UMA MODELAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS APLICADA … · Aos amigos que juntos estamos concluindo...
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FACULDADE IETEC
Andreza Cristiana da Silva
UMA MODELAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS APLICADA AO
ENSINO SUPERIOR COM ÊNFASE NA EVASÃO ESCOLAR
Belo Horizonte
2017
Andreza Cristiana da Silva
UMA MODELAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS APLICADA AO
ENSINO SUPERIOR COM ÊNFASE NA EVASÃO ESCOLAR
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado da Faculdade Ietec, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas.
Área de concentração: Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas
Linha de pesquisa: Gestão de Processos, Sistemas e Projetos
Orientadora: Profa. Dra. Wanyr Romero Ferreira Faculdade Ietec
Belo Horizonte
Faculdade Ietec
2017
Silva, Andreza Cristiana da.
S586m Uma modelagem de dinâmica de sistemas aplicada ao ensino superior com ênfase na evasão escolar / Andreza Cristiana da Silva. - Belo Horizonte, 2017.
66 f., enc.
Orientadora: Wanyr Romero Ferreira.
Dissertação (mestrado) – Faculdade Ietec.
Bibliografia: f. 53-56
1. Ensino superior - Evasão. 2. Dinâmica de sistemas. 3. Gestão institucional. 4. FIES. 5. SISU. I. Ferreira, Wanyr Romero. II. Faculdade Ietec. Mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. III. Título.
CDU: 681.3.03:378
Andreza Cristiana da Silva. Uma modelagem de dinâmica de sistemas aplicada ao ensino
superior com ênfase na evasão escolar.
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado em Engenharia e Gestão de
Processos e Sistemas da Faculdade Ietec,
como requisito parcial à obtenção do título de
Mestre em Engenharia e Gestão de
Processos e Sistemas.
Área de concentração: Engenharia e Gestão
de Processos e Sistemas
Linha de Pesquisa: Gestão de Processos,
Sistemas e Projetos.
Orientador: Profa. Dra. Wanyr Romero
Ferreira
Faculdade Ietec
Aprovada pela banca examinadora constituída pelos professores:
______________________________________________________________ Profa. Dra. Wanyr Romero Ferreira – Ietec
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
Belo Horizonte, 25 de fevereiro de 2017.
Faculdade Ietec
Rua Tomé de Souza, 1065 - Belo Horizonte, MG - 30140-131 - Brasil - tel.: (031) 3116-1000 - fax (031)
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão de
Processos e Sistemas
Faculdade Ietec
Dedico esse trabalho ao meu filho Sttanley pela compreensão e apoio. Grande foi a
ausência durante essa caminhada e mesmo assim sempre me estimulava a
continuar. Aos meus pais e minhas irmãs que sempre me deram forças.
AGRADECIMENTOS
A Deus porque D’Ele e por Ele são todas as coisas.
A Profa. Dra. Wanyr Romero Ferreira por toda compreensão, competência e
incansável dedicação. O conhecimento que adquiri com ela nessa caminhada levarei
por toda vida, como profissional e como pessoa.
Ao Prof. Dr. José Helvécio Martins pela experiência que muito contribuiu para vida
acadêmica.
Ao Prof. Rafael Amantéa que de forma dinâmica foi o transmissor de grande
conhecimento para realização desse trabalho.
Ao meu filho Sttanley pelo amor e compreensão.
A minha família pelas palavras de encorajamento.
Ao amigo Reginaldo Eustáquio que foi muito importante na decisão desse curso.
Ao amigo Ricardo Botelho pelas repreensões e palavras que contribuíram para que
acreditasse em mim.
Ao Wanderson, colega e amigo que adquiri nessa caminhada e que muito contribuiu
para a realização desse trabalho.
Aos amigos que juntos estamos concluindo essa etapa e que me ajudaram a não
desistir em vários momentos.
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
Rm.8.28
RESUMO
O ensino superior brasileiro apresentou na última década um crescimento
significativo em relação a anos anteriores. Investimentos governamentais em
políticas públicas permitiram o ingresso no ensino superior de jovens que, de outra
forma, não teriam condições para tal. Porém, o aumento de ingressantes devido a
esses incentivos não evitou a evasão escolar que é um problema com o qual as
instituições de ensino têm convivido. É necessário que se identifiquem os porquês e
formas de aumentar a taxa de permanência do aluno no curso. Vários são os fatores
que interferem na evasão tais como, auxílio na escolha do curso, conciliação entre
trabalho e estudos, base de ensino, entre outras. O presente trabalho utiliza a
técnica de Dinâmica de Sistemas para modelar o sistema de ensino no Brasil e
analisar a influência das políticas públicas na redução da evasão no ensino superior,
com foco no Fies e no Sisu, que afetam diretamente a rede privada e pública de
ensino. Os resultados mostraram que as políticas públicas têm efeito significativo
nas taxas de evasão. Há três vezes menos evasão entre os alunos que têm um dos
dois tipos de financiamento considerados. A contribuição desse estudo estende-se
aos gestores das instituições de ensino superior pois reforça a importância da
criação de mecanismos e ações de permanência dos alunos.
Palavras-chave: Ensino superior. Dinâmica de sistemas. Políticas públicas. FIES.
SISU.
ABSTRACT
Brazilian higher education has presented significant growth in the last decade in
relation to previous years. The opportunities afforded by government investments
were an attitude that allowed several students to enter higher education. However,
with the increase of these opportunities, some candidates did not evaluate important
conditions for the stay in the course of entry. There are several factors that interfere
with evasion, such as investigating the interests of the area of action (for example,
through vocational tests), work reconciliation and studies, teaching base, among
others interfering with school dropout, a problem that has institutions. The present
work using the systems dynamics shows the influence of public policies in the
reduction of evasion in higher education, focusing on Fies and Sisu, which directly
affect the private and public education network. The results of the implementation of
the aforementioned variables confronted real data proving that public policies
mitigate evasion. According to statistical data, the model has shown that students
with financing reduce dropout by up to three times. The contribution extends to
Higher education institutions managers in the creation of mechanisms to maintain or
develop students' permanence actions.
Keywords: Higher education. Dynamics of systems. Public policy. FIES. SISU.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Exemplo de enlace positivo e enlace negativo ......................................... 34
Figura 2 - Diagrama de estoque e fluxo .................................................................... 35
Figura 3 - Componentes utilizados na Dinâmica de Sistemas .................................. 36
Figura 4 - Modelo conceitual ..................................................................................... 38
Figura 5 - Parte do diagrama referente aos alunos do Sisu (Setor Público) ............. 42
Figura 6 - Parte do diagrama referente aos alunos do Fies (Setor Privado) ............. 43
Figura 7 - O modelo com a inclusão das políticas públicas (Fies e Sisu) .................. 44
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Crescimento de instituições de ensino superior no período de 2000 a
2014 ..................................................................................................... 21
Gráfico 2 - Evolução da educação superior – graduação no período entre 2005 a
2015 ..................................................................................................... 22
Gráfico 3 - Evolução das taxas de escolarização líquida e bruta na educação na
faixa etária de 18 a 24 anos ................................................................. 23
Gráfico 4 - Trajetória dos estudantes no curso de ingresso ................................... 28
Gráfico 5 - Taxa de Evasão no Curso no 1º ano…………………………………….31
Gráfico 6 - Evolução do número de matrículas. Período de 2009 - 2015 .............. 40
Gráfico 7 - Ingressos no Fies ................................................................................. 46
Gráfico 8 - Evolução no número de matriculados no setor privado........................ 47
Gráfico 9 - Concluintes no Setor Privado ............................................................... 48
Gráfico 10 - Evolução do número de ingressos no Sisu .......................................... 48
Gráfico 11 - Evolução no número de matriculados no setor público ........................ 49
Gráfico 12 - Concluintes no setor público ................................................................ 50
Gráfico 13 - Matriculados no setor privado (com Fies) ............................................ 50
Gráfico 14 - Simulação Evasão Pv e Evasão Fies ................................................... 51
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição de bolsas - PROUNI, no período 2012 - 2015 .................... 24
Tabela 2 - Evolução do Fies no período de 2009 a 2015 ........................................ 25
Tabela 3 - Número de candidatos inscritos no Sisu – período de 2010 a 2015 ...... 25
Tabela 4 - Número de vagas Sisu – Período de 2010 a 2014 ................................. 26
Tabela 5 - Crescimento anual percentual das taxas de evasão (de cada ano em
relação ao ano anterior) ......................................................................... 29
Tabela 6 - Evasão total no período de 2004 a 2015 ................................................ 39
Tabela 7 - Evasão média no setor público e no setor privado, no período de 2004 a
2015 ....................................................................................................... 41
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNE Conselho Nacional de Educação Conaes Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MEC Ministério de Educação e Cultura LDB Lei das Diretrizes e Bases da Educação FIES Fundo de Financiamento Estudantil PNE Plano Nacional de Educação PDE Plano de Desenvolvimento da Educação Pnaes Plano Nacional de Assistência Estudantil Prouni Programa Universidade para Todos Reuni Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais Brasileiras SEMESP Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior SESU Secretaria de Educação Superior Sinaes Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Sisu Sistema de Seleção Unificada UAB Universidade Aberta do Brasil
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ............................................................................................... 16
2.1 Objetivo geral ............................................................................................. 16
2.2 Objetivos específicos .................................................................................. 16
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 17
3.1 História do ensino superior no Brasil .......................................................... 17
3.2 Regulamentação do ensino superior .......................................................... 17
3.2.1 Conselho Nacional de Educação ................................................................ 18
3.2.2 Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – Conaes ........... 18
3.2.3 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior .............................. 19
3.2.4 Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes ..................................... 19
3.3 As Instituições de Ensino Superior ............................................................. 20
3.3.1 Evolução do ensino superior – Graduação no Brasil .................................. 21
3.3.2 Plano de Desenvolvimento da Educação para o ensino superior............... 22
3.4 Evasão no ensino superior brasileiro .......................................................... 26
3.5 Causas…………………………………………………………………………....29
4 METODOLOGIA ........................................................................................ 33
4.1 Dinâmica de Sistemas ................................................................................ 33
4.1.1 Diagramas causais ..................................................................................... 33
4.1.2 Estoque e fluxo ........................................................................................... 34
4.1.3 Variáveis auxiliares ..................................................................................... 35
4.2 Cálculo da variável evasão ......................................................................... 36
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO……………………………………………….46
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 53
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 55
ANEXO A – Equações ............................................................................... 59
14
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas o ensino superior teve um aumento crescente tanto nas
Instituições de Ensino Superior (IES) públicas quanto nas privadas. As políticas
públicas introduzidas pelos governos favoreceram o ingresso de estudantes de
classe média e baixa nas universidades. De acordo com o Censo de 2013, os cursos
superiores tiveram 130% de aumento entre 2000 e 2013 e o número de ingressantes
aumentaram 76,4% (INEP, 2014).
