar a nossa margem de trabalho para se apropriar dos benefcios divinos, sem mais considerao. A aura dele demasiadamente expressIva... . Eis porque Allan Kardec nos diz que, "o pensamento se reflete no envoltrio fludico como num espelho...deste modo que os mais secretos movimentos repercutem no envoltrio fludico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que no perceptvel aos olhos do corpo (livro A Gnese).

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8 - FLUIDOS PERISPIRTICOSPelo material contido nos captulos precedentes podemos nos conscientizar do enorme potencial energtico existente na regio perispirtica inclusive entre ela e o corpo, ali se contendo, como vimos, massa respeitvel de eflvios vitais, os quais certamente so exteriorizados durante a aplicao magntica. Eis, a razo de termos colocado nesta apostila sobre passes, captulos referentes ao perisprito, centros de fora, duplo etrico, etc. Allan Kardec generaliza a multiplicidade das energias fludicas ali circulantes sob o nome de fluidos perispirituais ou perispirticos. Vamos abaixo sintetizar as informaes Kardequianas, na forma de tpicos: (obras A Gnese e Obras Pstumas) O fluido csmico individualiza-se em cada criatura, adquirindo propriedades peculiares a cada ser (de acordo com o seu mundo ntimo) Essa individualizao, com as referidas propriedades caractersticas, prossegue mesmo aps a desencarnao Cada ser, portanto, possui seu fluido perispirtico prprio, acompanhando-o em todos os seus movimentos, assim como o planeta possui sua atmosfera prpria. Quando nos deslocamos, arrastamos conosco essa atmosfera individual(do mesmo modo que o caranguejo arrasta a sua concha). No deslocar, deixa traos de sua passagem, uma espcie de rastro luminoso, no perceptveis aos nossos sentidos comuns no estado de viglia. Entretanto, os

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sonmbulos lcidos, os videntes e desencarnados registram-Ihe a existncia, donde poderem eles reconstituir os acontecimentos e analisar-lhes as causas. As atmosferas individuais encontram-se, cruzam-se, misturam-se, sem contudo se confundirem, assim como as ondas sonoras existem de maneiras distintas, apesar da multido de sons que abalam simultaneamente o ar. Das qualidades fundamentais de cada fluido, resulta, entre eles, harmonia ou desacordo, uma tendncia a se unirem ou a se evitarem, uma atrao ou repulso, ou seja, as simpatias ou antipatias. Entrando em contato com a atmosfera de uma pessoa, sente-se uma impresso agradvel ou desagradvel, segundo os seus fluidos se casem ou se repilam. Da sentirmos, no meio de pessoas de cujos sentimentos no compartilhamos, uma sensao penosa resultante da desarmonia dos respectivos fluidos. Seria, assim, uma nota dissonante em um concerto. Ao contrrio, quando estamos reunidos em harmonia de sentimentos, sentimos uma sensao agradvel eis a razo por que nos sentimos bem num ambiente harmonioso fluidicamente falando. Essas atmosferas individuais produzem radiaes. Em estado de repouso, essas radiaes podem se estender a alguns passos, sob a influncia da vontade, no entanto, dilatam-se, estendem-se mais longamente, da mesma maneira como o calor dilata os gases.

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Pode-se, pois, dizer que cada indivduo o centro de uma onda fludica que se irradia na razo direta da sua vontade, da sua fora mental, como cada ponto vibrante o centro de uma onda sonora, cuja extenso proporcional fora vibratria. A vontade, portanto, a fora propulsora dos fluidos como o choque a fora vibratria do ar e propulsora das ondas sonoras. O fluido perispirtico exerce uma ao fisiolgica entre os indivduos. Como o perisprito fludico, este assimila com facilidade os fluidos espirituais, como a esponja assimila com facilidade a gua. Tais fluidos agem sobre o perisprito e este, por sua vez, reage sobre o organismo material com o qual est em contato molecular. Se os eflvios forem de boa natureza, o corpo recebe urna impresso salutar, se maus, a impresso penosa se os fluidos maus forem permanentes e enrgicos, podero determinar desordens fsicas; certas molstias no tm outra causa seno esta. A irradiao dos fluidos perispirituais tambm ocorre sob a forma de feixes luminosos (qual a luz), sendo sua emisso mais abundante atravs dos dedos e dos olhos. Reflete cores diversas, alterando-se, porm, de acordo com o estado vibratrio do indivduo. Atravessa todos os corpos fsicos; nenhum deles lhes ope obstculos. o veculo da vista psquica (dupla vista), assim como a luz o veculo da viso ordinria.

