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UMA DISCUSSÃO SOBRE MEDIDAS DE DESEMPENHO PARA GESTÃO DA ARMAZENAGEM Priscilla Regina Macedo Meireles (UFOP ) [email protected] Karine Araujo Ferreira (UFOP ) [email protected] A gestão da armazenagem corresponde a uma das principais atividades executadas pela logística e atualmente assume um papel estratégico nas empresas, sendo essencial o seu acompanhamento bem como uma avaliação contínua. Sendo assim, é notóriia a importância das medidas de desempenho na armazenagem, uma vez que estas podem auxiliar na mensuração da eficácia dos armazéns ou contribuir para a criação de vantagens competitivas. Nos últimos anos, o presente tema tem despertado interesse de acadêmicos e empresários em diversos países. Apesar da atenção crescente ao tema, existem ainda poucos estudos aprofundados sobre o assunto no Brasil. Neste artigo procurou-se investigar e discutir a literatura sobre as medidas de desempenho na gestão de armazenagem, identificando os principais trabalhos publicados nos últimos 10 anos de estudo sobre o tema. A pesquisa realizada neste trabalho é de natureza qualitativa, onde foi realizado um desenvolvimento teórico-conceitual sobre o tema, com base na revisão de literatura realizada neste artigo. Baseado em extensa revisão bibliográfica, foi elaborado um quadro de referência da literatura dos indicadores de desempenho em armazéns, que apresenta uma síntese os principais trabalhos produzidos sobre o tema em sua ordem cronológica, bem como a principal contribuição de cada trabalho. Palavras-chave: gestão de armazenagem; medição de desempenho, medidas de desempenho, desempenho logístico XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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UMA DISCUSSÃO SOBRE MEDIDAS DE

DESEMPENHO PARA GESTÃO DA

ARMAZENAGEM

Priscilla Regina Macedo Meireles (UFOP )

[email protected]

Karine Araujo Ferreira (UFOP )

[email protected]

A gestão da armazenagem corresponde a uma das principais

atividades executadas pela logística e atualmente assume um papel

estratégico nas empresas, sendo essencial o seu acompanhamento bem

como uma avaliação contínua. Sendo assim, é notóriia a importância

das medidas de desempenho na armazenagem, uma vez que estas

podem auxiliar na mensuração da eficácia dos armazéns ou contribuir

para a criação de vantagens competitivas. Nos últimos anos, o presente

tema tem despertado interesse de acadêmicos e empresários em

diversos países. Apesar da atenção crescente ao tema, existem ainda

poucos estudos aprofundados sobre o assunto no Brasil. Neste artigo

procurou-se investigar e discutir a literatura sobre as medidas de

desempenho na gestão de armazenagem, identificando os principais

trabalhos publicados nos últimos 10 anos de estudo sobre o tema. A

pesquisa realizada neste trabalho é de natureza qualitativa, onde foi

realizado um desenvolvimento teórico-conceitual sobre o tema, com

base na revisão de literatura realizada neste artigo. Baseado em

extensa revisão bibliográfica, foi elaborado um quadro de referência

da literatura dos indicadores de desempenho em armazéns, que

apresenta uma síntese os principais trabalhos produzidos sobre o tema

em sua ordem cronológica, bem como a principal contribuição de cada

trabalho.

Palavras-chave: gestão de armazenagem; medição de desempenho,

medidas de desempenho, desempenho logístico

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1. Introdução

O atual ambiente competitivo coloca as empresas em uma crescente pressão para fornecer

produtos e serviços que atendam as necessidades específicas de clientes individuais, com

rapidez e baixo custo (SHAHIN e AZAR, 2013).

Tal cenário implica em maior eficiência das organizações e aprimoramento de suas

competências logísticas, otimizando os seus processos tanto na execução do transporte quanto

na gestão da armazenagem (FREITAS et al., 2010). Neste último, os desafios mencionados se

traduzem em uma gestão de estoque eficiente, entrega de encomendas fracionadas e mais

frequentes, estoque constituídos por maior variedade de produtos e pelo aumento de serviços

de valor agregado disponibilizados ao cliente, tais como embalagem e assistência pós- venda.