O ensino superior pode ser visto como um bem público, na medida em que toda a
sociedade se beneficia cultural, econômica e socialmente ao ter acesso à educação
superior de qualidade (MIZRAHI; MEHREZ, 2001). A educação é imprescindível
para o crescimento econômico de um país. Sendo a educação direito garantido pelo
Estado, de acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 205 e a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação nº 9394, o ensino superior pode ser ofertado por instituições
públicas ou privadas.
Na segunda metade do século XX, o Brasil foi marcado por um crescimento
significativo do número de alunos no ensino superior em busca de melhor formação
profissional e expectativa de novas oportunidades de trabalho. Para a Secretaria de
Educação Superior (SESu), os desafios da educação superior no Brasil podem ser
condensados na tríade: expansão, qualidade e democratização (MEC, 2014). Ainda
com avanços no ingresso de indivíduos no ensino superior, o Brasil não conseguiu
atingir a meta estabelecida pelo Plano Nacional da Educação (PNE), entre 2001 e
2010 que seria pelo menos 30% da faixa etária de 18 a 24 anos.
Mesmo com a expansão das instituições de ensino superior, vários desafios são
encontrados para garantir o processo de formação do aluno, uma vez ingresso. A
evasão tem sido um dos fatores que têm interrompido o avanço desse aluno, sendo
responsável por vários prejuízos. A busca por intervenções que possam diminuir o
impacto causado por esse fator tem sido alvo de vários estudos, uma vez que a
evasão traz prejuízos tanto econômicos quanto sociais (BAGGI e LOPES, 2001).
15
Qualquer estudo que pretende analisar as diversas variáveis que afetam o
desempenho de cursos superiores envolve estudar o comportamento de sistemas
interativos complexos. Por isto, é importante identificar uma ferramenta adequada
para um estudo teórico de tais sistemas. Uma dessas ferramentas é a modelagem
dinâmica de sistemas, uma abordagem poderosa para entender o comportamento
de sistemas complexos ao longo do tempo. A metodologia de dinâmica de sistemas,
criada por Jay Forrester na década de 1950, tem se mostrado adequada em várias
áreas do conhecimento (FORRESTER, 1961).
Vários trabalhos que utilizam a dinâmica de sistemas em estudos de modelagem de
sistemas educacionais têm sido encontrados na literatura recente. Groff (2013)
explorou a dinâmica do atual sistema educacional dos Estados Unidos utilizando a
modelagem de dinâmica de sistemas. Seu estudo mostrou a aplicação prática desta
ferramenta para entender as correlações entre os vários fatores que afetam o
desempenho do sistema educacional dos Estados Unidos e contribuiu para criar
políticas públicas de melhorias na educação.
Murthy, Gujrati e Iyer (2010) apresentam um modelo de simulação dinâmica de
sistemas de um programa de educação a distância em um instituto de engenharia na
Índia. Os resultados das simulações auxiliaram os gestores a planejar futuros
investimentos do programa.
Em seu trabalho, Strauss (2010) trata do importante papel da educação superior
para o país no âmbito econômico e social, principalmente, apontando as dificuldades
encontradas pelo Brasil em alcançar seus objetivos. Mostra como a modelagem
pode conduzir a decisões e intervenções para um ensino superior de qualidade. O
trabalho de Strauss, apesar de abrangente não levou em consideração a evasão
escolar no ensino superior.
Assim, este trabalho visa ampliar a análise de Strauss (2010) introduzindo a evasão
escolar e analisar o impacto de políticas públicas sobre as variáveis envolvidas no
modelo e apresentar medidas que possam mitigar essa evasão.
16
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Elaborar um modelo de dinâmica de sistemas que permita analisar o efeito das
políticas públicas sobre a evasão escolar no ensino superior e analisar medidas que
podem ser tomadas para diminuir esta evasão.
2.2 Objetivos específicos
a) adaptar o modelo de Strauss (2010) para incluir a variável evasão e o efeito
das variáveis “FIES” e “SISU”;
b) validar o modelo de dinâmica de sistemas que incorpore as diversas variáveis
envolvidas;
c) descrever e analisar o comportamento dinâmico do ensino superior,
considerando as condições atuais do Brasil.
17
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 História do ensino superior no Brasil
O ensino superior no Brasil surgiu no século XIX. Com a chegada dos portugueses ao
Brasil, houve as primeiras instituições culturais e científicas seguindo este nível. Porém,
nenhum avanço ocorreu nessa linha da educação que era oferecida pelos jesuítas,
numa linha religiosa. Aqueles que se interessavam pelo ensino superior tinham que ir à
Europa, especificamente em Coimbra (SHIGUNOV e MACIEL, 2008).
Com a vinda da família real, houve o interesse de criar essas escolas a nível
universitário. A primeira foi fundada na Bahia e no Rio de Janeiro em 1808. Em 1810,
foi assinada pelo Príncipe Regente uma carta de lei criando a Academia Real Militar da
Corte que mais tarde se transformaria na Escola Politécnica.
Com essa base histórica, o ensino superior era de caráter independente, profissional e
elitista, uma vez que o acesso era restrito, pois atendia a um grupo de pessoas que não
mais podiam ir a Europa para tal finalidade. A partir daí muitas foram as tentativas da
ampliação/criação de escolas de nível superior no Brasil, mas nenhuma delas teve
sucesso. Somente em 1912, surge a primeira universidade no Brasil no estado do
Paraná, porém durou apenas três anos. Em 1920, surgiu a Universidade Federal do Rio
de Janeiro que fundiu os cursos superiores da cidade.
3.2 Regulamentação do ensino superior
A regulamentação do ensino superior no Brasil, deu-se pelo decreto nº 5773, de 9 de
maio de 2006, onde ocorre a regularização, supervisão e avaliação das IES no Brasil
conforme art. 84, inciso IV, da Constituição e tendo em vista o disposto nos artigos 9º,
inciso VI, VIII e IX e 46 da Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que rege a
educação no território nacional – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A
legislação educacional brasileira estabelece que “a educação abrange os processos
18
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais.” (LDB, 1996).
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o
órgão responsável pela avaliação do ensino superior no /Brasil, gerando índices e
informações que norteiam o processo de organização, conduzido pelo MEC buscando a
qualidade da educação superior. O mecanismo utilizado para aquisição desses
indicadores são avaliações aplicadas a esses discentes, por meio do Exame Nacional
de Desempenho de Estudantes (ENADE) que integra o Sistema Nacional Educação
Superior (SINAES).
A seguir, apresenta-se uma descrição dos órgãos que, atualmente, são responsáveis
por esse processo.
3.2.1 Conselho Nacional de Educação
O Conselho Nacional de Educação (CNE) é um órgão colegiado integrante
do Ministério da Educação (MEC) criado no ano de 2005 e responsável por colaborar e
formular políticas educacionais em nível federal bem como exercer função de
assessoramento, deliberação e normatização das ações do MEC. É composto por
representantes da sociedade civil.
3.2.2 Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – Conaes
Órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável por coordenar e supervisionar o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), do qual faz parte o
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Tem, entre suas funções, a
de elaborar propostas de desenvolvimento das Instituições de Ensino Superior (IES)
com base nas informações produzidas nos processos que organiza.
19
3.2.3 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sinaes é formado por três
componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos
estudantes. Ele avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o
ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a
gestão da instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos. O
sistema possui uma série de instrumentos complementares: autoavaliação, avaliação
externa, Enade, avaliação dos cursos de graduação e instrumentos de informação
(censo e cadastro). Os resultados das avaliações possibilitam traçar um panorama da
qualidade dos cursos e instituições de educação superior no País. Os processos
avaliativos são coordenados e supervisionados pela Conaes. A sua operacionalização é
de responsabilidade do Inep.
As informações obtidas com o Sinaes são utilizadas pelas IES para orientação da sua
eficácia institucional e efetividade acadêmica e social, pelos órgãos governamentais
para orientar políticas públicas, e pelos estudantes, pais de alunos, instituições
acadêmicas e públicas em geral, para orientar suas decisões quanto à realidade dos
cursos e das instituições.
3.2.4 Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
O ENADE foi criado pela Lei 10861, de 14 de abril de 2004. É um dos pilares do
SINAES. Segundo o INEP (2015), o objetivo do ENADE é:
avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial, integrando o Sinaes, juntamente com a avaliação institucional e a avaliação dos cursos de graduação.
O exame é obrigatório para aqueles alunos os quais o curso tenha sido selecionado e a
não realização da prova, impossibilita o aluno de concluir sua graduação, pois a
20
liberação do diploma está condicionada a tal fator. A primeira aplicação ocorreu em
2004 e a periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento.
3.3 As Instituições de Ensino Superior
As IES brasileiras podem se classificar em públicas ou privadas. As IES públicas são
aquelas mantidas pelo Poder Público podendo ser federal, estadual ou municipal. As
IES privadas são dirigidas por pessoa física ou jurídica e visam lucro. Podem ser
consideradas como uma atividade econômica, onde existe a oferta e a demanda
(MONDINI, 2005; DOMINGUES, 2005).
De acordo com o nível acadêmico, as IES são classificadas em:
a) Universidades - instituição de ensino que oferece uma pluralidade de cursos –
graduação e pós-graduação, além de apresentar requisitos mínimos de titulação
acadêmica sendo um terço de mestres e doutores. A carga de trabalho do corpo
docente terá um terço em regime integral. É independente para criar cursos e
sedes acadêmicas e administrativas, expedir diplomas, fixar currículos e número
de vagas, firmar contratos, acordos e convênios, entre outras ações, respeitados
as legislações vigentes e a norma constitucional;
b) Centros universitários – da mesma forma que as universidades, os centros
universitários têm cursos em várias áreas do conhecimento (pluridisciplinar).