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Pela ao da mente, esses fluidos perispirticos podem: => acumular-se em determinados pontos; => saturarem certos objetos; => ser retirados dos pontos onde se acumulam. A fora fludica varivel nos indivduos, no tendo, portanto, os fluidos perispirticos a mesma fora ativa em todos os homens. A fora mais fraca se coloca na posio de passividade quando ocorre a ao recproca entre dois indivduos. A fora fludica, aplicada ao recproca dos homens, um sobre o outro, isto , no magnetismo, pode depender: => da quantidade exteriorizada de fluidos; => da qualidade ou natureza dos fluidos; => da energia da fora impulsora. O poder magntico se funda nos princpios acima. Como se v, basicamente toda a cultura cientfica moderna no invalidou a tese kardequiana, onde j estavam presentes, bem caracterizados, os conceitos de "campo" e da teoria corpuscular e ondulatria da energia. Conforme vimos acima, Kardec explica os fundamentos da ao magntica de indivduo a indivduo, assim como a razo por que nenhum objeto material se lhe ope resistncia; portanto nem paredes, portas, chapas de qualquer metal, etc. lhes opem obstculos. Esses fluidos so os agentes da vista psquica, sobretudo da psicometria. Na Inglaterra, a polcia algumas vezes se serve de sensitivos para auxili-Ia na localizao de pessoas desaparecidas. Geralmente procura obter um dos pertences

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da vtima, um leno, por exemplo. O cognominado sensitivo recolhe-se, concentra-se e, passado breve tempo, descreve (s vezes com mincias) a fisionomia e o carter do proprietrio, reporta-se ao desaparecimento dele e explana sobre outros incidentes em torno do caso, verificando-se depois a exatido daquelas informaes. QUE HOUVE? COMO ISSO SE PROCESSOU? Em primeiro lugar, devemos considerar que o leno estava impregnado do fluido magntico do desaparecido, uma vez que o fluido, como vimos, satura certos objetos, acumulase em determinados pontos, deixa um rastro em sua passagem, podendo, assim, ser rastreado atravs da sensibilidade do paranormal. Por outro lado, devemos ter em conta que o sensitivo pessoa cujo fluido magntico est fracamente aderido em sua estrutura fisiopsquica, sendo por isso facilmente exteriorizvel. Nestas circunstncias, sob a devida concentrao, ele expande sua energia mental, cuja onda carrega consigo o fluido nervoso ou magntico passando a entrar em relao com outras dimenses vibratrias de onde extrai o material de suas observaes psicomtricas. Claro que, estabelecendo contato com o fluido magntico da vtima, impregnado no leno, pode facilmente acompanhar o rastro deixado por sua passagem. Em alguns casos, no somente desassocia os agentes psquicos como tambm opera o desdobramento do corpo espiritual, acompanhando o mapa dos acontecimentos, obtendo as impresses e informaes desejadas. Doutras vezes, pode ADICIONALMENTE OCORRER INTERFERNCIA MEDINICA propriamente dita, uma vez que, Espritos familiares e/ou Protetores espirituais incorporam-se onda mental, fornecendo-lhes dados e informaes relativas ao caso.

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Por oportuno, lembramos que, na magnetizao, essas foras vitais tm sua significativa importncia, pois elas so exteriorizadas na razo direta da fora mental e capacidade radiante. Naturalmente que, no servio de passe, as referidas energias so vitalizadas e modificadas beneficamente pela interferncia dos fluidos dos Mentores Espirituais.

9 - MAGNETISMO ANIMAL E MAGNETISMO ESPIRITUALConforme colocado em nossos captulos precedentes, o homem conheceu o magnetismo mineral, descobriu a relao magnetismo/eletricidade (eletromagnetismo) e conseguiu, na 2a metade do sculo XVIll, a faanha de se inteirar do magnetismo animal, de cujo advento surgiu uma pliade de respeitveis magnetizadores. Estes, logo se descartaram do emprego de metais na terapia das doenas porque chegaram concluso da maior eficincia do magnetismo animal, isto , atravs de fluidos vitais. Conseguiram at descobrir outros estados de conscincia (sonambulismo, letargia, etc...) por intermdio da tcnica da hipnose, para fins teraputicos. Com o advento do Espiritismo, fomos agraciados com a revelao e instrues a respeito da existncia de um magnetismo muito mais verstil e eficiente: o magnetismo espiritual, ou seja, atravs dos fluidos dos Espritos desencarnados. Allan Kardec empenhou-se logo em explicar a diferena entre o uso meramente do fluido animalizado e do proveniente dos Benfeitores espirituais, isto , dos fluidos espirituais. Ao primeiro, ele passou a denominar de magnetismo humano e ao segundo, de magnetismo espiritual. No livro, A