Assim, uma adequada gestão de armazenagem auxilia as empresas no alcance destes

objetivos, na redução dos custos, melhoria da produtividade nos armazéns e do serviço ao

cliente (LIMA, 2000; AXELSSON; FRANKEL,2014; SORIANO e SALGADO JÚNIOR,

2014).

A gestão da armazenagem corresponde a uma das principais atividades executadas pela

logística, compreendida como a gestão do espaço físico necessário para manter um estoque de

mercadorias, englobando o arranjo físico (layout) e o controle da operação (RODRIGUES,

2011). Bowersox et al. (2014) afirmam que embora o armazém tradicional tenha sido adotado

com a finalidade de estocar produtos, o foco da armazenagem passou de estocagem passiva

para uma armazenagem estratégica, onde o armazém deixa ser vista como uma mera atividade

de apoio, mas atividade essencial para prestação de um serviço de valor agregado.

De acordo com Banzato et al. (2010), com a mudança do papel da armazenagem, a gestão

destas atividades tornou-se muito mais complexa, sendo essencial o acompanhamento e

avaliação contínua das mesmas. Apesar da vasta literatura desenvolvida sobre os sistemas de

medição de desempenho (SMDs) e as medidas de desempenho logístico, grande parte dos

trabalhos analisados focam apenas em medidas de desempenho para atividade de estocagem:

tais como: níveis de estoque, giro e custo de estoque, dentre outras. Segundo Liviu et al.

(2009) e Staudt et al. (2015a), a revisão da literatura tem mostrado poucos trabalhos que

identifiquem medidas que avaliem estrategicamente esta importante área da logística e que

podem resultar em fonte de melhorias e redução de custos para empresas de diferentes portes.

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Neste sentido, o objetivo deste trabalho é realizar uma discussão sobre as medidas de

desempenho logísticas para avaliação da gestão de armazenagem presentes na literatura.

Baseado em extensa revisão bibliográfica, foi elaborado um quadro de referência da literatura

sobre medidas para gestão de armazenagem, que apresenta os principais trabalhos produzidos

sobre o tema, principais métodos adotados e dimensões avaliadas.

Este artigo está estruturado em sete seções, incluindo o capítulo introdutório. Na seção 2, são

apresentados os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa. Os conceitos,

atividades e decisões da armazenagem são expostos na seção 3, seguido pelas medidas de

desempenho para a gestão de armazenagem, identificadas na literatura (seção 4) . Um quadro-

síntese sobre estas medidas de desempenho, bem como a sua análise e discussão são

encontrados na seção 5. Por fim, são apresentadas as considerações finais do trabalho (seção

6), e em seguida, as referências bibliográficas.

2. Procedimentos metodológicos

A pesquisa realizada neste trabalho é de natureza qualitativa, onde foi elaborado um

desenvolvimento teórico-conceitual, com base na revisão bibliográfica dos conceitos

analisados neste trabalho. Segundo Miguel (2007), a pesquisa teórico-conceitual envolve

modelagens e discussões conceituais que resultam em novas teorias.

Essa revisão permitiu identificar os principais trabalhos produzidos sobre medidas de

desempenho e gestão de armazenagem e elaborar um instrumento de consulta detalhada para

estudiosos e pesquisadores sobre os temas.

Para identificar, localizar e adquirir as publicações de interesse, as bases eletrônicas utilizadas

para busca de artigos foram: Web of Science; Scielo Brasil, Google Acadêmico, banco de

teses e dissertações, além de eventos (encontros e simpósios) de relevância no país na área de

Engenharia de Produção, como Enegep e Simpep. O período de busca foi compreendido entre

os anos de 2005 a 2015.

Na consulta das publicações, buscou-se os termos “gestão da armazenagem”, “medidas

desempenho armazenagem” e “medição desempenho armazenagem” nos bancos de teses e

dissertações e anais de congressos, como Simpep e Enegep. Os termos “performance

measures logistics” e “performance measures warehouses” foram pesquisados na base de

dados Web of Science. O próximo passo da pesquisa consistiu na análise dos trabalhos

identificados, onde foi possível destacar a contribuição dos principais autores e identificar o

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volume de trabalhos produzidos em diferentes áreas de conhecimento assim como o ano de

publicação.

3. Armazenagem: conceitos, atividades e decisões

Para Jacinto et. al. (2012), a armazenagem é a responsável pela administração do espaço que

fornece suporte aos estoques, assim como a sua reposição e separação de pedidos, além das

atividades de recebimento e entrega dos produtos até o consumidor.