Normalmente são menores que as universidades. Não está definido na LDB (Lei
de Diretrizes e Bases) e não apresenta o requisito da pesquisa institucionalizada;
c) Faculdades – diferente das universidades, atuam com menor número de ofertas
de cursos além de não ter a função de promover a pós-graduação. Pode atuar
como uma unidade orgânica de uma universidade, sendo uma repartição
administrativa que faz parte da sua estrutura e não tem autonomia jurídica;
d) Institutos Federais – são modalidades voltadas para a formação técnica.
Oferecem ensino médio integrado ao ensino técnico, cursos técnicos, cursos
superiores de tecnologia, licenciaturas e pós-graduação. A denominação
21
remonta à Lei 11.892/08 que renomeou os Centros Federais de Educação
Profissional e Tecnológica (CEFETs) e as Escolas Técnicas.
De acordo com a LDB, art. 44, a educação superior confere cursos de graduação, pós-
graduação, sequenciais e extensão. A pós-graduação pode ser lato sensu, dirigida pela
Secretaria de Educação Superior (SESu) e stricto sensu, dirigida pela Comissão de
Aperfeiçoamento Pessoal do Nível Superior (CAPES). O curso de graduação atribui
diplomas de bacharel, licenciatura e tecnólogo.
3.3.1 Evolução do ensino superior – Graduação no Brasil
Com o apoio da LDB/96 garantindo a abertura e permanência das instituições privadas
de ensino e com a concordância do Governo Federal e o MEC, a partir de 1995 houve
um crescimento rápido de IES. O Gráfico 1 mostra o aumento de instituições no
período de 2000 a 2014. Observa-se que o crescimento das IES privadas foi de mais de
100%, no período, enquanto as instituições públicas cresceram menos de 70%.
Gráfico 1 - Crescimento de instituições de ensino superior no período de 2000 a 2014
Fonte: Sindata/SEMESP/Base Censo Inep
22
A evolução do ensino superior não pode ser analisada considerando apenas o
crescimento do número de IES. É importante fazer uma avaliação entre os ingressantes
regularizados e concluintes, observando assim o compromisso dos alunos e a
efetividade do sistema.
Na última década, a evolução das matrículas no ensino superior foi de 73,6% (INEP,
2015). O Gráfico 2 mostra a evolução da educação superior – graduação no período
entre 2005 a 2015.
Gráfico 2 - Evolução da educação superior – graduação no período entre 2005 a
2015
Fonte: Inep/Censo da Educação Superior
3.3.2 Plano de Desenvolvimento da Educação para o ensino superior
A proposta elaborada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) considera como objetivo
aumentar a escolaridade média de 18 a 29 anos buscando atingir no mínimo 12 anos
de estudo e 25% dos mais pobres equiparando a escolaridade média entre negros e
não negros declarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Anseia
também elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa
23
líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta e
expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público (META 8
e 12). Considera-se como taxa de bruta a razão entre o número total de matrículas
(independente da faixa etária) e a população correspondente na faixa etária prevista
para o curso na etapa de ensino. A taxa de escolarização líquida representa a razão
entre o número de matrículas de alunos com idade prevista para estar cursando
determinada etapa de ensino e a população total na mesma faixa etária. O Gráfico 3
mostra essa evolução no período de 2001 a 2014.
Gráfico 3 - Evolução das taxas de escolarização líquida e bruta na educação na faixa
etária de 18 a 24 anos
Fonte: Inep/Censo da Educação Superior
O caráter objetivo das ações, traduzido em metas, é o ponto alto do PDE - uma
tentativa de diminuir a enorme defasagem que o Brasil apresenta em relação aos
países desenvolvidos numa área estratégica para o crescimento. Em 2015, as
matrículas no ensino superior superaram a marca histórica de 8 milhões de alunos
matriculados, equivalente ao tamanho do ensino médio (INEP, 2015). Para alcançar
24
essas metas foram criados programas que facilitassem a ampliação de ingressos no
ensino superior. Entre as ações tratadas no PDE em relação ao ensino superior,
destacam-se:
Programa Universidade para Todos – ProUni . Criado pela Lei nº11.096, de 13 de
janeiro de 2005, tem como objetivo a oferta de bolsas de estudo em instituições
privadas de ensino superior. A seleção é realizada pela nota que o candidato alcança
no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). As bolsas disponibilizadas podem ser
integrais ou parciais, dependendo da renda bruta familiar. No ano de criação do
programa, o SISPROUNI (Sistema do ProUni) foi concedido 112.275 bolsas ao todo. A
Tabela 1 apresenta a evolução no aumento de bolsas ofertadas no período de 2012 a
2015.
Tabela 1 - Distribuição de bolsas - PROUNI, no período 2012 - 2015
Distribuição de bolsas
Ano Integrais Parciais Total
2012 98.728 96302 195030 2013 108696 53643 162329 2014 131636 59989 191625 2015 135616 77497 213113
Fonte: Elaborada a partir da do Resumo da distribuição de bolsas ProUni 2012- 2015
Fundo de Financiamento Estudantil – FIES. Criado pela Lei nº 10.260, de 12 de julho
de 2001, é um programa do governo federal que financia cursos superiores não
gratuitos e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (Sinaes). Em 2004, foi ajustado com taxa de juros de 6,5% a.a. para 3,4% a.a..
Em 2016, o programa passou por mudanças para os candidatos retornando a taxa de
juros para 6,5%a.a (MEC, 2016). A Tabela 2 mostra a evolução do número de inscritos
no programa no período de 2009 a 2015.
25
Tabela 2 - Evolução do Fies no período de 2009 a 2015
Ano Total Geral Total com FIES
2009 4460683 133089
2010 4764062 151035
2011 4991898 220603
2012 5160266 434000
2013 5389948 817081
2014 5878199 1303202
2015 6080989 1332369 Fonte: Inep, 2015.
Sistema de seleção unificada – Sisu. É o sistema informatizado por meio dos quais
instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do
Enem. Instituído em janeiro de 2010, o Sisu realiza dois processos seletivos por ano, a
cada início de semestre. A Tabela 3 mostra o número de inscritos no Sisu no período
de 2010 a 2015.
Tabela 3 - Número de candidatos inscritos no Sisu – período de 2010 a
2015
INSCRITOS
ANO 1ª EDIÇÃO 2ª EDIÇÃO TOTAL
2010 793910 231931 1025841
2011 1080193 446508 1526701
2012 1757399 642878 2400277
2013 1949958 788719 2738677
2014 2559987 1214259 3774246
2015 2791334 1095050 3886384
Fonte: Mec/SESu/Dipes, 2015.
A Tabela 4 apresenta o número de vagas destinadas ao Sisu no período de 2010 a
2014. Houve um crescimento durante esse intervalo tanto na primeira quanto na
segunda edição do processo.
26
Tabela 4 - Número de vagas Sisu – Período de 2010 a 2014
VAGAS
ANO 1ª EDIÇÃO 2ª EDIÇÃO TOTAL
2010 47913 16573 64486
2011 83125 26336 109461
2012 108560 30548 139108
2013 129319 39724 169043
2014 171401 51412 222813 Fonte: Mec/SESu/Dipes, 2015.
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades –
REUNI. Busca aumentar o ingresso e a permanência no ensino superior. Tem como
objetivo dobrar o número de alunos nas graduações em dez anos, contados a partir de
2008 favorecendo assim o ingresso de 680.000 alunos a mais nas graduações. Para a
conquista dessa meta, todas as universidades federais aderiram ao programa e
apresentaram ao Ministério da Educação, planos de reestruturação, conforme a
orientação do REUNI. Espera-se aumento de vagas, ampliação e abertura de cursos
noturnos, aumento do número de alunos por professor, diminuição do custo por aluno, a
flexibilização de currículos e o combate a evasão.
Universidade Aberta do Brasil – UAB. O programa almeja a ampliação e
interiorização da oferta de cursos superiores à distância, principalmente para
professores atuantes na educação básica. Deseja-se também atender as outras áreas
da educação (gestores e administrativos). O objetivo é a disseminação e o
desenvolvimento de metodologias educacionais.
3.4 Evasão no ensino superior brasileiro
Apesar do Brasil ter registrado um avanço de 5,5 milhões de estudantes matriculados
nas IES nos últimos 15 anos, a evasão atinge 25% dos alunos no setor privado e 12%
no setor público (UNIVERSIA BRASIL, 2015). A evasão é um dos problemas que
inquieta as instituições de ensino tanto no Brasil quanto no exterior (SILVA FILHO et al.,
2007).
27
Pode-se definir a evasão como um número de estudantes que iniciou um curso, porém
não o concluiu no período determinado. Segundo Zago (2016) “a evasão parasita todo
o sistema e traz consequências ruins para o ensino privado, público e para a
sociedade”. De acordo com dados do MEC (1997), pela Comissão Especial de Estudos
sobre a Evasão nas Universidades Brasileiras, há três tipos de evasão: o desligamento
do curso superior (abandono), a transferência, trancamento ou exclusão pela instituição
de ensino, e a evasão do sistema, podendo ser definitiva ou temporária (SOUZA et al.,
2012).
O discente ao ingressar em uma IES, nem sempre tem certeza da escolha do curso.
Com o passar do tempo, vai perdendo o entusiasmo e a falta de afinidade com as
disciplinas faz com que a expectativa passe a não existir mais. Em outros casos, a
dificuldade por não conseguir acompanhar os conteúdos gera uma frustação que
resulta com a decisão de evadir. Uma parte desses alunos nem sempre apresenta
quesitos insuficientes para se manter no curso, porém muitos compõem uma demanda
reprimida que trazem consigo um despreparo oriundo do tempo em que passou fora de
uma instituição de ensino.
A evasão no ensino superior é um fator que vem se arrastando há tempos, se fazendo
presente em todas as instituições de ensino pelo Brasil. De acordo com o cenário atual,
Araújo (2013, p. 27) descreve a evasão como “[...] categoria antitética à permanência, é
abordada de forma mais significativa nas publicações dos anos 1980 e 1990,
especificamente por meio de estudos de casos, com discussões sobre suas causas
relacionadas [...]”. De acordo com a autora, nos últimos vinte anos, houve um aumento
significativo de estudos voltados este tema, porém, o número ainda é escasso.
