7/26/2019 Uma História Do Baralho

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Uma história do Baralho, doTruco ao Poker

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por  Mauricio Garcia

em 14/08/2007 às 23:15 | Principal

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 Nunca pensei que por trás de algo simples como um baralho, pudesse existir tanta história esimbolismo.

Então, como a Revista Papo de Homem tambm cultura, e muitos de nós apreciamos !ogar truco, paci"ncia, p#quer, buraco$ en%im, aqui está a história e a evolu&ão do baralhode cartas. Nada como !ogar com conhecimento de causa.

Olhe que beleza o visual dessas cartas antigas, com os cantos arredondados

's cartas de !ogar surgiram no sculo (, na )hina. Essas cartas chinesas antigas eram*cartas de dinheiro+, e tinham quatro naipes moedas, %ilas de moedas, mir-ades de %ilas e

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deenas de mir-ades. Eram representados por ideogramas com n/meros de 0 a ( nos tr"s primeiros naipes e de 12( no naipe *deenas de mir-ades+.

Por utiliar dinheiro nas %iguras, %oi sugerido que tais cartas podem ter sido papel2moeda. 3design atual do !ogo de 4ah!ong 5uma espcie de dominó chin"s6 evoluiu dessas cartas.

Há controvrsias sobre a introdu&ão das cartas na Europa. 7 provável que os precursores do baralho moderno tenham chegado atravs dos 4amelucos do Egito, no %im dos anos 1899.' %orma do baralho !á era bem semelhante ao atual, com quatro naipes 5bastão de pólo,moedas, espadas e copos6.

)ada naipe continha 19 cartas numeradas e tr"s cartas da c#rte Rei, :ice2Rei e ;eputado.'s cartas mamelucas não mostravam %iguras humanas nas cartas da c#rte, mas %aiammen&ão a o%iciais militares.

 Perdeu, playboy!

 No %inal do sculo 1<, o uso do baralho rapidamente se espalhou pela Europa, comprovado por documentos advindos da poca na Espanha, =u-&a, >loren&a e Paris. ?m livro decontabilidade de uma duquesa de @uxemburgo comprovava a compra de um baralho, comdata de entrada de 1< de maio de 18A(.

's cartas da poca eram %eitas B mão, praticamente esculpidas em alto relevo em blocos demadeira, o que as tornavam caras. Por sorte, não muito tempo depois ocorreu o advento da

imprensa, por volta de 1<99. 4esmo assim, as cartas esculpidas chegavam a competir comas imagens religiosas, como o uso mais comum da madeira.

 Na Europa do sculo 1C, os naipes variavam. Podiam chegar a ser cinco. Na 'lemanha,eram copas, sinos, %olhas e bolotas, e ainda são utiliados em alguns !ogos at ho!e. NaDtália e na Espanha, cartas do sculo 1C eram dos naipes espadas, batons, copos e moedas.3 ar# surgiu na Dtália tambm no sculo 1C.

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Os quatro naipes de hoje

3s quatro naipes atuais F espadas, copas, ouros e paus F surgiram na >ran&a emaproximadamente 1<G9. 3 naipe de paus %oi uma evolu&ão da bolota alemã, assim como asespadas surgiram das %olhas. 's cartas da c#rte tambm %oram alteradas por volta desta

poca, para representar a sociedade europia.3riginalmente eram o Rei, o )avaleiro e o *nave+ 5=ervo6. ' dama surgiu na 'lemanha,onde as cartas eram ;ama, Rei, )avaleiro e :alete. )artas %eitas na cidade de Rouen, na>ran&a, tornaram2se então o padrão ingl"s, e cartas %eitas em Paris viraram o padrão%ranc"s, isso por volta de 1C99. No %inal, houve predominIncia do padrão parisiense.

Quem dá conta de fazer isso?

 Nos !ogos antigos, o Rei era sempre a carta mais alta, mas com o tempo, uma signi%icInciamaior %oi colocada na carta mais baixa, a esta altura !á chamada de Js, que Bs veestornava2se a carta de mais alto valor, tornando o dois a mais baixa. Este conceito pode tersido a!udado pela Revolu&ão >rancesa, onde o Js assumiria o mais alto valor numasimbologia das classes in%eriores atingindo maior importIncia que a realea.