De acordo com Pozo (2004), a armazenagem tem uma função estratégica, sendo utilizada para

atender com efetividade a gestão da cadeia de suprimentos. O mesmo autor ressalta que

dentro do processo logístico, os armazéns são considerados como umas das atividades de

apoio que dão suporte ao desempenho das atividades primárias, para que a empresa possa

alcançar o sucesso, conquistando clientes com pleno atendimento de mercado e satisfação

total.

Com relação às atividades desempenhadas pela gestão da armazenagem, não existe um

consenso, na literatura atual quanto às designações exatas das atividades da armazenagem,

sendo conveniente adotar uma forma eficiente para a definição de tais tarefas bem como o seu

uso de maneira prática nas empresas (SORIANO, 2013). Na Figura 1, Banzato et al. (2010),

apresenta as atividades relacionadas à gestão da armazenagem.

Figura 1 - Funções básicas de um armazém

Fonte: Adaptado de Banzato et al. (2010, p.99)

Conforme pode ser visualizado na Figura 1, a armazenagem pode ser realizada por duas

diferentes maneiras. A primeira consiste no recebimento de produtos e imediata expedição das

mercadorias, em um processo denominado cross-docking, que pode ser definido, de acordo

com Ângelo e Siqueira (2000) como o procedimento de mover as mercadorias do caminhão

do fornecedor, através do armazém, para outro caminhão com destino ao consumidor final,

Recebimento

Separação

Armazenagem

Expedição

Cross- docking

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sem que os mesmos permaneçam estocados. Neste caso, o armazém funciona apenas como

ponto de passagem. O segundo caso apresentado pela Figura 1, mais adotado, consiste em

funções básicas da armazenagem, quais sejam:

Recebimento: a recepção das mercadorias envolvem etapas como a descarga do

material, verificação da conformidade e integridade da mercadoria, conferência

documental, registro e atualização dos estoques em softwares adequados e finalmente,

a disposição do material nos estoques (MAGALHÃES, 2011);

Separação de pedidos: também conhecida como atividade de picking, é a responsável

pela coleta do mix correto dos produtos, em quantidades exatas da área do armazém a

fim de satisfazer as necessidades dos clientes (BRAGA, PIMENTA e VIEIRA, 2009).

Estocagem: Banzato et al. (2010) afirmam que para se definir um sistema de

estocagem eficiente é preciso primeiramente conhecer as características do produto

como o tamanho do lote, dimensão da mercadoria, peso do produto, giro do item,

sazonalidade da demanda, características construtivas do armazém, entre outros.

Expedição de Mercadorias: última atividade a ser realizada dentro de um armazém

envolve atividades como: conferência para preenchimento do pedido, preparação da

documentação da expedição, pesagem da carga, organização dos pedidos para

expedição por transportadoras e o carregamento de caminhões (PEDREIRA,2006).

No que diz respeito às decisões da armazenagem, Bowesox, Closs e Cooper (2008) destacam

estas vão muito além de se determinar apenas o tamanho, tipo e formato da instalação física.

Sendo assim, no intuito de determinar a maior eficiência possível das atividades do armazém,

decisões relativas ao seu planejamento, como a localização, layout, equipamentos, segurança

e tecnologia da informação devem ser avaliados.

Com relação à localização do armazém, Oliveira e Filho (2007) destacam que essa decisão é

um problema de escolha da melhor combinação entre capital, mão-de-obra, recursos naturais

e insumos. As disponibilidades de recursos e mercado da região devem ser analisadas, bem

como sua relação com a atividade econômica em questão. Em relação ao layout, as empresas

reconhecem que não se pode haver eficiência nas operações logísticas sem que haja um

projeto bem planejado da área e organização do armazém (Freitas et al., 2010). Já os

equipamentos, segundo Moura (2004) tem como finalidade promover melhorias no fluxo de

materiais do armazém, envolvendo o recebimento, movimentação e expedição de produtos.