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Gnese, cap. XIV, assim ele distingue as diversas maneiras da ao magntica: Magnetismo Humano: pelo prprio fluido do magnetizador (animalizado) o magnetismo propriamente dito cuja ao subordinada qualidade do fluido Magnetismo Espiritual: pelo fluido dos Espritos, atuando diretamente e sem intermedirio sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonamblico espontneo, seja para exercer sobre o indivduo uma influncia fsica ou moral qualquer. o Magnetismo Espiritual, cuja qualidade est na razo direta das qualidades do Esprito Magnetismo Misto: pelos fluidos que os Espritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veculo para esse derramamento. o magnetismo MISTO, SEMI-ESPIRITUAL ou, se o preferir, HUMANO-ESPIRlTUAL. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que carece. Ns, espritas, apenas nos utilizamos do magnetismo misto e espiritual por apresentarem melhores resultados que a ao magntica mineral e aquela essencialmente humana ou animalizada. Nossa ateno, pois, estar voltada para esses dois tipos: magnetismo espiritual propriamente dito, caracterizado pela ao direta, sem intermedirios, dos Espritos sobre o paciente e o magnetismo misto, em que h a associao do fluido humano com o fluido dos Espritos. Usualmente, utilizamo-nos desse ltimo, fazendo movimentos sobre a parte magnetizada, donde o nome "PASSE", isto , "passagem". O magnetizador, modernamente chamado de passista, o intermedirio, o condutor dos fluidos da espiritualidade, razo por que o Codificador preferiu nome-lo

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de "Mdium Curador", chamando-nos a ateno para no confundi-los com os mdiuns que indicam remdios ou diagnosticam enfermidades, os quais, respectivamente so mais propriamente mdiuns receitistas e consultores. H pois, uma capital diferena entre o magnetizador comum e o mdium passista, uma vez que o primeiro magnetiza com o seu prprio fluido e o segundo com o auxlio do fluido depurado dos Espritos benfeitores. Da que, o passista, sendo na realidade um mdium, deve se nortear pelos princpios da mediunidade, dos quais destacamos a basilar sintonia com os bons Espritos. Se a concentrao ou sintonia mental com os Benfeitores no for efetivamente realizada, ele funcionar como magnetizador comum; fica reduzido s suas prprias foras, por vezes insuficientes. Eis por que muitos passistas reclamam de cansao ou esgotamento depois da aplicao do passe, o que no se justifica, a no ser que ele no tenha efetivamente se ligado Espiritualidade Maior. Trabalha, ento, como mero magnetizador humano, exteriorizando apenas seus prprios fluidos vitais. Se, de fato, ele atuasse como um magnetizador mdium, a sua "fora magntica" seria aumentada pela ao dos Espritos que ele chamaria em seu auxlio. E, como diz o Livro dos Mdiuns item 176: Se magnetizas com o propsito de curar, por exemplo, e invocas um bom Esprito que se interesse por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua fora e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe d as qualidades necessrias. Eis porque na ao magntica meramente animalizada, os resultados so mais lentos e menos eficientes do que no magnetismo medinico, Revista Esprita setembro de 1861: Pois o fluido humano est sempre mais ou menos impregnado das impurezas fsicas e morais do

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encarnado; o dos bons Espritos necessariamente mais puro e, por isso mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Gastando o seu prprio fluido, por funcionar sem o auxlio dos Espritos, o magnetizador pode se fatigar, pois d de sua prpria economia vital, sem a recuperao adequada. O fluido espiritual, mais poderoso em razo de sua pureza, produz efeitos em menor tempo e, por vezes, quase instantneos. CONCLUSO: O passista um mdium, "MDIUM CURADOR", devendo, portanto, seguir o roteiro e as normas relativas mediunidade, a comear pelo estudo da teoria, aprofundando-se sobretudo na parte relativa lei dos fluidos.

10 - O MDIUM PASSISTA

A mediunidade curativa se reveste da mais alta importncia, desde que alicerada nos sentimentos mais puros da mais pura fraternidade, diz-nos Andr Luiz. A seguir, o autor espiritual nos faz lembrar que no se refere aos magnetizadores comuns (isto , ao magnetismo animal) que desenvolvem suas prprias foras no tratar da sade humana. Refere-se ele aos mdiuns passistas, "intrpretes da Espiritualidade Superior" e que se dedicam ao socorro dos necessitados do corpo e do esprito. Vemos aqui aquela importante observao: o passista um intrprete da Espiritualidade, um mdium, um representante que recebe delegao na rea da sade fsica e mental; da, sua significativa responsabilidade. Eis a razo pela qual imprescindvel apresentar alguns requisitos bsicos, tais

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como, exerccio de disciplina, esforo em mudana e aquisio de certos hbitos, para ampliar sua capacidade radiante, uma vez que a faculdade curativa suscetvel de desenvolvimento.O primeiro requisito que nos lembra Andr Luiz diz respeito ao estudo.