' marca&ão das cartas nos cantos veio a %acilitar o manuseio, mas só se estabeleceu emde%initivo no %inal do sculo 1G. Nesta poca, a carta da c#rte com mais baixo valor era o

=ervo 5*nave+6, com abreviatura *n+, o que gerava con%usão com a abreviatura do Rei5*+6. Em um !ogo da poca chamado 'll2%ours, o nave era tambm apelidado de KacL, ecom a con%usão estabelecida com o uso de -ndices com abreviatura, mudou2se o nome doservo para *KacL+ e a abreviatura para *K+ 5o nosso valete6.

' isto seguiu2se a inven&ão das cartas revers-veis, na >ran&a, em 1A<C, por um %abricantelocal. 4as como o governo %ranc"s controlava o design das cartas, isso %oi proibido. 4asnos outros locais da Europa e tambm nos E?', a idia acabou se espalhando. 's cartas

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revers-veis vieram a diminuir a chance de algum espiar o outro !ogador invertendo umacarta para visualiar melhor, na tentativa de ver algo, pois agora não importava mais a posi&ão da carta.

3 coringa %oi uma inova&ão americana. 'lastrou2se para a Europa !untamente com o

 p#quer. 'pesar da %igura lembrar um bobo2da2corte, acredita2se que não exista rela&ão, at pela origem distinta. Não são usados em muitos !ogos, e %requentemente são utiliadoscomo propaganda do logotipo do %abricante.

 No sculo 09, com a inven&ão de um mtodo para cobrir as cartas de papel com umacamada plasti%icada, este tipo de baralho tornou2se o dominante at os dias de ho!e, comuma durabilidade acentuada. )artas inteiramente %eitas de plástico %oram desenvolvidas, eduram ainda mais.

CURIOSIDADES:

Truco na escola foi parte importante da educao de todos n"s

2 ' cren&a popular que o baralho apresenta simbologia religiosa, astrológica e meta%-sica seembasa em alguns dados

2 18 cartas por naipe, mesmo n/mero de ciclos lunares em um ano

2 Preto e vermelho simboliam dia e noite

2 C0 cartas no total 5sem os coringas6, representam o n/mero de semanas em um ano

2 < naipes correspondendo Bs < esta&Mes do ano

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2 =e todos os valores das cartas %orem somados, mais um 5que se atribui a um coringa solo6,o resultado 8C, mesmo n/mero de dias no ano.

2 3 Js de espadas tem sempre design di%erente e com o logo do %abricante. Dsto come&ou noreinado de Kames D da Dnglaterra, que %e uma lei obrigando a coloca&ão de uma ins-gnia

real na carta como prova de pagamento de uma taxa.'t 1(9 nos E?', a marca no Os de espadas era prova de pagamento da tal taxa. Ho!e emdia, o Os de espadas uma espcie de garantia nos baralhos americanos. =e o seu baralhotiver algum de%eito, basta mandar a5s6 cartas de%eituosas e o Os de espadas para o %abricantee ele te repMe.

2 3s :aletes de Espadas, )opas e o Rei de 3uros são desenhados em per%il, ao contrário dasoutras cartas. =ão chamados de *one2eed+ 5caolhos6.

2 3 Rei de )opas desenhado com uma espada atravessando por trás de sua cabe&a e o

machado do Rei de 3uros está atrás de sua cabe&a, apontado para ele. 4otivos pelos quaissão chamados de *reis suicidas+.

2 3 Rei de 3uros o /nico armado com um machado, todos os outros reis t"m espadas.'lguns o chamam de *o cara com o machado+.

2 ' ;ama de Espadas a /nica que segura um cetro, as outras seguram %lores.

2 3 Rei de )opas o /nico rei sem bigode. Dsto atribu-do a %alha na impressão dos baralhos mais antigos, pois acredita2se que originalmente ele teria bigode.

2 ;esigns mais antigos e outros di%erentes ainda predominam em certas regiMes europiascomo 'lemanha, Hungria, Espanha, Dtália e Rom"nia.