Uma vez nasceu um menino (peça de teatro) giríssima e mt fácil para as crianças!
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Transcript of Uma vez nasceu um menino (peça de teatro) giríssima e mt fácil para as crianças!
Joana Serra Castro/1
Uma vez nasceu um Menino (29 personagens)
(à boca do palco que está às escuras, aparece um pajem com um
pergaminho e lê a modo de pregão)
Pajem
Uma bela história Vamos apresentar, Passada à muito tempo E que devemos lembrar. Tudo aconteceu numa aldeia Que se chamava Belém, Numa noite muito fria E muito escura também. Mas melhor do que contar, É ver o que se passou Nessa noite encantada Em que uma estrelinha brilhou.
(o palco ilumina-se lentamente. Vê-se uma cabana humilde.
Entram José e Maria, que está grávida, caminhando devagar em direcção à entrada)
José
Vamos querida Maria, Que daqui a pouco é dia.
Maria
(olhando para a cabana) José, esposo meu, Não te quero preocupar, Mas não será melhor Procurar outro lugar?
José
Não te preocupes, mulher, Pois Deus lá em cima Olhará pelo nosso menino.
Maria E que nome lhe daremos?
José: (espirra) At…at…chim!
Maria Santinho!
José
Santinho não gosto! Que tal Jesus? É um nome bonito Para o nosso menino
(apagam-se as luzes do palco e ouve-se o choro de um recém nascido. As luzes voltam a acender-se progressivamente, a cabana ilumina-se destacando as figuras de José, Maria e o
Menino, já deitado nas palhinhas)
Estrela
(solene, majestosa) Por ser uma estrela, Sou a primeira a chegar. Com a minha suave luz Venho iluminar O pequeno Jesus E a todos felicitar
Anjo
(tropeça quando entra. Levanta-se a custo e fica um pouco aborrecido) “Paz na Terra aos homens De boa vontade!” Acreditem que do céu Este anjo desceu. Vim lá do alto Para vos dizer Que o deus menino Acaba de nascer.
Burro
(à esquerda de José, Jesus e Maria) Sou um velho burro. Com o meu bafo quente Vou aquecer o Menino, Os amigos e os parentes.
Vaca
(à direita de José, Jesus e Maria) O meu leitinho Podes sempre beber Para ficares gordinho E num instante crescer.
Maria
Eu sou Maria A mãe do Menino. Cuido-o e protejo-o Com muito carinho.
José
E eu sou José Sou carpinteiro E um berço bonito Farei com esmero.
(começam a aparecer as personagens)
Padeira
Sou a padeira Embora não tenha dente Trago pãozinho bom Para os teus parentes.
Joana Serra Castro/3
Sapateiro
sou um hábil sapateiro Trago-te estas botas Para um dia jogares À bola com os teus pares.
Pastor
Sou um pobre pastor… Pastava o meu gado E vi uma estrela a brilhar Com muita fé a segui Para te vir saudar.
Lavadeira
Triste e cansada, Lavava a roupa no rio. Um peixe apareceu E disse-me: alegra-te, mulher O Menino já nasceu! ”
Cozinheiro
Tenho um restaurante Na cidade de Belém. Convido-te para lá ires E aos teus pais também.
Talhante
Eu tenho um talho Com boa carninha, Para cozer com legumes E fazer uma sopinha.
Moleira
Eu tenho um moinho No alto da colina. De lá trouxe trigo E um saco de farinha.
Pastora
Tenho um rebanho Com muitas ovelhinhas Ofereço-te lã Para as tuas camisolinhas.
Cantor
(aparece o cantor um tanto espalhafatoso) Como sou cantor Só a voz posso oferecer E prometo-te, Jesus, Cantar até ao amanhecer.
Camponesa
(traz umas peças de fruta e latas) Eu sou camponesa, Dou-te os meus produtos, Compotas e geleias Feitas com varios produtos.
Músico
Trago-te uma flauta. Ainda não sabes tocar Mas como sou músico Aqui estou para te ensinar.
Dentista
Eu sou dentista Ainda não tens dentes… Mas daqui a um ano Venho ver como te sentes.
Professora
Eu sou professora E pensei em oferecer Um livro muito bonito Para aprenderes a ler.
Capuchinho Vermelho e o
Lobo
Juntos viemos trazer-te A cestinha da avó, Em sumos, frutas E um delicioso pão de ló. (o lobo uiva)
Rato
(alvoroçado) Eu sou o rato E vim a correr Para, num ápice, Te conhecer.
Gato das botas
(as suas intenções não são as de visitar o menino, mas sim outras) Sou um gato famoso, Herói de uma história: Persigo os ratos E tenho boa memória. (e começa logo a perseguir o rato)
Lavadeira
(gritando, às costas da camponesa) Um rato, Deus meu, Que me estraga o dia! Eu alguém o agarre Com grande valentia.
Joana Serra Castro/5
Moleira
(expulsando o rato, que procura refúgio atrás dos sacos de trigo e farinha) É verdade, senhora. O mesmo eu digo: Fora daqui, animal, Para longe do meu trigo.
Rato
(pondo-se de joelhos e pedindo ajuda, desesperado) Ai, Maria! Ai, José! Não respeitam nada. O gato vai comer-me Debaixo das tuas barbas.
Jesus
(abraçando o rato) Não tenhas medo, O mal não vencerá. Com amor e carinho O bem triunfará.
Taxista
(ouve-se uma buzina) O meu táxi está à porta E já está preparado Para guardar os presentes Não viajem carregados!
(entram finalmente os três reis magos)
Belchior
Cansados mas contentes, Por fim chegámos. Muitas terras De camelo atravessámos. Eu sou o Belchior Trago-te este ouro Porque nesta terra Não há maior tesouro.
Gaspar
Eu, Jesus, sou o Gaspar. Ofereço-te incenso Para poderes queimar.
Baltazar
Eu sou o Baltazar E mirra te ofereço Desejo-te felicidades E dou-te o meu apreço.
Gato das Botas
(regressa com as mesmas intenções) Já vi que hoje Não posso caçar Vou passar o dia Sem me alimentar.
Baltazar
trouxemos provisões Na garupa dos camelos. Pajem, dá-lhe de comer Para ele não desfalecer.
Pajem
anda, gato faminto, Não fiques assim. Já aqui tenho comida Para fazeres um festim.
José
(chegando-se à frente) Obrigado, amigos, Por tudo o que fizeram. O nosso menino agradece Tudo o que trouxeram
Maria
(chegando-se à frente) Muito obrigada Pela vossa companhia Que veio dar calor A esta cabana sombria. (aponta para a cabana)
Jesus
E Eu, que sou Jesus, Desejo-vos do coração Muitas felicidades Amor e compreensão
(Aparecem todas as personagens e, por fim, junta-se ao grupo o pajem, que se põe à frente de
todos e diz algumas palavras)
Pajem
E aqui termina A nossa história A todos agradecemos E pedimos com fervor: Pratiquem o bem, Encham o mundo de AMOR!