10.1 - EstudoO conhecimento do assunto no meio esprita deficiente; deixa a desejar, embora tenha melhorado nos ltimos anos. Observamos muito trabalho na base emprica, s vezes at personalizado, dificultando a tarefa dos mentores espirituais. Existe ainda resistncia por parte de pessoas ou mesmo de casas espritas, alegando, entre outras coisas, que Jesus apenas fazia a imposio das mos e curava. Esquecem-se esses companheiros, como diz Emmanuel, que Jesus, com "seu amoroso poder, conhecia os menores desequilbrios da natureza e os recursos para restaurar a harmonia indispensvel". E continua dizendo que "seria audcia de nossa parte, discpulos novos, a expectativa de resultados to sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos paralticos, perturbados e agonizantes. O Mestre sabe, enquanto ns outros estamos aprendendo a conhecer...," Na realidade, Jesus tinha muito amor. Ns o temos? ou estamos aprendendo a amar? Por isso, Jesus realizou curas instantneas, at mesmo distncia. Calderaro, instrutor espiritual, prestando socorro em dois casos difceis resolveu recorrer ao auxlio de Cipriana que tinha muito amor. Andr Luiz estranha aquela atitude, pois julgava que o seu prprio Mentor poderia dar a soluo desejvel, quando recebeu a resposta de Calderaro, finalizada com os seguintes termos: S os que amam conseguem atingir as causas profundas Realmente, ns que ainda no amamos no sentido pleno, ainda necessitamos recorrer ao auxilio do conhecimento e da tcnica. Claro est que nos referimos aos fundamentos, com

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certos aprofundamentos nesta ou naquela rea. No vamos chegar ao outro extremo, como temos observado ocorrer algumas vezes, de estudos complexos, prolongados, repetitivos, verdadeiros calhamaos enciclopdicos, embora estes sejam interessantes para os investigadores e dirigentes que queiram se aprofundar no assunto. Seria vlido algum trabalhar com energia fludica sem ao menos conhecer os fundamentos da lei dos fluidos? No seria o mesmo que propor-se algum a lidar com eletricidade sem ao menos ter os conhecimentos bsicos deste ramo da fsica? Ora, sendo a fluidoterapia, nos moldes espritas, uma atividade medinica, o contedo doutrinrio nos esclarece a necessidade antecipada da teoria. Assim, que Allan Kardec nos diz em o Livro dos Mdiuns, item 211: Se faz necessrio o estudo prvio da teoria, para evitar os inconvenientes. Emmanuel, por sua vez, nos adverte que: O mdium tem a obrigao de estudar muito. O Codificador acrescenta na Revista Esprita, janeiro 1863: Fazer Espiritismo prtico sem estudo fazer manipulaes qumicas sem saber qumica. Alm dos conhecimentos doutrinrios pertinentes, Andr Luiz nos recomenda o investimento cultural para ampliao dos recursos psicolgicos, facilitando a recepo de ordens e avisos dos Instrutores".

10.2 - Iniciao e CompromissoNo plano espiritual, a equipe de Espritos dedicados ao socorro magntico de tcnicos integrantes de um departamento que exige muito critrio e responsabilidade. Eis a razo pela qual devem eles "revelar determinadas

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qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados..., um padro superior de elevao mental contnua, condio indispensvel exteriorizao das faculdades radiantes". Andr Luiz menciona, ainda, outros requisitos, como: grande domnio sobre si mesmo, espontneo equilbrio de sentimento, acentuado amor aos semelhantes, f vigorosa, alta compreenso da vida, etc. Esclarece, a seguir, que esses requisitos so exigveis aos trabalhadores do plano espiritual, dos quais ningum pode ser dispensado. Entretanto, faz uma ressalva: Na esfera carnal, a boa-vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficincia. E justifica: Em virtude da assistncia prestada pelos benfeitores espirituais ao servidor ainda incompleto no terreno das qualidades desejveis. Realmente, Andr Luiz observou, na ocasio, vrios magnetizadores acompanhando de perto os passistas encarnados. E prossegue o Instrutor: Revelada, pois, a disposio fiel de servir, as autoridades espirituais designam entidades sbias e benevolentes que orientam, indiretamente, o nefito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-Ihe o prprio valor. Pena, conforme ali colocado, serem muito raros os que demonstram real vocao de servir espontaneamente a maioria, infelizmente, Aguarda a mediunidade curadora como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e no um servio do bem que pede do candidato o esforo laborioso do comeo.

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A seguir, aquele autor espiritual nos diz que, depois de conseguida a qualidade bsica, isto , a edificao da "boavontade real", o candidato precisa conscientizar-se da necessidade da elevao urgente. D a entender que recebe uma assessoria estreita de um Benfeitor, mas assume uma espcie de compromisso em se esforar na melhoria das "conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo" no campo psquico. Ele se refere a:

10.3 - Equilbrio da EmooNo possvel fornecer foras construtivas a algum, ainda mesmo na condio de instrumento til, se fizermos sistemtico desperdcio das irradiaes vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas. Realmente, a habitualidade do descontrole emocional produz, entre outras coisas, a perda contumaz das foras vitais, alm de atrair entidades do mesmo padro vibratrio. H pessoas que quase todos os dias ficam irritadas e/ou ansiosas, rebeladas ou desanimadas com poucos momentos de serenidade, reflexo ou otimismo. No cap. VIll, do livro, No Mundo Maior, Andr Luiz nos diz que: Temos milhes de pessoas irascveis que, pelo hbito de se encolerizarem, facilmente viciam os centros nervosos fundamentais pelos excessos da mente sem disciplina, convertendo-se em portadores do "pequeno mal" em dementes precoces, em neurastnicos de tipos diversos ou em doentes de franjas epilticas, que andam por a, submetidos hipoglicemia insulnica ou ao metrazol: enquanto isso, o serem educados mentalmente, para a correo das prprias atitudes internas no ramerro da vida, lhes seria tratamento mais eficiente e adequado, pois regenerativo e substancial.