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Outra decisão da armazenagem em destaque é a tecnologia da informação, cuja evolução

também se estendeu à área de gestão da armazenagem, criando vantagens como a introdução

de novos métodos de racionalização e dos fluxos de distribuição de produtos. Dentre as

tecnologias de informação existentes que auxiliam a gestão da armazenagem, destaca-se o

Warehouse Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Armazéns (WMS)

(VIANA, 2010). Por fim, em relação à segurança no armazém, Brandman (2003) e Bowersox

e Closs (2014) afirmam que estes devem estar protegidos contra crimes cibernéticos, drogas,

fraude, furto e deteorização das mercadorias, sendo importante educar gerentes e supervisores

através de treinamentos e cursos para que os mesmos reconheçam e reajam aos primeiros

sinais envolvendo segurança.

4. Medidas de desempenho na Gestão da Armazenagem

As medidas de desempenho podem ser definidas como uma métrica (qualitativa e

quantitativa) utilizada para quantificar a eficiência e/ou efetividade de uma ação (PERINI,

2011). Estes indicadores, segundo Krauth et al. (2005) contribuem para a criação de

vantagens competitivas, além de permitirem o reconhecimento de oportunidades de negócios,

ameaças e custos em demasia em uma determinada área.

Staudt et al. (2015a), afirmam que a primeira publicação relacionada aos indicadores de

desempenho em armazéns surgiu em 1970 com o trabalho de Lynagh (1971). Porém, o

número de documentos relevantes para a literatura aumentou a partir de década de 1990, com

a concorrência do mercado globalizado.

Embora vários autores apontem diferentes medidas para se avaliar o desempenho logístico das

empresas, a maioria deles se concentra na avaliação da logística como um todo, ou de apenas

uma atividade da armazenagem, como a estocagem. Segundo Liviu et al. (2009) e Staudt et al.

(2015a), a revisão da literatura tem mostrado poucos trabalhos que identifiquem medidas que

avaliem estrategicamente esta importante área da logística e que podem resultar em fonte de

melhorias e redução de custos para empresas de diferentes portes. Dentre estes trabalhos se

destacam os de Krauth et al. (2005), Cortês (2006), Liviu et al. (2009), Banzato et al. (2010),

Silva (2013), Axelsson e Frankel (2014) e as pesquisas de Staudt et al. (2015a e 2015b), que

serão detalhados a seguir.

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A pesquisa de Krauth et al. (2005) teve como principal objetivo identificar na literatura e

estabelecer uma lista de indicadores de desempenho para alguns prestadores de serviços

logísticos (incluindo a armazenagem). Baseado na revisão bibliográfica, os autores

classificaram as medidas de desempenho de acordo com a perspectiva de gerentes,

funcionários e clientes nas subcategorias eficácia, eficiência, inovação e tecnologia da

informação. Ressalta-se que os autores compilaram uma lista com mais de 130 indicadores

totais, sendo 17 medidas de desempenho focadas especificamente na gestão dos armazéns.

Já Cortês (2006) elaborou um sistema de indicadores de desempenho destinado aos armazéns

e centros de distribuição do setor de supermercados, adaptado de um modelo previamente

desenvolvido pela Professora Maria F. Rey (2000), que classifica as medidas nas seguintes

dimensões: custo, produtividade, qualidade e tempo. A quantidade dessas medidas

encontradas em cada uma dessas dimensões pode ser visualizada na Tabela 1.

Tabela 1- Total de indicadores propostos para cada categoria

Fonte: Adaptado de Cortês (2006)

O trabalho de Liviu et al.(2009) se concentrou em um estudo de caso com foco na medição de

desempenho em um armazém da Romênia. Com base na pesquisa bibliográfica, os autores

consideraram relevante para a empresa em questão, adotar o sistema de indicadores de

desempenho para armazéns proposto por Hill (2007). Este sistema de indicadores, utiliza o

atendimento de pedidos, gestão do inventário e a performance geral do armazém como as

categorias das medidas de desempenho. Como resultados, os autores encontraram observaram

melhoria na utilização do espaço do armazém (até então mal utilizado) e a adoção de uma

gestão de estoques mais eficiente.

O trabalho de Silva (2013) consistiu em avaliar (através de um estudo de caso) a pós-

implementação do sistema WMS em um centro de distribuição de medicamentos a partir da

adaptação e aplicação do modelo World Class Logistic. Com a finalidade de se identificar as

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melhorias nas atividades da armazenagem, com um enfoque operacional, a autora apresenta 3

categorias de indicadores de desempenho que podem ser utilizados para a avaliação do WMS.