Segundo relatam Bardagi e Hutz (2009, p. 95), “a evasão no ensino superior é um
fenômeno em expansão no Brasil, mas são poucos os estudos sobre as características
da evasão e suas consequências na vida do estudante”.
28
Apesar de ser um fator de peso negativo, são poucas as instituições que traçam
estratégias para reduzir a evasão. Com o aumento de IES, as instituições acabam
tendo um gasto elevado com propagandas para atrair o cliente (aluno) e esquecem que
não basta conquistá-lo, mas mantê-lo até o fim do curso. A falta de planejamento,
organização de um banco de dados e análise de boas práticas são comportamentos
que contribuem para um cenário favorável no combate à evasão, segundo Silva Filho et
al., 2007.
Não se pode banir a evasão do processo, pois engano na escolha do curso, exigência
de estudo acima do esperado para quem busca somente um diploma e transferência
para IES mais desejadas entre outras são razões que sempre existirão. O Gráfico 4
mostra a trajetória dos estudantes no curso de ingresso no período de 2010 a 2014, nas
IES da rede privada e da rede federal.
Gráfico 4 - Trajetória dos estudantes no curso de ingresso
Fonte: Inep/ Censo da Educação Superior, 2015.
Observa-se que as taxas de evasão cresceram ao longo do período e foram sempre
maiores na rede privada que na rede federal. A evasão na rede privada teve uma
29
evolução média de 64%. Entretanto, a taxa de crescimento anual desta variável (taxa
de evasão) é maior para a rede pública. A Tabela 5 mostra este crescimento de cada
ano em relação ao ano anterior (INEP, 2015).
Tabela 5 - Crescimento anual percentual das taxas de evasão (de cada ano em
relação ao ano anterior)
IES 2011/2010 (%)
2012/2011 (%)
2013/2012 (%)
2014/2013 (%)
Rede privada 132,0 28,6 18,7 13,6
Rede pública 154,2 44,1 21,7 15,1
Dados: Adaptado de Inep, 2015.
De acordo com Gilioli (2016, p. 27), o que justifica um número menor dos evadidos nas
instituições públicas é a gratuidade do curso associado com a dificuldade de mudar de
área do conhecimento, além do crédito que as instituições refletem no meio acadêmico.
3.5 Causas
Com o aumento de instituições de ensino superior, o número de ingressos tem
acompanhado esse crescimento, tanto na rede pública quanto na privada. A adoção de
políticas públicas é considerada um fator relevante para essa evolução. A evasão
escolar vem aumentando a cada ano e tem sido alvo de inúmeros estudos que buscam
entender e criar estratégias para minimizá-la. Numa análise de pesquisas acadêmicas
realizadas no período de 2000 a 2012, Santos (2014) aponta como direções para essa
temática: Gestão, Olhar em relação ao estudante, Políticas públicas e Políticas de
permanência.
Pinto (2010) relata que as políticas públicas contribuem positivamente para diminuir o
número de evadidos. Para ele, os alunos oriundos do PROUNI, ao manter um bom
aproveitamento se sentem estimulados a continuar seus estudos. Sem dizer ainda que
um olhar para essas políticas reduz as diferenças de possibilidades na área estudantil.
Estudos do MEC também comprovam que alunos agraciados com bolsas do PROUNI
evadem menos.
30
De acordo com Araújo (2013), as instituições dão grande importância à captação de
alunos, e fazem grandes investimentos em marketing como se esta fosse a batalha
principal. Porém, há a necessidade de ações que garantam que esse aluno permaneça
até a conclusão do curso. Existe uma carência de estudos sobre estudantes que se
mantêm no curso de ingresso até sua conclusão.
Vários autores apontam causas diversas para a evasão no ensino superior. Para
Hipólito (2016) as principais causas são: inadaptação ao ensino superior por falta de
maturidade do aluno, formação básica deficiente, dificuldade financeira, irritação com a
precariedade dos serviços oferecidos, falta de motivação e atenção dos professores e
mudança de curso. Para Souza et al. (2016), são: falta de apoio familiar, condições
financeiras, a falta de orientação vocacional, repetência nas disciplinas que têm a
matemática como pré-requisito, a localização da IES e condições associadas ao
trabalho. Borges (2011) acrescenta os fatores: incertezas na escolha do curso quanto à
atuação profissional, falta de tempo para dedicação aos deveres acadêmicos, inchaço
no mercado de trabalho e mudanças na vida familiar. Para Fritsch (2015), os principais
fatores ligados à taxa de evasão são: desempenho parcial, média geral da turma ao
final do período, número de reprovação a cada semestre, dificuldades em acompanhar
o conteúdo, grau de cobrança de cada disciplina, número de alunos por turma e
créditos concluídos.
Lobo (2012) ressalta, como fatores que afetam a permanência do aluno, a baixa
qualidade da educação básica e do ensino médio brasileiro, a delimitação das políticas
públicas, a falta de maturidade na escolha da carreira profissional, a dificuldade na
movimentação acadêmica, liberação para funcionamento de novos cursos, melhor
planejamento para financiamentos estudantis, despreparo dos docentes e fracasso na
promoção de medidas no combate à evasão.
De acordo com Bardagi (2009) e Hutz (2009), ao ingressar no meio acadêmico superior,
o estudante tem dificuldades em adaptação. São inúmeras as diferenças percebidas
31
entre o ambiente escolar e o ambiente universitário, onde as instituições não traçam
formas de alcançar esse estudante no novo ambiente levando à evasão. Os
estudantes, no deslocamento ensino médio – ensino superior, precisam harmonizar
essas mudanças acadêmicas, vocacionais e sociais que surgem nessa transição
(ALMEIDA; SOARES, 2003).
Segundo Hipólito (2015), quando o primeiro semestre do curso torna-se o foco dos
índices de evasão, esse valor pode chegar a 40 ou 50% dos estudantes. O que
preocupa as instituições é que “perdendo essa quantidade de alunos no primeiro
semestre, a universidade está deixando de receber receita por, no mínimo, 4 anos”.
Assim pode-se perceber a influência econômica que a evasão causa no sistema
acadêmico. Os impactos financeiros apresentam-se muito contundentes, uma vez que o
aluno não renova a matrícula, gera uma perda de receita altíssima para a instituição.
Segundo Capelato (SEMESP, 2016), estudos comprovaram:
que alunos com Fies evadem três vezes menos que aqueles sem o financiamento, daí a importância de se criarem políticas públicas para inovar em formas de financiamento estudantil, para que mais jovens possam frequentar o ensino superior.
O Gráfico 5, apresenta a evolução da taxa de evasão considerando o primeiro ano no curso. Gráfico 5 – Taxa de Evasão no Curso no 1º ano
Fonte: Sindata/Semesp/Base Censo INEP (SEMESP, 2016)
32
Estudos apontam para uma redução na modalidade presencial sendo compensado por
um acréscimo no setor na modalidade à distância. Percebe-se também a dificuldade de
alcançar a meta proposta pelo PNE para 2014 que seria elevar a taxa de escolaridade
da população de 18 a 24 anos para 33% no ensino superior, pois se encontra em 17%.
Dos estudos citados, observa-se a complexidade do tema e, consequentemente, a
dificuldade em se estudar e encontrar soluções. Uma ferramenta utilizada para
entender sistemas complexos é a dinâmica de sistemas. Ela foi desenvolvida por Jay
W. Forrester a partir do século 20 e utiliza técnicas ligadas à ciência e à engenharia
(GARCIA, 2006).
Sterman (2000) ressalta a importância das ferramentas de simulação por trabalharem
com elementos de complexidade dinâmica, que não aparecem em modelos mentais,
mesmo sendo eles o ponto de partida para elaboração do modelo dinâmico. Esses
elementos que compõem o sistema interligando variáveis que diretamente ou
indiretamente influenciam no modelo proporcionam a análise e orientação na tomada
de decisões.
A metodologia de dinâmica de sistemas e o pensamento sistêmico têm um importante
papel, do ponto de vista de aprendizagem organizacional, em função da “possibilidade
de avaliar os padrões de comportamentos do sistema visando o aprimoramento dos
modelos mentais compartilhados das pessoas que têm o poder de tomar decisões”
(ANDRADE1, 1997 apud STRAUSS, 2010). Desta metodologia, é possível trabalhar o
pensamento sistêmico e entender o comportamento de partes em causas e efeitos
muitas vezes distantes no tempo e no espaço (SOUZA et al., 2007), possibilitando
verificar diferentes influências que o sistema pode gerar.
1 ANDRADE, Aurélio Leão de et al. Pensamento Sistêmico: caderno de campo: o desafio da mudança sustentada nas
organizações e na sociedade. Porto Alegre: Bookman, 2006.
33
4 METODOLOGIA
A técnica de modelagem usada neste trabalho é a Dinâmica de sistemas. Esta é uma
ferramenta que permite a análise de sistemas complexos que apresentam interação
entre diversas variáveis. O modelo é implementado no software iThink.
4.1 Dinâmica de Sistemas
A teoria ou disciplina Dinâmica de Sistemas (System Dynamics) é antes de tudo uma
nova linguagem que permite expressar mais adequadamente as cadeias de eventos
circulares (loops) existentes na natureza. Através de diversos tipos de diagramas
(causais, estoque e fluxo) é possível expressar graficamente um sistema (um pedaço
bem delimitado da natureza) possibilitando ver mais claramente a complexidade
dinâmica (ao longo do tempo) das relações entre as partes do mesmo (VILLELA, 2005).
4.1.1 Diagramas causais
Os diagramas de ciclo causal (modelos causais ou feedback) são relações que servem
para descrever uma situação-problema em consequência da sua estrutura e atividades
interconectadas. Buscam explicitar as relações de causa e efeito dentro do contexto do
problema. Existem apenas dois tipos de enlace de feedback: positivo ou reforçador e
negativo ou balanceado (STERMAN, 2000). A Figura 1 apresenta um exemplo de
enlace positivo (se o número de nascimentos aumenta, a população aumenta e vice-
versa) e de enlace negativo (se o número de mortes aumenta, a população diminui e se
a população aumenta o número de mortes aumenta).
34
Figura 1 - Exemplo de enlace positivo e enlace negativo
Fonte: Adaptado de STERMAN, 2000.