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Ressalta, por outro lado, que prejudicam a capacidade radiante, impedindo a passagem da mesma a MGOA EXCESSIVA PAIXO DESVAIRADA INQUIETUDE OBSIDENTE Observem que o Benfeitor espiritual no nos exige perfeio, que fiquemos, de repente, absolutamente imunes mgoa, paixo ou inquietude ele refere-se ao excesso, a habitualidade, da, os termos, "excessiva", "desvairada", "obsidente", Por outro lado, a par dos requisitos na rea psquica, alude Andr Luiz aos prejuzos da faculdade radiante pelas extravagncias ou viciaes tambm na rea fisiolgica.

10.4 - Excesso de AlimentaoRefere-se ao que "produz odores ftidos, atravs dos poros, bem como da sada dos pulmes e do estmago... porquanto provoca dejees anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastro-intestinal, interessando a intimidade das clulas". Na mesma obra, o autor espiritual, reporta-se chegada da equipe espiritual sala de atividades medinicas quando lhe chama a ateno o quadro fisiolgico de uma companheira, mdium que ali se encontrava. Fraqussima luz emanava de sua organizao mental e, desde o primeiro instante, notara-lhe as deformaes fsicas. O estmago dilatara-se-lhe horrivelmente e os intestinos pareciam sofrer estranhas alteraes... Desde o duodeno ao sigmide, notavam-se anomalias de vulto... Guardava a idia de presenciar um vasto alambique, cheio de pastas de carne e caldos

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gordurosos, cheirando a vinagre de condimentao ativa. E prossegue o instrutor Alexandre: Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentao. Todas as suas glndulas e centros nervosos trabalham para atender as exigncias do sistema digestivo. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa de seres de baixas condies. (vampirismo) Eis porque a Espiritualidade Maior nos recomenda alimentao leve durante as horas que precedem prtica medinica. Estmago cheio, crebro inbil. A digesto laboriosa consome muita energia, alm de impedir a funo clara do pensamento, dificultando a concentrao, interferindo nos "raios" vitais.

10.5 - Alcoolofilia, Tabagismo e Outras Substncias TxicasNo cap.19, do livro, Missionrios da Luz, sob o ttulo "Passes", o autor espiritual ali coloca que: O lcool e outras substncias txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando certas funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso de elementos regeneradores e salutares. O Esprito Manoel Philomeno de Miranda na obra Nos Bastidores da Obsesso, tambm nos adverte a respeito dizendo que: Pelas consequncias scio-morais que acarreta, quando se perverte em viciao criminosa, simples em comeo e depois aberrante, (o lcool) veculo

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de obsessores cruis, ensejando a alcolatras desencarnados, vampirismo impiedoso, com conseqentes leses do aparelho fisio-psquico. O fumo, pelos danos que ocasiona ao organismo , por isso mesmo, perigo para o corpo e para a mente..., hbito vicioso, facilita a interferncia de mentes desencarnadas tambm viciadas, que se ligam em intercmbio obsessivo simples a caminho de dolorosas desarmonias. De fato, os vcios, de modo geral, acarretam malefcios no corpo fsico e perispiritual, interferindo na capacidade radiante. Dispondo o mdium de organizao fisio-psquica mais sensvel, adequada s funes de natureza medinica, h de se compreender a extenso dos prejuzos ocasionados pelos vcios no que diz respeito ao desempenho de sua faculdade, como tambm quanto ao seu prprio equilbrio espiritual, alm de facilitar, tambm, a interferncia de desencarnados viciados, num processo indesejvel de vampirismo impiedoso.

10.6 - EstupefacientesEncontramos atravs de Manoel Philomeno de Miranda na mesma obra, a instruo de que: A frente da ao deprimente que certas drogas provocam; nos centros nervosos, desbordam-se os registros da subconscincia e, impresses do pretrito ressurgem, misturadas s frustraes do presente, j em depsito, realizando conbio desequilibrante, atravs do qual os desencarnados em desespero emocional se locupletam, ligando-se aos atormentados da Terra, conjugando a sua, loucura deles, em possesso selvagem.