Axelsson e Frankel (2014) propuseram um conjunto de medidas de desempenho para a gestão

de armazéns baseado no modelo Supply Chain Operations Reference (SCOR). Baseado na

aplicação de questionário em 447 corporações europeias, das quais 17,4% o responderam

completamente, os autores encontraram 193 métricas. Porém, os mesmos divulgaram apenas

os indicadores de desempenho que podem ser traduzidas para o modelo SCOR, organizados

nas dimensões recebimento, put-away e reabastecimento, armazenagem e reposição, picking,

expedição, carregamento e entrega, doença e segurança dos funcionários do armazém e

indicadores gerais.

Por fim, ressalta-se ainda dois trabalhos de Staudt et al. (2015a) e Staudt et al. (2015b). No

primeiro trabalho publicado, Staudt et al. (2015a), com base em uma extensa revisão

bibliográfica e análise de conteúdo sintetiza os indicadores utilizados na análise do

desempenho do armazém em artigos publicados em sites como Web Of Science, Wiley,

Compendex, Scopus, dentre outros, desde a década de 90 até o ano de 2012.

De acordo com os autores, as medidas de desempenho utilizadas para avaliar a gestão da

armazenagem podem ser classificadas como “soft metrics” e “hard metrics”. A primeira

delas (também denominada medidas indiretas) se refere às medidas quantitativas e são

facilmente calculadas com algumas expressões matemáticas simples. Já a segunda trata de

medidas qualitativas e requerem ferramentas sofisticadas de medição, como a análise de

regressão e a lógica Fuzzy.

No sentido de classificar os indicadores relacionados às atividades do armazém, as 38

medidas de desempenho diretas encontradas na literatura, foram divididas em:

indicadores específicos: definidos especificamente para cada atividade do armazém;

indicadores transversais: definidos por um processo;

indicadores relacionados aos recursos: definidos de acordo com os recursos utilizados

no armazém, como equipamentos.

Estes indicadores podem ser visualizados nos Quadros 1 e 2.

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Quadro 1- Mapeamento dos indicadores diretos pesquisados de acordo com as atividades e processos do

armazém

Fonte: Adaptado de Staudt et al. (2015a)

Quadro 2- Indicadores diretos relacionados aos recursos do armazém

Fonte: Adaptado de Staudt et al. (2015a)

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Ressalta-se ainda que estes indicadores de desempenho diretos foram sub-classificados de

acordo com quatro dimensões de avaliação comumente utilizadas na indústria: tempo, custo,

qualidade e produtividade.

Com relação aos indicadores indiretos, Staudt et al. (2015b) afirmam que estas medidas são

complexas e muitas vezes possuem equações que ainda não estão disponíveis ou são difíceis

de calcular. Sendo assim, os autores apresentam apenas alguns detalhes, sem fornecer maiores

informações à respeito destes indicadores, como pode ser visto na Tabela 2.

Tabela 2-Tema dos indicadores de desempenho indiretos no armazém

Fonte: Adaptado de Staudt et al. (2015a)

Já o segundo trabalho de Staudt et al. (2015b) sintetizam 41 indicadores de desempenho (38

destes utilizados na pesquisa anterior) e os transformam em equações mensuráveis, a partir da

definição de um armazém-padrão. O objetivo principal é definir uma única medida para a

mesma métrica, uma vez que indicadores iguais podem ser citados por autores diferentes. As

fórmulas matemáticas geradas podem ser visualizadas em Staudt et al. (2015b)

5. Quadro síntese sobre avaliação de desempenho na armazenagem

No Quadro 3, é apresentada uma síntese das principais abordagens propostas por diferentes

autores sobre medidas de desempenho na gestão de armazenagem.

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Quadro 3 - Síntese das características das medidas de desempenho em armazéns pesquisados

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Fonte: Elaborado pelas autoras

Conforme já mencionado, nos últimos anos, houveram mudanças significativas com relação

ao foco da armazenagem, que passou de uma estocagem meramente ativa para uma

armazenagem estratégica. Paralelamente a essa evolução, houve também uma crescente

preocupação com a maneira de se avaliar a gestão dos armazéns, com a inserção de medidas

/indicadores para mensuração desta atividade. Conforme é possível verificar no Quadro 3,

ainda são poucos os trabalhos que abordam especificamente medidas de desempenho para

gestão da armazenagem nos últimos 10 anos se comparado à medidas de desempenho

logístico de uma forma geral. No âmbito nacional, destacam-se as publicações de Cortês

(2006), Banzato (2010), Silva (2013) e da parceria franco-brasileira dos autores Staudt et al.