Os modelos mentais de sistemas dinâmicos e complexos não são bem definidos
podendo gerar distorções no resultado. Uma vez que esse sistema é simplificado a um
diagrama com suas variáveis interconectadas e equações matemáticas, pode ser
analisado e entendido, viabilizando resultados e detectando intervenções ou até
mudanças extremas. A elaboração do diagrama com suas respectivas conexões faz
com que a interação das variáveis da situação-problema seja entendida de forma
simples e eficiente. O raciocínio causal é a chave para se reorganizar ideias num
estudo de Dinâmica de Sistemas.
4.1.2 Estoque e fluxo
Estoques e fluxos são centrais em Dinâmicas de Sistemas (FERNANDES, 2001;
STERMAN, 2000). A Figura 2 apresenta um esquema no qual estas variáveis se
interconectam.
Nascimentos População+
+
População Mortes
+
-
35
Estoques representam acúmulo ou decréscimo de algum recurso (água, dinheiro,
prestígio pessoal, produto químico, etc.) depende do que aconteceu no passado. Os
estoques são variáveis de estado e podem ser considerados como repositórios no qual
algo é acumulado, armazenado e potencialmente passado para outros elementos do
sistema (DEATON; WINEBRAKE, 2000). Eles fornecem uma visão de como está o
sistema em qualquer instante do tempo. E quaisquer mudanças nos estoques, que
ocorrem devido à ação dos fluxos, demandam certo tempo, ou seja, não são
instantâneas (COVER, 1996).
Figura 2 - Diagrama de estoque e fluxo
Fonte: Adaptado de STERMAN, 2000.
Fluxos representam o transporte de recursos (água, dinheiro, prestígio pessoal, produto
químico, etc.) no sistema. Os fluxos são vazões controladas por equações e por isto
são representados por um ícone parecido com “uma torneira sobre um cano”. Os fluxos
são medidos em unidade de uma grandeza qualquer (metros, por exemplo) por unidade
de tempo (segundo, por exemplo) (VILLELA, 2005). Os fluxos por sua vez, são
variáveis de ação, e podem alterar os estoques, aumentando ou diminuindo seus
volumes (POWERSIM, 1996).
4.1.3 Variáveis auxiliares
As variáveis auxiliares servem para formular os dados, para definir as equações dos
fluxos. Elas servem para combinar, através de operações algébricas, os fluxos, os
estoques e outros auxiliares. São usadas para modelar as informações e não o fluxo
físico, sendo capazes de se alterar instantaneamente, sem atrasos (COVER, 1996). Os
Estoque
Fluxo de
entrada
Fluxo de
saída
36
conectores representam as inter-relações entre todos os componentes do sistema
(REINALDE et al., 2005). São essas inter-relações que ligam os componentes que
formarão uma expressão matemática (DEATON; WINEBRAKE, 2000).
A Figura 3 apresenta os componentes que inter-relacionam os elementos de um
sistema. O estoque pode ser associado a um reservatório que é ligado aos fluxos
(saída e entrada) que o alimentam. São calculados analiticamente por integrais e os
fluxos são apresentados como derivadas. Auxiliar é uma variável que está associada ao
sistema. Os conectores fazem as ligações entre essas variáveis e suas equações.
Figura 3 - Componentes utilizados na Dinâmica de Sistemas
Fonte: REINALDE et al., 2005.
4.2 Cálculo da variável evasão
Silva Filho et al. (2007) utilizam um cálculo básico para o estudo da evasão
considerando o número de alunos matriculados em um certo ano, os concluintes e
ingressos. Os dados de matriculados, ingressantes e concluintes utilizados nesse
trabalho foram obtidos do INEP.
A taxa de evasão de um ano em relação ao ano anterior pode ser obtida da equação:
E(n) = 1 – [ M(n) – I(n)]/[M(n-1) – C(n-1)] (1)
em que:
37
E – Taxa de Evasão
M – Matriculados
C – Concluintes
I – Ingressos
n – ano em estudo
(n – 1) – ano anterior
A partir do modelo de Strauss (2010), introduziram-se duas variáveis: os alunos
bolsistas do Sisu e Fies como estudo para analisar o impacto dessas políticas públicas
na redução da evasão no ensino superior. Não considerou o ensino à distância (EaD)
neste trabalho. Os alunos que concluem o ensino médio são direcionados basicamente
para três setores: ensino superior público ou privado, onde se considera como variáveis
os alunos bolsistas do Sisu e Fies, respectivamente, e para o mercado de trabalho. Os
alunos bolsistas do Sisu, alimenta a Demanda Pb e os alunos bolsistas do Fies
alimenta a Demanda Pv.
De acordo com o referencial teórico, podem-se pontuar os fatores mostrados na Figura
4, como causas da evasão no ensino superior.
Estes fatores envolvem:
a) políticas públicas, representadas pelo Fies, Sisu, Pnaes e ProUni;
b) taxa de aprovação e de reprovação;
c) estrutura física;
d) teste vocacional;
e) precariedade do ensino básico;
f) dificuldade em conciliar trabalho e estudo;
g) suporte pedagógico;
h) localização;
i) salas equipadas.
38
Dentre essas políticas públicas, este trabalho considerou o Fies e o Sisu, que afetam
diretamente o setor privado e o setor público, respectivamente. Além disso, as variáveis
são calculadas a partir de valores disponibilizados pelos órgãos governamentais. Vários
dos outros fatores são qualitativos e carentes de estudos mais aprofundados.
Figura 4 - Modelo conceitual
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
A Tabela 6 mostra a evasão total no período de 2004 a 2015 utilizando a equação 1.
Os dados foram coletados a partir das informações divulgadas nos Censos da
Evasão ES
Políticas públicas
ProUni
FiesPnaes
Sisu
Teste vocacional
Capacitação de
profissionais
Trabalho vs estudo
Aprovação/
reprovaçãoEstruturas físicas
Precariedade do
ensino básico
Salas equipadas
Suporte ao aluno
(pedagógico/psicológico)
Localização
39
Educação Superior (INEP, 2004-2015). Observa-se que a média de evasão geral é de
22,75%, no período considerado.
Tabela 6 - Evasão total no período de 2004 a 2015
ANO MAT ING CONC EVASÃO (%)
2004 4223344 1646414 633363 24,31%
2005 4567798 1805102 730484 23,04%
2006 4883852 1965314 762633 23,94%
2007 5250147 2138241 786611 24,49%
2008 5808017 2336899 870386 22,23%
2009 5954021 2065082 959197 21,24%
2010 6379299 2182229 973839 15,97%
2011 6739689 2346695 1016713 18,73%
2012 7037688 2747089 1050413 25,03%
2013 7305977 2742950 991010 23,79%
2014 7828013 3110848 1027092 25,30%
2015 8027297 2920222 1150067 24,91% Fonte: Elaborado a partir de dados do Inep (2004-2015) e da equação de Silva Filho et al. (2007)
Legenda: MAT = número de alunos matriculados, ING = número de ingressantes, CONC = número de concluintes e
EVASÃO = percentagem de alunos evadidos.
O Gráfico 6 mostra a evolução das matrículas em várias modalidades de ingresso. A
regulamentação do Fies com diminuição da taxa de juros de 6,5% para 3,4% a.a.
(SISFIES, 2015), houve um aumento significativo das matrículas de alunos com Fies e
com outros financiamentos estudantis impactando de forma similar as matrículas em
geral. As matrículas sem financiamento tiveram um decréscimo.
40
Gráfico 6 - Evolução do número de matrículas. Período de 2009 - 2015
Fonte: Elaborado a partir de dados de Inep, 2015.
A Tabela 7 apresenta os dados de evasão média no setor público e no setor privado, no
período de 2004 a 2015. No setor público, onde atua o Sisu, a evasão foi sempre menor
que no setor privado. Tomando valores médios no período considerado, no setor
público a média foi de 14,06%, enquanto no setor privado foi de 25,86%.
Sabe-se que os concluintes do ensino médio se distribuem nos setores: público, privado
e na demanda reprimida. A análise parte dos Matriculados no Ensino Médio, pois esse
é o gargalo inicial. Sem o ensino médio não haveria ingresso no Ensino Superior. O
modelo de Matriculados no Ensino Médio depende dos ingressos no ensino em idade
escolar e também dos alunos que ingressam tardiamente no ensino. O ingresso no
ensino superior se dá pelo acesso por meio das políticas públicas Sisu, Fies e
instituições privadas. Analisando as variáveis que atuam no setor público, como mostra
41
a Figura 5, a taxa de ingressos por meio do Sisu foi calculada pela razão entre o
número de vagas ofertadas pelo Sisu e o número total de candidatos a se inscrever no
Sisu, no período de 2010 a 2015. O Sisu recebe uma porcentagem dos alunos que
concluem o ensino médio e alunos da demanda reprimida. Consideraram-se candidatos
ao Sisu, concluintes do ensino médio e candidatos que voltam ao ensino superior. Foi
considerado um Delay de 7,5 anos, contabilizando o tempo que o aluno leva para
concluir mais um prazo equivalente a 50% do tempo esperado para conclusão,
condição para as instituições públicas. Para simular o crescimento da taxa de ingresso
baseado nos dados reais e manter o crescimento similar ao crescimento real, foi
realizado um arranjo matemático, para manter esse crescimento. Logo, foi criado um
fluxo extra que possibilita o crescimento e correção da taxa de ingresso de acordo a
tendência baseado nos dados do passado. Esse novo fluxo corrigi a taxa de ingresso
antes de simular a situação do Sisu. O valor de 0.011 da taxa de ingresso no Sisu inicial
é um valor que foi encontrado após varias simulações.
Tabela 7 - Evasão média nos setores público e privado, no período de 2004 a 2015.
Ano Setor público (%) Setor privado (%)
2004 15,29 28,08
2005 12,02 27,33
2006 15,34 27,15
2007 12,98 28,46
2008 10,86 26,12
2009 18,83 22,15
2010 8,31 17,62
2011 11,71 21,31
2012 13,21 29,44
2013 15,61 26,92
2014 17,07 28,34
2015 17,53 27,40
Fonte: Elaborada a partir de dados de Inep, 2015.