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10.7 - Recomendaes FinaisVoltamos a lembrar que qualquer um pode ser, em maior ou menor grau, um magnetizador humano, comum, pois todos so suscetveis de transferir energias vitais para algum. Entretanto, a fluidoterapia utilizada na seara esprita diz respeito ao magnetismo misto; so mdiuns aqueles que a executam, isto , canalizam as energias da Espiritualidade Maior, transferindo-as, associadas ao seu fluido pessoal. Allan Kardec os nomeou de "mdiuns curadores" e Andr Luiz os designou de "mdiuns passistas". Da serem aplicveis a eles todas as recomendaes e instrues relativas teoria e prtica da cincia medinica. E, o que mais importante: no esquecer da grande importncia da influncia moral do mdium (Livro dos Mdiuns, cap. XX), no descuidando da: Sua transformao moral e do esforo em domar as suas ms inclinaes.

11 - TCNICA DA APLICAO DO PASSE11.1 - Resumo histricoEmpiricamente, vrios mtodos foram usados no passado para obter curas, atravs da magnetizao, sendo digna de nota a utilizao do olhar, do toque, da aposio das mos etc. O prprio Jesus e seus apstolos, respeitando os hbitos da poca, recorreram a vrios dos mtodos acima mencionados. O Mestre tambm recorreu magnetizao a distncia, conforme est registrado em Mateus 8, 5a13 e Marcos 7, 24a30. Os fatos historicamente observados levaram certamente Allan Kardec a definir a mediunidade curadora como: um dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por gestos, sem o

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concurso de medicao" (Livro dos Mdiuns, item 175). Pelo olhar, temos como exemplo o registro de seu uso pelos apstolos (Atos dos Apstolos 3, 1a7 e 14, 8a11), bem como diversos casos mencionados na Revista Esprita, destacando-se a atividade, nesse sentido, do mdium curador Zuavo Jacob que realizou curas notveis na poca do codificador. (Revista Esprita, outubro de 1866) Uma vez que h inquestionavelmente um evolucionismo universal, naturalmente refletido na histria da humanidade, a magnetizao por passes, isto , a passagem das mos pela regio enferma ou mesmo atravs da extenso do corpo, geralmente em sentido longitudinal, prevaleceu sobre os outros mtodos (*) (*) PASSE, da raiz ""PASS" do latim e que se introduziu nas lnguas neolatinas e no ingls. Expressa movimento de um lugar para outro. Tem a sua presena at no esporte, em cujo meio "passe" significa movimento, a passagem de um jogador de um clube para outro Assim que, na poca de Lon Denis, era a tcnica mais freqente, conforme registro daquele autor em sua obra, No Invisvel, cap. XV : Pode-se atuar sobre os seres dbeis e enfermios. Regener-los por meio de sopro (*), pela imposio das mos (...). Opera-se mais frequentemente POR GESTOS DENOMINADOS PASSES. RPIDOS OU LENTOS LONGITUDINAIS OU TRANSVERSAIS (grifo nosso). (* Andr Luiz, menciona a magnetizao pelo sopro nas obras Conduta Esprita, cap. 28 e na obra Os Mensageiros, cap. 19)

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Nos dias atuais, encontramos nas obras medinicas respeitveis registros, reportando ao uso da magnetizao por movimentos, isto , passes, sendo digna de nota a referncia de Andr Luiz a essa tcnica, recomendando, porm, ser evitada a "gesticulao violenta" (Conduta Esprita cap. 28 ) O prprio Allan Kardec no s faz aluso metodologia a que estamos nos reportando (Livro dos Mdiuns item 175 e Obras pstumas pg.66) como, em algumas ocasies, utilizou expressamente a palavra "passes", conforme registro no Livro dos Mdiuns, item 176. Tambm na Revista Esprita, em vrios artigos, o codificador usou termos similares, como "traes longitudinais" (edio de setembro 1865 e abril 1865), alm de registrar a expresso "passes fludicos", como no caso do interessante labor do grupo espiritual de Marmande, trabalho, alis, bastante elogiado naquele editorial esprita (Revista Esprita Junho/1867) Kardec enfatiza o trabalho triunfador do grupo, destacando o empenho de seus membros, dedicados "com tanto zelo e abnegao". Caso curiosssimo a descrio da notvel cura de uma fratura ocorrida com a mdium Sra. Maurel, da Sociedade Parisiense de Estudos Espritas (Revista Esprita setembro 1865). A magnetizao foi comandada pelo Esprito Dr. Demeure, ocasio em que o Codificador usa expressamente o termo "passe": Aps os passes e manipulaes, em tudo como as descritas, o brao foi recolocado em bom estado Interessante o que ocorreu a respeito do que aqui estamos tratando. Com o passar do tempo, a metodologia da magnetizao por movimento, denominada "passe" (conforme explicao de Lon Denis) foi tomando um sentido generalizado. Assim que a palavra passou a ser empregada no lugar de magnetizao, fenmeno semelhante ao que