(2015a e 2015b).

Adicionalmente, é possível verificar que a maioria dos trabalhos investigados classifica os

indicadores encontrados em duas grandes categorias. A primeira, onde se verifica a maior

parte dos trabalhos analisados, classifica as medidas de desempenho de acordo com as

atividades do armazém (recebimento, estoque, separação de pedidos e expedição). A segunda

classificação, organiza os indicadores de desempenho para gestão de armazenagem de acordo

com decisões que avaliam o projeto ou re-projeto do armazém, focando em questões como a

utilização do espaço, construção das instalações e layout, citados por Banzato (2010), por

exemplo. Acredita-se que a classificação de acordo com as atividades seja a mais utilizada nas

empresas, pois estas fazem parte da rotina do armazém.

Trabalhos como de Cortês (2006) fornecem uma lista bastante detalhada de indicadores de

desempenho, apresentando 90 destes. Talvez este número seja inviável ao ser avaliado em

uma única empresa. Porém, tal pesquisa serve como subsidio para escolha de medidas de

desempenho para gestão de armazenagem de acordo com as especificidades de cada empresa.

Já a pesquisa de Staudt et al. (2015a) merece destaque pois, além de ser atual, apresenta uma

relação detalhada das medidas de desempenho nas atividades da gestão da armazenagem,

realizando até mesmo um mapeamento e análise dos indicadores de desempenho diretos,

incluindo o inventário. Adicionalmente, os autores buscam quantificar e sintetizar os

indicadores encontrados na última pesquisa em equações matemáticas, com a finalidade de

definir uma única medida para a mesma métrica, pois indicadores iguais podem ser citados

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por autores diferentes. Como resultado, os autores sintetizaram 41 indicadores que podem

auxiliar as empresas a melhorar o desempenho do armazém.

Finalmente, é possível destacar os indicadores de desempenho relacionados à segurança dos

colaboradores do armazém. Adicionalmente, ressalta-se que dentre os artigos pesquisados

todos possuem alguma métrica ou dimensões de avaliação relacionada à satisfação dos

clientes. Tais medidas revelam que as atividades da gestão da armazenagem estão cada vez

mais focadas em atender às necessidades do cliente final.

6. Considerações Finais

Este trabalho teve como objetivo realizar uma discussão sobre as medidas de desempenho

logísticas para avaliação da gestão de armazenagem presentes na literatura. Com base em uma

extensa revisão bibliográfica em artigos publicados nos últimos 10 anos, foi possível verificar

que estas pesquisas focam principalmente em indicadores relacionados às atividades do

armazém ou em decisões da armazenagem relacionadas ao projeto e re-projeto do mesmo.

Por fim, cabe destacar a crescente importância das medidas de desempenho na armazenagem,

uma vez que estas podem auxiliar na mensuração da eficácia dos armazéns, contribuindo para

a criação de vantagens competitivas e possibilitando o reconhecimento de oportunidades de

negócios, ameaças e custos desnecessários nas áreas e atividades do armazém. Pesquisas

futuras devem ser desenvolvidas no intuito de verificar a aplicabilidade destas medidas na

prática.

REFERÊNCIAS

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SCOR® model: A research study in collaboration with Consafe Logistics AB. 2014. 155 f. Dissertação

(Mestrado em Engenharia Industrial) - Departamento de Engenharia Industrial, Universidade de Lund, Lund,

2014.

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Supermercados Brasileiros nos Supermercados Brasileiros. Rac – Revista de Administração

Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 3, n. 4, p.89-106, 2000.

BRANDMAN, B.. Segurança Patrimonial no Armazém. São Paulo: Imam, 2003.

BRAGA, L. M.; PIMENTA, C. M.; VIEIRA, J. G. V.. Gestão de armazenagem em um supermercado de

pequeno porte. Revista P&d em Engenharia de Produção, Itajubá, v. 8, p.57-77, jan. 2009.

BOWERSOX, D.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. 5.

ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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