42
Figura 5 – Diagrama de bloco referente aos alunos do Sisu (Setor Público)
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
No setor privado, a taxa de ingresso no Fies foi obtida pela razão entre o número de
ingressos com Fies e o total geral de ingressos considerando o período de 2009 a
2015. A taxa de evasão considerou a média nesse período. A Figura 6 apresenta a
modelagem para esse fluxo.
Neste trabalho, o modelo de Strauss (2010) foi adaptado para considerar a evasão no
setor público e privado como mostra a Figura 7. As variáveis que analisam o ensino à
C resc imento da taxa de ingresso
Demanda Pb
Demanda Pb
P resenc ial
s isu
Ingresso no Sisu C onc lusão do Sisu
Evasão Sisu
Taxa ingresso no s isu inic ial
Q uantidade alunos SISU
A no de inic io do SISUStep SISU
Delay SiSU
Delay C umprimento SISU
taxa de ingresso s isucorreção
43
distância não foram consideradas no modelo, pois o presente trabalho considera os
programas de incentivo à entrada no ensino superior no âmbito geral.
Figura 6 – Diagrama de bloco referente aos alunos do Fies (Setor Privado)
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
No setor privado o valor da evasão dos alunos foi calculado usando a equação 1 e
fazendo a média aritmética dos valores obtidos. No setor público, foi mantido o mesmo
valor. Foram agregadas as modelagens apresentadas nas Figuras 3 e 4 para observar
as interferências das políticas públicas na redução da evasão no ensino superior. Existe
um modelo que simula o ingresso, mas somente esse modelo não é o suficiente para
manter a taxa em crescimento, logo foi necessário o mesmo arranjo para correção da
taxa. A Figura 7 mostra a implementação dessas duas modelagens no iThink.
fies
taxa fies
ingresso fies
indice fies
correção fies
cons tante de ajus te
Matriculados Pv
Step adic ional de correção
Ingresso no Fies
Demanda PvEvasão Fies
C onc lusão do Fies
Demanda P v
P resenc ialStep Fies
44
Figura 7 - O modelo com a inclusão das políticas públicas (Fies e Sisu).
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
C resc imento da taxa de ingresso
Matriculados EMIngressos EM
fies
C onc lusão EM
População 15 a 19
~
Demanda Pb
Razão pop 15 a
19 no EM
~ Delay
cumprimento EM
EM máximo
O brigatoriedade
EM A no Iníc io
O brigatoriedade
Ens ino Médio
Step
Ens ino Médio
Evasão EM
Delay EM médio
Demanda ES
Reprimida
Entrada
Demanda ES
Saída Demanda
Reprimida
Ingressos Pv
Ingressos Pb
AtratividadePb X Pv
Percebida
Razão C andidatos
Percentual
Demanda
Demanda ES
Reprimida C alc
Demanda P v
Demanda Pb
Situação econômica
~
Função demanda
~
Percentual
Demanda
taxa fies
ingresso fies
indice fies
correção fies
cons tante de ajus te
Matriculados Pv
Step adic ional de correção
Ingresso no Fies
Demanda Pv
Função demanda
reprimida
~
Mercado de trabalho
Ingresso Mercado Des is te ES
Razão Candidatos
V olta ao ES
Des is te Demanda Reprimida
Evasão Fies
C onc lusão do Fies
Demanda Pb
P resenc ial
Demanda P v
P resenc ial
fies
s isu
Ingresso no Sisu C onc lusão do Sisu
Evasão Sisu
Taxa ingresso no s isu inic ial
Q uantidade alunos SISU
A no de inic io do SISUStep SISU
Step Fies
Delay SiSU
Delay C umprimento SISU
taxa de ingresso s isucorreção
45
O desenvolvimento do modelo de Ingressos no Sisu e Fies, e os seus respectivos
fluxos adicionais , foram modelados baseado em dados existentes. Para que o sistema
tivesse o comportamento similar ao real foram incorporados aos os fluxos de correções.
46
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O número de ingressos no Fies aponta para um crescimento significativo a partir do ano
de 2010, quando as taxas de financiamento caem e a demanda cresce, refletindo no
aumento de ingressos conforme o Gráfico 7. Esse crescimento permanece no período
de simulação. Porém, com as novas regras do programa esse comportamento pode
sofrer alterações que poderão ser confrontadas com a atualização dos dados a partir
desse ano.
Gráfico 7 - Ingressos no Fies
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
O número de matriculados no setor privado acompanhou o crescimento dos ingressos
no Fies, o que reforça a interferência que o programa afeta no número de matriculados
no ensino superior como mostra o Gráfico 8. Não houve como justificar a interferência
econômica que fez com que houvesse queda em 2016 e obviamente o sistema
considera essa queda para anos posteriores por falta de dados.
18:47 dom, 12 de f ev de 2017
Ev olução de ingresso no FIES
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
0
2000000
4000000
Ingresso no Fies: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1 1
1
1
2 2
2
2
3 3
3
3
4 4
4
4
5
5
5
5
6
6
6
7
7
7
8
8
8
9
9
9
10
10
10
11
11
12
12
13
13
14
14
15
1516 17
18 19 20
47
Gráfico 8 - Evolução no número de matriculados no setor privado
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
Os concluintes acompanham os crescimentos ocorridos no número de ingressos e
matriculados no setor privado sendo o comportamento das curvas em todas as
simulações irregulares como pode ser observado no Gráfico 9.
Pode-se acompanhar no Gráfico 10 a evolução do número de candidatos no Sisu desde
sua criação. A busca por uma oportunidade no setor público tornou-se mais atrativa. As
curvas apresentam um crescimento discreto e contínuo a partir de 2010, o que pode ser
justificado pelos investimentos em instituições públicas não serem tão dinâmicos quanto
no setor privado.
19:59 dom, 12 de fev de 2017
Evolução das Matrículas no setor privado
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
0
3000000
6000000
Matriculados Pv: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1 1
1
1
2
2
2
2
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5
5
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6
6
6
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7
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8
8
9
9
9
10
10
10
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12
13
13
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14
15
15
16
17 18
1920
48
Gráfico 9 - Concluintes no Setor Privado
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
Gráfico 10 - Evolução do número de ingressos no Sisu
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
20:23 dom, 12 de fev de 2017
Concluintes no Setor Privado
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
50000
600000
1150000
Conclusão Pv: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1 1
1
1
2
2
2
2
3
3
3
3
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4
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55
5
6
6
6
7
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7
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8
8
9
9
9
10
10
10
11
11
12
12
13
13
14
14
15
15
16
1718 19
20
20:31 dom, 12 de fev de 2017
Evolução do Sisu
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
0
10000000
20000000
Ingresso no Sisu: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1 11
1
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2
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3 3
3
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5
5
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6
7
7
7
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8
8
9
9
9
10
10
10
11
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12
13
13
14
14
15
15
16
1718
19
20
49
O Gráfico 11 apresenta a evolução no número de matriculados no setor público no
período analisado. Há uma forte demanda para esse setor de ensino mas observa-se
que esses números não se alteram significativamente ao longo dos anos. Uma das
explicações é o fato de que o número de vagas no setor público não se alterou de
forma significativa, no período, ao contrário do que ocorreu com o setor privado.
Gráfico 11 - Evolução no número de matriculados no setor público
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
O número de concluintes no setor público apresenta comportamento de poucas
variações de acordo com as simulações mostradas no Gráfico 12.
De acordo com o Gráfico 13, os valores reais e simulados apresentam a mesma
tendência sendo que no período de 2013 a 2015, os dados reais ficam acima dos
simulados.
20:22 dom, 12 de fev de 2017
Evolução das Matrículas no setor público
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
450000
950000
1450000
Matriculados Pb: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1
11
1
2
2
2
2
3
33
3
4
44
45
5 5
5
66
6
7
7
7
88
8
9 9
9
10 10
10
11
11
12
12
13
13
14
14
15
15
1617
1819
20
50
Gráfico 12 - Concluintes no setor público
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
Gráfico 13 - Matriculados no setor privado (com Fies)
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
21:13 dom, 12 de fev de 2017
Concluintes no Setor Público
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1980,00 1997,50 2015,00 2032,50 2050,00
Years
1:
1:
1:
50000
150000
250000
Conclusão Pb: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 20 -
1
11 1
2
22
2
3
33
3
4
44
4
5
5 5
5
6 6 67
7
78
8
8
99
9
10 10
10
11 1112
12
13
13
14
14
15
15
16 1718 19
20
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Alu
no
s M
atri
cula
do
s n
o E
nsi
no
Su
per
ior
pel
o F
ies
Tempo em anos
Dados Reais
Dados Simulados
51
O Gráfico 14 apresenta as simulações para evasão no ensino privado geral e para os
alunos com Fies. Considerando o período de 2010 a 2015, a evasão de alunos com
financiamento Fies é bem inferior à evasão tomada como um todo no ensino superior
privado.
Podemos observar o comportamento do setor público em relação ao privado (GRÁFICO
15). Em alguns anos a evasão no setor privado chega a ser o dobro da evasão no setor
público.
Gráfico 14 - Simulação Evasão Pv e Evasão Fies
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
Percebe-se que o Sisu e o FIES são variáveis significativas para o ingresso e também
para a permanência nas IES, contudo há pesos diferentes para o setor público e para o
setor privado.
O presente estudo enfatizou o período a partir de 2010 para o Fies onde a redução de
juros impulsionou a demanda, crescendo o número de ingressantes nos cursos de
0,00
50.000,00
100.000,00
150.000,00
200.000,00
250.000,00
300.000,00
350.000,00
400.000,00
19
80
19
84
19
88
19
92
19
96
20
00
20
04
20
08
20
12
20
16
20
20
20
24
20
28
20
32
20
36
20
40
20
44
20
48
Nú
mer
o d
e A
lun
os
Evad
ido
s
Tempo em anos
Evasão Ensino Privado Evasão Fies
52
graduação. Porém, o Fies foi reformulado em 2004. Ainda com taxas pouco atrativas
houve um dinamismo no ensino superior. Logo, os ingressos correspondente a esse
ano, considerando o período médio esperado de 5 anos para conclusão do curso
superior, pode-se verificar o impacto que a evasão sofreu nesse intervalo de 2004 a
2009 na rede privada.