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ocorreu com a palavra "embarcar", que originalmente tinha o sentido de fazer uma viagem de barco e que, com o passar do tempo, tomou o sentido generalizado de "viajar", seja de avio, trem ou nibus (figura de linguagem denominada catacrese). Certo dia, perguntei a um amigo como estava seu pai, e ele respondeu: - Vai muito bem. Ele embarcou de avio para Nova York. A palavra "passe" tomou um sentido to generalizado que comum falar-se at em passe de sopro, quando sabemos que sempre se usou nesta magnetizao os termos "insuflao" ou soproterapia . Porm, de certo tempo para c, o termo "passe" foi ocupando tambm este espao, sendo usado pelos encarnados como at pelos desencarnados. o caso de Andr Luiz que, no cap. 28 da obra, Conduta Esprita, registra o seguinte: Quando oportuno, adicionar o sopro curador aos servios do passe magntico, bem como o uso da gua fluidificada, do autopasse ou da emisso de fora socorrista distncia, atravs da orao. Na realidade, a palavra adequada com referncia magnetizao "fluidoterapia", j freqentemente utilizada nas diversas obras espritas, abrangendo, inclusive, a operao magntica da gua, denominada por alguns de "fluidoterapia da gua". O termo "passe" continua, como sabemos, ainda muito empregado, pois se enraizou de tal forma no uso popular que se torna difcil desprez-lo. Aqui, em nosso trabalho, valemo-nos de ambos os termos.

11.2 Condies essenciaisGastam-se muito tempo discutindo qual a melhor maneira de praticar-se a fluidoterapia, se pelo olhar, pela simples imposio das mos ou pelo passe; se o paciente deve ficar de frente ou de costas, com a mo nessa ou naquela posio

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etc, quando nada disso fundamental. Faz-nos at lembrar daquele ensinamento de Jesus aos fariseus, advertindo-os de se preocuparem demasiadamente "em coar um mosquito e engolir um camelo" (Mateus 23 : 24). Na realidade, as primeiras condies essenciais so a influncia moral do mdium, a exteriorizao de amor e a ligao com a espiritualidade maior. Ora, conforme vimos anteriormente, Allan Kardec, no livro, A Gnese, cap.14, item 33, explicou a ao magntica dentro de trs modalidades: "o magnetismo humano em que utilizado meramente o fluido animalizado do agente ou magnetizador; o magnetismo espiritual puro", em que os Espritos operam diretamente no paciente, sem intermedirio; e o "magnetismo misto ou humano-espiritual", em que os Espritos derramam sobre o passista o seu fluido a fim de ser combinado com o fluido humano. Esta ltima modalidade a mais utilizada no meio esprita. A esse respeito, eis algumas instrues importantes de Allan Kardec, Revista Esprita, setembro 1865 : O Esprito pode agir diretamente, sem intermedirio, sobre um indivduo, como foi constatado em muitas ocasies Todo magnetizador pode tornar-se mdium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espritos. Neste caso, os Espritos vm em ajuda, derramando sobre ele seu prprio fluido, que pode decuplicar ou centuplicar a ao do fluido puramente humano... A diferena entre o magnetizador propriamente dito e o mdium curador, que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal e o segundo com o fluido dos Espritos, aos quais serve de condutor... O

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mdium curador recebe o influxo fludico do Esprito, ao passo que o magnetizador tira tudo de si mesmo. Gastando o seu prprio fluido, o magnetizador se esgota e se afadiga, pois d o seu prprio elemento vital. Isso explica, inclusive, o cansao que alguns passistas dizem sentir aps o servio de passe, eis que no se ligaram devidamente Espiritualidade maior. - Nota : Andr Luiz preferiu usar o vocbulo "mdium passista", ao invs de mdium curador. O fluido humano jamais tem a pureza e o poder reparador do fluido depurado dos bons Espritos (Revista Esprita, abril 1865). Desde que esses fluidos benficos so dos Espritos Superiores, ento, o concurso deles que preciso obter. O fluido dos bons Espritos necessariamente mais puro e, por isso, tem propriedades mais ativas (Revista Esprita, janeiro 1864) Pelas colocaes acima expostas, de Allan Kardec, fica, portanto, bem esclarecido que na aplicao do passe fundamental a sintonia do mdium passista com a Espiritualidade maior, atravs de mentalizaes superiores, sobretudo a prece. No a orao mecnica, displicente, apressada, mas com devotamento e fervor. Alis, Joanna de Angelis, na obra Dimenses da Verdade, discorrendo sobre esse assunto, esclarece-nos que A orao precipitada com que muitos tentam atrair as vibraes salutares, no ato da assistncia, raramente consegue criar um clima psquico no agente ou no paciente que seja favorvel ao xito do empreendimento.