Considerando o período de 2004 a 2015, a evasão dos alunos com o Fies apresenta
uma média de 7,5% se mantendo abaixo da curva de evasão de alunos sem o
financiamento. A evasão entre os alunos sem Fies oscila em torno de 30%, no período.
Estes resultados confirmam a importância das políticas públicas como ferramentas para
reter o aluno na graduação.
53
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve por objetivo elaborar um modelo de dinâmica de sistemas que
permitisse a análise das variáveis que afetam a evasão escolar no ensino superior e,
posteriormente, analisar medidas que podem ser tomadas para diminuir este fator.
Sob esse enfoque, adaptou-se o modelo de Strauss (2010) abordando-se a evasão por
meio das variáveis Fies e Sisu que, pelos dados levantados, afetam a evasão escolar.
Nos últimos anos houve um crescimento de alunos ingressantes no ensino superior
gerado principalmente pela influência de políticas públicas. No setor privado, o Fies
oportunizou o aumento dos ingressantes e a permanência do aluno, uma vez que o
fator econômico tem um peso importante. Já no setor público, o incentivo é movido pela
qualidade. Devido à concorrência por uma vaga ser muito grande, o aluno oriundo de
uma classe social mais baixa, tinha menos oportunidade devido à qualidade do ensino
básico.
Sendo assim, o comportamento dinâmico do ensino superior, considerando as
condições atuais do Brasil leva a seguinte dinâmica: há um crescimento do número de
ingressos nas IES, mas a taxa de permanência não acompanha esse comportamento.
Os resultados obtidos nesse estudo por meio do modelo de dinâmica de sistemas se
mostraram bastante eficiente para as diversas variáveis envolvidas, pois concordam
com a visão de diversos autores a respeito dos motivos para a evasão escolar.
O Fies é uma variável importante na busca pela diminuição da evasão no setor privado.
Pode-se observar através das análises que alunos contemplados com o benefício
evadem até três vezes menos em relação aos alunos que não possuem nenhum
incentivo. No setor público, os dados analisados mostraram que a evasão não
apresentou variação considerável nos períodos em estudo. O Sisu favoreceu o ingresso
de alunos com classe social mais baixa.
54
Esse trabalho não considerou alunos contemplados com benefícios do ProUni. Alunos
contemplados com bolsas no setor público mas que não conseguem nota do ENEM
para ingressarem no curso de sua preferência, migram para o setor privado. Nesse
setor sua nota do Enem pode ser suficiente para entrada no curso desejado.
De acordo com as variáveis que foram analisadas, financiamentos de qualquer espécie,
sendo ofertados pelo governo ou pela própria instituição, são ações positivas na
redução da evasão no setor privado.
Contudo, há outros fatores, alguns apresentados no item 4.2, onde apresentou-se um
modelo conceitual, muitos deles qualitativos, que afetam essa dinâmica e estudos
específicos podem gerar mais conhecimento e posteriores ações para favorecer a
permanência dos alunos no ensino superior.
55
REFERÊNCIAS
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56
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59
ANEXO A – As equações do modelo
AtratividadePb_X_Pv_Percebida(t) = AtratividadePb_X_Pv_Percebida(t - dt) +
(Mudança Percepção_atratividade) * dt
INIT AtratividadePb_X_Pv_Percebida = 0.5
INFLOWS:
Mudança Percepção_atratividade = (Atratividade_Pb_vs_Pv-
AtratividadePb_X_Pv_Percebida)/Delay_percepção
Demanda_ES_Reprimida(t) = Demanda_ES_Reprimida(t - dt) + (Entrada Demanda_ES
- Saída_Demanda_Reprimida - Desiste_Demanda_Reprimida) * dt
INIT Demanda_ES_Reprimida = 4000000
INFLOWS:
Entrada Demanda_ES = int(Razão_Candidatos+Volta_ao_ES)
OUTFLOWS:
Saída_Demanda_Reprimida = int(Ingressos_Pb+Ingressos_Pv)
Desiste_Demanda_Reprimida = INT(Demanda_ES_Reprimida*0.15)
Matriculados_EM(t) = Matriculados_EM(t - dt) + (Ingressos_EM - Evasão_EM -
Conclusão_EM) * dt
INIT Matriculados_EM = 1600000
TRANSIT TIME = 4
INFLOW LIMIT = INF
CAPACITY = INF
INFLOWS:
Ingressos_EM =INT(Max(População_15_a_19*1000000*Razão_pop_15_a
19_no_EM,Delay cumprimento_EM*População_15_a_19*1000000)/3)
OUTFLOWS:
Evasão_EM = LEAKAGE OUTFLOW
LEAKAGE FRACTION = normal(0.17,0.02)
NO-LEAK ZONE = 0
Conclusão_EM = CONVEYOR OUTFLOW
Matriculados_Pb(t) = Matriculados_Pb(t - dt) + (Ingressos_Pb - Conclusão_Pb -
Evasão_Pb) * dt
60
INIT Matriculados_Pb = 492232
TRANSIT TIME = 5
INFLOW LIMIT = INF
CAPACITY = INF
INFLOWS:
Ingressos_Pb = INT(min(Vagas_Pb,Demanda_Pb_Presencial)*Função_ingresso_Pb)
OUTFLOWS:
Conclusão_Pb = CONVEYOR OUTFLOW
Evasão_Pb = LEAKAGE OUTFLOW
LEAKAGE FRACTION = normal(0.1406,0.01)
NO-LEAK ZONE = 0
Matriculados_Pv(t) = Matriculados_Pv(t - dt) + (Ingressos_Pv - Conclusão_Pv -
Evasão_Pv) * dt
INIT Matriculados_Pv = 885054
TRANSIT TIME = 4
INFLOW LIMIT = INF
CAPACITY = INF
INFLOWS:
Ingressos_Pv = INT(min(Vagas_Pv,Demanda_Pv Presencial)*Função_ingresso_Pv)
OUTFLOWS:
Conclusão_Pv = CONVEYOR OUTFLOW
Evasão_Pv = LEAKAGE OUTFLOW
LEAKAGE FRACTION = normal(0.2275,0.08)
NO-LEAK ZONE = 0
Mercado_de_trabalho(t) = Mercado_de_trabalho(t - dt) + (Ingresso_Mercado -
Desiste_ES - Volta_ao_ES) * dt
INIT Mercado_de_trabalho = 9000000
TRANSIT TIME = 4
INFLOW LIMIT = INF
CAPACITY = INF
INFLOWS:
61
Ingresso_Mercado = Conclusão_EM-Razão_Candidatos
OUTFLOWS:
Desiste_ES = CONVEYOR OUTFLOW
Volta_ao_ES = LEAKAGE OUTFLOW
LEAKAGE FRACTION = Função_demanda reprimida
NO-LEAK ZONE = 0
Orçamento_ES_Setor_Público(t) = Orçamento_ES_Setor_Público(t - dt) + (Novos
recursos - Recursos anuais) * dt
INIT Orçamento_ES_Setor_Público = 0
INFLOWS:
Novos recursos = Orçamento_ES
OUTFLOWS:
Recursos anuais = Orçamento_ES_Setor_Público
Preço_esperado(t) = Preço_esperado(t - dt) + (Mudança percepção_preço) * dt
INIT Preço_esperado = Preço_inicial
INFLOWS:
Mudança percepção_preço = (Preço_indicado-Preço_esperado)/Delay_mudança
percepção_preço Vagas_Pb(t) = Vagas_Pb(t - dt) + (Criação_Vagas_Pb -
Fechamento_Vagas_Pb) * dt
INIT Vagas_Pb = Vagas_Pb_Inicial
INFLOWS:
Criação_Vagas_Pb =INT((1-Demanda atendida_Pb) *Incentivo_a_vagas_Pb_Percebido
*Vagas_Pb*Taxa_Criação_Pb)
OUTFLOWS:
Fechamento_Vagas_Pb = int(Vagas_Pb*Qualidade_Pb)
OUTFLOWS:
Vagas_Pv(t) = Vagas_Pv(t - dt) + (Criação_Vagas_Pv - Fechamento_Vagas_Pv) * dt
INIT Vagas_Pv = Vagas_Pv_Inicial
INFLOWS:
62
Criação_Vagas_Pv = IF (Preço_mensalidade>Preço_mínimo) THEN
INT(Incentivo_a_vagas Pv_Percebido*(1-
Demanda atendida_Pv)*(Vagas_Pv*Taxa_Criação_Pv)*Ocupação Vagas_Pv) ELSE 0
OUTFLOWS:
Fechamento_Vagas_Pv = int((Qualidade_Pv*Vagas_Pv) + (IF
Preço_mensalidade<Preço_mínimo THEN Vagas_Pv*Taxa Fechamento_Pv ELSE 0))
UNATTACHED:
Demanda_Pb = int
((Razão_Candidatos+Demanda_ES Reprimida_Calc)*AtratividadePb_X_Pv_Percebida)
UNATTACHED:
Demanda_Pv = int ((Razão_Candidatos+Demanda_ES Reprimida_Calc)*(1-
AtratividadePb_X_Pv_Percebida))
Atratividade_Pb_vs_Pv =((Min(1,Demanda atendida_Pb/Demanda atendida_Pv)
*Step_Peso concorrência)+Atrativ_preço*Step_Peso_preço+Qualidade_Pb_vs_Pv
*Step_Peso qualidade)
Atrativ_preço = Preço_esperado/Preço_indicado
Delay_EM_médio = 4
Delay_incentivo_a_vagas_Pv = 2
Delay_incentivo _vagas_Pb = 4
Delay_mudança _percepção_preço = 3
Delay_percepção = 3
Delay_recursos_ES = 3
Delay cumprimento_EM = SMTHN(Step_Ensino_Médio,Delay_EM_médio,2)
Demanda_ES Reprimida_Calc = Demanda_ES_Reprimida*Percentual Demanda
Demanda_vs_economia = Situação_econômica/Função_demanda
Demanda atendida_Pb = MIN(1,Vagas_Pb/Demanda_Pb_Presencial)
Demanda atendida_Pv = MIN(1,Vagas_Pv/Demanda_Pv Presencial)
Discrepância =
Min(1,(Matriculados_Pv+Matriculados_Pb+)*Distorção_idade/Meta_calculada)
Distorção_idade = 0.65
Efeito_da_ocupação_de_vagas_no_preço =
63
(Demanda atendida_Pv/Ocupação Vagas_Pv)^Sensitividade_do_Preço
em_função_das_vagas
EM_máximo = 0.9
Função_ingresso_Pb = normal(0.96,0.005)
Gasto_por_aluno Presencial_Pb = 12000
Incentivo_a_vagas_Pb_Percebido =
SMTHn(Incentivo_Vagas Pb_Presencial,Delay_incentivo vagas_Pb,0.01,1)*0.6
Incentivo_a_vagas Pv_Percebido = SMTH1(Incentivo vagas_Pv,Delay_incentivo
a_vagas_Pv,0.01)
Incentivo_Vagas Pb_Presencial = if ((Recursos_anuais Presencial/Matriculados_Pb) >
Gasto_por_aluno Presencial_Pb) then (Max(0,1-Discrepância)/Demanda
atendida_Pb)*Step_Público else 0
Incentivo vagas_Pv = Max(1-Discrepância,0)/Demanda atendida_Pv*LDB_1996
Incremento recursos = STEP(Percentual_Reuni, 2008)
Inicio_Sinaes = Step(1,2009)
LDB_1996 = Step_Privado+STEP(0.5,1996)
Meta = 0
Meta_calculada = (População_20_a_24/5*7)*1000000*Step_Meta
Obrigatoriedade EM_Ano_Início = 2012
Obrigatoriedade Ensino_Médio = 1
Ocupação Vagas_Pb = Min(1,Ingressos_Pb/Vagas_Pb)
Ocupação Vagas_Pv = MIN(1,Ingressos_Pv/Vagas_Pv)
Orçamento_ES = Recursos iniciais*(1+SMTHN(Incremento
recursos,Delay_recursos_ES,1,0))
Percentual_Reuni = 0.2
Peso_concorrência = 0
Peso_Preço = 0
Peso_qualidade = 0
Preço_indicado = MAX(Preço_mínimo,Preço_mensalidade)
Preço_inicial = 500
64
Preço_mensalidade = Preço_esperado*Efeito_da_ocupação_de_vagas_no_preço
Preço_mínimo = 400
Privado = 0
Público = 0
Qualidade_Pb = (1-Qualidade_Pb_vs_Pv)*Sinaes*Inicio_Sinaes
Qualidade_Pb_vs_Pv = 0.8
Qualidade_Pv = Sinaes*Qualidade_Pb_vs_Pv*Inicio_Sinaes
Razão_Candidatos = Conclusão_EM*Percentual Demanda
Recursos iniciais = 14000000000
Reuni = 0.15
Sensitividade_do_Preço em_função_das_vagas = -0.05
Sinaes = 0.03
Step_Ensino_Médio =Obrigatoriedade
Ensino_Médio*STEP(EM_máximo,Obrigatoriedade EM_Ano_Início)
Step_Meta = 0.3+Step(Meta,2008)
Step_Peso_preço = 0.15+STEP(Peso_Preço,2008)
Step_Peso_concorrência = 0.65+step(Peso_concorrência,2008)
Step_Peso qualidade = 0.20+STEP(Peso_qualidade,2008)
Step_Privado = 0.05+STEP(Privado, 2008)
Step_Público = 0.10+Step(Reuni,1999) + Step(Público,2008)
Taxa_Criação_Pb = 0.1
Taxa_Criação_Pv = 0.60
Taxa Fechamento_Pv = 0.05
Vagas_Ead Pb_Inicial = 2000
Vagas_Pb_Inicial = 126940
Vagas_Pv_Ead_Inicial = 100000
Vagas_Pv_Inicial = 277874
Função_demanda = GRAPH(Situação_econômica)
(6.00, 0.62), (6.74, 0.72), (7.47, 0.75), (8.21, 0.75), (8.95, 0.75), (9.68, 0.77), (10.4,
0.785), (11.2, 0.785), (11.9, 0.805), (12.6, 0.83), (13.4, 0.85), (14.1, 0.865), (14.8,
65
0.865), (15.6, 0.87), (16.3, 0.87), (17.1, 0.87), (17.8, 0.88), (18.5, 0.89), (19.3, 0.895),
(20.0, 0.915)
Função_demanda reprimida = GRAPH(TIME)
(1980, 0.55), (1987, 0.65), (1994, 0.78), (2001, 0.9), (2008, 0.85), (2015, 0.8), (2022,
0.8), (2029, 0.8), (2036, 0.8), (2043, 0.8), (2050, 0.8)
Função_ingresso_Pv = GRAPH(Demanda_vs_economia)
(10.0, 0.82), (10.8, 0.83), (11.6, 0.78), (12.4, 0.76), (13.2, 0.76), (13.9, 0.77), (14.7,
0.77), (15.5, 0.78), (16.3, 0.782), (17.1, 0.79), (17.9, 0.8), (18.7, 0.8), (19.5, 0.81), (20.3,
0.815), (21.1, 0.815), (21.8, 0.82), (22.6, 0.825), (23.4, 0.83), (24.2, 0.835), (25.0, 0.84)
População_15_a_19 = GRAPH(TIME)
(1991, 14.6), (1992, 15.0), (1993, 15.3), (1994, 15.7), (1995, 16.0), (1996, 16.5), (1997,
16.9), (1998, 17.3), (1999, 17.7), (2000, 17.9), (2001, 18.0), (2002, 17.9), (2003, 17.8),
(2004, 17.6), (2005, 17.4), (2006, 17.1), (2007, 16.9), (2008, 16.6), (2009, 16.5), (2010,
16.4), (2011, 16.4), (2012, 16.5), (2013, 16.6), (2014, 16.8), (2015, 16.9), (2016, 17.1),
(2017, 17.2), (2018, 17.2), (2019, 17.2), (2020, 17.0), (2021, 16.8), (2022, 16.5), (2023,
16.1), (2024, 15.7), (2025, 15.3), (2026, 14.9), (2027, 14.5), (2028, 14.1), (2029, 13.8),
(2030, 13.5), (2031, 13.3), (2032, 13.1), (2033, 12.9), (2034, 12.8), (2035, 12.7), (2036,
12.6), (2037, 12.5), (2038, 12.4), (2039, 12.4), (2040, 12.3), (2041, 12.2), (2042, 12.1),
(2043, 12.0), (2044, 11.9), (2045, 11.7), (2046, 11.6), (2047, 11.4), (2048, 11.2), (2049,
11.0), (2050, 10.8)
População_20_a_24 = GRAPH(TIME)
(1980, 11.5), (1981, 11.9), (1982, 12.3), (1983, 12.8), (1984, 13.1), (1985, 13.4), (1986,
13.6), (1987, 13.8), (1988, 13.9), (1989, 14.0), (1990, 14.0), (1991, 14.1), (1992, 14.2),
(1993, 14.2), (1994, 14.3), (1995, 14.5), (1996, 14.7), (1997, 14.9), (1998, 15.2), (1999,
15.5), (2000, 15.9), (2001, 16.3), (2002, 16.8), (2003, 17.2), (2004, 17.5), (2005, 17.8),
(2006, 17.8), (2007, 17.7), (2008, 17.5), (2009, 17.2), (2010, 17.0), (2011, 16.8), (2012,
16.5), (2013, 16.4), (2014, 16.3), (2015, 16.3), (2016, 16.4), (2017, 16.5), (2018, 16.7),
(2019, 16.8), (2020, 17.0), (2021, 17.1), (2022, 17.1), (2023, 16.9), (2024, 16.7), (2025,
16.4), (2026, 16.0), (2027, 15.6), (2028, 15.3), (2029, 14.8), (2030, 14.4), (2031, 14.1),
(2032, 13.7), (2033, 13.4), (2034, 13.2), (2035, 13.0), (2036, 12.9), (2037, 12.7), (2038,
66
12.6), (2039, 12.5), (2040, 12.5), (2041, 12.4), (2042, 12.3), (2043, 12.3), (2044, 12.2),
(2045, 12.1), (2046, 12.0), (2047, 11.8), (2048, 11.7), (2049, 11.7), (2050, 11.7)
Razão_pop_15_a 19_no_EM = GRAPH(TIME)
(1980, 0.17), (1987, 0.216), (1994, 0.33), (2001, 0.47), (2008, 0.531), (2015, 0.561),
(2022, 0.594), (2029, 0.624), (2036, 0.657), (2043, 0.687), (2050, 0.72)
Situação_econômica = GRAPH(TIME)
(1980, 6.71), (1985, 6.37), (1990, 6.35), (1995, 6.78), (2000, 6.95), (2005, 7.44), (2010,
8.41), (2015, 8.58), (2020, 8.95), (2025, 9.21), (2030, 9.48), (2035, 9.75), (2040, 10.0),
(2045, 10.3), (2050, 10.6)
Ingresso_no_Sisu: Delay_Cumprimento_SISU
Conclusão_do_Sisu: 5
Evasão_sisu: normal(0.14,0.001)
Quantidade_alunos_Sisu: STEP (((Conclusão_EM+Demanda_ES_Reprimida)*
Crescimento_da_taxa_de_ingresso)*0.85,2010)
Delay_Sisu: 7.5
Delay_cumprimento_Sisu: SMTHN(Step_SISU,Delay_SiSU,0)
Step_Sisu: STEP(Quantidade_alunos_SISU,Ano_de_inicio_do_SISU)
Ano_início_Sisu: 2010
Taxa_de_ingresso_Sisu:STEP(Taxa_ingresso_no_sisu_inicial,Ano_de_inicio_do_SISU)
Taxa_de_ingresso_Sisu_inicial: 0.011
Taxa_de_ingresso_no_Fies: GRAPH(TIME)
(2009, 0.030), (2010, 0.030), (2011, 0.040), (2012, 0.080), (2013, 0.150), (2014, 0.220),
(2015, 0.220)
Taxa_Fies: STEP((0.02*EXP(0.3966*Ingresso_Fies)-Constante_de_ajuste),2009)
Step_Fies:STEP((Saída_Demanda_Reprimida+Matriculados_Pv)*indice_fies,2010)
Ingresso_no_Fies: Step_Fies+Step_adicional_de_correção
Conclusão_do_Fies: 0.75
Evasão_do_Fies: normal(0.075, 0.08)
Step_adicional_de_correção: STEP(0.07*Matriculados_Pv,2013)
Ingresso_Fies: 0.06