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Infelizmente, alguns de ns, mdiuns passistas, diminumos ou inviabilizamos os bons resultados por no conseguirmos um clima adequado sintonia com os Mentores Espirituais. Nas reunies pblicas, por exemplo, h s vezes a ocorrncia de alguns mdiuns passistas que chegam atrasados ou ficam desatentos palestra, cochilam, durante a reunio, oram apressadamente e mecanicamente, ou mantm o pensamento disperso revivendo as atividades do dia-a-dia. H, ainda, a considerar os que tm o hbito de conversaes negativas antes da abertura dos trabalhos, quando sabemos que toda referncia mental fator de induo, produzindo ideoplastias positivas ou malss, de acordo com a natureza do pensamento emitido, alm de atrair desencarnados que delas se alimentam . claro que, nestas circunstncias no se forma um clima adequado para sintonizar e absorver as energias dos bons Espritos, doando o passista, no exerccio da fluidoterapia, apenas o seu prprio fluido animalizado, sendo essa uma das razes, conforme citamos anteriormente, de alguns se sentirem cansados. Alis, Andr Luiz nas obras, Nos Domnios da Mediunidade, caps. 2 e 17 e Conduta Esprita cap. 28, esclarece que o mdium passista no deve "jamais temer a exausto das foras magnticas" porquanto ele se coloca na posio de simples elo de uma cadeia de socorro, ligandose Espiritualidade maior, algo semelhante a uma tomada eltrica, dando passagem energia e luz. Esclarece, ainda que, assimilando correntes superiores, enriquece os raios vitais de que so dnamos comuns. Allan Kardec, por sua vez, tambm registra em O Livro dos Mdiuns, item 176, que os Espritos superiores aumentam a fora e a vontade do mdium curador, decuplicando ou centuplicando os resultados.

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11.3 - Bases Doutrinarias para Aplicao do Passe"Jesus no disse tudo o que tinha a dizer, porque no seria compreendido, mesmo pelos seus apstolos" (livro A Gnese, cap. 17, item 37) Jesus tinha razo em dizer aos seus apstolos: "H muitas coisas que no posso vos dizer porque no as compreendeis", uma vez que o progresso das cincias era indispensvel para uma sadia interpretao de algumas de suas palavras. (livro A Gnese, cap.65) Pelos textos da Codificao acima transcritos, conclui- se que, na poca de Jesus, a gerao no estava em condies de compreender muitas coisas; a cultura era limitada e, devido a essa limitao, faltavam idias e terminologias apropriadas para possibilitar mais claro e completo desenvolvimento de certas partes dos ensinos do Cristo, razo das parbolas, do vu alegrico de muitos pontos do Evangelho; era a semente lanada a terra para germinar, crescer e brotar na poca prpria. (Ressaltamos, porm, que na parte moral o Mestre foi bastante explcito). A questo de a Providncia s gradualmente revelar as verdades, proporo que a humanidade se vai mostrando amadurecida para as receber, vide a obra Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXIV, se aplica tambm ao Espiritismo, eis que nem tudo pode ser desenvolvido em certa gerao, sobretudo no campo da mediunidade, indubitavelmente no aspecto cientfico da Doutrina. Esta a posio de Kardec, ele enfatiza que "cada coisa tem de vir na poca prpria"; a semente lanada na terra, fora da estao, no germina. E acrescenta: "com admirvel prudncia se conduzem os Espritos ao darem suas instrues. S gradual e sucessivamente consideraram as diversas partes j conhecidas da Doutrina, deixando as outras para serem

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reveladas medida que for oportuno faz-las sair da obscuridade" Pelo exposto, podemos entender porque o Codificador apenas apresentou, na poca, a teoria bsica da mediunidade curadora, no envolvendo aprofundamento, sobretudo no que diz respeito tcnica do passe deixando seu complemento para o futuro, no momento apropriado, em que o progresso das cincias; fornecessem aos homens informaes da mecnica da energia, sobretudo criando terminologia apropriada para nossa compreenso. No prprio Livro dos Mdiuns, item 175, o Codificador apenas citou levemente a matria aqui tratada, "porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo, para os limites em que precisamos ater-nos. Quando um correspondente da cidade de Lion lhe escreveu pedindo detalhamentos, Allan Kardec lhe respondeu explicando as duas razes por que no se aprofundou relativamente mediunidade curadora. A 1, pela sobrecarga de trabalho sendo impossvel fazer tudo ao mesmo tempo. Quanto 2 causa, ele esclareceu que "o conhecimento da mediunidade curadora uma das conquistas que devemos ao Espiritismo que comea; ainda no pode, de um s golpe, mostrar-nos todos os fatos que abarca" (Revista Esprita, setembro, 1865) No foi somente no que diz respeito mediunidade curadora que o assunto no foi aprofundado, deixando o seu desenvolvimento para o futuro. As aparies tangveis, por exemplo, somente tiveram seu estudo desenvolvido a "posteriori", com a terminologia de "materializao". Na realidade, como poderia o Codificador expor o de